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Mindset magazine Janeiro 2019A

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INDSET<br />

AGAZINE<br />

M<br />

Desenvolvimento Pessoal, Auto-Conhecimento e Espiritualidade<br />

J A N E I R O 2 0 1 9 | A N O 1 | N Ú M E R O 1<br />

13 LIÇÕES DE VIDA!<br />

S e c a i r l e v a n t e - s e<br />

a p e n a s m a i s u m a v e z<br />

d o q u e a s q u e c a i u<br />

O PODER DO PERDÃO<br />

A m e l h o r m a n e i r a d e<br />

i n i c i a r a " l i m p e z a i n t e r n a "<br />

MINDSET: A PORTA<br />

PARA A MUDANÇA<br />

DA REALIDADE<br />

A g r a n d e c h a v e p a r a a<br />

m u d a n ç a é a a u t o<br />

r e s p o n s a b i l i z a ç ã o<br />

A YONIEL GARCIA<br />

ENTREVISTA<br />

" M O T I V A - M E O S E R H U M A N O ,<br />

A R E A L I Z A Ç Ã O D O S E R H U M A N O , A F E L I C I D A D E D O S E R H U M A N O . "


Coaching<br />

Consultoria<br />

Formação<br />

Viagens e Eventos com<br />

Desenvolvimento<br />

Pessoal<br />

S U B S C R E V A A N O S S A<br />

N E W S L E T T E R E R E C E B A , E N T R E<br />

O U T R A S I N F O R M A Ç Õ E S , A<br />

R E V I S T A M I N D S E T M A G A Z I N E<br />

W W W . P R O M I N D 7 . C O M<br />

I N F O @ P R O M I N D 7 . C O M


EDITORIAL<br />

DIRECTORA| SÓNIA RIBEIRO<br />

revista@promind7.com<br />

PARTILHAS DO LEITOR E<br />

SUGESTÕES<br />

Caros amigos,<br />

info@promind7.com<br />

ANO NOVO, NOVA IMAGEM, NOVA VIDA!<br />

E desta vez, acredito que "cheguei a casa", é<br />

hora de celebrar com uma boa chávena de chá.<br />

Nos últimos dois anos passei por diversas<br />

transformações pessoais que me trouxeram até<br />

aqui e que me levaram a recriar um projecto que<br />

tanto amo: a publicação de uma revista<br />

on-line de acesso gratuito dedicada ao<br />

Desenvolvimento Pessoal, ao<br />

autoconhecimento e à espiritualidade.<br />

É com um enorme orgulho que vos apresento a<br />

<strong>Mindset</strong> Magazine, uma revista leve, fluída que<br />

tem como propósito a partilha de<br />

conhecimento e experiências na vasta área do<br />

desenvolvimento pessoal tão necessária e<br />

fundamental à nossa evolução enquanto seres<br />

humanos, ao nosso equilíbrio e autoconhecimento.<br />

Queremos contribuir para uma<br />

sociedade mais consciente e harmoniosa.<br />

Uma equipa de colaboradores unidos num<br />

propósito comum, com a atitude altruísta, de<br />

partilhar conhecimento de forma gratuita e de<br />

receber em troca somente - sendo tanto! - a<br />

gratidão de fazer o bem.<br />

Acompanhem-nos nas próximas páginas e<br />

deixem-nos saber a vossa opinião sobre esta<br />

nossa/vossa revista.<br />

Sejam Bem-vindos<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 1


N E S T A<br />

E D I Ç Ã O<br />

06<br />

07<br />

08<br />

09<br />

10<br />

12<br />

14<br />

16<br />

18<br />

20<br />

22<br />

24<br />

26<br />

32<br />

35<br />

37<br />

CARPE DIEM!<br />

Sónia Ribeiro<br />

13 LIÇÕES DE VIDA!<br />

Alexandre Martins<br />

TROQUE A ROUPA DA SUA ALMA!<br />

Adriana Silva<br />

O MEU OLHAR SOBRE<br />

A ASTROLOGIA<br />

Ana Maria Bispo<br />

A ECONOMIA DO AMOR<br />

Ana Pedroso<br />

COMUNICAÇÃO POSITIVA<br />

Carla Pinto<br />

ALINHA-TE COM A TUA ESSÊNCIA<br />

Catarina Teixeira<br />

A FORMA COMO APRENDEMOS...<br />

César Ferreira<br />

MEXE O CORPO QUE A MENTE<br />

AGRADECE<br />

Cristina Gonçalves<br />

MINDSET: A PORTA PARA A<br />

MUDANÇA DA REALIDADE<br />

Allan Magalhães<br />

O EFEITO DOMINÓ<br />

Fátima Gouveia e Silva<br />

MUNDO MEU, MUNDO MEU...<br />

Joana Marques<br />

ENTREVISTA YONIEL GARCIA<br />

Sónia Ribeiro<br />

O PODER DO PERDÃO<br />

Lisa Joanes<br />

O QUE TÊM EM COMUM...<br />

Ricardo Cabete<br />

FOQUE EM QUEM TE FAZ BEM<br />

Cacá Fontana<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 2


M I N D S E T M A G A Z I N E<br />

N E S T A<br />

E D I Ç Ã O<br />

38<br />

39<br />

41<br />

43<br />

45<br />

47<br />

49<br />

51<br />

53<br />

55<br />

57<br />

59<br />

61<br />

E SE OUSARMOS SAIR DA MATRIZ?<br />

Jorge Malheiro<br />

(RE)COMEÇAR<br />

Marisa Romero<br />

APRENDI A NÃO TE TER!<br />

Olinda Rocha<br />

MENOS É MAIS<br />

Paula Neto<br />

LIDAR COM O STRESS ...<br />

Paulo Moreira<br />

O STORYTELLING NA GESTÃO...<br />

Pedro Neves<br />

CHEGAR A SER HOMEM<br />

Ricardo Laranjeira<br />

SER FELIZ OU ESTAR EM PAZ?<br />

Mário Rui Santos<br />

COMECEI POR SER UM<br />

EMPREENDEDOR FALHADO<br />

Rui Martins<br />

COMO CONTROLAR A ANSIEDADE<br />

Talita Martins<br />

AS CRENÇAS QUE TE LIMITAM O<br />

SUCESSO<br />

Yoniel Garcia<br />

PARADOXOS DA FELICIDADE<br />

Patrícia Labandeiro<br />

AS 4 ETAPAS DA ESCASSEZ À<br />

ABUNDÂNCIA<br />

Rui Gabriel<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 3


DESENVOLVIMENTO<br />

PESSOAL<br />

É IMPORTANTE?<br />

SIM<br />

98 %<br />

NÃO<br />

2 %<br />

Fizemos uma sondagem com os nossos potenciais leitores e quisemos saber<br />

se achavam que que o Desenvolvimento Pessoal é importante e o porquê?<br />

De 133 votos contados até à altura da edição da revista 98% responderam<br />

que sim e 12% do publico inquirido é masculino.<br />

Ficam abaixo algumas das justificações dos nossos inquiridos.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 4


Sim.<br />

Se todos os dias nos<br />

empenharmos em fazer algo<br />

novo ou fazer melhor algo que<br />

fazíamos anteriormente esse é o<br />

caminho para o desenvolvimento<br />

pessoal e global.<br />

José Bandeira<br />

Lisboa<br />

Sim.<br />

Importante porque<br />

ajuda-nos a desbloquear os<br />

nossos medos e inseguranças.<br />

A sermos melhores para nós e<br />

para os outros<br />

Fernanda Bessa<br />

Porto<br />

Sim.<br />

Para mim espiritualidade é<br />

sinónimo de evolução pessoal<br />

através de actos simples de<br />

bondade por mim e pelos outros.<br />

Sandra Fortuna<br />

Arcozelo<br />

Sim.<br />

Maior consciência = novas<br />

possibilidades = mais estratégias<br />

e oportunidades de sucesso e<br />

felicidade.<br />

Sérgio Rito<br />

Torres Vedras<br />

Sim.<br />

Conduz-nos a experienciar<br />

o nosso verdadeiro eu<br />

(interior) que, infelizmente, muitas<br />

pessoas não o sabem, sempre<br />

aprenderam a viver para o exterior.<br />

E o desenvolvimento pessoal faznos<br />

descobrir a capacidade que<br />

cada um de nós tem.<br />

Bruno Neves<br />

Valongo<br />

Sim.<br />

Importante para me<br />

conhecer melhor e poder crescer<br />

pessoal e profissionalmente.<br />

Também nos permite ajudar os<br />

outros partilhando os nossos<br />

conhecimentos com mais<br />

segurança e entusiasmo<br />

Patrícia Figueiredo<br />

Porto<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 5


Q<br />

DIEM!<br />

CARPE<br />

uando pensa nos objectivos e ambições futuras,<br />

é fácil começar a sentir medo,<br />

a formular desculpas e a ficar com sensação de<br />

frustração pela sua realidade presente. Isso<br />

acontece certamente, se estiver aquém dos<br />

resultados que esperava. Talvez comece a pensar<br />

em todas as coisas que quer mudar na tua vida:<br />

perder peso, ficar em forma, deixar de fumar, trocar<br />

de emprego, realizar um sonho que vai deixando na<br />

gaveta…<br />

Assim como pensa no que quer mudar, porque não<br />

motivar-se olhando para as suas conquistas, para os<br />

seus talentos, lembrar as suas<br />

qualidades. Alguns exemplos:<br />

A sua brutal capacidade de relacionamento e<br />

empatia;<br />

A sua inegável capacidade de organização tanto<br />

profissional como pessoal;<br />

A primeira vez que ultrapassou um medo;<br />

A forma especial como recebe os seus amigos.<br />

…e assim por diante.<br />

Pense comigo: Como podes fazer e sentir mais<br />

destas coisas tão positivas e motivadores? Como<br />

pode aplicar acções, que lhe tragam estas mesmas<br />

sensações, aos objectivos que se propõe concretizar.<br />

Talvez possa passar mais tempo aos seus hobbies,<br />

ou concentrar-se nos seus pontos fortes no trabalho,<br />

ou começar um novo hábito.<br />

Viva o momento presente, o agora - CARPE DIEM!<br />

É sensato planear o futuro e aprender com o<br />

passado – é, contudo, menos boa ideia reforçar<br />

pensamentos limitadores, tais como: “Como serão as<br />

coisas melhores no futuro quando eu…” ou “A vida<br />

era muito melhor no passado porque eu…”<br />

SÓNIA RIBEIRO<br />

Uma mulher feliz, Coach<br />

Certificada, CEO, formadora e<br />

consultora. Especialista em<br />

desenvolvimento pessoal,<br />

apaixonada pela evolução do ser<br />

humano sobretudo, enquanto ser<br />

espiritual. É também certificada<br />

em Hipnose Conversacional,<br />

Storytelling.<br />

É Autora do livro “Chega Aonde<br />

Quiseres - 9 atitudes para criares<br />

a vida que desejas" e criadora da<br />

<strong>Mindset</strong> Magazine.<br />

Ser capaz de viver o agora, significa apreciar o que<br />

está à sua volta, focar-se no momento presente, em<br />

vez de relembrar o que já foi, ou (pre)ocupar-se com<br />

o que está por vir. Lembre-se desta máxima: "O<br />

passado passou, o futuro não existe, tudo o que tem<br />

é o presente".<br />

Viva no momento, sinta cada segundo de vida, em<br />

vez de deixar a vida passar por si, viva consciente.<br />

Comece a verdadeiramente desfrutar, os seus dias<br />

de folga, sem pensar constantemente na "segundafeira<br />

de manhã" - há quanto tempo não o faz?<br />

Ao manter o seu foco no presente, no aqui e agora,<br />

irá obter muito mais prazer na vida e os seus<br />

resultados aparecerão. Aprenda a desfrutar do<br />

processo, é assim que maximiza o seu desempenho.<br />

Agradeça e perceba como pode, com simples gestos,<br />

melhorar a sua realidade.<br />

SÓNIA RIBEIRO<br />

MINDSET COACH<br />

coach@promind7.com<br />

www.promind7.com<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 6


Querido leitor, quero deixar-lhe uma mensagem MUITO<br />

IMPORTANTE, uma mensagem pela qual me guio ao longo destes<br />

40 anos e, ao longo destes anos todos, aprendi algumas<br />

coisas que acredito que lhe podem ser de muita utilidade:<br />

13 LIÇÕES DE VIDA!<br />

1. Não gaste o seu tempo, dinheiro e energia com<br />

quem não quer a sua ajuda. Cometi esse erro e fez-me<br />

aprender algo importante.<br />

2. Canalize o seu tempo, dinheiro e energia para quem<br />

solicita a sua ajuda. Esses, sim, evoluem porque estão<br />

abertos à mudança, os outros, por muito mal que<br />

estejam, não lhe solicitaram nada e isso quer dizer tudo.<br />

Lição tirada do primeiro ponto.<br />

3. Se quer, faça ou delegue a alguém que o modela a si.<br />

4. Acção não é estar parado ou movimentar-se em vão,<br />

não é camuflar ou fazer que se faz. Acção é fazer,<br />

concretizar o que lhe vai na mente e no papel.<br />

5. Disciplina é um grande aliado do sucesso e eu quero<br />

que tenha muitos amigos assim.<br />

6. Crenças limitadoras são os melhores amigos de<br />

infância do fracasso e amigos assim não queira nenhum,<br />

pois falhado não é aquele que tentou mil vezes e<br />

falhou, é aquele que, por conforto ou medo, nunca<br />

tentou. Tome como lição as crianças quando começam<br />

a querer caminhar depois da fase do gatinhar.<br />

Se cair levante-se apenas mais uma vez do que as que<br />

caiu. Esta é uma lição que deve levar consigo para o<br />

resto da vida: levantar apenas mais uma vez.<br />

7. Simples é desistir. Espero que não seja uma pessoa<br />

simples, espero que seja uma pessoa ousada, uma<br />

pessoa que não desiste dos seus objectivos.<br />

8. Complicado é persistir. Continue a persistir pelos<br />

seus ideais, ideias e crenças potenciadoras. Eu faço<br />

isso todos os dias, um olho no agora e outro no futuro.<br />

9. Realizar dá trabalho mas sabe tão bem!<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 7<br />

ALEXANDRE MARTINS<br />

Gestor, formador e, acima de tudo,<br />

especialista em transmutação<br />

através de métodos avançados para<br />

A Atualidade, usando o planeamento<br />

e a motivação em programas<br />

pioneiros. Ao longo dos seus últimos<br />

20 anos tornou-se num coach de alta<br />

performance nas áreas de life,<br />

business e mental coaching.<br />

É Autor do livro “7 Bases do<br />

Sucesso” e de um programa pioneiro<br />

com o nome de “1080segundos.com”.<br />

10. Quando integrar alguém, integre quem quer ser<br />

integrado, quem mostra uma mentalidade<br />

vencedora, não de um derrotado. Integre quem já<br />

teve dificuldades na vida e soube superar as<br />

dificuldades, soube contornar os obstáculos, soube<br />

ser mais forte do que o medo, a pobreza, a velhice,<br />

a doença, a falta de amor ou, até, a morte.<br />

11. A idade é um posto só para algumas coisas?<br />

Acredito que não! Espero que você também<br />

acredite, porque velhos são os trapos. Pessoas com<br />

idades avançadas e positivas são autênticas<br />

enciclopédias vivas, são exemplos e mentores.<br />

12. A idade é um conjunto de experiências<br />

acumuladas que podemos utilizar a nosso favor,<br />

acrescentar valor a algo e não retirar valor a algo.<br />

13. Já tive sucessos e insucessos e acredito que o<br />

leitor também! Dos insucessos tirei as minhas<br />

lições. Tirou as suas? Ou, ao primeiro insucesso,<br />

parou, pensou e ganhou aversão e julgamentos em<br />

relação ao sucesso?<br />

ALEXANDRE MARTINS<br />

COACH DE ALTA PERFORMANCE<br />

alexandremartins.org@gmail.com<br />

www.martinsalexandre.com


TROQUE A ROUPA<br />

ADRIANA SILVA<br />

DA SUA ALMA!<br />

"Viajar é trocar a roupa da alma" , já dizia o grande poeta<br />

brasileiro Mário Quintana.<br />

Porque será que ansiamos tanto pelas férias?<br />

E se as férias não incluírem viagem, parece que não são<br />

férias. Não é mesmo?<br />

Emocionalmente comprovado, nada traz mais acalento e<br />

sensação de bem estar, do que aquela "viagenzinha" que<br />

fazemos; seja ela de pequeno, médio ou longo curso.<br />

Por vezes, temos a sensação de não mais querer regressar.<br />

A pé, de carroça, carro, comboio ou avião... é igual<br />

matemática: pouco importam os meios, desde que os fins<br />

se justifiquem com a viagem.<br />

É brasileira e vive em Portugal.<br />

Empreendedora e Turismóloga.<br />

Cria e organiza roteiros turísticos<br />

num projeto pessoal, chamado<br />

Terras de Cabral. Massoterapeuta<br />

e Esteticista Naturalista, como<br />

segunda profissão. Apaixonada<br />

pela escrita que a acompanha<br />

desde seus 13 anos de idade,<br />

acredita que o mundo é Touch e se<br />

auto define eclética com um elo<br />

de ligação entre todas as raças,<br />

credos, cores e amores.<br />

Algumas acontecem sem nenhum plano e caímos nas graças do propósito.<br />

Outras, planeamos cada detalhe e vivemos antecipadamente o destino, alimentando a nossa adrenalina.<br />

