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DE 4826 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico

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João Paulo Dias<br />

www.economico.pt<br />

mobile.economico.pt<br />

Oconsensoestágarantidoetodosos<br />

partidos com assento parlamentar chegaram<br />

a acordo sobre a proposta inicialmente<br />

feita pelo CDS/PP. Todos os con-<br />

QUARTA-FEIRA, 24<strong>DE</strong>FEVEREIRO2010|Nº<strong>4826</strong><br />

PREÇO (IVA INCLUÍDO): CONTINENTE 1,60 EUROS<br />

Entrevista Daniel Proença de<br />

Carvalho explica a passagem para<br />

‘chairman’ da Uría Menendez ➥ P36<br />

A medida entra em vigor a 1 de Setembro. Quem tiver créditos a receber do Estado em atraso, terá direito a juros de mora.<br />

BCP mantém<br />

10% da Cimpor<br />

à venda<br />

A OPA da CSN falhou e começam agora as negociações<br />

entre accionistas para formar a nova administração.<br />

Mas o BCP continua a querer sair. ➥ P6 A 11<br />

tratos entre o Estado e os seus clientes<br />

vão prever que os pagamento terão de ser<br />

feitos, no máximo, a 60 dias, e quando<br />

este limite for ultrapassado o Estado será<br />

Défice Bruxelas espera Programa<br />

de Estabilidade português até<br />

ao fim da semana ➥ P13<br />

penalizado com juros de mora na sua<br />

maioria de 8% e em casos mais residuais<br />

de 4%. A medida é aprovada hoje no Parlamento.<br />

➥ P12<br />

Conheça<br />

os bombeiros<br />

alemães que<br />

estão a ajudar<br />

na Madeira<br />

DIRECTOR ANTÓNIO COSTA DIRECTOR EXECUTIVO BRUNO PROENÇA DIRECTORA-ADJUNTA CATARINA CARVALHO<br />

SUBDIRECTORES FRANCISCO FERREIRA DA SILVA E PEDRO SOUSA CARVALHO<br />

Na ilha da Madeira continuam as operações de salvamento,<br />

agora com a colaboração de bombeiros alemães.<br />

Os donativos começam a chegar à ilha. ➥ P22A25<br />

Imobiliário Arrendamento<br />

de escritórios está a subir<br />

novamente ➥ SUPLEMENTO<br />

Estado obrigado a suportar juros<br />

sempre que pagar fora de horas<br />

REPORTAGEM DOS SALVAMENTOS<br />

PGR recusa entregar<br />

despacho com<br />

as escutas ao PSD<br />

Pinto Monteiro mantém a decisão e recusa enviar para o<br />

Parlamento as justificações para não acusar Sócrates . ➥ P20<br />

ENTREVISTA COM DIOGO VAZ GUE<strong>DE</strong>S<br />

“Fizemos o<br />

que era nosso<br />

dever para<br />

salvaroBPP”➥ P38<br />

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▼ PSI 20<br />

▼ IBEX 35<br />

▼ FTSE 100<br />

▼ Dow Jones<br />

▼ Euro<br />

▼ Brent<br />

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Bloco de Esquerda quer acabar com os<br />

benefícios fiscais nos <strong>Plano</strong>s de<br />

Poupança Reforma.<br />

-1,57%<br />

-2,44%<br />

-0,69%<br />

-0,87%<br />

-0,81%<br />

-2,06%<br />

7.613,19<br />

10.312,90<br />

5.315,09<br />

10.293,45<br />

1,3512<br />

76,95


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4 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

A NÃO PER<strong>DE</strong>R<br />

24.02.10<br />

■ Pordata, a nova base de dados lançada<br />

ontem, reúne todas as estatísticas oficiais<br />

e permite cruzar dados em minutos. O<br />

portal (www.pordata.pt) é de acesso<br />

gratuito e foi criado pela Fundação FMS,<br />

presidida por António Barreto. ➥ P16<br />

■ PSD quer novas regras na escolha do<br />

governador do Banco de Portugal, que<br />

actualmente é nomeado pelo conselho de<br />

ministros por proposta do ministro das<br />

Finanças. Pedro Passos Coelho defende<br />

que a escolha caiba ao parlamento. ➥ P18<br />

■ França tem reservas de combustível<br />

para apenas dez dias. As greves retiram<br />

autonomia energética ao país, numa altura<br />

em que Sarkozy é reprovado por 63% dos<br />

franceses e em que o Governo prepara<br />

fortes reduções da despesa pública. ➥ P26<br />

■ Vendas de carros usados vai estagnar<br />

este ano. Em 2009 foram vendidos<br />

514.800 automóveis usados, menos 12,4%<br />

do que em 2008. E segundo a ACAP, em<br />

2010 deverá manter-se a estagnação deste<br />

segmento de negócio. ➥ P33<br />

■ Privatização da ANA demora entre<br />

onze meses e um ano a preparar, segundo<br />

a proposta da Naer. O projecto prevê uma<br />

fase de pré-qualificação e uma fase em<br />

que cada um dos privados faz o seu<br />

projecto do novo aeroporto. ➥ P36<br />

■ Benfica eliminou ontem o Hertha com<br />

quatro golos de Aimar (24’), Cardozo (47’ e<br />

60’) e Garcia (59’). Marselha deverá ser o<br />

adversário nos oitavos de final. O Benfica<br />

já amealhou mais de dois milhões de euros<br />

com a campanha na Liga Europa. ➥ P50<br />

■ Amado ou odiado: assim tem sido com<br />

José Mourinho, alvo de ameaças de morte<br />

edeplanosdeassaltoesequestropor<br />

parte da máfia macedónia. Conheça a vida<br />

agitada do “special one” que hoje se<br />

reencontra com o Chelsea. ➥ P48/49<br />

■ O melhor ‘motard’ português no Dakar,<br />

Helder Rodrigues, 4º. lugar no último rali,<br />

ambiciona voos mais altos. “Mas – diz –<br />

para ter a hipótese de ganhar é precisa<br />

uma verba anual que me permita fazer o<br />

Mundial e preparar o Dakar.” ➥ P51<br />

■ BlackBerry é a sétima marca mais<br />

‘cool’ do mundo. Com mais de 500<br />

parceiros de distribuição, a marca da RIM<br />

chega a 170 países, tendo 32 milhões de<br />

contas de assinantes globais BlackBerry.<br />

Mais de 50% são não empresariais. ➥ P53<br />

SOCIEDA<strong>DE</strong> ABERTA<br />

Vitor da Conceição Gonçalves<br />

Professor catedrático do ISEG<br />

Vice-reitor da UTL<br />

Competitividade e PEC<br />

Um estudo publicado muito recentemente, pela PWC,<br />

sobre actuações estratégicas de empresas, a nível<br />

mundial, relata algumas conclusões interessantes.<br />

Quando se pergunta aos presidentes das empresas<br />

que actividades de reestruturação levaram a cabo o<br />

ano passado e quais as que planeiam iniciar em 2010,<br />

a ênfase na eficiência tem predominância nas respostas,<br />

pois 69% dos CEO planeiam iniciativas de redução<br />

de custos. Quando se questiona sobre os planos<br />

de investimento para os próximos três anos, 78%<br />

dos responsáveis referem iniciativas para realizar<br />

eficiências de custos. Investimentos em desenvolvimento<br />

de talentos, em pesquisa e desenvolvimento,<br />

em desenvolvimento de novos produtos, em infraestruturas<br />

tecnológicas, vêm a seguir nas opções<br />

a implementar.<br />

A questão crítica para qualquer empresa,<br />

eparaqualquerpaís,éfazer<br />

o melhor uso dos seus recursos.<br />

É evidente nas respostas que para a maioria dos<br />

presidentes das empresas, o ambiente de crise<br />

económica continua. A luta pela sobrevivência é uma<br />

prioridade.Eagestãodoriscoéumaactividadea<br />

receber muito maior atenção, com ênfase no risco<br />

estratégico.<br />

Mas as empresas também continuam atentas<br />

às oportunidades emergentes. Assim, parece haver<br />

o entendimento que o fortalecimento da empresa<br />

com ganhos de eficiência não pode pôr em causa as<br />

actuações dirigidas à manutenção ou melhoria da sua<br />

competitividade.<br />

Os resultados do estudo referido são interessantes,<br />

também, porque fazem-nos lembrar um aspecto que<br />

em momentos de crise e aflição não deve ser esquecido:<br />

a questão crítica para qualquer empresa, e para<br />

qualquer país, é fazer o melhor uso dos seus recursos.<br />

Umaempresasósobreviveráeseráprósperasefor<br />

eficiente e eficaz. Um país será competitivo se conseguir<br />

vender os seus produtos nos mercados internacionais<br />

e melhoram o nível de vida dos seus cidadãos.<br />

O Programa de Estabilidade e Crescimento para<br />

2010-2013 que o governo português prepara deverá<br />

conjugar este desafio: definir claramente quais as<br />

áreas onde obrigatoriamente deverão existir reduções<br />

de custos e ganhos de eficiência e quais as actividades<br />

onde se investirá, para ajudar à melhoria da<br />

competitividade da economia portuguesa, até 2013.<br />

Alguns analistas têm referido que o OE para 2010<br />

foi mais uma “ oportunidade perdida”. É fundamental<br />

que o PEC seja uma oportunidade conquistada.<br />

Como o próprio nome do programa evidencia, é<br />

necessário actuar nos vectores estabilidade e crescimento.<br />

O crescimento não acontecerá apenas por<br />

existir estabilidade; é uma condição necessária mas<br />

não suficiente. O PEC que necessitamos deverá não<br />

“apenas” arrumar a casa mas também preparar<br />

a casa portuguesa. ■<br />

AFRASE<br />

“Alberto João Jardim está<br />

a imprimir uma dinâmica<br />

positiva e de confiança”<br />

Fernando Gabriel<br />

Investigador universitário<br />

—Luís Amado, ministro dos Negócios Estrangeiros<br />

O responsável pela pasta dos Negócios Estrangeiros, em<br />

entrevista, lamenta a tragédia que atingiu os madeirenses<br />

e elogia a resposta “dinâmica” e “positiva” do presidente<br />

do Governo da Região Autónoma. ➥ P23<br />

Uma ideia de história<br />

O que poderá tornar uma série televisiva num objecto de<br />

controvérsia sem sequer terem começado as filmagens? A resposta<br />

concisa é: JFK. Assim que se soube que Joel Surnow, o<br />

criador a série televisiva “24”, tencionava filmar uma minisérie<br />

sobre a vida de John F. Kennedy, imediatamente algumas<br />

consciências vigilantes se auto-proclamaram guardiães da<br />

verdade histórica e acusaram os produtores da série de “revisionismo”.<br />

Há até uma petição online com o democraticíssimo<br />

propósito de impedir o History Channel de exibir a heresia.<br />

Ignorando o absurdo de tomar a generalidade dos conteúdos<br />

do History Channel por historiografia, pelo alarme causado supus<br />

que a série se propunha investigar os recantos obscuros da<br />

presidência Kennedy, a começar pelas suspeitas de fraude eleitoral<br />

em estados decisivos, como o Illinois (numa secção de voto<br />

em Chicago com apenas 22 eleitores, JFK conseguiu o notável<br />

resultado de 74 votos) ou o Texas, onde vários juízes eleitorais<br />

anularam mais de 40% dos votos, com justificações idênticas às<br />

invocadas na Florida em 2000. Ou talvez os autores da série<br />

pretendessem abordar as alegações feitas, entre outros, por<br />

Benjamin C. Bradlee e Victor Lasky, de que o escândalo de<br />

Watergate teve um precedente com John e Robert Kennedy:<br />

terão ordenado escutas ilegais a jornalistas e a diversas individualidades,<br />

incluindo Martin Luther King, e utilizado<br />

os serviços de auditoria fiscal para aceder a declarações de<br />

rendimentos de opositores políticos.<br />

Há formas mais subtis de empobrecimento<br />

civilizacional do que a incapacidade<br />

de acumulação de riqueza.<br />

Puro engano. Os preventivamente indignados alegam<br />

que o produtor pretende transpor a sublime porta que separa<br />

a liberdade da licenciosidade na descrição da vida sexual<br />

de Kennedy e acrescentam umas minudências avulsas não<br />

conformes à história “tal como aconteceu”. Isto parecelhes<br />

suficiente para exigirem ao History Channel que não<br />

exiba a série. É o mesmo canal que exibiu recentemente<br />

“The People Speak”, uma adaptação da narrativa marxista<br />

da história americana escrita por Howard Zinn. Não houve<br />

notícia de abaixo-assinados e ninguém tentou impedir a<br />

exibição. Ou a patrulha estava distraída, ou não vê inconveniente<br />

em confundir propaganda com historiografia,<br />

desde que promova a sua agenda ideológica.<br />

A acusação de “revisionismo” é um pretexto frequente para<br />

legitimar a tutela política da história. Recentemente, o presidenterussoeoprimeiro-ministroisraelitapronunciaram-se<br />

contra os “abusos de reinterpretação” da história da II Guerra<br />

Mundial. Aos russos desagrada a nova historiografia crítica<br />

proveniente dos países de leste que ocuparam e governaram<br />

por proxies ditatoriais; aos israelitas interessa preservar o<br />

monopólio do horror associado ao Holocausto. Sucede que<br />

toda a história é reinterpretação crítica, sempre em busca de<br />

uma maior coerência: a convicção de que existe um passado<br />

objectivo cuja “recuperação” é possível e compete ao historiador<br />

é um erro neo-positivista, que possibilita a subordinação<br />

da história às conveniências políticas. Aceitar que, em nome<br />

da “autenticidade” interpretativa, se silencie a voz crítica<br />

da história, é aceitar uma forma subtil mas essencial de<br />

empobrecimento civilizacional. ■<br />

O NÚMERO<br />

24,5 mil milhões<br />

O endividamento do Sector<br />

Empresarial do Estado<br />

ultrapassou os 24,5 mil milhões<br />

de euros nos primeiros nove<br />

meses do ano passado. Estradas<br />

de Portugal, Refer, Metro do<br />

Porto e Parpública foram as<br />

empresas que mais contribuíram<br />

para aquele aumento, com 3,7 mil<br />

milhões de euros. ➥ P30/31


Paulo Figueiredo<br />

A FACE VISÍVEL<br />

Miguel Coutinho<br />

miguel.coutinho@economico.pt<br />

OTESTE<br />

DO PEC<br />

TEMPO <strong>DE</strong> CONSENSOS NA CIMPOR<br />

Sabe-se pouco do conteúdo do Programa de Estabilidade e<br />

Crescimento (PEC) que o Governo apresentará aos parceiros sociais,<br />

aos partidos da Oposição e, finalmente, a Bruxelas. O que se vai<br />

conhecendo – o Diário Económico revelou ontem que serão impostos<br />

limites de endividamento para as empresas públicas –, vai, no<br />

entanto, no caminho certo: medidas duras e restritivas, seguramente<br />

impopulares. O PEC é o mais importante documento que sairá das<br />

mãos do ministro das Finanças, já que define as linhas de orientação<br />

da política económica em Portugal até 2013. É, por isso, um teste<br />

à capacidade e coragem política do Governo. Mas, é, também, um<br />

desafio ao sentido de responsabilidade de sindicatos, confederações<br />

patronais e partidos políticos. Oxalá estejam à altura…<br />

O fracasso da OPA da CSN sobre a Cimpor deixa a cimenteira com uma estrutura<br />

accionista assente em três blocos: duas empresas brasileiras, a Camargo e a Votorantim<br />

(esta coligada com a Caixa Geral de Depósitos), e o empresário português Manuel Fino.<br />

Provavelmente, a coexistência dos dois accionistas brasileiros terá um limite temporal.<br />

E esse facto torna ainda mais determinante a presença de um accionista português forte<br />

no capital da empresa, conferindo à Investifino uma responsabilidade acrescida<br />

na estratégia futura da companhia. A história recente da Cimpor aconselha vivamente<br />

a que os três blocos se entendam e esse entendimento passa pela apresentação de uma<br />

lista conjunta para os órgãos sociais na próxima assembleia geral que deverá ocorrer<br />

em Abril. A Cimpor já teve e já excedeu largamente a sua quota de jogadas de bastidores<br />

e de desentendimentos entre accionistas. Para uma das poucas multinacionais<br />

portuguesas é tempo de consensos.<br />

Presidente Nuno Vasconcellos<br />

Vice-presidente Rafael Mora<br />

Administradores Paulo Gomes e António Costa<br />

Directora Administrativa e Financeira Elisabete<br />

Seixo Director Geral Comercial Bruno Vasconcelos<br />

Director de Operações e Controlo Pedro Ivo de<br />

Carvalho<br />

RedacçãoRua Vieira da Silva, nº45, 1350-342 Lisboa,<br />

Telf.213236700/213236800-Fax213236801<br />

Delegação Porto Edifício Scala, Rua do Vilar, 235-<br />

4º, 4050-626 Porto, Telf. 22 543 90 20 - Fax 22<br />

609 90 68<br />

deconomico@economico.pt<br />

Director António Costa<br />

Director-executivo Bruno Proença<br />

Directora-adjunta Catarina Carvalho<br />

Subdirectores Francisco Ferreira da Silva<br />

ePedroSousaCarvalho<br />

Editores Executivos Miguel Costa Nunes e Renato Santos<br />

Editora de Fecho Gisa Martinho Grandes Repórteres<br />

Ana Maria Gonçalves, Herminia Saraiva, Ligia<br />

Simões, Luís Rego, Maria Teixeira Alves e Nuno Miguel<br />

Silva Destaque Mónica Silvares (Editora) Economia<br />

Manuel Esteves (editor), Marta Moitinho Oliveira<br />

(coordenadora), Alexandra Ferreira, Cristina Oliveira,<br />

Denise Fernandes, Luis Reis Pires, Margarida Peixoto,<br />

Paula Cravina de Sousa e Pedro Romano Política Francisco<br />

Teixeira (editor), Mariana Adam (coordenadora),<br />

Alda Martins, Catarina Duarte, Catarina Madeira, Márcia<br />

Galrão, Susana Represas, Pedro Quedas e Tatiana<br />

Canas Empresas Filipe Alves (editor), Eduardo Melo<br />

(coordenador), Ana Baptista, Carlos Caldeira, Catia Simões,<br />

Hugo Real, Marina Conceição e Sara Piteira<br />

Mota Finanças Tiago Freire (editor), Alexandra Brito<br />

(coordenadora), Bárbara Barroso, Catarina Melo, Maria<br />

Ana Barroso, Marta Reis, Marta Marques Silva, Rui<br />

Barroso, Sandra Almeida Simões e Tiago Figueiredo<br />

Silva Universidades Madalena Queirós (editora), Andrea<br />

Duarte, Ana Petronilho e Carla Castro Fora de Série<br />

Rita Ibérico Nogueira (editora), Ana Filipa Amaro e<br />

Rita Saldanha da Gama (coordenadoras), Madalena<br />

Haderer, Lurdes Ferreira (secretariado), Paulo Couto<br />

(director de arte), Inês Maia (pa<strong>gina</strong>ção) Outlook Isabel<br />

Lucas (editora), João Pedro Oliveira (coordenador),<br />

António Sarmento, Angela Marques, Barbara Silva,<br />

Joana Moura e Cristina Borges (assistente) Projectos<br />

“<br />

Há três factores<br />

importantes:<br />

a vitória; golear;<br />

eanota<br />

artística.<br />

Mas este último<br />

é na patinagem<br />

artística”,<br />

Jorge Jesus,<br />

treinador do Benfica<br />

Esta época o Benfica<br />

tem sido o campeão<br />

das vitórias, das<br />

goleadas e também<br />

da nota artística.<br />

Abdicar da nota<br />

artística é,<br />

convenhamos, um<br />

atentado ao princípio<br />

muito português de<br />

que mais vale dar<br />

espectáculo do que<br />

ter razão. Seja em<br />

queáreafor,da<br />

política ao futebol.<br />

Especiais António de Albuquerque e Irina Marcelino<br />

(editores), Ana Cunha Almeida, Dircia Lopes, Inês QueirozeRaquelCarvalhoOpinião<br />

Ricardo da Costa Nunes<br />

(editor) e Madalena Leal <strong>DE</strong> online Pedro Latoeiro<br />

(coordenador) , Rogério Junior (webdesigner), Cristina<br />

Barreto, Eudora Ribeiro, Mafalda Aguilar, Nuno<br />

Barreto, Pedro Duarte e Rita Paz Media Eduarda Carvalho,<br />

Rebeca Venancio (estagiária) e Margarida Henriques<br />

Infografia Susana Lopes (coordenadora), Mário<br />

Malhão e Marta Carvalho Fotografia Paulo Figueiredo<br />

(editor), Cristina Bernardo, João Paulo Dias, Paula Nunes<br />

e Paulo Alexandre Coelho Assistente de Direcção<br />

Rita Rodrigues Secretariado Geral Dulce Costa<br />

Redacção do Porto Elisabete Felismino (coordenadora),<br />

António Freitas de Sousa, Elisabete Soares, SóniaSantosPereiraeMiraFernandes(secretária)Correspondentes<br />

Alfredo Prado (Brasil), Cristina Krippahl<br />

(Colónia) e João Francisco Pinto (Macau) Tradutores<br />

Ana Pina e Carlos Sousa Departamento Gráfico Paulo<br />

Couto (director de arte), Maria de Jesus Correia, Pe-<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 5<br />

EDITORIAL<br />

BancodePortugal<br />

com nova<br />

legitimidade<br />

O sucessor de Vítor ConstâncioàfrentedoBancodePortugal<br />

poderá já não ser escolhido<br />

pelo actual Governo,<br />

mas através do Parlamento;<br />

pelo Presidente da República<br />

sob indicação do Executivo;<br />

ou ouvindo previamente a<br />

oposição. Caso prevaleça a<br />

vontade expressa dos candidatos<br />

à liderança do Partido<br />

Social-Democrata, a actual<br />

forma de indicação do líder<br />

do Banco de Portugal irá mudar,<br />

mais cedo ou mais tarde,<br />

deixando de ser feita por<br />

mera indicação do Governo<br />

em funções.<br />

A ideia, já aplicada noutros<br />

órgãos, como a Provedoria de<br />

Justiça, tem a vantagem de<br />

acabar com o negócio implícito<br />

existente entre social-democratas<br />

e socialistas que repartem<br />

entre si a liderança do<br />

Banco de Portugal e da Caixa<br />

GeraldeDepósitos.Etema<br />

vantagem de dar uma nova<br />

legitimidade ao próximo governador,<br />

depois de um mandato<br />

em que Vítor Constâncio<br />

foi severamente criticado pela<br />

totalidade dos partidos com<br />

assento parlamentar, excepção<br />

feita aos socialistas.<br />

Só o tempo dirá se a vontade<br />

dos três candidatos à liderança<br />

do PSD se manterá<br />

quando um deles for eleito.<br />

Mas depois da vontade hoje<br />

assumida no Diário Económico<br />

por Pedro Passos Coelho,<br />

Paulo Rangel e José Pedro<br />

Aguiar-Branco, caso o Governo<br />

decida avançar sozinho<br />

para a escolha do próximo líder<br />

do Banco de Portugal, seja<br />

ele quem for, já não estará a<br />

salvodasuspeitadequeestará<br />

sempre ao lado do Governo.<br />

dro Fernandes e Rute Marcelino (coordenadores), Ana<br />

Antunes, Carla Carvalho, Jaime Ribeiro, Patricia Castro,<br />

Sandra Costa e Vanda Clemente Exclusivos Corriere<br />

della Sera, El Mundo, Expansión e Financial Times<br />

Colunistas António Carrapatoso, António Correia de<br />

Campos, António Bagão Félix, Bruno Valverde Cota,<br />

Carlos Marques de Almeida, Fernando Gabriel, João<br />

Adelino Faria, João de Almeida Santos, João Duque,<br />

João Marques de Almeida, João Paulo Guerra, João<br />

Santos Lucas, João Vieira da Cunha, Joel Hasse Ferreira,<br />

Francisco Murteira Nabo, Luís Mira Amaral, Luís<br />

Morais, Maria Manuel Leitão Marques, Miguel Castro<br />

Coelho, Miguel Mendes Pereira, Nuno Cintra Torres, Nuno<br />

Fernandes Thomaz, Nuno Sampaio, Paulo Gonçalves<br />

Marcos, Paulo Kuteev-Moreira, Paulo Lopes Marcelo,<br />

Paulo Soares de Pinho, Pedro Adão e Silva, Pedro<br />

Lomba, Rita Marques Guedes, Rui Grilo, Tiago Caiado<br />

Guerreiro, Vítor da Conceição Gonçalves, Vital Moreira,<br />

Vítor Bento e Vítor Neto; Centro de Documentação<br />

Manuela Rainho<br />

Membro da<br />

Tiragem media<br />

em Janeiro<br />

23.862<br />

Exemplares


6 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

<strong>DE</strong>STAQUE FRACASSO DA OPA À CIMPOR<br />

BCP continua<br />

a querer vender<br />

10% da Cimpor<br />

O fim da OPA não é afinal o fim da linha, na estrutura<br />

accionista da Cimpor. Já há novas movimentações.<br />

Maria Teixeira Alves<br />

e Francisco Ferreira da Silva<br />

maria.alves@economico.pt<br />

Talcomoeraesperado,aOPAda<br />

CSN sobre a Cimpor fracassou<br />

por falta de accionistas disponíveis<br />

para vender. Mas ao contrário<br />

do que seria de esperar, a estabilidade<br />

accionista da cimenteira<br />

ainda é um longo caminho a<br />

percorrer. Segundo o Diário Económico<br />

apurou, alguns accionistas<br />

vão agora passar à segunda<br />

ronda negocial para vender as<br />

suas acções. O Fundo de Pensões<br />

do BCP, é um exemplo, já que não<br />

deverá manter a sua participação<br />

na Cimpor (10,04%).<br />

Nas próximas duas semanas<br />

são esperadas novidades. Haverá<br />

certamente novos accionistas<br />

nacionais na estrutura da Cimpor,<br />

apurou o Diário Económico.<br />

Até agora os nomes de Luís<br />

Champalimaud e Pedro Queiroz<br />

Pereira são os mais falados, mas<br />

ninguém confirma que possam<br />

ser os candidatos à fatia que detém<br />

o fundo de pensões do banco.<br />

Já foi assumido em comunicado<br />

a intenção do Fundo de<br />

Pensões do BCP vender as suas<br />

acções da Cimpor.<br />

A intenção de vender na OPA<br />

foi gorada pelo conhecimento<br />

prévio de que a Investifino não<br />

iria dar ordem de venda, condenando<br />

a OPA ao fracasso. Apesar<br />

do preço de 6,18 euros ser recomendável<br />

pelos analistas, a verdade<br />

é que o Fundo de Pensões<br />

do BCP, perante a impossibilidade<br />

da OPA ter sucesso, optou por<br />

não dar ao mercado qualquer indicação<br />

do valor que atribui à<br />

sua participação na Cimpor. Razãopelaqualasintençõesde<br />

venda na OPA da CSN não chegaram<br />

a 9% do capital (8,5%).<br />

Neste momento, a Cimpor<br />

tem cinco accionistas de referência,<br />

dois deles, rivais no Brasil(CamargoeVotorantim).A<br />

Camargo Corrêa tem 31,63% e a<br />

Votorantim 21,22%. Depois há a<br />

Caixa Geral de Depósitos com<br />

9,63%; a Investifino com<br />

10,67% e o fundo do BCP com<br />

10,04%. A partir daqui desenhar-se-á<br />

um equilíbrio de forças.<br />

A CGD está vinculada a um<br />

acordo com a Votorantim (até<br />

33% do capital); é possível que a<br />

CamargoeaInvestifino estejam<br />

unidos por um entendimento<br />

natural para o futuro da Cimpor.<br />

Até porque a Camargo tirou a<br />

Teixeira Duarte do caminho de<br />

Manuel Fino e por outro lado<br />

comprometeu-se a não subir<br />

acima do limiar de OPA (33%).<br />

Se nada acontecesse, o equilíbrio<br />

de forças seria testado na<br />

assembleia-geral da Cimpor,<br />

queseprevêquevenhaaserantecipada<br />

para Abril. A Camargo<br />

sempre defendeu uma gestão<br />

executiva profissional e nacional<br />

para a Cimpor e um entendimento<br />

entre os vários accionistas.<br />

Podendo estes virem a ter<br />

representantes no conselho de<br />

administração, mas sem funções<br />

executivas.<br />

Faria de Oliveira diz que<br />

accionistas podem conversar<br />

A paz na Cimpor exige um entendimento<br />

entre a Camargo e a<br />

Votorantim, o que já acontece<br />

em participadas no Brasil. Se<br />

não se entenderem, o natural é<br />

que seja a Votorantim a vender a<br />

sua posição. A CGD que tem um<br />

acordo parassocial com a Votorantim,<br />

a dez anos, mas está disponível<br />

para participar nas con-<br />

“Agora vamos ver<br />

qual é o resultado<br />

desta situação<br />

accionista da Cimpor.<br />

É natural que se possa<br />

conversar”, diz o<br />

presidente da CGD.<br />

.<br />

versas entre blocos accionistas.<br />

O presidente da CGD disse<br />

ontem ao Diário Económico que<br />

“o resultado da OPA não é surpresa,<br />

depois de conhecidas as<br />

aquisições de acções da Cimpor<br />

por parte da Camargo e da Votorantim”.<br />

E adiantou: “A CGD fez<br />

um acordo com a Votorantim<br />

porque o projecto parecia dar<br />

garantias de ser aquilo que nós<br />

designámos por parceria estratégica.<br />

Com a finalidade de permitirmanteroscentrosdecompetências<br />

e de controle nacionais.”<br />

Mas deixou no ar algum<br />

cepticismo em relação ao futuro<br />

da Cimpor: “Agora vamos ver<br />

qualéoresultadodestasituação<br />

accionista da Cimpor. É natural<br />

que se possa conversar.”<br />

“Nem o grupo Votorantim,<br />

nem a Camargo Corrêa parecem<br />

querer ultrapassar os 33% da<br />

Cimpor. Será por isso na assembleia-geral,<br />

quando houver lugar<br />

à eleição dos órgãos sociais,<br />

que tudo se definirá. Logo se<br />

verá como é que as coisas correm.”,<br />

disse Faria de Oliveira.<br />

Opresidentedobancodisse<br />

ainda que a “CGD não tem intenção<br />

de comprar uma posição na<br />

Cimpor, para além da posição que<br />

detém actualmente” e “se o grupo<br />

Fino exercer a opção de compra”<br />

sobre a participação do bancodoestado“logoseverásea<br />

CGD vai ao mercado adquirir uma<br />

pequena participação para cumprir<br />

o que está previsto no acordo<br />

com a Votorantim, mas a fazê-lo<br />

será sempre uma participação<br />

bastante inferior à que temos hoje<br />

na Cimpor (9,6%)”, concluiu.<br />

Há ainda a questão da concorrência<br />

no Brasil que poderá ajudar<br />

ao desenho de uma estrutura<br />

accionista da Cimpor. A Autoridade<br />

da Concorrência brasileira<br />

exigiu a suspensão temporária do<br />

poder de gestão da Cimpor no<br />

Brasil, quer à Votorantim, quer à<br />

Camargo. Até que tenha completa<br />

a sua análise do impacto na<br />

concorrência, desta aquisição.<br />

Pois as duas cimenteiras que<br />

compraram cada uma quase um<br />

terçodaCimpor,sãoconcorrentes<br />

no Brasil. A CA<strong>DE</strong> pode vir<br />

exigir “remédios” se concluir<br />

que há problemas concorrênciais,<br />

ou seja a venda de activos<br />

no Brasil. (ver pág. 8) ■<br />

1<br />

3<br />

Steinbruch vai continuar a<br />

tentar internacionalizar a CSN.<br />

António Costa em São Paulo<br />

antónio.costa@economico.pt<br />

A Oferta Pública de Aquisição<br />

(OPA) da CSN sobre a Cimpor<br />

falhou e Benjamim Steinbruch<br />

não conseguiu concretizar o sonho<br />

de comprar a maior empresa<br />

industrial portuguesa e fazer<br />

dela uma grande empresa mundial.<br />

No mesmo dia, o ‘patrão’<br />

da brasileira CSN recebeu o Diário<br />

Económico em São Paulo, a<br />

capital financeira do Brasil, no<br />

20ºandardasededaempresa,<br />

na Av. Brigadeiro Faria Lima,<br />

apenas para conversar, porque o<br />

momento não é para falar em<br />

público. Mas os silêncios, às vezes,<br />

são mais palavrosos que<br />

muitas palavras.<br />

Descontraído, em camisa e<br />

comasmangasarregaçadas–<br />

numa cidade que, por estes dias,<br />

ultrapassa os 30º de temperatura<br />

- Benjamin Steinbruch não<br />

consegue esconder ao longo de<br />

uma conversa informal a frustração<br />

e desilusão por ter sido<br />

vencido pelos seus concorrentes<br />

brasileiros, porque os accionistas<br />

da Cimpor, nomeadamente<br />

a Caixa Geral de Depósitos, não<br />

valorizaram a melhor proposta<br />

em cima da mesa. Porquê?<br />

Steinbruch recusa-se a classificar<br />

a resposta que teve do banco<br />

público. E isso chega!<br />

De resto, não consegue se-<br />

Paulo Figue<br />

Benjamin Stein


PONTOS-CHAVE<br />

Alguns accionistas vão passar<br />

à segunda ronda negocial para<br />

vender as suas acções. O Fundo de<br />

Pensões do BCP, é um exemplo, já<br />

que não deverá manter as sua<br />

participação na Cimpor (10,04%).<br />

A Secretaria de Direito<br />

Económico encaminhou uma<br />

sugestão de medida cautelar ao<br />

CA<strong>DE</strong> contra a Votorantim e<br />

Camargo. O CA<strong>DE</strong> ainda não se<br />

pronunciou se acatará a sugestão.<br />

As acções da Cimpor<br />

depois do fracasso da OPA<br />

regressaram a níveis anteriores<br />

à oferta pública e registaram<br />

uma queda de 5,35%, fechando<br />

a sessão nos 5,54 euros.<br />

iredo João Paulo Dias DR<br />

1 Benjamin Steinbruch viu<br />

frustrados os seus desejos de<br />

entrar no sector dos cimentos.<br />

4 5<br />

2 José Ermírio de Moraes,<br />

presidente da Votorantim,<br />

conseguiu obter 31% da Cimpor,<br />

graças ao acordo com a CGD.<br />

3 A Euronext fez ontem uma<br />

sessão especial para anunciar<br />

oficialmente os resultados da<br />

OPA.<br />

4 Faria de Oliveira admitiu ao<br />

Diário Económico que está<br />

disposto a conversar na próxima<br />

assembleia-geral.<br />

5 Vitor Hallack, presidente da<br />

Camargo, conseguiu obter 31,64%<br />

das acções da Cimpor.<br />

O dinheiro nunca foi<br />

um problema para a<br />

CSN, que tinha linhas<br />

de financiamento<br />

acordadas para<br />

chegar uma oferta<br />

de sete euros<br />

por acção.<br />

Cale Merege/Bloomberg<br />

bruch no dia da derrota<br />

quer disfarçar que Portugal foi,<br />

em certo sentido, uma surpresa,<br />

e não pelos melhores motivos.<br />

As cimenteiras Camargo CorrêaeaVotorantintêmmaisde<br />

50% do capital da empresa portuguesa,<br />

mas Steinbruch continua<br />

a acreditar que tinha a melhor<br />

oferta para o futuro da empresa.<br />

O resultado da OPA – e o<br />

seu insucesso – só contribuirá<br />

para limitar o crescimento da<br />

Cimpor nos mercados internacionais,<br />

nos ‘maduros’ e nos<br />

‘emergentes’. As relações entre a<br />

cimenteira, os seus principais accionistas<br />

e os bancos que os financiam<br />

criam um caldo que não<br />

é favorável aos negócios, e<br />

Steinbruch reconhece que descobriu<br />

isso com esta OPA.<br />

2<br />

O dinheiro nunca foi um problemaparaaCSN,quetinhalinhas<br />

de financiamento acordadas<br />

para chegar uma oferta de sete<br />

euros por acção. A CSN ‘ficou-se’<br />

pelos 6,18 euros por acção, um<br />

preçoquejáeramuitofavorável<br />

em relação aos fundamentais da<br />

empresa, por isso, o preço oferecido<br />

foi o que considerou adequadoaoracionaldonegócio.<br />

Agora, está posta de parte a<br />

possibilidade de ficar com alguma<br />

posição accionista na Cimpor,<br />

mas Portugal continuará a<br />

ser um destino para Benjamin<br />

Steinbruch, por causa da empresa<br />

de aço Lusosider, que integra<br />

o seu grupo, mas sobretudo<br />

porque tem muitos amigos,<br />

há muitos anos, em Portugal.<br />

Steinbruch é, por isso, um homem<br />

preocupado com o facto<br />

de ter percebido, a seu custo,<br />

que Portugal é uma economia<br />

fechada. Sem mais.<br />

Surpreendido com a apatia<br />

dos portugueses perante um momento<br />

histórico, um momento<br />

que deveria ser aproveitado pelas<br />

autoridades políticas e pelos portugueses<br />

para definirem, estrategicamente,<br />

o que deve ser o país,<br />

e para Portugal assumir um papel<br />

diferente, nomeadamente na relação<br />

com Espanha, Benjamin<br />

Steinbruch vai continuar a procurar<br />

oportunidades para fazer o<br />

que não conseguiu com a Cimpor:<br />

internacionalizar a CSN a<br />

partir de um mercado não-brasileiro<br />

no sector dos cimentos. ■<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 7<br />

DR<br />

Administração<br />

da Cimpor<br />

recusa<br />

renunciar<br />

aos cargos<br />

Já está marcada uma assembleiageral<br />

ordinária para aprovação<br />

de resultados para 11 de Maio.<br />

Nuno Miguel Silva<br />

nuno.silva@economico.pt<br />

A administração da Cimpor não<br />

está, neste momento, a ponderar<br />

qualquer renúncia aos cargos,<br />

muito menos em bloco,<br />

apurou o Diário Económico junto<br />

de fonte próxima da gestão da<br />

cimenteira portuguesa.<br />

Também não está previsto<br />

que a equipa liderada por Ricardo<br />

Bayão Horta venha a<br />

tomar alguma posição pública<br />

sobre o fracasso da Oferta Pública<br />

de Aquisição (OPA) lançadaa18deDezembropela<br />

Companhia Siderúrgica Nacional<br />

(CSN) e que terminou<br />

na passada segunda-feira.<br />

Recorde-se que durante a<br />

oferta, a administração da<br />

OPA rejeitou por três vezes a<br />

investida do grupo de Benjamin<br />

Steinbruch.<br />

Depois de terminada a OPA,<br />

a administração da Cimpor não<br />

tem agora qualquer limitação<br />

em termos de gestão controlada,<br />

pelo que pode proceder a<br />

alienações, aquisições ou aumentos<br />

de endividamento.<br />

Mas, fonte ligada à administração<br />

da Cimpor assegurou,<br />

ao Diário Económico, que<br />

“esse não é o ponto crítico<br />

neste momento”.<br />

A Cimpor está mais interessada<br />

em ultimar a apresentação<br />

dos resultados anuais referentes<br />

ao exercício de 2009, agendada<br />

para 3 de Março. Já está marcada<br />

uma assembleia-geral ordinária<br />

para aprovação dos mesmospara11deMaio,masosnovos<br />

grandes accionistas da cimenteira<br />

poderão requerer o<br />

agendamento de uma assembleia-geral<br />

extraordinária antecipada<br />

para eleição de novos órgãos<br />

sociais. ■<br />

Terminada a OPA,<br />

a administração<br />

da Cimpor já não tem<br />

qualquer limitação<br />

em termos de gestão<br />

controlada, pelo<br />

que pode proceder a<br />

alienações, aquisições<br />

ou aumentos<br />

de endividamento.


8 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

<strong>DE</strong>STAQUE FRACASSO DA OPA À CIMPOR<br />

Mercado brasileiro<br />

ditou movimentos<br />

da Camargo<br />

e Votorantim<br />

Entrada na Cimpor pode ter sido estratégia para<br />

impedir que a CSN se torne num concorrente.<br />

Domingos Zaparolli em São Paulo<br />

dzaparolli@brasileconomico.com.br<br />

Com uma capacidade produtiva<br />

anual de 31 milhões de toneladas<br />

de cimento e bem posicionada em<br />

Portugal, Espanha e em alguns<br />

dos principais mercados emergentes<br />

do mundo, como China,<br />

Índia e Turquia e em seis países<br />

africanos, a Cimpor é um activo<br />

atraente para qualquer grupo cimenteiro<br />

que queira se internacionalizar,<br />

como é o caso das brasileiras<br />

Camargo Corrêa e Votorantim.<br />

Mas a avaliação do grande<br />

interesse pela Cimpor demonstrado<br />

por estas empresas não pode<br />

ser feita sem se ter em conta a disputa<br />

pelo promissor mercado brasileiro<br />

que vai acolher os Jogos<br />

Olímpicos e o Campeonato Mundial<br />

de Futebol.<br />

O mercado brasileiro de cimentos<br />

tem uma peculiaridade.<br />

Mais de 60% é realizado através de<br />

pequenos retalhistas, por isso,<br />

contar com uma boa rede de distribuição<br />

é fundamental para obter<br />

sucesso neste segmento de<br />

mercado. A Cimpor, a terceira<br />

maior cimenteira do país, já contava<br />

com esta rede, o que a tornava<br />

ainda mais atraente para a CSN,<br />

queentrounomercadodecimentos<br />

em 2009 com a construção de<br />

uma fábrica em Volta Redonda<br />

com capacidade de produção de<br />

2,8 milhões de toneladas. No ano<br />

Um sector a crescer<br />

6% ao ano<br />

No ano passado, mesmo com a<br />

crise financeira internacional, foram<br />

comercializados no Brasil 51,3<br />

milhões de toneladas de cimento,<br />

mesmo volume de 2008, o melhor<br />

ano na história do sector. Segundo<br />

dados do Sindicato Nacional da<br />

Indústria de Cimentos, para 2010 e<br />

2011,aexpectativaédeum<br />

crescimento na casa de 6% a 7%<br />

ao ano. “O mercado de cimento é<br />

promissor no Brasil”, diz José<br />

Otávio de Carvalho, vice-presidente<br />

executivo do sindicato.<br />

passado, produziu aproximadamente<br />

300 mil toneladas. A CSN,<br />

porém, conta com duas vantagens<br />

competitivas.Aprimeiraéapossibilidade<br />

de usar a escória de seu<br />

alto-forno como matéria-prima<br />

para a produção de cimento. Segundo,<br />

a sinergia de vendas voltadas<br />

para o mercado de construção<br />

civil, unindo aço e cimento.<br />

Paulo Furquim, professor de<br />

economia da Fundação Getúlio<br />

Vargas, de São Paulo, e ex-membro<br />

do Conselho Administrativo<br />

de Defesa Económica (CA<strong>DE</strong>), no<br />

período de 2006 a 2009, – a Autoridade<br />

da Concorrência brasileira<br />

–acreditaqueomovimentoda<br />

Camargo Corrêa, quarta do mercado<br />

brasileiro, e da Votorantim,<br />

líder, em busca de uma participação<br />

na Cimpor pode ter sido motivada<br />

por uma estratégia para impedir<br />

que a CSN se torne repentinamente<br />

um competidor de peso<br />

no mercado brasileiro.<br />

“Aparentemente, Camargo e<br />

Votorantim podem ter realizado<br />

um movimento defensivo, para<br />

impedir que um novo competidor<br />

entre e reduza os preços e, consequentemente,<br />

as boas margens de<br />

lucro das empresas do sector”,<br />

defende o professor. Furquim<br />

acredita que o CA<strong>DE</strong> acabará por<br />

colocar restrições à operação de<br />

compra da Cimpor, na medida<br />

que ela pode ser prejudical ao<br />

consumidor final.<br />

ASecretariadeDireitoEconómico<br />

(S<strong>DE</strong>), órgão do Ministério<br />

da Justiça, encaminhou uma<br />

sugestão de medida cautelar ao<br />

CA<strong>DE</strong> em relação às operações<br />

envolvendo a aquisição de participação<br />

na Cimpor pela Votorantim<br />

e Camargo Corrêa. O CA<strong>DE</strong><br />

ainda não se pronunciou se acatará<br />

a sugestão. A expectativa de<br />

Furquim é que o órgão adopte<br />

um acto de Acordo de Preservação<br />

de Reversibilidade. Se for<br />

essa a decisão, para efeitos práticos,<br />

a operação fica congelada<br />

até a analise final do CA<strong>DE</strong>, que<br />

costuma ser demorada.<br />

Em relação às possibilidades<br />

que sobram para a CSN, Furquim<br />

avaliaquenãosãomuitas.“Terão<br />

que conquistar espaço junto do<br />

consumidor, um processo que não<br />

leva menos de dez anos”, identifica<br />

o professor. A compra do grupo<br />

J. Santos, segundo do mercado<br />

brasileiro, não é uma possibilidade<br />

na avaliação de Furquim. “É uma<br />

empresa com boa rentabilidade,<br />

quenãoestáavenda,equetem<br />

um óptimo relacionamento com a<br />

Votorantim e a Camargo. Não<br />

creio que seja um alvo acessível<br />

para a CSN”, concluiu. ■<br />

A autoridade da Concorrência brasileira<br />

(Cade) poderá travar a estratégia da Camargo<br />

e da Votorantim na Cimpor, por excesso<br />

de concentração no mercado brasileiro.<br />

Paulo Whitaker/Reuters<br />

Infografia: Susana Lopes |susana.lopes@economico.pt


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10 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

<strong>DE</strong>STAQUE FRACASSO DA OPA À CIMPOR<br />

Cenários que vão decidir<br />

ofuturodaempresa<br />

Camargo Corrêa e Votorantim decidem o futuro da Cimpor.<br />

Mas Fino e BCP também têm uma palavra a dizer.<br />

Nuno Miguel Silva<br />

nuno.silva@economico.pt<br />

Apesar de OPA da CSN sobre a<br />

Cimpor ter falhado, o futuro da<br />

cimenteira portuguesa ainda<br />

continua uma incógnita, com<br />

várias possibilidades que só poderão<br />

ser confirmadas ou rejeitadas<br />

ao longo das próximas semanas<br />

ou meses. Camargo Corrêa e<br />

Votorantim vão liderar este processo.<br />

Numa segunda linha, serão<br />

relevantes as decisões de Manuel<br />

Fino, do fundo de pensões<br />

do BCP e da própria Autoridade<br />

brasileira da Concorrência. Na<br />

ribalta, poderão ainda (res)surgir<br />

intervenientes como a Caixa Geral<br />

de Depósitos, Teixeira Duarte,<br />

Holcim, Pedro Queiroz Pereira,<br />

Luís Champalimaud ou um ilustre<br />

desconhecido até à data. O<br />

Diário Económico traça alguns<br />

doscenáriospossíveiseasrespectivas<br />

implicações.<br />

1<br />

CAMARGO E VOTORANTIM<br />

FAZEM PACTO <strong>DE</strong> GESTÃO<br />

Esteéocenáriomaispacífico.A<br />

Camargo Corrêa e a Votorantim<br />

chegam a uma plataforma de<br />

entendimento para dividir a<br />

gestão da Cimpor de uma forma<br />

rotativa e equitativa. Com estes<br />

dois grupos a liderar resta pouca<br />

margem para outros accionistas<br />

terem algum poder à frente dos<br />

destinos da cimenteira portuguesa.<br />

Para isso, os dois grupos<br />

brasileiros têm de partir de uma<br />

garantia, que passa pela aceitação<br />

das autoridades brasileiras<br />

da concorrência ao negócio e às<br />

suas implicações no Brasil, aceitando<br />

a redução da quota de<br />

mercado conjunta, com venda<br />

de activos. Só que esta eventual<br />

alienação de activos da Votorantim<br />

e da Camargo Corrêa no Brasil<br />

não pode abranger os da Cimpor,<br />

se não acciona a cláusula de<br />

recompra de acções pela Teixeira<br />

Duarte à Camargo (ver ponto 5).<br />

2<br />

CAMARGO E VOTORANTIM<br />

ENTRAM EM GUERRA<br />

ACamargoCorrêaeaVotorantim<br />

assumem definitivamente as suas<br />

rivalidades e não se entendem<br />

18 de Dezembro 2009<br />

A Companhia Siderúrgica Nacional<br />

(CSN) anuncia o lançamento de uma<br />

OPA sobre a totalidade do capital da<br />

Cimpor, a 5,75 euros por acção. A<br />

administração da Cimpor aconselha<br />

os investidores a não venderem as<br />

suas acções, considerando hostil a<br />

proposta da CSN e insuficiente o<br />

preço oferecido pelos brasileiros.<br />

numa solução para a Cimpor. Se<br />

nenhum deles quiser abdicar da<br />

sua posição accionista, prolongase<br />

a guerrilha accionista em que a<br />

Cimpor vive há vários anos, mas<br />

com outros protagonistas. O primeiro<br />

episódio desta batalha deverá<br />

ser já na assembleia-geral<br />

(ordinária ou extraordinária) em<br />

que serão votados os novos órgãos<br />

sociais, provavelmente com o<br />

aparecimento de duas ou mais listas<br />

concorrentes. Neste cenário,<br />

actuais accionistas como o fundo<br />

de pensões do BCP, Manuel Fino<br />

ou a Caixa ganham poder e poderão<br />

ser decisivos consoante se<br />

mantenham aliados a um ou outro<br />

parceiro, vendam a sua posição<br />

a um deles ou alienem a um<br />

terceiro protagonista. A saída<br />

para esta situação conflituosa<br />

passa por um dos grupos vender a<br />

sua posição (ver ponto 3).<br />

Um pacto entre<br />

a Camargo Corrêa<br />

e a Votorantim para<br />

dividirem a gestão<br />

da Cimpor é o cenário<br />

mais provável.<br />

3<br />

CSN COMPRA À CAMARGO<br />

OU À VOTORANTIM<br />

Se os dois gigantes brasileiros<br />

não se entenderem e um decidir<br />

vender, a CSN é um interessado,<br />

que já disse não se importar de<br />

ficar em minoria na Cimpor, em<br />

associação com um dos outros<br />

grupos brasileiros. Mas, essa é<br />

uma opção de difícil exequibilidade,<br />

apesar de o preço final da<br />

operação ser sempre o factor decisivo.<br />

É que a entrada da Votorantim<br />

e da Camargo Corrêa no<br />

capital social da Cimpor teve por<br />

base a tentativa destes grupos de<br />

impedir a entrada da CSN no<br />

mercado cimenteiro global, pelo<br />

que uma venda à CSN depois de<br />

esta ter falhado a OPA pode não<br />

parecer um desenlace lógico. Se<br />

for a Votorantim a vender resolve<br />

o problema da concorrência<br />

no Brasil, mas cria um problema<br />

à CGD, com quem assinou um<br />

CRONOLOGIA DO NASCIMENTO E MORTE <strong>DE</strong> UMA OPA<br />

13 de Janeiro de 2010 16 de Janeiro de 2010 28 de Janeiro de 2010 29 de Janeiro de 2010<br />

Uma comitiva de<br />

representantes da Camargo<br />

Corrêa apresenta uma proposta<br />

de fusão com a Cimpor, que<br />

passaria pela integração do seu<br />

negócio de cimentos no grupo<br />

português. A Camargo não<br />

pretende o controlo da Cimpor,<br />

ao contrário da CSN.<br />

acordo parassocial e que teria de<br />

encontrar um novo parceiro na<br />

estrutura accionista. A saída da<br />

Camargo não aparenta ter implicações<br />

secundárias.<br />

4<br />

CAMARGO E VOTORANTIM<br />

VEN<strong>DE</strong>M A TERCEIROS<br />

Além da CSN, existe uma plateia<br />

de interessados em entrar na<br />

Cimpor: dependendo das várias<br />

circunstâncias poderão estar entre<br />

os potenciais compradores da<br />

posição da Votorantim e da Camargo<br />

Corrêa o grupo suíço Holcim,<br />

Luís Champalimaud, Pedro<br />

Queiroz Pereira ou outro eventual<br />

interessado, incluindo accionistas<br />

queagoravenderamassuasposições<br />

na Cimpor. Qualquer destas<br />

possibilidades iria reconfigurar o<br />

quadro accionista de referência da<br />

Cimpor e impor novos equilíbrios<br />

na gestão da cimenteira portuguesa.<br />

Esta hipótese também<br />

pode ocorrer no cenário 5.<br />

5<br />

CONCORRÊNCIA BRASILEIRA<br />

TRAVA CAMARGO CORRÊA<br />

E VOTORANTIM<br />

As autoridades brasileiras da<br />

concorrência (Cade) tornam-se<br />

intransigentes. Além da investigação<br />

em torno do alegado cartel<br />

entre as maiores cimenteiras presentes<br />

no Brasil – entre as quais se<br />

contam a Cimpor, a Votorantim e<br />

a Camargo Corrêa – o Governo de<br />

Lula da Silva está interessado em<br />

que surjam novos operadores no<br />

mercado, quando o país vai registar<br />

um ‘boom’ no consumo de<br />

cimento, com o Campeonato do<br />

Mundo de Futebol de 2014 e os<br />

Jogos Olímpicos de 2016. Em<br />

guerra contra a concentração<br />

neste mercado, o Cade poderá<br />

obrigaraCamargoCorrêaeaVotorantim<br />

a vender parte dos seus<br />

activos. Se estes grupos não concordarem,<br />

todo o negócio de entrada<br />

na Cimpor poderá cair por<br />

terra. A venda de activos da cimenteira<br />

portuguesa no Brasil<br />

fará accionar a cláusula de recompra<br />

das acções imposta pela<br />

Teixeira Duarte quando vendeu a<br />

sua posição à Camargo, introduzindo<br />

novo factor de reequilibro<br />

de forças internas na empresa. ■<br />

A CMVM notifica a<br />

Camargo a suspender a<br />

sua proposta de fusão<br />

até ao fim da OPA da<br />

CSN. Esta acusa a<br />

Camargo de querer<br />

controlar a Cimpor<br />

através de uma OPA<br />

“encapotada”.<br />

TeminícioaOPA<br />

sobre a Cimpor,<br />

lançada pela<br />

CSN.Aoferta<br />

decorre até 17<br />

de Fevereiro,<br />

sendo conhecido<br />

o resultado no<br />

dia seguinte.<br />

Após notificação<br />

do regulador, a<br />

Camargo decide<br />

suspender a sua<br />

proposta de<br />

fusão com a<br />

Cimpor enquanto<br />

decorrer a OPA<br />

da CSN.


A Votorantim compra a<br />

posição da Lafarge de 17,3%<br />

da Cimpor, por 800 milhões<br />

de euros. Ao mesmo tempo, o<br />

grupo brasileiro faz um<br />

acordo parassocial com a<br />

Caixa Geral de Depósitos, que<br />

prevê uma estratégia<br />

concertada para a Cimpor.<br />

Conselho de<br />

administração da Cimpor<br />

votou por unanimidade a<br />

rejeição da OPA da CSN<br />

“a preço de saldo”, e cuja<br />

oferta “não foi conduzida<br />

no melhor interesse dos<br />

accionistas”.<br />

Infografia: Mário Malhão | mario.malhao@economico.pt<br />

Camargo Corrêa<br />

anunciou a<br />

compra da<br />

totalidade da<br />

posição da<br />

Teixeira Duarte na<br />

Cimpor (22,17%)<br />

pagando 6,5<br />

euros por acção.<br />

Títulos da Cimpor derrocaram<br />

5,35% com o fim da operação.<br />

Rui Barroso<br />

rui.barroso@economico.pt<br />

É uma espécie de regresso à estaca<br />

zero. Os títulos da Cimpor<br />

chegaram a valer menos duranteasessãodeontemdoquena<br />

véspera do anúncio de OPA feito<br />

pela Companhia Siderúrgica<br />

Nacional(CSN),a18deDezembro.<br />

As acções da cimenteira<br />

nacional ressentiram-se com o<br />

falhanço da operação e tiveram<br />

a pior sessão dos últimos 12 meses.<br />

Tombaram 5,35%, fechandoasessãonos5,54euros.O<br />

valor é 10% inferior aos 6,18 euros<br />

oferecidos pela CSN.<br />

Apesar do insucesso do negócio<br />

já ser esperado pelo mercado,depoisdasvendasdaTeixeira<br />

Duarte à Camargo Corrêa<br />

e da Lafarge à Votorantim, os<br />

investidores reagiram mal ao<br />

fimdaOPA.“Énaturalquese<br />

mantenha alguma pressão até<br />

que os investidores assimilem o<br />

falhanço da OPA e/ou a CSN<br />

afirme as suas intenções, porque<br />

a batalha pelo controlo da<br />

Cimpor pode não ter terminado”,<br />

referiu Duarte Leite de<br />

Castro, analista da IG Markets,<br />

ao Diário Económico.<br />

As acções chegaram a cair<br />

6,70%, cotando-se nos 5,46<br />

euros, um cêntimo abaixo do<br />

que valiam antes da CSN<br />

anunciar a OPA. “O ângulo especulativo<br />

desapareceu. Em<br />

consequência, a acção desceu<br />

para perto dos seus valores<br />

fundamentais”, explicou outro<br />

analista contactado. O<br />

preço actual das acções é 4%<br />

superior à média dos preçosalvo<br />

dados por sete casas de<br />

investimento.<br />

A pressão sobre os títulos poderá<br />

manter-se nas próximas<br />

sessões. “No curto prazo as acções<br />

podem corrigir algo, com a<br />

confirmação do insucesso da<br />

OPA, mas, se a CSN vier a confirmar<br />

que mantém interesse,<br />

irá suportar as acções da Cimpor”,<br />

referiu Rita Carles, analista<br />

do Banif, citada pela Reuters.<br />

Ou seja, como a poeira ainda<br />

não assentou, há opiniões para<br />

todososgostos.<br />

Desde o anúncio de lança-<br />

A CSN reviu as condições de<br />

sucesso da OPA para 33,34% mais<br />

uma acção. E subiu o preço da<br />

oferta para 6,18 euros. Por outro<br />

lado, a Cinveste chegou a acordo<br />

com a Votorantim para vender os<br />

seus 4,1% na Cimpor, elevando a<br />

sua participação para 31,2%.<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 11<br />

Acções<br />

regressaram<br />

a níveis pré-OPA<br />

mentodaOPA,ostítulosda<br />

Cimpor fecharam mais de metade<br />

das sessões acima do preço final<br />

oferecido pela CSN. A empresa<br />

brasileira começou por<br />

oferecer 5,75 euros por acção,<br />

mas reviu em alta o preço para os<br />

6,18 euros. A Cimpor chegou a<br />

valer 6,50 euros no início de Janeiro,<br />

valor 17% acima do preço<br />

actual. “Acho que muita gente<br />

não vendeu acções da Cimpor na<br />

OPA por pensar que ainda poderá<br />

haver uma luta pelo controlo”,<br />

explicou à Reuters Bruno<br />

Silva, analista do BPI.<br />

Alguns especialistas acreditam<br />

que o ângulo especulativo<br />

da empresa regresse no médio<br />

prazo. “A batalha pelo controlo<br />

da Cimpor pode não ter terminado.<br />

Muito embora a OPA da<br />

CSN tenha falhado a verdade é<br />

que a entrada da Camargo e da<br />

Votorantim veio substituir outras<br />

posições muito idênticas, o<br />

que no futuro pode vir a levantardenovoovéusobocontrolo<br />

da empresa”, explicou Duarte<br />

LeitedeCastro.<br />

O interesse dos investidores<br />

pela cimenteira durante a operação<br />

foi ainda notório nos volumes<br />

transaccionados. A média<br />

diária de títulos negociados<br />

desde o anúncio da OPA é três<br />

vezes superior à média diária<br />

dos 12 meses que antecederam<br />

a data em que a CSN anunciou<br />

o interesse na cimenteira portuguesa.<br />

■<br />

CIMPOR NA OPA<br />

Evolução dos títulos<br />

da cimenteira desde o anúncio<br />

de lançamento da OPA da CSN.<br />

(valores em euros).<br />

5,0<br />

17-12-2009<br />

3 de Fevereiro de 2010 4 de Fevereiro de 2010 10 de Fevereiro de 2010 12 de Fevereiro de 2010 23 de Fevereiro de 2010<br />

7,0<br />

6,5<br />

6,0<br />

5,5<br />

Fonte: Bloomberg<br />

23-02-2010<br />

A OPA lançada<br />

pela CSN sobre a<br />

Cimpor terminou<br />

sem sucesso, com<br />

a CSN a conseguir<br />

adquirir apenas<br />

8,6% da<br />

cimenteira<br />

portuguesa.


12 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

ECONOMIA<br />

Estado paga juros<br />

de mora sempre<br />

que atrasar<br />

pagamentos<br />

A medida entra em vigor a 1 de Setembro. Quem tiver<br />

créditos do Estado em atraso, já recebe com juros.<br />

Margarida Peixoto<br />

margarida.peixoto@economico.pt<br />

A partir de Setembro, sempre que<br />

oEstadoseatrasarapagaraos<br />

seus fornecedores será sujeito ao<br />

pagamento de juros de mora. A<br />

alteração vai ser aprovada hoje na<br />

Comissão de Orçamento e Finançasejáseráaplicadaatodosos<br />

créditos sobre o Estado que estiveremematrasoàdatadaentrada<br />

em vigor das novas regras,<br />

apurou o Diário Económico.<br />

A iniciativa foi do CDS-PP,<br />

mas depois de alguns ajustes menores<br />

– negociados com o PS, que<br />

queria apenas tornar mais clara a<br />

transposição de regras comunitárias<br />

sobre esta matéria - vai ser<br />

aprovada com os votos favoráveis<br />

de todos os partidos.<br />

A principal novidade é que<br />

passa a ficar claro na lei que o Estado<br />

deve pagar juros de mora<br />

semprequeseatrasaeindependentemente<br />

do tipo de contrato<br />

ou da forma como foi estabelecida<br />

a relação com as empresas. Os<br />

prazos de pagamento passam a<br />

ser no máximo a 60 dias ou, caso<br />

não esteja claro no contrato qual<br />

é o limite, ele é estabelecido por<br />

defeitoa30dias.<br />

Os partidos acordaram adiar a<br />

entrada em vigor destas novas<br />

regras para 1 de Setembro para<br />

“dar tempo aos serviços públicos<br />

de acelerarem os pagamentos e<br />

evitarem pagar juros de mora”,<br />

explicou Assunção Cristas, a deputada<br />

do CDS-PP responsável<br />

pela redacção final da alteração à<br />

lei que reuniu o acordo dos vários<br />

grupos parlamentares.<br />

De acordo com a informação<br />

mais recente, referente ao segundo<br />

trimestre de 2009, existiam<br />

mais de 200 entidades do Estado,<br />

incluindo autarquias e empresas<br />

públicas, a pagar acima de 90<br />

dias. Entre os casos mais extremos<br />

estão a autarquia de Alfândega<br />

da Fé, que paga a 696 dias, e<br />

o Hospital do Montijo, que paga a<br />

<strong>DE</strong>VEDORES<br />

200<br />

No final do segundo trimestre<br />

de 2009, mais de 200 entidades<br />

do Estado, entre elas autarquias<br />

e empresas públicas, tinham<br />

atrasos no pagamento<br />

superiores a 90 dias.<br />

PALAVRA-CHAVE<br />

✽<br />

Jurosdemora<br />

Os juros de mora são juros<br />

devidos pelo não pagamento<br />

atempado do capital ou de juros<br />

em dívida. Isto é, quando<br />

o Estado, uma empresa ou<br />

qualquer cidadão tem<br />

o compromisso de pagar um<br />

determinado montante até uma<br />

data limite e não cumpre essa<br />

obrigação, o pagamento devido<br />

é acrescido de juros.<br />

289 dias. De acordo com a Lusa,<br />

as dívidas às farmacêuticas e às<br />

construtoras já ultrapassava os<br />

2,2 milhões de euros no final do<br />

anopassado.Seasituaçãose<br />

mantiver, todos estes contratos<br />

serão sujeitos a juros de mora, a<br />

grande maioria de 8% e em casos<br />

residuais de 4%.<br />

Malha da lei está mais apertada<br />

“A partir de agora será muito<br />

difícil que haja contratos com o<br />

Estado a ficar fora da malha da<br />

lei que impõe os juros de<br />

mora”, garante a deputada do<br />

CDS-PP. Até agora, a lei previa<br />

este pagamento apenas para alguns<br />

contratos e deixava dúvidas<br />

sobre se ele se aplicava em<br />

situações de contencioso resolvidas<br />

a favor da empresa. Essa<br />

questão foi clarificada e mesmo<br />

que a obrigação do Estado pagar<br />

resulte de uma situação de<br />

responsabilidade civil, está sujeita<br />

a juros de mora.<br />

A regra foi também estendida<br />

a outras fontes de obrigações de<br />

pagamento do Estado menos comuns,<br />

como por exemplo, as que<br />

resultam de negócios jurídicos<br />

unilaterais. As únicas relações<br />

com o Estado que ficam excluídas<br />

“são as fiscais, porque já têm um<br />

regulamento próprio”, esclarece<br />

Assunção Cristas.<br />

Outra novidade face ao que<br />

está neste momento previsto na<br />

lei é que a partir de Setembro<br />

passam a ser consideradas nulas<br />

todas as cláusulas que limitem<br />

esta imposição dos juros de mora<br />

ou que procurem alargar abusivamente<br />

os prazos de pagamento.<br />

“São consideradas sem efeito<br />

as cláusulas que estipulem prazosalémdos60dias,amenos<br />

que haja circunstâncias especiais”,<br />

explica Assunção Cristas.<br />

Os casos “excepcionais” não estão<br />

definidos, mas a deputada<br />

considera que já é uma “limitação<br />

importante” definir que são<br />

precisas razões objectivas. ■<br />

Pinto Coelho reeleito presidente da CTP<br />

O actual presidente da Confederação do Turismo Português (CTP), José<br />

Pinto Coelho, foi ontem reeleito com 83,3% dos votos para um mandato<br />

de três anos, que será “centrado na recuperação da competitividade do<br />

sector”. “Com a economia a atravessar uma conjuntura difícil a nível<br />

nacional e internacional, o Turismo deu o exemplo de convergência de<br />

interesses nestas eleições ao reunir numa única lista representantes dos<br />

grandes e pequenos grupos empresariais”, lê-se no comunicado da CTP.<br />

Bruxelas espera que o<br />

ministro das Finanças,<br />

Teixeira dos Santos, entregue<br />

oPECatéfinaldomês.<br />

Bloco quer fim dos<br />

Bloco de Esquerda apresentou<br />

ontem medidas de alteração ao<br />

OE/10, que implicam poupança<br />

de 2,8 mil milhões de euros.<br />

Paula Cravina de Sousa<br />

paula.cravina@economico.pt<br />

O Bloco de Esquerda (BE) quer<br />

acabar com os benefícios fiscais<br />

nos PPR e seguros de saúde. Esta<br />

foi uma das medidas de alteração<br />

ao Orçamento do Estado para<br />

2010 (OE/10) que o partido liderado<br />

por Francisco Louçã apresentou<br />

ontem em conferência de<br />

imprensa no Parlamento.<br />

O objectivo já estava previsto<br />

no programa de Governo do<br />

partido apresentado aquando<br />

das eleições a 27 de Outubro do<br />

ano passado. É injusto que “a esmagadora<br />

maioria dos portu-<br />

gueses pague com os seus impostos”<br />

esses benefícios, argumentou<br />

o deputado José Gusmão,<br />

citado pela agência Lusa.<br />

De acordo com o OE/10, o<br />

Estado gastou 95,5 milhões de<br />

euros com aqueles benefícios<br />

em 2009, sendo que para este<br />

prevê um ligeiro decréscimo -<br />

em 1,6% - na despesa fiscal com<br />

os PPR. Actualmente é possível<br />

deduzir os montantes investidos<br />

naqueles produtos no IRS. A<br />

lei define que se possam deduzir<br />

20% dos valores aplicados, tendo<br />

como limite máximo 400 euros<br />

para os contribuintes com<br />

menos de 35 anos; 350 euros<br />

para quem tenha entre 30 e 50<br />

anos e 300 euros para contribuintes<br />

que tenham começado a<br />

fazer as suas poupanças apenas<br />

com 50 anos.


