DE 4826 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico
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João Paulo Dias<br />
www.economico.pt<br />
mobile.economico.pt<br />
Oconsensoestágarantidoetodosos<br />
partidos com assento parlamentar chegaram<br />
a acordo sobre a proposta inicialmente<br />
feita pelo CDS/PP. Todos os con-<br />
QUARTA-FEIRA, 24<strong>DE</strong>FEVEREIRO2010|Nº<strong>4826</strong><br />
PREÇO (IVA INCLUÍDO): CONTINENTE 1,60 EUROS<br />
Entrevista Daniel Proença de<br />
Carvalho explica a passagem para<br />
‘chairman’ da Uría Menendez ➥ P36<br />
A medida entra em vigor a 1 de Setembro. Quem tiver créditos a receber do Estado em atraso, terá direito a juros de mora.<br />
BCP mantém<br />
10% da Cimpor<br />
à venda<br />
A OPA da CSN falhou e começam agora as negociações<br />
entre accionistas para formar a nova administração.<br />
Mas o BCP continua a querer sair. ➥ P6 A 11<br />
tratos entre o Estado e os seus clientes<br />
vão prever que os pagamento terão de ser<br />
feitos, no máximo, a 60 dias, e quando<br />
este limite for ultrapassado o Estado será<br />
Défice Bruxelas espera Programa<br />
de Estabilidade português até<br />
ao fim da semana ➥ P13<br />
penalizado com juros de mora na sua<br />
maioria de 8% e em casos mais residuais<br />
de 4%. A medida é aprovada hoje no Parlamento.<br />
➥ P12<br />
Conheça<br />
os bombeiros<br />
alemães que<br />
estão a ajudar<br />
na Madeira<br />
DIRECTOR ANTÓNIO COSTA DIRECTOR EXECUTIVO BRUNO PROENÇA DIRECTORA-ADJUNTA CATARINA CARVALHO<br />
SUBDIRECTORES FRANCISCO FERREIRA DA SILVA E PEDRO SOUSA CARVALHO<br />
Na ilha da Madeira continuam as operações de salvamento,<br />
agora com a colaboração de bombeiros alemães.<br />
Os donativos começam a chegar à ilha. ➥ P22A25<br />
Imobiliário Arrendamento<br />
de escritórios está a subir<br />
novamente ➥ SUPLEMENTO<br />
Estado obrigado a suportar juros<br />
sempre que pagar fora de horas<br />
REPORTAGEM DOS SALVAMENTOS<br />
PGR recusa entregar<br />
despacho com<br />
as escutas ao PSD<br />
Pinto Monteiro mantém a decisão e recusa enviar para o<br />
Parlamento as justificações para não acusar Sócrates . ➥ P20<br />
ENTREVISTA COM DIOGO VAZ GUE<strong>DE</strong>S<br />
“Fizemos o<br />
que era nosso<br />
dever para<br />
salvaroBPP”➥ P38<br />
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▼ PSI 20<br />
▼ IBEX 35<br />
▼ FTSE 100<br />
▼ Dow Jones<br />
▼ Euro<br />
▼ Brent<br />
PUB<br />
Bloco de Esquerda quer acabar com os<br />
benefícios fiscais nos <strong>Plano</strong>s de<br />
Poupança Reforma.<br />
-1,57%<br />
-2,44%<br />
-0,69%<br />
-0,87%<br />
-0,81%<br />
-2,06%<br />
7.613,19<br />
10.312,90<br />
5.315,09<br />
10.293,45<br />
1,3512<br />
76,95
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4 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
A NÃO PER<strong>DE</strong>R<br />
24.02.10<br />
■ Pordata, a nova base de dados lançada<br />
ontem, reúne todas as estatísticas oficiais<br />
e permite cruzar dados em minutos. O<br />
portal (www.pordata.pt) é de acesso<br />
gratuito e foi criado pela Fundação FMS,<br />
presidida por António Barreto. ➥ P16<br />
■ PSD quer novas regras na escolha do<br />
governador do Banco de Portugal, que<br />
actualmente é nomeado pelo conselho de<br />
ministros por proposta do ministro das<br />
Finanças. Pedro Passos Coelho defende<br />
que a escolha caiba ao parlamento. ➥ P18<br />
■ França tem reservas de combustível<br />
para apenas dez dias. As greves retiram<br />
autonomia energética ao país, numa altura<br />
em que Sarkozy é reprovado por 63% dos<br />
franceses e em que o Governo prepara<br />
fortes reduções da despesa pública. ➥ P26<br />
■ Vendas de carros usados vai estagnar<br />
este ano. Em 2009 foram vendidos<br />
514.800 automóveis usados, menos 12,4%<br />
do que em 2008. E segundo a ACAP, em<br />
2010 deverá manter-se a estagnação deste<br />
segmento de negócio. ➥ P33<br />
■ Privatização da ANA demora entre<br />
onze meses e um ano a preparar, segundo<br />
a proposta da Naer. O projecto prevê uma<br />
fase de pré-qualificação e uma fase em<br />
que cada um dos privados faz o seu<br />
projecto do novo aeroporto. ➥ P36<br />
■ Benfica eliminou ontem o Hertha com<br />
quatro golos de Aimar (24’), Cardozo (47’ e<br />
60’) e Garcia (59’). Marselha deverá ser o<br />
adversário nos oitavos de final. O Benfica<br />
já amealhou mais de dois milhões de euros<br />
com a campanha na Liga Europa. ➥ P50<br />
■ Amado ou odiado: assim tem sido com<br />
José Mourinho, alvo de ameaças de morte<br />
edeplanosdeassaltoesequestropor<br />
parte da máfia macedónia. Conheça a vida<br />
agitada do “special one” que hoje se<br />
reencontra com o Chelsea. ➥ P48/49<br />
■ O melhor ‘motard’ português no Dakar,<br />
Helder Rodrigues, 4º. lugar no último rali,<br />
ambiciona voos mais altos. “Mas – diz –<br />
para ter a hipótese de ganhar é precisa<br />
uma verba anual que me permita fazer o<br />
Mundial e preparar o Dakar.” ➥ P51<br />
■ BlackBerry é a sétima marca mais<br />
‘cool’ do mundo. Com mais de 500<br />
parceiros de distribuição, a marca da RIM<br />
chega a 170 países, tendo 32 milhões de<br />
contas de assinantes globais BlackBerry.<br />
Mais de 50% são não empresariais. ➥ P53<br />
SOCIEDA<strong>DE</strong> ABERTA<br />
Vitor da Conceição Gonçalves<br />
Professor catedrático do ISEG<br />
Vice-reitor da UTL<br />
Competitividade e PEC<br />
Um estudo publicado muito recentemente, pela PWC,<br />
sobre actuações estratégicas de empresas, a nível<br />
mundial, relata algumas conclusões interessantes.<br />
Quando se pergunta aos presidentes das empresas<br />
que actividades de reestruturação levaram a cabo o<br />
ano passado e quais as que planeiam iniciar em 2010,<br />
a ênfase na eficiência tem predominância nas respostas,<br />
pois 69% dos CEO planeiam iniciativas de redução<br />
de custos. Quando se questiona sobre os planos<br />
de investimento para os próximos três anos, 78%<br />
dos responsáveis referem iniciativas para realizar<br />
eficiências de custos. Investimentos em desenvolvimento<br />
de talentos, em pesquisa e desenvolvimento,<br />
em desenvolvimento de novos produtos, em infraestruturas<br />
tecnológicas, vêm a seguir nas opções<br />
a implementar.<br />
A questão crítica para qualquer empresa,<br />
eparaqualquerpaís,éfazer<br />
o melhor uso dos seus recursos.<br />
É evidente nas respostas que para a maioria dos<br />
presidentes das empresas, o ambiente de crise<br />
económica continua. A luta pela sobrevivência é uma<br />
prioridade.Eagestãodoriscoéumaactividadea<br />
receber muito maior atenção, com ênfase no risco<br />
estratégico.<br />
Mas as empresas também continuam atentas<br />
às oportunidades emergentes. Assim, parece haver<br />
o entendimento que o fortalecimento da empresa<br />
com ganhos de eficiência não pode pôr em causa as<br />
actuações dirigidas à manutenção ou melhoria da sua<br />
competitividade.<br />
Os resultados do estudo referido são interessantes,<br />
também, porque fazem-nos lembrar um aspecto que<br />
em momentos de crise e aflição não deve ser esquecido:<br />
a questão crítica para qualquer empresa, e para<br />
qualquer país, é fazer o melhor uso dos seus recursos.<br />
Umaempresasósobreviveráeseráprósperasefor<br />
eficiente e eficaz. Um país será competitivo se conseguir<br />
vender os seus produtos nos mercados internacionais<br />
e melhoram o nível de vida dos seus cidadãos.<br />
O Programa de Estabilidade e Crescimento para<br />
2010-2013 que o governo português prepara deverá<br />
conjugar este desafio: definir claramente quais as<br />
áreas onde obrigatoriamente deverão existir reduções<br />
de custos e ganhos de eficiência e quais as actividades<br />
onde se investirá, para ajudar à melhoria da<br />
competitividade da economia portuguesa, até 2013.<br />
Alguns analistas têm referido que o OE para 2010<br />
foi mais uma “ oportunidade perdida”. É fundamental<br />
que o PEC seja uma oportunidade conquistada.<br />
Como o próprio nome do programa evidencia, é<br />
necessário actuar nos vectores estabilidade e crescimento.<br />
O crescimento não acontecerá apenas por<br />
existir estabilidade; é uma condição necessária mas<br />
não suficiente. O PEC que necessitamos deverá não<br />
“apenas” arrumar a casa mas também preparar<br />
a casa portuguesa. ■<br />
AFRASE<br />
“Alberto João Jardim está<br />
a imprimir uma dinâmica<br />
positiva e de confiança”<br />
Fernando Gabriel<br />
Investigador universitário<br />
—Luís Amado, ministro dos Negócios Estrangeiros<br />
O responsável pela pasta dos Negócios Estrangeiros, em<br />
entrevista, lamenta a tragédia que atingiu os madeirenses<br />
e elogia a resposta “dinâmica” e “positiva” do presidente<br />
do Governo da Região Autónoma. ➥ P23<br />
Uma ideia de história<br />
O que poderá tornar uma série televisiva num objecto de<br />
controvérsia sem sequer terem começado as filmagens? A resposta<br />
concisa é: JFK. Assim que se soube que Joel Surnow, o<br />
criador a série televisiva “24”, tencionava filmar uma minisérie<br />
sobre a vida de John F. Kennedy, imediatamente algumas<br />
consciências vigilantes se auto-proclamaram guardiães da<br />
verdade histórica e acusaram os produtores da série de “revisionismo”.<br />
Há até uma petição online com o democraticíssimo<br />
propósito de impedir o History Channel de exibir a heresia.<br />
Ignorando o absurdo de tomar a generalidade dos conteúdos<br />
do History Channel por historiografia, pelo alarme causado supus<br />
que a série se propunha investigar os recantos obscuros da<br />
presidência Kennedy, a começar pelas suspeitas de fraude eleitoral<br />
em estados decisivos, como o Illinois (numa secção de voto<br />
em Chicago com apenas 22 eleitores, JFK conseguiu o notável<br />
resultado de 74 votos) ou o Texas, onde vários juízes eleitorais<br />
anularam mais de 40% dos votos, com justificações idênticas às<br />
invocadas na Florida em 2000. Ou talvez os autores da série<br />
pretendessem abordar as alegações feitas, entre outros, por<br />
Benjamin C. Bradlee e Victor Lasky, de que o escândalo de<br />
Watergate teve um precedente com John e Robert Kennedy:<br />
terão ordenado escutas ilegais a jornalistas e a diversas individualidades,<br />
incluindo Martin Luther King, e utilizado<br />
os serviços de auditoria fiscal para aceder a declarações de<br />
rendimentos de opositores políticos.<br />
Há formas mais subtis de empobrecimento<br />
civilizacional do que a incapacidade<br />
de acumulação de riqueza.<br />
Puro engano. Os preventivamente indignados alegam<br />
que o produtor pretende transpor a sublime porta que separa<br />
a liberdade da licenciosidade na descrição da vida sexual<br />
de Kennedy e acrescentam umas minudências avulsas não<br />
conformes à história “tal como aconteceu”. Isto parecelhes<br />
suficiente para exigirem ao History Channel que não<br />
exiba a série. É o mesmo canal que exibiu recentemente<br />
“The People Speak”, uma adaptação da narrativa marxista<br />
da história americana escrita por Howard Zinn. Não houve<br />
notícia de abaixo-assinados e ninguém tentou impedir a<br />
exibição. Ou a patrulha estava distraída, ou não vê inconveniente<br />
em confundir propaganda com historiografia,<br />
desde que promova a sua agenda ideológica.<br />
A acusação de “revisionismo” é um pretexto frequente para<br />
legitimar a tutela política da história. Recentemente, o presidenterussoeoprimeiro-ministroisraelitapronunciaram-se<br />
contra os “abusos de reinterpretação” da história da II Guerra<br />
Mundial. Aos russos desagrada a nova historiografia crítica<br />
proveniente dos países de leste que ocuparam e governaram<br />
por proxies ditatoriais; aos israelitas interessa preservar o<br />
monopólio do horror associado ao Holocausto. Sucede que<br />
toda a história é reinterpretação crítica, sempre em busca de<br />
uma maior coerência: a convicção de que existe um passado<br />
objectivo cuja “recuperação” é possível e compete ao historiador<br />
é um erro neo-positivista, que possibilita a subordinação<br />
da história às conveniências políticas. Aceitar que, em nome<br />
da “autenticidade” interpretativa, se silencie a voz crítica<br />
da história, é aceitar uma forma subtil mas essencial de<br />
empobrecimento civilizacional. ■<br />
O NÚMERO<br />
24,5 mil milhões<br />
O endividamento do Sector<br />
Empresarial do Estado<br />
ultrapassou os 24,5 mil milhões<br />
de euros nos primeiros nove<br />
meses do ano passado. Estradas<br />
de Portugal, Refer, Metro do<br />
Porto e Parpública foram as<br />
empresas que mais contribuíram<br />
para aquele aumento, com 3,7 mil<br />
milhões de euros. ➥ P30/31
Paulo Figueiredo<br />
A FACE VISÍVEL<br />
Miguel Coutinho<br />
miguel.coutinho@economico.pt<br />
OTESTE<br />
DO PEC<br />
TEMPO <strong>DE</strong> CONSENSOS NA CIMPOR<br />
Sabe-se pouco do conteúdo do Programa de Estabilidade e<br />
Crescimento (PEC) que o Governo apresentará aos parceiros sociais,<br />
aos partidos da Oposição e, finalmente, a Bruxelas. O que se vai<br />
conhecendo – o Diário Económico revelou ontem que serão impostos<br />
limites de endividamento para as empresas públicas –, vai, no<br />
entanto, no caminho certo: medidas duras e restritivas, seguramente<br />
impopulares. O PEC é o mais importante documento que sairá das<br />
mãos do ministro das Finanças, já que define as linhas de orientação<br />
da política económica em Portugal até 2013. É, por isso, um teste<br />
à capacidade e coragem política do Governo. Mas, é, também, um<br />
desafio ao sentido de responsabilidade de sindicatos, confederações<br />
patronais e partidos políticos. Oxalá estejam à altura…<br />
O fracasso da OPA da CSN sobre a Cimpor deixa a cimenteira com uma estrutura<br />
accionista assente em três blocos: duas empresas brasileiras, a Camargo e a Votorantim<br />
(esta coligada com a Caixa Geral de Depósitos), e o empresário português Manuel Fino.<br />
Provavelmente, a coexistência dos dois accionistas brasileiros terá um limite temporal.<br />
E esse facto torna ainda mais determinante a presença de um accionista português forte<br />
no capital da empresa, conferindo à Investifino uma responsabilidade acrescida<br />
na estratégia futura da companhia. A história recente da Cimpor aconselha vivamente<br />
a que os três blocos se entendam e esse entendimento passa pela apresentação de uma<br />
lista conjunta para os órgãos sociais na próxima assembleia geral que deverá ocorrer<br />
em Abril. A Cimpor já teve e já excedeu largamente a sua quota de jogadas de bastidores<br />
e de desentendimentos entre accionistas. Para uma das poucas multinacionais<br />
portuguesas é tempo de consensos.<br />
Presidente Nuno Vasconcellos<br />
Vice-presidente Rafael Mora<br />
Administradores Paulo Gomes e António Costa<br />
Directora Administrativa e Financeira Elisabete<br />
Seixo Director Geral Comercial Bruno Vasconcelos<br />
Director de Operações e Controlo Pedro Ivo de<br />
Carvalho<br />
RedacçãoRua Vieira da Silva, nº45, 1350-342 Lisboa,<br />
Telf.213236700/213236800-Fax213236801<br />
Delegação Porto Edifício Scala, Rua do Vilar, 235-<br />
4º, 4050-626 Porto, Telf. 22 543 90 20 - Fax 22<br />
609 90 68<br />
deconomico@economico.pt<br />
Director António Costa<br />
Director-executivo Bruno Proença<br />
Directora-adjunta Catarina Carvalho<br />
Subdirectores Francisco Ferreira da Silva<br />
ePedroSousaCarvalho<br />
Editores Executivos Miguel Costa Nunes e Renato Santos<br />
Editora de Fecho Gisa Martinho Grandes Repórteres<br />
Ana Maria Gonçalves, Herminia Saraiva, Ligia<br />
Simões, Luís Rego, Maria Teixeira Alves e Nuno Miguel<br />
Silva Destaque Mónica Silvares (Editora) Economia<br />
Manuel Esteves (editor), Marta Moitinho Oliveira<br />
(coordenadora), Alexandra Ferreira, Cristina Oliveira,<br />
Denise Fernandes, Luis Reis Pires, Margarida Peixoto,<br />
Paula Cravina de Sousa e Pedro Romano Política Francisco<br />
Teixeira (editor), Mariana Adam (coordenadora),<br />
Alda Martins, Catarina Duarte, Catarina Madeira, Márcia<br />
Galrão, Susana Represas, Pedro Quedas e Tatiana<br />
Canas Empresas Filipe Alves (editor), Eduardo Melo<br />
(coordenador), Ana Baptista, Carlos Caldeira, Catia Simões,<br />
Hugo Real, Marina Conceição e Sara Piteira<br />
Mota Finanças Tiago Freire (editor), Alexandra Brito<br />
(coordenadora), Bárbara Barroso, Catarina Melo, Maria<br />
Ana Barroso, Marta Reis, Marta Marques Silva, Rui<br />
Barroso, Sandra Almeida Simões e Tiago Figueiredo<br />
Silva Universidades Madalena Queirós (editora), Andrea<br />
Duarte, Ana Petronilho e Carla Castro Fora de Série<br />
Rita Ibérico Nogueira (editora), Ana Filipa Amaro e<br />
Rita Saldanha da Gama (coordenadoras), Madalena<br />
Haderer, Lurdes Ferreira (secretariado), Paulo Couto<br />
(director de arte), Inês Maia (pa<strong>gina</strong>ção) Outlook Isabel<br />
Lucas (editora), João Pedro Oliveira (coordenador),<br />
António Sarmento, Angela Marques, Barbara Silva,<br />
Joana Moura e Cristina Borges (assistente) Projectos<br />
“<br />
Há três factores<br />
importantes:<br />
a vitória; golear;<br />
eanota<br />
artística.<br />
Mas este último<br />
é na patinagem<br />
artística”,<br />
Jorge Jesus,<br />
treinador do Benfica<br />
Esta época o Benfica<br />
tem sido o campeão<br />
das vitórias, das<br />
goleadas e também<br />
da nota artística.<br />
Abdicar da nota<br />
artística é,<br />
convenhamos, um<br />
atentado ao princípio<br />
muito português de<br />
que mais vale dar<br />
espectáculo do que<br />
ter razão. Seja em<br />
queáreafor,da<br />
política ao futebol.<br />
Especiais António de Albuquerque e Irina Marcelino<br />
(editores), Ana Cunha Almeida, Dircia Lopes, Inês QueirozeRaquelCarvalhoOpinião<br />
Ricardo da Costa Nunes<br />
(editor) e Madalena Leal <strong>DE</strong> online Pedro Latoeiro<br />
(coordenador) , Rogério Junior (webdesigner), Cristina<br />
Barreto, Eudora Ribeiro, Mafalda Aguilar, Nuno<br />
Barreto, Pedro Duarte e Rita Paz Media Eduarda Carvalho,<br />
Rebeca Venancio (estagiária) e Margarida Henriques<br />
Infografia Susana Lopes (coordenadora), Mário<br />
Malhão e Marta Carvalho Fotografia Paulo Figueiredo<br />
(editor), Cristina Bernardo, João Paulo Dias, Paula Nunes<br />
e Paulo Alexandre Coelho Assistente de Direcção<br />
Rita Rodrigues Secretariado Geral Dulce Costa<br />
Redacção do Porto Elisabete Felismino (coordenadora),<br />
António Freitas de Sousa, Elisabete Soares, SóniaSantosPereiraeMiraFernandes(secretária)Correspondentes<br />
Alfredo Prado (Brasil), Cristina Krippahl<br />
(Colónia) e João Francisco Pinto (Macau) Tradutores<br />
Ana Pina e Carlos Sousa Departamento Gráfico Paulo<br />
Couto (director de arte), Maria de Jesus Correia, Pe-<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 5<br />
EDITORIAL<br />
BancodePortugal<br />
com nova<br />
legitimidade<br />
O sucessor de Vítor ConstâncioàfrentedoBancodePortugal<br />
poderá já não ser escolhido<br />
pelo actual Governo,<br />
mas através do Parlamento;<br />
pelo Presidente da República<br />
sob indicação do Executivo;<br />
ou ouvindo previamente a<br />
oposição. Caso prevaleça a<br />
vontade expressa dos candidatos<br />
à liderança do Partido<br />
Social-Democrata, a actual<br />
forma de indicação do líder<br />
do Banco de Portugal irá mudar,<br />
mais cedo ou mais tarde,<br />
deixando de ser feita por<br />
mera indicação do Governo<br />
em funções.<br />
A ideia, já aplicada noutros<br />
órgãos, como a Provedoria de<br />
Justiça, tem a vantagem de<br />
acabar com o negócio implícito<br />
existente entre social-democratas<br />
e socialistas que repartem<br />
entre si a liderança do<br />
Banco de Portugal e da Caixa<br />
GeraldeDepósitos.Etema<br />
vantagem de dar uma nova<br />
legitimidade ao próximo governador,<br />
depois de um mandato<br />
em que Vítor Constâncio<br />
foi severamente criticado pela<br />
totalidade dos partidos com<br />
assento parlamentar, excepção<br />
feita aos socialistas.<br />
Só o tempo dirá se a vontade<br />
dos três candidatos à liderança<br />
do PSD se manterá<br />
quando um deles for eleito.<br />
Mas depois da vontade hoje<br />
assumida no Diário Económico<br />
por Pedro Passos Coelho,<br />
Paulo Rangel e José Pedro<br />
Aguiar-Branco, caso o Governo<br />
decida avançar sozinho<br />
para a escolha do próximo líder<br />
do Banco de Portugal, seja<br />
ele quem for, já não estará a<br />
salvodasuspeitadequeestará<br />
sempre ao lado do Governo.<br />
dro Fernandes e Rute Marcelino (coordenadores), Ana<br />
Antunes, Carla Carvalho, Jaime Ribeiro, Patricia Castro,<br />
Sandra Costa e Vanda Clemente Exclusivos Corriere<br />
della Sera, El Mundo, Expansión e Financial Times<br />
Colunistas António Carrapatoso, António Correia de<br />
Campos, António Bagão Félix, Bruno Valverde Cota,<br />
Carlos Marques de Almeida, Fernando Gabriel, João<br />
Adelino Faria, João de Almeida Santos, João Duque,<br />
João Marques de Almeida, João Paulo Guerra, João<br />
Santos Lucas, João Vieira da Cunha, Joel Hasse Ferreira,<br />
Francisco Murteira Nabo, Luís Mira Amaral, Luís<br />
Morais, Maria Manuel Leitão Marques, Miguel Castro<br />
Coelho, Miguel Mendes Pereira, Nuno Cintra Torres, Nuno<br />
Fernandes Thomaz, Nuno Sampaio, Paulo Gonçalves<br />
Marcos, Paulo Kuteev-Moreira, Paulo Lopes Marcelo,<br />
Paulo Soares de Pinho, Pedro Adão e Silva, Pedro<br />
Lomba, Rita Marques Guedes, Rui Grilo, Tiago Caiado<br />
Guerreiro, Vítor da Conceição Gonçalves, Vital Moreira,<br />
Vítor Bento e Vítor Neto; Centro de Documentação<br />
Manuela Rainho<br />
Membro da<br />
Tiragem media<br />
em Janeiro<br />
23.862<br />
Exemplares
6 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
<strong>DE</strong>STAQUE FRACASSO DA OPA À CIMPOR<br />
BCP continua<br />
a querer vender<br />
10% da Cimpor<br />
O fim da OPA não é afinal o fim da linha, na estrutura<br />
accionista da Cimpor. Já há novas movimentações.<br />
Maria Teixeira Alves<br />
e Francisco Ferreira da Silva<br />
maria.alves@economico.pt<br />
Talcomoeraesperado,aOPAda<br />
CSN sobre a Cimpor fracassou<br />
por falta de accionistas disponíveis<br />
para vender. Mas ao contrário<br />
do que seria de esperar, a estabilidade<br />
accionista da cimenteira<br />
ainda é um longo caminho a<br />
percorrer. Segundo o Diário Económico<br />
apurou, alguns accionistas<br />
vão agora passar à segunda<br />
ronda negocial para vender as<br />
suas acções. O Fundo de Pensões<br />
do BCP, é um exemplo, já que não<br />
deverá manter a sua participação<br />
na Cimpor (10,04%).<br />
Nas próximas duas semanas<br />
são esperadas novidades. Haverá<br />
certamente novos accionistas<br />
nacionais na estrutura da Cimpor,<br />
apurou o Diário Económico.<br />
Até agora os nomes de Luís<br />
Champalimaud e Pedro Queiroz<br />
Pereira são os mais falados, mas<br />
ninguém confirma que possam<br />
ser os candidatos à fatia que detém<br />
o fundo de pensões do banco.<br />
Já foi assumido em comunicado<br />
a intenção do Fundo de<br />
Pensões do BCP vender as suas<br />
acções da Cimpor.<br />
A intenção de vender na OPA<br />
foi gorada pelo conhecimento<br />
prévio de que a Investifino não<br />
iria dar ordem de venda, condenando<br />
a OPA ao fracasso. Apesar<br />
do preço de 6,18 euros ser recomendável<br />
pelos analistas, a verdade<br />
é que o Fundo de Pensões<br />
do BCP, perante a impossibilidade<br />
da OPA ter sucesso, optou por<br />
não dar ao mercado qualquer indicação<br />
do valor que atribui à<br />
sua participação na Cimpor. Razãopelaqualasintençõesde<br />
venda na OPA da CSN não chegaram<br />
a 9% do capital (8,5%).<br />
Neste momento, a Cimpor<br />
tem cinco accionistas de referência,<br />
dois deles, rivais no Brasil(CamargoeVotorantim).A<br />
Camargo Corrêa tem 31,63% e a<br />
Votorantim 21,22%. Depois há a<br />
Caixa Geral de Depósitos com<br />
9,63%; a Investifino com<br />
10,67% e o fundo do BCP com<br />
10,04%. A partir daqui desenhar-se-á<br />
um equilíbrio de forças.<br />
A CGD está vinculada a um<br />
acordo com a Votorantim (até<br />
33% do capital); é possível que a<br />
CamargoeaInvestifino estejam<br />
unidos por um entendimento<br />
natural para o futuro da Cimpor.<br />
Até porque a Camargo tirou a<br />
Teixeira Duarte do caminho de<br />
Manuel Fino e por outro lado<br />
comprometeu-se a não subir<br />
acima do limiar de OPA (33%).<br />
Se nada acontecesse, o equilíbrio<br />
de forças seria testado na<br />
assembleia-geral da Cimpor,<br />
queseprevêquevenhaaserantecipada<br />
para Abril. A Camargo<br />
sempre defendeu uma gestão<br />
executiva profissional e nacional<br />
para a Cimpor e um entendimento<br />
entre os vários accionistas.<br />
Podendo estes virem a ter<br />
representantes no conselho de<br />
administração, mas sem funções<br />
executivas.<br />
Faria de Oliveira diz que<br />
accionistas podem conversar<br />
A paz na Cimpor exige um entendimento<br />
entre a Camargo e a<br />
Votorantim, o que já acontece<br />
em participadas no Brasil. Se<br />
não se entenderem, o natural é<br />
que seja a Votorantim a vender a<br />
sua posição. A CGD que tem um<br />
acordo parassocial com a Votorantim,<br />
a dez anos, mas está disponível<br />
para participar nas con-<br />
“Agora vamos ver<br />
qual é o resultado<br />
desta situação<br />
accionista da Cimpor.<br />
É natural que se possa<br />
conversar”, diz o<br />
presidente da CGD.<br />
.<br />
versas entre blocos accionistas.<br />
O presidente da CGD disse<br />
ontem ao Diário Económico que<br />
“o resultado da OPA não é surpresa,<br />
depois de conhecidas as<br />
aquisições de acções da Cimpor<br />
por parte da Camargo e da Votorantim”.<br />
E adiantou: “A CGD fez<br />
um acordo com a Votorantim<br />
porque o projecto parecia dar<br />
garantias de ser aquilo que nós<br />
designámos por parceria estratégica.<br />
Com a finalidade de permitirmanteroscentrosdecompetências<br />
e de controle nacionais.”<br />
Mas deixou no ar algum<br />
cepticismo em relação ao futuro<br />
da Cimpor: “Agora vamos ver<br />
qualéoresultadodestasituação<br />
accionista da Cimpor. É natural<br />
que se possa conversar.”<br />
“Nem o grupo Votorantim,<br />
nem a Camargo Corrêa parecem<br />
querer ultrapassar os 33% da<br />
Cimpor. Será por isso na assembleia-geral,<br />
quando houver lugar<br />
à eleição dos órgãos sociais,<br />
que tudo se definirá. Logo se<br />
verá como é que as coisas correm.”,<br />
disse Faria de Oliveira.<br />
Opresidentedobancodisse<br />
ainda que a “CGD não tem intenção<br />
de comprar uma posição na<br />
Cimpor, para além da posição que<br />
detém actualmente” e “se o grupo<br />
Fino exercer a opção de compra”<br />
sobre a participação do bancodoestado“logoseverásea<br />
CGD vai ao mercado adquirir uma<br />
pequena participação para cumprir<br />
o que está previsto no acordo<br />
com a Votorantim, mas a fazê-lo<br />
será sempre uma participação<br />
bastante inferior à que temos hoje<br />
na Cimpor (9,6%)”, concluiu.<br />
Há ainda a questão da concorrência<br />
no Brasil que poderá ajudar<br />
ao desenho de uma estrutura<br />
accionista da Cimpor. A Autoridade<br />
da Concorrência brasileira<br />
exigiu a suspensão temporária do<br />
poder de gestão da Cimpor no<br />
Brasil, quer à Votorantim, quer à<br />
Camargo. Até que tenha completa<br />
a sua análise do impacto na<br />
concorrência, desta aquisição.<br />
Pois as duas cimenteiras que<br />
compraram cada uma quase um<br />
terçodaCimpor,sãoconcorrentes<br />
no Brasil. A CA<strong>DE</strong> pode vir<br />
exigir “remédios” se concluir<br />
que há problemas concorrênciais,<br />
ou seja a venda de activos<br />
no Brasil. (ver pág. 8) ■<br />
1<br />
3<br />
Steinbruch vai continuar a<br />
tentar internacionalizar a CSN.<br />
António Costa em São Paulo<br />
antónio.costa@economico.pt<br />
A Oferta Pública de Aquisição<br />
(OPA) da CSN sobre a Cimpor<br />
falhou e Benjamim Steinbruch<br />
não conseguiu concretizar o sonho<br />
de comprar a maior empresa<br />
industrial portuguesa e fazer<br />
dela uma grande empresa mundial.<br />
No mesmo dia, o ‘patrão’<br />
da brasileira CSN recebeu o Diário<br />
Económico em São Paulo, a<br />
capital financeira do Brasil, no<br />
20ºandardasededaempresa,<br />
na Av. Brigadeiro Faria Lima,<br />
apenas para conversar, porque o<br />
momento não é para falar em<br />
público. Mas os silêncios, às vezes,<br />
são mais palavrosos que<br />
muitas palavras.<br />
Descontraído, em camisa e<br />
comasmangasarregaçadas–<br />
numa cidade que, por estes dias,<br />
ultrapassa os 30º de temperatura<br />
- Benjamin Steinbruch não<br />
consegue esconder ao longo de<br />
uma conversa informal a frustração<br />
e desilusão por ter sido<br />
vencido pelos seus concorrentes<br />
brasileiros, porque os accionistas<br />
da Cimpor, nomeadamente<br />
a Caixa Geral de Depósitos, não<br />
valorizaram a melhor proposta<br />
em cima da mesa. Porquê?<br />
Steinbruch recusa-se a classificar<br />
a resposta que teve do banco<br />
público. E isso chega!<br />
De resto, não consegue se-<br />
Paulo Figue<br />
Benjamin Stein
PONTOS-CHAVE<br />
Alguns accionistas vão passar<br />
à segunda ronda negocial para<br />
vender as suas acções. O Fundo de<br />
Pensões do BCP, é um exemplo, já<br />
que não deverá manter as sua<br />
participação na Cimpor (10,04%).<br />
A Secretaria de Direito<br />
Económico encaminhou uma<br />
sugestão de medida cautelar ao<br />
CA<strong>DE</strong> contra a Votorantim e<br />
Camargo. O CA<strong>DE</strong> ainda não se<br />
pronunciou se acatará a sugestão.<br />
As acções da Cimpor<br />
depois do fracasso da OPA<br />
regressaram a níveis anteriores<br />
à oferta pública e registaram<br />
uma queda de 5,35%, fechando<br />
a sessão nos 5,54 euros.<br />
iredo João Paulo Dias DR<br />
1 Benjamin Steinbruch viu<br />
frustrados os seus desejos de<br />
entrar no sector dos cimentos.<br />
4 5<br />
2 José Ermírio de Moraes,<br />
presidente da Votorantim,<br />
conseguiu obter 31% da Cimpor,<br />
graças ao acordo com a CGD.<br />
3 A Euronext fez ontem uma<br />
sessão especial para anunciar<br />
oficialmente os resultados da<br />
OPA.<br />
4 Faria de Oliveira admitiu ao<br />
Diário Económico que está<br />
disposto a conversar na próxima<br />
assembleia-geral.<br />
5 Vitor Hallack, presidente da<br />
Camargo, conseguiu obter 31,64%<br />
das acções da Cimpor.<br />
O dinheiro nunca foi<br />
um problema para a<br />
CSN, que tinha linhas<br />
de financiamento<br />
acordadas para<br />
chegar uma oferta<br />
de sete euros<br />
por acção.<br />
Cale Merege/Bloomberg<br />
bruch no dia da derrota<br />
quer disfarçar que Portugal foi,<br />
em certo sentido, uma surpresa,<br />
e não pelos melhores motivos.<br />
As cimenteiras Camargo CorrêaeaVotorantintêmmaisde<br />
50% do capital da empresa portuguesa,<br />
mas Steinbruch continua<br />
a acreditar que tinha a melhor<br />
oferta para o futuro da empresa.<br />
O resultado da OPA – e o<br />
seu insucesso – só contribuirá<br />
para limitar o crescimento da<br />
Cimpor nos mercados internacionais,<br />
nos ‘maduros’ e nos<br />
‘emergentes’. As relações entre a<br />
cimenteira, os seus principais accionistas<br />
e os bancos que os financiam<br />
criam um caldo que não<br />
é favorável aos negócios, e<br />
Steinbruch reconhece que descobriu<br />
isso com esta OPA.<br />
2<br />
O dinheiro nunca foi um problemaparaaCSN,quetinhalinhas<br />
de financiamento acordadas<br />
para chegar uma oferta de sete<br />
euros por acção. A CSN ‘ficou-se’<br />
pelos 6,18 euros por acção, um<br />
preçoquejáeramuitofavorável<br />
em relação aos fundamentais da<br />
empresa, por isso, o preço oferecido<br />
foi o que considerou adequadoaoracionaldonegócio.<br />
Agora, está posta de parte a<br />
possibilidade de ficar com alguma<br />
posição accionista na Cimpor,<br />
mas Portugal continuará a<br />
ser um destino para Benjamin<br />
Steinbruch, por causa da empresa<br />
de aço Lusosider, que integra<br />
o seu grupo, mas sobretudo<br />
porque tem muitos amigos,<br />
há muitos anos, em Portugal.<br />
Steinbruch é, por isso, um homem<br />
preocupado com o facto<br />
de ter percebido, a seu custo,<br />
que Portugal é uma economia<br />
fechada. Sem mais.<br />
Surpreendido com a apatia<br />
dos portugueses perante um momento<br />
histórico, um momento<br />
que deveria ser aproveitado pelas<br />
autoridades políticas e pelos portugueses<br />
para definirem, estrategicamente,<br />
o que deve ser o país,<br />
e para Portugal assumir um papel<br />
diferente, nomeadamente na relação<br />
com Espanha, Benjamin<br />
Steinbruch vai continuar a procurar<br />
oportunidades para fazer o<br />
que não conseguiu com a Cimpor:<br />
internacionalizar a CSN a<br />
partir de um mercado não-brasileiro<br />
no sector dos cimentos. ■<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 7<br />
DR<br />
Administração<br />
da Cimpor<br />
recusa<br />
renunciar<br />
aos cargos<br />
Já está marcada uma assembleiageral<br />
ordinária para aprovação<br />
de resultados para 11 de Maio.<br />
Nuno Miguel Silva<br />
nuno.silva@economico.pt<br />
A administração da Cimpor não<br />
está, neste momento, a ponderar<br />
qualquer renúncia aos cargos,<br />
muito menos em bloco,<br />
apurou o Diário Económico junto<br />
de fonte próxima da gestão da<br />
cimenteira portuguesa.<br />
Também não está previsto<br />
que a equipa liderada por Ricardo<br />
Bayão Horta venha a<br />
tomar alguma posição pública<br />
sobre o fracasso da Oferta Pública<br />
de Aquisição (OPA) lançadaa18deDezembropela<br />
Companhia Siderúrgica Nacional<br />
(CSN) e que terminou<br />
na passada segunda-feira.<br />
Recorde-se que durante a<br />
oferta, a administração da<br />
OPA rejeitou por três vezes a<br />
investida do grupo de Benjamin<br />
Steinbruch.<br />
Depois de terminada a OPA,<br />
a administração da Cimpor não<br />
tem agora qualquer limitação<br />
em termos de gestão controlada,<br />
pelo que pode proceder a<br />
alienações, aquisições ou aumentos<br />
de endividamento.<br />
Mas, fonte ligada à administração<br />
da Cimpor assegurou,<br />
ao Diário Económico, que<br />
“esse não é o ponto crítico<br />
neste momento”.<br />
A Cimpor está mais interessada<br />
em ultimar a apresentação<br />
dos resultados anuais referentes<br />
ao exercício de 2009, agendada<br />
para 3 de Março. Já está marcada<br />
uma assembleia-geral ordinária<br />
para aprovação dos mesmospara11deMaio,masosnovos<br />
grandes accionistas da cimenteira<br />
poderão requerer o<br />
agendamento de uma assembleia-geral<br />
extraordinária antecipada<br />
para eleição de novos órgãos<br />
sociais. ■<br />
Terminada a OPA,<br />
a administração<br />
da Cimpor já não tem<br />
qualquer limitação<br />
em termos de gestão<br />
controlada, pelo<br />
que pode proceder a<br />
alienações, aquisições<br />
ou aumentos<br />
de endividamento.
8 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
<strong>DE</strong>STAQUE FRACASSO DA OPA À CIMPOR<br />
Mercado brasileiro<br />
ditou movimentos<br />
da Camargo<br />
e Votorantim<br />
Entrada na Cimpor pode ter sido estratégia para<br />
impedir que a CSN se torne num concorrente.<br />
Domingos Zaparolli em São Paulo<br />
dzaparolli@brasileconomico.com.br<br />
Com uma capacidade produtiva<br />
anual de 31 milhões de toneladas<br />
de cimento e bem posicionada em<br />
Portugal, Espanha e em alguns<br />
dos principais mercados emergentes<br />
do mundo, como China,<br />
Índia e Turquia e em seis países<br />
africanos, a Cimpor é um activo<br />
atraente para qualquer grupo cimenteiro<br />
que queira se internacionalizar,<br />
como é o caso das brasileiras<br />
Camargo Corrêa e Votorantim.<br />
Mas a avaliação do grande<br />
interesse pela Cimpor demonstrado<br />
por estas empresas não pode<br />
ser feita sem se ter em conta a disputa<br />
pelo promissor mercado brasileiro<br />
que vai acolher os Jogos<br />
Olímpicos e o Campeonato Mundial<br />
de Futebol.<br />
O mercado brasileiro de cimentos<br />
tem uma peculiaridade.<br />
Mais de 60% é realizado através de<br />
pequenos retalhistas, por isso,<br />
contar com uma boa rede de distribuição<br />
é fundamental para obter<br />
sucesso neste segmento de<br />
mercado. A Cimpor, a terceira<br />
maior cimenteira do país, já contava<br />
com esta rede, o que a tornava<br />
ainda mais atraente para a CSN,<br />
queentrounomercadodecimentos<br />
em 2009 com a construção de<br />
uma fábrica em Volta Redonda<br />
com capacidade de produção de<br />
2,8 milhões de toneladas. No ano<br />
Um sector a crescer<br />
6% ao ano<br />
No ano passado, mesmo com a<br />
crise financeira internacional, foram<br />
comercializados no Brasil 51,3<br />
milhões de toneladas de cimento,<br />
mesmo volume de 2008, o melhor<br />
ano na história do sector. Segundo<br />
dados do Sindicato Nacional da<br />
Indústria de Cimentos, para 2010 e<br />
2011,aexpectativaédeum<br />
crescimento na casa de 6% a 7%<br />
ao ano. “O mercado de cimento é<br />
promissor no Brasil”, diz José<br />
Otávio de Carvalho, vice-presidente<br />
executivo do sindicato.<br />
passado, produziu aproximadamente<br />
300 mil toneladas. A CSN,<br />
porém, conta com duas vantagens<br />
competitivas.Aprimeiraéapossibilidade<br />
de usar a escória de seu<br />
alto-forno como matéria-prima<br />
para a produção de cimento. Segundo,<br />
a sinergia de vendas voltadas<br />
para o mercado de construção<br />
civil, unindo aço e cimento.<br />
Paulo Furquim, professor de<br />
economia da Fundação Getúlio<br />
Vargas, de São Paulo, e ex-membro<br />
do Conselho Administrativo<br />
de Defesa Económica (CA<strong>DE</strong>), no<br />
período de 2006 a 2009, – a Autoridade<br />
da Concorrência brasileira<br />
–acreditaqueomovimentoda<br />
Camargo Corrêa, quarta do mercado<br />
brasileiro, e da Votorantim,<br />
líder, em busca de uma participação<br />
na Cimpor pode ter sido motivada<br />
por uma estratégia para impedir<br />
que a CSN se torne repentinamente<br />
um competidor de peso<br />
no mercado brasileiro.<br />
“Aparentemente, Camargo e<br />
Votorantim podem ter realizado<br />
um movimento defensivo, para<br />
impedir que um novo competidor<br />
entre e reduza os preços e, consequentemente,<br />
as boas margens de<br />
lucro das empresas do sector”,<br />
defende o professor. Furquim<br />
acredita que o CA<strong>DE</strong> acabará por<br />
colocar restrições à operação de<br />
compra da Cimpor, na medida<br />
que ela pode ser prejudical ao<br />
consumidor final.<br />
ASecretariadeDireitoEconómico<br />
(S<strong>DE</strong>), órgão do Ministério<br />
da Justiça, encaminhou uma<br />
sugestão de medida cautelar ao<br />
CA<strong>DE</strong> em relação às operações<br />
envolvendo a aquisição de participação<br />
na Cimpor pela Votorantim<br />
e Camargo Corrêa. O CA<strong>DE</strong><br />
ainda não se pronunciou se acatará<br />
a sugestão. A expectativa de<br />
Furquim é que o órgão adopte<br />
um acto de Acordo de Preservação<br />
de Reversibilidade. Se for<br />
essa a decisão, para efeitos práticos,<br />
a operação fica congelada<br />
até a analise final do CA<strong>DE</strong>, que<br />
costuma ser demorada.<br />
Em relação às possibilidades<br />
que sobram para a CSN, Furquim<br />
avaliaquenãosãomuitas.“Terão<br />
que conquistar espaço junto do<br />
consumidor, um processo que não<br />
leva menos de dez anos”, identifica<br />
o professor. A compra do grupo<br />
J. Santos, segundo do mercado<br />
brasileiro, não é uma possibilidade<br />
na avaliação de Furquim. “É uma<br />
empresa com boa rentabilidade,<br />
quenãoestáavenda,equetem<br />
um óptimo relacionamento com a<br />
Votorantim e a Camargo. Não<br />
creio que seja um alvo acessível<br />
para a CSN”, concluiu. ■<br />
A autoridade da Concorrência brasileira<br />
(Cade) poderá travar a estratégia da Camargo<br />
e da Votorantim na Cimpor, por excesso<br />
de concentração no mercado brasileiro.<br />
Paulo Whitaker/Reuters<br />
Infografia: Susana Lopes |susana.lopes@economico.pt
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10 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
<strong>DE</strong>STAQUE FRACASSO DA OPA À CIMPOR<br />
Cenários que vão decidir<br />
ofuturodaempresa<br />
Camargo Corrêa e Votorantim decidem o futuro da Cimpor.<br />
Mas Fino e BCP também têm uma palavra a dizer.<br />
Nuno Miguel Silva<br />
nuno.silva@economico.pt<br />
Apesar de OPA da CSN sobre a<br />
Cimpor ter falhado, o futuro da<br />
cimenteira portuguesa ainda<br />
continua uma incógnita, com<br />
várias possibilidades que só poderão<br />
ser confirmadas ou rejeitadas<br />
ao longo das próximas semanas<br />
ou meses. Camargo Corrêa e<br />
Votorantim vão liderar este processo.<br />
Numa segunda linha, serão<br />
relevantes as decisões de Manuel<br />
Fino, do fundo de pensões<br />
do BCP e da própria Autoridade<br />
brasileira da Concorrência. Na<br />
ribalta, poderão ainda (res)surgir<br />
intervenientes como a Caixa Geral<br />
de Depósitos, Teixeira Duarte,<br />
Holcim, Pedro Queiroz Pereira,<br />
Luís Champalimaud ou um ilustre<br />
desconhecido até à data. O<br />
Diário Económico traça alguns<br />
doscenáriospossíveiseasrespectivas<br />
implicações.<br />
1<br />
CAMARGO E VOTORANTIM<br />
FAZEM PACTO <strong>DE</strong> GESTÃO<br />
Esteéocenáriomaispacífico.A<br />
Camargo Corrêa e a Votorantim<br />
chegam a uma plataforma de<br />
entendimento para dividir a<br />
gestão da Cimpor de uma forma<br />
rotativa e equitativa. Com estes<br />
dois grupos a liderar resta pouca<br />
margem para outros accionistas<br />
terem algum poder à frente dos<br />
destinos da cimenteira portuguesa.<br />
Para isso, os dois grupos<br />
brasileiros têm de partir de uma<br />
garantia, que passa pela aceitação<br />
das autoridades brasileiras<br />
da concorrência ao negócio e às<br />
suas implicações no Brasil, aceitando<br />
a redução da quota de<br />
mercado conjunta, com venda<br />
de activos. Só que esta eventual<br />
alienação de activos da Votorantim<br />
e da Camargo Corrêa no Brasil<br />
não pode abranger os da Cimpor,<br />
se não acciona a cláusula de<br />
recompra de acções pela Teixeira<br />
Duarte à Camargo (ver ponto 5).<br />
2<br />
CAMARGO E VOTORANTIM<br />
ENTRAM EM GUERRA<br />
ACamargoCorrêaeaVotorantim<br />
assumem definitivamente as suas<br />
rivalidades e não se entendem<br />
18 de Dezembro 2009<br />
A Companhia Siderúrgica Nacional<br />
(CSN) anuncia o lançamento de uma<br />
OPA sobre a totalidade do capital da<br />
Cimpor, a 5,75 euros por acção. A<br />
administração da Cimpor aconselha<br />
os investidores a não venderem as<br />
suas acções, considerando hostil a<br />
proposta da CSN e insuficiente o<br />
preço oferecido pelos brasileiros.<br />
numa solução para a Cimpor. Se<br />
nenhum deles quiser abdicar da<br />
sua posição accionista, prolongase<br />
a guerrilha accionista em que a<br />
Cimpor vive há vários anos, mas<br />
com outros protagonistas. O primeiro<br />
episódio desta batalha deverá<br />
ser já na assembleia-geral<br />
(ordinária ou extraordinária) em<br />
que serão votados os novos órgãos<br />
sociais, provavelmente com o<br />
aparecimento de duas ou mais listas<br />
concorrentes. Neste cenário,<br />
actuais accionistas como o fundo<br />
de pensões do BCP, Manuel Fino<br />
ou a Caixa ganham poder e poderão<br />
ser decisivos consoante se<br />
mantenham aliados a um ou outro<br />
parceiro, vendam a sua posição<br />
a um deles ou alienem a um<br />
terceiro protagonista. A saída<br />
para esta situação conflituosa<br />
passa por um dos grupos vender a<br />
sua posição (ver ponto 3).<br />
Um pacto entre<br />
a Camargo Corrêa<br />
e a Votorantim para<br />
dividirem a gestão<br />
da Cimpor é o cenário<br />
mais provável.<br />
3<br />
CSN COMPRA À CAMARGO<br />
OU À VOTORANTIM<br />
Se os dois gigantes brasileiros<br />
não se entenderem e um decidir<br />
vender, a CSN é um interessado,<br />
que já disse não se importar de<br />
ficar em minoria na Cimpor, em<br />
associação com um dos outros<br />
grupos brasileiros. Mas, essa é<br />
uma opção de difícil exequibilidade,<br />
apesar de o preço final da<br />
operação ser sempre o factor decisivo.<br />
É que a entrada da Votorantim<br />
e da Camargo Corrêa no<br />
capital social da Cimpor teve por<br />
base a tentativa destes grupos de<br />
impedir a entrada da CSN no<br />
mercado cimenteiro global, pelo<br />
que uma venda à CSN depois de<br />
esta ter falhado a OPA pode não<br />
parecer um desenlace lógico. Se<br />
for a Votorantim a vender resolve<br />
o problema da concorrência<br />
no Brasil, mas cria um problema<br />
à CGD, com quem assinou um<br />
CRONOLOGIA DO NASCIMENTO E MORTE <strong>DE</strong> UMA OPA<br />
13 de Janeiro de 2010 16 de Janeiro de 2010 28 de Janeiro de 2010 29 de Janeiro de 2010<br />
Uma comitiva de<br />
representantes da Camargo<br />
Corrêa apresenta uma proposta<br />
de fusão com a Cimpor, que<br />
passaria pela integração do seu<br />
negócio de cimentos no grupo<br />
português. A Camargo não<br />
pretende o controlo da Cimpor,<br />
ao contrário da CSN.<br />
acordo parassocial e que teria de<br />
encontrar um novo parceiro na<br />
estrutura accionista. A saída da<br />
Camargo não aparenta ter implicações<br />
secundárias.<br />
4<br />
CAMARGO E VOTORANTIM<br />
VEN<strong>DE</strong>M A TERCEIROS<br />
Além da CSN, existe uma plateia<br />
de interessados em entrar na<br />
Cimpor: dependendo das várias<br />
circunstâncias poderão estar entre<br />
os potenciais compradores da<br />
posição da Votorantim e da Camargo<br />
Corrêa o grupo suíço Holcim,<br />
Luís Champalimaud, Pedro<br />
Queiroz Pereira ou outro eventual<br />
interessado, incluindo accionistas<br />
queagoravenderamassuasposições<br />
na Cimpor. Qualquer destas<br />
possibilidades iria reconfigurar o<br />
quadro accionista de referência da<br />
Cimpor e impor novos equilíbrios<br />
na gestão da cimenteira portuguesa.<br />
Esta hipótese também<br />
pode ocorrer no cenário 5.<br />
5<br />
CONCORRÊNCIA BRASILEIRA<br />
TRAVA CAMARGO CORRÊA<br />
E VOTORANTIM<br />
As autoridades brasileiras da<br />
concorrência (Cade) tornam-se<br />
intransigentes. Além da investigação<br />
em torno do alegado cartel<br />
entre as maiores cimenteiras presentes<br />
no Brasil – entre as quais se<br />
contam a Cimpor, a Votorantim e<br />
a Camargo Corrêa – o Governo de<br />
Lula da Silva está interessado em<br />
que surjam novos operadores no<br />
mercado, quando o país vai registar<br />
um ‘boom’ no consumo de<br />
cimento, com o Campeonato do<br />
Mundo de Futebol de 2014 e os<br />
Jogos Olímpicos de 2016. Em<br />
guerra contra a concentração<br />
neste mercado, o Cade poderá<br />
obrigaraCamargoCorrêaeaVotorantim<br />
a vender parte dos seus<br />
activos. Se estes grupos não concordarem,<br />
todo o negócio de entrada<br />
na Cimpor poderá cair por<br />
terra. A venda de activos da cimenteira<br />
portuguesa no Brasil<br />
fará accionar a cláusula de recompra<br />
das acções imposta pela<br />
Teixeira Duarte quando vendeu a<br />
sua posição à Camargo, introduzindo<br />
novo factor de reequilibro<br />
de forças internas na empresa. ■<br />
A CMVM notifica a<br />
Camargo a suspender a<br />
sua proposta de fusão<br />
até ao fim da OPA da<br />
CSN. Esta acusa a<br />
Camargo de querer<br />
controlar a Cimpor<br />
através de uma OPA<br />
“encapotada”.<br />
TeminícioaOPA<br />
sobre a Cimpor,<br />
lançada pela<br />
CSN.Aoferta<br />
decorre até 17<br />
de Fevereiro,<br />
sendo conhecido<br />
o resultado no<br />
dia seguinte.<br />
Após notificação<br />
do regulador, a<br />
Camargo decide<br />
suspender a sua<br />
proposta de<br />
fusão com a<br />
Cimpor enquanto<br />
decorrer a OPA<br />
da CSN.
A Votorantim compra a<br />
posição da Lafarge de 17,3%<br />
da Cimpor, por 800 milhões<br />
de euros. Ao mesmo tempo, o<br />
grupo brasileiro faz um<br />
acordo parassocial com a<br />
Caixa Geral de Depósitos, que<br />
prevê uma estratégia<br />
concertada para a Cimpor.<br />
Conselho de<br />
administração da Cimpor<br />
votou por unanimidade a<br />
rejeição da OPA da CSN<br />
“a preço de saldo”, e cuja<br />
oferta “não foi conduzida<br />
no melhor interesse dos<br />
accionistas”.<br />
Infografia: Mário Malhão | mario.malhao@economico.pt<br />
Camargo Corrêa<br />
anunciou a<br />
compra da<br />
totalidade da<br />
posição da<br />
Teixeira Duarte na<br />
Cimpor (22,17%)<br />
pagando 6,5<br />
euros por acção.<br />
Títulos da Cimpor derrocaram<br />
5,35% com o fim da operação.<br />
Rui Barroso<br />
rui.barroso@economico.pt<br />
É uma espécie de regresso à estaca<br />
zero. Os títulos da Cimpor<br />
chegaram a valer menos duranteasessãodeontemdoquena<br />
véspera do anúncio de OPA feito<br />
pela Companhia Siderúrgica<br />
Nacional(CSN),a18deDezembro.<br />
As acções da cimenteira<br />
nacional ressentiram-se com o<br />
falhanço da operação e tiveram<br />
a pior sessão dos últimos 12 meses.<br />
Tombaram 5,35%, fechandoasessãonos5,54euros.O<br />
valor é 10% inferior aos 6,18 euros<br />
oferecidos pela CSN.<br />
Apesar do insucesso do negócio<br />
já ser esperado pelo mercado,depoisdasvendasdaTeixeira<br />
Duarte à Camargo Corrêa<br />
e da Lafarge à Votorantim, os<br />
investidores reagiram mal ao<br />
fimdaOPA.“Énaturalquese<br />
mantenha alguma pressão até<br />
que os investidores assimilem o<br />
falhanço da OPA e/ou a CSN<br />
afirme as suas intenções, porque<br />
a batalha pelo controlo da<br />
Cimpor pode não ter terminado”,<br />
referiu Duarte Leite de<br />
Castro, analista da IG Markets,<br />
ao Diário Económico.<br />
As acções chegaram a cair<br />
6,70%, cotando-se nos 5,46<br />
euros, um cêntimo abaixo do<br />
que valiam antes da CSN<br />
anunciar a OPA. “O ângulo especulativo<br />
desapareceu. Em<br />
consequência, a acção desceu<br />
para perto dos seus valores<br />
fundamentais”, explicou outro<br />
analista contactado. O<br />
preço actual das acções é 4%<br />
superior à média dos preçosalvo<br />
dados por sete casas de<br />
investimento.<br />
A pressão sobre os títulos poderá<br />
manter-se nas próximas<br />
sessões. “No curto prazo as acções<br />
podem corrigir algo, com a<br />
confirmação do insucesso da<br />
OPA, mas, se a CSN vier a confirmar<br />
que mantém interesse,<br />
irá suportar as acções da Cimpor”,<br />
referiu Rita Carles, analista<br />
do Banif, citada pela Reuters.<br />
Ou seja, como a poeira ainda<br />
não assentou, há opiniões para<br />
todososgostos.<br />
Desde o anúncio de lança-<br />
A CSN reviu as condições de<br />
sucesso da OPA para 33,34% mais<br />
uma acção. E subiu o preço da<br />
oferta para 6,18 euros. Por outro<br />
lado, a Cinveste chegou a acordo<br />
com a Votorantim para vender os<br />
seus 4,1% na Cimpor, elevando a<br />
sua participação para 31,2%.<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 11<br />
Acções<br />
regressaram<br />
a níveis pré-OPA<br />
mentodaOPA,ostítulosda<br />
Cimpor fecharam mais de metade<br />
das sessões acima do preço final<br />
oferecido pela CSN. A empresa<br />
brasileira começou por<br />
oferecer 5,75 euros por acção,<br />
mas reviu em alta o preço para os<br />
6,18 euros. A Cimpor chegou a<br />
valer 6,50 euros no início de Janeiro,<br />
valor 17% acima do preço<br />
actual. “Acho que muita gente<br />
não vendeu acções da Cimpor na<br />
OPA por pensar que ainda poderá<br />
haver uma luta pelo controlo”,<br />
explicou à Reuters Bruno<br />
Silva, analista do BPI.<br />
Alguns especialistas acreditam<br />
que o ângulo especulativo<br />
da empresa regresse no médio<br />
prazo. “A batalha pelo controlo<br />
da Cimpor pode não ter terminado.<br />
Muito embora a OPA da<br />
CSN tenha falhado a verdade é<br />
que a entrada da Camargo e da<br />
Votorantim veio substituir outras<br />
posições muito idênticas, o<br />
que no futuro pode vir a levantardenovoovéusobocontrolo<br />
da empresa”, explicou Duarte<br />
LeitedeCastro.<br />
O interesse dos investidores<br />
pela cimenteira durante a operação<br />
foi ainda notório nos volumes<br />
transaccionados. A média<br />
diária de títulos negociados<br />
desde o anúncio da OPA é três<br />
vezes superior à média diária<br />
dos 12 meses que antecederam<br />
a data em que a CSN anunciou<br />
o interesse na cimenteira portuguesa.<br />
■<br />
CIMPOR NA OPA<br />
Evolução dos títulos<br />
da cimenteira desde o anúncio<br />
de lançamento da OPA da CSN.<br />
(valores em euros).<br />
5,0<br />
17-12-2009<br />
3 de Fevereiro de 2010 4 de Fevereiro de 2010 10 de Fevereiro de 2010 12 de Fevereiro de 2010 23 de Fevereiro de 2010<br />
7,0<br />
6,5<br />
6,0<br />
5,5<br />
Fonte: Bloomberg<br />
23-02-2010<br />
A OPA lançada<br />
pela CSN sobre a<br />
Cimpor terminou<br />
sem sucesso, com<br />
a CSN a conseguir<br />
adquirir apenas<br />
8,6% da<br />
cimenteira<br />
portuguesa.
12 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
ECONOMIA<br />
Estado paga juros<br />
de mora sempre<br />
que atrasar<br />
pagamentos<br />
A medida entra em vigor a 1 de Setembro. Quem tiver<br />
créditos do Estado em atraso, já recebe com juros.<br />
Margarida Peixoto<br />
margarida.peixoto@economico.pt<br />
A partir de Setembro, sempre que<br />
oEstadoseatrasarapagaraos<br />
seus fornecedores será sujeito ao<br />
pagamento de juros de mora. A<br />
alteração vai ser aprovada hoje na<br />
Comissão de Orçamento e Finançasejáseráaplicadaatodosos<br />
créditos sobre o Estado que estiveremematrasoàdatadaentrada<br />
em vigor das novas regras,<br />
apurou o Diário Económico.<br />
A iniciativa foi do CDS-PP,<br />
mas depois de alguns ajustes menores<br />
– negociados com o PS, que<br />
queria apenas tornar mais clara a<br />
transposição de regras comunitárias<br />
sobre esta matéria - vai ser<br />
aprovada com os votos favoráveis<br />
de todos os partidos.<br />
A principal novidade é que<br />
passa a ficar claro na lei que o Estado<br />
deve pagar juros de mora<br />
semprequeseatrasaeindependentemente<br />
do tipo de contrato<br />
ou da forma como foi estabelecida<br />
a relação com as empresas. Os<br />
prazos de pagamento passam a<br />
ser no máximo a 60 dias ou, caso<br />
não esteja claro no contrato qual<br />
é o limite, ele é estabelecido por<br />
defeitoa30dias.<br />
Os partidos acordaram adiar a<br />
entrada em vigor destas novas<br />
regras para 1 de Setembro para<br />
“dar tempo aos serviços públicos<br />
de acelerarem os pagamentos e<br />
evitarem pagar juros de mora”,<br />
explicou Assunção Cristas, a deputada<br />
do CDS-PP responsável<br />
pela redacção final da alteração à<br />
lei que reuniu o acordo dos vários<br />
grupos parlamentares.<br />
De acordo com a informação<br />
mais recente, referente ao segundo<br />
trimestre de 2009, existiam<br />
mais de 200 entidades do Estado,<br />
incluindo autarquias e empresas<br />
públicas, a pagar acima de 90<br />
dias. Entre os casos mais extremos<br />
estão a autarquia de Alfândega<br />
da Fé, que paga a 696 dias, e<br />
o Hospital do Montijo, que paga a<br />
<strong>DE</strong>VEDORES<br />
200<br />
No final do segundo trimestre<br />
de 2009, mais de 200 entidades<br />
do Estado, entre elas autarquias<br />
e empresas públicas, tinham<br />
atrasos no pagamento<br />
superiores a 90 dias.<br />
PALAVRA-CHAVE<br />
✽<br />
Jurosdemora<br />
Os juros de mora são juros<br />
devidos pelo não pagamento<br />
atempado do capital ou de juros<br />
em dívida. Isto é, quando<br />
o Estado, uma empresa ou<br />
qualquer cidadão tem<br />
o compromisso de pagar um<br />
determinado montante até uma<br />
data limite e não cumpre essa<br />
obrigação, o pagamento devido<br />
é acrescido de juros.<br />
289 dias. De acordo com a Lusa,<br />
as dívidas às farmacêuticas e às<br />
construtoras já ultrapassava os<br />
2,2 milhões de euros no final do<br />
anopassado.Seasituaçãose<br />
mantiver, todos estes contratos<br />
serão sujeitos a juros de mora, a<br />
grande maioria de 8% e em casos<br />
residuais de 4%.<br />
Malha da lei está mais apertada<br />
“A partir de agora será muito<br />
difícil que haja contratos com o<br />
Estado a ficar fora da malha da<br />
lei que impõe os juros de<br />
mora”, garante a deputada do<br />
CDS-PP. Até agora, a lei previa<br />
este pagamento apenas para alguns<br />
contratos e deixava dúvidas<br />
sobre se ele se aplicava em<br />
situações de contencioso resolvidas<br />
a favor da empresa. Essa<br />
questão foi clarificada e mesmo<br />
que a obrigação do Estado pagar<br />
resulte de uma situação de<br />
responsabilidade civil, está sujeita<br />
a juros de mora.<br />
A regra foi também estendida<br />
a outras fontes de obrigações de<br />
pagamento do Estado menos comuns,<br />
como por exemplo, as que<br />
resultam de negócios jurídicos<br />
unilaterais. As únicas relações<br />
com o Estado que ficam excluídas<br />
“são as fiscais, porque já têm um<br />
regulamento próprio”, esclarece<br />
Assunção Cristas.<br />
Outra novidade face ao que<br />
está neste momento previsto na<br />
lei é que a partir de Setembro<br />
passam a ser consideradas nulas<br />
todas as cláusulas que limitem<br />
esta imposição dos juros de mora<br />
ou que procurem alargar abusivamente<br />
os prazos de pagamento.<br />
“São consideradas sem efeito<br />
as cláusulas que estipulem prazosalémdos60dias,amenos<br />
que haja circunstâncias especiais”,<br />
explica Assunção Cristas.<br />
Os casos “excepcionais” não estão<br />
definidos, mas a deputada<br />
considera que já é uma “limitação<br />
importante” definir que são<br />
precisas razões objectivas. ■<br />
Pinto Coelho reeleito presidente da CTP<br />
O actual presidente da Confederação do Turismo Português (CTP), José<br />
Pinto Coelho, foi ontem reeleito com 83,3% dos votos para um mandato<br />
de três anos, que será “centrado na recuperação da competitividade do<br />
sector”. “Com a economia a atravessar uma conjuntura difícil a nível<br />
nacional e internacional, o Turismo deu o exemplo de convergência de<br />
interesses nestas eleições ao reunir numa única lista representantes dos<br />
grandes e pequenos grupos empresariais”, lê-se no comunicado da CTP.<br />
Bruxelas espera que o<br />
ministro das Finanças,<br />
Teixeira dos Santos, entregue<br />
oPECatéfinaldomês.<br />
Bloco quer fim dos<br />
Bloco de Esquerda apresentou<br />
ontem medidas de alteração ao<br />
OE/10, que implicam poupança<br />
de 2,8 mil milhões de euros.<br />
Paula Cravina de Sousa<br />
paula.cravina@economico.pt<br />
O Bloco de Esquerda (BE) quer<br />
acabar com os benefícios fiscais<br />
nos PPR e seguros de saúde. Esta<br />
foi uma das medidas de alteração<br />
ao Orçamento do Estado para<br />
2010 (OE/10) que o partido liderado<br />
por Francisco Louçã apresentou<br />
ontem em conferência de<br />
imprensa no Parlamento.<br />
O objectivo já estava previsto<br />
no programa de Governo do<br />
partido apresentado aquando<br />
das eleições a 27 de Outubro do<br />
ano passado. É injusto que “a esmagadora<br />
maioria dos portu-<br />
gueses pague com os seus impostos”<br />
esses benefícios, argumentou<br />
o deputado José Gusmão,<br />
citado pela agência Lusa.<br />
De acordo com o OE/10, o<br />
Estado gastou 95,5 milhões de<br />
euros com aqueles benefícios<br />
em 2009, sendo que para este<br />
prevê um ligeiro decréscimo -<br />
em 1,6% - na despesa fiscal com<br />
os PPR. Actualmente é possível<br />
deduzir os montantes investidos<br />
naqueles produtos no IRS. A<br />
lei define que se possam deduzir<br />
20% dos valores aplicados, tendo<br />
como limite máximo 400 euros<br />
para os contribuintes com<br />
menos de 35 anos; 350 euros<br />
para quem tenha entre 30 e 50<br />
anos e 300 euros para contribuintes<br />
que tenham começado a<br />
fazer as suas poupanças apenas<br />
com 50 anos.
