Revista Ferroviária Novembro/Dezembro - 2018
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nota técnica<br />
De acordo com o gráfico acima, num determinado<br />
momento há 99 vagões estacionados no KM5, sendo 30<br />
da Pasa, 11 do TCP, 19 do Cotriguaçu e 31 da Cattalini.<br />
Figura 8 – Imagem 3D dos vagões sendo posicionados<br />
pela locomotiva de manobra<br />
6. CENÁRIOS<br />
A chegada dos trens obedeceu a uma tabela de horários,<br />
onde cada trem chega ao KM5 segundo a programação<br />
do dia com os vagões ordenados conforme<br />
o cliente para aquele horário.<br />
A partir dos parâmetros estabelecidos, o modelo<br />
de simulação desenvolvido procurou ajustar a movimentação<br />
dos trens que chegam, a locomotiva de<br />
tração, da locomotiva de manobra e dos vagões sendo<br />
estacionados e, posteriormente, encaminhados ao<br />
porto. Identificaram-se pontos de conflito e possíveis<br />
acidentes e definiram-se critérios de segurança.<br />
A partir da lógica criada, podem-se extrair gráficos<br />
que refletem os resultados da simulação ao longo do<br />
tempo. Como exemplos, podem ser citados o gráfico<br />
da Figura 9, que mostra a quantidade de vagões por<br />
cliente estacionados no pátio, e o gráfico da Figura<br />
10, que mostra o tempo médio de permanência (min)<br />
no pátio em termos de percentual de vagões.<br />
Figura 9 - Quantidade de vagões por cliente<br />
estacionados no pátio<br />
Figura 10 - Tempo médio de permanência (min) no<br />
pátio em termos de percentual de vagões<br />
De acordo com o gráfico acima, cerca de 88%<br />
dos vagões estão no pátio há 90 minutos, e 12% há<br />
780 minutos.<br />
A partir destes gráficos é possível analisar alternativas<br />
de operação, tanto alterando a chegada de vagões<br />
quanto a entrega, visando diminuição do tempo médio<br />
de espera ou redução do total de vagões.<br />
É possível através da simulação obter outros índices,<br />
tais como tempo levado pela locomotiva de manobra<br />
para estacionar cada grupo de vagões, distância<br />
percorrida pelas locomotivas x número de vagões<br />
tracionados, verificar o impacto destes gráficos variando<br />
a velocidade dos trens ou ainda avaliar situações<br />
onde o número de vagões que chegam ao KM5<br />
ultrapassa o limite físico do pátio. Pode-se ainda avaliar<br />
o impacto no sistema se for reduzido o intervalo<br />
entre os trens que chegam da Serra etc.<br />
7. CONCLUSÕES<br />
A partir dos cenários estudados e resultados obtidos,<br />
bem como todo o processo de programação que levou<br />
à Lógica de simulação, as seguintes conclusões podem<br />
ser apresentadas:<br />
• Modelos de operação ferroviária são bastante específicos<br />
e diferenciados em relação aos demais<br />
sistemas de simulação, pois as tomadas de decisão<br />
nem sempre seguem caminhos pré-definidos.<br />
Muitas vezes, o controlador da operação precisa<br />
alterar a sequência do sistema para contornar problemas<br />
muito específicos e difíceis de prever;<br />
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REVISTA FERROVIÁRIA | <strong>Novembro</strong>/<strong>Dezembro</strong> DE <strong>2018</strong>