EURO<br />

face ao dólar<br />

1,3525<br />

PETRÓLEO<br />

valor em dólares<br />

77,28<br />

TAXA EURIBOR<br />

a seis meses<br />

0,964<br />

benefícios fiscais nos PPR<br />

Bloco une-se ao PCP e quer<br />

todososprémiostaxadosa50%<br />

A esquerda uniu-se e propõe que<br />

a taxa de 50% que o Governo introduziu<br />

para penalizar os bónus<br />

dos banqueiros se estenda a todos<br />

os sectores de actividade. O Bloco<br />

quer “tornar a tributação dos prémios<br />

permanente e generalizá-la<br />

a todos os sectores empresariais”<br />

e que esta “incida também sobre<br />

o IRS”, referiu José Gusmão. Na<br />

semana passada, o PCP já tinha<br />

anunciado a extensão daquela<br />

taxa aos bónus pagos pelas grandes<br />

empresas, numa proposta<br />

mais limitada que a do BE.<br />

O BE quer ainda taxar a 25% as<br />

transferências para ‘off-shores’,<br />

erenegociaroscontratosdecontrapartidas<br />

militares.<br />

O objectivo do pacote ontem<br />

apresentado pelo Bloco é reduzir<br />

Além do fim<br />

dos benefícios<br />

fiscais nos<br />

PPR, o Bloco<br />

quer que a<br />

banca pague<br />

uma taxa<br />

efectiva<br />

de IRC<br />

de 20%.<br />

O PCP_anunciou<br />

na semana<br />

passada que<br />

quer que as<br />

grandes<br />

empresas<br />

paguem uma<br />

taxa de 50%<br />

dobre os bónus<br />

dos gestores.<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

adespesa“extravaganteeinútil”.<br />

A aprovação das medidas<br />

implicaria uma diminuição em<br />

2,8 mil milhões de euros, o que<br />

corresponde a 1,2% do Produto<br />

Interno Bruto (PIB), segundo as<br />

contas do BE.<br />

Além daquelas medidas, o<br />

partido de Francisco Louçã quer<br />

tambémumataxaefectivade<br />

20% de IRC sobre o sector da<br />

banca e quer limitar a contratação<br />

de consultadoria jurídica<br />

pelo Estado. A proposta prevê<br />

que, nos casos em que ultrapasse<br />

dez mil euros, a consultadoria<br />

jurídica externa só seja permitida<br />

mediante justificação<br />

fundamentada sobre a inexistência<br />

de recursos especializados<br />

próprios do Estado e submetida<br />

a aprovação prévia do<br />

Ministério das Finanças. ■<br />

AGENDA DO DIA<br />

● Ronda negocial entre Ministério<br />

das Finanças e os sindicatos da<br />

função pública, em Lisboa;<br />

● Alemanha revela PIB do quarto<br />

trimestre de 2009.<br />

● Estados Unidos revelam dados<br />

sobre vendas de casas novas em<br />

Janeiro.<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 13<br />

Governo quer<br />

aprovar parte<br />

do PEC amanhã<br />

Bruxelas está à espera do<br />

documento até ao final do mês.<br />

Margarida Peixoto<br />

e Luís Rego<br />

margarida.peixoto@economico.pt<br />

O ministro das Finanças está a<br />

fazer um ‘sprint’ final para<br />

aprovar, pelo menos, uma versão<br />

preliminar do Programa de<br />

Estabilidade e Crescimento<br />

(PEC) já no Conselho de Ministros<br />

de amanhã, apurou o Diário<br />

Económico. O objectivo é não<br />

esticar demasiado os prazos de<br />

entrega do documento em Bruxelas,<br />

que espera o PEC “até ao<br />

final deste mês”, garantiu ontem<br />

o porta-voz do novo comissário<br />

de Assuntos Económicos<br />

e Monetários, Olli Rehn, ao<br />

Diário Económico.<br />

Os prazos de entrega do PEC<br />

à Comissão Europeia diferem de<br />

país para país, mas neste momento<br />

há apenas cinco Estados-membros<br />

que ainda não<br />

entregaram o documento. Por<br />

causa das eleições legislativas,<br />

que atrasaram o processo de<br />

produção do Orçamento do Estado,<br />

Portugal beneficiou de um<br />

alargamento de prazo, mas este<br />

estáachegaraofim.<br />

Em Lisboa, Teixeira dos Santos,<br />

ministro das Finanças, tem<br />

pressionado os serviços com<br />

pedidos de informação “para<br />

ontem”. O calendário inicial seria<br />

aprovar o documento amanhã<br />

em Conselho de Ministros e<br />

enviá-loparaBruxelasa4de<br />

Março, mas o Diário Económico<br />

sabe que os trabalhos estão<br />

atrasados. Desde logo, a catástrofedotemporalnaMadeira<br />

desfocou o Governo deste objectivo.<br />

Ainda assim, Teixeira dos<br />

Santos está a trabalhar com o<br />

objectivo de aprovar pelo menos<br />

as medidas mais importantes no<br />

Conselho de Ministros amanhã,<br />

deixando a versão final do documento<br />

para a reunião da próxima<br />

semana. Esta solução permite<br />

que o Governo avance para<br />

as reuniões com os partidos e os<br />

parceiros sociais, antes de enviar<br />

o documento definitivo<br />

para Bruxelas. Embora não haja<br />

penalizações caso o prazo de<br />

entrega não seja cumprido, o<br />

Governo tem apenas uma semana<br />

para ultimar o PEC, se não<br />

quiser ultrapassar por muitos<br />

dias o prazo.<br />

De qualquer modo, por este<br />

ser um PEC mais exigente do<br />

que o habitual, a própria oposiçãoestáàesperadeumaligeira<br />

derrapagem nos prazos, disse<br />

umdeputadodoPSD.Também<br />

oPSdesvalorizaaquestãodos<br />

prazos: “O Sr. ministro garantiu<br />

que não existe um timing para<br />

entregadoPECequeoGoverno<br />

não se sente condicionado a timing<br />

nenhum”, revelou ao Diário<br />

Económico o deputado<br />

Afonso Candal que esteve ontem<br />

na reunião dos deputados<br />

socialistas da Comissão de Orçamento<br />

e Finanças, com Teixeira<br />

dos Santos.<br />

Determinante será a capacidade<br />

do documento para reunir<br />

“amplo consenso” e convencer<br />

as instituições internacionais<br />

das capacidades de recuperação<br />

da economia portuguesa. O<br />

Diário Económico sabe que,<br />

mesmo não sendo habitual, o<br />

Governo pondera incluir no documento<br />

as medidas de apoio à<br />

competitividade externa das<br />

empresas, de modo a demonstrar<br />

como espera colocar a economia<br />

a crescer outra vez. Estas<br />

serão medidas mais suaves que<br />

acompanharão as decisões mais<br />

duras: congelar salários e limitar<br />

a possibilidade de endividamento<br />

do sector empresarial do<br />

Estado. ■ com M.M.O. e L.S.<br />

OS NÚMEROS <strong>DE</strong> 2013<br />

3%<br />

Em 2013, o défice orçamental<br />

português não poderá estar acima<br />

deste limite. O Governo fechou as<br />

contas públicas de 2009 com um<br />

défice de 9,3%, pelo que o<br />

objectivo é duro. Também a dívida<br />

pública está muito acima do<br />

referencial de 60%: no ano<br />

passado ficou em 78,6%.


14 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

ECONOMIA<br />

MO<strong>DE</strong>RNIZAÇÃO<br />

Governo pretende abrir mais dezanove<br />

Lojas do Cidadão este ano<br />

O ministro da Presidência afirmou ontem que este ano deverão abrir<br />

até 19 novas Lojas do Cidadão de segunda geração, como parte do<br />

investimento na modernização administrativa, que no Orçamento de<br />

Estado de 2010 atinge 49,4 milhões de euros. Intervindo na Assembleia<br />

da República na apresentação do Orçamento para as áreas que tutela,<br />

Pedro Silva Pereira afirmou que há um aumento de 3,9 milhões de<br />

euros, equivalente a 8,5%, em relação à verba de 2009.<br />

Cristina Oliveira da Silva<br />

cristina.silva@economico.pt<br />

A Grécia vai esperar pelo fim da<br />

visita dos inspectores da Comissão<br />

Europeia para decidir se<br />

vai optar por mais medidas de<br />

combate ao défice. Citado pela<br />

agência Reuters, o ministro grego<br />

das Finanças, George Papaconstantinou,<br />

disse que “qualquer<br />

decisão será anunciada depois<br />

de terminadas as conversações<br />

com os representantes da<br />

Comissão Europeia”, que chegaram<br />

a Atenas na segunda-feira<br />

e deverão partir hoje.<br />

Masestenãoéoúnicosinal<br />

dequeoGovernogregoestáa<br />

pensar em medidas mais austeras<br />

depois da visita da Comissão<br />

Europeia e do Fundo Monetário<br />

Internacional (FMI). Fontes<br />

próximas do Executivo dizem<br />

que na calha podem estar iniciativas<br />

como o aumento do IVA<br />

(de 19% actualmente), das taxas<br />

sobre bens de luxo (como barcos<br />

Fernando Serrasqueiro garante que<br />

este ano o emprego vai aumentar.<br />

SINDICALISTAS GREGOS PROTESTARAM ONTEM JUNTO AO EDIFÍCIO DA BOLSA<br />

Gréciaabreaportaanovasmedidas<br />

depois da visita da Comissão Europeia<br />

UE terá recomendado o fim do pagamento do 14º mês aos funcionários públicos.<br />

ou carros topo de gama) e do<br />

imposto sobre combustível,<br />

avança o Wall Street Journal.<br />

Função Pública pode perder<br />

um dos subsídios<br />

Os funcionários públicos também<br />

não vão escapar ao plano de<br />

recuperação grego. Fontes próximas<br />

do Executivo revelaram que<br />

a União Europeia terá pedido à<br />

Grécia para cortar o 14º mês que<br />

os trabalhadores do Estado recebem<br />

actualmente mas o Governo<br />

terá mostrado alguma resistência.<br />

As mesmas fontes acrescentam<br />

que a UE propõe um corte<br />

médio de 7% nos salários brutos<br />

dos funcionários públicos (através<br />

da redução de alguns direitos)<br />

mas o Governo grego contrapõe<br />

antes uma quebra de 5,5%.<br />

Além do congelamento salarial<br />

no Estado, o Governo já<br />

anunciou outras medidas como o<br />

aumento do imposto sobre combustíveis,<br />

cortes nos direitos na<br />

Administração Pública ou o fim<br />

<strong>DE</strong>SEMPREGO<br />

Comércio empregou menos<br />

quatro mil pessoas em 2009<br />

O comércio empregou menos 4.000 pessoas no ano passado, do que<br />

em 2008, anunciou ontem, no Parlamento, o secretário de Estado do<br />

Comércio, Fernando Serrasqueiro, ressalvando que, este ano, o emprego<br />

“vai voltar a aumentar” naquele sector. “O comércio foi o sector que<br />

mais resistiu em termos de emprego” à crise económica, afirmou<br />

Serrasqueiro. Em 2009, segundo estatísticas da secretaria de Estado,<br />

registaram-se 762 mil empregos no comércio.<br />

Cerca de 200 sindicalistas gregos cercaram ontem o edifício da Bolsa de Atenas, num protesto contra as medidas de austeridade anunciadas<br />

pelo Governo para combater a crise orçamental do país. Ainda assim, a sessão abriu como habitualmente. O protesto foi apoiado pelo Partido<br />

Comunista e iniciou-se às 06:30 locais (04:30 em Lisboa) junto do edifício da Bolsa, situado num bairro periférico de Atenas.<br />

George<br />

Papaconstantinou<br />

Ministro das<br />

Finanças grego<br />

“Qualquer decisão [sobre novas<br />

medidas] será anunciadas depois<br />

de terminadas as conversações<br />

comosrepresentantesda<br />

Comissão Europeia”, disse<br />

o ministro grego das Finanças.<br />

de alguns mecanismos que permitem<br />

que algumas profissões –<br />

nomeadamente no Estado – paguem<br />

menos impostos, gerando<br />

poupanças entre 8 e 10 mil milhões<br />

de euros. Mas a delegação<br />

europeia terá recomendado a<br />

adopção de medidas adicionais,<br />

novalorde2a2,5milmilhões,<br />

avança a mesma fonte acrescentando<br />

que, caso haja consenso, o<br />

anúncio formal pode surgir na<br />

próxima semana.<br />

Numa altura em que tudo indica<br />

que a Grécia apresentará um<br />

novo plano de austeridade, o Governo<br />

parece querer colher frutos<br />

desta demonstração de vontade<br />

de pôr as contas públicas em ordem.<br />

Por isso, a Grécia planeia<br />

emitir títulos de 10 anos, possivelmente<br />

nos próximos dias,<br />

avançou a imprensa internacional<br />

ontem, citando uma fonte anónima.Estaéasegundaofertada<br />

Grécia este ano mas a primeira<br />

desdequeaUEdisseapoiaroprograma<br />

de financiamento grego. ■<br />

Yiorgos Karahalis/Reuters<br />

Fitch reduz nota de<br />

quatro bancos gregos<br />

A agência de notação financeira<br />

cortou o ‘rating’ dos quatros<br />

maioresbancosdaGréciapor<br />

antecipar que o aperto<br />

orçamental do governo pesará<br />

sobre a economia, afectando os<br />

empréstimos e prejudicando os<br />

lucros. A Fitch reduziu a sua<br />

avaliação para o National Bank of<br />

Greece, Alpha Bank, Efg<br />

Eurobank Ergasias (Eurobank) e<br />

Piraeus Bank de “BBB+” para<br />

“BBB”. A Fitch afirma que a<br />

qualidadedosactivoseoslucros<br />

dos bancos, que já estão<br />

enfraquecidos, “ficarão ainda<br />

mais pressionados” com os<br />

ajustes orçamentais que<br />

“precisam ser feitos” pelo<br />

governo grego. O Millenium BCP<br />

é o único banco português<br />

presente na Grécia, mas não foi<br />

afectado. R.P.


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16 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

ECONOMIA<br />

INE<br />

Novas encomendas na construção<br />

e obras públicas caem 6,5%<br />

As novas encomendas na construção e obras públicas apresentaram<br />

uma queda homóloga de 6,5% no quarto trimestre de 2009, avançou<br />

ontem o Instituto Nacional de Estatística (INE). Segundo a mesma fonte,<br />

“deve-se referir que o comportamento da taxa de variação homóloga<br />

está associado, em parte, a efeitos de base, particularmente<br />

significativo ao nível do segmento de Obras de Engenharia”. A variação<br />

trimestral situou-se em menos 21,8%.<br />

António Barreto, presidente da Fundação,<br />

Maria João Rosa, directora do projecto,<br />

e Alexandre Soares dos Santos, criador da Fundação.<br />

Olivier Blanchard diz que o aperto<br />

será “extremamente doloroso”.<br />

O retrato do país<br />

em poucos minutos<br />

A Pordata, uma nova base de dados, reúne todas<br />

as estatísticas oficiais e permite cruzar dados.<br />

Margarida Peixoto<br />

margarida.peixoto@economico.pt<br />

Em 1972, era Portugal governado<br />

por Marcelo Caetano, a esperança<br />

média de vida não ia além dos<br />

68 anos e meio e o Estado pouco<br />

gastava com a saúde dos cidadãos:<br />

0,2% do produto interno<br />

bruto. Em 2007, passados 35<br />

anos, a medicina permite esperar<br />

viver mais uma década e as despesas<br />

com saúde dispararam para<br />

5,6% do PIB. Este é apenas um<br />

exemplo de pesquisa que qualquer<br />

cibernauta pode fazer na<br />

Pordata-umabasededadoslançada<br />

ontem, que retrata Portugal<br />

em números (ver gráfico).<br />

“Os dados do Pordata são<br />

importantes para formar opinião<br />

livre”, disse António Barreto,<br />

presidente do conselho<br />

de administração da Fundação<br />

Francisco Manuel dos<br />

Santos, criadora da base de<br />

MAIS ANOS <strong>DE</strong> VIDA PRESSIONAM CONTAS DO ESTADO<br />

O aumento da esperança média de vida fez aumentar os gastos do<br />

Estado com a saúde. Uma boa notícia que pressiona as contas públicas.<br />

80<br />

77<br />

74<br />

71<br />

68<br />

65<br />

1972<br />

Esperança média de vida<br />

Fonte: Pordata Nota: Em 2005 existe uma quebra de série.<br />

Despesas de saúde em % do PIB<br />

2007<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

DR<br />

dados, no lançamento do projecto.<br />

O portal (www.pordata.pt) é<br />

de acesso público e gratuito e o<br />

objectivo é permitir que cada visitante<br />

pesquise de forma simples<br />

e intuitiva as estatísticas oficiais<br />

do país. A Pordata não cria<br />

novos dados, só reúne os que já<br />

existem – através de um protocolo<br />

com o Instituto Nacional de<br />

Estatística – e apresenta a informação<br />

de um modo mais simples<br />

e mais fácil de ser trabalhada.<br />

Logo na entrada do portal, um<br />

conjunto de números e contadores<br />

desperta a curiosidade dos<br />

visitantes: por exemplo, a despesa<br />

pública em educação e saúdenãopáradecresceratodaa<br />

velocidade, utilizando um algoritmo<br />

para simular uma actualização<br />

em tempo real.<br />

Mas através da pesquisa há<br />

muito mais: em poucos minutos,<br />

é possível saber, por exemplo, que<br />

em 1972 a taxa de poupança bruta<br />

das famílias foi a mais elevada<br />

(27,2% do rendimento disponível)<br />

até 2008. E que no mesmo<br />

ano os salários representavam em<br />

média 63,1% do rendimento disponível.<br />

Toda esta informação<br />

pode ser cruzada em gráficos,<br />

comparada através de índices de<br />

base 100, ou deflacionada sempre<br />

que for relevante. ■ B.P.<br />

FMI<br />

Aperto orçamental na Europa<br />

pode levar 20 anos a ser ultrapassado<br />

O economista chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier<br />

Blanchard, afirmou que o aperto orçamental na Europa será<br />

“extremamente doloroso” e poderá levar 20 anos até ser ultrapassado.<br />

Numa entrevista ontem divulgada pelo jornal italiano La Repubblica,<br />

Blanchard declarou que “a adaptação é mais fácil para os países que<br />

podem desvalorizar a sua moeda”, o que não acontecerá “nos países<br />

que não têm essa opção”.<br />

DOMINGUES <strong>DE</strong> AZEVEDO<br />

Presidente da Ordem<br />

dosTécnicosOficiaisdeContas<br />

Nova etapa<br />

No próximo dia 26 de Fevereiro<br />

termina, com a votação<br />

presencial, o primeiro acto<br />

eleitoral da Ordem dos Técnicos<br />

Oficiais de Contas.<br />

Com a escolha dos primeiros<br />

órgãos sociais da mais recente<br />

e maior Ordem portuguesa,<br />

os profissionais (mais<br />

de 75 mil inscritos) iniciam<br />

umanovaetapanasuaorganização<br />

profissional. Se aliada<br />

à implementação do Sistema<br />

de Normalização Contabilística<br />

(SNC) e às inúmeras<br />

oportunidades que tal propicia,<br />

pode dizer-se que estamosdiantedenovaeimportante<br />

era para a profissão de<br />

contabilista.<br />

Após o escrutínio das urnas,<br />

existirá, por quem dele<br />

sair vencedor, um conjunto<br />

enorme de questões a implementar<br />

com urgência. Falamos<br />

das alterações estatutárias,<br />

da implementação do<br />

SNC ou até dos desafios que se<br />

devem colocar à profissão.<br />

Embora as questões de índole<br />

externa sejam importantes<br />

para qualquer instituição,<br />

as questões internas, nas quais<br />

reside a expectativa e o futuro<br />

dos membros, têm uma importância<br />

fundamental, não<br />

podendo ser esquecidas por<br />

quem legitimamente conquiste<br />

a responsabilidade de gerir<br />

a profissão.<br />

Independentemente da leitura<br />

que cada um possa fazer<br />

da profissão de técnico oficial<br />

de contas e dos caminhos que<br />

ela deve trilhar, subsiste a ne-<br />

Sustentar a existência<br />

de uma actividade<br />

apenas no<br />

cumprimento das<br />

obrigações fiscais<br />

écavarofossoentre<br />

os profissionais e os<br />

empresários sem que<br />

se vislumbre<br />

qualquer vencedor.<br />

cessidade premente e urgente<br />

de se efectuar uma profunda<br />

análise sobre o seu futuro. Este<br />

tem que ser equacionado em<br />

moldes diferentes dos actuais.<br />

Ou seja, é necessário que caminhemos<br />

no sentido de converter<br />

profissionais de grande<br />

experiência e saber, em recursos<br />

humanos da maior utilidade<br />

para empresas e empresários.<br />

Sustentar a existência de<br />

uma actividade apenas no<br />

cumprimento das obrigações<br />

fiscais é cavar o fosso entre os<br />

profissionais e os empresários<br />

sem que se vislumbre qualquer<br />

vencedor. É necessário<br />

um novo caminho, profundo e<br />

estruturado, pois é disso que<br />

dependerá a sustentabilidade<br />

da profissão.<br />

Para se conseguir a reviravolta,<br />

são necessárias, em<br />

meu entender, duas condições:<br />

a vontade dos profissionais<br />

e a existência de dirigentes<br />

à altura das responsabilidades<br />

de equacionar e encontrar<br />

as respostas adequadas<br />

aos desafios.<br />

Onascimentoeodesenvolvimento<br />

de ideias de desresponsabilização<br />

no que aos actosdaprofissãorespeita,é<br />

apenas o princípio da impreparação<br />

para se avançar com<br />

novas metas e desafios.<br />

Existe quem, a coberto de<br />

maior comodidade, vá desenvolvendo<br />

teorias assentes na<br />

ideia de que os profissionais<br />

apenas devem cumprir com as<br />

obrigações tributárias dos sujeitos<br />

passivos, desresponsabilizando-se<br />

quer do seu conteúdo<br />

quer da sua extemporaneidade.<br />

Estes receios são próprios<br />

de quem não tem a coragem<br />

de criar algo de novo, de diferente,<br />

algo em que os TOC se<br />

revejam, algo que consolide as<br />

basesdaprofissãoeareforce<br />

cada vez mais importante na<br />

sociedade portuguesa.<br />

Estaéaprofissãodesejada<br />

pela maioria dos profissionais.<br />

È necessário, “apenas”, que<br />

os dirigentes eleitos no próximo<br />

dia 26 compreendam que a<br />

partir desse dia é imperioso<br />

construir um técnico oficial<br />

de contas novo. ■


ESPANHA<br />

Administração pública deve<br />

35 mil milhões de euros às PME<br />

A administração pública espanhola deve às Pequenas e Médias Empresas<br />

(PME) espanholas cerca de 35 mil milhões de euros, o que constitui<br />

o maior problema das PME, afirmou ontem o responsável da associação<br />

de empresas desta dimensão. Citado pela Lusa, Jesus Bárcenas,<br />

presidente da CEPYME, afirmou em Madrid, que o problema do atraso<br />

nos pagamentos do Estado é claramente maior do que a questão<br />

da reforma laboral ou do acesso ao financiamento da banca.<br />

O consumo privado reanimou<br />

em Janeiro face ao mês homólogo.<br />

Confiança económica estagna<br />

ISEG mantém-se prudente na avaliação da economia.<br />

Paula Cravina de Sousa<br />

paula.cravina@@economico.pt<br />

A situação económica do país<br />

está longe de enveredar por um<br />

caminho mais positivo ou mais<br />

fácil de percorrer. Isto reflectese<br />

na confiança do painel dos<br />

economistas do Instituto Superior<br />

de Economia e Gestão (ISEG)<br />

quemanteveoseuníveldeconfiança<br />

praticamente inalterado<br />

no mês de Fevereiro, nos 43,2<br />

pontos face aos 42,1 pontos registados<br />

no primeiro mês do ano.<br />

A confiança mantém-se assim<br />

em níveis negativos -<br />

abaixo dos 50 pontos. Além<br />

disso diminuiu o consenso em<br />

tornodaevoluçãodaactividade<br />

económica portuguesa no<br />

curto prazo.<br />

Nas últimas semanas têm<br />

sido conhecidos dados que têm<br />

penalizado a avaliação da situação<br />

económica nacional. A<br />

‘derrapagem’ do défice para os<br />

9,3% do Produto Interno Bruto,<br />

por exemplo, face às previsões<br />

ÍNDICE ISEG<br />

43,2 pontos<br />

O indicador de confiança do ISEG<br />

mantém-se em terreno negativo<br />

embora estável. Além disso,<br />

o consenso relativamente<br />

à evolução da actividade<br />

económica diminuiu.<br />

O Inverno mais frio dos últimos<br />

14 anos teve consequências económicas.<br />

iniciais que apontavam para<br />

que se situasse perto dos 8%.<br />

Por outro lado, os dados do desemprego<br />

não são animadores,<br />

o que prova que apesar de Portugal<br />

ter já saído da recessão<br />

técnica, a melhoria não se fez<br />

ainda sentir no mercado de trabalho.<br />

Segundo o Instituto Nacional<br />

de Estatística (INE), a<br />

taxa de desemprego situou-se<br />

nos 10,1%. Pela positiva está o<br />

indicador de clima económico<br />

do INE, que melhorou ligeiramente<br />

de dois pontos negativos<br />

para os 1,7 pontos negativos em<br />

Dezembro. Por outro lado, de<br />

acordo com os dados do Banco<br />

de Portugal a actividade económica<br />

terá crescido face ao período<br />

homólogo, representando<br />

o nono mês de recuperação. O<br />

consumo privado explica este<br />

comportamento, com o indicador<br />

coincidente mensal a crescer<br />

1,8% em Janeiro face ao mês<br />

homólogo, mais do que a variação<br />

positiva de 1,5% registada<br />

em Dezembro de 2009. ■<br />

ALEMANHA<br />

Metodologia<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 17<br />

Confiança dos empresários cai<br />

pela primeira vez em onze meses<br />

A confiança dos empresários alemães caiu este mês pela primeira vez<br />

em 11 meses, com o inverno mais frio dos últimos 14 anos a afectar<br />

as vendas a retalho e a construção. Segundo o instituto Ifo de Munique,<br />

o índice de confiança dos empresários, baseado num inquérito a sete mil<br />

executivos alemães, caiu para 95,2 pontos (em Janeiro estava nos 95,8<br />

pontos). Os economistas esperavam uma subida para 96,1 pontos,<br />

de acordo com a média das 37 previsões da Bloomberg.<br />

Paulo Figueiredo<br />

O índice de confiança do ISEG<br />

sobreaevoluçãoacurtoprazo<br />

da economia portuguesa,<br />

cujo valor pode variar entre zero<br />

(confiança mínima) e 100<br />

(confiança máxima) é atribuído<br />

por um painel de dezasseis<br />

professores do ISEG com base<br />

em informação quantitativa e<br />

qualitativa previamente recolhida<br />

e que inclui os apuramentos<br />

de um inquérito realizado<br />

mensalmente a todos os docentes<br />

do ISEG. O valor do índice é<br />

obtido por média simples dos<br />

valores entre 0 e 100 atribuídos<br />

respectivamente por cada um<br />

dos membros do Painel. Como<br />

indicador de consenso é utilizado<br />

o coeficiente de variação<br />

dos valores individuais.<br />

PEDRO VERGA<br />

MATOS<br />

professor<br />

auxiliar do ISEG<br />

Com este<br />

presente,<br />

que futuro?<br />

O índice do ISEG em Fevereiro<br />

atingiu o valor de 43,2, o que representa<br />

uma estabilização face ao<br />

mês anterior.<br />

No último mês fomos “brindados”<br />

com um conjunto de acontecimentos<br />

que, provavelmente<br />

noutro contexto, teriam tido<br />

maiores consequências. Se ao nível<br />

macroeconómico uma precipitada<br />

(?) comparação de Portugal<br />

com a Grécia, feita pelo comissário<br />

Joaquín Almunia, fez agitar os<br />

mercados, subir o risco da dívida<br />

pública portuguesa e colocou o<br />

governo português a tentar acalmar<br />

os mercados, num esforço<br />

para demonstrar que eles estavam<br />

errados....já ao nível empresarial,<br />

ficámos a saber que a PT tinha um<br />

jovem administrador, nomeado<br />

pelo Estado (!), com um curriculum<br />

profissional e académico,<br />

atendendo à dimensão da empresa,<br />

verdadeiramente excepcional<br />

(isto é “excêntrico” ou “anormal”,deacordocomodicionário<br />

de Língua Portuguesa). Tanto<br />

quanto se soube, a sua nomeação<br />

tinha sido feita sem a oposição dos<br />

accionistas privados de referência,<br />

o que pode parecer estranho, perante<br />

o cv referido. Este comportamento<br />

dos privados poderá não<br />

ser desligado da sua recente oposição<br />

à proposta do Código de Bom<br />

Governo das Sociedades, do Instituto<br />

Português de Corporate Governance,<br />

onde se defendia uma<br />

maior transparência sobre participações<br />

cruzadas e relações comerciais<br />

com accionistas de referência.<br />

O nevoeiro nos negócios<br />

entre as empresas, alguns dos seus<br />

accionistas e até o Estado é muito<br />

difícil de eliminar.<br />

Temos então um país numa<br />

crise económica profunda, aparentemente<br />

a olhar apenas para o<br />

curto prazo, sem que seja evidente<br />

uma mudança de paradigma (de<br />

acordo com a SE<strong>DE</strong>S, o Orçamento<br />

foi “uma oportunidade perdida”<br />

(mais uma, diríamos nós),<br />

aguardando-se agora o Programa<br />

de Estabilidade e Crescimento).<br />

Ora, se como diz um ditado queniano,<br />

“tu não herdas a terra dos<br />

teus pais...tu pede-la emprestada<br />

aos teus filhos”, as próximas gerações,<br />

se nada for alterado, terão<br />

razões de queixa sobre o empréstimo<br />

que nos fizeram....■


18 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

POLÍTICA<br />

MISSÃO NO AFEGANISTÃO VAI CUSTAR MAIS 15 MILHÕES <strong>DE</strong> EUROS À <strong>DE</strong>FESA EM 2010<br />

A presença militar<br />

portuguesa no<br />

Afeganistão vai custar,<br />

este ano, 25 milhões de<br />

euros, mais 15 milhões<br />

do que no ano passado.<br />

A primeira metade da<br />

força de reacção rápida<br />

já está em Cabul<br />

e os restantes militares<br />

devem chegar no fim<br />

de Março. Ontem,<br />

na comissão de Defesa,<br />

no âmbito do Orçamento<br />

do Estado, o ministro<br />

Augusto Santos Silva<br />

justificou o aumento<br />

da verba com a “mudança<br />

da natureza da operação”.<br />

Os militares portugueses<br />

vão actuar numa missão<br />

de maior risco. Portugal<br />

também vai entrar, a<br />

partir de Março, numa<br />

nova missão na Somália.<br />

No total, há um aumento<br />

de 7% nas verbas<br />

disponíveis para as forças<br />

nacionais destacadas, que<br />

passa a ser de 75 milhões<br />

de euros (3% do<br />

orçamento da Defesa).<br />

Se, para a direita, esta<br />

verba é insuficiente,<br />

à esquerda assumiram-se<br />

diferenças: “Se há sector<br />

em que se devia poupar é<br />

na Defesa”, defendeu<br />

Fernando Rosas, do BE.<br />

PSD quer governador escolhido<br />

Passos Coelho exige que sejam os deputados a escolher sucessor de Constâncio. Já Paulo Rangel<br />

Francisco Teixeira<br />

francisco.teixeira@economico.pt<br />

O PSD quer mudar a forma de<br />

escolha do governador do Banco<br />

de Portugal que, actualmente, é<br />

nomeado pelo conselho de ministros<br />

por proposta do ministro<br />

das Finanças.<br />

Com o sucessor de Vitor<br />

Constâncio em pano de fundo,<br />

Pedro Passos Coelho defende<br />

que seja o Parlamento a escolher<br />

o próximo governador do Banco<br />

de Portugal tal como “acontece<br />

com o provedor de Justiça”<br />

(onde são exigidos 2/3 de deputados).<br />

A proposta do candidato<br />

a líder do PSD assenta em três<br />

princípios. O “facto de ainda<br />

termos alguns meses até que o<br />

Governo tenha de definir o sucessor<br />

de Vitor Constâncio”, “a<br />

maior transparência que deve<br />

ser dada à escolha” deste regulador<br />

e, por fim, para que o próximo<br />

governador tenha a “força<br />

necessária para conseguir mudar<br />

a estrutura da instituição<br />

que precisa de dar mais credibilidade<br />

à missão de supervisão”.<br />

Na prática e caso vença as directas<br />

no PSD, Passos Coelho quer<br />

alterar a lei orgânica do Banco<br />

de Portugal antes de Junho, mês<br />

em que Constâncio troca as funções<br />

de regulador, em Portugal,<br />

pela vice-presidência do Banco<br />

Central Europeu.<br />

Já Paulo Rangel, outro dos<br />

Vitor Constâncio<br />

Governador do<br />

Banco de Portugal<br />

Vitor Constâncio garante que não<br />

voltará a falar sobre a sua saída<br />

do Banco de Portugal para o<br />

Banco Central Europeu até que o<br />

Parlamento Europeu aprove o<br />

seu nome.<br />

candidatos a líder do PSD, defende<br />

novas regras na escolha<br />

do governador, mas ao contrário<br />

de Passos não acredita que<br />

devam ser aplicadas já para o<br />

futuro responsável pelo banco<br />

central. O eurodeputado traça o<br />

perfil de uma pessoa “competente,<br />

prestigiada e apartidária”<br />

que deve ser escrutinada por todos<br />

os poderes políticos: “O governador<br />

deve ser nomeado<br />

pelo Presidente da República<br />

por proposta do Governo” depois<br />

do candidato ter sido ouvido<br />

pelos deputados.<br />

O também candidato a líder<br />

do PSD, José Pedro Aguiar-<br />

Branco, em declarações ao Diário<br />

Económico, diz que o Go-<br />

vernodeveter“respeitopelo<br />

estatuto da oposição” e, de forma<br />

a “reforçar a legitimidade do<br />

governador no momento especialmente<br />

delicado que o país<br />

atravessa”, ouvir o PSD sobre o<br />

“perfil e a pessoa”. Quanto às<br />

características do governador o<br />

líder parlamentar do PSD realça<br />

“a elevada competência técnica,<br />

o rigor e o sentido de independência<br />

e equidistância face<br />

aos partidos”. Sobre a mudança<br />

das regras, Aguiar-Branco não<br />

se pronuncia.<br />

Restante oposição<br />

também exige ser ouvida<br />

O CDS foi o primeiro partido a<br />

definir, claramente, um con-


Rui Rio apoia Aguiar-Branco<br />

O presidente da Câmara Municipal do Porto e vice-presidente do PSD, Rui<br />

Rio, manifestou ontem o seu apoio à candidatura de Aguiar-Branco para a<br />

liderança do partido, considerando que este “será o exemplo que o país<br />

necessita”. Rui Rio, que não esteve presente na apresentação formal da<br />

candidatura de Aguiar-Branco e que admite estar “mais próximo de Paulo<br />

Rangel” (outro candidato), esclarece que na sua tomada de posição pesou<br />

“um percurso comum” com o actual líder da bancada parlamentar do PSD.<br />

AGENDA DO DIA<br />

● Paulo Penedos e Henrique<br />

Monteiro da Comissão de Ética<br />

● Ministro da Justiça, Alberto<br />

Martins, na Comissão que debate<br />

o Orçamento do Estado para 2010<br />

● Director Nacional da Polícia<br />

Judiciária, Almeida Rodrigues,<br />

no Parlamento.<br />

com novas regras<br />

pretende envolver o Presidente da República.<br />

junto de princípios para a escolha<br />

do próximo governador.<br />

Muito crítico do trabalho de Vitor<br />

Constâncio (nomeadamente<br />

no que diz respeito à supervisão<br />

de bancos como o BPN e o<br />

BPP), o CDS “desafia o primeiro-ministro<br />

a ter uma postura<br />

de Estado”. O porta-voz dos<br />

democratas cristãos, Nuno Magalhães,<br />

insiste na “necessidade<br />

de serem encetadas negociações”<br />

para que se encontre<br />

uma personalidade “tecnicamente<br />

competente, proactiva<br />

na supervisão e discreta nas<br />

declarações”. Estes dois últimos<br />

aspectos são precisamente<br />

os “pecados capitais” que o<br />

CDSapontaao“tecnicamente<br />

competente” Vítor Constâncio.<br />

O Bloco de Esquerda exige<br />

conhecer, primeiro, os critérios<br />

que vão guiar a decisão do<br />

Governoe,sódepois,onome.<br />

Não foi possível obter um comentário<br />

do PCP.<br />

Actualmente a lei orgânica<br />

doBancodePortugalexigeque<br />

os membros do conselho de<br />

administração da instituição<br />

tenham “comprovada idoneidade,<br />

capacidade e experiência<br />

de gestão, bem como domínio<br />

das áreas bancária e monetária”.Noquedizrespeitoàsupervisão,<br />

o calcanhar de aquiles<br />

do último mandato de Vítor<br />

Constâncio, não há qualquer<br />

referência. ■<br />

Ahmad Masood/Reuters<br />

LEI ORGÂNICA DO BDP<br />

● O Governador e os demais<br />

membros do conselho de<br />

administração são escolhidos<br />

entre pessoas com comprovada<br />

idoneidade, capacidade e<br />

experiência de gestão, bem como<br />

domínio de conhecimento nas<br />

áreas bancárias e monetária.<br />

● Tanto o governador como<br />

os seus colegas de administração<br />

são nomeados por resolução<br />

do conselho de ministros<br />

sob proposta do ministro<br />

das Finanças.<br />

Teixeira dos Santos já deixou<br />

claro: ainda há muito tempo<br />

para escolher o governador<br />

do Banco de Portugal.<br />

Francisco Teixeira<br />

francisco.teixeira@economico.pt<br />

“Ainda é cedo”. Foi com esta<br />

frase, minutos depois de Constâncio<br />

ter sido eleito vice-presidente<br />

do BCE, que o ministro<br />

das Finanças adiou qualquer<br />

decisão sobre o seu sucessor no<br />

Banco de Portugal.<br />

Na prática Constâncio só inicia<br />

funções no BCE a 1 de Junho,<br />

o que dá ao Governo<br />

“muito tempo para pensar em<br />

quem o vai substituir”. Ainda<br />

assim, está aberta a especulação<br />

sobre os candidatos melhor<br />

posicionados.<br />

Depois de ter sido descartado<br />

onomedeTeixeiradosSantos,<br />

que já deu sinais de que quer assumir<br />

o combate ao maior défice<br />

da democracia portuguesa, é<br />

o economista Vitor Bento quem<br />

reúne um maior consenso. Desde<br />

logo, tendo em conta a sua<br />

competência técnica, mas também<br />

a sua independência partidária<br />

- critérios exigidos por todos<br />

os partidos políticos. A estas<br />

características junta-se uma<br />

terceira: é um nome que agrada<br />

ao Presidente da República que<br />

o escolheu para seu conselheiro<br />

de Estado depois da renúncia de<br />

Manuel Dias Loureiro.<br />

Dando corpo a um outro cenário,<br />

o de que caberá à área<br />

política do PSD a indicação do<br />

próximo governador, é de Faria<br />

de Oliveira que se fala. A saída<br />

do ex-ministro da Economia da<br />

Caixa Geral de Depósitos acabaria<br />

por abrir a porta do banco<br />

público para alguém da área<br />

socialista.<br />

Na bolsa de apostas continua<br />

a estar Manuel Pinho,<br />

apontado por várias fontes<br />

como o nome que mais agrada<br />

ao primeiro-ministro. Apesar<br />

de ter um currículo ao alcance<br />

de poucos, com experiência<br />

na área financeira (foi administrador<br />

do BES), é no seu<br />

perfil pessoal que Pinho tem<br />

mais anti-corpos. Ainda hoje<br />

o seu trabalho à frente da Economia<br />

recebe elogios, mas na<br />

cabeça dos mais cépticos está<br />

o carácter impulsivo do actual<br />

professor da Universidade de<br />

Columbia. ■<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 19<br />

Governo sem<br />

pressa na escolha<br />

do sucessor<br />

de Constâncio<br />

NOMES FALADOS<br />

Vitor Bento<br />

Presidente da SIBS<br />

É tecnicamente competente e<br />

ganhou, ao longo dos últimos<br />

anos, a independência partidária<br />

que todos os partidos exigem<br />

ao próximo governador<br />

do Banco de Portugal. Além<br />

de ser presidente da SIBS<br />

(a empresa que gere o<br />

multibanco) é conselheiro<br />

do Presidente da República.<br />

Faria de Oliveira<br />

Presidente da CGD<br />

É apontado como um<br />

cavaquista, depois de ter sido<br />

ministro da Economia nos<br />

governos do actual Presidente<br />

da República. A sua escolha para<br />

o Banco de Portugal deixaria em<br />

aberto um cobiçado lugar: o de<br />

presidente da Caixa Geral de<br />

Depósitos.<br />

Manuel Pinho<br />

Ex-ministro da Economia<br />

Manuel Pinho tem um<br />

currículo ao alcance de poucos<br />

mas a sua passagem pela<br />

política deixou marcas.<br />

A de um ministro da Economia<br />

competente nas suas apostas<br />

(energias renováveis) mas<br />

emocionalmente instável<br />

como se provou pela sua saída<br />

do último Governo.


20 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

POLÍTICA<br />

SOCIEDA<strong>DE</strong><br />

Maior base de dados sobre Portugal<br />

já está disponível na Internet<br />

A maior base de dados estatísticos sobre Portugal já está disponível na<br />

Internet. A iniciativa da Fundação Francisco Manuel dos Santos, presidida<br />

pelo investigador António Barreto, reúne estatísticas sobre “quase todos os<br />

capítulos da sociedade portuguesa”, com dados relativos aos últimos 50<br />

anos, fornecidos por mais de 30 entidades que produzem estatísticas<br />

certificadas, explicou à Lusa António Barreto. A Pordata já disponível em<br />

www.pordata.pt.<br />

Novo mapa judiciário adiado<br />

pelo Governo para 2014.<br />

PGR recusa enviar<br />

despachos da Face<br />

Oculta ao PSD<br />

Secretário de Estado da Justiça defende fim do segredo<br />

a nível interno sempre que for violado.<br />

Márcia Galrão<br />

marcia.galrao@economico.pt<br />

O Procurador-Geral da República<br />

recusa, mais uma vez, tornar<br />

público qualquer despacho<br />

sobre o arquivamento das escutas<br />

do processo Face Oculta em<br />

que intervém José Sócrates, não<br />

devendo assim responder positivamente<br />

ao terceiro requerimento<br />

do PSD que pedia acesso<br />

aos documentos. Ao Diário Económico,<br />

o gabinete de Pinto<br />

Monteiro esclarece que não será<br />

“fornecido o seu teor integral”,<br />

uma vez que “foram proferidos<br />

quatro despachos que se completam<br />

e interligam não sendo<br />

possível divulgar um deles sem<br />

que se tome, pelo menos, conhecimento<br />

da matéria divulgada<br />

no anterior”.<br />

Em causa estão notícias que<br />

davam conta de contradições<br />

entre os despachos e a resposta<br />

que Pinto Monteiro enviou aos<br />

anteriores requerimentos do<br />

PSD e que o Procurador garante<br />

não corresponderem à verdade.<br />

Mais, as “notícias ofendem,<br />

pessoal e institucionalmente”, o<br />

PGR, diz o mesmo na resposta<br />

enviada ao Diário Económico. O<br />

DN e o CM divulgaram, segundo<br />

Pinto Monteiro, “5 pá<strong>gina</strong>s das<br />

26 do despacho de arquivamento.<br />

Se o despacho for lido na integra<br />

facilmente leva à conclusão<br />

que a matéria está abrangida<br />

pelo segredo de justiça, dado o<br />

seu teor”, explica o Procurador.<br />

A violação do segredo de justiça<br />

já levou, entretanto, o PGR a<br />

instaurar um inquérito-crime<br />

para saber quem foi responsável<br />

pela divulgação dos despachos.<br />

Uma questão que trouxe novamenteparaaagendaadiscussão<br />

sobre a necessidade de se alterar<br />

a lei nesta matéria. O secretário<br />

de Estado da Justiça, João Correia,<br />

defende, em declarações ao<br />

Diário Económico, que o segredo<br />

de justiça deve ser levantado<br />

para“todososintervenientesno<br />

processo, desde magistrados,<br />

advogados e até arguidos, a partir<br />

do momento em que é violado”.<br />

Uma opinião que, garante,<br />

“não vincula o Governo”.<br />

Pinto Monteiro<br />

Procurador-Geral<br />

da República<br />

“O despacho não podia ser<br />

publicado nem será fornecido<br />

o seu teor integral, correndo já<br />

um inquérito no DIAP de Lisboa<br />

para apuramento do ou dos<br />

responsáveis pela divulgação da<br />

parte desse despacho”, avança<br />

o gabinete de Pinto Monteiro.<br />

Director do JN<br />

desmente Crespo<br />

O director do JN garantiu ontem<br />

que não censurou o artigo de Mário<br />

Crespo e que não houve qualquer<br />

interferência do Governo ou do<br />

primeiro-ministro sobre este<br />

assunto. Na Comissão de Ética,<br />

José Leite Pereira, disse ainda que<br />

não publicou a crónica do jornalista<br />

por considerar que era uma “quase<br />

notícia, que carecia de<br />

contraditório” e que foi isso mesmo<br />

que disse a Crespo “antes do jornal<br />

estar fechado” e ao contrário do<br />

que o jornalista disse na mesma<br />

comissão a semana passada. O<br />

director do JN salientou ainda que<br />

“nunca nenhum jornalista escreveu<br />

uma crónica dando uma notícia e<br />

no JN não é possível que se torne<br />

pública uma conversa que é<br />

privada”.M.G.<br />

No entanto, na entrevista à<br />

SIC, José Sócrates adiantou que<br />

espera da parte do PGR sugestões<br />

para que se venha mexer<br />

na lei. Mas o PSD está contra<br />

qualquer alteração legislativa<br />

nesta altura. “As regras são<br />

ajustadas, o que é preciso é mais<br />

articulação”, diz Fernando Negrão,<br />

para quem a proposta de<br />

João Correia só é “plausível” se<br />

os “intervenientes processuais<br />

derem autorização, de forma a<br />

acautelar-se até a investigação”.<br />

Também Nogueira Leite<br />

acha um “erro” procurar encontrar<br />

soluções numa altura<br />

em que “está tudo tão quente”.<br />

O socialista Paulo Pedroso discordaeconsideraqueépreciso<br />

“encontrar uma forma de fazer<br />

respeitar o segredo de justiça ou<br />

de, então, terminar com uma<br />

ficção que só serve para destruir<br />

pessoas e não para proteger as<br />

investigações”.<br />

A procuradora-geral adjunta<br />

Cândida Almeida defendeu esta<br />

semana a possibilidade de magistrados<br />

virem a ser alvo de escutas<br />

telefónicas para melhor<br />

combater o crime de violação<br />

do segredo. Uma ideia que deixou<br />

a classe indignada. A direcção<br />

do Sindicato dos Magistrados<br />

do Ministério Público mostrou-se<br />

“incrédula e estupefacta”<br />

com as afirmações da procuradora<br />

e diz-se surpreendida<br />

com a forma “imprópria com<br />

que sugere responsabilidades de<br />

magistrados na violação do segredo<br />

de justiça”. Também Rui<br />

Rangel, da Associação de Juízes<br />

pela Cidadania, classifica as declarações<br />

de Cândida Almeida<br />

como “disparatadas e erradas”,<br />

considerando que a directora do<br />

Departamento Central de Investigação<br />

e Acção Penal se devia<br />

“preocupar em tentar coordenador”<br />

o órgão que dirige.<br />

Entretanto, ontem, também<br />

ficou a saber-se que as escutas<br />

que captam conversas do primeiro-ministro<br />

no âmbito do<br />

processo Face Oculta continuam<br />

por destruir. Em resposta<br />

à Lusa, o PGR disse que o assunto<br />

deverá ser resolvido “em<br />

breve”. ■ com C.D.<br />

JUSTIÇA<br />

Magistrado Rui Rangel critica adiamento<br />

da entrada em vigor do mapa judiciário<br />

Rui Rangel, presidente da Associação de Juízes pela cidadania, criticou<br />

ontem o Governo por ter adiado a “única reforma bem feita” na justiça,<br />

referindo-se ao novo mapa judiciário, cujo adiamento para 2014 foi<br />

ontem anunciado pelo Ministério da Justiça. Para o magistrado, este<br />

adiamento prende-se com a “falta de verbas”, na medida em que a<br />

implantação do mapa judiciário “implicava o reforço substancial” das<br />

verbas do Orçamento do Estado para o sector da Justiça.<br />

João Paulo Dias<br />

PROTESTOS MARCAM ARRANQUE <strong>DE</strong> HOSPITAL <strong>DE</strong> CASCAIS<br />

A inauguração do novo hospital de Cascais ficou ontem<br />

marcada pela manifestação de cerca de meia centena<br />

de militantes da CDU de Cascais e da JSD do Cacém,<br />

num protesto simbólico para alertar para as<br />

dificuldades dos utentes da região. A ministra da<br />

Saúde, Ana Jorge, e o ministro das Finanças, Teixeira<br />

dos Santos, estiveram presentes na inauguração do<br />

novo hospital, que vai servir 300 mil utentes dos<br />

concelhos de Cascais e Sintra.


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22 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

<strong>DE</strong>STAQUE CATÁSTROFE NA MA<strong>DE</strong>IRA<br />

Amigos alemães<br />

já chegaram<br />

à Madeira<br />

Há uma cidade alemã – Leichlingen – que se preocupa<br />

com tudo o que acontece no Funchal. Nas férias, e não só.<br />

António Sarmento, na Madeira<br />

antonio.sarmento@economico.pt<br />

Os amigos são para as ocasiões e<br />

em Leichlingen, no norte da Alemanha,<br />

isso é levado muito a sério.<br />

Assim que soube do temporal<br />

na Madeira, Horst Schmuidtberg,<br />

o comandante dos bombeiros da<br />

cidade alemã, começou a fazer as<br />

malas. Já tinha estado no Funchal<br />

dez vezes, mas agora não havia<br />

espaço na bagagem para roupa de<br />

turista. Nem para saborear o peixe<br />

espada preto, as espetadas, a<br />

poncha e os licores caseiros da cidade.<br />

“Vim com mais dois colegas<br />

e trouxemos equipamento<br />

indispensável para ajudar na recuperação<br />

da ilha, como é o caso<br />

das moto-bombas”, diz. O material<br />

pesa 700 quilos e a companhia<br />

aérea alemã que o transportou,<br />

a Tui Fly, não cobrou o excesso<br />

de carga.<br />

Schmuidtberg aterrou ontem<br />

no aeroporto do Funchal às oito<br />

da manhã. À espera dele estava<br />

Rui Pedro, o comandante dos<br />

bombeiros voluntário madeirenses.<br />

Os dois são amigos há<br />

mais de 20 anos e, apesar de Rui<br />

falar muito pouco ou nada de<br />

alemão, os dois entendem-se na<br />

perfeição. “Já na tragédia de<br />

1993 foram eles que nos ajudaram<br />

bastante. Vieram para cá<br />

com equipamento e ainda lançaram<br />

um apelo na rádio alemã,<br />

acabando por conseguir toneladas<br />

de roupa para doarmos aos<br />

madeirenses”, lembra o comandante<br />

português. Agora, voltaram<br />

a fazer o mesmo e esperam<br />

Bombeiros alemães<br />

aterraram ontem no<br />

aeroporto do Funchal.<br />

Chegam de uma<br />

cidade geminada<br />

com o Funchal e<br />

trouxeram 700 quilos<br />

de moto-bombas.<br />

Estão a ajudar<br />

a recolher donativos<br />

para ajudar<br />

os desalojados pela<br />

catástrofe na ilha.<br />

Reportagem<br />

no Funchal<br />

João Jardim anuncia construção de túnel<br />

O presidente do Governo Regional<br />

da Madeira, Alberto João Jardim,<br />

anunciou ontem a construção de<br />

um túnel entre a Serra de Água e a<br />

Meia Légua, na Ribeira Brava, para<br />

substituir a estrada destruída pelo<br />

temporal de sábado. Alberto João<br />

Jardim visitou também ontem a<br />

zona da Meia Légua, uma das mais<br />

atingidas pelo temporal e que<br />

destruiu a estrada que atravessa o<br />

vale entre São Vicente e a Ribeira<br />

Brava. “Tudo o que se fez em túnel<br />

aguentou-se. Eu não estou para<br />

andar a brincar à porrada com a<br />

Natureza”, afirmou o governante,<br />

garantindo a construção de um<br />

novo túnel.<br />

O governante madeirense<br />

anunciou ainda a construção de<br />

um trilho de emergência entre a<br />

SerradeÁguaeaRibeiraBravae<br />

a construção de um bairro para 26<br />

casas com o objetivo de alojar as<br />

famílias que perderam as suas<br />

habitações. E lembrou outra<br />

situação problemática na<br />

RibeiraBrava,queéadaTabua<br />

que ficou isolada, indicando que as<br />

pontes militares serão aplicadas<br />

nas zonas fora do Funchal, sem<br />

acessibilidades.<br />

recolher donativos suficientes<br />

para ajudar os desalojados.<br />

Nãohaviatempoaperder.<br />

Schmuidtberg deixou o aeroporto<br />

e foi para o quartel dos bombeiros<br />

certificar-se da gravidade<br />

da situação. Os dois colegas que o<br />

acompanhavam foram imediatamente<br />

para o terreno, em conjunto<br />

com os colegas madeirenses.<br />

Ninguém tomou o pequeno-<br />

-almoço ou perdeu um minuto a<br />

beber um café. “Estamos aqui<br />

para trabalhar”, dizem. Os três<br />

alemães mantinham-se em contacto<br />

por telemóvel e, por volta<br />

dasonzedamanhã,ochefeda<br />

corporação saiu do gabinete e entrou<br />

num jipe para ir ter com eles.<br />

Nos próximos sete dias irão dormir,<br />

almoçar e jantar no quartel<br />

dos bombeiros madeirenses.<br />

“Ainda vai demorar alguns dias<br />

até recuperarmos a ilha”, admite<br />

o comandante alemão.<br />

A amizade entre Leichlingen e<br />

o Funchal começou em finais dos<br />

anos 80, quando Helena Pinto<br />

Fernandes, uma antiga funcionária<br />

do consulado português na<br />

Alemanha, pôs as duas corporações<br />

de bombeiros em contacto.<br />

Mais tarde, os comandantes de<br />

cada lado visitaram-se pessoalmente.<br />

A geminação entre os dois<br />

municípios deu-se em 1996. Hoje<br />

em dia, há uma ponte nesta cidade<br />

alemã que se chama Funchal e,<br />

no Funchal, há uma rua chamada<br />

Leichlingen. “É uma cidade pequena<br />

do estado da Renânia do<br />

Norte, na Vestefália, e é parecida<br />

com a ilha da Madeira. Tem muito<br />

verde, é sossegada e as pessoas<br />

são hospitaleiras”, explica Helena<br />

Pinto Fernandes.<br />

Funchal transformado<br />

num pântano<br />

À excepção da simpatia dos madeirenses<br />

e do espírito de solidariedade<br />

(alguns policias destoam<br />

e não escondem a má cara sempre<br />

que alguém se aproxima deles<br />

para pedir uma informação) tudo<br />

o resto se perdeu. A baixa do<br />

Funchal está transformada num<br />

pântanogiganteeéazonade<br />

Portugal com mais galochas e<br />

calças sujas de lama por metro<br />

quadrado. Escuteiros, funcionários<br />

da câmara municipal, de<br />

empresas de limpeza e outros voluntárioslimpamasruas.Oba-<br />

rulho das pás, vassouras e das retroescavadoras<br />

confunde-se com<br />

os gritos de quem manda nas<br />

operações de limpeza. Há camiões<br />

que fazem as manobras<br />

mal feitas, carrinhas de caixa<br />

aberta que viram para o sítio errado<br />

e curiosos que querem entrar<br />

em ruas que estão fechadas.<br />

Depois, há ainda aqueles que estão<br />

à porta dos cafés e das lojas de<br />

braços cruzados.<br />

Diogo Abreu, escuteiro e estudante<br />

do 12º ano, é um dos que<br />

trabalha afincadamente. Adora<br />

computadores, quer ser engenheiro<br />

informático, mas o dever<br />

cívico falou mais alto do que ficar<br />

em casa agarrado à Internet.<br />

“Enquanto o meu liceu estiver<br />

fechado eu vou ficar aqui a limpar<br />

a baixa do Funchal”, diz Diogo,<br />

ao mesmo tempo que pega na pá<br />

e enche de lama um carrinho de<br />

mão. Começou a trabalhar às dez<br />

damanhãesósevaiemboraao<br />

final da tarde. Há dois dias seguidos<br />

que é assim. À hora de almoço<br />

uma carrinha da Câmara Municipal<br />

vai buscá-lo a ele e os outros<br />

escuteiros para lhes oferecer<br />

o almoço num refeitório do centro<br />

da cidade. É a única recom-<br />

PREVISÃO<br />

A previsão climatéria para hoje<br />

aponta para períodos de chuva<br />

com vento moderado e mar<br />

com vagas de 1,5-2,5 m. A água<br />

a uma temperatura de 18ºC.<br />

pensa que têm, mas isso não os<br />

desmotiva nada.<br />

Mais à frente, a cem metros de<br />

distância, outro grupo de escuteiros<br />

apanha pedras e troncos de<br />

madeira que são depositados<br />

numa carrinha de caixa aberta<br />

da Câmara Municipal. Um deles,<br />

talvez por estar cansado ou com<br />

vontade de fazer ronha, deitouse<br />

no chão. Ficou ali alguns minutos<br />

até que um polícia o mandou<br />

levantar. “Saia já do meio<br />

estrada e vá para o passeio”, gritou.<br />

A ordem deu resultado porque<br />

o rapaz levantou-se e recomeçou<br />

a trabalhar.<br />

Segurança garantida<br />

A irritação do polícia tinha razão<br />

de ser. De plantão desde as sete<br />

da manhã, entre a rua Veiga PestanaearuaJoãodeDeus,também<br />

no centro, há horas que repetia<br />

a mesma frase: “Não pode<br />

passar por aqui, tem de subir e<br />

virar à esquerda”. “Só sei dizer<br />

isto porque não faço ideia das<br />

ruas que estão ou não cortadas.<br />

Mandaram-me para aqui, mas<br />

ninguém me disse nada. Está<br />

uma confusão”, desabafa.<br />

Ontem, aterraram também na


PONTOS-CHAVE<br />

ilha três elementos do Sindicato<br />

Nacional da PSP. Equipados com<br />

armas Glock garantiram que a<br />

segurança está perfeitamente assegurada<br />

e que as duas tentativas<br />

de pilhagem acabam por ser uma<br />

situação normal. Recorde-se que<br />

na segunda-feira a polícia impediu<br />

um assalto a um banco e a um<br />

supermercado, após uma falha<br />

de luz no Funchal. “Foi puro<br />

oportunismo, mas quem tentou<br />

assaltar agora também assaltaria<br />

antes. Não tem nada a ver com o<br />

Haiti”, explica Armando Ferreira,<br />

o presidente do sindicato.<br />

Ao final da tarde, estes agentes<br />

já tinham visitado algumas zonas<br />

da ilha (Camacha, Ribeira Brava e<br />

Ponta-do-Sol) para fazer o levantamento<br />

de todo o material<br />

das esquadras que foi danificado.<br />

“Há alguns prejuízos nas esquadras,<br />

sobretudo inundação nas<br />

garagens. Do ponto de vista operacional<br />

ainda não vi nada de<br />

grave”,descreveoagentedaPSP,<br />

que ficou admirado com a capacidade<br />

de mobilização dos madeirenses<br />

na recuperação da ilha:<br />

“Sítios que há dois dias todos vimos<br />

na televisão completamente<br />

destruídos estão agora restabele-<br />

A amizade entre Leichlingen<br />

e o Funchal começou em finais<br />

dos anos 80 quando uma antiga<br />

funcionária do consulado português<br />

na Alemanha, pôs as duas corporações<br />

de bombeiros em contacto.<br />

Polícias equipados<br />

com armas Glock<br />

chegaram ontem à<br />

Madeira e garantiram<br />

que a segurança<br />

está perfeitamente<br />

assegurada. Na<br />

segunda-feira a PSP<br />

impediu um assalto<br />

a um banco e a um<br />

supermercado.<br />

A baixa do Funchal<br />

está transformada num<br />

pântanogiganteeéazona<br />

de Portugal com mais<br />

galochas e calças sujas de lama<br />

por metro quadrado.<br />

Duarte Sá/Reuters<br />

O momento na Madeira é de união<br />

para recolocar tudo a funcionar:<br />

no Funchal e não só.<br />

cidos. Há muitas empresas privadas<br />

na estrada a tapar os buracos<br />

com pedra e cimento.”<br />

Um pouco por todo o lado, os<br />

madeirenses falam dos estragos,<br />

dos prejuízos, mas também da<br />

capacidade em dar a volta por<br />

cima. Por exemplo, no supermercado<br />

Sá, da Rua do Carmo, os<br />

clientes aproveitavam a paragem<br />

na caixa de pagamento para meter<br />

conversa com as operadoras.<br />

Enquanto punha as compras no<br />

saco, uma senhora relatava a tragédia<br />

de uma mãe que tentou segurar<br />

a filha no meio da enxurrada,<br />

mas que não conseguiu e a<br />

rapariga acabaria por desaparecer<br />

no meio da cheia. Depois de<br />

pagar, em vez de dizer obrigado<br />

ou de se despedir, afirmou apenas:<br />

“É tempo de cuidar dos vivos<br />

e de pôr a cidade bonita.” A<br />

frase é uma cópia do que já foi<br />

dito por Alberto João Jardim,<br />

mas a verdade é que pegou de estaca.<br />

Os madeirenses e até os<br />

bombeiros de Leichligen estão a<br />

fazer tudo o que podem para satisfazer<br />

o presidente do governo<br />

regional da Madeira e transformar<br />

outra vez a ilha num paraíso<br />

para os turistas. ■<br />

Um pouco por todo<br />

o lado, os madeirenses<br />

falam dos estragos,<br />

dos prejuízos, mas também<br />

da capacidade em<br />

dar a volta por cima.<br />

Francisco Teixeira<br />

Francisco.teixeira@economico.pt<br />

O ministro dos Negócios Estrangeiros<br />

tem a residência<br />

numa das zonas mais afectadas<br />

pelo dilúvio que devastou a Madeira,<br />

a freguesia do Monte. Luís<br />

Amadolamentaatragédiaque<br />

vitimou pessoas que conhecia,<br />

elogia a resposta “dinâmica” e<br />

“positiva” de Alberto João Jardim<br />

e reforça o empenho do Governo<br />

no rápido restabelecimento<br />

da normalidade.<br />

Passaram quatro dias desde a<br />

catástrofe na ilha da Madeira.<br />

Como ministro dos Negócios<br />

Estrangeiros como acompanha<br />

a situação?<br />

Antes de ser ministro dos Negócios<br />

Estrangeiros tenho uma ligação<br />

muito estreita à Madeira.<br />

A freguesia onde habito foi das<br />

mais atingidas e morreram pessoasqueconheciabem.Não<br />

pode deixar de estar comovido<br />

comatragédiaeoimpactoque<br />

teve na vida dos madeirenses.<br />

Como ministro dos Negócios<br />

Estrangeiros tenho sido sensível<br />

a uma onda de solidariedade<br />

que tenho tido oportunidade de<br />

receber de toda a parte do mundo,<br />

de representantes de governos<br />

que tem apresentado as<br />

condolências. O que se passou<br />

na Madeira teve impacto em<br />

todo o mundo.<br />

Já se fala muito da reconstrução<br />

da Madeira e dos apoios que podem<br />

existir para a reconstrução.<br />

Revê-se na urgência destes<br />

apoios serem accionados o mais<br />

depressa possível?<br />

O presidente do Governo regional<br />

está a imprimir, aliás<br />

comoéhabitualnele,umadinâmica<br />

positiva e de confiança<br />

para fazer face à catástrofe que<br />

caiu sobre a Madeira. A vontade<br />

de rapidamente restabelecer<br />

as infra-estruturas e a vida<br />

dos madeirenses. A região vive<br />

muito do turismo e da relação<br />

que tem com o exterior e, por<br />

isso, é muito importante restabelecer<br />

a vida económica da<br />

Madeira. Nessa perspectiva<br />

acreditoqueacolaboraçãode<br />

todas as instituições e órgãos<br />

do Estado, do Governo da República<br />

ao Governo regional,<br />

será seguramente o mais desejado.<br />

A Madeira é uma das nossas<br />

referências na relação com<br />

omundovistoquehojearegião<br />

é um dos mais importan-<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 23<br />

ENTREVISTA LUÍS AMADO ministro Negócios Estrangeiros<br />

“Alberto João Jardim<br />

está a imprimir uma<br />

dinâmica positiva<br />

e de confiança”<br />

tes mercados turísticos do<br />

mundo.<br />

O Governo está a sensibilizar os<br />

mercados turísticos que mais<br />

trabalham com a Madeira de<br />

que a região superará rapidamente<br />

esta catástrofe?<br />

O Governo está empenhado em<br />

criar condições para o rápido<br />

restabelecimento da normalidade,<br />

principalmente do sector<br />

turístico. Vamos fazer tudo o<br />

que for possível para trabalhar<br />

para esse objectivo. Todos os estados-membros<br />

da União Europeia<br />

mostraram muita disponibilidade<br />

para que seja dado o<br />

aval a um programa de reabilitaçãonoâmbitodofundodesolidariedade<br />

europeia. Esperemos<br />

que o programa seja aprovado<br />

rapidamente. Acredito que<br />

com a acção da União Europeia<br />

e dos governos regionais e da<br />

República vamos conseguir rapidamente<br />

normalizar a vida<br />

económica e social da região<br />

Autónoma da Madeira. ■<br />

Luís Amado,<br />

ministro dos<br />

Negócios<br />

Estrangeiros,<br />

tem casa numa<br />

das zonas mais<br />

afectadas pelas<br />

cheias: a freguesia<br />

do Monte.