EURO<br />
face ao dólar<br />
1,3525<br />
PETRÓLEO<br />
valor em dólares<br />
77,28<br />
TAXA EURIBOR<br />
a seis meses<br />
0,964<br />
benefícios fiscais nos PPR<br />
Bloco une-se ao PCP e quer<br />
todososprémiostaxadosa50%<br />
A esquerda uniu-se e propõe que<br />
a taxa de 50% que o Governo introduziu<br />
para penalizar os bónus<br />
dos banqueiros se estenda a todos<br />
os sectores de actividade. O Bloco<br />
quer “tornar a tributação dos prémios<br />
permanente e generalizá-la<br />
a todos os sectores empresariais”<br />
e que esta “incida também sobre<br />
o IRS”, referiu José Gusmão. Na<br />
semana passada, o PCP já tinha<br />
anunciado a extensão daquela<br />
taxa aos bónus pagos pelas grandes<br />
empresas, numa proposta<br />
mais limitada que a do BE.<br />
O BE quer ainda taxar a 25% as<br />
transferências para ‘off-shores’,<br />
erenegociaroscontratosdecontrapartidas<br />
militares.<br />
O objectivo do pacote ontem<br />
apresentado pelo Bloco é reduzir<br />
Além do fim<br />
dos benefícios<br />
fiscais nos<br />
PPR, o Bloco<br />
quer que a<br />
banca pague<br />
uma taxa<br />
efectiva<br />
de IRC<br />
de 20%.<br />
O PCP_anunciou<br />
na semana<br />
passada que<br />
quer que as<br />
grandes<br />
empresas<br />
paguem uma<br />
taxa de 50%<br />
dobre os bónus<br />
dos gestores.<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
adespesa“extravaganteeinútil”.<br />
A aprovação das medidas<br />
implicaria uma diminuição em<br />
2,8 mil milhões de euros, o que<br />
corresponde a 1,2% do Produto<br />
Interno Bruto (PIB), segundo as<br />
contas do BE.<br />
Além daquelas medidas, o<br />
partido de Francisco Louçã quer<br />
tambémumataxaefectivade<br />
20% de IRC sobre o sector da<br />
banca e quer limitar a contratação<br />
de consultadoria jurídica<br />
pelo Estado. A proposta prevê<br />
que, nos casos em que ultrapasse<br />
dez mil euros, a consultadoria<br />
jurídica externa só seja permitida<br />
mediante justificação<br />
fundamentada sobre a inexistência<br />
de recursos especializados<br />
próprios do Estado e submetida<br />
a aprovação prévia do<br />
Ministério das Finanças. ■<br />
AGENDA DO DIA<br />
● Ronda negocial entre Ministério<br />
das Finanças e os sindicatos da<br />
função pública, em Lisboa;<br />
● Alemanha revela PIB do quarto<br />
trimestre de 2009.<br />
● Estados Unidos revelam dados<br />
sobre vendas de casas novas em<br />
Janeiro.<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 13<br />
Governo quer<br />
aprovar parte<br />
do PEC amanhã<br />
Bruxelas está à espera do<br />
documento até ao final do mês.<br />
Margarida Peixoto<br />
e Luís Rego<br />
margarida.peixoto@economico.pt<br />
O ministro das Finanças está a<br />
fazer um ‘sprint’ final para<br />
aprovar, pelo menos, uma versão<br />
preliminar do Programa de<br />
Estabilidade e Crescimento<br />
(PEC) já no Conselho de Ministros<br />
de amanhã, apurou o Diário<br />
Económico. O objectivo é não<br />
esticar demasiado os prazos de<br />
entrega do documento em Bruxelas,<br />
que espera o PEC “até ao<br />
final deste mês”, garantiu ontem<br />
o porta-voz do novo comissário<br />
de Assuntos Económicos<br />
e Monetários, Olli Rehn, ao<br />
Diário Económico.<br />
Os prazos de entrega do PEC<br />
à Comissão Europeia diferem de<br />
país para país, mas neste momento<br />
há apenas cinco Estados-membros<br />
que ainda não<br />
entregaram o documento. Por<br />
causa das eleições legislativas,<br />
que atrasaram o processo de<br />
produção do Orçamento do Estado,<br />
Portugal beneficiou de um<br />
alargamento de prazo, mas este<br />
estáachegaraofim.<br />
Em Lisboa, Teixeira dos Santos,<br />
ministro das Finanças, tem<br />
pressionado os serviços com<br />
pedidos de informação “para<br />
ontem”. O calendário inicial seria<br />
aprovar o documento amanhã<br />
em Conselho de Ministros e<br />
enviá-loparaBruxelasa4de<br />
Março, mas o Diário Económico<br />
sabe que os trabalhos estão<br />
atrasados. Desde logo, a catástrofedotemporalnaMadeira<br />
desfocou o Governo deste objectivo.<br />
Ainda assim, Teixeira dos<br />
Santos está a trabalhar com o<br />
objectivo de aprovar pelo menos<br />
as medidas mais importantes no<br />
Conselho de Ministros amanhã,<br />
deixando a versão final do documento<br />
para a reunião da próxima<br />
semana. Esta solução permite<br />
que o Governo avance para<br />
as reuniões com os partidos e os<br />
parceiros sociais, antes de enviar<br />
o documento definitivo<br />
para Bruxelas. Embora não haja<br />
penalizações caso o prazo de<br />
entrega não seja cumprido, o<br />
Governo tem apenas uma semana<br />
para ultimar o PEC, se não<br />
quiser ultrapassar por muitos<br />
dias o prazo.<br />
De qualquer modo, por este<br />
ser um PEC mais exigente do<br />
que o habitual, a própria oposiçãoestáàesperadeumaligeira<br />
derrapagem nos prazos, disse<br />
umdeputadodoPSD.Também<br />
oPSdesvalorizaaquestãodos<br />
prazos: “O Sr. ministro garantiu<br />
que não existe um timing para<br />
entregadoPECequeoGoverno<br />
não se sente condicionado a timing<br />
nenhum”, revelou ao Diário<br />
Económico o deputado<br />
Afonso Candal que esteve ontem<br />
na reunião dos deputados<br />
socialistas da Comissão de Orçamento<br />
e Finanças, com Teixeira<br />
dos Santos.<br />
Determinante será a capacidade<br />
do documento para reunir<br />
“amplo consenso” e convencer<br />
as instituições internacionais<br />
das capacidades de recuperação<br />
da economia portuguesa. O<br />
Diário Económico sabe que,<br />
mesmo não sendo habitual, o<br />
Governo pondera incluir no documento<br />
as medidas de apoio à<br />
competitividade externa das<br />
empresas, de modo a demonstrar<br />
como espera colocar a economia<br />
a crescer outra vez. Estas<br />
serão medidas mais suaves que<br />
acompanharão as decisões mais<br />
duras: congelar salários e limitar<br />
a possibilidade de endividamento<br />
do sector empresarial do<br />
Estado. ■ com M.M.O. e L.S.<br />
OS NÚMEROS <strong>DE</strong> 2013<br />
3%<br />
Em 2013, o défice orçamental<br />
português não poderá estar acima<br />
deste limite. O Governo fechou as<br />
contas públicas de 2009 com um<br />
défice de 9,3%, pelo que o<br />
objectivo é duro. Também a dívida<br />
pública está muito acima do<br />
referencial de 60%: no ano<br />
passado ficou em 78,6%.
14 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
ECONOMIA<br />
MO<strong>DE</strong>RNIZAÇÃO<br />
Governo pretende abrir mais dezanove<br />
Lojas do Cidadão este ano<br />
O ministro da Presidência afirmou ontem que este ano deverão abrir<br />
até 19 novas Lojas do Cidadão de segunda geração, como parte do<br />
investimento na modernização administrativa, que no Orçamento de<br />
Estado de 2010 atinge 49,4 milhões de euros. Intervindo na Assembleia<br />
da República na apresentação do Orçamento para as áreas que tutela,<br />
Pedro Silva Pereira afirmou que há um aumento de 3,9 milhões de<br />
euros, equivalente a 8,5%, em relação à verba de 2009.<br />
Cristina Oliveira da Silva<br />
cristina.silva@economico.pt<br />
A Grécia vai esperar pelo fim da<br />
visita dos inspectores da Comissão<br />
Europeia para decidir se<br />
vai optar por mais medidas de<br />
combate ao défice. Citado pela<br />
agência Reuters, o ministro grego<br />
das Finanças, George Papaconstantinou,<br />
disse que “qualquer<br />
decisão será anunciada depois<br />
de terminadas as conversações<br />
com os representantes da<br />
Comissão Europeia”, que chegaram<br />
a Atenas na segunda-feira<br />
e deverão partir hoje.<br />
Masestenãoéoúnicosinal<br />
dequeoGovernogregoestáa<br />
pensar em medidas mais austeras<br />
depois da visita da Comissão<br />
Europeia e do Fundo Monetário<br />
Internacional (FMI). Fontes<br />
próximas do Executivo dizem<br />
que na calha podem estar iniciativas<br />
como o aumento do IVA<br />
(de 19% actualmente), das taxas<br />
sobre bens de luxo (como barcos<br />
Fernando Serrasqueiro garante que<br />
este ano o emprego vai aumentar.<br />
SINDICALISTAS GREGOS PROTESTARAM ONTEM JUNTO AO EDIFÍCIO DA BOLSA<br />
Gréciaabreaportaanovasmedidas<br />
depois da visita da Comissão Europeia<br />
UE terá recomendado o fim do pagamento do 14º mês aos funcionários públicos.<br />
ou carros topo de gama) e do<br />
imposto sobre combustível,<br />
avança o Wall Street Journal.<br />
Função Pública pode perder<br />
um dos subsídios<br />
Os funcionários públicos também<br />
não vão escapar ao plano de<br />
recuperação grego. Fontes próximas<br />
do Executivo revelaram que<br />
a União Europeia terá pedido à<br />
Grécia para cortar o 14º mês que<br />
os trabalhadores do Estado recebem<br />
actualmente mas o Governo<br />
terá mostrado alguma resistência.<br />
As mesmas fontes acrescentam<br />
que a UE propõe um corte<br />
médio de 7% nos salários brutos<br />
dos funcionários públicos (através<br />
da redução de alguns direitos)<br />
mas o Governo grego contrapõe<br />
antes uma quebra de 5,5%.<br />
Além do congelamento salarial<br />
no Estado, o Governo já<br />
anunciou outras medidas como o<br />
aumento do imposto sobre combustíveis,<br />
cortes nos direitos na<br />
Administração Pública ou o fim<br />
<strong>DE</strong>SEMPREGO<br />
Comércio empregou menos<br />
quatro mil pessoas em 2009<br />
O comércio empregou menos 4.000 pessoas no ano passado, do que<br />
em 2008, anunciou ontem, no Parlamento, o secretário de Estado do<br />
Comércio, Fernando Serrasqueiro, ressalvando que, este ano, o emprego<br />
“vai voltar a aumentar” naquele sector. “O comércio foi o sector que<br />
mais resistiu em termos de emprego” à crise económica, afirmou<br />
Serrasqueiro. Em 2009, segundo estatísticas da secretaria de Estado,<br />
registaram-se 762 mil empregos no comércio.<br />
Cerca de 200 sindicalistas gregos cercaram ontem o edifício da Bolsa de Atenas, num protesto contra as medidas de austeridade anunciadas<br />
pelo Governo para combater a crise orçamental do país. Ainda assim, a sessão abriu como habitualmente. O protesto foi apoiado pelo Partido<br />
Comunista e iniciou-se às 06:30 locais (04:30 em Lisboa) junto do edifício da Bolsa, situado num bairro periférico de Atenas.<br />
George<br />
Papaconstantinou<br />
Ministro das<br />
Finanças grego<br />
“Qualquer decisão [sobre novas<br />
medidas] será anunciadas depois<br />
de terminadas as conversações<br />
comosrepresentantesda<br />
Comissão Europeia”, disse<br />
o ministro grego das Finanças.<br />
de alguns mecanismos que permitem<br />
que algumas profissões –<br />
nomeadamente no Estado – paguem<br />
menos impostos, gerando<br />
poupanças entre 8 e 10 mil milhões<br />
de euros. Mas a delegação<br />
europeia terá recomendado a<br />
adopção de medidas adicionais,<br />
novalorde2a2,5milmilhões,<br />
avança a mesma fonte acrescentando<br />
que, caso haja consenso, o<br />
anúncio formal pode surgir na<br />
próxima semana.<br />
Numa altura em que tudo indica<br />
que a Grécia apresentará um<br />
novo plano de austeridade, o Governo<br />
parece querer colher frutos<br />
desta demonstração de vontade<br />
de pôr as contas públicas em ordem.<br />
Por isso, a Grécia planeia<br />
emitir títulos de 10 anos, possivelmente<br />
nos próximos dias,<br />
avançou a imprensa internacional<br />
ontem, citando uma fonte anónima.Estaéasegundaofertada<br />
Grécia este ano mas a primeira<br />
desdequeaUEdisseapoiaroprograma<br />
de financiamento grego. ■<br />
Yiorgos Karahalis/Reuters<br />
Fitch reduz nota de<br />
quatro bancos gregos<br />
A agência de notação financeira<br />
cortou o ‘rating’ dos quatros<br />
maioresbancosdaGréciapor<br />
antecipar que o aperto<br />
orçamental do governo pesará<br />
sobre a economia, afectando os<br />
empréstimos e prejudicando os<br />
lucros. A Fitch reduziu a sua<br />
avaliação para o National Bank of<br />
Greece, Alpha Bank, Efg<br />
Eurobank Ergasias (Eurobank) e<br />
Piraeus Bank de “BBB+” para<br />
“BBB”. A Fitch afirma que a<br />
qualidadedosactivoseoslucros<br />
dos bancos, que já estão<br />
enfraquecidos, “ficarão ainda<br />
mais pressionados” com os<br />
ajustes orçamentais que<br />
“precisam ser feitos” pelo<br />
governo grego. O Millenium BCP<br />
é o único banco português<br />
presente na Grécia, mas não foi<br />
afectado. R.P.
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16 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
ECONOMIA<br />
INE<br />
Novas encomendas na construção<br />
e obras públicas caem 6,5%<br />
As novas encomendas na construção e obras públicas apresentaram<br />
uma queda homóloga de 6,5% no quarto trimestre de 2009, avançou<br />
ontem o Instituto Nacional de Estatística (INE). Segundo a mesma fonte,<br />
“deve-se referir que o comportamento da taxa de variação homóloga<br />
está associado, em parte, a efeitos de base, particularmente<br />
significativo ao nível do segmento de Obras de Engenharia”. A variação<br />
trimestral situou-se em menos 21,8%.<br />
António Barreto, presidente da Fundação,<br />
Maria João Rosa, directora do projecto,<br />
e Alexandre Soares dos Santos, criador da Fundação.<br />
Olivier Blanchard diz que o aperto<br />
será “extremamente doloroso”.<br />
O retrato do país<br />
em poucos minutos<br />
A Pordata, uma nova base de dados, reúne todas<br />
as estatísticas oficiais e permite cruzar dados.<br />
Margarida Peixoto<br />
margarida.peixoto@economico.pt<br />
Em 1972, era Portugal governado<br />
por Marcelo Caetano, a esperança<br />
média de vida não ia além dos<br />
68 anos e meio e o Estado pouco<br />
gastava com a saúde dos cidadãos:<br />
0,2% do produto interno<br />
bruto. Em 2007, passados 35<br />
anos, a medicina permite esperar<br />
viver mais uma década e as despesas<br />
com saúde dispararam para<br />
5,6% do PIB. Este é apenas um<br />
exemplo de pesquisa que qualquer<br />
cibernauta pode fazer na<br />
Pordata-umabasededadoslançada<br />
ontem, que retrata Portugal<br />
em números (ver gráfico).<br />
“Os dados do Pordata são<br />
importantes para formar opinião<br />
livre”, disse António Barreto,<br />
presidente do conselho<br />
de administração da Fundação<br />
Francisco Manuel dos<br />
Santos, criadora da base de<br />
MAIS ANOS <strong>DE</strong> VIDA PRESSIONAM CONTAS DO ESTADO<br />
O aumento da esperança média de vida fez aumentar os gastos do<br />
Estado com a saúde. Uma boa notícia que pressiona as contas públicas.<br />
80<br />
77<br />
74<br />
71<br />
68<br />
65<br />
1972<br />
Esperança média de vida<br />
Fonte: Pordata Nota: Em 2005 existe uma quebra de série.<br />
Despesas de saúde em % do PIB<br />
2007<br />
8<br />
7<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
DR<br />
dados, no lançamento do projecto.<br />
O portal (www.pordata.pt) é<br />
de acesso público e gratuito e o<br />
objectivo é permitir que cada visitante<br />
pesquise de forma simples<br />
e intuitiva as estatísticas oficiais<br />
do país. A Pordata não cria<br />
novos dados, só reúne os que já<br />
existem – através de um protocolo<br />
com o Instituto Nacional de<br />
Estatística – e apresenta a informação<br />
de um modo mais simples<br />
e mais fácil de ser trabalhada.<br />
Logo na entrada do portal, um<br />
conjunto de números e contadores<br />
desperta a curiosidade dos<br />
visitantes: por exemplo, a despesa<br />
pública em educação e saúdenãopáradecresceratodaa<br />
velocidade, utilizando um algoritmo<br />
para simular uma actualização<br />
em tempo real.<br />
Mas através da pesquisa há<br />
muito mais: em poucos minutos,<br />
é possível saber, por exemplo, que<br />
em 1972 a taxa de poupança bruta<br />
das famílias foi a mais elevada<br />
(27,2% do rendimento disponível)<br />
até 2008. E que no mesmo<br />
ano os salários representavam em<br />
média 63,1% do rendimento disponível.<br />
Toda esta informação<br />
pode ser cruzada em gráficos,<br />
comparada através de índices de<br />
base 100, ou deflacionada sempre<br />
que for relevante. ■ B.P.<br />
FMI<br />
Aperto orçamental na Europa<br />
pode levar 20 anos a ser ultrapassado<br />
O economista chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier<br />
Blanchard, afirmou que o aperto orçamental na Europa será<br />
“extremamente doloroso” e poderá levar 20 anos até ser ultrapassado.<br />
Numa entrevista ontem divulgada pelo jornal italiano La Repubblica,<br />
Blanchard declarou que “a adaptação é mais fácil para os países que<br />
podem desvalorizar a sua moeda”, o que não acontecerá “nos países<br />
que não têm essa opção”.<br />
DOMINGUES <strong>DE</strong> AZEVEDO<br />
Presidente da Ordem<br />
dosTécnicosOficiaisdeContas<br />
Nova etapa<br />
No próximo dia 26 de Fevereiro<br />
termina, com a votação<br />
presencial, o primeiro acto<br />
eleitoral da Ordem dos Técnicos<br />
Oficiais de Contas.<br />
Com a escolha dos primeiros<br />
órgãos sociais da mais recente<br />
e maior Ordem portuguesa,<br />
os profissionais (mais<br />
de 75 mil inscritos) iniciam<br />
umanovaetapanasuaorganização<br />
profissional. Se aliada<br />
à implementação do Sistema<br />
de Normalização Contabilística<br />
(SNC) e às inúmeras<br />
oportunidades que tal propicia,<br />
pode dizer-se que estamosdiantedenovaeimportante<br />
era para a profissão de<br />
contabilista.<br />
Após o escrutínio das urnas,<br />
existirá, por quem dele<br />
sair vencedor, um conjunto<br />
enorme de questões a implementar<br />
com urgência. Falamos<br />
das alterações estatutárias,<br />
da implementação do<br />
SNC ou até dos desafios que se<br />
devem colocar à profissão.<br />
Embora as questões de índole<br />
externa sejam importantes<br />
para qualquer instituição,<br />
as questões internas, nas quais<br />
reside a expectativa e o futuro<br />
dos membros, têm uma importância<br />
fundamental, não<br />
podendo ser esquecidas por<br />
quem legitimamente conquiste<br />
a responsabilidade de gerir<br />
a profissão.<br />
Independentemente da leitura<br />
que cada um possa fazer<br />
da profissão de técnico oficial<br />
de contas e dos caminhos que<br />
ela deve trilhar, subsiste a ne-<br />
Sustentar a existência<br />
de uma actividade<br />
apenas no<br />
cumprimento das<br />
obrigações fiscais<br />
écavarofossoentre<br />
os profissionais e os<br />
empresários sem que<br />
se vislumbre<br />
qualquer vencedor.<br />
cessidade premente e urgente<br />
de se efectuar uma profunda<br />
análise sobre o seu futuro. Este<br />
tem que ser equacionado em<br />
moldes diferentes dos actuais.<br />
Ou seja, é necessário que caminhemos<br />
no sentido de converter<br />
profissionais de grande<br />
experiência e saber, em recursos<br />
humanos da maior utilidade<br />
para empresas e empresários.<br />
Sustentar a existência de<br />
uma actividade apenas no<br />
cumprimento das obrigações<br />
fiscais é cavar o fosso entre os<br />
profissionais e os empresários<br />
sem que se vislumbre qualquer<br />
vencedor. É necessário<br />
um novo caminho, profundo e<br />
estruturado, pois é disso que<br />
dependerá a sustentabilidade<br />
da profissão.<br />
Para se conseguir a reviravolta,<br />
são necessárias, em<br />
meu entender, duas condições:<br />
a vontade dos profissionais<br />
e a existência de dirigentes<br />
à altura das responsabilidades<br />
de equacionar e encontrar<br />
as respostas adequadas<br />
aos desafios.<br />
Onascimentoeodesenvolvimento<br />
de ideias de desresponsabilização<br />
no que aos actosdaprofissãorespeita,é<br />
apenas o princípio da impreparação<br />
para se avançar com<br />
novas metas e desafios.<br />
Existe quem, a coberto de<br />
maior comodidade, vá desenvolvendo<br />
teorias assentes na<br />
ideia de que os profissionais<br />
apenas devem cumprir com as<br />
obrigações tributárias dos sujeitos<br />
passivos, desresponsabilizando-se<br />
quer do seu conteúdo<br />
quer da sua extemporaneidade.<br />
Estes receios são próprios<br />
de quem não tem a coragem<br />
de criar algo de novo, de diferente,<br />
algo em que os TOC se<br />
revejam, algo que consolide as<br />
basesdaprofissãoeareforce<br />
cada vez mais importante na<br />
sociedade portuguesa.<br />
Estaéaprofissãodesejada<br />
pela maioria dos profissionais.<br />
È necessário, “apenas”, que<br />
os dirigentes eleitos no próximo<br />
dia 26 compreendam que a<br />
partir desse dia é imperioso<br />
construir um técnico oficial<br />
de contas novo. ■
ESPANHA<br />
Administração pública deve<br />
35 mil milhões de euros às PME<br />
A administração pública espanhola deve às Pequenas e Médias Empresas<br />
(PME) espanholas cerca de 35 mil milhões de euros, o que constitui<br />
o maior problema das PME, afirmou ontem o responsável da associação<br />
de empresas desta dimensão. Citado pela Lusa, Jesus Bárcenas,<br />
presidente da CEPYME, afirmou em Madrid, que o problema do atraso<br />
nos pagamentos do Estado é claramente maior do que a questão<br />
da reforma laboral ou do acesso ao financiamento da banca.<br />
O consumo privado reanimou<br />
em Janeiro face ao mês homólogo.<br />
Confiança económica estagna<br />
ISEG mantém-se prudente na avaliação da economia.<br />
Paula Cravina de Sousa<br />
paula.cravina@@economico.pt<br />
A situação económica do país<br />
está longe de enveredar por um<br />
caminho mais positivo ou mais<br />
fácil de percorrer. Isto reflectese<br />
na confiança do painel dos<br />
economistas do Instituto Superior<br />
de Economia e Gestão (ISEG)<br />
quemanteveoseuníveldeconfiança<br />
praticamente inalterado<br />
no mês de Fevereiro, nos 43,2<br />
pontos face aos 42,1 pontos registados<br />
no primeiro mês do ano.<br />
A confiança mantém-se assim<br />
em níveis negativos -<br />
abaixo dos 50 pontos. Além<br />
disso diminuiu o consenso em<br />
tornodaevoluçãodaactividade<br />
económica portuguesa no<br />
curto prazo.<br />
Nas últimas semanas têm<br />
sido conhecidos dados que têm<br />
penalizado a avaliação da situação<br />
económica nacional. A<br />
‘derrapagem’ do défice para os<br />
9,3% do Produto Interno Bruto,<br />
por exemplo, face às previsões<br />
ÍNDICE ISEG<br />
43,2 pontos<br />
O indicador de confiança do ISEG<br />
mantém-se em terreno negativo<br />
embora estável. Além disso,<br />
o consenso relativamente<br />
à evolução da actividade<br />
económica diminuiu.<br />
O Inverno mais frio dos últimos<br />
14 anos teve consequências económicas.<br />
iniciais que apontavam para<br />
que se situasse perto dos 8%.<br />
Por outro lado, os dados do desemprego<br />
não são animadores,<br />
o que prova que apesar de Portugal<br />
ter já saído da recessão<br />
técnica, a melhoria não se fez<br />
ainda sentir no mercado de trabalho.<br />
Segundo o Instituto Nacional<br />
de Estatística (INE), a<br />
taxa de desemprego situou-se<br />
nos 10,1%. Pela positiva está o<br />
indicador de clima económico<br />
do INE, que melhorou ligeiramente<br />
de dois pontos negativos<br />
para os 1,7 pontos negativos em<br />
Dezembro. Por outro lado, de<br />
acordo com os dados do Banco<br />
de Portugal a actividade económica<br />
terá crescido face ao período<br />
homólogo, representando<br />
o nono mês de recuperação. O<br />
consumo privado explica este<br />
comportamento, com o indicador<br />
coincidente mensal a crescer<br />
1,8% em Janeiro face ao mês<br />
homólogo, mais do que a variação<br />
positiva de 1,5% registada<br />
em Dezembro de 2009. ■<br />
ALEMANHA<br />
Metodologia<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 17<br />
Confiança dos empresários cai<br />
pela primeira vez em onze meses<br />
A confiança dos empresários alemães caiu este mês pela primeira vez<br />
em 11 meses, com o inverno mais frio dos últimos 14 anos a afectar<br />
as vendas a retalho e a construção. Segundo o instituto Ifo de Munique,<br />
o índice de confiança dos empresários, baseado num inquérito a sete mil<br />
executivos alemães, caiu para 95,2 pontos (em Janeiro estava nos 95,8<br />
pontos). Os economistas esperavam uma subida para 96,1 pontos,<br />
de acordo com a média das 37 previsões da Bloomberg.<br />
Paulo Figueiredo<br />
O índice de confiança do ISEG<br />
sobreaevoluçãoacurtoprazo<br />
da economia portuguesa,<br />
cujo valor pode variar entre zero<br />
(confiança mínima) e 100<br />
(confiança máxima) é atribuído<br />
por um painel de dezasseis<br />
professores do ISEG com base<br />
em informação quantitativa e<br />
qualitativa previamente recolhida<br />
e que inclui os apuramentos<br />
de um inquérito realizado<br />
mensalmente a todos os docentes<br />
do ISEG. O valor do índice é<br />
obtido por média simples dos<br />
valores entre 0 e 100 atribuídos<br />
respectivamente por cada um<br />
dos membros do Painel. Como<br />
indicador de consenso é utilizado<br />
o coeficiente de variação<br />
dos valores individuais.<br />
PEDRO VERGA<br />
MATOS<br />
professor<br />
auxiliar do ISEG<br />
Com este<br />
presente,<br />
que futuro?<br />
O índice do ISEG em Fevereiro<br />
atingiu o valor de 43,2, o que representa<br />
uma estabilização face ao<br />
mês anterior.<br />
No último mês fomos “brindados”<br />
com um conjunto de acontecimentos<br />
que, provavelmente<br />
noutro contexto, teriam tido<br />
maiores consequências. Se ao nível<br />
macroeconómico uma precipitada<br />
(?) comparação de Portugal<br />
com a Grécia, feita pelo comissário<br />
Joaquín Almunia, fez agitar os<br />
mercados, subir o risco da dívida<br />
pública portuguesa e colocou o<br />
governo português a tentar acalmar<br />
os mercados, num esforço<br />
para demonstrar que eles estavam<br />
errados....já ao nível empresarial,<br />
ficámos a saber que a PT tinha um<br />
jovem administrador, nomeado<br />
pelo Estado (!), com um curriculum<br />
profissional e académico,<br />
atendendo à dimensão da empresa,<br />
verdadeiramente excepcional<br />
(isto é “excêntrico” ou “anormal”,deacordocomodicionário<br />
de Língua Portuguesa). Tanto<br />
quanto se soube, a sua nomeação<br />
tinha sido feita sem a oposição dos<br />
accionistas privados de referência,<br />
o que pode parecer estranho, perante<br />
o cv referido. Este comportamento<br />
dos privados poderá não<br />
ser desligado da sua recente oposição<br />
à proposta do Código de Bom<br />
Governo das Sociedades, do Instituto<br />
Português de Corporate Governance,<br />
onde se defendia uma<br />
maior transparência sobre participações<br />
cruzadas e relações comerciais<br />
com accionistas de referência.<br />
O nevoeiro nos negócios<br />
entre as empresas, alguns dos seus<br />
accionistas e até o Estado é muito<br />
difícil de eliminar.<br />
Temos então um país numa<br />
crise económica profunda, aparentemente<br />
a olhar apenas para o<br />
curto prazo, sem que seja evidente<br />
uma mudança de paradigma (de<br />
acordo com a SE<strong>DE</strong>S, o Orçamento<br />
foi “uma oportunidade perdida”<br />
(mais uma, diríamos nós),<br />
aguardando-se agora o Programa<br />
de Estabilidade e Crescimento).<br />
Ora, se como diz um ditado queniano,<br />
“tu não herdas a terra dos<br />
teus pais...tu pede-la emprestada<br />
aos teus filhos”, as próximas gerações,<br />
se nada for alterado, terão<br />
razões de queixa sobre o empréstimo<br />
que nos fizeram....■
18 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
POLÍTICA<br />
MISSÃO NO AFEGANISTÃO VAI CUSTAR MAIS 15 MILHÕES <strong>DE</strong> EUROS À <strong>DE</strong>FESA EM 2010<br />
A presença militar<br />
portuguesa no<br />
Afeganistão vai custar,<br />
este ano, 25 milhões de<br />
euros, mais 15 milhões<br />
do que no ano passado.<br />
A primeira metade da<br />
força de reacção rápida<br />
já está em Cabul<br />
e os restantes militares<br />
devem chegar no fim<br />
de Março. Ontem,<br />
na comissão de Defesa,<br />
no âmbito do Orçamento<br />
do Estado, o ministro<br />
Augusto Santos Silva<br />
justificou o aumento<br />
da verba com a “mudança<br />
da natureza da operação”.<br />
Os militares portugueses<br />
vão actuar numa missão<br />
de maior risco. Portugal<br />
também vai entrar, a<br />
partir de Março, numa<br />
nova missão na Somália.<br />
No total, há um aumento<br />
de 7% nas verbas<br />
disponíveis para as forças<br />
nacionais destacadas, que<br />
passa a ser de 75 milhões<br />
de euros (3% do<br />
orçamento da Defesa).<br />
Se, para a direita, esta<br />
verba é insuficiente,<br />
à esquerda assumiram-se<br />
diferenças: “Se há sector<br />
em que se devia poupar é<br />
na Defesa”, defendeu<br />
Fernando Rosas, do BE.<br />
PSD quer governador escolhido<br />
Passos Coelho exige que sejam os deputados a escolher sucessor de Constâncio. Já Paulo Rangel<br />
Francisco Teixeira<br />
francisco.teixeira@economico.pt<br />
O PSD quer mudar a forma de<br />
escolha do governador do Banco<br />
de Portugal que, actualmente, é<br />
nomeado pelo conselho de ministros<br />
por proposta do ministro<br />
das Finanças.<br />
Com o sucessor de Vitor<br />
Constâncio em pano de fundo,<br />
Pedro Passos Coelho defende<br />
que seja o Parlamento a escolher<br />
o próximo governador do Banco<br />
de Portugal tal como “acontece<br />
com o provedor de Justiça”<br />
(onde são exigidos 2/3 de deputados).<br />
A proposta do candidato<br />
a líder do PSD assenta em três<br />
princípios. O “facto de ainda<br />
termos alguns meses até que o<br />
Governo tenha de definir o sucessor<br />
de Vitor Constâncio”, “a<br />
maior transparência que deve<br />
ser dada à escolha” deste regulador<br />
e, por fim, para que o próximo<br />
governador tenha a “força<br />
necessária para conseguir mudar<br />
a estrutura da instituição<br />
que precisa de dar mais credibilidade<br />
à missão de supervisão”.<br />
Na prática e caso vença as directas<br />
no PSD, Passos Coelho quer<br />
alterar a lei orgânica do Banco<br />
de Portugal antes de Junho, mês<br />
em que Constâncio troca as funções<br />
de regulador, em Portugal,<br />
pela vice-presidência do Banco<br />
Central Europeu.<br />
Já Paulo Rangel, outro dos<br />
Vitor Constâncio<br />
Governador do<br />
Banco de Portugal<br />
Vitor Constâncio garante que não<br />
voltará a falar sobre a sua saída<br />
do Banco de Portugal para o<br />
Banco Central Europeu até que o<br />
Parlamento Europeu aprove o<br />
seu nome.<br />
candidatos a líder do PSD, defende<br />
novas regras na escolha<br />
do governador, mas ao contrário<br />
de Passos não acredita que<br />
devam ser aplicadas já para o<br />
futuro responsável pelo banco<br />
central. O eurodeputado traça o<br />
perfil de uma pessoa “competente,<br />
prestigiada e apartidária”<br />
que deve ser escrutinada por todos<br />
os poderes políticos: “O governador<br />
deve ser nomeado<br />
pelo Presidente da República<br />
por proposta do Governo” depois<br />
do candidato ter sido ouvido<br />
pelos deputados.<br />
O também candidato a líder<br />
do PSD, José Pedro Aguiar-<br />
Branco, em declarações ao Diário<br />
Económico, diz que o Go-<br />
vernodeveter“respeitopelo<br />
estatuto da oposição” e, de forma<br />
a “reforçar a legitimidade do<br />
governador no momento especialmente<br />
delicado que o país<br />
atravessa”, ouvir o PSD sobre o<br />
“perfil e a pessoa”. Quanto às<br />
características do governador o<br />
líder parlamentar do PSD realça<br />
“a elevada competência técnica,<br />
o rigor e o sentido de independência<br />
e equidistância face<br />
aos partidos”. Sobre a mudança<br />
das regras, Aguiar-Branco não<br />
se pronuncia.<br />
Restante oposição<br />
também exige ser ouvida<br />
O CDS foi o primeiro partido a<br />
definir, claramente, um con-
Rui Rio apoia Aguiar-Branco<br />
O presidente da Câmara Municipal do Porto e vice-presidente do PSD, Rui<br />
Rio, manifestou ontem o seu apoio à candidatura de Aguiar-Branco para a<br />
liderança do partido, considerando que este “será o exemplo que o país<br />
necessita”. Rui Rio, que não esteve presente na apresentação formal da<br />
candidatura de Aguiar-Branco e que admite estar “mais próximo de Paulo<br />
Rangel” (outro candidato), esclarece que na sua tomada de posição pesou<br />
“um percurso comum” com o actual líder da bancada parlamentar do PSD.<br />
AGENDA DO DIA<br />
● Paulo Penedos e Henrique<br />
Monteiro da Comissão de Ética<br />
● Ministro da Justiça, Alberto<br />
Martins, na Comissão que debate<br />
o Orçamento do Estado para 2010<br />
● Director Nacional da Polícia<br />
Judiciária, Almeida Rodrigues,<br />
no Parlamento.<br />
com novas regras<br />
pretende envolver o Presidente da República.<br />
junto de princípios para a escolha<br />
do próximo governador.<br />
Muito crítico do trabalho de Vitor<br />
Constâncio (nomeadamente<br />
no que diz respeito à supervisão<br />
de bancos como o BPN e o<br />
BPP), o CDS “desafia o primeiro-ministro<br />
a ter uma postura<br />
de Estado”. O porta-voz dos<br />
democratas cristãos, Nuno Magalhães,<br />
insiste na “necessidade<br />
de serem encetadas negociações”<br />
para que se encontre<br />
uma personalidade “tecnicamente<br />
competente, proactiva<br />
na supervisão e discreta nas<br />
declarações”. Estes dois últimos<br />
aspectos são precisamente<br />
os “pecados capitais” que o<br />
CDSapontaao“tecnicamente<br />
competente” Vítor Constâncio.<br />
O Bloco de Esquerda exige<br />
conhecer, primeiro, os critérios<br />
que vão guiar a decisão do<br />
Governoe,sódepois,onome.<br />
Não foi possível obter um comentário<br />
do PCP.<br />
Actualmente a lei orgânica<br />
doBancodePortugalexigeque<br />
os membros do conselho de<br />
administração da instituição<br />
tenham “comprovada idoneidade,<br />
capacidade e experiência<br />
de gestão, bem como domínio<br />
das áreas bancária e monetária”.Noquedizrespeitoàsupervisão,<br />
o calcanhar de aquiles<br />
do último mandato de Vítor<br />
Constâncio, não há qualquer<br />
referência. ■<br />
Ahmad Masood/Reuters<br />
LEI ORGÂNICA DO BDP<br />
● O Governador e os demais<br />
membros do conselho de<br />
administração são escolhidos<br />
entre pessoas com comprovada<br />
idoneidade, capacidade e<br />
experiência de gestão, bem como<br />
domínio de conhecimento nas<br />
áreas bancárias e monetária.<br />
● Tanto o governador como<br />
os seus colegas de administração<br />
são nomeados por resolução<br />
do conselho de ministros<br />
sob proposta do ministro<br />
das Finanças.<br />
Teixeira dos Santos já deixou<br />
claro: ainda há muito tempo<br />
para escolher o governador<br />
do Banco de Portugal.<br />
Francisco Teixeira<br />
francisco.teixeira@economico.pt<br />
“Ainda é cedo”. Foi com esta<br />
frase, minutos depois de Constâncio<br />
ter sido eleito vice-presidente<br />
do BCE, que o ministro<br />
das Finanças adiou qualquer<br />
decisão sobre o seu sucessor no<br />
Banco de Portugal.<br />
Na prática Constâncio só inicia<br />
funções no BCE a 1 de Junho,<br />
o que dá ao Governo<br />
“muito tempo para pensar em<br />
quem o vai substituir”. Ainda<br />
assim, está aberta a especulação<br />
sobre os candidatos melhor<br />
posicionados.<br />
Depois de ter sido descartado<br />
onomedeTeixeiradosSantos,<br />
que já deu sinais de que quer assumir<br />
o combate ao maior défice<br />
da democracia portuguesa, é<br />
o economista Vitor Bento quem<br />
reúne um maior consenso. Desde<br />
logo, tendo em conta a sua<br />
competência técnica, mas também<br />
a sua independência partidária<br />
- critérios exigidos por todos<br />
os partidos políticos. A estas<br />
características junta-se uma<br />
terceira: é um nome que agrada<br />
ao Presidente da República que<br />
o escolheu para seu conselheiro<br />
de Estado depois da renúncia de<br />
Manuel Dias Loureiro.<br />
Dando corpo a um outro cenário,<br />
o de que caberá à área<br />
política do PSD a indicação do<br />
próximo governador, é de Faria<br />
de Oliveira que se fala. A saída<br />
do ex-ministro da Economia da<br />
Caixa Geral de Depósitos acabaria<br />
por abrir a porta do banco<br />
público para alguém da área<br />
socialista.<br />
Na bolsa de apostas continua<br />
a estar Manuel Pinho,<br />
apontado por várias fontes<br />
como o nome que mais agrada<br />
ao primeiro-ministro. Apesar<br />
de ter um currículo ao alcance<br />
de poucos, com experiência<br />
na área financeira (foi administrador<br />
do BES), é no seu<br />
perfil pessoal que Pinho tem<br />
mais anti-corpos. Ainda hoje<br />
o seu trabalho à frente da Economia<br />
recebe elogios, mas na<br />
cabeça dos mais cépticos está<br />
o carácter impulsivo do actual<br />
professor da Universidade de<br />
Columbia. ■<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 19<br />
Governo sem<br />
pressa na escolha<br />
do sucessor<br />
de Constâncio<br />
NOMES FALADOS<br />
Vitor Bento<br />
Presidente da SIBS<br />
É tecnicamente competente e<br />
ganhou, ao longo dos últimos<br />
anos, a independência partidária<br />
que todos os partidos exigem<br />
ao próximo governador<br />
do Banco de Portugal. Além<br />
de ser presidente da SIBS<br />
(a empresa que gere o<br />
multibanco) é conselheiro<br />
do Presidente da República.<br />
Faria de Oliveira<br />
Presidente da CGD<br />
É apontado como um<br />
cavaquista, depois de ter sido<br />
ministro da Economia nos<br />
governos do actual Presidente<br />
da República. A sua escolha para<br />
o Banco de Portugal deixaria em<br />
aberto um cobiçado lugar: o de<br />
presidente da Caixa Geral de<br />
Depósitos.<br />
Manuel Pinho<br />
Ex-ministro da Economia<br />
Manuel Pinho tem um<br />
currículo ao alcance de poucos<br />
mas a sua passagem pela<br />
política deixou marcas.<br />
A de um ministro da Economia<br />
competente nas suas apostas<br />
(energias renováveis) mas<br />
emocionalmente instável<br />
como se provou pela sua saída<br />
do último Governo.
20 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
POLÍTICA<br />
SOCIEDA<strong>DE</strong><br />
Maior base de dados sobre Portugal<br />
já está disponível na Internet<br />
A maior base de dados estatísticos sobre Portugal já está disponível na<br />
Internet. A iniciativa da Fundação Francisco Manuel dos Santos, presidida<br />
pelo investigador António Barreto, reúne estatísticas sobre “quase todos os<br />
capítulos da sociedade portuguesa”, com dados relativos aos últimos 50<br />
anos, fornecidos por mais de 30 entidades que produzem estatísticas<br />
certificadas, explicou à Lusa António Barreto. A Pordata já disponível em<br />
www.pordata.pt.<br />
Novo mapa judiciário adiado<br />
pelo Governo para 2014.<br />
PGR recusa enviar<br />
despachos da Face<br />
Oculta ao PSD<br />
Secretário de Estado da Justiça defende fim do segredo<br />
a nível interno sempre que for violado.<br />
Márcia Galrão<br />
marcia.galrao@economico.pt<br />
O Procurador-Geral da República<br />
recusa, mais uma vez, tornar<br />
público qualquer despacho<br />
sobre o arquivamento das escutas<br />
do processo Face Oculta em<br />
que intervém José Sócrates, não<br />
devendo assim responder positivamente<br />
ao terceiro requerimento<br />
do PSD que pedia acesso<br />
aos documentos. Ao Diário Económico,<br />
o gabinete de Pinto<br />
Monteiro esclarece que não será<br />
“fornecido o seu teor integral”,<br />
uma vez que “foram proferidos<br />
quatro despachos que se completam<br />
e interligam não sendo<br />
possível divulgar um deles sem<br />
que se tome, pelo menos, conhecimento<br />
da matéria divulgada<br />
no anterior”.<br />
Em causa estão notícias que<br />
davam conta de contradições<br />
entre os despachos e a resposta<br />
que Pinto Monteiro enviou aos<br />
anteriores requerimentos do<br />
PSD e que o Procurador garante<br />
não corresponderem à verdade.<br />
Mais, as “notícias ofendem,<br />
pessoal e institucionalmente”, o<br />
PGR, diz o mesmo na resposta<br />
enviada ao Diário Económico. O<br />
DN e o CM divulgaram, segundo<br />
Pinto Monteiro, “5 pá<strong>gina</strong>s das<br />
26 do despacho de arquivamento.<br />
Se o despacho for lido na integra<br />
facilmente leva à conclusão<br />
que a matéria está abrangida<br />
pelo segredo de justiça, dado o<br />
seu teor”, explica o Procurador.<br />
A violação do segredo de justiça<br />
já levou, entretanto, o PGR a<br />
instaurar um inquérito-crime<br />
para saber quem foi responsável<br />
pela divulgação dos despachos.<br />
Uma questão que trouxe novamenteparaaagendaadiscussão<br />
sobre a necessidade de se alterar<br />
a lei nesta matéria. O secretário<br />
de Estado da Justiça, João Correia,<br />
defende, em declarações ao<br />
Diário Económico, que o segredo<br />
de justiça deve ser levantado<br />
para“todososintervenientesno<br />
processo, desde magistrados,<br />
advogados e até arguidos, a partir<br />
do momento em que é violado”.<br />
Uma opinião que, garante,<br />
“não vincula o Governo”.<br />
Pinto Monteiro<br />
Procurador-Geral<br />
da República<br />
“O despacho não podia ser<br />
publicado nem será fornecido<br />
o seu teor integral, correndo já<br />
um inquérito no DIAP de Lisboa<br />
para apuramento do ou dos<br />
responsáveis pela divulgação da<br />
parte desse despacho”, avança<br />
o gabinete de Pinto Monteiro.<br />
Director do JN<br />
desmente Crespo<br />
O director do JN garantiu ontem<br />
que não censurou o artigo de Mário<br />
Crespo e que não houve qualquer<br />
interferência do Governo ou do<br />
primeiro-ministro sobre este<br />
assunto. Na Comissão de Ética,<br />
José Leite Pereira, disse ainda que<br />
não publicou a crónica do jornalista<br />
por considerar que era uma “quase<br />
notícia, que carecia de<br />
contraditório” e que foi isso mesmo<br />
que disse a Crespo “antes do jornal<br />
estar fechado” e ao contrário do<br />
que o jornalista disse na mesma<br />
comissão a semana passada. O<br />
director do JN salientou ainda que<br />
“nunca nenhum jornalista escreveu<br />
uma crónica dando uma notícia e<br />
no JN não é possível que se torne<br />
pública uma conversa que é<br />
privada”.M.G.<br />
No entanto, na entrevista à<br />
SIC, José Sócrates adiantou que<br />
espera da parte do PGR sugestões<br />
para que se venha mexer<br />
na lei. Mas o PSD está contra<br />
qualquer alteração legislativa<br />
nesta altura. “As regras são<br />
ajustadas, o que é preciso é mais<br />
articulação”, diz Fernando Negrão,<br />
para quem a proposta de<br />
João Correia só é “plausível” se<br />
os “intervenientes processuais<br />
derem autorização, de forma a<br />
acautelar-se até a investigação”.<br />
Também Nogueira Leite<br />
acha um “erro” procurar encontrar<br />
soluções numa altura<br />
em que “está tudo tão quente”.<br />
O socialista Paulo Pedroso discordaeconsideraqueépreciso<br />
“encontrar uma forma de fazer<br />
respeitar o segredo de justiça ou<br />
de, então, terminar com uma<br />
ficção que só serve para destruir<br />
pessoas e não para proteger as<br />
investigações”.<br />
A procuradora-geral adjunta<br />
Cândida Almeida defendeu esta<br />
semana a possibilidade de magistrados<br />
virem a ser alvo de escutas<br />
telefónicas para melhor<br />
combater o crime de violação<br />
do segredo. Uma ideia que deixou<br />
a classe indignada. A direcção<br />
do Sindicato dos Magistrados<br />
do Ministério Público mostrou-se<br />
“incrédula e estupefacta”<br />
com as afirmações da procuradora<br />
e diz-se surpreendida<br />
com a forma “imprópria com<br />
que sugere responsabilidades de<br />
magistrados na violação do segredo<br />
de justiça”. Também Rui<br />
Rangel, da Associação de Juízes<br />
pela Cidadania, classifica as declarações<br />
de Cândida Almeida<br />
como “disparatadas e erradas”,<br />
considerando que a directora do<br />
Departamento Central de Investigação<br />
e Acção Penal se devia<br />
“preocupar em tentar coordenador”<br />
o órgão que dirige.<br />
Entretanto, ontem, também<br />
ficou a saber-se que as escutas<br />
que captam conversas do primeiro-ministro<br />
no âmbito do<br />
processo Face Oculta continuam<br />
por destruir. Em resposta<br />
à Lusa, o PGR disse que o assunto<br />
deverá ser resolvido “em<br />
breve”. ■ com C.D.<br />
JUSTIÇA<br />
Magistrado Rui Rangel critica adiamento<br />
da entrada em vigor do mapa judiciário<br />
Rui Rangel, presidente da Associação de Juízes pela cidadania, criticou<br />
ontem o Governo por ter adiado a “única reforma bem feita” na justiça,<br />
referindo-se ao novo mapa judiciário, cujo adiamento para 2014 foi<br />
ontem anunciado pelo Ministério da Justiça. Para o magistrado, este<br />
adiamento prende-se com a “falta de verbas”, na medida em que a<br />
implantação do mapa judiciário “implicava o reforço substancial” das<br />
verbas do Orçamento do Estado para o sector da Justiça.<br />
João Paulo Dias<br />
PROTESTOS MARCAM ARRANQUE <strong>DE</strong> HOSPITAL <strong>DE</strong> CASCAIS<br />
A inauguração do novo hospital de Cascais ficou ontem<br />
marcada pela manifestação de cerca de meia centena<br />
de militantes da CDU de Cascais e da JSD do Cacém,<br />
num protesto simbólico para alertar para as<br />
dificuldades dos utentes da região. A ministra da<br />
Saúde, Ana Jorge, e o ministro das Finanças, Teixeira<br />
dos Santos, estiveram presentes na inauguração do<br />
novo hospital, que vai servir 300 mil utentes dos<br />
concelhos de Cascais e Sintra.
PUB
22 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
<strong>DE</strong>STAQUE CATÁSTROFE NA MA<strong>DE</strong>IRA<br />
Amigos alemães<br />
já chegaram<br />
à Madeira<br />
Há uma cidade alemã – Leichlingen – que se preocupa<br />
com tudo o que acontece no Funchal. Nas férias, e não só.<br />
António Sarmento, na Madeira<br />
antonio.sarmento@economico.pt<br />
Os amigos são para as ocasiões e<br />
em Leichlingen, no norte da Alemanha,<br />
isso é levado muito a sério.<br />
Assim que soube do temporal<br />
na Madeira, Horst Schmuidtberg,<br />
o comandante dos bombeiros da<br />
cidade alemã, começou a fazer as<br />
malas. Já tinha estado no Funchal<br />
dez vezes, mas agora não havia<br />
espaço na bagagem para roupa de<br />
turista. Nem para saborear o peixe<br />
espada preto, as espetadas, a<br />
poncha e os licores caseiros da cidade.<br />
“Vim com mais dois colegas<br />
e trouxemos equipamento<br />
indispensável para ajudar na recuperação<br />
da ilha, como é o caso<br />
das moto-bombas”, diz. O material<br />
pesa 700 quilos e a companhia<br />
aérea alemã que o transportou,<br />
a Tui Fly, não cobrou o excesso<br />
de carga.<br />
Schmuidtberg aterrou ontem<br />
no aeroporto do Funchal às oito<br />
da manhã. À espera dele estava<br />
Rui Pedro, o comandante dos<br />
bombeiros voluntário madeirenses.<br />
Os dois são amigos há<br />
mais de 20 anos e, apesar de Rui<br />
falar muito pouco ou nada de<br />
alemão, os dois entendem-se na<br />
perfeição. “Já na tragédia de<br />
1993 foram eles que nos ajudaram<br />
bastante. Vieram para cá<br />
com equipamento e ainda lançaram<br />
um apelo na rádio alemã,<br />
acabando por conseguir toneladas<br />
de roupa para doarmos aos<br />
madeirenses”, lembra o comandante<br />
português. Agora, voltaram<br />
a fazer o mesmo e esperam<br />
Bombeiros alemães<br />
aterraram ontem no<br />
aeroporto do Funchal.<br />
Chegam de uma<br />
cidade geminada<br />
com o Funchal e<br />
trouxeram 700 quilos<br />
de moto-bombas.<br />
Estão a ajudar<br />
a recolher donativos<br />
para ajudar<br />
os desalojados pela<br />
catástrofe na ilha.<br />
Reportagem<br />
no Funchal<br />
João Jardim anuncia construção de túnel<br />
O presidente do Governo Regional<br />
da Madeira, Alberto João Jardim,<br />
anunciou ontem a construção de<br />
um túnel entre a Serra de Água e a<br />
Meia Légua, na Ribeira Brava, para<br />
substituir a estrada destruída pelo<br />
temporal de sábado. Alberto João<br />
Jardim visitou também ontem a<br />
zona da Meia Légua, uma das mais<br />
atingidas pelo temporal e que<br />
destruiu a estrada que atravessa o<br />
vale entre São Vicente e a Ribeira<br />
Brava. “Tudo o que se fez em túnel<br />
aguentou-se. Eu não estou para<br />
andar a brincar à porrada com a<br />
Natureza”, afirmou o governante,<br />
garantindo a construção de um<br />
novo túnel.<br />
O governante madeirense<br />
anunciou ainda a construção de<br />
um trilho de emergência entre a<br />
SerradeÁguaeaRibeiraBravae<br />
a construção de um bairro para 26<br />
casas com o objetivo de alojar as<br />
famílias que perderam as suas<br />
habitações. E lembrou outra<br />
situação problemática na<br />
RibeiraBrava,queéadaTabua<br />
que ficou isolada, indicando que as<br />
pontes militares serão aplicadas<br />
nas zonas fora do Funchal, sem<br />
acessibilidades.<br />
recolher donativos suficientes<br />
para ajudar os desalojados.<br />
Nãohaviatempoaperder.<br />
Schmuidtberg deixou o aeroporto<br />
e foi para o quartel dos bombeiros<br />
certificar-se da gravidade<br />
da situação. Os dois colegas que o<br />
acompanhavam foram imediatamente<br />
para o terreno, em conjunto<br />
com os colegas madeirenses.<br />
Ninguém tomou o pequeno-<br />
-almoço ou perdeu um minuto a<br />
beber um café. “Estamos aqui<br />
para trabalhar”, dizem. Os três<br />
alemães mantinham-se em contacto<br />
por telemóvel e, por volta<br />
dasonzedamanhã,ochefeda<br />
corporação saiu do gabinete e entrou<br />
num jipe para ir ter com eles.<br />
Nos próximos sete dias irão dormir,<br />
almoçar e jantar no quartel<br />
dos bombeiros madeirenses.<br />
“Ainda vai demorar alguns dias<br />
até recuperarmos a ilha”, admite<br />
o comandante alemão.<br />
A amizade entre Leichlingen e<br />
o Funchal começou em finais dos<br />
anos 80, quando Helena Pinto<br />
Fernandes, uma antiga funcionária<br />
do consulado português na<br />
Alemanha, pôs as duas corporações<br />
de bombeiros em contacto.<br />
Mais tarde, os comandantes de<br />
cada lado visitaram-se pessoalmente.<br />
A geminação entre os dois<br />
municípios deu-se em 1996. Hoje<br />
em dia, há uma ponte nesta cidade<br />
alemã que se chama Funchal e,<br />
no Funchal, há uma rua chamada<br />
Leichlingen. “É uma cidade pequena<br />
do estado da Renânia do<br />
Norte, na Vestefália, e é parecida<br />
com a ilha da Madeira. Tem muito<br />
verde, é sossegada e as pessoas<br />
são hospitaleiras”, explica Helena<br />
Pinto Fernandes.<br />
Funchal transformado<br />
num pântano<br />
À excepção da simpatia dos madeirenses<br />
e do espírito de solidariedade<br />
(alguns policias destoam<br />
e não escondem a má cara sempre<br />
que alguém se aproxima deles<br />
para pedir uma informação) tudo<br />
o resto se perdeu. A baixa do<br />
Funchal está transformada num<br />
pântanogiganteeéazonade<br />
Portugal com mais galochas e<br />
calças sujas de lama por metro<br />
quadrado. Escuteiros, funcionários<br />
da câmara municipal, de<br />
empresas de limpeza e outros voluntárioslimpamasruas.Oba-<br />
rulho das pás, vassouras e das retroescavadoras<br />
confunde-se com<br />
os gritos de quem manda nas<br />
operações de limpeza. Há camiões<br />
que fazem as manobras<br />
mal feitas, carrinhas de caixa<br />
aberta que viram para o sítio errado<br />
e curiosos que querem entrar<br />
em ruas que estão fechadas.<br />
Depois, há ainda aqueles que estão<br />
à porta dos cafés e das lojas de<br />
braços cruzados.<br />
Diogo Abreu, escuteiro e estudante<br />
do 12º ano, é um dos que<br />
trabalha afincadamente. Adora<br />
computadores, quer ser engenheiro<br />
informático, mas o dever<br />
cívico falou mais alto do que ficar<br />
em casa agarrado à Internet.<br />
“Enquanto o meu liceu estiver<br />
fechado eu vou ficar aqui a limpar<br />
a baixa do Funchal”, diz Diogo,<br />
ao mesmo tempo que pega na pá<br />
e enche de lama um carrinho de<br />
mão. Começou a trabalhar às dez<br />
damanhãesósevaiemboraao<br />
final da tarde. Há dois dias seguidos<br />
que é assim. À hora de almoço<br />
uma carrinha da Câmara Municipal<br />
vai buscá-lo a ele e os outros<br />
escuteiros para lhes oferecer<br />
o almoço num refeitório do centro<br />
da cidade. É a única recom-<br />
PREVISÃO<br />
A previsão climatéria para hoje<br />
aponta para períodos de chuva<br />
com vento moderado e mar<br />
com vagas de 1,5-2,5 m. A água<br />
a uma temperatura de 18ºC.<br />
pensa que têm, mas isso não os<br />
desmotiva nada.<br />
Mais à frente, a cem metros de<br />
distância, outro grupo de escuteiros<br />
apanha pedras e troncos de<br />
madeira que são depositados<br />
numa carrinha de caixa aberta<br />
da Câmara Municipal. Um deles,<br />
talvez por estar cansado ou com<br />
vontade de fazer ronha, deitouse<br />
no chão. Ficou ali alguns minutos<br />
até que um polícia o mandou<br />
levantar. “Saia já do meio<br />
estrada e vá para o passeio”, gritou.<br />
A ordem deu resultado porque<br />
o rapaz levantou-se e recomeçou<br />
a trabalhar.<br />
Segurança garantida<br />
A irritação do polícia tinha razão<br />
de ser. De plantão desde as sete<br />
da manhã, entre a rua Veiga PestanaearuaJoãodeDeus,também<br />
no centro, há horas que repetia<br />
a mesma frase: “Não pode<br />
passar por aqui, tem de subir e<br />
virar à esquerda”. “Só sei dizer<br />
isto porque não faço ideia das<br />
ruas que estão ou não cortadas.<br />
Mandaram-me para aqui, mas<br />
ninguém me disse nada. Está<br />
uma confusão”, desabafa.<br />
Ontem, aterraram também na
PONTOS-CHAVE<br />
ilha três elementos do Sindicato<br />
Nacional da PSP. Equipados com<br />
armas Glock garantiram que a<br />
segurança está perfeitamente assegurada<br />
e que as duas tentativas<br />
de pilhagem acabam por ser uma<br />
situação normal. Recorde-se que<br />
na segunda-feira a polícia impediu<br />
um assalto a um banco e a um<br />
supermercado, após uma falha<br />
de luz no Funchal. “Foi puro<br />
oportunismo, mas quem tentou<br />
assaltar agora também assaltaria<br />
antes. Não tem nada a ver com o<br />
Haiti”, explica Armando Ferreira,<br />
o presidente do sindicato.<br />
Ao final da tarde, estes agentes<br />
já tinham visitado algumas zonas<br />
da ilha (Camacha, Ribeira Brava e<br />
Ponta-do-Sol) para fazer o levantamento<br />
de todo o material<br />
das esquadras que foi danificado.<br />
“Há alguns prejuízos nas esquadras,<br />
sobretudo inundação nas<br />
garagens. Do ponto de vista operacional<br />
ainda não vi nada de<br />
grave”,descreveoagentedaPSP,<br />
que ficou admirado com a capacidade<br />
de mobilização dos madeirenses<br />
na recuperação da ilha:<br />
“Sítios que há dois dias todos vimos<br />
na televisão completamente<br />
destruídos estão agora restabele-<br />
A amizade entre Leichlingen<br />
e o Funchal começou em finais<br />
dos anos 80 quando uma antiga<br />
funcionária do consulado português<br />
na Alemanha, pôs as duas corporações<br />
de bombeiros em contacto.<br />
Polícias equipados<br />
com armas Glock<br />
chegaram ontem à<br />
Madeira e garantiram<br />
que a segurança<br />
está perfeitamente<br />
assegurada. Na<br />
segunda-feira a PSP<br />
impediu um assalto<br />
a um banco e a um<br />
supermercado.<br />
A baixa do Funchal<br />
está transformada num<br />
pântanogiganteeéazona<br />
de Portugal com mais<br />
galochas e calças sujas de lama<br />
por metro quadrado.<br />
Duarte Sá/Reuters<br />
O momento na Madeira é de união<br />
para recolocar tudo a funcionar:<br />
no Funchal e não só.<br />
cidos. Há muitas empresas privadas<br />
na estrada a tapar os buracos<br />
com pedra e cimento.”<br />
Um pouco por todo o lado, os<br />
madeirenses falam dos estragos,<br />
dos prejuízos, mas também da<br />
capacidade em dar a volta por<br />
cima. Por exemplo, no supermercado<br />
Sá, da Rua do Carmo, os<br />
clientes aproveitavam a paragem<br />
na caixa de pagamento para meter<br />
conversa com as operadoras.<br />
Enquanto punha as compras no<br />
saco, uma senhora relatava a tragédia<br />
de uma mãe que tentou segurar<br />
a filha no meio da enxurrada,<br />
mas que não conseguiu e a<br />
rapariga acabaria por desaparecer<br />
no meio da cheia. Depois de<br />
pagar, em vez de dizer obrigado<br />
ou de se despedir, afirmou apenas:<br />
“É tempo de cuidar dos vivos<br />
e de pôr a cidade bonita.” A<br />
frase é uma cópia do que já foi<br />
dito por Alberto João Jardim,<br />
mas a verdade é que pegou de estaca.<br />
Os madeirenses e até os<br />
bombeiros de Leichligen estão a<br />
fazer tudo o que podem para satisfazer<br />
o presidente do governo<br />
regional da Madeira e transformar<br />
outra vez a ilha num paraíso<br />
para os turistas. ■<br />
Um pouco por todo<br />
o lado, os madeirenses<br />
falam dos estragos,<br />
dos prejuízos, mas também<br />
da capacidade em<br />
dar a volta por cima.<br />
Francisco Teixeira<br />
Francisco.teixeira@economico.pt<br />
O ministro dos Negócios Estrangeiros<br />
tem a residência<br />
numa das zonas mais afectadas<br />
pelo dilúvio que devastou a Madeira,<br />
a freguesia do Monte. Luís<br />
Amadolamentaatragédiaque<br />
vitimou pessoas que conhecia,<br />
elogia a resposta “dinâmica” e<br />
“positiva” de Alberto João Jardim<br />
e reforça o empenho do Governo<br />
no rápido restabelecimento<br />
da normalidade.<br />
Passaram quatro dias desde a<br />
catástrofe na ilha da Madeira.<br />
Como ministro dos Negócios<br />
Estrangeiros como acompanha<br />
a situação?<br />
Antes de ser ministro dos Negócios<br />
Estrangeiros tenho uma ligação<br />
muito estreita à Madeira.<br />
A freguesia onde habito foi das<br />
mais atingidas e morreram pessoasqueconheciabem.Não<br />
pode deixar de estar comovido<br />
comatragédiaeoimpactoque<br />
teve na vida dos madeirenses.<br />
Como ministro dos Negócios<br />
Estrangeiros tenho sido sensível<br />
a uma onda de solidariedade<br />
que tenho tido oportunidade de<br />
receber de toda a parte do mundo,<br />
de representantes de governos<br />
que tem apresentado as<br />
condolências. O que se passou<br />
na Madeira teve impacto em<br />
todo o mundo.<br />
Já se fala muito da reconstrução<br />
da Madeira e dos apoios que podem<br />
existir para a reconstrução.<br />
Revê-se na urgência destes<br />
apoios serem accionados o mais<br />
depressa possível?<br />
O presidente do Governo regional<br />
está a imprimir, aliás<br />
comoéhabitualnele,umadinâmica<br />
positiva e de confiança<br />
para fazer face à catástrofe que<br />
caiu sobre a Madeira. A vontade<br />
de rapidamente restabelecer<br />
as infra-estruturas e a vida<br />
dos madeirenses. A região vive<br />
muito do turismo e da relação<br />
que tem com o exterior e, por<br />
isso, é muito importante restabelecer<br />
a vida económica da<br />
Madeira. Nessa perspectiva<br />
acreditoqueacolaboraçãode<br />
todas as instituições e órgãos<br />
do Estado, do Governo da República<br />
ao Governo regional,<br />
será seguramente o mais desejado.<br />
A Madeira é uma das nossas<br />
referências na relação com<br />
omundovistoquehojearegião<br />
é um dos mais importan-<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 23<br />
ENTREVISTA LUÍS AMADO ministro Negócios Estrangeiros<br />
“Alberto João Jardim<br />
está a imprimir uma<br />
dinâmica positiva<br />
e de confiança”<br />
tes mercados turísticos do<br />
mundo.<br />
O Governo está a sensibilizar os<br />
mercados turísticos que mais<br />
trabalham com a Madeira de<br />
que a região superará rapidamente<br />
esta catástrofe?<br />
O Governo está empenhado em<br />
criar condições para o rápido<br />
restabelecimento da normalidade,<br />
principalmente do sector<br />
turístico. Vamos fazer tudo o<br />
que for possível para trabalhar<br />
para esse objectivo. Todos os estados-membros<br />
da União Europeia<br />
mostraram muita disponibilidade<br />
para que seja dado o<br />
aval a um programa de reabilitaçãonoâmbitodofundodesolidariedade<br />
europeia. Esperemos<br />
que o programa seja aprovado<br />
rapidamente. Acredito que<br />
com a acção da União Europeia<br />
e dos governos regionais e da<br />
República vamos conseguir rapidamente<br />
normalizar a vida<br />
económica e social da região<br />
Autónoma da Madeira. ■<br />
Luís Amado,<br />
ministro dos<br />
Negócios<br />
Estrangeiros,<br />
tem casa numa<br />
das zonas mais<br />
afectadas pelas<br />
cheias: a freguesia<br />
do Monte.
