Revista Setin

SERVIÇO
CAFÉ DO FAROL POR SUPLICY
CAFÉS ESPECIAIS
Rua João Brícola, 24,
26º andar – Centro
CASA DE FRANCISCA
R. Quintino Bocaiúva, 22,
1º andar – Sé
RESTAURANTE DA SALA
Praça Júlio Prestes, 16 – Santa
Cecília
VISTA IBIRAPUERA
Avenida Pedro Álvares Cabral, 1.301
– Ibirapuera. Acesso pelo portão
principal do MAC-USP.
Esther Rooftop
PENTHOUSE COM SOTAQUE FRANCÊS
As pessoas que passam pela Praça da República já se habituaram àquele
edifício escuro em formato de caixa, em cujos andares não se distingue entre
apartamentos ou escritórios. Aos 80 anos, o Esther é um marco arquitetônico
da cidade – e, de dois anos para cá, também um marco gastronômico.
O edifício Esther, quase na viradinha da Praça para a Avenida São Luís, chamou
a atenção dos paulistanos dos anos 30, por suas linhas modernas, projetadas
pelo arquiteto Álvaro Vital Brazil, que na época tinha 26 anos. Foi erguido sob
encomenda da família Nogueira, dona da Usina de Açúcar Esther, para servir
como sede da empresa. Os usineiros queriam um conjunto com salas comerciais
de diferentes dimensões e, na metade superior, amplos apartamentos, bastante
descolados para os padrões da época. Os dois últimos andares, por exemplo,
abrigariam apartamentos – pela primeira vez na cidade – duplex. E uma enorme
cobertura, já denominada, então, de penthouse.
ESTHER ROOFTOP
Rua Basílio da Gama, 29,
11º andar – Centro
DROSOPHYLA BAR
Rua Nestor Pestana, 163,
Consolação
SANTINHO THEATRO MUNICIPAL
DE SÃO PAULO
Praça Ramos de Azevedo,
s/n – República
PRÊT NO MAM
Marquise do Ibirapuera - Complexo
Viário Ayrton Senna, s/n
Parque Ibirapuera
O novo termo de moradia era inglês. Mas, 70 anos depois, um francês o encampou – e
até foi morar nele. O chef-galã Olivier Anquier tornou-se o morador mais ilustre do
então castigado Esther – valorizando-o com sua fama e seu investimento. A penthouse
ficou um brinco. Assim começaria a renascer o Esther e renascer o Esther Rooftop –
o bistrô francês no cume do edifício, que em apenas dois anos ganhou status de casa
estrelada e se tornou um programa. A cobertura deixou de ser “chez Olivier” para se
transformar num restaurante francês. Para dar sabor e alma à gastronomia da casa,
Olivier se uniu ao amigo, conterrâneo e chef Benoit Mathurin, que empregou sua
expertise em um menu repleto de clássicos, como A Terrine do Meu Avô, o Ceviche
Esther e a Torre de Bochecha de Porco e Nhoques de Mandioquinha. Sobremesa: o
irresistível Brioche Esther. Ficou chiquérrimo comer lá, no almoço e no jantar – com
uma vista que o paulistano não pôde desfrutar por 80 anos.
A sensação é de fazer uma visitinha à casa de Olivier Anquier – que de vez em
quando passa por lá. Aliás, também é possível, eventualmente, vê-lo no térreo
do Esther, onde ele, originalmente um chef pâtissier, abriu uma padaria – o
Mundo Pão do Olivier.
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