24 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

<strong>DE</strong>STAQUE CATÁSTROFE NA MA<strong>DE</strong>IRA<br />

Militares concentram<br />

gestão de donativos<br />

A PT criou linhas de apoio, a Galp vai dar um cêntimo por cada litro de<br />

combustível vendido e a Jerónimo Martins já ofereceu um milhão de euros.<br />

Ana Basílio, na Madeira*<br />

diario.economico@economico.pt<br />

O regimento militar do Funchal foi<br />

transformado no centro de recolha<br />

de donativos em géneros para<br />

ajudar as vítimas do temporal de<br />

sábado. Centenas de peças de roupa,<br />

paletes de comida, milhares de<br />

litros de leite e outros produtos<br />

lácteos. A solidariedade insular<br />

surpreendeu as autoridades.<br />

O “apelo para donativos circulou<br />

via SMS e, a dada altura, tínhamos<br />

filas de 400 metros nas<br />

várias ruas” junto ao quartel, recorda<br />

o segundo comandante do<br />

Regimento militar de Guarnição,<br />

às portas do Funchal. As ofertas<br />

atingiram um nível tal que “tivemos<br />

que chamar a polícia do<br />

Exército para fazer controle de<br />

movimentos”, disse ao Diário<br />

Económico o tenente-coronel<br />

Carlos Dionísio.<br />

Depois do temporal, a solidariedade<br />

transformou-se numa<br />

bonança para fazer face à tragédia.<br />

Duas centenas de voluntários civis<br />

ajudaramosmilitaresagerirofluxo<br />

de ajuda, com “um movimento<br />

fantástico de pessoas que trouxeram<br />

centenas e centenas de quilos<br />

de tudo o que se possa ima<strong>gina</strong>r”.<br />

As empresas da distribuição alimentar<br />

chegaram a levar “contentoresinteiros”comalimentospara<br />

os desalojados e carenciados da<br />

ilha”, transformando a messe dos<br />

oficiais num imenso depósito “com<br />

vários metros cúbicos” de produtos.<br />

Aqui, a gestão cabe à Caritas<br />

Diocesana do Funchal, a pedido<br />

do Centro Regional de Segurança<br />

Social. As equipas de voluntários<br />

organizam-se com as autorida-<br />

O apelo para entrega<br />

de bens de ajuda<br />

no Funchal circulou<br />

por SMS e o enorme<br />

movimento das filas<br />

de pessoas teve de<br />

ser coordenado pela<br />

Polícia do Exército.<br />

des locais, juntas de freguesia e<br />

bombeiros para fazerem a distribuição<br />

dos bens.<br />

No entanto, o presidente da Caritas,<br />

José Manuel Barbeito, admite<br />

que ainda existem algumas carências.<br />

Faltam “voluntários, alimentos<br />

e têxteis para a casa” e já não<br />

são precisas tantas “peças de vestuário”.<br />

Mas a prioridade nos pedidos<br />

de doação vai também para o<br />

mobiliário porque o Governo Regional<br />

quer “começar a realojar<br />

pessoas”, e são necessários mais<br />

voluntários para garantir a distribuição<br />

dos bens acumulados.<br />

Corrente de solidariedade<br />

estende-se ao continente<br />

Se na ilha, quem sobreviveu à enxurrada<br />

está solidário com quem<br />

perdeu tudo, no continente, os<br />

apoios começam também a organizar-se<br />

numa imensa rede de apoios,<br />

mais ou menos organizados. Contas<br />

bancárias, fundos de apoio ou ofertas<br />

diretas - A solidariedade expressa-se<br />

de muitas formas.<br />

A PT criou linhas de apoio, a<br />

Galp vai dar um cêntimo por cada<br />

litro de combustível vendido, o<br />

grupo Jerónimo Martins já ofereceu<br />

um milhão de euros e até os<br />

CTT estão a recolher gratuitamente<br />

ofertas para enviar para a ilha.<br />

Mas a onda de solidariedade<br />

estende-se também a receitas de<br />

espetáculos teatrais, de jogos de<br />

futebol. Os três futebolistas madeirenses<br />

mais famosos do mundo,<br />

Cristiano Ronaldo, Danny e<br />

Ruben Micael já anunciaram que<br />

querem realizar um jogo solidário<br />

na ilha onde têm raízes. ■<br />

Jornalista da Agência Lusa/Exclusivo<br />

Diário Económico.<br />

Fundos da AMI<br />

A AMI iniciou ontem uma<br />

campanha de recolha de fundos<br />

para a missão de emergência na<br />

Madeira, disponibilizando 50 mil<br />

euros para os primeiros trabalhos<br />

de auxílio às vítimas das chuvas<br />

torrenciais que atingiram a ilha.<br />

A decisão de avançar com uma<br />

missão de emergência surge<br />

na sequência da visita à Madeira<br />

do presidente da AMI, Fernando<br />

Nobre, onde, depois de analisar<br />

a situação no terreno, reuniu<br />

com responsáveis autárquicos<br />

e com a delegação no Funchal.<br />

Os donativos podem ser<br />

depositados na conta<br />

Emergência Madeira:<br />

NIB: 0007 001 500 400 000<br />

00672<br />

Multibanco: Entidade 20 909<br />

Refª 909 909 909<br />

IBAN: PT 50 0007 001 500 400<br />

000 00672<br />

SWITF: BES CPTPL.<br />

Infografia: Marta Carvalho | marta.carvalho@economico.pt<br />

1<br />

Sócrates<br />

Governo tem completa abertura<br />

à Lei das Finanças Regionais.<br />

Márcia Galrão<br />

marcia.galrao@economico.pt<br />

De finca-pé em relação à Lei das<br />

Finanças Regionais, o Governo<br />

passou para uma completa abertura<br />

no que toca ao endividamento<br />

da Madeira. Durante uma<br />

entrevistaàSIC,JoséSócrates<br />

admitiu até que o Executivo pode<br />

vir a rever os limites de endividamento<br />

da região, garantindo<br />

que há disponibilidade “para


tudo”. Recorde-se que foi exactamente<br />

sobre a decisão da oposição<br />

de permitir à Madeira um<br />

endividamento de 50 milhões<br />

este ano, em vez do endividamentozeroqueoGovernoinscreveu<br />

no Orçamento do Estado,<br />

que se abriu uma crise política<br />

que culminou numa comunicação<br />

do Ministro das Finanças dizendo<br />

que iria usar todos os<br />

meios à sua disposição para travaralei.ComatragédianaMadeira,<br />

o PS decidiu da agenda a<br />

questão e não irá avançar com o<br />

pedido de fiscalização preventiva<br />

Ontem, a tragédia<br />

na Madeira deu<br />

origem à convocação<br />

de uma conferência<br />

de líderes<br />

extraordinária,<br />

em que o Parlamento<br />

acabou por definir<br />

um voto de pesar.<br />

2<br />

3<br />

1 As operações de limpeza do território<br />

e a preparação para a reconstrução estão<br />

em marcha na ilha da Madeira.<br />

2 Os primeiros funerais começaram ontem,<br />

após a catástrofe que matou 42 pessoas,<br />

segundo os números oficiais.<br />

3 As marcas da tempestade que se abateu no passado<br />

sábado sobre a zona sul da ilha são bem visíveis nos<br />

terrenos dos arredores do Funchal, e não só.<br />

da sua constitucionalidade. Sócrates<br />

lembrou que a “prioridade<br />

é estabelecer uma cooperação<br />

que responda aos problemas da<br />

Madeira” e garantir que não faltará<br />

solidariedade com a região.<br />

Ontem,atragédianaMadeira<br />

deu origem também à convocação<br />

de uma conferência de líderes<br />

extraordinária, em que o Parlamento<br />

acabou por definir um<br />

voto de pesar, a ser votado no<br />

plenário de dia 11 de Março. No<br />

texto pede-se ao Governo da República<br />

para “prosseguir o apoio<br />

prontamente assumido”. “No<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 25<br />

Fotos: Homem Gouveia/Lusa<br />

Manuel Almeida/Lusa<br />

admite rever limites de endividamento<br />

cumprimento do seu inegável<br />

dever de solidariedade nacional”,<br />

lê-se, os deputados lembram as<br />

“consequências devastadoras”<br />

das enxurradas na ilha e como “o<br />

país assistiu ao terror e à tragédia<br />

que os madeirenses viveram”.<br />

O Parlamento dirige as condolências<br />

às famílias das vítimas,<br />

manifesta a sua solidariedade e<br />

apoio aos madeirenses e elogia<br />

todos os que se têm empenhado<br />

no socorro às populações, fazendo<br />

votos para que “no mais curto<br />

espaço de tempo” seja restabelecida<br />

a normalidade na região. ■<br />

COLUNA VERTEBRAL<br />

Calamidade<br />

JOÃO PAULO GUERRA<br />

Estou a recordar-me de outra<br />

enxurrada, em 1967, na zona da<br />

Grande Lisboa e de proporções<br />

incomparavelmente superiores<br />

às que aconteceram agora na<br />

Madeira. Trabalhava no Serviço<br />

de Noticiários do extinto Rádio<br />

Clube Português e aquela noite<br />

de 25 de Novembro ficou na memória<br />

de quantos lá estivemos.<br />

Os meios técnicos de reportagem<br />

não tinham qualquer tipo<br />

de comparação com os actuais,<br />

sem equipamentos móveis, mas<br />

com o que havia, as equipas do<br />

RCP, chefiadas pelo Luís Filipe<br />

Costa, e do PBX, dirigida pelo<br />

Carlos Cruz e Fialho Gouveia, fizeram<br />

trabalho memorável.<br />

Tal como os meios de reportagem,<br />

os meios de socorro eram<br />

também pré-históricos e a<br />

grande Lisboa seria das zonas<br />

urbanas mais atrasadas e pobres<br />

da Europa, com perímetros de<br />

bairros abarracados e zonas<br />

suburbanas traçadas a olho pelos<br />

interesses dos patos bravos. O<br />

resultado de uma tarde e noite<br />

de chuva foi uma catástrofe. E,<br />

como sempre, quem mais perdeu<br />

foi quem menos tinha.<br />

O mais emocionante foi talvez<br />

quando o RCP passou a receber<br />

pedidos directos de socorro<br />

de populações e, pondo-os no<br />

ar, “guiou” os bombeiros ao encontro<br />

de quem mais precisava<br />

de ajuda.<br />

Mas o que não esquece mesmo<br />

é um telex recebido do SNI<br />

alta madrugada. O RCP foi somando,<br />

ao longo da noite, o número<br />

de mortos de que ia tendo<br />

conhecimentoeandariajápróximo<br />

das duas centenas. Foi<br />

quando tocaram as campainhas<br />

da urgência anunciando a chegada<br />

de um telex pela máquina<br />

que recebida as notificações da<br />

Censura. O telex, que até felicitava<br />

o RCP pelo trabalho que<br />

vinha fazendo, rematava com<br />

esta ordem expressa: “a partir<br />

deste momento, não morreu<br />

mais ninguém”.<br />

Nunca se soube com exactidão<br />

quantas pessoas tinham<br />

morrido. Notícias posteriores,<br />

apuradas após a extinção da<br />

Censura, contaram perto de<br />

700 mortos.<br />

joaopaulo.guerra@economico.pt


26 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

MUNDO<br />

França tem reservas<br />

de combustível<br />

para apenas dez dias<br />

As greves retiram autonomia energética ao país e colocam em xeque o<br />

presidente francês, que dentro de poucas semanas enfrenta eleições regionais.<br />

Pedro Duarte<br />

pedro.duarte@economico.pt<br />

A situação em França está cada<br />

vez mais difícil para Sarkozy.<br />

Apesar do seu tradicional carisma,<br />

as mais recentes sondagens<br />

indicam que a sua popularidade<br />

se encontra aos níveis mais baixos<br />

desde 2008, enquanto o país<br />

está a atrair as atenções do<br />

mundo devido à grande quantidade<br />

de greves que decorrem.<br />

A paralisação mais grave é a<br />

dos empregados da empresa petrolífera<br />

Total, que levou ao encerramento<br />

das refinarias por<br />

todo o país, tendo deixado a<br />

França com reservas de combustível<br />

para apenas dez dias. Os trabalhadores<br />

haviam entrado em<br />

greve devido à ameaça da empresa<br />

de encerrar uma fábrica em<br />

Dunquerque por causa da quebra<br />

da procura, tendo os seus colegas<br />

das petrolíferas ExxonMobil e Esso<br />

aderido à paralisação em sinal<br />

de solidariedade.<br />

A possibilidade do país começar<br />

a ficar sem combustível a<br />

partir do dia 14 de Março levou<br />

ANÁLISE POLÍTICA FRANCESA<br />

Perda de competitividade<br />

de Sarkozy<br />

JOSÉ CASTELLO BRANCO<br />

Professor do Instituto de Estudos<br />

Políticos da Universidade Católica<br />

A pouco menos de três semanas<br />

das eleições regionais, Sarkozy<br />

não consegue inverter a tendência<br />

de queda dos seus índices<br />

de popularidade. O cenário<br />

político é cada vez mais difícil.<br />

Mas esta é uma crise que ilustra<br />

bem a incapacidade de traduzir<br />

em resultados as boas intenções<br />

de incentivo da economia e, em<br />

particular, do tecido industrial,<br />

que mobilizaram o eleitorado<br />

nas presidenciais de 2007. Nomeadamente<br />

a incapacidade de<br />

Nicolas Sarkozy é<br />

reprovado por 63%<br />

dos franceses, numa<br />

altura em que as<br />

greves alastram pelo<br />

país e que o governo<br />

se prepara para fortes<br />

reduções da despesa<br />

pública.<br />

reformar um sistema laboral e<br />

fiscal cujo peso vai empurrando<br />

a indústria para fora do país. A<br />

verdadeéqueopesodaindústria<br />

francesa no PIB fica-se pela<br />

metade da alemã.<br />

É certo que estas eleições não<br />

são presidenciais mas, a verificar-se<br />

a derrota anunciada da<br />

UMP e uma taxa recorde da abstenção,<br />

a pouca margem de manobra<br />

que o Executivo francês<br />

tinha para fazer qualquer reforma<br />

digna do nome ficará ainda<br />

mais reduzida. A incapacidade<br />

de estimular o tecido produtivo<br />

francês poderá, afinal, ser a<br />

grande responsável pela perda<br />

do vigor inicial do Presidente. ■<br />

entretanto a um redobrar de esforços<br />

por parte do governo nas<br />

negociações com os trabalhadores,<br />

tendo a Total anunciado<br />

que irá manter a sua unidade em<br />

Dunquerque durante pelo menos<br />

mais cinco anos, o que retirou<br />

os motivos de queixa dos<br />

grevistas e já levou os trabalhadores<br />

de algumas unidades a<br />

voltar ao trabalho.<br />

Ainda a criar caos em França<br />

está a greve dos controladores<br />

aéreos, que paralisou centenas<br />

de voos em todo o país e perturbou<br />

o tráfego aéreo em toda<br />

a Europa Ocidental. Com término<br />

previsto para sábado, os<br />

controladores franceses estão a<br />

protestar contra a colocação em<br />

questão do seu sistema de remuneração<br />

para os voos de médiaduração,noâmbitodeum<br />

projecto de uniformização dos<br />

céus europeus.<br />

Reformas laborais<br />

A apenas um ano das eleições<br />

legislativas e a quinze dias das<br />

regionais, o maior problema de<br />

Sarkozy prende-se com o aumento<br />

do défice público, que<br />

atingiuos7,9%doProdutoInterno<br />

Bruto (PIB) em 2009 e deverá<br />

crescer para os 8,2% em<br />

2010. O Estado francês terá que<br />

tomar medidas para reduzir o<br />

défce público para um valor<br />

abaixo dos 3% do PIB até 2013,<br />

tendo Sarkozy avançado com<br />

propostas de reformas laborais,<br />

entre as quais o aumento da idade<br />

da reforma, uma medida à<br />

qual os sindicatos opõem forte<br />

resistência, sendo previsto um<br />

aumento das greves em Maio.<br />

Ainda assim, os especialistas<br />

notam que as paralisações podem<br />

acabar por ser benéficas<br />

para o presidente.<br />

“Quanto maior a contestação,<br />

mais crédito darão os franceses<br />

a Sarkozy por ter tido a<br />

coragem de abordar estes temas”,<br />

afirmou um conselheiro<br />

do presidente, enquanto que<br />

outromembrodoconselhopresidencial<br />

relembrou que “ninguém<br />

notou a reforma das universidades<br />

porque não houve<br />

greves suficientes na altura”. ■<br />

Política de ‘abertura’<br />

Parafazerfrenteaosdesafios<br />

da Nação, Sarkozy está a tentar<br />

ligar a oposição socialista às<br />

suas políticas, levando a cabo o<br />

que chama de política “de<br />

abertura”. Isso tem-se<br />

traduzido na nomeação de<br />

socialistas para importantes<br />

cargos públicos. Depois de ter<br />

nomeado ontem, oficialmente, o<br />

socialista Didier Migaud para a<br />

presidência do Tribunal de<br />

Contas, Sarkozy anunciou<br />

também que Michel Charasse,<br />

antigo ministro das Finanças do<br />

presidente socialista François<br />

Miterrand, irá para o Conselho<br />

Constitucional. Os analistas<br />

consideram, no entanto, que<br />

esta política comporta<br />

“enormes riscos” para a maioria<br />

do partido do presidente no<br />

Parlamento, embora já tenha<br />

surtido alguns resultados: a<br />

secretária-geral do Partido<br />

Socialista, Martine Aubry, já<br />

manifestou o seu apoio ao<br />

aumento da idade da reforma<br />

para os 62 anos. P.D.<br />

A popularidade de Nicolas Sarkozy cai a<br />

pique, em vésperas das eleições regionais<br />

que devem pender para os socialistas.<br />

Direita cor<br />

Os socialistas à frente nas<br />

sondagens em todas as regiões.<br />

Pedro Duarte<br />

pedro.duarte@economico.pt<br />

As mais recentes sondagens em<br />

França indicam que 46% dos<br />

eleitores votarão em partidos de<br />

esquerda nas próximas eleições<br />

regionais, enquanto apenas 33%<br />

irão dar o seu voto aos conservadores.<br />

Apesar da ameaça de que


Twitter ‘azeda’ relações Israel-Reino Unido<br />

Um empregado da embaixada israelita em Londres fez uma piada de mau<br />

gosto no ‘Twitter’, a propósito da qualificação da tenista israelita Shahar<br />

Peer no torneio de ténis do Dubai. “Uma tenista israelita atingiu o<br />

objectivo no Dubai”, disse na mensagem. Esta referência à possível<br />

autoria israelita da morte de um membro do Hamas no Dubai, usando<br />

passaportes britânicos, agravou ainda mais as relações entre os dois<br />

países, e levou a que o embaixador repreendesse o brincalhão.<br />

AGENDA DO DIA<br />

● Comissão Europeia vai<br />

recomendar o início das negociações<br />

para a entrada da Islândia na União<br />

Europeia.<br />

● Início da reunião de dois dias dos<br />

Ministros da Defesa da União<br />

Europeia, em Mallorca (Espanha).<br />

● Festival da Moda de Milão (Itália.)<br />

re risco de derrota histórica<br />

aoOposição socialista possa vir a<br />

administrar todas as regiões da<br />

França continental, o partido<br />

UMP de Sarkozy tem vindo a reduzir<br />

a distância que o separa dos<br />

socialistas nas sondagens, sendo<br />

esta agora de apenas oito pontos<br />

percentuais. Já a extrema-direita<br />

de Jean-Marie Le Pen mantémse<br />

estável, com 9% das intenções<br />

de voto a nível nacional.<br />

Uma eventual derrota do<br />

partido de Sarkozy não deverá<br />

levar, contudo, a alterações à<br />

política do governo francês. Segundo<br />

Dominique Paille, portavoz<br />

da UMP, “quaisquer que sejam<br />

os resultados, a maioria<br />

presidencial irá levar a cabo as<br />

suas metas governativas, uma<br />

vez que era essa a vontade dos<br />

franceses em 2007, ano em que<br />

Sarkozy foi eleito.<br />

As eleições vão ser decididas,<br />

no entanto, pelas capacidades<br />

dos candidatos locais em con-<br />

Philippe Wojazer/Reuters<br />

vencer os respectivos eleitorados.<br />

Um total de 65% dos inquiridos<br />

afirmou que serão votar<br />

em função das particularidades<br />

específicas da sua própria região,<br />

enquanto que somente<br />

33% deixarão as questões nacionais<br />

interferir com a sua escolha.<br />

A abstenção também<br />

promete ser elevada, já que só<br />

53% dos franceses diz estar “seguro”<br />

de que irá votar no próximodia14deMarço.■<br />

EUROPA EM GREVE<br />

França<br />

Trafégo aéreo paralisado<br />

Desde ontem que muitos aviões não<br />

descolam por causa da greve dos<br />

controladores aéreos. A greve está a<br />

afectar não só a França, mas<br />

também muitas outras rotas que<br />

passam pelo espaço aéreo gaulês.<br />

Cerca de 25% das viagens com<br />

destino ou partida do aeroporto de<br />

Paris, Charles de Gaulle foram<br />

canceladas. A taxa de voos cancelados<br />

chega aos 50% em Orly, outro aeroporto da<br />

capital. Também a greve dos trabalhadores das<br />

petrolíferas francesas deixou o país com<br />

reservas de combustível que só durarão até ao<br />

próximo dia 14 de Março.<br />

Alemanha<br />

Lufthansa em greve<br />

Terminou ontem a greve dos<br />

pilotos da transportadora aérea<br />

Lufthansa, que criou o caos nos<br />

céus alemães. Mais de 94%<br />

dos pilotos recorreram à greve<br />

por recearem que as suas<br />

actividades fossem transferidas<br />

para filiais onde os salários são<br />

mais baixos. Os grevistas<br />

exigiam ainda a manutenção da<br />

área de actividade da Lufthansa.<br />

Grécia<br />

Greves generalizadas<br />

ABolsadeValoresdeAtenas<br />

foi ontem forçada a mudar<br />

temporariamente de localização,<br />

depois dos sindicatos terem<br />

bloqueado a entrada para o edifício<br />

da bolsa. Apesar da mudança,<br />

as negociações decorreram<br />

sem problemas. Hoje estão<br />

marcadas várias greve em todo<br />

o país, em protesto contra as<br />

medidas de austeridade<br />

implementadas pelo governo para<br />

tentar reduzir o défice público,<br />

que causou receios no mercado e<br />

receios de que o incumprimento<br />

das dívidas por parte dos Estados<br />

irá espalhar-se por todo o mundo.<br />

Reino Unido<br />

British Airways em revolta<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 27<br />

Espanha<br />

Protestos massivos<br />

As tentativas do primeiro-ministro<br />

espanhol José Luis Zapatero<br />

de conter as despesas públicas,<br />

depois do país ter registado um<br />

défice público de 11,4% em 2009,<br />

levaram o governo a propor o<br />

aumento da idade da reforma<br />

para os 67 anos, o que levou<br />

os sindicatos espanhóis a<br />

convocarem para hoje uma<br />

manifestação massiva em Madrid.<br />

Mais de 80% do pessoal do ar da transportadora britânica British<br />

Airways votou a favor da convocação de uma greve, de modo a<br />

manifestar a sua oposição ao plano da empresa de suprimir 1.700<br />

postos de trabalho entre as hospedeiras e ‘stewards’, bem como<br />

contra e outras medidas de redução de custos por parte da empresa.<br />

A data da paralisação ainda não foi marcada, mas os sindicatos têm<br />

uma semana para dar o pré-aviso. Março é a altura mais provável.


28 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

MUNDO<br />

RADAR MUNDO<br />

1<br />

México<br />

‘Cimeira da Unidade’<br />

marcada pela divisão<br />

Gritos e uma forte troca de insultos<br />

entre o presidente venezuelano<br />

Hugo Chávez e o<br />

seu homólogo colombiano<br />

Álvaro Uribe foram o balanço<br />

doprimeirodiada‘Cimeirada<br />

Unidade’ latino-americana<br />

queseseestáarelaizarnacidade<br />

mexicana de Cancun.<br />

A discussão começou<br />

quando Uribe se queixou do<br />

embargo venezuelano ao seu<br />

país, ao qual Chávez respondeu<br />

que as trocas comerciais<br />

entre as duas nações se haviam<br />

multiplicado por oito<br />

desde que chegou ao poder,<br />

em 1999. Esta resposta não<br />

satisfez mesmo nada o presidente<br />

colombiano, que tentou<br />

interromper Chávez. Quando<br />

este pediu ao líder colombiano<br />

que o deixasse acabar, Uribe<br />

disse a Chávez: “Age como<br />

um Homem! Estes assuntos<br />

devem ser discutidos nestes<br />

fóruns! És bravo quando falas<br />

à distância, mas um cobarde<br />

quando é preciso falar cara a<br />

cara!”. Demonstrando que tal<br />

não era o caso, Chávez lançou<br />

um forte impropério contra<br />

Uribe e acusou o presidente<br />

colombiano de ter enviado<br />

forças paramilitares para a<br />

Venezuela com o objectivo de<br />

o matarem. Uribe ripostou dizendoqueChávezestáaentregar<br />

armas aos rebeldes das<br />

Forças Armadas Revolucionárias<br />

da Colômbia (FARC). Esta<br />

discussão acabou por enervar<br />

o presidente cubano, Raul<br />

Castro, que interveio afirmando<br />

“como é possível que<br />

estejamos a lutar durante uma<br />

cimeira que tem como objectivo<br />

unir os países latinoamericanos<br />

e das Caraíbas?”.<br />

Questionado após o encontro,<br />

o presidente mexicano<br />

Felipe Calderón enviou um<br />

comunicado à imprensa no<br />

qual garantiu que tanto Chávez<br />

como Uribe concordaram<br />

em resolver as suas disputas<br />

atravésdeum“diálogorespeitável”.<br />

Nova organização<br />

A Cimeira da Unidade, que<br />

contacomapresençade32<br />

países da região, tem como<br />

principal objectivo a criação<br />

de uma nova organização comum,<br />

diferente da Organiza-<br />

ção de Estados Americanos,<br />

que não conte entre os seus<br />

membros com os Estados<br />

Unidos e o Canadá. No discurso<br />

de abertura, o presidente<br />

mexicano afirmou que é<br />

necessário avançar com o<br />

“sonho” dos revolucionários<br />

que expulsaram as forças coloniais<br />

da região e “ter um<br />

continente unido” e orgulhoso<br />

das suas raízes comuns.<br />

Apoio à Argentina<br />

Um dos resultados mais palpáveis<br />

da cimeira até agora é o<br />

facto de ter sido aprovada<br />

uma declaração conjunta<br />

onde todos os países afirmam<br />

apoiar “os direitos legítimos<br />

da Argentina” na disputa que<br />

Buenos Aires mantém com o<br />

Reino Unido sobre a soberania<br />

das Ilhas Malvinas, território<br />

governado por Londres<br />

onde na segunda-feira os britânicos<br />

iniciaram operações<br />

de prospecção de petróleo. ■<br />

Pedro Duarte<br />

2 Irão<br />

Teerão faz oferta inaceitável para os EUA<br />

O regime iraniano entregou ontem<br />

formalmente às Nações<br />

Unidas as suas condições para<br />

desistir da maior parte do urânioenriquecidoquetemnasua<br />

posse, mas estas ficam aquém<br />

do exigido pelos EUA, revelou a<br />

Associated Press, que teve acesso<br />

ao documento confidencial.<br />

A proposta iraniana diz que<br />

Teerão está pronta a entregar o<br />

grossodassuasreservasdeurânio,<br />

conforme estipulado num<br />

acordo com a Agência Internacional<br />

de Energia Atómica e<br />

aprovado pelo Conselho de Segurança<br />

das Nações Unidas,<br />

6<br />

5<br />

mas acrescenta que o país deve<br />

receber em troca e, em simultâneo,<br />

varas de combustível<br />

para o seu reactor nuclear, e<br />

quer que a troca deve ocorrer<br />

em território iraniano.<br />

Fontes diplomáticas dizem<br />

queanotairanianaserácertamente<br />

rejeitada, uma vez que os<br />

EUA e os seus aliados já disseram<br />

que não pode haver desvios<br />

das propostas iniciais, que dizem<br />

que o Irão deve entregar<br />

primeiro o seu urânio e depois<br />

esperar até um ano para que<br />

este seja convertido em combustível<br />

nuclear.■<br />

3 Holanda<br />

Eleições marcadas para 9 de Junho<br />

Os holandeses vão escolher um<br />

novo governo um ano antes do<br />

previsto. Foi ontem anunciado<br />

que as eleições legislativas foram<br />

agendadas para o próximo<br />

dia 9 de Junho.<br />

OexecutivoadiantaqueaRainha<br />

Beatriz aceitou a demissão<br />

dos 12 elementos do governo que<br />

pertenciam ao Partido Trabalhista,<br />

que deixou a coligação governamental<br />

por recusar um pedido<br />

da NATO para que o país continue<br />

a manter o seu contingente militar<br />

no Afeganistão. O primeiro-<br />

ministro Jan Peter Balkenende vai<br />

continuar a liderar interinamente<br />

o governo até às eleições,<br />

mas o executivo<br />

só pode lidar<br />

com assuntos<br />

urgentes. ■<br />

4 Afeganistão<br />

Baixas norte-americanas aumentam<br />

1.000<br />

O número de militares norte-americanos mortos no confito do<br />

Afeganistão atingiu ontem o milhar, principalmente devido à explosão<br />

de bombas de fabrico caseiro. No Iraque, os EUA perderam até agora<br />

um total de 4.378 soldados. A violência deve continuar, estando a NATO<br />

a lançar renovadas ofensivas contra os talibã.<br />

1


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Foto Paulo Figueiredo<br />

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As Torres de Lisboa são um exemplo<br />

de escritórios de sucesso na capital.<br />

EMPREENDIMENTO DA SEMANA<br />

No 140 do Largo D. Estefânia<br />

as casas ultrapassam<br />

os 800 mil euros P. IV-V<br />

ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº<strong>4826</strong><br />

E NÃO PO<strong>DE</strong> SER VENDIDO SEPARADAMENTE | 24 FEVEREIRO 2010<br />

imobiliário<br />

ACTUALIDA<strong>DE</strong><br />

Conheça os objectivos<br />

dos candidatos à Ordem<br />

dos Engenheiros P.VI-VII<br />

ARQUITECTURA<br />

Parque Expo alia-se a<br />

arquitectos portugueses para<br />

revitalizar o Cairo P.VIII-IX<br />

Empresas arrendam<br />

mais escritórios<br />

Consultoras dizem que valores atingidos<br />

em Janeiro revelam já um maior dinamismo<br />

neste mercado. PÁGS. II-III


II IMOBILIÁRIO | Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

TEMA <strong>DE</strong> CAPA | MERCADO DOS ESCRITÓRIOS ANIMA<br />

Recuperação no mercado<br />

de escritórios de Lisboa<br />

já começou<br />

O volume de área contratada em Janeiro de 2010 foi quase o dobro da de Janeiro de<br />

2009, revela uma análise da Aguirre Newman.<br />

ANA BAPTISTA<br />

ana.baptista@economicasgps.com<br />

De todos os segmentos do mercado imobiliário, o do<br />

escritórios foi o mais afectado durante o ano passado,<br />

com o volume de transacções e as rendas a cair para<br />

valores de 2003 em todo o mundo. Contudo, o início do<br />

ano novo parece ter trazido boas notícias e a retoma<br />

pode até vir a ser mais rápida do que o que se pensava.<br />

De acordo com a análise da Aguirre Newman, em Janeiro<br />

de 2010, em Lisboa, arrendou-se quase o dobro<br />

da área de Janeiro de 2009, apontando para um maior<br />

dinamismo do mercado. Segundo os dados desta consultora,<br />

no início deste ano contratualizaram-se 4.316<br />

metros quadrados de área de escritórios contra os 2.387<br />

metros quadrados arrendados em Janeiro de 2009.<br />

“Este não é um caso pontual. É o resultado do que se<br />

está a passar desde o segundo semestre do ano passado,<br />

que já foi melhor que o primeiro, tendo-se colocado<br />

60% do total da área arrendada em 2009”, disse ao<br />

Diário Económico, Paulo Silva, director-geral da<br />

Aguirre Newman em Portugal. Para este responsável,<br />

“existe uma maior motivação por parte das empresas<br />

paraamudançadeescritório,umasituaçãoqueenvolve<br />

determinados custos” e que até aqui tinha sido adiado<br />

devido à crise e ao consequente corte de custos.<br />

“Temos indicadores de que 2010 será<br />

muito melhor que em 2009. Estamos<br />

a assistir a um aumento da procura<br />

e não me surpreenderia nada que o primeiro<br />

semestre de 2010 fechasse 20 a 30% acima<br />

das transacções do primeiro semestre<br />

de 2009”, disse Paulo Silva, director-geral<br />

da Aguirre Newman.<br />

Em simultâneo, João Vargas, responsável de escritórios<br />

da Abacus Savillis em Lisboa, disse ao Diário Económico<br />

que “existem interessantes procuras de espaço que<br />

transmitem sinais de optimismo. Além da esperada<br />

melhoria da conjuntura económica internacional, que<br />

poderá também contribuir para que, até ao final de<br />

2010, o mercado de escritórios apresente resultados<br />

mais favoráveis que em 2009”. Paulo Silva partilha<br />

desta opinião. Segundo o responsável da Aguirre<br />

Newman notou-se, no ínicio deste ano, uma procura<br />

superior à de Janeiro de 2009, sendo as localizações<br />

mais procuradas a zona do Prime Central Business District,<br />

ou seja, Avenida da Liberdade, e o Corredor Oeste,<br />

por exemplo Cascais ou Torres Vedras.<br />

“O Corredor Oeste é, aliás, a zona com maior dinâmica<br />

porque é onde estão os preços mais baixos [cerca de<br />

13 euros/mês/m2)”, disse. Inclusive, foi nesta zona<br />

que se efectuou o maior número de transacções e o<br />

maior volume de área contratada do mês de Janeiro<br />

(ver gráficos). No que respeita ao tipo de procura, Paulo<br />

Silva salienta que tem havido uma maior procura<br />

por áreas mais pequenas, mas apenas porque a oferta<br />

assim permite. “Neste momento não existe oferta de,<br />

por exemplo, uma área total de quatro mil metros<br />

quadrados”, disse.<br />

Já o valor das rendas mantém-se inalterado - no total<br />

das zonas, entre os 12 e os 18 euros por metro quadrado<br />

-, apresentando apenas uma ligeira descida na zona<br />

prime, onde as rendas são mais altas. Aqui, os preços<br />

desceram dos 21 euros/metro quadrado/mês para os 19<br />

euros, logo em 2009, consequência de uma reduzida<br />

procura. “Esta redução não é no entanto tão acentuada<br />

quanto se poderia esperar, optando os proprietários<br />

por fazer um esforço por manter os níveis de renda o<br />

mais estáveis possível, preferindo oferecer outro tipo<br />

de contrapartidas negociais”, explicou João Vargas. É<br />

o caso das cedências ao nível dos condomínios, parques<br />

de estacionamento ou despesas comuns.<br />

LISBOA É 40ª CIDA<strong>DE</strong> COM AS RENDAS MAIS CARAS<br />

O facto das rendas continuarem inalteradas neste início<br />

de ano levou a que, segundo o estudo “Office Space<br />

Across the World 2010”, divulgado ontem pela consultora<br />

imobiliária Cushman & Wakefield, Lisboa se mantenha<br />

na 40ª posição no ‘ranking’ das 63 localizações de<br />

escritórios mais caras do mundo. Na capital, as rendas<br />

estão a atingir os 339 euros anuais por metro quadrado,<br />

o mesmo valor praticado em Bucareste e em Telavive.<br />

A cidade com as rendas mais caras de escritórios mais<br />

caras do mundo é agora Tóquio, que destronou Hong<br />

KongeLondres.Deacordocomomesmoestudo,uma<br />

renda naquela cidade japonesa custa agora 1.441 euros<br />

anuais por metro quadrado, mais que os 1.220 euros<br />

pedidos agora em Londres e que os 1.207 pedidos em<br />

Hong Kong.<br />

Hong Kong caiu assim da primeira para a terceira posição<br />

e Tóquio subiu do segundo para primeiro lugar,<br />

deixando Londres - que em 2008 encabeçava a lista e<br />

em 2009 estava em terceiro - em segundo lugar. Uma<br />

situação que se deve à quebra generalizada do mercado<br />

de escritórios durante o ano passado, em que o<br />

valor das rendas caiu para níveis de 2003. Aliás, a<br />

consultora explica que foi em cidades como Singapura,<br />

Hong Kong ou Tóquio que se registaram as maiores<br />

quebras nas rendas ‘prime’, respectivamente de<br />

45%, 35% e 21%. O Dubai, Mumbai e Nova Iorque<br />

ocupam, respectivamente, a quarta, quinta e sexta<br />

posição, sendo que todas elas subiram um ou dois lugares<br />

neste ranking. ■<br />

CIDA<strong>DE</strong>S COM OS ESCRITÓRIOS MAIS CAROS DO MUNDO<br />

Em Janeiro de 2010<br />

Posição Posição País Cidade Rendas<br />

em 2010 em 2009 (euros/m2/mês)<br />

1 2 Japão Tóquio 1.441<br />

2 3 Reino Unido Londres 1.220<br />

3 1 China Hong Kong 1.207<br />

4 5 Emirados Árabes Dubai 899<br />

5 6 Índia Bombaim 809<br />

6 8 EUA Nova Iorque 786<br />

7 4 Rússia Moscovo 768<br />

8 7 França Paris 765<br />

9 10 Itália Milão 667<br />

10 11 Suiça Zurique 660<br />

40 40 Portugal Lisboa 339<br />

Fonte: Cushman &Wakefield<br />

ÁREA CONTRATADA<br />

Janeiro de 2009/Janeiro 2010<br />

Janeiro de 2009<br />

ÁREA CONTRATADA POR ZONA<br />

Janeiro de 2009/Janeiro 2010<br />

Jan-09<br />

426<br />

2.387 m2<br />

Fonte: Aguirre Newman<br />

1.490<br />

1<br />

2<br />

3<br />

Fonte: Aguirre Newman<br />

Jan-10<br />

4<br />

Janeiro de 2010<br />

192<br />

4.316 m2<br />

5<br />

1.769<br />

2.826<br />

ZONAS <strong>DE</strong> ESCRITÓRIOS<br />

Em Lisboa<br />

6<br />

(m2)<br />

(m2)<br />

zonas localização<br />

1 Prime Central Business District<br />

Av. Liberdade, Saldanha<br />

2 Central Business District<br />

Av. República, Amoreiras<br />

3 Avenidas Novas, Praça<br />

Espanha, 2ª circular (Colombo)<br />

4 Almirante Reis e zona histórica<br />

5 Parque das Nações<br />

6 Corredor Oeste<br />

Miraflores, Oeiras, Carnaxide<br />

7 Outras<br />

Fonte: Worx


Redferns/GettyImages<br />

>> ESTÚDIOS DOS BEATLES À VENDA<br />

OU TALVEZ NÃO?<br />

A meio da semana passada, algumas notícias<br />

davam conta de que a EMI teria colocado à venda<br />

o estúdio Abbey Road - onde os Beatles gravaram<br />

o seu último disco -, para assim reduzir a<br />

sua dívida. Mas, no último domingo, a EMI, citada<br />

pela Bloomberg, veio desmentir o negócio.<br />

Aliás, a editora discográfica – que o ano passado<br />

rejeitou umaofertadecompranovalorde30<br />

milhões de dólares (cerca de 22 milhões<br />

de euros) - diz mesmo que há planos para investir<br />

na renovação do estúdio que hoje não<br />

dá qualquer lucro à empresa.<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico | IMOBILIÁRIO III<br />

Empresas do Porto<br />

preferem comprar<br />

a arrendar<br />

No Norte, a procura tem incidido<br />

sobre os espaços de maior dimensão.<br />

ELISABETE SOARES<br />

elisabete.soares@economico.pt<br />

NoPortoatradiçãoaindaéoqueera.Muitasempresas<br />

continuam a comprar fracções de escritórios, algumas<br />

numa óptima de investimento. A Logicomer – empresa<br />

de gestão e recuperação de créditos, acabou de concretizar<br />

a aquisição de um pequeno edifício de perto<br />

de 500 metros quadrados de área de escritório, constituído<br />

por três andares e cave de estacionamento, localizado<br />

a poucos metros da Rua do Campo Alegre. Esta<br />

foi uma das últimas operações de venda feita pela Abacus-Savills<br />

no Porto.<br />

Contudo, de acordo com Rita Brito, responsável Norte da<br />

Abacus, a consultora têm em carteira outras operações<br />

para aquisição de áreas dos 400 aos 600 metros quadrados,<br />

para clientes que estão dispostos a investir valores<br />

superiores ao meio milhão de euros. Contrariamente ao<br />

mercado de Lisboa, muitas empresas no Norte continuam<br />

a comprar fracções de escritórios. Algumas empresas<br />

fazem-no para utilização do espaço, outros como<br />

forma de rentabilizar o investimento. Rita Brito considera<br />

que o final do ano e início de 2010 tem sido marcado<br />

por “uma pequena quebra das empresas que procuram<br />

espaços mais pequenos, especialmente os profissionais<br />

liberais, mas os grupos com maior dimensão continuam<br />

a apostar no mercado do Porto”. Ou seja, a procura de<br />

salas de 50 a 60 metros quadrados está em quebra, aumentando<br />

a procura de áreas de maior dimensão. Já os<br />

preços estabilizaram, contudo em valores mais baixos<br />

que em anos anteriores, uma tendência que aliás já se<br />

verificava desde 2009.<br />

Para André Almada, porta-voz<br />

da CB Richard Ellis, “ainda que o ano<br />

esteja apenas a arrancar, já se<br />

concretizaram algumas operações no Porto,<br />

mas de menor relevo quando comparadas<br />

com eventuais operações que se encontram<br />

ainda em fase preliminar.”<br />

Para André Almada, porta-voz da CB Richard Ellis,<br />

“ainda que o ano esteja apenas a arrancar, já se concretizaram<br />

algumas operações no Porto, mas de menor relevo<br />

quando comparadas com eventuais operações que se encontram<br />

ainda em fase preliminar”, esclarece. Contudo<br />

o Porto é um mercado que detém uma capacidade de absorção<br />

anual na ordem dos 15 a 20 mil metros quadrados,<br />

isto é, 15% do mercado lisboeta.<br />

EMPRESAS ESCOLHEM GAIA<br />

Visíveléofactodeasempresascontinuaremaapostar<br />

especialmente na zona de Gaia para se instalarem.<br />

Com preços mais atraentes e facilidade de acessos,<br />

muitas empresas instalaram-se no último ano nas torresdaTeixeiraDuarteenoempreendimentoArrábida<br />

Lake Towers. O edifício Arrábida, promovido pela<br />

Chamartín Imobiliária, localizado perto da Ponte da<br />

Arrábida, beneficiou da escassez de oferta que começa<br />

a verificar-se em Gaia.<br />

Recentemente, a Chamartín concretizou a operação de<br />

arrendamento de uma área de 550 metros quadrados de<br />

escritórios à empresa Águas do Douro e Paiva, permitindo<br />

que o Edifício Arrábida passasse a estar ocupado praticamente<br />

na sua totalidade. ■


IV IMOBILIÁRIO | Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

EMPREENDIMENTO DA SEMANA<br />

As cozinhas dos apartamentos T3<br />

e T4, tem áreas de 24 m2 e balcão<br />

de refeições em ilha.<br />

Rui Ribeiro vendeu metade das casas<br />

de luxo do 140 Largo D. Estefânia<br />

O projecto apresenta fotografias emblemáticas de Lisboa em todas as áreas comuns dos diferentes pisos.<br />

ELISABETE SOARES<br />

elisabete.soares@economico.pt<br />

O empreendimento 140 Largo D. Estefânia<br />

é a aposta recente do grupo Rui Ribeiro<br />

no imobiliário residencial no centro de<br />

Lisboa. O edifício de oito pisos acima do<br />

solo, localizado na Rua Pascoal de Melo<br />

ao Largo D. Estefânia, encontra-se actualmente<br />

em fase final de construção e<br />

apresenta metade dos nove apartamentos<br />

de luxo já vendidos. Com um investimento<br />

total que ascende a 3,6 milhões de euros,estáaservendidoaumamédiade<br />

preços de três mil euros o metro quadrado<br />

(m2). As tipologias variam entre os seis<br />

T1, dois T3 e um T4 ‘duplex’ em<br />

‘penthouse’. As áreas vão desde os 84 m2<br />

(T1), 163 m2 (T3), aos 272 m2 (T4). Assim<br />

as tipologias mais pequenas rondam os<br />

252 mil euros, os T3 custam 489 mil euros<br />

e o T4 ‘penthouse’ cerca de 816 mil euros.<br />

Com o objectivo de celebrar a cidade de<br />

Lisboa e numa clara aposta num tema diferenciador,<br />

o projecto apresenta fotografias<br />

das paisagens mais emblemáticas da<br />

cidade de Lisboa em todas as áreas co-<br />

INVESTIMENTO<br />

Com um investimento total que ascende<br />

a 3,6 milhões de euros, os apartamentos<br />

estão a ser vendidos a uma média de<br />

preços de três mil euros o metro quadrado<br />

(m2).<br />

3,6 milhões<br />

muns dos diferentes pisos. O ‘hall’ da entrada<br />

principal do 140 Largo D. Estefânia<br />

será decorado com imagens do Terreiro do<br />

Paço, enquanto que nos pisos de habitação<br />

serão colocadas fotografias de zonas<br />

como o Chiado, Castelo de S. Jorge e Belém.Oempreendimentoécompostopor<br />

um total de 2.458 m2 de área, dezoito lugares<br />

de parqueamento, nove arrecadações,<br />

sala de condomínio, duas zonas de<br />

separação de lixos, dois elevadores e uma<br />

loja. Uma das características do projecto<br />

são as áreas das cozinhas dos T3 e T4, com<br />

24 m2 de área total, balcão de refeições em<br />

ilha, zona de lavandaria com acesso próprio<br />

e dispensa. Com projecto de arquitectura<br />

de Manuel Real o espaço da cozinha<br />

teve uma dedicação acrescida tendo<br />

em conta o facto de esta zona ganhar importância<br />

dentro da vivência residencial<br />

urbana, sendo hoje comum receber visitas<br />

e assumir como um espaço de convívio.<br />

A Rui Ribeiro investiu nos equipamentos<br />

e nos materiais utilizados nos acabamen-<br />

DR<br />

Os apartamentos do 140 Largo<br />

D. Estefânia apresentam áreas<br />

generosas.<br />

tos, de forma a conciliar conforto, ‘design’<br />

e a qualidade. Assim sendo os apartamentos<br />

apresentam banheiras de hidromassagem,<br />

duches de dimensões generosas,<br />

soalhos de madeira de sucupira<br />

envernizada, portas e rodapés lacados a<br />

tinta de esmalte branco. Na casa de banho<br />

social as paredes são revestidas a pastilha<br />

de vidro castanho ouro enquanto a casa<br />

de banho da suite apresenta o pavimento<br />

e as paredes revestidos a pedra. Os apartamentos<br />

estão equipados com aquecimento<br />

central, pré-instalação de ar condicionado,<br />

cozinhas de ‘design’ italiano<br />

assinadas pela Ernestomeda, e encontram-se<br />

totalmente equipadas. Tem um<br />

sistema de segurança, com utilização da<br />

domótica, que faz com que os futuros<br />

proprietários e o respectivo património<br />

esteja assegurada através de um sistema<br />

que alerta o dono do imóvel ao mesmo<br />

tempo que corta o fornecimento de electricidade,<br />

água ou gás, em casos de fuga<br />

de gás, fumos ou inundação. ■


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Rui Ribeiro investiu nos<br />

equipamentos e nos materiais.<br />

Os apartamentos apresentam<br />

banheiras de hidromassagem<br />

e duches de dimensões generosas.<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico | IMOBILIÁRIO V


VI IMOBILIÁRIO | Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

ACTUALIDA<strong>DE</strong> | ELEIÇÕES NA OR<strong>DE</strong>M DOS ENGENHEIROS<br />

Portaria polémica anima eleições para a<br />

Três engenheiros disputam o lugar ocupado nos seis últimos seis anos por Fernando Santo. A qualificação dos profissionais<br />

ELISABETE SOARES<br />

elisabete.soares@economico.pt<br />

A eleição para o bastonário da Ordem dos<br />

Engenheiros, que se realiza no dia 26 próximo,<br />

está marcada por uma polémica portaria<br />

sobre a qualificação dos engenheiros e<br />

que, segundos os contestatários, contraria<br />

e extravasa a própria Lei 31/2009.<br />

Embora inicialmente a contestação à<br />

Portaria 1379, de 30/10/09, se tenha iniciado<br />

com a direcção Norte da Ordem dos<br />

Engenheiros - que estava a preparar uma<br />

petição para alterar as exigências de qualificação<br />

necessárias aos técnicos que assinam<br />

projectos, direcção e fiscalização<br />

de obras - a verdade é que o assunto tomou<br />

uma dimensão nacional, com os<br />

candidatos das três listas a sensibilizar a<br />

opinião pública para a necessidade da sua<br />

alteração. Um dos aspectos polémicos é o<br />

facto da Lei 31 considerar a possibilidade<br />

da direcção de fiscalização e da direcção<br />

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“A portaria entrou em vigor<br />

no dia seguinte ao da sua<br />

publicação, sem saber acautelar<br />

se era exequível a curto prazo,<br />

quais as suas consequências<br />

imediatas e os técnicos a quem se<br />

destinava. No dia 1 de Novembro<br />

milhares de técnicos ficaram<br />

fora da lei por não terem as<br />

qualificações exigidas”,<br />

considera Silveira Ramos.<br />

de obra ser exercida por arquitectos. Para<br />

o candidato da Lista B, Fernando Silveira<br />

Ramos, ex-presidente da Associação<br />

Portuguesa de Projectistas e Consultores<br />

e membro do gabinete Consulmar,<br />

“como essas funções não eram exercidas<br />

por arquitectos, evidentemente que a sua<br />

formação escolar não lhes forneceu essas<br />

competências”. A qualidade do construído<br />

não fica, segundo o candidato da lista<br />

B, protegida.<br />

Assim a “a Lei 31/2009 e, principalmente,<br />

a Portaria 1379 de 30/10/09, são unanimemente<br />

consideradas uma bomba relógio<br />

sobre a qualidade da engenharia”. A revolta<br />

dos engenheiros assenta assim no facto<br />

de a portaria atentar “contra a qualidade<br />

da engenharia e de conter alguns aspectos<br />

atentatórios do prestígio e do bom nome<br />

dos engenheiros”.<br />

LISTA B FORÇA TOMADA <strong>DE</strong> POSIÇÃO<br />

O candidato da Lista A, Carlos Matias Ramos,<br />

actual presidente do Laboratório Nacional<br />

de Engenharia Civil, tomou nos últimos<br />

dias uma posição sobre esta polémica.<br />

“A insistência de alguns candidatos às eleições<br />

para bastonário da Ordem dos Engenheiros<br />

em querer centrar o debate eleitoral<br />

na questão da contestação à Portaria<br />

1379/2009 de 30 de Outubro, leva-me a tecer<br />

algumas considerações sobre esse diplomaearelatar<br />

a minha intervenção objectiva<br />

em fase que antecedeu a sua aprovação<br />

e publicação”. Assim Matias Ramos<br />

esclarece que “em 4 de Setembro, ainda no<br />

decurso das reuniões que conduziram à ultimação<br />

da citada portaria, o Bastonário da<br />

OE, Fernando Santo, pediu-me uma apreciação<br />

da mesma, o que fiz de imediato,<br />

tendo identificado diversos aspectos preju-


Ordem<br />

anima a discussão.<br />

diciais para os engenheiros em matéria de<br />

qualificação profissional na elaboração do<br />

projecto, na direcção de obra e na direcção<br />

da fiscalização de obra, bem como imprecisões<br />

e erros técnicos. Verifiquei ainda aspectos<br />

onde a portaria extravasava o âmbito<br />

da Lei 31/2009”.<br />

Já para o candidato da Lista C, Luís Malheiro<br />

da Silva, membro do gabinete<br />

LMSA, os actuais estatutos da Ordem dos<br />

Engenheiros já asseguram os critérios de<br />

qualificação adequados à legislação. “Estes<br />

aperfeiçoamentos, que se impõem,<br />

implicam a revisão da portaria 1379/2009,<br />

que tem de ser baseada em propostas<br />

acordadas entre as associações profissionais<br />

envolvidas. Luis Malheiro da Silva<br />

considera a revisão da portaria como uma<br />

das acções prioritárias dos próximos corpos<br />

directivos da O.E”. ■<br />

Carlos Matias Ramos<br />

1.Para enfrentar os desafios profissionais<br />

do futuro Matias Ramos tem uma visão<br />

de longo prazo para a Ordem dos<br />

Engenheiros. Está consubstanciada num<br />

programa de acção para o triénio, e<br />

sustentada por uma grande experiência<br />

profissional diversificada dos colegas que<br />

acompanham esta candidatura.<br />

2.O entendimento da Lista A é que a<br />

intervenção dos engenheiros se deve<br />

materializar a dois níveis: na prática de<br />

actos que exigem confiança pública e<br />

elevadas responsabilidades perante a<br />

sociedade, no contributo para o<br />

desenvolvimento do país, elevando a<br />

competitividade das organizações através<br />

da investigação, do desenvolvimento de<br />

processos e produtos e da inovação, em<br />

plenaharmoniacomoambiente.<br />

3.Não descura uma preocupação<br />

permanente com a empregabilidade<br />

qualificada dos engenheiros.<br />

Fernando Silveira Ramos<br />

1.Para Fernando Silveira Ramos o grande<br />

imperativo é conseguir um maior<br />

profissionalismo da estrutura orgânica e a<br />

criação de condições que permitam uma<br />

maior disponibilidade dos engenheiros de<br />

referência para se envolverem e<br />

assumirem responsabilidades na Ordem.<br />

2.A Lista B quer também uma maior<br />

independência em relação às fontes do<br />

poder, uma crescente parceria com todos<br />

os actores situados nas nossas fronteiras,<br />

uma maior capacidade reivindicativa e de<br />

afirmação própria da engenharia, e uma<br />

reafirmação dos objectivos de interesse<br />

público da intervenção da O.E.<br />

3.Vai lutar por uma maior independência<br />

em relação às fontes do poder, uma<br />

crescente parceria com todos os actores<br />

situados nas fronteiras, uma maior<br />

capacidade reivindicativa e de afirmação<br />

própria da engenharia, e uma reafirmação<br />

dos objectivos de interesse público.<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico | IMOBILIÁRIO VII<br />

Luis Malheiro da Silva<br />

1.As linhas de força de proposta de Luis<br />

Malheiro vão para a criação de um órgão<br />

nacional permanente, consultivo e<br />

prospectivo, integrando as várias<br />

competências da engenharia capaz de<br />

assegurar uma forte participação<br />

relativamente às grandes decisões<br />

estratégicas.<br />

2. A constituição de um observatório<br />

permanente da engenharia e da<br />

tecnologia, com capacidade de estudo<br />

prospectivo, dando sequência aos<br />

estudos promovidos pela academia de<br />

engenharia.<br />

3.O candidato da Lista C quer promover<br />

a participação e a informação entre os<br />

membros e dar a conhecer, de forma<br />

pedagógica e clara, junto da opinião<br />

pública as posições da OE sobre as<br />

grandes questões estruturantes para o<br />

país, que envolvem directa ou<br />

indirectamente a engenharia.


VIII IMOBILIÁRIO | Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

ARQUITECTURA<br />

Expo convidada para<br />

renovar baixa do Cairo<br />

Proposta tem de ser entregue até 31 de Março.<br />

NUNO MIGUEL SILVA<br />

nuno.silva@@economico.pt<br />

A Parque Expo está a apostar forte no<br />

mercado de reabilitação urbana do Magrebe.<br />

No espaço de uma semana (a última),<br />

a equipa liderada por Rolando<br />

Borges Martins recebeu duas boas notícias:<br />

foi convidada para participar num<br />

concurso restrito para apresentar uma<br />

proposta para revitalizar a baixa do Cairo,<br />

a congestionada e degradada capital<br />

egípcia; e foi pré-qualificada para proceder<br />

à requalificação da medina de<br />

Méknes, em Marrocos.<br />

Ainda nada está garantido para a empresa<br />

dirigida por Rolando Borges Martins, mas<br />

estas duas chamadas traduzem, não só os<br />

resultados do esforço de uma diplomacia<br />

económica desenvolvida em prol da empresa<br />

pública, mas também a grande receptividade<br />

e notoriedade conseguidas<br />

pelo trabalho desenvolvido pela Parque<br />

Expo, não só em países árabes – como a<br />

Tunísia ou a Argélia – mas também em<br />

Portugal, com o Parque das Nações ou<br />

com os vários projectos Polis.<br />

“Penso que devíamos dar toda a atenção<br />

ao lado Sul do Mediterrâneo e recuperar a<br />

ligação que havia, e que se perdeu, entre<br />

as duas margens, entre a Europa, no Norte,<br />

e o Magrebe, no Sul”, defende Rolando<br />

Borges Martins. O presidente da Parque<br />

Expo diz que os países do Magrebe são<br />

excelentes oportunidades de negócio<br />

para empresas como a Parque Expo, especializadas<br />

na requalificação e recon-<br />

versãodoespaçourbano,nadefinição<br />

dos tipos de ocupação territorial e nos<br />

modelos de desenvolvimento económico.<br />

“São países que sofreram um grande desenvolvimento<br />

demográfico e que têm as<br />

infra-estruturas saturadas, pelo que a<br />

nossa experiência poderá ser fundamental<br />

para resolver os seus problemas de<br />

congestionamentos de tráfego ou de degradação<br />

dos parques habitacionais ou<br />

dos espaços industriais ou comerciais”,<br />

justifica Rolando Borges Martins.<br />

A Parque Expo tem até 31 de Março para<br />

apresentar uma proposta ao governo<br />

egípcio com o objectivo de revitalizar a<br />

zona central da baixa do Cairo, com margens<br />

para o rio Nilo e infra-estruturas tão<br />

importantes e centrais como a estação<br />

ferroviária ou o Museu Egípcio, uma das<br />

maiores salas de visitas do Egipto para os<br />

A Parque Expo é a única empresa<br />

portuguesa e uma das raras<br />

na Europa certificadas para<br />

a prospecção, concepção e gestão<br />

de projectos de renovação urbana<br />

e de requalificação ambiental.<br />

Está ligada a projectos de<br />

intervenção na Argélia, Angola,<br />

Brasil, Cabo Verde, China,<br />

Moçambique e Tunísia.<br />

CONHEÇA OS PARCEIROS DA PARQUE EXPO NESTE CONCURSO PARA O CAIRO<br />

A2P<br />

Consultoria<br />

A A2P iniciou a sua actividade<br />

em 1990, tendo como sócios<br />

os engenheiros Júlio<br />

António da Silva Appleton e<br />

João Augusto da Silva<br />

Appleton que contam actualmente<br />

com uma experiência<br />

profissional de 35<br />

anos. Empresa de consultoria,<br />

estudos e projectos foi<br />

responsável, entre outros,<br />

pelo projecto das Torres São<br />

Rafael e São Gabriel, na Expo,<br />

em Lisboa (na foto).<br />

Aires Mateus<br />

Arquitectos<br />

É um dos mais conceituados<br />

gabinetes de arquitectura<br />

de Portugal, mas<br />

igualmente responsável<br />

por obras no estrangeiro.<br />

Em Portugal, o arquitecto<br />

e a sua equipa foram responsáveis,<br />

entre outros,<br />

pelo desenho do novo Parque<br />

Mayer, pela faculdade<br />

de arquitectura de Lisboa<br />

(na foto) e pelo projecto<br />

de requalificação de um<br />

edifício no Rato.<br />

Augusto Mateus<br />

Consultores<br />

Augusto Mateus foi ministro<br />

da Economia durante<br />

o Governo de António Guterres,<br />

mas ultimamente<br />

tem-se dedicado à consultoria<br />

de projectos, tanto<br />

no que respeita à sua análisa<br />

económica, como<br />

numa vertente de ordenamento<br />

do território. Os estudosparaonovoaeroporto<br />

de Lisboa (na foto)<br />

são um dos seus projectos<br />

de referência.<br />

milhões de turistas que escolhem anualmenteestedestino.Sãocercade316hectares<br />

de intervenção prevista numa zona<br />

densamente habitada – deve ter mais de<br />

50 mil habitantes – e repleta de edifícios<br />

históricos, no plano histórico e cultura,<br />

mas também empresarial.<br />

Rolando Borges Martins sabe que é uma<br />

operação delicada, que se irá prolongar<br />

por mais de 10 ou 15 anos e que, portanto,<br />

deverá valer várias dezenas de milhões de<br />

euros, embora não queira ainda adiantar<br />

pormenores sobre esta questão.<br />

A zona que a equipa da Parque Expo – só a<br />

empresa pública, sem contar com os seus<br />

parceiros (ver caixa) tem a trabalhar neste<br />

projecto 15 arquitectos, engenheiros e<br />

geógrafos urbanos e económicos – constituiu<br />

um dos maiores projectos internacionais<br />

do século XIX, tendo sido desenvolvida<br />

por Khedive Ismail, seguindo o<br />

exemplo dos planos traçados por Haussman<br />

para Paris. Khedive procurou criar a<br />

“Paris do Nilo”, planeando o desenvolvimento<br />

da baixa do Cairo e aproximando a<br />

cidade do Nilo.<br />

A área – designada Khedive’s Cairo – representa,<br />

ainda hoje, uma memória de uma<br />

época importante da história moderna do<br />

Egipto. Muitas empresas privadas e instituições<br />

financeiras de relevo na história do<br />

Egipto, assim como do Médio Oriente do<br />

continente africano, estão historicamente<br />

associadas a esta zona do Cairo. ■<br />

ArchPlan Egipto<br />

Projectos<br />

É o parceiro local da Parque<br />

Expo neste concurso<br />

para o Cairo. A empresa<br />

Archplan dedica-se<br />

à elaboração de projectos<br />

de arquitectura, design<br />

e ordenamento do território,<br />

trabalhando maioritariamente<br />

no Egipto. Destacam-se<br />

os projectos de<br />

reabilitação da zona histórica<br />

de Luxor e de Karnak<br />

(na foto), locais históricos<br />

daquele País.<br />

Arqui300<br />

Arquitectura<br />

Numa altura em que a<br />

imagem é cada vez mais<br />

importante, a Parque Expo<br />

junta à sua equipa a Arqui300,<br />

empresa que se<br />

dedica ao desenvolvimento<br />

de animações ou desenhos<br />

em 3D para arquitectura<br />

e design. Fundada em<br />

Portugal há quase dezasseis<br />

anos, tem no projecto<br />

do Tróia Design Hotel (na<br />

foto)umdosmelhores<br />

exemplos do seu trabalho.<br />

O Museu do Cairo é um dos ex-libris<br />

da capital egípcia.<br />

CEDRU<br />

Planeamento<br />

O Centro de Estudos<br />

e Desenvolvimento Regional<br />

e Urbano (CEDRU) foi<br />

criado em 1986 e desde<br />

então se dedica à consultoria<br />

de projectos de planeamento<br />

e ordenamento<br />

do território. Com inúmeros<br />

trabalhos desenvolvidos<br />

no Alentejo, o CEDRU<br />

foi recentemente responsável<br />

pelo estudo dos impactos<br />

do projecto do Alqueva<br />

no Alentejo.


Ferconsult<br />

Transportes<br />

A Ferconsult é a empresa<br />

de consultoria, estudos<br />

eprojectosdaMetrode<br />

Lisboa, tendo sido por isso<br />

responsável por praticamente<br />

todas as linhas do<br />

metropolitano da capital.<br />

Contudo, é através desta<br />

empresa que a Metro de<br />

Lisboa se tem internacionalizado,<br />

participando em<br />

projectos como o Metro de<br />

Argel ou o Tramway de<br />

Oran, ambos na Argélia.<br />

Global<br />

Arquitectura<br />

A Global Arquitectura Paisagista<br />

é uma empresa<br />

fundada em 1997 pelos arquitectos<br />

Inês Norton de<br />

Matos, João Gomes da Silva<br />

e João Mateus. Dos<br />

projectos desenvolvidos<br />

destacam-se o Parque da<br />

Aguieira, em Viseu; os<br />

Jardins Garcia da Horta,<br />

para a Expo 98; os Jardins<br />

do Palácio de Belém e ainda<br />

uma intervenção<br />

no Polis da Caparica.<br />

PROAP<br />

Paisagismo<br />

É um dos mais conceituados<br />

gabinetes de arquitectura<br />

paisagista do País,<br />

gerido pelo arquitecto<br />

João Nunes. A maior parte<br />

da sua actividade realiza-se<br />

em portugal, como<br />

é o caso do Parque Tejo, a<br />

norte do Parque das Nações<br />

(na foto), mas em<br />

2001 internacionaliza-se<br />

para Itália, Espanha, Bélgica,<br />

Grécia, Angola, América<br />

Central e Ásia.<br />

TIS Consultores<br />

Transportes<br />

A TIS é uma empresa<br />

de consultoria na área<br />

dos transportes gerida<br />

pelo engenheiro José Manuel<br />

Viegas. A empresa<br />

ganhou mais notiriedade<br />

depois do seu gestor apresentar<br />

uma série de estudos<br />

sobre o novo aeroporto<br />

de Lisboa e sobre<br />

o comboio de alta velocidade,<br />

um projecto que<br />

inclui a terceira travessia<br />

do Tejo (na foto).<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico | IMOBILIÁRIO IX<br />

PUB<br />

Aladin Abdel Naby/Reuters<br />

Concorrentes<br />

>> Um dos concorrentes<br />

da Parque Expo é a Gensler,<br />

com sede em Londres.<br />

>> A Nikken Sekkei também<br />

estánalutaetemsede<br />

em Tóquio.<br />

>> A Hok é outro rival da Expo<br />

nesta corrida. Tem 23<br />

escritórios nos Estados Unidos,<br />

Canadá, Ásia, Índia, Médio<br />

Oriente e Europa, com uma<br />

sede em Londres e uma rede<br />

europeia de arquitectos.<br />

>> A WATG também foi<br />

convidada a apresentar<br />

proposta. Tem escritórios<br />

em Londres, Estados Unidos<br />

e Singapura.<br />

>> A EDAW/AECOM é outro<br />

concorrente de peso. Tem sede<br />

emLosAngeleseNovaIorque,<br />

com escritórios em vários<br />

países do Mundo.<br />

>> A SWA, com escritórios nos<br />

Estados Unidos e em Xangai,<br />

também vai mostrar as suas<br />

credenciais neste concurso.<br />

>> A EDSA é outra concorrente<br />

dos Estados Unidos, com sede<br />

na Florida.<br />

>> A Dar Al-Handasah está mais<br />

colada ao terreno, uma vez<br />

que tem um dos seus principais<br />

escritórios no Cairo. Londres,<br />

Pune (Índia) e Beirute são<br />

outras bases deste grupo.<br />

>> A Sasaki é mais<br />

uma concorrente. Tem sede<br />

nosEstadosUnidos(Boston<br />

e São Francisco).


