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Revista Setin

Revista Setin 10ªEdição

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| ARTE E CULTURA |<br />

ROTEIRO<br />

IMPERDÍVEL<br />

O CIRCUITO PAULISTANO DE GALERIAS DE ARTE CHEGA A MAIS DE 80<br />

ENDEREÇOS, COM ACERVOS QUE ABRANGEM A PRODUÇÃO ARTÍSTICA<br />

NACIONAL DOS ÚLTIMOS CEM ANOS. VALE A PENA CONHECÊ-LAS!<br />

Yara Guerchenzon<br />

Que tal incluir na sua agenda uma visita às galerias<br />

de arte paulistanas? Além das constantes exposições,<br />

muitos desses espaços apresentam projetos<br />

arquitetônicos surpreendentes que, por si, já valem o<br />

passeio. Sem contar, é claro, a oportunidade de conhecer<br />

seus preciosos acervos e descobrir que guardam muitas<br />

obras capazes de fisgar o olhar e deixar qualquer pessoa<br />

quase sem fôlego, diante de cores e formas tão expressivas<br />

e sem igual. Não é raro o visitante se emocionar ao<br />

se deparar, por exemplo, com um autêntico Portinari de<br />

1925, uma das telas expostas por James Lisboa, no Escritório<br />

de Arte, que leva seu nome, na rua Dr. Melo Alves,<br />

no bairro dos Jardins.<br />

Experiências singulares como essa podem ser vivenciadas<br />

nas inúmeras galerias da cidade. James, que atua nesse<br />

universo há 40 anos, afirma que o número passa de 80, e diz<br />

que não acha muito, se levarmos em conta que São Paulo<br />

soma cerca de 12 milhões de habitantes. Bem em frente de<br />

seu escritório fica uma delas, a Galeria Frente. Aberta em<br />

2015, tem como diretor o seu filho, o galerista Acácio Lisboa.<br />

O espaço de 350 m 2 , com projeto do arquiteto Rogério Ribas,<br />

já abrigou uma exposição em homenagem a Mira Schendel,<br />

na época de sua inauguração, além de retrospectivas de<br />

Antonio Maluf, Hércules Barsotti, Frans Krajcberg e, a mais<br />

recente, realizada entre setembro e novembro deste ano,<br />

com 128 obras de Iberê Camargo e Francisco Stockinger. No<br />

acervo, constam também obras de Di Cavalcanti, Portinari,<br />

Cícero Dias e Tarsila do Amaral, entre outros.<br />

James explica que as galerias são divididas em galerias de<br />

mercado primário e secundário – ou primeira e segunda<br />

venda. “No mercado primário, lançam os artistas, por meio<br />

de exposições, com uma apresentação geral sobre o que ele<br />

está criando num dado momento. Na Frente, trabalhamos<br />

com a segunda venda, voltada aos colecionadores que estão<br />

reciclando ou mudando o perfil de suas coleções”, afirma o<br />

leiloeiro. Segundo ele, não há como determinar quais são<br />

as galerias de maior destaque na cidade, nesse extenso<br />

nicho com mais de 80 endereços, porque, afinal, todas são<br />

importantes, cada qual com seu segmento. “Todas divulgam<br />

diversos artistas. Algumas são dirigidas a uma área, a<br />

artistas de uma determinada década, assim como há casos<br />

de galerias que trabalham exclusivamente com múltiplos.<br />

Há vários perfis, com marchands especializados em um<br />

período ou grupo de artistas”, comenta.<br />

E, dentre toda essa gama de galerias distribuídas em<br />

pontos diversos da cidade, Lisboa explica que existe uma<br />

região chamada por aqui de “Manhattan”, que reúne cerca<br />

FOTOS: DIVULGAÇÃO<br />

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