Existem muitos modos de viajar, mas nenhum deles nos tira a paz.<br />

Mesmo aquela viagem corrida de negócios que<br />

parece ser tão cansativa a não sobrar nenhum<br />

tempo além das reuniões de trabalho e aquela<br />

que faz você aportar de aeroporto em<br />

aeroporto, sem sequer conseguir provar o prato<br />

local. Ainda assim, elas abrem a sua visão sobre<br />

o mundo. Pouco seja o efeito de apenas<br />

observar as construções e a arquitectura do<br />

local, por outra perspectiva.<br />

Impossível não mudar a roupa do seu olhar.<br />

Viajar sempre modificará algo em você!<br />

Crescemos, evoluímos e desenvolvemo-nos como pessoas cada vez que saímos do nosso habitat natural e<br />

nos permitimos vivenciar outros mundos. Conhecer outras culturas, saberes e sabores renovam a nossa<br />

existência. A energia que renovamos em uma viagem, é a roupa da alma que trocamos!<br />

E você, já sabe quando irá "trocar a roupa" este ano?<br />

ADRIANA SILVA<br />

TURISMÓLOGA<br />

adriasv@hotmail.com<br />

@terras_de_cabral<br />

* artigo escrito em português do Brasil<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 8


O MEU OLHAR SOBRE<br />

Não é determinante ,nem tão pouco adivinhatória, é a<br />

minha visão e leitura acerca da grande possibilidade de<br />

evoluirmos com os momentos em que as forças dos<br />

céus, chamados de planetas, exercem poderes<br />

vibratórios e energéticos sobre a forma como estamos a<br />

conduzir a nossa vida.<br />

A ASTROLOGIA<br />

Actualmente, passamos um desses momentos. Estamos<br />

perante a quadratura de Júpiter com Neptuno.<br />

O que significa esta quadratura?<br />

Poderá querer dizer que neste momento estamos a ser<br />

testados com os nosso ideais espirituais, a fé, a forma como<br />

vemos o mundo.<br />

Temos Júpiter em Sagitário e Neptuno em Peixes. Estamos pois perante dois grandes momentos, estando<br />

ambos "em casa", ou seja, ambos os planetas estão nos seus signos de origem.<br />

"Em casa" está também Saturno, ou seja está em Capricórnio, solidificando a estrutura interna e a honestidade<br />

e rigor dos comportamentos humanos.<br />

Úrano está em Touro, lembrando que existe muito mais para além da Terra e que a qualquer momento<br />

podemos ser testados.<br />

Plutão está em Capricórnio, e com isso, transforma o racional, as grandes estruturas, tudo aquilo que foi<br />

construído fora da verdade.<br />

Eu diria que vamos mesmo ter que mudar a nossa observação perante o que não é visível, mas existe.<br />

Onde se estará a passar tudo isto no mapa de cada um de nós ? Como se pode aplicar na terapia ?<br />

Observar com a ajuda de um terapeuta, de uma forma individual, estas grandes influências, é um passo para<br />

a evolução pessoal. Na sequência de uma observação Astrológica, podemos trabalhar questões familiares,<br />

traumas, relações difíceis, familiares e partes da personalidade onde é difícil operar mudanças.<br />

ANA MARIA BISPO<br />

TERAPEUTA EM PARAPSICOLOGIA<br />

amaria.bispo@gmail.com<br />

ANA MARIA BISPO<br />

Abandonou uma bem sucedida<br />

carreira de 25 anos enquanto<br />

empresária, para abraçar o<br />

caminho terapêutico e de<br />

mudança. Fez formação em<br />

astrologia, constelações<br />

familiares e organizacionais<br />

durante 5 anos.<br />

Actualmente faz consultas<br />

individuais nestas áreas e<br />

dinamiza também workshops<br />

terapêuticos em Constelações<br />

Familiares e Organizacionais.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 9


ECONOMIA DO AMOR<br />

A<br />

És o Líder Consciente da tua Vida?<br />

Ativas a tua Liderança Positiva e Autoconsciência no teu dia a dia?<br />

Como podes liderar a tua vida e seres a tua melhor versão?<br />

Ser consciente é encontrares o equilíbrio do que pensas,<br />

sentes e do que dizes, em especial, contigo próprio em<br />

cada momento no teu dia, no “aqui e agora”. A consciência<br />

também significa atenção e concentração em cada um dos<br />

nossos movimentos (interiores e exteriores).<br />

Para estares consciente, e para que estejas atento, em<br />

especial às tuas emoções, repara que elas estão dentro de<br />

ti, para te validarem o teu caminho (emoções agradáveis)<br />

ou para te mostrarem algumas necessidades que não estão<br />

a ser satisfeitas (emoções desagradáveis).<br />

Lidera o teu processo interior investindo em ti!<br />

Lidera a tua vida, Sê 100% responsável por ti! Vive em<br />

atenção plena!<br />

Para começarmos juntos esta Jornada neste Novo Ano,<br />

proponho-te que mantenhas a tua Mente Aberta, para<br />

PROFESSORA ANA PEDROSO<br />

Transformadora de Vidas em<br />

Liderança e Alta Performance pelo<br />

Mundo. NeuroGestora Financeira e<br />

Técnica Oficial de Contas facilita<br />

consultoria a Pessoas e a Empresas<br />

para a sua Transformação,<br />

Desenvolvimento Pessoal através<br />

do Desenvolvimento de projetos de<br />

Inovação & Empreendedorismo.<br />

Meta-Coach, Empresária e Líder da<br />

sua própria Vida é CEO do Instituto<br />

Anna Mikii International, Autora do<br />

livro "A Ponte para a Felicidade"<br />

conseguires alcançar transformações profundas na tua Vida e descobrires o que precisas fazer para que as<br />

Leis Invisíveis que te guiam e começam na tua MENTE se tornem visíveis para ti.<br />

Aprende a Seres + FELIZ neste Ano de Prosperidade para todos, basta acreditares e te libertares de toda a<br />

procrastinação e auto-sabotadores diários.<br />

Para estares com os outros em Harmonia e Felicidade e para seres um Líder autêntico e exemplar para a tua<br />

família, grupo de trabalho, comunidade e sociedade aprende, antes de tudo, a estar contigo mesmo e a<br />

relacionares-te de forma serena e amigável com os teus sentimentos e emoções. A consciência em Ti<br />

mesmo e de Ti mesmo, faz de TI um líder, mestre e guia, naturalmente. SÊ o PRESENTE de Ti mesmo e dos<br />

outros que mais Amas!<br />

A tua consciência e a tua Atitude de Seres e Estares presente, criam em ti o verdadeiro PODER de Seres um<br />

LÍDER que escolhe conscientemente e em equilíbrio com tudo e com todos. Completa todos os momentos com<br />

a tua melhor versão e relembra-te sempre que a realidade de tudo o que desejas para a tua vida acontece<br />

primeiramente dentro de ti: no teu centro e da forma como escolhes olhar, contemplar, ousar, sentir, ganhar<br />

consciência. Que este Ano 2019, SEJA O ANO!<br />

DESEJAS MUITO, MUITO, MUITO E QUERES COM TODA A ENTREGA INTERIOR QUE ESTE SEJA O TEU ANO DE<br />

MUDANÇA?<br />

Aguardo por ti no próximo artigo para te revelar os Passos.<br />

Só Por Agora pratica as reflexões que te entrego para a tua Tranformação!<br />

Despeço-me com Amor e reflexões empoderadoras para que o teu Desejo se torne REAL!<br />

Por breves momentos responde e torna-te consciente:<br />

O que tens estado a ESCOLHER até hoje? Onde colocas habitualmente a tua ATENÇÃO?<br />

A tua atenção vai para os teus desejos, sonhos e realizações? Escolhes ser o LÍDER da TUA vida? O foco está<br />

em Ti, ou está no(s) outro(s)?<br />

ANA PEDROSO<br />

TRANSFORMADORA DE VIDAS<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 1 0<br />

info@anapedroso.pt | www.anapedroso.pt


O QUE TENS<br />

ESTADO A<br />

ESCOLHER ATÉ<br />

HOJE?<br />

ONDE COLOCAS<br />

HABITUALMENTE<br />

A TUA<br />

ATENÇÃO?<br />

PROFESSORA ANA PEDROSO<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 1 1


Há vários estudos que mostram a prevalência da comunicação não verbal sobre a<br />

verbal, ou seja, quando o corpo diz uma coisa e as palavras<br />

UMA LINGUAGEM DE RESPONSABILIDADE<br />

outra. Esta informação é particularmente relevante quando<br />

estamos a comunicar com crianças.<br />

Peggy O´Mara disse que « a forma como falamos com os<br />

nossos filhos torna-se a sua voz interior» por isso é<br />

importante que nos possamos lembrar que as crianças<br />

ouvem aquilo que lhes dizemos e a forma como o fazemos.<br />

Pensemos na forma como interagimos com os nossos filhos.<br />

Como é que comunicamos com eles?<br />

Tudo o que veem, ouvem, sentem, tocam e até cheiram<br />

tem impacto no seu cérebro e, por conseguinte, influencia<br />

a forma como encaram e interagem com o seu mundo<br />

– incluindo a família, a escola, os amigos e até mesmo,<br />

consigo próprios. Na verdade, são as experiências que<br />

moldam o cérebro, daí a forma como nós (pais, educadores,<br />

família), colocamos por palavras essas vivências que vão<br />

CARLA PINTO<br />

Uma mulher feliz, mãe e apaixonada<br />

por temas da Parentalidade e<br />

Educação Positivas.<br />

Licenciada em Serviço Social.<br />

Pós-graduada em Comportamentos<br />

Aditivos e em Parentalidade e<br />

Educação Positivas.<br />

Fundadora da Tribo dos Afetos,<br />

projeto de intervenção social e<br />

pedagógico junto de pais e outros<br />

educadores com o grande objetivo<br />

de promover relações baseadas no<br />

respeito mútuo e um vínculo forte<br />

entre adultos e crianças.<br />

ser estruturantes na construção da sua auto-estima e nas relações interpessoais.<br />

Magda Dias (2018,p.155) considera que a forma como falamos e as palavras que usamos não são um mero<br />

detalhe e fazem toda a diferença. Por detrás da forma como comunicamos estão os nossos valores e as nossas<br />

intenções. Pessoalmente quando comunico com o meu filho quero que o respeito mútuo, a autenticidade, a<br />

empatia e responsabilidade estejam sempre presentes, embora nem sempre o consiga.<br />

Como praticar uma comunicação mais positiva?<br />

A comunicação positiva é um modelo de comunicação que nos ajuda a exprimir de uma forma honesta, clara e<br />

empática, respeitando-nos e respeitando o outro. (Dias, 2018)<br />

Esta comunicação faz uso da comunicação não-violenta (CNV) desenvolvida por Marshall Rosenberg e aquilo<br />

que se faz é descrever o que se vê, o que se sente e de que se precisa, fazendo-se, normalmente um pedido no<br />

final.<br />

COMUNICAÇÃO POSITIVA:<br />

ANA PEDROSO<br />

TRANSFORMADORA DE VIDAS<br />

info@anapedroso.pt | www.anapedroso.pt<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 1 0<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 1 2


Exemplo<br />

Em vez de : “ Se não arrumares os brinquedos, ficas de castigo!”, Utilize a Linguagem Pessoal e diga: “ Os teus<br />

brinquedos estão espalhados pela sala. Não me sinto bem quando vejo a sala tão desarrumada. Podes arrumar<br />

as tuas coisas agora, por favor?”<br />

A linguagem pessoal é uma excelente ferramenta de comunicação para criar relações mais próximas e com<br />

maior significado e deve ser utilizada o mais cedo possível. (Ovén, 2015)<br />

Como usar a Linguagem Pessoal?<br />

1. Conecte-se com a criança<br />

2. Descreva a situação (ser concreto e descritivo, não julgue)<br />

3. Descreva como a situação o faz sentir (a emoção)<br />

4. Escuta activa<br />

5. Seja autêntico e diga as razões das suas emoções<br />

6. Apresente uma solução e faça o seu pedido (razoável e justo)<br />

Para Mikaela Ovén (2015, p.161) é «essencial que sinta o que está a dizer, ou seja, não pode falar só a partir da<br />

mente, tem de falar com a mente e com o coração».<br />

Se estivermos com atenção à maneira como comunicamos, tornámo-nos responsáveis pelas escolhas que<br />

fazemos e pela forma como nos posicionamos no mundo.<br />

CARLA PINTO<br />

FUNDADORA DA TRIBO DOS AFECTOS<br />

carlaabpinto@gmail.com<br />

https://www.facebook.com/tribodosafetos/<br />

Bibliografia<br />

Dias, M. (2015). Crianças Felizes. Lisboa: A Esfera dos Livros.<br />

Dias, M. (2018). Para de chatear a tua irmã e deixa o teu irmão em paz! Lisboa: Manuscrito Editora.<br />

Ovén, M. (2015). Educar com Mindfulness. Porto: Porto Editora.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 1 3