X IMOBILIÁRIO | Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

ARQUITECTURA | <strong>DE</strong>SIGN E <strong>DE</strong>CORAÇÃO<br />

Cadeiras<br />

que trazem<br />

bom humor<br />

O tempo tem andado<br />

chuvoso e frio, por isso<br />

porque não alegrar a sua<br />

casa ou escritório com<br />

elementos coloridos. É<br />

garantido que trazem<br />

bom humor. As ‘Jackpot<br />

Chairs’ estão à venda na<br />

Moonwalker<br />

(www.moonwalker.pt)<br />

e são já consideradas um<br />

ex-libris no que respeita<br />

à funcionalidade. Além<br />

de práticas, estas<br />

cadeiras podem ser<br />

usadas no interior e<br />

exterior e o preço não é<br />

elevado. Custam entre<br />

os 84 e os 102,90 euros,<br />

cada uma.<br />

Uma planta artificial que passa por natural<br />

Este elemento na foto à esquerda chama-se<br />

‘Algue’ e como o nome indica parece uma alga<br />

ou uma hera. Contudo, só parece. Este<br />

componente decorativo é feito em plástico<br />

mas tem como objectivo agrupar-se a outros<br />

e aludir a uma planta trepadeira. Cada<br />

embalagem traz 25 destes elementos, o que<br />

equivale a um metro quadrado. Eles podem<br />

ser unidos entre si, formando estruturas em<br />

forma de rede, desde leves cortinas a<br />

separadores de espaços (ver foto em cima).<br />

O sistema Algue, desenhado para a Vitra,<br />

podeserusadonoexteriorenointeriorda<br />

casacomosefosseumaplantaehádisponível<br />

em transparente, branco, preto, verde<br />

ou vermelho. Estão à venda na Paris Sete<br />

(www.paris-sete.com) e custam<br />

59 euros por embalagem.<br />

A simplicidade primeiro<br />

O castiçal Tetra, desenhado por Naoto Fukasawa para a marca<br />

B&B Italia é mais uma referência do design contemporâneo, onde<br />

a simplicidade dita as regras e marca a ori<strong>gina</strong>lidade. Feito em<br />

cerâmica, este castiçal está disponível em branco e preto e está<br />

à venda na Paris Sete (www.paris-sete.com) por <strong>56</strong> euros.


IMOBILIÁRIO VISTO <strong>DE</strong> FORA<br />

JORGE HORTA, PRESI<strong>DE</strong>NTE DA AUTO<strong>DE</strong>SK EM PORTUGAL<br />

O “meu” projecto<br />

Jorge Horta é engenheiro e presidente da<br />

Autodesk em Portugal, uma empresa que<br />

se dedica, entre outros, ao desenvolvimento<br />

e comercialização de software<br />

para arquitectura e construção. Como tal,<br />

as obras de arquitectura e engenharia do<br />

País não lhe passam ao lado. “O Edifício<br />

da Vodafane no Porto , da autoria do Barbosa<br />

e Guimarães Arquitectos e com projecto<br />

de engenharia da AFA Consult é<br />

todo um símbolo da responsabilidade que<br />

os arquitectos têm nas nossas cidades,<br />

não só pela importância na contribuição<br />

para a sua monumentalidade, como na<br />

criação desta nossa segunda pele, que<br />

são os edifícios em que trabalhamos e/ou<br />

utilizamos diariamente”, disse ao Diário<br />

Económico. Para Jorge Horta, este projecto<br />

- que marca uma zona do Porto que<br />

necessita de reabilitação e deste tipo de<br />

projectos - “marca o espaço com… som”.<br />

1<br />

6<br />

70<br />

1172<br />

Foto cedida pela Sonae Sierra<br />

O Alexa, na Alexanderplatz, em<br />

Berlim, inaugurou em 2007.<br />

Além disso, o engenheiro realça “a dinâmica<br />

das formas exteriores, em que não<br />

há uma única parede ou janela igual à outra”<br />

e ainda a dualidade noite/dia. “À noite,<br />

a luz no seu interior, emoldurada pelas<br />

janelas , levam-nos a uma sensação de<br />

presença permanente. No interior, a luz<br />

projectada através das aberturas, marca<br />

traços e outras formas cambiantes ao<br />

longo do dia”, diz. Contudo, para Jorge<br />

Horta este edifício merece destaque não<br />

só pelos seus detalhes técnicos como<br />

pela sua beleza e “pelo histórico marcante<br />

para o País”. “As boas tecnologias são<br />

cada vez mais fracturantes e, tal como os<br />

edifícios são uma fonte de equilíbrio entre<br />

pessoas e empresas, nas tecnologias todos<br />

temos que procurar apoiar as transições<br />

para que as clivagens possam existir.<br />

O novo edifício da Vodafone no Porte é<br />

um dos melhores exemplos disso”. A.B.<br />

A retrospectiva do trabalho da<br />

arquitecta Zaha Hadid está patente<br />

no museu Palazzo della Ragione, em<br />

Pádua, Itália e termina já no próximo<br />

dia 1 de Março.<br />

Os trabalhos estão divididos em seis<br />

categorias de design: linhas; ondas;<br />

agregados; áreas de intervenção;<br />

paisagismo e Zaha Hadid Architects<br />

(o atelier).<br />

Na mostra podem ser vistos obras de<br />

design de arquitectura como o Maxxi,<br />

o novo museu em Roma que é uma das<br />

recentes peças da arquitecta iraniana.<br />

O museu Palazzo della Ragione data<br />

do século XII-XIII, tendo começado<br />

a ser construído em 1172 e é<br />

considerado umdos mais importantes<br />

monumentos de Pádua.<br />

NEGÓCIO<br />

O edifício da Vodafone no Porto<br />

foi inaugurado em 2009.<br />

EXPOSIÇÃO<br />

A Union Investment concluiu a compra de uma<br />

participação maioritária no Alexa, em Berlim,<br />

um ‘shopping’ detido em partes iguais pela Sonae<br />

Sierra e pela Foncière Euris/Rallye. O gestor de<br />

fundos imobiliários alemão ficou assim a deter 91%<br />

do imóvel, uma posição pela qual pagou 316 milhões<br />

de euros. Um valor que, segundo um comunicado<br />

da Sonae Sierra enviado à CMVM diz respeito<br />

apenas à participação adquirida e não ao valor total<br />

do activo.<br />

Ainda assim, para a empresa alemã – que em 2009<br />

se assumiu como o maior investidor estrangeiro<br />

na Europa, depois de ter aplicado 1,6 mil milhões<br />

de euros em imobiliário, incluindo 600 milhões<br />

em retalho. “O Alexa é um investimento sustentável<br />

em todos os sentidos. A qualidade da sua localização,<br />

o ambiente atractivo e o elevado potencial<br />

de receitas são características que se encaixam<br />

perfeitamente na nossa estratégia de investimento<br />

de longo-prazo para o segmento de retalho”, afirmou<br />

em comunicado, Frank Billand, administrador<br />

da Union Investment.<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico | IMOBILIÁRIO XI<br />

Zaha Hadid em retrospectiva<br />

É uma das raras oportunidades para ver uma<br />

retrospectiva completa do trabalho da<br />

arquitecta iraniana Zaha Hadid. Termina a 1<br />

de Março a exposição que reúne mais de 70<br />

projectos da vencedora do Pritzker 2004 e que<br />

está patente no museu Palazzo della Ragione,<br />

em Pádua, Itália já desde final de Outubro<br />

do ano passado. A mostra, tal como trabalho<br />

de Hadid, apresenta uma disposição fora<br />

do comum. Os trabalhos estão dispostos numa<br />

única sala em cima de blocos brancos<br />

que se espalham pela sala de forma<br />

harmoniosa e dinâmica.<br />

Sonae Sierra vende posição no Alexa<br />

Para a Sonae Sierra, esta operação “reflecte<br />

a elevada qualidade do Alexa bem como a nossa<br />

estratégia de longo-prazo de reciclar capital para<br />

investimentos futuros, mantendo, ao mesmo tempo,<br />

uma posição no imóvel e na sua gestão”, referiu<br />

Álvaro Portela, CEO da Sonae Sierra, no mesmo<br />

comunicado. A empresa portuguesa manterá assim<br />

a gestão do empreendimento e, no futuro, pretende<br />

ficar com os restantes 9% do Alexa, o que significa<br />

que terá de comprar os 4,5% que a Foncière Euris<br />

detém agora.<br />

O Alexa, que fica no coração de Berlim, na<br />

Alexanderplatz, inaugurou em 2007 e conta com<br />

uma 180 lojas distribuídas por 43 mil metros<br />

quadrados de área comercial a que se juntam mais<br />

doi mil metros quadrados de restauração e oito mil<br />

de lazer. Com um total de cinco pisos (incluindo<br />

estacionamento) encontra-se totalmente arrendado<br />

com contratos de longo-prazo a retalhistas<br />

de referência, como o MediaMarkt, H&M ou Zara,<br />

o que terá contribuído para os 14 milhões de<br />

visitantes que recebeu em 2009. A.B.<br />

DR


XII IMOBILIÁRIO | Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

INTERNACIONAL | SPAS<br />

Grand Resort Bad Ragaz: quando o bem-<br />

Este ‘resort’ na Suíça foi recentemente remodelado, uma obra que durou dois anos e custou 100 milhões de euros. E ago<br />

SOPHY ROBERTS<br />

Exclusivo Financial Times<br />

Há oito anos, depois de sofrer uma<br />

trombose venosa profunda – um coágulo<br />

provocado pela conjugação de vários<br />

factores de risco, entre os quais<br />

viajar muito de avião -, deixei de fumar<br />

emudeiradicalmenteomeuritmode<br />

trabalho. Apesar disso, nem sempre tenho<br />

tempo para conciliar a dieta ideal<br />

com o necessário exercício físico. Uma<br />

desculpa que o ‘staff’ do Grand Resort<br />

Bad Ragaz, na Suíça, está farto de ouvir.<br />

Teo Albarrano, director de saúde do<br />

Bad Ragaz, explica que a ideia “não é<br />

apenas queimar calorias. O papel da<br />

prevenção é cada vez mais relevante. Daí<br />

que faça todo o sentido combinar tratamentos<br />

naturais com ‘check-ups’ médicos<br />

periódicos”.<br />

Dois anos de obras de remodelação e 100<br />

milhões de euros depois, eis que o novo<br />

Bad Ragaz está pronto para pôr em prática<br />

a sua filosofia. O ‘resort’ está situado<br />

num vale rodeado de montanhas a 70<br />

minutosdecarrodeZuriqueeécomposto<br />

por dois edifícios - o Grand Hotel<br />

PUB<br />

HofRagaz,quepassoua5estrelasna<br />

Primavera, e o Grand Hotel Quellenhof<br />

& Spa Suites, que pode ser dividido em<br />

duas alas distintas: a Quellenhof, retrato<br />

fiel do ‘grand hotel’ ao estilo suíço, com<br />

papel de parede dourado e muitos cortinados,<br />

e um restaurante onde é obrigatório<br />

usar ‘blazer’; e a Spa Suites, inaugurada<br />

em Maio, onde nos esperam os<br />

mimos, os tratamentos naturais e o spa,<br />

só para hóspedes.<br />

A oferta é ampla: massagens e tratamentos<br />

faciais, manicura e pedicura, e<br />

toda uma panóplia de tratamentos ‘New<br />

Age’ que, pessoalmente, não me convenceram.<br />

Caso da massagem “lomi-lomi<br />

nui”, que começa com uma melodia<br />

cantada pelo próprio massagista. Nomes<br />

exóticos à parte, não falta gente profissional<br />

e de talento para nos persuadir a<br />

experimentar os tratamentos disponíveis:<br />

do ‘shiatsu’ e da massagem tailandesa<br />

à reflexologia. Nesta ala há dois ginásios,<br />

diversas salas de sauna e<br />

‘kneipp”, uma variante da hidroterapia,<br />

“Disseram-me que uma senhora<br />

de um país do Médio Oriente<br />

ficou hospedada no Bad Ragaz<br />

durante um ano. Dada a conta<br />

astronómica, só pode ter-se<br />

transformado na mulher mais<br />

bonita e saudável do Mundo<br />

Árabe.”<br />

e duas piscinas interiores alimentadas<br />

pelas famosas águas termais da região.<br />

Há ainda uma piscina exterior, a ‘Tamina<br />

Therme’, aberta ao público mediante<br />

o pagamento de uma taxa.<br />

Inicialmente, estava céptica. Só depois<br />

de examinar atentamente os tratamentos<br />

spa é que reconsiderei. São 11 no total<br />

e há de tudo um pouco, da massagem<br />

desportiva à anti-celulite, passando por<br />

envolvimentos vários com algas marinhas<br />

ou chocolate, entre outros. Para alguém<br />

com o tempo contado ao segundo,<br />

comoéomeucaso,teriadeseralgo<br />

condensado, por isso optei pelo ‘business<br />

pack’ – três dias, duas noites - cuja<br />

diversidade me agradou especialmente:<br />

ultrasons no abdómen, ‘check-up’ cardíaco,<br />

exame à postura e um teste de<br />

condição física que promete dar luta.<br />

Evalerámesmoapena?Opacotetem<br />

um preço convidativo: 4.793 euros.<br />

Confesso que houve coisas de que não<br />

gostei mas, feito o balanço, a experiência<br />

foi positiva. O Bad Ragaz tem o seu


star fala mais alto<br />

ra é bem mais do que um spa com massagens ou tratamentos faciais.<br />

quêdeúnicoeficounamemóriacomo<br />

um dos melhores ‘resorts’ vocacionados<br />

para o repouso e bem-estar que conheci<br />

até hoje.<br />

Como podem calcular, sou experiente<br />

nestas andanças. Nos últimos dez anos<br />

estive em vários espaços do género,<br />

comoaCliniqueLaPrairieeaVictoria-<br />

Jungfrau, também na Suíça, a Mayr Clinic,<br />

na Áustria, e a Chiva-Som, na Tailândia.<br />

O que faz a diferença no caso do<br />

Bad Ragaz é estar tudo condensado<br />

num único local, não há dispersão de<br />

meios. Mas, acima de tudo, o que mais<br />

pesou foi o profissionalismo da sua<br />

equipa, os testes que realizam e a competência<br />

demonstrada na interpretação<br />

dos resultados.<br />

Disseram-me que uma senhora de um<br />

país do Médio Oriente ficou hospedada<br />

no Bad Ragaz durante um ano. Dada a<br />

conta astronómica, só pode ter-se<br />

transformado na mulher mais bonita e<br />

saudável do Mundo Árabe.<br />

Tradução de Ana Pina<br />

EXEMPLOS <strong>DE</strong> SPAS NA EUROPA<br />

Grand Resort Bad Ragaz<br />

Zurique, Suiça<br />

O Grand Resort Bad Ragaz é consitiuído<br />

por dois hotéis, um mais moderno e um<br />

mais requintado. É no mais moderno que<br />

estão disponíveis os tratamentos de spa,<br />

que chegam a ser massagens medicinais.<br />

Os preços para 2010, por quarto e por<br />

noite vão dos quase 300 euros até perto<br />

dos 8 mil euros. Para mais informações:<br />

www.resortragaz.ch<br />

SHA Wellness Clinic<br />

Alicante, Espanha<br />

O SHA Wellness Clinic abriu em Julho<br />

de 2008 e fica a 45 minutos de Alicante,<br />

em Espanha. O design e arquitectura<br />

é moderno e contemporâneo,<br />

predominando o branco e a cozinha<br />

macobiótica, mas os pacotes de três<br />

noites começam nos 1.350 euros.<br />

Mais informações em<br />

www.shawellnessclinic.com<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico | I M O B I L I Á R I O XIII<br />

Clinique La Prairie<br />

Genebra, Suiça<br />

De volta à tranquilidade suiça, o Clinique<br />

La Prairie é mais que um spa, é um<br />

centro médico de 4.500 m2 integrado<br />

num castelo do século XIX transformado<br />

em residência. Situado a uma hora de<br />

Genebra,conta com 20 médicos e 60<br />

consultores. O pacote de quatro noites<br />

começa nos 5.600 euros. Mais<br />

informações em www.laprairie.ch


XIV IMOBILIÁRIO | Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

ANÁLISE <strong>DE</strong> MERCADO<br />

Preços das<br />

casas novas<br />

no Porto<br />

A oferta de casas novas no Porto registou, entre<br />

ofinalde2009eoiníciode2010, uma forte<br />

quebra, estando agora nos 432 imóveis para<br />

venda. Os preços por metro quadrado também<br />

caíram no mesmo período, segundo os dados<br />

da Prime Yield, mas apenas nas zonas das Antas<br />

e da Boavista. Na Foz, os preços subiram.


Infografia: Marta Carvalho| marta.carvalho@economico.pt<br />

Cidades com visão<br />

O Prof. Manuel Costa Lobo proferiu uma<br />

interessante conferência na Academia das<br />

Ciências, em Lisboa. Na plateia estavam<br />

muitos dos que contribuíram para o que de<br />

melhor e de pior se fez pelas cidades em<br />

Portugal. Os da geração do Prof. Costa<br />

Lobo, que são responsáveis por casos<br />

exemplares de bom planeamento urbano,<br />

mas também alguns que sob a capa de<br />

“ilustres urbanistas”, apenas<br />

acrescentaram mais m2, sem respeitar,<br />

nem cuidar, das boas práticas que fazem as<br />

melhores cidades.<br />

Da nova geração, vi pouca gente. É pena.<br />

Julgam que já sabem tudo e que não vale a<br />

pena aprender com quem sabe, com quem<br />

faz e sobretudo com quem sempre deixou<br />

fazer. E bem! O Prof. Costa Lobo é um dos<br />

mais prestigiados urbanistas portugueses.<br />

Respeitado por muitas universidades<br />

estrangeiras, é também frequentemente<br />

convidado para dar parecer em muitas<br />

cidades.<br />

Tantas vezes o tenho ouvido falar das suas<br />

experiências com cidades portuguesas,<br />

brasileiras e turcas. É notável o empenho, a<br />

competênciaeainovaçãoqueaplicaaos<br />

diferentes modelos que estuda. O seu<br />

pensamento é um permanente desafio à<br />

reflexão,àinvestigaçãoeàinquietude<br />

sobre o desordenamento do nosso<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico | IMOBILIÁRIO XV<br />

JOÃO PESSOA E COSTA<br />

Presidente do Circulo Imobiliário-Portugal<br />

Faça-se já a ligação Lisboa-Madrid. Exija-se a Espanha a<br />

ligação com a Europa para o transporte de mercadorias.<br />

LUÍS LIMA<br />

Presidente da APEMIP<br />

território. A sua proposta parece simples.<br />

Tenhamos visão. Uma visão múltipla como<br />

a do camaleão. Vê, ao mesmo tempo, os<br />

diversos ângulos do objecto. Uma visão<br />

com profundidade. Com distância, mas<br />

estratégica. Uma visão sem obstruções que<br />

evite a parcialidade da decisão.<br />

Só me resta acrescentar. Quero cidades<br />

com visão, com ambição e com lideranças<br />

fortes. Deixo três temas para uma cidade<br />

mais competitiva.<br />

1.Um novo aeroporto. Ou melhor, uma<br />

nova cidade aeroportuária capaz de colocar<br />

a Área Metropolitana de Lisboa no centro<br />

das grandes decisões de negócios da<br />

Europa.<br />

2.Faça-se o TGV. E já a ligação Lisboa-<br />

-Madrid. Exija-se a Espanha a ligação com<br />

a Europa para o transporte de mercadorias<br />

que, crescentemente, entram pelo Porto de<br />

Sines.<br />

3.Reabilitar. A criação de melhores<br />

condições financeiras, técnicas, fiscais e de<br />

mercadoéomelhorcontributoqueo<br />

Estado pode dar para a melhoria dos<br />

centros urbanos e das condições de todos<br />

os que vivem, trabalham e investem nas<br />

nossas cidades.■<br />

Outro SIMA ainda mais perto<br />

Em Angola, como no Brasil e Portugal, o imobiliário<br />

é um dos que mais contribui para a economia.<br />

Tem a mesma sigla de um dos mais<br />

mediáticos salões imobiliários – o<br />

de Madrid – mas é de outro continente,<br />

embora esteja ainda mais perto de<br />

Portugal que o salão da capital de<br />

Espanha. Refiro-me ao Salão<br />

Imobiliário de Angola (SIMA) cuja<br />

primeira edição decorrerá de 6 a 9<br />

de Maio próximo.<br />

Numa organização da Feira<br />

Internacional de Luanda com<br />

apoio e parceria da Feira Internacional<br />

de Lisboa, o Salão de Luanda será,<br />

seguramente, um marco<br />

no aproveitamento das sinergias<br />

que se abrem nos mercados<br />

imobiliários dos países que falam<br />

português.<br />

Angola,queéjáasétimamaior<br />

economia africana, é também<br />

um dos principais e potenciais pilares<br />

da Confederação do Imobiliário de<br />

Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP),<br />

em marcha, pela iniciativa da APEMIP,<br />

com o apoio da AICCOPN, e apoios já<br />

expressos, no Brasil, do SECOVI de S.<br />

Paulo e do COFECI, de Brasília.<br />

Em Angola (como no Brasil, em<br />

Portugal e também noutros países<br />

da lusofonia) o sector imobiliário é um<br />

dos que mais contribui para<br />

impulsionar a Economia,<br />

gerando emprego e riqueza,<br />

como aliás reconhece a presidente<br />

da Associação de Profissionais<br />

Imobiliários de Angola (APIMA),<br />

Branca do Espírito Santo.<br />

O SIMA de Luanda – capital<br />

de um país de economia emergente<br />

cujas necessidades em matéria<br />

de imobiliário, nomeadamente<br />

no segmento habitacional mas<br />

também no dos escritórios,<br />

sãoenormes,é,defacto,um<br />

dos salões imobiliários que<br />

mais perto de nós está.<br />

Saibamos então, no próximo<br />

mês de Maio, marcar a<br />

presença que a lindíssima<br />

cidade de Luanda merece. ■


PUB


3<br />

7<br />

2<br />

4<br />

8<br />

ARTE PARA MAIORES <strong>DE</strong> 18 EM VIENA<br />

5 Reino Unido<br />

Bomba explode à porta de tribunal<br />

As autoridades britânicas consideram<br />

“um milagre” o facto<br />

de ninguém ter morrido na explosão<br />

de um carro armadilhado<br />

mesmo à porta do tribunal da<br />

cidadedeNewry,naIrlandado<br />

Norte,duranteanoitedesegunda<br />

para terça-feira.<br />

“Podíamos estar hoje a analisar<br />

várias fatalidades. A explosão<br />

foi bastante grande. Certamente<br />

o suficiente para causar<br />

bastantes baixas entre os transeuntes”,<br />

afirmou o Superintendente<br />

da Polícia local,<br />

Alisdair Robinson.<br />

O mesmo responsável precisou<br />

que a explosão ocorreu exactamente<br />

17 minutos depois da<br />

polícia ter recebido um telefonema<br />

a avisar que o dispositivo iria<br />

detonar dentro de meia hora.<br />

O centro da cidade encontra-<br />

Emnomedaarte,valetudo.Éoquedefendemosresponsáveisdomuseudearte<br />

contemporânea de Viena, “The Secession”. Para poderem contemplar as obras<br />

primas de Gustav Klimt, os visitantes têm de passar primeiro pelo clube de ‘swing’<br />

“Element6”, como parte de um projecto do artista suíço Christoph Buechel.<br />

se agora vedado à circulação civil,<br />

não sendo esperado que<br />

reabra antes de sexta-feira.<br />

A polícia britânica acredita que<br />

o atentado seja obra de dissidentes<br />

republicanos, que estarão descontentes<br />

com o rumo que estão a<br />

levar as negociações para a partilha<br />

de poderes no território. ■<br />

6 EUA<br />

Dick Cheney<br />

hospitalizado com<br />

problemas cardíacos<br />

O antigo vice-presidente dos<br />

Estados Unidos Dick Cheney<br />

foi ontem hospitalizado<br />

com “fortes dores no peito”,<br />

adiantando os especialistas<br />

que estas poderão indicar<br />

problemas cardíacos.<br />

Segundo um comunicado<br />

emitido pelos seus ajudantes<br />

políticos, Cheney, de 69<br />

anos de idade, está em<br />

repouso no hospital<br />

da Universidade George<br />

Washington. O político<br />

veterano tem já um longo<br />

historial de problemas do<br />

coração, tendo sofrido quatro<br />

ataques cardíacos entre os<br />

anosde1978e2000,ejá<br />

recebeuum‘bypass’<br />

quadruplo em 1988, estando<br />

actualmente com um ‘pacer’<br />

instalado no peito e sendo<br />

sempre acompanhado<br />

por um desfibrilhador.<br />

7 Ucrânia<br />

8 Índia<br />

Presidente indeciso entre a UE e a Rússia<br />

Confiscado livro<br />

com imagem<br />

de Jesus Cristo<br />

O vencedor das eleições presidenciais<br />

ucranianas, Viktor Yanukovych,<br />

“ainda não decidiu<br />

qual o país que irá visitar em<br />

primeiro lugar” quando entrar<br />

em funções, anunciou ontem<br />

Anna German, vice-presidente<br />

do partido de Yanukovych.<br />

Os media russos noticiaram<br />

ontem que a primeira visita do<br />

novo chefe de Estado ucraniano<br />

ao estrangeiro seria a Bruxelas,<br />

já no mês que vem.<br />

“A data acordada [com a<br />

União Europeia] é o dia um de<br />

Março. De momento, espera-se<br />

que em Bruxelas decorram encontros<br />

com o presidente europeu<br />

van Rompuy, o presidente<br />

da Comissão Europeia Durão<br />

Barroso e com o presidente do<br />

Parlamento Europeu”, afirmaram<br />

as mesmas fontes.<br />

Mas o presidente russo Dimitry<br />

Medvedev também já convidou<br />

o novo presidente ucraniano<br />

a visitar a Rússia, estando<br />

este a estudar qual será o seu<br />

primeiro destino.<br />

“Vamos esperar e ver o que<br />

diz o presidente sobre o que será<br />

mais importante para o país”,<br />

disse German.<br />

Embora Yanukovych só vá<br />

tomar posse amanhã, o presidente<br />

Rompuy havia já convidado<br />

o presidente eleito ucraniano<br />

a deslocar-se a Bruxelas<br />

“na primeira oportunidade<br />

possível” no passado dia 11,<br />

pouco tempo depois das eleições<br />

no país. ■<br />

Afotodapolémica.<br />

DR<br />

Explosão não fez vítmas.<br />

As autoridades do estado<br />

indiano de Meghalaya<br />

(maioritariamente cristão)<br />

confiscaram todas as cópias<br />

de um livro escolar que exibia<br />

uma imagem de Jesus Cristo<br />

segurando uma lata de cerveja e<br />

um cigarro. A ministra da<br />

Educação, Ampareen Lyngdoh,<br />

criticou fortemente a ilustração e<br />

defendeu uma acção legal contra<br />

a editora Skyline Publications,<br />

comsedeemNovaDeli.O<br />

governo retirou todas as cópias<br />

do livro das escolas primárias e<br />

livrarias em Meghalay, onde 70%<br />

dos 2,32 milhões de habitantes<br />

são cristãos.<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 29<br />

Governo da<br />

Dinamarca sofre<br />

remodelação<br />

O primeiro-ministro<br />

dinamarquês, Lars Loekke<br />

Rasmussen, levou a cabo uma<br />

remodelação governamental<br />

que resultou na nomeação,<br />

pela primeira vez, de duas<br />

mulheresparaaspastas<br />

da Defesa e dos Negócios<br />

Estrangeiros: a liberal Gitte<br />

Lillelund Bech e a viceprimeira-ministra<br />

Lene<br />

Espersen. Dez meses depois<br />

de ter tomado posse, em Abril<br />

de 2009, Rasmussen fez<br />

alterações em mais de uma<br />

dúzia de cargos do governo,<br />

incluindo o de ministro<br />

da Justiça.<br />

Clinton pede à<br />

Rússia para colaborar<br />

com NATO<br />

A secretária de Estado norteamericana,<br />

Hillary Clinton,<br />

apelou ao governo russo para<br />

cooperar com os Estados<br />

UnidoseaNATOnoâmbitodo<br />

sistema de defesa anti-mísseis<br />

naEuropaenaprevenção<br />

da proliferação de armas<br />

nucleares. Em Washington,<br />

Clinton sublinhou que a NATO<br />

não é uma ameaça para a<br />

Rússia, apesar do Kremlin ter<br />

colocado a Aliança Atlântica<br />

no topo da lista de problemas<br />

de segurança.<br />

Oposição integra<br />

novo governo da<br />

CostadoMarfim<br />

A coligação de partidos da<br />

oposição da Costa do Marfim<br />

disse que irá participar no<br />

novo governo do país, numa<br />

tentativa de pôr fim ao clima<br />

de instabilidade e protestos<br />

desde que o presidente,<br />

Laurent Gbagbo, anunciou a<br />

dissolução do Executivo. Pelo<br />

menos sete pessoas foram<br />

mortas nos violentos<br />

protestos na Costa do Marfim<br />

na semana passada.<br />

Angola duplica<br />

produção de crude<br />

da Nigéria em 2020<br />

No prazo de dez anos, Angola<br />

vai ter uma produção muito<br />

superior ao seu rival africano,<br />

a Nigéria. “Em 2020, a<br />

produção ‘offshore’ de Angola<br />

deverá ser o dobro da<br />

Nigéria”, disse Ann Pickard,<br />

vice-presidente da petrolífera<br />

Shell para a África Subsariana.<br />

Em 2009, Angola ultrapassou<br />

a Nigéria, quando este país<br />

enfrentava problemas internos<br />

graves.


30 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

EMPRESAS<br />

Refer, EP, Metro agravam<br />

passivo das empresas<br />

públicas em 13%<br />

Os lucros das empresas públicas não financeiras cresceram 36,8% no terceiro<br />

trimestre de 2009. O endividamento ultrapassou os 24.585 milhões de euros.<br />

Hermínia Saraiva<br />

herminia.saraiva@economico.pt<br />

Estradas de Portugal (EP), Refer,<br />

Metropolitano de Lisboa,<br />

CP, Metro do Porto e Parpública<br />

foram as empresas que mais<br />

contribuíram para um aumento<br />

de 3,7 mil milhões na dívida<br />

remunerada líquida das empresas<br />

públicas não financeiras<br />

(EPNF) nos primeiros nove<br />

meses de 2009. Um agravamento<br />

que contribuiu para que<br />

o passivo do Sector Empresarial<br />

do Estado (SEE) crescesse<br />

13% no final do terceiro trimestre<br />

do último ano.<br />

As contas fazem parte do Boletim<br />

Informativo sobre o Sector<br />

Empresarial do Estado (SEE)<br />

relativo ao terceiro trimestre de<br />

2009, que aponta a EP (com um<br />

aumento da dívida líquida de<br />

677,1 milhões de euros), a Refer<br />

(mais 429,5 milhões), o Metropolitano<br />

de Lisboa (aumento de<br />

424,6 milhões) e a Parpública<br />

(mais 814,9 milhões) como os<br />

principais responsáveis para o<br />

aumento da dívida remunerada<br />

que atingiu os 24.585 milhões<br />

de euros a 30 de Setembro.<br />

“Cerca de 75% do aumento da<br />

dívida remunerada é explicada<br />

apenas por seis EPNF: Parpública,<br />

Estradas de Portugal, Refer,<br />

Metropolitano de Lisboa, CP e<br />

MetrodoPorto”,lê-senorelatório<br />

da Direcção Geral de Tesouro<br />

e Finanças (DGTF).<br />

Relativamente ao primeiro<br />

semestre de 2009, o endividamento<br />

de 24.585 milhões representa<br />

um crescimento de 3,5%<br />

face à dívida remunerada líquida<br />

da altura em que era de<br />

23.745 milhões.<br />

A contrariar a tendência de<br />

subida estiveram a EDIA, que<br />

viu a sua dívida reduzida em<br />

40 milhões de euros, a RTP<br />

(menos 34,6 milhões) e a Parque<br />

Expo (menos 27,6 milhões<br />

de euros).O endividamento da<br />

televisão pública, por exemplo,<br />

era no final de Setembro<br />

do ano passado de 860,5 milhões<br />

de euros.<br />

O relatório apresentado pela<br />

DGTF aponta ainda para uma re-<br />

Cercade75%<br />

da dívida é explicada<br />

por seis empresas: CP,<br />

Refer, Parpública,<br />

Metro de Lisboa,<br />

Metro do Porto e<br />

Estradas de Portugal.<br />

JáaRTP,EDIA<br />

e Parque Expo<br />

ajudaram a reduzir<br />

adívida.<br />

ESFORÇO FINANCEIRO<br />

177,2 milhões<br />

Durante os primeiros nove meses<br />

do ano, o esforço financeiro do<br />

Estado foi de 177,2 milhões de<br />

euros, mais 11,3 milhões do que no<br />

mesmo período de 2008. Desta<br />

verba 51,2 milhões representaram<br />

dotações de capital.<br />

VOLUME <strong>DE</strong> NEGÓCIOS<br />

5.464 milhões<br />

No 3.º trimestre de 2009, o<br />

volume de negócios do SEE<br />

aumentou19,9%paraos5.464<br />

milhões de euros. A contribuir<br />

positivamente estiveram as<br />

empresas do sector da Saúde,<br />

cuja facturação cresceu 37,8%.<br />

cuperação significativa do resultado<br />

líquido das empresas do SEE<br />

que, apesar de um crescimento<br />

de 36,8% nos primeiros nove<br />

mesesdoano,continuamno<br />

vermelho. As companhias estatais<br />

registavam no final de Setembro<br />

de 2009 um prejuízo de<br />

495,7 milhões de euros, contra<br />

um resultado líquido negativo de<br />

784,5 milhões de euros no ano<br />

anterior. Em relação ao segundo<br />

trimestre, há a registar um crescimento<br />

de 49,4% dos prejuízos<br />

que eram, no final de Junho, de<br />

331,8 milhões de euros.<br />

Na comparação com o resultados<br />

dos primeiros nove meses<br />

de 2008, a Direcção-geral de<br />

Tesouro e Finanças justifica a<br />

melhoria de 36,8% como “consequência<br />

do impacto positivo<br />

dos resultados financeiros agregados,<br />

que registaram um crescimento<br />

de 70%, em larga medida<br />

atribuível à Parpública, e<br />

também pelo melhor desempenho<br />

operacional, que se traduziunoincrementode2,6%nos<br />

resultados operacionais”, lê-se<br />

no relatório.<br />

A pressionar os resultados<br />

entre Janeiro e Setembro de<br />

2009 estiveram “as empresas do<br />

sector da Saúde [que] registaram,<br />

em conjunto, um agravamento<br />

do resultado líquido de<br />

<strong>56</strong>,2 milhões de euros, sendo<br />

25,3 milhões atribuível às novas<br />

entidades entretanto criadas”.<br />

A DGTF justifica esta situação<br />

com a transferência de mais<br />

hospitais do Sector Administrativo<br />

Público para o Sector Empresarial<br />

do Estado.<br />

No caso da Parpública, o resultado<br />

líquido aumentou em<br />

326,9 milhões de euros, suportado<br />

por uma melhoria de 312,3<br />

milhões de euros do resultado<br />

financeiro e um aumento do resultadoextraordináriode15,2<br />

milhões. Também a EP, o Metropololitano<br />

de Lisboa eaRTP<br />

registaram nos primeiros nove<br />

meses do ano melhorias nos<br />

seus resultados operacionais. No<br />

caso da concessionária, o aumento<br />

foi de 42% situando-se<br />

nos 68,4 milhões no final de Setembro.<br />

■<br />

O SECTOR EMPRESARIAL<br />

DO ESTADO<br />

● As empresas públicas não<br />

financeiras estão centradas<br />

essencialmente no sector dos<br />

transportes, que representa 32%<br />

da carteira do Sector Empresarial<br />

do Estado. Seguem-se as<br />

empresas do sector da Saúde<br />

(18%) e de infra-estruturas (13%)<br />

● O sector empresarial do<br />

Estado englobava no final do<br />

terceiro trimestre de 2009 um<br />

total de 129 empresas, entre<br />

empresas públicas (90) e<br />

empresas participadas (39).<br />

● O valor das participações do<br />

Estado era nessa altura de 9.517<br />

milhões de euros, tendo sofrido<br />

um aumento global de 231<br />

milhões de euros, em<br />

consequência do aumento do<br />

capital estatutário da Parque<br />

Escolar.<br />

O Metro de Lisboa e o Metro do<br />

Porto contribuíram para o<br />

agravamentodadívidadosector<br />

empresarial do Estado<br />

OS MELHORES E OS PIORES DO<br />

NOME<br />

FRANCISCO REIS<br />

176, 9 milhões<br />

Era o prejuízo da CP no final<br />

de Setembro do ano passado.<br />

No terceiro trimestre registava<br />

um aumento de 22,8 milhões,<br />

condicionado pelos resultados<br />

financeiros negativos de<br />

99,1 milhões de euros.


EP volta a pedir prorrogação do prazo ao TC<br />

A Estradas de Portugal (EP) voltou a pedir ao Tribunal de Contas (TC)<br />

uma prorrogação do prazo para a entrega do contrato da concessão rodoviária<br />

Baixo Tejo, o único que não tem uma decisão sobre a atribuição<br />

de visto prévio. A empresa liderada por Almerindo Marques (na foto) voltou<br />

a pedir mais tempo ao TC “porque não terminou ainda as diligências<br />

que tem em curso”, disse à Lusa, escusando-se a adiantar mais pormenores.<br />

Fonte oficial do TC disse que o pedido já “foi aceite pelo tribunal”.<br />

SECTOR EMPRESARIAL DO ESTADO<br />

PLÁCIDO PIRES<br />

PARPUBLICA<br />

275,4 milhões<br />

A empresa que gere as participações<br />

do Estado beneficiou de uma<br />

redução de 307,9 milhões dos custos<br />

financeiros, passando de um prejuízo<br />

de 51,5 milhões para lucros de<br />

275,4 milhões. A venda da SN Longos<br />

contribuiu com 14,4 milhões.<br />

GUILHERME COSTA<br />

RTP<br />

-10,063 milhões<br />

O crescimento de 76,8%<br />

do resultado líquido da RTP<br />

foi suportado pela melhoria do<br />

resultado financeiro que<br />

beneficiou da redução de 19,2<br />

milhões de euros (-41,7%) dos<br />

custos financeiros.<br />

AGENDA DO DIA<br />

● Brisa e Sonae Indústria<br />

apresentam resultados de 2009.<br />

● Início do FTTH Council, dedicado<br />

às Redes de Nova Geração, com a<br />

presença de António Mendonça,<br />

ministro das Obras Públicas.<br />

● Representantes norte-americanos<br />

fazem audição sobre a Toyota.<br />

ALMERINDO MARQUES<br />

ESTRADAS <strong>DE</strong> PORTUGAL<br />

66,774 milhões<br />

Os lucros da Estradas de<br />

Portugal cresceram 26,6%, com<br />

a descida das amortizações,<br />

ajustamentos e provisões (-<br />

7,6%), compatibilizadas com os<br />

pressupostos de previsão de<br />

receitas ao longo da concessão.<br />

PEDRO SERRA<br />

AGUAS<strong>DE</strong>PORTUGAL<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 31<br />

Paulo Figueiredo<br />

1,615 milhões<br />

O resultado líquido da AdP<br />

cresceu 120,1% no terceiro<br />

trimestre, reflectindo o<br />

crescimento de 8 milhões do<br />

resultado financeiro, beneficiado<br />

pela descida da taxa de juro e de<br />

diferenças de câmbio favoráveis.<br />

Custos com<br />

pessoal<br />

sobem 61%<br />

Osectorempresarialempregava<br />

mais 18,6% de trabalhadores<br />

em Setembro.<br />

Hermínia Saraiva<br />

herminia.saraiva@economico.pt<br />

Os custos com pessoal das empresas<br />

públicas não financeiras<br />

aumentaram 60,7% no terceiro<br />

trimestre de 2009, com o total<br />

a passar de 1.871 milhões para<br />

3.006 milhões de euros. A variação<br />

homóloga é mais comedidacomumcrescimentode<br />

20,2% das despesas com trabalhadores.<br />

Neste período, o sector empresarial<br />

do Estado passou a<br />

empregar mais 123,89 mil pessoas.<br />

Um valor que representa<br />

um crescimento de 18,6% numa<br />

altura em que se verificou uma<br />

variação negativa de 3,4% no<br />

emprego. A Direcção-Geral do<br />

Tesouro e Finanças diz que<br />

“parte significativa desse aumento<br />

é justificado pelas novas<br />

entidades hospitalares transformadas<br />

em EPE”. Mas ainda que<br />

o perímetro das empresas públicas<br />

não financeiras deixasse<br />

de fora estas unidades a evolução<br />

continuaria a ser positiva,<br />

mesmo que “quase residual”:<br />

0,7%. Neste caso, as contas<br />

apontam para um total de<br />

105,23 mil trabalhadores.<br />

Entre as empresas com aumento<br />

dos custos com pessoal<br />

estão a Parpública (mais 16,7%),<br />

a REFER (mais 5,4%) e a Lusa<br />

(mais 6,7%). Globalmente, o<br />

sector da saúde foi o que registou<br />

maior crescimento com uma subida<br />

de 35,7% para os 1.948 milhões<br />

de euros. A contrair a tendência<br />

de crescimento estiveram<br />

a ANA - Aeroportos de Portugal<br />

(menos 13,4%) e o Metropolitano<br />

de Lisboa (menos 13,7%). ■<br />

O sector da saúde<br />

foi o que registou<br />

maior crescimento<br />

com os custos<br />

com pessoal,<br />

com uma subida<br />

de 35,7% para<br />

os 1.948 milhões<br />

de euros.


32 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

EMPRESAS<br />

AUTOMÓVEL<br />

Fábricas de carros portuguesas já voltaram<br />

a produzir dentro da normalidade<br />

No mês de Janeiro de 2010, foram produzidos 11.588 automóveis em<br />

Portugal, o que representa um aumento de 10,9% face ao mesmo<br />

período do ano passado. Segundo a Associação Automóvel de Portugal<br />

(ACAP), estes dados demonstram que a produção automóvel está a<br />

recuperar da quebra de 34,9% sentida no ano passado. Autoeuropa,<br />

PSA, Mitsubishi Fuso Truck Europe, Toyota Caetano e VN Automóveis<br />

estão a produzir acima dos valores de 2009.<br />

A greve de controladores aéreos da Air<br />

Francevaide23a26deFevereiro.<br />

Compra de Mercedes<br />

e BMW ao estrangeiro<br />

caiu 77% em 2009<br />

A crise e a alteração da legislação são os factores que<br />

mais influenciam negativamente a importação de usados.<br />

Sara Piteira Mota<br />

sara.mota@economico.pt<br />

Já são poucos os portugueses<br />

que vão ao estrangeiro com o<br />

objectivo de comprar um carro<br />

usado de topo-de-gama que em<br />

Portugal está fora do seu alcance.<br />

As vantagens financeiras da<br />

importação de automóveis ainda<br />

são muitas, mas este negócio<br />

tem vindo a cair nos últimos<br />

anos, principalmente depois de<br />

terem sido retiradas grande<br />

parte das benesses fiscais.<br />

No ano passado, foram importados<br />

apenas 9.800 automóveis<br />

usados, o que representa<br />

uma quebra de 77,3% face a<br />

2008, quando o número de importados<br />

chegou às 43.145 unidades.<br />

Em termos de marcas, a<br />

Mercedes-Benz, BMW e Audi<br />

continuam a ser as mais procuradas,<br />

mas começam a surgir<br />

outras, como a Jaguar e noutra<br />

categoria os Smart.<br />

“Esta situação da quebra da<br />

importação tem a ver, fundamentalmente,<br />

com a crise económica<br />

mas também com a alteração<br />

na tributação destes<br />

veículos que foi introduzida a 1<br />

de Janeiro de 2009”, explica ao<br />

Diário Económico Hélder Pedro,<br />

secretário-geral da ACAP.<br />

Os veículos ligeiros a gasóleo tiveramumagravamentode250<br />

euros com a alteração referente<br />

à emissão de partículas (0,005<br />

gr/km). Esta alteração juntamente<br />

com o agravamento do<br />

Imposto Sobre Veículos (ISV)<br />

resultou em média num acréscimo<br />

de 12,5% no preço final do<br />

carro importado.<br />

A Alemanha continua a ser<br />

dos países mais procurados para<br />

quem quer um carro topo-degama,<br />

mas a um preço mais<br />

“simpático”. Só depois é que<br />

surgem na lista nomes como a<br />

Polónia eaHungria, ou mesmo<br />

os Estados Unidos. Devido à crise,<br />

“muitos Ingleses com casas<br />

em Espanha estão a vender esses<br />

imóveis de férias e por arrastamento<br />

os seus carros. São às<br />

centenas os veículos com matrícula<br />

inglesa, volante à es-<br />

EXEMPLO<br />

“Consideramos<br />

que existe uma<br />

diversificada oferta,<br />

por parte do nosso<br />

sector do comércio<br />

automóvel, o que<br />

tem conduzido à<br />

redução da compra<br />

noutros países”,<br />

diz Hélder Pedro.<br />

Nissan GT-R<br />

Custa mais de 130 mil euros<br />

edemora12mesesaestar<br />

disponível. Na Alemanha, é<br />

possivel comprar um com menos<br />

de um ano, cerca de 7.000 Km,<br />

e, devidamente legalizado, fica<br />

por 90 mil euros.<br />

querda, por preços muito convidativos,<br />

pois o mercado britânico<br />

é dos que mais penaliza o<br />

mercado do usado”, adianta<br />

Nuno Ferreira, presidente-executivo<br />

(CEO) da empresa portuguesa<br />

importmycar.com<br />

Compensa ir ao estrangeiro?<br />

A resposta é positiva. “Por regra<br />

compensa importar veículos de<br />

gamas altas devido ao preço<br />

bastante mais reduzido face ao<br />

valor pago em novo no seu país<br />

de origem e à forte desvalorização<br />

do usado em determinados<br />

mercados”, diz Nuno Ferreira,<br />

CEO da importmycar.com.<br />

Além destes, os veículos com<br />

um valor de emissões de CO2<br />

reduzido, bem como veículos<br />

específicos (ou raros) têm custos<br />

de importação reduzidos.<br />

Porexemplo,quemquercomprar<br />

um Nissan GT-R, que em<br />

Portugal custa mais de 130 mil<br />

euros, já sabe que em média tem<br />

que esperar 12 meses. Mas se não<br />

tem paciência para esperar tanto,<br />

pode sempre importar um. A<br />

empresa importmycar.com dá<br />

um exemplo. “Encontrámos duas<br />

opções: uma na Alemanha, em<br />

que o veículo tinha menos de um<br />

ano, cerca de 7.000 Km, e, devidamente<br />

legalizado, ficaria por<br />

90 mil euros (menos 40 mil euros<br />

do que em Portugal); outra nos<br />

EUA, de Junho de 2008, por 46<br />

mil euros. Depois de todos os<br />

procedimentos burocráticos necessários<br />

à legalização, o veículo<br />

ficaria por 80 mil euros”, diz Nuno<br />

Ferreira. Em qualquer das opções<br />

o carro chegaria em 30 dias.<br />

Uma das vantagens do mercado<br />

único europeu foi a de permitir<br />

a livre circulação de capitais,<br />

pessoas e bens. Todavia, “e<br />

infelizmente, esta possibilidade<br />

não foi acompanhada de uma<br />

harmonização dos regimes fiscais<br />

e, concretamente, da fiscalidade<br />

sobre os automóveis”, diz<br />

Hélder Pedro. O responsável<br />

defende que não existe um verdadeiro<br />

mercado único no sector<br />

automóvel, pelo que cada<br />

país tributa os automóveis da<br />

forma que entende. ■<br />

AVIAÇÃO<br />

TAP cancela 50% da operação para Orly<br />

até dia 26 de Fevereiro<br />

A TAP prevê cancelar 50% da operação para o aeroporto de Paris - Orly<br />

nos quatro dias da greve dos controladores aéreos que começou ontem,<br />

avançou ao PressTUR, o porta-voz da companhia, António Monteiro, que<br />

acrescenta que operação para Paris – Charles de Gaulle (CGD) “está a<br />

decorrer normalmente”. A Air France anunciou que prevê fazer hoje<br />

75% dos voos de curta e média duração de e para o aeroporto de Paris<br />

– Charles de Gaulle devido à greve de controladores aéreos.<br />

O que deve saber an<br />

Tenha atenção às rasteiras<br />

quando for comprar um carro.<br />

Sara Piteira Mota<br />

sara.mota@economico.pt<br />

Se tem espírito aventureiro e quer<br />

poupar uns trocos fazendo a importação<br />

do seu carro por si só,<br />

deixamos-lhe aqui algumas dicas<br />

que o podem ajudar.<br />

1<br />

O PREÇO QUE APARECE NUM<br />

SITE NÃO É O PREÇO FINAL<br />

QUE O CARRO VAI CUSTAR<br />

É preciso não esquecer que esse<br />

é o preço do carro na Alemanha,<br />

ou noutro país qualquer euro-<br />

peu, mas a acrescentar a esse<br />

preço existem diversos custos,<br />

como a logística com serviços e<br />

documentação indispensáveis<br />

(seguro internacional, matrículas<br />

de trânsito, inspecções tipo<br />

B, modelos, homologações registos).<br />

Faça bem as contas ao<br />

que terá de gastar antes de importar.<br />

2<br />

NEM TUDO O QUE PARECE É<br />

Por vezes o carro que escolhe importar<br />

através de um site parece<br />

estar num estado que lhe agrada, e<br />

depois quando o vê ao vivo, chega<br />

aquestionar-seseocarroéomesmo.<br />

Se não conhece a língua alemã


MEDIA<br />

Prisa negoceia entrada de investidores<br />

estrangeiros no grupo<br />

Um grupo de investidores internacionais poderá entrar na estrutura<br />

accionista na Prisa, através de um investimento que poderá situar-se<br />

entre os 450 e os 600 milhões de euros, informa um comunicado do<br />

grupo. “Nos últimos meses decorreram conversações com diferentes<br />

gruposeaPrisaconfirmaquenestemomento pode chegar a acordo<br />

com um grupo de investidores internacionais interessados”, segundo o<br />

comunicado enviado à comissão de valores mobiliários espanhola.<br />

O presidente da Toyota, Aki Toyoda, vai hoej<br />

ao congresso dos EUA dar explicações.<br />

tes de importar um carro<br />

ou francesa, tenha atenção a determinadas<br />

palavras-chave que<br />

encontra nos anúncios. Peça fotos<br />

de grande resolução, do exterior,<br />

do interior, do motor e estranhe se<br />

não lhe forem facultadas.<br />

3<br />

NÃO CONFIE <strong>DE</strong>MASIADO<br />

NO VEN<strong>DE</strong>DOR<br />

Quando o preço do carro é abaixo<br />

do valor normal desconfie, principalmente,<br />

senão conhece o comerciante.<br />

Confirme por escrito<br />

com o vendedor as questões relativas<br />

à origem do carro, o registo<br />

de acidentes, anteriores proprietários<br />

e garantia. Claro que uma<br />

vez no país de exportação, se algo<br />

nãoestiverdeacordocomoque<br />

lhe informaram, pode sempre<br />

desistir. Mas não se esqueça que a<br />

Alemanha é um país grande e se<br />

os planos que tinha não correrem<br />

bem irá perder tempo e dinheiro à<br />

procura de outro carro.<br />

4<br />

CRIME ORGANIZADO<br />

Na Alemanha e em outros países<br />

existem ‘stands’ fictícios e feiras<br />

de automóveis muito mal frequentadas.<br />

Na maioria das vezes<br />

essasfeirasservemparaoscomerciantes<br />

despacharem veículos<br />

que tiveram acidentes graves.<br />

Existem fortes probabilidades de<br />

o carro quando cá chegar não<br />

Jonathan Drake/Bloomberg<br />

Infografia: Marta Carvalho | marta.carvalho@economico.pt<br />

passar na inspecção. Não embarque<br />

sozinho para um país, com os<br />

bolsos cheios de notas.<br />

5<br />

ÓPTIMO PREÇO<br />

Nunca se pode comprar nenhum<br />

carro que apareça na primeira pá<strong>gina</strong><br />

de resultados de um site,<br />

quando o filtro estiver no preço.<br />

Essa primeira pá<strong>gina</strong> têm na<br />

maioria das vezes carros batidos<br />

ou com outros problemas, e daí<br />

estarem a um óptimo preço. Se<br />

vir palavras como ‘Engine Defect’,<br />

‘Getriebe Probleme’, então,<br />

a não ser que seja dono de uma<br />

oficina de reparações, esse carro<br />

não lhe interessa. Desconfie.■<br />

AUTOMÓVEL<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 33<br />

Toyota admite ter demorado “muito” tempo<br />

alidarcomasquestõesdesegurança<br />

A Toyota admitiu ontem ter demorado “muito” tempo a lidar com as<br />

questões de segurança no pedal do acelerador que acabaram por obrigar<br />

a fabricante de automóveis a recolher 8,5 milhões de veículos em todo o<br />

mundo. O responsável pela marca nos EUA, James Lentz, afirmou que a<br />

Toyota falhou “a analisar e responder prontamente” às informações que<br />

foram chegando à empresa, segundo avança a “BBC online”. Hoje o<br />

presidente da Toyota, Akio Toyoda, vai ao Congresso dos EUA.<br />

Vendas de carros<br />

usados vai<br />

estagnar este ano<br />

Tal como as vendas de carros<br />

novos, também os usados foram<br />

afectados pela crise.<br />

Sara Piteira Mota<br />

sara.mota@economico.pt<br />

Portugal tem um dos parques<br />

automóveis mais envelhecidos<br />

da Europa. Circulam pelas estradas<br />

portuguesas 5.825 milhões<br />

de carros que mudam de<br />

mãos várias vezes ao longo da<br />

sua vida até serem dados para<br />

abate. No entanto, apesar dessa<br />

rotatividade, as vendas de automóveis<br />

usados em Portugal não<br />

escapam à crise económica. E a<br />

previsão da Associação Automóvel<br />

de Portugal (ACAP) para<br />

ocorrenteanoédeumatotal<br />

estagnação deste negócio.<br />

Segundo informações disponibilizadas<br />

pela ACAP, foram<br />

vendidos 514.800 automóveis<br />

usados, em 2009, o que representou<br />

um decréscimo de 12,4%<br />

relativamente a 2008. “Embora<br />

não existindo previsões para as<br />

vendas de carros usados, podemos<br />

afirmar que face às previsões<br />

macro-económicas, para<br />

2010, deverá manter-se a estagnação<br />

deste segmento de negócio”,<br />

explica ao Diário Económico<br />

Hélder Pedro, secretáriogeraldaACAP.<br />

Quebra das vendas de carros<br />

novos não ajuda usados<br />

Durante o ano passado foi comum<br />

ouvir os especialistas do<br />

sector a afirmar que uma descida<br />

no mercado de automóveis<br />

novos poderia implicar uma subida<br />

no mercado de usados. Porém<br />

esta transferência de negócio<br />

não se verificou. “Como<br />

constatámos, também este<br />

mercado sofreu uma quebra em<br />

2009 se bem que, mesmo assim,<br />

inferior ao mercado de novos”,<br />

acrescenta Hélder Pedro.<br />

Por todo o país foram vários<br />

os concessionários a fechar as<br />

portas e a deixar centenas de<br />

pessoas no desemprego.<br />

A SIVA, importador oficial<br />

do grupo Volkswagen em Portugal,<br />

revela que o comportamento<br />

das marcas foi diferente.<br />

Nos primeiros oito meses de<br />

2009, foram registadas 16.416<br />

transferências de propriedade<br />

de modelos Audi contra 18.185<br />

no mesmo período, o que representa<br />

uma variação negativa<br />

de 9,7%. Já da marca Skoda registou-se<br />

uma transferência de<br />

veículos usados de 3.202 unidades,<br />

quando em igual período<br />

tinham sido feitas 3.055, o que<br />

neste caso é um crescimento de<br />

4,8%. No caso da marca<br />

Volkswagen foram vendidos<br />

36.006 veículos usados, menos<br />

13,3% face às 41.545 unidades<br />

comercializadas entre Janeiro e<br />

Agosto de 2008. Mafalda Correia,<br />

directora de comunicação<br />

da Siva explica que “nem todas<br />

as marcas representadas pela<br />

SIVA tiveram o mesmo comportamento<br />

no mercado de<br />

usados, o que é normal e corresponde<br />

aos diferentes posicionamentos<br />

e fases de maturidade<br />

de cada marca.”<br />

Hélder Pedro defende que<br />

“desdearecessãode2003que<br />

podemos afirmar que quando<br />

existe uma crise económica, e<br />

sobretudo uma crise com a dimensão<br />

da que ocorreu em<br />

2009, todos os sub-sectores do<br />

comércio automóvel são negativamente<br />

afectados”. ■<br />

Durante o ano<br />

passado foi comum<br />

ouvir os especialistas<br />

do sector a afirmar<br />

que uma descida<br />

no mercado de<br />

automóveis novos<br />

poderia implicar uma<br />

subida no mercado<br />

de usados. Porém esta<br />

transferência<br />

de negócio não<br />

se verificou.


34 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

EMPRESAS<br />

TECNOLOGIAS<br />

Prazo para apresentar propostas dos novos<br />

Magalhães adiado até dia 9 de Março<br />

O Ministério da Educação prorrogou até 9 de Março o prazo para<br />

entrega de propostas no concurso público internacional para<br />

fornecimento de 250 mil novos computadores portáteis do programa<br />

e-escolinhas. A JP Sá Couto (que forneceu os 400 mil Magalhães da<br />

primeirafasedoconcurso),Acer,HP,AsuseaDelljámanifestaram<br />

abertamente vontade em participar. A Toshiba acabou por recuar,<br />

por considerar insuficiente o investimento previsto pelo Executivo.<br />

O negócio de venda de 2,7%<br />

da EDP, empresa liderada por<br />

António Mexia, está avaliado<br />

em 298 milhões de euros,<br />

68 milhões foram mais-valias.<br />

Ana Maria Gonçalves<br />

e Ana Baptista<br />

ana.goncalves@economico.pt<br />

Os rumores que há muito circulavam<br />

no mercado concretizaramse.<br />

A Iberdrola, maior accionista<br />

privadodaEDP,vendeu2,71%do<br />

capital do grupo português, reduzindo<br />

a sua participação para<br />

6,79%. Um acto que a Iberdrola<br />

promete ser isolado, pelo menos<br />

até ao final do ano. “Não temos<br />

intenção de vender mais nenhuma<br />

participação adicional na EDP<br />

durante 2010. Consideramos esta<br />

posição confortável”, refere fonte<br />

oficial da eléctrica espanhola em<br />

declarações ao Diário Económico.<br />

Apesar de Sanchez Galán, presidente<br />

da eléctrica espanhola, ter<br />

reafirmado no final de Janeiro do<br />

ano passado que a EDP era um activo<br />

que se encontrava “no congelador”,<br />

menos de seis meses depois<br />

eram dados os primeiros sinais<br />

ao mercado de que estava em<br />

curso uma mudança de planos.<br />

A imprensa do país vizinho deu<br />

entãocontadequeos9,5%quea<br />

Iberdrola mantinha na EDP pode-<br />

Os trabalhadores consideram que estão<br />

a sofrer “assédios” pela empresa.<br />

riam em breve mudar de mãos.<br />

Decisão justificada com necessidades<br />

de liquidez urgentes, sendo<br />

a venda da posição na EDP – uma<br />

participação assumidamente financeira<br />

– uma forma de encaixar,<br />

à data, cerca de mil milhões<br />

de euros, a preços de mercado.<br />

Esta informação nunca seria<br />

desmentidapelaIberdrolaeofacto<br />

é que ela coincide com a alienação<br />

das primeiras acções da EDP.<br />

“Vendemos [os 2,71%] de forma<br />

faseada desde Maio de 2009 para<br />

não afectar os accionistas minoritários,<br />

nem a cotação da empresa”,<br />

referiu a mesma fonte.<br />

O negócio, agora anunciado,<br />

na véspera da apresentação dos<br />

seus resultados de 2009, está avaliado<br />

em 298 milhões euros, tendo<br />

sido realizado ao preço médio<br />

de 3 euros por título, o que rendeu<br />

à Iberdrola mais-valias brutas de<br />

cerca de 68 milhões de euros.<br />

Adecisãoéenquadradanopacote<br />

de desinvestimentos do plano<br />

estratégico da Iberdrola para<br />

2008-2010, cujo objectivo é<br />

manter a força financeira do grupo,<br />

optimizar a sua estrutura de<br />

HOTELARIA<br />

Trabalhadores da Pousadas de Portugal<br />

admitem greve na Páscoa como protesto<br />

Iberdrola ganha 68 milhões<br />

com redução da posição na EDP<br />

A eléctrica espanhola garante que não vende mais nenhuma tranche<br />

até ao final do ano. Os direitos de votos na EDP estão blindados a 5%.<br />

OS ACCIONISTAS DA EDP<br />

Apesar da venda de 2,71%, a<br />

Iberdrola, que até agora detinha<br />

uma posição de 9,5%, continua<br />

a ser o maior accionista privado.<br />

Outros<br />

53,82%<br />

BlackRock<br />

3,83%<br />

Fonte: EDP<br />

Parpública<br />

20,49%<br />

Iberdrola<br />

6,79%<br />

CGD<br />

5,24%<br />

Caja de<br />

Ahorros<br />

de Asturias<br />

José 5,01%<br />

de Mello<br />

4,82%<br />

Os trabalhadores das Pousadas de Portugal, exploradas pelo grupo<br />

Pestana, admitiram convocar greves na altura da Páscoa em protesto pelo<br />

“assédio” que dizem estar a sofrer com as “transferências forçadas” entre<br />

as várias unidades da rede. Vamos marcar plenários e decidir formas de<br />

luta para a altura da Páscoa, eventualmente greves”, afirmou ontem<br />

Francisco Figueiredo, do Sindicato da Hotelaria e Turismo, uma vez que o<br />

grupo só vai dar aumentos a quem ganha menos de 500 euros.<br />

Paula Nunes<br />

capital e assegurar o ritmo de investimento<br />

comprometido com<br />

os mercados.<br />

A operação de alienação da EDP<br />

vem juntar-se à recente venda da<br />

Petroceltic; dos activos de armazenamento<br />

de gás de Seneca Lake<br />

nos EUA e aos desinvestimentos<br />

anunciados em 2009, entre os<br />

quais se incluem as participações<br />

nas regasificadoras de Sagunto e<br />

BBG, em duas centrais hidroeléctricas<br />

no Chile, a cedência de 10%<br />

da Gamesa e de 27% da operadora<br />

de telecomunicações guatemalteca<br />

Navega. Objectivo prioritário:<br />

reduzir a sua dívida astronómica<br />

de 30 mil milhões de euros.<br />

Uma coisa é certa. A Iberdrola<br />

tem ainda margem de manobra<br />

na EDP. Até porque os direitos de<br />

voto na eléctrica portuguesa estão<br />

restringidos até 5%. Resultado de<br />

uma fracassada parceria estratégica,<br />

a presença da Iberdrola no<br />

capital da EDP resultou num braço<br />

de ferro para conseguir impor a<br />

sua presença no mercado eléctrico.<br />

Ambição que nunca concretizou<br />

devido à concorrência da empresa<br />

portuguesa. ■<br />

Privatização<br />

da ANA<br />

demora<br />

um ano<br />

a preparar<br />

Proposta da Naer prevê<br />

várias fases que poderão<br />

atirar o processo para 2011.<br />

Cátia Simões<br />

catia.simoes@economico.pt<br />

A proposta da Naer para a privatização<br />

da ANA demora entre 11 a 12<br />

meses a realizar, segundo o calendário<br />

previsto por Carlos Madeira,<br />

presidente da empresa pública<br />

responsável pela construção do<br />

Novo Aeroporto de Lisboa (NAL).<br />

“O modelo que propusemos<br />

aoGovernotemumafasedepréqualificação<br />

e outra em que cada<br />

um dos privados faz o seu projecto,<br />

com base no <strong>Plano</strong> Director de<br />

Referência”, explicou o responsável<br />

na apresentação do Estudo<br />

de Impacte Ambiental (EIA) do<br />

novo aeroporto. Por outro lado, a<br />

Declaração de Impacte Ambiental<br />

(DIA) só será emitida entre<br />

Outubro e Dezembro e, embora<br />

possa arrancar, o “processo de<br />

privatização não deve fechar antes<br />

da DIA ser emitida”.<br />

Aos jornalistas, Carlos Madeira<br />

não quis confirmar se o processo<br />

de privatização avança ainda este<br />

ano mas, pelas contas do Diário<br />

Económico, mesmo que arranque<br />

umaprimeirafasedeprivatização,<br />

com os consórcios a apresentarem<br />

propostas, o processo não<br />

estará fechado antes de 2011.<br />

O responsável admitiu ainda<br />

não ter recebido ordens do Executivo<br />

para lançar o concurso<br />

para a concessão e exploração do<br />

novo aeroporto, projecto avaliado<br />

em 4,9 mil milhões de euros.<br />

Até agora, dois consórcios mostraram<br />

interesse: o consórcio Asterion,<br />

liderado pela Mota-Engil<br />

e Brisa, e ainda um agrupamento<br />

da Teixeira Duarte e da Ferrovia.<br />

Custos ambientais de 150 milhões<br />

As medidas definidas no EIA para<br />

minimizar o impacto ambiental<br />

deverão custar entre 130 a 150<br />

milhões de euros. As conclusões<br />

do EIA, apresentadas ontem, demonstraram<br />

que não existiam<br />

impedimentos sérios à construção<br />

do NAL no Campo de Tiro de<br />

Alcochete. “Não identificamos<br />

nada no projecto que possa pôr<br />

em causa a construção, o impacte<br />

existente pode ser reduzido”, explicou<br />

João Almeida, técnico da<br />

DHV, que lidera o consórcio responsável<br />

pelo estudo. ■


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36 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

EMPRESAS<br />

BEBIDAS<br />

Serviço de assistência do ACP<br />

vai oferecer Sagres Zero aos sócios<br />

O Automóvel Clube (ACP) de Portugal renovou o protocolo com<br />

a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC) para a prevenção<br />

rodoviária. A partir de ontem, dia 23, as 32 viaturas de desempanagem<br />

e assistência do ACP passam a estar equipadas com mini ‘coolers’<br />

apetrechadas com Sagres Zero para oferecer ao sócios enquanto<br />

aguardam pela assistência aos carros. A aasinar o protocolo estiveram<br />

os presidentes do ACP, Carlos Barbosa, e da SCC, Alberto da Ponte.<br />

ENTREVISTA DANIEL PROENÇA <strong>DE</strong> CARVALHO Advogado<br />

Ogrupocontacomumtotalde15miil<br />

trabalhadores na Bélgica.<br />

RETALHO<br />

Carrefour fecha lojas na Bélgica e despede<br />

entre dois a cinco mil trabalhadores<br />

A cadeia francesa de hipermercados Carrefour vai fechar 21 lojas e despedir<br />

entre dois a cinco mil trabalhadores na Bélgica, avançaram ontem alguns<br />

meios de comunicação belgas. O jornal de economia “De Tijd”, avança que<br />

o Carrefour vai reduzir pessoal num universo de 15 mil pessoas. Já a estação<br />

de televisão VRT avança que o grupo vai fechar 21 lojas, 14 hipermercados<br />

e sete supermercados. Estas decisões ainda não foram confirmadas pela<br />

administração da empresa, reunida durante todo o dia de ontem.<br />

“Faz todo o sentido associar-me<br />

a um escritório internacional”<br />

Proença de Carvalho vai ser ‘chairman’ de uma das maiores firmas espanholas, a Uría Menendez.<br />

Francisco Teixeira<br />

francisco.teixeira@economico.pt<br />

Daniel Proença de Carvalho decidiu<br />

abandonar a prática individual<br />

de advocacia e integrar<br />

uma das maiores firmas espanholas<br />

do sector. A Uria Menendez<br />

terá, em Portugal, o advogado<br />

do primeiro-ministro<br />

como ‘chairman’ e Proença de<br />

Carvalhononomedasociedade.<br />

Depois de muitas propostas<br />

para integrar vários escritórios<br />

nacionais, o histórico advogado<br />

justifica a decisão com as boas<br />

relações que criou depois de<br />

“mais de um ano de conversações”<br />

com a firma espanhola.<br />

Sempre disse que estava bem na<br />

sua boutique, no seu pequeno<br />

escritório e que não sentia necessidade<br />

de integrar uma<br />

grandefirma.Oqueofezmudar<br />

de ideias?<br />

Fiz um percurso profissional,<br />

em sociedade, com colegas<br />

muito próximos, numa pequena<br />

boutique. Ao conhecer melhor<br />

a Uría Menendez, estabeleceu-se<br />

a química em que os<br />

recursos humanos se devem<br />

concentrar. Comungamos<br />

princípios e valores. Cheguei à<br />

conclusão que nesta fase da<br />

vidaedomundofaziatodoo<br />

sentido associar-me a um escritório<br />

internacional.<br />

O “namoro” demorou muito<br />

tempo?<br />

Vem de longe. Há mais de um<br />

ano que, a pouco e pouco, fui<br />

conhecendo melhor as pessoas<br />

epercebiquehavia,deambas<br />

as partes, um forte empenho<br />

nesta associação.<br />

Comoseráonomedanovafirma?<br />

Uria, Menendez, Proença de<br />

Carvalho e Associados.<br />

O nome Proença de Carvalho<br />

estará apenas em Portugal?<br />

Sim. A Uría já tinha assumido<br />

uma solução idêntica, mas apenas<br />

no Brasil.<br />

Oquemudanasuavidadeadvogado?<br />

Espero que não mude muito. A<br />

nossa equipa continuará a trabalhar<br />

no mesmo estilo, dando<br />

umcontributoparatodooescritório.<br />

Aumenta também a<br />

URIAEMNÚMEROS<br />

● A Uria Menendez tem 90<br />

advogados em Portugal<br />

e 650 em todo o mundo.<br />

● Na América Latina, a firma<br />

espanhola tem escritório aberto<br />

no Brasil (onde, tal como em<br />

Portugal, assume o nome<br />

do sócio local), no Chile,<br />

Argentina e cidade do México.<br />

● Na Europa, a Uría dedica<br />

especial atenção a Varsóvia,<br />

Bruxelas, Londres e a várias<br />

cidades de Portugal e Espanha.<br />

● Recentemente a sociedade<br />

abriu um escritório no Oriente,<br />

na cidade de Pequim.<br />

nossa capacidade de prestação<br />

de serviços. Temos um conjunto<br />

de clientes com quem temos<br />

uma relação muito próxima<br />

masque,porvezes,nãopodemos<br />

acompanhar porque até<br />

agora a nossa capacidade de<br />

resposta era limitada.<br />

O que foi determinante para<br />

deixar a advocacia de prática<br />

quase individual?<br />

Foiomomento.Sempredisse<br />

que há lugar para todas as formas<br />

de exercício da profissão.<br />

Podia ter continuado no escritório,<br />

com poucos colegas, e<br />

continuaria feliz.<br />

Vai continuar a acompanhar os<br />

seus clientes, a advogar?<br />

Penso que sim. Embora tenha<br />

responsabilidades no escritório,<br />

em Lisboa, dado que assumirei<br />

as funções de presidente<br />

com Duarte Garín como sócio<br />

principal (ver caixa ao lado).<br />

O facto de se juntar a uma sociedade<br />

espanhola, com o centro<br />

de decisão fora de Portugal<br />

não o fez pensar duas vezes?<br />

É um escritório internacional.<br />

Conhecia muito bem a história<br />

do escritório que foi fundado por<br />

dois grandes advogados, professores<br />

universitários com uma<br />

grande dedicação social e política<br />

– Aurélio Menendez teve um<br />

papel determinante na transição<br />

de Espanha para a democracia,<br />

fez parte do Governo de Suaréz e<br />

é um dos redactores da Constituição.<br />

De facto podia ter-me<br />

associado a um escritório português.<br />

A mais-valia é integrar um<br />

escritório internacional em que<br />

existe uma total partilha de valores<br />

e princípios.■<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

O namoro da Uría Menendez com Daniel<br />

Proença de Carvalho (na foto), foi longo.<br />

Integração na firma<br />

será feita até Abril<br />

Duarte Garín, sócio director do escritório<br />

da Uría em Lisboa, define<br />

Proença de Carvalho como “um<br />

modelo que deve ser seguido por<br />

todos os advogados” da sociedade.<br />

Garín confirma ao Diário Económico<br />

que a integração de Proença de<br />

Carvalho e da sua equipa na firma<br />

será feita “ao longo de mês de Março,<br />

início de Abril” embora o “acordo<br />

esteja assinado” faltando apenas<br />

a sua oficialização junto da<br />

Ordem dos Advogados. Quanto a<br />

2010, Garín diz que se tem revelado<br />

um ano difícil para áreas como o<br />

M&A e o imobiliário, e muito activo<br />

para outras como “fiscal, contencioso,<br />

laboral e público”.


