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Revista Setin

Revista Setin 10ªEdição

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LABORATÓRIO PRÁTICO<br />

Diante de uma plateia de mais de mil pessoas em São<br />

Paulo, Ricardo Ramos, sócio-diretor da GS&XtremeVR,<br />

braço do Grupo Gouvêa de Souza, fez a primeira compra<br />

do mundo realizada por meio da Alma, plataforma de<br />

inovação e geração de experiência de marca, produtos<br />

e serviços, com possibilidade de compra. “Com certeza<br />

é um marco de uma nova e mais desafiadora era para<br />

o varejo e os centros comerciais tradicionais”, afirma<br />

Marcos Gouvêa de Souza, diretor geral do Grupo. “Ao<br />

incorporar o VR Commerce às alternativas de canais de<br />

venda, estamos contribuindo para a criação de uma nova<br />

geração de consumidores, os omniconsumidores 2.0.”<br />

Segundo Souza, o grande diferencial está na possibilidade de<br />

intersecção no momento da compra de todas as características<br />

já aceitas pelo consumidor no e-commerce com o lúdico, a<br />

imaginação, o sonho e o desejo. “Com a Alma conseguimos<br />

trazer de volta a emoção no momento da compra”, diz. “É<br />

possível aguçar os cinco sentidos (visão, audição, tato, olfato<br />

e paladar) e a imaginação.” Trata-se de um outro tipo de<br />

experiência, muito mais imersiva, porque a pessoa tem a<br />

sensação de tocar o produto em 3D, experimentá-lo, para<br />

depois conferir o preço, colocar no carrinho de compra, pagar,<br />

determinar o local de entrega e receber.<br />

A Alma opera com a mesma tecnologia de construção de<br />

games, o que garante que a realidade virtual a ser criada,<br />

por mais distante que pareça, se torne atrativa e real para<br />

o cérebro. Por meio da nova experiência lúdica de compra,<br />

o cliente poderá tocar virtualmente os produtos, movimentálos,<br />

obter informações completas e conhecer a opinião de<br />

outros consumidores, tanto em casa quanto nas lojas físicas.<br />

A primeira loja operada 100% no conceito omnichannel com<br />

a nova tecnologia foi a Omnistory Ayrton Senna, no Shopping<br />

Villa Lobos, em São Paulo. Parte das vendas de bonés, réplicas<br />

dos carros dirigidos pelo campeão, capacetes icônicos e até<br />

a linha Senninha será destinada ao Instituto Ayrton Senna.<br />

A ambientação em homenagem ao ídolo da Fórmula 1 é a<br />

quarta roupagem que a loja recebe, em um ano de operação.<br />

Definida como um laboratório para aplicação de conceitos e<br />

soluções inovadoras para o varejo, a Omnistory – concebida<br />

pelo Grupo GS&Gouvêa de Souza – nasceu integrando loja<br />

física e e-commerce, aplicativo, vending machine e shopping<br />

TV. Na loja, é possível fazer compras em qualquer ambiente<br />

digital, seja pelo descktop, celular ou aplicativo, retirar na<br />

hora ou receber em casa ou em um locker. O cliente escolhe<br />

o locker mais próximo e recebe uma ativação de código de<br />

segurança para a retirada do produto.<br />

Uma câmera posicionada logo na entrada da loja faz o<br />

reconhecimento do cliente de acordo com o gênero e<br />

características físicas. Assim, a pessoa recebe sugestões e<br />

ofertas individualizadas diretamente nas vitrines interativas<br />

e pode concluir o pedido ali mesmo. A cada quatro meses,<br />

a Omnistory muda totalmente a oferta de produtos, serviços<br />

e experiência. O objetivo, segundo Souza, é mostrar como a<br />

loja pode e deve ser flexível para acompanhar a volatilidade<br />

do mercado e o dinamismo dos novos consumidores.<br />

compras. A loja dispõe, ainda, de serviço de concierge<br />

pessoal, teste de experimentação de produtos, experiências<br />

com realidade aumentada e customização de produtos,<br />

os quais poderão ser entregues no mesmo dia na casa<br />

dos clientes ou nos hotéis, facilitando a vida dos turistas.<br />

Nem mesmo os provadores escaparam da atratividade.<br />

São amplos e a iluminação pode simular vários ambientes,<br />

como uma sala de ginástica ou um cenário de corrida<br />

noturna, por exemplo.<br />

Os dois badalados endereços da Nike, que viraram atração<br />

turística, retratam os novos modelos de ponto de<br />

venda que começam a se espalhar pelo mundo, também<br />

chamados de “lojas do futuro”. São espaços que<br />

somam experiência, tecnologia, entretenimento, servem<br />

de ponto de encontro e trazem para o mundo físico as<br />

vantagens e as características do comércio virtual. “As<br />

pessoas não vão mais à loja física porque precisam comprar,<br />

mas porque querem se dirigir até lá”, diz Alberto<br />

Serrentino, fundador da Varese Retail Strategy, consultoria<br />

especializada em varejo. “As motivações para visitar<br />

e comprar em lojas físicas vão além das necessidades<br />

e envolvem informação, educação, interação social,<br />

inspiração, prazer e emoção.”<br />

Nessa linha, com menos pirotecnia e mais pés no chão,<br />

o varejo precisa investir em tecnologias que permitam<br />

uma interação em tempo real com o cliente e que<br />

possibilitem unir o melhor do varejo tradicional – o<br />

toque, a percepção, a experimentação, ou seja, todas as<br />

sensações atreladas à aquisição de um produto – com<br />

a praticidade do varejo virtual, que adota promoções<br />

personalizadas, redução de burocracia no processo de<br />

compra, agilidade, ausência de filas, entre outras coisas.<br />

Uma certeza, porém, todos já têm: o consumidor quer<br />

interagir com a marca, independentemente do canal.<br />

Assim, para continuarem relevantes as lojas devem conciliar<br />

duas características básicas: baixo atrito e boa experiência.<br />

Isso implica a remoção dos obstáculos que separem o cliente<br />

da compra, o que envolve desde a facilidade de acesso,<br />

estacionamento, bom sortimento, informações acessíveis e<br />

fartas, pagamento sem filas ou entraves, até a facilidade de<br />

retirada do produto e possível troca.<br />

FOTOS: EMMANUEL DENAUI; DIVULGAÇÃO<br />

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