ALINHA-TE COM<br />

CATARINA TEIXEIRA<br />

A TUA ESSÊNCIA<br />

Como tantas outras pessoas vivi durante muitos anos<br />

perdida, descrente e desmotivada, com pessoas e em<br />

contextos que não reconhecia como meus, mas que<br />

teimava em querer mudar ou me encaixar para me<br />

sentir amada, reconhecida e valorizada, apesar de<br />

espelharem quem eu era naquele momento. Também<br />

escolhi viver em piloto automático para não me<br />

permitir sentir, encarar e aceitar a dor do meu<br />

desconforto, da minha própria realidade e para não me<br />

atrever a questionar o que supostamente era<br />

inquestionável. Mas sabes, cresci com a certeza de que<br />

nascemos por e para algo maior, muito maior que a<br />

simples e pequena vida rotineira trabalho-casa, casatrabalho.<br />

Apesar de não saber explicar porquê, sempre<br />

soube que a vida não podia ser só isso. Dizem que<br />

nasci com alma de Índigo, que questiona tudo, que<br />

põe em causa tudo, que se revolta, que faz e pensa<br />

muitas vezes diferente e que acredita que todos nós,<br />

sem exceção, nascemos com o direito de ser e viver<br />

algo com um propósito maior.<br />

Como tantas outras pessoas desconheci e neguei<br />

durante muitos anos essa minha essência, os meus<br />

valores, o que me define enquanto pessoa. Não tinha<br />

consciência de que ao desconhecer e negar quem era,<br />

também estava a rejeitar viver algo maior, por isso,<br />

sentia a minha vida bloqueada a vários níveis; o meu<br />

corpo gritava por ajuda dia após dia, grito esse que<br />

ignorei vezes sem conta deixando que doenças se<br />

somatizassem de forma séria no meu corpo; abafei a<br />

minha alegria de viver e o meu sorriso; e escolhi viver<br />

uma vida sem coerência e sem um motivo que me<br />

fizesse querer acordar todos os dias. Deixei que a<br />

minha alma fosse simplesmente transportada por um<br />

corpo, sem vontade própria e que não a reconhecia. A<br />

minha alma não vivia, sabes, eu apenas permitia que<br />

ela sobrevivesse. Escolhi acreditar que o caminho<br />

certo era rejeitá-la, ignorá-la e que apenas precisava<br />

de ser e fazer o que todos eram e faziam.<br />

Viveu durante muitos anos uma vida<br />

sem sentido, tentando cumprir o<br />

socialmente esperado, desconhecendo<br />

e negando a sua essência e propósito<br />

de vida. De mãos dadas com muitas<br />

pessoas e através de ferramentas de<br />

autoconhecimento e formações na<br />

área do desenvolvimento pessoal e<br />

Coaching reencontrou a sua essência<br />

e propósito de vida. As suas áreas de<br />

intervenção são a Numerologia,<br />

Macrobiótica, Feng Shui e Renascer<br />

Feminino aliadas ao Coaching<br />

Transformacional.<br />

De forma inconsciente, aceitei sim, pertencer à<br />

maioria, negando a minha singularidade e a minha<br />

vontade e direito de ser livre.<br />

Como tantas outras pessoas entrei num vazio<br />

profundo, escuro e doloroso. Direcionei a minha<br />

vida para um beco que escolhi acreditar não ter<br />

saída. Dei permissão a mim mesma para desistir,<br />

para deixar de acreditar, para colocar o poder da<br />

minha vida nas mãos de outros, para me diminuir,<br />

vitimizar, desresponsabilizar e para me entregar ao<br />

sofrimento e dor de viver sem identidade e<br />

propósito. Mas sabes, acredito que na vida nada<br />

acontece por acaso e que ao vivenciar esse vazio<br />

foi-me dada uma gigantesca oportunidade de olhar<br />

para mim e para o que me rodeava de forma<br />

diferente, tomando consciência do que eu não<br />

queria mais continuar a ser e a manter à minha<br />

volta.<br />

Nesse mesmo momento surgiu, pelas mãos de uma<br />

amiga terapeuta, um livro sobre Numerologia, que<br />

mudou a minha vida! Aceitei descobrir o que a<br />

minha data de nascimento e o meu nome revelavam<br />

sobre a minha verdadeira essência e propósito de<br />

vida.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 1 4


CATARINA TEIXEIRA<br />

Viveu durante muitos anos uma vida<br />

sem sentido, tentando cumprir o<br />

socialmente esperado, desconhecendo<br />

e negando a sua essência e propósito<br />

de vida. De mãos dadas com muitas<br />

pessoas e através de ferramentas de<br />

autoconhecimento e formações na<br />

área do desenvolvimento pessoal e<br />

Coaching reencontrou a sua essência<br />

e propósito de vida. As suas áreas de<br />

intervenção são a Numerologia,<br />

Macrobiótica, Feng Shui e Renascer<br />

Feminino aliadas ao Coaching<br />

Transformacional.<br />

Afinal, nada que fosse descobrir poderia tornar<br />

pior tudo aquilo que estava a viver e a sentir! No<br />

entanto, a verdade é que a minha primeira reação<br />

a tudo o que estava a descobri sobre mim foi<br />

duvidar e rejeitar. Aquela não era eu, não havia<br />

coerência, não me reconhecia! Um forte<br />

sentimento de desalinhamento pessoal apoderouse<br />

de mim e, acredita, levei algum tempo para<br />

integrar em mim tamanha expansão de<br />

consciência. Hoje, percebo que é mesmo assim e<br />

que estava tudo certo! Não sabia quem era, como<br />

podia identificar-me com alguém que não<br />

conhecia? Contudo, esse sentimento deu-me a<br />

força que precisava para agir, para dizer basta,<br />

para ter a coragem de escolher ser, pela primeira<br />

vez, a minha prioridade. Então, mesmo com medo<br />

do desconhecido e saindo completamente da zona<br />

de conforto, escolhi e permitir-me olhar para<br />

dentro de forma cada vez mais profunda e sincera.<br />

Acredita, dei por mim muitas vezes a refletir<br />

admirada sobre o enorme poder que o nosso nome e<br />

data de nascimento possuem para nos descrever de<br />

forma tão detalhada!<br />

Com esta nova consciência comecei a resgatar o<br />

meu equilíbrio, poder e coragem interiores para dar<br />

voz à minha essência. E a cada dia, passo a passo,<br />

arrisquei mudar a minha vida, agora sim, alinhandoa<br />

com quem sou!<br />

Hoje acredito profundamente que o<br />

autoconhecimento é a chave para a nossa evolução<br />

pessoal e que o caminho certo é aquele que nos<br />

permite viver em pleno alinhamento com a nossa<br />

verdadeira essência. O meu caminho tem sido e<br />

continua a ser feito de mãos dadas com muitas<br />

pessoas e através de várias ferramentas de<br />

autodescoberta. A Numerologia é sem dúvida<br />

aquela que mais me tem permitido sentir e estar<br />

alinhada com a minha essência, valores e propósito<br />

de vida. É a bússola, o GPS, o mapa de vida que te<br />

revela as coordenadas que precisas seguir para<br />

dares passos seguros no teu caminho, desde o teu<br />

primeiro minuto de vida!<br />

CATARINA TEIXEIRA<br />

COACH TRANSFORMACIONAL<br />

catarina_teixeira@hotmail.com<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 1 5


A FORMA COMO APRENDEMOS<br />

O que estamos dispostos a aprender define o tipo<br />

de resultados que atingimos. O conhecimento que<br />

adquirimos não só nos molda, como nos prepara<br />

para patamares mais elevados de concretização.<br />

Mas será que devemos aprender de tudo? Será que<br />

sermos verdadeiras máquinas de curiosidade é<br />

suficiente para que aquilo que ambicionamos se<br />

materialize?<br />

Uma aprendizagem eficaz só é possível quando dois<br />

fatores são evidentes: propósito e aplicabilidade.<br />

O processo de aprender algo novo supera a simples<br />

curiosidade de querer saber algo novo. Aprender<br />

exige um propósito. Um “o quê?” e um “para quê?”.<br />

Muitas pessoas têm dificuldade em reter e<br />

memorizar informação porque o propósito não foi<br />

bem definido.<br />

O nosso cérebro necessita de associar e relacionar<br />

informação para que a aprendizagem aconteça e<br />

seja efetiva. Se aprendermos algo sem dar<br />

instruções claras ao nosso cérebro para que serve a<br />

informação, facilmente a informação pode perder<br />

sentido.<br />

A aplicabilidade do conhecimento é importante. Na<br />

verdade não é só importante. É mesmo vital. Dale<br />

Carnegie afirmava que "conhecimento não é poder<br />

até que seja aplicado". Todo o conhecimento que<br />

não tem uma aplicação prática pode ser equiparado<br />

a nenhum conhecimento.<br />

Quer no desenvolvimento pessoal, quer no<br />

desenvolvimento profissional, o destaque que<br />

possamos dar ou causar depende sempre do<br />

conhecimento que conseguimos aplicar. Da<br />

diferença que possuímos no ato da demonstração da<br />

competência.<br />

Mas um processo de aprendizagem ainda é mais<br />

profundo. Se pretendes rentabilizar a tua<br />

aprendizagem fica a saber uma das verdades mais<br />

fundamentais. Qualquer processo de aprendizagem<br />

tem de, necessariamente, corresponder a uma<br />

experiência. Sem experiência a aprendizagem não é<br />

completa.<br />

CÉSAR FERREIRA<br />

Licenciado em Filosofia, mestre em<br />

Ciências da Informação e da<br />

Documentação, com o Curso em<br />

Literature and Mental Health: Reading<br />

for Wellbeing, formador. Possui<br />

certificação internacional em<br />

Storytelling & Transmedia, em PNL.<br />

Especializou-se em biblioterapia e no<br />

desenvolvimento de técnicas de Speed<br />

Reading e Speed Learning cujo<br />

principal objetivo é promover a<br />

motivação e a transformação das<br />

pessoas através da leitura. É<br />

cofundador da WIPIREADS.<br />

Se falarmos em leitura, podemos afirmar que é no<br />

momento em que damos experiência contextual às<br />

palavras é que podemos afirmar que aprendemos<br />

qualquer coisa.<br />

Muito conhecimento se perde só pelo facto de não<br />

ser evidente. Só por não ser partilhado. Só por não<br />

ter uma experiência de transformação associada.<br />

Se pretendes resultados de excelência, aprende de<br />

forma excelente. A aprendizagem é dos poucos<br />

processos que nos acompanha vida fora. Dá<br />

propósito e sentido ao que aprendes. Aplica e<br />

torna o teu conhecimento uma experiência<br />

memorável.<br />

Como dizia Mário Quintana “os livros não mudam<br />

o mundo. Quem muda o mundo são as pessoas. Os<br />

livros só mudam as pessoas”.<br />

CÉSAR FERREIRA<br />

READING COACH & BIBLIOTERAPEUTA<br />

cesar.a.ferreira@gmail.com<br />

www.cesarferreira.co<br />

DEFINE OS NOSSOS RESULTADOS<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 1 6


SERÁ QUE<br />

SERMOS<br />

VERDADEIRAS<br />

MÁQUINAS DE<br />

CURIOSIDADE É<br />

SUFICIENTE<br />

PARA QUE<br />

AQUILO QUE<br />

AMBICIONAMOS<br />

SE MATERIALIZE?<br />

CÉSAR FERREIRA<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 1 7


MEXE O CORPO QUE<br />

Vivemos actualmente numa sociedade bastante<br />

desequilibrada. Toda a sabedoria ancestral e<br />

intuitiva tem sido esquecida para dar lugar a um<br />

conhecimento puramente mental. As pessoas estão<br />

cada vez mais infelizes, doentes, desequilibradas e<br />

com falta de sentido de vida.<br />

Desde cedo começamos a ser valorizados pelo que<br />

fazemos e como pensamos e não pelo somos ou<br />

sentimos. As crianças mais elogiadas são as que têm<br />

resultados excelentes na escola e não propriamente<br />

as que são mais felizes e equilibradas. Fazem-nos<br />

acreditar que o que realmente importa é atingir<br />

resultados e estes são medidos apenas pela<br />

inteligência logico-matemática do indivíduo.<br />

A mente ficou com o papel principal. Isso fez com<br />

que evoluíssemos cognitiva e tecnologicamente, é<br />

verdade, mas fez também com que nos<br />

desconectássemos da nossa verdadeira essência<br />

humana.<br />

Nos primeiros anos de vida, os seres humanos só<br />

possuem o corpo e o instinto como bússola. A<br />

mente racional (consciente) só se começa a<br />

desenvolver a partir dos 7 anos e estará<br />

completamente desenvolvida apenas por volta dos<br />

21 anos. Até lá, são o corpo e as emoções que<br />

gerem a maior parte da informação recebida pelos<br />

cinco sentidos. Essa informação será posteriormente<br />

integrada e organizada pela mente. É por isso que o<br />

corpo, mente e emoções estarão inevitavelmente<br />

interligadas até morrermos.<br />

Assim sendo, tudo o que acontece na mente,<br />

reflecte-se no corpo e expressa-se através de<br />

emoções e sentimentos. E tudo o que acontece<br />

emocionalmente fica gravado no corpo e reflecte-se<br />

através de pensamentos.<br />

Muitas das doenças que surgem no corpo têm<br />

A MENTE AGRADECE<br />

CRISTINA GONÇALVES<br />

Formação base em Engenharia Física,<br />

abraçou em 2008 um novo caminho<br />

profissional enquanto Coach,<br />

Terapeuta e Formadora. Com<br />

certificação em PNL e Coaching,<br />

também o Xamanismo faz parte do<br />

seu trabalho com uma base inicial<br />

mais mental, mas aos poucos<br />

introduzindo a componente espiritual<br />

e energética. A Psicologia Corporal,<br />

dança e movimento como abordagens<br />

terapêuticas. Neste contexto, facilita<br />

eventos de libertação e conexão<br />

corporal. Coautora do livro "Viver<br />

sem ansiedade agora e para sempre"<br />

como origem emoções reprimidas e pensamentos<br />

negativos constantes. Como a mente, o corpo e as<br />

emoções fazem parte do mesmo sistema e<br />

influenciam-se mutuamente, é fácil perceber que<br />

um pensamento de preocupação ou receio,<br />

desencadeie um estado emocional de agitação ou<br />

ansiedade e que origine tensões nas costas ou<br />

dores de estômago.<br />

Sendo o ser humano este sistema integrado, tornase<br />

fácil perceber que desbloqueando uma das 3<br />

variáveis as outras duas possam também melhorar.<br />

Com este conhecimento presente temos sempre a<br />

possibilidade de escolher como melhorar a nossa<br />

vida a cada momento.<br />

Assim, se queremos estar mais tranquilos<br />

emocionalmente podemos meditar (acalmar) a<br />

mente ou mover o corpo (exercício, dança,<br />

respiração…). Não colocamos o foco directamente<br />

no estado emocional de agitação e ansiedade mas<br />

trabalhamos indirectamente através do corpo ou<br />

da mente.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 1 8


Da mesma forma, quando estamos algo<br />

agitados mentalmente e/ou com falta de<br />

concentração, podemos libertar o corpo<br />

através de dança, corrida, natação, bicicleta…<br />

e a mente automaticamente acalma e volta a<br />

estar mais focada.<br />

Na minha experiência pessoal e profissional,<br />

tenho percebido que o maior mal da<br />

sociedade moderna tem sido a inversão dos<br />

papéis naturais para os quais fomos<br />

desenhados e que nos mantêm em equilíbrio.<br />

A mente ganha energia em repouso e o corpo<br />

ganha energia em movimento.<br />

E o que é pedido de nós a maior parte do<br />

tempo?<br />

Que estejamos sentados em secretárias, a<br />

fazer trabalho puramente mental. Ao final do<br />

dia estamos esgotados, pois a mente esteve<br />

sempre ativa e o corpo sempre parado. O<br />

cansaço físico e algumas dores corporais,<br />

devem-se muitas vezes a estarmos demasiado<br />

tempo parados. Por sua vez, esse cansaço<br />

corporal irá desencadear estados emocionais<br />

e pensamentos mais negativos.<br />

Por isso, se quiseres ter mais energia, boa<br />

disposição, maior concentração e rendimento<br />

mental, começa por mexer um pouco mais o<br />

corpo, que a mente irá agradecer.<br />

CRISTINA GONÇALVES<br />

COACH, TERAPEUTA,<br />

AUTORA E FACILITADORA<br />

info@crisgoncalves.com<br />

www.crisgoncalves.com<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 1 9


MINDSET: A PORTA<br />

ALLAN MAGALHÃES<br />

PARA A MUDANÇA<br />

REALIDADE<br />

DA<br />

Quantas vezes você reclamou da sorte? Em quantas<br />

culpou a Deus, o destino ou os outros pelo que<br />

aconteceu ou está acontecendo em sua vida? O<br />

quanto se sentiu injustiçado em determinados<br />

momentos?<br />

Creio que você já tenha enfrentado esses<br />

questionamentos em algum momento de sua vida,<br />

assim como eu. É bastante comum termos esse tipo<br />

de pensamento em algum momento de nossas<br />

vidas. Contudo, posso lhe assegurar que a sua<br />

realidade pode ser mudada por completo com uma<br />

simples mudança de mentalidade, de <strong>Mindset</strong>.<br />

<strong>Mindset</strong>, em uma tradução literal do inglês, significa<br />

configuração da mente. De um modo mais claro: é o<br />

modo pelo qual você enxerga e interpreta o mundo.<br />

O seu mapa da realidade, que é determinada por<br />

suas crenças e valores.<br />

Por exemplo: diante de uma excelente oportunidade<br />

de trabalho, aquele que acredita não ser<br />

suficientemente qualificado para preenchê-lo,<br />

sequer irá se candidatar à posição. Aquele que se<br />

acha feio e sem valor dificilmente terá a coragem de<br />

flertar com uma pessoa que acha atraente. Aquele<br />

filho, que a vida inteira brigou com o pai,<br />

dificilmente pensará na possibilidade de uma vida<br />

harmônica com ele.<br />

Os exemplos acima traduzem a realidade? Com<br />

certeza! A realidade que cada um dos sujeitos forjou<br />

para si, justamente por conta de seus <strong>Mindset</strong>s. E<br />

assim como essa programação mental forjou essas<br />

tristes realidades, uma outra, mais consciente e<br />

positiva com certeza levaria a mudanças nos<br />

cenários postos.<br />

É brasileiro.<br />

Terapeuta e hipnologo.<br />

Hipnoterapeuta formado pela OMNI<br />

Hypnosis.<br />

Changeworker (Desenvolvimento<br />

pessoal)<br />

Preparador Mental para despostos de<br />

alto rendimento /Tutoria de Estudos.<br />

A mudança de mentalidade impacta diretamente<br />

em nossas ações.<br />

E a mudança de nossas ações será a causa da<br />

mudança de nossas realidades no mundo físico.<br />

Simples, não?!<br />

A primeira informação importante é de que a<br />

mudança deve partir de você. Você deve ser o<br />

responsável por sua realidade. Os fatos são<br />

somente fatos. O mais importante é a<br />

interpretação que você os dispensa. E é<br />

exatamente isso que determinará se a experiência<br />

foi positiva ou negativa em sua vida.<br />

Portanto, a grande chave para a mudança é a auto<br />

responsabilização. Você é responsável por quase<br />

tudo o que acontece em sua vida. Dessa forma,<br />

não transfira essa responsabilidade a ninguém.<br />

Pois bem, como protagonista de sua vida, o<br />

primeiro passo para começar as mudanças de seus<br />

cenários é o autoconhecimento: a necessidade de<br />

você se conhecer muito bem, qualidades,<br />

habilidades e deficiências, para que tenha uma<br />

noção de quem você é e o quanto é capaz de<br />

realizar - é interessante que você liste tudo isso<br />

em um papel, para facilitar essa análise.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 2 0