24 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
<strong>DE</strong>STAQUE CATÁSTROFE NA MA<strong>DE</strong>IRA<br />
Militares concentram<br />
gestão de donativos<br />
A PT criou linhas de apoio, a Galp vai dar um cêntimo por cada litro de<br />
combustível vendido e a Jerónimo Martins já ofereceu um milhão de euros.<br />
Ana Basílio, na Madeira*<br />
diario.economico@economico.pt<br />
O regimento militar do Funchal foi<br />
transformado no centro de recolha<br />
de donativos em géneros para<br />
ajudar as vítimas do temporal de<br />
sábado. Centenas de peças de roupa,<br />
paletes de comida, milhares de<br />
litros de leite e outros produtos<br />
lácteos. A solidariedade insular<br />
surpreendeu as autoridades.<br />
O “apelo para donativos circulou<br />
via SMS e, a dada altura, tínhamos<br />
filas de 400 metros nas<br />
várias ruas” junto ao quartel, recorda<br />
o segundo comandante do<br />
Regimento militar de Guarnição,<br />
às portas do Funchal. As ofertas<br />
atingiram um nível tal que “tivemos<br />
que chamar a polícia do<br />
Exército para fazer controle de<br />
movimentos”, disse ao Diário<br />
Económico o tenente-coronel<br />
Carlos Dionísio.<br />
Depois do temporal, a solidariedade<br />
transformou-se numa<br />
bonança para fazer face à tragédia.<br />
Duas centenas de voluntários civis<br />
ajudaramosmilitaresagerirofluxo<br />
de ajuda, com “um movimento<br />
fantástico de pessoas que trouxeram<br />
centenas e centenas de quilos<br />
de tudo o que se possa ima<strong>gina</strong>r”.<br />
As empresas da distribuição alimentar<br />
chegaram a levar “contentoresinteiros”comalimentospara<br />
os desalojados e carenciados da<br />
ilha”, transformando a messe dos<br />
oficiais num imenso depósito “com<br />
vários metros cúbicos” de produtos.<br />
Aqui, a gestão cabe à Caritas<br />
Diocesana do Funchal, a pedido<br />
do Centro Regional de Segurança<br />
Social. As equipas de voluntários<br />
organizam-se com as autorida-<br />
O apelo para entrega<br />
de bens de ajuda<br />
no Funchal circulou<br />
por SMS e o enorme<br />
movimento das filas<br />
de pessoas teve de<br />
ser coordenado pela<br />
Polícia do Exército.<br />
des locais, juntas de freguesia e<br />
bombeiros para fazerem a distribuição<br />
dos bens.<br />
No entanto, o presidente da Caritas,<br />
José Manuel Barbeito, admite<br />
que ainda existem algumas carências.<br />
Faltam “voluntários, alimentos<br />
e têxteis para a casa” e já não<br />
são precisas tantas “peças de vestuário”.<br />
Mas a prioridade nos pedidos<br />
de doação vai também para o<br />
mobiliário porque o Governo Regional<br />
quer “começar a realojar<br />
pessoas”, e são necessários mais<br />
voluntários para garantir a distribuição<br />
dos bens acumulados.<br />
Corrente de solidariedade<br />
estende-se ao continente<br />
Se na ilha, quem sobreviveu à enxurrada<br />
está solidário com quem<br />
perdeu tudo, no continente, os<br />
apoios começam também a organizar-se<br />
numa imensa rede de apoios,<br />
mais ou menos organizados. Contas<br />
bancárias, fundos de apoio ou ofertas<br />
diretas - A solidariedade expressa-se<br />
de muitas formas.<br />
A PT criou linhas de apoio, a<br />
Galp vai dar um cêntimo por cada<br />
litro de combustível vendido, o<br />
grupo Jerónimo Martins já ofereceu<br />
um milhão de euros e até os<br />
CTT estão a recolher gratuitamente<br />
ofertas para enviar para a ilha.<br />
Mas a onda de solidariedade<br />
estende-se também a receitas de<br />
espetáculos teatrais, de jogos de<br />
futebol. Os três futebolistas madeirenses<br />
mais famosos do mundo,<br />
Cristiano Ronaldo, Danny e<br />
Ruben Micael já anunciaram que<br />
querem realizar um jogo solidário<br />
na ilha onde têm raízes. ■<br />
Jornalista da Agência Lusa/Exclusivo<br />
Diário Económico.<br />
Fundos da AMI<br />
A AMI iniciou ontem uma<br />
campanha de recolha de fundos<br />
para a missão de emergência na<br />
Madeira, disponibilizando 50 mil<br />
euros para os primeiros trabalhos<br />
de auxílio às vítimas das chuvas<br />
torrenciais que atingiram a ilha.<br />
A decisão de avançar com uma<br />
missão de emergência surge<br />
na sequência da visita à Madeira<br />
do presidente da AMI, Fernando<br />
Nobre, onde, depois de analisar<br />
a situação no terreno, reuniu<br />
com responsáveis autárquicos<br />
e com a delegação no Funchal.<br />
Os donativos podem ser<br />
depositados na conta<br />
Emergência Madeira:<br />
NIB: 0007 001 500 400 000<br />
00672<br />
Multibanco: Entidade 20 909<br />
Refª 909 909 909<br />
IBAN: PT 50 0007 001 500 400<br />
000 00672<br />
SWITF: BES CPTPL.<br />
Infografia: Marta Carvalho | marta.carvalho@economico.pt<br />
1<br />
Sócrates<br />
Governo tem completa abertura<br />
à Lei das Finanças Regionais.<br />
Márcia Galrão<br />
marcia.galrao@economico.pt<br />
De finca-pé em relação à Lei das<br />
Finanças Regionais, o Governo<br />
passou para uma completa abertura<br />
no que toca ao endividamento<br />
da Madeira. Durante uma<br />
entrevistaàSIC,JoséSócrates<br />
admitiu até que o Executivo pode<br />
vir a rever os limites de endividamento<br />
da região, garantindo<br />
que há disponibilidade “para
tudo”. Recorde-se que foi exactamente<br />
sobre a decisão da oposição<br />
de permitir à Madeira um<br />
endividamento de 50 milhões<br />
este ano, em vez do endividamentozeroqueoGovernoinscreveu<br />
no Orçamento do Estado,<br />
que se abriu uma crise política<br />
que culminou numa comunicação<br />
do Ministro das Finanças dizendo<br />
que iria usar todos os<br />
meios à sua disposição para travaralei.ComatragédianaMadeira,<br />
o PS decidiu da agenda a<br />
questão e não irá avançar com o<br />
pedido de fiscalização preventiva<br />
Ontem, a tragédia<br />
na Madeira deu<br />
origem à convocação<br />
de uma conferência<br />
de líderes<br />
extraordinária,<br />
em que o Parlamento<br />
acabou por definir<br />
um voto de pesar.<br />
2<br />
3<br />
1 As operações de limpeza do território<br />
e a preparação para a reconstrução estão<br />
em marcha na ilha da Madeira.<br />
2 Os primeiros funerais começaram ontem,<br />
após a catástrofe que matou 42 pessoas,<br />
segundo os números oficiais.<br />
3 As marcas da tempestade que se abateu no passado<br />
sábado sobre a zona sul da ilha são bem visíveis nos<br />
terrenos dos arredores do Funchal, e não só.<br />
da sua constitucionalidade. Sócrates<br />
lembrou que a “prioridade<br />
é estabelecer uma cooperação<br />
que responda aos problemas da<br />
Madeira” e garantir que não faltará<br />
solidariedade com a região.<br />
Ontem,atragédianaMadeira<br />
deu origem também à convocação<br />
de uma conferência de líderes<br />
extraordinária, em que o Parlamento<br />
acabou por definir um<br />
voto de pesar, a ser votado no<br />
plenário de dia 11 de Março. No<br />
texto pede-se ao Governo da República<br />
para “prosseguir o apoio<br />
prontamente assumido”. “No<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 25<br />
Fotos: Homem Gouveia/Lusa<br />
Manuel Almeida/Lusa<br />
admite rever limites de endividamento<br />
cumprimento do seu inegável<br />
dever de solidariedade nacional”,<br />
lê-se, os deputados lembram as<br />
“consequências devastadoras”<br />
das enxurradas na ilha e como “o<br />
país assistiu ao terror e à tragédia<br />
que os madeirenses viveram”.<br />
O Parlamento dirige as condolências<br />
às famílias das vítimas,<br />
manifesta a sua solidariedade e<br />
apoio aos madeirenses e elogia<br />
todos os que se têm empenhado<br />
no socorro às populações, fazendo<br />
votos para que “no mais curto<br />
espaço de tempo” seja restabelecida<br />
a normalidade na região. ■<br />
COLUNA VERTEBRAL<br />
Calamidade<br />
JOÃO PAULO GUERRA<br />
Estou a recordar-me de outra<br />
enxurrada, em 1967, na zona da<br />
Grande Lisboa e de proporções<br />
incomparavelmente superiores<br />
às que aconteceram agora na<br />
Madeira. Trabalhava no Serviço<br />
de Noticiários do extinto Rádio<br />
Clube Português e aquela noite<br />
de 25 de Novembro ficou na memória<br />
de quantos lá estivemos.<br />
Os meios técnicos de reportagem<br />
não tinham qualquer tipo<br />
de comparação com os actuais,<br />
sem equipamentos móveis, mas<br />
com o que havia, as equipas do<br />
RCP, chefiadas pelo Luís Filipe<br />
Costa, e do PBX, dirigida pelo<br />
Carlos Cruz e Fialho Gouveia, fizeram<br />
trabalho memorável.<br />
Tal como os meios de reportagem,<br />
os meios de socorro eram<br />
também pré-históricos e a<br />
grande Lisboa seria das zonas<br />
urbanas mais atrasadas e pobres<br />
da Europa, com perímetros de<br />
bairros abarracados e zonas<br />
suburbanas traçadas a olho pelos<br />
interesses dos patos bravos. O<br />
resultado de uma tarde e noite<br />
de chuva foi uma catástrofe. E,<br />
como sempre, quem mais perdeu<br />
foi quem menos tinha.<br />
O mais emocionante foi talvez<br />
quando o RCP passou a receber<br />
pedidos directos de socorro<br />
de populações e, pondo-os no<br />
ar, “guiou” os bombeiros ao encontro<br />
de quem mais precisava<br />
de ajuda.<br />
Mas o que não esquece mesmo<br />
é um telex recebido do SNI<br />
alta madrugada. O RCP foi somando,<br />
ao longo da noite, o número<br />
de mortos de que ia tendo<br />
conhecimentoeandariajápróximo<br />
das duas centenas. Foi<br />
quando tocaram as campainhas<br />
da urgência anunciando a chegada<br />
de um telex pela máquina<br />
que recebida as notificações da<br />
Censura. O telex, que até felicitava<br />
o RCP pelo trabalho que<br />
vinha fazendo, rematava com<br />
esta ordem expressa: “a partir<br />
deste momento, não morreu<br />
mais ninguém”.<br />
Nunca se soube com exactidão<br />
quantas pessoas tinham<br />
morrido. Notícias posteriores,<br />
apuradas após a extinção da<br />
Censura, contaram perto de<br />
700 mortos.<br />
joaopaulo.guerra@economico.pt
26 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
MUNDO<br />
França tem reservas<br />
de combustível<br />
para apenas dez dias<br />
As greves retiram autonomia energética ao país e colocam em xeque o<br />
presidente francês, que dentro de poucas semanas enfrenta eleições regionais.<br />
Pedro Duarte<br />
pedro.duarte@economico.pt<br />
A situação em França está cada<br />
vez mais difícil para Sarkozy.<br />
Apesar do seu tradicional carisma,<br />
as mais recentes sondagens<br />
indicam que a sua popularidade<br />
se encontra aos níveis mais baixos<br />
desde 2008, enquanto o país<br />
está a atrair as atenções do<br />
mundo devido à grande quantidade<br />
de greves que decorrem.<br />
A paralisação mais grave é a<br />
dos empregados da empresa petrolífera<br />
Total, que levou ao encerramento<br />
das refinarias por<br />
todo o país, tendo deixado a<br />
França com reservas de combustível<br />
para apenas dez dias. Os trabalhadores<br />
haviam entrado em<br />
greve devido à ameaça da empresa<br />
de encerrar uma fábrica em<br />
Dunquerque por causa da quebra<br />
da procura, tendo os seus colegas<br />
das petrolíferas ExxonMobil e Esso<br />
aderido à paralisação em sinal<br />
de solidariedade.<br />
A possibilidade do país começar<br />
a ficar sem combustível a<br />
partir do dia 14 de Março levou<br />
ANÁLISE POLÍTICA FRANCESA<br />
Perda de competitividade<br />
de Sarkozy<br />
JOSÉ CASTELLO BRANCO<br />
Professor do Instituto de Estudos<br />
Políticos da Universidade Católica<br />
A pouco menos de três semanas<br />
das eleições regionais, Sarkozy<br />
não consegue inverter a tendência<br />
de queda dos seus índices<br />
de popularidade. O cenário<br />
político é cada vez mais difícil.<br />
Mas esta é uma crise que ilustra<br />
bem a incapacidade de traduzir<br />
em resultados as boas intenções<br />
de incentivo da economia e, em<br />
particular, do tecido industrial,<br />
que mobilizaram o eleitorado<br />
nas presidenciais de 2007. Nomeadamente<br />
a incapacidade de<br />
Nicolas Sarkozy é<br />
reprovado por 63%<br />
dos franceses, numa<br />
altura em que as<br />
greves alastram pelo<br />
país e que o governo<br />
se prepara para fortes<br />
reduções da despesa<br />
pública.<br />
reformar um sistema laboral e<br />
fiscal cujo peso vai empurrando<br />
a indústria para fora do país. A<br />
verdadeéqueopesodaindústria<br />
francesa no PIB fica-se pela<br />
metade da alemã.<br />
É certo que estas eleições não<br />
são presidenciais mas, a verificar-se<br />
a derrota anunciada da<br />
UMP e uma taxa recorde da abstenção,<br />
a pouca margem de manobra<br />
que o Executivo francês<br />
tinha para fazer qualquer reforma<br />
digna do nome ficará ainda<br />
mais reduzida. A incapacidade<br />
de estimular o tecido produtivo<br />
francês poderá, afinal, ser a<br />
grande responsável pela perda<br />
do vigor inicial do Presidente. ■<br />
entretanto a um redobrar de esforços<br />
por parte do governo nas<br />
negociações com os trabalhadores,<br />
tendo a Total anunciado<br />
que irá manter a sua unidade em<br />
Dunquerque durante pelo menos<br />
mais cinco anos, o que retirou<br />
os motivos de queixa dos<br />
grevistas e já levou os trabalhadores<br />
de algumas unidades a<br />
voltar ao trabalho.<br />
Ainda a criar caos em França<br />
está a greve dos controladores<br />
aéreos, que paralisou centenas<br />
de voos em todo o país e perturbou<br />
o tráfego aéreo em toda<br />
a Europa Ocidental. Com término<br />
previsto para sábado, os<br />
controladores franceses estão a<br />
protestar contra a colocação em<br />
questão do seu sistema de remuneração<br />
para os voos de médiaduração,noâmbitodeum<br />
projecto de uniformização dos<br />
céus europeus.<br />
Reformas laborais<br />
A apenas um ano das eleições<br />
legislativas e a quinze dias das<br />
regionais, o maior problema de<br />
Sarkozy prende-se com o aumento<br />
do défice público, que<br />
atingiuos7,9%doProdutoInterno<br />
Bruto (PIB) em 2009 e deverá<br />
crescer para os 8,2% em<br />
2010. O Estado francês terá que<br />
tomar medidas para reduzir o<br />
défce público para um valor<br />
abaixo dos 3% do PIB até 2013,<br />
tendo Sarkozy avançado com<br />
propostas de reformas laborais,<br />
entre as quais o aumento da idade<br />
da reforma, uma medida à<br />
qual os sindicatos opõem forte<br />
resistência, sendo previsto um<br />
aumento das greves em Maio.<br />
Ainda assim, os especialistas<br />
notam que as paralisações podem<br />
acabar por ser benéficas<br />
para o presidente.<br />
“Quanto maior a contestação,<br />
mais crédito darão os franceses<br />
a Sarkozy por ter tido a<br />
coragem de abordar estes temas”,<br />
afirmou um conselheiro<br />
do presidente, enquanto que<br />
outromembrodoconselhopresidencial<br />
relembrou que “ninguém<br />
notou a reforma das universidades<br />
porque não houve<br />
greves suficientes na altura”. ■<br />
Política de ‘abertura’<br />
Parafazerfrenteaosdesafios<br />
da Nação, Sarkozy está a tentar<br />
ligar a oposição socialista às<br />
suas políticas, levando a cabo o<br />
que chama de política “de<br />
abertura”. Isso tem-se<br />
traduzido na nomeação de<br />
socialistas para importantes<br />
cargos públicos. Depois de ter<br />
nomeado ontem, oficialmente, o<br />
socialista Didier Migaud para a<br />
presidência do Tribunal de<br />
Contas, Sarkozy anunciou<br />
também que Michel Charasse,<br />
antigo ministro das Finanças do<br />
presidente socialista François<br />
Miterrand, irá para o Conselho<br />
Constitucional. Os analistas<br />
consideram, no entanto, que<br />
esta política comporta<br />
“enormes riscos” para a maioria<br />
do partido do presidente no<br />
Parlamento, embora já tenha<br />
surtido alguns resultados: a<br />
secretária-geral do Partido<br />
Socialista, Martine Aubry, já<br />
manifestou o seu apoio ao<br />
aumento da idade da reforma<br />
para os 62 anos. P.D.<br />
A popularidade de Nicolas Sarkozy cai a<br />
pique, em vésperas das eleições regionais<br />
que devem pender para os socialistas.<br />
Direita cor<br />
Os socialistas à frente nas<br />
sondagens em todas as regiões.<br />
Pedro Duarte<br />
pedro.duarte@economico.pt<br />
As mais recentes sondagens em<br />
França indicam que 46% dos<br />
eleitores votarão em partidos de<br />
esquerda nas próximas eleições<br />
regionais, enquanto apenas 33%<br />
irão dar o seu voto aos conservadores.<br />
Apesar da ameaça de que
Twitter ‘azeda’ relações Israel-Reino Unido<br />
Um empregado da embaixada israelita em Londres fez uma piada de mau<br />
gosto no ‘Twitter’, a propósito da qualificação da tenista israelita Shahar<br />
Peer no torneio de ténis do Dubai. “Uma tenista israelita atingiu o<br />
objectivo no Dubai”, disse na mensagem. Esta referência à possível<br />
autoria israelita da morte de um membro do Hamas no Dubai, usando<br />
passaportes britânicos, agravou ainda mais as relações entre os dois<br />
países, e levou a que o embaixador repreendesse o brincalhão.<br />
AGENDA DO DIA<br />
● Comissão Europeia vai<br />
recomendar o início das negociações<br />
para a entrada da Islândia na União<br />
Europeia.<br />
● Início da reunião de dois dias dos<br />
Ministros da Defesa da União<br />
Europeia, em Mallorca (Espanha).<br />
● Festival da Moda de Milão (Itália.)<br />
re risco de derrota histórica<br />
aoOposição socialista possa vir a<br />
administrar todas as regiões da<br />
França continental, o partido<br />
UMP de Sarkozy tem vindo a reduzir<br />
a distância que o separa dos<br />
socialistas nas sondagens, sendo<br />
esta agora de apenas oito pontos<br />
percentuais. Já a extrema-direita<br />
de Jean-Marie Le Pen mantémse<br />
estável, com 9% das intenções<br />
de voto a nível nacional.<br />
Uma eventual derrota do<br />
partido de Sarkozy não deverá<br />
levar, contudo, a alterações à<br />
política do governo francês. Segundo<br />
Dominique Paille, portavoz<br />
da UMP, “quaisquer que sejam<br />
os resultados, a maioria<br />
presidencial irá levar a cabo as<br />
suas metas governativas, uma<br />
vez que era essa a vontade dos<br />
franceses em 2007, ano em que<br />
Sarkozy foi eleito.<br />
As eleições vão ser decididas,<br />
no entanto, pelas capacidades<br />
dos candidatos locais em con-<br />
Philippe Wojazer/Reuters<br />
vencer os respectivos eleitorados.<br />
Um total de 65% dos inquiridos<br />
afirmou que serão votar<br />
em função das particularidades<br />
específicas da sua própria região,<br />
enquanto que somente<br />
33% deixarão as questões nacionais<br />
interferir com a sua escolha.<br />
A abstenção também<br />
promete ser elevada, já que só<br />
53% dos franceses diz estar “seguro”<br />
de que irá votar no próximodia14deMarço.■<br />
EUROPA EM GREVE<br />
França<br />
Trafégo aéreo paralisado<br />
Desde ontem que muitos aviões não<br />
descolam por causa da greve dos<br />
controladores aéreos. A greve está a<br />
afectar não só a França, mas<br />
também muitas outras rotas que<br />
passam pelo espaço aéreo gaulês.<br />
Cerca de 25% das viagens com<br />
destino ou partida do aeroporto de<br />
Paris, Charles de Gaulle foram<br />
canceladas. A taxa de voos cancelados<br />
chega aos 50% em Orly, outro aeroporto da<br />
capital. Também a greve dos trabalhadores das<br />
petrolíferas francesas deixou o país com<br />
reservas de combustível que só durarão até ao<br />
próximo dia 14 de Março.<br />
Alemanha<br />
Lufthansa em greve<br />
Terminou ontem a greve dos<br />
pilotos da transportadora aérea<br />
Lufthansa, que criou o caos nos<br />
céus alemães. Mais de 94%<br />
dos pilotos recorreram à greve<br />
por recearem que as suas<br />
actividades fossem transferidas<br />
para filiais onde os salários são<br />
mais baixos. Os grevistas<br />
exigiam ainda a manutenção da<br />
área de actividade da Lufthansa.<br />
Grécia<br />
Greves generalizadas<br />
ABolsadeValoresdeAtenas<br />
foi ontem forçada a mudar<br />
temporariamente de localização,<br />
depois dos sindicatos terem<br />
bloqueado a entrada para o edifício<br />
da bolsa. Apesar da mudança,<br />
as negociações decorreram<br />
sem problemas. Hoje estão<br />
marcadas várias greve em todo<br />
o país, em protesto contra as<br />
medidas de austeridade<br />
implementadas pelo governo para<br />
tentar reduzir o défice público,<br />
que causou receios no mercado e<br />
receios de que o incumprimento<br />
das dívidas por parte dos Estados<br />
irá espalhar-se por todo o mundo.<br />
Reino Unido<br />
British Airways em revolta<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 27<br />
Espanha<br />
Protestos massivos<br />
As tentativas do primeiro-ministro<br />
espanhol José Luis Zapatero<br />
de conter as despesas públicas,<br />
depois do país ter registado um<br />
défice público de 11,4% em 2009,<br />
levaram o governo a propor o<br />
aumento da idade da reforma<br />
para os 67 anos, o que levou<br />
os sindicatos espanhóis a<br />
convocarem para hoje uma<br />
manifestação massiva em Madrid.<br />
Mais de 80% do pessoal do ar da transportadora britânica British<br />
Airways votou a favor da convocação de uma greve, de modo a<br />
manifestar a sua oposição ao plano da empresa de suprimir 1.700<br />
postos de trabalho entre as hospedeiras e ‘stewards’, bem como<br />
contra e outras medidas de redução de custos por parte da empresa.<br />
A data da paralisação ainda não foi marcada, mas os sindicatos têm<br />
uma semana para dar o pré-aviso. Março é a altura mais provável.
28 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
MUNDO<br />
RADAR MUNDO<br />
1<br />
México<br />
‘Cimeira da Unidade’<br />
marcada pela divisão<br />
Gritos e uma forte troca de insultos<br />
entre o presidente venezuelano<br />
Hugo Chávez e o<br />
seu homólogo colombiano<br />
Álvaro Uribe foram o balanço<br />
doprimeirodiada‘Cimeirada<br />
Unidade’ latino-americana<br />
queseseestáarelaizarnacidade<br />
mexicana de Cancun.<br />
A discussão começou<br />
quando Uribe se queixou do<br />
embargo venezuelano ao seu<br />
país, ao qual Chávez respondeu<br />
que as trocas comerciais<br />
entre as duas nações se haviam<br />
multiplicado por oito<br />
desde que chegou ao poder,<br />
em 1999. Esta resposta não<br />
satisfez mesmo nada o presidente<br />
colombiano, que tentou<br />
interromper Chávez. Quando<br />
este pediu ao líder colombiano<br />
que o deixasse acabar, Uribe<br />
disse a Chávez: “Age como<br />
um Homem! Estes assuntos<br />
devem ser discutidos nestes<br />
fóruns! És bravo quando falas<br />
à distância, mas um cobarde<br />
quando é preciso falar cara a<br />
cara!”. Demonstrando que tal<br />
não era o caso, Chávez lançou<br />
um forte impropério contra<br />
Uribe e acusou o presidente<br />
colombiano de ter enviado<br />
forças paramilitares para a<br />
Venezuela com o objectivo de<br />
o matarem. Uribe ripostou dizendoqueChávezestáaentregar<br />
armas aos rebeldes das<br />
Forças Armadas Revolucionárias<br />
da Colômbia (FARC). Esta<br />
discussão acabou por enervar<br />
o presidente cubano, Raul<br />
Castro, que interveio afirmando<br />
“como é possível que<br />
estejamos a lutar durante uma<br />
cimeira que tem como objectivo<br />
unir os países latinoamericanos<br />
e das Caraíbas?”.<br />
Questionado após o encontro,<br />
o presidente mexicano<br />
Felipe Calderón enviou um<br />
comunicado à imprensa no<br />
qual garantiu que tanto Chávez<br />
como Uribe concordaram<br />
em resolver as suas disputas<br />
atravésdeum“diálogorespeitável”.<br />
Nova organização<br />
A Cimeira da Unidade, que<br />
contacomapresençade32<br />
países da região, tem como<br />
principal objectivo a criação<br />
de uma nova organização comum,<br />
diferente da Organiza-<br />
ção de Estados Americanos,<br />
que não conte entre os seus<br />
membros com os Estados<br />
Unidos e o Canadá. No discurso<br />
de abertura, o presidente<br />
mexicano afirmou que é<br />
necessário avançar com o<br />
“sonho” dos revolucionários<br />
que expulsaram as forças coloniais<br />
da região e “ter um<br />
continente unido” e orgulhoso<br />
das suas raízes comuns.<br />
Apoio à Argentina<br />
Um dos resultados mais palpáveis<br />
da cimeira até agora é o<br />
facto de ter sido aprovada<br />
uma declaração conjunta<br />
onde todos os países afirmam<br />
apoiar “os direitos legítimos<br />
da Argentina” na disputa que<br />
Buenos Aires mantém com o<br />
Reino Unido sobre a soberania<br />
das Ilhas Malvinas, território<br />
governado por Londres<br />
onde na segunda-feira os britânicos<br />
iniciaram operações<br />
de prospecção de petróleo. ■<br />
Pedro Duarte<br />
2 Irão<br />
Teerão faz oferta inaceitável para os EUA<br />
O regime iraniano entregou ontem<br />
formalmente às Nações<br />
Unidas as suas condições para<br />
desistir da maior parte do urânioenriquecidoquetemnasua<br />
posse, mas estas ficam aquém<br />
do exigido pelos EUA, revelou a<br />
Associated Press, que teve acesso<br />
ao documento confidencial.<br />
A proposta iraniana diz que<br />
Teerão está pronta a entregar o<br />
grossodassuasreservasdeurânio,<br />
conforme estipulado num<br />
acordo com a Agência Internacional<br />
de Energia Atómica e<br />
aprovado pelo Conselho de Segurança<br />
das Nações Unidas,<br />
6<br />
5<br />
mas acrescenta que o país deve<br />
receber em troca e, em simultâneo,<br />
varas de combustível<br />
para o seu reactor nuclear, e<br />
quer que a troca deve ocorrer<br />
em território iraniano.<br />
Fontes diplomáticas dizem<br />
queanotairanianaserácertamente<br />
rejeitada, uma vez que os<br />
EUA e os seus aliados já disseram<br />
que não pode haver desvios<br />
das propostas iniciais, que dizem<br />
que o Irão deve entregar<br />
primeiro o seu urânio e depois<br />
esperar até um ano para que<br />
este seja convertido em combustível<br />
nuclear.■<br />
3 Holanda<br />
Eleições marcadas para 9 de Junho<br />
Os holandeses vão escolher um<br />
novo governo um ano antes do<br />
previsto. Foi ontem anunciado<br />
que as eleições legislativas foram<br />
agendadas para o próximo<br />
dia 9 de Junho.<br />
OexecutivoadiantaqueaRainha<br />
Beatriz aceitou a demissão<br />
dos 12 elementos do governo que<br />
pertenciam ao Partido Trabalhista,<br />
que deixou a coligação governamental<br />
por recusar um pedido<br />
da NATO para que o país continue<br />
a manter o seu contingente militar<br />
no Afeganistão. O primeiro-<br />
ministro Jan Peter Balkenende vai<br />
continuar a liderar interinamente<br />
o governo até às eleições,<br />
mas o executivo<br />
só pode lidar<br />
com assuntos<br />
urgentes. ■<br />
4 Afeganistão<br />
Baixas norte-americanas aumentam<br />
1.000<br />
O número de militares norte-americanos mortos no confito do<br />
Afeganistão atingiu ontem o milhar, principalmente devido à explosão<br />
de bombas de fabrico caseiro. No Iraque, os EUA perderam até agora<br />
um total de 4.378 soldados. A violência deve continuar, estando a NATO<br />
a lançar renovadas ofensivas contra os talibã.<br />
1
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Foto Paulo Figueiredo<br />
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As Torres de Lisboa são um exemplo<br />
de escritórios de sucesso na capital.<br />
EMPREENDIMENTO DA SEMANA<br />
No 140 do Largo D. Estefânia<br />
as casas ultrapassam<br />
os 800 mil euros P. IV-V<br />
ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº<strong>4826</strong><br />
E NÃO PO<strong>DE</strong> SER VENDIDO SEPARADAMENTE | 24 FEVEREIRO 2010<br />
imobiliário<br />
ACTUALIDA<strong>DE</strong><br />
Conheça os objectivos<br />
dos candidatos à Ordem<br />
dos Engenheiros P.VI-VII<br />
ARQUITECTURA<br />
Parque Expo alia-se a<br />
arquitectos portugueses para<br />
revitalizar o Cairo P.VIII-IX<br />
Empresas arrendam<br />
mais escritórios<br />
Consultoras dizem que valores atingidos<br />
em Janeiro revelam já um maior dinamismo<br />
neste mercado. PÁGS. II-III
II IMOBILIÁRIO | Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
TEMA <strong>DE</strong> CAPA | MERCADO DOS ESCRITÓRIOS ANIMA<br />
Recuperação no mercado<br />
de escritórios de Lisboa<br />
já começou<br />
O volume de área contratada em Janeiro de 2010 foi quase o dobro da de Janeiro de<br />
2009, revela uma análise da Aguirre Newman.<br />
ANA BAPTISTA<br />
ana.baptista@economicasgps.com<br />
De todos os segmentos do mercado imobiliário, o do<br />
escritórios foi o mais afectado durante o ano passado,<br />
com o volume de transacções e as rendas a cair para<br />
valores de 2003 em todo o mundo. Contudo, o início do<br />
ano novo parece ter trazido boas notícias e a retoma<br />
pode até vir a ser mais rápida do que o que se pensava.<br />
De acordo com a análise da Aguirre Newman, em Janeiro<br />
de 2010, em Lisboa, arrendou-se quase o dobro<br />
da área de Janeiro de 2009, apontando para um maior<br />
dinamismo do mercado. Segundo os dados desta consultora,<br />
no início deste ano contratualizaram-se 4.316<br />
metros quadrados de área de escritórios contra os 2.387<br />
metros quadrados arrendados em Janeiro de 2009.<br />
“Este não é um caso pontual. É o resultado do que se<br />
está a passar desde o segundo semestre do ano passado,<br />
que já foi melhor que o primeiro, tendo-se colocado<br />
60% do total da área arrendada em 2009”, disse ao<br />
Diário Económico, Paulo Silva, director-geral da<br />
Aguirre Newman em Portugal. Para este responsável,<br />
“existe uma maior motivação por parte das empresas<br />
paraamudançadeescritório,umasituaçãoqueenvolve<br />
determinados custos” e que até aqui tinha sido adiado<br />
devido à crise e ao consequente corte de custos.<br />
“Temos indicadores de que 2010 será<br />
muito melhor que em 2009. Estamos<br />
a assistir a um aumento da procura<br />
e não me surpreenderia nada que o primeiro<br />
semestre de 2010 fechasse 20 a 30% acima<br />
das transacções do primeiro semestre<br />
de 2009”, disse Paulo Silva, director-geral<br />
da Aguirre Newman.<br />
Em simultâneo, João Vargas, responsável de escritórios<br />
da Abacus Savillis em Lisboa, disse ao Diário Económico<br />
que “existem interessantes procuras de espaço que<br />
transmitem sinais de optimismo. Além da esperada<br />
melhoria da conjuntura económica internacional, que<br />
poderá também contribuir para que, até ao final de<br />
2010, o mercado de escritórios apresente resultados<br />
mais favoráveis que em 2009”. Paulo Silva partilha<br />
desta opinião. Segundo o responsável da Aguirre<br />
Newman notou-se, no ínicio deste ano, uma procura<br />
superior à de Janeiro de 2009, sendo as localizações<br />
mais procuradas a zona do Prime Central Business District,<br />
ou seja, Avenida da Liberdade, e o Corredor Oeste,<br />
por exemplo Cascais ou Torres Vedras.<br />
“O Corredor Oeste é, aliás, a zona com maior dinâmica<br />
porque é onde estão os preços mais baixos [cerca de<br />
13 euros/mês/m2)”, disse. Inclusive, foi nesta zona<br />
que se efectuou o maior número de transacções e o<br />
maior volume de área contratada do mês de Janeiro<br />
(ver gráficos). No que respeita ao tipo de procura, Paulo<br />
Silva salienta que tem havido uma maior procura<br />
por áreas mais pequenas, mas apenas porque a oferta<br />
assim permite. “Neste momento não existe oferta de,<br />
por exemplo, uma área total de quatro mil metros<br />
quadrados”, disse.<br />
Já o valor das rendas mantém-se inalterado - no total<br />
das zonas, entre os 12 e os 18 euros por metro quadrado<br />
-, apresentando apenas uma ligeira descida na zona<br />
prime, onde as rendas são mais altas. Aqui, os preços<br />
desceram dos 21 euros/metro quadrado/mês para os 19<br />
euros, logo em 2009, consequência de uma reduzida<br />
procura. “Esta redução não é no entanto tão acentuada<br />
quanto se poderia esperar, optando os proprietários<br />
por fazer um esforço por manter os níveis de renda o<br />
mais estáveis possível, preferindo oferecer outro tipo<br />
de contrapartidas negociais”, explicou João Vargas. É<br />
o caso das cedências ao nível dos condomínios, parques<br />
de estacionamento ou despesas comuns.<br />
LISBOA É 40ª CIDA<strong>DE</strong> COM AS RENDAS MAIS CARAS<br />
O facto das rendas continuarem inalteradas neste início<br />
de ano levou a que, segundo o estudo “Office Space<br />
Across the World 2010”, divulgado ontem pela consultora<br />
imobiliária Cushman & Wakefield, Lisboa se mantenha<br />
na 40ª posição no ‘ranking’ das 63 localizações de<br />
escritórios mais caras do mundo. Na capital, as rendas<br />
estão a atingir os 339 euros anuais por metro quadrado,<br />
o mesmo valor praticado em Bucareste e em Telavive.<br />
A cidade com as rendas mais caras de escritórios mais<br />
caras do mundo é agora Tóquio, que destronou Hong<br />
KongeLondres.Deacordocomomesmoestudo,uma<br />
renda naquela cidade japonesa custa agora 1.441 euros<br />
anuais por metro quadrado, mais que os 1.220 euros<br />
pedidos agora em Londres e que os 1.207 pedidos em<br />
Hong Kong.<br />
Hong Kong caiu assim da primeira para a terceira posição<br />
e Tóquio subiu do segundo para primeiro lugar,<br />
deixando Londres - que em 2008 encabeçava a lista e<br />
em 2009 estava em terceiro - em segundo lugar. Uma<br />
situação que se deve à quebra generalizada do mercado<br />
de escritórios durante o ano passado, em que o<br />
valor das rendas caiu para níveis de 2003. Aliás, a<br />
consultora explica que foi em cidades como Singapura,<br />
Hong Kong ou Tóquio que se registaram as maiores<br />
quebras nas rendas ‘prime’, respectivamente de<br />
45%, 35% e 21%. O Dubai, Mumbai e Nova Iorque<br />
ocupam, respectivamente, a quarta, quinta e sexta<br />
posição, sendo que todas elas subiram um ou dois lugares<br />
neste ranking. ■<br />
CIDA<strong>DE</strong>S COM OS ESCRITÓRIOS MAIS CAROS DO MUNDO<br />
Em Janeiro de 2010<br />
Posição Posição País Cidade Rendas<br />
em 2010 em 2009 (euros/m2/mês)<br />
1 2 Japão Tóquio 1.441<br />
2 3 Reino Unido Londres 1.220<br />
3 1 China Hong Kong 1.207<br />
4 5 Emirados Árabes Dubai 899<br />
5 6 Índia Bombaim 809<br />
6 8 EUA Nova Iorque 786<br />
7 4 Rússia Moscovo 768<br />
8 7 França Paris 765<br />
9 10 Itália Milão 667<br />
10 11 Suiça Zurique 660<br />
40 40 Portugal Lisboa 339<br />
Fonte: Cushman &Wakefield<br />
ÁREA CONTRATADA<br />
Janeiro de 2009/Janeiro 2010<br />
Janeiro de 2009<br />
ÁREA CONTRATADA POR ZONA<br />
Janeiro de 2009/Janeiro 2010<br />
Jan-09<br />
426<br />
2.387 m2<br />
Fonte: Aguirre Newman<br />
1.490<br />
1<br />
2<br />
3<br />
Fonte: Aguirre Newman<br />
Jan-10<br />
4<br />
Janeiro de 2010<br />
192<br />
4.316 m2<br />
5<br />
1.769<br />
2.826<br />
ZONAS <strong>DE</strong> ESCRITÓRIOS<br />
Em Lisboa<br />
6<br />
(m2)<br />
(m2)<br />
zonas localização<br />
1 Prime Central Business District<br />
Av. Liberdade, Saldanha<br />
2 Central Business District<br />
Av. República, Amoreiras<br />
3 Avenidas Novas, Praça<br />
Espanha, 2ª circular (Colombo)<br />
4 Almirante Reis e zona histórica<br />
5 Parque das Nações<br />
6 Corredor Oeste<br />
Miraflores, Oeiras, Carnaxide<br />
7 Outras<br />
Fonte: Worx
Redferns/GettyImages<br />
>> ESTÚDIOS DOS BEATLES À VENDA<br />
OU TALVEZ NÃO?<br />
A meio da semana passada, algumas notícias<br />
davam conta de que a EMI teria colocado à venda<br />
o estúdio Abbey Road - onde os Beatles gravaram<br />
o seu último disco -, para assim reduzir a<br />
sua dívida. Mas, no último domingo, a EMI, citada<br />
pela Bloomberg, veio desmentir o negócio.<br />
Aliás, a editora discográfica – que o ano passado<br />
rejeitou umaofertadecompranovalorde30<br />
milhões de dólares (cerca de 22 milhões<br />
de euros) - diz mesmo que há planos para investir<br />
na renovação do estúdio que hoje não<br />
dá qualquer lucro à empresa.<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico | IMOBILIÁRIO III<br />
Empresas do Porto<br />
preferem comprar<br />
a arrendar<br />
No Norte, a procura tem incidido<br />
sobre os espaços de maior dimensão.<br />
ELISABETE SOARES<br />
elisabete.soares@economico.pt<br />
NoPortoatradiçãoaindaéoqueera.Muitasempresas<br />
continuam a comprar fracções de escritórios, algumas<br />
numa óptima de investimento. A Logicomer – empresa<br />
de gestão e recuperação de créditos, acabou de concretizar<br />
a aquisição de um pequeno edifício de perto<br />
de 500 metros quadrados de área de escritório, constituído<br />
por três andares e cave de estacionamento, localizado<br />
a poucos metros da Rua do Campo Alegre. Esta<br />
foi uma das últimas operações de venda feita pela Abacus-Savills<br />
no Porto.<br />
Contudo, de acordo com Rita Brito, responsável Norte da<br />
Abacus, a consultora têm em carteira outras operações<br />
para aquisição de áreas dos 400 aos 600 metros quadrados,<br />
para clientes que estão dispostos a investir valores<br />
superiores ao meio milhão de euros. Contrariamente ao<br />
mercado de Lisboa, muitas empresas no Norte continuam<br />
a comprar fracções de escritórios. Algumas empresas<br />
fazem-no para utilização do espaço, outros como<br />
forma de rentabilizar o investimento. Rita Brito considera<br />
que o final do ano e início de 2010 tem sido marcado<br />
por “uma pequena quebra das empresas que procuram<br />
espaços mais pequenos, especialmente os profissionais<br />
liberais, mas os grupos com maior dimensão continuam<br />
a apostar no mercado do Porto”. Ou seja, a procura de<br />
salas de 50 a 60 metros quadrados está em quebra, aumentando<br />
a procura de áreas de maior dimensão. Já os<br />
preços estabilizaram, contudo em valores mais baixos<br />
que em anos anteriores, uma tendência que aliás já se<br />
verificava desde 2009.<br />
Para André Almada, porta-voz<br />
da CB Richard Ellis, “ainda que o ano<br />
esteja apenas a arrancar, já se<br />
concretizaram algumas operações no Porto,<br />
mas de menor relevo quando comparadas<br />
com eventuais operações que se encontram<br />
ainda em fase preliminar.”<br />
Para André Almada, porta-voz da CB Richard Ellis,<br />
“ainda que o ano esteja apenas a arrancar, já se concretizaram<br />
algumas operações no Porto, mas de menor relevo<br />
quando comparadas com eventuais operações que se encontram<br />
ainda em fase preliminar”, esclarece. Contudo<br />
o Porto é um mercado que detém uma capacidade de absorção<br />
anual na ordem dos 15 a 20 mil metros quadrados,<br />
isto é, 15% do mercado lisboeta.<br />
EMPRESAS ESCOLHEM GAIA<br />
Visíveléofactodeasempresascontinuaremaapostar<br />
especialmente na zona de Gaia para se instalarem.<br />
Com preços mais atraentes e facilidade de acessos,<br />
muitas empresas instalaram-se no último ano nas torresdaTeixeiraDuarteenoempreendimentoArrábida<br />
Lake Towers. O edifício Arrábida, promovido pela<br />
Chamartín Imobiliária, localizado perto da Ponte da<br />
Arrábida, beneficiou da escassez de oferta que começa<br />
a verificar-se em Gaia.<br />
Recentemente, a Chamartín concretizou a operação de<br />
arrendamento de uma área de 550 metros quadrados de<br />
escritórios à empresa Águas do Douro e Paiva, permitindo<br />
que o Edifício Arrábida passasse a estar ocupado praticamente<br />
na sua totalidade. ■
IV IMOBILIÁRIO | Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
EMPREENDIMENTO DA SEMANA<br />
As cozinhas dos apartamentos T3<br />
e T4, tem áreas de 24 m2 e balcão<br />
de refeições em ilha.<br />
Rui Ribeiro vendeu metade das casas<br />
de luxo do 140 Largo D. Estefânia<br />
O projecto apresenta fotografias emblemáticas de Lisboa em todas as áreas comuns dos diferentes pisos.<br />
ELISABETE SOARES<br />
elisabete.soares@economico.pt<br />
O empreendimento 140 Largo D. Estefânia<br />
é a aposta recente do grupo Rui Ribeiro<br />
no imobiliário residencial no centro de<br />
Lisboa. O edifício de oito pisos acima do<br />
solo, localizado na Rua Pascoal de Melo<br />
ao Largo D. Estefânia, encontra-se actualmente<br />
em fase final de construção e<br />
apresenta metade dos nove apartamentos<br />
de luxo já vendidos. Com um investimento<br />
total que ascende a 3,6 milhões de euros,estáaservendidoaumamédiade<br />
preços de três mil euros o metro quadrado<br />
(m2). As tipologias variam entre os seis<br />
T1, dois T3 e um T4 ‘duplex’ em<br />
‘penthouse’. As áreas vão desde os 84 m2<br />
(T1), 163 m2 (T3), aos 272 m2 (T4). Assim<br />
as tipologias mais pequenas rondam os<br />
252 mil euros, os T3 custam 489 mil euros<br />
e o T4 ‘penthouse’ cerca de 816 mil euros.<br />
Com o objectivo de celebrar a cidade de<br />
Lisboa e numa clara aposta num tema diferenciador,<br />
o projecto apresenta fotografias<br />
das paisagens mais emblemáticas da<br />
cidade de Lisboa em todas as áreas co-<br />
INVESTIMENTO<br />
Com um investimento total que ascende<br />
a 3,6 milhões de euros, os apartamentos<br />
estão a ser vendidos a uma média de<br />
preços de três mil euros o metro quadrado<br />
(m2).<br />
3,6 milhões<br />
muns dos diferentes pisos. O ‘hall’ da entrada<br />
principal do 140 Largo D. Estefânia<br />
será decorado com imagens do Terreiro do<br />
Paço, enquanto que nos pisos de habitação<br />
serão colocadas fotografias de zonas<br />
como o Chiado, Castelo de S. Jorge e Belém.Oempreendimentoécompostopor<br />
um total de 2.458 m2 de área, dezoito lugares<br />
de parqueamento, nove arrecadações,<br />
sala de condomínio, duas zonas de<br />
separação de lixos, dois elevadores e uma<br />
loja. Uma das características do projecto<br />
são as áreas das cozinhas dos T3 e T4, com<br />
24 m2 de área total, balcão de refeições em<br />
ilha, zona de lavandaria com acesso próprio<br />
e dispensa. Com projecto de arquitectura<br />
de Manuel Real o espaço da cozinha<br />
teve uma dedicação acrescida tendo<br />
em conta o facto de esta zona ganhar importância<br />
dentro da vivência residencial<br />
urbana, sendo hoje comum receber visitas<br />
e assumir como um espaço de convívio.<br />
A Rui Ribeiro investiu nos equipamentos<br />
e nos materiais utilizados nos acabamen-<br />
DR<br />
Os apartamentos do 140 Largo<br />
D. Estefânia apresentam áreas<br />
generosas.<br />
tos, de forma a conciliar conforto, ‘design’<br />
e a qualidade. Assim sendo os apartamentos<br />
apresentam banheiras de hidromassagem,<br />
duches de dimensões generosas,<br />
soalhos de madeira de sucupira<br />
envernizada, portas e rodapés lacados a<br />
tinta de esmalte branco. Na casa de banho<br />
social as paredes são revestidas a pastilha<br />
de vidro castanho ouro enquanto a casa<br />
de banho da suite apresenta o pavimento<br />
e as paredes revestidos a pedra. Os apartamentos<br />
estão equipados com aquecimento<br />
central, pré-instalação de ar condicionado,<br />
cozinhas de ‘design’ italiano<br />
assinadas pela Ernestomeda, e encontram-se<br />
totalmente equipadas. Tem um<br />
sistema de segurança, com utilização da<br />
domótica, que faz com que os futuros<br />
proprietários e o respectivo património<br />
esteja assegurada através de um sistema<br />
que alerta o dono do imóvel ao mesmo<br />
tempo que corta o fornecimento de electricidade,<br />
água ou gás, em casos de fuga<br />
de gás, fumos ou inundação. ■
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Rui Ribeiro investiu nos<br />
equipamentos e nos materiais.<br />
Os apartamentos apresentam<br />
banheiras de hidromassagem<br />
e duches de dimensões generosas.<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico | IMOBILIÁRIO V
VI IMOBILIÁRIO | Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
ACTUALIDA<strong>DE</strong> | ELEIÇÕES NA OR<strong>DE</strong>M DOS ENGENHEIROS<br />
Portaria polémica anima eleições para a<br />
Três engenheiros disputam o lugar ocupado nos seis últimos seis anos por Fernando Santo. A qualificação dos profissionais<br />
ELISABETE SOARES<br />
elisabete.soares@economico.pt<br />
A eleição para o bastonário da Ordem dos<br />
Engenheiros, que se realiza no dia 26 próximo,<br />
está marcada por uma polémica portaria<br />
sobre a qualificação dos engenheiros e<br />
que, segundos os contestatários, contraria<br />
e extravasa a própria Lei 31/2009.<br />
Embora inicialmente a contestação à<br />
Portaria 1379, de 30/10/09, se tenha iniciado<br />
com a direcção Norte da Ordem dos<br />
Engenheiros - que estava a preparar uma<br />
petição para alterar as exigências de qualificação<br />
necessárias aos técnicos que assinam<br />
projectos, direcção e fiscalização<br />
de obras - a verdade é que o assunto tomou<br />
uma dimensão nacional, com os<br />
candidatos das três listas a sensibilizar a<br />
opinião pública para a necessidade da sua<br />
alteração. Um dos aspectos polémicos é o<br />
facto da Lei 31 considerar a possibilidade<br />
da direcção de fiscalização e da direcção<br />
PUB<br />
“A portaria entrou em vigor<br />
no dia seguinte ao da sua<br />
publicação, sem saber acautelar<br />
se era exequível a curto prazo,<br />
quais as suas consequências<br />
imediatas e os técnicos a quem se<br />
destinava. No dia 1 de Novembro<br />
milhares de técnicos ficaram<br />
fora da lei por não terem as<br />
qualificações exigidas”,<br />
considera Silveira Ramos.<br />
de obra ser exercida por arquitectos. Para<br />
o candidato da Lista B, Fernando Silveira<br />
Ramos, ex-presidente da Associação<br />
Portuguesa de Projectistas e Consultores<br />
e membro do gabinete Consulmar,<br />
“como essas funções não eram exercidas<br />
por arquitectos, evidentemente que a sua<br />
formação escolar não lhes forneceu essas<br />
competências”. A qualidade do construído<br />
não fica, segundo o candidato da lista<br />
B, protegida.<br />
Assim a “a Lei 31/2009 e, principalmente,<br />
a Portaria 1379 de 30/10/09, são unanimemente<br />
consideradas uma bomba relógio<br />
sobre a qualidade da engenharia”. A revolta<br />
dos engenheiros assenta assim no facto<br />
de a portaria atentar “contra a qualidade<br />
da engenharia e de conter alguns aspectos<br />
atentatórios do prestígio e do bom nome<br />
dos engenheiros”.<br />
LISTA B FORÇA TOMADA <strong>DE</strong> POSIÇÃO<br />
O candidato da Lista A, Carlos Matias Ramos,<br />
actual presidente do Laboratório Nacional<br />
de Engenharia Civil, tomou nos últimos<br />
dias uma posição sobre esta polémica.<br />
“A insistência de alguns candidatos às eleições<br />
para bastonário da Ordem dos Engenheiros<br />
em querer centrar o debate eleitoral<br />
na questão da contestação à Portaria<br />
1379/2009 de 30 de Outubro, leva-me a tecer<br />
algumas considerações sobre esse diplomaearelatar<br />
a minha intervenção objectiva<br />
em fase que antecedeu a sua aprovação<br />
e publicação”. Assim Matias Ramos<br />
esclarece que “em 4 de Setembro, ainda no<br />
decurso das reuniões que conduziram à ultimação<br />
da citada portaria, o Bastonário da<br />
OE, Fernando Santo, pediu-me uma apreciação<br />
da mesma, o que fiz de imediato,<br />
tendo identificado diversos aspectos preju-
Ordem<br />
anima a discussão.<br />
diciais para os engenheiros em matéria de<br />
qualificação profissional na elaboração do<br />
projecto, na direcção de obra e na direcção<br />
da fiscalização de obra, bem como imprecisões<br />
e erros técnicos. Verifiquei ainda aspectos<br />
onde a portaria extravasava o âmbito<br />
da Lei 31/2009”.<br />
Já para o candidato da Lista C, Luís Malheiro<br />
da Silva, membro do gabinete<br />
LMSA, os actuais estatutos da Ordem dos<br />
Engenheiros já asseguram os critérios de<br />
qualificação adequados à legislação. “Estes<br />
aperfeiçoamentos, que se impõem,<br />
implicam a revisão da portaria 1379/2009,<br />
que tem de ser baseada em propostas<br />
acordadas entre as associações profissionais<br />
envolvidas. Luis Malheiro da Silva<br />
considera a revisão da portaria como uma<br />
das acções prioritárias dos próximos corpos<br />
directivos da O.E”. ■<br />
Carlos Matias Ramos<br />
1.Para enfrentar os desafios profissionais<br />
do futuro Matias Ramos tem uma visão<br />
de longo prazo para a Ordem dos<br />
Engenheiros. Está consubstanciada num<br />
programa de acção para o triénio, e<br />
sustentada por uma grande experiência<br />
profissional diversificada dos colegas que<br />
acompanham esta candidatura.<br />
2.O entendimento da Lista A é que a<br />
intervenção dos engenheiros se deve<br />
materializar a dois níveis: na prática de<br />
actos que exigem confiança pública e<br />
elevadas responsabilidades perante a<br />
sociedade, no contributo para o<br />
desenvolvimento do país, elevando a<br />
competitividade das organizações através<br />
da investigação, do desenvolvimento de<br />
processos e produtos e da inovação, em<br />
plenaharmoniacomoambiente.<br />
3.Não descura uma preocupação<br />
permanente com a empregabilidade<br />
qualificada dos engenheiros.<br />
Fernando Silveira Ramos<br />
1.Para Fernando Silveira Ramos o grande<br />
imperativo é conseguir um maior<br />
profissionalismo da estrutura orgânica e a<br />
criação de condições que permitam uma<br />
maior disponibilidade dos engenheiros de<br />
referência para se envolverem e<br />
assumirem responsabilidades na Ordem.<br />
2.A Lista B quer também uma maior<br />
independência em relação às fontes do<br />
poder, uma crescente parceria com todos<br />
os actores situados nas nossas fronteiras,<br />
uma maior capacidade reivindicativa e de<br />
afirmação própria da engenharia, e uma<br />
reafirmação dos objectivos de interesse<br />
público da intervenção da O.E.<br />
3.Vai lutar por uma maior independência<br />
em relação às fontes do poder, uma<br />
crescente parceria com todos os actores<br />
situados nas fronteiras, uma maior<br />
capacidade reivindicativa e de afirmação<br />
própria da engenharia, e uma reafirmação<br />
dos objectivos de interesse público.<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico | IMOBILIÁRIO VII<br />
Luis Malheiro da Silva<br />
1.As linhas de força de proposta de Luis<br />
Malheiro vão para a criação de um órgão<br />
nacional permanente, consultivo e<br />
prospectivo, integrando as várias<br />
competências da engenharia capaz de<br />
assegurar uma forte participação<br />
relativamente às grandes decisões<br />
estratégicas.<br />
2. A constituição de um observatório<br />
permanente da engenharia e da<br />
tecnologia, com capacidade de estudo<br />
prospectivo, dando sequência aos<br />
estudos promovidos pela academia de<br />
engenharia.<br />
3.O candidato da Lista C quer promover<br />
a participação e a informação entre os<br />
membros e dar a conhecer, de forma<br />
pedagógica e clara, junto da opinião<br />
pública as posições da OE sobre as<br />
grandes questões estruturantes para o<br />
país, que envolvem directa ou<br />
indirectamente a engenharia.
VIII IMOBILIÁRIO | Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
ARQUITECTURA<br />
Expo convidada para<br />
renovar baixa do Cairo<br />
Proposta tem de ser entregue até 31 de Março.<br />
NUNO MIGUEL SILVA<br />
nuno.silva@@economico.pt<br />
A Parque Expo está a apostar forte no<br />
mercado de reabilitação urbana do Magrebe.<br />
No espaço de uma semana (a última),<br />
a equipa liderada por Rolando<br />
Borges Martins recebeu duas boas notícias:<br />
foi convidada para participar num<br />
concurso restrito para apresentar uma<br />
proposta para revitalizar a baixa do Cairo,<br />
a congestionada e degradada capital<br />
egípcia; e foi pré-qualificada para proceder<br />
à requalificação da medina de<br />
Méknes, em Marrocos.<br />
Ainda nada está garantido para a empresa<br />
dirigida por Rolando Borges Martins, mas<br />
estas duas chamadas traduzem, não só os<br />
resultados do esforço de uma diplomacia<br />
económica desenvolvida em prol da empresa<br />
pública, mas também a grande receptividade<br />
e notoriedade conseguidas<br />
pelo trabalho desenvolvido pela Parque<br />
Expo, não só em países árabes – como a<br />
Tunísia ou a Argélia – mas também em<br />
Portugal, com o Parque das Nações ou<br />
com os vários projectos Polis.<br />
“Penso que devíamos dar toda a atenção<br />
ao lado Sul do Mediterrâneo e recuperar a<br />
ligação que havia, e que se perdeu, entre<br />
as duas margens, entre a Europa, no Norte,<br />
e o Magrebe, no Sul”, defende Rolando<br />
Borges Martins. O presidente da Parque<br />
Expo diz que os países do Magrebe são<br />
excelentes oportunidades de negócio<br />
para empresas como a Parque Expo, especializadas<br />
na requalificação e recon-<br />
versãodoespaçourbano,nadefinição<br />
dos tipos de ocupação territorial e nos<br />
modelos de desenvolvimento económico.<br />
“São países que sofreram um grande desenvolvimento<br />
demográfico e que têm as<br />
infra-estruturas saturadas, pelo que a<br />
nossa experiência poderá ser fundamental<br />
para resolver os seus problemas de<br />
congestionamentos de tráfego ou de degradação<br />
dos parques habitacionais ou<br />
dos espaços industriais ou comerciais”,<br />
justifica Rolando Borges Martins.<br />
A Parque Expo tem até 31 de Março para<br />
apresentar uma proposta ao governo<br />
egípcio com o objectivo de revitalizar a<br />
zona central da baixa do Cairo, com margens<br />
para o rio Nilo e infra-estruturas tão<br />
importantes e centrais como a estação<br />
ferroviária ou o Museu Egípcio, uma das<br />
maiores salas de visitas do Egipto para os<br />
A Parque Expo é a única empresa<br />
portuguesa e uma das raras<br />
na Europa certificadas para<br />
a prospecção, concepção e gestão<br />
de projectos de renovação urbana<br />
e de requalificação ambiental.<br />
Está ligada a projectos de<br />
intervenção na Argélia, Angola,<br />
Brasil, Cabo Verde, China,<br />
Moçambique e Tunísia.<br />
CONHEÇA OS PARCEIROS DA PARQUE EXPO NESTE CONCURSO PARA O CAIRO<br />
A2P<br />
Consultoria<br />
A A2P iniciou a sua actividade<br />
em 1990, tendo como sócios<br />
os engenheiros Júlio<br />
António da Silva Appleton e<br />
João Augusto da Silva<br />
Appleton que contam actualmente<br />
com uma experiência<br />
profissional de 35<br />
anos. Empresa de consultoria,<br />
estudos e projectos foi<br />
responsável, entre outros,<br />
pelo projecto das Torres São<br />
Rafael e São Gabriel, na Expo,<br />
em Lisboa (na foto).<br />
Aires Mateus<br />
Arquitectos<br />
É um dos mais conceituados<br />
gabinetes de arquitectura<br />
de Portugal, mas<br />
igualmente responsável<br />
por obras no estrangeiro.<br />
Em Portugal, o arquitecto<br />
e a sua equipa foram responsáveis,<br />
entre outros,<br />
pelo desenho do novo Parque<br />
Mayer, pela faculdade<br />
de arquitectura de Lisboa<br />
(na foto) e pelo projecto<br />
de requalificação de um<br />
edifício no Rato.<br />
Augusto Mateus<br />
Consultores<br />
Augusto Mateus foi ministro<br />
da Economia durante<br />
o Governo de António Guterres,<br />
mas ultimamente<br />
tem-se dedicado à consultoria<br />
de projectos, tanto<br />
no que respeita à sua análisa<br />
económica, como<br />
numa vertente de ordenamento<br />
do território. Os estudosparaonovoaeroporto<br />
de Lisboa (na foto)<br />
são um dos seus projectos<br />
de referência.<br />
milhões de turistas que escolhem anualmenteestedestino.Sãocercade316hectares<br />
de intervenção prevista numa zona<br />
densamente habitada – deve ter mais de<br />
50 mil habitantes – e repleta de edifícios<br />
históricos, no plano histórico e cultura,<br />
mas também empresarial.<br />
Rolando Borges Martins sabe que é uma<br />
operação delicada, que se irá prolongar<br />
por mais de 10 ou 15 anos e que, portanto,<br />
deverá valer várias dezenas de milhões de<br />
euros, embora não queira ainda adiantar<br />
pormenores sobre esta questão.<br />
A zona que a equipa da Parque Expo – só a<br />
empresa pública, sem contar com os seus<br />
parceiros (ver caixa) tem a trabalhar neste<br />
projecto 15 arquitectos, engenheiros e<br />
geógrafos urbanos e económicos – constituiu<br />
um dos maiores projectos internacionais<br />
do século XIX, tendo sido desenvolvida<br />
por Khedive Ismail, seguindo o<br />
exemplo dos planos traçados por Haussman<br />
para Paris. Khedive procurou criar a<br />
“Paris do Nilo”, planeando o desenvolvimento<br />
da baixa do Cairo e aproximando a<br />
cidade do Nilo.<br />
A área – designada Khedive’s Cairo – representa,<br />
ainda hoje, uma memória de uma<br />
época importante da história moderna do<br />
Egipto. Muitas empresas privadas e instituições<br />
financeiras de relevo na história do<br />
Egipto, assim como do Médio Oriente do<br />
continente africano, estão historicamente<br />
associadas a esta zona do Cairo. ■<br />
ArchPlan Egipto<br />
Projectos<br />
É o parceiro local da Parque<br />
Expo neste concurso<br />
para o Cairo. A empresa<br />
Archplan dedica-se<br />
à elaboração de projectos<br />
de arquitectura, design<br />
e ordenamento do território,<br />
trabalhando maioritariamente<br />
no Egipto. Destacam-se<br />
os projectos de<br />
reabilitação da zona histórica<br />
de Luxor e de Karnak<br />
(na foto), locais históricos<br />
daquele País.<br />
Arqui300<br />
Arquitectura<br />
Numa altura em que a<br />
imagem é cada vez mais<br />
importante, a Parque Expo<br />
junta à sua equipa a Arqui300,<br />
empresa que se<br />
dedica ao desenvolvimento<br />
de animações ou desenhos<br />
em 3D para arquitectura<br />
e design. Fundada em<br />
Portugal há quase dezasseis<br />
anos, tem no projecto<br />
do Tróia Design Hotel (na<br />
foto)umdosmelhores<br />
exemplos do seu trabalho.<br />
O Museu do Cairo é um dos ex-libris<br />
da capital egípcia.<br />
CEDRU<br />
Planeamento<br />
O Centro de Estudos<br />
e Desenvolvimento Regional<br />
e Urbano (CEDRU) foi<br />
criado em 1986 e desde<br />
então se dedica à consultoria<br />
de projectos de planeamento<br />
e ordenamento<br />
do território. Com inúmeros<br />
trabalhos desenvolvidos<br />
no Alentejo, o CEDRU<br />
foi recentemente responsável<br />
pelo estudo dos impactos<br />
do projecto do Alqueva<br />
no Alentejo.
Ferconsult<br />
Transportes<br />
A Ferconsult é a empresa<br />
de consultoria, estudos<br />
eprojectosdaMetrode<br />
Lisboa, tendo sido por isso<br />
responsável por praticamente<br />
todas as linhas do<br />
metropolitano da capital.<br />
Contudo, é através desta<br />
empresa que a Metro de<br />
Lisboa se tem internacionalizado,<br />
participando em<br />
projectos como o Metro de<br />
Argel ou o Tramway de<br />
Oran, ambos na Argélia.<br />
Global<br />
Arquitectura<br />
A Global Arquitectura Paisagista<br />
é uma empresa<br />
fundada em 1997 pelos arquitectos<br />
Inês Norton de<br />
Matos, João Gomes da Silva<br />
e João Mateus. Dos<br />
projectos desenvolvidos<br />
destacam-se o Parque da<br />
Aguieira, em Viseu; os<br />
Jardins Garcia da Horta,<br />
para a Expo 98; os Jardins<br />
do Palácio de Belém e ainda<br />
uma intervenção<br />
no Polis da Caparica.<br />
PROAP<br />
Paisagismo<br />
É um dos mais conceituados<br />
gabinetes de arquitectura<br />
paisagista do País,<br />
gerido pelo arquitecto<br />
João Nunes. A maior parte<br />
da sua actividade realiza-se<br />
em portugal, como<br />
é o caso do Parque Tejo, a<br />
norte do Parque das Nações<br />
(na foto), mas em<br />
2001 internacionaliza-se<br />
para Itália, Espanha, Bélgica,<br />
Grécia, Angola, América<br />
Central e Ásia.<br />
TIS Consultores<br />
Transportes<br />
A TIS é uma empresa<br />
de consultoria na área<br />
dos transportes gerida<br />
pelo engenheiro José Manuel<br />
Viegas. A empresa<br />
ganhou mais notiriedade<br />
depois do seu gestor apresentar<br />
uma série de estudos<br />
sobre o novo aeroporto<br />
de Lisboa e sobre<br />
o comboio de alta velocidade,<br />
um projecto que<br />
inclui a terceira travessia<br />
do Tejo (na foto).<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico | IMOBILIÁRIO IX<br />
PUB<br />
Aladin Abdel Naby/Reuters<br />
Concorrentes<br />
>> Um dos concorrentes<br />
da Parque Expo é a Gensler,<br />
com sede em Londres.<br />
>> A Nikken Sekkei também<br />
estánalutaetemsede<br />
em Tóquio.<br />
>> A Hok é outro rival da Expo<br />
nesta corrida. Tem 23<br />
escritórios nos Estados Unidos,<br />
Canadá, Ásia, Índia, Médio<br />
Oriente e Europa, com uma<br />
sede em Londres e uma rede<br />
europeia de arquitectos.<br />
>> A WATG também foi<br />
convidada a apresentar<br />
proposta. Tem escritórios<br />
em Londres, Estados Unidos<br />
e Singapura.<br />
>> A EDAW/AECOM é outro<br />
concorrente de peso. Tem sede<br />
emLosAngeleseNovaIorque,<br />
com escritórios em vários<br />
países do Mundo.<br />
>> A SWA, com escritórios nos<br />
Estados Unidos e em Xangai,<br />
também vai mostrar as suas<br />
credenciais neste concurso.<br />
>> A EDSA é outra concorrente<br />
dos Estados Unidos, com sede<br />
na Florida.<br />
>> A Dar Al-Handasah está mais<br />
colada ao terreno, uma vez<br />
que tem um dos seus principais<br />
escritórios no Cairo. Londres,<br />
Pune (Índia) e Beirute são<br />
outras bases deste grupo.<br />
>> A Sasaki é mais<br />
uma concorrente. Tem sede<br />
nosEstadosUnidos(Boston<br />
e São Francisco).