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38 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

FINANÇAS<br />

O presidente da Privado<br />

Holding, Diogo Vaz Guedes,<br />

admite avançar com<br />

acções em tribunal.<br />

“Fizemos o que era nosso dever<br />

Diogo Vaz Guedes garante que a Privado Holding, que detém o banco, tentou tudo mas que sem<br />

“<br />

Maria Ana Barroso<br />

maria.barroso@economico.pt<br />

O presidente da Privado Holding<br />

garante que a sua administração<br />

fez tudo o que estava ao seu alcance<br />

para tentar salvar o Banco<br />

Privado Português (BPP). Diogo<br />

Vaz Guedes assegura ainda que<br />

sem vontade política não é possível<br />

salvar o banco. E garante que<br />

os accionistas não deixarão de<br />

pedir responsabilidades a quem<br />

não cumpriu o princípio que ditou<br />

a intervenção no banco: o de<br />

tentar encontrar um caminho<br />

para salvar a instituição.<br />

“Fizemos o que era nosso dever”,<br />

diz Vaz Guedes, em declarações<br />

ao Diário Económico. O<br />

responsável afirma que a Privado<br />

Holding fez chegar ao Banco de<br />

Portugal“tudooqueerasuposto<br />

entregar daquilo que é a sua directa<br />

responsabilidade” quanto<br />

ao plano proposto para o BPP, desenhado<br />

em conjunto com o gru-<br />

po Orey. Sem concretizar, Vaz<br />

Guedes deixa críticas implícitas<br />

aoBancodePortugaleàsautoridades,<br />

bem como a Adão da Fonseca,<br />

devido à praticamente exclusiva<br />

dedicação destes à questão<br />

dos clientes, em detrimento<br />

da salvação do banco.<br />

“Fomos a única entidade que<br />

apresentou um plano de recuperação<br />

e saneamento da instituição.<br />

Encontrámos um parceiro<br />

que queria investir. Encontrámos<br />

uma solução junto<br />

do sector privado e dos accionistas<br />

e uma solução técnica que<br />

permitiria viabilizar o banco,<br />

economizando as perdas para o<br />

erário público e permitindo aos<br />

clientes recuperar o seu dinheiro”,<br />

explica o accionista.<br />

Vontade política<br />

A Privado Holding, que detém o<br />

BPP a 100%, entregou a 10 de Fevereiro<br />

ao Banco de Portugal um<br />

derradeiro plano para a recupe-<br />

Esse ingrediente<br />

chamado vontade<br />

política não pode estar<br />

separadodeumplano<br />

de recuperação<br />

do banco. A esperança<br />

existe sempre<br />

dequesedeixemde<br />

alimentar polémicas<br />

e raciocínios assentes<br />

no passado para se<br />

construir algo que<br />

possa fazer sentido.”<br />

Diogo Vaz Guedes<br />

Presidente da Privado Holding<br />

ração do banco. Fonte oficial do<br />

supervisor bancário confirmou<br />

depois a recepção desse dossier,<br />

mas garantiu que o mesmo estava<br />

“muito incompleto”. Vaz Guedes<br />

justifica as partes em falta dizendo<br />

que “há duas componentes<br />

que não controlamos: uma relacionada<br />

com o envolvimento do<br />

sistema financeiro e outra que resulta<br />

da vontade política”.<br />

“Como a Privado Holding não<br />

pode assumir nenhuma responsabilidade<br />

política, não lhe compete<br />

decidir qualquer vontade<br />

política”, acrescenta, garantindo,<br />

no entanto, que “esse ingrediente<br />

chamado vontade política<br />

não pode estar separado de um<br />

plano de recuperação do banco”.<br />

Terá sido precisamente o envolvimento<br />

pedido ao Estado o<br />

“pecado” que comprometeu,<br />

desde o início, os sucessivos planos<br />

que a administração do BPP,<br />

liderada por Adão da Fonseca, e a<br />

Privado Holding fizeram chegar<br />

ao Banco de Portugal. Embora<br />

este último plano não envolva<br />

uma injecção de capital directa<br />

do Estado no BPP, as Finanças deram<br />

já a entender que mantêm as<br />

reticências quanto a um qualquer<br />

envolvimento estatal.<br />

OpresidentedaPrivadoHolding<br />

deixa perceber, sem o admitir<br />

claramente, que dificilmente<br />

será possível, no quadro<br />

actual, salvar o banco. Até porque<br />

sem uma injecção de capital,<br />

a criação do fundo que retirará do<br />

BPP os clientes de retorno absoluto<br />

(ver texto ao lado) deverá<br />

tornar quase inevitável do fim da<br />

instituição.<br />

Questionado, Diogo Vaz Guedes<br />

refere apenas que “depois do<br />

esforço desenvolvido, a esperança<br />

existe sempre. É a esperança<br />

de que se deixem de alimentar<br />

polémicas e raciocínios demasiado<br />

assentes em situações do passado<br />

para se construir algo que<br />

possa fazer sentido ainda”. O


APS apoia vítimas da Madeira<br />

A Associação Portuguesa de Seguradores está a acompanhar a situação<br />

dos sinistrados da Madeira, tendo criado no seu site uma área dedicada ao<br />

tema. Aí, as vítimas podem encontrar os contactos específicos que as<br />

várias seguradoras disponibilizaram, para que as vítimas que tenham<br />

seguro tenham um atendimento próprio e mais rápido. A associação,<br />

liderada por Seixas Vale (na foto), criou também um mecanismo para<br />

proteger os segurados que tenham perdido o seu comprovativo de seguro.<br />

AGENDA DO DIA<br />

● IGCP realiza leilão de obrigações<br />

do Tesouro, com maturidade de cinco<br />

anos e montante indicativo de mil<br />

milhões de euros<br />

para salvar o BPP”<br />

vontade política não é possível salvar o Banco Privado.<br />

presidente da Privado Holding<br />

volta a defender que os custos<br />

para o Estado serão muito superiores<br />

em caso de falência: “acredito<br />

sempre que os argumentos<br />

da racionalidade económica sejam<br />

capazes de se impor aos outros,<br />

incluindo os políticos”.<br />

O plano para o BPP da Privado<br />

Holding passa pela conversão do<br />

empréstimo de 450 milhões de<br />

euros concedido por seis bancos<br />

nacionais e garantido pelo Estado<br />

em empréstimos obrigacionista.<br />

A proposta prevê ainda uma injecção<br />

de capital de 50 milhões de<br />

euros por parte do grupo Orey e<br />

pela entrada de novos accionistas.<br />

Possíveis acções em tribunal<br />

Caso se confirme o fim do BPP, os<br />

seus accionistas deverão partir<br />

para tribunal. “Se o assunto for levado<br />

ao extremo, há um conjunto<br />

de responsabilidades que não deixaremos<br />

de imputar. Responsabilidades<br />

com alguma gravidade,<br />

por parte de um conjunto de entidades”,<br />

reclama Vaz Guedes.<br />

A Privado Holding tem defendido<br />

que a criação do fundo para<br />

os clientes de retorno absoluto<br />

coloca problemas legais já que a<br />

intervenção do Banco de Portugal<br />

e nomeação de uma administração<br />

tinha por objectivo procurar<br />

uma solução para o banco e<br />

não apenas para alguns clientes.<br />

Por outro lado, o grupo tem lembrado<br />

que as garantias prestadas<br />

pelo Estado ao empréstimo de<br />

450 milhões concedido por um<br />

sindicato de bancos significa, em<br />

caso de falência do BPP, a discriminação<br />

de credores. O Governo<br />

renovou, a 7 de Dezembro, o aval<br />

do Estado ao empréstimo, por<br />

um prazo máximo de seis meses.<br />

O Banco Privado Português<br />

foi criado em 1996 por João<br />

Rendeiro, tendo a sua actividade<br />

sido sempre assente, sobretudo,<br />

no negócio da gestão de<br />

património. ■<br />

Paula Nuñez<br />

ESTRUTURA ACCIONISTA<br />

A Privado Holding, com vários<br />

accionistas, detém 100% do BPP.<br />

Accionista %<br />

Joma Advisers (João Rendeiro) 13,57%<br />

Francisco Pinto Balsemão 6,45%<br />

Saviotti SGPS 6,33%<br />

Alfa Europa 5,43%<br />

Bascol 3,48%<br />

Sofip (Família Vaz Guedes) 2,98%<br />

Partners Equity Trust 2,49%<br />

Outros accionistas<br />

Fonte: Relatório e Contas da Privado Holding.<br />

59,27%<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 39<br />

Finanças<br />

distanciam-se de<br />

queixas de clientes<br />

Clientes do BPP contestam<br />

passivo do fundo.<br />

Maria Ana Barroso<br />

maria.barroso@economico.pt<br />

O Ministério das Finanças garante<br />

que a composição do fundo<br />

especial de investimento<br />

que vai gerir os activos e passivos<br />

dos clientes de retorno absoluto<br />

do Banco Privado Português<br />

(BPP) compete exclusivamente<br />

à sociedade gestora.<br />

Contactado pelo Diário Económico,<br />

o ministério de Teixeira<br />

dos Santos explica que “a composição<br />

do património do fundo<br />

é uma decisão da entidade<br />

gestora que o Estado respeita,<br />

não comentando, por isso, cenários<br />

hipotéticos”.<br />

Os clientes do banco têm<br />

criticado o facto de o fundo se<br />

preparar para incluir cerca de<br />

105 milhões de euros de passivo<br />

devido ao banco, a juntar aos<br />

772 milhões de activos. Uma<br />

contabilização que, defendem<br />

estes, penalizará a capacidade<br />

do fundo de pagar aos seus<br />

subscritores nos seus quatro<br />

anos de maturidade. E que contrasta<br />

com os 208 milhões de<br />

euros que o BPP deve aos clientes<br />

que não entrarão no fundo.<br />

O Fundo de Garantia de Depósitos<br />

(FGD) entendeu não considerar<br />

depósitos as correcções<br />

feitas pela actual administração<br />

por dinheiro indevidamente retirado<br />

aos clientes no passado.<br />

Face à ausência de capacidade<br />

do BPP para pagar, a administração<br />

do banco tentou que fosse<br />

o FGD a fazê-lo. Desta forma,<br />

e caso o banco não seja recuperado,<br />

os clientes terão de<br />

tentar obter os 208 milhões<br />

junto da massa falida.<br />

Já os clientes queriam que<br />

fosse feito um encontro de contas.<br />

A associação Privado Clientes<br />

diz ter recebido do Governo<br />

a indicação, na semana passada,<br />

de que recusava essa hipótese.<br />

No entanto, o Ministério das Finanças<br />

garante que não lhe chegou<br />

“qualquer proposta de<br />

substituição de activos”.<br />

Por outro lado, a mesma entidade<br />

contesta que a inclusão<br />

de 105 milhões de euros de<br />

passivo ponha em causa a performance<br />

do fundo. “O nosso<br />

principal objectivo é resolver o<br />

problema dos clientes e a solução<br />

que apresentamos, assente<br />

em estimativas adequadas, garante<br />

integralmente três quar-<br />

tos dos clientes”, diz o ministério.<br />

“Percebemos, contudo,<br />

que a decisão cabe aos próprios<br />

e que só estes a podem tomar”,<br />

conclui.<br />

Os clientes pretendem avançar<br />

para Tribunal, com o objectivo<br />

de reclamar junto do FGD -<br />

presidido por um elemento das<br />

Finanças - o reconhecimento<br />

dos 208 milhões de euros como<br />

depósitos. O período de oferta<br />

do fundo especial de investimentoterminaa4deMarço.<br />

BPP disponibiliza documento<br />

explicativo aos clientes<br />

A administração do banco enviou<br />

na última sexta-feira um<br />

documento de perguntas e repostas<br />

sobre o fundo. Neste dossier,<br />

está informação sobre o<br />

fundo, as consequências para<br />

quem adere e para quem não o<br />

fizer, o impacto da criação do<br />

fundo para o próprio BPP e as<br />

garantias que serão prestadas<br />

pelo Estado. O documento pode<br />

ser consultado, na íntegra, em<br />

www.economico.pt. ■<br />

“<br />

A solução que<br />

apresentamos,<br />

assente em<br />

estimativas<br />

adequadas, garante<br />

integralmente três<br />

quartos dos clientes.”<br />

Fonte oficial das Finanças


40 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

FINANÇAS<br />

BANCA<br />

Commerzbank encerra 2009<br />

com prejuízos de 4,5 mil milhões de euros<br />

O alemão Commerzbank, instituição financeira parcialmente<br />

nacionalizada, registou um prejuízo de 4,5 mil milhões de euros no ano<br />

passado, devido à integração do Dresdner Bank cujos custos<br />

ascenderam a 1,9 mil milhões de euros. A somar a isto, os números<br />

foram ainda penalizados pelas depreciações da sua unidade de<br />

financiamento imobiliário Eurohypo, no valor de 768 milhões. Em 2008,<br />

o banco alemão tinha alcançado um lucro de 3 milhões de euros.<br />

Nome de Warren Buffet volta a ganhar<br />

força nos mercados de crédito.<br />

FINIBANCO REGRESSA AOS LUCROS EM 2009 COM RESULTADO <strong>DE</strong> 9,46 MILHÕES <strong>DE</strong> EUROS<br />

Marta Reis<br />

marta.reis@economico.pt<br />

A CMVM tem estado a receber<br />

reclamações de investidores relacionadas<br />

com contratos de<br />

‘swap’ de taxa de juro, tendo já<br />

solicitado informação sobre esses<br />

documentos aos intermediários<br />

financeiros.<br />

“De acordo com as informações<br />

disponibilizadas pela<br />

CMVM, esta autoridade de supervisão<br />

recebeu reclamações de<br />

investidores relativas à celebraçãodecontratosdeswapdetaxa<br />

de juro” e solicitou aos intermediários<br />

financeiros visados que<br />

esclareçam os clientes reclamantes<br />

e enviem à CMVM os<br />

“documentos relevantes para<br />

apreciação das reclamações”.<br />

Esta informação consta de<br />

uma resposta do Ministério das<br />

Finanças a questões do PCP, sobre<br />

prejuízos que PME estarão a<br />

ter decorrentes da celebração<br />

desses acordos.<br />

Em causa estarão dezenas de<br />

contratos, feitos sobretudo com<br />

empresas, por vários bancos.<br />

“Dado que a legalidade da comercialização<br />

deste tipo de contratos,<br />

nomeadamente quanto à<br />

defesa do interesse de cada cliente,<br />

depende do respectivo perfil<br />

de risco, bem como dos conhecimentos<br />

e experiência de investimento,<br />

a CMVM está a realizar<br />

uma análise da informação que<br />

tem vindo a recolher junto dos intermediários<br />

financeiros sobre os<br />

contratos celebrados”, referem as<br />

Finanças na resposta ao PCP.<br />

O que estará em causa não é a<br />

nulidade dos contratos de<br />

‘swap’, mas sim se estes foram<br />

vendidos de forma legal e regular,<br />

com todas as condições explicadas<br />

aos clientes.<br />

Em Novembro, o PCP questionou<br />

as Finanças sobre este as-<br />

MERCADOS<br />

Risco de crédito da Berkshire Hathaway<br />

recua para o valor mais baixo em 17 meses<br />

Os ‘credit default swaps’ da Berkshire Hathaway, do multimilionário<br />

norte-americano Warren Buffet, recuaram ontem para o nível mais<br />

baixo em 17 meses, de acordo com preços da CMA DataVision, citados<br />

pela Bloomberg. Para esta descida do custo de protecção contra<br />

incumprimentp de crédito, que reflecte uma maior confiança dos<br />

investidores nos fundamentais da empresa, contribuiu a melhoria dos<br />

resultados da empresa, que no ano passado perdeu o ‘rating’ de ‘AAA’.<br />

O Finibanco, liderado por Humberto Costa Leite, registou em 2009 um lucro de 9,46 milhões de euros. Esta recuperação face ao prejuízo de 57,5<br />

milhões de 2008 resulta sobretudo da melhoria das bolsas no ano que passou e das mais-valias de 12,2 milhões da venda de algumas participações,<br />

incluindo 50% da Finibanco Vida. Nas receitas, o banco registou quedas tanto na margem financeira (2,6%) e nas comissões (12,2%).<br />

CMVM está a analisar reclamações<br />

sobre ‘swaps’ de taxas de juro<br />

Clientes têm reclamado ao supervisor de contratos feitos com bancos e que lhes terão dado prejuízos.<br />

Através destes<br />

contratos, os clientes<br />

estão protegidos<br />

contra a subida das<br />

taxas de juro, mas<br />

não beneficiam<br />

quando as taxas<br />

descem, o que tem<br />

sido o caso nos<br />

últimos meses.<br />

sunto, depois de “diversas associações<br />

empresariais” terem<br />

“denunciado práticas bancárias<br />

associadas às operações de swap<br />

de taxa de juro [...] que estão a<br />

gerar milhares de euros de prejuízo<br />

a centenas de pequenas<br />

empresas de todo o país”, é referido<br />

no documento do PCP.<br />

Na resposta é referido que os<br />

contratos a que, genericamente,<br />

se referem as reclamações “foram<br />

realizados com o objectivo<br />

de garantir a clientes de operações<br />

de crédito (a taxa variável) a<br />

protecção contra o risco de subida<br />

das taxas de juro”. E é explicado<br />

que, embora numa primeira<br />

fase, de subida de taxas, uma<br />

parte dos contratos tenha conduzido<br />

a pagamentos dos bancos<br />

aos clientes, quando houve uma<br />

descida acentuada das taxas os<br />

clientes não puderam beneficiar<br />

da mesma, continuando a suportar<br />

a taxa no contrato. ■<br />

PALAVRA-CHAVE<br />

✽<br />

Bruno Barbosa<br />

‘Swap’ taxa de juro<br />

Acordo celebrado entre um<br />

cliente e uma entidade bancária,<br />

que visa protegê-lo contra<br />

alterações desfavoráveis nas<br />

taxas de juro. Ou seja, permite a<br />

alteração de taxa variável para<br />

taxafixa,ouoinverso,parao<br />

período de tempo pretendido<br />

pelo cliente. Por exemplo, se a<br />

expectativa for de subida de<br />

taxas, o cliente pode converter<br />

em taxa fixa os passivos a taxa<br />

variável; se for de descida,<br />

poderá converter em taxa<br />

variável os passivos a taxa fixa,<br />

nosentidodeseproteger.


BANCA<br />

Bónus pagos em Wall Street<br />

subiram 17% em 2009<br />

Os prémios pagos em executivos de Wall Street subiram 17% para os 20<br />

mil milhões de dólares em 2009, face ao registado no ano anterior,<br />

segundo afirmou à CNBC o fiscalista de Nova Iorque, Thomas Dinapoli.<br />

A média dos bónus pagos foi de 123 mil dólares no ano passado, afirmou<br />

o responsável sublinhando que os gigantes Morgan Stanley, Goldman<br />

Sachs e JP Morgan aumentaram o valor pago em 31%. O montante de<br />

2009 é, contudo, cerca de 33% inferior ao valor pago antes da crise.<br />

Juros dos<br />

certificados em<br />

queda há um ano<br />

Em Março, as novas subscrições de<br />

certificados da série C vão render 0,812%.<br />

Sandra Almeida Simões<br />

sandra.simoes@economico.pt<br />

Um ano depois de o Governo<br />

ter anunciado a alteração a fórmula<br />

de cálculo dos certificados<br />

de aforro da série C, os juros<br />

destas aplicações financeirascontinuamabaternofundo,<br />

reflectindo a forte queda da<br />

Euribor, taxa interbancária à<br />

qual está indexada a sua remuneração.<br />

De tal forma, que nem<br />

o reforço dos juros e dos prémios<br />

de permanência – anunciados<br />

há precisamente um ano<br />

e que entraram em vigor no<br />

mês de Março – impediram a<br />

perda de atractividade deste<br />

produto e, muito menos travaram<br />

a fuga dos aforradores.<br />

Os certificados de aforro estãoaoferecer,acadamêsque<br />

passa, uma taxa de remuneração<br />

mais baixa. Em Março, o<br />

juro anual bruto aplicado às novas<br />

subscrições da série C será<br />

de 0,812%, de acordo com os<br />

cálculos do Diário Económico.<br />

As alterações<br />

anunciadas pelo<br />

Governo à fórmula<br />

de cálculo dos<br />

certificados da série<br />

C, há precisamente<br />

um ano, não foi<br />

suficiente para travar<br />

a queda da<br />

remuneração destes<br />

instrumentos.<br />

Em termos líquidos (após impostos),<br />

a taxa não irá além dos<br />

0,649%, ou seja, o retorno mais<br />

baixo de sempre. Esta remuneraçãoestáemquedahá12meses,<br />

já que a última vez em que<br />

os juros destas aplicações registou<br />

uma subida foi precisamente<br />

há um ano, altura em que a<br />

majoração da fórmula de cálculo<br />

dos juros em 50 pontos base<br />

permitiuasubidadoretornoem<br />

Marçodoanopassado.Arendibilidade<br />

fixou-se nessa altura<br />

em 1,874%. Um ano depois,<br />

caiu para menos de metade.<br />

Ataxadoscertificadosde<br />

aforro é determinada mensalmente<br />

no antepenúltimo dia útil<br />

do mês, para vigorar durante o<br />

mês seguinte, segundo a fórmula:<br />

(0,85*E3-0,25), em que E3 é<br />

a média dos valores da Euribor a<br />

três meses observados nos dez<br />

dias úteis anteriores. Com a média<br />

da Euribor a fixar-se em<br />

0,661%, o Instituto de Gestão da<br />

Tesouraria e do Crédito Público<br />

(IGCP) deverá anunciar que a<br />

taxa de juro bruta em Março<br />

será de 0,812%. Esta taxa, recorde-se,<br />

aplica-se apenas às<br />

novas subscrições de certificados<br />

de aforro da série C (os únicos<br />

onde ainda é possível realizar<br />

novas adesões) e aos certificados<br />

cuja revisão ocorra no<br />

próximo mês, isto sem considerar<br />

os prémios de permanência.<br />

Perante os números mais<br />

baixos de que há memória, não<br />

édeestranharqueduranteo<br />

ano de 2009, estas aplicações –<br />

outrora considerados um dos<br />

instrumentos de poupança mais<br />

privilegiado pelos portugueses<br />

– tenham perdido 83 aforradores<br />

por dia, o segundo pior ano<br />

de sempre para estes instrumentos.<br />

Esta fuga é assim o preço<br />

a pagar pela ausência de risco<br />

deste produtos, que num contexto<br />

de descida das taxas de<br />

juro se traduziu em retornos<br />

cada vez mais baixos. No entanto,<br />

para este ano, já é expectável<br />

que a rendibilidade deste instrumento<br />

aumente ligeiramente,<br />

acompanhando a evolução<br />

das taxas Euribor a três meses<br />

que deverá antecipar as subidas<br />

de juros por parte do BCE, actualmente<br />

em 1%.■<br />

OstítulosdoBESforamontemalvode<br />

um ‘downgrade’ pela Macquarie.<br />

RETORNO CAI A PIQUE<br />

Taxa de juro anual bruta dos<br />

certificados de aforro da série C<br />

nos últimos 12 meses.<br />

2,0<br />

1,5<br />

1,0<br />

0,5<br />

0,0<br />

Mar-09<br />

Fonte: Bloomberg<br />

Mar-10<br />

MERCADOS<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 41<br />

Macquarie corta ‘target’ do BES mas<br />

mantém a recomendação de “outperform”<br />

A Macquarie reduziu o preço-alvo para as acções do BES, para os 5<br />

euros dos anteriores 5,8 euros, mantendo inalterada a recomendação<br />

de “outperform”, sendo único banco da Península Ibérica com este<br />

‘rating’. Os analistas da casa de investimento justificam a revisão do<br />

preço-alvo com o corte das suas estimativas para o lucro por acção em<br />

25% para este ano. “Consideramos que, a partir de agora, o ‘downside’<br />

é limitado e o ‘upside’ é considerável”, considera a Macquarie.<br />

PUB<br />

Nordea 1, SICAV<br />

Société d’Investissement à Capital Variable<br />

Sede Social: <strong>56</strong>2, rue de Neudorf, L-2220 Luxembourg<br />

R.C.S. Luxembourg B 31442<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

O retorno em Março será de<br />

0,812%, o que compara com<br />

0,824% do corrente mês.<br />

CONVOCATÓRIA<br />

Convocam-se os accionistas da Nordea 1, SICAV (a “Sociedade”) para a assembleia geral anual<br />

que terá lugar na Sede Social da Sociedade no dia 15 de Março de 2010 às 11 horas CET<br />

(a “Assembleia”), com a seguinte ordem de trabalhos:<br />

1. Aprovação dos relatórios do Conselho de Administração e do Auditor;<br />

2. Aprovação do balanço e da conta de resultados de 31 de Dezembro de 2009;<br />

3. Distribuição dos resultados líquidos;<br />

4. Destituição dos Administradores e do Auditor das funções exercidas durante o exercício findo<br />

em 31 de Dezembro de 2009;<br />

5. Eleição dos Administradores e do Auditor;<br />

6. Outros assuntos.<br />

As deliberações relativas aos pontos da ordem de trabalhos poderão ser aprovadas sem<br />

necessidade de quórum, por maioria de votos expressos na Assembleia. Cada acção tem direito<br />

a um voto. Os accionistas podem participar em qualquer Assembleia por procuração. Os<br />

formulários de procuração podem ser obtidos na Sede Social da Sociedade.<br />

Poderão votar na Assembleia os accionistas presentes, desde que apresentem um documento<br />

de identificação comprovativo e que, por motivos organizacionais, tenham informado a<br />

Sociedade. por escrito e o mais tardar até ao dia 11 de Março de 2010, às 17 horas CET (para<br />

Nordea Bank S.A., Transfer Agency, <strong>56</strong>2, rue de Neudorf, L-2220 Luxemburgo) da sua intenção<br />

de participar na Assembleia. Os accionistas que não puderem estar presentes na Assembleia,<br />

poderão enviar um formulário de procuração devidamente preenchido e assinado, que deverá ser<br />

recebido antes das 17 horas CET do dia 11 de Março de 2010 (para Nordea Bank S.A., Transfer<br />

Agency, <strong>56</strong>2, rue de Neudorf, L-2220 Luxemburgo). Na Assembleia será utilizado o idioma inglês.<br />

Por despacho do Conselho de Administração


42 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

BOLSA <strong>DE</strong> VALORES<br />

Eurolist by Euronext Lisbon. Acções<br />

Última Var. Var. Máx. Mín. Quant. Máx. Mín. Divid. Data Divid. Comport.<br />

Valor Mobiliário<br />

Compartimento A<br />

Data cotação % sessão sessão transcc. do ano do ano Ex-dív yeld% anual%<br />

B.COM.PORTUGUES 23-02-2010 0.73 -0.02 -2.82 0.75 0.72 18,476,853 1.08 0.<strong>56</strong> 0.02 16-04-2009 2.28 -12.65<br />

B.ESPIRITO SANTO 23-02-2010 3.68 -0.09 -2.31 3.79 3.67 3,312,268 5.34 2.65 0.16 26-03-2009 4.25 -17.70<br />

BANCO BPI SA 23-02-2010 1.94 -0.06 -3.00 2.01 1.94 667,151 2.57 1.34 0.07 04-05-2009 3.34 -6.04<br />

BRISA 23-02-2010 6.07 -0.13 -2.05 6.27 6.07 722,597 7.59 4.26 0.31 30-04-2009 5.00 -14.13<br />

CIMPOR SGPS 23-02-2010 5.54 -0.31 -5.35 5.67 5.46 2,315,557 6.55 3.00 0.19 12-06-2009 3.16 -9.15<br />

EDP 23-02-2010 2.80 -0.05 -1.72 2.88 2.79 7,125,096 3.22 2.34 0.14 14-05-2009 4.91 -9.08<br />

EDP RENOVAVEIS 23-02-2010 5.92 -0.05 -0.90 6.02 5.90 <strong>56</strong>1,588 7.83 5.52 0.00 0.00 -10.02<br />

GALP ENERGIA 23-02-2010 11.93 -0.03 -0.25 12.14 11.89 1,838,789 12.99 8.07 0.23 22-10-2009 1.93 -0.15<br />

J MARTINS SGPS 23-02-2010 7.05 0.04 0.50 7.12 7.00 954,586 7.53 3.01 0.11 06-05-2009 1.57 0.24<br />

PORTUCEL 23-02-2010 1.85 -0.01 -0.38 1.89 1.85 580,613 2.13 1.31 0.10 06-04-2009 5.65 -6.37<br />

PORTUGAL TELECOM 23-02-2010 7.76 -0.05 -0.63 7.90 7.72 3,525,006 8.69 5.48 0.57 24-04-2009 7.36 -9.14<br />

SONAE 23-02-2010 0.83 -0.02 -2.82 0.85 0.82 6,457,649 0.98 0.43 0.03 20-05-2009 3.53 -2.77<br />

ZON MULTIMEDIA<br />

Compartimento B<br />

23-02-2010 3.71 -0.08 -1.98 3.79 3.70 <strong>56</strong>6,107 5.01 3.58 0.16 27-05-2009 4.23 -13.32<br />

IMPRESA SGPS 23-02-2010 1.35 - - 1.35 1.31 <strong>56</strong>,091 2.30 0.<strong>56</strong> 0.00 0.00 -25.12<br />

S.COSTA-PREF 22-02-2010 1.20 - - - - - 1.20 1.16 0.15 27-05-2009 12.50 3.45<br />

S.COSTA 23-02-2010 0.98 - - 0.98 0.97 54,807 1.34 0.48 0.03 27-05-2009 3.16 -17.65<br />

IBERSOL SGPS 23-02-2010 7.99 - - 7.99 7.99 7,014 10.00 5.51 0.05 22-05-2009 0.69 -13.25<br />

SONAE INDUSTRIA 23-02-2010 2.23 -0.07 -3.13 2.32 2.22 286,229 2.86 1.15 0.00 16.61 -11.24<br />

SONAECOM SGPS 23-02-2010 1.62 -0.05 -3.23 1.69 1.61 227,679 2.15 1.04 0.00 0.00 -14.53<br />

MOTA ENGIL 23-02-2010 3.13 -0.11 -3.42 3.28 3.11 300,114 4.53 2.10 0.11 15-05-2009 3.39 -17.00<br />

SEMAPA 23-02-2010 7.15 -0.23 -3.06 7.42 7.15 144,829 8.95 5.71 0.25 23-04-2009 3.46 -4.96<br />

BANIF-SGPS 23-02-2010 1.14 -0.01 -0.87 1.15 1.13 42,011 1.54 0.95 0.06 22-04-2009 5.32 -8.81<br />

SONAE CAPITAL 23-02-2010 0.60 - - 0.61 0.60 757,717 1.00 0.41 0.00 0.00 -26.58<br />

REN 23-02-2010 2.92 0.01 0.34 2.95 2.89 154,175 3.25 2.73 0.17 27-04-2009 5.67 -2.25<br />

MARTIFER 23-02-2010 3.08 -0.04 -1.28 3.14 3.02 144,116 4.59 2.53 0.00 0.00 -6.59<br />

GRUPO MEDIA CAP 16-02-2010 4.00 - - - - - 5.00 2.88 0.23 09-04-2009 5.75 -4.08<br />

SAG GEST 23-02-2010 1.23 - - 1.23 1.23 200 1.59 0.90 0.02 10-11-2008 1.64 -5.38<br />

TEIXEIRA DUARTE 23-02-2010 0.87 -0.03 -2.78 0.91 0.87 384,393 1.26 0.41 0.00 1.71 -15.55<br />

FINIBANCO SGPS 23-02-2010 1.38 -0.02 -1.43 1.41 1.38 20,981 2.14 1.38 0.00 4.29 -8.50<br />

ALTRI SGPS SA<br />

Compartimento C<br />

23-02-2010 4.31 0.07 1.70 4.34 4.22 547,879 4.39 1.50 0.00 2.00 6.82<br />

BENFICA-FUTEBOL 23-02-2010 2.55 0.05 2.00 2.55 2.50 1,580 3.42 1.64 0.00 0.00 1.64<br />

COFINA SGPS 23-02-2010 1.05 - - 1.05 1.03 66,000 1.26 0.47 0.00 4.21 -0.94<br />

COMPTA 05-02-2010 0.37 - - - - - 0.46 0.36 0.00 0.00 -7.50<br />

CORTICEIRA AMORI 23-02-2010 0.91 - - 0.92 0.91 11,615 1.05 0.54 0.00 6.74 -0.07<br />

ESTORIL SOL N 22-09-1998 8.91 - - - - - 0.00 0.00 0.22 16-05-2007 2.47 0.00<br />

ESTORIL SOL P 15-02-2010 5.29 - - - - - 9.88 5.29 0.00 4.54 -28.32<br />

F RAMADA INVEST 22-02-2010 0.87 - - - - - 0.98 0.57 0.00 0.00 -0.53<br />

FISIPE 23-02-2010 0.14 - - 0.14 0.14 120 0.20 0.09 0.00 0.00 -12.50<br />

FUT.CLUBE PORTO 23-02-2010 1.09 - - 1.09 1.09 20 1.75 0.75 0.00 0.00 -24.31<br />

GLINTT 23-02-2010 0.71 - - 0.71 0.70 124,986 1.03 0.60 0.00 0.00 -21.36<br />

IMOB GRAO PARA 23-02-2010 4.00 - - 4.00 4.00 1 4.81 2.33 0.00 0.00 9.59<br />

INAPA-INV.P.GEST 23-02-2010 0.62 - - 0.63 0.61 429,346 0.73 0.23 0.00 0.00 -3.12<br />

LISGRAFICA 19-02-2010 0.07 - - - - - 0.12 0.06 0.00 0.00 -12.50<br />

NOVABASE SGPS 23-02-2010 4.47 0.05 1.13 4.47 4.41 8,860 5.06 3.50 0.00 0.00 -3.37<br />

OREY ANTUNES 23-02-2010 1.70 - - 1.70 1.69 1,077 2.90 1.64 0.11 30-04-2009 6.47 -0.58<br />

PAP.FERNAN<strong>DE</strong>S 28-01-2009 2.66 - - - - - 2.66 2.66 0.00 0.00 0.00<br />

REDITUS SGPS 22-02-2010 7.30 - - - - - 8.00 5.83 0.00 0.00 -0.54<br />

SPORTING 23-02-2010 1.08 -0.10 -8.47 1.27 1.08 801 1.52 1.01 0.00 0.00 -8.53<br />

SUMOL COMPAL 17-02-2010 1.45 - - - - - 1.51 1.26 0.00 0.00 -1.36<br />

VAA VISTA ALEGRE 18-02-2010 0.10 - - - - - 0.14 0.09 0.00 0.00 -9.09<br />

VAA-V.ALEGRE-FUS 19-02-2010 0.08 - - - - - 0.10 0.06 0.00 0.00 30.61<br />

SPORTING 23-02-2010 1.08 -0.10 -8.47 1.27 1.08 801 1.52 1.01 0.00 0.00 -8.53<br />

SUMOL COMPAL 17-02-2010 1.45 - - - - - 1.51 1.26 0.00 0.00 -1.36<br />

VAA VISTA ALEGRE 18-02-2010 0.10 - - - - - 0.14 0.09 0.00 0.00 -9.09<br />

VAA-V.ALEGRE-FUS 19-02-2010 0.08 - - - - - 0.10 0.06 0.00 0.00 30.61<br />

VAA-V.ALEGRE-FUS 19-02-2010 0.08 - - - - - 0.10 0.06 0.00 0.00 30.61<br />

Compartimento Estrangeiras<br />

BANCO POPULAR 23-02-2010 0.00 -0.11 -2.22 4.90 4.84 450 7.58 3.23 0.46 12-01-2009 9.26 -3.88<br />

BANCO SANTAN<strong>DE</strong>R 23-02-2010 0.00 -0.41 -4.15 9.94 9.42 30,848 12.13 3.94 0.60 01-05-2010 6.07 -15.86<br />

E.SANTO FINANC N 12-02-2010 0.00 - - - - - 15.50 9.01 0.25 25-05-2009 1.69 -2.63<br />

E.SANTO FINANCIA 23-02-2010 0.00 0.04 0.27 15.00 14.88 5,123 15.49 9.92 0.25 25-05-2009 1.71 0.81<br />

PAPELES Y CARTON 23-02-2010 0.00 -0.10 -2.<strong>56</strong> 3.80 3.80 60 4.25 2.45 0.03 16-01-2009 0.77 18.18<br />

SACYR VALLEHERM 06-05-2009 0.00 - - - - - 7.95 7.55 0.57 31-10-2008 7.17 0.00<br />

As cotações do PSI 20, dos índices internacionais e dos seus respectivos componentes podem ser acompanhadas em: www.diarioeconomico.com<br />

Última cotação – Corresponde na grande maioria dos títulos, à cotação de fecho da última sessão, a menos que seja indicada outra data. Preços indicados em euros; Variação absoluta e percentual<br />

– diferença entre a última cotação e o fecho da sessão imediatamente anterior em que o título transaccionou; Dividendo – valor bruto, indicado em euros e respectiva data a partir da qual<br />

a aquisição do título deixou de dar direito ao pagamento do dividendo; Dividend Yield – Rendimento do dividendo, que resulta da divisão do último dividendo pago pela cotação; Comportamento<br />

anual – variação percentual da cotação em relação ao último preço do ano anterior. Compartimento A – Capitalização bolsista superior a 1.000 milhões de euros; Compartimento B – Capitalização<br />

bolsista entre 150 milhões e 1.000 milhões de euros; Compartimento C – Capitalização bolsista inferior a 150 milhões de euros; Compartimento Estrangeiras – Emitentes estrangeiras.<br />

As últimas RECOMENDAÇÕES<br />

BES<br />

PREÇO-ALVO<br />

5,00€<br />

COTAÇÃO ACTUAL<br />

3,681€<br />

POTENCIAL<br />

35,8%<br />

OUTPERFORM A Macquarie reviu em baixa o preço-alvo<br />

para as acções do BES, para os 5 euros dos anteriores 5,8<br />

euros, mantendo a recomendação de “outperform”.<br />

Galp Energia<br />

PREÇO-ALVO<br />

13,15€<br />

EDP<br />

PREÇO-ALVO<br />

2,80€<br />

COTAÇÃO ACTUAL<br />

11,93€<br />

POTENCIAL<br />

10,2%<br />

COMPRAR O BCPi subiu o ‘target’ para os títulos da Galp<br />

Energia, para os 13,15 euros dos anteriores 13,05 euros,<br />

mantendo a recomendação de “comprar”.<br />

COTAÇÃO ACTUAL<br />

2,80€<br />

POTENCIAL<br />

0%<br />

MANTER A Société Générale subiu o ‘target’ para os<br />

papéis da EDP, para os 2,8 euros de 2,6 euros, e reviu em<br />

alta a recomendação, para “manter” de “vender”.<br />

Média dos PREÇOS-ALVO<br />

EMPRESAS ‘TARGET’<br />

ALTRI 3,54<br />

BANCO BPI 2,49<br />

BCP 1,29<br />

BES 9,37<br />

BRISA 7,76<br />

CIMPOR 4,76<br />

EDP 3,89<br />

GALP ENERGIA 13,94<br />

EDP RENOVÁVEIS 7,37<br />

J. MARTINS 5,43<br />

MOTA-ENGIL 4,23<br />

PORTUCEL 2,47<br />

PT 7,38<br />

REN 3,24<br />

SEMAPA 11,03<br />

S. INDÚSTRIA 3,01<br />

SONAE SGPS 1,31<br />

SONAECOM 3,38<br />

T. DUARTE -<br />

ZON MULTIMÉDIA 8,05<br />

Metodologia: O preço-alvo médio é<br />

calculado tendo em conta as avaliações de<br />

sete casas de investimento: BPI, CaixaBI,<br />

ESR, BCP, Lisbon Brokers, Banif e UBS.<br />

Hot Stock ALTRI<br />

COMENTÁRIO<br />

<strong>DE</strong> BOLSA<br />

Tiago Figueiredo Silva<br />

tiago.silva@economico.pt<br />

Banca interrompe<br />

ciclo positivo do PSI<br />

O índice de referência nacional terminou a sessão<br />

de ontem em terreno negativo, pela primeira vez<br />

em sete sessões e em linha com a tendência europeia,<br />

penalizado pelas perdas do sector da banca<br />

e da forte desvalorização das acções da Cimpor.<br />

As principais praças europeias fecharam com<br />

tombos que oscilaram entre os 0,7% e os 2,4%,<br />

pressionadas pelo sector financeiro e por dados<br />

económicos desfavoráveis divulgados tanto na<br />

Europa como nos Estados Unidos.<br />

Deste modo, o PSI 20 caiu 1,57% para os<br />

7.613,19 pontos, com três cotadas em alta e dezassete<br />

no “vermelho”.<br />

Com a queda de ontem, o<br />

PSI20interrompeuomelhor<br />

ciclo de ganhos alcançado<br />

em 2010 - seis<br />

sessões positivas - apenas<br />

As bolsas<br />

ao minuto em<br />

www.economico.pt<br />

igualável com a série registada no início de Outubro<br />

do ano passado.<br />

Nota negativa para a banca, com o BPI a tombar<br />

3% para os 1,94 euros, acompanhado de perto<br />

pelo BCP que desvalorizou 2,82% para os 0,725<br />

euros e pelo BES que deslizou 2,31% para os 3,681<br />

euros.<br />

Enfoque para as acções da Cimpor, que registaramapiorprestaçãododia.Ospapéisdacimenteira<br />

afundaram 5,35% para os 5,54 euros,<br />

com o fracasso da OPA lançada pela CSN. ■<br />

BOLSA NACIONAL AFUNDA 10% EM 2010<br />

Evolução do índice de referência nacional desde o<br />

arranque do ano.<br />

10000<br />

9200<br />

8400<br />

7600<br />

6800<br />

6000<br />

31-12-2009<br />

Paulo Fernandes,<br />

presidente da Altri<br />

Papéis sobrevivem à “sangria” na bolsa<br />

23-02-2010<br />

São poucas as cotadas que podem afirmar que conseguiram<br />

sobreviver à razia negativa que se abateu ontem sobre o mercado<br />

de capitais português. Menos são as empresas do índice que<br />

podem orgulhar-se do seu desempenho positivo desde o arranque<br />

do ano. A Altri pode, em ambos os casos. A empresa liderada por<br />

Paulo Fernandes carimbou ontem uma performance positiva, com<br />

as acções a subirem 1,7% para os 4,307 euros, e acumula já uma<br />

subida de 7,81% desde o início de 2010. A cotada anunciou ontem<br />

que vai subir, pela terceira vez este ano, o preço da pasta de papel<br />

em 30 dólares, a partir do próximo dia 1 de Março. A notícia é<br />

positiva e deverá continuar a dar impulso aos títulos. Na passada<br />

segunda-feira, o Caixa BI considerou que a Altri, uma das suas<br />

‘top-picks’, é a empresa que mais deverá beneficiar do aumento do<br />

preço da pasta de papel. A empresa apresenta as suas contas de<br />

2009 no próximo dia 10 de Março. ■


EUA - Dow Jones Industrial Indices Internacionais<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

ALCOA INC 13.12 -3.1<br />

WALT DISNEY CO 30.89 -0.74<br />

KRAFT FOODS INC 29.19 0.83<br />

PROCTER & GAMBLE 63.19 -0.36<br />

AMER EXPRESS CO 37.94 -2.54<br />

GENERAL ELEC CO 15.89 -2.22<br />

COCA-COLA CO 54.98 -0.72<br />

AT&T 24.89 -0.52<br />

BOEING CO 62.35 -2.53<br />

HOME <strong>DE</strong>POT INC 31 2.24<br />

MCDONALD'S CORP 64.97 0.31<br />

THE TRAVELERS CO 52.9 -0.26<br />

BANK OF AMERICA 15.98 -1.42<br />

HEWLETT-PACKARD 50.01 -1.09<br />

3M COMPANY 80.17 -0.63<br />

EUA - Nasdaq<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

APPLE INC 196.41 -2.01<br />

COGNIZANT TECH 47.03 -0.63<br />

INTUIT INC 31.78 -1.79<br />

PRICELINE COM 225.04 -1.76<br />

ADOBE SYS 33.29 -1.22<br />

CITRIX SYSTEMS 43.76 -0.79<br />

INTUITIVE SURG 342.36 -1.33<br />

PATTERSON COS 29.77 -0.83<br />

AUTOMATIC DATA 41.17 -1.03<br />

<strong>DE</strong>LL INC 13.15 -1.57<br />

J.B. HUNT TRAN 33.36 -0.12<br />

QUALCOMM INC 38.51 -1.28<br />

AUTO<strong>DE</strong>SK INC 25.62 -1.76<br />

DISH NETWORK A 19.64 -1.01<br />

JOY GLOBAL INC 48.22 -3.48<br />

QIAGEN N.V. 21.5 -1.24<br />

ALTERA CORP 23.08 -2.86<br />

DIRECTV A 33.55 -0.47<br />

KLA TENCOR 29 -4.39<br />

RSCH IN MOTION 68.05 -2.3<br />

APPLIED MATL 12.05 -3.21<br />

EBAY INC 22.73 -2.36<br />

LIFE TECH CORP 49.55 -1.22<br />

ROSS STORES 47.07 -0.17<br />

AMGEN <strong>56</strong>.4 -1.23<br />

ELECTRONIC ART 16.24 -2.11<br />

LIBERTY INTER A 11.12 -2.11<br />

STARBUCKS CORP 22.62 -1.22<br />

AMAZON COM 116.78 -1.04<br />

EXPRESS SCRIPTS 87.78 -1.78<br />

LINEAR TECH 26.97 -2.21<br />

SEARS HOLDING 94.14 -1.59<br />

APOLLO GROUP 58.43 0.92<br />

EXPEDITORS 36.8 6.51<br />

LOGITECH INTL 15.52 -1.71<br />

SIGMA ALDRICH 47.34 -1.82<br />

ACTIVISIN BLIZRD 10.6 -0.28<br />

EXPEDIA 22.05 -1.47<br />

LAM RESEARCH 32.81 -6.92<br />

SANDISK CORP 27.44 -5.44<br />

BED BATH BEYOND 40.77 -1.26<br />

FASTENAL CO 43.84 -0.5<br />

MATTEL INC 21.66 0.37<br />

STAPLES INC 25.53 -0.04<br />

BAIDU INC ADS 498.5 -1.71<br />

FISERV INC 46.91 -0.85<br />

MICROCHIP TECH 26.81 -1<br />

STERICYCLE INC 54.14 -0.84<br />

BIOGEN I<strong>DE</strong>C 54.91 -1.37<br />

FLEXTRONICS 6.9 -4.17<br />

EUA - Standard & Poors 100<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

ALCOA INC 13.12 -3.1<br />

CVS CAREMARK CRP 34.1 -0.35<br />

JOHNSON&JOHNSON 63.53 0.06<br />

PROCTER & GAMBLE 63.19 -0.36<br />

APPLE INC 196.41 -2.01<br />

CHEVRON 72.11 -1.17<br />

JPMORGAN CHASE 40.33 -1.27<br />

PHILIP MORRIS 49.36 -0.78<br />

ABBOTT LABS 53.82 -1.07<br />

DU PONT CO 33.55 -1.27<br />

KRAFT FOODS INC 29.19 0.83<br />

QUALCOMM INC 38.51 -1.28<br />

AMER ELEC PWR 33.61 -0.12<br />

<strong>DE</strong>LL INC 13.15 -1.57<br />

COCA-COLA CO 54.98 -0.72<br />

REGIONS FINANCL 6.54 -3.96<br />

ALLSTATE CP 31.36 -0.16<br />

WALT DISNEY CO 30.89 -0.74<br />

LOCKHEED MARTIN 77.34 0.52<br />

RAYTHEON CO 55.61 -0.43<br />

AMGEN <strong>56</strong>.4 -1.23<br />

DOW CHEMICAL CO 28.74 -2.11<br />

LOWES COMPANIES 22.82 -1.08<br />

SPRINT NEXTEL 3.3 -5.17<br />

AMAZON COM 116.78 -1.04<br />

<strong>DE</strong>VON ENERGY 67.88 -3.06<br />

MASTERCARD CL A 221.11 -1.4<br />

SCHLUMBERGER LTD 60.47 -1.79<br />

AVON PRODUCTS 30.11 -0.86<br />

EMC CORP 17.13 -3.27<br />

MCDONALD'S CORP 64.97 0.31<br />

SARA LEE CORP 13.62 -0.66<br />

AMER EXPRESS CO 37.94 -2.54<br />

ENTERGY CP 77.4 -0.41<br />

MEDTRONIC INC 43.25 -0.94<br />

SOUTHERN 32.17 -0.53<br />

BOEING CO 62.35 -2.53<br />

EXELON CORP 44.24 -1.01<br />

METLIFE INC 34.74 -1.5<br />

AT&T 24.89 -0.52<br />

BANK OF AMERICA 15.98 -1.42<br />

FORD MOTOR CO 11.36 1.34<br />

3M COMPANY 80.17 -0.63<br />

TARGET CORP 50.38 -0.51<br />

BAXTER INTL INC 57.27 -0.81<br />

FRPRT-MCM GD 73.59 -3.48<br />

ALTRIA GROUP 20.04 -1.13<br />

TIME WARNER INC 28.68 -1.14<br />

BAKER HUGHES INC 46.94 -2.47<br />

FE<strong>DE</strong>X CORP 80.97 -1.69<br />

Reino Unido - Footsie 100<br />

Título Última Var.<br />

Cot. £ %<br />

ANGLO AMERICAN 2447.7146 -2.74<br />

B SKY B 539.8467 -1.01<br />

3I GROUP 268.1 -1.03<br />

PETROFAC 1051.687 -2.46<br />

SHIRE 1368 -0.87<br />

ASSOC.BR.FOODS 942.5833 0.43<br />

BT GROUP 116.58 -2.28<br />

IMPERIAL TOBACCO 2051.3362 -0.39<br />

PRU<strong>DE</strong>NTIAL 607.3925 -1.63<br />

STANDARD LIFE 196.7113 -1.57<br />

ADMIRAL GROUP 1199 -0.42<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

UNITED TECH CP 67.91 -0.72<br />

CATERPILLAR INC <strong>56</strong>.41 -2.79<br />

INTL BUS MACHINE 126.4 -0.35<br />

MERCK & CO 36.65 -1.27<br />

VERIZON COMMS 28.75 -0.86<br />

CISCO SYSTEMS 23.86 -1.81<br />

INTEL CORP 20.35 -2.49<br />

MICROSOFT CP 28.1 -2.19<br />

WAL-MART STORES 53.88 0.09<br />

CHEVRON 72.11 -1.17<br />

JOHNSON&JOHNSON 63.53 0.06<br />

PFIZER INC 17.66 -1.62<br />

EXXON MOBIL 64.91 -0.75<br />

DU PONT CO 33.55 -1.27<br />

JPMORGAN CHASE 40.33 -1.27<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

MILLICOM INTL 81.11 -3.23<br />

SEAGATE TECH 20.07 -3.18<br />

BMC SOFTWARE 36.15 -0.88<br />

FLIR SYSTEMS 26.71 -0.93<br />

MARVELL TECH GP 19.26 -3.51<br />

SYMANTEC CORP 16.65 -1.36<br />

BROADCOM CORP 30.48 -2.9<br />

FIRST SOLAR 106.34 -5.97<br />

MICROSOFT CP 28.1 -2.19<br />

TEVA PHARM 59.53 -0.57<br />

CA IN 22.11 -0.99<br />

FOSTER WHEELR AG 26.61 -3.8<br />

MAXIM INTEGRATED 18.16 -3.3<br />

URBAN OUTFITTER 31.<strong>56</strong> -1.5<br />

CELGENE CORP 59 -1.14<br />

GENZYME 55.75 -0.52<br />

MYLAN INC 19.26 -1.78<br />

VIRGIN MEDIA 14.82 -4.02<br />

CEPHALON INC 67.75 0.52<br />

GILEAD SCI 47.39 -1.02<br />

NII HOLDINGS 37.01 -3.14<br />

VODAFONE GROUP 21.77 -1.09<br />

CERNER CORP 80.61 -1.85<br />

GOOGLE 533.72 -1.67<br />

NETAPP INC 29.69 -3.1<br />

VERISIGN INC 24.4 0.33<br />

CHECK PT SFTWRE 32.34 -1.49<br />

GARMIN LTD 34.13 -2.26<br />

NVIDIA CORP 16.07 -3.25<br />

VERTEX PHARM 39.2 -1.8<br />

CH ROBINSON WW 53.27 -1.64<br />

HOLOGIC INC 16.11 -0.49<br />

NEWS CORP A 13.16 -2.45<br />

WRNER CHIL PLC A 25.74 -2.13<br />

COMCAST CORP A 16.1 -0.<strong>56</strong><br />

HENRY SCHEIN 57.4 0.38<br />

ORACLE CORP 24.42 -1.57<br />

WYNN RESORTS 63.16 0.22<br />

COSTCO WHOLESAL 60.65 -0.23<br />

ILLUMINA INC 36.08 -0.8<br />

O REILLY AUTO 38.76 0.1<br />

XILINX INC 25.03 -1.84<br />

CISCO SYSTEMS 23.86 -1.81<br />

INFOSY TECH ADR 55.39 -0.95<br />

PAYCHEX INC 29.88 -1.35<br />

<strong>DE</strong>NTSPLY INTL 32.61 -0.61<br />

CINTAS CORP 24.15 -1.55<br />

INTEL CORP 20.35 -2.49<br />

PACCAR INC 34.86 -1.41<br />

YAHOO! INC 15.17 -2.07<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

MONSANTO CO 75.84 -1.24<br />

TEXAS INSTRUMENT 24.14 -2.39<br />

BANK NY MELLON 28.21 -2.18<br />

GENERAL DYNAMICS 71.71 -1.19<br />

MERCK & CO 36.65 -1.27<br />

UNITEDHEALTH GP 32.54 -1.63<br />

BRISTOL MYERS SQ 24.52 -0.65<br />

GENERAL ELEC CO 15.89 -2.22<br />

MORGAN STANLEY 27.54 -0.61<br />

UNITED PARCEL B 57.82 -0.22<br />

BERKSHIRE CL B 79.25 -0.39<br />

GILEAD SCI 47.39 -1.02<br />

MICROSOFT CP 28.1 -2.19<br />

US BANCORP 24.34 -0.86<br />

CITIGROUP 3.38 -2.31<br />

GOOGLE 533.72 -1.67<br />

NIKE INC CL B 64 -0.48<br />

UNITED TECH CP 67.91 -0.72<br />

CATERPILLAR INC <strong>56</strong>.41 -2.79<br />

GOLDM SACHS GRP 157.92 0.77<br />

NTL OILWELL VARC 42.98 -3.2<br />

VERIZON COMMS 28.75 -0.86<br />

COLGATE PALMOLIV 81.9 -0.22<br />

HALLIBURTON CO 30.15 -2.8<br />

NORFOLK SOUTHERN 50.3 -1.64<br />

WALGREEN CO 34.4 -1.01<br />

COMCAST CORP A 16.1 -0.<strong>56</strong><br />

HOME <strong>DE</strong>POT INC 31 2.24<br />

NEWS CORP A 13.16 -2.45<br />

WELLS FARGO & CO 27.42 -2.11<br />

CAP ONE FINAN 37.3 -2.<strong>56</strong><br />

H J HEINZ CO 45.66 -0.59<br />

NYSE EURONEXT 25.42 -1.01<br />

WILLIAMS COMPS 21.11 -2.18<br />

CONOCOPHILLIPS 47.67 -2.11<br />

HONEYWELL INTL 39.94 -0.52<br />

ORACLE CORP 24.42 -1.57<br />

WAL-MART STORES 53.88 0.09<br />

COSTCO WHOLESAL 60.65 -0.23<br />

HEWLETT-PACKARD 50.01 -1.09<br />

OCCI<strong>DE</strong>NTAL PETE 79.12 -1.11<br />

WEYERHAEUSER CO 40.94 -0.87<br />

CAMPBELL SOUP CO 33.21 -0.87<br />

INTL BUS MACHINE 126.4 -0.35<br />

PEPSICO INC 62 -0.66<br />

EXXON MOBIL 64.91 -0.75<br />

CISCO SYSTEMS 23.86 -1.81<br />

INTEL CORP 20.35 -2.49<br />

PFIZER INC 17.66 -1.62<br />

XEROX CORP 9.06 -1.95<br />

Título Última Var.<br />

Cot. £ %<br />

CARNIVAL 2346 -1.22<br />

INTL POWER 331.5033 -1.17<br />

PEARSON 893 0.17<br />

SMITHS GROUP 1027 -0.48<br />

AGGREKO 941 -0.16<br />

CENTRICA 273.2172 -1.38<br />

INMARSAT 717.3981 -0.97<br />

RECKIT BNCSR GRP 3468.2166 -0<br />

SMITH&NEPHEW 672.3814 1.43<br />

AMEC 786.5 -0.94<br />

CAIRN ENERGY 340.5947 -3.13<br />

Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />

Índice Mercado valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />

PSI 20 Portugal 7613.19 -121.14 -1.57 8877.6 7151.12 8463.85 -10.05050893 15080.99 09 MAR 2000 2910.63 14 JAN 1993<br />

PSI Geral Portugal 2633.67 -38.79 -1.45 3020.92 2537.45 2902.26 -9.254512001 4419 17 JUL 2007 842.31 22 NOV 1995<br />

PSI 20 Total Return Portugal 12617.74 -200.76 -1.57 14713.3 11851.92 14027.58 -10.05048626 21023.84 17 JUL 2007 6673.98 23 OCT 2002<br />

Dow Jones Ind. Ave. EUA 10290.58 -92.8 -0.89 10729.89 6469.95 10428.05 -1.318271393 14164.53 09 OCT 2007 388.2 17 JAN 1955<br />

Nasdaq Composite EUA 2207.93 -34.1 -1.52 2326.28 1265.52 2269.15 -2.697926536 5132.52 10 MAR 2000 276.6 01 OCT 1985<br />

FTSE 100 R. Unido 5315.09 -36.98 -0.69 <strong>56</strong>00.48 5033.01 5412.88 -1.80661681 6950.6 30 <strong>DE</strong>C 1999 986.9 23 JUL 1984<br />

Xetra-Dax Alemanha <strong>56</strong>04.07 -84.37 -1.48 6094.26 5433.02 5957.43 -5.931416735 8151.57 13 JUL 2007 931.18 29 JAN 1988<br />

CAC 40 França 3707.06 -49.64 -1.32 4088.18 3545.91 3936.33 -5.8244608<strong>56</strong> 6944.77 04 SEP 2000 893.82 29 JAN 1988<br />

IBEX 35 Espanha 10312.9 -257.6 -2.44 12240.5 6702.6 11940 -13.62730318 16040.4 09 NOV 2007 1861.9 05 OCT 1992<br />

AEX Holanda 320.99 -4.13 -1.27 345.<strong>56</strong> 311.53 335.33 -4.276384457 703.18 05 SEP 2000 69.14 10 NOV 1987<br />

BEL 20 Bélgica 2502.89 -18.21 -0.72 2610.41 2375.72 2511.62 -0.347584428 4759.01 23 MAY 2007 1039 02 SEP 1992<br />

Nikkei 225 Japão 10352.1 -48.37 -0.47 10982.1 9867.39 0 0 38915.87 29 <strong>DE</strong>C 1989 85.25 06 JUL 1950<br />

Hang Seng Hong Kong 20623 245.73 1.21 22671.92 19423.05 21872.5 -5.712652875 31958.41 30 OCT 2007 58.61 31 AUG 1967<br />

DJ Stoxx 50 Pan-europeu 2477.82 -32.79 -1.31 2652.64 2359.4 2578.92 -3.92024<strong>56</strong>84 5219.96 28 MAR 2000 925.95 05 OCT 1992<br />

DJ Euro Stoxx 50 Pan-europeu 2730.57 -47.55 -1.71 3044.37 2617.77 2966.24 -7.945075247 5522.42 07 MAR 2000 920.65 05 OCT 1992<br />