Diante dessas listas é importante que você saiba<br />

que suas habilidades e deficiências são mutáveis:<br />

deficiências podem ser sanadas e habilidades<br />

podem ser melhoradas, bastam intenção e<br />

empenho constante nesse aperfeiçoamentobusque,<br />

pesquise, estude.<br />

É importante que se evite o chamado <strong>Mindset</strong><br />

Fixo, bem exposto no livro “<strong>Mindset</strong>: A nova<br />

psicologia do sucesso”, de Carol Dweck.<br />

Em síntese, esse tipo de <strong>Mindset</strong> funciona da<br />

seguinte maneira, uma vez reconhecida<br />

determinada qualidade, o indivíduo a traz para o<br />

seu campo de identidade e começa a viver em<br />

função de provar o tempo todo, para si e para os<br />

outros que ele detém essa qualidade.<br />

Esse tipo de mentalidade tem consequências<br />

sérias, pois retira do indivíduo a capacidade de<br />

aprender mais para melhorar suas capacidades,<br />

bem como traz consigo uma grande dificuldade<br />

em lidar com o fracasso, uma vez que falhar<br />

traduziria verdadeiro atentado a sua identidade.<br />

Exemplificando: se uma pessoa se percebe como<br />

inteligente, em um mindset fixo, ou seja, com uma<br />

mentalidade de imutabilidade dessa qualidade, ela<br />

restará preocupada, 100% do seu tempo, em<br />

provar para si e para os outros que ela é<br />

inteligente, o que lhe retirará a perspectiva de<br />

aprender mais para ficar mais inteligente, bem<br />

como trará uma maior carga negativa diante das<br />

frustrações, tal como como uma nota baixa em<br />

uma prova.<br />

Por fim, para que você comece a realizar<br />

mudanças em sua realidade, restam as ações.<br />

Pois, conforme uma expressão latina Ex nihilo<br />

nihil fit, do nada nada surge. Portanto, igualmente,<br />

liste as principais mudanças que deseja em sua<br />

realidade e determine pelo menos dois pequenos<br />

passos, duas tarefas rumo ao seu intento. E o mais<br />

importante de tudo: coloque-os em prática! É a<br />

ação que muda tudo.<br />

Em suma, as mudanças em sua vida dependem<br />

exclusivamente de você. A responsabilidade é sua.<br />

Conheça as suas potencialidades e as desenvolva,<br />

pois como dito, todas são mutáveis, as qualidades<br />

podem ser melhoradas e os defeitos minimizados<br />

ou até sanados. Aprenda sempre e faça acontecer.<br />

Assim você perceberá nitidamente que é a sua<br />

mentalidade que determina a sua realidade.<br />

Portanto, construa a sua!<br />

ALLAN MAGALHÃES<br />

TERAPEUTA,<br />

HIPNÓLOGO CLÍNICO E DESPORTIVO<br />

allan.magalhaes@gmail.com<br />

www.hipnoserj.com.br<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 2 1


O EFEITO DOMINÓ<br />

“O efeito dominó, efeito em cascata ou efeito em<br />

cadeia sugere a ideia de um efeito ser a causa de<br />

outro efeito gerando uma série de acontecimentos<br />

semelhantes de média, longa ou infinita duração.”<br />

Numa sequencia de dominós alinhados, cada<br />

dominó em pé representa uma pequena quantidade<br />

de energia potencial. Quanto mais peças se<br />

alinharem em sequência mais energia potencial se<br />

acumula, o que quer dizer que com um movimento<br />

simples, derrubando a 1ª. peça podemos<br />

desencadear uma reação em cadeia surpreendente.<br />

O livro “A Única coisa”[1], refere uma pesquisa de<br />

Lorne Whitehead publicada no American Journal of<br />

Physics em 1983, que descreve que uma única peça<br />

de dominó pode derrubar uma peça 50 % maior que<br />

ela. Posteriormente, em 2001, em São Francisco,<br />

essa experiência foi reproduzida usando 8 dominós,<br />

começando com uma peça de 5 cm e terminando<br />

com uma peça de perto de 1 m. Esta experiencia<br />

permitiu chegar à conclusão que, como numa<br />

progressão geométrica, poderíamos derrubar peças<br />

de alturas impensáveis. Em progressão a 18º peça<br />

seria quase do tamanho da Torre de Pisa, a 31ª.<br />

peça teria a altura do Monte Everest e a 57ª<br />

chegaria à Lua.<br />

Se fizermos uma analogia com a nossa vida e os<br />

objetivos que pretendemos alcançar podemos<br />

perceber que não há objetivos grandes demais e tal<br />

como a progressão geométrica do dominó podemos<br />

trabalhar passo a passo, etapa a etapa, peça a peça,<br />

colocando a nossa energia na próxima conquista, e<br />

na próxima e na outra a seguir.<br />

A conquista dos nossos objetivo é assim sequencial,<br />

mas existe um segredo, e este estará na seguinte<br />

pergunta:<br />

FÁTIMA GOUVEIA E SILVA<br />

Coach, Formadora, facilitadora de<br />

Parentalidade Consciente.<br />

Alia o Coaching e a PNL à<br />

Parentalidade Consciente o que lhe<br />

permite ajudar outras mães a viverem<br />

uma vida mais plena, com maior<br />

harmonia e satisfação, redescobrindo<br />

a sua identidade, investindo em si e<br />

sentindo-se mais preenchidas porque<br />

encontram maior equilíbrio nas várias<br />

áreas da sua vida, e porque através<br />

da Parentalidade Consciente<br />

conseguem melhorar relações com os<br />

filhos e em família.<br />

Quais são as coisas fundamentais que tens que<br />

fazer em cada momento? Qual a coisa mais<br />

importante a fazer agora?<br />

É nessa que tens de te focar, na próxima coisa<br />

mais importante a fazer. Definir e alinhar as nossas<br />

prioridades permite-nos escolher a peça mais<br />

determinante que será a seguinte a derrubar.<br />

Aqui reside a mudança de <strong>Mindset</strong> necessária para<br />

alcançar metas ambiciosas: A definição de<br />

prioridades. O que é mais importante fazer em<br />

cada momento?<br />

Aplicar o efeito dominó ao nosso dia a dia, é<br />

definir metas intermédias de forma a caminhar<br />

passo a passo, celebrando cada etapa. E em cada<br />

etapa começar com algo que podemos fazer<br />

imediatamente e que define o caminho a<br />

percorrer, o mais importante.<br />

[1] A Única Coisa – Gary Keller e Jay Papasan (Edição Sabedoria alternativa<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 2 2


E mais, em cada etapa alcançada com êxito, construímos o impulso e a motivação para a<br />

próxima e ganhamos mais confiança nas nossas capacidades.<br />

Cada tarefa que completamos independentemente de ser pequena ou grande, é um passo<br />

importante na construção da nossa confiança.<br />

Assim, mantemos a motivação para a ação, para o “Fazer Acontecer” e alcançar o resultado<br />

pretendido, passo a passo, apropriando-nos das conquistas feitas no caminho.<br />

Pensa grande. Tudo o que é grande começou por ser pequeno...<br />

“Todas as grandes oportunidades começam como uma queda de dominós.” –<br />

BJ Thomson<br />

FÁTIMA GOUVEIA E SILVA<br />

COACH, FORMADORA E<br />

FACILITADORA DE PARENTALIDADE CONSCIENTE<br />

coaching@fatimagouveiasilva.com<br />

www.fatimagouveiasilva.com<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 2 3


MUNDO MEU, MUNDO MEU, EXISTE<br />

ALGUÉM MAIS PERFEITO DO QUE EU?<br />

Num destes dias, no feed do Instagram vi uma<br />

imagem que dizia “ia publicar uma fotografia minha,<br />

mas já sei que vão começar com piropos, a assediarme<br />

e essas coisas depravadas… É melhor não!”.<br />

Fiquei a remoer no assunto. Lugares-comuns à<br />

parte, é cada vez mais evidente que as imagens<br />

passaram a valer muito mais do que as palavras,<br />

numa sociedade de consumo imediato e na qual o<br />

primeiro impacto dita o sucesso ou insucesso das<br />

nossas pretensões, seja a nível profissional ou<br />

pessoal.<br />

Mesmo que não seja de uma forma consciente,<br />

vivemos cada vez mais em função da aparência. O<br />

nosso cartão de visita é o nosso aspeto e a forma<br />

como nos vestimos. Virtudes e capacidades ficam<br />

soterradas debaixo dos enfeites a que recorremos,<br />

como se brincos, pulseiras, anéis, malas e colares<br />

fossem o espelho da nossa verdadeira essência.<br />

Dependentes de gostos e corações virtuais,<br />

compartimentamos os acontecimentos do<br />

quotidiano em fragmentos fotográficos, vivendo da<br />

imagem e através dela.<br />

Parece ser transversal esta necessidade de tornar<br />

público tudo o que pertence à esfera profissional e<br />

privada, o que dá a sensação de que só existimos se<br />

mostrarmos aos outros o que andamos a fazer, a<br />

comer e com quem estamos, selecionando sempre o<br />

registo que mais nos favorece fisicamente. Selfies,<br />

palavras-chave e identificações são criteriosamente<br />

selecionadas para contar a melhor história, que é<br />

cortada, editada e melhorada com recursos a<br />

aplicações que eliminam rugas e borbulhas,<br />

suavizam a nossa tez, mas também apagam pessoas<br />

indesejadas e transformam o banal e corriqueiro em<br />

vivências espetaculares, que não correspondem ao<br />

que sentimos ou experienciamos em primeira mão.<br />

A imagem corporal é central na construção da<br />

identidade pessoal e social. O corpo e a aparência<br />

condicionam a forma como estamos no mundo e<br />

como interagimos com os outros.<br />

JOANA MARQUES<br />

Licenciada em Jornalismo e História<br />

e autora de artigos sobre Yoga e os<br />

distúrbios alimentares. Aluna do<br />

Curso de Profissionalização de Yoga<br />

– II Edição dirigido pelo Prof. Marco<br />

Peralta. Autora da página de<br />

Facebook “Tripolaridades –<br />

Ansiedade, Anorexia e Bulimia”. Este<br />

projecto pretende ser um referencial<br />

que permita às pessoas que como<br />

Joana enfrentam a anorexia-bulímica<br />

e transtorno de Ansieda crónica,<br />

perceberem que não estão sozinhas.<br />

A predominância de ideais de beleza impossíveis<br />

de atingir podem ter repercussões psicológicas e<br />

físicas, com o potencial de levar ao<br />

desenvolvimento de patologias sérias, como os<br />

distúrbios alimentares e de imagem. O corpo e a<br />

ideia de beleza continuam a ser temas que nos<br />

devem preocupar, já que vivemos no epicentro de<br />

uma sociedade que promove o corpo humano<br />

como um objeto de consumo e como consumidor<br />

de produtos e serviços que sustentam grande parte<br />

do tecido económico do mundo ocidental: os<br />

têxteis, os bens alimentares, os serviços<br />

destinados a embelezar e manter o corpo em<br />

forma, entre outros.<br />

Será inevitável que num cenário destes a ética seja<br />

substituída pela estética? Qual é a linha que<br />

separa a busca pela imagem perfeita e a<br />

preservação da saúde física e mental? Hoje todos<br />

somos figuras mais ou menos públicas, e quanto<br />

mais preocupados estivermos com a nossa<br />

imagem, maior é a probabilidade de<br />

desenvolvermos relações complicadas com a<br />

comida, com o corpo e com os outros.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 2 4


Viver de aparências anula o que somos<br />

verdadeiramente, e esse conflito interior pode<br />

pagar-se caro.<br />

Em vez de procurarmos alcançar a imagem que<br />

melhor se enquadra connosco, com as nossas<br />

vivências e personalidade, devemos apostar no<br />

fortalecimento da autoestima, ser menos críticos e<br />

cínicos, sob risco de sermos o nosso principal<br />

inimigo.<br />

A autenticidade não se constrói, não depende de<br />

modas passageiras ou da capacidade de se atingir<br />

um ideal de perfeição antinatural ditado pelo<br />

mediático e imediato. Ser-se verdadeiro é ser-se<br />

fiel a si próprio, ter consciência de que se é bom o<br />

suficiente exatamente como se é, sem fitas<br />

métricas, suplementos, horas de ginásio ou<br />

intervenções estéticas.<br />

Ficar bem na fotografia, ter um corpo fitness e<br />

limitar a nossa comunicação com o mundo ao<br />

corpo é forçarmos-mos a caber<br />

em moldes irreais e desleais. Nos dias de hoje,<br />

original é quem se aceita e faz as pazes consigo<br />

mesmo. Arrojado é ver nas rugas, cicatrizes e<br />

formas mais arredondadas a prova inequívoca<br />

de que se está vivo, e isso, por si só, devia ser o<br />

único meio de validação da própria existência.<br />

De que servem cabelos, dentes e peles<br />

perfeitas, corpos milimetricamente esculpidos<br />

para ficarem bem na fotografia, se não for<br />

mantida a integridade dos órgãos vitais e a<br />

saúde mental?<br />

É uma falácia considerar-se que o conforto e o<br />

bem-estar são metas alcançáveis através da<br />

idolatria do corpo, porque a própria busca pela<br />

perfeição é um verdadeiro tormento, um<br />

sugador de tempo, dinheiro e energia, que só<br />

acentua o vazio interior que não desparece com<br />

remendos ou retoques estéticos. O caminho do<br />

autoconhecimento não passa pela fita métrica,<br />

pelo número de visualizações ou de gostos. A<br />

vida é para ser vivida no mundo real, com todas<br />

as imperfeições, curvas e arestas que<br />

contribuem para o nosso crescimento pessoal, e<br />

não para ser subvivida no mundo virtual e do<br />

faz-de-conta. Se o nosso propósito para 2019<br />

for ser mais feliz e saudável, então que<br />

tenhamos como resolução de Ano Novo a<br />

construção de vivências mais autênticas, de<br />

proximidade e afastadas dos holofotes das<br />

redes sociais, que nos cegam ao ponto de não<br />

vermos que o que é realmente importante<br />

sempre esteve ao nosso alcance.<br />

JOANA MARQUES<br />

CRIADORA DO PROJECTO<br />

"TRIPOLARIDADES – ANSIEDADE,<br />

ANOREXIA E BULIMIA"<br />

jtpmarques@gmail.com<br />

facebook.com/transtornosalimentaresanonima<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 2 5


ENTREVISTA<br />

Conheci o Yoniel Garcia em Valência, num<br />

evento de desenvolvimento pessoal que foi o<br />

realizar de um sonho: estar presente no Being<br />

One, um evento internacional com oradores<br />

tão inspiradores como Elizabeth Gilbert<br />

(autora de Comer, Orar, Amar), Joe Dispenza<br />

(autor de "Como Criar um novo Eu"), Bruce<br />

Lipton (autor de "A Biologia da Crença"),<br />

Mickael Beckwith (um dos intervenientes do<br />

filme "O Segredo"), Daniel Goleman (autor de<br />

"Inteligência Emocional), entre outros<br />

palestrantes que desconhecia. Entre os<br />

oradores que eu não conhecia estava Yoniel<br />

Garcia, uma estonteante surpresa para mim.<br />

Assim que começa a sua apresentação em<br />

video, antes de Yoniel entrar em palco,<br />

emocionei-me e percebi que provavelmente<br />

teria ali uma bela experiência - não me<br />

enganei!<br />

Yoniel começa por entrar e provocar no<br />

publico muita adrenalina, com música,<br />

movimento e motivação. As primeiras<br />

pergunta que faz ao público são: "Quem de<br />

vós tem um sonho? Quem de vós está<br />

disposto a proteger o seu sonho? " e termina<br />

as perguntas com: "Os sonhos tornam-se<br />

realidade, para mim isto e um sonho".<br />

No final da sua intervemção arrebata o<br />

público com um meditação fabulosa que me<br />

levou às lágrimas.<br />

A seguir, conheçam, Yoniel Garcia.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 2 6