X IMOBILIÁRIO | Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
ARQUITECTURA | <strong>DE</strong>SIGN E <strong>DE</strong>CORAÇÃO<br />
Cadeiras<br />
que trazem<br />
bom humor<br />
O tempo tem andado<br />
chuvoso e frio, por isso<br />
porque não alegrar a sua<br />
casa ou escritório com<br />
elementos coloridos. É<br />
garantido que trazem<br />
bom humor. As ‘Jackpot<br />
Chairs’ estão à venda na<br />
Moonwalker<br />
(www.moonwalker.pt)<br />
e são já consideradas um<br />
ex-libris no que respeita<br />
à funcionalidade. Além<br />
de práticas, estas<br />
cadeiras podem ser<br />
usadas no interior e<br />
exterior e o preço não é<br />
elevado. Custam entre<br />
os 84 e os 102,90 euros,<br />
cada uma.<br />
Uma planta artificial que passa por natural<br />
Este elemento na foto à esquerda chama-se<br />
‘Algue’ e como o nome indica parece uma alga<br />
ou uma hera. Contudo, só parece. Este<br />
componente decorativo é feito em plástico<br />
mas tem como objectivo agrupar-se a outros<br />
e aludir a uma planta trepadeira. Cada<br />
embalagem traz 25 destes elementos, o que<br />
equivale a um metro quadrado. Eles podem<br />
ser unidos entre si, formando estruturas em<br />
forma de rede, desde leves cortinas a<br />
separadores de espaços (ver foto em cima).<br />
O sistema Algue, desenhado para a Vitra,<br />
podeserusadonoexteriorenointeriorda<br />
casacomosefosseumaplantaehádisponível<br />
em transparente, branco, preto, verde<br />
ou vermelho. Estão à venda na Paris Sete<br />
(www.paris-sete.com) e custam<br />
59 euros por embalagem.<br />
A simplicidade primeiro<br />
O castiçal Tetra, desenhado por Naoto Fukasawa para a marca<br />
B&B Italia é mais uma referência do design contemporâneo, onde<br />
a simplicidade dita as regras e marca a ori<strong>gina</strong>lidade. Feito em<br />
cerâmica, este castiçal está disponível em branco e preto e está<br />
à venda na Paris Sete (www.paris-sete.com) por <strong>56</strong> euros.
IMOBILIÁRIO VISTO <strong>DE</strong> FORA<br />
JORGE HORTA, PRESI<strong>DE</strong>NTE DA AUTO<strong>DE</strong>SK EM PORTUGAL<br />
O “meu” projecto<br />
Jorge Horta é engenheiro e presidente da<br />
Autodesk em Portugal, uma empresa que<br />
se dedica, entre outros, ao desenvolvimento<br />
e comercialização de software<br />
para arquitectura e construção. Como tal,<br />
as obras de arquitectura e engenharia do<br />
País não lhe passam ao lado. “O Edifício<br />
da Vodafane no Porto , da autoria do Barbosa<br />
e Guimarães Arquitectos e com projecto<br />
de engenharia da AFA Consult é<br />
todo um símbolo da responsabilidade que<br />
os arquitectos têm nas nossas cidades,<br />
não só pela importância na contribuição<br />
para a sua monumentalidade, como na<br />
criação desta nossa segunda pele, que<br />
são os edifícios em que trabalhamos e/ou<br />
utilizamos diariamente”, disse ao Diário<br />
Económico. Para Jorge Horta, este projecto<br />
- que marca uma zona do Porto que<br />
necessita de reabilitação e deste tipo de<br />
projectos - “marca o espaço com… som”.<br />
1<br />
6<br />
70<br />
1172<br />
Foto cedida pela Sonae Sierra<br />
O Alexa, na Alexanderplatz, em<br />
Berlim, inaugurou em 2007.<br />
Além disso, o engenheiro realça “a dinâmica<br />
das formas exteriores, em que não<br />
há uma única parede ou janela igual à outra”<br />
e ainda a dualidade noite/dia. “À noite,<br />
a luz no seu interior, emoldurada pelas<br />
janelas , levam-nos a uma sensação de<br />
presença permanente. No interior, a luz<br />
projectada através das aberturas, marca<br />
traços e outras formas cambiantes ao<br />
longo do dia”, diz. Contudo, para Jorge<br />
Horta este edifício merece destaque não<br />
só pelos seus detalhes técnicos como<br />
pela sua beleza e “pelo histórico marcante<br />
para o País”. “As boas tecnologias são<br />
cada vez mais fracturantes e, tal como os<br />
edifícios são uma fonte de equilíbrio entre<br />
pessoas e empresas, nas tecnologias todos<br />
temos que procurar apoiar as transições<br />
para que as clivagens possam existir.<br />
O novo edifício da Vodafone no Porte é<br />
um dos melhores exemplos disso”. A.B.<br />
A retrospectiva do trabalho da<br />
arquitecta Zaha Hadid está patente<br />
no museu Palazzo della Ragione, em<br />
Pádua, Itália e termina já no próximo<br />
dia 1 de Março.<br />
Os trabalhos estão divididos em seis<br />
categorias de design: linhas; ondas;<br />
agregados; áreas de intervenção;<br />
paisagismo e Zaha Hadid Architects<br />
(o atelier).<br />
Na mostra podem ser vistos obras de<br />
design de arquitectura como o Maxxi,<br />
o novo museu em Roma que é uma das<br />
recentes peças da arquitecta iraniana.<br />
O museu Palazzo della Ragione data<br />
do século XII-XIII, tendo começado<br />
a ser construído em 1172 e é<br />
considerado umdos mais importantes<br />
monumentos de Pádua.<br />
NEGÓCIO<br />
O edifício da Vodafone no Porto<br />
foi inaugurado em 2009.<br />
EXPOSIÇÃO<br />
A Union Investment concluiu a compra de uma<br />
participação maioritária no Alexa, em Berlim,<br />
um ‘shopping’ detido em partes iguais pela Sonae<br />
Sierra e pela Foncière Euris/Rallye. O gestor de<br />
fundos imobiliários alemão ficou assim a deter 91%<br />
do imóvel, uma posição pela qual pagou 316 milhões<br />
de euros. Um valor que, segundo um comunicado<br />
da Sonae Sierra enviado à CMVM diz respeito<br />
apenas à participação adquirida e não ao valor total<br />
do activo.<br />
Ainda assim, para a empresa alemã – que em 2009<br />
se assumiu como o maior investidor estrangeiro<br />
na Europa, depois de ter aplicado 1,6 mil milhões<br />
de euros em imobiliário, incluindo 600 milhões<br />
em retalho. “O Alexa é um investimento sustentável<br />
em todos os sentidos. A qualidade da sua localização,<br />
o ambiente atractivo e o elevado potencial<br />
de receitas são características que se encaixam<br />
perfeitamente na nossa estratégia de investimento<br />
de longo-prazo para o segmento de retalho”, afirmou<br />
em comunicado, Frank Billand, administrador<br />
da Union Investment.<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico | IMOBILIÁRIO XI<br />
Zaha Hadid em retrospectiva<br />
É uma das raras oportunidades para ver uma<br />
retrospectiva completa do trabalho da<br />
arquitecta iraniana Zaha Hadid. Termina a 1<br />
de Março a exposição que reúne mais de 70<br />
projectos da vencedora do Pritzker 2004 e que<br />
está patente no museu Palazzo della Ragione,<br />
em Pádua, Itália já desde final de Outubro<br />
do ano passado. A mostra, tal como trabalho<br />
de Hadid, apresenta uma disposição fora<br />
do comum. Os trabalhos estão dispostos numa<br />
única sala em cima de blocos brancos<br />
que se espalham pela sala de forma<br />
harmoniosa e dinâmica.<br />
Sonae Sierra vende posição no Alexa<br />
Para a Sonae Sierra, esta operação “reflecte<br />
a elevada qualidade do Alexa bem como a nossa<br />
estratégia de longo-prazo de reciclar capital para<br />
investimentos futuros, mantendo, ao mesmo tempo,<br />
uma posição no imóvel e na sua gestão”, referiu<br />
Álvaro Portela, CEO da Sonae Sierra, no mesmo<br />
comunicado. A empresa portuguesa manterá assim<br />
a gestão do empreendimento e, no futuro, pretende<br />
ficar com os restantes 9% do Alexa, o que significa<br />
que terá de comprar os 4,5% que a Foncière Euris<br />
detém agora.<br />
O Alexa, que fica no coração de Berlim, na<br />
Alexanderplatz, inaugurou em 2007 e conta com<br />
uma 180 lojas distribuídas por 43 mil metros<br />
quadrados de área comercial a que se juntam mais<br />
doi mil metros quadrados de restauração e oito mil<br />
de lazer. Com um total de cinco pisos (incluindo<br />
estacionamento) encontra-se totalmente arrendado<br />
com contratos de longo-prazo a retalhistas<br />
de referência, como o MediaMarkt, H&M ou Zara,<br />
o que terá contribuído para os 14 milhões de<br />
visitantes que recebeu em 2009. A.B.<br />
DR
XII IMOBILIÁRIO | Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
INTERNACIONAL | SPAS<br />
Grand Resort Bad Ragaz: quando o bem-<br />
Este ‘resort’ na Suíça foi recentemente remodelado, uma obra que durou dois anos e custou 100 milhões de euros. E ago<br />
SOPHY ROBERTS<br />
Exclusivo Financial Times<br />
Há oito anos, depois de sofrer uma<br />
trombose venosa profunda – um coágulo<br />
provocado pela conjugação de vários<br />
factores de risco, entre os quais<br />
viajar muito de avião -, deixei de fumar<br />
emudeiradicalmenteomeuritmode<br />
trabalho. Apesar disso, nem sempre tenho<br />
tempo para conciliar a dieta ideal<br />
com o necessário exercício físico. Uma<br />
desculpa que o ‘staff’ do Grand Resort<br />
Bad Ragaz, na Suíça, está farto de ouvir.<br />
Teo Albarrano, director de saúde do<br />
Bad Ragaz, explica que a ideia “não é<br />
apenas queimar calorias. O papel da<br />
prevenção é cada vez mais relevante. Daí<br />
que faça todo o sentido combinar tratamentos<br />
naturais com ‘check-ups’ médicos<br />
periódicos”.<br />
Dois anos de obras de remodelação e 100<br />
milhões de euros depois, eis que o novo<br />
Bad Ragaz está pronto para pôr em prática<br />
a sua filosofia. O ‘resort’ está situado<br />
num vale rodeado de montanhas a 70<br />
minutosdecarrodeZuriqueeécomposto<br />
por dois edifícios - o Grand Hotel<br />
PUB<br />
HofRagaz,quepassoua5estrelasna<br />
Primavera, e o Grand Hotel Quellenhof<br />
& Spa Suites, que pode ser dividido em<br />
duas alas distintas: a Quellenhof, retrato<br />
fiel do ‘grand hotel’ ao estilo suíço, com<br />
papel de parede dourado e muitos cortinados,<br />
e um restaurante onde é obrigatório<br />
usar ‘blazer’; e a Spa Suites, inaugurada<br />
em Maio, onde nos esperam os<br />
mimos, os tratamentos naturais e o spa,<br />
só para hóspedes.<br />
A oferta é ampla: massagens e tratamentos<br />
faciais, manicura e pedicura, e<br />
toda uma panóplia de tratamentos ‘New<br />
Age’ que, pessoalmente, não me convenceram.<br />
Caso da massagem “lomi-lomi<br />
nui”, que começa com uma melodia<br />
cantada pelo próprio massagista. Nomes<br />
exóticos à parte, não falta gente profissional<br />
e de talento para nos persuadir a<br />
experimentar os tratamentos disponíveis:<br />
do ‘shiatsu’ e da massagem tailandesa<br />
à reflexologia. Nesta ala há dois ginásios,<br />
diversas salas de sauna e<br />
‘kneipp”, uma variante da hidroterapia,<br />
“Disseram-me que uma senhora<br />
de um país do Médio Oriente<br />
ficou hospedada no Bad Ragaz<br />
durante um ano. Dada a conta<br />
astronómica, só pode ter-se<br />
transformado na mulher mais<br />
bonita e saudável do Mundo<br />
Árabe.”<br />
e duas piscinas interiores alimentadas<br />
pelas famosas águas termais da região.<br />
Há ainda uma piscina exterior, a ‘Tamina<br />
Therme’, aberta ao público mediante<br />
o pagamento de uma taxa.<br />
Inicialmente, estava céptica. Só depois<br />
de examinar atentamente os tratamentos<br />
spa é que reconsiderei. São 11 no total<br />
e há de tudo um pouco, da massagem<br />
desportiva à anti-celulite, passando por<br />
envolvimentos vários com algas marinhas<br />
ou chocolate, entre outros. Para alguém<br />
com o tempo contado ao segundo,<br />
comoéomeucaso,teriadeseralgo<br />
condensado, por isso optei pelo ‘business<br />
pack’ – três dias, duas noites - cuja<br />
diversidade me agradou especialmente:<br />
ultrasons no abdómen, ‘check-up’ cardíaco,<br />
exame à postura e um teste de<br />
condição física que promete dar luta.<br />
Evalerámesmoapena?Opacotetem<br />
um preço convidativo: 4.793 euros.<br />
Confesso que houve coisas de que não<br />
gostei mas, feito o balanço, a experiência<br />
foi positiva. O Bad Ragaz tem o seu
star fala mais alto<br />
ra é bem mais do que um spa com massagens ou tratamentos faciais.<br />
quêdeúnicoeficounamemóriacomo<br />
um dos melhores ‘resorts’ vocacionados<br />
para o repouso e bem-estar que conheci<br />
até hoje.<br />
Como podem calcular, sou experiente<br />
nestas andanças. Nos últimos dez anos<br />
estive em vários espaços do género,<br />
comoaCliniqueLaPrairieeaVictoria-<br />
Jungfrau, também na Suíça, a Mayr Clinic,<br />
na Áustria, e a Chiva-Som, na Tailândia.<br />
O que faz a diferença no caso do<br />
Bad Ragaz é estar tudo condensado<br />
num único local, não há dispersão de<br />
meios. Mas, acima de tudo, o que mais<br />
pesou foi o profissionalismo da sua<br />
equipa, os testes que realizam e a competência<br />
demonstrada na interpretação<br />
dos resultados.<br />
Disseram-me que uma senhora de um<br />
país do Médio Oriente ficou hospedada<br />
no Bad Ragaz durante um ano. Dada a<br />
conta astronómica, só pode ter-se<br />
transformado na mulher mais bonita e<br />
saudável do Mundo Árabe.<br />
Tradução de Ana Pina<br />
EXEMPLOS <strong>DE</strong> SPAS NA EUROPA<br />
Grand Resort Bad Ragaz<br />
Zurique, Suiça<br />
O Grand Resort Bad Ragaz é consitiuído<br />
por dois hotéis, um mais moderno e um<br />
mais requintado. É no mais moderno que<br />
estão disponíveis os tratamentos de spa,<br />
que chegam a ser massagens medicinais.<br />
Os preços para 2010, por quarto e por<br />
noite vão dos quase 300 euros até perto<br />
dos 8 mil euros. Para mais informações:<br />
www.resortragaz.ch<br />
SHA Wellness Clinic<br />
Alicante, Espanha<br />
O SHA Wellness Clinic abriu em Julho<br />
de 2008 e fica a 45 minutos de Alicante,<br />
em Espanha. O design e arquitectura<br />
é moderno e contemporâneo,<br />
predominando o branco e a cozinha<br />
macobiótica, mas os pacotes de três<br />
noites começam nos 1.350 euros.<br />
Mais informações em<br />
www.shawellnessclinic.com<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico | I M O B I L I Á R I O XIII<br />
Clinique La Prairie<br />
Genebra, Suiça<br />
De volta à tranquilidade suiça, o Clinique<br />
La Prairie é mais que um spa, é um<br />
centro médico de 4.500 m2 integrado<br />
num castelo do século XIX transformado<br />
em residência. Situado a uma hora de<br />
Genebra,conta com 20 médicos e 60<br />
consultores. O pacote de quatro noites<br />
começa nos 5.600 euros. Mais<br />
informações em www.laprairie.ch
XIV IMOBILIÁRIO | Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
ANÁLISE <strong>DE</strong> MERCADO<br />
Preços das<br />
casas novas<br />
no Porto<br />
A oferta de casas novas no Porto registou, entre<br />
ofinalde2009eoiníciode2010, uma forte<br />
quebra, estando agora nos 432 imóveis para<br />
venda. Os preços por metro quadrado também<br />
caíram no mesmo período, segundo os dados<br />
da Prime Yield, mas apenas nas zonas das Antas<br />
e da Boavista. Na Foz, os preços subiram.
Infografia: Marta Carvalho| marta.carvalho@economico.pt<br />
Cidades com visão<br />
O Prof. Manuel Costa Lobo proferiu uma<br />
interessante conferência na Academia das<br />
Ciências, em Lisboa. Na plateia estavam<br />
muitos dos que contribuíram para o que de<br />
melhor e de pior se fez pelas cidades em<br />
Portugal. Os da geração do Prof. Costa<br />
Lobo, que são responsáveis por casos<br />
exemplares de bom planeamento urbano,<br />
mas também alguns que sob a capa de<br />
“ilustres urbanistas”, apenas<br />
acrescentaram mais m2, sem respeitar,<br />
nem cuidar, das boas práticas que fazem as<br />
melhores cidades.<br />
Da nova geração, vi pouca gente. É pena.<br />
Julgam que já sabem tudo e que não vale a<br />
pena aprender com quem sabe, com quem<br />
faz e sobretudo com quem sempre deixou<br />
fazer. E bem! O Prof. Costa Lobo é um dos<br />
mais prestigiados urbanistas portugueses.<br />
Respeitado por muitas universidades<br />
estrangeiras, é também frequentemente<br />
convidado para dar parecer em muitas<br />
cidades.<br />
Tantas vezes o tenho ouvido falar das suas<br />
experiências com cidades portuguesas,<br />
brasileiras e turcas. É notável o empenho, a<br />
competênciaeainovaçãoqueaplicaaos<br />
diferentes modelos que estuda. O seu<br />
pensamento é um permanente desafio à<br />
reflexão,àinvestigaçãoeàinquietude<br />
sobre o desordenamento do nosso<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico | IMOBILIÁRIO XV<br />
JOÃO PESSOA E COSTA<br />
Presidente do Circulo Imobiliário-Portugal<br />
Faça-se já a ligação Lisboa-Madrid. Exija-se a Espanha a<br />
ligação com a Europa para o transporte de mercadorias.<br />
LUÍS LIMA<br />
Presidente da APEMIP<br />
território. A sua proposta parece simples.<br />
Tenhamos visão. Uma visão múltipla como<br />
a do camaleão. Vê, ao mesmo tempo, os<br />
diversos ângulos do objecto. Uma visão<br />
com profundidade. Com distância, mas<br />
estratégica. Uma visão sem obstruções que<br />
evite a parcialidade da decisão.<br />
Só me resta acrescentar. Quero cidades<br />
com visão, com ambição e com lideranças<br />
fortes. Deixo três temas para uma cidade<br />
mais competitiva.<br />
1.Um novo aeroporto. Ou melhor, uma<br />
nova cidade aeroportuária capaz de colocar<br />
a Área Metropolitana de Lisboa no centro<br />
das grandes decisões de negócios da<br />
Europa.<br />
2.Faça-se o TGV. E já a ligação Lisboa-<br />
-Madrid. Exija-se a Espanha a ligação com<br />
a Europa para o transporte de mercadorias<br />
que, crescentemente, entram pelo Porto de<br />
Sines.<br />
3.Reabilitar. A criação de melhores<br />
condições financeiras, técnicas, fiscais e de<br />
mercadoéomelhorcontributoqueo<br />
Estado pode dar para a melhoria dos<br />
centros urbanos e das condições de todos<br />
os que vivem, trabalham e investem nas<br />
nossas cidades.■<br />
Outro SIMA ainda mais perto<br />
Em Angola, como no Brasil e Portugal, o imobiliário<br />
é um dos que mais contribui para a economia.<br />
Tem a mesma sigla de um dos mais<br />
mediáticos salões imobiliários – o<br />
de Madrid – mas é de outro continente,<br />
embora esteja ainda mais perto de<br />
Portugal que o salão da capital de<br />
Espanha. Refiro-me ao Salão<br />
Imobiliário de Angola (SIMA) cuja<br />
primeira edição decorrerá de 6 a 9<br />
de Maio próximo.<br />
Numa organização da Feira<br />
Internacional de Luanda com<br />
apoio e parceria da Feira Internacional<br />
de Lisboa, o Salão de Luanda será,<br />
seguramente, um marco<br />
no aproveitamento das sinergias<br />
que se abrem nos mercados<br />
imobiliários dos países que falam<br />
português.<br />
Angola,queéjáasétimamaior<br />
economia africana, é também<br />
um dos principais e potenciais pilares<br />
da Confederação do Imobiliário de<br />
Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP),<br />
em marcha, pela iniciativa da APEMIP,<br />
com o apoio da AICCOPN, e apoios já<br />
expressos, no Brasil, do SECOVI de S.<br />
Paulo e do COFECI, de Brasília.<br />
Em Angola (como no Brasil, em<br />
Portugal e também noutros países<br />
da lusofonia) o sector imobiliário é um<br />
dos que mais contribui para<br />
impulsionar a Economia,<br />
gerando emprego e riqueza,<br />
como aliás reconhece a presidente<br />
da Associação de Profissionais<br />
Imobiliários de Angola (APIMA),<br />
Branca do Espírito Santo.<br />
O SIMA de Luanda – capital<br />
de um país de economia emergente<br />
cujas necessidades em matéria<br />
de imobiliário, nomeadamente<br />
no segmento habitacional mas<br />
também no dos escritórios,<br />
sãoenormes,é,defacto,um<br />
dos salões imobiliários que<br />
mais perto de nós está.<br />
Saibamos então, no próximo<br />
mês de Maio, marcar a<br />
presença que a lindíssima<br />
cidade de Luanda merece. ■
PUB
3<br />
7<br />
2<br />
4<br />
8<br />
ARTE PARA MAIORES <strong>DE</strong> 18 EM VIENA<br />
5 Reino Unido<br />
Bomba explode à porta de tribunal<br />
As autoridades britânicas consideram<br />
“um milagre” o facto<br />
de ninguém ter morrido na explosão<br />
de um carro armadilhado<br />
mesmo à porta do tribunal da<br />
cidadedeNewry,naIrlandado<br />
Norte,duranteanoitedesegunda<br />
para terça-feira.<br />
“Podíamos estar hoje a analisar<br />
várias fatalidades. A explosão<br />
foi bastante grande. Certamente<br />
o suficiente para causar<br />
bastantes baixas entre os transeuntes”,<br />
afirmou o Superintendente<br />
da Polícia local,<br />
Alisdair Robinson.<br />
O mesmo responsável precisou<br />
que a explosão ocorreu exactamente<br />
17 minutos depois da<br />
polícia ter recebido um telefonema<br />
a avisar que o dispositivo iria<br />
detonar dentro de meia hora.<br />
O centro da cidade encontra-<br />
Emnomedaarte,valetudo.Éoquedefendemosresponsáveisdomuseudearte<br />
contemporânea de Viena, “The Secession”. Para poderem contemplar as obras<br />
primas de Gustav Klimt, os visitantes têm de passar primeiro pelo clube de ‘swing’<br />
“Element6”, como parte de um projecto do artista suíço Christoph Buechel.<br />
se agora vedado à circulação civil,<br />
não sendo esperado que<br />
reabra antes de sexta-feira.<br />
A polícia britânica acredita que<br />
o atentado seja obra de dissidentes<br />
republicanos, que estarão descontentes<br />
com o rumo que estão a<br />
levar as negociações para a partilha<br />
de poderes no território. ■<br />
6 EUA<br />
Dick Cheney<br />
hospitalizado com<br />
problemas cardíacos<br />
O antigo vice-presidente dos<br />
Estados Unidos Dick Cheney<br />
foi ontem hospitalizado<br />
com “fortes dores no peito”,<br />
adiantando os especialistas<br />
que estas poderão indicar<br />
problemas cardíacos.<br />
Segundo um comunicado<br />
emitido pelos seus ajudantes<br />
políticos, Cheney, de 69<br />
anos de idade, está em<br />
repouso no hospital<br />
da Universidade George<br />
Washington. O político<br />
veterano tem já um longo<br />
historial de problemas do<br />
coração, tendo sofrido quatro<br />
ataques cardíacos entre os<br />
anosde1978e2000,ejá<br />
recebeuum‘bypass’<br />
quadruplo em 1988, estando<br />
actualmente com um ‘pacer’<br />
instalado no peito e sendo<br />
sempre acompanhado<br />
por um desfibrilhador.<br />
7 Ucrânia<br />
8 Índia<br />
Presidente indeciso entre a UE e a Rússia<br />
Confiscado livro<br />
com imagem<br />
de Jesus Cristo<br />
O vencedor das eleições presidenciais<br />
ucranianas, Viktor Yanukovych,<br />
“ainda não decidiu<br />
qual o país que irá visitar em<br />
primeiro lugar” quando entrar<br />
em funções, anunciou ontem<br />
Anna German, vice-presidente<br />
do partido de Yanukovych.<br />
Os media russos noticiaram<br />
ontem que a primeira visita do<br />
novo chefe de Estado ucraniano<br />
ao estrangeiro seria a Bruxelas,<br />
já no mês que vem.<br />
“A data acordada [com a<br />
União Europeia] é o dia um de<br />
Março. De momento, espera-se<br />
que em Bruxelas decorram encontros<br />
com o presidente europeu<br />
van Rompuy, o presidente<br />
da Comissão Europeia Durão<br />
Barroso e com o presidente do<br />
Parlamento Europeu”, afirmaram<br />
as mesmas fontes.<br />
Mas o presidente russo Dimitry<br />
Medvedev também já convidou<br />
o novo presidente ucraniano<br />
a visitar a Rússia, estando<br />
este a estudar qual será o seu<br />
primeiro destino.<br />
“Vamos esperar e ver o que<br />
diz o presidente sobre o que será<br />
mais importante para o país”,<br />
disse German.<br />
Embora Yanukovych só vá<br />
tomar posse amanhã, o presidente<br />
Rompuy havia já convidado<br />
o presidente eleito ucraniano<br />
a deslocar-se a Bruxelas<br />
“na primeira oportunidade<br />
possível” no passado dia 11,<br />
pouco tempo depois das eleições<br />
no país. ■<br />
Afotodapolémica.<br />
DR<br />
Explosão não fez vítmas.<br />
As autoridades do estado<br />
indiano de Meghalaya<br />
(maioritariamente cristão)<br />
confiscaram todas as cópias<br />
de um livro escolar que exibia<br />
uma imagem de Jesus Cristo<br />
segurando uma lata de cerveja e<br />
um cigarro. A ministra da<br />
Educação, Ampareen Lyngdoh,<br />
criticou fortemente a ilustração e<br />
defendeu uma acção legal contra<br />
a editora Skyline Publications,<br />
comsedeemNovaDeli.O<br />
governo retirou todas as cópias<br />
do livro das escolas primárias e<br />
livrarias em Meghalay, onde 70%<br />
dos 2,32 milhões de habitantes<br />
são cristãos.<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 29<br />
Governo da<br />
Dinamarca sofre<br />
remodelação<br />
O primeiro-ministro<br />
dinamarquês, Lars Loekke<br />
Rasmussen, levou a cabo uma<br />
remodelação governamental<br />
que resultou na nomeação,<br />
pela primeira vez, de duas<br />
mulheresparaaspastas<br />
da Defesa e dos Negócios<br />
Estrangeiros: a liberal Gitte<br />
Lillelund Bech e a viceprimeira-ministra<br />
Lene<br />
Espersen. Dez meses depois<br />
de ter tomado posse, em Abril<br />
de 2009, Rasmussen fez<br />
alterações em mais de uma<br />
dúzia de cargos do governo,<br />
incluindo o de ministro<br />
da Justiça.<br />
Clinton pede à<br />
Rússia para colaborar<br />
com NATO<br />
A secretária de Estado norteamericana,<br />
Hillary Clinton,<br />
apelou ao governo russo para<br />
cooperar com os Estados<br />
UnidoseaNATOnoâmbitodo<br />
sistema de defesa anti-mísseis<br />
naEuropaenaprevenção<br />
da proliferação de armas<br />
nucleares. Em Washington,<br />
Clinton sublinhou que a NATO<br />
não é uma ameaça para a<br />
Rússia, apesar do Kremlin ter<br />
colocado a Aliança Atlântica<br />
no topo da lista de problemas<br />
de segurança.<br />
Oposição integra<br />
novo governo da<br />
CostadoMarfim<br />
A coligação de partidos da<br />
oposição da Costa do Marfim<br />
disse que irá participar no<br />
novo governo do país, numa<br />
tentativa de pôr fim ao clima<br />
de instabilidade e protestos<br />
desde que o presidente,<br />
Laurent Gbagbo, anunciou a<br />
dissolução do Executivo. Pelo<br />
menos sete pessoas foram<br />
mortas nos violentos<br />
protestos na Costa do Marfim<br />
na semana passada.<br />
Angola duplica<br />
produção de crude<br />
da Nigéria em 2020<br />
No prazo de dez anos, Angola<br />
vai ter uma produção muito<br />
superior ao seu rival africano,<br />
a Nigéria. “Em 2020, a<br />
produção ‘offshore’ de Angola<br />
deverá ser o dobro da<br />
Nigéria”, disse Ann Pickard,<br />
vice-presidente da petrolífera<br />
Shell para a África Subsariana.<br />
Em 2009, Angola ultrapassou<br />
a Nigéria, quando este país<br />
enfrentava problemas internos<br />
graves.
30 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
EMPRESAS<br />
Refer, EP, Metro agravam<br />
passivo das empresas<br />
públicas em 13%<br />
Os lucros das empresas públicas não financeiras cresceram 36,8% no terceiro<br />
trimestre de 2009. O endividamento ultrapassou os 24.585 milhões de euros.<br />
Hermínia Saraiva<br />
herminia.saraiva@economico.pt<br />
Estradas de Portugal (EP), Refer,<br />
Metropolitano de Lisboa,<br />
CP, Metro do Porto e Parpública<br />
foram as empresas que mais<br />
contribuíram para um aumento<br />
de 3,7 mil milhões na dívida<br />
remunerada líquida das empresas<br />
públicas não financeiras<br />
(EPNF) nos primeiros nove<br />
meses de 2009. Um agravamento<br />
que contribuiu para que<br />
o passivo do Sector Empresarial<br />
do Estado (SEE) crescesse<br />
13% no final do terceiro trimestre<br />
do último ano.<br />
As contas fazem parte do Boletim<br />
Informativo sobre o Sector<br />
Empresarial do Estado (SEE)<br />
relativo ao terceiro trimestre de<br />
2009, que aponta a EP (com um<br />
aumento da dívida líquida de<br />
677,1 milhões de euros), a Refer<br />
(mais 429,5 milhões), o Metropolitano<br />
de Lisboa (aumento de<br />
424,6 milhões) e a Parpública<br />
(mais 814,9 milhões) como os<br />
principais responsáveis para o<br />
aumento da dívida remunerada<br />
que atingiu os 24.585 milhões<br />
de euros a 30 de Setembro.<br />
“Cerca de 75% do aumento da<br />
dívida remunerada é explicada<br />
apenas por seis EPNF: Parpública,<br />
Estradas de Portugal, Refer,<br />
Metropolitano de Lisboa, CP e<br />
MetrodoPorto”,lê-senorelatório<br />
da Direcção Geral de Tesouro<br />
e Finanças (DGTF).<br />
Relativamente ao primeiro<br />
semestre de 2009, o endividamento<br />
de 24.585 milhões representa<br />
um crescimento de 3,5%<br />
face à dívida remunerada líquida<br />
da altura em que era de<br />
23.745 milhões.<br />
A contrariar a tendência de<br />
subida estiveram a EDIA, que<br />
viu a sua dívida reduzida em<br />
40 milhões de euros, a RTP<br />
(menos 34,6 milhões) e a Parque<br />
Expo (menos 27,6 milhões<br />
de euros).O endividamento da<br />
televisão pública, por exemplo,<br />
era no final de Setembro<br />
do ano passado de 860,5 milhões<br />
de euros.<br />
O relatório apresentado pela<br />
DGTF aponta ainda para uma re-<br />
Cercade75%<br />
da dívida é explicada<br />
por seis empresas: CP,<br />
Refer, Parpública,<br />
Metro de Lisboa,<br />
Metro do Porto e<br />
Estradas de Portugal.<br />
JáaRTP,EDIA<br />
e Parque Expo<br />
ajudaram a reduzir<br />
adívida.<br />
ESFORÇO FINANCEIRO<br />
177,2 milhões<br />
Durante os primeiros nove meses<br />
do ano, o esforço financeiro do<br />
Estado foi de 177,2 milhões de<br />
euros, mais 11,3 milhões do que no<br />
mesmo período de 2008. Desta<br />
verba 51,2 milhões representaram<br />
dotações de capital.<br />
VOLUME <strong>DE</strong> NEGÓCIOS<br />
5.464 milhões<br />
No 3.º trimestre de 2009, o<br />
volume de negócios do SEE<br />
aumentou19,9%paraos5.464<br />
milhões de euros. A contribuir<br />
positivamente estiveram as<br />
empresas do sector da Saúde,<br />
cuja facturação cresceu 37,8%.<br />
cuperação significativa do resultado<br />
líquido das empresas do SEE<br />
que, apesar de um crescimento<br />
de 36,8% nos primeiros nove<br />
mesesdoano,continuamno<br />
vermelho. As companhias estatais<br />
registavam no final de Setembro<br />
de 2009 um prejuízo de<br />
495,7 milhões de euros, contra<br />
um resultado líquido negativo de<br />
784,5 milhões de euros no ano<br />
anterior. Em relação ao segundo<br />
trimestre, há a registar um crescimento<br />
de 49,4% dos prejuízos<br />
que eram, no final de Junho, de<br />
331,8 milhões de euros.<br />
Na comparação com o resultados<br />
dos primeiros nove meses<br />
de 2008, a Direcção-geral de<br />
Tesouro e Finanças justifica a<br />
melhoria de 36,8% como “consequência<br />
do impacto positivo<br />
dos resultados financeiros agregados,<br />
que registaram um crescimento<br />
de 70%, em larga medida<br />
atribuível à Parpública, e<br />
também pelo melhor desempenho<br />
operacional, que se traduziunoincrementode2,6%nos<br />
resultados operacionais”, lê-se<br />
no relatório.<br />
A pressionar os resultados<br />
entre Janeiro e Setembro de<br />
2009 estiveram “as empresas do<br />
sector da Saúde [que] registaram,<br />
em conjunto, um agravamento<br />
do resultado líquido de<br />
<strong>56</strong>,2 milhões de euros, sendo<br />
25,3 milhões atribuível às novas<br />
entidades entretanto criadas”.<br />
A DGTF justifica esta situação<br />
com a transferência de mais<br />
hospitais do Sector Administrativo<br />
Público para o Sector Empresarial<br />
do Estado.<br />
No caso da Parpública, o resultado<br />
líquido aumentou em<br />
326,9 milhões de euros, suportado<br />
por uma melhoria de 312,3<br />
milhões de euros do resultado<br />
financeiro e um aumento do resultadoextraordináriode15,2<br />
milhões. Também a EP, o Metropololitano<br />
de Lisboa eaRTP<br />
registaram nos primeiros nove<br />
meses do ano melhorias nos<br />
seus resultados operacionais. No<br />
caso da concessionária, o aumento<br />
foi de 42% situando-se<br />
nos 68,4 milhões no final de Setembro.<br />
■<br />
O SECTOR EMPRESARIAL<br />
DO ESTADO<br />
● As empresas públicas não<br />
financeiras estão centradas<br />
essencialmente no sector dos<br />
transportes, que representa 32%<br />
da carteira do Sector Empresarial<br />
do Estado. Seguem-se as<br />
empresas do sector da Saúde<br />
(18%) e de infra-estruturas (13%)<br />
● O sector empresarial do<br />
Estado englobava no final do<br />
terceiro trimestre de 2009 um<br />
total de 129 empresas, entre<br />
empresas públicas (90) e<br />
empresas participadas (39).<br />
● O valor das participações do<br />
Estado era nessa altura de 9.517<br />
milhões de euros, tendo sofrido<br />
um aumento global de 231<br />
milhões de euros, em<br />
consequência do aumento do<br />
capital estatutário da Parque<br />
Escolar.<br />
O Metro de Lisboa e o Metro do<br />
Porto contribuíram para o<br />
agravamentodadívidadosector<br />
empresarial do Estado<br />
OS MELHORES E OS PIORES DO<br />
NOME<br />
FRANCISCO REIS<br />
176, 9 milhões<br />
Era o prejuízo da CP no final<br />
de Setembro do ano passado.<br />
No terceiro trimestre registava<br />
um aumento de 22,8 milhões,<br />
condicionado pelos resultados<br />
financeiros negativos de<br />
99,1 milhões de euros.
EP volta a pedir prorrogação do prazo ao TC<br />
A Estradas de Portugal (EP) voltou a pedir ao Tribunal de Contas (TC)<br />
uma prorrogação do prazo para a entrega do contrato da concessão rodoviária<br />
Baixo Tejo, o único que não tem uma decisão sobre a atribuição<br />
de visto prévio. A empresa liderada por Almerindo Marques (na foto) voltou<br />
a pedir mais tempo ao TC “porque não terminou ainda as diligências<br />
que tem em curso”, disse à Lusa, escusando-se a adiantar mais pormenores.<br />
Fonte oficial do TC disse que o pedido já “foi aceite pelo tribunal”.<br />
SECTOR EMPRESARIAL DO ESTADO<br />
PLÁCIDO PIRES<br />
PARPUBLICA<br />
275,4 milhões<br />
A empresa que gere as participações<br />
do Estado beneficiou de uma<br />
redução de 307,9 milhões dos custos<br />
financeiros, passando de um prejuízo<br />
de 51,5 milhões para lucros de<br />
275,4 milhões. A venda da SN Longos<br />
contribuiu com 14,4 milhões.<br />
GUILHERME COSTA<br />
RTP<br />
-10,063 milhões<br />
O crescimento de 76,8%<br />
do resultado líquido da RTP<br />
foi suportado pela melhoria do<br />
resultado financeiro que<br />
beneficiou da redução de 19,2<br />
milhões de euros (-41,7%) dos<br />
custos financeiros.<br />
AGENDA DO DIA<br />
● Brisa e Sonae Indústria<br />
apresentam resultados de 2009.<br />
● Início do FTTH Council, dedicado<br />
às Redes de Nova Geração, com a<br />
presença de António Mendonça,<br />
ministro das Obras Públicas.<br />
● Representantes norte-americanos<br />
fazem audição sobre a Toyota.<br />
ALMERINDO MARQUES<br />
ESTRADAS <strong>DE</strong> PORTUGAL<br />
66,774 milhões<br />
Os lucros da Estradas de<br />
Portugal cresceram 26,6%, com<br />
a descida das amortizações,<br />
ajustamentos e provisões (-<br />
7,6%), compatibilizadas com os<br />
pressupostos de previsão de<br />
receitas ao longo da concessão.<br />
PEDRO SERRA<br />
AGUAS<strong>DE</strong>PORTUGAL<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 31<br />
Paulo Figueiredo<br />
1,615 milhões<br />
O resultado líquido da AdP<br />
cresceu 120,1% no terceiro<br />
trimestre, reflectindo o<br />
crescimento de 8 milhões do<br />
resultado financeiro, beneficiado<br />
pela descida da taxa de juro e de<br />
diferenças de câmbio favoráveis.<br />
Custos com<br />
pessoal<br />
sobem 61%<br />
Osectorempresarialempregava<br />
mais 18,6% de trabalhadores<br />
em Setembro.<br />
Hermínia Saraiva<br />
herminia.saraiva@economico.pt<br />
Os custos com pessoal das empresas<br />
públicas não financeiras<br />
aumentaram 60,7% no terceiro<br />
trimestre de 2009, com o total<br />
a passar de 1.871 milhões para<br />
3.006 milhões de euros. A variação<br />
homóloga é mais comedidacomumcrescimentode<br />
20,2% das despesas com trabalhadores.<br />
Neste período, o sector empresarial<br />
do Estado passou a<br />
empregar mais 123,89 mil pessoas.<br />
Um valor que representa<br />
um crescimento de 18,6% numa<br />
altura em que se verificou uma<br />
variação negativa de 3,4% no<br />
emprego. A Direcção-Geral do<br />
Tesouro e Finanças diz que<br />
“parte significativa desse aumento<br />
é justificado pelas novas<br />
entidades hospitalares transformadas<br />
em EPE”. Mas ainda que<br />
o perímetro das empresas públicas<br />
não financeiras deixasse<br />
de fora estas unidades a evolução<br />
continuaria a ser positiva,<br />
mesmo que “quase residual”:<br />
0,7%. Neste caso, as contas<br />
apontam para um total de<br />
105,23 mil trabalhadores.<br />
Entre as empresas com aumento<br />
dos custos com pessoal<br />
estão a Parpública (mais 16,7%),<br />
a REFER (mais 5,4%) e a Lusa<br />
(mais 6,7%). Globalmente, o<br />
sector da saúde foi o que registou<br />
maior crescimento com uma subida<br />
de 35,7% para os 1.948 milhões<br />
de euros. A contrair a tendência<br />
de crescimento estiveram<br />
a ANA - Aeroportos de Portugal<br />
(menos 13,4%) e o Metropolitano<br />
de Lisboa (menos 13,7%). ■<br />
O sector da saúde<br />
foi o que registou<br />
maior crescimento<br />
com os custos<br />
com pessoal,<br />
com uma subida<br />
de 35,7% para<br />
os 1.948 milhões<br />
de euros.
32 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
EMPRESAS<br />
AUTOMÓVEL<br />
Fábricas de carros portuguesas já voltaram<br />
a produzir dentro da normalidade<br />
No mês de Janeiro de 2010, foram produzidos 11.588 automóveis em<br />
Portugal, o que representa um aumento de 10,9% face ao mesmo<br />
período do ano passado. Segundo a Associação Automóvel de Portugal<br />
(ACAP), estes dados demonstram que a produção automóvel está a<br />
recuperar da quebra de 34,9% sentida no ano passado. Autoeuropa,<br />
PSA, Mitsubishi Fuso Truck Europe, Toyota Caetano e VN Automóveis<br />
estão a produzir acima dos valores de 2009.<br />
A greve de controladores aéreos da Air<br />
Francevaide23a26deFevereiro.<br />
Compra de Mercedes<br />
e BMW ao estrangeiro<br />
caiu 77% em 2009<br />
A crise e a alteração da legislação são os factores que<br />
mais influenciam negativamente a importação de usados.<br />
Sara Piteira Mota<br />
sara.mota@economico.pt<br />
Já são poucos os portugueses<br />
que vão ao estrangeiro com o<br />
objectivo de comprar um carro<br />
usado de topo-de-gama que em<br />
Portugal está fora do seu alcance.<br />
As vantagens financeiras da<br />
importação de automóveis ainda<br />
são muitas, mas este negócio<br />
tem vindo a cair nos últimos<br />
anos, principalmente depois de<br />
terem sido retiradas grande<br />
parte das benesses fiscais.<br />
No ano passado, foram importados<br />
apenas 9.800 automóveis<br />
usados, o que representa<br />
uma quebra de 77,3% face a<br />
2008, quando o número de importados<br />
chegou às 43.145 unidades.<br />
Em termos de marcas, a<br />
Mercedes-Benz, BMW e Audi<br />
continuam a ser as mais procuradas,<br />
mas começam a surgir<br />
outras, como a Jaguar e noutra<br />
categoria os Smart.<br />
“Esta situação da quebra da<br />
importação tem a ver, fundamentalmente,<br />
com a crise económica<br />
mas também com a alteração<br />
na tributação destes<br />
veículos que foi introduzida a 1<br />
de Janeiro de 2009”, explica ao<br />
Diário Económico Hélder Pedro,<br />
secretário-geral da ACAP.<br />
Os veículos ligeiros a gasóleo tiveramumagravamentode250<br />
euros com a alteração referente<br />
à emissão de partículas (0,005<br />
gr/km). Esta alteração juntamente<br />
com o agravamento do<br />
Imposto Sobre Veículos (ISV)<br />
resultou em média num acréscimo<br />
de 12,5% no preço final do<br />
carro importado.<br />
A Alemanha continua a ser<br />
dos países mais procurados para<br />
quem quer um carro topo-degama,<br />
mas a um preço mais<br />
“simpático”. Só depois é que<br />
surgem na lista nomes como a<br />
Polónia eaHungria, ou mesmo<br />
os Estados Unidos. Devido à crise,<br />
“muitos Ingleses com casas<br />
em Espanha estão a vender esses<br />
imóveis de férias e por arrastamento<br />
os seus carros. São às<br />
centenas os veículos com matrícula<br />
inglesa, volante à es-<br />
EXEMPLO<br />
“Consideramos<br />
que existe uma<br />
diversificada oferta,<br />
por parte do nosso<br />
sector do comércio<br />
automóvel, o que<br />
tem conduzido à<br />
redução da compra<br />
noutros países”,<br />
diz Hélder Pedro.<br />
Nissan GT-R<br />
Custa mais de 130 mil euros<br />
edemora12mesesaestar<br />
disponível. Na Alemanha, é<br />
possivel comprar um com menos<br />
de um ano, cerca de 7.000 Km,<br />
e, devidamente legalizado, fica<br />
por 90 mil euros.<br />
querda, por preços muito convidativos,<br />
pois o mercado britânico<br />
é dos que mais penaliza o<br />
mercado do usado”, adianta<br />
Nuno Ferreira, presidente-executivo<br />
(CEO) da empresa portuguesa<br />
importmycar.com<br />
Compensa ir ao estrangeiro?<br />
A resposta é positiva. “Por regra<br />
compensa importar veículos de<br />
gamas altas devido ao preço<br />
bastante mais reduzido face ao<br />
valor pago em novo no seu país<br />
de origem e à forte desvalorização<br />
do usado em determinados<br />
mercados”, diz Nuno Ferreira,<br />
CEO da importmycar.com.<br />
Além destes, os veículos com<br />
um valor de emissões de CO2<br />
reduzido, bem como veículos<br />
específicos (ou raros) têm custos<br />
de importação reduzidos.<br />
Porexemplo,quemquercomprar<br />
um Nissan GT-R, que em<br />
Portugal custa mais de 130 mil<br />
euros, já sabe que em média tem<br />
que esperar 12 meses. Mas se não<br />
tem paciência para esperar tanto,<br />
pode sempre importar um. A<br />
empresa importmycar.com dá<br />
um exemplo. “Encontrámos duas<br />
opções: uma na Alemanha, em<br />
que o veículo tinha menos de um<br />
ano, cerca de 7.000 Km, e, devidamente<br />
legalizado, ficaria por<br />
90 mil euros (menos 40 mil euros<br />
do que em Portugal); outra nos<br />
EUA, de Junho de 2008, por 46<br />
mil euros. Depois de todos os<br />
procedimentos burocráticos necessários<br />
à legalização, o veículo<br />
ficaria por 80 mil euros”, diz Nuno<br />
Ferreira. Em qualquer das opções<br />
o carro chegaria em 30 dias.<br />
Uma das vantagens do mercado<br />
único europeu foi a de permitir<br />
a livre circulação de capitais,<br />
pessoas e bens. Todavia, “e<br />
infelizmente, esta possibilidade<br />
não foi acompanhada de uma<br />
harmonização dos regimes fiscais<br />
e, concretamente, da fiscalidade<br />
sobre os automóveis”, diz<br />
Hélder Pedro. O responsável<br />
defende que não existe um verdadeiro<br />
mercado único no sector<br />
automóvel, pelo que cada<br />
país tributa os automóveis da<br />
forma que entende. ■<br />
AVIAÇÃO<br />
TAP cancela 50% da operação para Orly<br />
até dia 26 de Fevereiro<br />
A TAP prevê cancelar 50% da operação para o aeroporto de Paris - Orly<br />
nos quatro dias da greve dos controladores aéreos que começou ontem,<br />
avançou ao PressTUR, o porta-voz da companhia, António Monteiro, que<br />
acrescenta que operação para Paris – Charles de Gaulle (CGD) “está a<br />
decorrer normalmente”. A Air France anunciou que prevê fazer hoje<br />
75% dos voos de curta e média duração de e para o aeroporto de Paris<br />
– Charles de Gaulle devido à greve de controladores aéreos.<br />
O que deve saber an<br />
Tenha atenção às rasteiras<br />
quando for comprar um carro.<br />
Sara Piteira Mota<br />
sara.mota@economico.pt<br />
Se tem espírito aventureiro e quer<br />
poupar uns trocos fazendo a importação<br />
do seu carro por si só,<br />
deixamos-lhe aqui algumas dicas<br />
que o podem ajudar.<br />
1<br />
O PREÇO QUE APARECE NUM<br />
SITE NÃO É O PREÇO FINAL<br />
QUE O CARRO VAI CUSTAR<br />
É preciso não esquecer que esse<br />
é o preço do carro na Alemanha,<br />
ou noutro país qualquer euro-<br />
peu, mas a acrescentar a esse<br />
preço existem diversos custos,<br />
como a logística com serviços e<br />
documentação indispensáveis<br />
(seguro internacional, matrículas<br />
de trânsito, inspecções tipo<br />
B, modelos, homologações registos).<br />
Faça bem as contas ao<br />
que terá de gastar antes de importar.<br />
2<br />
NEM TUDO O QUE PARECE É<br />
Por vezes o carro que escolhe importar<br />
através de um site parece<br />
estar num estado que lhe agrada, e<br />
depois quando o vê ao vivo, chega<br />
aquestionar-seseocarroéomesmo.<br />
Se não conhece a língua alemã
MEDIA<br />
Prisa negoceia entrada de investidores<br />
estrangeiros no grupo<br />
Um grupo de investidores internacionais poderá entrar na estrutura<br />
accionista na Prisa, através de um investimento que poderá situar-se<br />
entre os 450 e os 600 milhões de euros, informa um comunicado do<br />
grupo. “Nos últimos meses decorreram conversações com diferentes<br />
gruposeaPrisaconfirmaquenestemomento pode chegar a acordo<br />
com um grupo de investidores internacionais interessados”, segundo o<br />
comunicado enviado à comissão de valores mobiliários espanhola.<br />
O presidente da Toyota, Aki Toyoda, vai hoej<br />
ao congresso dos EUA dar explicações.<br />
tes de importar um carro<br />
ou francesa, tenha atenção a determinadas<br />
palavras-chave que<br />
encontra nos anúncios. Peça fotos<br />
de grande resolução, do exterior,<br />
do interior, do motor e estranhe se<br />
não lhe forem facultadas.<br />
3<br />
NÃO CONFIE <strong>DE</strong>MASIADO<br />
NO VEN<strong>DE</strong>DOR<br />
Quando o preço do carro é abaixo<br />
do valor normal desconfie, principalmente,<br />
senão conhece o comerciante.<br />
Confirme por escrito<br />
com o vendedor as questões relativas<br />
à origem do carro, o registo<br />
de acidentes, anteriores proprietários<br />
e garantia. Claro que uma<br />
vez no país de exportação, se algo<br />
nãoestiverdeacordocomoque<br />
lhe informaram, pode sempre<br />
desistir. Mas não se esqueça que a<br />
Alemanha é um país grande e se<br />
os planos que tinha não correrem<br />
bem irá perder tempo e dinheiro à<br />
procura de outro carro.<br />
4<br />
CRIME ORGANIZADO<br />
Na Alemanha e em outros países<br />
existem ‘stands’ fictícios e feiras<br />
de automóveis muito mal frequentadas.<br />
Na maioria das vezes<br />
essasfeirasservemparaoscomerciantes<br />
despacharem veículos<br />
que tiveram acidentes graves.<br />
Existem fortes probabilidades de<br />
o carro quando cá chegar não<br />
Jonathan Drake/Bloomberg<br />
Infografia: Marta Carvalho | marta.carvalho@economico.pt<br />
passar na inspecção. Não embarque<br />
sozinho para um país, com os<br />
bolsos cheios de notas.<br />
5<br />
ÓPTIMO PREÇO<br />
Nunca se pode comprar nenhum<br />
carro que apareça na primeira pá<strong>gina</strong><br />
de resultados de um site,<br />
quando o filtro estiver no preço.<br />
Essa primeira pá<strong>gina</strong> têm na<br />
maioria das vezes carros batidos<br />
ou com outros problemas, e daí<br />
estarem a um óptimo preço. Se<br />
vir palavras como ‘Engine Defect’,<br />
‘Getriebe Probleme’, então,<br />
a não ser que seja dono de uma<br />
oficina de reparações, esse carro<br />
não lhe interessa. Desconfie.■<br />
AUTOMÓVEL<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 33<br />
Toyota admite ter demorado “muito” tempo<br />
alidarcomasquestõesdesegurança<br />
A Toyota admitiu ontem ter demorado “muito” tempo a lidar com as<br />
questões de segurança no pedal do acelerador que acabaram por obrigar<br />
a fabricante de automóveis a recolher 8,5 milhões de veículos em todo o<br />
mundo. O responsável pela marca nos EUA, James Lentz, afirmou que a<br />
Toyota falhou “a analisar e responder prontamente” às informações que<br />
foram chegando à empresa, segundo avança a “BBC online”. Hoje o<br />
presidente da Toyota, Akio Toyoda, vai ao Congresso dos EUA.<br />
Vendas de carros<br />
usados vai<br />
estagnar este ano<br />
Tal como as vendas de carros<br />
novos, também os usados foram<br />
afectados pela crise.<br />
Sara Piteira Mota<br />
sara.mota@economico.pt<br />
Portugal tem um dos parques<br />
automóveis mais envelhecidos<br />
da Europa. Circulam pelas estradas<br />
portuguesas 5.825 milhões<br />
de carros que mudam de<br />
mãos várias vezes ao longo da<br />
sua vida até serem dados para<br />
abate. No entanto, apesar dessa<br />
rotatividade, as vendas de automóveis<br />
usados em Portugal não<br />
escapam à crise económica. E a<br />
previsão da Associação Automóvel<br />
de Portugal (ACAP) para<br />
ocorrenteanoédeumatotal<br />
estagnação deste negócio.<br />
Segundo informações disponibilizadas<br />
pela ACAP, foram<br />
vendidos 514.800 automóveis<br />
usados, em 2009, o que representou<br />
um decréscimo de 12,4%<br />
relativamente a 2008. “Embora<br />
não existindo previsões para as<br />
vendas de carros usados, podemos<br />
afirmar que face às previsões<br />
macro-económicas, para<br />
2010, deverá manter-se a estagnação<br />
deste segmento de negócio”,<br />
explica ao Diário Económico<br />
Hélder Pedro, secretáriogeraldaACAP.<br />
Quebra das vendas de carros<br />
novos não ajuda usados<br />
Durante o ano passado foi comum<br />
ouvir os especialistas do<br />
sector a afirmar que uma descida<br />
no mercado de automóveis<br />
novos poderia implicar uma subida<br />
no mercado de usados. Porém<br />
esta transferência de negócio<br />
não se verificou. “Como<br />
constatámos, também este<br />
mercado sofreu uma quebra em<br />
2009 se bem que, mesmo assim,<br />
inferior ao mercado de novos”,<br />
acrescenta Hélder Pedro.<br />
Por todo o país foram vários<br />
os concessionários a fechar as<br />
portas e a deixar centenas de<br />
pessoas no desemprego.<br />
A SIVA, importador oficial<br />
do grupo Volkswagen em Portugal,<br />
revela que o comportamento<br />
das marcas foi diferente.<br />
Nos primeiros oito meses de<br />
2009, foram registadas 16.416<br />
transferências de propriedade<br />
de modelos Audi contra 18.185<br />
no mesmo período, o que representa<br />
uma variação negativa<br />
de 9,7%. Já da marca Skoda registou-se<br />
uma transferência de<br />
veículos usados de 3.202 unidades,<br />
quando em igual período<br />
tinham sido feitas 3.055, o que<br />
neste caso é um crescimento de<br />
4,8%. No caso da marca<br />
Volkswagen foram vendidos<br />
36.006 veículos usados, menos<br />
13,3% face às 41.545 unidades<br />
comercializadas entre Janeiro e<br />
Agosto de 2008. Mafalda Correia,<br />
directora de comunicação<br />
da Siva explica que “nem todas<br />
as marcas representadas pela<br />
SIVA tiveram o mesmo comportamento<br />
no mercado de<br />
usados, o que é normal e corresponde<br />
aos diferentes posicionamentos<br />
e fases de maturidade<br />
de cada marca.”<br />
Hélder Pedro defende que<br />
“desdearecessãode2003que<br />
podemos afirmar que quando<br />
existe uma crise económica, e<br />
sobretudo uma crise com a dimensão<br />
da que ocorreu em<br />
2009, todos os sub-sectores do<br />
comércio automóvel são negativamente<br />
afectados”. ■<br />
Durante o ano<br />
passado foi comum<br />
ouvir os especialistas<br />
do sector a afirmar<br />
que uma descida<br />
no mercado de<br />
automóveis novos<br />
poderia implicar uma<br />
subida no mercado<br />
de usados. Porém esta<br />
transferência<br />
de negócio não<br />
se verificou.
34 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
EMPRESAS<br />
TECNOLOGIAS<br />
Prazo para apresentar propostas dos novos<br />
Magalhães adiado até dia 9 de Março<br />
O Ministério da Educação prorrogou até 9 de Março o prazo para<br />
entrega de propostas no concurso público internacional para<br />
fornecimento de 250 mil novos computadores portáteis do programa<br />
e-escolinhas. A JP Sá Couto (que forneceu os 400 mil Magalhães da<br />
primeirafasedoconcurso),Acer,HP,AsuseaDelljámanifestaram<br />
abertamente vontade em participar. A Toshiba acabou por recuar,<br />
por considerar insuficiente o investimento previsto pelo Executivo.<br />
O negócio de venda de 2,7%<br />
da EDP, empresa liderada por<br />
António Mexia, está avaliado<br />
em 298 milhões de euros,<br />
68 milhões foram mais-valias.<br />
Ana Maria Gonçalves<br />
e Ana Baptista<br />
ana.goncalves@economico.pt<br />
Os rumores que há muito circulavam<br />
no mercado concretizaramse.<br />
A Iberdrola, maior accionista<br />
privadodaEDP,vendeu2,71%do<br />
capital do grupo português, reduzindo<br />
a sua participação para<br />
6,79%. Um acto que a Iberdrola<br />
promete ser isolado, pelo menos<br />
até ao final do ano. “Não temos<br />
intenção de vender mais nenhuma<br />
participação adicional na EDP<br />
durante 2010. Consideramos esta<br />
posição confortável”, refere fonte<br />
oficial da eléctrica espanhola em<br />
declarações ao Diário Económico.<br />
Apesar de Sanchez Galán, presidente<br />
da eléctrica espanhola, ter<br />
reafirmado no final de Janeiro do<br />
ano passado que a EDP era um activo<br />
que se encontrava “no congelador”,<br />
menos de seis meses depois<br />
eram dados os primeiros sinais<br />
ao mercado de que estava em<br />
curso uma mudança de planos.<br />
A imprensa do país vizinho deu<br />
entãocontadequeos9,5%quea<br />
Iberdrola mantinha na EDP pode-<br />
Os trabalhadores consideram que estão<br />
a sofrer “assédios” pela empresa.<br />
riam em breve mudar de mãos.<br />
Decisão justificada com necessidades<br />
de liquidez urgentes, sendo<br />
a venda da posição na EDP – uma<br />
participação assumidamente financeira<br />
– uma forma de encaixar,<br />
à data, cerca de mil milhões<br />
de euros, a preços de mercado.<br />
Esta informação nunca seria<br />
desmentidapelaIberdrolaeofacto<br />
é que ela coincide com a alienação<br />
das primeiras acções da EDP.<br />
“Vendemos [os 2,71%] de forma<br />
faseada desde Maio de 2009 para<br />
não afectar os accionistas minoritários,<br />
nem a cotação da empresa”,<br />
referiu a mesma fonte.<br />
O negócio, agora anunciado,<br />
na véspera da apresentação dos<br />
seus resultados de 2009, está avaliado<br />
em 298 milhões euros, tendo<br />
sido realizado ao preço médio<br />
de 3 euros por título, o que rendeu<br />
à Iberdrola mais-valias brutas de<br />
cerca de 68 milhões de euros.<br />
Adecisãoéenquadradanopacote<br />
de desinvestimentos do plano<br />
estratégico da Iberdrola para<br />
2008-2010, cujo objectivo é<br />
manter a força financeira do grupo,<br />
optimizar a sua estrutura de<br />
HOTELARIA<br />
Trabalhadores da Pousadas de Portugal<br />
admitem greve na Páscoa como protesto<br />
Iberdrola ganha 68 milhões<br />
com redução da posição na EDP<br />
A eléctrica espanhola garante que não vende mais nenhuma tranche<br />
até ao final do ano. Os direitos de votos na EDP estão blindados a 5%.<br />
OS ACCIONISTAS DA EDP<br />
Apesar da venda de 2,71%, a<br />
Iberdrola, que até agora detinha<br />
uma posição de 9,5%, continua<br />
a ser o maior accionista privado.<br />
Outros<br />
53,82%<br />
BlackRock<br />
3,83%<br />
Fonte: EDP<br />
Parpública<br />
20,49%<br />
Iberdrola<br />
6,79%<br />
CGD<br />
5,24%<br />
Caja de<br />
Ahorros<br />
de Asturias<br />
José 5,01%<br />
de Mello<br />
4,82%<br />
Os trabalhadores das Pousadas de Portugal, exploradas pelo grupo<br />
Pestana, admitiram convocar greves na altura da Páscoa em protesto pelo<br />
“assédio” que dizem estar a sofrer com as “transferências forçadas” entre<br />
as várias unidades da rede. Vamos marcar plenários e decidir formas de<br />
luta para a altura da Páscoa, eventualmente greves”, afirmou ontem<br />
Francisco Figueiredo, do Sindicato da Hotelaria e Turismo, uma vez que o<br />
grupo só vai dar aumentos a quem ganha menos de 500 euros.<br />
Paula Nunes<br />
capital e assegurar o ritmo de investimento<br />
comprometido com<br />
os mercados.<br />
A operação de alienação da EDP<br />
vem juntar-se à recente venda da<br />
Petroceltic; dos activos de armazenamento<br />
de gás de Seneca Lake<br />
nos EUA e aos desinvestimentos<br />
anunciados em 2009, entre os<br />
quais se incluem as participações<br />
nas regasificadoras de Sagunto e<br />
BBG, em duas centrais hidroeléctricas<br />
no Chile, a cedência de 10%<br />
da Gamesa e de 27% da operadora<br />
de telecomunicações guatemalteca<br />
Navega. Objectivo prioritário:<br />
reduzir a sua dívida astronómica<br />
de 30 mil milhões de euros.<br />
Uma coisa é certa. A Iberdrola<br />
tem ainda margem de manobra<br />
na EDP. Até porque os direitos de<br />
voto na eléctrica portuguesa estão<br />
restringidos até 5%. Resultado de<br />
uma fracassada parceria estratégica,<br />
a presença da Iberdrola no<br />
capital da EDP resultou num braço<br />
de ferro para conseguir impor a<br />
sua presença no mercado eléctrico.<br />
Ambição que nunca concretizou<br />
devido à concorrência da empresa<br />
portuguesa. ■<br />
Privatização<br />
da ANA<br />
demora<br />
um ano<br />
a preparar<br />
Proposta da Naer prevê<br />
várias fases que poderão<br />
atirar o processo para 2011.<br />
Cátia Simões<br />
catia.simoes@economico.pt<br />
A proposta da Naer para a privatização<br />
da ANA demora entre 11 a 12<br />
meses a realizar, segundo o calendário<br />
previsto por Carlos Madeira,<br />
presidente da empresa pública<br />
responsável pela construção do<br />
Novo Aeroporto de Lisboa (NAL).<br />
“O modelo que propusemos<br />
aoGovernotemumafasedepréqualificação<br />
e outra em que cada<br />
um dos privados faz o seu projecto,<br />
com base no <strong>Plano</strong> Director de<br />
Referência”, explicou o responsável<br />
na apresentação do Estudo<br />
de Impacte Ambiental (EIA) do<br />
novo aeroporto. Por outro lado, a<br />
Declaração de Impacte Ambiental<br />
(DIA) só será emitida entre<br />
Outubro e Dezembro e, embora<br />
possa arrancar, o “processo de<br />
privatização não deve fechar antes<br />
da DIA ser emitida”.<br />
Aos jornalistas, Carlos Madeira<br />
não quis confirmar se o processo<br />
de privatização avança ainda este<br />
ano mas, pelas contas do Diário<br />
Económico, mesmo que arranque<br />
umaprimeirafasedeprivatização,<br />
com os consórcios a apresentarem<br />
propostas, o processo não<br />
estará fechado antes de 2011.<br />
O responsável admitiu ainda<br />
não ter recebido ordens do Executivo<br />
para lançar o concurso<br />
para a concessão e exploração do<br />
novo aeroporto, projecto avaliado<br />
em 4,9 mil milhões de euros.<br />
Até agora, dois consórcios mostraram<br />
interesse: o consórcio Asterion,<br />
liderado pela Mota-Engil<br />
e Brisa, e ainda um agrupamento<br />
da Teixeira Duarte e da Ferrovia.<br />
Custos ambientais de 150 milhões<br />
As medidas definidas no EIA para<br />
minimizar o impacto ambiental<br />
deverão custar entre 130 a 150<br />
milhões de euros. As conclusões<br />
do EIA, apresentadas ontem, demonstraram<br />
que não existiam<br />
impedimentos sérios à construção<br />
do NAL no Campo de Tiro de<br />
Alcochete. “Não identificamos<br />
nada no projecto que possa pôr<br />
em causa a construção, o impacte<br />
existente pode ser reduzido”, explicou<br />
João Almeida, técnico da<br />
DHV, que lidera o consórcio responsável<br />
pelo estudo. ■
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36 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
EMPRESAS<br />
BEBIDAS<br />
Serviço de assistência do ACP<br />
vai oferecer Sagres Zero aos sócios<br />
O Automóvel Clube (ACP) de Portugal renovou o protocolo com<br />
a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC) para a prevenção<br />
rodoviária. A partir de ontem, dia 23, as 32 viaturas de desempanagem<br />
e assistência do ACP passam a estar equipadas com mini ‘coolers’<br />
apetrechadas com Sagres Zero para oferecer ao sócios enquanto<br />
aguardam pela assistência aos carros. A aasinar o protocolo estiveram<br />
os presidentes do ACP, Carlos Barbosa, e da SCC, Alberto da Ponte.<br />
ENTREVISTA DANIEL PROENÇA <strong>DE</strong> CARVALHO Advogado<br />
Ogrupocontacomumtotalde15miil<br />
trabalhadores na Bélgica.<br />
RETALHO<br />
Carrefour fecha lojas na Bélgica e despede<br />
entre dois a cinco mil trabalhadores<br />
A cadeia francesa de hipermercados Carrefour vai fechar 21 lojas e despedir<br />
entre dois a cinco mil trabalhadores na Bélgica, avançaram ontem alguns<br />
meios de comunicação belgas. O jornal de economia “De Tijd”, avança que<br />
o Carrefour vai reduzir pessoal num universo de 15 mil pessoas. Já a estação<br />
de televisão VRT avança que o grupo vai fechar 21 lojas, 14 hipermercados<br />
e sete supermercados. Estas decisões ainda não foram confirmadas pela<br />
administração da empresa, reunida durante todo o dia de ontem.<br />
“Faz todo o sentido associar-me<br />
a um escritório internacional”<br />
Proença de Carvalho vai ser ‘chairman’ de uma das maiores firmas espanholas, a Uría Menendez.<br />
Francisco Teixeira<br />
francisco.teixeira@economico.pt<br />
Daniel Proença de Carvalho decidiu<br />
abandonar a prática individual<br />
de advocacia e integrar<br />
uma das maiores firmas espanholas<br />
do sector. A Uria Menendez<br />
terá, em Portugal, o advogado<br />
do primeiro-ministro<br />
como ‘chairman’ e Proença de<br />
Carvalhononomedasociedade.<br />
Depois de muitas propostas<br />
para integrar vários escritórios<br />
nacionais, o histórico advogado<br />
justifica a decisão com as boas<br />
relações que criou depois de<br />
“mais de um ano de conversações”<br />
com a firma espanhola.<br />
Sempre disse que estava bem na<br />
sua boutique, no seu pequeno<br />
escritório e que não sentia necessidade<br />
de integrar uma<br />
grandefirma.Oqueofezmudar<br />
de ideias?<br />
Fiz um percurso profissional,<br />
em sociedade, com colegas<br />
muito próximos, numa pequena<br />
boutique. Ao conhecer melhor<br />
a Uría Menendez, estabeleceu-se<br />
a química em que os<br />
recursos humanos se devem<br />
concentrar. Comungamos<br />
princípios e valores. Cheguei à<br />
conclusão que nesta fase da<br />
vidaedomundofaziatodoo<br />
sentido associar-me a um escritório<br />
internacional.<br />
O “namoro” demorou muito<br />
tempo?<br />
Vem de longe. Há mais de um<br />
ano que, a pouco e pouco, fui<br />
conhecendo melhor as pessoas<br />
epercebiquehavia,deambas<br />
as partes, um forte empenho<br />
nesta associação.<br />
Comoseráonomedanovafirma?<br />
Uria, Menendez, Proença de<br />
Carvalho e Associados.<br />
O nome Proença de Carvalho<br />
estará apenas em Portugal?<br />
Sim. A Uría já tinha assumido<br />
uma solução idêntica, mas apenas<br />
no Brasil.<br />
Oquemudanasuavidadeadvogado?<br />
Espero que não mude muito. A<br />
nossa equipa continuará a trabalhar<br />
no mesmo estilo, dando<br />
umcontributoparatodooescritório.<br />
Aumenta também a<br />
URIAEMNÚMEROS<br />
● A Uria Menendez tem 90<br />
advogados em Portugal<br />
e 650 em todo o mundo.<br />
● Na América Latina, a firma<br />
espanhola tem escritório aberto<br />
no Brasil (onde, tal como em<br />
Portugal, assume o nome<br />
do sócio local), no Chile,<br />
Argentina e cidade do México.<br />
● Na Europa, a Uría dedica<br />
especial atenção a Varsóvia,<br />
Bruxelas, Londres e a várias<br />
cidades de Portugal e Espanha.<br />
● Recentemente a sociedade<br />
abriu um escritório no Oriente,<br />
na cidade de Pequim.<br />
nossa capacidade de prestação<br />
de serviços. Temos um conjunto<br />
de clientes com quem temos<br />
uma relação muito próxima<br />
masque,porvezes,nãopodemos<br />
acompanhar porque até<br />
agora a nossa capacidade de<br />
resposta era limitada.<br />
O que foi determinante para<br />
deixar a advocacia de prática<br />
quase individual?<br />
Foiomomento.Sempredisse<br />
que há lugar para todas as formas<br />
de exercício da profissão.<br />
Podia ter continuado no escritório,<br />
com poucos colegas, e<br />
continuaria feliz.<br />
Vai continuar a acompanhar os<br />
seus clientes, a advogar?<br />
Penso que sim. Embora tenha<br />
responsabilidades no escritório,<br />
em Lisboa, dado que assumirei<br />
as funções de presidente<br />
com Duarte Garín como sócio<br />
principal (ver caixa ao lado).<br />
O facto de se juntar a uma sociedade<br />
espanhola, com o centro<br />
de decisão fora de Portugal<br />
não o fez pensar duas vezes?<br />
É um escritório internacional.<br />
Conhecia muito bem a história<br />
do escritório que foi fundado por<br />
dois grandes advogados, professores<br />
universitários com uma<br />
grande dedicação social e política<br />
– Aurélio Menendez teve um<br />
papel determinante na transição<br />
de Espanha para a democracia,<br />
fez parte do Governo de Suaréz e<br />
é um dos redactores da Constituição.<br />
De facto podia ter-me<br />
associado a um escritório português.<br />
A mais-valia é integrar um<br />
escritório internacional em que<br />
existe uma total partilha de valores<br />
e princípios.■<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
O namoro da Uría Menendez com Daniel<br />
Proença de Carvalho (na foto), foi longo.<br />
Integração na firma<br />
será feita até Abril<br />
Duarte Garín, sócio director do escritório<br />
da Uría em Lisboa, define<br />
Proença de Carvalho como “um<br />
modelo que deve ser seguido por<br />
todos os advogados” da sociedade.<br />
Garín confirma ao Diário Económico<br />
que a integração de Proença de<br />
Carvalho e da sua equipa na firma<br />
será feita “ao longo de mês de Março,<br />
início de Abril” embora o “acordo<br />
esteja assinado” faltando apenas<br />
a sua oficialização junto da<br />
Ordem dos Advogados. Quanto a<br />
2010, Garín diz que se tem revelado<br />
um ano difícil para áreas como o<br />
M&A e o imobiliário, e muito activo<br />
para outras como “fiscal, contencioso,<br />
laboral e público”.