FTSE Eurotop 300 Pan-europeu 1011.62 -11.53 -1.13 1074.5 964.22 1045.76 -3.264611383 1709.12 05 SEP 2000 645.5 09 MAR 2009<br />

FTSE Eurotop 100 Pan-europeu 21<strong>56</strong>.22 -24.08 -1.1 2288.01 2050.97 2233.67 -3.467387752 3969.76 05 SEP 2000 1384.52 09 MAR 2009<br />

Euronext 100 Pan-europeu 652.02 -7.46 -1.13 708.11 625.53 683.76 -4.641979642 1147.84 12 OCT 2000 419.49 12 MAR 2003<br />

Next 150 Pan-europeu 1386.4 -10.23 -0.73 1469.57 1332.39 1386.24 0.011542013 2028.18 19 JUL 2007 514.28 12 MAR 2003<br />

S&P 500 EUA 1093.85 -14.16 -1.28 1149.47 666.92 1115.1 -1.90<strong>56</strong>58685 1576.06 11 OCT 2007 132.93 23 NOV 1982<br />

Bovespa Brasil 65792.11 -1392.05 -2.07 71068.05 61341.11 68588.41 -4.076927866 73920.38 29 MAY 2008 4575.69 11 SEP 1998<br />

Índices Sectoriais - Dow Jones Stoxx Europa<br />

Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />

Índice valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />

Automovel 205.11 -3.49 -1.67 248.50 202.13 235.83 -13.03 433.20 01 NOV 2007 83.34 07 OCT 1992<br />

Banca 204.85 -4.26 -2.04 237.52 189.30 221.27 -7.42 541.27 20 APR 2007 86.87 26 AUG 1992<br />

Recursos Básicos 483.52 -11.95 -2.41 546.94 443.65 497.98 -2.90 836.75 19 MAY 2008 84.85 19 OCT 1992<br />

Ind. Quimica 441.31 -4.13 -0.93 471.15 421.30 463.06 -4.70 530.59 06 JUN 2008 95.76 05 OCT 1992<br />

Construção 255.40 -3.64 -1.41 289.47 247.35 277.<strong>56</strong> -7.98 481.57 04 JUN 2007 77.54 19 OCT 1992<br />

Energia 318.36 -5.03 -1.<strong>56</strong> 347.13 304.14 330.54 -3.68 472.65 13 JUL 2007 85.58 25 AUG 1992<br />

Serviços Financeiros 220.30 -2.39 -1.07 241.47 207.22 232.87 -5.40 508.91 21 FEB 2007 80.51 01 SEP 1992<br />

Alimentação e bebidas 312.31 0.93 0.30 314.41 292.06 304.28 2.64 337.<strong>56</strong> 01 NOV 2007 92.66 05 OCT 1992<br />

Bens e serviços Industriais 249.96 -1.92 -0.76 259.14 235.82 246.69 1.33 416.99 11 FEB 2000 92.1 05 OCT 1992<br />

Seguros 147.97 -2.33 -1.55 158.45 137.86 151.43 -2.28 473.67 27 NOV 2000 73.76 09 MAR 2009<br />

Media 155.05 -0.75 -0.48 163.94 149.82 159.15 -2.58 783.64 10 MAR 2000 99.98 08 JAN 1992<br />

Cuidados Médicos 372.43 -2.08 -0.<strong>56</strong> 383.65 360.02 366.09 1.73 523.48 27 NOV 2000 87.97 14 APR 1993<br />

Tecnologia 192.19 -2.36 -1.21 200.68 185.07 184.35 4.25 1230.61 06 MAR 2000 88.2 05 OCT 1992<br />

Telecomunicações 246.20 -3.66 -1.46 264.30 242.26 260.93 -5.65 1062.85 06 MAR 2000 79.37 05 OCT 1992<br />

Fornecedores de serv. Públicos 322.32 -3.36 -1.03 347.15 313.02 342.49 -5.89 <strong>56</strong>3.68 08 JAN 2008 89.88 05 OCT 1992<br />

Reino Unido - Footsie 100<br />

Título Última Var. Título Última Var.<br />

Cot. £ %<br />

Cot. £ %<br />

INVENSYS 319.4343 -0.81<br />

ROYAL BANK SCOT 36 0.61<br />

SERCO GROUP 527.5 1.34<br />

ANTOFAGASTA 900.0444 -2.76<br />

COBHAM 238.6363 0.46<br />

INTERTEK GROUP 1288 5.75<br />

ROYAL DTCH SHL A 1788.8306 -0.98<br />

SCOT & STH ENRGY 1133.695 -0.53<br />

ARM HOLDINGS 201.7708 -2.51<br />

COMPASS GROUP 478.0191 0.19<br />

JOHNSON MATTHEY 1590.0636 -0.81<br />

ROYAL DTCH SHL B 1716 -0.64<br />

STANDRD CHART BK1535.9446 -0.16<br />

ALLIANCE TRUST 317.5253 -0.72<br />

CAPITA GROUP 743.5 1.02<br />

KAZAKHMYS 1338 -1.83<br />

REED ELSEVIER 488 1.2<br />

SEVERN TRENT 1148 -0.52<br />

AUTONOMY CORP 1524 -0.46<br />

CABLE & WIRELESS 137.5 -0.58<br />

KINGFISHER 213.2 -1.2<br />

REXAM PLC 280.4 -0.32<br />

THOMAS COOK GRP 235.8 -2.24<br />

AVIVA 376.2 -1.26<br />

DIAGEO 1065.0426 -0.09<br />

LAND SECS GROUP 644.5 -0.08<br />

RIO TINTO 3404.976 -2.55<br />

TULLOW OIL 1209.3817 -3.08<br />

ASTRAZENECA 2843.8638 0.25<br />

MAN GROUP 230.8 -2.57<br />

LEGAL & GENERAL 77.1408 -0.98<br />

ROLLS ROYCE GP 526.5 0.19<br />

TESCO 423.2 -0.31<br />

BAE SYSTEMS 369.79 0.16<br />

EURASIAN 1036 -3.76<br />

LIBERTY INTL 477.66 0.82<br />

RANDGOLD RES. 4641.70<strong>56</strong> -2.69<br />

TUI TRAVEL 265.6384 -2.79<br />

BARCLAYS 320 -1.42<br />

EXPERIAN 624.0804 0.89<br />

Espanha - IBEX 35<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ABERTIS 13.78 -1.5<br />

ABENGOA 19.36 -2.22<br />

ACS CONS Y SERV 33.34 -0.91<br />

ACERINOX 12.79 -0.78<br />

ACCIONA SA 80.81 -1.75<br />

BBVA 9.752 -3.59<br />

BANKINTER 6.01 -2.28<br />

BOLSAS Y MER ESP 19.76 -4.84<br />

BANESTO 7.42 -2.37<br />

CRITERIA CAIXA 3.266 -0.03<br />

EN<strong>DE</strong>SA 21.58 -1.15<br />

ENAGAS 15.305 -0.62<br />

EBRO PULEVA 14.41 0.63<br />

FOMENTO <strong>DE</strong> CONST 24.775 -1.31<br />

FERROVIAL 6.717 -2.24<br />

GAMESA 9.81 -3.59<br />

GAS NATURAL 13.49 -1.32<br />

GRIFOLS 10.98 -1.48<br />

Suíça - SMI<br />

Título Última Var.<br />

Cot. CHF %<br />

ABB LTD N 21.37 -1.02<br />

ACTELION HLDG 55.45 1.09<br />

A<strong>DE</strong>CCO N 53.9 -0.55<br />

CS GROUP AG 47.32 -1.52<br />

HOLCIM N 71.15 -1.32<br />

JULIUS BAER N 33.62 -0.06<br />

LONZA GRP AG N 79.65 0.38<br />

NESTLE SA 52.8 0.76<br />

NOVARTIS N 58.9 -0.34<br />

RICHEMONT I 36.34 -1.01<br />

ROCHE HOLDING AG 179 -1.49<br />

SGS N 1414 -0.07<br />

SWATCH GROUP I 299.7 -0.99<br />

LLOYDS BNK GRP 51.776 0.12<br />

RSA INSRANCE GRP 131.6 -0.98<br />

UNILEVER 1929 -0.05<br />

BRIT AM TOBACCO 2214.21 0.77<br />

FRESNILLO 751.5 -3.34<br />

LONMIN PLC 1815 -3.25<br />

RESOLUTION 73.5706 -0.81<br />

UNITED UTIL GRP 537 -0.<strong>56</strong><br />

BRITISH AIRWAYS 208.08 1.11<br />

G4S 267 1.02<br />

LOND STOCK EXCH 655 -1.21<br />

SABMILLER 1733 -0.63<br />

VEDANTA RES 2<strong>56</strong>5 -2.47<br />

BG GROUP 1177.5471 -1.11<br />

GLAXOSMITHKLINE 1207.7306 0.42<br />

MARKS & SP. 327.64 -1.68<br />

SAINSBURY(J) 331.9684 -0.12<br />

VODAFONE GROUP 140.7235 -0.85<br />

BR LAND CO 449.8063 0.49<br />

HAMMERSON 391.3 1.01<br />

MORRISON SUPMKT 299.7598 -0.13<br />

SCHRO<strong>DE</strong>RS 1191 -0.67<br />

WOLSELEY 1617.3802 12.49<br />

BHP BILLITON 2055.236 -1.21<br />

HOME RETAIL 259.0599 -0.81<br />

NATIONAL GRID 640 -0.31<br />

SCHRO<strong>DE</strong>RS NV 980.5 -0.81<br />

WPP PLC 597.87 -0.67<br />

BUNZL 675.1186 -0.37<br />

HSBC HOLDINGS 700.7079 0.26<br />

NEXT 1876.1815 -2.76<br />

SAGE GROUP 229.0612 -0.48<br />

WHITBREAD 1412 -1.67<br />

BP 580 -1.43<br />

ICAP PLC 328.4 -3.1<br />

OLD MUTUAL 111.19 -0.54<br />

SEGRO 325.8985 0.03<br />

XSTRATA 1075.6832 -3.39<br />

BURBERRY GRP 627.7106 -1.03<br />

INTERCONT HOTEL 908.5 -0.27<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

IBERDROLA 5.9 -2.06<br />

IBERIA LIN AER 2.239 1.17<br />

IBR RENOVABLES 3.124 -0.51<br />

INDRA SISTEMAS 14.6 -1.22<br />

INDITEX 42.305 -0.63<br />

MAPFRE 2.6<strong>56</strong> -1.59<br />

ARCELORMITTAL 28.25 -2.45<br />

OBR HUARTE LAIN 17.42 1.46<br />

BK POPULAR 4.835 -2.22<br />

RED ELECTR CORP 36.44 0.7<br />

REPSOL YPF 16.775 -1.29<br />

BCO <strong>DE</strong> SABA<strong>DE</strong>LL 3.553 -1.85<br />

BANCO SANTAN<strong>DE</strong>R 9.485 -4.1<br />

SACYR-VALLE 6.33 -3.9<br />

TELEFONICA 16.95 -2.25<br />

GEST TELECINCO 9.87 -2.37<br />

TECNICAS REUN 41.935 -1.29<br />

Título Última Var.<br />

Cot. CHF %<br />

SWISS LIFE HLDG 135.8 -1.67<br />

SWISS REINSUR N 48.15 -2.73<br />

SWISSCOM N 372.5 -1.27<br />

SYNGENTA N 283.2 -0.18<br />

SYNTHES 127.1 -0.55<br />

UBS AG N 14.46 -2.1<br />

ZURICH FIN N 255.2 -0.08<br />

ZURICH FIN N 255.2 -0.08<br />

SYNGENTA N 283.2 -0.18<br />

SYNTHES 127.1 -0.55<br />

UBS AG N 14.46 -2.1<br />

ZURICH FIN N 255.2 -0.08<br />

ZURICH FIN N 255.2 -0.08<br />

Alemanha - Dax<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ADIDAS AG 36.3 -2.31<br />

FRESENIUS SE VZ 48.92 -1.28<br />

ALLIANZ SE 81.53 -0.94<br />

HENKEL AG&CO VZ 36.395 -0.29<br />

BASF SE 41.265 -1.28<br />

INFINEON TECH N 4.091 -2.36<br />

BAY MOT WERKE 29.69 -1.88<br />

K+S AG 44.53 -1.63<br />

BAYER N AG 49.84 -1.25<br />

LIN<strong>DE</strong> 82.9 -0.92<br />

BEIERSDORF 44.205 0.47<br />

MAN SE 53.03 -1.71<br />

COMMERZBANK 5.64 -6.47<br />

MERCK KGAA 58 -10.05<br />

DAIMLER AG N 31.25 -0.48<br />

Itália - Mibtel<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

GENERALI ASS 16.57 0.18<br />

MEDIASET 5.64 0<br />

MEDIOBANCA 7.6 -0.07<br />

MEDIOLANUM 0 0<br />

SAIPEM 24.34 -0.04<br />

SNAM RETE GAS 3.435 0<br />

STMICROELEC.N.V 6.155 0.08<br />

Holanda - AEX<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

DJ Euro STOXX 50 2730.57 -1.71<br />

AEX-Index 320.99 -1.27<br />

AEX MktDigest #N/A unknown<br />

FieldName 0<br />

AEGON 4.362 -2<br />

AHOLD KON 8.98 -0.13<br />

AIR FRANCE - KLM 9.894 -1.45<br />

AKZO NOBEL 38.75 -1.<strong>56</strong><br />

ARCELORMITTAL 28.21 -2.67<br />

ASML HOLDING 23.1 -2.2<br />

BAM GROEP KON 5.863 -0.73<br />

BOSKALIS WESTMIN 24.38 -0.47<br />

CORIO 44.76 0.09<br />

França - CAC 40<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ACCOR 36.465 -0.37<br />

AIR LIQUI<strong>DE</strong> 84.08 -0.24<br />

ALCATEL-LUCENT 2.192 -0.59<br />

ALSTOM 47.65 -0.83<br />

ARCELORMITTAL 28.21 -2.67<br />

AXA 14.88 -1.94<br />

BNP PARIBAS 52.63 -2.45<br />

BOUYGUES 34.685 -1.32<br />

CAP GEMINI 33.51 -1.9<br />

CARREFOUR 33.765 -0.94<br />

CREDIT AGRICOLE 10.47 -3.23<br />

DANONE 43.205 -0.09<br />

<strong>DE</strong>XIA 3.94 -2.45<br />

EADS 15.045 1.18<br />

EDF 37.44 -1.47<br />

ESSILOR INTERNAT 43.55 -0.73<br />

FRANCE TELECOM 16.845 -0.91<br />

GDF SUEZ 27.45 -0.38<br />

L OREAL 74.93 -0.74<br />

L.V.M.H. 79 -1.35<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

METRO AG 38.535 -1<br />

<strong>DE</strong>UTSCHE BANK N 46.19 -3.31<br />

MUENCH. RUECK N 112 0.09<br />

<strong>DE</strong>UTSCHE POST NA 12.145 -1.5<br />

RWE AG 63.5 -1.75<br />

DT BOERSE N 50.71 -0.55<br />

SALZGITTER 64.93 -2.8<br />

DT LUFTHANSA AG 10.95 -0.41<br />

SAP AG 32.315 -0.63<br />

DT TELEKOM N 9.502 -1.79<br />

SIEMENS N 63.81 -1.83<br />

E.ON AG NA 26.36 -1.27<br />

THYSSEN KRUPP 23.18 -3.26<br />

FRESENIUS MEDI 37.1 -1.12<br />

VOLKSWAGEN VZ 60.69 -0.93<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

UNICREDIT 1.886 0.05<br />

TENARIS 16.83 0.18<br />

TERNA 2.9825 0<br />

UBI BANCA 9.02 0<br />

UNICREDIT 1.886 0.05<br />

UNICREDIT 1.886 0.05<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

FUGRO 43.285 -2.1<br />

HEINEKEN 36.115 3.08<br />

ING GROEP 6.6 -4.67<br />

KONINKLIJKE DSM 32.75 -0.06<br />

KPN KON 11.705 -0.13<br />

PHILIPS KON 21.77 -2.38<br />

R.DUTCH SHELL A 20.245 -0.76<br />

RANDSTAD 31.47 -1.93<br />

REED ELSEVIER 8.437 0.75<br />

SBM OFFSHORE 13.48 -1.82<br />

TNT 19.065 -2.33<br />

TOMTOM N.V. 5.901 3.29<br />

UNIBAIL RODAMCO 146.85 -0.37<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

LAFARGE 49.1 -2.54<br />

LAGAR<strong>DE</strong>RE S.C.A. 26.85 -0.9<br />

MICHELIN 50.87 -2.42<br />

PERNOD RICARD <strong>56</strong>.12 -0.23<br />

PEUGEOT 19.74 -1.57<br />

PPR 82.4 -1.96<br />

RENAULT 30.54 -4.23<br />

SAINT-GOBAIN 33.355 -0.43<br />

SANOFI-AVENTIS 54.05 -0.17<br />

SCHNEI<strong>DE</strong>R ELECTR 78.91 -2.42<br />

SOCIETE GENERALE 39.555 -2.38<br />

STMICROELECTRONI 6.168 -3.17<br />

SUEZ ENV 16.035 -1.02<br />

TECHNIP 52.43 -2.91<br />

TOTAL 41.98 -1.63<br />

UNIBAIL RODAMCO 146.85 -0.37<br />

VALLOUREC 133.45 -2.52<br />

VEOLIA ENVIRON 24.055 -0.93<br />

VINCI 38.31 -1.01<br />

VIVENDI 18.41 -0.75<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 43<br />

BOLSAS INTERNACIONAIS<br />

Bélgica - Bel 20<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

DJ Euro STOXX 50 2730.57 -1.71<br />

BEL20 2502.89 -0.72<br />

ACKERMANS V.HAAR 50 -0.08<br />

BEKAERT 112.3 2.6<br />

BELGACOM 26.19 0.06<br />

COFINIMMO-SICAFI 99.27 0.08<br />

COLRUYT 177.5 1.43<br />

<strong>DE</strong>LHAIZE GROUP <strong>56</strong>.91 0.39<br />

<strong>DE</strong>XIA 3.94 -2.45<br />

FORTIS 2.54 -1.47<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

GBL 65.08 -0.64<br />

GDF SUEZ 27.45 -0.38<br />

AB INBEV 36.44 -0.38<br />

KBC GROEP 32.43 -3.28<br />

MOBISTAR 42.62 0.58<br />

NAT PORTEFEUIL D 36.72 -1.29<br />

OMEGA PHARMA 36.1 -1.1<br />

SOLVAY 71.44 -0.97<br />

UCB 32.805 -0.89<br />

Euronext - Euronext 100<br />

Título Última Var. Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

Cot. € %<br />

ACCOR 36.465 -0.37<br />

ADP 57.5 0.35<br />

AEGON 4.362 -2<br />

AHOLD KON 8.98 -0.13<br />

AIR FRANCE - KLM 9.894 -1.45<br />

AIR LIQUI<strong>DE</strong> 84.08 -0.24<br />

AKZO NOBEL 38.75 -1.<strong>56</strong><br />

ALSTOM 47.65 -0.83<br />

ALCATEL-LUCENT 2.192 -0.59<br />

ASML HOLDING 23.1 -2.2<br />

AXA 14.88 -1.94<br />

BELGACOM 26.19 0.06<br />

B.COM.PORTUGUES 0.725 -2.82<br />

B.ESPIRITO SANTO 3.681 -2.31<br />

BNP PARIBAS 52.63 -2.45<br />

BOUYGUES 34.685 -1.32<br />

BRISA 6.073 -2.05<br />

BUREAU VERITAS 37.34 2.54<br />

CREDIT AGRICOLE 10.47 -3.23<br />

CAP GEMINI 33.51 -1.9<br />

CARREFOUR 33.765 -0.94<br />

CASINO GUICHARD 59.12 0.03<br />

CIMENTS FRANCAIS 65.71 -2.01<br />

NATIXIS 3.606 0.14<br />

CNP ASSURANCES 65.01 -0.43<br />

COLRUYT 177.5 1.43<br />

CORIO 44.76 0.09<br />

DANONE 43.205 -0.09<br />

DASSAULT SYSTEM 41.435 -0.73<br />

<strong>DE</strong>LHAIZE GROUP <strong>56</strong>.91 0.39<br />

<strong>DE</strong>XIA 3.94 -2.45<br />

CHRISTIAN DIOR 72.88 0.36<br />

KONINKLIJKE DSM 32.75 -0.06<br />

EADS 15.045 1.18<br />

EDF 37.44 -1.47<br />

EDP 2.8 -1.72<br />

EDP RENOVAVEIS 5.918 -0.9<br />

REED ELSEVIER 8.437 0.75<br />

ERAMET 223.05 -1.76<br />

ESSILOR INTERNAT 43.55 -0.73<br />

EUTELSAT COMM. 24.7 0.08<br />

SO<strong>DE</strong>XO 42.83 0.62<br />

FORTIS 2.54 -1.47<br />

EIFFAGE 36.045 -1.97<br />

FRANCE TELECOM 16.845 -0.91<br />

GALP ENERGIA 11.93 -0.25<br />

GBL 65.08 -0.64<br />

GDF SUEZ 27.45 -0.38<br />

HEINEKEN 36.115 3.08<br />

HERMES INTL 96.81 -1.12<br />

Euronext - Next 150<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

BAM GROEP KON 5.863 -0.73<br />

DIETEREN 316 1.87<br />

SONAE 0.826 -2.82<br />

BEFIMMO-SICAFI 61.24 1.63<br />

IMPRESA SGPS 1.35 0<br />

PORTUCEL 1.853 -0.38<br />

RHODIA 13.095 -0.61<br />

VILMORIN & Cie 80.78 -0.26<br />

FAURECIA 12.55 -3.39<br />

ARKEMA 26.15 -0.21<br />

RALLYE 23.555 -1.3<br />

VALEO 20.62 -3.15<br />

NEXITY 25.8 0.8<br />

NUTRECO 43.76 0.25<br />

ORPEA 30.165 0.42<br />

HAVAS 3.052 -1.36<br />

IMTECH 22.57 -0.75<br />

EUROCOMMERCIAL 28 -0.36<br />

BULL 3.49 0.58<br />

SMIT INTERNA 61.88 0.13<br />

ARCADIS 15.92 -0.84<br />

TOMTOM N.V. 5.901 3.29<br />

HEIJMANS 12.47 -2.12<br />

CSM 20.6 -0.1<br />

LOGICA 1.4 1.74<br />

ALTEN 19.68 -0.3<br />

MANITOU BF 9.391 -2.18<br />

MARTIFER 3.08 -1.28<br />

MAUREL ET PROM 10.97 -1.22<br />

AALBERTS INDUSTR 9.88 0.11<br />

ACKERMANS V.HAAR 50 -0.08<br />

AGFA-GEVAERT 6.41 -1.08<br />

ALTRI SGPS SA 4.307 1.7<br />

APRIL GROUP 23.2 -1.07<br />

ASM INTERNATIONA 16.425 -0.39<br />

ATOS ORIGIN 34.05 -0.95<br />

BARCO 29.49 -1.86<br />

BANCO BPI SA 1.94 -3<br />

BEKAERT 112.3 2.6<br />

BIC 53 -0.58<br />

BINCKBANK 13.2 -1.86<br />

BIOMERIEUX 80.35 0.17<br />

BANIF-SGPS 1.14 -0.87<br />

BONDUELLE 81.5 0.62<br />

BOSKALIS WESTMIN 24.38 -0.47<br />

WESSANEN KON 3.573 0.48<br />

CARBONE-LORRAINE 24.345 0.19<br />

SECHE ENVIRONNEM 52.9 1.63<br />

AREVA CI 325.15 0.99<br />

C F E 33.95 -3.06<br />

BENETEAU 11.905 -0.13<br />

CMB 21.45 -1.42<br />

CLUB MEDITERRANE 11.23 -0.31<br />

COFINIMMO-SICAFI 99.27 0.08<br />

CIMPOR SGPS 5.54 -5.35<br />

CRUCELL 14.075 0.54<br />

<strong>DE</strong>RICHEBOURG 2.864 -2.82<br />

DRAKA HOLDING 12.02 1.01<br />

EDF ENERG NOUV 37.12 0.37<br />

EULER HERMES 54.95 0.71<br />

EURONAV 14.84 0.68<br />

EUROFINS SCIENT 31.08 -0.58<br />

EURAZEO 47 -3.44<br />

EVS BROADC.EQUIP 40.85 -0.68<br />

EXACT HOLDING 18.085 -0.47<br />

FAIVELEY 60.42 0.62<br />

FONC <strong>DE</strong>S REGIONS 73.82 -1.16<br />

FUGRO 43.285 -2.1<br />

STALLERGENES 58.28 -0.38<br />

CGG VERITAS 18.465 -2.2<br />

GROUP EUROTUNNEL 7.512 -1.29<br />

LISI 34.5 0<br />

GIMV 36.67 -0.76<br />

GL EVENTS 16.55 -0.9<br />

BOURBON 25.235 -2.23<br />

ICA<strong>DE</strong> 73 -1.22<br />

ILIAD 77.91 0.32<br />

IMERYS 38.2 -1<br />

ING GROEP 6.6 -4.67<br />

ARCELORMITTAL 28.21 -2.67<br />

JC <strong>DE</strong>CAUX SA 18.32 -0.33<br />

KBC GROEP 32.43 -3.28<br />

KPN KON 11.705 -0.13<br />

LAFARGE 49.1 -2.54<br />

LAGAR<strong>DE</strong>RE S.C.A. 26.85 -0.9<br />

LEGRAND 22.27 -0.71<br />

KLEPIERRE 27.45 -0.33<br />

L.V.M.H. 79 -1.35<br />

MICHELIN 50.87 -2.42<br />

MOBISTAR 42.62 0.58<br />

L OREAL 74.93 -0.74<br />

PAGES JAUNES 8.212 0.15<br />

PERNOD RICARD <strong>56</strong>.12 -0.23<br />

PEUGEOT 19.74 -1.57<br />

PHILIPS KON 21.77 -2.38<br />

PPR 82.4 -1.96<br />

PORTUGAL TELECOM 7.76 -0.63<br />

PUBLICIS GROUPE 28.515 1.12<br />

RANDSTAD 31.47 -1.93<br />

R.DUTCH SHELL A 20.245 -0.76<br />

RENAULT 30.54 -4.23<br />

SAFRAN 15.3 0.46<br />

SANOFI-AVENTIS 54.05 -0.17<br />

SCHNEI<strong>DE</strong>R ELECTR 78.91 -2.42<br />

SCOR SE 17.7 0.17<br />

SES 17.275 -0.72<br />

SUEZ ENV 16.035 -1.02<br />

VINCI 38.31 -1.01<br />

SAINT-GOBAIN 33.355 -0.43<br />

SOCIETE GENERALE 39.555 -2.38<br />

SOLVAY 71.44 -0.97<br />

STMICROELECTRONI 6.168 -3.17<br />

THALES 28.635 -2.1<br />

TECHNIP 52.43 -2.91<br />

TF1 11.575 -1.2<br />

TNT 19.065 -2.33<br />

TOTAL 41.98 -1.63<br />

UCB 32.805 -0.89<br />

UNIBAIL RODAMCO 146.85 -0.37<br />

UNILEVER CERT 22.43 -0.36<br />

VEOLIA ENVIRON 24.055 -0.93<br />

VIVENDI 18.41 -0.75<br />

VALLOUREC 133.45 -2.52<br />

WOLTERS KLUWER 14.93 -0.53<br />

WOLTERS KLUWER 14.93 -0.53<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

GRONTMIJ 16.19 -2.41<br />

GEMALTO 30.53 -0.02<br />

GUYENNE GASCOGNE 63.5 -0.16<br />

INGENICO 17.885 -0.64<br />

IPSEN 38.45 0.1<br />

IPSOS 23 -2.13<br />

J MARTINS SGPS 7.045 0.5<br />

KARDAN NV 4.45 -0.96<br />

MEETIC 21.27 0.52<br />

NEOPOST 58.31 0.02<br />

MERCIALYS 25.93 0.31<br />

M6-METROPOLE TV 18.61 -1.01<br />

MOTA ENGIL 3.131 -3.42<br />

WEN<strong>DE</strong>L 39.3 0<br />

NICOX 5.09 -2.79<br />

NEXANS 53.49 0.<strong>56</strong><br />

NIEUWE STEEN INV 14.66 0.41<br />

TEN CATE KON 19.03 -0.44<br />

NYRSTAR (D) 9.99 -2.25<br />

OCE 8.587 -0.15<br />

OMEGA PHARMA 36.1 -1.1<br />

MEDIQ 12.63 -2.09<br />

PROLOGIS EUR PRP 5.2 2.93<br />

PIERRE &VACANCES 49.66 -0.7<br />

HAULOTTE GROUP 6.04 -0.98<br />

REMY COINTREAU 35.19 -0.4<br />

REN 2.92 0.34<br />

RHJ INTERN. 6.1 -0.81<br />

TELEPERFORMANCE 23.32 -1.17<br />

RUBIS 57.43 0.12<br />

REXEL 9.762 -0.99<br />

SAFT 28.85 -1.87<br />

SBM OFFSHORE 13.48 -1.82<br />

SEB 47.7 -0.21<br />

SECHILIENNE SI<strong>DE</strong> 22.71 0.11<br />

SEMAPA 7.151 -3.06<br />

SILIC 82.65 0.18<br />

SELOGER.COM 25.25 0<br />

SLIGRO FOOD GP 23.5 -0.93<br />

SONAECOM SGPS 1.617 -3.23<br />

SOITEC 9.806 -2.81<br />

SONAE INDUSTRIA 2.227 -3.13<br />

SOPRA GROUP 52 0<br />

SPERIAN PROTEC 46.955 0.33<br />

SNS REAAL 3.881 -2.44<br />

TEIXEIRA DUARTE 0.874 -2.78<br />

GROUPE STERIA 21.32 -1.14<br />

TESSEN<strong>DE</strong>RLO 22.65 -1.52<br />

TECHNICOLOR 0.98 -0.71<br />

TELENET GRP HLDG 21.02 -1.31<br />

TRANSGENE 20.61 -1.34<br />

TKH GROUP NV 13.015 0.08<br />

UBISOFT ENTERT. 9.26 -1.7<br />

UMICORE 22.41 -2.78<br />

USG PEOPLE N.V. 12.46 -2.43<br />

VASTNED RETAIL 46.765 0.15<br />

VIRBAC 76.5 -0.91<br />

VOPAK 53.67 -1.32<br />

SEQUANA 7.115 2.39<br />

WAVIN NV 1.613 -0.86<br />

WDP-SICAFI 33.1 0.3<br />

WERELDHAVE 66.01 -0.21<br />

ZODIAC AEROSPACE 32.705 1.47<br />

ZON MULTIMEDIA 3.705 -1.98<br />

AMG 7.822 -1.39<br />

PLASTIC OMNIUM 23.25 -1.48<br />

BETER BED 18.98 -1.15<br />

ACCELL GROUP 33.6 1.11<br />

BRUNEL INTERNAT 27.7 -1.95<br />

E.SANTO FINANCIA 14.99 0.27<br />

SIPEF 39.47 -0.58<br />

THROMBOGENICS 15.15 1<br />

UNIT 4 AGRESSO 17.265 4.01<br />

ALTRAN TECHN. 3.507 0.26<br />

AREVA CI 325.15 0.99


44 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

FUNDOS <strong>DE</strong> INVESTIMENTO NACIONAIS<br />

BANIF EURO-TESOURARIA 7.276 7.2759 Z<br />

BANIF PPA 6.0808 6.0596 L<br />

BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA FIXA 6.7398 6.7414 S<br />

BANIF ACÇÕES PORTUGAL 4.6638 4.6457 A<br />

BANIF EURO ACÇÕES 1.8467 1.838 P<br />

BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA VAR 4.3877 4.3911 U<br />

BANIF IMOPREDIAL 7.3808 7.3799<br />

BANIF GESTÃO PATRIMONIAL 3.7355 3.7344 J<br />

BANIF GESTÃO ACTIVA 3.2412 3.2407 J<br />

BANIF EUROPA <strong>DE</strong> LESTE 3.9052 3.9129 F.Fundos<br />

BANIF AMÉRICA LATINA 4.3517 4.3089<br />

BANIF ÁSIA 3.9677 3.9708<br />

BANIF PROPERTY 1003.517 1003.008<br />

www.montepio.pt<br />

Informações 808 20 26 26<br />

Montepio Gestão de Activos Financeiros<br />

Montepio Accoes 99.66<strong>56</strong> 98.4961 -<br />

Montepio Accoes Europa 33.9653 33.6495 -<br />

Montepio Euro Telcos 50.1044 49.6251 -<br />

Montepio Euro Utilities 62.3019 61.6<strong>56</strong>7 -<br />

Montepio Monetario 66.87<strong>56</strong> 66.873 -<br />

Montepio Obrigacoes 83.9399 83.9219 -<br />

Montepio Taxa Fixa 68.0354 68.1699 -<br />

Montepio Tesouraria 87.4695 87.4592 -<br />

Multi Gestao Mercados Emergentes 43.9593 43.2473 -<br />

Multi Gestao Equilibrada 43.2489 42.8144 -<br />

Multi Gestao Dinamica 28.9909 28.5738 -<br />

Multi Gestao Prudente 49.1929 48.9032 -<br />

imorendimento@imorendimento.pt Telef: 226 07 <strong>56</strong> 60<br />

Imorendimento II - FIIF 6,1729<br />

Gestimo - FIIF 8,6223<br />

Continental Retail - FIIF 5,0979<br />

Multipark - FIIF 4,4044<br />

Prime Value - FEIIF 5,9096<br />

Natura - FIIF 5,0475<br />

Historic Lodges - FIIF 4,927<br />

Fundos de investimento<br />

Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />

valor € ant. €<br />

BARCLAYS GLOBAL CONSERVADOR 7.9344 7.8666 F.Fundos<br />

BARCLAYS GLOBAL MO<strong>DE</strong>RADO 11.0492 10.9188 J<br />

BARCLAYS FPR/E RENDIMENTO 12.1729 12.1784 X<br />

BARCLAYS PREMIER TESOURARIA 9.9336 9.9311 Z<br />

BARCLAYS FPR/E 13.1278 13.1066 X<br />

BARCLAYS PREMIER OBRG EURO 10.4279 10.4343 S<br />

BARCLAYS PREMIER ACÇÕES PORTUG 12.035 11.8749 A<br />

BARCLAYS FPA 15.4645 15.2543 L<br />

BARCLAYS GLOBAL ACÇÕES 10.4573 10.2529 F.Fundos<br />

BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 100 - 4.9586 4.9549 F.Fundos<br />

BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 300 - 5.0834 5.0792 F.Fundos<br />

BARCLAYS GLOBAL <strong>DE</strong>FENSIVO 10.4706 10.4734 F.Fundos<br />

MILLENNIUM ACÇÕES AMERICA 2.3998 2.3868<br />

MILLENNIUM ACÇÕES JAPÃO 2.39 2.4475<br />

MILLENNIUM AFORRO PPR 5.555 5.5537<br />

MILLENNIUM DISPONIVEL 49.2528 49.247<br />

MILLENNIUM EURO TAXA FIXA 11.3594 11.3684<br />

MILLENNIUM EUROCARTEIRA 9.3842 9.351<br />

MILLENNIUM EUROFINANCEIRAS 2.9105 2.9076<br />

MILLENNIUM EUROPDUP OPORT - FEI 5.2302 5.2295<br />

MILLENNIUM EXTRATESO 5511.374 5511.1729<br />

MILLENNIUM EXTRATESO II 5469.3042 5469.1519<br />

MILLENNIUM GESTÃO DINAMICA 44.4303 44.2751<br />

MILLENNIUM GLOBAL UTILITIES 5.3497 5.3234<br />

MILLENNIUM INVEST PPR ACES 4.89<strong>56</strong> 4.8846<br />

MILLENNIUM MERCADOS EMERGENTES 7.9645 8.0208<br />

MILLENNIUM MONETSEMES 5298.8311 5298.7012<br />

MILLENNIUM OBRIGAÇÕES 5.331 5.3303<br />

MILLENNIUM OBRIGAÇÕES EUROPA 4.961 4.9627<br />

MILLENNIUM OBRIGAÇÕES MUNDAIS 10.7035 10.7014<br />

MILLENNIUM POUPANA PPR 6.1334 6.1231<br />

MILLENNIUM PPA 24.25<strong>56</strong> 24.148<br />

MILLENNIUM PREMIUM 5.0467 5.0464<br />

MILLENNIUM PRESTIGE CONSERVADO 7.2341 7.2287<br />

MILLENNIUM PRESTIGE MO<strong>DE</strong>RADO 6.8891 6.8776<br />

MILLENNIUM PRESTIGE VALORIZADO 7.0022 6.9842<br />

MILLENNIUM RENDIMENTO MENSAL 3.7694 3.7688<br />

POPULAR VALOR 3.097 3.0885 B<br />

POPULAR PPA 5.2273 5.2261 L<br />

POPULAR GLOBAL 25 5.1476 5.1484 J<br />

POPULAR GLOBAL 50 4.1008 4.1039 J<br />

POPULAR GLOBAL 75 3.2664 3.2718 J<br />

POPULAR ACÇÕES 2.9831 2.9718 P<br />

POPULAR EURO TAXA FIXA 6.3714 6.3729 S<br />

POPULAR TESOURARIA 5.4207 5.4208 Z<br />

POPULAR IMOBILIÁRIO 5.6924 5.6914 F.Fundos<br />

POPULAR PREDIFUNDO 11.4281 11.4252 F.Fundos<br />

ALVES RIBEIRO - MÉDIAS EMPRESAS 64.5246 64.5709<br />

ALVES RIBEIRO - FPR/E 7.4525 7.4298<br />

BBVA BOLSA EURO 2.4198 2.4198<br />

BBVA CASH 9.188 9.188<br />

BBVA EUROPA MXIMO 5.0706 5.0714<br />

BBVA GEST FLEX TODO-0-TERRENO 5.2362 5.14<strong>56</strong><br />

BBVA IMOBILIARIO 6.1683 6.1066<br />

BBVA OBRIGAÇÕES 4.9936 4.9917<br />

BBVA OBRIGAÇÕES GOVERNOS 5.0229 5.0149<br />

BBVA PPA INDICE PSI20 5.6985 5.5963<br />

Fundos de investimento<br />

Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />

valor € ant. €<br />

FUNDO CAPIT GAR EUR CONS BBVA 5.3296 5.3296<br />

FUNDO GARANT BBVA 100 IBEX PROS 5.6409 5.6409<br />

FUNDO GARANT BBVA RANKING PLUS 6.0639 6.0618<br />

FUNDO GARANT TOPDIVID BBVA 5.6132 5.6132<br />

FUNDO GARANT TOPDIVID II BBVA 5.2999 5.2999<br />

BPI BRASIL 9.2343 9.3148<br />

BPI CAP CI AGRESSIVO 0 0<br />

BPI CAP CI CONSERVADOR 0 0<br />

BPI CAP CI EQUILIBRADO 0 0<br />

BPI CAP CI ULTRACONSERVADOR 0 0<br />

BPI EURO TAXA FIXA 12.614 12.5985<br />

BPI EUROPA CRESCIMENTO 10.7514 10.8235<br />

BPI EUROPA VALOR 16.6339 16.6772<br />

BPI GLOBAL 5.8428 5.8392<br />

BPI LIQUI<strong>DE</strong>Z 6.9467 6.9424<br />

BPI OBRIGAÇÕES A.R.A.R 7.5382 7.5087<br />

BPI PERPETUAS FEI 5.6447 5.6553<br />

BPI PORTUGAL 13.5771 13.557<br />

BPI POUPANCA ACÇÕES 14.7292 14.7083<br />

BPI REESTRUCTURAÇÕES 6.8299 6.8704<br />

BPI REFORMA ACÇÕES PPR 6.6<strong>56</strong>6 6.6628<br />

BPI REFORMA INVEST PPR 13.0985 13.0937<br />

BPI REFORMA SEGURA PPR 12.6774 12.6706<br />

BPI SELECO 4.4782 4.4894<br />

BPI TAXA VARIAVEL 6.4038 6.403<br />

BPI TAXA VARIAVEL PPR 5.6871 5.6863<br />

BPI TECNOLOGIAS 1.0055 1.0151<br />

BPI TESOURARIA 7.1597 7.1577<br />

BPI UNIVERSAL 6.2983 6.2929<br />

BPN ACÇÕES PORTUGAL 4.2503 4.2265<br />

BPN ACÇÕES GLOBAL 4.9385 4.9249<br />

BPN CONSERVADOR 4.3873 4.3876<br />

BPN DIVERSIFICAÇÃO 3.6995 3.6988<br />

BPN OPTIMIZADO 5.4713 5.4661<br />

BPN TAXA FIXA EURO 5.8938 5.8948<br />

BPN TESOURARIA 5.4936 5.4937<br />

BPN VALORIZAÇÃO 5.5703 5.5577<br />

BPN IMONEGOCIOS 5.6862 5.6845 BPN IMOFUNDOS<br />

BPN REAL ESTATE 452.3239 452.0126 BPN IMOFUNDOS<br />

BPN IMOGLOBAL 476.8443 400.1469 BPN IMOFUNDOS<br />

BPN IMOMARINAS 106.7527 106.8016 BPN IMOFUNDOS<br />

EUROREAL 212.5192 212.1257 BPN IMOFUNDOS<br />

CAIXAGEST CURTO 9.3289 9.329<br />

CAIXAGEST RENDIM 3.6201 3.62<br />

CAIXAGEST TESOUR 9.9607 9.9607<br />

CAIXAGEST ACCOES EUROPA 7.1348 7.103<br />

CAIXAGEST ACCOES PORTUGAL 13.4938 13.4328<br />

CAIXAGEST OBRIGACOES EURO 9.6371 9.6394<br />

CAIXAGEST RENDA MENSAL 3.8714 3.8709<br />

CAIXAGEST ACCOES EUA 2.909 2.8713<br />

CAIXAGEST ACCOES ORIENTE 5.5351 5.5866<br />

CAIXAGEST MOEDA 6.9312 6.9305<br />

CAIXAGEST ESTRATEGIA EQUILIBRADA 5.7296 5.7258<br />

CAIXAGEST PPA 12.6794 12.6263<br />

CAIXAGEST OPTIMIZER 5.6243 6.0028<br />

CAIXAGEST MAXI SELECCAO 5.1645 5.1658<br />

CAIXAGEST MAXIPREM 2010 6.4435 6.4433<br />

POSTAL ACCOES 8.7114 8.6739<br />

POSTAL CAPITALIZ 13.3135 13.3079<br />

POSTAL TESOURARI 9.7395 9.7371<br />

RAIZ CONSERVADOR 5.3488 5.3454<br />

RAIZ EUROPA 3.6236 3.6137<br />

RAIZ GLOBAL 4.7354 4.7246<br />

RAIZ POUPANCA ACÇÕES 19.0551 18.9769<br />

RAIZ RENDIMENTO 6.1948 6.195<br />

RAIZ TESOURARIA 7.6957 7.696<br />

RAIZ TOP CAPITAL 9.9715 9.9796<br />

RAIZ VALOR ACUMULADO 10.1633 10.155<br />

FINIPREDIAL 8.8992 8.8959<br />

FINICAPITAL 5.7291 5.6551<br />

FINIRENDIMENTO 5.0725 5.0715<br />

FINIGLOBAL 6.2439 6.2165<br />

FINIBOND - MARCADOS EMERGENTES 11.8527 11.7844<br />

FINIFUNDO - ACÇÕES INTERNACIONAL 3.2952 3.2609<br />

PPA FINIBANCO 8.2291 8.1505<br />

ES ABS OPPORTUNITY 90.18 90.19<br />

ES ACÇÕES AMERICA 6.8555 6.79<br />

ES ACÇÕES EUROPA 9.9178 9.8679<br />

ES ACÇÕES GLOBAL 5.8321 5.801<br />

ES AFRICA 4.3478 4.3<strong>56</strong>2<br />

ES ALPHA 3 5.0514 5.0479<br />

ES AMERICAN GROWTH 120.52 120.53<br />

ES ARRENDAMENTO 1000.239 1000.771<br />

ES BRASIL 5.3035 5.2095<br />

ES CAPITALIZAÇÃO 8.9862 8.9689<br />

ES CAPITALIZAÇÃO DINAMICA 4.487 4.4844<br />

ES EMERGING MARKETS 121.31 121.51<br />

ES ESTRATEGIA ACTIVA 5.1645 5.1552<br />

ES ESTRATEGIA ACTIVA II 4.6449 4.6362<br />

ES EURO BOND 1057.14 10<strong>56</strong>.41<br />

ES EUROPEAN EQUITY 75.51 75.62<br />

ES EUROPEAN RESPEQ FUND 12.7773 12.7944<br />

ES GLOBAL BOND 162.74 162.82<br />

ES GLOBAL ENHANCED 600.69 600.38<br />

ES GLOBAL EQUITY 79.22 79.74<br />

ES MERCADOS EMERGENTES 6.5235 6.5068<br />

ES MOMENTUM 3.726 3.7077<br />

ES MONETARIO 6.8043 6.8034<br />

ES OBRIGAÇÕES EUROPA 11.2967 11.2945<br />

ES OBRIGAÇÕES GLOBAL 10.1759 10.1607<br />

ES PORTUGAL ACÇÕES 6.3164 6.2788<br />

ES PPA 14.9302 14.8467<br />

ES PPR 14.9047 14.8977<br />

ES RECONVERSÃO URBANA 999.2037 999.6536<br />

ES RECONVERSÃO URBANA II 1001.98 1002.816<br />

ES REND FIXO FEI 5.0412 5.0385<br />

ES REND FIXO II FEI 5.0343 5.032<br />

ES SHORT BOND EURO DIS 522.8 522.67<br />

ESPIRITO SANTO ALTA VISTA 910.654 911.9289<br />

ESPIRITO SANTO LOGISTICA 5.0189 5<br />

ESPIRITO SANTO PLANO CRESCIMENTO 5.4112 5.3976<br />

ESPIRITO SANTO PLANO DINAMICO 4.0398 4.0316<br />

ESPIRITO SANTO PLANO PRU<strong>DE</strong>NTE 5.4531 5.4481<br />

ESPIRITO SANTO RENDIMENTO 5.335 5.3309<br />

ESPIRITO SANTO EST ACES 5.3085 5.2973<br />

ESPIRITO SANTO PREMIUM 5.3319 5.3277<br />

ESPIRITO SANTO REND DINAMICO 6.7317 6.7065<br />

ESPIRITO SANTO REND PLUS 5.4395 5.4285<br />

Seguros de Investimento<br />

Seguro Gestora Valor patrimonial 23/02/10<br />

VICTORIA INVEST VICTORIA - SEGUROS <strong>DE</strong> VIDA 126,27903<br />

VICTORIA REFORMA VALOR VICTORIA - SEGUROS <strong>DE</strong> VIDA 96,26533<br />

ACÇÕES DINÂMICO EUROVIDA 50,1986<br />

IMOBILIÁRIO EUROVIDA 79,2274<br />

INTERNACIONAL ACÇÕES EUROVIDA 52,0006<br />

POUPANÇA EUROVIDA 81,7748<br />

PPR ACTIVO EUROVIDA 78,5702<br />

PPR ACTIVO ACÇÕES EUROVIDA 61,3983<br />

PPR AFORRO EUROVIDA 53,2373<br />

PPR GARANTIA EUROVIDA 66,8037<br />

PPR SEGURANÇA EUROVIDA 77,8007<br />

PPR 25% (2012) EUROVIDA 59,5<strong>56</strong>2<br />

PPR/E VALOR REAL EUROVIDA 80,4187<br />

PPR/E 4,50% (2008) EUROVIDA 66,1099<br />

PPR/E 61% EUROVIDA 75,6838<br />

SELECÇÃO EUROVIDA 74,3748<br />

Fundos PPR/PPE<br />

Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />

valor € ant. €<br />

PPR BBVA 10,2429 10,2447 BBVA FUNDOS<br />

BBVA SOLI<strong>DE</strong>Z PPR 5,5051 5,5012 BBVA FUNDOS<br />

BBVA PROTECÇÃO 2015 5,4178 5,4161 BBVA FUNDOS<br />

BBVA PROTECÇÃO 2020 5,1097 5,1045 BBVA FUNDOS<br />

PPR/E -PATRIM.REFORMA PRU<strong>DE</strong>NTE 1,3442 1,3441 S.G.F.<br />

PPR-PATRIM.REFORMA CONSERVADOR 6,5894 6,5908 S.G.F.<br />

PPR/E -PATRIM.REFORMA EQUILIBR 6,1598 6,1581 S.G.F.<br />

PPR/E -PATRIM.REFORMA ACÇÕES 5,3395 5,3374 S.G.F.<br />

F.P. SGF - EMPRESAS 9,3618 9,3613 S.G.F.<br />

SGF EMPRESAS PRU<strong>DE</strong>NTE 5,6554 5,6<strong>56</strong>7 S.G.F.<br />

F.P. PPR ACÇÕES DINÂMICO 5,1783 5,1796 S.G.F.<br />

F.P. PPR GARANTIDO 5,479 5,4801 S.G.F.<br />

PPR VINTAGE 9,5701 9,<strong>56</strong>72 ESAF-ESFP<br />

MULTIREFORMA 9,7728 9,7711 ESAF-ESFP<br />

F.P. ESAF - PPA 7,2537 7,2<strong>56</strong>4 ESAF-ESFP<br />

MULTIREFORMA PLUS 5,5125 5,5077 ESAF-ESFP<br />

MULTIREFORMA ACÇÕES 5,9283 5,9027 ESAF-ESFP<br />

ES-MULTIREFORMA CAPITAL GARANT 5,133 5,134 ESAF-ESFP<br />

REFORMA EMPRESA 8,8397 9,2186 SANTAN<strong>DE</strong>R PENSÕES<br />

PPA VALORIS 8,2104 8,1874 AXA PORTUGAL<br />

MAXIMUS ACTIVUS 4,2528 4,2482 AXA PORTUGAL<br />

MAXIMUS MÉDIUS 4,7495 4,7303 AXA PORTUGAL<br />

MAXIMUS STABILIS 6,261 6,2679 AXA PORTUGAL<br />

PPR/E EUROPA 8,4804 8,4762 PENSÕESGERE<br />

VANGUARDA PPR 6,6417 6,6421 PENSÕESGERE<br />

HORIZONTE VALORIZAÇÃO 10,1745 10,1698 PENSÕESGERE<br />

PPR BNU/VANGUARDA 14,1631 14,1716 PENSÕESGERE<br />

PRAEMIUM "S" 14,2043 14,2069 PENSÕESGERE<br />

PRAEMIUM "V" 16,8857 16,8845 PENSÕESGERE<br />

HORIZONTE VALORIZAÇÃO MAIS 8,2053 8,1997 PENSÕESGERE<br />

HORIZONTE SEGURANÇA 8,7259 8,7311 PENSÕESGERE<br />

TURISMO PENSÕES 6,4021 6,8993 PENSÕESGERE<br />

CAIXA REFORMA ACTIVA 11,3546 11,3844 CGD PENSÕES<br />

CAIXA REFORMA VALOR 4,9153 4,9091 CGD PENSÕES<br />

REFORMA + 6,6624 6,2713 ALLIANZ-SGFP, SA<br />

Rentabilidades<br />

Fundos do mercado monetário euro<br />

Ult 12 meses Classe Valor da UP **<br />

rend. anualizada de risco (Euro)<br />

F.I.M. CA Monetário<br />

F.I.M. Montepio Monetário<br />

1,03<br />

0,45<br />

*<br />

1<br />

5,1022<br />

66,8654<br />

Fundos de tesouraria Euro<br />

F.I.M. Banif Euro Tesouraria<br />

F.I.M. Barclays Tesouraria Plus<br />

F.I.M. BBVA Cash<br />

F.I.M. BPI Liquidez<br />

F.I.M. BPI Tesouraria<br />

F.I.M. BPN Tesouraria<br />

F.I.M. Caixagest Curto Prazo<br />

F.I.M. Caixagest Moeda<br />

F.I.M. Caixagest Tesouraria<br />

F.I.M. Postal Tesouraria<br />

F.I.M. Raiz Tesouraria<br />

F.I.M. MNF Euro Tesouraria<br />

F.I.M. Montepio Tesouraria<br />

F.I.M. Popular Tesouraria<br />

F.I.M. Santander MultiTesouraria<br />

3,71<br />

3,38<br />

3,35<br />

1,91<br />

1,13<br />

6,21<br />

-2,66<br />

-0,47<br />

-2,59<br />

1,45<br />

0,84<br />

4,58<br />

1,70<br />

1,67<br />

1,71<br />

1<br />

*<br />

2<br />

1<br />

1<br />

2<br />

2<br />

1<br />

2<br />

1<br />

1<br />

*<br />

1<br />

1<br />

1<br />

7,2637<br />

5,2535<br />

9,1816<br />

6,9643<br />

7,1735<br />

5,4914<br />

9,3216<br />

6,9236<br />

9,9508<br />

9,7447<br />

7,6971<br />

5,3184<br />

87,4819<br />

5,4272<br />

10,8344<br />

Fundos de obrigações taxa indexada euro<br />

Rend. anualizada Risco Classe<br />

Últimos<br />

12 meses<br />

Últimos<br />

24 meses<br />

últimos<br />

2 anos<br />

de<br />

risco<br />

F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Variável 9,37 -5,97 5,24 3<br />

F.I.M. Barclays Obrigações Taxa Variável Euro* 5,91 *<br />

F.I.M. BPI Taxa Variável 7,13 -8,04 6,19 3<br />

F.I.M. BPN Conservador<br />

F.I.M. Caixagest Obrigações Mais<br />

21,27<br />

14,36<br />

-15,76<br />

-0,33<br />

12,31<br />

3,88<br />

4<br />

2<br />

F.I.M. Caixagest Renda Mensal 0,02 -7,80 4,01 2<br />

F.I.M. Caixagest Rendimento -7,45 -10,32 4,79 2<br />

F.I.M. Postal Capitalização 6,67 -1,28 3,30 2<br />

F.I.M. Raiz Rendimento 2,85 1,52 0,47 1<br />

F.I.M. Esp. Santo Capitalização<br />

F.I.M. Esp. Santo Capitalização Dinâmica<br />

-3,85<br />

-13,46<br />

-2,10<br />

-7,10<br />

2,24<br />

4,35<br />

2<br />

2<br />

F.I.M. Esp. Santo Renda Mensal* -1,89 -0,84 1,87 1<br />

F.I.M. Finirendimento 5,37 1,97 1,62 2<br />

F.I.M. Millennium Obrigações -0,03 -10,90 6,60 3<br />

F.I.M. Millennium Obrigações Mundiais -6,01 -12,93 7,68 3<br />

F.I.M. Millennium Premium<br />

F.I.M. Millennium Rendimento Mensal<br />

4,90<br />

5,81<br />

-1,69<br />

-8,19<br />

5,07<br />

6,44<br />

2<br />

3<br />

F.I.M. Montepio Obrigações 14,12 0,94 5,04 2<br />

F.I.M. Santander MultiCrédito* 2,97 -1,00 2,<strong>56</strong> 2<br />

F.I.M. Santander MultiObrigações* 1,04 -5,96 4,48 2<br />

* - O Fundo Barclays Obrigações Taxa Variável Euro incorporou por fusão o Fundo Barclays Renda Mensal<br />

* - O Fundo Esp. Santo Renda Mensal incorporou por fusão o Fundo Esp. Santo Renda Trimestral<br />

* - O Fundo Santander MultiCurto Prazo passou a designar-se por Santander MultiCrédito<br />

* - O Fundo Santander MultiObrigações incorporou por fusão o Fundo Santander Multibond Premium<br />

Fundos de obrigações taxa fixa euro<br />

F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Fixa 5,27 4,34 4,82 2<br />

F.I.M. Barclays Premier Obrig. Euro 8,95 6,43 5,11 3<br />

F.I.M. BPI Euro Taxa Fixa 2,62 4,54 5,50 3<br />

F.I.M. BPN Taxa Fixa Euro<br />

F.I.M. Caixagest Obrigações Euro<br />

4,86<br />

3,62<br />

4,11<br />

3,51<br />

5,04<br />

4,96<br />

3<br />

3<br />

F.I.M. Esp. Santo Obrigações Europa 7,01 7,17 5,42 3<br />

F.I.M. Finifundo Taxa Fixa Euro 6,73 5,33 4,13 2<br />

F.I.M. Millennium Euro Taxa Fixa 5,41 4,08 5,16 3<br />

F.I.M. Millennium Obrigações Europa 18,91 -6,43 10,12 4<br />

F.I.M. Montepio Taxa Fixa<br />

F.I.M. Santander Multi Taxa Fixa<br />

2,08<br />

7,05<br />

3,44<br />

6,77<br />

3,31<br />

3,96<br />

2<br />

2<br />

Fundos de obrigações taxa fixa Intern.<br />

F.I.M. BPI Obrigações A.R.A.R. 33,82 2,96 8,54 3<br />

F.I.M. Esp. Santo Obrig. Global 3,18 5,10 6,04 3<br />

Fundos de acções nacionais<br />

F.I.M. Banif Acções Portugal 24,06 -17,69 30,02 6<br />

F.I.M. Barclays Premier Acc. Portugal 25,83 -16,86 28,67 6<br />

F.I.M. BPI Portugal 21,11 -13,34 25,74 6<br />

F.I.M. Caixagest Accões Portugal 19,37 -21,64 25,35 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Portugal Accões 26,67 -12,27 27,85 6<br />

F.I.M. Millennium Acções Portugal 20,00 -16,42 24,82 6<br />

F.I.M. Santander Accões Portugal 28,29 -15,13 28,<strong>56</strong> 6<br />

Fundos de acções da UE, Suíça e Noruega<br />

F.I.M. Banif Euro Acções 13,49 -21,72 36,72 6<br />

F.I.M. BBVA Bolsa Euro 19,70 -14,26 33,07 6<br />

F.I.M. BPI Euro Grandes Capitalizações* 13,48 -13,03 28,98 6<br />

F.I.M. BPI Europa Valor 20,81 -16,95 33,65 6<br />

F.I.M. BPN Acções Europa 25,04 -9,82 29,08 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções Europa 12,70 -19,61 29,52 6<br />

F.I.M. Postal Acções 13,24 -19,82 28,90 6<br />

F.I.M. Raiz Europa 18,72 -10,86 27,75 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Accões Europa 23,18 -12,04 28,32 6<br />

F.I.M. Finicapital 14,05 -18,21 26,22 6<br />

F.I.M. Millennium Eurocarteira 28,58 -17,05 32,43 6<br />

F.I.M. Montepio Acções 20,87 -14,99 27,92 6<br />

F.I.M. Montepio Acções Europa 18,77 -14,25 31,69 6<br />

F.I.M. Popular Acções 17,21 -15,68 31,21 6<br />

F.I.M. Santander Accões Europa 22,63 -16,46 35,04 6<br />

*-OFundo BPI Europa Crescimento passou a designar-se por BPI Euro Grandes Capitalizações<br />

Fundos de acções da América do Norte<br />

F.I.M. BPI América 15,40 -9,03 28,33 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções EUA 13,06 -8,46 31,24 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Acções América 20,79 -13,28 31,47 6<br />

F.I.M. Millennium Acções América 22,75 -5,19 28,72 6<br />

F.I.M. Santander Acções América 11,46 -11,79 32,43 6<br />

F.I.M. Santander Acções USA 20,98 -11,86 32,73 6<br />

Fundos de acções sectoriais<br />

Rend. anualizada Risco Classe<br />

Últimos Últimos últimos de<br />

12 meses 24 meses 2 anos risco<br />

F.I.M. BPI Tecnologias 15,78 -6,13 26,97 6<br />

F.I.M. Millennium Euro Financeiras 41,07 -25,19 49,28 6<br />

F.I.M. Millennium Global Utilities -0,26 -14,37 25,68 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Energy 12,51 -12,82 33,00 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Financial Service 31,18 -23,77 48,45 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Healhcare 12,58 -0,19 21,54 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Telcos 11,25 -11,42 23,62 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Utilities 5,02 -15,25 28,61 6<br />

F.I.M. Santander Euro Fut. Telecomunicações 10,60 -13,52 26,02 6<br />

F.I.M. Santander Euro Futuro Acções Defensivo 10,76 -4,96 26,59 6<br />

F.I.M. Santander Euro Futuro Banca e Seguros 38,95 -24,33 47,89 6<br />

F.I.M. Santander Euro Futuro Ciclico 23,91 -10,55 35,03 6<br />

Outros fundos de acções internacionais<br />

F.I.M. BPI África 23,04 *<br />

F.I.M. BPI Reestruturações 13,84 -4,64 19,23 5<br />

F.I.M. BPN Acções Global 36,13 -10,83 33,89 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções Emergentes 43,73 -12,69 33,91 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções Japão 9,54 -9,60 21,64 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções Oriente 48,64 -5,45 31,10 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Acções Global 16,06 -18,55 31,36 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Mercados Emerg. <strong>56</strong>,83 -13,25 34,51 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Momentum 17,70 -13,20 26,01 6<br />

F.I.M. Finifundo Acções Internacionais 21,68 -18,17 28,80 6<br />

F.I.M. Millennium Acções Japão 8,35 -8,57 21,26 6<br />

F.I.M. Millennium Mercados Emergentes 51,67 -10,18 33,58 6<br />

Fundos mistos predom. obrigações<br />

F.I.M. BPN Optimização 17,18 -6,28 11,24 4<br />

F.I.M. Caixagest Estratégia Equilibrada 9,01 0,15 2,98 2<br />

F.I.M. Santander Multinvest 8,05 -9,95 10,21 4<br />

Fundos mistos predominantemente acções<br />

F.I.M. BPN Valorização 26,74 -9,34 23,17 6<br />

F.I.M. Caixagest Estratégia Arrojada 10,00 -5,04 10,09 4<br />

F.I.M. Finiglobal 11,93 -5,85 11,01 4<br />

F.I.M. Popular Valor 11,81 -13,69 21,61 6<br />

Fundos poupança acções<br />

F.I.M. Banif PPA 24,72 -18,34 30,33 6<br />

F.I.M. Barclays FPA 27,24 -16,76 29,28 6<br />

F.I.M. BPI PPA 20,16 -13,62 26,05 6<br />

F.I.M. Caixagest PPA 21,23 -22,05 25,48 6<br />

F.I.M. Raiz Poupança Acções 24,27 -11,91 23,98 6<br />

F.I.M. Esp. Santo PPA 29,52 -11,52 28,11 6<br />

F.P. ESAF PPA 28,91 -11,52 26,51 6<br />

F.I.M. PPA Finibanco 19,45 -15,80 25,28 6<br />

F.P. PPA Acção Futuro 24,44 -15,25 26,75 6<br />

F.I.M. Millennium PPA 21,82 -15,85 24,71 6<br />

F.I.M. Popular PPA 25,27 -17,33 27,55 6<br />

F.I.M. Santander PPA 24,64 -17,60 28,52 6<br />

Fundos de fundos predominantem. obrig.<br />

F.I.M. Barclays Global Conservador 18,33 3,27 6,65 3<br />

F.I.M. Barclays Global Defensivo 1,64 0,83 1,35 1<br />

F.I.M. Caixagest Estratégia Dinâmica -1,38 -3,62 1,86 2<br />

F.I.M. Raiz Conservador 2,74 -1,40 2,21 2<br />

F.I.M. Finifundo Conservador 10,26 *<br />

F.I.M. Millennium Prestige Conservador 7,16 -3,66 6,53 3<br />

F.I.M. Multi Gestão Prudente 10,93 -2,19 6,46 3<br />

F.I.M. Popular Global 25 10,83 -3,55 6,53 3<br />

Fundos de fundos predominantem. acções<br />

F.I.M. Barclays Global Acções 32,75 -11,77 23,67 6<br />

F.I.M. Multi Gestão Dinâmica 19,33 -15,28 20,21 6<br />

F.I.M. Multi Gestão Mercados Emergentes 46,48 -13,30 25,96 6<br />

F.I.M. Popular Global 75 19,44 -10,59 17,69 5<br />

Fundos poupança reforma/educação<br />

CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />

F.I.M. Barclays PPR Rendimento 9,33 0,68 4,02 2<br />

F.P. Solidez PPR 5,10 1,06 1,64 2<br />

F.I.M. BPI Reforma Segura PPR 5,14 -2,03 2,48 2<br />

F.I.M. BPI Taxa Variável PPR 2,29 -1,68 2,86 2<br />

F.P. PPR Garantia de Futuro 7,22 2,13 2,19 2<br />

F.P. PPR Praemium S 6,41 -1,46 3,02 2<br />

F.I.M. Santander Poupança Futura FPR* 5,57 -1,09 3,00 2<br />

F.P. SGF Patr. Ref. Conservador PPR (1) 7,92 4,21 2,26 2<br />

CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />

F.I.M. Millennium Aforro PPR 5,73 1,08 3,15 2<br />

F.P. PPR SGF Garantido (1) 8,77 *<br />

CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />

F.I.M. Barclays PPR 9,29 -0,51 5,16 3<br />

F.P. CVI PPR/E 10,94 0,71 8,75 3<br />

F.P. PPR BBVA 9,77 -0,50 8,16 3<br />

F.I.M. Esp. Santo PPR 3,76 1,31 4,66 2<br />

F.P. PPR 5 Estrelas 9,05 1,31 3,70 2<br />

F.P. PPR Geração Activa 9,92 *<br />

F.P. PPR Platinium 10,79 -1,79 6,99 3<br />

F.I.M. Millennium Poupança PPR 6,26 -3,44 5,34 3<br />

F.P. PPR BNU Vanguarda 5,89 -5,11 6,98 3<br />

F.P. PPR Europa 9,14 2,46 5,91 3<br />

F.P. Vanguarda PPR 6,03 -3,60 5,57 3<br />

F.I.M. Santander Poupança Investimento FPR 8,04<br />

CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />

-6,53 7,40 3<br />

F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2020 14,85 -6,85 12,87 4<br />

F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2025 15,74 -7,07 13,89 4<br />

F.I.M. Millennium Investimento PPR Acções 5,74 -7,26 8,27 3<br />

F.P. PPR Praemium V<br />

Outros fundos<br />

6,82 -5,71 8,78 3<br />

F.I.M. Barclays Premier Tesouraria 2,40 2,38 0,40 1<br />

F.I.M. Raiz Global 13,03 -2,89 11,33 4<br />

F.I.M. Esp. Santo Monetário 1,49 2,07 0,28 1<br />

F.I.M. Finifundo Agressivo 19,79 *<br />

F.I.M. Finifundo Moderado 13,15 *<br />

F.I.M. Millennium Prestige Valorização 18,14 -5,97 16,86 5<br />

F.I.M. Popular Euro Obrigações* 10,57 3,32 3,26 2<br />

*-OFundo Popular Euro Taxa Fixa incorporou por fusão o Fundo Popoular Rendimento e passou<br />

a designar-se por Popular Euro Obrigações<br />

Fundos diversos<br />

F.I.M. Orey Acções Europa -32,45 -39,55 34,66 6<br />

Fundos de pensões abertos<br />

CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />

FF.P. Aberto Caixa Reforma Garantida 2022 -2,74 -0,72 9,96 4<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Prudente 2,17 *<br />

F.P. Aberto Horizonte Segurança 5,85 2,15 3,25 2<br />

F.P. Aberto SGF Empresas Prudente (1) 4,46 4,28 2,65 2<br />

CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />

F.P. Banif Reforma Activa 5,66 *<br />

F.P. Aberto Protecção 2015 0,68 -0,53 5,94 3<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Activa 0,48 -3,79 3,42 2<br />

F.P. Aberto Esp.Sto Multireforma 12,55 2,90 3,85 2<br />

F.P. Aberto Futuro Clássico 5,15 1,53 2,48 2<br />

CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />

F.P. Aberto BBVA PME’s 10,53 1,11 7,73 3<br />

F.P. Aberto Protecção 2020 2,17 -3,52 9,69 3<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Valor 6,47 -6,62 8,55 3<br />

F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Plus 13,15 -0,42 6,37 3<br />

F.P. Aberto VIVA 8,62 -1,45 5,29 3<br />

F.P. Aberto Horizonte Valorização 9,73 -1,58 7,33 3<br />

F.P. Aberto Turismo Pensões 10,87 0,22 7,07 3<br />

CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />

F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Acções 37,71 *<br />

F.P. Aberto Horizonte Valorização Mais 13,12 -1,75 11,42 4<br />

Fonte: Euronext Lisboa e APFIPP<br />

Nota 1: As rentabilidades são as calculadas e divulgadas semanalmente pela<br />

Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios<br />

(APFIPP). Esta informação é actualizada nesta pá<strong>gina</strong> na edição de cada quarta-feira,<br />

excepto quando seja especificado o contrário.