ENTREVISTA<br />

MINDSET MAGAZINE: Se tivesses que te definir<br />

em 3 palavras, quais seriam e porquê?<br />

YONIEL GARCIA: A primeiro seria FELICIDADE.<br />

Aqueles que me conhecem sabem que a<br />

felicidade é o meu estado natural de ser. Uma<br />

felicidade que vem de um sentimento de paz e<br />

alegria pela vida. Nem sempre foi assim,<br />

porém, é a minha maior e melhor conquista.<br />

A segundo seria AUTENTICIDADE. No meu<br />

primeiro contacto com o mundo do coaching,<br />

esse foi um dos valores que aprendi e integrei<br />

à minha personalidade. Também um daqueles<br />

que transformaram a minha vida e<br />

contribuíram para a minha felicidade: ser<br />

autêntico. No meu caso, a autenticidade é<br />

congruente nas minhas acções com o que<br />

penso, sinto e comunico.<br />

E AMOR. Aos 40 anos de idade e tendo<br />

acompanhado milhares de alunos e clientes<br />

em seus processos de despertar pessoal e<br />

consciencialização, percebi que tudo se<br />

resume ao amor e amor é o que vim a<br />

ensinar(me). O amor que inclui o não o<br />

julgamento, o perdão autêntico, a aceitação<br />

do outro e, acima de tudo, o reconhecimento<br />

do amor que somos e do que existe em nós.<br />

MINDSET MAGAZINE: Como nasceu a tua<br />

paixão pelo Coaching?<br />

YONIEL GARCIA: Na Grécia, em 2006, quando<br />

não sabia como era ser Coach, essa "disciplina"<br />

praticamente, ainda não chegara a Espanha.<br />

Estava diante do Coach de Coaches Jim Rohn e<br />

ele estava a dar uma palestra sobre a<br />

"transformação" da lagarta em borboleta. Havia<br />

algo mágico no ambiente daquele lugar. O<br />

homem que inspirou os melhores do mundo<br />

estava a despedir-se e 15.000 pessoas<br />

entusiasmadas de pé aplaudiram por cerca de<br />

10 minutos aquela palestra que mudou minha<br />

vida.<br />

Ali eu disse: "Eu quero fazer isto". E a vida,<br />

como sempre, me disse: "Que assim seja".<br />

Naquele momento, comecei minha busca e<br />

processo de mudança.<br />

MINDSET MAGAZINE: O que te motiva enquanto<br />

Life Coach?<br />

YONIEL GARCIA: Motiva-me o ser humano, a<br />

realização do ser humano, a felicidade do ser<br />

humano. Os meus clientes de sucesso:<br />

empresários, gestores, pessoas com<br />

abundância financeira, já sabem como<br />

alcançar o sucesso externo, o que é óptimo,<br />

no entanto, a todos eles faltava algo,<br />

esqueceram em algum momento que o que<br />

realmente os fazia felizes, é o que está<br />

escondido dentro de cada um de nós?<br />

Fazer com que alguém aprenda a amar-se, a<br />

despertar a confiança, o brilho nos olhos de<br />

forma a que volte a olhar-se no espelho e<br />

gostar.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 2 7


Curar um relacionamento de casal, curando as<br />

feridas emocionais de cada indivíduo. Ajudar a<br />

trazer harmonia a uma família. Reconectar<br />

alguém com o seu Poder Pessoal e Amor ... Eu<br />

não consigo imaginar melhor profissão.<br />

MINDSET MAGAZINE: O que distingue as pessoas,<br />

dispostas a apostar no seu desenvolvimento<br />

pessoal, das restantes?<br />

YONIEL GARCIA: A Consciência, ser conscientes<br />

da nossa necessidade espiritual.<br />

Podem estar a passar por um ponto crítico e<br />

não têm outra forma que não seja a de "olhar<br />

para cima" ou para o interior e dizer: "Tem que<br />

haver outra forma de viver". É aí que a busca<br />

começa, a partir dessa crise pessoal, maior ou<br />

menor, dependendo do nível de consciência e<br />

abertura que tenham para a mudança.<br />

E a segunda é a Coragem: há que ter coragem<br />

para fazer o caminho interior e decidir viver a<br />

nossa melhor versão.<br />

MINDSET MAGAZINE: Quais acreditas serem os<br />

principais obstáculos que levam as pessoas a<br />

renunciar da sua mudança de vida?<br />

YONIEL GARCIA: Existem vários, vou mencionar<br />

três muito poderosos.<br />

O medo da mudança: "Melhor mal conhecido<br />

que bom por conhecer" dizem muitos e<br />

preferem ficar a viver mal do que experimentar<br />

a incerteza do que vai acontecer. Passa a vida<br />

e, em seguida, eles colocam a desculpa de que<br />

não há tempo, que é tarde demais. Enquanto<br />

houver vida, há esperança.<br />

O medo de brilhar demasiado: Muitos optam por<br />

desligar a luz para não ofuscar os outros. Eles<br />

esquecem que não fazem favor a ninguém<br />

escondendo-se. O medo da crítica ou o<br />

julgamento dos outros é letal nesse sentido,<br />

porque paralisa e impede o crescimento e a<br />

mudança.<br />

É como se traíssem o seu ambiente (família,<br />

amigos) que querem que permaneça igual a<br />

antes, isto é, na mediocridade. A primeira<br />

coisa que surge é: "Você não é a mesma<br />

pessoa que antes, você mudou muito", como<br />

se isso fosse um crime.<br />

Certamente, todos nós em algum momento<br />

tivemos esses medos de uma forma ou de<br />

outra. O intenso desejo de crescer e ser feliz é<br />

o que nos faz passar por isso.<br />

MINDSET MAGAZINE: Como surgiu a<br />

oportunidade de ser palestrante no Evento<br />

Being One?<br />

YONIEL GARCIA:<br />

Graças a uma das<br />

minhas clientes.<br />

Ela viu o anúncio<br />

e disse: "Tens que<br />

estar lá, eu<br />

visualizei-te lá!"<br />

Ela enviou-me um<br />

formulário e eu<br />

enviei um vídeo e<br />

um e-mail<br />

para a organização<br />

do evento. A vida<br />

queria que eu<br />

fosse. É por isso<br />

que a minha<br />

mensagem foi:<br />

Os sonhos<br />

cumprem-se.<br />

MINDSET MAGAZINE: POrque acreditas que<br />

cada vez mais as pessoas procuram este tipo de<br />

eventos?<br />

YONIEL GARCIA: Felizmente, estamos a<br />

despertar para uma maneira melhor de viver a<br />

vida, para uma nova consciência.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 2 8<br />

ENTREVISTA


ENTREVISTA<br />

Ainda há muito a ser feito. É por isso que<br />

agradeço as iniciativas como estas e espero<br />

que, convosco, em Portugal, hajam também<br />

cada vez mais espaços para o despertar da<br />

consciência e do potencial humano.<br />

MINDSET MAGAZINE: Se tivesses que dizer algo a<br />

uma pessoa, que a motivasse a mudar de vida, o<br />

que seria?<br />

YONIEL GARCIA: Depende do que impulsiona e<br />

motiva cada um. Há pessoas motivadas por<br />

desafios, outras pelo medo de perder.<br />

Outros são motivados pelo amor e pela vida.<br />

"Vieste para fazer algo grandioso, para mudar o<br />

destino da tua família". "A tua natureza é a<br />

grandeza, ela brilha para o teu bem e para o<br />

dos teus".<br />

Algumas não a fariam sozinhas, mas sim por<br />

alguém que amam. "Não façam isso por vocês,<br />

se não quiserem, façam pelos seus filhos, pela<br />

sua família."<br />

Eu diria a todas: "lembra-te que vais morrer" eu<br />

não sei quando, mas sei que vais morrer.<br />

Quanto tempo mais vais continuar a<br />

desperdiçar? Porque toda vez tens menos<br />

tempo para viver.<br />

A melhor maneira que tenho de motivar<br />

alguém é fazendo a pessoa "ver o seu futuro",<br />

se ela continuar no caminho que está agora<br />

verá aonde as leva, se escolherem, mudar<br />

visualizarão o que podem alcançar.<br />

MINDSET MAGAZINE: O que acreditas que no<br />

futuro levará as pessoas a buscar ajuda para o<br />

seu autoconhecimento ou desenvolvimento<br />

pessoal?<br />

YONIEL GARCIA: Somos seres pensantes e<br />

emocionais. Somos seres espirituais vivendo<br />

esta manifestação física. Portanto, a nossa<br />

alma anseia pelo que é formada: amor. A falta<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 2 9<br />

de amor, de paz interior, a desconexão da "Fonte",<br />

o uso excessivo da tecnologia sem consciência<br />

gera isolamento, infelicidade e insatisfação e, por<br />

sua vez, manifesta-se em estados de depressão,<br />

ansiedade, sentimentos de estar perdido ou vazio.<br />

Sozinhos podemos fazer a mudança, mas é muito<br />

difícil porque estamos acostumados a sabotarmonos.<br />

Precisamos de profissionais que ensinam e<br />

acompanham a partir da experiência pessoal e não<br />

da teoria.<br />

MINDSET MAGAZINE: Gostas de Viajar? Qual a tua<br />

viagem de sonho?<br />

YONIEL GARCIA: Adoro viajar, na verdade viajo<br />

muito com a minha companheira para lugares<br />

lindos. Tenho muitas viagens ainda pendentes:<br />

Egito, Japão, Austrália, alguns países da América<br />

Latina ...<br />

A viagem dos meus sonhos seria aquela que viajo<br />

pelo mundo visitando locais sagrados nos 5<br />

continentes e ao mesmo tempo dando palestras in<br />

loco.


ENTREVISTA<br />

MINDSET MAGAZINE: Já chegaste aonde querias? Como visualizas a tua realidade daqui a 5 anos?<br />

YONIEL GARCIA: Não, acho que estou a meio da minha carreira. Espero que o crescimento seja<br />

exponencial em todos os sentidos.<br />

A minha experiência diz.me que podemos ser melhores e melhores em todos os aspectos:<br />

profissional, pessoal, financeiramente, espiritualmente. Não há limites.<br />

MINDSET MAGAZINE: Qual é para ti o <strong>Mindset</strong> para o sucesso?<br />

YONIEL GARCIA: Estes são meus dez mandamentos para o sucesso:<br />

1. PENSAR EM GRANDE<br />

2. COMPROMISSO, CONFIANÇA E CLAREZA.<br />

3. DESFRUTAR COM SEGURANÇA A VENDA E A AUTOPROMOÇÃO.<br />

4. APRENDIZAGEM CONSTANTE PARA MOLDAR A MENTE<br />

5. CONTRIBUIÇÃO / SERVIÇO<br />

6. AMOR O QUE FAZES E SERES BOM NO QUE FAZES<br />

7. SENTIRES-TE MERECEDOR PARA PEDIR E RECEBER<br />

8. A GESTÃO EMOCIONAL E FINANCEIRA.<br />

9. SABER RELACIONAR-SE / COMUNICAR-SE<br />

10. ACÇÃO FOCADA APESAR DO MEDO<br />

Estas dez chaves são explicadas na minha palestra "O sucesso é para ti" e desenvolvo-as em<br />

profundidade nos meus cursos de fim-de-semana<br />

DeceroaDiez.com<br />

Entrevista por Sónia Ribeiro a Yoniel Garcia.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 3 0


RECONECTAR<br />

ALGUÉM COM O<br />

SEU PODER<br />

PESSOAL E AMOR<br />

... EU NÃO<br />

CONSIGO<br />

IMAGINAR<br />

MELHOR<br />

PROFISSÃO.<br />

YONIEL GARCIA<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 3 1


O PODER DO PERDÃO<br />

Ouvi dizer que este novo ano de 2019 promete ser<br />

especial pelo que senti a vontade de impulsionar<br />

ainda mais a tua jornada através de um tema<br />

mensal, sempre relacionado com cada um dos<br />

meses em questão. Assim, começo desde já, para<br />

este mês de <strong>Janeiro</strong>, com uma proposta dedicada a<br />

ti que queres iniciar o novo ano com toda uma outra<br />

atitude e convicção. Que tal, em vez de apenas<br />

estabeleceres a tradicional lista de promessas<br />

(teóricas), aceitares o desafio para renovares a tua<br />

força, a tua esperança e colocares em foco a<br />

concretização (prática) dos teus projetos/sonhos<br />

mais profundos?<br />

Ora, para que uma prática possa ser<br />

verdadeiramente implementada e a energia do<br />

"novo" entre, é preciso que haja esse "espaço" em ti.<br />

Tal como quem abre a janela de casa para a arejar e<br />

limpar o pó, ou como quem remove as vestes que já<br />

não usa de modo a criar espaço a outras mais<br />

válidas, também tu te deves predispor a criar esse<br />

“espaço”, começando, antes de mais, por esvaziar<br />

todo e qualquer conteúdo que já não te acrescenta<br />

e nem te leva a lado algum... E como? Através do<br />

perdão. O perdão é, sem sombra de dúvida, a<br />

melhor maneira de iniciar essa "limpeza interna".<br />

Abrir espaço ao perdão é mais do que saber dar uso<br />

à palavra, tanto no que toca a proferi-la como a<br />

recebê-la, em total profundidade. Também é mais<br />

do que remeter o assunto para "debaixo do tapete",<br />

numa atitude de ignorar ou evitar o que te magoa,<br />

pois tal postura em nada resolve a situação e nem<br />

te liberta da energia (karmicamente) retida. Não se<br />

trata de um gesto, por mais importante que este<br />

seja. Também não se resume a um momento. Antes,<br />

solicita, silenciosamente, todo um "tempo" da tua<br />

atenção - que se inicia com a tua decisão de perdoar<br />

e termina com a transmutação da energia envolvida.<br />

Ninguém diz que é fácil abrir mão do que nos feriu.<br />

LISA JOANES<br />

Homeopata, tendo passado por<br />

diversas escolas e linhas de<br />

pensamento, tanto em Portugal como<br />

em Londres e em Mumbai, India. Em<br />

2011, Lisa iniciou a sua jornada por<br />

terras indianas, em busca de uma<br />

abordagem homeopática que lhe<br />

permitisse olhar verdadeiramente<br />

para o paciente de uma forma ainda<br />

mais completa. Entre estágios<br />

clínicos e seminários, descobriu no<br />

Sensation Method a inspiração que<br />

procurava. Autora do livro "Uma<br />

farmácia natural em sua casa".<br />

É preciso ter coragem para perdoar, para embarcar<br />

na decisão de deixar ir essa mágoa, essa dor, essa<br />

pessoa, esse papel de vítima. É preciso coragem<br />

para assumir a responsabilidade sobre os teus<br />

próprios sentimentos e sobre todas as emoções<br />

que povoam o teu coração. Mas, acima de tudo,<br />

quando perdoas, é a ti que dás a oportunidade de<br />

te libertar do que te fere e somente te consome. É<br />

a ti que te presenteias com a possibilidade de<br />

evoluir, de alterar o nível de energia e vibração em<br />

que fluis, e de (re)começar ainda mais alinhado no<br />

fluxo da própria vida.<br />

Só tu sabes o que te consome e o que merece<br />

permanecer ou não no teu interior... Pelo que<br />

perdoar, perdoar de verdade e na totalidade desta<br />

energia, permite-te manter Consciente do Ser que<br />

És, das emoções que habitam em ti e, assim, ainda<br />

expandir todo o potencial que tu tens!<br />

E é este o primeiro passo que te proponho para<br />

este ano: o Perdão - como forma de abrires mãos a<br />

todas estas emoções menos agradáveis que podes<br />

já ter vivido.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 3 2


Todas as situações trazem aprendizagem<br />

(principalmente se souberes retirar, de cada uma<br />

delas, uma mensagem positiva à tua evolução).<br />

Porém, fazem apenas parte do passado, não do<br />

“novo” que queres para ti, pelo que está na hora de<br />

integrares (conscientemente) essa mensagem e te<br />

libertares da restante energia. É em ti que a<br />

mudança deve acontecer, mesmo que o outro não<br />

mude, pois só tu és responsável pelo teu processo.<br />

O outro está no processo dele também.<br />

Ora, a boa notícia é que o perdão pode ser<br />

treinado e, nesse sentido, criei uma Meditação de<br />

Perdão para te ajudar. Antes de a iniciares, fecha<br />

os teus olhos por breves instantes e escolhe uma<br />

situação, uma pessoa, algo que precises de<br />

perdoar. Apenas 1, para que toda a tua energia e<br />

intenção se alinhem neste propósito.<br />

1 - Começa por escolher um local tranquilo e que<br />

te inspire boa energia. A seguir, posiciona-te de<br />

modo confortável, de preferência sentado e com a<br />

coluna vertebral alinhada.<br />

2 - Fecha gentilmente os teus olhos e leva toda a<br />

tua atenção para a respiração (que deve ser feita<br />

através das tuas narinas).<br />

3 - Por um ciclo de 3 respirações, vais inspirar,<br />

contando mentalmente até 4 segundos, reter o ar<br />

dentro de ti, também contando mentalmente até<br />

4, e por fim expirar, igualmente em 4 segundos... E<br />

enquanto respiras, simplesmente te entregas ao<br />

momento, aquietando a mente e os seus<br />

pensamentos, expandindo a tranquilidade em ti.<br />

4 – Depois, ao estares mais "voltado para dentro", permanece na mesma posição, ainda de olhos fechados,<br />

e apenas acrescentas mais 4 segundos à expiração (que passará a ser realizada em 8 segundos). Então, por<br />

um ciclo de 7 respirações nasais, inspira em 4, retém em 4 e expira em 8, aproveitando toda a extensão<br />

para ainda intensificares mais toda a libertação a que te propões.<br />

5 - Por fim, leva a tua mão direita ao teu coração e deixa-te ficar por mais alguns segundos, simplesmente<br />

sentindo, conectando... sendo...<br />

Aconselho-te a repetir esta meditação por 11 dias consecutivos (sempre para a mesma situação), de modo a<br />

integrares a nova energia e abrires o “espaço” que 2019 merece. Deixa que este novo ano te aproxime,<br />

ainda mais, do que te realiza de verdade e te faz vibrar de pura emoção.<br />

LISA JOANES<br />

HOMEOPATA E AUTORA<br />

lisa.c.joanes@gmail.com<br />

www.light-in.pt<br />

Link da meditação: https://youtu.be/QcJ_31F4r1A<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 3 3


