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Lideranças Kinikinau na Câmara dos Deputados.<br />
O principal questionamento dos indígenas<br />
Kinikinau, segundo eles, é ter<br />
sua existência negada por pelo me<strong>nos</strong><br />
100 a<strong>nos</strong>, pelos órgãos públicos e a sociedade<br />
brasileira. Desde 1940, parte<br />
dos Kinikinau vive na aldeia São João,<br />
em Bonito/MS, com o povo Kadiwéu e a<br />
outra parte vive com o povo Terena, nas<br />
aldeias Nioaque e Mãe Terra/MS, após<br />
terem sido sistematicamente expulsos<br />
de suas terras tradicionais.<br />
A vinda dos indígenas<br />
à Brasília<br />
também é resultado<br />
da falta de presença<br />
e posicionamento<br />
da Funai nas cinco<br />
edições da Grande<br />
Assembleia do Povo<br />
Kinikinau. O evento,<br />
realizado anualmente<br />
em Mato<br />
Grosso do Sul, convidou<br />
representantes<br />
da Funai nacional<br />
e da Coordenação<br />
Regional de Campo<br />
Grande/MS para instituir<br />
o Grupo de trabalho (GT) a fim de<br />
realizar estudos de identificação e delimitação<br />
do território. No entanto, a<br />
Funai não se fez presente e nem justificou<br />
sua ausência.<br />
Somada à essa situação, em 2015 o<br />
povo Kinikinau protocolou pessoalmente<br />
essa mesma reivindicação para criação<br />
do GT, em Brasília, junto ao presidente<br />
da Funai da época, João Pedro. Mais<br />
uma vez, nenhuma providencia formal<br />
Liderança do povo Kinikinau, Agda Roberta<br />
4<br />
EDIÇÃO DEZEMBRO <strong>2018</strong>