Fundos Internacionais<br />

Fundo Último<br />

valor€<br />

Divisa<br />

www.bnpparibas-am.com<br />

Número Verde 800 844 109<br />

PARVEST<br />

PARVEST EURO PREMIUM EUR 104.26<br />

PARVEST ABS EUR 68.16<br />

PARVEST ABS RET CURR. 10 EUR 101.81<br />

PARVEST ABS RET EUROPE LS EUR 97.89<br />

PARVEST ABS RET EUROPEAN BOND<br />

PARVEST ABSOLUTE RETURN<br />

EUR 107.61<br />

GLOBAL BOND (USD) USD 104.75<br />

PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 EUR 102.96<br />

PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 (USD) USD 102.62<br />

PARVEST AGRICULTURE EUR 84.94<br />

PARVEST ASIA USD 277.76<br />

PARVEST ASIAN CONVERTIBLE BOND USD 330.24<br />

PARVEST AUSTRALIA AUD 678.89<br />

PARVEST DIVERSIFIED (DYNAMIC) EUR 181.8<br />

PARVEST BRAZIL USD 152.22<br />

PARVEST BRIC USD 143.07<br />

PARVEST CHINA USD 282.94<br />

PARVEST DIVERSIFIED (PRU<strong>DE</strong>NT) EUR 126.52<br />

PARVEST CONVERGING EUROPE EUR 109.08<br />

PARVEST CREDIT STRATEGIES EUR 37.89<br />

PARVEST EMERGING MARKETS USD 321.55<br />

PARVEST EMERGING MARKETS BOND USD 304.07<br />

PARVEST EMERGING MKTS EUROPE EUR 151.49<br />

PARVEST ENHANCED EONIA 1 YEAR EUR 107.09<br />

PARVEST ENHANCED EONIA 6 MONTHS EUR 106.96<br />

PARVEST ENHANCED EONIA EUR 116.93<br />

PARVEST EONIA PREMIUM EUR 113.34<br />

PARVEST EURO BOND EUR 176.48<br />

PARVEST EURO CORP BD SUST DVP EUR 112.44<br />

PARVEST EURO CORPORATE BOND EUR 138.69<br />

PARVEST EURO EQUITIES EUR 109.47<br />

PARVEST EURO GOVERNMENT BOND EUR 301.98<br />

PARVEST EURO INFLATION-LINKED BD EUR 120.9<br />

PARVEST EURO LONG TERM BOND EUR 112.91<br />

PARVEST EURO MEDIUM TERM BOND EUR 158.94<br />

PARVEST EURO SHORT TERM BOND EUR 117.23<br />

PARVEST EURO SMALL CAP EUR 174.43<br />

PARVEST EUROPE ALPHA EUR 96.85<br />

PARVEST EUROPE DIVI<strong>DE</strong>ND EUR 62.69<br />

PARVEST EUROPE FINANCIALS EUR 67<br />

PARVEST EUROPE GROWTH EUR 166.79<br />

PARVEST EUROPE LS30 EUR 63.14<br />

PARVEST EUROPE MID CAP EUR 366.78<br />

PARVEST EUROPE REAL ESTATE SEC. EUR 57.63<br />

PARVEST EUROPE SMALL CAP EUR 77.12<br />

PARVEST EUROPE SUSTAINABLE DVPT EUR 76.08<br />

PARVEST EUROPE VALUE EUR 112.17<br />

PARVEST CORP BOND OPPORTUNITIES EUR 106.82<br />

PARVEST ENVIRONM OPPORTUNITIES EUR 94.96<br />

PARVEST EUROPEAN BOND EUR 295.34<br />

PARVEST EUROPEAN CONVERT BOND EUR 119.9<br />

PARVEST EUROPEAN HIGH YIELD BD EUR 104.01<br />

PARVEST EUROPEAN SM CONVERT BD EUR 107.34<br />

PARVEST FRANCE EUR 364.35<br />

PARVEST GERMAN EQUITIES EUR 77.13<br />

PARVEST GLOBAL BOND USD 41.85<br />

PARVEST GLOBAL BRANDS USD 240.04<br />

PARVEST GLOBAL CORPORATE BOND USD 116.88<br />

PARVEST GLOBAL ENVIRONNEMENT EUR 93.57<br />

PARVEST GLOBAL EQUITIES USD 114.59<br />

PARVEST GLOBAL HIGH YIELD BOND USD 114.64<br />

PARVEST GLOBAL INFL LKD BD EUR 113.47<br />

PARVEST GLOBAL RESOURCES USD 221.65<br />

PARVEST GLOBAL TECHNOLOGY USD 84.38<br />

PARVEST INDIA USD 152.97<br />

PARVEST JAPAN JPY 3003<br />

PARVEST JAPAN SMALL CAP JPY 3072<br />

PARVEST JAPAN YEN BOND JPY 20529<br />

PARVEST LATIN AMERICA USD 784.22<br />

PARVEST NEXT GENERATION EUR 110.94<br />

PARVEST RUSSIA USD 73.84<br />

PARVEST SHORT TERM (CHF) CHF 307.672<br />

PARVEST SHORT TERM (DOLLAR) USD 203.242<br />

PARVEST SHORT TERM (EURO) EUR 206.859<br />

PARVEST SHORT TERM (STERLING) GBP 195.395<br />

PARVEST SOUTH KOREA USD 81.28<br />

PARVEST STEP 90 EURO EUR 1282.67<br />

PARVEST SWITZERLAND CHF 551.61<br />

PARVEST TARGET RETURN PLUS (EURO) EUR 109.91<br />

PARVEST TARGET RETURN PLUS (USD) USD 211.39<br />

PARVEST TURKEY EUR 128.84<br />

PARVEST UK GBP 115.51<br />

PARVEST US DOLLAR BOND USD 397.9<br />

PARVEST US HIGH YIELD BOND USD 161.94<br />

PARVEST US MID CAP USD 107.74<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

PARVEST US SMALL CAP USD 391.67<br />

PARVEST US VALUE USD 76.51<br />

PARVEST USA USD 68.07<br />

PARVEST USA LS30 USD 70.5<br />

BNP PARIBAS INSTICASH<br />

BNP PARIBAS INSTICASH CHF CHF 106.787<br />

BNP PARIBAS INSTICASH EUR EUR 115.442<br />

BNP PARIBAS INSTICASH GBP GBP 127.196<br />

BNP PARIBAS INSTICASH USD USD 116.878<br />

PARWORLD<br />

PARWORLD DYNALLOCATION EUR 103.53<br />

PARWORLD EMERGING STEP 80 (EURO) EUR 113.46<br />

PARWORLD QUAM 10 EUR 113.29<br />

PARWORLD QUAM 15 EUR 108.75<br />

PARWORLD TRACK COMMODITIES EUR 54.65<br />

PARWORLD TRACK CONTINENT EUROPE EUR 67.91<br />

PARWORLD TRACK JAPAN EUR 72.07<br />

PARWORLD TRACK NORTH AMERICA EUR 76.58<br />

PARWORLD TRACK UK EUR 68.57<br />

www.bnymellonam.com<br />

Fundo Divisa Valor<br />

BNY Mellon Global Funds, plc<br />

BNY MELLON ASIAN EQUITY FUND A USD 2.6875<br />

BNY MELLON BRAZIL EQ FUND A USD 1.1<strong>56</strong>4<br />

BNY MELLON CONT. EUROP. EQ. FUND A EUR 1.0904<br />

BNY MELLON EMRG. MKTS DBT LCL CUR A EUR 1.0114<br />

BNY MELLON EMRG. MKTS <strong>DE</strong>BT A USD 1.4306<br />

BNY MELLON EURO GVT BOND IN<strong>DE</strong>X A EUR 1.3872<br />

BNY MELLON EVOL. CURR.OPTION A EUR 80.711<br />

BNY MELLON EVOL. GLB ALPHA A EUR 86.067<br />

BNY MELLON GL. BOND EUR HEDGED H EUR 1.1782<br />

BNY MELLON GLB EMERG. MKTS FUND A USD 3.3713<br />

BNY MELLON GLB H.YLD BOND FUND A EUR 1.2163<br />

BNY MELLON GLOBAL BOND FUND A USD 1.9595<br />

BNY MELLON GLOBAL EQUITY FUND A USD 1.3150<br />

BNY MELLON GLOBAL INTREPID FUND A USD 1.4531<br />

BNY MELLON JAPAN EQUITY FUND A EUR 0.5957<br />

BNY MELLON JAPAN EQ. VALUE FUND A EUR 44.202<br />

BNY MELLON PAN EUROP EQ. FUND A USD 1.5331<br />

BNY MELLON S&P 500 IN<strong>DE</strong>X A USD 0.9820<br />

BNY MELLON SMALL CAP EURO. FUND A EUR 1.9440<br />

BNY MELLON STERLING BOND FUND A EUR 0.9976<br />

BNY MELLON UK EQUITY FUND A EUR 0.8860<br />

BNY MELLON US DYN. VALUE FUND A USD 1.3344<br />

BNY MELLON US EQUITY FUND A USD 0.8233<br />

WestLB Mellon Compass Funds<br />

Fundo<br />

COMPASS FUND - EMERGING MARKETS<br />

Divisa Valor<br />

BOND FUND C EUR 15.57<br />

COMPASS FUND - LATIN AMERICA FUND C<br />

COMPASS FUND - GLOBAL EMERGING<br />

EUR 27.81<br />

MARKETS FUND C EUR 15.71<br />

COMPASS FUND - EURO BALANCED FUND C EUR 9.12<br />

COMPASS FUND - EURO BOND FUND C EUR 13.98<br />

COMPASS FUND - EURO EQUITY FUND C EUR 5.32<br />

COMPASS FUND - GLOBAL BOND FUND C EUR 12.<strong>56</strong><br />

COMPASS FUND - EURO LIQUIDITY FUND C EUR 131.249<br />

COMPASS FUND - EUROPEAN CONVERTIBLE FUND CEUR<br />

COMPASS FUND - EASTERN EUROPE<br />

8.86<br />

DIVERSIFIED FUND C EUR 17.14<br />

COMPASS FUND - JAPANESE EQUITY FUND C EUR 3.81<br />

COMPASS FUND - GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND CEUR 12.98<br />

COMPASS FUND - EURO HIGH YIELD BOND FUND CEUR 16.2<br />

COMPASS FUND - EURO CORPORATE BOND FUND CEUR 13.68<br />

COMPASS FUND - ABS FUND C EUR 102.793<br />

COMPASS FUND - QUANDUS EURO BOND FUND CEUR 11.13<br />

COMPASS FUND - EURO SMALL CAP EQUITY FUND CEUR 8.24<br />

CAAM Funds Class Classic S<br />

ARBITRAGE INFLATION EUR 107.72<br />

ASIAN GROWTH USD 21.08<br />

DYNARBITRAGE FOREX EUR 109.31<br />

DYNARBITRAGE VAR 4 (EUR) EUR 111.05<br />

DYNARBITRAGE VOLATILITY EUR 115.55<br />

EMERGING MARKETS USD 27.51<br />

EURO CORPORATE BOND EUR 14.59<br />

EURO QUANT EUR 6.11<br />

EUROPEAN BOND EUR 140.19<br />

GREATER CHINA USD 23.31<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

Dexia Bonds Fundo Divisa Valor<br />

DB EMERGING MARKETS CCAP USD 1460.45<br />

DB EMERGING MARKETS ICAP USD 1522.94<br />

DB EMERGING MARKETS NCAP USD 1342.82<br />

DB EURO CCAP EUR 903.76<br />

DB EURO ICAP EUR 933.24<br />

DB EURO NCAP EUR 881.25<br />

DB EURO CONVERGENCE CCAP EUR 2519.09<br />

DB EURO CONVERGENCE ICAP EUR 2587.47<br />

DB EURO CONVERGENCE NCAP EUR 2458.41<br />

DB EURO CORPORATE CCAP EUR 5458.93<br />

DB EURO CORPORATE ICAP EUR 5557.4<br />

DB EURO CORPORATE NCAP EUR 108.5<br />

DB EURO GOVERNMENT CCAP EUR 1784.96<br />

DB EURO GOVERNMENT ICAP EUR 1837.28<br />

DB EURO GOVERNMENT NCAP EUR 1742.26<br />

DB EURO GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 772.18<br />

DB EURO GOVERNMENT PLUS ICAP EUR 798.37<br />

DB EURO GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 7<strong>56</strong>.49<br />

DB EURO HIGH YIELD CCAP EUR 605.7<br />

DB EURO HIGH YIELD ICAP EUR 625.26<br />

DB EURO HIGH YIELD NCAP EUR 572.23<br />

DB EURO INFLATION LINKED CCAP EUR 128.27<br />

DB EURO INFLATION LINKED ICAP EUR 131.54<br />

DB EURO INFLATION LINKED NCAP EUR 125.87<br />

DB EURO LONG TERM CCAP EUR 5286.31<br />

DB EURO LONG TERM ICAP EUR 5482.32<br />

DB EURO LONG TERM NCAP EUR 5159.38<br />

DB EURO SHORT TERM CCAP EUR 1904.91<br />

DB EURO SHORT TERM ICAP EUR 1944.09<br />

DB EURO SHORT TERM NCAP EUR 1838.28<br />

DB EUROPE CCAP EUR 4490.16<br />

DB EUROPE ICAP EUR 4587.06<br />

DB EUROPE NCAP EUR 4409.55<br />

DB EUROPE CONVERTIBLE CCAP EUR 292.39<br />

DB EUROPE CONVERTIBLE ICAP EUR 300.66<br />

DB EUROPE CONVERTIBLE NCAP EUR 277.33<br />

DB EUROPE GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 755.04<br />

DB EUROPE GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 732.95<br />

DB GLOBAL HIGH YIELD CCAP EUR 120.75<br />

DB GLOBAL HIGH YIELD ICAP EUR 122.89<br />

DB GLOBAL HIGH YIELD NCAP EUR 117.3<br />

DB INTERNATIONAL CCAP EUR 819.13<br />

DB INTERNATIONAL ICAP EUR 847.22<br />

DB INTERNATIONAL NCAP EUR 785.82<br />

DB MORTGAGES CCAP EUR 128.73<br />

DB MORTGAGES ICAP EUR 132.45<br />

DB MORTGAGES NCAP EUR 124.25<br />

DB TOTAL RETURN CCAP EUR 112.47<br />

DB TOTAL RETURN ICAP EUR 1142.45<br />

DB TOTAL RETURN NCAP EUR 108.64<br />

DB TREASURY MANAGEMENT CCAP EUR 3655.65<br />

DB TREASURY MANAGEMENT ICAP EUR 3697.7<br />

DB TREASURY MANAGEMENT NCAP EUR 3608.24<br />

DB USD CCAP USD 773.58<br />

DB USD ICAP USD 801<br />

DB USD NCAP USD 753.94<br />

DB USD GOVERNMENT CCAP USD 2895.68<br />

DB USD GOVERNMENT ICAP USD 2990.02<br />

DB USD GOVERNMENT NCAP USD 2824.79<br />

DB WORLD GOV PL CCAP EUR 105.85<br />

DB WORLD GOV PL ICAP EUR 108.13<br />

DB WORLD GOV PL NCAP EUR 103.78<br />

D EQ L ASIA PREM USD 15.42<br />

D EQ L AUSTRALIA AUD 710.36<br />

D EQ L BIOTECH USD 114.73<br />

D EQ L EMERG EUROPE EUR 62.25<br />

D EQ L EMERG MKTS EUR 474.57<br />

D EQ L EMU EUR 64.32<br />

D EQ L EUR 50 EUR 416.01<br />

D EQ L EUROP EUR 598.58<br />

D EQ L EUROPE VALUE EUR 76.04<br />

D EQ L EURP ENG SECT EUR 140.17<br />

D EQ L EURP FIN SECT EUR 73.58<br />

D EQ L EURP HIGH DIV EUR 70.42<br />

D EQ L JAPAN JPY 12032<br />

D EQ L SPAIN EUR 77.55<br />

D EQ L SUST GREEN PLANET EUR 57.82<br />

D EQ L SUST WORLD EUR 143.02<br />

D EQ L UNITED KINGDOM GBP 224.51<br />

D EQ L WORLD USD 35.18<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 45<br />

FUNDOS <strong>DE</strong> INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

Fundo Classe Valor<br />

ABS ATTIVO EUR 106.31<br />

ABS PRU<strong>DE</strong>NTE EUR 108.06<br />

BOND CHF EUR 121.96<br />

BOND CHF EUR 134.98<br />

BOND CONVERTIBLE EUR 59.95<br />

BOND EMERGING MARKETS EUR 200.7<br />

BOND EMERGING MARKETS EUR 251.94<br />

BOND EUR LONG TERM EUR 159.63<br />

BOND EUR MEDIUM TERM EUR 296.31<br />

BOND EUR SHORT TERM EUR 137.51<br />

BOND GBP EUR 131.34<br />

BOND GBP EUR 110.08<br />

BOND HIGH YIELD EUR 138.55<br />

BOND INFLATION LINKED EUR 119.12<br />

BOND JPY EUR 106.75<br />

BOND JPY EUR 147.7<br />

BOND USD EUR 127.8<br />

BOND USD EUR 187.99<br />

CASH EUR EUR 110.89<br />

CASH USD EUR 95.61<br />

EQUITY BANKS EUR 44.<strong>56</strong><br />

EQUITY CHINA EUR 84.33<br />

EQUITY CONSUMER DISCRETIONARY EUR 117.91<br />

EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 118.87<br />

EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 133.12<br />

EQUITY DURABLE GOODS EUR 111.8<br />

EQUITY EM.MKT EUR MID.EAST&AFRICA EUR 144.91<br />

EQUITY EMERGING MARKETS ASIA EUR 132.5<br />

EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 122.51<br />

EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 126.97<br />

EQUITY EURO EUR 76.81<br />

EQUITY EUROPE EUR 78.42<br />

EQUITY FINANCIAL EUR 47.2<br />

EQUITY GREAT BRITAIN EUR 50.57<br />

EQUITY GREAT BRITAIN EUR 64.96<br />

EQUITY HIGH TECH EUR 54.87<br />

EQUITY HIGH TECH EUR 48.89<br />

EQUITY INDUSTRIALS EUR 132.42<br />

EQUITY INDUSTRIALS EUR 120.73<br />

EQUITY ITALY EUR 71.88<br />

EQUITY JAPAN EUR 71.54<br />

EQUITY JAPAN EUR 54.26<br />

EQUITY LATIN AMERICA EUR 355.93<br />

EQUITY NORTH AMERICA EUR <strong>56</strong>.06<br />

EQUITY NORTH AMERICA EUR 83.54<br />

EQUITY OCEANIA EUR 149.41<br />

EQUITY OCEANIA EUR 162.31<br />

EQUITY PHARMA EUR 73.18<br />

EQUITY PHARMA EUR 63.64<br />

EQUITY SMALL CAP EUROPE EUR 361.99<br />

EQUITY TELECOMMUNICATION EUR 48.1<br />

EQUITY TELECOMMUNICATION EUR 44.81<br />

EQUITY UTILITIES EUR 101.51<br />

EQUITY UTILITIES EUR 92.65<br />

OBIETTIVO BILANCIATO EUR 221.71<br />

ORIZZONTE PROTETTO 12 EUR 113.98<br />

ORIZZONTE PROTETTO 24 EUR 117.66<br />

ORIZZONTE PROTETTO 6 EUR 110.35<br />

VALORE EQUILIBRIO EUR 106.58<br />

VALORE EQUILIBRIO EUR 114.62<br />

www.franklintempleton.com.pt<br />

Tel: +34 91 426 3600<br />

FRANKLIN BIOTECH DISCOVERY FD N (ACC) USD 8.37<br />

FRANKLIN EUROPEAN GRTH FD N (ACC) EUR 7.92<br />

FRANKLIN EUROPEAN S-M CAP GRTH FD N (ACC) EUR 17.65<br />

FRANKLIN GLOBAL GRTH FD N (ACC) USD 9.15<br />

FRANKLIN GLOBAL S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 17.22<br />

FRANKLIN HIGH YIELD (EURO) FD N (ACC) EUR 10.97<br />

FRANKLIN HIGH YIELD FD N (ACC) USD 12.78<br />

FRANKLIN INCOME FD N (ACC) USD 14.91<br />

FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) EUR 16.22<br />

FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) USD 22.09<br />

FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) EUR 13.16<br />

FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) USD 17.83<br />

FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) USD 5.12<br />

FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) EUR 3.77<br />

FRANKLIN TEMPLETON GB GRTH & VA FD N (ACC) USD 15.79<br />

FRANKLIN TEMPLETON JAPAN FD N (ACC) EUR 3.67<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) EUR 9.71<br />

FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) USD 13.22<br />

FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (ACC) USD 12.93<br />

FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (DIS) USD 9.51<br />

FRANKLIN US OPPORTUNITIES N (ACC) USD 12.84<br />

FRANKLIN US S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 9.29<br />

FRANKLIN US TOTAL RET FD N (DIS) USD 9.92<br />

FRANKLIN US ULT SHT TR BD FD N (DIS) USD 9.6<br />

TEMPLETON ASIAN GRTH FD N (ACC) USD 36.85<br />

TEMPLETON CHINA FD N (ACC) USD 21.08<br />

TEMPLETON EASTERN EUROPE FD N (ACC) EUR 24.67<br />

TEMPLETON EMERGING MARKETS BD FD N (ACC) USD 26.47<br />

TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) EUR 13.13<br />

TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) USD 17.85<br />

TEMPLETON EURO LIQ RES FD N (ACC) EUR 10.76<br />

TEMPLETON EUROLAND BD FD N (ACC) EUR 11.12<br />

TEMPLETON EUROLAND FD N (ACC) EUR 7.4<br />

TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) USD 16.88<br />

TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) EUR 12.39<br />

TEMPLETON EUROPEAN TOTAL RET FD N (ACC) EUR 10.4<br />

TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) EUR 11.71<br />

TEMPLETON GLOBAL (EURO) FD N (ACC) EUR 9.94<br />

TEMPLETON GLOBAL BALANCED FD N (ACC) EUR 10.64<br />

TEMPLETON GLOBAL BD (EURO) FD N (ACC) EUR 12.13<br />

TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) USD 23.33<br />

TEMPLETON GLOBAL EQUITY INCOME FD N (ACC) USD 9.57<br />

TEMPLETON GLOBAL FD N (ACC) USD 16.65<br />

TEMPLETON GLOBAL INCOME FD N (ACC) USD 12.88<br />

TEMPLETON GLOBAL SMLL COMPANIES FD N (ACC) USD 19.37<br />

TEMPLETON GLOBAL TOTAL RET FD N (ACC) USD 20.34<br />

TEMPLETON GRTH (EURO) FD N (ACC) EUR 8.02<br />

TEMPLETON KOREA FD N (ACC) USD 14.12<br />

TEMPLETON LATIN AMERICA FD N (ACC) USD 43.07<br />

TEMPLETON THAILAND FD N (ACC) USD 13.06<br />

TEMPLETON US DOLLAR LIQ RES FD N (ACC) USD 11.17<br />

TEMPLETON US VALUE FD N (ACC) USD 9.92<br />

23-02-2010<br />

JF ASIA DI V.D USD USD 216.03<br />

JF ASIA EQ D USD USD 19.63<br />

JF ASIA PAC EX-JAP EQ DAAC EUR EUR 8.72<br />

JF CHINA D USD USD 33.39<br />

JF GR CH D USD USD 28.34<br />

JF HG KG D USD USD 25.41<br />

JF INDIA D USD USD 43.54<br />

JF JAP EQ DACC EUR EUR 3.67<br />

JF JAP EQ D USD USD 6.04<br />

JF PAC EQ DACC EUR EUR 6.11<br />

JF PAC EQ DACC USD USD 12.44<br />

JF SINGA D USD USD 35.22<br />

JF TAIWAN D USD USD 11.69<br />

JPM AME EQ DACC EUR EUR 6.45<br />

JPM AME EQ DACC EUR (HDG) EUR 5.98<br />

JPM EM MK DBT DACC EUR EUR 11.07<br />

JPMEMMKEQDACCEUR EUR 8.15<br />

JPM EMER MIDDLE EAST EQ D USD USD 18.79<br />

JPM EURO DY DACC USD USD 16.13<br />

JPM EURO LIQ RES DACC EUR EUR 108.59<br />

JPM EURO DY MEGA C DACC EUR EUR 7.81<br />

JPM EURO DY MEGA C DACC USD USD 8.69<br />

JPM EUROP EQ DACC USD USD 9.47<br />

JPM EUROP FOC DACC EUR EUR 7.68<br />

JPM EUROP FOC DACC USD USD 9.79<br />

JPM EUROP RECOV DACC EUR EUR 168.07<br />

JPM EUROP SEL EQ DACC EUR EUR 66.63<br />

JPM EUROP SEL EQ DACC USD USD 99.04<br />

JPM EUROP ST DIV DACC EUR EUR 91.44<br />

JPM GB BAL USD DACC USD USD 138.31<br />

JPM GB CAP APP DACC EUR EUR 96.71<br />

JPM GB CAP PRE DACC USD USD 112.79<br />

JPM GB CAP PRE EUR DACC EUR EUR 122.39<br />

JPM GB CAP PRE EUR DACC SEK (HDG) SEK 9<strong>56</strong>.77<br />

JPM GB CONVS USD D USD USD 125.77<br />

JPM GB CONVS FUND EUR DACC EUR EUR 10.07<br />

JPM GB DY DACC EUR EUR 5.71<br />

JPM GB DY DACC EUR (HDG) EUR 4.68<br />

JPM GB EQ USD DACC EUR (HDG) EUR 5.63<br />

JPM GB FOC DACC EUR EUR 17.59<br />

JPM GB FOC DACC EUR (HDG) EUR 7.51<br />

JPM GB HY BD DACC EUR EUR 132.78<br />

JPM GB NAT RE DACC USD USD 10.38<br />

JPM GB T RE DACC EUR EUR 101.65<br />

JPM HIGH STAT MKT NT DACC EUR EUR 108.37


46 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

FUNDOS <strong>DE</strong> INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />

Fundos Internacionais<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

JPM HIGH STAT MKT NT DACC USD (HDG) USD 145.54<br />

JPM HIGH US STEEP DACC EUR (HDG) EUR 8.05<br />

JPM JAP 50 EQ DACC JPY JPY 6199<br />

JPM JAP SEL EQ DACC JPY JPY 8479<br />

JPM RUSSIA DACC USD USD 10.3<br />

JPM US AG BD DACC USD USD 14.62<br />

JPMUSDYDACCEUR EUR 5.06<br />

JPM US DY DACC USD USD 11.32<br />

JPM US EQ DACC EUR (HDG) EUR 57.03<br />

JPM US EQ DACC USD USD 77.75<br />

JPM US SEL EQ DACC EUR (HDG) EUR 65.1<br />

JPM US SEL 130/30 DACC EUR (HDG) EUR 5.86<br />

JPM US SEL 130/30 DACC USD USD 8.28<br />

JPM US STRATEGIC GR DACC EUR (HDG) EUR 5.76<br />

JPM US VAL DACC EUR (HDG) EUR 5.81<br />

JPMF AME EQ D USD USD 9.16<br />

JPMF AME LC D USD USD 8.22<br />

JPMF EAST EUR EQ D EUR EUR 29.17<br />

JPMF EM EUR EQ D USD USD 37.61<br />

JPMF EM MKT EQ D USD USD 30.39<br />

JPMF EUR GB BAL FUND D EUR EUR 120.34<br />

JPMF EUROL EQ D EUR EUR 7.2<br />

JPMF EUROP CONVERG EQ D EUR EUR 23.39<br />

JPMF EUROP DY D EUR EUR 10.68<br />

JPMF EUROP EQ D EUR EUR 7.17<br />

JPMF EUROP SM CAP D EUR EUR 8.37<br />

JPMF EUROP STRAT GR D EUR EUR 6.65<br />

JPMF EUROP STRAT VAL D EUR EUR 10.36<br />

JPMF GERM EQ D-EUR EUR 2.3<br />

JPMF GB DY D USD USD 11.95<br />

JPMF GB EQ D USD USD 8.8<br />

JPMF GLB NA RE DACC EUR EUR 12.3<br />

JPMF LAT AM EQ D USD USD 42.63<br />

JPMF US ST GR D USD USD 5.05<br />

JPMF US ST VAL D USD USD 11.64<br />

JPM US TECH D EUR EUR 7.37<br />

Fundo Divisa Valor<br />

ALPHA ADV. EUROPE FIXED INCOME B EUR 29.5<br />

ASIAN EQUITY B EUR 22.62<br />

ASIAN PROPERTY B EUR 9.41<br />

COMMODITIES ACTIVE GSLE B EUR 13.78<br />

DIVERSIFIED ALPHA PLUS B EUR 25.3<br />

EMERG EUROP, M-EAST & AFRICA EQ B EUR 48.24<br />

EMERGING MARKETS <strong>DE</strong>BT B EUR 39.5<br />

EMERGING MARKETS DOMESTIC <strong>DE</strong>BT B EUR 22.58<br />

EMERGING MARKETS EQUITY B EUR 21.11<br />

EURO BOND B EUR 10.82<br />

EURO CORPORATE BOND B EUR 32.78<br />

EURO LIQUIDITY B EUR 11.8964<br />

EURO STRATEGIC BOND B EUR 28.98<br />

EUROPEAN CURR. HIGH YIELD BOND B EUR 12.54<br />

EUROPEAN EQUITY ALPHA B EUR 22.53<br />

EUROPEAN PROPERTY B EUR 15.71<br />

EUROPEAN SMALL CAP VALUE B EUR 30.91<br />

EUROZONE EQUITY ALPHA B EUR 6.09<br />

FX ALPHA PLUS RC 200 B EUR 25.11<br />

FX ALPHA PLUS RC 400 B EUR 24.53<br />

FX ALPHA PLUS RC 800 B EUR 23.31<br />

GLOBAL BOND B EUR 22.26<br />

GLOBAL BRANDS B EUR 36.75<br />

GLOBAL CONVERTIBLE BOND B EUR 22.25<br />

GLOBAL PROPERTY B EUR 12.38<br />

GLOBAL SMALL CAP VALUE B EUR 20.86<br />

GLOBAL VALUE EQUITY B EUR 22.12<br />

INDIAN EQUITY B EUR 18.44<br />

JAPANESE EQUITY ADVANTAGE B EUR 13.64<br />

JAPANESE VALUE EQUITY B EUR 5.61<br />

LATIN AMERICAN EQUITY B EUR 41.07<br />

SHORT MATURITY EURO BOND B EUR 16.95<br />

US ADVANTAGE B EUR 18.29<br />

US GROWTH B EUR 19.91<br />

US PROPERTY B EUR 22.45<br />

US SMALL CAP GROWTH B EUR 22.1<br />

US VALUE EQUITY B EUR 11.75<br />

USD LIQUIDITY B USD 12.5468<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

+34 91 538 25 00<br />

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Fundo Divisa Valor<br />

PF(LUX)-ABSL RTN GLO DIV-R EUR 104.57<br />

PF(LUX)-AGRICULTURE-R EUR 126.27<br />

PF(LUX)-ASN EQ (EXJPN)-HR-EUR EUR 113.17<br />

PF(LUX)-ASN EQ (EXJPN)-R USD 146.07<br />

PF(LUX)-ASIAN EQ (EX-JAPAN)-R EUR 107.37<br />

PF(LUX)-ASN LCL CCY DBT-R USD 125.97<br />

PF(LUX)-BIOTECH-HR-R EUR 207.45<br />

PF(LUX)-BIOTECH-R USD 272.09<br />

PF(LUX)-BIOTECH-R EUR 200.2<br />

PF(LUX)-EASTERN EU-R EUR 323.59<br />

PF(LUX)-EM LCL CCY DBT-HR-EUR EUR 105.55<br />

PF(LUX)-EM LCL CCY DBT-R USD 1<strong>56</strong>.98<br />

PF(LUX)-EM MKTS-HR-R EUR 337.48<br />

PF(LUX)-EM MKTS LDX-R USD 210.11<br />

PF(LUX)-EM MKTS-R USD 484.71<br />

PF(LUX)-EUR BDS-R EUR 379.14<br />

PF(LUX)-EUR CORP BDS-R EUR 147.54<br />

PF(LUX)-EUR GVT BDS-R EUR 115.84<br />

PF(LUX)-EUR HY-R EUR 145.71<br />

PF(LUX)-EUR INFL LK BDS-R EUR 108.45<br />

PF(LUX)-EUR LIQ-R EUR 133.54<br />

PF(LUX)-EUR SMT BDS-R EUR 120.42<br />

PF(LUX)-EUROLAND LDX-R EUR 83.49<br />

PF(LUX)-EU SUST EQ-R EUR 128.93<br />

PF(LUX)-EU LDX-R EUR 97.76<br />

PF(LUX)-EU EQ SEL-R EUR 389.15<br />

PF(LUX)-(EUR) SOV LIQ-R EUR 102.16<br />

PF(LUX)-GENERICS-HR-EUR EUR 95.81<br />

PF(LUX)-GENERICS-R USD 120.74<br />

PF(LUX)-GLO EM CCY-HR-EUR EUR 64.93<br />

PF(LUX)-GLO EM CCY-R USD 101.<strong>56</strong><br />

PF(LUX)-GLO MEGATR SEL-R USD 128.9<br />

PF(LUX)-GLO EM DBT-HR-R EUR 181.11<br />

PF(LUX)-GLO EM DBT-R USD 237.91<br />

PF(LUX)-GLO MEGATREND SEL-R EUR 94.71<br />

PF(LUX)-GREATER CHINA-R USD 312.16<br />

PF(LUX)-INDIAN EQ-R USD 329.29<br />

PF(LUX)-JPNL LDX-R JPY 8758.16<br />

PF(LUX)-JPN EQ SEL-HR-EUR EUR 51.18<br />

PF(LUX)-JPN EQ SEL-R JPY 7251.12<br />

PF(LUX)-JAPANESE EQ SELECTION-R EUR 58.59<br />

PF(LUX)-JPN EQ 130/30-R JPY 4240.83<br />

PF(LUX)-JAPANESE EQUITIES 130/30-R EUR 34.13<br />

PF(LUX)-JAPANESE MID-SMALL CAP-R EUR 60.22<br />

PF(LUX)-JPN SMID CAP-R JPY 7482.17<br />

PF(LUX)-LATAM LCL CCY DBT-R USD 118.58<br />

PF(LUX)-MID EAST AND NTH AFR-HR-R EUR 29.14<br />

PF(LUX)-MID EAST AND NTH AFR-R USD 46.54<br />

PF(LUX)-PAC (EXJPN) LDX-R USD 260.53<br />

PF(LUX)-PREMIUM BRANDS-R EUR 63.34<br />

PF(LUX)-RUSSIAN EQ-R USD 66.06<br />

PF(LUX)-SECURITY-R USD 94.98<br />

PF(LUX)-SMALL CAP EU-R EUR 440.52<br />

PF(LUX)-TIMBER-R USD 102.75<br />

PF(LUX)-US EQ-R USD 95.81<br />

PF(LUX)-US EQ GWTH SEL-HR-EUR EUR 73.29<br />

PF(LUX)-US EQ GWTH SEL-R USD 96.58<br />

PF(LUX)-USA LDX-R USD 87.75<br />

PF(LUX)-USD GVT BDS-R USD 498.72<br />

PF(LUX)-USD LIQ-R USD 128.64<br />

PF(LUX)-USD SMT BDS-R USD 120.46<br />

PF(LUX)-(USD) SOV LIQ-R USD 101.31<br />

PF(LUX)-TIMBER-R EUR 75.53<br />

PF(LUX)-US EQ VALUE SEL HR-R EUR 82.23<br />

PF(LUX)-US EQ VALUE SEL-R USD 116.2<br />

PF(LUX)-WATER-R EUR 119.86<br />

PF(LUX)-WORLD GOV BONDS-R EUR 117.95<br />

Pioneer P.F. - Global Changes EUR 44.77<br />

Pioneer P.F. - Global Changes EUR 1050.97<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 48.05<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive CZK 896.02<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.85<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive USD 7.95<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.<strong>56</strong><br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 6.093<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.706<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.59<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus USD 6.24<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.33<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.726<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.447<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic CZK 763.2<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 44.11<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 4.228<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 4.134<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive CZK 587.3<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 33.02<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.298<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.228<br />

www.schroders.pt<br />

SISF Swiss Equity A Acc 26.3 CHF<br />

SISF Taiwanese Equity A Acc 9.55 USD<br />

SISF US Dollar Bond A Acc 17.6 USD<br />

SISF UK Equity A Acc 2.58 GBP<br />

SISF US All Cap A Acc 90.14 USD<br />

SISF US Small & Mid-Cap Eq A Acc 130.81 USD<br />

SISF US Smaller Companies A Acc 65.17 USD<br />

SISF US Large Cap A Acc 60.96 USD<br />

SISF US Dollar Liquidity A Acc 105.43 USD<br />

SISF World Def 3 Monthly A Acc 79.3 EUR<br />

SISF EURO Government Liquidity A Acc 100.25 EUR<br />

SISF Global Managed Currency A Acc 101.66 USD<br />

SISF China Opps HKD A Acc 9.31 HKD<br />

SISF Glob Tact Asset Alloc A Acc 100.26 USD<br />

SISF Glob Mgd Ccy EUR A Acc 106.71 EUR<br />

SISF Glob Mgd Ccy GBP A Acc 108.32 GBP<br />

SISF Em Mk Dt Abs Ret CHF Hdg A Acc 24.66 CHF<br />

SISF Global Conv Bd CHF Hdg A Acc 99.85 CHF<br />

SISF Asian Tot Ret EUR Hdg A Acc 111.73 EUR<br />

SISF Asian Conv Bd EUR Hdg A Acc 96.74 EUR<br />

SISF Asian Bond EUR Hg A Acc 98.58 EUR<br />

SISF Em Mk Dt Abs Ret EUR Hg A Acc 28.21 EUR<br />

SISF QEP Glb Act Val EUR Hdg A Acc 70.54 EUR<br />

SISF Global Conv Bd EUR Hdg A Acc 95.39 EUR<br />

SISF Glb Clim Chge Eq EUR Hg A Acc 7.76 EUR<br />

SISF Glbl High Yld EUR Hdg A Acc 25.97 EUR<br />

SISF Glbl Propty Sec EUR Hdg A Acc 90.63 EUR<br />

SISF Global Corporate Bond EUR Hdg A Acc121.16 EUR<br />

SISF Japanese Equity EUR Hdg A Acc 57.6 EUR<br />

SISF Strategic Bond EUR Hdg A Acc 118.49 EUR<br />

SISF US Dollar Bond EUR Hdg A Acc 119.49 EUR<br />

SISF US Small & Mid EUR Hg A Acc 86.57 EUR<br />

SISF US Large Cap EUR Hedged A Acc 81.71 EUR<br />

SISF Glob Mgd Ccy EUR Hdg A Acc 96.98 EUR<br />

SISF BRIC (Braz Ru In Ch) EUR A Acc 137.09 EUR<br />

SISF Emerging Asia EUR A Acc 15.46 EUR<br />

SISF Emerging Markets EUR A Acc 8.42 EUR<br />

SISF QEP Glob Act Value EUR A Acc 89.59 EUR<br />

SISF Glbl Clim Chge Eqty EUR A Acc 8.14 EUR<br />

SISF Global Equity Alpha EUR A Acc 83.04 EUR<br />

SISF Glbl Emgng Mkt Opps EUR A Acc 12.15 EUR<br />

SISF Global Energy EUR A Acc 24.31 EUR<br />

SISF Global Equity Yield EUR A Acc 69.95 EUR<br />

SISF QEP Global Quality EUR A Acc 82.97 EUR<br />

SISF Greater China EUR A Acc 24.48 EUR<br />

SISF Latin American EUR A Acc 34.9 EUR<br />

SISF Middle East EUR A Acc 7.45 EUR<br />

SISF Pacific Equity EUR A Acc 6.79 EUR<br />

SISF US Sml & Mid-Cap Eq EUR A Acc 95.82 EUR<br />

SISF US Large Cap EUR A Acc 44.84 EUR<br />

SISF Asian Local Ccy Bd SGD Hg A Acc 9.99 SGD<br />

SISF Asian Bond SGD Hg A Acc 9.39 SGD<br />

SISF China Opps SGD Hg A Acc 6.88 SGD<br />

SISF Glbl Clim Chge Eqty SGD A Acc 7.81 SGD<br />

SISF Glb Div Maximsr SGD A Acc 6.54 SGD<br />

SISF Glbl Emgng Mkt Opps SGD A Acc 11.85 SGD<br />

SISF Latin American SGD A Acc 67.1 SGD<br />

SISF Middle East SGD A Acc 6.46 SGD<br />

SISF Pacific Equity SGD A Acc 8.55 SGD<br />

SISF Glbl Inf Lkd Bd USD Hdg A Acc 24.42 USD<br />

SISF EURO Corporate Bd USD Hd A Acc 110.94 USD<br />

SISF Japanese Equity Alpha USD A Acc 9.34 USD<br />

SISF Japanese Large Cap USD A Acc 8.27 USD<br />

SISF Asian Equity Yield A Dis 13.12 USD<br />

SISF Asian Local Currency Bond A Dis 96.28 USD<br />

SISF Asian Bond A Dis 7.05 USD<br />

SISF Em Europe Debt Abs Ret A Dis 14.88 EUR<br />

SISF EURO Bond A Dis 7.96 EUR<br />

SISF European Div Maxmsr A Dis 57.03 EUR<br />

SISF European Equity Alpha A Dis 34.28 EUR<br />

SISF European Large Cap A Dis 120.93 EUR<br />

SISF European Equity Yield A Dis 8.59 EUR<br />

SISF EURO Equity A Dis 17.63 EUR<br />

SISF Emer Mkts Debt Abs Ret A Dis 14.07 USD<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

SISF Emerging Europe A Dis 18.28 EUR<br />

SISF Emerging Markets A Dis 10.98 USD<br />

SISF European Smaller Companies A Dis 16.81 EUR<br />

SISF EURO Short Term Bond A Dis 4.51 EUR<br />

SISF EURO Government Bond A Dis 5.95 EUR<br />

SISF European Defensive A Dis 9.65 EUR<br />

SISF EURO Dynamic Growth A Dis 2.6 EUR<br />

SISF QEP Global Act Value A Dis 107.42 USD<br />

SISF Global Div Maximiser A Dis 5.36 USD<br />

SISF Global Equity A Dis 12.92 USD<br />

SISF Global Equity Yield A Dis 83.07 USD<br />

SISF Glbl High Yld A Dis 19.48 USD<br />

SISF Global Bond A Dis 7.41 USD<br />

SISF Global Smaller Cos A Dis 102.37 USD<br />

SISF Global Corporate Bond A Dis 5.45 USD<br />

STS Growth Schdr Multi-Mgr C Acc 117.1 USD<br />

SAS Agriculture Fund EUR Hdg A Acc 98.27 EUR<br />

SAS Commodity Fund GBP Hdg C Dis 102.95 GBP<br />

Fundo Divisa Valor<br />

SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 29.3592<br />

SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 15.04<br />

SKANDIA GLOBAL BOND FUND EUR 11.6437<br />

SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 10.2916<br />

SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 14.6003<br />

SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 13.4222<br />

SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 12.8293<br />

SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND USD 10.9238<br />

SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND USD 10.2998<br />

SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND USD 27.7118<br />

SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND USD 26.6198<br />

SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 13.3941<br />

SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 12.7943<br />

SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND EUR 10.6698<br />

SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 9.7025<br />

SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 9.3972<br />

SKANDIA SWEDISH EQUITY FUND SEK 11.7969<br />

SKANDIA SWEDISH BOND FUND SEK 15.3377<br />

SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND USD 13.5145<br />

SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND USD 11.3483<br />

SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND EUR 9.5398<br />

SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND USD 11.9313<br />

SKANDIA US VALUE FUND USD 9.6321<br />

SKANDIA US VALUE FUND EUR 7.477<br />

SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND EUR 7.8723<br />

SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND USD 10.0829<br />

SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 10.9105<br />

SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 13.8018<br />

SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 10.4748<br />

SKANDIA USD RESERVE FUND USD 1.1112<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 9.8709<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND GBP 10.7262<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND EUR 11.393<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 11.3616<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 14.5038<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 9.3054<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 11.872<br />

SKANDIA HEALTHCARE FUND USD 9.469<br />

SKANDIA HEALTHCARE FUND USD 9.0152<br />

www.sgam.com<br />

distribution@sggestion.fr<br />

A company of Amundi Group<br />

SGAM Fund - EQUITIES / CHINA EUR 16.08<br />

SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP JPY 1048.45<br />

SGAM Fund - BONDS / WORLD SGD 58.06<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL RESOURCES EUR 77.<strong>56</strong><br />

SGAM Fund - MONEY MARKET / USD EUR 11.65<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND FINANCIAL USD 14.08<br />

SGAM Fund - BONDS / EUROPE HIGH YIELD USD 28.73<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL ENERGY EUR 12.85<br />

SGAM Fund - EQUITIES US CONCENTRATED COREEUR 16.28<br />

SGAM Fund - IN<strong>DE</strong>X EUROLAND USD 159.48<br />

SGAM Fund - EQUITIES / LUXURY AND LIFESTYLEEUR 66.67<br />

SGAM Fund - MONEY MARKET / EURO USD 37.25<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GOLD MINES EUR 21.16<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND CYCLICALS USD 23.95<br />

SGAM Fund - EQUITIES EUROPE EXPANSION USD 95.69<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND USD 14.08<br />

SGAM Fund - EQUITIES / CONCENTRATED EUROPEUSD<br />

SGAM Fund - EQUITIES / ASIA PAC DUAL<br />

35.64<br />

STRATEGIES EUR 7.25<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN CONCENTRATEDUSD 72.50<br />

SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP USD 11.53<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN TARGET USD 17.69<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA USD 82.29<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA JPY 7484.97<br />

SGAM Fund - ABSOLUTE RETURN FOREX USD 145.81<br />

SGAM Fund - BONDS EUROPE CONVERTIBLE USD 140.55<br />

SGAM Fund - EQUITIES US MULTI STRATEGIES EUR 15.53<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EMERGING EUROPE USD 33.42<br />

SGAM Fund - BONDS EURO CORPORATE USD 31.59<br />

SGAM Fund - EQUITIES /US FOCUSED EUR 11.67<br />

SGAM Fund - EQUITIES US CONCENTRATED COREEUR 894.96<br />

SGAM Fund - EQUITIES / US SMALL CAP VALUE EUR 11.92<br />

SGAM Fund - IN<strong>DE</strong>X US EUR 76.42<br />

SGAM Fund - BONDS / CONVERGING EUROPE USD 41.79<br />

SGAM Fund - BONDS / EURO EUR 41.31<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND VALUE USD 137.24<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND SMALL CAPUSD 191.06<br />

SGAM Fund - BONDS/ OPPORTUNITIES USD 143.86<br />

SGAM Fund - BONDS EURO AGGREGATE USD 159.15<br />

SGAM Fund - BONDS / EUROPE EUR 39.41<br />

SGAM Fund - EQUITIES / US LARGE CAP GROWTHEUR 10.98<br />

SGAM Fund - EQUITIES US MID CAP GROWTH EUR 22.33<br />

SGAM Fund - BONDS US OPPORTUNISTIC CORE +USD 37.25<br />

SGAM Fund - BONDS / WORLD USD 41.22<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL<br />

EUR 20.09<br />

EMERGING COUNTRIES EUR 6.49<br />

SGAM Fund - IN<strong>DE</strong>X EUROLAND EUR 117.34<br />

SGAM Fund - EQUITIES / INDIA EUR 89.50<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL RESOURCES EUR 77.<strong>56</strong><br />

SGAM Fund - BONDS / EUROPE HIGH YIELD USD 30.74<br />

SGAM Fund - ABSOLUTE RETURN INTEREST RATEEUR 109.46<br />

Fundo Divisa Valor<br />

AMERICAN SELECT-<strong>DE</strong>H EUR 9.47<br />

AMERICAN SELECT-DU USD 9.60<br />

EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT-<strong>DE</strong>H EUR 15.44<br />

EM MKT LOW DUR-<strong>DE</strong>H EUR 11.81<br />

EM MKT LOW DUR-DU USD 11.20<br />

EUROP BONDS-<strong>DE</strong> EUR 21.74<br />

EUROP SHORT-TERM BONDS-<strong>DE</strong> EUR 13.89<br />

EUROP SMALL CAP EQUITIES-<strong>DE</strong> EUR 10.80<br />

GLOBAL ASS.ALL.-<strong>DE</strong>H EUR 15.04<br />

GLOBAL ASS.ALL.-DU USD 17.71<br />

GLOBAL BONDS (EURO)-<strong>DE</strong> EUR 19.71<br />

GLOBAL BONDS (USD)-DU USD 26.32<br />

GLOBAL EM MKT EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 20.98<br />

GLOBAL EM MKT EQUITIES-DU USD 28.49<br />

GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-<strong>DE</strong>H EUR 9.09<br />

GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-DU USD 9.72<br />

GLOBAL ENERGY EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 18.54<br />

GLOBAL ENERGY EQUITIES-DU USD 23.63<br />

GLOBAL HGH YLD&EM-MKT EUR-<strong>DE</strong> EUR 17.67<br />

GLOBAL INNOVATION-<strong>DE</strong>H EUR 14.58<br />

GLOBAL INNOVATION-DU USD 9.85<br />

GREATER CHINA EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 17.85<br />

GREATER CHINA EQUITIES-DU USD 25.67<br />

JAPANESE EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 9.81<br />

JAPANESE EQUITIES-DJ EUR 6.94<br />

JAPANESE EQUITIES-DJ JPY 860.00<br />

NEW ASIA-PACIFIC <strong>DE</strong>H EUR 18.78<br />

NEW ASIA-PACIFIC DU USD 27.63<br />

PAN EUROP EQUITIES-<strong>DE</strong> EUR 11.34<br />

US EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 14.26<br />

US EQUITIES-DU USD 11.27<br />

US MID AND SML CAP EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 10.12<br />

US MID AND SML CAP EQUITIES-DU USD 13.92<br />

USD HIGH INCOME BONDS-<strong>DE</strong>H EUR 15.25<br />

USD HIGH INCOME BONDS-DU USD 15.75<br />

USD SHORT-TERM BONDS-DU USD 18.68<br />

WORLD EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 13.82<br />

WORLD EQUITIES-DU USD 14.42<br />

A informação nos fundos WestLB Mellon<br />

Compass Funds é indicada sob<br />

“BNY Mellon Asset Management<br />

Fonte: Euronext Lisboa / Clientes<br />

Nota 1: Segundo a fiscalidade portuguesa, os fundos de investimento<br />

mobiliário nacionais são tributados na fonte. Por essa razão,<br />

as rentabilidades apresentadas são líquidas de impostos para<br />

participantes singulares. Inversamente, os fundos estrangeiros comercializados<br />

em Portugal não estão sujeitos à retenção na fonte,<br />

e portanto as rentabilidades apresentadas são brutas. Nestes fundos,<br />

é da responsabilidade dos participantes declarar à autoridade<br />

fiscal os rendimentos obtidos, que serão assim englobados na<br />

sua declaração de rendimentos.<br />

Nota 2: Os fundos internacionais estão ordenados por ordem alfabética,<br />

sem identificar se se trata de fundos de acções, obrigações<br />

ou outros.


Câmbios e taxas de juro<br />

Queda da confiança alemã<br />

retira apetite pelo euro<br />

A moeda única europeia<br />

voltou ontem a recuar<br />

face ao dólar, depois da<br />

divulgação de dados económicos<br />

desfavoráveis<br />

relativos à maior economia<br />

europeia.<br />

O indicador de clima de<br />

negócios do instituto alemão<br />

Ifo recuou este mês,<br />

pela primeira vez desde<br />

Março do ano passado,<br />

para os 95,2 pontos. Nos<br />

Estados Unidos, a confiança<br />

dos consumidores<br />

baixou em Fevereiro para<br />

o nível mais baixo dos últimos<br />

dez meses.<br />

Deste modo, o euro seguia<br />

a recuar 0,6% face à<br />

divisa norte-americana,<br />

para os 1,3513 dólares. ■<br />

LIBOR<br />

Prazo USD EUR GBP JPY CHF<br />

Overnight 0.1725 0.28313 0.52875 0.1175 0.05<br />

1 semana 0.20875 0.3125 0.52625 0.13125 0.06333<br />

2 semanas 0.21938 0.32625 0.52688 0.14 0.07333<br />

1 mês 0.22875 0.38<strong>56</strong>3 0.5375 0.15<strong>56</strong>3 0.09333<br />

2 meses 0.24 0.47438 0.<strong>56</strong>875 0.19<strong>56</strong>3 0.17<br />

3 meses 0.25194 0.60625 0.64438 0.25375 0.24833<br />

4 meses 0.28438 0.71438 0.71625 0.3375 0.27333<br />

5 meses 0.33313 0.80688 0.79125 0.39188 0.29667<br />

6 meses 0.39531 0.91688 0.86875 0.45438 0.32333<br />

7 meses 0.46938 0.96875 0.94188 0.51125 0.37833<br />

8 meses 0.54<strong>56</strong>3 1.02375 1.02125 0.55313 0.42833<br />

9 meses 0.63219 1.07625 1.09688 0.6025 0.475<br />

10 meses 0.71 1.11438 1.165 0.62813 0.52667<br />

11 meses 0.79188 1.15875 1.23 0.65<strong>56</strong>3 0.57333<br />

1 ano 0.8775 1.21188 1.29625 0.68188 0.61833<br />

Rentabilidades Internacionais<br />

Matérias-primas<br />

Brent* (USD/Barril) Londres<br />

Últimas 6 sessões 78.19<br />

Petrolíferas Londres<br />

BRENT Máx. Min. Fecho<br />

APR0 78.64 76.57 78.61<br />

MAY0 79.11 77 79.08<br />

JUN0 79.65 77.65 79.64<br />

JUL0 80.15 78.17 80.16<br />

AUG0 80.59 78.72 80.63<br />

SEP0 81.02 79.1 81.03<br />

OCT0 81.38 79.5 81.39<br />

GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />

JUL2 0 0 85.65<br />

AUG2 0 0 85.77<br />

SEP2 0 0 85.89<br />

OCT2 0 0 86.01<br />

NOV2 0 0 86.13<br />

<strong>DE</strong>C2 85.3 85.3 86.25<br />

JAN3 0 0 86.33<br />

Petrolíferas Nova Iorque<br />

CRU<strong>DE</strong> Máx. Min. Fecho<br />

JAN7 63.00 61.70 61.55<br />

FEB7 64.20 62.95 62.77<br />

MAR7 65.05 63.84 63.71<br />

APR7 65.72 64.59 64.45<br />

MAY7 66.35 65.98 65.06<br />

JUN7 66.55 65.81 65.<strong>56</strong><br />

JUL7 0.00 0.00 66.00<br />

GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />

JUN0 0 0 65.99<br />

JUL0 0 0 65.87<br />

AUG0 0 0 65.75<br />

SEP0 0 0 65.63<br />

OCT0 0 0 65.51<br />

NOV0 0 0 65.39<br />

<strong>DE</strong>C0 65.9 65.6 65.26<br />

JAN1 0 0 65.15<br />

1140<br />

1131<br />

Base metal laminados<br />

Cobre<br />

22/02/10<br />

6,607<br />

23/02/10<br />

1122<br />

6,535<br />

Latão 63/37<br />

Latão 67/33<br />

5,113<br />

5,275<br />

5,052<br />

1113<br />

5,212<br />

Latão 70/30<br />

Latão 85/15<br />

5,396<br />

6,001<br />

5,332<br />

1104<br />

5,934<br />

Bronze 7,106 7,042<br />

1095<br />

Euribor 3 meses<br />

Últimas 30 sessões<br />

Euribor 6 meses<br />

Últimas 30 sessões<br />

Euribor 12 meses<br />

EUA Japão R. Unido Alemanha França Itália<br />

O/N 5.23 0.45 5.17 -- -- --<br />

3 Meses 5.05 0.<strong>56</strong> 5.49 -- 3.81 --<br />

1 Ano -- 0.67 5.59 4.08 4.04 --<br />

2 Anos 4.59 0.83 5.46 4.04 4.06 4.1<br />

5 Anos 4.54 1.21 5.24 4.05 4.07 4.14<br />

10 Anos 4.65 1.66 4.97 4.08 4.13 4.3<br />

30 Anos 4.84 2.36 4.43 4.26 4.31 4.61<br />

Tx. desconto 6.25 0.75 .... .... .... ....<br />

Prime-rates 8.25 2.2 5.25 .... .... 7.125<br />

Metais não ferrosos<br />

Metais Londres<br />

Fixing<br />

manhã<br />

Fixing<br />

Tarde<br />

Fecho<br />

OURO 1107 1112 1115.2<br />

PRATA 1610 1644 1644<br />

PLATINA 1518 1539 1535<br />

PALADIO 438 445 441<br />

Metais LME Por Tonelada<br />

BID ASK<br />

COBRE 7337.0 38.0<br />

ALUMINIO 2115.0 16.0<br />

ZINCO 2285.0 85.5<br />

NIQUEL 20530 20535<br />

CHUMBO 17000/ 7005<br />

ESTANHO 1920.0 25.0<br />

ALUM. ALLOY 2010.0 12.0<br />

Oleaginosas Roterdão<br />

Produto Entrega Ontem Véspera<br />

SOJA<br />

contrato venda venda<br />

Feb10 400.4 400<br />

Mar10 419.6 398.8<br />

COLZA<br />

Apr10 395.7 398.1<br />

Mar10 675 670<br />

Apr10 675 675<br />

GIRASSOL<br />

May10/Jul10 670 680<br />

Apr10/Jun10 965 955<br />

Jul10/Sep10 995 965<br />

COCO<br />

Oct10/Dec10 990 995<br />

MAR10 2304 36<br />

JUL10 2330 8<br />

PALMA BRUTA<br />

SEP10 2348 0.5<br />

Feb10 815 810<br />

Mar10 820 812.5<br />

Apr10/Jun10 820 815<br />

Ouro* (USD/Onça) Londres<br />

0.661<br />

0.964<br />

Últimas 30 sessões<br />

1.228<br />

EURIBOR<br />

Prazo Última Anterior<br />

1 Semana 0,344 0,344<br />

1 Mês 0,419 0,42<br />

2 Meses 0,521 0,521<br />

3 Meses 0,661 0,661<br />

4 Meses 0,762 0,763<br />

5 Meses 0,852 0,853<br />

6 Meses 0,964 0,965<br />

7 Meses 1,002 1,003<br />

8 Meses 1,05 1,051<br />

9 Meses 1,1 1,1<br />

10 Meses 1,137 1,136<br />

11 Meses 1,178 1,177<br />

12 Meses 1,228 1,228<br />

Últimas 6 sessões 1115.2<br />

Euro dólar<br />

Últimas 30 sessões<br />

Taxas do euro<br />

Agrícolas Londres<br />

CACAU Máx. Min. Fecho<br />

MAR0 2272 2171 2177<br />

MAY0 2285 2182 2185<br />

JUL0 2271 2170 2173<br />

SEP0 2234 2151 2151<br />

<strong>DE</strong>C0 2221 2137 2139<br />

MAR1 2199 2112 2110<br />

MAY1 2167 2167 2104<br />

AÇUCAR Máx. Min. Fecho<br />

MAY0 681.8 653.3 653.9<br />

AUG0 652.4 631 632.4<br />

OCT0 591.8 575.6 579.6<br />

<strong>DE</strong>C0 543 531.8 537.3<br />

MAR1 533.6 518.5 522.3<br />

MAY1 0 0 504.9<br />

AUG1 0 0 485<br />

Agrícolas Chicago<br />

1.3506<br />

Taxas irrevog. Taxas bilat.<br />

Moeda do euro indic. esc.<br />

Franco belga 40.3399 4.96982<br />

Marco alemão 1.95583 102.505<br />

Peseta 166.386 1.20492<br />

Franco francês 6.55957 30.<strong>56</strong>33<br />

Libra irlandesa 0.787<strong>56</strong>4 254.<strong>56</strong>0<br />

Lira italiana 1936.27 0.10354<br />

Franco luxemburguês 40.3399 4.96982<br />

Florim 2.20371 90.9748<br />

Xelim austríaco 13.7603 14.<strong>56</strong>96<br />

Escudo 200.482 –<br />

Markka finlandesa 5.94573 33.7187<br />

Dracma<br />

Câmbios<br />

340.750 0.588355<br />

X por Cross<br />

Moeda 1 euro dólar<br />

Dólar dos EUA 1.3577 ---<br />

Dólar australiano 1.507 1.109965383<br />

Lev da Bulgária 1.9558 1.440524416<br />

Dólar canadiano 1.4172 1.043824114<br />

Franco suíço 1.4667 1.080282831<br />

Coroa checa 25.805 19.0064079<br />

Coroa dinamarquesa 7.4434 5.482359873<br />

Coroa da Estónia 15.6466 11.52434264<br />

Libra esterlina 0.8802 0.648302276<br />

Dólar de Hong-Kong 10.5382 7.761803049<br />

Forint da Hungria 269.8 198.7184209<br />

Coroa da Islândia 290 213.5965235<br />

Iene do Japão 123.19 90.73433012<br />

Won da Coreia do Sul 1559.06 1148.309641<br />

Litas da Lituânia 3.4528 2.543124402<br />

Lats da Letónia 0.7093 0.522427635<br />

Coroa norueguesa 8.021 5.907785225<br />

Dólar da N. Zelândia 1.9383 1.427634971<br />

Zloty da Polónia 3.9703 2.924283715<br />

Coroa sueca 9.7913 7.21168152<br />

Dólar de Singapura 1.9125 1.408632246<br />

Coroa da Eslováquia 30.126 22.1889961<br />

Lira turca 2.0925 1.541209398<br />

Rand da África do Sul 10.438 7.688001768<br />

Real brasileiro 2.4692 1.818663917<br />

Nota: Taxas de câmbio de referência do Banco<br />

Central Europeu, de cerca das 12:30 horas<br />

OT/Benchmark/MEDIP<br />

Prazo Cupão Maturidade Fecho Yield<br />

1 Ano 3.25 39644 99.002 4.045<br />

2 Anos 3.95 40009 99.922 3.979<br />

4 Anos 3.2 40648 97.007 4.015<br />

5 Anos 5 41075 104.46 4.031<br />

6 Anos 5.45 41540 107.96 4.027<br />

7 Anos 4.375 41806 101.88 4.067<br />

8 Anos 3.35 42292 94.67 4.099<br />

9 Anos 4.2 42658 100.255 4.161<br />

MILHO Máx. Min. Fecho<br />

MAR0 373 367.25 371.5<br />

MAY0 384 378.5 382.75<br />

JUL0 394.5 389 393.75<br />

SEP0 401.75 396.75 401.25<br />

<strong>DE</strong>C0 409 403.5 408<br />

MAR1 419 414.5 418.75<br />

MAY1 425 422 425.5<br />

TRIGO Máx. Min. Fecho<br />

MAR0 501.5 492 501.25<br />

MAY0 515.25 505 515.25<br />

JUL0 527.75 518.5 527.75<br />

SEP0 543 534.25 543.25<br />

<strong>DE</strong>C0 <strong>56</strong>7.75 <strong>56</strong>0.25 <strong>56</strong>8<br />

MAR1 592.75 586.75 592.5<br />

MAY1 0 0 604<br />

SOJA Máx. Min. Fecho<br />

MAR0 978.75 955 961.5<br />

MAY0 985 962 969<br />

JUL0 990.25 968 975.25<br />

Agrícolas Nova Iorque<br />

ALGODÃO Máx. Min. Fecho<br />

MAY0 94 51.38 79.7<br />

JUL0 100 51.72 79.03<br />

OCT0 91.75 64.73 74.65<br />

<strong>DE</strong>C0 100.5 53.87 73.43<br />

MAR1 94.5 61.89 75.17<br />

MAY1 78.02 68.05 75.9<br />

JUL1 80 73.25 76.47<br />

Eurolist Dívida Pública<br />

Valor Taxa Maturid. Últ. Data Mont. Cot. Yeld<br />

mobiliário juro % cot. últ. cot. negoc. ant.<br />

OT-MAIO 5.85%10 5.85 20 MAY 2010 0 20 NOV 2009 0 105.8 0<br />

OT-JUN 5 1/7%11 5.15 15 JUN 2011 0 10 OCT 2008 0 104.48 0<br />

OT-SET 5 4/9%13 5.45 23 SEP 2013 0 09 FEB 2010 0 105 0<br />

Eurolist Outros fundos públicos<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