QUANDO<br />

PERDOAS, É A TI<br />

QUE DÁS A<br />

OPORTUNIDADE<br />

DE TE LIBERTAR<br />

DO QUE TE FERE E<br />

SOMENTE TE<br />

CONSOME.<br />

LISA JOANES<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 3 4


O QUE TÊM EM COMUM AS PESSOAS<br />

EMOCIONALMENTE INTELIGENTES?<br />

Sabem escutar.<br />

As pessoas emocionalmente inteligentes sabem que<br />

ouvir e escutar não significam o mesmo. Para<br />

realmente escutarmos alguém precisamos de estar<br />

focados no que estamos a ouvir, perceber o<br />

significado, sentir as palavras e interpretar as<br />

expressões faciais.<br />

Dica rápida: Experimentem repetir o que acabaram<br />

de ouvir em forma de pergunta para garantir que<br />

perceberam exatamente o que foi dito. Por<br />

exemplo: “Se percebi bem, sentes-te injustiçada por<br />

não teres sido promovida e estás a pensar mudar de<br />

trabalho, é isso?”<br />

Interessam-se genuinamente pelos outros.<br />

As pessoas emocionalmente inteligentes são<br />

fascinadas pelo comportamento humano. Adoram<br />

saber quais os interesses e paixões das pessoas que<br />

conhecem. Procuram sempre o lado positivo nos<br />

outros e isso faz com que consigam ver o que cada<br />

pessoa tem de especial. Da próxima vez que falar<br />

com alguém, em vez de falar apenas de assuntos<br />

superficiais, experimente perguntar: “O que gostas<br />

tanto de fazer que nem dás pelo tempo passar?”<br />

Abraçam a mudança.<br />

São pessoas flexíveis e em constante adaptação.<br />

Sabem que o medo da mudança é paralisante e é<br />

uma ameaça ao seu sucesso e felicidade. Elas<br />

lideram a mudança e desenvolvem um plano de<br />

ação para que a mudança ocorra de forma positiva e<br />

com benefícios bem definidos, para elas e para os<br />

outros. Pode começar por alterar a sua rotina, o que<br />

fez hoje de diferente?<br />

Conhecem se a si próprias.<br />

Sabem quais são as suas forças e fraquezas.<br />

Percebem exatamente que situações, ambientes ou<br />

pessoas despertam determinadas emoções. Ter uma<br />

inteligência emocional elevada significa ter a<br />

RICARDO CABETE<br />

É um apaixonado pela música e<br />

desenvolvimento pessoal. Pós-<br />

Graduado em Inteligência Emocional<br />

e Saúde Mental, tem certificação<br />

internacional em Coaching,<br />

Programação Neuro-Linguística e<br />

Inteligência Emocional. Em 2017<br />

tornou-se Campeão Europeu de<br />

"Public Speaking" tendo representado<br />

Portugal e a Europa na final Mundial<br />

em Vancouver.<br />

Através da sua marca Emotion<br />

Talks®, realiza palestras e formações<br />

na área de Inteligência Emocional.<br />

capacidade de utilizarmos as nossas forças para<br />

explorar todo o nosso potencial e evitar que as<br />

nossas fraquezas nos impeçam de progredir.<br />

Desta forma podemos perceber qual o melhor<br />

caminho para conseguirmos alcançar o sucesso e a<br />

felicidade. Tem noção do que sente no seu corpo<br />

quando está perto daquela pessoa que o<br />

incomoda? Da próxima vez experimente apontar<br />

todas as sensações corporais.<br />

Não guardam rancor.<br />

Guardarmos rancor em relação a alguém faz<br />

aumentar os níveis de stress no nosso corpo,<br />

sentimos um aperto no peito, uma tensão geral no<br />

corpo, acelera a batida do coração e revivemos<br />

mentalmente a situação que nos fez guardar<br />

rancor. Investigadores da Universidade Emory nos<br />

EUA mostraram que vivermos em stress contribui<br />

para o aumento da pressão arterial e aumenta a<br />

probabilidade de contrairmos uma doença de<br />

coração.<br />

Perdoe, pela sua saúde!<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 3 5


Guardam os seus erros a uma distância segura.<br />

As pessoas emocionalmente inteligentes<br />

distanciam-se dos seus erros, mas não os esquecem.<br />

Guarde os seus erros longe o suficiente para não<br />

estar sempre a pensar neles, mas perto o suficiente<br />

para aceder às lições do passado com o objetivo de<br />

tomar as melhores decisões no futuro. Se estiver<br />

sempre a pensar nos seus erros, vai baixar a sua<br />

auto estima, se os esquecer aumenta a<br />

probabilidade de os cometer novamente.<br />

Dica rápida: Sempre que erra, associe sempre ao<br />

erro uma aprendizagem positiva, uma lição.<br />

Não deixam que ninguém limite a sua alegria.<br />

Quando a nossa sensação de prazer e satisfação é<br />

consequência da opinião das outras pessoas,<br />

deixamos de ser donos da nossa felicidade. As<br />

pessoas emocionalmente inteligentes sentem-se<br />

bem em relação a elas próprias e não deixam que<br />

ninguém lhes retire esse sentimento. Apesar de ser<br />

impossível desligarmos as nossas reações em<br />

relação às opiniões dos outros, podemos ter<br />

consciência que o nosso valor vem de dentro de<br />

nós. Amarmo-nos incondicionalmente é a base da<br />

felicidade.<br />

As pessoas emocionalmente inteligentes também...<br />

São gratas pelo que têm, não perseguem a<br />

perfeição, vivem no presente, conseguem expressar<br />

as suas emoções, têm um vasto vocabulário<br />

emocional, são assertivas, têm relações pessoais<br />

fortes e saudáveis, são otimistas e sabem gerir o<br />

stress.<br />

Ao contrário do QI (quociente de inteligência), o QE<br />

(quociente emocional) pode ser desenvolvido com o<br />

treino regular de comportamentos emocionalmente<br />

inteligentes, o nosso cérebro constrói os caminhos<br />

necessários para os transformar em hábitos.<br />

Passado algum tempo passa a adotar os novos<br />

comportamentos sem sequer pensar neles, ou seja,<br />

de forma natural.<br />

Aumentar a sua Inteligência Emocional está nas<br />

suas mãos.<br />

RICARDO CABETE<br />

FORMADOR DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL<br />

ricardocabete@emotiontalks.com<br />

www.emotiontalks.com<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 3 6


FOQUE EM QUEM<br />

FAZ BEM!<br />

TE<br />

Não perca seu tempo com quem não agrega.<br />

Que tal começar 2019 com um novo filtro?<br />

Já está na hora de filtrar seus relacionamentos e se<br />

livrar das pessoas tóxicas.<br />

Como descobrir uma pessoa tóxica?<br />

Basta usar a lógica. Sabe aquela pessoa que adora<br />

fazer piadas desagradáveis? Aquele "amigo" que não<br />

perde a chance de fazer um comentário infeliz?<br />

Talvez você sinta algum tipo de pena dele, mas a<br />

verdade é que não é normal, nem bacana ser assim.<br />

Pessoas saudáveis não comentam sobre condições<br />

físicas dos outros, pois entendem que cada um é do<br />

jeito que é. Quando nos misturamos com pessoas<br />

que vibram muito diferente de nós, entramos em<br />

profundo estado de sofrimento. Essas pessoas que<br />

ironizam sobre assuntos sérios, mostrando ZERO<br />

capacidade empática, não são capazes de respeitar<br />

qualquer tipo de vida que cruze seus caminhos,<br />

percebe?<br />

Também tem aquelas pessoas que só conseguem<br />

falar de si mesmas, que são incapazes de elogiar,<br />

sorrir ou agradecer.<br />

CACÁ FONTANA<br />

É brasileira e reside em S. Paulo.<br />

Advogada e editora-chefe da<br />

Revista Pense Mais<br />

Sinceramente, seja prático, seja rápido.<br />

Não entregue seu tempo para quem é frio,<br />

insensível e sempre te deixa para baixo. É fácil<br />

saber se uma pessoa é tóxica. Depois de uma rápida<br />

conversa com aquela pessoa como você se sente?<br />

Se esta pessoa lhe deixa melhor, mais feliz, faz<br />

elogios sinceros, é solicita, amorosa e sabe até te<br />

dar broncas de um jeito especial... Pois bem, aí está<br />

uma pessoa bacana. Mas se a pessoa te agride,<br />

desanima, emana energias negativas por onde<br />

passa, não se misture com ela. Não deseje o mal<br />

dela, pois ela está em processo evolutivo.<br />

Mas lembre-se que é seu direito FOCAR no que TE<br />

FAZ BEM e seu DEVER evitar perder energia vital<br />

com quem te derruba.<br />

CACÁ FONTANA<br />

EDITORA-CHEFE DA REVISTA PENSE MAIS<br />

caca.fontana.contato@gmail.com<br />

www.editorapensemais.com.br<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 3 7


E SE OUSARMOS<br />

JORGE MALHEIRO<br />

Recordo-me de ver o filme “The Matrix”, nos idos<br />

anos 90. Um filme que questionou a visão que<br />

temos do mundo, se este na verdade existe como o<br />

vemos ou se é apenas a projecção do nosso<br />

inconsciente nele.<br />

Na verdade, faz mais sentido olhar para o filme<br />

partindo do facto de que sendo real, questionarmos<br />

se o que observamos é imperfeito e com erros na<br />

matriz, ou se pelo contrário é perfeito e sem erros.<br />

Durante o meu percurso de vida, fui aprendendo<br />

que na verdade ele é mais perfeito e sem erros do<br />

que alguma vez imaginamos. Várias vezes fiquei<br />

espantado com tanta assertividade, tanta perfeição<br />

e tanta programação. Não sei quem a fez, mas é<br />

uma máquina de excelência…<br />

Há cerca de 35 anos atrás, um homem resolveu sair<br />

da matriz. Após, um pesadelo na sua vida, o Dr. Ryke<br />

Hamer, começou a questionar a estrutura da mesma<br />

e tudo em que ela assentava, desde o senso comum<br />

à ciência, e é nesse momento que começa o seu<br />

estudo a uma das grandes doenças do século<br />

passado e com certeza deste também, O Cancro.<br />

Todos conhecemos pessoas que sofreram e/ou<br />

sofrem desta doença atroz…… foi precisamente o<br />

aparecimento de um Cancro no Testículo Direito ao<br />

Dr. Ryke Hamer e no Ovário Direito na sua esposa, a<br />

Drª Sigrid Hamer, após a morte do seu filho Dirk,<br />

que o fez equacionar que esta doença fatal, tida<br />

como um acaso da natureza… é precisamente o<br />

resultado de um acontecimento traumático.<br />

O Dr. Hamer, na Universidade Alemã de Tubingen e<br />

Heidelberg, passa a focar o seu trabalho nos<br />

aspectos que podem condicionar o aparecimento<br />

desta doença e, após exaustos estudos, concluí que<br />

afinal nada é doentio na natureza.<br />

Consultor Comercial, Hipnoterapeuta<br />

e Palestrante<br />

Formação em Hipnose Clinica e<br />

Hipnoanálise, em Terapia das Vidas<br />

Passadas. Formação no uso de MMS e<br />

em RPP (Ressonância Pessoal<br />

Psicoterapêutica). Em EMDR e em<br />

GNM – As 5 Leis de Hamer.<br />

Formação em Biodescodificação e<br />

Transgeracional.<br />

A natureza é e sempre foi perfeita, nada está feito<br />

para nos prejudicar mas antes para nos ajudar e<br />

assim descobre que toda e qualquer doença, nada<br />

mais é que uma forma de ajuda da natureza a<br />

qualquer ser vivo, e elabora assim as 5 Leis de<br />

Hamer ou as Cinco Leis Biológicas Naturais.<br />

Se até aqui tudo parece fazer sentido nesta lógica<br />

natural das coisas, então o que mata tanta e tanta<br />

gente por todo o mundo? É precisamente neste<br />

ponto que começa o problema do Dr Hamer, que<br />

descobre que os pacientes são vítimas do<br />

tratamento e que o mesmo não ajuda na cura.<br />

O Dr. Hamer ousa fazer frente ao procedimento<br />

instituído e comummente aceite e começa a ser<br />

perseguido.<br />

Sejam então bem-vindos a um dos maiores<br />

escândalos de sempre!<br />

Não percam os próximos capítulos…<br />

JORGE MALHEIRO<br />

CONSULTOR E HIPNOTERAPEUTA<br />

geral@jorgemalheiro.pt<br />

www.jorgemalheiro.pt<br />

SAIR DA MATRIZ?<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 3 8


(RE)COMEÇAR<br />

Num acordar, meio atordoada, após anos de rotinas<br />

que sufocaram, de desafios superados, de<br />

superações esgotantes, de gritos silenciosos, de<br />

lágrimas de tristeza, de lágrimas de alegria, de<br />

comemorações por conquistas inimagináveis, de<br />

despedidas inesperadas e outras reconhecidas,<br />

parece que chegou o momento de recomeço.<br />

Chegou o momento de encontrar um caminho leve e<br />

sereno. Chegou o tempo de respirar e de abrandar.<br />

Chegou o tempo de observar, interna e<br />

externamente, o que se passa… o que acontece… e<br />

decidir por onde continuar. Pensava ela…<br />

Porque somos todos decisores do caminho que<br />

seguimos. Pediu em pensamento e em palavras. E<br />

como Mulher que é, pediu com verdadeiro sentido.<br />

Ela procura conversar com o seu coração, com o seu<br />

“Eu Interior”. Ela, procura respostas dentro e fora de<br />

si… e todos os ecos que escuta vão ao encontro<br />

daquilo em que acredita: o Amor. Diz desistir… mas<br />

avança… é incongruente nos atos e nas palavras.<br />

Acusa o exterior e culpabiliza-se internamente.<br />

Maldita razão! Mas no sentir… nesse… oscilando,<br />

limpando, curando, sempre que aprofunda mais um<br />

pouco, nesse sentir, não parecem existir duvidas. É<br />

puro. É sentido. E ao sentir-se a ir para outro<br />

caminho, outro lugar, ela percebe que foi o limite. É<br />

preciso esperar. É preciso perceber que existe todos<br />

os dias a hipótese de um novo começo.<br />

Em final de ano civil, percebe-se uma grande e já<br />

habitual azáfama de todos os que a rodeiam. E<br />

observa. Em final de ano civil, é preciso pausar. É<br />

necessário tempo para refletir (não só no final do<br />

ano civil mas aproveitando a formatação social do<br />

final de ano e início de novo ano... acontece). É<br />

tempo de balanço. Balanço do que aconteceu,<br />

dentro da zona de conforto de cada um, ou para<br />

aqueles que decidiram avançar, balanço de tudo o<br />

que aconteceu nessa zona onde a magia parece<br />

acontecer.<br />

MARISA ROMERO<br />

Psicóloga, Formadora e<br />

Hipnoterapeuta. Cresceu procurando<br />

sempre um sentido para o que fazia.<br />

Sentindo sempre o desejo de ajudar o<br />

próximo, hoje, altruísmo vai sendo a<br />

palavra que melhor a define. O Amor<br />

é o que a move, e o caminho faz-se<br />

caminhando em busca da luz interior.<br />

Dá formação comportamental e vai<br />

aceitando desafios que a desafiem a<br />

crescer e a aprender diariamente. Aos<br />

40 anos sente que está no caminho<br />

certo.<br />

E todas as aprendizagens contam para encontrar o<br />

novo caminho. Porém, em tempo de balanço, é<br />

preciso não ficar à mercê de fatores externos que<br />

parecem querer destabilizar. É preciso saber parar,<br />

observar… como se estivéssemos em frente a um<br />

espelho, observando o que é refletido… sentindo…<br />

sem julgar… deixando ir o que não fizer mais<br />

sentido. E aqui também é preciso muita coragem.<br />

Largar o que não nos traz bem estar.<br />

Tomar consciência do que pretendemos daqui para<br />

a frente e seguir, passo ante passo, nesse mesmo<br />

sentido. Percebendo que entre escolhas<br />

conscientes, buscando aquilo a que se chama de<br />

felicidade, pode haver aquilo que se sente como<br />

perda, sejam elas perdas sentidas direta ou<br />

indiretamente. Mas será que são perdas? Ou serão<br />

ganhos? Perseguir nossos sonhos, respeitando o<br />

nosso Ser e os outros, agindo com coragem, não<br />

permitindo que o medo nos iniba, vale o “peso do<br />

caminho”? Seja ele qual for?<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 3 9