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38 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
FINANÇAS<br />
O presidente da Privado<br />
Holding, Diogo Vaz Guedes,<br />
admite avançar com<br />
acções em tribunal.<br />
“Fizemos o que era nosso dever<br />
Diogo Vaz Guedes garante que a Privado Holding, que detém o banco, tentou tudo mas que sem<br />
“<br />
Maria Ana Barroso<br />
maria.barroso@economico.pt<br />
O presidente da Privado Holding<br />
garante que a sua administração<br />
fez tudo o que estava ao seu alcance<br />
para tentar salvar o Banco<br />
Privado Português (BPP). Diogo<br />
Vaz Guedes assegura ainda que<br />
sem vontade política não é possível<br />
salvar o banco. E garante que<br />
os accionistas não deixarão de<br />
pedir responsabilidades a quem<br />
não cumpriu o princípio que ditou<br />
a intervenção no banco: o de<br />
tentar encontrar um caminho<br />
para salvar a instituição.<br />
“Fizemos o que era nosso dever”,<br />
diz Vaz Guedes, em declarações<br />
ao Diário Económico. O<br />
responsável afirma que a Privado<br />
Holding fez chegar ao Banco de<br />
Portugal“tudooqueerasuposto<br />
entregar daquilo que é a sua directa<br />
responsabilidade” quanto<br />
ao plano proposto para o BPP, desenhado<br />
em conjunto com o gru-<br />
po Orey. Sem concretizar, Vaz<br />
Guedes deixa críticas implícitas<br />
aoBancodePortugaleàsautoridades,<br />
bem como a Adão da Fonseca,<br />
devido à praticamente exclusiva<br />
dedicação destes à questão<br />
dos clientes, em detrimento<br />
da salvação do banco.<br />
“Fomos a única entidade que<br />
apresentou um plano de recuperação<br />
e saneamento da instituição.<br />
Encontrámos um parceiro<br />
que queria investir. Encontrámos<br />
uma solução junto<br />
do sector privado e dos accionistas<br />
e uma solução técnica que<br />
permitiria viabilizar o banco,<br />
economizando as perdas para o<br />
erário público e permitindo aos<br />
clientes recuperar o seu dinheiro”,<br />
explica o accionista.<br />
Vontade política<br />
A Privado Holding, que detém o<br />
BPP a 100%, entregou a 10 de Fevereiro<br />
ao Banco de Portugal um<br />
derradeiro plano para a recupe-<br />
Esse ingrediente<br />
chamado vontade<br />
política não pode estar<br />
separadodeumplano<br />
de recuperação<br />
do banco. A esperança<br />
existe sempre<br />
dequesedeixemde<br />
alimentar polémicas<br />
e raciocínios assentes<br />
no passado para se<br />
construir algo que<br />
possa fazer sentido.”<br />
Diogo Vaz Guedes<br />
Presidente da Privado Holding<br />
ração do banco. Fonte oficial do<br />
supervisor bancário confirmou<br />
depois a recepção desse dossier,<br />
mas garantiu que o mesmo estava<br />
“muito incompleto”. Vaz Guedes<br />
justifica as partes em falta dizendo<br />
que “há duas componentes<br />
que não controlamos: uma relacionada<br />
com o envolvimento do<br />
sistema financeiro e outra que resulta<br />
da vontade política”.<br />
“Como a Privado Holding não<br />
pode assumir nenhuma responsabilidade<br />
política, não lhe compete<br />
decidir qualquer vontade<br />
política”, acrescenta, garantindo,<br />
no entanto, que “esse ingrediente<br />
chamado vontade política<br />
não pode estar separado de um<br />
plano de recuperação do banco”.<br />
Terá sido precisamente o envolvimento<br />
pedido ao Estado o<br />
“pecado” que comprometeu,<br />
desde o início, os sucessivos planos<br />
que a administração do BPP,<br />
liderada por Adão da Fonseca, e a<br />
Privado Holding fizeram chegar<br />
ao Banco de Portugal. Embora<br />
este último plano não envolva<br />
uma injecção de capital directa<br />
do Estado no BPP, as Finanças deram<br />
já a entender que mantêm as<br />
reticências quanto a um qualquer<br />
envolvimento estatal.<br />
OpresidentedaPrivadoHolding<br />
deixa perceber, sem o admitir<br />
claramente, que dificilmente<br />
será possível, no quadro<br />
actual, salvar o banco. Até porque<br />
sem uma injecção de capital,<br />
a criação do fundo que retirará do<br />
BPP os clientes de retorno absoluto<br />
(ver texto ao lado) deverá<br />
tornar quase inevitável do fim da<br />
instituição.<br />
Questionado, Diogo Vaz Guedes<br />
refere apenas que “depois do<br />
esforço desenvolvido, a esperança<br />
existe sempre. É a esperança<br />
de que se deixem de alimentar<br />
polémicas e raciocínios demasiado<br />
assentes em situações do passado<br />
para se construir algo que<br />
possa fazer sentido ainda”. O
APS apoia vítimas da Madeira<br />
A Associação Portuguesa de Seguradores está a acompanhar a situação<br />
dos sinistrados da Madeira, tendo criado no seu site uma área dedicada ao<br />
tema. Aí, as vítimas podem encontrar os contactos específicos que as<br />
várias seguradoras disponibilizaram, para que as vítimas que tenham<br />
seguro tenham um atendimento próprio e mais rápido. A associação,<br />
liderada por Seixas Vale (na foto), criou também um mecanismo para<br />
proteger os segurados que tenham perdido o seu comprovativo de seguro.<br />
AGENDA DO DIA<br />
● IGCP realiza leilão de obrigações<br />
do Tesouro, com maturidade de cinco<br />
anos e montante indicativo de mil<br />
milhões de euros<br />
para salvar o BPP”<br />
vontade política não é possível salvar o Banco Privado.<br />
presidente da Privado Holding<br />
volta a defender que os custos<br />
para o Estado serão muito superiores<br />
em caso de falência: “acredito<br />
sempre que os argumentos<br />
da racionalidade económica sejam<br />
capazes de se impor aos outros,<br />
incluindo os políticos”.<br />
O plano para o BPP da Privado<br />
Holding passa pela conversão do<br />
empréstimo de 450 milhões de<br />
euros concedido por seis bancos<br />
nacionais e garantido pelo Estado<br />
em empréstimos obrigacionista.<br />
A proposta prevê ainda uma injecção<br />
de capital de 50 milhões de<br />
euros por parte do grupo Orey e<br />
pela entrada de novos accionistas.<br />
Possíveis acções em tribunal<br />
Caso se confirme o fim do BPP, os<br />
seus accionistas deverão partir<br />
para tribunal. “Se o assunto for levado<br />
ao extremo, há um conjunto<br />
de responsabilidades que não deixaremos<br />
de imputar. Responsabilidades<br />
com alguma gravidade,<br />
por parte de um conjunto de entidades”,<br />
reclama Vaz Guedes.<br />
A Privado Holding tem defendido<br />
que a criação do fundo para<br />
os clientes de retorno absoluto<br />
coloca problemas legais já que a<br />
intervenção do Banco de Portugal<br />
e nomeação de uma administração<br />
tinha por objectivo procurar<br />
uma solução para o banco e<br />
não apenas para alguns clientes.<br />
Por outro lado, o grupo tem lembrado<br />
que as garantias prestadas<br />
pelo Estado ao empréstimo de<br />
450 milhões concedido por um<br />
sindicato de bancos significa, em<br />
caso de falência do BPP, a discriminação<br />
de credores. O Governo<br />
renovou, a 7 de Dezembro, o aval<br />
do Estado ao empréstimo, por<br />
um prazo máximo de seis meses.<br />
O Banco Privado Português<br />
foi criado em 1996 por João<br />
Rendeiro, tendo a sua actividade<br />
sido sempre assente, sobretudo,<br />
no negócio da gestão de<br />
património. ■<br />
Paula Nuñez<br />
ESTRUTURA ACCIONISTA<br />
A Privado Holding, com vários<br />
accionistas, detém 100% do BPP.<br />
Accionista %<br />
Joma Advisers (João Rendeiro) 13,57%<br />
Francisco Pinto Balsemão 6,45%<br />
Saviotti SGPS 6,33%<br />
Alfa Europa 5,43%<br />
Bascol 3,48%<br />
Sofip (Família Vaz Guedes) 2,98%<br />
Partners Equity Trust 2,49%<br />
Outros accionistas<br />
Fonte: Relatório e Contas da Privado Holding.<br />
59,27%<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 39<br />
Finanças<br />
distanciam-se de<br />
queixas de clientes<br />
Clientes do BPP contestam<br />
passivo do fundo.<br />
Maria Ana Barroso<br />
maria.barroso@economico.pt<br />
O Ministério das Finanças garante<br />
que a composição do fundo<br />
especial de investimento<br />
que vai gerir os activos e passivos<br />
dos clientes de retorno absoluto<br />
do Banco Privado Português<br />
(BPP) compete exclusivamente<br />
à sociedade gestora.<br />
Contactado pelo Diário Económico,<br />
o ministério de Teixeira<br />
dos Santos explica que “a composição<br />
do património do fundo<br />
é uma decisão da entidade<br />
gestora que o Estado respeita,<br />
não comentando, por isso, cenários<br />
hipotéticos”.<br />
Os clientes do banco têm<br />
criticado o facto de o fundo se<br />
preparar para incluir cerca de<br />
105 milhões de euros de passivo<br />
devido ao banco, a juntar aos<br />
772 milhões de activos. Uma<br />
contabilização que, defendem<br />
estes, penalizará a capacidade<br />
do fundo de pagar aos seus<br />
subscritores nos seus quatro<br />
anos de maturidade. E que contrasta<br />
com os 208 milhões de<br />
euros que o BPP deve aos clientes<br />
que não entrarão no fundo.<br />
O Fundo de Garantia de Depósitos<br />
(FGD) entendeu não considerar<br />
depósitos as correcções<br />
feitas pela actual administração<br />
por dinheiro indevidamente retirado<br />
aos clientes no passado.<br />
Face à ausência de capacidade<br />
do BPP para pagar, a administração<br />
do banco tentou que fosse<br />
o FGD a fazê-lo. Desta forma,<br />
e caso o banco não seja recuperado,<br />
os clientes terão de<br />
tentar obter os 208 milhões<br />
junto da massa falida.<br />
Já os clientes queriam que<br />
fosse feito um encontro de contas.<br />
A associação Privado Clientes<br />
diz ter recebido do Governo<br />
a indicação, na semana passada,<br />
de que recusava essa hipótese.<br />
No entanto, o Ministério das Finanças<br />
garante que não lhe chegou<br />
“qualquer proposta de<br />
substituição de activos”.<br />
Por outro lado, a mesma entidade<br />
contesta que a inclusão<br />
de 105 milhões de euros de<br />
passivo ponha em causa a performance<br />
do fundo. “O nosso<br />
principal objectivo é resolver o<br />
problema dos clientes e a solução<br />
que apresentamos, assente<br />
em estimativas adequadas, garante<br />
integralmente três quar-<br />
tos dos clientes”, diz o ministério.<br />
“Percebemos, contudo,<br />
que a decisão cabe aos próprios<br />
e que só estes a podem tomar”,<br />
conclui.<br />
Os clientes pretendem avançar<br />
para Tribunal, com o objectivo<br />
de reclamar junto do FGD -<br />
presidido por um elemento das<br />
Finanças - o reconhecimento<br />
dos 208 milhões de euros como<br />
depósitos. O período de oferta<br />
do fundo especial de investimentoterminaa4deMarço.<br />
BPP disponibiliza documento<br />
explicativo aos clientes<br />
A administração do banco enviou<br />
na última sexta-feira um<br />
documento de perguntas e repostas<br />
sobre o fundo. Neste dossier,<br />
está informação sobre o<br />
fundo, as consequências para<br />
quem adere e para quem não o<br />
fizer, o impacto da criação do<br />
fundo para o próprio BPP e as<br />
garantias que serão prestadas<br />
pelo Estado. O documento pode<br />
ser consultado, na íntegra, em<br />
www.economico.pt. ■<br />
“<br />
A solução que<br />
apresentamos,<br />
assente em<br />
estimativas<br />
adequadas, garante<br />
integralmente três<br />
quartos dos clientes.”<br />
Fonte oficial das Finanças
40 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
FINANÇAS<br />
BANCA<br />
Commerzbank encerra 2009<br />
com prejuízos de 4,5 mil milhões de euros<br />
O alemão Commerzbank, instituição financeira parcialmente<br />
nacionalizada, registou um prejuízo de 4,5 mil milhões de euros no ano<br />
passado, devido à integração do Dresdner Bank cujos custos<br />
ascenderam a 1,9 mil milhões de euros. A somar a isto, os números<br />
foram ainda penalizados pelas depreciações da sua unidade de<br />
financiamento imobiliário Eurohypo, no valor de 768 milhões. Em 2008,<br />
o banco alemão tinha alcançado um lucro de 3 milhões de euros.<br />
Nome de Warren Buffet volta a ganhar<br />
força nos mercados de crédito.<br />
FINIBANCO REGRESSA AOS LUCROS EM 2009 COM RESULTADO <strong>DE</strong> 9,46 MILHÕES <strong>DE</strong> EUROS<br />
Marta Reis<br />
marta.reis@economico.pt<br />
A CMVM tem estado a receber<br />
reclamações de investidores relacionadas<br />
com contratos de<br />
‘swap’ de taxa de juro, tendo já<br />
solicitado informação sobre esses<br />
documentos aos intermediários<br />
financeiros.<br />
“De acordo com as informações<br />
disponibilizadas pela<br />
CMVM, esta autoridade de supervisão<br />
recebeu reclamações de<br />
investidores relativas à celebraçãodecontratosdeswapdetaxa<br />
de juro” e solicitou aos intermediários<br />
financeiros visados que<br />
esclareçam os clientes reclamantes<br />
e enviem à CMVM os<br />
“documentos relevantes para<br />
apreciação das reclamações”.<br />
Esta informação consta de<br />
uma resposta do Ministério das<br />
Finanças a questões do PCP, sobre<br />
prejuízos que PME estarão a<br />
ter decorrentes da celebração<br />
desses acordos.<br />
Em causa estarão dezenas de<br />
contratos, feitos sobretudo com<br />
empresas, por vários bancos.<br />
“Dado que a legalidade da comercialização<br />
deste tipo de contratos,<br />
nomeadamente quanto à<br />
defesa do interesse de cada cliente,<br />
depende do respectivo perfil<br />
de risco, bem como dos conhecimentos<br />
e experiência de investimento,<br />
a CMVM está a realizar<br />
uma análise da informação que<br />
tem vindo a recolher junto dos intermediários<br />
financeiros sobre os<br />
contratos celebrados”, referem as<br />
Finanças na resposta ao PCP.<br />
O que estará em causa não é a<br />
nulidade dos contratos de<br />
‘swap’, mas sim se estes foram<br />
vendidos de forma legal e regular,<br />
com todas as condições explicadas<br />
aos clientes.<br />
Em Novembro, o PCP questionou<br />
as Finanças sobre este as-<br />
MERCADOS<br />
Risco de crédito da Berkshire Hathaway<br />
recua para o valor mais baixo em 17 meses<br />
Os ‘credit default swaps’ da Berkshire Hathaway, do multimilionário<br />
norte-americano Warren Buffet, recuaram ontem para o nível mais<br />
baixo em 17 meses, de acordo com preços da CMA DataVision, citados<br />
pela Bloomberg. Para esta descida do custo de protecção contra<br />
incumprimentp de crédito, que reflecte uma maior confiança dos<br />
investidores nos fundamentais da empresa, contribuiu a melhoria dos<br />
resultados da empresa, que no ano passado perdeu o ‘rating’ de ‘AAA’.<br />
O Finibanco, liderado por Humberto Costa Leite, registou em 2009 um lucro de 9,46 milhões de euros. Esta recuperação face ao prejuízo de 57,5<br />
milhões de 2008 resulta sobretudo da melhoria das bolsas no ano que passou e das mais-valias de 12,2 milhões da venda de algumas participações,<br />
incluindo 50% da Finibanco Vida. Nas receitas, o banco registou quedas tanto na margem financeira (2,6%) e nas comissões (12,2%).<br />
CMVM está a analisar reclamações<br />
sobre ‘swaps’ de taxas de juro<br />
Clientes têm reclamado ao supervisor de contratos feitos com bancos e que lhes terão dado prejuízos.<br />
Através destes<br />
contratos, os clientes<br />
estão protegidos<br />
contra a subida das<br />
taxas de juro, mas<br />
não beneficiam<br />
quando as taxas<br />
descem, o que tem<br />
sido o caso nos<br />
últimos meses.<br />
sunto, depois de “diversas associações<br />
empresariais” terem<br />
“denunciado práticas bancárias<br />
associadas às operações de swap<br />
de taxa de juro [...] que estão a<br />
gerar milhares de euros de prejuízo<br />
a centenas de pequenas<br />
empresas de todo o país”, é referido<br />
no documento do PCP.<br />
Na resposta é referido que os<br />
contratos a que, genericamente,<br />
se referem as reclamações “foram<br />
realizados com o objectivo<br />
de garantir a clientes de operações<br />
de crédito (a taxa variável) a<br />
protecção contra o risco de subida<br />
das taxas de juro”. E é explicado<br />
que, embora numa primeira<br />
fase, de subida de taxas, uma<br />
parte dos contratos tenha conduzido<br />
a pagamentos dos bancos<br />
aos clientes, quando houve uma<br />
descida acentuada das taxas os<br />
clientes não puderam beneficiar<br />
da mesma, continuando a suportar<br />
a taxa no contrato. ■<br />
PALAVRA-CHAVE<br />
✽<br />
Bruno Barbosa<br />
‘Swap’ taxa de juro<br />
Acordo celebrado entre um<br />
cliente e uma entidade bancária,<br />
que visa protegê-lo contra<br />
alterações desfavoráveis nas<br />
taxas de juro. Ou seja, permite a<br />
alteração de taxa variável para<br />
taxafixa,ouoinverso,parao<br />
período de tempo pretendido<br />
pelo cliente. Por exemplo, se a<br />
expectativa for de subida de<br />
taxas, o cliente pode converter<br />
em taxa fixa os passivos a taxa<br />
variável; se for de descida,<br />
poderá converter em taxa<br />
variável os passivos a taxa fixa,<br />
nosentidodeseproteger.
BANCA<br />
Bónus pagos em Wall Street<br />
subiram 17% em 2009<br />
Os prémios pagos em executivos de Wall Street subiram 17% para os 20<br />
mil milhões de dólares em 2009, face ao registado no ano anterior,<br />
segundo afirmou à CNBC o fiscalista de Nova Iorque, Thomas Dinapoli.<br />
A média dos bónus pagos foi de 123 mil dólares no ano passado, afirmou<br />
o responsável sublinhando que os gigantes Morgan Stanley, Goldman<br />
Sachs e JP Morgan aumentaram o valor pago em 31%. O montante de<br />
2009 é, contudo, cerca de 33% inferior ao valor pago antes da crise.<br />
Juros dos<br />
certificados em<br />
queda há um ano<br />
Em Março, as novas subscrições de<br />
certificados da série C vão render 0,812%.<br />
Sandra Almeida Simões<br />
sandra.simoes@economico.pt<br />
Um ano depois de o Governo<br />
ter anunciado a alteração a fórmula<br />
de cálculo dos certificados<br />
de aforro da série C, os juros<br />
destas aplicações financeirascontinuamabaternofundo,<br />
reflectindo a forte queda da<br />
Euribor, taxa interbancária à<br />
qual está indexada a sua remuneração.<br />
De tal forma, que nem<br />
o reforço dos juros e dos prémios<br />
de permanência – anunciados<br />
há precisamente um ano<br />
e que entraram em vigor no<br />
mês de Março – impediram a<br />
perda de atractividade deste<br />
produto e, muito menos travaram<br />
a fuga dos aforradores.<br />
Os certificados de aforro estãoaoferecer,acadamêsque<br />
passa, uma taxa de remuneração<br />
mais baixa. Em Março, o<br />
juro anual bruto aplicado às novas<br />
subscrições da série C será<br />
de 0,812%, de acordo com os<br />
cálculos do Diário Económico.<br />
As alterações<br />
anunciadas pelo<br />
Governo à fórmula<br />
de cálculo dos<br />
certificados da série<br />
C, há precisamente<br />
um ano, não foi<br />
suficiente para travar<br />
a queda da<br />
remuneração destes<br />
instrumentos.<br />
Em termos líquidos (após impostos),<br />
a taxa não irá além dos<br />
0,649%, ou seja, o retorno mais<br />
baixo de sempre. Esta remuneraçãoestáemquedahá12meses,<br />
já que a última vez em que<br />
os juros destas aplicações registou<br />
uma subida foi precisamente<br />
há um ano, altura em que a<br />
majoração da fórmula de cálculo<br />
dos juros em 50 pontos base<br />
permitiuasubidadoretornoem<br />
Marçodoanopassado.Arendibilidade<br />
fixou-se nessa altura<br />
em 1,874%. Um ano depois,<br />
caiu para menos de metade.<br />
Ataxadoscertificadosde<br />
aforro é determinada mensalmente<br />
no antepenúltimo dia útil<br />
do mês, para vigorar durante o<br />
mês seguinte, segundo a fórmula:<br />
(0,85*E3-0,25), em que E3 é<br />
a média dos valores da Euribor a<br />
três meses observados nos dez<br />
dias úteis anteriores. Com a média<br />
da Euribor a fixar-se em<br />
0,661%, o Instituto de Gestão da<br />
Tesouraria e do Crédito Público<br />
(IGCP) deverá anunciar que a<br />
taxa de juro bruta em Março<br />
será de 0,812%. Esta taxa, recorde-se,<br />
aplica-se apenas às<br />
novas subscrições de certificados<br />
de aforro da série C (os únicos<br />
onde ainda é possível realizar<br />
novas adesões) e aos certificados<br />
cuja revisão ocorra no<br />
próximo mês, isto sem considerar<br />
os prémios de permanência.<br />
Perante os números mais<br />
baixos de que há memória, não<br />
édeestranharqueduranteo<br />
ano de 2009, estas aplicações –<br />
outrora considerados um dos<br />
instrumentos de poupança mais<br />
privilegiado pelos portugueses<br />
– tenham perdido 83 aforradores<br />
por dia, o segundo pior ano<br />
de sempre para estes instrumentos.<br />
Esta fuga é assim o preço<br />
a pagar pela ausência de risco<br />
deste produtos, que num contexto<br />
de descida das taxas de<br />
juro se traduziu em retornos<br />
cada vez mais baixos. No entanto,<br />
para este ano, já é expectável<br />
que a rendibilidade deste instrumento<br />
aumente ligeiramente,<br />
acompanhando a evolução<br />
das taxas Euribor a três meses<br />
que deverá antecipar as subidas<br />
de juros por parte do BCE, actualmente<br />
em 1%.■<br />
OstítulosdoBESforamontemalvode<br />
um ‘downgrade’ pela Macquarie.<br />
RETORNO CAI A PIQUE<br />
Taxa de juro anual bruta dos<br />
certificados de aforro da série C<br />
nos últimos 12 meses.<br />
2,0<br />
1,5<br />
1,0<br />
0,5<br />
0,0<br />
Mar-09<br />
Fonte: Bloomberg<br />
Mar-10<br />
MERCADOS<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 41<br />
Macquarie corta ‘target’ do BES mas<br />
mantém a recomendação de “outperform”<br />
A Macquarie reduziu o preço-alvo para as acções do BES, para os 5<br />
euros dos anteriores 5,8 euros, mantendo inalterada a recomendação<br />
de “outperform”, sendo único banco da Península Ibérica com este<br />
‘rating’. Os analistas da casa de investimento justificam a revisão do<br />
preço-alvo com o corte das suas estimativas para o lucro por acção em<br />
25% para este ano. “Consideramos que, a partir de agora, o ‘downside’<br />
é limitado e o ‘upside’ é considerável”, considera a Macquarie.<br />
PUB<br />
Nordea 1, SICAV<br />
Société d’Investissement à Capital Variable<br />
Sede Social: <strong>56</strong>2, rue de Neudorf, L-2220 Luxembourg<br />
R.C.S. Luxembourg B 31442<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
O retorno em Março será de<br />
0,812%, o que compara com<br />
0,824% do corrente mês.<br />
CONVOCATÓRIA<br />
Convocam-se os accionistas da Nordea 1, SICAV (a “Sociedade”) para a assembleia geral anual<br />
que terá lugar na Sede Social da Sociedade no dia 15 de Março de 2010 às 11 horas CET<br />
(a “Assembleia”), com a seguinte ordem de trabalhos:<br />
1. Aprovação dos relatórios do Conselho de Administração e do Auditor;<br />
2. Aprovação do balanço e da conta de resultados de 31 de Dezembro de 2009;<br />
3. Distribuição dos resultados líquidos;<br />
4. Destituição dos Administradores e do Auditor das funções exercidas durante o exercício findo<br />
em 31 de Dezembro de 2009;<br />
5. Eleição dos Administradores e do Auditor;<br />
6. Outros assuntos.<br />
As deliberações relativas aos pontos da ordem de trabalhos poderão ser aprovadas sem<br />
necessidade de quórum, por maioria de votos expressos na Assembleia. Cada acção tem direito<br />
a um voto. Os accionistas podem participar em qualquer Assembleia por procuração. Os<br />
formulários de procuração podem ser obtidos na Sede Social da Sociedade.<br />
Poderão votar na Assembleia os accionistas presentes, desde que apresentem um documento<br />
de identificação comprovativo e que, por motivos organizacionais, tenham informado a<br />
Sociedade. por escrito e o mais tardar até ao dia 11 de Março de 2010, às 17 horas CET (para<br />
Nordea Bank S.A., Transfer Agency, <strong>56</strong>2, rue de Neudorf, L-2220 Luxemburgo) da sua intenção<br />
de participar na Assembleia. Os accionistas que não puderem estar presentes na Assembleia,<br />
poderão enviar um formulário de procuração devidamente preenchido e assinado, que deverá ser<br />
recebido antes das 17 horas CET do dia 11 de Março de 2010 (para Nordea Bank S.A., Transfer<br />
Agency, <strong>56</strong>2, rue de Neudorf, L-2220 Luxemburgo). Na Assembleia será utilizado o idioma inglês.<br />
Por despacho do Conselho de Administração
42 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
BOLSA <strong>DE</strong> VALORES<br />
Eurolist by Euronext Lisbon. Acções<br />
Última Var. Var. Máx. Mín. Quant. Máx. Mín. Divid. Data Divid. Comport.<br />
Valor Mobiliário<br />
Compartimento A<br />
Data cotação % sessão sessão transcc. do ano do ano Ex-dív yeld% anual%<br />
B.COM.PORTUGUES 23-02-2010 0.73 -0.02 -2.82 0.75 0.72 18,476,853 1.08 0.<strong>56</strong> 0.02 16-04-2009 2.28 -12.65<br />
B.ESPIRITO SANTO 23-02-2010 3.68 -0.09 -2.31 3.79 3.67 3,312,268 5.34 2.65 0.16 26-03-2009 4.25 -17.70<br />
BANCO BPI SA 23-02-2010 1.94 -0.06 -3.00 2.01 1.94 667,151 2.57 1.34 0.07 04-05-2009 3.34 -6.04<br />
BRISA 23-02-2010 6.07 -0.13 -2.05 6.27 6.07 722,597 7.59 4.26 0.31 30-04-2009 5.00 -14.13<br />
CIMPOR SGPS 23-02-2010 5.54 -0.31 -5.35 5.67 5.46 2,315,557 6.55 3.00 0.19 12-06-2009 3.16 -9.15<br />
EDP 23-02-2010 2.80 -0.05 -1.72 2.88 2.79 7,125,096 3.22 2.34 0.14 14-05-2009 4.91 -9.08<br />
EDP RENOVAVEIS 23-02-2010 5.92 -0.05 -0.90 6.02 5.90 <strong>56</strong>1,588 7.83 5.52 0.00 0.00 -10.02<br />
GALP ENERGIA 23-02-2010 11.93 -0.03 -0.25 12.14 11.89 1,838,789 12.99 8.07 0.23 22-10-2009 1.93 -0.15<br />
J MARTINS SGPS 23-02-2010 7.05 0.04 0.50 7.12 7.00 954,586 7.53 3.01 0.11 06-05-2009 1.57 0.24<br />
PORTUCEL 23-02-2010 1.85 -0.01 -0.38 1.89 1.85 580,613 2.13 1.31 0.10 06-04-2009 5.65 -6.37<br />
PORTUGAL TELECOM 23-02-2010 7.76 -0.05 -0.63 7.90 7.72 3,525,006 8.69 5.48 0.57 24-04-2009 7.36 -9.14<br />
SONAE 23-02-2010 0.83 -0.02 -2.82 0.85 0.82 6,457,649 0.98 0.43 0.03 20-05-2009 3.53 -2.77<br />
ZON MULTIMEDIA<br />
Compartimento B<br />
23-02-2010 3.71 -0.08 -1.98 3.79 3.70 <strong>56</strong>6,107 5.01 3.58 0.16 27-05-2009 4.23 -13.32<br />
IMPRESA SGPS 23-02-2010 1.35 - - 1.35 1.31 <strong>56</strong>,091 2.30 0.<strong>56</strong> 0.00 0.00 -25.12<br />
S.COSTA-PREF 22-02-2010 1.20 - - - - - 1.20 1.16 0.15 27-05-2009 12.50 3.45<br />
S.COSTA 23-02-2010 0.98 - - 0.98 0.97 54,807 1.34 0.48 0.03 27-05-2009 3.16 -17.65<br />
IBERSOL SGPS 23-02-2010 7.99 - - 7.99 7.99 7,014 10.00 5.51 0.05 22-05-2009 0.69 -13.25<br />
SONAE INDUSTRIA 23-02-2010 2.23 -0.07 -3.13 2.32 2.22 286,229 2.86 1.15 0.00 16.61 -11.24<br />
SONAECOM SGPS 23-02-2010 1.62 -0.05 -3.23 1.69 1.61 227,679 2.15 1.04 0.00 0.00 -14.53<br />
MOTA ENGIL 23-02-2010 3.13 -0.11 -3.42 3.28 3.11 300,114 4.53 2.10 0.11 15-05-2009 3.39 -17.00<br />
SEMAPA 23-02-2010 7.15 -0.23 -3.06 7.42 7.15 144,829 8.95 5.71 0.25 23-04-2009 3.46 -4.96<br />
BANIF-SGPS 23-02-2010 1.14 -0.01 -0.87 1.15 1.13 42,011 1.54 0.95 0.06 22-04-2009 5.32 -8.81<br />
SONAE CAPITAL 23-02-2010 0.60 - - 0.61 0.60 757,717 1.00 0.41 0.00 0.00 -26.58<br />
REN 23-02-2010 2.92 0.01 0.34 2.95 2.89 154,175 3.25 2.73 0.17 27-04-2009 5.67 -2.25<br />
MARTIFER 23-02-2010 3.08 -0.04 -1.28 3.14 3.02 144,116 4.59 2.53 0.00 0.00 -6.59<br />
GRUPO MEDIA CAP 16-02-2010 4.00 - - - - - 5.00 2.88 0.23 09-04-2009 5.75 -4.08<br />
SAG GEST 23-02-2010 1.23 - - 1.23 1.23 200 1.59 0.90 0.02 10-11-2008 1.64 -5.38<br />
TEIXEIRA DUARTE 23-02-2010 0.87 -0.03 -2.78 0.91 0.87 384,393 1.26 0.41 0.00 1.71 -15.55<br />
FINIBANCO SGPS 23-02-2010 1.38 -0.02 -1.43 1.41 1.38 20,981 2.14 1.38 0.00 4.29 -8.50<br />
ALTRI SGPS SA<br />
Compartimento C<br />
23-02-2010 4.31 0.07 1.70 4.34 4.22 547,879 4.39 1.50 0.00 2.00 6.82<br />
BENFICA-FUTEBOL 23-02-2010 2.55 0.05 2.00 2.55 2.50 1,580 3.42 1.64 0.00 0.00 1.64<br />
COFINA SGPS 23-02-2010 1.05 - - 1.05 1.03 66,000 1.26 0.47 0.00 4.21 -0.94<br />
COMPTA 05-02-2010 0.37 - - - - - 0.46 0.36 0.00 0.00 -7.50<br />
CORTICEIRA AMORI 23-02-2010 0.91 - - 0.92 0.91 11,615 1.05 0.54 0.00 6.74 -0.07<br />
ESTORIL SOL N 22-09-1998 8.91 - - - - - 0.00 0.00 0.22 16-05-2007 2.47 0.00<br />
ESTORIL SOL P 15-02-2010 5.29 - - - - - 9.88 5.29 0.00 4.54 -28.32<br />
F RAMADA INVEST 22-02-2010 0.87 - - - - - 0.98 0.57 0.00 0.00 -0.53<br />
FISIPE 23-02-2010 0.14 - - 0.14 0.14 120 0.20 0.09 0.00 0.00 -12.50<br />
FUT.CLUBE PORTO 23-02-2010 1.09 - - 1.09 1.09 20 1.75 0.75 0.00 0.00 -24.31<br />
GLINTT 23-02-2010 0.71 - - 0.71 0.70 124,986 1.03 0.60 0.00 0.00 -21.36<br />
IMOB GRAO PARA 23-02-2010 4.00 - - 4.00 4.00 1 4.81 2.33 0.00 0.00 9.59<br />
INAPA-INV.P.GEST 23-02-2010 0.62 - - 0.63 0.61 429,346 0.73 0.23 0.00 0.00 -3.12<br />
LISGRAFICA 19-02-2010 0.07 - - - - - 0.12 0.06 0.00 0.00 -12.50<br />
NOVABASE SGPS 23-02-2010 4.47 0.05 1.13 4.47 4.41 8,860 5.06 3.50 0.00 0.00 -3.37<br />
OREY ANTUNES 23-02-2010 1.70 - - 1.70 1.69 1,077 2.90 1.64 0.11 30-04-2009 6.47 -0.58<br />
PAP.FERNAN<strong>DE</strong>S 28-01-2009 2.66 - - - - - 2.66 2.66 0.00 0.00 0.00<br />
REDITUS SGPS 22-02-2010 7.30 - - - - - 8.00 5.83 0.00 0.00 -0.54<br />
SPORTING 23-02-2010 1.08 -0.10 -8.47 1.27 1.08 801 1.52 1.01 0.00 0.00 -8.53<br />
SUMOL COMPAL 17-02-2010 1.45 - - - - - 1.51 1.26 0.00 0.00 -1.36<br />
VAA VISTA ALEGRE 18-02-2010 0.10 - - - - - 0.14 0.09 0.00 0.00 -9.09<br />
VAA-V.ALEGRE-FUS 19-02-2010 0.08 - - - - - 0.10 0.06 0.00 0.00 30.61<br />
SPORTING 23-02-2010 1.08 -0.10 -8.47 1.27 1.08 801 1.52 1.01 0.00 0.00 -8.53<br />
SUMOL COMPAL 17-02-2010 1.45 - - - - - 1.51 1.26 0.00 0.00 -1.36<br />
VAA VISTA ALEGRE 18-02-2010 0.10 - - - - - 0.14 0.09 0.00 0.00 -9.09<br />
VAA-V.ALEGRE-FUS 19-02-2010 0.08 - - - - - 0.10 0.06 0.00 0.00 30.61<br />
VAA-V.ALEGRE-FUS 19-02-2010 0.08 - - - - - 0.10 0.06 0.00 0.00 30.61<br />
Compartimento Estrangeiras<br />
BANCO POPULAR 23-02-2010 0.00 -0.11 -2.22 4.90 4.84 450 7.58 3.23 0.46 12-01-2009 9.26 -3.88<br />
BANCO SANTAN<strong>DE</strong>R 23-02-2010 0.00 -0.41 -4.15 9.94 9.42 30,848 12.13 3.94 0.60 01-05-2010 6.07 -15.86<br />
E.SANTO FINANC N 12-02-2010 0.00 - - - - - 15.50 9.01 0.25 25-05-2009 1.69 -2.63<br />
E.SANTO FINANCIA 23-02-2010 0.00 0.04 0.27 15.00 14.88 5,123 15.49 9.92 0.25 25-05-2009 1.71 0.81<br />
PAPELES Y CARTON 23-02-2010 0.00 -0.10 -2.<strong>56</strong> 3.80 3.80 60 4.25 2.45 0.03 16-01-2009 0.77 18.18<br />
SACYR VALLEHERM 06-05-2009 0.00 - - - - - 7.95 7.55 0.57 31-10-2008 7.17 0.00<br />
As cotações do PSI 20, dos índices internacionais e dos seus respectivos componentes podem ser acompanhadas em: www.diarioeconomico.com<br />
Última cotação – Corresponde na grande maioria dos títulos, à cotação de fecho da última sessão, a menos que seja indicada outra data. Preços indicados em euros; Variação absoluta e percentual<br />
– diferença entre a última cotação e o fecho da sessão imediatamente anterior em que o título transaccionou; Dividendo – valor bruto, indicado em euros e respectiva data a partir da qual<br />
a aquisição do título deixou de dar direito ao pagamento do dividendo; Dividend Yield – Rendimento do dividendo, que resulta da divisão do último dividendo pago pela cotação; Comportamento<br />
anual – variação percentual da cotação em relação ao último preço do ano anterior. Compartimento A – Capitalização bolsista superior a 1.000 milhões de euros; Compartimento B – Capitalização<br />
bolsista entre 150 milhões e 1.000 milhões de euros; Compartimento C – Capitalização bolsista inferior a 150 milhões de euros; Compartimento Estrangeiras – Emitentes estrangeiras.<br />
As últimas RECOMENDAÇÕES<br />
BES<br />
PREÇO-ALVO<br />
5,00€<br />
COTAÇÃO ACTUAL<br />
3,681€<br />
POTENCIAL<br />
35,8%<br />
OUTPERFORM A Macquarie reviu em baixa o preço-alvo<br />
para as acções do BES, para os 5 euros dos anteriores 5,8<br />
euros, mantendo a recomendação de “outperform”.<br />
Galp Energia<br />
PREÇO-ALVO<br />
13,15€<br />
EDP<br />
PREÇO-ALVO<br />
2,80€<br />
COTAÇÃO ACTUAL<br />
11,93€<br />
POTENCIAL<br />
10,2%<br />
COMPRAR O BCPi subiu o ‘target’ para os títulos da Galp<br />
Energia, para os 13,15 euros dos anteriores 13,05 euros,<br />
mantendo a recomendação de “comprar”.<br />
COTAÇÃO ACTUAL<br />
2,80€<br />
POTENCIAL<br />
0%<br />
MANTER A Société Générale subiu o ‘target’ para os<br />
papéis da EDP, para os 2,8 euros de 2,6 euros, e reviu em<br />
alta a recomendação, para “manter” de “vender”.<br />
Média dos PREÇOS-ALVO<br />
EMPRESAS ‘TARGET’<br />
ALTRI 3,54<br />
BANCO BPI 2,49<br />
BCP 1,29<br />
BES 9,37<br />
BRISA 7,76<br />
CIMPOR 4,76<br />
EDP 3,89<br />
GALP ENERGIA 13,94<br />
EDP RENOVÁVEIS 7,37<br />
J. MARTINS 5,43<br />
MOTA-ENGIL 4,23<br />
PORTUCEL 2,47<br />
PT 7,38<br />
REN 3,24<br />
SEMAPA 11,03<br />
S. INDÚSTRIA 3,01<br />
SONAE SGPS 1,31<br />
SONAECOM 3,38<br />
T. DUARTE -<br />
ZON MULTIMÉDIA 8,05<br />
Metodologia: O preço-alvo médio é<br />
calculado tendo em conta as avaliações de<br />
sete casas de investimento: BPI, CaixaBI,<br />
ESR, BCP, Lisbon Brokers, Banif e UBS.<br />
Hot Stock ALTRI<br />
COMENTÁRIO<br />
<strong>DE</strong> BOLSA<br />
Tiago Figueiredo Silva<br />
tiago.silva@economico.pt<br />
Banca interrompe<br />
ciclo positivo do PSI<br />
O índice de referência nacional terminou a sessão<br />
de ontem em terreno negativo, pela primeira vez<br />
em sete sessões e em linha com a tendência europeia,<br />
penalizado pelas perdas do sector da banca<br />
e da forte desvalorização das acções da Cimpor.<br />
As principais praças europeias fecharam com<br />
tombos que oscilaram entre os 0,7% e os 2,4%,<br />
pressionadas pelo sector financeiro e por dados<br />
económicos desfavoráveis divulgados tanto na<br />
Europa como nos Estados Unidos.<br />
Deste modo, o PSI 20 caiu 1,57% para os<br />
7.613,19 pontos, com três cotadas em alta e dezassete<br />
no “vermelho”.<br />
Com a queda de ontem, o<br />
PSI20interrompeuomelhor<br />
ciclo de ganhos alcançado<br />
em 2010 - seis<br />
sessões positivas - apenas<br />
As bolsas<br />
ao minuto em<br />
www.economico.pt<br />
igualável com a série registada no início de Outubro<br />
do ano passado.<br />
Nota negativa para a banca, com o BPI a tombar<br />
3% para os 1,94 euros, acompanhado de perto<br />
pelo BCP que desvalorizou 2,82% para os 0,725<br />
euros e pelo BES que deslizou 2,31% para os 3,681<br />
euros.<br />
Enfoque para as acções da Cimpor, que registaramapiorprestaçãododia.Ospapéisdacimenteira<br />
afundaram 5,35% para os 5,54 euros,<br />
com o fracasso da OPA lançada pela CSN. ■<br />
BOLSA NACIONAL AFUNDA 10% EM 2010<br />
Evolução do índice de referência nacional desde o<br />
arranque do ano.<br />
10000<br />
9200<br />
8400<br />
7600<br />
6800<br />
6000<br />
31-12-2009<br />
Paulo Fernandes,<br />
presidente da Altri<br />
Papéis sobrevivem à “sangria” na bolsa<br />
23-02-2010<br />
São poucas as cotadas que podem afirmar que conseguiram<br />
sobreviver à razia negativa que se abateu ontem sobre o mercado<br />
de capitais português. Menos são as empresas do índice que<br />
podem orgulhar-se do seu desempenho positivo desde o arranque<br />
do ano. A Altri pode, em ambos os casos. A empresa liderada por<br />
Paulo Fernandes carimbou ontem uma performance positiva, com<br />
as acções a subirem 1,7% para os 4,307 euros, e acumula já uma<br />
subida de 7,81% desde o início de 2010. A cotada anunciou ontem<br />
que vai subir, pela terceira vez este ano, o preço da pasta de papel<br />
em 30 dólares, a partir do próximo dia 1 de Março. A notícia é<br />
positiva e deverá continuar a dar impulso aos títulos. Na passada<br />
segunda-feira, o Caixa BI considerou que a Altri, uma das suas<br />
‘top-picks’, é a empresa que mais deverá beneficiar do aumento do<br />
preço da pasta de papel. A empresa apresenta as suas contas de<br />
2009 no próximo dia 10 de Março. ■
EUA - Dow Jones Industrial Indices Internacionais<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
ALCOA INC 13.12 -3.1<br />
WALT DISNEY CO 30.89 -0.74<br />
KRAFT FOODS INC 29.19 0.83<br />
PROCTER & GAMBLE 63.19 -0.36<br />
AMER EXPRESS CO 37.94 -2.54<br />
GENERAL ELEC CO 15.89 -2.22<br />
COCA-COLA CO 54.98 -0.72<br />
AT&T 24.89 -0.52<br />
BOEING CO 62.35 -2.53<br />
HOME <strong>DE</strong>POT INC 31 2.24<br />
MCDONALD'S CORP 64.97 0.31<br />
THE TRAVELERS CO 52.9 -0.26<br />
BANK OF AMERICA 15.98 -1.42<br />
HEWLETT-PACKARD 50.01 -1.09<br />
3M COMPANY 80.17 -0.63<br />
EUA - Nasdaq<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
APPLE INC 196.41 -2.01<br />
COGNIZANT TECH 47.03 -0.63<br />
INTUIT INC 31.78 -1.79<br />
PRICELINE COM 225.04 -1.76<br />
ADOBE SYS 33.29 -1.22<br />
CITRIX SYSTEMS 43.76 -0.79<br />
INTUITIVE SURG 342.36 -1.33<br />
PATTERSON COS 29.77 -0.83<br />
AUTOMATIC DATA 41.17 -1.03<br />
<strong>DE</strong>LL INC 13.15 -1.57<br />
J.B. HUNT TRAN 33.36 -0.12<br />
QUALCOMM INC 38.51 -1.28<br />
AUTO<strong>DE</strong>SK INC 25.62 -1.76<br />
DISH NETWORK A 19.64 -1.01<br />
JOY GLOBAL INC 48.22 -3.48<br />
QIAGEN N.V. 21.5 -1.24<br />
ALTERA CORP 23.08 -2.86<br />
DIRECTV A 33.55 -0.47<br />
KLA TENCOR 29 -4.39<br />
RSCH IN MOTION 68.05 -2.3<br />
APPLIED MATL 12.05 -3.21<br />
EBAY INC 22.73 -2.36<br />
LIFE TECH CORP 49.55 -1.22<br />
ROSS STORES 47.07 -0.17<br />
AMGEN <strong>56</strong>.4 -1.23<br />
ELECTRONIC ART 16.24 -2.11<br />
LIBERTY INTER A 11.12 -2.11<br />
STARBUCKS CORP 22.62 -1.22<br />
AMAZON COM 116.78 -1.04<br />
EXPRESS SCRIPTS 87.78 -1.78<br />
LINEAR TECH 26.97 -2.21<br />
SEARS HOLDING 94.14 -1.59<br />
APOLLO GROUP 58.43 0.92<br />
EXPEDITORS 36.8 6.51<br />
LOGITECH INTL 15.52 -1.71<br />
SIGMA ALDRICH 47.34 -1.82<br />
ACTIVISIN BLIZRD 10.6 -0.28<br />
EXPEDIA 22.05 -1.47<br />
LAM RESEARCH 32.81 -6.92<br />
SANDISK CORP 27.44 -5.44<br />
BED BATH BEYOND 40.77 -1.26<br />
FASTENAL CO 43.84 -0.5<br />
MATTEL INC 21.66 0.37<br />
STAPLES INC 25.53 -0.04<br />
BAIDU INC ADS 498.5 -1.71<br />
FISERV INC 46.91 -0.85<br />
MICROCHIP TECH 26.81 -1<br />
STERICYCLE INC 54.14 -0.84<br />
BIOGEN I<strong>DE</strong>C 54.91 -1.37<br />
FLEXTRONICS 6.9 -4.17<br />
EUA - Standard & Poors 100<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
ALCOA INC 13.12 -3.1<br />
CVS CAREMARK CRP 34.1 -0.35<br />
JOHNSON&JOHNSON 63.53 0.06<br />
PROCTER & GAMBLE 63.19 -0.36<br />
APPLE INC 196.41 -2.01<br />
CHEVRON 72.11 -1.17<br />
JPMORGAN CHASE 40.33 -1.27<br />
PHILIP MORRIS 49.36 -0.78<br />
ABBOTT LABS 53.82 -1.07<br />
DU PONT CO 33.55 -1.27<br />
KRAFT FOODS INC 29.19 0.83<br />
QUALCOMM INC 38.51 -1.28<br />
AMER ELEC PWR 33.61 -0.12<br />
<strong>DE</strong>LL INC 13.15 -1.57<br />
COCA-COLA CO 54.98 -0.72<br />
REGIONS FINANCL 6.54 -3.96<br />
ALLSTATE CP 31.36 -0.16<br />
WALT DISNEY CO 30.89 -0.74<br />
LOCKHEED MARTIN 77.34 0.52<br />
RAYTHEON CO 55.61 -0.43<br />
AMGEN <strong>56</strong>.4 -1.23<br />
DOW CHEMICAL CO 28.74 -2.11<br />
LOWES COMPANIES 22.82 -1.08<br />
SPRINT NEXTEL 3.3 -5.17<br />
AMAZON COM 116.78 -1.04<br />
<strong>DE</strong>VON ENERGY 67.88 -3.06<br />
MASTERCARD CL A 221.11 -1.4<br />
SCHLUMBERGER LTD 60.47 -1.79<br />
AVON PRODUCTS 30.11 -0.86<br />
EMC CORP 17.13 -3.27<br />
MCDONALD'S CORP 64.97 0.31<br />
SARA LEE CORP 13.62 -0.66<br />
AMER EXPRESS CO 37.94 -2.54<br />
ENTERGY CP 77.4 -0.41<br />
MEDTRONIC INC 43.25 -0.94<br />
SOUTHERN 32.17 -0.53<br />
BOEING CO 62.35 -2.53<br />
EXELON CORP 44.24 -1.01<br />
METLIFE INC 34.74 -1.5<br />
AT&T 24.89 -0.52<br />
BANK OF AMERICA 15.98 -1.42<br />
FORD MOTOR CO 11.36 1.34<br />
3M COMPANY 80.17 -0.63<br />
TARGET CORP 50.38 -0.51<br />
BAXTER INTL INC 57.27 -0.81<br />
FRPRT-MCM GD 73.59 -3.48<br />
ALTRIA GROUP 20.04 -1.13<br />
TIME WARNER INC 28.68 -1.14<br />
BAKER HUGHES INC 46.94 -2.47<br />
FE<strong>DE</strong>X CORP 80.97 -1.69<br />
Reino Unido - Footsie 100<br />
Título Última Var.<br />
Cot. £ %<br />
ANGLO AMERICAN 2447.7146 -2.74<br />
B SKY B 539.8467 -1.01<br />
3I GROUP 268.1 -1.03<br />
PETROFAC 1051.687 -2.46<br />
SHIRE 1368 -0.87<br />
ASSOC.BR.FOODS 942.5833 0.43<br />
BT GROUP 116.58 -2.28<br />
IMPERIAL TOBACCO 2051.3362 -0.39<br />
PRU<strong>DE</strong>NTIAL 607.3925 -1.63<br />
STANDARD LIFE 196.7113 -1.57<br />
ADMIRAL GROUP 1199 -0.42<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
UNITED TECH CP 67.91 -0.72<br />
CATERPILLAR INC <strong>56</strong>.41 -2.79<br />
INTL BUS MACHINE 126.4 -0.35<br />
MERCK & CO 36.65 -1.27<br />
VERIZON COMMS 28.75 -0.86<br />
CISCO SYSTEMS 23.86 -1.81<br />
INTEL CORP 20.35 -2.49<br />
MICROSOFT CP 28.1 -2.19<br />
WAL-MART STORES 53.88 0.09<br />
CHEVRON 72.11 -1.17<br />
JOHNSON&JOHNSON 63.53 0.06<br />
PFIZER INC 17.66 -1.62<br />
EXXON MOBIL 64.91 -0.75<br />
DU PONT CO 33.55 -1.27<br />
JPMORGAN CHASE 40.33 -1.27<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
MILLICOM INTL 81.11 -3.23<br />
SEAGATE TECH 20.07 -3.18<br />
BMC SOFTWARE 36.15 -0.88<br />
FLIR SYSTEMS 26.71 -0.93<br />
MARVELL TECH GP 19.26 -3.51<br />
SYMANTEC CORP 16.65 -1.36<br />
BROADCOM CORP 30.48 -2.9<br />
FIRST SOLAR 106.34 -5.97<br />
MICROSOFT CP 28.1 -2.19<br />
TEVA PHARM 59.53 -0.57<br />
CA IN 22.11 -0.99<br />
FOSTER WHEELR AG 26.61 -3.8<br />
MAXIM INTEGRATED 18.16 -3.3<br />
URBAN OUTFITTER 31.<strong>56</strong> -1.5<br />
CELGENE CORP 59 -1.14<br />
GENZYME 55.75 -0.52<br />
MYLAN INC 19.26 -1.78<br />
VIRGIN MEDIA 14.82 -4.02<br />
CEPHALON INC 67.75 0.52<br />
GILEAD SCI 47.39 -1.02<br />
NII HOLDINGS 37.01 -3.14<br />
VODAFONE GROUP 21.77 -1.09<br />
CERNER CORP 80.61 -1.85<br />
GOOGLE 533.72 -1.67<br />
NETAPP INC 29.69 -3.1<br />
VERISIGN INC 24.4 0.33<br />
CHECK PT SFTWRE 32.34 -1.49<br />
GARMIN LTD 34.13 -2.26<br />
NVIDIA CORP 16.07 -3.25<br />
VERTEX PHARM 39.2 -1.8<br />
CH ROBINSON WW 53.27 -1.64<br />
HOLOGIC INC 16.11 -0.49<br />
NEWS CORP A 13.16 -2.45<br />
WRNER CHIL PLC A 25.74 -2.13<br />
COMCAST CORP A 16.1 -0.<strong>56</strong><br />
HENRY SCHEIN 57.4 0.38<br />
ORACLE CORP 24.42 -1.57<br />
WYNN RESORTS 63.16 0.22<br />
COSTCO WHOLESAL 60.65 -0.23<br />
ILLUMINA INC 36.08 -0.8<br />
O REILLY AUTO 38.76 0.1<br />
XILINX INC 25.03 -1.84<br />
CISCO SYSTEMS 23.86 -1.81<br />
INFOSY TECH ADR 55.39 -0.95<br />
PAYCHEX INC 29.88 -1.35<br />
<strong>DE</strong>NTSPLY INTL 32.61 -0.61<br />
CINTAS CORP 24.15 -1.55<br />
INTEL CORP 20.35 -2.49<br />
PACCAR INC 34.86 -1.41<br />
YAHOO! INC 15.17 -2.07<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
MONSANTO CO 75.84 -1.24<br />
TEXAS INSTRUMENT 24.14 -2.39<br />
BANK NY MELLON 28.21 -2.18<br />
GENERAL DYNAMICS 71.71 -1.19<br />
MERCK & CO 36.65 -1.27<br />
UNITEDHEALTH GP 32.54 -1.63<br />
BRISTOL MYERS SQ 24.52 -0.65<br />
GENERAL ELEC CO 15.89 -2.22<br />
MORGAN STANLEY 27.54 -0.61<br />
UNITED PARCEL B 57.82 -0.22<br />
BERKSHIRE CL B 79.25 -0.39<br />
GILEAD SCI 47.39 -1.02<br />
MICROSOFT CP 28.1 -2.19<br />
US BANCORP 24.34 -0.86<br />
CITIGROUP 3.38 -2.31<br />
GOOGLE 533.72 -1.67<br />
NIKE INC CL B 64 -0.48<br />
UNITED TECH CP 67.91 -0.72<br />
CATERPILLAR INC <strong>56</strong>.41 -2.79<br />
GOLDM SACHS GRP 157.92 0.77<br />
NTL OILWELL VARC 42.98 -3.2<br />
VERIZON COMMS 28.75 -0.86<br />
COLGATE PALMOLIV 81.9 -0.22<br />
HALLIBURTON CO 30.15 -2.8<br />
NORFOLK SOUTHERN 50.3 -1.64<br />
WALGREEN CO 34.4 -1.01<br />
COMCAST CORP A 16.1 -0.<strong>56</strong><br />
HOME <strong>DE</strong>POT INC 31 2.24<br />
NEWS CORP A 13.16 -2.45<br />
WELLS FARGO & CO 27.42 -2.11<br />
CAP ONE FINAN 37.3 -2.<strong>56</strong><br />
H J HEINZ CO 45.66 -0.59<br />
NYSE EURONEXT 25.42 -1.01<br />
WILLIAMS COMPS 21.11 -2.18<br />
CONOCOPHILLIPS 47.67 -2.11<br />
HONEYWELL INTL 39.94 -0.52<br />
ORACLE CORP 24.42 -1.57<br />
WAL-MART STORES 53.88 0.09<br />
COSTCO WHOLESAL 60.65 -0.23<br />
HEWLETT-PACKARD 50.01 -1.09<br />
OCCI<strong>DE</strong>NTAL PETE 79.12 -1.11<br />
WEYERHAEUSER CO 40.94 -0.87<br />
CAMPBELL SOUP CO 33.21 -0.87<br />
INTL BUS MACHINE 126.4 -0.35<br />
PEPSICO INC 62 -0.66<br />
EXXON MOBIL 64.91 -0.75<br />
CISCO SYSTEMS 23.86 -1.81<br />
INTEL CORP 20.35 -2.49<br />
PFIZER INC 17.66 -1.62<br />
XEROX CORP 9.06 -1.95<br />
Título Última Var.<br />
Cot. £ %<br />
CARNIVAL 2346 -1.22<br />
INTL POWER 331.5033 -1.17<br />
PEARSON 893 0.17<br />
SMITHS GROUP 1027 -0.48<br />
AGGREKO 941 -0.16<br />
CENTRICA 273.2172 -1.38<br />
INMARSAT 717.3981 -0.97<br />
RECKIT BNCSR GRP 3468.2166 -0<br />
SMITH&NEPHEW 672.3814 1.43<br />
AMEC 786.5 -0.94<br />
CAIRN ENERGY 340.5947 -3.13<br />
Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />
Índice Mercado valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />
PSI 20 Portugal 7613.19 -121.14 -1.57 8877.6 7151.12 8463.85 -10.05050893 15080.99 09 MAR 2000 2910.63 14 JAN 1993<br />
PSI Geral Portugal 2633.67 -38.79 -1.45 3020.92 2537.45 2902.26 -9.254512001 4419 17 JUL 2007 842.31 22 NOV 1995<br />
PSI 20 Total Return Portugal 12617.74 -200.76 -1.57 14713.3 11851.92 14027.58 -10.05048626 21023.84 17 JUL 2007 6673.98 23 OCT 2002<br />
Dow Jones Ind. Ave. EUA 10290.58 -92.8 -0.89 10729.89 6469.95 10428.05 -1.318271393 14164.53 09 OCT 2007 388.2 17 JAN 1955<br />
Nasdaq Composite EUA 2207.93 -34.1 -1.52 2326.28 1265.52 2269.15 -2.697926536 5132.52 10 MAR 2000 276.6 01 OCT 1985<br />
FTSE 100 R. Unido 5315.09 -36.98 -0.69 <strong>56</strong>00.48 5033.01 5412.88 -1.80661681 6950.6 30 <strong>DE</strong>C 1999 986.9 23 JUL 1984<br />
Xetra-Dax Alemanha <strong>56</strong>04.07 -84.37 -1.48 6094.26 5433.02 5957.43 -5.931416735 8151.57 13 JUL 2007 931.18 29 JAN 1988<br />
CAC 40 França 3707.06 -49.64 -1.32 4088.18 3545.91 3936.33 -5.8244608<strong>56</strong> 6944.77 04 SEP 2000 893.82 29 JAN 1988<br />
IBEX 35 Espanha 10312.9 -257.6 -2.44 12240.5 6702.6 11940 -13.62730318 16040.4 09 NOV 2007 1861.9 05 OCT 1992<br />
AEX Holanda 320.99 -4.13 -1.27 345.<strong>56</strong> 311.53 335.33 -4.276384457 703.18 05 SEP 2000 69.14 10 NOV 1987<br />
