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Nada vai nos parar! - Dezembro 2018

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Lideranças Kinikinau na Câmara dos Deputados.<br />

O principal questionamento dos indígenas<br />

Kinikinau, segundo eles, é ter<br />

sua existência negada por pelo me<strong>nos</strong><br />

100 a<strong>nos</strong>, pelos órgãos públicos e a sociedade<br />

brasileira. Desde 1940, parte<br />

dos Kinikinau vive na aldeia São João,<br />

em Bonito/MS, com o povo Kadiwéu e a<br />

outra parte vive com o povo Terena, nas<br />

aldeias Nioaque e Mãe Terra/MS, após<br />

terem sido sistematicamente expulsos<br />

de suas terras tradicionais.<br />

A vinda dos indígenas<br />

à Brasília<br />

também é resultado<br />

da falta de presença<br />

e posicionamento<br />

da Funai nas cinco<br />

edições da Grande<br />

Assembleia do Povo<br />

Kinikinau. O evento,<br />

realizado anualmente<br />

em Mato<br />

Grosso do Sul, convidou<br />

representantes<br />

da Funai nacional<br />

e da Coordenação<br />

Regional de Campo<br />

Grande/MS para instituir<br />

o Grupo de trabalho (GT) a fim de<br />

realizar estudos de identificação e delimitação<br />

do território. No entanto, a<br />

Funai não se fez presente e nem justificou<br />

sua ausência.<br />

Somada à essa situação, em 2015 o<br />

povo Kinikinau protocolou pessoalmente<br />

essa mesma reivindicação para criação<br />

do GT, em Brasília, junto ao presidente<br />

da Funai da época, João Pedro. Mais<br />

uma vez, nenhuma providencia formal<br />

Liderança do povo Kinikinau, Agda Roberta<br />

4<br />

EDIÇÃO DEZEMBRO <strong>2018</strong>

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