CMOEIRAS93 4,375 41 99,11 2003-02-25 99,00<br />

CMSINTRA97 3,375 0<br />

CP-T.VR.95 2,795 0 2003-03-05 99,40<br />

EXPO9897.2 3,146 0 2001-07-12 99,90<br />

G.R.M...94 2,6875 0 2003-02-14 99,50<br />

GRA..1A.92 3,<strong>56</strong>25 0 2003-02-21 99,90<br />

GRA..1A.93 4,15 0 2002-11-06 100,00<br />

LISBOA.99 2,708 0<br />

LISNA.91-A 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />

LISNA.91-B 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />

LISNAVE.92 2,844 0 2003-03-07 96,92<br />

P.EXPO9897 2,739 0 2002-12-04 100,00<br />

RAA.96 3,0 0 2001-02-09 100,17<br />

RAM..96/06 2,6<strong>56</strong> 0 1996-11-04 100,60<br />

RAM.01/16 3,381 0 2002-09-17 100,20<br />

RAM.1.S.97 2,713 0 1997-12-31 100,00<br />

RAM.2E 96 2,748 0 1997-12-31 100,00<br />

RAM.98 2,755 0 1999-06-30 100,00<br />

RAM.99 2,913 0<br />

SINTRA2S97 3,375 0<br />

Eurolist/Obrigações Diversas<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

BCPIEM0405 2,0 110 98,65 2003-03-07 98,59<br />

J.MART.W96 2,40625 72 97,76 2003-03-07 96,32<br />

CONTIN..95 3,<strong>56</strong>25 65 99,89 2003-03-06 99,91<br />

BCPICG1005 0,0 57 91,95 2003-02-26 91,68<br />

BCPA TEL00 0,0 49 93,72 2003-03-07 93,65<br />

BCPI7%1003 7,0 45 100,<strong>56</strong> 2003-02-21 100,80<br />

BCPICG33PL 0,0 37 93,<strong>56</strong> 2003-03-07 93,49<br />

BCPI IDJ04 6,25 25 103,47 2003-03-07 103,44<br />

BCPA TM 00 0,0 25 92,00 2003-03-07 91,92<br />

BPICSSEU00 0,0 19 98,86 2003-02-28 98,81<br />

BCPI IM 05 0,0 16 95,92 2003-02-27 96,08<br />

BPI CM1E00 0,0 15 95,40 2003-03-07 95,34<br />

BPI.CAZE01 0,0 15 100,95 2003-03-07 100,81<br />

BCPIEGLB01 0,0 13 93,50 2003-02-28 93,20<br />

BPI.CS2.01 0,0 13 100,74 2003-03-06 100,42<br />

BCPIAP0703 7,25 11 99,50 2003-03-07 99,47<br />

BCPIEUR.01 0,0 11 101,11 2003-03-07 101,07<br />

TOTMUND02 0,0 10 94,41 2003-03-07 94,35<br />

BPI.CSZE00 0,0 10 107,27 2003-03-07 107,27<br />

BPI.OBCS01 3,65 9 100,01 2003-03-06 100,00<br />

BPI CM4E00 0,0 6 95,01 2003-03-07 94,94<br />

CGDVERAC00 0,0 5 98,40 2003-03-05 98,40<br />

BPI.CSQ01 0,0 5 102,73 2003-03-07 102,66<br />

BCPIAP0803 7,25 5 99,91 2003-03-06 100,01<br />

BPI.CSRM02 0,0 5 100,02 2003-03-06 100,01<br />

BCPAISTX00 0,0 5 94,88 2003-03-03 94,69<br />

BCPA CGI99 0,0 5 94,21 2003-03-07 94,21<br />

BCPIAP0804 0,0 5 94,81 2003-03-07 94,76<br />

BCPIAP0704 0,0 3 94,99 2003-03-06 94,97<br />

SCP.RF0205 6,45 3 92,00 2003-03-06 92,00<br />

BSPPNI9M00 3,0 3 98,91 2003-02-28 98,81<br />

BCPA MED00 0,0 2 91,79 2003-02-27 91,54<br />

BPI.CSIM01 0,0 2 92,25 2003-03-07 92,12<br />

BPICSZE200 0,0 2 92,20 2003-03-07 91,10<br />

BCPIAP09037 7,25 1 100,28 2003-03-06 100,29<br />

BCPIAP0904 0,0 1 94,22 2003-03-06 94,24<br />

INPAR.9804 3,138 1 95,02 2003-03-06 95,50<br />

BPI CM3E00 0,0 1 95,18 2003-03-06 95,02<br />

BPIRF30003 4,0 1 99,78 2003-02-25 99,83<br />

CPPEUR.+01 0,0 1 102,50 2003-03-07 102,48<br />

ENG.WARR98 1,555 0 95,00 2003-02-26 92,75<br />

BCPI IDJ05 0,0 0 92,41 2003-03-07 92,38<br />

BSPBEURP01 0,0 0 102,81 2003-02-21 102,66<br />

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Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 47<br />

OUTROS MERCADOS<br />

Eurolist Unidades de Participação<br />

Título Quant. Fecho Fecho<br />

transac. E Esc.<br />

EUROSUL 0 0<br />

M.ACC.EURO 0 0<br />

N.ECONOMIA 51 46,15 9252<br />

RE<strong>DE</strong>S C.98 100 49,01 9826<br />

SAU<strong>DE</strong>LAZER 678 48,01 9625<br />

VALFUT2005 488 46,41 9304<br />

Eurolist - Titulos de Participação<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

B.MELLO.87 3,652 0 2003-03-07 95,00<br />

BFN.....87 3,<strong>56</strong>4 0 2003-03-07 100,00<br />

BFN.2...87 2,958 0 2003-03-06 100,00<br />

BTA ....87 2,42559 0 2003-02-14 61,52<br />

CPP.....88 2,<strong>56</strong>908 0 2003-02-10 53,41<br />

CPP.....89 2,92688 0 58,51 2003-02-28 60,00<br />

PETROGAL93 3,9 0 2002-03-15 101,25<br />

Mercado s/ Cotações<br />

Título Data Últim. Var. Var % Quant. Máx. Mín. Comp.<br />

cot. ant. transac. ano ano anual<br />

Norvalor 27 OCT 2009 0 0 0 0 1.23 0.54<br />

Oliveira e Irmão 19 JUN 2001 0 0 0 0 0 0<br />

R.P. Centro Sul 07 <strong>DE</strong>C 2009 0 0 0 0 3.5 3.5<br />

Sopragol 16 AUG 2006 0 0 0 0 2.3 2.3<br />

Transinsular 18 AUG 2009 0 0 0 0 15.5 15.5<br />

Vista Alegre 14 OCT 1998 0 0 0 0 0 0<br />

Eurolist/Obrigações Diversas<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

SAL.CAE.99 3,233 69 97,41 2002-12-06 99,90<br />

BPI.CSP.99 0,0 47 97,25 2003-03-07 97,22<br />

BPSM-2E.95 3,<strong>56</strong>25 33 99,87 2003-03-06 99,87<br />

BFBCSFR.98 0,0 12 102,60 2003-03-07 102,60<br />

BSMTOP97.1 3,418 5 78,20 2003-03-07 78,20<br />

CISF.PSI99 0,0 4 95,59 2003-03-05 95,<strong>56</strong><br />

BPIEURO04 0,0 3 96,68 2003-03-03 96,55<br />

BPICSBRA99 0,0 3 111,20 2003-02-28 110,35<br />

BPI-MULTI. 0,0 1 97,95 2003-03-07 97,90<br />

CIN...9904 3,444 0<br />

ADP.98.05 3,101 0 2003-03-05 100,00<br />

BPA.SUB.96 3,0625 0<br />

BTA.TOPS97 3,418 0 2003-02-17 80,00<br />

M.LEA.1E98 3,25 0<br />

M.LEA.2E98 3,125 0<br />

DBLEASIN94 3,0625 0 2003-02-27 99,00<br />

BCP.SUB.95 3,5 0 2003-02-27 98,50<br />

CR.1E.1S98 3,6875 0 2000-02-14 100,00<br />

V.ALEGRE05 3,291 0<br />

CCCAM...96 3,2738 0 2003-02-28 99,00<br />

B.MELLO95S 3,3125 0 2002-09-13 99,10<br />

BNC.SUB.97 3,5 0 2002-09-16 97,00<br />

BNCTXVAR99 3,343 0 2003-01-28 100,00<br />

FINANTIA95 3,1875 0 2002-11-18 98,50<br />

CHE.RM1.98 0,0 0 2002-11-12 100,62<br />

CHE.CG1.98 0,0 0 2000-03-24 103,80<br />

TECN.J/SUP 9,75 0 1996-02-27 100,00<br />

M.COMPA.98 3,337 0<br />

SODIM-TV97 3,5 0 2001-08-17 100,00<br />

GDL.TX.V98 2,731 0 2001-04-10 99,97<br />

SACOR M.97 3,125 0 2003-02-10 98,79<br />

CPP.TOPS97 3,418 0 2003-01-22 75,00<br />

IMO.98-1.E 2,9192 0 2001-01-11 99,90<br />

IMO.98-2.E 3,311 0 2002-01-25 97,02<br />

SECI/CMP95 2,75 0 2003-03-06 99,85<br />

BNU.SUB.98 3,375 0 2003-02-25 93,90<br />

HELLER981E 2,75 0<br />

BNU.1.E.9 0,0 0<br />

BSPE.EQU99 0,0 0 2003-03-07 101,37<br />

BSP.E.FU99 3,752 0 2003-02-28 82,78<br />

BII-1.S.95 2,875 0 2000-05-02 100,00<br />

CMP/97 2,932 0 1998-07-16 99,50<br />

CHE.CG2.98 0,0 0 2001-05-31 101,25<br />

MOT.COMP04 3,487 0<br />

BNUCXSUB97 3,3125 0 2002-12-31 97,61<br />

SONAEIM/98 3,049 0 2002-02-25 98,50<br />

BES.SUB.98 3,494 0 2001-11-16 99,58<br />

BFB-SUB.97 2,9375 0 2000-06-29 100,00<br />

BPI-O.C.94 3,909 0 2002-12-18 100,00<br />

BPI-C.Z.95 0,0 0<br />

BPI-C.Z.96 0,0 0<br />

BPI.PERP96 3,683 0 2003-01-07 99,00<br />

BPI.SUB.96 3,1875 0 2003-02-17 99,10<br />

BPIRF.5.00 4,4 0 2001-10-26 101,16<br />

MUNDICEN97 3,<strong>56</strong>25 0 2002-02-11 99,90<br />

BPIZEURO07 0,0 0 2003-03-05 101,09<br />

SOMAGUE/97 3,75 0 2003-03-06 100,00<br />

SOMA.WA.98 2,591 0 2003-01-15 67,25<br />

GAS POR.97 3,0 0 2001-11-12 99,60<br />

Nic Peeling<br />

O GESTOR<br />

BRILHANTE<br />

Disponível em www.ECONOMICO.pt


48 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

<strong>DE</strong>SPORTO<br />

Mourinho podia<br />

ser um elemento<br />

dos Monty Python<br />

Futebol Se não fosse para ganhar, não estava no Inter. E,<br />

se for preciso discutir, também podem contar com ele...<br />

Paulo Jorge Pereira<br />

paulo.pereira@economico.pt<br />

Célebres pelo estilo inovador que<br />

trouxeram ao humor, os britânicos<br />

Monty Python construíram,<br />

entreasdécadasde60e70,vários<br />

números memoráveis, entre os<br />

quais um em que John Cleese pedia<br />

uma discussão com Eric Idle,<br />

variando os preços em função de<br />

ser só um diálogo ou um curso<br />

completo. Resultado? Discussão<br />

infindável, gargalhada geral.<br />

Salvaguardadas as devidas<br />

distâncias, José Mourinho, cujo<br />

Inter enfrenta hoje o Chelsea no<br />

Giuseppe Meazza para a 1ª mão<br />

dos oitavos-de-final da Liga dos<br />

Campeões (RTP1 e Sport<br />

TV1/HD, 19h45), podia ser um<br />

elemento dos Monty Python. Não<br />

só porque a normalidade gira em<br />

torno de situações... anormais,<br />

mas porque está no futebol para<br />

ganhar e discutir quando se considera<br />

prejudicado.<br />

“A Itália, excepto os adeptos do<br />

Inter, espera pela derrota de<br />

Mourinho”, disse Carlo Ancelotti,<br />

que orienta os londrinos, ao diário<br />

“Il Giornale”. “Mourinho é muito<br />

hábil a alimentar tensões e a motivar<br />

as suas equipas, mas esse<br />

nãoéomeucaminho”,acrescentou.<br />

Até aqui, tudo normal: Ancelotti<br />

não só é adversário como<br />

ainda estão presentes os duelos de<br />

palavras na época passada.<br />

Leonardo, técnico do Milan,<br />

adicionou palavras de apoio ao<br />

Hoje há reencontro<br />

com o Chelsea para<br />

a Liga dos Campeões,<br />

mas ainda se<br />

discutem os três jogos<br />

de suspensão e os 40<br />

mil euros que<br />

Mourinho tem de<br />

pagar na Serie A.<br />

QUINZE ANOS <strong>DE</strong> MASSIMO MORATTI COMO PRESI<strong>DE</strong>NTE DO INTER<br />

A gerência do filho<br />

não supera a do pai<br />

Entre 1955 e 1968, Angelo Moratti<br />

foi o líder do Inter, tendo ganho<br />

duas Taças dos Campeões, duas<br />

Intercontinentais e três ‘scudetti’.<br />

O filho, Massimo Moratti, tornouse<br />

dono e máximo dirigente do<br />

clube a 18 de Fevereiro de 1995<br />

(demitiu-se e voltou duas vezes),<br />

massóvenceuquatrotítulosea<br />

Taça UEFA. Investiu <strong>56</strong>0 milhões<br />

em jogadores como Baggio,<br />

Zamorano, Djorkaeff, Batistuta,<br />

Recoba, Ronaldo, Crespo, Figo,<br />

Ibrahimovic, Eto’o, Milito, etc...<br />

BENFICA SAD<br />

0,50%<br />

2,55 euros<br />

ex-responsável rossonero: “Vou<br />

puxar por Ancelotti. É meu amigo,<br />

sou cúmplice de grande parte<br />

da sua história em Milão, é normal<br />

que apoie um italiano. E não se<br />

trata de alguma coisa de especial<br />

contra o Inter: é apenas amizade”.<br />

Todos contra Mourinho? Parece.<br />

No sábado, o Inter-<br />

Sampdoria acabou mal. Primeiro,<br />

Walter Samuel e Cordoba foram<br />

expulsos antes do intervalo,<br />

o tetracampeão Inter empatou<br />

(0-0),aconfusãonotúnelvaleu<br />

expulsões depois do jogo a Cambiasso<br />

e Muntari, gestos do treinador<br />

português foram punidos<br />

com três jogos de afastamento e<br />

40 mil euros de multa.Na abordagem<br />

ao duelo com o Chelsea,<br />

Mourinho recusou falar de outros<br />

assuntos. Mas disse que nunca<br />

insultou um árbitro italiano e salientou:<br />

“Um dos maiores motivos<br />

de satisfação para o treinador<br />

é a paixãoeorespeitodejogadores<br />

e adeptos dos clubes por onde<br />

passa. E isso tenho do FC Porto,<br />

do Chelsea, do Inter”.<br />

Fenómeno global<br />

Como Cristiano Ronaldo, o treinador<br />

do Inter é notícia do outro lado<br />

do Atlântico e na Austrália: o “New<br />

York Times” critica a sua atitude,<br />

chamando-lhe “o pior do futebol”;<br />

os australianos registam os constantes<br />

castigos de que é alvo. Moratti,<br />

líder do Inter, diz que o silêncio<br />

face aos jornalistas não é de<br />

protesto, mas de protecção. ■<br />

FC PORTO SAD SPORTING SAD<br />

0,0%<br />

1,09 euros<br />

Nãohámovimento<br />

ou expressão de Mourinho<br />

que passe despercebido.<br />

E até as casas de apostas<br />

já aproveitam.<br />

ÉPOCA TREINADOR CAMPEONATO TAÇA TAÇA UEFA CHAMPIONS<br />

1994-95 Bianchi 6º (52 pontos) - - –<br />

1995-96 Bianchi; Suarez (a partir da 5ª jornada);<br />

Hodgson (a partir da 7ª jornada)<br />

7º (54 pontos) Meias-finais 1ª ronda –<br />

1996-97 Hodgson; Castellini<br />

(a partir da 33ª jornada)<br />

3º (59 pontos) Meias-finais Finalista vencido –<br />

1997-98 Simoni 2º (69 pontos) Quartos-de-final Vencedor –<br />

1998-99 Simoni; Lucescu<br />

(a partir da 12ª jornada);<br />

Castellini (a partir da 27ª jornada);<br />

Hodgson (a partir da 31ª jornada)<br />

8º (46 pontos) Meias-finais – Quartos-de-final<br />

1999-00 Lippi 4º (58 pontos) Finalista vencido – –<br />

2000-01 Lippi; Tardelli (a partir Quartos-de-final Quartos-de-final Pré-eliminatória<br />

da 2ª jornada) 5º (51 pontos)<br />

2001-02 Cuper 3º (69 pontos) Oitavos-de-final Meias-finais –<br />

2002-03 Cuper 2º (65 pontos) 1ª ronda – Meias-finais<br />

2003-04 Cuper; Zaccheroni<br />

(a partir da 7ª jornada)<br />

4º (59 pontos) Meias-finais Quartos-de-final 1ª ronda<br />

2004-05 Mancini 3º (72 pontos) Vencedor – Quartos-de-final<br />

2005-06 Mancini 1º (76 pontos)* Vencedor Vencedor da Supertaça Quartos-de-final<br />

2006-07 Mancini 1º (97 pontos) Finalista vencido – Oitavos-de-final<br />

2007-08 Mancini 1º (85 pontos) Finalista vencido – Oitavos-de-final<br />

2008-09 Mourinho 1º (84 pontos) Meias-finais Vencedor da Supertaça Oitavos-de-final<br />

2009-10 Mourinho 1º (55 pontos) Está nas meias-finais Perde final da Supertaça com a Lazio Está nos oitavos-de-final**<br />

* Título atribuído por castigo à Juventus após o escândalo com Moggi ** Época em curso Fonte: “La Gazzetta dello Sport”<br />

10%<br />

1,08 euros<br />

Alessandro Garofalo/Reuters 5


<strong>DE</strong>STAQUE DO DIA<br />

Cristiano Ronaldo<br />

Depois de ter voltado a marcar<br />

de livre ante o Villarreal, golo que<br />

dedicou à Madeira, o português do<br />

Real Madrid viu o diário “As” escolher<br />

o nome de um míssil norte-americano<br />

para esses lances. Chamou-lhe<br />

“tomahawk” e Ronaldo gostou...<br />

euros<br />

0É quanto paga a<br />

casa de apostas<br />

William Hill, por<br />

cada euro apostado<br />

na expulsão de<br />

Mourinho como<br />

primeira acção<br />

frente ao Chelsea.<br />

Discussão com<br />

o 4º árbitro vale 15,<br />

a saudação aos<br />

jogadores do Chelsea<br />

apenas 1,85.<br />

NÚMEROS DO TÉCNICO<br />

● Completou ontem os oito anos<br />

sem perder como anfitrião em<br />

provas internas. E são 130 jogos<br />

seguidos sem perder (105<br />

vitórias e 25 empates) depois do<br />

desaire com o Beira-Mar, nas<br />

Antas, a 23 de Fevereiro de<br />

2002, por 2-3, incluindo 35<br />

triunfos seguidos.<br />

● A estes jogos é preciso juntar<br />

cinconoBenficae10naU.Leiria.<br />

● Quando se incluem as<br />

competições europeias, o registo<br />

aponta para derrotas apenas com<br />

Real Madrid (duas nas Antas,<br />

uma com Carlos Queiroz),<br />

Panathinaikos (duas, uma nas<br />

Antas, outra em Milão) e<br />

Barcelona (uma em Londres).<br />

● Já ultrapassou os 400<br />

encontros como técnico principal<br />

desde que se estreou no Benfica,<br />

rendendo Jupp Heynckes após a<br />

4ª jornada, sob a presidência de<br />

ValeeAzevedo.<br />

AGENDA DO DIA<br />

Futebol<br />

Liga dos Campeões, 1/8 final, 1ª<br />

mão: CSKA-Sevilha (17h30, Sport TV1<br />

e Sport TVHD);<br />

Inter-Chelsea (19h45, RTP1, Sport TV1<br />

e Sport TVHD);<br />

Liga italiana (17ª jornada):<br />

Fiorentina-Milan (17h30, Sport TV2).<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 49<br />

Nãohádescanso<br />

para controvérsia<br />

com o português<br />

Das ameaças de morte antes de<br />

voltar ao Porto até ao plano da<br />

máfia macedónia: vida agitada.<br />

Paulo Jorge Pereira<br />

paulo.pereira@economico.pt<br />

Ninguém lhe fica indiferente.<br />

Chamou actor a Messi por iludir<br />

Del Horno no Chelsea, falou da<br />

necessidade de guarda-costas<br />

para a visita ao Porto, comparando<br />

a viagem com uma deslocação<br />

a Palermo, terra de mafiosos<br />

(recebera ameaças de<br />

morte que se repetiram no ano<br />

passado, por intermédio de<br />

grupos islâmicos insatisfeitos<br />

com as referências feitas à acção<br />

negativa do Ramadão no seu jogador,<br />

Sulley Muntari), referiuse<br />

a Arsène Wenger, técnico do<br />

Arsenal, como um ‘voyeur’,<br />

acusando-o de estar sempre a<br />

espreitar para casa alheia, preocupado<br />

com o Chelsea.<br />

As polémicas à volta de frases,<br />

episódios, expulsões ou multas<br />

queenvolvamJoséMourinhonão<br />

têm fim. Andy Johnson (Everton),<br />

que lesionou Hilário, era um<br />

“inimputável”, Ranieri, então<br />

técnico da Juventus, um septuagenário<br />

demasiado velho para<br />

mudar que, em Londres, “demorou<br />

cinco anos para aprender a<br />

dizer ‘good afternoon’”.<br />

Houve ameaças de processos<br />

em tribunal, alguns pedidos de<br />

desculpa – em comum, o estilo<br />

irreverente de quem anunciara o<br />

título para a época seguinte na<br />

apresentação como técnico portista.<br />

Lo Monaco, director-geral<br />

do Catania, foi ridicularizado,<br />

Beretta, técnico do Lecce, passou<br />

a chamar-se Barnetta e<br />

“sem personalidade”, Lippi foi<br />

acusado de indelicadeza por<br />

considerar favorita a Juventus na<br />

luta pelo título, Mazzari, treinador<br />

do Nápoles, ouviu condicionar<br />

o trabalho dos árbitros, a Juventus<br />

“tem uma área para penalties<br />

com 25 metros”.<br />

Protegido pelas autoridades<br />

Amado ou odiado: assim tem<br />

sido com José Mourinho. Que<br />

não perde o sentido de humor<br />

mesmo em dificuldades como<br />

no conflito com o jornalista Andrea<br />

Ramazzotti. A 13 de Dezembro<br />

de 2009, depois do jogo<br />

com a Atalanta, foi multado por<br />

insultos e empurrões a Ramazzotti.<br />

Negou esta última<br />

parte, não pediu desculpa e avisou:<br />

“Isto será resolvido em privado.<br />

Espero que me dê uma<br />

Jogos Olímpicos de Inverno<br />

Esqui Alpino, Slalom Gigante<br />

feminino (18h00, Eurosport);<br />

Esqui Corta-mato, Final masculina<br />

4x10km (19h00, Eurosport);<br />

Esqui Alpino, Slalom Gigante<br />

feminino (21h00, Eurosport);<br />

Patinagem de velocidade, Mulheres<br />

5000m (22h00, Eurosport).<br />

prenda no Natal, pois até aqui o<br />

Ramazzotti famoso era Eros.<br />

Deixou de o ser”.<br />

Do princípio de Fevereiro<br />

vem a história acerca de um<br />

plano de elementos ligados à<br />

máfia macedónia que estariam a<br />

planear um assalto e sequestro<br />

em casa do técnico do Inter junto<br />

ao famoso Lago Como.<br />

As autoridades investigaram<br />

e fizeram várias detenções, o<br />

Inter agiu para proteger o seu<br />

treinador. Só não pode protegêlo<br />

dos comentários e provocações<br />

feitos pelos adversários.<br />

Claudio Ranieri, por exemplo,<br />

ainda na semana passada voltou<br />

à carga, concordando com<br />

Mazzari: “É muito fácil sair do<br />

Chelsea, presidido por Roman<br />

Abramovich, para entrar no Inter,<br />

liderado por Massimo Moratti”.<br />

A resposta, desta vez,<br />

veio de Eládio Paramés, portavoz<br />

de Mourinho: “Do Chelsea<br />

de Abramovich à Juve da família<br />

Agnelli, Ranieri nada venceu ao<br />

contrário de Mourinho”. ■<br />

Claudio Ranieri<br />

Treinador<br />

da Roma<br />

“É muito fácil sair do Chelsea,<br />

presidido por Roman<br />

Abramovich, para entrar no Inter,<br />

liderado por Massimo Moratti.<br />

Precisa de motivar a equipa e,<br />

depois de um tempo tranquilo,<br />

voltou a agitar-se. É inteligente”.


50 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

<strong>DE</strong>SPORTO<br />

FUTEBOL<br />

Steven Pienaar (Everton) apanhado com<br />

excesso de álcool mas joga ante o Sporting<br />

Steven Pienaar, médio do Everton, foi apanhado pela polícia inglesa<br />

na madrugada de domingo com excesso de álcool, mas o clube não<br />

irá afastá-lo do embate de amanhã com o Sporting. “Foi detido<br />

no cruzamento da London Road com a Lime Street e acusado<br />

de condução sob o efeito do álcool”, segundo um porta-voz da polícia<br />

de Merseyside. A noite de farra deu-se depois de o Everton vencer<br />

o Manchester United num jogo para o campeonato inglês.<br />

Pablo Aimar fez o primeiro golo<br />

da noite. Na Luz, foram os<br />

sul-americanos a decidir o jogo.<br />

Filipe Garcia<br />

filipe.garcia@economico.pt<br />

É sabido que, em campo, Pablo<br />

Aimar e Javier Saviola se conhecem<br />

como poucos. É sabido que,<br />

num dia de inspiração, Di Maria<br />

baralha qualquer defesa. Também<br />

é sabido que Cardozo não<br />

gosta de passar um jogo sem fazer<br />

golos. E se os ‘Fab Four’ estiverem<br />

todos em dia de inspiração?<br />

4-0 ao Hertha de Berlim,<br />

consequente qualificação para<br />

os oitavos-de-final da Liga Europa<br />

e nem precisaram de grande<br />

ajuda dos colegas de equipa.<br />

Cinco da tarde de um dia de semana,chuvaefrio-naprimeira<br />

parte caiu granizo no relvado -<br />

são justificações mais que válidas<br />

para não assistir ao vivo a<br />

um jogo de futebol. Mesmo assim,<br />

foram mais de trinta mil os<br />

que se deslocaram ontem à Luz<br />

para ver o Benfica jogar com<br />

ritmo sul-americano.<br />

Aos 24 minutos uma jogada<br />

argentina: Di María e Saviola<br />

prepararam a assistência para o<br />

golo de Pablo Aimar. O número<br />

10 encarnado ainda marcaria o<br />

pontapé de canto de que resultaria<br />

o golo de Javi García. Mas a<br />

dupla da noite seria outra: Di<br />

María fez as assistências para os<br />

dois golos (47’ e 60’) do paraguaio<br />

Cardozo.<br />

Mesmo sabendo que precisava<br />

de marcar para conseguir o<br />

apuramento, a equipa do<br />

Hertha entrou em campo para<br />

defender e durante a maior par-<br />

Carlos Tevez tem sido uma referência<br />

na frente do Manchester City.<br />

te da primeira metade do jogo<br />

conseguiu-o: até ao golo inaugural,<br />

o Benfica só conseguira<br />

um remate perigoso. No entanto,<br />

com dez jogadores a defender<br />

não é fácil chegar à baliza<br />

adversária e só aos 32’ o guarda-redes<br />

encarnado foi obrigado<br />

a aplicar-se. A história da<br />

segunda parte é contada pelos<br />

números – em 15’ o Benfica fez<br />

três golos.<br />

Campeonato é prioridade<br />

“No ano passado cheguei aos oitavos-de-final<br />

com uma equipa<br />

sem a dimensão do Benfica e<br />

sentia-me com capacidade para<br />

chegar à final. No Benfica ainda<br />

me sinto melhor, mas não vou<br />

pôr esta competição à frente do<br />

campeonato”, disse Jorge Jesus<br />

na conferência de imprensa.<br />

Reconhecendo que Di María<br />

está a atravessar a melhor fase<br />

da época e congratulando-se<br />

por ter a equipa “que melhor<br />

futebol joga em Portugal”, Jesus<br />

ainda dedicou a vitória a Eusébio<br />

que recebeu o prémio do<br />

Presidente da UEFA. ■<br />

FUTEBOL<br />

‘Fab Four’ sul-americanos apuram<br />

Benfica para os oitavos-de-final<br />

Mancini assegura avançado Tevez<br />

para jogo de sábado contra o Chelsea<br />

Futebol Aimar, Saviola, Di Maria e Óscar Cardozo decisivos na eliminação do Hertha de Berlim.<br />

Benfica já amealhou<br />

mais de dois milhões<br />

de euros com a<br />

campanha na Liga<br />

Europa. Passagem aos<br />

oitavos-de-final<br />

rendeu 300 mil euros.<br />

O ‘manager’ do Manchester City, Roberto Mancini, pode respirar de alívio.<br />

O avançado Carlos Tevez chega hoje ou amanhã da Argentina e está<br />

pronto para actuar no jogo de sábado com o líder Chelsea, em Stamford<br />

Bridge. “Falei com Tevez que chegará quarta ou quinta-feira de manhã.<br />

Tenho a certeza”, disse Mancini, em declarações à BBC online. A ausência<br />

de um mês do avançado argentino está relacionada com o nascimento<br />

prematuro da sua filha, que se encontra nos cuidados intensivos.<br />

BENFICA - HERTHA<br />

Nacho Doce/Reuters<br />

F. Coentrão D.Luiz Luisão M.Pereira<br />

R. Amorim<br />

Saviola<br />

Nicu<br />

Cicero<br />

Júlio César<br />

J.Garcia<br />

P. Aimar<br />

Raffael<br />

Ebero<br />

Drobny<br />

Treinador: Jorge Jesus<br />

Di Maria<br />

O. Cardozo<br />

Ramos<br />

Janker<br />

Pisczek Von Bergen Friedrich Kringe<br />

Treinador: Friedhelm Funkel<br />

Aimar (24’), Cardozo (47’ e 60’)<br />

eGarcia(59’)fizeramosgolos<br />

que garantiram a passagem<br />

do Benfica aos oitavos-de-final<br />

da Liga Europa. O Marselha<br />

deverá ser o adversário.<br />

Allen Iverson<br />

ainda ausente<br />

para cuidar<br />

da filha<br />

Basquetebol Experiente<br />

base já faltou ao All-Star<br />

pela mesma razão.<br />

Paulo Jorge Pereira<br />

paulo.pereira@economico.pt<br />

No início do mês, a informação<br />

de que a filha Messiah, de 4<br />

anos, estava doente, passou a<br />

condicionar o dia-a-dia de<br />

Allen Iverson e o experiente<br />

base dos Philadelphia 76ers começou<br />

a perder jogos: falhou<br />

cinco antes do All-Star, não esteve<br />

na festa de Dallas e, depois<br />

disso, continua ausente.<br />

Não actua como visitante de<br />

Golden State, Lakers e Phoenix<br />

e o único comentário sobre a situação<br />

de saúde da pequena<br />

Messiah veio do presidente dos<br />

Sixers, Ed Stefanski, através de<br />

comunicado: “É melhor para<br />

todos, equipa, dirigentes e para<br />

o próprio Iverson, que esteja<br />

próximo da família para tratar<br />

de um assunto tão delicado e<br />

que é, de longe, muito mais importante”.<br />

Iverson, de 34 anos, fora uma<br />

das surpresas na lista de preferências<br />

para o All-Star, mas recebeu<br />

autorização de ausência<br />

por tempo indeterminado.<br />

Entretanto, uma das trocas<br />

de última hora no prazo-limite<br />

queterminoua18deFevereiro,<br />

Brandon Haywood trocou Washington<br />

por Dallas, tal como o<br />

companheiro Caron Butler. Só<br />

que o extremo de 30 anos, 2,13<br />

m e 120 kg trouxe aos Mavericks<br />

soluções de que não dispunham<br />

em termos de jogo interior, em<br />

especial com a lesão de Erick<br />

Dampier (deslocou um dedo),<br />

diversificando soluções na luta<br />

pelos ressaltos. Uma realidade<br />

que já se traduz em triunfos,<br />

conforme sucedeu no encontro<br />

face aos Pacers (91-82). O alemãoDirkNowitzkitornouaser<br />

o elemento em maior evidência<br />

(23 pontos), mas o duplo-duplo<br />

do recém-chegado (13 pontos e<br />

20 ressaltos) foi um contributo<br />

fundamental para o sucesso<br />

ante Indiana.<br />

“Tentei apenas ser agressivo<br />

e fazer o meu jogo”, comentou a<br />

nova arma dos Dallas Mavericks<br />

depois do triunfo no American<br />

Airlines Center.<br />

Outros resultados: Washington-Chicago,<br />

101-95; New<br />

York-Milwaukee, 67-83; Utah-<br />

Atlanta, 100-105 e LA Clippers-<br />

Charlotte, 98-94. ■


AUTOMOBILISMO<br />

Andy Soucek ocupa vaga de Álvaro Parente<br />

como piloto de testes da Virgin Racing<br />

A Virgin Racing anunciou o espanhol Andy Soucek, actual campeão de F2,<br />

como piloto de reserva na equipa de Fórmula 1 para a vaga de Álvaro<br />

Parente. “Quero aprender com Timo Glock e com Lucas di Grassi, e<br />

conseguir o máximo de informação possível nas reuniões técnicas e<br />

nos testes em simulador”, disse. Por seu turno, Álvaro Parente confirmou<br />

que vai regressar à GP2 Series Asia, tendo já viajado ontem para<br />

o Barhain onde disputará a primeira prova, ao volante da Coloni.<br />

O motard português nas ruas<br />

do Bairro Alto, um mês depois<br />

do 4º lugar no Dakar.<br />

“Não posso fazer<br />

mais impossíveis”<br />

Todo-o-terreno Melhor motard português no Dakar ambiciona<br />

voos mais altos, mas só com outros apoios.<br />

Paulo Jorge Pereira<br />

paulo.pereira@economico.pt<br />

Tinha sete anos quando se sentou<br />

numa moto pela primeira<br />

vez.“Eradecrosseepertencia<br />

ao meu pai, apaixonado por<br />

esse mundo tal como os meus<br />

avôs”. Em 1994, com a ajuda do<br />

pai, começou nas corridas (foi<br />

3º numa prova do campeonato<br />

regional de motocrosse) e, partir<br />

de 1999, tornou-se profissional.<br />

De início, a família não<br />

queria vê-lo arriscar-se nas<br />

competições, mas, como não<br />

teve lesões graves até 2007, isso<br />

ajudou a tranquilizar. Tudo<br />

mudou no Chile, a 4 de Setembro:<br />

seguia a 160 km/h e caiu<br />

na penúltima etapa do Rali que<br />

começara na Argentina. Impressiona<br />

a serenidade com<br />

que recorda a lista de danos:<br />

“Paragem cardíaca, pulmões<br />

perfurados, baço retirado, duas<br />

clavículas, um pé, uma omoplata<br />

e seis costelas partidos,<br />

4,5 litros de sangue perdidos,<br />

10 recebidos.” A vida oscilou.<br />

Duas viagens de helicóptero e<br />

quatro horas depois estava internado<br />

e assim ficou durante<br />

duas semanas. “Se fosse no<br />

Dakar não haveria risco de<br />

vida, porque o socorro era mais<br />

rápido e seria logo hospitalizado.Comoperdimuitosanguee<br />

sofri paragem cardíaca, o corpo<br />

ficou mais debilitado. A<br />

coordenação ficou afectada.<br />

Recuperei depressa para uma<br />

pessoa comum, menos rápido<br />

do que seria desejável para um<br />

desportista, mas olho a competição<br />

do mesmo modo”.<br />

Também por isto, igualar a<br />

melhor classificação de um<br />

português na prova em 2010 foi<br />

especial. “Como piloto e atleta,<br />

depois de tudo o que passei por<br />

causa do acidente, o 4º lugar no<br />

O piloto algarvio da Parkalgar não foi<br />

além do 12º melhor tempo.<br />

“<br />

Para ter a hipótese<br />

de ganhar é precisa<br />

uma verba anual que<br />

me permita fazer<br />

o Mundial e preparar<br />

o Dakar.<br />

MOTOCICLISMO<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 51<br />

Parkalgar Honda de Miguel Praia em 12º<br />

na sessão australiana de treinos colectivos<br />

Miguel Praia, piloto da equipa portuguesa Parkalgar Honda, foi o 12º mais<br />

rápido nos últimos treinos de preparação para o Campeonato do Mundo<br />

de Supersport de 2010. “As condições atmosféricas foram muito instáveis,<br />

com temperaturas altas e baixas e muito vento, o que torna complicado<br />

avaliar os tempos conseguidos”, afirmou Miguel Praia. Mais rápido que<br />

Praia foi o colega de equipa, o irlandês Eugene Laverty, que conseguiu<br />

o terceiro melhor tempo no circuito de Phillip Island, na Austrália.<br />

Dakar vale muito, é quase<br />

como uma vitória, pois também<br />

estive nos lugares do pódio<br />

durante várias etapas. Não tinha<br />

a certeza, mas consegui<br />

voltar ao nível habitual e estou<br />

entre os da frente”. Hélder até<br />

podia manifestar a vontade de<br />

vencer já em 2011, só que prefere<br />

ser realista. “Não posso fazer<br />

mais impossíveis. Para ter a hipótese<br />

de ganhar é precisa uma<br />

verba anual que me permita fazer<br />

o Campeonato do Mundo e<br />

preparar o Dakar. No ano passado<br />

fiz três corridas do Mundial<br />

com a ajuda dos patrocinadores,<br />

mas necessito de mais. A<br />

7 de Dezembro ainda não sabia<br />

se estaria lá e preciso de um<br />

projecto a três anos que me leve<br />

apensaremcomovencerenão<br />

se vou participar”.<br />

Ganha-se ou perde-se com<br />

o regresso do Dakar a África?<br />

“Haverá maior envolvimento<br />

dos patrocinadores, mas perde-se<br />

mediatismo e público.<br />

Só na Volta a França ou nos Jogos<br />

Olímpicos vi tanta gente<br />

interessada. Havia adeptos dos<br />

dois lados da estrada ao longo<br />

de 300 km e directos de televisão<br />

que nem na Fórmula 1 ou<br />

no MotoGP, desportos de elite,<br />

consegui ver”. ■<br />

PREFERÊNCIAS<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

Hélder Rodrigues<br />

É benfiquista, adora ciclismo,<br />

acompanhava sempre José Azevedo,<br />

agora fixa-se em Sérgio Paulinho,<br />

Tiago Machado e a Volta a<br />

França até interfere com o seu<br />

regime de treinos; segue Ronaldo,<br />

Mourinho e sente orgulho por<br />

serem portugueses que dominam,<br />

mas também se interessa por<br />

outros que jogam no estrangeiro;<br />

está sempre atento a Valentino<br />

Rossi e Schumacher, depois de ter<br />

apreciado Ayrton Senna. Dispõe<br />

de um orçamento anual de 220<br />

mil euros (120 mil para o Dakar):<br />

o vencedor em África conta com<br />

cerca de um milhão de euros...


52 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

PUBLICIDA<strong>DE</strong> & MEDIA<br />

PATROCÍNIO<br />

ZON Videoclube apoia<br />

Fantasporto e cria Especial Fantas<br />

Sendo um dos patrocinadores da 30ª edição do Fantasporto, o ZON<br />

Videoclube vai disponibilizar uma série de filmes de Terror e Fantástico.<br />

Este Especial Fantas inclui acesso gratuito a várias curtas-metragens<br />

dos realizadores Bill Plympton e Manu Gomez, e a filmes como<br />

“Os Indesejados”, “Transiberiano” ou “A noite de todos os medos”.<br />

Além disso, no início e no fim de todas as sessões de cinema do festival,<br />

será emitido um ‘spot’ da ZON Videoclube.<br />

1 2<br />

Super Bock Super Rock vira<br />

festivaldeVerãoevaiparaoMeco<br />

TMN, CP, EDP, Sapo, Jogos Santa Casa são alguns dos patrocinadores que já se associaram ao conceito.<br />

Rebeca Venâncio<br />

rebeca.venancio@economico.pt<br />

O Super Bock Super Rock (SBSR)<br />

escolheu 2010 para mudar de<br />

conceito e de casa: deixa os concertos<br />

urbanos de Lisboa e Porto e<br />

monta o palco na areia do Meco.<br />

“Na 16ª edição do festival com a<br />

mais longa presença no panorama<br />

nacional, o conceito mudou e,<br />

este ano, o palco vai estar na Herdade<br />

do Cabeço da Flauta (Sesimbra),<br />

próximo da praia do Meco,<br />

de 16 a 18 de Julho.<br />

“Começamos em 1995, na Gare<br />

Marítima de Alcântara. Já estivemos<br />

em três países, 10 cidades,<br />

estádios, espaços ‘in’ ou<br />

‘outdoor’. Agora foi o momento<br />

de nos tornarmos num grande<br />

Festival de Música de Verão”,<br />

disse Miguel Araújo, gestor da<br />

marca Super Bock.<br />

Para Luís Montez, da promoto-<br />

A 16ª edição do Super Bock Super<br />

Rock conta ainda com a actuação das<br />

bandas anónimas do Preload da marca.<br />

É a terceira vez que a Vodafone lança<br />

esta iniciativa de apoio ao festival.<br />

3<br />

ra Música no Coração, “o investimento<br />

foi muito maior, cerca de<br />

20% mais do que na edição de<br />

2009”. Isto porque o espaço que<br />

recebeofestivaléumaherdade<br />

com perto de 10 hectares (onde no<br />

passado se realizou o Hype@Meco)<br />

e “onde não existe qualquer<br />

logística. Num estádio há casas de<br />

banho, bares, condições. Aqui temos<br />

de as criar”, disse, em declarações<br />

ao Diário Económico.<br />

Para o responsável pela promoção<br />

do evento, “o dono do terrenoeaautarquiaforammuitoreceptivosporquejáerasuaintenção<br />

dinamizar a área e o SBSR<br />

garante uma grande promoçao a<br />

nível nacional”.<br />

Super Bock, TMN, Cartão Jovem,<br />

Sapo, CP, Telepizza, Jogos<br />

Santa Casa, Tabaqueira e EDP são<br />

os patrocinadores associados ao<br />

festival e que, segundo Luís Montez,<br />

contribuem com mais de 50%<br />

EVENTO<br />

Vodafone em ‘countdown’ para o Rock<br />

in Rio com guitarras em Lisboa e no Porto<br />

Tal como já aconteceu nas edições anteriores do Rock in Rio,<br />

a Vodafone, enquanto patrocinadora do evento, vai instalar três<br />

‘countdowns’ com o formato de guitarras gigantes em Lisboa (na<br />

Segunda Circular e Praça de Espanha) e no Porto (na praça do Molhe).<br />

Estas guitarras têm também informação sobre o cartaz do evento<br />

e sobre as iniciativas da Vodafone que permitem ganhar bilhetes<br />

para o festival.<br />

do patrocínio total do evento.<br />

A parceria com a CP vai garantir o<br />

transporte até à margem sul, e as<br />

viagens entre o local dos concertoseapraiaouaestaçãodeCoina<br />

são gratuitos e assegurados por<br />

empresas privadas contratadas<br />

pela promotora.<br />

Segundo Luís Montez, a Música<br />

no Coração “já trouxe a Portugal<br />

tudooquehaviaparatrazer.Agora<br />

temos de ir além da música, que<br />

é fundamental mas não é o único<br />

elemento diferenciador. A praia<br />

do Meco tem muita força”. O sócio<br />

da promotora garantiu ainda que<br />

não sabe quando tempo o SBSR ficará<br />

instalado no verde da herdade<br />

próxima da Lagoa da Albufeira.<br />

“Admito que possamos ficar mais<br />

do que um ano”, até porque todo o<br />

investimento logístico (mas também<br />

o lucro da bilheteira) ficará a<br />

cargo da empresa.<br />

Apesar de não referir valores,<br />

Música no Coração<br />

1 Empire of the Sun são a primeira<br />

grande banda confirmada. Em 2010<br />

contabilizaram duas nomeações para<br />

os Brit Awards, venderam 100 mil<br />

álbuns no Reino Unido e já provaram<br />

que sabem dar espectáculo.<br />

2 Cut Copy são o trio australiano com<br />

influências como Air, Daft Punk ou LCD<br />

Soundsystem e uma sonoridade que<br />

remete para os singles de rádio dos<br />

anos 70 e 80.<br />

3 Depois de conquistar o público<br />

no Sudoeste TMN, The National<br />

regressamaumpalcoportuguês<br />

e o único que irá receber a banda,<br />

em2010,jácomonovodisco.<br />

Maria Estarreja, directora de ‘trade<br />

marketing’ e patrocínios da<br />

Unicer, garante que dos dois<br />

grandes territórios (música e futebol)<br />

em que a Super Bock investe,<br />

“o SBSR representa a maior fatia<br />

do investimento” e “consolida<br />

a associação da marca à música”.<br />

Os bilhetes já estão à venda e<br />

os preços mantém-se iguais à<br />

edição do ano passado: 40 euros<br />

para o bilhete diário e 70 euros<br />

para o passe dos três dias, com direito<br />

a campismo gratuito e estacionamento.<br />

As bandas confirmadas são, de<br />

momento, os “Empire of the<br />

Sun”, “Cut Copy”,, “The National”,<br />

“Palma’s Gang”, “Rita<br />

Redshoes” e o DJ Laurent Garnier.Paraaspróximassemanas<br />

aguarda-se agora novos novos e<br />

ainda a apresentação da campanha<br />

publicitária que arranca para<br />

TV, rádio e Internet.■


TELEVISÃO<br />

Canal Eurosport lança versão<br />

de televisão para o iPhone<br />

Agora já é possível ver o canal desportivo de televisão Eurosport<br />

no iPhone. A aplicação vai custar 2,72 euros por mês ou 28,40 euros<br />

por ano. O canal lançou uma versão da Eurosport Player para o iPhone,<br />

com subscrição directa para o consumidor. A aplicação Eurosport Player<br />

foi criada em 2008 e oferece o canal 1 e 2 da estação de televisão.<br />

O canal espanhol Telemundo também já anunciou uma aplicação<br />

semelhante para o ‘smartphone’ da Apple.<br />

BlackBerry entre<br />

as marcas mais<br />

‘cool’ do mundo<br />

Com mais de 500 parceiros de distribuição,<br />

a marca da RIM chega a 170 países.<br />

Margarida Henriques<br />

margarida.henriques@economico.pt<br />

Estar em contacto com tudo o<br />

que é importante, onde quer<br />

que esteja, é a promessa dos<br />

‘smartphones’ BlackBerry aos<br />

utilizadores – seja o ‘e-mail’,<br />

telefone, mapas, agenda, aplicações,<br />

jogos ou Internet – e que<br />

ajudou a construir a marca.<br />

Uma promessa sustentada pelos<br />

níveis de segurança – “os melhores<br />

do mundo”, como defende<br />

Rory O’Neill, director<br />

sénior de ‘business<br />

marketing’ da<br />

Research In Motion<br />

(RIM) para a região<br />

EMEA – e um sistema<br />

operativo robusto<br />

e integrado.<br />

Mas outro dos<br />

seus pontos fortes é a<br />

estratégia de marketing<br />

que aposta em elevados níveis<br />

de serviço ao cliente - a empresa<br />

tem uma forte rede de apoio<br />

global, que conta com mais de<br />

500 transportadores e parceiros<br />

de distribuição, os quais colocam<br />

a solução BlackBerry em<br />

mais de 170 países. No total, são<br />

32 milhões de contas de assinantes<br />

globais BlackBerry, dos<br />

quais mais de 50% são não empresariais.<br />

Assim se percebe<br />

porque a BlackBerry é considerada<br />

a sétima marca mais ‘cool’<br />

do mundo e porque a RIM surge<br />

PUB<br />

no topo da tabela do ‘ranking’<br />

100 Fastest Growing Companies<br />

da revista “Forbes”.<br />

Embora o mercado dos<br />

‘smartphones’ seja cada vez<br />

mais competitivo, Rory O’Neill<br />

acredita que há uma série de<br />

oportunidades para a empresa.<br />

“A RIM está bem posicionada<br />

para oferecer aos utilizadores<br />

o acesso às melhores aplicações<br />

e serviços móveis, continuando<br />

a ocupar uma posição<br />

forte no mercado”, diz. E<br />

acrescenta que “a RIM e<br />

os seus parceiros criaram<br />

um ecosistema<br />

diverso, que oferece<br />

aos utilizadores finais<br />

uma experiência<br />

móvel segura,<br />

de confiança e divertida”.<br />

Se hoje a RIM é uma<br />

Jo Owen<br />

O PERFEITO MANUAL <strong>DE</strong><br />

GESTÃO<br />

O canal desportivo Eurosport já pode<br />

ser seguido no Iphone.<br />

PUBLICIDA<strong>DE</strong><br />

‘Case-study’<br />

QSP SummitO pontoforte<br />

das líderes mundiais na<br />

concepção, desenvolvimento e<br />

fabrico de soluções para o mercado<br />

global de comunicações,<br />

muito deste sucesso se deve ao<br />

BlackBerry, que se tornou indispensável<br />

para empresas e<br />

consumidores em todo o mundo.<br />

“A solução BlackBerry é a<br />

pedra angular do sucesso do<br />

negóciodaRIM.Desdeoseu<br />

lançamento em 1999 que a RIM<br />

já vendeu mais de 75 milhões<br />

de ‘smartphones’ BlackBerry<br />

em todo o mundo”, garante<br />

Rory O’Neill. ■<br />

PRÓXIMOS ‘CASE-STUDIES’<br />

3 de Março<br />

Publicação do caso da Sotheby’s<br />

International Realty sobre<br />

segmentação.<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 53<br />

Campanha publicitária causa polémica<br />

ao comparar tabaco a sexo oral forçado<br />

“Fumar equivale à humilhação de se submeter a sexo oral forçado”. É esta<br />

a mensagem da nova campanha anti-tabaco promovida pela associação<br />

Direitos dos Não Fumadores (DNF). A imagem da polémica mostra dois<br />

jovens ajoelhados em frente a um homem, simulando sexo oral forçado.<br />

Asassociaçõesdedefesadafamíliaeorganizaçõesfeministasjácriticaram<br />

por considerar ridículo vincular o tabaco ao sexo. A DNF defende-se ao dizer<br />

que a mensagem que queria transmitir é que fumar é uma submissão.<br />

Doug Lennick e Fred Kiel<br />

INTELIGÊNCIA<br />

MORAL<br />

da marca é uma<br />

estratégia que<br />

aposta no serviço<br />

prestadoaocliente.<br />

11 de Março<br />

Conferência The Marketing<br />

Service Time, organizada pela<br />

QSP, na Exponor.<br />

QUATRO PERGUNTAS A...<br />

RORY O’NEILL<br />

Director sénior de ‘business’ marketing da<br />

RIM para a região EMEA<br />

“A RIM tenta ser<br />

o motor da inovação”<br />

A qualidade do serviço ao cliente<br />

é um dos pontos fortes da marca,<br />

e que ajudou ao seu sucesso.<br />

Na sua opinião, o que fez o<br />

sucesso do BlackBerry?<br />

Tem uma série de fãs em todo o<br />

mundo uma vez que oferece uma<br />

plataforma móvel completa, construída<br />

sobre um património de inovação.<br />

E tem o apoio de uma forte e<br />

cada vez maior rede de parceiros<br />

que garantem aos clientes a melhor<br />

experiência móvel possível.<br />

Qual o posicionamento?<br />

A Research In Motion (RIM) procura<br />

oferecer as últimas soluções em<br />

comunicações móveis tanto às empresas<br />

como aos consumidores.<br />

Qual a importância do serviço<br />

ao cliente na estratégia de<br />

marketing da marca?<br />

A RIM procura atingir a excelência<br />

no serviço ao cliente em todos os<br />

aspectos do seu negócio.<br />

Quais os principais desafios<br />

para a marca e o negócio?<br />

ARIMestásempreatentarsero<br />

motor da inovação, responder às<br />

exigências crescentes dos seus<br />

consumidores, e expandir a sua<br />

base de negócio e de clientes.<br />

Seth Godin<br />

A VACA<br />

PÚRPURA<br />

Disponível em www.ECONOMICO.pt


PUB<br />

O Económico<br />

está muito<br />

à frente.<br />

16.000<br />

14.000<br />

12.000<br />

10.000<br />

8.000<br />

6.000<br />

4.000<br />

2.000<br />

0<br />

8.387<br />

www.economico.pt<br />

Jornal de Negócios Diário Económico Jornal de Negócios Diário Económico<br />

2008<br />

Fonte: APCT, Janeiro-Outubro<br />

13.427<br />

Vendas<br />

9.664<br />

2009<br />

14.726<br />

250.000<br />

200.000<br />

150.000<br />

100.000<br />

50.000<br />

Cada vez mais inovadora, a marca Económico está presente em múltiplas<br />

plataformas. Hoje, pode ler o Económico em papel, na internet – mais<br />

de 100.000 visitantes/dia – no telemóvel, assistir às conferências – mais de<br />

5.000 presenças/ano e brevemente também na televisão. O resultado<br />

desta estratégia está à vista, estamos mesmo muito à frente.<br />

0<br />

141.294<br />

2008<br />

174.540<br />

Audiências<br />

166.228<br />

Jornal de Negócios Diário Económico Jornal de Negócios Diário Económico<br />

Fonte: MARKTEST, Bareme Imprensa<br />

2009<br />

216.097


Chávena clássica de café<br />

da Vista Alegre<br />

Caixa da marca Erinmore<br />

para o tabaco do cachimbo<br />

Beleza platinada<br />

A La Prairie, marca suíça famosa<br />

pelos cremes luxuosos à base de<br />

caviar, introduziu a platina na lista<br />

de ingredientes preciosos utilizados<br />

pela indústria da beleza em<br />

tratamentos anti-idade. O concentrado<br />

Cellular Serum Platinum Rare<br />

promete verdadeiros milagres.<br />

Cachimbo da marca Dunhill, que<br />

lhe foi oferecido e que faz parte<br />

da sua pequena colecção.<br />

Exposição no Douro<br />

O Museu do Douro inaugura na<br />

próxima sexta-feira, dia 26, a<br />

exposição “Imagens do vinho<br />

do Porto: rótulos e cartazes”.<br />

A mostra incluirá rótulos e<br />

cartazes ori<strong>gina</strong>is, bem como<br />

reproduções ampliadas, que darão<br />

origem a um catálogo.<br />

LIFESTYLE<br />

A SECRETÁRIA <strong>DE</strong>…<br />

Bloco de notas<br />

Assirio & Alvim<br />

Ângelo Correia<br />

BREVES<br />

Yo-Yo Ma extra<br />

OvioloncelistaYo-YoMaeapianista<br />

Kathryn Stott esgotaram o espectáculo<br />

de dia 28 na Fundação<br />

Calouste Gulbenkian. Mas, a pensar<br />

nos fãs que não conseguiram<br />

ingresso, a instituição disponibilizou<br />

bilhetes de lugares não marcados<br />

no palco do Grande Auditório.<br />

Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 55<br />

Caixaemprata<br />

para guardar cartões<br />

de visita<br />

Por Marta Cardoso Lemos<br />

Caixa em pele onde guarda<br />

os papéis e os emails<br />

importantes que imprime<br />

Ângelo Correia é um homem muito ocupado. Presidente do Grupo Fomentinvest, presidente da Câmara de Comércio e Indústria<br />

Árabe Portuguesa, Cônsul Honorário do Reino Hashemita da Jordânia em Portugal, figura incontornável no cenário político<br />

desde 1976, chegou a ser ministro da Administração Interna no governo de Cavaco Silva. A sua mesa de trabalho fica num<br />

escritório amplo, com vista sobre a cidade, e reflecte uma personalidade organizada e prática, onde o supérfluo não tem lugar.<br />

Mariza na terra de Fidel<br />

A convite do maestro Chucho<br />

Valdez, a fadista Mariza actua esta<br />

semana no Festival El Habano,<br />

em Cuba, no Gran Teatro Garcia<br />

Lorca. Em Março, Mariza regressa<br />

à Europa para espectáculos em<br />

Munique, Viena, Antuérpia,<br />

Amesterdão e Zurique.<br />

Fotografia de um ícone da<br />

imagem de Cristo, comprado<br />

numa viagem a São<br />

Petersburgo<br />

O futuro é a 3 dimensões<br />

Avatar, o filme em 3D de James<br />

Cameron, está a impulsionar<br />

a indústria da tecnologia a lançar<br />

televisões com tecnologia 3D.<br />

O filme, o mais visto de todos os<br />

tempos, teve a capacidade de<br />

influenciar as marcas a darem<br />

o passo seguinte à alta definição.<br />

Paulo Figueiredo


<strong>56</strong> Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

ÚLTIMA HORA<br />

Comissão de Dados<br />

aceita identificar casais<br />

desempregados para<br />

lhes aumentar subsídio<br />

Esta obrigatoriedade é “excessiva” se<br />

apenas estiverem em causa fins estatísticos.<br />

A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) defende<br />

que os desempregados só devem divulgar o estado<br />

laboral do seu cônjuge se estiver em causa a majoração<br />

de prestações de desemprego. Caso aquela informação<br />

seja recolhida apenas para fins estatísticos, trata-se de<br />

uma obrigatoriedade “excessiva”, salienta a CNPD num<br />

parecer enviado esta semana à Assembleia da República.<br />

O parecer da CNPD surge no seguimento de um pedido<br />

feito pela comissão parlamentar do Trabalho, depois<br />

de o CDS ter apresentado um projecto de lei que<br />

exige que as bases de dados do Ministério do Trabalho<br />

(nomeadamente as do Instituto do Emprego e da Formação<br />

Profissional) também indiquem se o cônjuge do<br />

desempregado tem ou não emprego. Os democratascristãos<br />

justificam esta proposta com a necessidade de<br />

conhecer “números reais” que suportem novas medidas<br />

de protecção social.<br />

A CNPD diz que o projecto de lei deve<br />

ser alterado prevendo a recolha do<br />

novo dado “por parte do requerente<br />

das prestações de desemprego”.<br />

Tendo em conta apenas “fins estatísticos”, diz a<br />

CNPD, afigura-se “excessiva” a recolha do dado relativo<br />

ao estado laboral do cônjuge do desempregado,<br />

“sendo certo que a recolha anonimizada de dados é suficiente<br />

para aquele propósito”. Mas “esta reserva não<br />

se suscitaria se esta informação fosse usada para majoração<br />

das prestações de desemprego”, acrescenta a Comissão.<br />

Por isso mesmo, a entidade acrescenta que o<br />

projecto do CDS deve ser alterado de forma a prever a<br />

actualização daquela informação específica no caso “do<br />

requerente das prestações de desemprego”.<br />

O PCP também avançou com uma alteração ao projecto<br />

de lei dos democratas-cristãos, acrescentando<br />

que a informação “é confidencial e apenas pode ser<br />

usada para fins estatísticos e para majoração de prestações”.<br />

No entanto, a CNPD diz que esta imposição é<br />

“redundante”, já que o “dever de confidencialidade”<br />

já resulta da lei. ■ C.O.S.<br />

<strong>DE</strong>STAQUE<br />

Parlamento Europeu debate hoje<br />

situação na Ilha da Madeira<br />

O Parlamento Europeu vai hoje<br />

discutir, em plenário, a situação de<br />

calamidade vivida no arquipélago<br />

da Madeira, resultante do temporal<br />

que atingiu a região no sábado<br />

passado. Este debate é realizado a<br />

pedido do único eurodeputado da<br />

Região Autónoma da Madeira, o<br />

social-democrata Nuno Teixeira.<br />

Acompanhe no ‘site’ a discussão.<br />

Acompanhe ao minuto em<br />

www.economico.pt<br />

www.economico.pt<br />

Conheça no ‘site’ os resultados anuais da Brisa e da Sonae Indústria.<br />

MAIS LIDAS ONTEM<br />

● É oficial: Não há vítimas nos parques<br />

de estacionamento<br />

● Declarações de Sócrates foram<br />

“penosas e preocupantes”, diz PSD<br />

● Cuidados a ter para evitar fraudesnabanca‘online’<br />

● Colaboradores de Gordon Brown<br />

vítimas de ‘bullying’<br />

● FMI diz que sacrificar salários é<br />

inevitável<br />

Leia versão completa em<br />

www.economico.pt<br />

Propriedade S.T. & S. F., Sociedade de Publicações Lda, Registo Comercial de Lisboa n.º 02958911033.<br />

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Sogapal, Estrada de São Marcos, 27B São Marcos 2735-521 Agualva - Cacém Distribuição Logista Portugal, Distribuição<br />

de Publicações, S.A. Edifício Logista Expansão da Área Industrial do Passil Lote 1 – A Palhavã 2894 002 Alcochete<br />

As 5 mil PME que<br />

lideramemPortugal<br />

Sai amanhã, no Diário Económico, a edição de 2010<br />

da revista PME Líder. O secretário de Estado Adjunto,<br />

da Indústria e do Desenvolvimento, Fernando Medina,<br />

é um dos entrevistados na edição deste ano, que<br />

conta ainda com Luis Filipe Costa, do IAPMEI, Basílio<br />

Horta, do AICEP, ou Luís Patrão, do Turismo de<br />

Portugal. Descubra quais são os 10 países mais<br />

apetecíveis para as empresas portuguesas que<br />

querem internacionalizar-se, que opções de<br />

financiamento existem para o seu negócio e fique a<br />

conhecer os casos de sucesso entre de PME<br />

portuguesas no mundo.<br />

Leia ainda tudo o que sempre quis saber sobre a<br />

inovação nas PME em Portugal e saiba com que<br />

entidades pode contar nesta área.<br />

Tenha ainda acesso ao ranking exclusivo das 5 mil<br />

PME Líder elaborado pela Coface para o Diário<br />

Económico e fique a saber quem são as PME que<br />

lideram, por volume de negócios e por sector a que<br />

pertencem, em Portugal.<br />

Publicada pelo segundo ano consecutivo, este ano a<br />

revista aumentou, passando agora a ter mais de 200<br />

pá<strong>gina</strong>s, incrementadas em parte pelo número<br />

crescente de PME Líder, constantemente actualizável.<br />

Saiba mais amanhã, no Diário Económico.<br />

VOTAÇÕES<br />

Inquérito em curso<br />

A tragédia na Madeira acabou com<br />

conflito entre Sócrates e Jardim?<br />

Não<br />

65<br />

TOTAL <strong>DE</strong> VOTOS: 307<br />

Vote em<br />

www.economico.pt<br />

Sim<br />

35<br />

OPINIÃO<br />

Quem vai ficar<br />

no leme da Cimpor?<br />

Já se percebeu que não vale a pena lançar Ofertas Públicas<br />

de Aquisição (OPA) em Portugal, sobretudo se forem hostis.<br />

A OPA da Sonae sobre a PT e a oferta do BCP sobre o BPI<br />

morreram na praia. A OPA da CSN, que trouxe do Brasil uma<br />

nau com mais de quatro mil milhões de euros para comprar<br />

cimento, chegou à praia, mas ficou encalhada. Regressa ao<br />

Brasil, sem uma única acção da Cimpor a servir de lastro.<br />

Para construir casas, as grandes hidroeléctricas no Norte<br />

do Brasil e as obras necessárias para receber os Jogos<br />

Olímpicos e o Campeonato de Mundo de Futebol, a CSN, a<br />

maior empresa siderúrgica da América Latina, já tinha o<br />

aço, mas faltava-lhe o cimento. E como não se faz omeleta<br />

sem ovos, a empresa resolveu lançar uma OPA para comprar<br />

a Cimpor, que além de ser a maior empresa de cimentos<br />

portuguesa, é a terceira do mercado brasileiro. Com<br />

isto, conseguiria ganhar estaleca para concorrer com as gigantes<br />

brasileiras Votorantim, o grupo J. Santos e a Camargo<br />

Corrêa. Para chegar a bom porto, a CSN escolheu o mais<br />

justo dos mecanismos de mercado para controlar uma empresa:<br />

uma OPA. É pública, é dirigida a todos os accionistas<br />

e oferece a todos o mesmo preço. Quem quiser vender vende,<br />

quem não quiser não vende. O que a CSN não contava é<br />

que os seus amigos brasileiros lhe seguissem o rasto e dessem<br />

à costa portuguesa, também com uma proposta para<br />

entrar na Cimpor. Não trouxeram tantos reais, mas estavam<br />

dispostos a pagar mais a alguns accionistas.<br />

Primeiro foi a Camargo que fez uma proposta de fusão e<br />

que, muito bem, foi travada pela CMVM para não criar ruído<br />

na OPA da CSN e para que os investidores fossem todos<br />

tratados em pé de igualdade. Carlos Tavares exigiu à Camargo<br />

uma OPA concorrente ou que atirasse borda fora a<br />

sua proposta de fusão. Foi sol de pouca dura, já que quer a<br />

Camargo quer a Votorantim voltaram à carga, fazendo propostas<br />

de compra, dirigidas apenas a accionistas de referência.<br />

A Camargo adquiriu acções à Teixeira DuarteeàBipadosaeaVotorantimficoucomasacções<br />

da Lafarge e do<br />

Coronel Luís Silva e juntou-se à Caixa para criar um bloco<br />

accionista que pudesse ombrear com a Camargo. Frustraram<br />

assim a OPA, alijando borda fora as acções, esvaziando<br />

a tentativa da CSN de comprar a Cimpor. A CSN, já em desespero,<br />

ainda subiu a contrapartida e baixou a condição de<br />

sucesso, de 50% mais uma acção para um terço do capital,<br />

mas o destino já estava traçado. A Cimpor vai mesmo parar<br />

a mãos de brasileiras, mas não da CSN. E há quem diga, no<br />

Brasil, que a Camargo e Votorantim até podem ter realizado<br />

um movimento defensivo, para garantir que um novo concorrente<br />

não lhes reduzisse os preços e as margens. Mas<br />

isso cabe às autoridades de concorrência decidir.<br />

A questão que se coloca agora é: quem vai ficar ao leme<br />

da Cimpor? Depois da disputa entre Fino e Teixeira Duarte,<br />

será que agora vamos ter uma batalha naval, com sotaque,<br />

entreaCamargoeaVotorantim?ACimpornãoaguenta,<br />

pode naufragar. José Edison, CEO da Camargo Cimentos, já<br />

disse que preferia que a Votorantim saísse. A Caixa, aliada da<br />

Votorantim, atira o assunto para a AG. Quem já ganhou é<br />

Manuel Fino e o BCP, que têm cada um 10%. São eles que<br />

podemdecidirquemvaiseronovocomandantedaCimpor<br />

e isso deve custar mais do que 6,50 euros por acção. ■<br />

PUB<br />

Pedro Sousa Carvalho<br />

Subdirector<br />

pedro.carvalho@economico.pt

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