BEL 20 Bélgica 2502.89 -18.21 -0.72 2610.41 2375.72 2511.62 -0.347584428 4759.01 23 MAY 2007 1039 02 SEP 1992<br />
Nikkei 225 Japão 10352.1 -48.37 -0.47 10982.1 9867.39 0 0 38915.87 29 <strong>DE</strong>C 1989 85.25 06 JUL 1950<br />
Hang Seng Hong Kong 20623 245.73 1.21 22671.92 19423.05 21872.5 -5.712652875 31958.41 30 OCT 2007 58.61 31 AUG 1967<br />
DJ Stoxx 50 Pan-europeu 2477.82 -32.79 -1.31 2652.64 2359.4 2578.92 -3.92024<strong>56</strong>84 5219.96 28 MAR 2000 925.95 05 OCT 1992<br />
DJ Euro Stoxx 50 Pan-europeu 2730.57 -47.55 -1.71 3044.37 2617.77 2966.24 -7.945075247 5522.42 07 MAR 2000 920.65 05 OCT 1992<br />
FTSE Eurotop 300 Pan-europeu 1011.62 -11.53 -1.13 1074.5 964.22 1045.76 -3.264611383 1709.12 05 SEP 2000 645.5 09 MAR 2009<br />
FTSE Eurotop 100 Pan-europeu 21<strong>56</strong>.22 -24.08 -1.1 2288.01 2050.97 2233.67 -3.467387752 3969.76 05 SEP 2000 1384.52 09 MAR 2009<br />
Euronext 100 Pan-europeu 652.02 -7.46 -1.13 708.11 625.53 683.76 -4.641979642 1147.84 12 OCT 2000 419.49 12 MAR 2003<br />
Next 150 Pan-europeu 1386.4 -10.23 -0.73 1469.57 1332.39 1386.24 0.011542013 2028.18 19 JUL 2007 514.28 12 MAR 2003<br />
S&P 500 EUA 1093.85 -14.16 -1.28 1149.47 666.92 1115.1 -1.90<strong>56</strong>58685 1576.06 11 OCT 2007 132.93 23 NOV 1982<br />
Bovespa Brasil 65792.11 -1392.05 -2.07 71068.05 61341.11 68588.41 -4.076927866 73920.38 29 MAY 2008 4575.69 11 SEP 1998<br />
Índices Sectoriais - Dow Jones Stoxx Europa<br />
Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />
Índice valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />
Automovel 205.11 -3.49 -1.67 248.50 202.13 235.83 -13.03 433.20 01 NOV 2007 83.34 07 OCT 1992<br />
Banca 204.85 -4.26 -2.04 237.52 189.30 221.27 -7.42 541.27 20 APR 2007 86.87 26 AUG 1992<br />
Recursos Básicos 483.52 -11.95 -2.41 546.94 443.65 497.98 -2.90 836.75 19 MAY 2008 84.85 19 OCT 1992<br />
Ind. Quimica 441.31 -4.13 -0.93 471.15 421.30 463.06 -4.70 530.59 06 JUN 2008 95.76 05 OCT 1992<br />
Construção 255.40 -3.64 -1.41 289.47 247.35 277.<strong>56</strong> -7.98 481.57 04 JUN 2007 77.54 19 OCT 1992<br />
Energia 318.36 -5.03 -1.<strong>56</strong> 347.13 304.14 330.54 -3.68 472.65 13 JUL 2007 85.58 25 AUG 1992<br />
Serviços Financeiros 220.30 -2.39 -1.07 241.47 207.22 232.87 -5.40 508.91 21 FEB 2007 80.51 01 SEP 1992<br />
Alimentação e bebidas 312.31 0.93 0.30 314.41 292.06 304.28 2.64 337.<strong>56</strong> 01 NOV 2007 92.66 05 OCT 1992<br />
Bens e serviços Industriais 249.96 -1.92 -0.76 259.14 235.82 246.69 1.33 416.99 11 FEB 2000 92.1 05 OCT 1992<br />
Seguros 147.97 -2.33 -1.55 158.45 137.86 151.43 -2.28 473.67 27 NOV 2000 73.76 09 MAR 2009<br />
Media 155.05 -0.75 -0.48 163.94 149.82 159.15 -2.58 783.64 10 MAR 2000 99.98 08 JAN 1992<br />
Cuidados Médicos 372.43 -2.08 -0.<strong>56</strong> 383.65 360.02 366.09 1.73 523.48 27 NOV 2000 87.97 14 APR 1993<br />
Tecnologia 192.19 -2.36 -1.21 200.68 185.07 184.35 4.25 1230.61 06 MAR 2000 88.2 05 OCT 1992<br />
Telecomunicações 246.20 -3.66 -1.46 264.30 242.26 260.93 -5.65 1062.85 06 MAR 2000 79.37 05 OCT 1992<br />
Fornecedores de serv. Públicos 322.32 -3.36 -1.03 347.15 313.02 342.49 -5.89 <strong>56</strong>3.68 08 JAN 2008 89.88 05 OCT 1992<br />
Reino Unido - Footsie 100<br />
Título Última Var. Título Última Var.<br />
Cot. £ %<br />
Cot. £ %<br />
INVENSYS 319.4343 -0.81<br />
ROYAL BANK SCOT 36 0.61<br />
SERCO GROUP 527.5 1.34<br />
ANTOFAGASTA 900.0444 -2.76<br />
COBHAM 238.6363 0.46<br />
INTERTEK GROUP 1288 5.75<br />
ROYAL DTCH SHL A 1788.8306 -0.98<br />
SCOT & STH ENRGY 1133.695 -0.53<br />
ARM HOLDINGS 201.7708 -2.51<br />
COMPASS GROUP 478.0191 0.19<br />
JOHNSON MATTHEY 1590.0636 -0.81<br />
ROYAL DTCH SHL B 1716 -0.64<br />
STANDRD CHART BK1535.9446 -0.16<br />
ALLIANCE TRUST 317.5253 -0.72<br />
CAPITA GROUP 743.5 1.02<br />
KAZAKHMYS 1338 -1.83<br />
REED ELSEVIER 488 1.2<br />
SEVERN TRENT 1148 -0.52<br />
AUTONOMY CORP 1524 -0.46<br />
CABLE & WIRELESS 137.5 -0.58<br />
KINGFISHER 213.2 -1.2<br />
REXAM PLC 280.4 -0.32<br />
THOMAS COOK GRP 235.8 -2.24<br />
AVIVA 376.2 -1.26<br />
DIAGEO 1065.0426 -0.09<br />
LAND SECS GROUP 644.5 -0.08<br />
RIO TINTO 3404.976 -2.55<br />
TULLOW OIL 1209.3817 -3.08<br />
ASTRAZENECA 2843.8638 0.25<br />
MAN GROUP 230.8 -2.57<br />
LEGAL & GENERAL 77.1408 -0.98<br />
ROLLS ROYCE GP 526.5 0.19<br />
TESCO 423.2 -0.31<br />
BAE SYSTEMS 369.79 0.16<br />
EURASIAN 1036 -3.76<br />
LIBERTY INTL 477.66 0.82<br />
RANDGOLD RES. 4641.70<strong>56</strong> -2.69<br />
TUI TRAVEL 265.6384 -2.79<br />
BARCLAYS 320 -1.42<br />
EXPERIAN 624.0804 0.89<br />
Espanha - IBEX 35<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ABERTIS 13.78 -1.5<br />
ABENGOA 19.36 -2.22<br />
ACS CONS Y SERV 33.34 -0.91<br />
ACERINOX 12.79 -0.78<br />
ACCIONA SA 80.81 -1.75<br />
BBVA 9.752 -3.59<br />
BANKINTER 6.01 -2.28<br />
BOLSAS Y MER ESP 19.76 -4.84<br />
BANESTO 7.42 -2.37<br />
CRITERIA CAIXA 3.266 -0.03<br />
EN<strong>DE</strong>SA 21.58 -1.15<br />
ENAGAS 15.305 -0.62<br />
EBRO PULEVA 14.41 0.63<br />
FOMENTO <strong>DE</strong> CONST 24.775 -1.31<br />
FERROVIAL 6.717 -2.24<br />
GAMESA 9.81 -3.59<br />
GAS NATURAL 13.49 -1.32<br />
GRIFOLS 10.98 -1.48<br />
Suíça - SMI<br />
Título Última Var.<br />
Cot. CHF %<br />
ABB LTD N 21.37 -1.02<br />
ACTELION HLDG 55.45 1.09<br />
A<strong>DE</strong>CCO N 53.9 -0.55<br />
CS GROUP AG 47.32 -1.52<br />
HOLCIM N 71.15 -1.32<br />
JULIUS BAER N 33.62 -0.06<br />
LONZA GRP AG N 79.65 0.38<br />
NESTLE SA 52.8 0.76<br />
NOVARTIS N 58.9 -0.34<br />
RICHEMONT I 36.34 -1.01<br />
ROCHE HOLDING AG 179 -1.49<br />
SGS N 1414 -0.07<br />
SWATCH GROUP I 299.7 -0.99<br />
LLOYDS BNK GRP 51.776 0.12<br />
RSA INSRANCE GRP 131.6 -0.98<br />
UNILEVER 1929 -0.05<br />
BRIT AM TOBACCO 2214.21 0.77<br />
FRESNILLO 751.5 -3.34<br />
LONMIN PLC 1815 -3.25<br />
RESOLUTION 73.5706 -0.81<br />
UNITED UTIL GRP 537 -0.<strong>56</strong><br />
BRITISH AIRWAYS 208.08 1.11<br />
G4S 267 1.02<br />
LOND STOCK EXCH 655 -1.21<br />
SABMILLER 1733 -0.63<br />
VEDANTA RES 2<strong>56</strong>5 -2.47<br />
BG GROUP 1177.5471 -1.11<br />
GLAXOSMITHKLINE 1207.7306 0.42<br />
MARKS & SP. 327.64 -1.68<br />
SAINSBURY(J) 331.9684 -0.12<br />
VODAFONE GROUP 140.7235 -0.85<br />
BR LAND CO 449.8063 0.49<br />
HAMMERSON 391.3 1.01<br />
MORRISON SUPMKT 299.7598 -0.13<br />
SCHRO<strong>DE</strong>RS 1191 -0.67<br />
WOLSELEY 1617.3802 12.49<br />
BHP BILLITON 2055.236 -1.21<br />
HOME RETAIL 259.0599 -0.81<br />
NATIONAL GRID 640 -0.31<br />
SCHRO<strong>DE</strong>RS NV 980.5 -0.81<br />
WPP PLC 597.87 -0.67<br />
BUNZL 675.1186 -0.37<br />
HSBC HOLDINGS 700.7079 0.26<br />
NEXT 1876.1815 -2.76<br />
SAGE GROUP 229.0612 -0.48<br />
WHITBREAD 1412 -1.67<br />
BP 580 -1.43<br />
ICAP PLC 328.4 -3.1<br />
OLD MUTUAL 111.19 -0.54<br />
SEGRO 325.8985 0.03<br />
XSTRATA 1075.6832 -3.39<br />
BURBERRY GRP 627.7106 -1.03<br />
INTERCONT HOTEL 908.5 -0.27<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
IBERDROLA 5.9 -2.06<br />
IBERIA LIN AER 2.239 1.17<br />
IBR RENOVABLES 3.124 -0.51<br />
INDRA SISTEMAS 14.6 -1.22<br />
INDITEX 42.305 -0.63<br />
MAPFRE 2.6<strong>56</strong> -1.59<br />
ARCELORMITTAL 28.25 -2.45<br />
OBR HUARTE LAIN 17.42 1.46<br />
BK POPULAR 4.835 -2.22<br />
RED ELECTR CORP 36.44 0.7<br />
REPSOL YPF 16.775 -1.29<br />
BCO <strong>DE</strong> SABA<strong>DE</strong>LL 3.553 -1.85<br />
BANCO SANTAN<strong>DE</strong>R 9.485 -4.1<br />
SACYR-VALLE 6.33 -3.9<br />
TELEFONICA 16.95 -2.25<br />
GEST TELECINCO 9.87 -2.37<br />
TECNICAS REUN 41.935 -1.29<br />
Título Última Var.<br />
Cot. CHF %<br />
SWISS LIFE HLDG 135.8 -1.67<br />
SWISS REINSUR N 48.15 -2.73<br />
SWISSCOM N 372.5 -1.27<br />
SYNGENTA N 283.2 -0.18<br />
SYNTHES 127.1 -0.55<br />
UBS AG N 14.46 -2.1<br />
ZURICH FIN N 255.2 -0.08<br />
ZURICH FIN N 255.2 -0.08<br />
SYNGENTA N 283.2 -0.18<br />
SYNTHES 127.1 -0.55<br />
UBS AG N 14.46 -2.1<br />
ZURICH FIN N 255.2 -0.08<br />
ZURICH FIN N 255.2 -0.08<br />
Alemanha - Dax<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ADIDAS AG 36.3 -2.31<br />
FRESENIUS SE VZ 48.92 -1.28<br />
ALLIANZ SE 81.53 -0.94<br />
HENKEL AG&CO VZ 36.395 -0.29<br />
BASF SE 41.265 -1.28<br />
INFINEON TECH N 4.091 -2.36<br />
BAY MOT WERKE 29.69 -1.88<br />
K+S AG 44.53 -1.63<br />
BAYER N AG 49.84 -1.25<br />
LIN<strong>DE</strong> 82.9 -0.92<br />
BEIERSDORF 44.205 0.47<br />
MAN SE 53.03 -1.71<br />
COMMERZBANK 5.64 -6.47<br />
MERCK KGAA 58 -10.05<br />
DAIMLER AG N 31.25 -0.48<br />
Itália - Mibtel<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
GENERALI ASS 16.57 0.18<br />
MEDIASET 5.64 0<br />
MEDIOBANCA 7.6 -0.07<br />
MEDIOLANUM 0 0<br />
SAIPEM 24.34 -0.04<br />
SNAM RETE GAS 3.435 0<br />
STMICROELEC.N.V 6.155 0.08<br />
Holanda - AEX<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
DJ Euro STOXX 50 2730.57 -1.71<br />
AEX-Index 320.99 -1.27<br />
AEX MktDigest #N/A unknown<br />
FieldName 0<br />
AEGON 4.362 -2<br />
AHOLD KON 8.98 -0.13<br />
AIR FRANCE - KLM 9.894 -1.45<br />
AKZO NOBEL 38.75 -1.<strong>56</strong><br />
ARCELORMITTAL 28.21 -2.67<br />
ASML HOLDING 23.1 -2.2<br />
BAM GROEP KON 5.863 -0.73<br />
BOSKALIS WESTMIN 24.38 -0.47<br />
CORIO 44.76 0.09<br />
França - CAC 40<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ACCOR 36.465 -0.37<br />
AIR LIQUI<strong>DE</strong> 84.08 -0.24<br />
ALCATEL-LUCENT 2.192 -0.59<br />
ALSTOM 47.65 -0.83<br />
ARCELORMITTAL 28.21 -2.67<br />
AXA 14.88 -1.94<br />
BNP PARIBAS 52.63 -2.45<br />
BOUYGUES 34.685 -1.32<br />
CAP GEMINI 33.51 -1.9<br />
CARREFOUR 33.765 -0.94<br />
CREDIT AGRICOLE 10.47 -3.23<br />
DANONE 43.205 -0.09<br />
<strong>DE</strong>XIA 3.94 -2.45<br />
EADS 15.045 1.18<br />
EDF 37.44 -1.47<br />
ESSILOR INTERNAT 43.55 -0.73<br />
FRANCE TELECOM 16.845 -0.91<br />
GDF SUEZ 27.45 -0.38<br />
L OREAL 74.93 -0.74<br />
L.V.M.H. 79 -1.35<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
METRO AG 38.535 -1<br />
<strong>DE</strong>UTSCHE BANK N 46.19 -3.31<br />
MUENCH. RUECK N 112 0.09<br />
<strong>DE</strong>UTSCHE POST NA 12.145 -1.5<br />
RWE AG 63.5 -1.75<br />
DT BOERSE N 50.71 -0.55<br />
SALZGITTER 64.93 -2.8<br />
DT LUFTHANSA AG 10.95 -0.41<br />
SAP AG 32.315 -0.63<br />
DT TELEKOM N 9.502 -1.79<br />
SIEMENS N 63.81 -1.83<br />
E.ON AG NA 26.36 -1.27<br />
THYSSEN KRUPP 23.18 -3.26<br />
FRESENIUS MEDI 37.1 -1.12<br />
VOLKSWAGEN VZ 60.69 -0.93<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
UNICREDIT 1.886 0.05<br />
TENARIS 16.83 0.18<br />
TERNA 2.9825 0<br />
UBI BANCA 9.02 0<br />
UNICREDIT 1.886 0.05<br />
UNICREDIT 1.886 0.05<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
FUGRO 43.285 -2.1<br />
HEINEKEN 36.115 3.08<br />
ING GROEP 6.6 -4.67<br />
KONINKLIJKE DSM 32.75 -0.06<br />
KPN KON 11.705 -0.13<br />
PHILIPS KON 21.77 -2.38<br />
R.DUTCH SHELL A 20.245 -0.76<br />
RANDSTAD 31.47 -1.93<br />
REED ELSEVIER 8.437 0.75<br />
SBM OFFSHORE 13.48 -1.82<br />
TNT 19.065 -2.33<br />
TOMTOM N.V. 5.901 3.29<br />
UNIBAIL RODAMCO 146.85 -0.37<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
LAFARGE 49.1 -2.54<br />
LAGAR<strong>DE</strong>RE S.C.A. 26.85 -0.9<br />
MICHELIN 50.87 -2.42<br />
PERNOD RICARD <strong>56</strong>.12 -0.23<br />
PEUGEOT 19.74 -1.57<br />
PPR 82.4 -1.96<br />
RENAULT 30.54 -4.23<br />
SAINT-GOBAIN 33.355 -0.43<br />
SANOFI-AVENTIS 54.05 -0.17<br />
SCHNEI<strong>DE</strong>R ELECTR 78.91 -2.42<br />
SOCIETE GENERALE 39.555 -2.38<br />
STMICROELECTRONI 6.168 -3.17<br />
SUEZ ENV 16.035 -1.02<br />
TECHNIP 52.43 -2.91<br />
TOTAL 41.98 -1.63<br />
UNIBAIL RODAMCO 146.85 -0.37<br />
VALLOUREC 133.45 -2.52<br />
VEOLIA ENVIRON 24.055 -0.93<br />
VINCI 38.31 -1.01<br />
VIVENDI 18.41 -0.75<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 43<br />
BOLSAS INTERNACIONAIS<br />
Bélgica - Bel 20<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
DJ Euro STOXX 50 2730.57 -1.71<br />
BEL20 2502.89 -0.72<br />
ACKERMANS V.HAAR 50 -0.08<br />
BEKAERT 112.3 2.6<br />
BELGACOM 26.19 0.06<br />
COFINIMMO-SICAFI 99.27 0.08<br />
COLRUYT 177.5 1.43<br />
<strong>DE</strong>LHAIZE GROUP <strong>56</strong>.91 0.39<br />
<strong>DE</strong>XIA 3.94 -2.45<br />
FORTIS 2.54 -1.47<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
GBL 65.08 -0.64<br />
GDF SUEZ 27.45 -0.38<br />
AB INBEV 36.44 -0.38<br />
KBC GROEP 32.43 -3.28<br />
MOBISTAR 42.62 0.58<br />
NAT PORTEFEUIL D 36.72 -1.29<br />
OMEGA PHARMA 36.1 -1.1<br />
SOLVAY 71.44 -0.97<br />
UCB 32.805 -0.89<br />
Euronext - Euronext 100<br />
Título Última Var. Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
Cot. € %<br />
ACCOR 36.465 -0.37<br />
ADP 57.5 0.35<br />
AEGON 4.362 -2<br />
AHOLD KON 8.98 -0.13<br />
AIR FRANCE - KLM 9.894 -1.45<br />
AIR LIQUI<strong>DE</strong> 84.08 -0.24<br />
AKZO NOBEL 38.75 -1.<strong>56</strong><br />
ALSTOM 47.65 -0.83<br />
ALCATEL-LUCENT 2.192 -0.59<br />
ASML HOLDING 23.1 -2.2<br />
AXA 14.88 -1.94<br />
BELGACOM 26.19 0.06<br />
B.COM.PORTUGUES 0.725 -2.82<br />
B.ESPIRITO SANTO 3.681 -2.31<br />
BNP PARIBAS 52.63 -2.45<br />
BOUYGUES 34.685 -1.32<br />
BRISA 6.073 -2.05<br />
BUREAU VERITAS 37.34 2.54<br />
CREDIT AGRICOLE 10.47 -3.23<br />
CAP GEMINI 33.51 -1.9<br />
CARREFOUR 33.765 -0.94<br />
CASINO GUICHARD 59.12 0.03<br />
CIMENTS FRANCAIS 65.71 -2.01<br />
NATIXIS 3.606 0.14<br />
CNP ASSURANCES 65.01 -0.43<br />
COLRUYT 177.5 1.43<br />
CORIO 44.76 0.09<br />
DANONE 43.205 -0.09<br />
DASSAULT SYSTEM 41.435 -0.73<br />
<strong>DE</strong>LHAIZE GROUP <strong>56</strong>.91 0.39<br />
<strong>DE</strong>XIA 3.94 -2.45<br />
CHRISTIAN DIOR 72.88 0.36<br />
KONINKLIJKE DSM 32.75 -0.06<br />
EADS 15.045 1.18<br />
EDF 37.44 -1.47<br />
EDP 2.8 -1.72<br />
EDP RENOVAVEIS 5.918 -0.9<br />
REED ELSEVIER 8.437 0.75<br />
ERAMET 223.05 -1.76<br />
ESSILOR INTERNAT 43.55 -0.73<br />
EUTELSAT COMM. 24.7 0.08<br />
SO<strong>DE</strong>XO 42.83 0.62<br />
FORTIS 2.54 -1.47<br />
EIFFAGE 36.045 -1.97<br />
FRANCE TELECOM 16.845 -0.91<br />
GALP ENERGIA 11.93 -0.25<br />
GBL 65.08 -0.64<br />
GDF SUEZ 27.45 -0.38<br />
HEINEKEN 36.115 3.08<br />
HERMES INTL 96.81 -1.12<br />
Euronext - Next 150<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
BAM GROEP KON 5.863 -0.73<br />
DIETEREN 316 1.87<br />
SONAE 0.826 -2.82<br />
BEFIMMO-SICAFI 61.24 1.63<br />
IMPRESA SGPS 1.35 0<br />
PORTUCEL 1.853 -0.38<br />
RHODIA 13.095 -0.61<br />
VILMORIN & Cie 80.78 -0.26<br />
FAURECIA 12.55 -3.39<br />
ARKEMA 26.15 -0.21<br />
RALLYE 23.555 -1.3<br />
VALEO 20.62 -3.15<br />
NEXITY 25.8 0.8<br />
NUTRECO 43.76 0.25<br />
ORPEA 30.165 0.42<br />
HAVAS 3.052 -1.36<br />
IMTECH 22.57 -0.75<br />
EUROCOMMERCIAL 28 -0.36<br />
BULL 3.49 0.58<br />
SMIT INTERNA 61.88 0.13<br />
ARCADIS 15.92 -0.84<br />
TOMTOM N.V. 5.901 3.29<br />
HEIJMANS 12.47 -2.12<br />
CSM 20.6 -0.1<br />
LOGICA 1.4 1.74<br />
ALTEN 19.68 -0.3<br />
MANITOU BF 9.391 -2.18<br />
MARTIFER 3.08 -1.28<br />
MAUREL ET PROM 10.97 -1.22<br />
AALBERTS INDUSTR 9.88 0.11<br />
ACKERMANS V.HAAR 50 -0.08<br />
AGFA-GEVAERT 6.41 -1.08<br />
ALTRI SGPS SA 4.307 1.7<br />
APRIL GROUP 23.2 -1.07<br />
ASM INTERNATIONA 16.425 -0.39<br />
ATOS ORIGIN 34.05 -0.95<br />
BARCO 29.49 -1.86<br />
BANCO BPI SA 1.94 -3<br />
BEKAERT 112.3 2.6<br />
BIC 53 -0.58<br />
BINCKBANK 13.2 -1.86<br />
BIOMERIEUX 80.35 0.17<br />
BANIF-SGPS 1.14 -0.87<br />
BONDUELLE 81.5 0.62<br />
BOSKALIS WESTMIN 24.38 -0.47<br />
WESSANEN KON 3.573 0.48<br />
CARBONE-LORRAINE 24.345 0.19<br />
SECHE ENVIRONNEM 52.9 1.63<br />
AREVA CI 325.15 0.99<br />
C F E 33.95 -3.06<br />
BENETEAU 11.905 -0.13<br />
CMB 21.45 -1.42<br />
CLUB MEDITERRANE 11.23 -0.31<br />
COFINIMMO-SICAFI 99.27 0.08<br />
CIMPOR SGPS 5.54 -5.35<br />
CRUCELL 14.075 0.54<br />
<strong>DE</strong>RICHEBOURG 2.864 -2.82<br />
DRAKA HOLDING 12.02 1.01<br />
EDF ENERG NOUV 37.12 0.37<br />
EULER HERMES 54.95 0.71<br />
EURONAV 14.84 0.68<br />
EUROFINS SCIENT 31.08 -0.58<br />
EURAZEO 47 -3.44<br />
EVS BROADC.EQUIP 40.85 -0.68<br />
EXACT HOLDING 18.085 -0.47<br />
FAIVELEY 60.42 0.62<br />
FONC <strong>DE</strong>S REGIONS 73.82 -1.16<br />
FUGRO 43.285 -2.1<br />
STALLERGENES 58.28 -0.38<br />
CGG VERITAS 18.465 -2.2<br />
GROUP EUROTUNNEL 7.512 -1.29<br />
LISI 34.5 0<br />
GIMV 36.67 -0.76<br />
GL EVENTS 16.55 -0.9<br />
BOURBON 25.235 -2.23<br />
ICA<strong>DE</strong> 73 -1.22<br />
ILIAD 77.91 0.32<br />
IMERYS 38.2 -1<br />
ING GROEP 6.6 -4.67<br />
ARCELORMITTAL 28.21 -2.67<br />
JC <strong>DE</strong>CAUX SA 18.32 -0.33<br />
KBC GROEP 32.43 -3.28<br />
KPN KON 11.705 -0.13<br />
LAFARGE 49.1 -2.54<br />
LAGAR<strong>DE</strong>RE S.C.A. 26.85 -0.9<br />
LEGRAND 22.27 -0.71<br />
KLEPIERRE 27.45 -0.33<br />
L.V.M.H. 79 -1.35<br />
MICHELIN 50.87 -2.42<br />
MOBISTAR 42.62 0.58<br />
L OREAL 74.93 -0.74<br />
PAGES JAUNES 8.212 0.15<br />
PERNOD RICARD <strong>56</strong>.12 -0.23<br />
PEUGEOT 19.74 -1.57<br />
PHILIPS KON 21.77 -2.38<br />
PPR 82.4 -1.96<br />
PORTUGAL TELECOM 7.76 -0.63<br />
PUBLICIS GROUPE 28.515 1.12<br />
RANDSTAD 31.47 -1.93<br />
R.DUTCH SHELL A 20.245 -0.76<br />
RENAULT 30.54 -4.23<br />
SAFRAN 15.3 0.46<br />
SANOFI-AVENTIS 54.05 -0.17<br />
SCHNEI<strong>DE</strong>R ELECTR 78.91 -2.42<br />
SCOR SE 17.7 0.17<br />
SES 17.275 -0.72<br />
SUEZ ENV 16.035 -1.02<br />
VINCI 38.31 -1.01<br />
SAINT-GOBAIN 33.355 -0.43<br />
SOCIETE GENERALE 39.555 -2.38<br />
SOLVAY 71.44 -0.97<br />
STMICROELECTRONI 6.168 -3.17<br />
THALES 28.635 -2.1<br />
TECHNIP 52.43 -2.91<br />
TF1 11.575 -1.2<br />
TNT 19.065 -2.33<br />
TOTAL 41.98 -1.63<br />
UCB 32.805 -0.89<br />
UNIBAIL RODAMCO 146.85 -0.37<br />
UNILEVER CERT 22.43 -0.36<br />
VEOLIA ENVIRON 24.055 -0.93<br />
VIVENDI 18.41 -0.75<br />
VALLOUREC 133.45 -2.52<br />
WOLTERS KLUWER 14.93 -0.53<br />
WOLTERS KLUWER 14.93 -0.53<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
GRONTMIJ 16.19 -2.41<br />
GEMALTO 30.53 -0.02<br />
GUYENNE GASCOGNE 63.5 -0.16<br />
INGENICO 17.885 -0.64<br />
IPSEN 38.45 0.1<br />
IPSOS 23 -2.13<br />
J MARTINS SGPS 7.045 0.5<br />
KARDAN NV 4.45 -0.96<br />
MEETIC 21.27 0.52<br />
NEOPOST 58.31 0.02<br />
MERCIALYS 25.93 0.31<br />
M6-METROPOLE TV 18.61 -1.01<br />
MOTA ENGIL 3.131 -3.42<br />
WEN<strong>DE</strong>L 39.3 0<br />
NICOX 5.09 -2.79<br />
NEXANS 53.49 0.<strong>56</strong><br />
NIEUWE STEEN INV 14.66 0.41<br />
TEN CATE KON 19.03 -0.44<br />
NYRSTAR (D) 9.99 -2.25<br />
OCE 8.587 -0.15<br />
OMEGA PHARMA 36.1 -1.1<br />
MEDIQ 12.63 -2.09<br />
PROLOGIS EUR PRP 5.2 2.93<br />
PIERRE &VACANCES 49.66 -0.7<br />
HAULOTTE GROUP 6.04 -0.98<br />
REMY COINTREAU 35.19 -0.4<br />
REN 2.92 0.34<br />
RHJ INTERN. 6.1 -0.81<br />
TELEPERFORMANCE 23.32 -1.17<br />
RUBIS 57.43 0.12<br />
REXEL 9.762 -0.99<br />
SAFT 28.85 -1.87<br />
SBM OFFSHORE 13.48 -1.82<br />
SEB 47.7 -0.21<br />
SECHILIENNE SI<strong>DE</strong> 22.71 0.11<br />
SEMAPA 7.151 -3.06<br />
SILIC 82.65 0.18<br />
SELOGER.COM 25.25 0<br />
SLIGRO FOOD GP 23.5 -0.93<br />
SONAECOM SGPS 1.617 -3.23<br />
SOITEC 9.806 -2.81<br />
SONAE INDUSTRIA 2.227 -3.13<br />
SOPRA GROUP 52 0<br />
SPERIAN PROTEC 46.955 0.33<br />
SNS REAAL 3.881 -2.44<br />
TEIXEIRA DUARTE 0.874 -2.78<br />
GROUPE STERIA 21.32 -1.14<br />
TESSEN<strong>DE</strong>RLO 22.65 -1.52<br />
TECHNICOLOR 0.98 -0.71<br />
TELENET GRP HLDG 21.02 -1.31<br />
TRANSGENE 20.61 -1.34<br />
TKH GROUP NV 13.015 0.08<br />
UBISOFT ENTERT. 9.26 -1.7<br />
UMICORE 22.41 -2.78<br />
USG PEOPLE N.V. 12.46 -2.43<br />
VASTNED RETAIL 46.765 0.15<br />
VIRBAC 76.5 -0.91<br />
VOPAK 53.67 -1.32<br />
SEQUANA 7.115 2.39<br />
WAVIN NV 1.613 -0.86<br />
WDP-SICAFI 33.1 0.3<br />
WERELDHAVE 66.01 -0.21<br />
ZODIAC AEROSPACE 32.705 1.47<br />
ZON MULTIMEDIA 3.705 -1.98<br />
AMG 7.822 -1.39<br />
PLASTIC OMNIUM 23.25 -1.48<br />
BETER BED 18.98 -1.15<br />
ACCELL GROUP 33.6 1.11<br />
BRUNEL INTERNAT 27.7 -1.95<br />
E.SANTO FINANCIA 14.99 0.27<br />
SIPEF 39.47 -0.58<br />
THROMBOGENICS 15.15 1<br />
UNIT 4 AGRESSO 17.265 4.01<br />
ALTRAN TECHN. 3.507 0.26<br />
AREVA CI 325.15 0.99
44 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
FUNDOS <strong>DE</strong> INVESTIMENTO NACIONAIS<br />
BANIF EURO-TESOURARIA 7.276 7.2759 Z<br />
BANIF PPA 6.0808 6.0596 L<br />
BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA FIXA 6.7398 6.7414 S<br />
BANIF ACÇÕES PORTUGAL 4.6638 4.6457 A<br />
BANIF EURO ACÇÕES 1.8467 1.838 P<br />
BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA VAR 4.3877 4.3911 U<br />
BANIF IMOPREDIAL 7.3808 7.3799<br />
BANIF GESTÃO PATRIMONIAL 3.7355 3.7344 J<br />
BANIF GESTÃO ACTIVA 3.2412 3.2407 J<br />
BANIF EUROPA <strong>DE</strong> LESTE 3.9052 3.9129 F.Fundos<br />
BANIF AMÉRICA LATINA 4.3517 4.3089<br />
BANIF ÁSIA 3.9677 3.9708<br />
BANIF PROPERTY 1003.517 1003.008<br />
www.montepio.pt<br />
Informações 808 20 26 26<br />
Montepio Gestão de Activos Financeiros<br />
Montepio Accoes 99.66<strong>56</strong> 98.4961 -<br />
Montepio Accoes Europa 33.9653 33.6495 -<br />
Montepio Euro Telcos 50.1044 49.6251 -<br />
Montepio Euro Utilities 62.3019 61.6<strong>56</strong>7 -<br />
Montepio Monetario 66.87<strong>56</strong> 66.873 -<br />
Montepio Obrigacoes 83.9399 83.9219 -<br />
Montepio Taxa Fixa 68.0354 68.1699 -<br />
Montepio Tesouraria 87.4695 87.4592 -<br />
Multi Gestao Mercados Emergentes 43.9593 43.2473 -<br />
Multi Gestao Equilibrada 43.2489 42.8144 -<br />
Multi Gestao Dinamica 28.9909 28.5738 -<br />
Multi Gestao Prudente 49.1929 48.9032 -<br />
imorendimento@imorendimento.pt Telef: 226 07 <strong>56</strong> 60<br />
Imorendimento II - FIIF 6,1729<br />
Gestimo - FIIF 8,6223<br />
Continental Retail - FIIF 5,0979<br />
Multipark - FIIF 4,4044<br />
Prime Value - FEIIF 5,9096<br />
Natura - FIIF 5,0475<br />
Historic Lodges - FIIF 4,927<br />
Fundos de investimento<br />
Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />
valor € ant. €<br />
BARCLAYS GLOBAL CONSERVADOR 7.9344 7.8666 F.Fundos<br />
BARCLAYS GLOBAL MO<strong>DE</strong>RADO 11.0492 10.9188 J<br />
BARCLAYS FPR/E RENDIMENTO 12.1729 12.1784 X<br />
BARCLAYS PREMIER TESOURARIA 9.9336 9.9311 Z<br />
BARCLAYS FPR/E 13.1278 13.1066 X<br />
BARCLAYS PREMIER OBRG EURO 10.4279 10.4343 S<br />
BARCLAYS PREMIER ACÇÕES PORTUG 12.035 11.8749 A<br />
BARCLAYS FPA 15.4645 15.2543 L<br />
BARCLAYS GLOBAL ACÇÕES 10.4573 10.2529 F.Fundos<br />
BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 100 - 4.9586 4.9549 F.Fundos<br />
BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 300 - 5.0834 5.0792 F.Fundos<br />
BARCLAYS GLOBAL <strong>DE</strong>FENSIVO 10.4706 10.4734 F.Fundos<br />
MILLENNIUM ACÇÕES AMERICA 2.3998 2.3868<br />
MILLENNIUM ACÇÕES JAPÃO 2.39 2.4475<br />
MILLENNIUM AFORRO PPR 5.555 5.5537<br />
MILLENNIUM DISPONIVEL 49.2528 49.247<br />
MILLENNIUM EURO TAXA FIXA 11.3594 11.3684<br />
MILLENNIUM EUROCARTEIRA 9.3842 9.351<br />
MILLENNIUM EUROFINANCEIRAS 2.9105 2.9076<br />
MILLENNIUM EUROPDUP OPORT - FEI 5.2302 5.2295<br />
MILLENNIUM EXTRATESO 5511.374 5511.1729<br />
MILLENNIUM EXTRATESO II 5469.3042 5469.1519<br />
MILLENNIUM GESTÃO DINAMICA 44.4303 44.2751<br />
MILLENNIUM GLOBAL UTILITIES 5.3497 5.3234<br />
MILLENNIUM INVEST PPR ACES 4.89<strong>56</strong> 4.8846<br />
MILLENNIUM MERCADOS EMERGENTES 7.9645 8.0208<br />
MILLENNIUM MONETSEMES 5298.8311 5298.7012<br />
MILLENNIUM OBRIGAÇÕES 5.331 5.3303<br />
MILLENNIUM OBRIGAÇÕES EUROPA 4.961 4.9627<br />
MILLENNIUM OBRIGAÇÕES MUNDAIS 10.7035 10.7014<br />
MILLENNIUM POUPANA PPR 6.1334 6.1231<br />
MILLENNIUM PPA 24.25<strong>56</strong> 24.148<br />
MILLENNIUM PREMIUM 5.0467 5.0464<br />
MILLENNIUM PRESTIGE CONSERVADO 7.2341 7.2287<br />
MILLENNIUM PRESTIGE MO<strong>DE</strong>RADO 6.8891 6.8776<br />
MILLENNIUM PRESTIGE VALORIZADO 7.0022 6.9842<br />
MILLENNIUM RENDIMENTO MENSAL 3.7694 3.7688<br />
POPULAR VALOR 3.097 3.0885 B<br />
POPULAR PPA 5.2273 5.2261 L<br />
POPULAR GLOBAL 25 5.1476 5.1484 J<br />
POPULAR GLOBAL 50 4.1008 4.1039 J<br />
POPULAR GLOBAL 75 3.2664 3.2718 J<br />
POPULAR ACÇÕES 2.9831 2.9718 P<br />
POPULAR EURO TAXA FIXA 6.3714 6.3729 S<br />
POPULAR TESOURARIA 5.4207 5.4208 Z<br />
POPULAR IMOBILIÁRIO 5.6924 5.6914 F.Fundos<br />
POPULAR PREDIFUNDO 11.4281 11.4252 F.Fundos<br />
ALVES RIBEIRO - MÉDIAS EMPRESAS 64.5246 64.5709<br />
ALVES RIBEIRO - FPR/E 7.4525 7.4298<br />
BBVA BOLSA EURO 2.4198 2.4198<br />
BBVA CASH 9.188 9.188<br />
BBVA EUROPA MXIMO 5.0706 5.0714<br />
BBVA GEST FLEX TODO-0-TERRENO 5.2362 5.14<strong>56</strong><br />
BBVA IMOBILIARIO 6.1683 6.1066<br />
BBVA OBRIGAÇÕES 4.9936 4.9917<br />
BBVA OBRIGAÇÕES GOVERNOS 5.0229 5.0149<br />
BBVA PPA INDICE PSI20 5.6985 5.5963<br />
Fundos de investimento<br />
Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />
valor € ant. €<br />
FUNDO CAPIT GAR EUR CONS BBVA 5.3296 5.3296<br />
FUNDO GARANT BBVA 100 IBEX PROS 5.6409 5.6409<br />
FUNDO GARANT BBVA RANKING PLUS 6.0639 6.0618<br />
FUNDO GARANT TOPDIVID BBVA 5.6132 5.6132<br />
FUNDO GARANT TOPDIVID II BBVA 5.2999 5.2999<br />
BPI BRASIL 9.2343 9.3148<br />
BPI CAP CI AGRESSIVO 0 0<br />
BPI CAP CI CONSERVADOR 0 0<br />
BPI CAP CI EQUILIBRADO 0 0<br />
BPI CAP CI ULTRACONSERVADOR 0 0<br />
BPI EURO TAXA FIXA 12.614 12.5985<br />
BPI EUROPA CRESCIMENTO 10.7514 10.8235<br />
BPI EUROPA VALOR 16.6339 16.6772<br />
BPI GLOBAL 5.8428 5.8392<br />
BPI LIQUI<strong>DE</strong>Z 6.9467 6.9424<br />
BPI OBRIGAÇÕES A.R.A.R 7.5382 7.5087<br />
BPI PERPETUAS FEI 5.6447 5.6553<br />
BPI PORTUGAL 13.5771 13.557<br />
BPI POUPANCA ACÇÕES 14.7292 14.7083<br />
BPI REESTRUCTURAÇÕES 6.8299 6.8704<br />
BPI REFORMA ACÇÕES PPR 6.6<strong>56</strong>6 6.6628<br />
BPI REFORMA INVEST PPR 13.0985 13.0937<br />
BPI REFORMA SEGURA PPR 12.6774 12.6706<br />
BPI SELECO 4.4782 4.4894<br />
BPI TAXA VARIAVEL 6.4038 6.403<br />
BPI TAXA VARIAVEL PPR 5.6871 5.6863<br />
BPI TECNOLOGIAS 1.0055 1.0151<br />
BPI TESOURARIA 7.1597 7.1577<br />
BPI UNIVERSAL 6.2983 6.2929<br />
BPN ACÇÕES PORTUGAL 4.2503 4.2265<br />
BPN ACÇÕES GLOBAL 4.9385 4.9249<br />
BPN CONSERVADOR 4.3873 4.3876<br />
BPN DIVERSIFICAÇÃO 3.6995 3.6988<br />
BPN OPTIMIZADO 5.4713 5.4661<br />
BPN TAXA FIXA EURO 5.8938 5.8948<br />
BPN TESOURARIA 5.4936 5.4937<br />
BPN VALORIZAÇÃO 5.5703 5.5577<br />
BPN IMONEGOCIOS 5.6862 5.6845 BPN IMOFUNDOS<br />
BPN REAL ESTATE 452.3239 452.0126 BPN IMOFUNDOS<br />
BPN IMOGLOBAL 476.8443 400.1469 BPN IMOFUNDOS<br />
BPN IMOMARINAS 106.7527 106.8016 BPN IMOFUNDOS<br />
EUROREAL 212.5192 212.1257 BPN IMOFUNDOS<br />
CAIXAGEST CURTO 9.3289 9.329<br />
CAIXAGEST RENDIM 3.6201 3.62<br />
CAIXAGEST TESOUR 9.9607 9.9607<br />
CAIXAGEST ACCOES EUROPA 7.1348 7.103<br />
CAIXAGEST ACCOES PORTUGAL 13.4938 13.4328<br />
CAIXAGEST OBRIGACOES EURO 9.6371 9.6394<br />
CAIXAGEST RENDA MENSAL 3.8714 3.8709<br />
CAIXAGEST ACCOES EUA 2.909 2.8713<br />
CAIXAGEST ACCOES ORIENTE 5.5351 5.5866<br />
CAIXAGEST MOEDA 6.9312 6.9305<br />
CAIXAGEST ESTRATEGIA EQUILIBRADA 5.7296 5.7258<br />
CAIXAGEST PPA 12.6794 12.6263<br />
CAIXAGEST OPTIMIZER 5.6243 6.0028<br />
CAIXAGEST MAXI SELECCAO 5.1645 5.1658<br />
CAIXAGEST MAXIPREM 2010 6.4435 6.4433<br />
POSTAL ACCOES 8.7114 8.6739<br />
POSTAL CAPITALIZ 13.3135 13.3079<br />
POSTAL TESOURARI 9.7395 9.7371<br />
RAIZ CONSERVADOR 5.3488 5.3454<br />
RAIZ EUROPA 3.6236 3.6137<br />
RAIZ GLOBAL 4.7354 4.7246<br />
RAIZ POUPANCA ACÇÕES 19.0551 18.9769<br />
RAIZ RENDIMENTO 6.1948 6.195<br />
RAIZ TESOURARIA 7.6957 7.696<br />
RAIZ TOP CAPITAL 9.9715 9.9796<br />
RAIZ VALOR ACUMULADO 10.1633 10.155<br />
FINIPREDIAL 8.8992 8.8959<br />
FINICAPITAL 5.7291 5.6551<br />
FINIRENDIMENTO 5.0725 5.0715<br />
FINIGLOBAL 6.2439 6.2165<br />
FINIBOND - MARCADOS EMERGENTES 11.8527 11.7844<br />
FINIFUNDO - ACÇÕES INTERNACIONAL 3.2952 3.2609<br />
PPA FINIBANCO 8.2291 8.1505<br />
ES ABS OPPORTUNITY 90.18 90.19<br />
ES ACÇÕES AMERICA 6.8555 6.79<br />
ES ACÇÕES EUROPA 9.9178 9.8679<br />
ES ACÇÕES GLOBAL 5.8321 5.801<br />
ES AFRICA 4.3478 4.3<strong>56</strong>2<br />
ES ALPHA 3 5.0514 5.0479<br />
ES AMERICAN GROWTH 120.52 120.53<br />
ES ARRENDAMENTO 1000.239 1000.771<br />
ES BRASIL 5.3035 5.2095<br />
ES CAPITALIZAÇÃO 8.9862 8.9689<br />
ES CAPITALIZAÇÃO DINAMICA 4.487 4.4844<br />
ES EMERGING MARKETS 121.31 121.51<br />
ES ESTRATEGIA ACTIVA 5.1645 5.1552<br />
ES ESTRATEGIA ACTIVA II 4.6449 4.6362<br />
ES EURO BOND 1057.14 10<strong>56</strong>.41<br />
ES EUROPEAN EQUITY 75.51 75.62<br />
ES EUROPEAN RESPEQ FUND 12.7773 12.7944<br />
ES GLOBAL BOND 162.74 162.82<br />
ES GLOBAL ENHANCED 600.69 600.38<br />
ES GLOBAL EQUITY 79.22 79.74<br />
ES MERCADOS EMERGENTES 6.5235 6.5068<br />
ES MOMENTUM 3.726 3.7077<br />
ES MONETARIO 6.8043 6.8034<br />
ES OBRIGAÇÕES EUROPA 11.2967 11.2945<br />
ES OBRIGAÇÕES GLOBAL 10.1759 10.1607<br />
ES PORTUGAL ACÇÕES 6.3164 6.2788<br />
ES PPA 14.9302 14.8467<br />
ES PPR 14.9047 14.8977<br />
ES RECONVERSÃO URBANA 999.2037 999.6536<br />
ES RECONVERSÃO URBANA II 1001.98 1002.816<br />
ES REND FIXO FEI 5.0412 5.0385<br />
ES REND FIXO II FEI 5.0343 5.032<br />
ES SHORT BOND EURO DIS 522.8 522.67<br />
ESPIRITO SANTO ALTA VISTA 910.654 911.9289<br />
ESPIRITO SANTO LOGISTICA 5.0189 5<br />
ESPIRITO SANTO PLANO CRESCIMENTO 5.4112 5.3976<br />
ESPIRITO SANTO PLANO DINAMICO 4.0398 4.0316<br />
ESPIRITO SANTO PLANO PRU<strong>DE</strong>NTE 5.4531 5.4481<br />
ESPIRITO SANTO RENDIMENTO 5.335 5.3309<br />
ESPIRITO SANTO EST ACES 5.3085 5.2973<br />
ESPIRITO SANTO PREMIUM 5.3319 5.3277<br />
ESPIRITO SANTO REND DINAMICO 6.7317 6.7065<br />
ESPIRITO SANTO REND PLUS 5.4395 5.4285<br />
Seguros de Investimento<br />
Seguro Gestora Valor patrimonial 23/02/10<br />
VICTORIA INVEST VICTORIA - SEGUROS <strong>DE</strong> VIDA 126,27903<br />
VICTORIA REFORMA VALOR VICTORIA - SEGUROS <strong>DE</strong> VIDA 96,26533<br />
ACÇÕES DINÂMICO EUROVIDA 50,1986<br />
IMOBILIÁRIO EUROVIDA 79,2274<br />
INTERNACIONAL ACÇÕES EUROVIDA 52,0006<br />
POUPANÇA EUROVIDA 81,7748<br />
PPR ACTIVO EUROVIDA 78,5702<br />
PPR ACTIVO ACÇÕES EUROVIDA 61,3983<br />
PPR AFORRO EUROVIDA 53,2373<br />
PPR GARANTIA EUROVIDA 66,8037<br />
PPR SEGURANÇA EUROVIDA 77,8007<br />
PPR 25% (2012) EUROVIDA 59,5<strong>56</strong>2<br />
PPR/E VALOR REAL EUROVIDA 80,4187<br />
PPR/E 4,50% (2008) EUROVIDA 66,1099<br />
PPR/E 61% EUROVIDA 75,6838<br />
SELECÇÃO EUROVIDA 74,3748<br />
Fundos PPR/PPE<br />
Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />
valor € ant. €<br />
PPR BBVA 10,2429 10,2447 BBVA FUNDOS<br />
BBVA SOLI<strong>DE</strong>Z PPR 5,5051 5,5012 BBVA FUNDOS<br />
BBVA PROTECÇÃO 2015 5,4178 5,4161 BBVA FUNDOS<br />
BBVA PROTECÇÃO 2020 5,1097 5,1045 BBVA FUNDOS<br />
PPR/E -PATRIM.REFORMA PRU<strong>DE</strong>NTE 1,3442 1,3441 S.G.F.<br />
PPR-PATRIM.REFORMA CONSERVADOR 6,5894 6,5908 S.G.F.<br />
PPR/E -PATRIM.REFORMA EQUILIBR 6,1598 6,1581 S.G.F.<br />
PPR/E -PATRIM.REFORMA ACÇÕES 5,3395 5,3374 S.G.F.<br />
F.P. SGF - EMPRESAS 9,3618 9,3613 S.G.F.<br />
SGF EMPRESAS PRU<strong>DE</strong>NTE 5,6554 5,6<strong>56</strong>7 S.G.F.<br />
F.P. PPR ACÇÕES DINÂMICO 5,1783 5,1796 S.G.F.<br />
F.P. PPR GARANTIDO 5,479 5,4801 S.G.F.<br />
PPR VINTAGE 9,5701 9,<strong>56</strong>72 ESAF-ESFP<br />
MULTIREFORMA 9,7728 9,7711 ESAF-ESFP<br />
F.P. ESAF - PPA 7,2537 7,2<strong>56</strong>4 ESAF-ESFP<br />
MULTIREFORMA PLUS 5,5125 5,5077 ESAF-ESFP<br />
MULTIREFORMA ACÇÕES 5,9283 5,9027 ESAF-ESFP<br />
ES-MULTIREFORMA CAPITAL GARANT 5,133 5,134 ESAF-ESFP<br />
REFORMA EMPRESA 8,8397 9,2186 SANTAN<strong>DE</strong>R PENSÕES<br />
PPA VALORIS 8,2104 8,1874 AXA PORTUGAL<br />
MAXIMUS ACTIVUS 4,2528 4,2482 AXA PORTUGAL<br />
MAXIMUS MÉDIUS 4,7495 4,7303 AXA PORTUGAL<br />
MAXIMUS STABILIS 6,261 6,2679 AXA PORTUGAL<br />
PPR/E EUROPA 8,4804 8,4762 PENSÕESGERE<br />
VANGUARDA PPR 6,6417 6,6421 PENSÕESGERE<br />
HORIZONTE VALORIZAÇÃO 10,1745 10,1698 PENSÕESGERE<br />
PPR BNU/VANGUARDA 14,1631 14,1716 PENSÕESGERE<br />
PRAEMIUM "S" 14,2043 14,2069 PENSÕESGERE<br />
PRAEMIUM "V" 16,8857 16,8845 PENSÕESGERE<br />
HORIZONTE VALORIZAÇÃO MAIS 8,2053 8,1997 PENSÕESGERE<br />
HORIZONTE SEGURANÇA 8,7259 8,7311 PENSÕESGERE<br />
TURISMO PENSÕES 6,4021 6,8993 PENSÕESGERE<br />
CAIXA REFORMA ACTIVA 11,3546 11,3844 CGD PENSÕES<br />
CAIXA REFORMA VALOR 4,9153 4,9091 CGD PENSÕES<br />
REFORMA + 6,6624 6,2713 ALLIANZ-SGFP, SA<br />
Rentabilidades<br />
Fundos do mercado monetário euro<br />
Ult 12 meses Classe Valor da UP **<br />
rend. anualizada de risco (Euro)<br />
F.I.M. CA Monetário<br />
F.I.M. Montepio Monetário<br />
1,03<br />
0,45<br />
*<br />
1<br />
5,1022<br />
66,8654<br />
Fundos de tesouraria Euro<br />
F.I.M. Banif Euro Tesouraria<br />
F.I.M. Barclays Tesouraria Plus<br />
F.I.M. BBVA Cash<br />
F.I.M. BPI Liquidez<br />
F.I.M. BPI Tesouraria<br />
F.I.M. BPN Tesouraria<br />
F.I.M. Caixagest Curto Prazo<br />
F.I.M. Caixagest Moeda<br />
F.I.M. Caixagest Tesouraria<br />
F.I.M. Postal Tesouraria<br />
F.I.M. Raiz Tesouraria<br />
F.I.M. MNF Euro Tesouraria<br />
F.I.M. Montepio Tesouraria<br />
F.I.M. Popular Tesouraria<br />
F.I.M. Santander MultiTesouraria<br />
3,71<br />
3,38<br />
3,35<br />
1,91<br />
1,13<br />
6,21<br />
-2,66<br />
-0,47<br />
-2,59<br />
1,45<br />
0,84<br />
4,58<br />
1,70<br />
1,67<br />
1,71<br />
1<br />
*<br />
2<br />
1<br />
1<br />
2<br />
2<br />
1<br />
2<br />
1<br />
1<br />
*<br />
1<br />
1<br />
1<br />
7,2637<br />
5,2535<br />
9,1816<br />
6,9643<br />
7,1735<br />
5,4914<br />
9,3216<br />
6,9236<br />
9,9508<br />
9,7447<br />
7,6971<br />
5,3184<br />
87,4819<br />
5,4272<br />
10,8344<br />
Fundos de obrigações taxa indexada euro<br />
Rend. anualizada Risco Classe<br />
Últimos<br />
12 meses<br />
Últimos<br />
24 meses<br />
últimos<br />
2 anos<br />
de<br />
risco<br />
F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Variável 9,37 -5,97 5,24 3<br />
F.I.M. Barclays Obrigações Taxa Variável Euro* 5,91 *<br />
F.I.M. BPI Taxa Variável 7,13 -8,04 6,19 3<br />
F.I.M. BPN Conservador<br />
F.I.M. Caixagest Obrigações Mais<br />
21,27<br />
14,36<br />
-15,76<br />
-0,33<br />
12,31<br />
3,88<br />
4<br />
2<br />
F.I.M. Caixagest Renda Mensal 0,02 -7,80 4,01 2<br />
F.I.M. Caixagest Rendimento -7,45 -10,32 4,79 2<br />
F.I.M. Postal Capitalização 6,67 -1,28 3,30 2<br />
F.I.M. Raiz Rendimento 2,85 1,52 0,47 1<br />
F.I.M. Esp. Santo Capitalização<br />
F.I.M. Esp. Santo Capitalização Dinâmica<br />
-3,85<br />
-13,46<br />
-2,10<br />
-7,10<br />
2,24<br />
4,35<br />
2<br />
2<br />
F.I.M. Esp. Santo Renda Mensal* -1,89 -0,84 1,87 1<br />
F.I.M. Finirendimento 5,37 1,97 1,62 2<br />
F.I.M. Millennium Obrigações -0,03 -10,90 6,60 3<br />
F.I.M. Millennium Obrigações Mundiais -6,01 -12,93 7,68 3<br />
F.I.M. Millennium Premium<br />
F.I.M. Millennium Rendimento Mensal<br />
4,90<br />
5,81<br />
-1,69<br />
-8,19<br />
5,07<br />
6,44<br />
2<br />
3<br />
F.I.M. Montepio Obrigações 14,12 0,94 5,04 2<br />
F.I.M. Santander MultiCrédito* 2,97 -1,00 2,<strong>56</strong> 2<br />
F.I.M. Santander MultiObrigações* 1,04 -5,96 4,48 2<br />
* - O Fundo Barclays Obrigações Taxa Variável Euro incorporou por fusão o Fundo Barclays Renda Mensal<br />
* - O Fundo Esp. Santo Renda Mensal incorporou por fusão o Fundo Esp. Santo Renda Trimestral<br />
* - O Fundo Santander MultiCurto Prazo passou a designar-se por Santander MultiCrédito<br />
* - O Fundo Santander MultiObrigações incorporou por fusão o Fundo Santander Multibond Premium<br />
Fundos de obrigações taxa fixa euro<br />
F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Fixa 5,27 4,34 4,82 2<br />
F.I.M. Barclays Premier Obrig. Euro 8,95 6,43 5,11 3<br />
F.I.M. BPI Euro Taxa Fixa 2,62 4,54 5,50 3<br />
F.I.M. BPN Taxa Fixa Euro<br />
F.I.M. Caixagest Obrigações Euro<br />
4,86<br />
3,62<br />
4,11<br />
3,51<br />
5,04<br />
4,96<br />
3<br />
3<br />
F.I.M. Esp. Santo Obrigações Europa 7,01 7,17 5,42 3<br />
F.I.M. Finifundo Taxa Fixa Euro 6,73 5,33 4,13 2<br />
F.I.M. Millennium Euro Taxa Fixa 5,41 4,08 5,16 3<br />
F.I.M. Millennium Obrigações Europa 18,91 -6,43 10,12 4<br />
F.I.M. Montepio Taxa Fixa<br />
F.I.M. Santander Multi Taxa Fixa<br />
2,08<br />
7,05<br />
3,44<br />
6,77<br />
3,31<br />
3,96<br />
2<br />
2<br />
Fundos de obrigações taxa fixa Intern.<br />
F.I.M. BPI Obrigações A.R.A.R. 33,82 2,96 8,54 3<br />
F.I.M. Esp. Santo Obrig. Global 3,18 5,10 6,04 3<br />
Fundos de acções nacionais<br />
F.I.M. Banif Acções Portugal 24,06 -17,69 30,02 6<br />
F.I.M. Barclays Premier Acc. Portugal 25,83 -16,86 28,67 6<br />
F.I.M. BPI Portugal 21,11 -13,34 25,74 6<br />
F.I.M. Caixagest Accões Portugal 19,37 -21,64 25,35 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Portugal Accões 26,67 -12,27 27,85 6<br />
F.I.M. Millennium Acções Portugal 20,00 -16,42 24,82 6<br />
F.I.M. Santander Accões Portugal 28,29 -15,13 28,<strong>56</strong> 6<br />
Fundos de acções da UE, Suíça e Noruega<br />
F.I.M. Banif Euro Acções 13,49 -21,72 36,72 6<br />
F.I.M. BBVA Bolsa Euro 19,70 -14,26 33,07 6<br />
F.I.M. BPI Euro Grandes Capitalizações* 13,48 -13,03 28,98 6<br />
F.I.M. BPI Europa Valor 20,81 -16,95 33,65 6<br />
F.I.M. BPN Acções Europa 25,04 -9,82 29,08 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções Europa 12,70 -19,61 29,52 6<br />
F.I.M. Postal Acções 13,24 -19,82 28,90 6<br />
F.I.M. Raiz Europa 18,72 -10,86 27,75 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Accões Europa 23,18 -12,04 28,32 6<br />
F.I.M. Finicapital 14,05 -18,21 26,22 6<br />
F.I.M. Millennium Eurocarteira 28,58 -17,05 32,43 6<br />
F.I.M. Montepio Acções 20,87 -14,99 27,92 6<br />
F.I.M. Montepio Acções Europa 18,77 -14,25 31,69 6<br />
F.I.M. Popular Acções 17,21 -15,68 31,21 6<br />
F.I.M. Santander Accões Europa 22,63 -16,46 35,04 6<br />
*-OFundo BPI Europa Crescimento passou a designar-se por BPI Euro Grandes Capitalizações<br />
Fundos de acções da América do Norte<br />
F.I.M. BPI América 15,40 -9,03 28,33 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções EUA 13,06 -8,46 31,24 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Acções América 20,79 -13,28 31,47 6<br />
F.I.M. Millennium Acções América 22,75 -5,19 28,72 6<br />
F.I.M. Santander Acções América 11,46 -11,79 32,43 6<br />
F.I.M. Santander Acções USA 20,98 -11,86 32,73 6<br />
Fundos de acções sectoriais<br />
Rend. anualizada Risco Classe<br />
Últimos Últimos últimos de<br />
12 meses 24 meses 2 anos risco<br />
F.I.M. BPI Tecnologias 15,78 -6,13 26,97 6<br />
F.I.M. Millennium Euro Financeiras 41,07 -25,19 49,28 6<br />
F.I.M. Millennium Global Utilities -0,26 -14,37 25,68 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Energy 12,51 -12,82 33,00 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Financial Service 31,18 -23,77 48,45 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Healhcare 12,58 -0,19 21,54 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Telcos 11,25 -11,42 23,62 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Utilities 5,02 -15,25 28,61 6<br />
F.I.M. Santander Euro Fut. Telecomunicações 10,60 -13,52 26,02 6<br />
F.I.M. Santander Euro Futuro Acções Defensivo 10,76 -4,96 26,59 6<br />
F.I.M. Santander Euro Futuro Banca e Seguros 38,95 -24,33 47,89 6<br />
F.I.M. Santander Euro Futuro Ciclico 23,91 -10,55 35,03 6<br />
Outros fundos de acções internacionais<br />
F.I.M. BPI África 23,04 *<br />
F.I.M. BPI Reestruturações 13,84 -4,64 19,23 5<br />
F.I.M. BPN Acções Global 36,13 -10,83 33,89 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções Emergentes 43,73 -12,69 33,91 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções Japão 9,54 -9,60 21,64 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções Oriente 48,64 -5,45 31,10 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Acções Global 16,06 -18,55 31,36 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Mercados Emerg. <strong>56</strong>,83 -13,25 34,51 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Momentum 17,70 -13,20 26,01 6<br />
F.I.M. Finifundo Acções Internacionais 21,68 -18,17 28,80 6<br />
F.I.M. Millennium Acções Japão 8,35 -8,57 21,26 6<br />
F.I.M. Millennium Mercados Emergentes 51,67 -10,18 33,58 6<br />
Fundos mistos predom. obrigações<br />
F.I.M. BPN Optimização 17,18 -6,28 11,24 4<br />
F.I.M. Caixagest Estratégia Equilibrada 9,01 0,15 2,98 2<br />
F.I.M. Santander Multinvest 8,05 -9,95 10,21 4<br />
Fundos mistos predominantemente acções<br />
F.I.M. BPN Valorização 26,74 -9,34 23,17 6<br />
F.I.M. Caixagest Estratégia Arrojada 10,00 -5,04 10,09 4<br />
F.I.M. Finiglobal 11,93 -5,85 11,01 4<br />
F.I.M. Popular Valor 11,81 -13,69 21,61 6<br />
Fundos poupança acções<br />
F.I.M. Banif PPA 24,72 -18,34 30,33 6<br />
F.I.M. Barclays FPA 27,24 -16,76 29,28 6<br />
F.I.M. BPI PPA 20,16 -13,62 26,05 6<br />
F.I.M. Caixagest PPA 21,23 -22,05 25,48 6<br />
F.I.M. Raiz Poupança Acções 24,27 -11,91 23,98 6<br />
F.I.M. Esp. Santo PPA 29,52 -11,52 28,11 6<br />
F.P. ESAF PPA 28,91 -11,52 26,51 6<br />
F.I.M. PPA Finibanco 19,45 -15,80 25,28 6<br />
F.P. PPA Acção Futuro 24,44 -15,25 26,75 6<br />
F.I.M. Millennium PPA 21,82 -15,85 24,71 6<br />
F.I.M. Popular PPA 25,27 -17,33 27,55 6<br />
F.I.M. Santander PPA 24,64 -17,60 28,52 6<br />
Fundos de fundos predominantem. obrig.<br />
F.I.M. Barclays Global Conservador 18,33 3,27 6,65 3<br />
F.I.M. Barclays Global Defensivo 1,64 0,83 1,35 1<br />
F.I.M. Caixagest Estratégia Dinâmica -1,38 -3,62 1,86 2<br />
F.I.M. Raiz Conservador 2,74 -1,40 2,21 2<br />
F.I.M. Finifundo Conservador 10,26 *<br />
F.I.M. Millennium Prestige Conservador 7,16 -3,66 6,53 3<br />
F.I.M. Multi Gestão Prudente 10,93 -2,19 6,46 3<br />
F.I.M. Popular Global 25 10,83 -3,55 6,53 3<br />
Fundos de fundos predominantem. acções<br />
F.I.M. Barclays Global Acções 32,75 -11,77 23,67 6<br />
F.I.M. Multi Gestão Dinâmica 19,33 -15,28 20,21 6<br />
F.I.M. Multi Gestão Mercados Emergentes 46,48 -13,30 25,96 6<br />
F.I.M. Popular Global 75 19,44 -10,59 17,69 5<br />
Fundos poupança reforma/educação<br />
CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />
F.I.M. Barclays PPR Rendimento 9,33 0,68 4,02 2<br />
F.P. Solidez PPR 5,10 1,06 1,64 2<br />
F.I.M. BPI Reforma Segura PPR 5,14 -2,03 2,48 2<br />
F.I.M. BPI Taxa Variável PPR 2,29 -1,68 2,86 2<br />
F.P. PPR Garantia de Futuro 7,22 2,13 2,19 2<br />
F.P. PPR Praemium S 6,41 -1,46 3,02 2<br />
F.I.M. Santander Poupança Futura FPR* 5,57 -1,09 3,00 2<br />
F.P. SGF Patr. Ref. Conservador PPR (1) 7,92 4,21 2,26 2<br />
CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />
F.I.M. Millennium Aforro PPR 5,73 1,08 3,15 2<br />
F.P. PPR SGF Garantido (1) 8,77 *<br />
CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />
F.I.M. Barclays PPR 9,29 -0,51 5,16 3<br />
F.P. CVI PPR/E 10,94 0,71 8,75 3<br />
F.P. PPR BBVA 9,77 -0,50 8,16 3<br />
F.I.M. Esp. Santo PPR 3,76 1,31 4,66 2<br />
F.P. PPR 5 Estrelas 9,05 1,31 3,70 2<br />
F.P. PPR Geração Activa 9,92 *<br />
F.P. PPR Platinium 10,79 -1,79 6,99 3<br />
F.I.M. Millennium Poupança PPR 6,26 -3,44 5,34 3<br />
F.P. PPR BNU Vanguarda 5,89 -5,11 6,98 3<br />
F.P. PPR Europa 9,14 2,46 5,91 3<br />
F.P. Vanguarda PPR 6,03 -3,60 5,57 3<br />
F.I.M. Santander Poupança Investimento FPR 8,04<br />
CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />
-6,53 7,40 3<br />
F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2020 14,85 -6,85 12,87 4<br />
F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2025 15,74 -7,07 13,89 4<br />
F.I.M. Millennium Investimento PPR Acções 5,74 -7,26 8,27 3<br />
F.P. PPR Praemium V<br />
Outros fundos<br />
6,82 -5,71 8,78 3<br />
F.I.M. Barclays Premier Tesouraria 2,40 2,38 0,40 1<br />
F.I.M. Raiz Global 13,03 -2,89 11,33 4<br />
F.I.M. Esp. Santo Monetário 1,49 2,07 0,28 1<br />
F.I.M. Finifundo Agressivo 19,79 *<br />
F.I.M. Finifundo Moderado 13,15 *<br />
F.I.M. Millennium Prestige Valorização 18,14 -5,97 16,86 5<br />
F.I.M. Popular Euro Obrigações* 10,57 3,32 3,26 2<br />
*-OFundo Popular Euro Taxa Fixa incorporou por fusão o Fundo Popoular Rendimento e passou<br />
a designar-se por Popular Euro Obrigações<br />
Fundos diversos<br />
F.I.M. Orey Acções Europa -32,45 -39,55 34,66 6<br />
Fundos de pensões abertos<br />
CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />
FF.P. Aberto Caixa Reforma Garantida 2022 -2,74 -0,72 9,96 4<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Prudente 2,17 *<br />
F.P. Aberto Horizonte Segurança 5,85 2,15 3,25 2<br />
F.P. Aberto SGF Empresas Prudente (1) 4,46 4,28 2,65 2<br />
CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />
F.P. Banif Reforma Activa 5,66 *<br />
F.P. Aberto Protecção 2015 0,68 -0,53 5,94 3<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Activa 0,48 -3,79 3,42 2<br />
F.P. Aberto Esp.Sto Multireforma 12,55 2,90 3,85 2<br />
F.P. Aberto Futuro Clássico 5,15 1,53 2,48 2<br />
CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />
F.P. Aberto BBVA PME’s 10,53 1,11 7,73 3<br />
F.P. Aberto Protecção 2020 2,17 -3,52 9,69 3<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Valor 6,47 -6,62 8,55 3<br />
F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Plus 13,15 -0,42 6,37 3<br />
F.P. Aberto VIVA 8,62 -1,45 5,29 3<br />
F.P. Aberto Horizonte Valorização 9,73 -1,58 7,33 3<br />
F.P. Aberto Turismo Pensões 10,87 0,22 7,07 3<br />
CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />
F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Acções 37,71 *<br />
F.P. Aberto Horizonte Valorização Mais 13,12 -1,75 11,42 4<br />
Fonte: Euronext Lisboa e APFIPP<br />
Nota 1: As rentabilidades são as calculadas e divulgadas semanalmente pela<br />
Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios<br />
(APFIPP). Esta informação é actualizada nesta pá<strong>gina</strong> na edição de cada quarta-feira,<br />
excepto quando seja especificado o contrário.
