Executive Digest Especial Empresas no Brasil
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METAS<br />
A GALP PREVÊ CRESCER A SUA PRODUÇÃO NO<br />
UPSTREAM ENTRE 15 A 20%, ALICERÇADO NOS<br />
DESENVOLVIMENTOS EM CURSO NO BRASIL,<br />
CONTANDO AINDA COM PROJECTOS EM ANGOLA<br />
A Galp entrou <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> em 1999, que<br />
importância assume este mercado<br />
para a empresa?<br />
O <strong>Brasil</strong> é nesta altura e continuará<br />
a ser durante muitos a<strong>no</strong>s<br />
um dos principais eixos estratégicos<br />
de crescimento da Galp. Essa<br />
importância e essa prioridade do<br />
<strong>Brasil</strong> estão patentes <strong>no</strong> volume de<br />
investimento acumulado desde a<br />
entrada da empresa <strong>no</strong> país, que<br />
ultrapassou recentemente os $5<br />
mil milhões. Este valor corresponde,<br />
<strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s, a 80% do<br />
investimento total da unidade de<br />
negócio de Exploração e Produção<br />
de petróleo e gás (E&P) da Galp.<br />
Ou seja, este é um mercado onde<br />
temos uma parte relevante dos<br />
<strong>no</strong>ssos recursos, que colocamos ao<br />
serviço de projectos absolutamente<br />
únicos, desafiantes, mas fora de<br />
série. Fruto dessa aposta, a Galp<br />
atingiu recentemente o marco histórico<br />
dos 100 milhões de barris de<br />
petróleo e gás produzidos <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />
Pode partilhar a estratégia actual<br />
<strong>no</strong> mercado brasileiro?<br />
A Galp investe <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> há cerca<br />
de duas décadas. E na altura em<br />
que a empresa iniciou esta fase de<br />
crescimento ímpar na indústria,<br />
poucos acreditavam <strong>no</strong> pré-sal.<br />
Agora, o que pretendemos é continuar<br />
a apostar neste país. A <strong>no</strong>ssa<br />
presença tem uma perspectiva de<br />
longo prazo e insere-se na estratégia<br />
definida pelo Grupo para a área de<br />
upstream: garantir a sustentabilidade<br />
do portefólio de exploração e<br />
produção da Galp, que deverá ser<br />
competitivo e rentável <strong>no</strong>s variados<br />
cenários de preços expectáveis de<br />
petróleo, incorporando a avaliação<br />
>> Miguel Pereira,<br />
CEO da Petrogal<br />
<strong>Brasil</strong><br />
da pegada carbónica da <strong>no</strong>ssa actividade.<br />
Nesse sentido, a estratégia<br />
actual <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> está assente – como<br />
sempre esteve – na identificação de<br />
<strong>no</strong>vas oportunidades em geografias<br />
onde exista uma vantagem competitiva<br />
ou um ângulo estratégico,<br />
<strong>no</strong>meadamente pela aquisição de<br />
recursos descobertos ou projectos<br />
de exploração, de modo a manter a<br />
competitividade da sua produção<br />
futura e assegurar uma exposição<br />
equilibrada ao gás. As principais<br />
prioridades continuarão a ser a<br />
execução disciplinada dos projectos<br />
existentes e o aumento da<br />
extracção de valor dos mesmos.<br />
Tem vários projectos em fases de<br />
desenvolvimento e produção. Quais<br />
são os mais importantes?<br />
Neste momento, a Galp tem sete<br />
unidades de produção flutuantes<br />
<strong>no</strong> bloco BM-S-11, mais conhecido<br />
pelo campo Lula, na bacia de Santos,<br />
que é o mais produtivo de todo o<br />
<strong>Brasil</strong>, onde a Galp prevê ter duas<br />
unidades adicionais em operação<br />
até ao final do a<strong>no</strong>.<br />
A Galp dispõe ainda de posições<br />
importantes <strong>no</strong>utros projectos<br />
offshore na prolífica bacia de San-<br />
tos, que detém, <strong>no</strong> seu conjunto, a<br />
maior acumulação conhecida de<br />
petróleo e gás natural em águas<br />
ultraprofundas. São os casos da<br />
área do Grade Carcará (BM-S-<br />
8), o campo Sépia (BM-S-24) e<br />
o campo Uirapuru. Está ainda<br />
presente nas bacias de Potiguar,<br />
Pernambuco-Paraíba e na bacia<br />
de Barreirinhas. Nos projectos<br />
onshore, a Galp é operadora em<br />
dois blocos na bacia de Sergipe-<br />
-Alagoas e está presente na bacia<br />
de Potiguar, sendo ainda operadora<br />
em quatro blocos exploratórios na<br />
bacia de Parnaíba.<br />
Como tem evoluído o processo de<br />
construção da marca e do negócio<br />
<strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>?<br />
As actividades da Galp <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong><br />
centram-se essencialmente na<br />
produção de petróleo e gás natural<br />
em áreas remotas, incluindo em<br />
alto mar, não havendo por isso um<br />
processo de construção de marca<br />
<strong>no</strong> sentido tradicional em que ele<br />
existe em Portugal, em Espanha,<br />
ou <strong>no</strong>s países africa<strong>no</strong>s em que a<br />
Galp vende energia a milhões de<br />
clientes. Mas há, naturalmente, um<br />
esforço de construção de uma identidade<br />
institucional que reflicta as<br />
características distintivas da <strong>no</strong>ssa<br />
presença <strong>no</strong> mercado, enquanto<br />
um dos operadores com maior<br />
experiência <strong>no</strong> desenvolvimento<br />
de projectos petrolíferos em águas<br />
ultraprofundas, e em particular<br />
nas regiões do pré-sal.<br />
Igualmente relevante, é o papel do<br />
<strong>Brasil</strong> na transformação do perfil<br />
da Galp em termos globais. Em<br />
poucos a<strong>no</strong>s, a Galp reinventou-<br />
-se: de uma empresa doméstica de<br />
EXECUTIVE DIGEST.PT 121