Ela, como ele, como tantos de nós, pára neste<br />

tempo de reflexão. Percebe que, como ela, tantas<br />

pessoas à sua volta estão emocionalmente<br />

fragmentadas. Tantos seres que atrás de grandes<br />

sorrisos estão feridas socialmente, estão asfixiadas<br />

intelectualmente, mas permanecem naquela zona<br />

de conforto, usando o seu melhor sorriso, fazendo<br />

alguns desabafos que permitem libertar alguma<br />

tensão sentida para que possam continuar. E esta, é<br />

também, uma escolha legítima. Permanecer e<br />

continuar.<br />

Em altura “típica” para refletir sobre como<br />

chegámos até aqui e para onde queremos ir, é<br />

importante relembrar que, acima de tudo, o respeito<br />

por nós próprios é primordial. O amor próprio deve<br />

vir em primeiro lugar, o amor pelo outro deve<br />

acompanhar.<br />

Respirar profundamente, sem esperar nada do outro,<br />

sem expectativas (desafiante para o ser humano que<br />

parece nunca estar satisfeito), e avançar, ao nosso<br />

ritmo, ao nosso tempo, iluminando o nosso “Eu<br />

Interior” (que há pouco foi mencionado), iluminando<br />

o nosso olhar e o nosso coração.<br />

Balanceando entre escolhas, sentindo cada uma<br />

delas, ajustando desejos e vontades e largando<br />

amarras, aceitando presenças e ausências,<br />

desfrutando de cada momento vivido, sabendo que<br />

desta vida terrena nada levamos a não ser o que<br />

vivemos.<br />

Renascendo, ela ergue a sua cabeça, tal como a<br />

flor de lótus que tem suas raízes presas em lodo, e<br />

brota uma linda flor que embeleza o seu espaço,<br />

ela sabe que tudo o que viveu serve para a<br />

impulsionar para a frente. Inspirando. Ela, como<br />

ele, como todos nós, sabe que o tempo não pára e<br />

que é preciso continuar. Ela avança. Ela sente. Ela<br />

permite-se. Sejamos sinceros! Sejamos felizes!<br />

MARISA ROMERO<br />

PSICÓLOGA<br />

psicologia@marisaromero.pt<br />

www.marisaromero.pt<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 4 0


APRENDI A NÃO TE TER!<br />

O som do jazz enche a sala de uma nostalgia doce e<br />

calma. Foco a minha atenção nos pensamentos que<br />

brotam do coração. Confesso que a saudade<br />

espreita. O amor que sinto é de uma grandeza<br />

infinita. Das poucas certezas da vida, sei que te vou<br />

amar sempre e para sempre. Fazes parte de mim, do<br />

meu equilíbrio, da minha existência. Não foi fácil<br />

aceitar este sentimento sem reciprocidade. Estudei<br />

as minhas reações e utilizei o meu saber para<br />

controlar as minhas emoções. Mas eu queria sentir,<br />

eu queria saber como era. Travei uma luta de<br />

enfermidade e cura. A escolha era intuitiva. Desistir<br />

ou ficar no sofrimento é o mais fácil, não me serve.<br />

Houve dias em que não entendi onde fui buscar<br />

força para continuar. As frentes eram tantas e o<br />

isolamento tão grande. A tua indiferença e a<br />

distância em todos os sentidos contribuíam para<br />

aguçar a dor e fomentar a mágoa numa contenda<br />

desleal. A verdade é que nem tudo era contra.<br />

Existiram momentos lindos e reconfortantes de<br />

cumplicidade, de amizade e de entrega em que o<br />

amor esteve presente. As memórias de um passado<br />

distante onde a vida era feita de um amor, que<br />

ainda hoje, gera um sorriso que ilumina os meus<br />

lábios e engrandece a minha alma. Tenho uma<br />

dívida de gratidão para com a vida. Apesar das<br />

memórias não conseguia perceber a lição. Não<br />

entendia a razão de te encontrar, amar e relembrar.<br />

Tudo era estranho, nada parecia fazer sentido. Pedi<br />

pela tua ajuda, em silêncio, num olhar, em palavras.<br />

Parecia não valorizares. Deixavas-me num<br />

emaranhado de dúvidas. Não te culpei de nada,<br />

mesmo nada. Eu sabia que o problema era meu,<br />

tinha de o resolver no meu interior. Por vezes as<br />

lágrimas correram numa mágoa de impotência.<br />

Houve outras alturas em que me apeteceu zangarme<br />

contigo, mas só consegui zangar-me comigo.<br />

Eu sabia que tinha que aprender uma lição só não<br />

sabia qual.<br />

OLINDA ROCHA<br />

Fundadora da “2action - Coaching e<br />

Consultoria Pessoal e Financeira”,<br />

especialista em alto desempenho<br />

pessoal e financeiro. Coach, formadora<br />

e consultora. Licenciada em Gestão –<br />

Auditoria Financeira, Pós-graduada em<br />

Fiscalidade e Recursos Humanos,<br />

Membro da OCC, Licensed Practitioner<br />

de PNL. Certificação Internacional em<br />

Coaching. Practitioner de CPS.<br />

Certificação Internacional em<br />

Sorytelling . Mental Coach na rúbrica<br />

"Mudança de Visual" no "Você na TV"<br />

da TVI.<br />

Bati no fundo algumas vezes mas havia sempre<br />

uma memória que aflorava e me trazia de novo<br />

aquele sorriso feito de amor. Nada, mesmo nada<br />

conseguiu fazer com que permanecesse na dor, na<br />

mágoa, na culpa. O que sinto em mim e as<br />

memórias desse amor alimentaram positivamente<br />

a minha sanidade e a minha paz. Tenho muitas<br />

memórias para reviver e principalmente para<br />

perceber esta dádiva, mas tomei a decisão de não<br />

querer saber, de não explorar ou querer entender.<br />

O significado de tudo isto só existe na<br />

reciprocidade do querer. Sei que me amaste, nunca<br />

duvidei. A reação dos nossos sentidos, o encaixe, o<br />

conhecimento, o sentir, o toque e o silêncio,<br />

permitem ter certezas sobre termos sido. Quanto<br />

às tuas escolhas, não as compreendo todas mas<br />

aceito-as a todas de coração aberto, são parte de<br />

ti. Como alguém disse: Amar é querer a felicidade<br />

do outro mesmo não fazendo parte dela; faz todo<br />

o sentido. Prezo a minha liberdade, sou pouco<br />

aderente a obrigações. Partilhar contigo<br />

momentos de amor era o meu intento.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 4 1


O tempo foi passando, fui interagindo com as<br />

minhas emoções e tornei-me a cada dia uma pessoa<br />

mais segura no amor por mim e mais confortável no<br />

amar-te sem te ter. Aos poucos ficou um amor de<br />

alma. Um amor que produz sorrisos e boas<br />

memórias. Um amor livre de mágoa, culpa e medo.<br />

Um amor para todo o sempre. Respiro fundo e<br />

projeto-me no tempo, vejo o teu rosto, ouço a tua<br />

voz e sinto o teu calor num abraço de gratidão para<br />

um final e novo começo. Aceito que não percebi<br />

todas as lições mas que aprendi as lições que me<br />

permitiste aprender. Amor quando é amor é para<br />

sempre.<br />

Percebo que está na hora de aceitar sentir um<br />

novo amor. Permitir que a minha alma desfrute de<br />

uma nova paixão e viva um amor que a quer. Um<br />

amor que vive na liberdade e no respeito. Um<br />

amor que se alimenta na reciprocidade…Obrigada<br />

por me ensinares a viver sem te ter!<br />

OLINDA ROCHA<br />

LIFE & FINANCIAL COACH<br />

olindalrocha@gmail.com<br />

www.2action.pt<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 4 2


MENOS É MAIS<br />

Termino este ano com este sentimento e certeza<br />

muito forte no meu coração…. “menos é mais”, em<br />

todos os aspetos da minha vida.<br />

Vivemos numa aceleração tal, no nosso dia a dia,<br />

que entramos em modo “piloto automático”, sem<br />

dúvida nenhuma. Ao fim do dia chegamos com a<br />

cabeça em água a casa, e sentimos um peso<br />

enorme… que nos obriga a incutir o ritmo acelerado<br />

a todos os que nos rodeiam, sobretudo nossos<br />

filhos… quando desaceleramos, ficamos doentes,<br />

porque até o nosso sistema imunológico entrou em<br />

piloto automático que já nem consegue reagir em<br />

modo slow…<br />

Há uns anos atrás senti que algo me dizia “Pára…<br />

abranda”, e eu senti-me incomodada, senti que<br />

tinha que mudar algo e foi aí que se deu a primeira<br />

mudança… mudança que me fez crescer e refletir<br />

realmente o que importa na vida, para onde deveria<br />

focar a minha atenção, mudança que me permitiu<br />

despir de preconceitos e retirar uma venda que me<br />

camuflava o verdadeiro sentido de liberdade para<br />

viver a vida e desfrutar o que a natureza nos dá. O<br />

poder da natureza, na sua criação e na sua essência<br />

sente-se, quando nos conectamos verdadeiramente<br />

com ela…. quando paramos para ouvi-la, e<br />

apuramos os nossos sentidos, de modo a sentir todo<br />

o poder e esplendor da criação.<br />

PAULA NETO<br />

Engenheira do ambiente. Fundadora<br />

do projecto "Lua Criativa", um<br />

projecto que a completa, pois<br />

permite-lhe conectar com a sua<br />

criatividade e com a natureza.<br />

Sonhadora, comunicativa, criativa,<br />

amiga e indomável. Preza imenso a<br />

sua liberdade e é na natureza, desde<br />

o mais simples ao mais complexo que<br />

a conquista. Mãe de dois filhos<br />

maravilhosos de sangue e de um filho<br />

de coração. .<br />

Uma pessoa realizada e feliz!<br />

Para além da conexão com a natureza, outra das<br />

coisas que me leva a desacelerar e tirar o sentido<br />

de “obrigação de timings a cumprir e riscos…” é o<br />

artesanato, os trabalhos manuais que faço. O meu<br />

projeto chamasse “Lua criativa”. Neste meu<br />

cantinho a que chamo de projeto, desenvolvo<br />

trabalhos, e alguns deles com a ajuda preciosa da<br />

minha mãe, na parte da costura, eu sou mais de<br />

criar objetos, miminhos reutilizando materiais<br />

diferentes, e buscando na natureza materiais que<br />

me ajudam a desenvolver trabalhos.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 4 3


A concretização deste projeto, deveu-se à falta que sentia em desenvolver a minha criatividade… sim, descobri<br />

a minha essência, sou uma pessoa super criativa, e encontro soluções para tudo! Por isso, este projeto<br />

permite-me preencher este vazio interior que o meu trabalho não permite preencher.<br />

Por vezes precisamos de passar pelo deserto para nos descobrirmos, para termos conexão connosco próprios,<br />

para nos ouvirmos, para contemplarmos (a nós próprios) e descobrirmos qual a nossa verdadeira essência, para<br />

nos valorizarmos enquanto mulheres, pessoas numa sociedade, mães… quando regressamos desse deserto,<br />

conseguimos olhar o “mundo” à nossa volta com outros olhos, e descobrimos que temos o suficiente para<br />

sermos felizes. Temo-nos a nós próprios, na nossa verdadeira essência.<br />

É na natureza que consigo buscar o equilíbrio…<br />

PAULA NETO<br />

ENGENHEIRA DO AMBIENTE<br />

neto.paula78@gmail.com<br />

www.instagram.com/luaacriativa/<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 4 4


LIDAR COM O STRESS<br />

AO LONGO DA VIDA<br />

PAULO MOREIRA<br />

O stress é um tema que tem vindo a ser estudado ao<br />

longo das últimas décadas. Hans Selye, considerado<br />

o “Pai do Stress” considerava que um evento<br />

negativo, gerava automaticamente a reação de<br />

stress. No entanto, este modelo apresentava uma<br />

grande limitação, que era a ausência do papel dos<br />

fatores psicológicos.<br />

Lazarus e Folkman, outros dois nomes fortes na área<br />

do stress, indicaram que a forma como lidamos com<br />

um evento negativo, é o resultado entre o<br />

julgamento sobre o que está em causa e a<br />

percepção das nossas opções para lidar com o<br />

evento. Estes autores desenvolveram teorias<br />

fundamentadas em processos cognitivos, mostrando<br />

que é o significado que damos aos acontecimentos<br />

e a avaliação que fazemos aos mesmos, que os<br />

transforma num evento de stress.<br />

Alguns autores têm vindo a verificar que ao longo<br />

do nosso ciclo de vida, vamos mudando as<br />

estratégias (coping) adaptativas, para lidar com os<br />

eventos negativos e existem estratégias que<br />

podemos aprender com indivíduos que estão<br />

noutras faixas etárias.<br />

Para entendermos melhor como é que podemos<br />

lidar com um evento de stress ao longo da nossa<br />

vida, vamos ver como um jovem adulto, um adulto<br />

de meia-idade e um idoso tipicamente lidam.<br />

Começando pelos jovens adultos, é interessante ver<br />

que embora ainda não tenham experienciado tantas<br />

perdas e tantos conflitos como os adultos de meiaidade<br />

e os idosos, são os que reportam experienciar<br />

mais stress. Tipicamente, perante um conflito, os<br />

jovens adultos tendem a focar-se mais na regulação<br />

emocional para lidar com o stress sentido (Arnett,<br />

2001). Embora também direcionem<br />

comportamentos para a resolução do objetivo, não<br />

são tão diretos como os adultos de meia idade. Em<br />

vez de utilizar a regulação emocional, os adultos de<br />

Fundador da marca Treino<br />

Inteligência Emocional ® e o CEO da<br />

empresa EQ-TRAINING LDA, empresa<br />

líder na prestação de eventos e<br />

formações na área da Inteligência<br />

Emocional em Portugal.<br />

Certificado nas três grandes<br />

correntes mundiais da Inteligência<br />

Emocional, nomeadamente na<br />

Emotional Quotient Inventory (EQ-i);<br />

na Emotional and Social Competence<br />

Inventory (ESCI) e na Mayer-Salovey-<br />

Caruso Emotional Intelligence Test<br />

(MSCEIT).<br />

meia idade tendem a utilizar mais estratégias<br />

focadas no problema. Então, perante um evento<br />

negativo, é mais comum que um adulto nesta<br />

idade, tente abordar diretamente a pessoa ou<br />

situação, tentando comunicar de forma mais<br />

objetiva de forma a resolver a situação. É<br />

despendida muito mais energia a tentar eliminar<br />

os eventos negativos que surjam, em vez de<br />

perderem tempo com o seu estado emocional,<br />

como fazem os jovens adultos.<br />

Em relação aos idosos, o que é muito interessante<br />

analisar é que embora experienciem mais eventos<br />

negativos, pois têm maior probabilidade de<br />

sofrerem de problemas de saúde e terem perdido<br />

pessoas mais próximas, são os que tendem a<br />

relatar menos acontecimentos de vida stressantes<br />

e preocupantes (Chiriboga, 1997). O que a<br />

investigação tem mostrado é que os idosos vão-se<br />

desfazendo de estratégias que não resultam tão<br />

bem, aprendendo a reconhecer mais facilmente<br />

que alguns problemas se resolvem por si próprios<br />

e outros que não têm solução.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 4 5


Passam de um coping focado na resolução do<br />

problema, como os adultos de meia-idade<br />

tipicamente fazem, para um coping mais focado na<br />

regulação emocional, tal como os jovens adultos<br />

tipicamente fazem. No entanto, esta regulação<br />

emocional é feita de forma mais eficaz, porque há<br />

vários eventos que os jovens adultos podem<br />

considerar negativos e que os idosos simplesmente<br />

não interpretam dessa forma. Então, perante um<br />

evento negativo, os idosos podem reinterpretar a<br />

situação, de forma a reduzir o impacto do stress, ou<br />

entenderem que pode não ter solução, de forma a<br />

eliminar este stressor da sua vida. Um dos motivos<br />

que possa estar por trás desta forma lidar com os<br />

eventos negativos, é que estão mais conscientes do<br />

impacto que o stress lhes faz, e também estão<br />

mais conscientes do tempo limitado que a vida<br />

lhes oferece, reinterpretando as coisas de outra<br />

forma.<br />

Podemos aprender muito na forma como os<br />

indivíduos lidam habitualmente com o stress ao<br />

longo da vida, principalmente os idosos. Se<br />

tivermos em conta que a nossa experiência de<br />

stress está ligada fortemente aos nossos processos<br />

cognitivos e que podemos mudar estes através de<br />

certas estratégias, então temos a responsabilidade<br />

de o fazer, de forma a experienciar um maior bemestar<br />

e reduzir o nosso stress.<br />

PAULO MOREIRA<br />

FORMADOR INTELIGÊNCIA EMOCIONAL<br />

paulomoreira@treinointeligenciaemocional.com<br />

www.treinointeligenciaemocional.com<br />

Referências bibliográficas<br />

Arnett, J. J. (2001). Conceptions of the transition to adulthood: Perspectives from adolescence through midlife. Journal of Adult<br />

Development, 8(2), 133-143.<br />

Chiriboga, D. A. (1997). Crisis, challenge, and stability in the middle years. In M. E. Lachman & J. B. James (Eds.), Studies on<br />

successful midlife development: The John D. and Catherine T. MacArthur Foundation series on mental health and development.<br />

Multiple paths of midlife development (pp. 293-322). Chicago, IL, US: University of Chicago Press.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 4 6


O STORYTELLING NA GESTÃO<br />

DE MARCAS E PRODUTOS<br />

PEDRO NEVES<br />

Creio que já não é novidade para ninguém o facto<br />

de o Storytelling ser uma ferramenta de persuasão,<br />

de influência, considerando que dota as nossas<br />

ideias de emoção e tem a capacidade de gerar<br />

"mensagens mentais" em todos quantos se ligam à<br />

história!<br />

Aliás, como referia o Cientista Cognitivo Roger C.<br />

Shank, "os humanos NÃO estão idealmente<br />

configurados para compreenderem a lógica; estão<br />

idealmente configurados para perceberem<br />

histórias".<br />

Reparem que quando uma história é muito bem<br />

contada, mais do que a ouvirmos, fazemos<br />

representações internas da mesma, vivemos a<br />

história como se fosse nossa, numa espécie de<br />

acoplamento neuronal; e isso sim, vai permitir que<br />

nos sintamos mais ligados a uma atividade ou<br />

produto e tenhamos, por conseguinte, necessidade<br />

de falar disso.<br />

Se soubermos exatamente o ponto em que nos<br />

encontramos, se conhecemos muito bem o produto<br />

ou serviço que queremos comunicar e se soubermos<br />

exatamente para onde queremos ir (a quem<br />

queremos chegar, e de que forma), temos então<br />

todos os ingredientes para criarmos uma história<br />

visual, criativa, inspiradora, vencedora e...<br />

VENDEDORA!<br />

O Storytelling é tão persuasor e influenciador, quão<br />

maior for a nossa capacidade de conjugar estes dois<br />

fatores:<br />

1 história incrível e 1 estratégia para seguir<br />

E se a arte de contar histórias é antiga, o que é<br />

verdade é que pode (e deve) ser otimizada com<br />

todas as ferramentas modernas de que dispomos. E<br />

hoje é bem mais fácil usarmos o mundo digital em<br />

nosso benefício.<br />

Consultor, Humorista, Business<br />

Coach, Formador, Marido e Pai (nem<br />

sempre por esta ordem, segundo ele).<br />

Criador do Gargalhão - Festival de<br />

Comédia de S. João. Trabalha a<br />

motivação e liderança nas<br />

organizações. Acredita que pessoas<br />

felizes geram valor acrescentado e,<br />

nesse sentido, utiliza ferramentas de<br />

Coaching e PNL em ações de<br />

formação e/ou na organização de<br />

Teambuildings.<br />

Sempre com Talento, Ousadia, Atitude<br />

e Criatividade<br />

Mesmo no nosso maior amadorismo podemos ser<br />

melhores naquilo que (até agora) não sabíamos<br />

fazer.<br />

Há tutoriais para quase tudo no Youtube, há<br />

ferramentas de apresentação de ideias, marcas e<br />

produtos incríveis, capazes de fazerem de nós<br />

designers criativos, como o Canva<br />

(www.canva.com), etc.<br />

Claro que se tivermos possibilidade de recorrer a<br />

técnicos, consultores e designers de qualidade<br />

ganhamos na lógica e coerência com que os<br />

nossos produtos/marcas são promovidos e<br />

comunicados e, muito provavelmente, os nossos<br />

objetivos são alcançados com mais rapidez.<br />

E por último, a título de exemplo de como o<br />

Storytelling pode mesmo fazer a diferença na<br />

gestão dos seus produtos ou da sua marca, vouvos<br />

contar uma história.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 4 7


"No outro dia quis fazer uma cena diferente. Fui jantar a uma Maison de Pâturage.<br />