Fundos Internacionais<br />
Fundo Último<br />
valor€<br />
Divisa<br />
www.bnpparibas-am.com<br />
Número Verde 800 844 109<br />
PARVEST<br />
PARVEST EURO PREMIUM EUR 104.26<br />
PARVEST ABS EUR 68.16<br />
PARVEST ABS RET CURR. 10 EUR 101.81<br />
PARVEST ABS RET EUROPE LS EUR 97.89<br />
PARVEST ABS RET EUROPEAN BOND<br />
PARVEST ABSOLUTE RETURN<br />
EUR 107.61<br />
GLOBAL BOND (USD) USD 104.75<br />
PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 EUR 102.96<br />
PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 (USD) USD 102.62<br />
PARVEST AGRICULTURE EUR 84.94<br />
PARVEST ASIA USD 277.76<br />
PARVEST ASIAN CONVERTIBLE BOND USD 330.24<br />
PARVEST AUSTRALIA AUD 678.89<br />
PARVEST DIVERSIFIED (DYNAMIC) EUR 181.8<br />
PARVEST BRAZIL USD 152.22<br />
PARVEST BRIC USD 143.07<br />
PARVEST CHINA USD 282.94<br />
PARVEST DIVERSIFIED (PRU<strong>DE</strong>NT) EUR 126.52<br />
PARVEST CONVERGING EUROPE EUR 109.08<br />
PARVEST CREDIT STRATEGIES EUR 37.89<br />
PARVEST EMERGING MARKETS USD 321.55<br />
PARVEST EMERGING MARKETS BOND USD 304.07<br />
PARVEST EMERGING MKTS EUROPE EUR 151.49<br />
PARVEST ENHANCED EONIA 1 YEAR EUR 107.09<br />
PARVEST ENHANCED EONIA 6 MONTHS EUR 106.96<br />
PARVEST ENHANCED EONIA EUR 116.93<br />
PARVEST EONIA PREMIUM EUR 113.34<br />
PARVEST EURO BOND EUR 176.48<br />
PARVEST EURO CORP BD SUST DVP EUR 112.44<br />
PARVEST EURO CORPORATE BOND EUR 138.69<br />
PARVEST EURO EQUITIES EUR 109.47<br />
PARVEST EURO GOVERNMENT BOND EUR 301.98<br />
PARVEST EURO INFLATION-LINKED BD EUR 120.9<br />
PARVEST EURO LONG TERM BOND EUR 112.91<br />
PARVEST EURO MEDIUM TERM BOND EUR 158.94<br />
PARVEST EURO SHORT TERM BOND EUR 117.23<br />
PARVEST EURO SMALL CAP EUR 174.43<br />
PARVEST EUROPE ALPHA EUR 96.85<br />
PARVEST EUROPE DIVI<strong>DE</strong>ND EUR 62.69<br />
PARVEST EUROPE FINANCIALS EUR 67<br />
PARVEST EUROPE GROWTH EUR 166.79<br />
PARVEST EUROPE LS30 EUR 63.14<br />
PARVEST EUROPE MID CAP EUR 366.78<br />
PARVEST EUROPE REAL ESTATE SEC. EUR 57.63<br />
PARVEST EUROPE SMALL CAP EUR 77.12<br />
PARVEST EUROPE SUSTAINABLE DVPT EUR 76.08<br />
PARVEST EUROPE VALUE EUR 112.17<br />
PARVEST CORP BOND OPPORTUNITIES EUR 106.82<br />
PARVEST ENVIRONM OPPORTUNITIES EUR 94.96<br />
PARVEST EUROPEAN BOND EUR 295.34<br />
PARVEST EUROPEAN CONVERT BOND EUR 119.9<br />
PARVEST EUROPEAN HIGH YIELD BD EUR 104.01<br />
PARVEST EUROPEAN SM CONVERT BD EUR 107.34<br />
PARVEST FRANCE EUR 364.35<br />
PARVEST GERMAN EQUITIES EUR 77.13<br />
PARVEST GLOBAL BOND USD 41.85<br />
PARVEST GLOBAL BRANDS USD 240.04<br />
PARVEST GLOBAL CORPORATE BOND USD 116.88<br />
PARVEST GLOBAL ENVIRONNEMENT EUR 93.57<br />
PARVEST GLOBAL EQUITIES USD 114.59<br />
PARVEST GLOBAL HIGH YIELD BOND USD 114.64<br />
PARVEST GLOBAL INFL LKD BD EUR 113.47<br />
PARVEST GLOBAL RESOURCES USD 221.65<br />
PARVEST GLOBAL TECHNOLOGY USD 84.38<br />
PARVEST INDIA USD 152.97<br />
PARVEST JAPAN JPY 3003<br />
PARVEST JAPAN SMALL CAP JPY 3072<br />
PARVEST JAPAN YEN BOND JPY 20529<br />
PARVEST LATIN AMERICA USD 784.22<br />
PARVEST NEXT GENERATION EUR 110.94<br />
PARVEST RUSSIA USD 73.84<br />
PARVEST SHORT TERM (CHF) CHF 307.672<br />
PARVEST SHORT TERM (DOLLAR) USD 203.242<br />
PARVEST SHORT TERM (EURO) EUR 206.859<br />
PARVEST SHORT TERM (STERLING) GBP 195.395<br />
PARVEST SOUTH KOREA USD 81.28<br />
PARVEST STEP 90 EURO EUR 1282.67<br />
PARVEST SWITZERLAND CHF 551.61<br />
PARVEST TARGET RETURN PLUS (EURO) EUR 109.91<br />
PARVEST TARGET RETURN PLUS (USD) USD 211.39<br />
PARVEST TURKEY EUR 128.84<br />
PARVEST UK GBP 115.51<br />
PARVEST US DOLLAR BOND USD 397.9<br />
PARVEST US HIGH YIELD BOND USD 161.94<br />
PARVEST US MID CAP USD 107.74<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
PARVEST US SMALL CAP USD 391.67<br />
PARVEST US VALUE USD 76.51<br />
PARVEST USA USD 68.07<br />
PARVEST USA LS30 USD 70.5<br />
BNP PARIBAS INSTICASH<br />
BNP PARIBAS INSTICASH CHF CHF 106.787<br />
BNP PARIBAS INSTICASH EUR EUR 115.442<br />
BNP PARIBAS INSTICASH GBP GBP 127.196<br />
BNP PARIBAS INSTICASH USD USD 116.878<br />
PARWORLD<br />
PARWORLD DYNALLOCATION EUR 103.53<br />
PARWORLD EMERGING STEP 80 (EURO) EUR 113.46<br />
PARWORLD QUAM 10 EUR 113.29<br />
PARWORLD QUAM 15 EUR 108.75<br />
PARWORLD TRACK COMMODITIES EUR 54.65<br />
PARWORLD TRACK CONTINENT EUROPE EUR 67.91<br />
PARWORLD TRACK JAPAN EUR 72.07<br />
PARWORLD TRACK NORTH AMERICA EUR 76.58<br />
PARWORLD TRACK UK EUR 68.57<br />
www.bnymellonam.com<br />
Fundo Divisa Valor<br />
BNY Mellon Global Funds, plc<br />
BNY MELLON ASIAN EQUITY FUND A USD 2.6875<br />
BNY MELLON BRAZIL EQ FUND A USD 1.1<strong>56</strong>4<br />
BNY MELLON CONT. EUROP. EQ. FUND A EUR 1.0904<br />
BNY MELLON EMRG. MKTS DBT LCL CUR A EUR 1.0114<br />
BNY MELLON EMRG. MKTS <strong>DE</strong>BT A USD 1.4306<br />
BNY MELLON EURO GVT BOND IN<strong>DE</strong>X A EUR 1.3872<br />
BNY MELLON EVOL. CURR.OPTION A EUR 80.711<br />
BNY MELLON EVOL. GLB ALPHA A EUR 86.067<br />
BNY MELLON GL. BOND EUR HEDGED H EUR 1.1782<br />
BNY MELLON GLB EMERG. MKTS FUND A USD 3.3713<br />
BNY MELLON GLB H.YLD BOND FUND A EUR 1.2163<br />
BNY MELLON GLOBAL BOND FUND A USD 1.9595<br />
BNY MELLON GLOBAL EQUITY FUND A USD 1.3150<br />
BNY MELLON GLOBAL INTREPID FUND A USD 1.4531<br />
BNY MELLON JAPAN EQUITY FUND A EUR 0.5957<br />
BNY MELLON JAPAN EQ. VALUE FUND A EUR 44.202<br />
BNY MELLON PAN EUROP EQ. FUND A USD 1.5331<br />
BNY MELLON S&P 500 IN<strong>DE</strong>X A USD 0.9820<br />
BNY MELLON SMALL CAP EURO. FUND A EUR 1.9440<br />
BNY MELLON STERLING BOND FUND A EUR 0.9976<br />
BNY MELLON UK EQUITY FUND A EUR 0.8860<br />
BNY MELLON US DYN. VALUE FUND A USD 1.3344<br />
BNY MELLON US EQUITY FUND A USD 0.8233<br />
WestLB Mellon Compass Funds<br />
Fundo<br />
COMPASS FUND - EMERGING MARKETS<br />
Divisa Valor<br />
BOND FUND C EUR 15.57<br />
COMPASS FUND - LATIN AMERICA FUND C<br />
COMPASS FUND - GLOBAL EMERGING<br />
EUR 27.81<br />
MARKETS FUND C EUR 15.71<br />
COMPASS FUND - EURO BALANCED FUND C EUR 9.12<br />
COMPASS FUND - EURO BOND FUND C EUR 13.98<br />
COMPASS FUND - EURO EQUITY FUND C EUR 5.32<br />
COMPASS FUND - GLOBAL BOND FUND C EUR 12.<strong>56</strong><br />
COMPASS FUND - EURO LIQUIDITY FUND C EUR 131.249<br />
COMPASS FUND - EUROPEAN CONVERTIBLE FUND CEUR<br />
COMPASS FUND - EASTERN EUROPE<br />
8.86<br />
DIVERSIFIED FUND C EUR 17.14<br />
COMPASS FUND - JAPANESE EQUITY FUND C EUR 3.81<br />
COMPASS FUND - GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND CEUR 12.98<br />
COMPASS FUND - EURO HIGH YIELD BOND FUND CEUR 16.2<br />
COMPASS FUND - EURO CORPORATE BOND FUND CEUR 13.68<br />
COMPASS FUND - ABS FUND C EUR 102.793<br />
COMPASS FUND - QUANDUS EURO BOND FUND CEUR 11.13<br />
COMPASS FUND - EURO SMALL CAP EQUITY FUND CEUR 8.24<br />
CAAM Funds Class Classic S<br />
ARBITRAGE INFLATION EUR 107.72<br />
ASIAN GROWTH USD 21.08<br />
DYNARBITRAGE FOREX EUR 109.31<br />
DYNARBITRAGE VAR 4 (EUR) EUR 111.05<br />
DYNARBITRAGE VOLATILITY EUR 115.55<br />
EMERGING MARKETS USD 27.51<br />
EURO CORPORATE BOND EUR 14.59<br />
EURO QUANT EUR 6.11<br />
EUROPEAN BOND EUR 140.19<br />
GREATER CHINA USD 23.31<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
Dexia Bonds Fundo Divisa Valor<br />
DB EMERGING MARKETS CCAP USD 1460.45<br />
DB EMERGING MARKETS ICAP USD 1522.94<br />
DB EMERGING MARKETS NCAP USD 1342.82<br />
DB EURO CCAP EUR 903.76<br />
DB EURO ICAP EUR 933.24<br />
DB EURO NCAP EUR 881.25<br />
DB EURO CONVERGENCE CCAP EUR 2519.09<br />
DB EURO CONVERGENCE ICAP EUR 2587.47<br />
DB EURO CONVERGENCE NCAP EUR 2458.41<br />
DB EURO CORPORATE CCAP EUR 5458.93<br />
DB EURO CORPORATE ICAP EUR 5557.4<br />
DB EURO CORPORATE NCAP EUR 108.5<br />
DB EURO GOVERNMENT CCAP EUR 1784.96<br />
DB EURO GOVERNMENT ICAP EUR 1837.28<br />
DB EURO GOVERNMENT NCAP EUR 1742.26<br />
DB EURO GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 772.18<br />
DB EURO GOVERNMENT PLUS ICAP EUR 798.37<br />
DB EURO GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 7<strong>56</strong>.49<br />
DB EURO HIGH YIELD CCAP EUR 605.7<br />
DB EURO HIGH YIELD ICAP EUR 625.26<br />
DB EURO HIGH YIELD NCAP EUR 572.23<br />
DB EURO INFLATION LINKED CCAP EUR 128.27<br />
DB EURO INFLATION LINKED ICAP EUR 131.54<br />
DB EURO INFLATION LINKED NCAP EUR 125.87<br />
DB EURO LONG TERM CCAP EUR 5286.31<br />
DB EURO LONG TERM ICAP EUR 5482.32<br />
DB EURO LONG TERM NCAP EUR 5159.38<br />
DB EURO SHORT TERM CCAP EUR 1904.91<br />
DB EURO SHORT TERM ICAP EUR 1944.09<br />
DB EURO SHORT TERM NCAP EUR 1838.28<br />
DB EUROPE CCAP EUR 4490.16<br />
DB EUROPE ICAP EUR 4587.06<br />
DB EUROPE NCAP EUR 4409.55<br />
DB EUROPE CONVERTIBLE CCAP EUR 292.39<br />
DB EUROPE CONVERTIBLE ICAP EUR 300.66<br />
DB EUROPE CONVERTIBLE NCAP EUR 277.33<br />
DB EUROPE GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 755.04<br />
DB EUROPE GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 732.95<br />
DB GLOBAL HIGH YIELD CCAP EUR 120.75<br />
DB GLOBAL HIGH YIELD ICAP EUR 122.89<br />
DB GLOBAL HIGH YIELD NCAP EUR 117.3<br />
DB INTERNATIONAL CCAP EUR 819.13<br />
DB INTERNATIONAL ICAP EUR 847.22<br />
DB INTERNATIONAL NCAP EUR 785.82<br />
DB MORTGAGES CCAP EUR 128.73<br />
DB MORTGAGES ICAP EUR 132.45<br />
DB MORTGAGES NCAP EUR 124.25<br />
DB TOTAL RETURN CCAP EUR 112.47<br />
DB TOTAL RETURN ICAP EUR 1142.45<br />
DB TOTAL RETURN NCAP EUR 108.64<br />
DB TREASURY MANAGEMENT CCAP EUR 3655.65<br />
DB TREASURY MANAGEMENT ICAP EUR 3697.7<br />
DB TREASURY MANAGEMENT NCAP EUR 3608.24<br />
DB USD CCAP USD 773.58<br />
DB USD ICAP USD 801<br />
DB USD NCAP USD 753.94<br />
DB USD GOVERNMENT CCAP USD 2895.68<br />
DB USD GOVERNMENT ICAP USD 2990.02<br />
DB USD GOVERNMENT NCAP USD 2824.79<br />
DB WORLD GOV PL CCAP EUR 105.85<br />
DB WORLD GOV PL ICAP EUR 108.13<br />
DB WORLD GOV PL NCAP EUR 103.78<br />
D EQ L ASIA PREM USD 15.42<br />
D EQ L AUSTRALIA AUD 710.36<br />
D EQ L BIOTECH USD 114.73<br />
D EQ L EMERG EUROPE EUR 62.25<br />
D EQ L EMERG MKTS EUR 474.57<br />
D EQ L EMU EUR 64.32<br />
D EQ L EUR 50 EUR 416.01<br />
D EQ L EUROP EUR 598.58<br />
D EQ L EUROPE VALUE EUR 76.04<br />
D EQ L EURP ENG SECT EUR 140.17<br />
D EQ L EURP FIN SECT EUR 73.58<br />
D EQ L EURP HIGH DIV EUR 70.42<br />
D EQ L JAPAN JPY 12032<br />
D EQ L SPAIN EUR 77.55<br />
D EQ L SUST GREEN PLANET EUR 57.82<br />
D EQ L SUST WORLD EUR 143.02<br />
D EQ L UNITED KINGDOM GBP 224.51<br />
D EQ L WORLD USD 35.18<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 45<br />
FUNDOS <strong>DE</strong> INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
Fundo Classe Valor<br />
ABS ATTIVO EUR 106.31<br />
ABS PRU<strong>DE</strong>NTE EUR 108.06<br />
BOND CHF EUR 121.96<br />
BOND CHF EUR 134.98<br />
BOND CONVERTIBLE EUR 59.95<br />
BOND EMERGING MARKETS EUR 200.7<br />
BOND EMERGING MARKETS EUR 251.94<br />
BOND EUR LONG TERM EUR 159.63<br />
BOND EUR MEDIUM TERM EUR 296.31<br />
BOND EUR SHORT TERM EUR 137.51<br />
BOND GBP EUR 131.34<br />
BOND GBP EUR 110.08<br />
BOND HIGH YIELD EUR 138.55<br />
BOND INFLATION LINKED EUR 119.12<br />
BOND JPY EUR 106.75<br />
BOND JPY EUR 147.7<br />
BOND USD EUR 127.8<br />
BOND USD EUR 187.99<br />
CASH EUR EUR 110.89<br />
CASH USD EUR 95.61<br />
EQUITY BANKS EUR 44.<strong>56</strong><br />
EQUITY CHINA EUR 84.33<br />
EQUITY CONSUMER DISCRETIONARY EUR 117.91<br />
EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 118.87<br />
EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 133.12<br />
EQUITY DURABLE GOODS EUR 111.8<br />
EQUITY EM.MKT EUR MID.EAST&AFRICA EUR 144.91<br />
EQUITY EMERGING MARKETS ASIA EUR 132.5<br />
EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 122.51<br />
EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 126.97<br />
EQUITY EURO EUR 76.81<br />
EQUITY EUROPE EUR 78.42<br />
EQUITY FINANCIAL EUR 47.2<br />
EQUITY GREAT BRITAIN EUR 50.57<br />
EQUITY GREAT BRITAIN EUR 64.96<br />
EQUITY HIGH TECH EUR 54.87<br />
EQUITY HIGH TECH EUR 48.89<br />
EQUITY INDUSTRIALS EUR 132.42<br />
EQUITY INDUSTRIALS EUR 120.73<br />
EQUITY ITALY EUR 71.88<br />
EQUITY JAPAN EUR 71.54<br />
EQUITY JAPAN EUR 54.26<br />
EQUITY LATIN AMERICA EUR 355.93<br />
EQUITY NORTH AMERICA EUR <strong>56</strong>.06<br />
EQUITY NORTH AMERICA EUR 83.54<br />
EQUITY OCEANIA EUR 149.41<br />
EQUITY OCEANIA EUR 162.31<br />
EQUITY PHARMA EUR 73.18<br />
EQUITY PHARMA EUR 63.64<br />
EQUITY SMALL CAP EUROPE EUR 361.99<br />
EQUITY TELECOMMUNICATION EUR 48.1<br />
EQUITY TELECOMMUNICATION EUR 44.81<br />
EQUITY UTILITIES EUR 101.51<br />
EQUITY UTILITIES EUR 92.65<br />
OBIETTIVO BILANCIATO EUR 221.71<br />
ORIZZONTE PROTETTO 12 EUR 113.98<br />
ORIZZONTE PROTETTO 24 EUR 117.66<br />
ORIZZONTE PROTETTO 6 EUR 110.35<br />
VALORE EQUILIBRIO EUR 106.58<br />
VALORE EQUILIBRIO EUR 114.62<br />
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FRANKLIN BIOTECH DISCOVERY FD N (ACC) USD 8.37<br />
FRANKLIN EUROPEAN GRTH FD N (ACC) EUR 7.92<br />
FRANKLIN EUROPEAN S-M CAP GRTH FD N (ACC) EUR 17.65<br />
FRANKLIN GLOBAL GRTH FD N (ACC) USD 9.15<br />
FRANKLIN GLOBAL S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 17.22<br />
FRANKLIN HIGH YIELD (EURO) FD N (ACC) EUR 10.97<br />
FRANKLIN HIGH YIELD FD N (ACC) USD 12.78<br />
FRANKLIN INCOME FD N (ACC) USD 14.91<br />
FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) EUR 16.22<br />
FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) USD 22.09<br />
FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) EUR 13.16<br />
FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) USD 17.83<br />
FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) USD 5.12<br />
FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) EUR 3.77<br />
FRANKLIN TEMPLETON GB GRTH & VA FD N (ACC) USD 15.79<br />
FRANKLIN TEMPLETON JAPAN FD N (ACC) EUR 3.67<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) EUR 9.71<br />
FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) USD 13.22<br />
FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (ACC) USD 12.93<br />
FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (DIS) USD 9.51<br />
FRANKLIN US OPPORTUNITIES N (ACC) USD 12.84<br />
FRANKLIN US S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 9.29<br />
FRANKLIN US TOTAL RET FD N (DIS) USD 9.92<br />
FRANKLIN US ULT SHT TR BD FD N (DIS) USD 9.6<br />
TEMPLETON ASIAN GRTH FD N (ACC) USD 36.85<br />
TEMPLETON CHINA FD N (ACC) USD 21.08<br />
TEMPLETON EASTERN EUROPE FD N (ACC) EUR 24.67<br />
TEMPLETON EMERGING MARKETS BD FD N (ACC) USD 26.47<br />
TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) EUR 13.13<br />
TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) USD 17.85<br />
TEMPLETON EURO LIQ RES FD N (ACC) EUR 10.76<br />
TEMPLETON EUROLAND BD FD N (ACC) EUR 11.12<br />
TEMPLETON EUROLAND FD N (ACC) EUR 7.4<br />
TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) USD 16.88<br />
TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) EUR 12.39<br />
TEMPLETON EUROPEAN TOTAL RET FD N (ACC) EUR 10.4<br />
TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) EUR 11.71<br />
TEMPLETON GLOBAL (EURO) FD N (ACC) EUR 9.94<br />
TEMPLETON GLOBAL BALANCED FD N (ACC) EUR 10.64<br />
TEMPLETON GLOBAL BD (EURO) FD N (ACC) EUR 12.13<br />
TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) USD 23.33<br />
TEMPLETON GLOBAL EQUITY INCOME FD N (ACC) USD 9.57<br />
TEMPLETON GLOBAL FD N (ACC) USD 16.65<br />
TEMPLETON GLOBAL INCOME FD N (ACC) USD 12.88<br />
TEMPLETON GLOBAL SMLL COMPANIES FD N (ACC) USD 19.37<br />
TEMPLETON GLOBAL TOTAL RET FD N (ACC) USD 20.34<br />
TEMPLETON GRTH (EURO) FD N (ACC) EUR 8.02<br />
TEMPLETON KOREA FD N (ACC) USD 14.12<br />
TEMPLETON LATIN AMERICA FD N (ACC) USD 43.07<br />
TEMPLETON THAILAND FD N (ACC) USD 13.06<br />
TEMPLETON US DOLLAR LIQ RES FD N (ACC) USD 11.17<br />
TEMPLETON US VALUE FD N (ACC) USD 9.92<br />
23-02-2010<br />
JF ASIA DI V.D USD USD 216.03<br />
JF ASIA EQ D USD USD 19.63<br />
JF ASIA PAC EX-JAP EQ DAAC EUR EUR 8.72<br />
JF CHINA D USD USD 33.39<br />
JF GR CH D USD USD 28.34<br />
JF HG KG D USD USD 25.41<br />
JF INDIA D USD USD 43.54<br />
JF JAP EQ DACC EUR EUR 3.67<br />
JF JAP EQ D USD USD 6.04<br />
JF PAC EQ DACC EUR EUR 6.11<br />
JF PAC EQ DACC USD USD 12.44<br />
JF SINGA D USD USD 35.22<br />
JF TAIWAN D USD USD 11.69<br />
JPM AME EQ DACC EUR EUR 6.45<br />
JPM AME EQ DACC EUR (HDG) EUR 5.98<br />
JPM EM MK DBT DACC EUR EUR 11.07<br />
JPMEMMKEQDACCEUR EUR 8.15<br />
JPM EMER MIDDLE EAST EQ D USD USD 18.79<br />
JPM EURO DY DACC USD USD 16.13<br />
JPM EURO LIQ RES DACC EUR EUR 108.59<br />
JPM EURO DY MEGA C DACC EUR EUR 7.81<br />
JPM EURO DY MEGA C DACC USD USD 8.69<br />
JPM EUROP EQ DACC USD USD 9.47<br />
JPM EUROP FOC DACC EUR EUR 7.68<br />
JPM EUROP FOC DACC USD USD 9.79<br />
JPM EUROP RECOV DACC EUR EUR 168.07<br />
JPM EUROP SEL EQ DACC EUR EUR 66.63<br />
JPM EUROP SEL EQ DACC USD USD 99.04<br />
JPM EUROP ST DIV DACC EUR EUR 91.44<br />
JPM GB BAL USD DACC USD USD 138.31<br />
JPM GB CAP APP DACC EUR EUR 96.71<br />
JPM GB CAP PRE DACC USD USD 112.79<br />
JPM GB CAP PRE EUR DACC EUR EUR 122.39<br />
JPM GB CAP PRE EUR DACC SEK (HDG) SEK 9<strong>56</strong>.77<br />
JPM GB CONVS USD D USD USD 125.77<br />
JPM GB CONVS FUND EUR DACC EUR EUR 10.07<br />
JPM GB DY DACC EUR EUR 5.71<br />
JPM GB DY DACC EUR (HDG) EUR 4.68<br />
JPM GB EQ USD DACC EUR (HDG) EUR 5.63<br />
JPM GB FOC DACC EUR EUR 17.59<br />
JPM GB FOC DACC EUR (HDG) EUR 7.51<br />
JPM GB HY BD DACC EUR EUR 132.78<br />
JPM GB NAT RE DACC USD USD 10.38<br />
JPM GB T RE DACC EUR EUR 101.65<br />
JPM HIGH STAT MKT NT DACC EUR EUR 108.37
46 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
FUNDOS <strong>DE</strong> INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />
Fundos Internacionais<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
JPM HIGH STAT MKT NT DACC USD (HDG) USD 145.54<br />
JPM HIGH US STEEP DACC EUR (HDG) EUR 8.05<br />
JPM JAP 50 EQ DACC JPY JPY 6199<br />
JPM JAP SEL EQ DACC JPY JPY 8479<br />
JPM RUSSIA DACC USD USD 10.3<br />
JPM US AG BD DACC USD USD 14.62<br />
JPMUSDYDACCEUR EUR 5.06<br />
JPM US DY DACC USD USD 11.32<br />
JPM US EQ DACC EUR (HDG) EUR 57.03<br />
JPM US EQ DACC USD USD 77.75<br />
JPM US SEL EQ DACC EUR (HDG) EUR 65.1<br />
JPM US SEL 130/30 DACC EUR (HDG) EUR 5.86<br />
JPM US SEL 130/30 DACC USD USD 8.28<br />
JPM US STRATEGIC GR DACC EUR (HDG) EUR 5.76<br />
JPM US VAL DACC EUR (HDG) EUR 5.81<br />
JPMF AME EQ D USD USD 9.16<br />
JPMF AME LC D USD USD 8.22<br />
JPMF EAST EUR EQ D EUR EUR 29.17<br />
JPMF EM EUR EQ D USD USD 37.61<br />
JPMF EM MKT EQ D USD USD 30.39<br />
JPMF EUR GB BAL FUND D EUR EUR 120.34<br />
JPMF EUROL EQ D EUR EUR 7.2<br />
JPMF EUROP CONVERG EQ D EUR EUR 23.39<br />
JPMF EUROP DY D EUR EUR 10.68<br />
JPMF EUROP EQ D EUR EUR 7.17<br />
JPMF EUROP SM CAP D EUR EUR 8.37<br />
JPMF EUROP STRAT GR D EUR EUR 6.65<br />
JPMF EUROP STRAT VAL D EUR EUR 10.36<br />
JPMF GERM EQ D-EUR EUR 2.3<br />
JPMF GB DY D USD USD 11.95<br />
JPMF GB EQ D USD USD 8.8<br />
JPMF GLB NA RE DACC EUR EUR 12.3<br />
JPMF LAT AM EQ D USD USD 42.63<br />
JPMF US ST GR D USD USD 5.05<br />
JPMF US ST VAL D USD USD 11.64<br />
JPM US TECH D EUR EUR 7.37<br />
Fundo Divisa Valor<br />
ALPHA ADV. EUROPE FIXED INCOME B EUR 29.5<br />
ASIAN EQUITY B EUR 22.62<br />
ASIAN PROPERTY B EUR 9.41<br />
COMMODITIES ACTIVE GSLE B EUR 13.78<br />
DIVERSIFIED ALPHA PLUS B EUR 25.3<br />
EMERG EUROP, M-EAST & AFRICA EQ B EUR 48.24<br />
EMERGING MARKETS <strong>DE</strong>BT B EUR 39.5<br />
EMERGING MARKETS DOMESTIC <strong>DE</strong>BT B EUR 22.58<br />
EMERGING MARKETS EQUITY B EUR 21.11<br />
EURO BOND B EUR 10.82<br />
EURO CORPORATE BOND B EUR 32.78<br />
EURO LIQUIDITY B EUR 11.8964<br />
EURO STRATEGIC BOND B EUR 28.98<br />
EUROPEAN CURR. HIGH YIELD BOND B EUR 12.54<br />
EUROPEAN EQUITY ALPHA B EUR 22.53<br />
EUROPEAN PROPERTY B EUR 15.71<br />
EUROPEAN SMALL CAP VALUE B EUR 30.91<br />
EUROZONE EQUITY ALPHA B EUR 6.09<br />
FX ALPHA PLUS RC 200 B EUR 25.11<br />
FX ALPHA PLUS RC 400 B EUR 24.53<br />
FX ALPHA PLUS RC 800 B EUR 23.31<br />
GLOBAL BOND B EUR 22.26<br />
GLOBAL BRANDS B EUR 36.75<br />
GLOBAL CONVERTIBLE BOND B EUR 22.25<br />
GLOBAL PROPERTY B EUR 12.38<br />
GLOBAL SMALL CAP VALUE B EUR 20.86<br />
GLOBAL VALUE EQUITY B EUR 22.12<br />
INDIAN EQUITY B EUR 18.44<br />
JAPANESE EQUITY ADVANTAGE B EUR 13.64<br />
JAPANESE VALUE EQUITY B EUR 5.61<br />
LATIN AMERICAN EQUITY B EUR 41.07<br />
SHORT MATURITY EURO BOND B EUR 16.95<br />
US ADVANTAGE B EUR 18.29<br />
US GROWTH B EUR 19.91<br />
US PROPERTY B EUR 22.45<br />
US SMALL CAP GROWTH B EUR 22.1<br />
US VALUE EQUITY B EUR 11.75<br />
USD LIQUIDITY B USD 12.5468<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
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Fundo Divisa Valor<br />
PF(LUX)-ABSL RTN GLO DIV-R EUR 104.57<br />
PF(LUX)-AGRICULTURE-R EUR 126.27<br />
PF(LUX)-ASN EQ (EXJPN)-HR-EUR EUR 113.17<br />
PF(LUX)-ASN EQ (EXJPN)-R USD 146.07<br />
PF(LUX)-ASIAN EQ (EX-JAPAN)-R EUR 107.37<br />
PF(LUX)-ASN LCL CCY DBT-R USD 125.97<br />
PF(LUX)-BIOTECH-HR-R EUR 207.45<br />
PF(LUX)-BIOTECH-R USD 272.09<br />
PF(LUX)-BIOTECH-R EUR 200.2<br />
PF(LUX)-EASTERN EU-R EUR 323.59<br />
PF(LUX)-EM LCL CCY DBT-HR-EUR EUR 105.55<br />
PF(LUX)-EM LCL CCY DBT-R USD 1<strong>56</strong>.98<br />
PF(LUX)-EM MKTS-HR-R EUR 337.48<br />
PF(LUX)-EM MKTS LDX-R USD 210.11<br />
PF(LUX)-EM MKTS-R USD 484.71<br />
PF(LUX)-EUR BDS-R EUR 379.14<br />
PF(LUX)-EUR CORP BDS-R EUR 147.54<br />
PF(LUX)-EUR GVT BDS-R EUR 115.84<br />
PF(LUX)-EUR HY-R EUR 145.71<br />
PF(LUX)-EUR INFL LK BDS-R EUR 108.45<br />
PF(LUX)-EUR LIQ-R EUR 133.54<br />
PF(LUX)-EUR SMT BDS-R EUR 120.42<br />
PF(LUX)-EUROLAND LDX-R EUR 83.49<br />
PF(LUX)-EU SUST EQ-R EUR 128.93<br />
PF(LUX)-EU LDX-R EUR 97.76<br />
PF(LUX)-EU EQ SEL-R EUR 389.15<br />
PF(LUX)-(EUR) SOV LIQ-R EUR 102.16<br />
PF(LUX)-GENERICS-HR-EUR EUR 95.81<br />
PF(LUX)-GENERICS-R USD 120.74<br />
PF(LUX)-GLO EM CCY-HR-EUR EUR 64.93<br />
PF(LUX)-GLO EM CCY-R USD 101.<strong>56</strong><br />
PF(LUX)-GLO MEGATR SEL-R USD 128.9<br />
PF(LUX)-GLO EM DBT-HR-R EUR 181.11<br />
PF(LUX)-GLO EM DBT-R USD 237.91<br />
PF(LUX)-GLO MEGATREND SEL-R EUR 94.71<br />
PF(LUX)-GREATER CHINA-R USD 312.16<br />
PF(LUX)-INDIAN EQ-R USD 329.29<br />
PF(LUX)-JPNL LDX-R JPY 8758.16<br />
PF(LUX)-JPN EQ SEL-HR-EUR EUR 51.18<br />
PF(LUX)-JPN EQ SEL-R JPY 7251.12<br />
PF(LUX)-JAPANESE EQ SELECTION-R EUR 58.59<br />
PF(LUX)-JPN EQ 130/30-R JPY 4240.83<br />
PF(LUX)-JAPANESE EQUITIES 130/30-R EUR 34.13<br />
PF(LUX)-JAPANESE MID-SMALL CAP-R EUR 60.22<br />
PF(LUX)-JPN SMID CAP-R JPY 7482.17<br />
PF(LUX)-LATAM LCL CCY DBT-R USD 118.58<br />
PF(LUX)-MID EAST AND NTH AFR-HR-R EUR 29.14<br />
PF(LUX)-MID EAST AND NTH AFR-R USD 46.54<br />
PF(LUX)-PAC (EXJPN) LDX-R USD 260.53<br />
PF(LUX)-PREMIUM BRANDS-R EUR 63.34<br />
PF(LUX)-RUSSIAN EQ-R USD 66.06<br />
PF(LUX)-SECURITY-R USD 94.98<br />
PF(LUX)-SMALL CAP EU-R EUR 440.52<br />
PF(LUX)-TIMBER-R USD 102.75<br />
PF(LUX)-US EQ-R USD 95.81<br />
PF(LUX)-US EQ GWTH SEL-HR-EUR EUR 73.29<br />
PF(LUX)-US EQ GWTH SEL-R USD 96.58<br />
PF(LUX)-USA LDX-R USD 87.75<br />
PF(LUX)-USD GVT BDS-R USD 498.72<br />
PF(LUX)-USD LIQ-R USD 128.64<br />
PF(LUX)-USD SMT BDS-R USD 120.46<br />
PF(LUX)-(USD) SOV LIQ-R USD 101.31<br />
PF(LUX)-TIMBER-R EUR 75.53<br />
PF(LUX)-US EQ VALUE SEL HR-R EUR 82.23<br />
PF(LUX)-US EQ VALUE SEL-R USD 116.2<br />
PF(LUX)-WATER-R EUR 119.86<br />
PF(LUX)-WORLD GOV BONDS-R EUR 117.95<br />
Pioneer P.F. - Global Changes EUR 44.77<br />
Pioneer P.F. - Global Changes EUR 1050.97<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 48.05<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive CZK 896.02<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.85<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive USD 7.95<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.<strong>56</strong><br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 6.093<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.706<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.59<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus USD 6.24<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.33<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.726<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.447<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic CZK 763.2<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 44.11<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 4.228<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 4.134<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive CZK 587.3<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 33.02<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.298<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.228<br />
www.schroders.pt<br />
SISF Swiss Equity A Acc 26.3 CHF<br />
SISF Taiwanese Equity A Acc 9.55 USD<br />
SISF US Dollar Bond A Acc 17.6 USD<br />
SISF UK Equity A Acc 2.58 GBP<br />
SISF US All Cap A Acc 90.14 USD<br />
SISF US Small & Mid-Cap Eq A Acc 130.81 USD<br />
SISF US Smaller Companies A Acc 65.17 USD<br />
SISF US Large Cap A Acc 60.96 USD<br />
SISF US Dollar Liquidity A Acc 105.43 USD<br />
SISF World Def 3 Monthly A Acc 79.3 EUR<br />
SISF EURO Government Liquidity A Acc 100.25 EUR<br />
SISF Global Managed Currency A Acc 101.66 USD<br />
SISF China Opps HKD A Acc 9.31 HKD<br />
SISF Glob Tact Asset Alloc A Acc 100.26 USD<br />
SISF Glob Mgd Ccy EUR A Acc 106.71 EUR<br />
SISF Glob Mgd Ccy GBP A Acc 108.32 GBP<br />
SISF Em Mk Dt Abs Ret CHF Hdg A Acc 24.66 CHF<br />
SISF Global Conv Bd CHF Hdg A Acc 99.85 CHF<br />
SISF Asian Tot Ret EUR Hdg A Acc 111.73 EUR<br />
SISF Asian Conv Bd EUR Hdg A Acc 96.74 EUR<br />
SISF Asian Bond EUR Hg A Acc 98.58 EUR<br />
SISF Em Mk Dt Abs Ret EUR Hg A Acc 28.21 EUR<br />
SISF QEP Glb Act Val EUR Hdg A Acc 70.54 EUR<br />
SISF Global Conv Bd EUR Hdg A Acc 95.39 EUR<br />
SISF Glb Clim Chge Eq EUR Hg A Acc 7.76 EUR<br />
SISF Glbl High Yld EUR Hdg A Acc 25.97 EUR<br />
SISF Glbl Propty Sec EUR Hdg A Acc 90.63 EUR<br />
SISF Global Corporate Bond EUR Hdg A Acc121.16 EUR<br />
SISF Japanese Equity EUR Hdg A Acc 57.6 EUR<br />
SISF Strategic Bond EUR Hdg A Acc 118.49 EUR<br />
SISF US Dollar Bond EUR Hdg A Acc 119.49 EUR<br />
SISF US Small & Mid EUR Hg A Acc 86.57 EUR<br />
SISF US Large Cap EUR Hedged A Acc 81.71 EUR<br />
SISF Glob Mgd Ccy EUR Hdg A Acc 96.98 EUR<br />
SISF BRIC (Braz Ru In Ch) EUR A Acc 137.09 EUR<br />
SISF Emerging Asia EUR A Acc 15.46 EUR<br />
SISF Emerging Markets EUR A Acc 8.42 EUR<br />
SISF QEP Glob Act Value EUR A Acc 89.59 EUR<br />
SISF Glbl Clim Chge Eqty EUR A Acc 8.14 EUR<br />
SISF Global Equity Alpha EUR A Acc 83.04 EUR<br />
SISF Glbl Emgng Mkt Opps EUR A Acc 12.15 EUR<br />
SISF Global Energy EUR A Acc 24.31 EUR<br />
SISF Global Equity Yield EUR A Acc 69.95 EUR<br />
SISF QEP Global Quality EUR A Acc 82.97 EUR<br />
SISF Greater China EUR A Acc 24.48 EUR<br />
SISF Latin American EUR A Acc 34.9 EUR<br />
SISF Middle East EUR A Acc 7.45 EUR<br />
SISF Pacific Equity EUR A Acc 6.79 EUR<br />
SISF US Sml & Mid-Cap Eq EUR A Acc 95.82 EUR<br />
SISF US Large Cap EUR A Acc 44.84 EUR<br />
SISF Asian Local Ccy Bd SGD Hg A Acc 9.99 SGD<br />
SISF Asian Bond SGD Hg A Acc 9.39 SGD<br />
SISF China Opps SGD Hg A Acc 6.88 SGD<br />
SISF Glbl Clim Chge Eqty SGD A Acc 7.81 SGD<br />
SISF Glb Div Maximsr SGD A Acc 6.54 SGD<br />
SISF Glbl Emgng Mkt Opps SGD A Acc 11.85 SGD<br />
SISF Latin American SGD A Acc 67.1 SGD<br />
SISF Middle East SGD A Acc 6.46 SGD<br />
SISF Pacific Equity SGD A Acc 8.55 SGD<br />
SISF Glbl Inf Lkd Bd USD Hdg A Acc 24.42 USD<br />
SISF EURO Corporate Bd USD Hd A Acc 110.94 USD<br />
SISF Japanese Equity Alpha USD A Acc 9.34 USD<br />
SISF Japanese Large Cap USD A Acc 8.27 USD<br />
SISF Asian Equity Yield A Dis 13.12 USD<br />
SISF Asian Local Currency Bond A Dis 96.28 USD<br />
SISF Asian Bond A Dis 7.05 USD<br />
SISF Em Europe Debt Abs Ret A Dis 14.88 EUR<br />
SISF EURO Bond A Dis 7.96 EUR<br />
SISF European Div Maxmsr A Dis 57.03 EUR<br />
SISF European Equity Alpha A Dis 34.28 EUR<br />
SISF European Large Cap A Dis 120.93 EUR<br />
SISF European Equity Yield A Dis 8.59 EUR<br />
SISF EURO Equity A Dis 17.63 EUR<br />
SISF Emer Mkts Debt Abs Ret A Dis 14.07 USD<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
SISF Emerging Europe A Dis 18.28 EUR<br />
SISF Emerging Markets A Dis 10.98 USD<br />
SISF European Smaller Companies A Dis 16.81 EUR<br />
SISF EURO Short Term Bond A Dis 4.51 EUR<br />
SISF EURO Government Bond A Dis 5.95 EUR<br />
SISF European Defensive A Dis 9.65 EUR<br />
SISF EURO Dynamic Growth A Dis 2.6 EUR<br />
SISF QEP Global Act Value A Dis 107.42 USD<br />
SISF Global Div Maximiser A Dis 5.36 USD<br />
SISF Global Equity A Dis 12.92 USD<br />
SISF Global Equity Yield A Dis 83.07 USD<br />
SISF Glbl High Yld A Dis 19.48 USD<br />
SISF Global Bond A Dis 7.41 USD<br />
SISF Global Smaller Cos A Dis 102.37 USD<br />
SISF Global Corporate Bond A Dis 5.45 USD<br />
STS Growth Schdr Multi-Mgr C Acc 117.1 USD<br />
SAS Agriculture Fund EUR Hdg A Acc 98.27 EUR<br />
SAS Commodity Fund GBP Hdg C Dis 102.95 GBP<br />
Fundo Divisa Valor<br />
SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 29.3592<br />
SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 15.04<br />
SKANDIA GLOBAL BOND FUND EUR 11.6437<br />
SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 10.2916<br />
SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 14.6003<br />
SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 13.4222<br />
SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 12.8293<br />
SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND USD 10.9238<br />
SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND USD 10.2998<br />
SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND USD 27.7118<br />
SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND USD 26.6198<br />
SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 13.3941<br />
SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 12.7943<br />
SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND EUR 10.6698<br />
SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 9.7025<br />
SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 9.3972<br />
SKANDIA SWEDISH EQUITY FUND SEK 11.7969<br />
SKANDIA SWEDISH BOND FUND SEK 15.3377<br />
SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND USD 13.5145<br />
SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND USD 11.3483<br />
SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND EUR 9.5398<br />
SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND USD 11.9313<br />
SKANDIA US VALUE FUND USD 9.6321<br />
SKANDIA US VALUE FUND EUR 7.477<br />
SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND EUR 7.8723<br />
SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND USD 10.0829<br />
SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 10.9105<br />
SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 13.8018<br />
SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 10.4748<br />
SKANDIA USD RESERVE FUND USD 1.1112<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 9.8709<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND GBP 10.7262<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND EUR 11.393<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 11.3616<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 14.5038<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 9.3054<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 11.872<br />
SKANDIA HEALTHCARE FUND USD 9.469<br />
SKANDIA HEALTHCARE FUND USD 9.0152<br />
www.sgam.com<br />
distribution@sggestion.fr<br />
A company of Amundi Group<br />
SGAM Fund - EQUITIES / CHINA EUR 16.08<br />
SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP JPY 1048.45<br />
SGAM Fund - BONDS / WORLD SGD 58.06<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL RESOURCES EUR 77.<strong>56</strong><br />
SGAM Fund - MONEY MARKET / USD EUR 11.65<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND FINANCIAL USD 14.08<br />
SGAM Fund - BONDS / EUROPE HIGH YIELD USD 28.73<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL ENERGY EUR 12.85<br />
SGAM Fund - EQUITIES US CONCENTRATED COREEUR 16.28<br />
SGAM Fund - IN<strong>DE</strong>X EUROLAND USD 159.48<br />
SGAM Fund - EQUITIES / LUXURY AND LIFESTYLEEUR 66.67<br />
SGAM Fund - MONEY MARKET / EURO USD 37.25<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GOLD MINES EUR 21.16<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND CYCLICALS USD 23.95<br />
SGAM Fund - EQUITIES EUROPE EXPANSION USD 95.69<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND USD 14.08<br />
SGAM Fund - EQUITIES / CONCENTRATED EUROPEUSD<br />
SGAM Fund - EQUITIES / ASIA PAC DUAL<br />
35.64<br />
STRATEGIES EUR 7.25<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN CONCENTRATEDUSD 72.50<br />
SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP USD 11.53<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN TARGET USD 17.69<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA USD 82.29<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA JPY 7484.97<br />
SGAM Fund - ABSOLUTE RETURN FOREX USD 145.81<br />
SGAM Fund - BONDS EUROPE CONVERTIBLE USD 140.55<br />
SGAM Fund - EQUITIES US MULTI STRATEGIES EUR 15.53<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EMERGING EUROPE USD 33.42<br />
SGAM Fund - BONDS EURO CORPORATE USD 31.59<br />
SGAM Fund - EQUITIES /US FOCUSED EUR 11.67<br />
SGAM Fund - EQUITIES US CONCENTRATED COREEUR 894.96<br />
SGAM Fund - EQUITIES / US SMALL CAP VALUE EUR 11.92<br />
SGAM Fund - IN<strong>DE</strong>X US EUR 76.42<br />
SGAM Fund - BONDS / CONVERGING EUROPE USD 41.79<br />
SGAM Fund - BONDS / EURO EUR 41.31<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND VALUE USD 137.24<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND SMALL CAPUSD 191.06<br />
SGAM Fund - BONDS/ OPPORTUNITIES USD 143.86<br />
SGAM Fund - BONDS EURO AGGREGATE USD 159.15<br />
SGAM Fund - BONDS / EUROPE EUR 39.41<br />
SGAM Fund - EQUITIES / US LARGE CAP GROWTHEUR 10.98<br />
SGAM Fund - EQUITIES US MID CAP GROWTH EUR 22.33<br />
SGAM Fund - BONDS US OPPORTUNISTIC CORE +USD 37.25<br />
SGAM Fund - BONDS / WORLD USD 41.22<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL<br />
EUR 20.09<br />
EMERGING COUNTRIES EUR 6.49<br />
SGAM Fund - IN<strong>DE</strong>X EUROLAND EUR 117.34<br />
SGAM Fund - EQUITIES / INDIA EUR 89.50<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL RESOURCES EUR 77.<strong>56</strong><br />
SGAM Fund - BONDS / EUROPE HIGH YIELD USD 30.74<br />
SGAM Fund - ABSOLUTE RETURN INTEREST RATEEUR 109.46<br />
Fundo Divisa Valor<br />
AMERICAN SELECT-<strong>DE</strong>H EUR 9.47<br />
AMERICAN SELECT-DU USD 9.60<br />
EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT-<strong>DE</strong>H EUR 15.44<br />
EM MKT LOW DUR-<strong>DE</strong>H EUR 11.81<br />
EM MKT LOW DUR-DU USD 11.20<br />
EUROP BONDS-<strong>DE</strong> EUR 21.74<br />
EUROP SHORT-TERM BONDS-<strong>DE</strong> EUR 13.89<br />
EUROP SMALL CAP EQUITIES-<strong>DE</strong> EUR 10.80<br />
GLOBAL ASS.ALL.-<strong>DE</strong>H EUR 15.04<br />
GLOBAL ASS.ALL.-DU USD 17.71<br />
GLOBAL BONDS (EURO)-<strong>DE</strong> EUR 19.71<br />
GLOBAL BONDS (USD)-DU USD 26.32<br />
GLOBAL EM MKT EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 20.98<br />
GLOBAL EM MKT EQUITIES-DU USD 28.49<br />
GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-<strong>DE</strong>H EUR 9.09<br />
GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-DU USD 9.72<br />
GLOBAL ENERGY EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 18.54<br />
GLOBAL ENERGY EQUITIES-DU USD 23.63<br />
GLOBAL HGH YLD&EM-MKT EUR-<strong>DE</strong> EUR 17.67<br />
GLOBAL INNOVATION-<strong>DE</strong>H EUR 14.58<br />
GLOBAL INNOVATION-DU USD 9.85<br />
GREATER CHINA EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 17.85<br />
GREATER CHINA EQUITIES-DU USD 25.67<br />
JAPANESE EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 9.81<br />
JAPANESE EQUITIES-DJ EUR 6.94<br />
JAPANESE EQUITIES-DJ JPY 860.00<br />
NEW ASIA-PACIFIC <strong>DE</strong>H EUR 18.78<br />
NEW ASIA-PACIFIC DU USD 27.63<br />
PAN EUROP EQUITIES-<strong>DE</strong> EUR 11.34<br />
US EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 14.26<br />
US EQUITIES-DU USD 11.27<br />
US MID AND SML CAP EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 10.12<br />
US MID AND SML CAP EQUITIES-DU USD 13.92<br />
USD HIGH INCOME BONDS-<strong>DE</strong>H EUR 15.25<br />
USD HIGH INCOME BONDS-DU USD 15.75<br />
USD SHORT-TERM BONDS-DU USD 18.68<br />
WORLD EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 13.82<br />
WORLD EQUITIES-DU USD 14.42<br />
A informação nos fundos WestLB Mellon<br />
Compass Funds é indicada sob<br />
“BNY Mellon Asset Management<br />
Fonte: Euronext Lisboa / Clientes<br />
Nota 1: Segundo a fiscalidade portuguesa, os fundos de investimento<br />
mobiliário nacionais são tributados na fonte. Por essa razão,<br />
as rentabilidades apresentadas são líquidas de impostos para<br />
participantes singulares. Inversamente, os fundos estrangeiros comercializados<br />
em Portugal não estão sujeitos à retenção na fonte,<br />
e portanto as rentabilidades apresentadas são brutas. Nestes fundos,<br />
é da responsabilidade dos participantes declarar à autoridade<br />
fiscal os rendimentos obtidos, que serão assim englobados na<br />
sua declaração de rendimentos.<br />
Nota 2: Os fundos internacionais estão ordenados por ordem alfabética,<br />
sem identificar se se trata de fundos de acções, obrigações<br />
ou outros.
Câmbios e taxas de juro<br />
Queda da confiança alemã<br />
retira apetite pelo euro<br />
A moeda única europeia<br />
voltou ontem a recuar<br />
face ao dólar, depois da<br />
divulgação de dados económicos<br />
desfavoráveis<br />
relativos à maior economia<br />
europeia.<br />
O indicador de clima de<br />
negócios do instituto alemão<br />
Ifo recuou este mês,<br />
pela primeira vez desde<br />
Março do ano passado,<br />
para os 95,2 pontos. Nos<br />
Estados Unidos, a confiança<br />
dos consumidores<br />
baixou em Fevereiro para<br />
o nível mais baixo dos últimos<br />
dez meses.<br />
Deste modo, o euro seguia<br />
a recuar 0,6% face à<br />
divisa norte-americana,<br />
para os 1,3513 dólares. ■<br />
LIBOR<br />
Prazo USD EUR GBP JPY CHF<br />
Overnight 0.1725 0.28313 0.52875 0.1175 0.05<br />
1 semana 0.20875 0.3125 0.52625 0.13125 0.06333<br />
2 semanas 0.21938 0.32625 0.52688 0.14 0.07333<br />
1 mês 0.22875 0.38<strong>56</strong>3 0.5375 0.15<strong>56</strong>3 0.09333<br />
2 meses 0.24 0.47438 0.<strong>56</strong>875 0.19<strong>56</strong>3 0.17<br />
3 meses 0.25194 0.60625 0.64438 0.25375 0.24833<br />
4 meses 0.28438 0.71438 0.71625 0.3375 0.27333<br />
5 meses 0.33313 0.80688 0.79125 0.39188 0.29667<br />
6 meses 0.39531 0.91688 0.86875 0.45438 0.32333<br />
7 meses 0.46938 0.96875 0.94188 0.51125 0.37833<br />
8 meses 0.54<strong>56</strong>3 1.02375 1.02125 0.55313 0.42833<br />
9 meses 0.63219 1.07625 1.09688 0.6025 0.475<br />
10 meses 0.71 1.11438 1.165 0.62813 0.52667<br />
11 meses 0.79188 1.15875 1.23 0.65<strong>56</strong>3 0.57333<br />
1 ano 0.8775 1.21188 1.29625 0.68188 0.61833<br />
Rentabilidades Internacionais<br />
Matérias-primas<br />
Brent* (USD/Barril) Londres<br />
Últimas 6 sessões 78.19<br />
Petrolíferas Londres<br />
BRENT Máx. Min. Fecho<br />
APR0 78.64 76.57 78.61<br />
MAY0 79.11 77 79.08<br />
JUN0 79.65 77.65 79.64<br />
JUL0 80.15 78.17 80.16<br />
AUG0 80.59 78.72 80.63<br />
SEP0 81.02 79.1 81.03<br />
OCT0 81.38 79.5 81.39<br />
GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />
JUL2 0 0 85.65<br />
AUG2 0 0 85.77<br />
SEP2 0 0 85.89<br />
OCT2 0 0 86.01<br />
NOV2 0 0 86.13<br />
<strong>DE</strong>C2 85.3 85.3 86.25<br />
JAN3 0 0 86.33<br />
Petrolíferas Nova Iorque<br />
CRU<strong>DE</strong> Máx. Min. Fecho<br />
JAN7 63.00 61.70 61.55<br />
FEB7 64.20 62.95 62.77<br />
MAR7 65.05 63.84 63.71<br />
APR7 65.72 64.59 64.45<br />
MAY7 66.35 65.98 65.06<br />
JUN7 66.55 65.81 65.<strong>56</strong><br />
JUL7 0.00 0.00 66.00<br />
GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />
JUN0 0 0 65.99<br />
JUL0 0 0 65.87<br />
AUG0 0 0 65.75<br />
SEP0 0 0 65.63<br />
OCT0 0 0 65.51<br />
NOV0 0 0 65.39<br />
<strong>DE</strong>C0 65.9 65.6 65.26<br />
JAN1 0 0 65.15<br />
1140<br />
1131<br />
Base metal laminados<br />
Cobre<br />
22/02/10<br />
6,607<br />
23/02/10<br />
1122<br />
6,535<br />
Latão 63/37<br />
Latão 67/33<br />
5,113<br />
5,275<br />
5,052<br />
1113<br />
5,212<br />
Latão 70/30<br />
Latão 85/15<br />
5,396<br />
6,001<br />
5,332<br />
1104<br />
5,934<br />
Bronze 7,106 7,042<br />
1095<br />
Euribor 3 meses<br />
Últimas 30 sessões<br />
Euribor 6 meses<br />
Últimas 30 sessões<br />
Euribor 12 meses<br />
EUA Japão R. Unido Alemanha França Itália<br />
O/N 5.23 0.45 5.17 -- -- --<br />
3 Meses 5.05 0.<strong>56</strong> 5.49 -- 3.81 --<br />
1 Ano -- 0.67 5.59 4.08 4.04 --<br />
2 Anos 4.59 0.83 5.46 4.04 4.06 4.1<br />
5 Anos 4.54 1.21 5.24 4.05 4.07 4.14<br />
10 Anos 4.65 1.66 4.97 4.08 4.13 4.3<br />
30 Anos 4.84 2.36 4.43 4.26 4.31 4.61<br />
Tx. desconto 6.25 0.75 .... .... .... ....<br />
Prime-rates 8.25 2.2 5.25 .... .... 7.125<br />
Metais não ferrosos<br />
Metais Londres<br />
Fixing<br />
manhã<br />
Fixing<br />
Tarde<br />
Fecho<br />
OURO 1107 1112 1115.2<br />
PRATA 1610 1644 1644<br />
PLATINA 1518 1539 1535<br />
PALADIO 438 445 441<br />
Metais LME Por Tonelada<br />
BID ASK<br />
COBRE 7337.0 38.0<br />
ALUMINIO 2115.0 16.0<br />
ZINCO 2285.0 85.5<br />
NIQUEL 20530 20535<br />
CHUMBO 17000/ 7005<br />
ESTANHO 1920.0 25.0<br />
ALUM. ALLOY 2010.0 12.0<br />
Oleaginosas Roterdão<br />
Produto Entrega Ontem Véspera<br />
SOJA<br />
contrato venda venda<br />
Feb10 400.4 400<br />
Mar10 419.6 398.8<br />
COLZA<br />
Apr10 395.7 398.1<br />
Mar10 675 670<br />
Apr10 675 675<br />
GIRASSOL<br />
May10/Jul10 670 680<br />
Apr10/Jun10 965 955<br />
Jul10/Sep10 995 965<br />
COCO<br />
Oct10/Dec10 990 995<br />
MAR10 2304 36<br />
JUL10 2330 8<br />
PALMA BRUTA<br />
SEP10 2348 0.5<br />
Feb10 815 810<br />
Mar10 820 812.5<br />
Apr10/Jun10 820 815<br />
Ouro* (USD/Onça) Londres<br />
0.661<br />
0.964<br />
Últimas 30 sessões<br />
1.228<br />
EURIBOR<br />
Prazo Última Anterior<br />
1 Semana 0,344 0,344<br />
1 Mês 0,419 0,42<br />
2 Meses 0,521 0,521<br />
3 Meses 0,661 0,661<br />
4 Meses 0,762 0,763<br />
5 Meses 0,852 0,853<br />
6 Meses 0,964 0,965<br />
7 Meses 1,002 1,003<br />
8 Meses 1,05 1,051<br />
9 Meses 1,1 1,1<br />
10 Meses 1,137 1,136<br />
11 Meses 1,178 1,177<br />
12 Meses 1,228 1,228<br />
Últimas 6 sessões 1115.2<br />
Euro dólar<br />
Últimas 30 sessões<br />
Taxas do euro<br />
Agrícolas Londres<br />
CACAU Máx. Min. Fecho<br />
MAR0 2272 2171 2177<br />
MAY0 2285 2182 2185<br />
JUL0 2271 2170 2173<br />
SEP0 2234 2151 2151<br />
<strong>DE</strong>C0 2221 2137 2139<br />
MAR1 2199 2112 2110<br />
MAY1 2167 2167 2104<br />
AÇUCAR Máx. Min. Fecho<br />
MAY0 681.8 653.3 653.9<br />
AUG0 652.4 631 632.4<br />
OCT0 591.8 575.6 579.6<br />
<strong>DE</strong>C0 543 531.8 537.3<br />
MAR1 533.6 518.5 522.3<br />
MAY1 0 0 504.9<br />
AUG1 0 0 485<br />
Agrícolas Chicago<br />
1.3506<br />
Taxas irrevog. Taxas bilat.<br />
Moeda do euro indic. esc.<br />
Franco belga 40.3399 4.96982<br />
Marco alemão 1.95583 102.505<br />
Peseta 166.386 1.20492<br />
Franco francês 6.55957 30.<strong>56</strong>33<br />
Libra irlandesa 0.787<strong>56</strong>4 254.<strong>56</strong>0<br />
Lira italiana 1936.27 0.10354<br />
Franco luxemburguês 40.3399 4.96982<br />
Florim 2.20371 90.9748<br />
Xelim austríaco 13.7603 14.<strong>56</strong>96<br />
Escudo 200.482 –<br />
Markka finlandesa 5.94573 33.7187<br />
Dracma<br />
Câmbios<br />
340.750 0.588355<br />
X por Cross<br />
Moeda 1 euro dólar<br />
Dólar dos EUA 1.3577 ---<br />
Dólar australiano 1.507 1.109965383<br />
Lev da Bulgária 1.9558 1.440524416<br />
Dólar canadiano 1.4172 1.043824114<br />
Franco suíço 1.4667 1.080282831<br />
Coroa checa 25.805 19.0064079<br />
Coroa dinamarquesa 7.4434 5.482359873<br />
Coroa da Estónia 15.6466 11.52434264<br />
Libra esterlina 0.8802 0.648302276<br />
Dólar de Hong-Kong 10.5382 7.761803049<br />
Forint da Hungria 269.8 198.7184209<br />
Coroa da Islândia 290 213.5965235<br />
Iene do Japão 123.19 90.73433012<br />
Won da Coreia do Sul 1559.06 1148.309641<br />
Litas da Lituânia 3.4528 2.543124402<br />
Lats da Letónia 0.7093 0.522427635<br />
Coroa norueguesa 8.021 5.907785225<br />
Dólar da N. Zelândia 1.9383 1.427634971<br />
Zloty da Polónia 3.9703 2.924283715<br />
Coroa sueca 9.7913 7.21168152<br />
Dólar de Singapura 1.9125 1.408632246<br />
Coroa da Eslováquia 30.126 22.1889961<br />
Lira turca 2.0925 1.541209398<br />
Rand da África do Sul 10.438 7.688001768<br />
Real brasileiro 2.4692 1.818663917<br />
Nota: Taxas de câmbio de referência do Banco<br />
Central Europeu, de cerca das 12:30 horas<br />
OT/Benchmark/MEDIP<br />
Prazo Cupão Maturidade Fecho Yield<br />
1 Ano 3.25 39644 99.002 4.045<br />
2 Anos 3.95 40009 99.922 3.979<br />
4 Anos 3.2 40648 97.007 4.015<br />
5 Anos 5 41075 104.46 4.031<br />
6 Anos 5.45 41540 107.96 4.027<br />
7 Anos 4.375 41806 101.88 4.067<br />
8 Anos 3.35 42292 94.67 4.099<br />
9 Anos 4.2 42658 100.255 4.161<br />
MILHO Máx. Min. Fecho<br />
MAR0 373 367.25 371.5<br />
MAY0 384 378.5 382.75<br />
JUL0 394.5 389 393.75<br />
SEP0 401.75 396.75 401.25<br />
<strong>DE</strong>C0 409 403.5 408<br />
MAR1 419 414.5 418.75<br />
MAY1 425 422 425.5<br />
TRIGO Máx. Min. Fecho<br />
MAR0 501.5 492 501.25<br />
MAY0 515.25 505 515.25<br />
JUL0 527.75 518.5 527.75<br />
SEP0 543 534.25 543.25<br />
<strong>DE</strong>C0 <strong>56</strong>7.75 <strong>56</strong>0.25 <strong>56</strong>8<br />
MAR1 592.75 586.75 592.5<br />
MAY1 0 0 604<br />
SOJA Máx. Min. Fecho<br />
MAR0 978.75 955 961.5<br />
MAY0 985 962 969<br />
JUL0 990.25 968 975.25<br />
Agrícolas Nova Iorque<br />
ALGODÃO Máx. Min. Fecho<br />
MAY0 94 51.38 79.7<br />
JUL0 100 51.72 79.03<br />
OCT0 91.75 64.73 74.65<br />
<strong>DE</strong>C0 100.5 53.87 73.43<br />
MAR1 94.5 61.89 75.17<br />
MAY1 78.02 68.05 75.9<br />
JUL1 80 73.25 76.47<br />
Eurolist Dívida Pública<br />
Valor Taxa Maturid. Últ. Data Mont. Cot. Yeld<br />
mobiliário juro % cot. últ. cot. negoc. ant.<br />
OT-MAIO 5.85%10 5.85 20 MAY 2010 0 20 NOV 2009 0 105.8 0<br />
OT-JUN 5 1/7%11 5.15 15 JUN 2011 0 10 OCT 2008 0 104.48 0<br />
OT-SET 5 4/9%13 5.45 23 SEP 2013 0 09 FEB 2010 0 105 0<br />
Eurolist Outros fundos públicos<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
CMOEIRAS93 4,375 41 99,11 2003-02-25 99,00<br />
CMSINTRA97 3,375 0<br />
CP-T.VR.95 2,795 0 2003-03-05 99,40<br />
EXPO9897.2 3,146 0 2001-07-12 99,90<br />
G.R.M...94 2,6875 0 2003-02-14 99,50<br />
GRA..1A.92 3,<strong>56</strong>25 0 2003-02-21 99,90<br />
GRA..1A.93 4,15 0 2002-11-06 100,00<br />
LISBOA.99 2,708 0<br />
LISNA.91-A 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />
LISNA.91-B 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />
LISNAVE.92 2,844 0 2003-03-07 96,92<br />
P.EXPO9897 2,739 0 2002-12-04 100,00<br />
RAA.96 3,0 0 2001-02-09 100,17<br />
RAM..96/06 2,6<strong>56</strong> 0 1996-11-04 100,60<br />
RAM.01/16 3,381 0 2002-09-17 100,20<br />
RAM.1.S.97 2,713 0 1997-12-31 100,00<br />
RAM.2E 96 2,748 0 1997-12-31 100,00<br />
RAM.98 2,755 0 1999-06-30 100,00<br />
RAM.99 2,913 0<br />
SINTRA2S97 3,375 0<br />
Eurolist/Obrigações Diversas<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
BCPIEM0405 2,0 110 98,65 2003-03-07 98,59<br />
J.MART.W96 2,40625 72 97,76 2003-03-07 96,32<br />
CONTIN..95 3,<strong>56</strong>25 65 99,89 2003-03-06 99,91<br />
BCPICG1005 0,0 57 91,95 2003-02-26 91,68<br />
BCPA TEL00 0,0 49 93,72 2003-03-07 93,65<br />
BCPI7%1003 7,0 45 100,<strong>56</strong> 2003-02-21 100,80<br />
BCPICG33PL 0,0 37 93,<strong>56</strong> 2003-03-07 93,49<br />
BCPI IDJ04 6,25 25 103,47 2003-03-07 103,44<br />
BCPA TM 00 0,0 25 92,00 2003-03-07 91,92<br />
BPICSSEU00 0,0 19 98,86 2003-02-28 98,81<br />
BCPI IM 05 0,0 16 95,92 2003-02-27 96,08<br />
BPI CM1E00 0,0 15 95,40 2003-03-07 95,34<br />
BPI.CAZE01 0,0 15 100,95 2003-03-07 100,81<br />
BCPIEGLB01 0,0 13 93,50 2003-02-28 93,20<br />
BPI.CS2.01 0,0 13 100,74 2003-03-06 100,42<br />
BCPIAP0703 7,25 11 99,50 2003-03-07 99,47<br />
BCPIEUR.01 0,0 11 101,11 2003-03-07 101,07<br />
TOTMUND02 0,0 10 94,41 2003-03-07 94,35<br />
BPI.CSZE00 0,0 10 107,27 2003-03-07 107,27<br />
BPI.OBCS01 3,65 9 100,01 2003-03-06 100,00<br />
BPI CM4E00 0,0 6 95,01 2003-03-07 94,94<br />
CGDVERAC00 0,0 5 98,40 2003-03-05 98,40<br />
BPI.CSQ01 0,0 5 102,73 2003-03-07 102,66<br />
BCPIAP0803 7,25 5 99,91 2003-03-06 100,01<br />
BPI.CSRM02 0,0 5 100,02 2003-03-06 100,01<br />
BCPAISTX00 0,0 5 94,88 2003-03-03 94,69<br />
BCPA CGI99 0,0 5 94,21 2003-03-07 94,21<br />
BCPIAP0804 0,0 5 94,81 2003-03-07 94,76<br />
BCPIAP0704 0,0 3 94,99 2003-03-06 94,97<br />
SCP.RF0205 6,45 3 92,00 2003-03-06 92,00<br />
BSPPNI9M00 3,0 3 98,91 2003-02-28 98,81<br />
BCPA MED00 0,0 2 91,79 2003-02-27 91,54<br />
BPI.CSIM01 0,0 2 92,25 2003-03-07 92,12<br />
BPICSZE200 0,0 2 92,20 2003-03-07 91,10<br />
BCPIAP09037 7,25 1 100,28 2003-03-06 100,29<br />
BCPIAP0904 0,0 1 94,22 2003-03-06 94,24<br />
INPAR.9804 3,138 1 95,02 2003-03-06 95,50<br />
BPI CM3E00 0,0 1 95,18 2003-03-06 95,02<br />
BPIRF30003 4,0 1 99,78 2003-02-25 99,83<br />
CPPEUR.+01 0,0 1 102,50 2003-03-07 102,48<br />
ENG.WARR98 1,555 0 95,00 2003-02-26 92,75<br />
BCPI IDJ05 0,0 0 92,41 2003-03-07 92,38<br />
BSPBEURP01 0,0 0 102,81 2003-02-21 102,66<br />
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Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 47<br />
OUTROS MERCADOS<br />
Eurolist Unidades de Participação<br />
Título Quant. Fecho Fecho<br />
transac. E Esc.<br />
EUROSUL 0 0<br />
M.ACC.EURO 0 0<br />
N.ECONOMIA 51 46,15 9252<br />
RE<strong>DE</strong>S C.98 100 49,01 9826<br />
SAU<strong>DE</strong>LAZER 678 48,01 9625<br />
VALFUT2005 488 46,41 9304<br />
Eurolist - Titulos de Participação<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
B.MELLO.87 3,652 0 2003-03-07 95,00<br />
BFN.....87 3,<strong>56</strong>4 0 2003-03-07 100,00<br />
BFN.2...87 2,958 0 2003-03-06 100,00<br />
BTA ....87 2,42559 0 2003-02-14 61,52<br />
CPP.....88 2,<strong>56</strong>908 0 2003-02-10 53,41<br />
CPP.....89 2,92688 0 58,51 2003-02-28 60,00<br />
PETROGAL93 3,9 0 2002-03-15 101,25<br />
Mercado s/ Cotações<br />
Título Data Últim. Var. Var % Quant. Máx. Mín. Comp.<br />
cot. ant. transac. ano ano anual<br />
Norvalor 27 OCT 2009 0 0 0 0 1.23 0.54<br />
Oliveira e Irmão 19 JUN 2001 0 0 0 0 0 0<br />
R.P. Centro Sul 07 <strong>DE</strong>C 2009 0 0 0 0 3.5 3.5<br />
Sopragol 16 AUG 2006 0 0 0 0 2.3 2.3<br />
Transinsular 18 AUG 2009 0 0 0 0 15.5 15.5<br />
Vista Alegre 14 OCT 1998 0 0 0 0 0 0<br />
Eurolist/Obrigações Diversas<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
SAL.CAE.99 3,233 69 97,41 2002-12-06 99,90<br />
BPI.CSP.99 0,0 47 97,25 2003-03-07 97,22<br />
BPSM-2E.95 3,<strong>56</strong>25 33 99,87 2003-03-06 99,87<br />
BFBCSFR.98 0,0 12 102,60 2003-03-07 102,60<br />
BSMTOP97.1 3,418 5 78,20 2003-03-07 78,20<br />
CISF.PSI99 0,0 4 95,59 2003-03-05 95,<strong>56</strong><br />
BPIEURO04 0,0 3 96,68 2003-03-03 96,55<br />
BPICSBRA99 0,0 3 111,20 2003-02-28 110,35<br />
BPI-MULTI. 0,0 1 97,95 2003-03-07 97,90<br />
CIN...9904 3,444 0<br />
ADP.98.05 3,101 0 2003-03-05 100,00<br />
BPA.SUB.96 3,0625 0<br />
BTA.TOPS97 3,418 0 2003-02-17 80,00<br />
M.LEA.1E98 3,25 0<br />
M.LEA.2E98 3,125 0<br />
DBLEASIN94 3,0625 0 2003-02-27 99,00<br />
BCP.SUB.95 3,5 0 2003-02-27 98,50<br />
CR.1E.1S98 3,6875 0 2000-02-14 100,00<br />
V.ALEGRE05 3,291 0<br />
CCCAM...96 3,2738 0 2003-02-28 99,00<br />
B.MELLO95S 3,3125 0 2002-09-13 99,10<br />
BNC.SUB.97 3,5 0 2002-09-16 97,00<br />
BNCTXVAR99 3,343 0 2003-01-28 100,00<br />
FINANTIA95 3,1875 0 2002-11-18 98,50<br />
CHE.RM1.98 0,0 0 2002-11-12 100,62<br />
CHE.CG1.98 0,0 0 2000-03-24 103,80<br />
TECN.J/SUP 9,75 0 1996-02-27 100,00<br />
M.COMPA.98 3,337 0<br />
SODIM-TV97 3,5 0 2001-08-17 100,00<br />
GDL.TX.V98 2,731 0 2001-04-10 99,97<br />
SACOR M.97 3,125 0 2003-02-10 98,79<br />
CPP.TOPS97 3,418 0 2003-01-22 75,00<br />
IMO.98-1.E 2,9192 0 2001-01-11 99,90<br />
IMO.98-2.E 3,311 0 2002-01-25 97,02<br />
SECI/CMP95 2,75 0 2003-03-06 99,85<br />
BNU.SUB.98 3,375 0 2003-02-25 93,90<br />
HELLER981E 2,75 0<br />
BNU.1.E.9 0,0 0<br />
BSPE.EQU99 0,0 0 2003-03-07 101,37<br />
BSP.E.FU99 3,752 0 2003-02-28 82,78<br />
BII-1.S.95 2,875 0 2000-05-02 100,00<br />
CMP/97 2,932 0 1998-07-16 99,50<br />
CHE.CG2.98 0,0 0 2001-05-31 101,25<br />
MOT.COMP04 3,487 0<br />
BNUCXSUB97 3,3125 0 2002-12-31 97,61<br />
SONAEIM/98 3,049 0 2002-02-25 98,50<br />
BES.SUB.98 3,494 0 2001-11-16 99,58<br />
BFB-SUB.97 2,9375 0 2000-06-29 100,00<br />
BPI-O.C.94 3,909 0 2002-12-18 100,00<br />
BPI-C.Z.95 0,0 0<br />
BPI-C.Z.96 0,0 0<br />
BPI.PERP96 3,683 0 2003-01-07 99,00<br />
BPI.SUB.96 3,1875 0 2003-02-17 99,10<br />
BPIRF.5.00 4,4 0 2001-10-26 101,16<br />
MUNDICEN97 3,<strong>56</strong>25 0 2002-02-11 99,90<br />
BPIZEURO07 0,0 0 2003-03-05 101,09<br />
SOMAGUE/97 3,75 0 2003-03-06 100,00<br />
SOMA.WA.98 2,591 0 2003-01-15 67,25<br />
GAS POR.97 3,0 0 2001-11-12 99,60<br />
Nic Peeling<br />
O GESTOR<br />
BRILHANTE<br />
Disponível em www.ECONOMICO.pt
48 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
<strong>DE</strong>SPORTO<br />
Mourinho podia<br />
ser um elemento<br />
dos Monty Python<br />
Futebol Se não fosse para ganhar, não estava no Inter. E,<br />
se for preciso discutir, também podem contar com ele...<br />
Paulo Jorge Pereira<br />
paulo.pereira@economico.pt<br />
Célebres pelo estilo inovador que<br />
trouxeram ao humor, os britânicos<br />
Monty Python construíram,<br />
entreasdécadasde60e70,vários<br />
números memoráveis, entre os<br />
quais um em que John Cleese pedia<br />
uma discussão com Eric Idle,<br />
variando os preços em função de<br />
ser só um diálogo ou um curso<br />
completo. Resultado? Discussão<br />
infindável, gargalhada geral.<br />
Salvaguardadas as devidas<br />
distâncias, José Mourinho, cujo<br />
Inter enfrenta hoje o Chelsea no<br />
Giuseppe Meazza para a 1ª mão<br />
dos oitavos-de-final da Liga dos<br />
Campeões (RTP1 e Sport<br />
TV1/HD, 19h45), podia ser um<br />
elemento dos Monty Python. Não<br />
só porque a normalidade gira em<br />
torno de situações... anormais,<br />
mas porque está no futebol para<br />
ganhar e discutir quando se considera<br />
prejudicado.<br />
“A Itália, excepto os adeptos do<br />
Inter, espera pela derrota de<br />
Mourinho”, disse Carlo Ancelotti,<br />
que orienta os londrinos, ao diário<br />
“Il Giornale”. “Mourinho é muito<br />
hábil a alimentar tensões e a motivar<br />
as suas equipas, mas esse<br />
nãoéomeucaminho”,acrescentou.<br />
Até aqui, tudo normal: Ancelotti<br />
não só é adversário como<br />
ainda estão presentes os duelos de<br />
palavras na época passada.<br />
Leonardo, técnico do Milan,<br />
adicionou palavras de apoio ao<br />
Hoje há reencontro<br />
com o Chelsea para<br />
a Liga dos Campeões,<br />
mas ainda se<br />
discutem os três jogos<br />
de suspensão e os 40<br />
mil euros que<br />
Mourinho tem de<br />
pagar na Serie A.<br />
QUINZE ANOS <strong>DE</strong> MASSIMO MORATTI COMO PRESI<strong>DE</strong>NTE DO INTER<br />
A gerência do filho<br />
não supera a do pai<br />
Entre 1955 e 1968, Angelo Moratti<br />
foi o líder do Inter, tendo ganho<br />
duas Taças dos Campeões, duas<br />
Intercontinentais e três ‘scudetti’.<br />
O filho, Massimo Moratti, tornouse<br />
dono e máximo dirigente do<br />
clube a 18 de Fevereiro de 1995<br />
(demitiu-se e voltou duas vezes),<br />
massóvenceuquatrotítulosea<br />
Taça UEFA. Investiu <strong>56</strong>0 milhões<br />
em jogadores como Baggio,<br />
Zamorano, Djorkaeff, Batistuta,<br />
Recoba, Ronaldo, Crespo, Figo,<br />
Ibrahimovic, Eto’o, Milito, etc...<br />
BENFICA SAD<br />
0,50%<br />
2,55 euros<br />
ex-responsável rossonero: “Vou<br />
puxar por Ancelotti. É meu amigo,<br />
sou cúmplice de grande parte<br />
da sua história em Milão, é normal<br />
que apoie um italiano. E não se<br />
trata de alguma coisa de especial<br />
contra o Inter: é apenas amizade”.<br />
Todos contra Mourinho? Parece.<br />
No sábado, o Inter-<br />
Sampdoria acabou mal. Primeiro,<br />
Walter Samuel e Cordoba foram<br />
expulsos antes do intervalo,<br />
o tetracampeão Inter empatou<br />
(0-0),aconfusãonotúnelvaleu<br />
expulsões depois do jogo a Cambiasso<br />
e Muntari, gestos do treinador<br />
português foram punidos<br />
com três jogos de afastamento e<br />
40 mil euros de multa.Na abordagem<br />
ao duelo com o Chelsea,<br />
Mourinho recusou falar de outros<br />
assuntos. Mas disse que nunca<br />
insultou um árbitro italiano e salientou:<br />
“Um dos maiores motivos<br />
de satisfação para o treinador<br />
é a paixãoeorespeitodejogadores<br />
e adeptos dos clubes por onde<br />
passa. E isso tenho do FC Porto,<br />
do Chelsea, do Inter”.<br />
Fenómeno global<br />
Como Cristiano Ronaldo, o treinador<br />
do Inter é notícia do outro lado<br />
do Atlântico e na Austrália: o “New<br />
York Times” critica a sua atitude,<br />
chamando-lhe “o pior do futebol”;<br />
os australianos registam os constantes<br />
castigos de que é alvo. Moratti,<br />
líder do Inter, diz que o silêncio<br />
face aos jornalistas não é de<br />
protesto, mas de protecção. ■<br />
FC PORTO SAD SPORTING SAD<br />
0,0%<br />
1,09 euros<br />
Nãohámovimento<br />
ou expressão de Mourinho<br />
que passe despercebido.<br />
E até as casas de apostas<br />
já aproveitam.<br />
ÉPOCA TREINADOR CAMPEONATO TAÇA TAÇA UEFA CHAMPIONS<br />
1994-95 Bianchi 6º (52 pontos) - - –<br />
1995-96 Bianchi; Suarez (a partir da 5ª jornada);<br />
Hodgson (a partir da 7ª jornada)<br />
7º (54 pontos) Meias-finais 1ª ronda –<br />
1996-97 Hodgson; Castellini<br />
(a partir da 33ª jornada)<br />
3º (59 pontos) Meias-finais Finalista vencido –<br />
1997-98 Simoni 2º (69 pontos) Quartos-de-final Vencedor –<br />
1998-99 Simoni; Lucescu<br />
(a partir da 12ª jornada);<br />
Castellini (a partir da 27ª jornada);<br />
Hodgson (a partir da 31ª jornada)<br />
8º (46 pontos) Meias-finais – Quartos-de-final<br />
1999-00 Lippi 4º (58 pontos) Finalista vencido – –<br />
2000-01 Lippi; Tardelli (a partir Quartos-de-final Quartos-de-final Pré-eliminatória<br />
da 2ª jornada) 5º (51 pontos)<br />
2001-02 Cuper 3º (69 pontos) Oitavos-de-final Meias-finais –<br />
2002-03 Cuper 2º (65 pontos) 1ª ronda – Meias-finais<br />
2003-04 Cuper; Zaccheroni<br />
(a partir da 7ª jornada)<br />
4º (59 pontos) Meias-finais Quartos-de-final 1ª ronda<br />
2004-05 Mancini 3º (72 pontos) Vencedor – Quartos-de-final<br />
2005-06 Mancini 1º (76 pontos)* Vencedor Vencedor da Supertaça Quartos-de-final<br />
2006-07 Mancini 1º (97 pontos) Finalista vencido – Oitavos-de-final<br />
2007-08 Mancini 1º (85 pontos) Finalista vencido – Oitavos-de-final<br />
2008-09 Mourinho 1º (84 pontos) Meias-finais Vencedor da Supertaça Oitavos-de-final<br />
2009-10 Mourinho 1º (55 pontos) Está nas meias-finais Perde final da Supertaça com a Lazio Está nos oitavos-de-final**<br />
* Título atribuído por castigo à Juventus após o escândalo com Moggi ** Época em curso Fonte: “La Gazzetta dello Sport”<br />
10%<br />
1,08 euros<br />
Alessandro Garofalo/Reuters 5
<strong>DE</strong>STAQUE DO DIA<br />
Cristiano Ronaldo<br />
Depois de ter voltado a marcar<br />
de livre ante o Villarreal, golo que<br />
dedicou à Madeira, o português do<br />
Real Madrid viu o diário “As” escolher<br />
o nome de um míssil norte-americano<br />
para esses lances. Chamou-lhe<br />
“tomahawk” e Ronaldo gostou...<br />
euros<br />
0É quanto paga a<br />
casa de apostas<br />
William Hill, por<br />
cada euro apostado<br />
na expulsão de<br />
Mourinho como<br />
primeira acção<br />
frente ao Chelsea.<br />
Discussão com<br />
o 4º árbitro vale 15,<br />
a saudação aos<br />
jogadores do Chelsea<br />
apenas 1,85.<br />
NÚMEROS DO TÉCNICO<br />
● Completou ontem os oito anos<br />
sem perder como anfitrião em<br />
provas internas. E são 130 jogos<br />
seguidos sem perder (105<br />
vitórias e 25 empates) depois do<br />
desaire com o Beira-Mar, nas<br />
Antas, a 23 de Fevereiro de<br />
2002, por 2-3, incluindo 35<br />
triunfos seguidos.<br />
● A estes jogos é preciso juntar<br />
cinconoBenficae10naU.Leiria.<br />
● Quando se incluem as<br />
competições europeias, o registo<br />
aponta para derrotas apenas com<br />
Real Madrid (duas nas Antas,<br />
uma com Carlos Queiroz),<br />
Panathinaikos (duas, uma nas<br />
Antas, outra em Milão) e<br />
Barcelona (uma em Londres).<br />
● Já ultrapassou os 400<br />
encontros como técnico principal<br />
desde que se estreou no Benfica,<br />
rendendo Jupp Heynckes após a<br />
4ª jornada, sob a presidência de<br />
ValeeAzevedo.<br />
AGENDA DO DIA<br />
Futebol<br />
Liga dos Campeões, 1/8 final, 1ª<br />
mão: CSKA-Sevilha (17h30, Sport TV1<br />
e Sport TVHD);<br />
Inter-Chelsea (19h45, RTP1, Sport TV1<br />
e Sport TVHD);<br />
Liga italiana (17ª jornada):<br />
Fiorentina-Milan (17h30, Sport TV2).<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 49<br />
Nãohádescanso<br />
para controvérsia<br />
com o português<br />
Das ameaças de morte antes de<br />
voltar ao Porto até ao plano da<br />
máfia macedónia: vida agitada.<br />
Paulo Jorge Pereira<br />
paulo.pereira@economico.pt<br />
Ninguém lhe fica indiferente.<br />
Chamou actor a Messi por iludir<br />
Del Horno no Chelsea, falou da<br />
necessidade de guarda-costas<br />
para a visita ao Porto, comparando<br />
a viagem com uma deslocação<br />
a Palermo, terra de mafiosos<br />
(recebera ameaças de<br />
morte que se repetiram no ano<br />
passado, por intermédio de<br />
grupos islâmicos insatisfeitos<br />
com as referências feitas à acção<br />
negativa do Ramadão no seu jogador,<br />
Sulley Muntari), referiuse<br />
a Arsène Wenger, técnico do<br />
Arsenal, como um ‘voyeur’,<br />
acusando-o de estar sempre a<br />
espreitar para casa alheia, preocupado<br />
com o Chelsea.<br />
As polémicas à volta de frases,<br />
episódios, expulsões ou multas<br />
queenvolvamJoséMourinhonão<br />
têm fim. Andy Johnson (Everton),<br />
que lesionou Hilário, era um<br />
“inimputável”, Ranieri, então<br />
técnico da Juventus, um septuagenário<br />
demasiado velho para<br />
mudar que, em Londres, “demorou<br />
cinco anos para aprender a<br />
dizer ‘good afternoon’”.<br />
Houve ameaças de processos<br />
em tribunal, alguns pedidos de<br />
desculpa – em comum, o estilo<br />
irreverente de quem anunciara o<br />
título para a época seguinte na<br />
apresentação como técnico portista.<br />
Lo Monaco, director-geral<br />
do Catania, foi ridicularizado,<br />
Beretta, técnico do Lecce, passou<br />
a chamar-se Barnetta e<br />
“sem personalidade”, Lippi foi<br />
acusado de indelicadeza por<br />
considerar favorita a Juventus na<br />
luta pelo título, Mazzari, treinador<br />
do Nápoles, ouviu condicionar<br />
o trabalho dos árbitros, a Juventus<br />
“tem uma área para penalties<br />
com 25 metros”.<br />
Protegido pelas autoridades<br />
Amado ou odiado: assim tem<br />
sido com José Mourinho. Que<br />
não perde o sentido de humor<br />
mesmo em dificuldades como<br />
no conflito com o jornalista Andrea<br />
Ramazzotti. A 13 de Dezembro<br />
de 2009, depois do jogo<br />
com a Atalanta, foi multado por<br />
insultos e empurrões a Ramazzotti.<br />
Negou esta última<br />
parte, não pediu desculpa e avisou:<br />
“Isto será resolvido em privado.<br />
Espero que me dê uma<br />
Jogos Olímpicos de Inverno<br />
Esqui Alpino, Slalom Gigante<br />
feminino (18h00, Eurosport);<br />
Esqui Corta-mato, Final masculina<br />
4x10km (19h00, Eurosport);<br />
Esqui Alpino, Slalom Gigante<br />
feminino (21h00, Eurosport);<br />
Patinagem de velocidade, Mulheres<br />
5000m (22h00, Eurosport).<br />
prenda no Natal, pois até aqui o<br />
Ramazzotti famoso era Eros.<br />
Deixou de o ser”.<br />
Do princípio de Fevereiro<br />
vem a história acerca de um<br />
plano de elementos ligados à<br />
máfia macedónia que estariam a<br />
planear um assalto e sequestro<br />
em casa do técnico do Inter junto<br />
ao famoso Lago Como.<br />
As autoridades investigaram<br />
e fizeram várias detenções, o<br />
Inter agiu para proteger o seu<br />
treinador. Só não pode protegêlo<br />
dos comentários e provocações<br />
feitos pelos adversários.<br />
Claudio Ranieri, por exemplo,<br />
ainda na semana passada voltou<br />
à carga, concordando com<br />
Mazzari: “É muito fácil sair do<br />
Chelsea, presidido por Roman<br />
Abramovich, para entrar no Inter,<br />
liderado por Massimo Moratti”.<br />
A resposta, desta vez,<br />
veio de Eládio Paramés, portavoz<br />
de Mourinho: “Do Chelsea<br />
de Abramovich à Juve da família<br />
Agnelli, Ranieri nada venceu ao<br />
contrário de Mourinho”. ■<br />
Claudio Ranieri<br />
Treinador<br />
da Roma<br />
“É muito fácil sair do Chelsea,<br />
presidido por Roman<br />
Abramovich, para entrar no Inter,<br />
liderado por Massimo Moratti.<br />
Precisa de motivar a equipa e,<br />
depois de um tempo tranquilo,<br />
voltou a agitar-se. É inteligente”.
50 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
<strong>DE</strong>SPORTO<br />
FUTEBOL<br />
Steven Pienaar (Everton) apanhado com<br />
excesso de álcool mas joga ante o Sporting<br />
Steven Pienaar, médio do Everton, foi apanhado pela polícia inglesa<br />
na madrugada de domingo com excesso de álcool, mas o clube não<br />
irá afastá-lo do embate de amanhã com o Sporting. “Foi detido<br />
no cruzamento da London Road com a Lime Street e acusado<br />
de condução sob o efeito do álcool”, segundo um porta-voz da polícia<br />
de Merseyside. A noite de farra deu-se depois de o Everton vencer<br />
o Manchester United num jogo para o campeonato inglês.<br />
Pablo Aimar fez o primeiro golo<br />
da noite. Na Luz, foram os<br />
sul-americanos a decidir o jogo.<br />
Filipe Garcia<br />
filipe.garcia@economico.pt<br />
É sabido que, em campo, Pablo<br />
Aimar e Javier Saviola se conhecem<br />
como poucos. É sabido que,<br />
num dia de inspiração, Di Maria<br />
baralha qualquer defesa. Também<br />
é sabido que Cardozo não<br />
gosta de passar um jogo sem fazer<br />
golos. E se os ‘Fab Four’ estiverem<br />
todos em dia de inspiração?<br />
4-0 ao Hertha de Berlim,<br />
consequente qualificação para<br />
os oitavos-de-final da Liga Europa<br />
e nem precisaram de grande<br />
ajuda dos colegas de equipa.<br />
Cinco da tarde de um dia de semana,chuvaefrio-naprimeira<br />
parte caiu granizo no relvado -<br />
são justificações mais que válidas<br />
para não assistir ao vivo a<br />
um jogo de futebol. Mesmo assim,<br />
foram mais de trinta mil os<br />
que se deslocaram ontem à Luz<br />
para ver o Benfica jogar com<br />
ritmo sul-americano.<br />
Aos 24 minutos uma jogada<br />
argentina: Di María e Saviola<br />
prepararam a assistência para o<br />
golo de Pablo Aimar. O número<br />
10 encarnado ainda marcaria o<br />
pontapé de canto de que resultaria<br />
o golo de Javi García. Mas a<br />
dupla da noite seria outra: Di<br />
María fez as assistências para os<br />
dois golos (47’ e 60’) do paraguaio<br />
Cardozo.<br />
Mesmo sabendo que precisava<br />
de marcar para conseguir o<br />
apuramento, a equipa do<br />
Hertha entrou em campo para<br />
defender e durante a maior par-<br />
Carlos Tevez tem sido uma referência<br />
na frente do Manchester City.<br />
te da primeira metade do jogo<br />
conseguiu-o: até ao golo inaugural,<br />
o Benfica só conseguira<br />
um remate perigoso. No entanto,<br />
com dez jogadores a defender<br />
não é fácil chegar à baliza<br />
adversária e só aos 32’ o guarda-redes<br />
encarnado foi obrigado<br />
a aplicar-se. A história da<br />
segunda parte é contada pelos<br />
números – em 15’ o Benfica fez<br />
três golos.<br />
Campeonato é prioridade<br />
“No ano passado cheguei aos oitavos-de-final<br />
com uma equipa<br />
sem a dimensão do Benfica e<br />
sentia-me com capacidade para<br />
chegar à final. No Benfica ainda<br />
me sinto melhor, mas não vou<br />
pôr esta competição à frente do<br />
campeonato”, disse Jorge Jesus<br />
na conferência de imprensa.<br />
Reconhecendo que Di María<br />
está a atravessar a melhor fase<br />
da época e congratulando-se<br />
por ter a equipa “que melhor<br />
futebol joga em Portugal”, Jesus<br />
ainda dedicou a vitória a Eusébio<br />
que recebeu o prémio do<br />
Presidente da UEFA. ■<br />
FUTEBOL<br />
‘Fab Four’ sul-americanos apuram<br />
Benfica para os oitavos-de-final<br />
Mancini assegura avançado Tevez<br />
para jogo de sábado contra o Chelsea<br />
Futebol Aimar, Saviola, Di Maria e Óscar Cardozo decisivos na eliminação do Hertha de Berlim.<br />
Benfica já amealhou<br />
mais de dois milhões<br />
de euros com a<br />
campanha na Liga<br />
Europa. Passagem aos<br />
oitavos-de-final<br />
rendeu 300 mil euros.<br />
O ‘manager’ do Manchester City, Roberto Mancini, pode respirar de alívio.<br />
O avançado Carlos Tevez chega hoje ou amanhã da Argentina e está<br />
pronto para actuar no jogo de sábado com o líder Chelsea, em Stamford<br />
Bridge. “Falei com Tevez que chegará quarta ou quinta-feira de manhã.<br />
Tenho a certeza”, disse Mancini, em declarações à BBC online. A ausência<br />
de um mês do avançado argentino está relacionada com o nascimento<br />
prematuro da sua filha, que se encontra nos cuidados intensivos.<br />
BENFICA - HERTHA<br />
Nacho Doce/Reuters<br />
F. Coentrão D.Luiz Luisão M.Pereira<br />
R. Amorim<br />
Saviola<br />
Nicu<br />
Cicero<br />
Júlio César<br />
J.Garcia<br />
P. Aimar<br />
Raffael<br />
Ebero<br />
Drobny<br />
Treinador: Jorge Jesus<br />
Di Maria<br />
O. Cardozo<br />
Ramos<br />
Janker<br />
Pisczek Von Bergen Friedrich Kringe<br />
Treinador: Friedhelm Funkel<br />
Aimar (24’), Cardozo (47’ e 60’)<br />
eGarcia(59’)fizeramosgolos<br />
que garantiram a passagem<br />
do Benfica aos oitavos-de-final<br />
da Liga Europa. O Marselha<br />
deverá ser o adversário.<br />
Allen Iverson<br />
ainda ausente<br />
para cuidar<br />
da filha<br />
Basquetebol Experiente<br />
base já faltou ao All-Star<br />
pela mesma razão.<br />
Paulo Jorge Pereira<br />
paulo.pereira@economico.pt<br />
No início do mês, a informação<br />
de que a filha Messiah, de 4<br />
anos, estava doente, passou a<br />
condicionar o dia-a-dia de<br />
Allen Iverson e o experiente<br />
base dos Philadelphia 76ers começou<br />
a perder jogos: falhou<br />
cinco antes do All-Star, não esteve<br />
na festa de Dallas e, depois<br />
disso, continua ausente.<br />
Não actua como visitante de<br />
Golden State, Lakers e Phoenix<br />
e o único comentário sobre a situação<br />
de saúde da pequena<br />
Messiah veio do presidente dos<br />
Sixers, Ed Stefanski, através de<br />
comunicado: “É melhor para<br />
todos, equipa, dirigentes e para<br />
o próprio Iverson, que esteja<br />
próximo da família para tratar<br />
de um assunto tão delicado e<br />
que é, de longe, muito mais importante”.<br />
Iverson, de 34 anos, fora uma<br />
das surpresas na lista de preferências<br />
para o All-Star, mas recebeu<br />
autorização de ausência<br />
por tempo indeterminado.<br />
Entretanto, uma das trocas<br />
de última hora no prazo-limite<br />
queterminoua18deFevereiro,<br />
Brandon Haywood trocou Washington<br />
por Dallas, tal como o<br />
companheiro Caron Butler. Só<br />
que o extremo de 30 anos, 2,13<br />
m e 120 kg trouxe aos Mavericks<br />
soluções de que não dispunham<br />
em termos de jogo interior, em<br />
especial com a lesão de Erick<br />
Dampier (deslocou um dedo),<br />
diversificando soluções na luta<br />
pelos ressaltos. Uma realidade<br />
que já se traduz em triunfos,<br />
conforme sucedeu no encontro<br />
face aos Pacers (91-82). O alemãoDirkNowitzkitornouaser<br />
o elemento em maior evidência<br />
(23 pontos), mas o duplo-duplo<br />
do recém-chegado (13 pontos e<br />
20 ressaltos) foi um contributo<br />
fundamental para o sucesso<br />
ante Indiana.<br />
“Tentei apenas ser agressivo<br />
e fazer o meu jogo”, comentou a<br />
nova arma dos Dallas Mavericks<br />
depois do triunfo no American<br />
Airlines Center.<br />
Outros resultados: Washington-Chicago,<br />
101-95; New<br />
York-Milwaukee, 67-83; Utah-<br />
Atlanta, 100-105 e LA Clippers-<br />
Charlotte, 98-94. ■
AUTOMOBILISMO<br />
Andy Soucek ocupa vaga de Álvaro Parente<br />
como piloto de testes da Virgin Racing<br />
A Virgin Racing anunciou o espanhol Andy Soucek, actual campeão de F2,<br />
como piloto de reserva na equipa de Fórmula 1 para a vaga de Álvaro<br />
Parente. “Quero aprender com Timo Glock e com Lucas di Grassi, e<br />
conseguir o máximo de informação possível nas reuniões técnicas e<br />
nos testes em simulador”, disse. Por seu turno, Álvaro Parente confirmou<br />
que vai regressar à GP2 Series Asia, tendo já viajado ontem para<br />
o Barhain onde disputará a primeira prova, ao volante da Coloni.<br />
O motard português nas ruas<br />
do Bairro Alto, um mês depois<br />
do 4º lugar no Dakar.<br />
“Não posso fazer<br />
mais impossíveis”<br />
Todo-o-terreno Melhor motard português no Dakar ambiciona<br />
voos mais altos, mas só com outros apoios.<br />
Paulo Jorge Pereira<br />
paulo.pereira@economico.pt<br />
Tinha sete anos quando se sentou<br />
numa moto pela primeira<br />
vez.“Eradecrosseepertencia<br />
ao meu pai, apaixonado por<br />
esse mundo tal como os meus<br />
avôs”. Em 1994, com a ajuda do<br />
pai, começou nas corridas (foi<br />
3º numa prova do campeonato<br />
regional de motocrosse) e, partir<br />
de 1999, tornou-se profissional.<br />
De início, a família não<br />
queria vê-lo arriscar-se nas<br />
competições, mas, como não<br />
teve lesões graves até 2007, isso<br />
ajudou a tranquilizar. Tudo<br />
mudou no Chile, a 4 de Setembro:<br />
seguia a 160 km/h e caiu<br />
na penúltima etapa do Rali que<br />
começara na Argentina. Impressiona<br />
a serenidade com<br />
que recorda a lista de danos:<br />
“Paragem cardíaca, pulmões<br />
perfurados, baço retirado, duas<br />
clavículas, um pé, uma omoplata<br />
e seis costelas partidos,<br />
4,5 litros de sangue perdidos,<br />
10 recebidos.” A vida oscilou.<br />
Duas viagens de helicóptero e<br />
quatro horas depois estava internado<br />
e assim ficou durante<br />
duas semanas. “Se fosse no<br />
Dakar não haveria risco de<br />
vida, porque o socorro era mais<br />
rápido e seria logo hospitalizado.Comoperdimuitosanguee<br />
sofri paragem cardíaca, o corpo<br />
ficou mais debilitado. A<br />
coordenação ficou afectada.<br />
Recuperei depressa para uma<br />
pessoa comum, menos rápido<br />
do que seria desejável para um<br />
desportista, mas olho a competição<br />
do mesmo modo”.<br />
Também por isto, igualar a<br />
melhor classificação de um<br />
português na prova em 2010 foi<br />
especial. “Como piloto e atleta,<br />
depois de tudo o que passei por<br />
causa do acidente, o 4º lugar no<br />
O piloto algarvio da Parkalgar não foi<br />
além do 12º melhor tempo.<br />
“<br />
Para ter a hipótese<br />
de ganhar é precisa<br />
uma verba anual que<br />
me permita fazer<br />
o Mundial e preparar<br />
o Dakar.<br />
MOTOCICLISMO<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 51<br />
Parkalgar Honda de Miguel Praia em 12º<br />
na sessão australiana de treinos colectivos<br />
Miguel Praia, piloto da equipa portuguesa Parkalgar Honda, foi o 12º mais<br />
rápido nos últimos treinos de preparação para o Campeonato do Mundo<br />
de Supersport de 2010. “As condições atmosféricas foram muito instáveis,<br />
com temperaturas altas e baixas e muito vento, o que torna complicado<br />
avaliar os tempos conseguidos”, afirmou Miguel Praia. Mais rápido que<br />
Praia foi o colega de equipa, o irlandês Eugene Laverty, que conseguiu<br />
o terceiro melhor tempo no circuito de Phillip Island, na Austrália.<br />
Dakar vale muito, é quase<br />
como uma vitória, pois também<br />
estive nos lugares do pódio<br />
durante várias etapas. Não tinha<br />
a certeza, mas consegui<br />
voltar ao nível habitual e estou<br />
entre os da frente”. Hélder até<br />
podia manifestar a vontade de<br />
vencer já em 2011, só que prefere<br />
ser realista. “Não posso fazer<br />
mais impossíveis. Para ter a hipótese<br />
de ganhar é precisa uma<br />
verba anual que me permita fazer<br />
o Campeonato do Mundo e<br />
preparar o Dakar. No ano passado<br />
fiz três corridas do Mundial<br />
com a ajuda dos patrocinadores,<br />
mas necessito de mais. A<br />
7 de Dezembro ainda não sabia<br />
se estaria lá e preciso de um<br />
projecto a três anos que me leve<br />
apensaremcomovencerenão<br />
se vou participar”.<br />
Ganha-se ou perde-se com<br />
o regresso do Dakar a África?<br />
“Haverá maior envolvimento<br />
dos patrocinadores, mas perde-se<br />
mediatismo e público.<br />
Só na Volta a França ou nos Jogos<br />
Olímpicos vi tanta gente<br />
interessada. Havia adeptos dos<br />
dois lados da estrada ao longo<br />
de 300 km e directos de televisão<br />
que nem na Fórmula 1 ou<br />
no MotoGP, desportos de elite,<br />
consegui ver”. ■<br />
PREFERÊNCIAS<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
Hélder Rodrigues<br />
É benfiquista, adora ciclismo,<br />
acompanhava sempre José Azevedo,<br />
agora fixa-se em Sérgio Paulinho,<br />
Tiago Machado e a Volta a<br />
França até interfere com o seu<br />
regime de treinos; segue Ronaldo,<br />
Mourinho e sente orgulho por<br />
serem portugueses que dominam,<br />
mas também se interessa por<br />
outros que jogam no estrangeiro;<br />
está sempre atento a Valentino<br />
Rossi e Schumacher, depois de ter<br />
apreciado Ayrton Senna. Dispõe<br />
de um orçamento anual de 220<br />
mil euros (120 mil para o Dakar):<br />
o vencedor em África conta com<br />
cerca de um milhão de euros...
52 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
PUBLICIDA<strong>DE</strong> & MEDIA<br />
PATROCÍNIO<br />
ZON Videoclube apoia<br />
Fantasporto e cria Especial Fantas<br />
Sendo um dos patrocinadores da 30ª edição do Fantasporto, o ZON<br />
Videoclube vai disponibilizar uma série de filmes de Terror e Fantástico.<br />
Este Especial Fantas inclui acesso gratuito a várias curtas-metragens<br />
dos realizadores Bill Plympton e Manu Gomez, e a filmes como<br />
“Os Indesejados”, “Transiberiano” ou “A noite de todos os medos”.<br />
Além disso, no início e no fim de todas as sessões de cinema do festival,<br />
será emitido um ‘spot’ da ZON Videoclube.<br />
1 2<br />
Super Bock Super Rock vira<br />
festivaldeVerãoevaiparaoMeco<br />
TMN, CP, EDP, Sapo, Jogos Santa Casa são alguns dos patrocinadores que já se associaram ao conceito.<br />
Rebeca Venâncio<br />
rebeca.venancio@economico.pt<br />
O Super Bock Super Rock (SBSR)<br />
escolheu 2010 para mudar de<br />
conceito e de casa: deixa os concertos<br />
urbanos de Lisboa e Porto e<br />
monta o palco na areia do Meco.<br />
“Na 16ª edição do festival com a<br />
mais longa presença no panorama<br />
nacional, o conceito mudou e,<br />
este ano, o palco vai estar na Herdade<br />
do Cabeço da Flauta (Sesimbra),<br />
próximo da praia do Meco,<br />
de 16 a 18 de Julho.<br />
“Começamos em 1995, na Gare<br />
Marítima de Alcântara. Já estivemos<br />
em três países, 10 cidades,<br />
estádios, espaços ‘in’ ou<br />
‘outdoor’. Agora foi o momento<br />
de nos tornarmos num grande<br />
Festival de Música de Verão”,<br />
disse Miguel Araújo, gestor da<br />
marca Super Bock.<br />
Para Luís Montez, da promoto-<br />
A 16ª edição do Super Bock Super<br />
Rock conta ainda com a actuação das<br />
bandas anónimas do Preload da marca.<br />
É a terceira vez que a Vodafone lança<br />
esta iniciativa de apoio ao festival.<br />
3<br />
ra Música no Coração, “o investimento<br />
foi muito maior, cerca de<br />
20% mais do que na edição de<br />
2009”. Isto porque o espaço que<br />
recebeofestivaléumaherdade<br />
com perto de 10 hectares (onde no<br />
passado se realizou o Hype@Meco)<br />
e “onde não existe qualquer<br />
logística. Num estádio há casas de<br />
banho, bares, condições. Aqui temos<br />
de as criar”, disse, em declarações<br />
ao Diário Económico.<br />
Para o responsável pela promoção<br />
do evento, “o dono do terrenoeaautarquiaforammuitoreceptivosporquejáerasuaintenção<br />
dinamizar a área e o SBSR<br />
garante uma grande promoçao a<br />
nível nacional”.<br />
Super Bock, TMN, Cartão Jovem,<br />
Sapo, CP, Telepizza, Jogos<br />
Santa Casa, Tabaqueira e EDP são<br />
os patrocinadores associados ao<br />
festival e que, segundo Luís Montez,<br />
contribuem com mais de 50%<br />
EVENTO<br />
Vodafone em ‘countdown’ para o Rock<br />
in Rio com guitarras em Lisboa e no Porto<br />
Tal como já aconteceu nas edições anteriores do Rock in Rio,<br />
a Vodafone, enquanto patrocinadora do evento, vai instalar três<br />
‘countdowns’ com o formato de guitarras gigantes em Lisboa (na<br />
Segunda Circular e Praça de Espanha) e no Porto (na praça do Molhe).<br />
Estas guitarras têm também informação sobre o cartaz do evento<br />
e sobre as iniciativas da Vodafone que permitem ganhar bilhetes<br />
para o festival.<br />
do patrocínio total do evento.<br />
A parceria com a CP vai garantir o<br />
transporte até à margem sul, e as<br />
viagens entre o local dos concertoseapraiaouaestaçãodeCoina<br />
são gratuitos e assegurados por<br />
empresas privadas contratadas<br />
pela promotora.<br />
Segundo Luís Montez, a Música<br />
no Coração “já trouxe a Portugal<br />
tudooquehaviaparatrazer.Agora<br />
temos de ir além da música, que<br />
é fundamental mas não é o único<br />
elemento diferenciador. A praia<br />
do Meco tem muita força”. O sócio<br />
da promotora garantiu ainda que<br />
não sabe quando tempo o SBSR ficará<br />
instalado no verde da herdade<br />
próxima da Lagoa da Albufeira.<br />
“Admito que possamos ficar mais<br />
do que um ano”, até porque todo o<br />
investimento logístico (mas também<br />
o lucro da bilheteira) ficará a<br />
cargo da empresa.<br />
Apesar de não referir valores,<br />
Música no Coração<br />
1 Empire of the Sun são a primeira<br />
grande banda confirmada. Em 2010<br />
contabilizaram duas nomeações para<br />
os Brit Awards, venderam 100 mil<br />
álbuns no Reino Unido e já provaram<br />
que sabem dar espectáculo.<br />
2 Cut Copy são o trio australiano com<br />
influências como Air, Daft Punk ou LCD<br />
Soundsystem e uma sonoridade que<br />
remete para os singles de rádio dos<br />
anos 70 e 80.<br />
3 Depois de conquistar o público<br />
no Sudoeste TMN, The National<br />
regressamaumpalcoportuguês<br />
e o único que irá receber a banda,<br />
em2010,jácomonovodisco.<br />
Maria Estarreja, directora de ‘trade<br />
marketing’ e patrocínios da<br />
Unicer, garante que dos dois<br />
grandes territórios (música e futebol)<br />
em que a Super Bock investe,<br />
“o SBSR representa a maior fatia<br />
do investimento” e “consolida<br />
a associação da marca à música”.<br />
Os bilhetes já estão à venda e<br />
os preços mantém-se iguais à<br />
edição do ano passado: 40 euros<br />
para o bilhete diário e 70 euros<br />
para o passe dos três dias, com direito<br />
a campismo gratuito e estacionamento.<br />
As bandas confirmadas são, de<br />
momento, os “Empire of the<br />
Sun”, “Cut Copy”,, “The National”,<br />
“Palma’s Gang”, “Rita<br />
Redshoes” e o DJ Laurent Garnier.Paraaspróximassemanas<br />
aguarda-se agora novos novos e<br />
ainda a apresentação da campanha<br />
publicitária que arranca para<br />
TV, rádio e Internet.■
TELEVISÃO<br />
Canal Eurosport lança versão<br />
de televisão para o iPhone<br />
Agora já é possível ver o canal desportivo de televisão Eurosport<br />
no iPhone. A aplicação vai custar 2,72 euros por mês ou 28,40 euros<br />
por ano. O canal lançou uma versão da Eurosport Player para o iPhone,<br />
com subscrição directa para o consumidor. A aplicação Eurosport Player<br />
foi criada em 2008 e oferece o canal 1 e 2 da estação de televisão.<br />
O canal espanhol Telemundo também já anunciou uma aplicação<br />
semelhante para o ‘smartphone’ da Apple.<br />
BlackBerry entre<br />
as marcas mais<br />
‘cool’ do mundo<br />
Com mais de 500 parceiros de distribuição,<br />
a marca da RIM chega a 170 países.<br />
Margarida Henriques<br />
margarida.henriques@economico.pt<br />
Estar em contacto com tudo o<br />
que é importante, onde quer<br />
que esteja, é a promessa dos<br />
‘smartphones’ BlackBerry aos<br />
utilizadores – seja o ‘e-mail’,<br />
telefone, mapas, agenda, aplicações,<br />
jogos ou Internet – e que<br />
ajudou a construir a marca.<br />
Uma promessa sustentada pelos<br />
níveis de segurança – “os melhores<br />
do mundo”, como defende<br />
Rory O’Neill, director<br />
sénior de ‘business<br />
marketing’ da<br />
Research In Motion<br />
(RIM) para a região<br />
EMEA – e um sistema<br />
operativo robusto<br />
e integrado.<br />
Mas outro dos<br />
seus pontos fortes é a<br />
estratégia de marketing<br />
que aposta em elevados níveis<br />
de serviço ao cliente - a empresa<br />
tem uma forte rede de apoio<br />
global, que conta com mais de<br />
500 transportadores e parceiros<br />
de distribuição, os quais colocam<br />
a solução BlackBerry em<br />
mais de 170 países. No total, são<br />
32 milhões de contas de assinantes<br />
globais BlackBerry, dos<br />
quais mais de 50% são não empresariais.<br />
Assim se percebe<br />
porque a BlackBerry é considerada<br />
a sétima marca mais ‘cool’<br />
do mundo e porque a RIM surge<br />
PUB<br />
no topo da tabela do ‘ranking’<br />
100 Fastest Growing Companies<br />
da revista “Forbes”.<br />
Embora o mercado dos<br />
‘smartphones’ seja cada vez<br />
mais competitivo, Rory O’Neill<br />
acredita que há uma série de<br />
oportunidades para a empresa.<br />
“A RIM está bem posicionada<br />
para oferecer aos utilizadores<br />
o acesso às melhores aplicações<br />
e serviços móveis, continuando<br />
a ocupar uma posição<br />
forte no mercado”, diz. E<br />
acrescenta que “a RIM e<br />
os seus parceiros criaram<br />
um ecosistema<br />
diverso, que oferece<br />
aos utilizadores finais<br />
uma experiência<br />
móvel segura,<br />
de confiança e divertida”.<br />
Se hoje a RIM é uma<br />
Jo Owen<br />
O PERFEITO MANUAL <strong>DE</strong><br />
GESTÃO<br />
O canal desportivo Eurosport já pode<br />
ser seguido no Iphone.<br />
PUBLICIDA<strong>DE</strong><br />
‘Case-study’<br />
QSP SummitO pontoforte<br />
das líderes mundiais na<br />
concepção, desenvolvimento e<br />
fabrico de soluções para o mercado<br />
global de comunicações,<br />
muito deste sucesso se deve ao<br />
BlackBerry, que se tornou indispensável<br />
para empresas e<br />
consumidores em todo o mundo.<br />
“A solução BlackBerry é a<br />
pedra angular do sucesso do<br />
negóciodaRIM.Desdeoseu<br />
lançamento em 1999 que a RIM<br />
já vendeu mais de 75 milhões<br />
de ‘smartphones’ BlackBerry<br />
em todo o mundo”, garante<br />
Rory O’Neill. ■<br />
PRÓXIMOS ‘CASE-STUDIES’<br />
3 de Março<br />
Publicação do caso da Sotheby’s<br />
International Realty sobre<br />
segmentação.<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 53<br />
Campanha publicitária causa polémica<br />
ao comparar tabaco a sexo oral forçado<br />
“Fumar equivale à humilhação de se submeter a sexo oral forçado”. É esta<br />
a mensagem da nova campanha anti-tabaco promovida pela associação<br />
Direitos dos Não Fumadores (DNF). A imagem da polémica mostra dois<br />
jovens ajoelhados em frente a um homem, simulando sexo oral forçado.<br />
Asassociaçõesdedefesadafamíliaeorganizaçõesfeministasjácriticaram<br />
por considerar ridículo vincular o tabaco ao sexo. A DNF defende-se ao dizer<br />
que a mensagem que queria transmitir é que fumar é uma submissão.<br />
Doug Lennick e Fred Kiel<br />
INTELIGÊNCIA<br />
MORAL<br />
da marca é uma<br />
estratégia que<br />
aposta no serviço<br />
prestadoaocliente.<br />
11 de Março<br />
Conferência The Marketing<br />
Service Time, organizada pela<br />
QSP, na Exponor.<br />
QUATRO PERGUNTAS A...<br />
RORY O’NEILL<br />
Director sénior de ‘business’ marketing da<br />
RIM para a região EMEA<br />
“A RIM tenta ser<br />
o motor da inovação”<br />
A qualidade do serviço ao cliente<br />
é um dos pontos fortes da marca,<br />
e que ajudou ao seu sucesso.<br />
Na sua opinião, o que fez o<br />
sucesso do BlackBerry?<br />
Tem uma série de fãs em todo o<br />
mundo uma vez que oferece uma<br />
plataforma móvel completa, construída<br />
sobre um património de inovação.<br />
E tem o apoio de uma forte e<br />
cada vez maior rede de parceiros<br />
que garantem aos clientes a melhor<br />
experiência móvel possível.<br />
Qual o posicionamento?<br />
A Research In Motion (RIM) procura<br />
oferecer as últimas soluções em<br />
comunicações móveis tanto às empresas<br />
como aos consumidores.<br />
Qual a importância do serviço<br />
ao cliente na estratégia de<br />
marketing da marca?<br />
A RIM procura atingir a excelência<br />
no serviço ao cliente em todos os<br />
aspectos do seu negócio.<br />
Quais os principais desafios<br />
para a marca e o negócio?<br />
ARIMestásempreatentarsero<br />
motor da inovação, responder às<br />
exigências crescentes dos seus<br />
consumidores, e expandir a sua<br />
base de negócio e de clientes.<br />
Seth Godin<br />
A VACA<br />
PÚRPURA<br />
Disponível em www.ECONOMICO.pt
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O Económico<br />
está muito<br />
à frente.<br />
16.000<br />
14.000<br />
12.000<br />
10.000<br />
8.000<br />
6.000<br />
4.000<br />
2.000<br />
0<br />
8.387<br />
www.economico.pt<br />
Jornal de Negócios Diário Económico Jornal de Negócios Diário Económico<br />
2008<br />
Fonte: APCT, Janeiro-Outubro<br />
13.427<br />
Vendas<br />
9.664<br />
2009<br />
14.726<br />
250.000<br />
200.000<br />
150.000<br />
100.000<br />
50.000<br />
Cada vez mais inovadora, a marca Económico está presente em múltiplas<br />
plataformas. Hoje, pode ler o Económico em papel, na internet – mais<br />
de 100.000 visitantes/dia – no telemóvel, assistir às conferências – mais de<br />
5.000 presenças/ano e brevemente também na televisão. O resultado<br />
desta estratégia está à vista, estamos mesmo muito à frente.<br />
0<br />
141.294<br />
2008<br />
174.540<br />
Audiências<br />
166.228<br />
Jornal de Negócios Diário Económico Jornal de Negócios Diário Económico<br />
Fonte: MARKTEST, Bareme Imprensa<br />
2009<br />
216.097
Chávena clássica de café<br />
da Vista Alegre<br />
Caixa da marca Erinmore<br />
para o tabaco do cachimbo<br />
Beleza platinada<br />
A La Prairie, marca suíça famosa<br />
pelos cremes luxuosos à base de<br />
caviar, introduziu a platina na lista<br />
de ingredientes preciosos utilizados<br />
pela indústria da beleza em<br />
tratamentos anti-idade. O concentrado<br />
Cellular Serum Platinum Rare<br />
promete verdadeiros milagres.<br />
Cachimbo da marca Dunhill, que<br />
lhe foi oferecido e que faz parte<br />
da sua pequena colecção.<br />
Exposição no Douro<br />
O Museu do Douro inaugura na<br />
próxima sexta-feira, dia 26, a<br />
exposição “Imagens do vinho<br />
do Porto: rótulos e cartazes”.<br />
A mostra incluirá rótulos e<br />
cartazes ori<strong>gina</strong>is, bem como<br />
reproduções ampliadas, que darão<br />
origem a um catálogo.<br />
LIFESTYLE<br />
A SECRETÁRIA <strong>DE</strong>…<br />
Bloco de notas<br />
Assirio & Alvim<br />
Ângelo Correia<br />
BREVES<br />
Yo-Yo Ma extra<br />
OvioloncelistaYo-YoMaeapianista<br />
Kathryn Stott esgotaram o espectáculo<br />
de dia 28 na Fundação<br />
Calouste Gulbenkian. Mas, a pensar<br />
nos fãs que não conseguiram<br />
ingresso, a instituição disponibilizou<br />
bilhetes de lugares não marcados<br />
no palco do Grande Auditório.<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 55<br />
Caixaemprata<br />
para guardar cartões<br />
de visita<br />
Por Marta Cardoso Lemos<br />
Caixa em pele onde guarda<br />
os papéis e os emails<br />
importantes que imprime<br />
Ângelo Correia é um homem muito ocupado. Presidente do Grupo Fomentinvest, presidente da Câmara de Comércio e Indústria<br />
Árabe Portuguesa, Cônsul Honorário do Reino Hashemita da Jordânia em Portugal, figura incontornável no cenário político<br />
desde 1976, chegou a ser ministro da Administração Interna no governo de Cavaco Silva. A sua mesa de trabalho fica num<br />
escritório amplo, com vista sobre a cidade, e reflecte uma personalidade organizada e prática, onde o supérfluo não tem lugar.<br />
Mariza na terra de Fidel<br />
A convite do maestro Chucho<br />
Valdez, a fadista Mariza actua esta<br />
semana no Festival El Habano,<br />
em Cuba, no Gran Teatro Garcia<br />
Lorca. Em Março, Mariza regressa<br />
à Europa para espectáculos em<br />
Munique, Viena, Antuérpia,<br />
Amesterdão e Zurique.<br />
Fotografia de um ícone da<br />
imagem de Cristo, comprado<br />
numa viagem a São<br />
Petersburgo<br />
O futuro é a 3 dimensões<br />
Avatar, o filme em 3D de James<br />
Cameron, está a impulsionar<br />
a indústria da tecnologia a lançar<br />
televisões com tecnologia 3D.<br />
O filme, o mais visto de todos os<br />
tempos, teve a capacidade de<br />
influenciar as marcas a darem<br />
o passo seguinte à alta definição.<br />
Paulo Figueiredo
<strong>56</strong> Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
ÚLTIMA HORA<br />
Comissão de Dados<br />
aceita identificar casais<br />
desempregados para<br />
lhes aumentar subsídio<br />
Esta obrigatoriedade é “excessiva” se<br />
apenas estiverem em causa fins estatísticos.<br />
A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) defende<br />
que os desempregados só devem divulgar o estado<br />
laboral do seu cônjuge se estiver em causa a majoração<br />
de prestações de desemprego. Caso aquela informação<br />
seja recolhida apenas para fins estatísticos, trata-se de<br />
uma obrigatoriedade “excessiva”, salienta a CNPD num<br />
parecer enviado esta semana à Assembleia da República.<br />
O parecer da CNPD surge no seguimento de um pedido<br />
feito pela comissão parlamentar do Trabalho, depois<br />
de o CDS ter apresentado um projecto de lei que<br />
exige que as bases de dados do Ministério do Trabalho<br />
(nomeadamente as do Instituto do Emprego e da Formação<br />
Profissional) também indiquem se o cônjuge do<br />
desempregado tem ou não emprego. Os democratascristãos<br />
justificam esta proposta com a necessidade de<br />
conhecer “números reais” que suportem novas medidas<br />
de protecção social.<br />
A CNPD diz que o projecto de lei deve<br />
ser alterado prevendo a recolha do<br />
novo dado “por parte do requerente<br />
das prestações de desemprego”.<br />
Tendo em conta apenas “fins estatísticos”, diz a<br />
CNPD, afigura-se “excessiva” a recolha do dado relativo<br />
ao estado laboral do cônjuge do desempregado,<br />
“sendo certo que a recolha anonimizada de dados é suficiente<br />
para aquele propósito”. Mas “esta reserva não<br />
se suscitaria se esta informação fosse usada para majoração<br />
das prestações de desemprego”, acrescenta a Comissão.<br />
Por isso mesmo, a entidade acrescenta que o<br />
projecto do CDS deve ser alterado de forma a prever a<br />
actualização daquela informação específica no caso “do<br />
requerente das prestações de desemprego”.<br />
O PCP também avançou com uma alteração ao projecto<br />
de lei dos democratas-cristãos, acrescentando<br />
que a informação “é confidencial e apenas pode ser<br />
usada para fins estatísticos e para majoração de prestações”.<br />
No entanto, a CNPD diz que esta imposição é<br />
“redundante”, já que o “dever de confidencialidade”<br />
já resulta da lei. ■ C.O.S.<br />
<strong>DE</strong>STAQUE<br />
Parlamento Europeu debate hoje<br />
situação na Ilha da Madeira<br />
O Parlamento Europeu vai hoje<br />
discutir, em plenário, a situação de<br />
calamidade vivida no arquipélago<br />
da Madeira, resultante do temporal<br />
que atingiu a região no sábado<br />
passado. Este debate é realizado a<br />
pedido do único eurodeputado da<br />
Região Autónoma da Madeira, o<br />
social-democrata Nuno Teixeira.<br />
Acompanhe no ‘site’ a discussão.<br />
Acompanhe ao minuto em<br />
www.economico.pt<br />
www.economico.pt<br />
Conheça no ‘site’ os resultados anuais da Brisa e da Sonae Indústria.<br />
MAIS LIDAS ONTEM<br />
● É oficial: Não há vítimas nos parques<br />
de estacionamento<br />
● Declarações de Sócrates foram<br />
“penosas e preocupantes”, diz PSD<br />
● Cuidados a ter para evitar fraudesnabanca‘online’<br />
● Colaboradores de Gordon Brown<br />
vítimas de ‘bullying’<br />
● FMI diz que sacrificar salários é<br />
inevitável<br />
Leia versão completa em<br />
www.economico.pt<br />
Propriedade S.T. & S. F., Sociedade de Publicações Lda, Registo Comercial de Lisboa n.º 02958911033.<br />
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Sogapal, Estrada de São Marcos, 27B São Marcos 2735-521 Agualva - Cacém Distribuição Logista Portugal, Distribuição<br />
de Publicações, S.A. Edifício Logista Expansão da Área Industrial do Passil Lote 1 – A Palhavã 2894 002 Alcochete<br />
As 5 mil PME que<br />
lideramemPortugal<br />
Sai amanhã, no Diário Económico, a edição de 2010<br />
da revista PME Líder. O secretário de Estado Adjunto,<br />
da Indústria e do Desenvolvimento, Fernando Medina,<br />
é um dos entrevistados na edição deste ano, que<br />
conta ainda com Luis Filipe Costa, do IAPMEI, Basílio<br />
Horta, do AICEP, ou Luís Patrão, do Turismo de<br />
Portugal. Descubra quais são os 10 países mais<br />
apetecíveis para as empresas portuguesas que<br />
querem internacionalizar-se, que opções de<br />
financiamento existem para o seu negócio e fique a<br />
conhecer os casos de sucesso entre de PME<br />
portuguesas no mundo.<br />
Leia ainda tudo o que sempre quis saber sobre a<br />
inovação nas PME em Portugal e saiba com que<br />
entidades pode contar nesta área.<br />
Tenha ainda acesso ao ranking exclusivo das 5 mil<br />
PME Líder elaborado pela Coface para o Diário<br />
Económico e fique a saber quem são as PME que<br />
lideram, por volume de negócios e por sector a que<br />
pertencem, em Portugal.<br />
Publicada pelo segundo ano consecutivo, este ano a<br />
revista aumentou, passando agora a ter mais de 200<br />
pá<strong>gina</strong>s, incrementadas em parte pelo número<br />
crescente de PME Líder, constantemente actualizável.<br />
Saiba mais amanhã, no Diário Económico.<br />
VOTAÇÕES<br />
Inquérito em curso<br />
A tragédia na Madeira acabou com<br />
conflito entre Sócrates e Jardim?<br />
Não<br />
65<br />
TOTAL <strong>DE</strong> VOTOS: 307<br />
Vote em<br />
www.economico.pt<br />
Sim<br />
35<br />
OPINIÃO<br />
Quem vai ficar<br />
no leme da Cimpor?<br />
Já se percebeu que não vale a pena lançar Ofertas Públicas<br />
de Aquisição (OPA) em Portugal, sobretudo se forem hostis.<br />
A OPA da Sonae sobre a PT e a oferta do BCP sobre o BPI<br />
morreram na praia. A OPA da CSN, que trouxe do Brasil uma<br />
nau com mais de quatro mil milhões de euros para comprar<br />
cimento, chegou à praia, mas ficou encalhada. Regressa ao<br />
Brasil, sem uma única acção da Cimpor a servir de lastro.<br />
Para construir casas, as grandes hidroeléctricas no Norte<br />
do Brasil e as obras necessárias para receber os Jogos<br />
Olímpicos e o Campeonato de Mundo de Futebol, a CSN, a<br />
maior empresa siderúrgica da América Latina, já tinha o<br />
aço, mas faltava-lhe o cimento. E como não se faz omeleta<br />
sem ovos, a empresa resolveu lançar uma OPA para comprar<br />
a Cimpor, que além de ser a maior empresa de cimentos<br />
portuguesa, é a terceira do mercado brasileiro. Com<br />
isto, conseguiria ganhar estaleca para concorrer com as gigantes<br />
brasileiras Votorantim, o grupo J. Santos e a Camargo<br />
Corrêa. Para chegar a bom porto, a CSN escolheu o mais<br />
justo dos mecanismos de mercado para controlar uma empresa:<br />
uma OPA. É pública, é dirigida a todos os accionistas<br />
e oferece a todos o mesmo preço. Quem quiser vender vende,<br />
quem não quiser não vende. O que a CSN não contava é<br />
que os seus amigos brasileiros lhe seguissem o rasto e dessem<br />
à costa portuguesa, também com uma proposta para<br />
entrar na Cimpor. Não trouxeram tantos reais, mas estavam<br />
dispostos a pagar mais a alguns accionistas.<br />
Primeiro foi a Camargo que fez uma proposta de fusão e<br />
que, muito bem, foi travada pela CMVM para não criar ruído<br />
na OPA da CSN e para que os investidores fossem todos<br />
tratados em pé de igualdade. Carlos Tavares exigiu à Camargo<br />
uma OPA concorrente ou que atirasse borda fora a<br />
sua proposta de fusão. Foi sol de pouca dura, já que quer a<br />
Camargo quer a Votorantim voltaram à carga, fazendo propostas<br />
de compra, dirigidas apenas a accionistas de referência.<br />
A Camargo adquiriu acções à Teixeira DuarteeàBipadosaeaVotorantimficoucomasacções<br />
da Lafarge e do<br />
Coronel Luís Silva e juntou-se à Caixa para criar um bloco<br />
accionista que pudesse ombrear com a Camargo. Frustraram<br />
assim a OPA, alijando borda fora as acções, esvaziando<br />
a tentativa da CSN de comprar a Cimpor. A CSN, já em desespero,<br />
ainda subiu a contrapartida e baixou a condição de<br />
sucesso, de 50% mais uma acção para um terço do capital,<br />
mas o destino já estava traçado. A Cimpor vai mesmo parar<br />
a mãos de brasileiras, mas não da CSN. E há quem diga, no<br />
Brasil, que a Camargo e Votorantim até podem ter realizado<br />
um movimento defensivo, para garantir que um novo concorrente<br />
não lhes reduzisse os preços e as margens. Mas<br />
isso cabe às autoridades de concorrência decidir.<br />
A questão que se coloca agora é: quem vai ficar ao leme<br />
da Cimpor? Depois da disputa entre Fino e Teixeira Duarte,<br />
será que agora vamos ter uma batalha naval, com sotaque,<br />
entreaCamargoeaVotorantim?ACimpornãoaguenta,<br />
pode naufragar. José Edison, CEO da Camargo Cimentos, já<br />
disse que preferia que a Votorantim saísse. A Caixa, aliada da<br />
Votorantim, atira o assunto para a AG. Quem já ganhou é<br />
Manuel Fino e o BCP, que têm cada um 10%. São eles que<br />
podemdecidirquemvaiseronovocomandantedaCimpor<br />
e isso deve custar mais do que 6,50 euros por acção. ■<br />
PUB<br />
Pedro Sousa Carvalho<br />
Subdirector<br />
pedro.carvalho@economico.pt