Casa de luz quente e reduzida, de aspeto rústico, com velhas pipas atrás do balcão. Para<br />

entrada um pratinho de Gériers com molho de cravando, noz moscada e pimenta Cayenne.<br />

Como prato principal 1 cama de batata Battonet, envolta em oeuf étoiles e coberta com finas<br />

fatias de ibérico fumado, de 36 meses de cura. Para acompanhar, o néctar dos deuses, tinto,<br />

monocasta, da região.<br />

De atendimento simples, discreto e direto como se sempre nos tivessem conhecido, como se<br />

estivessem a receber amigos na sua própria casa.<br />

INTERESSANTE, NÃO?!<br />

Tenho a certeza que ficaram interessados neste espaço de que vos falei. Bem mais<br />

interessados do que se vos tivesse dito que...<br />

Fui a um tasco da minha terra, uma casa de pasto (maison de pâturage), comer um pires de<br />

moelas (gériers). Para prato principal, batatas fritas com ovos estrelados e presunto.<br />

Para beber, Tinto da Casa!<br />

PEDRO NEVES<br />

CONSULTOR, HUMORISTA E BUSINESS COACH<br />

pedro.neves@likeaproevents.com<br />

www.likeaproevents.com<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 4 8


CHEGAR A<br />

SER HOMEM<br />

Chegar a homem, ao longo dos tempos, tem sido um<br />

caminho repleto de estereótipos que a sociedade e<br />

mesmo outros homens nos incutem sobre<br />

masculinidade e o que é ser um homem como tal.<br />

Será que o momento em que nos tornamos homens<br />

aconteceria com a primeira relação sexual? E<br />

poderia acontecer através de um processo natural e<br />

apaixonado, com o primeiro grande amor. Ou então<br />

através de um processo provocado como mandava a<br />

tradição em algumas partes do país. Certo é que<br />

muito provavelmente emerge disso um novo ciclo<br />

pois seria quando sentimos um despertar para a<br />

vida. Será que a partir daí é chegada a hora em que<br />

podemos dizer que já somos homens? Na verdade,<br />

esse é apenas o inicio da jornada mas, numa<br />

sociedade ocidental altamente sexualizada, parece<br />

apesentar-se como o único caminho, fruto dos<br />

média e das redes sociais.<br />

Na realidade, esta sensação de estar vivo, este<br />

despertar dos sentidos e a revelação de um mundo<br />

interno de emoções até então desconhecido, dá a<br />

ilusão de que tornarmo-nos homens passa por esta<br />

experiência. E que são as mulheres – jovens<br />

raparigas da nossa idade – que nos dão o acesso a<br />

isso. Sem se aperceberem que ficaram em falta<br />

muitas outras coisas.<br />

Já mais à frente na vida, lá pelos 30, 40 ou 50 anos<br />

muitos homens vão encontrar-se com algo que<br />

dentro deles não foi completado: o seu processo de<br />

iniciação como homens. E assim, não se sentem<br />

realizados e verdadeiros. Pelo contrário, sentem-se<br />

enganados por terem entrado numa corrida que não<br />

era suposto entrar – fazem um curso, arranjam um<br />

emprego, casam, compram casa, têm filhos e depois<br />

ficam a manter tudo isto durante os próximos vinte<br />

RICARDO LARANJEIRA<br />

Coach, Eneacoach, Master em PNL,<br />

Consultor em Panorama Social,<br />

Terapeuta em Psicologia<br />

Transpessoal, Storyteller e Results<br />

Coach. Fundador da Comunicação<br />

Mais Eficaz e de Men’s Evolution é<br />

formador de Desenvolvimento<br />

Pessoal e Humano. Second-life<br />

Coach, ajuda a descobrir como viver<br />

uma segunda vida dentro da mesma<br />

vida. Autor do livro Viver sem<br />

Ansiedade.<br />

a trinta anos, aguardando pela próximo grande<br />

acontecimento – a reforma de um emprego que<br />

provavelmente nem gostam mas tem que manter.<br />

E nem compreendem mais qual é o propósito das<br />

suas vidas. Nestes momentos é bem possível que<br />

partes menos agradáveis, até mesmo<br />

desconhecidas, venham à superfície para mostrar<br />

que afinal ainda não são o que já pensavam ser.<br />

Não são as mulheres que nos dão o passaporte<br />

para nos tornarmos homens, naquele momento tão<br />

especial. Talvez apenas nos seja aberta a porta<br />

para ter acesso a um outro mundo interior. Mas só<br />

quando, ao vivermos a vida, temos o contacto com<br />

a morte, com a perda, a dor ou o sofrimento é que<br />

provavelmente nos encontramos com nós mesmos.<br />

É um acidente, uma perda de emprego, um<br />

problema de saúde, a morte de alguém importante<br />

para nós, a relação com drogas ou álcool, que nos<br />

faz bater no fundo e acordar para vida.<br />

Os homens tendem a ser muito fortes, são<br />

resistentes e aguentam demais. Não deixam que<br />

as emoções surjam facilmente.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 4 9


Por isso digo que, em muitos casos, o processo de<br />

crescimento é feito “à bruta” acontecendo-lhes uma<br />

ou mais destas coisas, causando um alto impacto.<br />

Porém, é isso também que os abre e torna-os<br />

disponíveis para uma outra etapa da vida (se eles a<br />

souberem fazer ou forem bem acompanhados pela<br />

experiência de outros homens). Claro, como já disse<br />

antes, só passam por isto por volta da meia idade. Aí<br />

chegados, apercebem-se que estão aprisionados em<br />

si mesmos e que, afinal, não têm estado<br />

verdadeiramente vivos. Nem se sentem<br />

verdadeiramente homens. Continuam jovens<br />

rapazes aprisionados em corpos de homens<br />

adormecidos funcionando em piloto automático.<br />

Esquecidos de si mesmos, confusos, lutando e<br />

fingindo. Perderam alegria e entusiasmo, estão<br />

sem um propósito na vida e até mesmo com pouca<br />

ou nenhuma confiança em si mesmos.<br />

Esta, contudo, será porventura a maior<br />

oportunidade das suas vidas, a possibilidade de<br />

reconhecer que podem precisar de ajuda no<br />

caminho que os leva a ser homem e, neste ponto<br />

de viragem, começarem a planear a segunda parte<br />

da vida. Tornando-se mais e melhores homens.<br />

RICARDO LARANJEIRA<br />

SECOND LIFE COACH<br />

ricardo@ricardolaranjeira.com<br />

www.ricardolaranjeira.com<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 5 0


SER FELIZ OU<br />

EM PAZ?<br />

ESTAR<br />

Escrevia Fernando Pessoa, através do seu<br />

heterónimo Alberto Caeiro:<br />

“Mas eu nem sempre quero ser feliz.<br />

É preciso ser de vez em quando infeliz<br />

Para se poder ser natural... “<br />

Esta é uma realidade dura, mas prática. A<br />

infelicidade ou a tristeza fazem parte de uma forma<br />

natural de estar e de ser. Por mais que nos custe,<br />

especialmente para aqueles de nós que mais<br />

frequentemente sentem estados de tristeza no seu<br />

dia-a-dia.<br />

No entanto, a aceitação da naturalidade da tristeza<br />

tem um efeito paradoxal que importa relembrar.<br />

Quanto mais a sentirmos como algo natural, menos<br />

sofreremos com ela.<br />

Se a sentirmos como algo que devemos evitar ou<br />

combater, ela alimenta-se desse sentimento e<br />

surge-nos com um peso ainda maior.<br />

Começo então por relembrar esta posição. Que me<br />

faz sentido pessoalmente, mas também porque a<br />

trabalho com as pessoas que me procuram para o<br />

seu desenvolvimento pessoal. E este princípio é<br />

uma parte importante num sentimento de Paz que<br />

se pretende cada vez mais residente neste nosso ser<br />

humano.<br />

Mas porquê, fazer esta distinção entre a Paz e a<br />

Felicidade? (como surge neste título)<br />

Bom… na verdade, são dois estados profundamente<br />

interligados. Mas tendo em conta que sou terapeuta<br />

e formador, tenho como papel e missão ajudar – de<br />

forma pedagógica – as pessoas a atingirem-nos e a<br />

manterem-nos. Sendo assim, necessito identificar<br />

etapas claras e atingíveis para cada um.<br />

O que me leva a perceber um esforço inglório de<br />

muitas pessoas que buscam, quase obsessivamente,<br />

a tão almejada Felicidade.<br />

MÁRIO RUI SANTOS<br />

Terapeuta e formador na área da<br />

hipnoterapia e do desenvolvimento<br />

pessoal.<br />

Realiza sessões e workshops em<br />

várias cidades do país. Organiza,<br />

coordena e lecciona cursos de<br />

formação de terapeutas na área da<br />

hipnose – em Portugal e no Brasil.<br />

Cada um à sua maneira, nas suas práticas diárias,<br />

leituras e outras aprendizagens.<br />

No entanto, vou observando que cada um destes<br />

“buscadores” a vai procurando com muitas feridas<br />

abertas, carregando pequenas ou pesadas zangas<br />

– umas vezes com eles próprios, outras vezes com<br />

os outros.<br />

Por exemplo, o simples facto da dita Felicidade<br />

ainda não ter sido atingida, torna-se isso num<br />

motivo de auto-censura ou até mesmo de<br />

recriminação. Aliás, vejo esta dinâmica a surgir em<br />

muitas pessoas que “coleccionam” cursos atrás de<br />

cursos, sem terem atingido a tal dita Felicidade.<br />

Por outro lado, quem carrega pequenas doses de<br />

ressentimentos e revoltas, parece também não se<br />

encontrar no melhor estado para atingir esse tão<br />

querido objectivo.<br />

Perante este cenário, surge-nos então algo que<br />

parece ser uma etapa precedente: estar em Paz.<br />

Especialmente consigo próprio/a. Até porque a<br />

pessoa que não se sente em paz consigo própria,<br />

muito dificilmente (para não dizer que é<br />

impossível) se sentirá merecedora dessa<br />

Felicidade.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 5 1


Porquê?<br />

Porque a Culpa que ela lança sobre si própria irá<br />

sempre funcionar como um impedimento<br />

inconsciente, lançando um sentimento de<br />

desmerecimento que vai sabotando todos os<br />

esforços que possa encetar para atingir a Felicidade.<br />

Ou seja, se eu carrego Culpa (mesmo que seja numa<br />

dimensão muito leve, ou quase subtil), não me<br />

sentirei merecedor de estar bem, de me sentir feliz.<br />

E este é um “circuito cognitivo” que observo muito<br />

frequentemente.<br />

Uma espécie de “vírus” que carregamos no nosso<br />

inconsciente que vai sabotando todos os passos que<br />

se possam dar para o caminho da Felicidade.<br />

Também quando a Culpa é lançada para o outro, e<br />

se fica numa espécie de revolta ou ressentimento<br />

subtil ou mais explícito, parece que ficamos presos<br />

ao passado à espera da reposição de uma justiça<br />

Universal. Neste caso, à espera do castigo do outro.<br />

Algo que nos prende ao passado, mantendo-nos no<br />

papel de vítima, consumindo-nos energia e<br />

impedindo-nos de avançar no nosso merecido<br />

caminho da Felicidade.<br />

Todas estas situações me foram ensinando o quanto<br />

necessário é cumprir esta etapa de Paz, para<br />

podermos desbravar o Feliz Caminho.<br />

*a pedido do autor, este texto não segue as normas do acordo ortográfico<br />

Neste processo de pacificação interna (e para o<br />

exterior), a perspectiva prática que apresento não<br />

é aquela habitual distribuição de Perdão por todas<br />

as frentes e dimensões, como habitualmente se<br />

defende ou se apregoa. Não, necessariamente.<br />

Mais do que nos obrigarmos a perdoar, a nós<br />

próprios ou aos outros, importa parar de<br />

(auto)recriminar. Abrindo-se janelas de<br />

compreensão e aceitação, sem termos de<br />

concordar ou perdoar.<br />

Se pelo menos esta primeira etapa for cumprida,<br />

cada um começará a sentir vislumbres de Paz. Que<br />

poderão ser então consolidados, respeitando a<br />

história de cada um e a sua dor pessoal.<br />

Desta forma, trabalha-se então - estrategicamente<br />

- o atingir da Felicidade – de um modo menos<br />

directo, talvez. Mas mais alicerçado e consolidado.<br />

Porque à medida que este apaziguamento se vai<br />

conseguindo, a Naturalidade de que<br />

Fernando/Alberto nos escrevia no seu poema vai<br />

surgindo.<br />

E a Felicidade vai visitando-nos cada vez mais<br />

frequentemente, mantendo-se bem perto por cada<br />

vez mais tempo.<br />

MÁRIO RUI SANTOS<br />

HIPNOTERAPEUTA, FORMADOR E COORDENADOR<br />

mrs@marioruisantos.net<br />

www.MarioRuiSantos.net<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 5 2


COMECEI POR SER UM<br />

FALHADO<br />

EMPREENDEDOR<br />

RUI MARTINS<br />

E tu, estás a obter os sucessos desejados como<br />

empreendedor, ou sentes que estás a falhar?<br />

Nos últimos anos da minha vida tive uma carreira<br />

profissional invejável. Dediquei-me de corpo e alma<br />

à empresa de família, de distribuição de bebidas.<br />

Devido a alguns problemas familiares resolvemos<br />

fechar a empresa e seguir em frente. Aí comecei a<br />

trabalhar por conta de outrem. O meu percurso<br />

profissional passou pela Logística e pela gestão de<br />

equipas no sentido de obter cada vez melhores<br />

resultados. À medida que a responsabilidade ia<br />

crescendo as tarefas também aumentavam e o<br />

patrão estava muito satisfeito com o meu contributo<br />

para a empresa. Modéstia à parte eu próprio sentia<br />

orgulho por todo o percurso que foi traçando ao<br />

longo dos anos em que trabalhei naquela empresa.<br />

Mas apesar de todo aquele sucesso não me sentia<br />

realizado. Com a maior sinceridade te confesso que<br />

não era feliz. A frustração crescia de dia para dia e<br />

nenhuma vitória que conquistava me concretizava.<br />

Acredito que conheces estes sentimentos.<br />

Durante 17 anos da minha vida trabalhei<br />

exaustivamente.<br />

Achava que se trabalhasse dia e noite, sem gozar<br />

férias nem feriados ia conquistar todos os meus<br />

sonhos e objetivos mais rapidamente, podendo<br />

depois usufruir de mais conforto e ter mais tempo<br />

para me dedicar à minha família.<br />

Mas na verdade não foi bem assim. Acabei por me<br />

desencontrar da família mas principalmente acabei<br />

Coach e formador. Profissional<br />

competente e focado, com uma<br />

constante vontade de aprender e<br />

evoluir, procurando ser sempre uma<br />

parte fundamental e uma mais valia<br />

das empresas a que pertence.<br />

Interessa-se por abordagens<br />

inovadoras que lhe permitam encarar<br />

novos desafios e superar os seus<br />

limites. Ao longo do seu percurso<br />

profissional tem sido reconhecido o<br />

meu profissionalismo, a facilidade nas<br />

relações interpessoais e a adaptação à<br />

mudança.<br />

por me desencontrar de mim.<br />

Infelizmente sei que já passas-te por isso.<br />

Confesso humildemente que nada me<br />

concretizava. Todo aquele entusiasmo e alegria<br />

que sentia a cada vitória que alcançava foi<br />

desaparecendo ao longo do tempo, deixando<br />

apenas um vazio e um sentimento de culpa<br />

quando olhava para os meus filhos já crescidos. O<br />

que perdi no crescimento dos meus filhos foi bem<br />

mais que o que ganhei com todos os sucessos e<br />

vitórias que conquistei nos últimos anos para a<br />

empresa onde trabalhei.<br />

Acredito que me compreendes…<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 5 3


Sentia-me de mãos e pés atados. Sabia<br />

que era necessário fazer algumas<br />

escolhas importantes e mudar a minha<br />

vida. O problema é que passei a minha<br />

vida a carregar a empresa do meu<br />

patrão às costas, fazendo grandes e<br />

decisivas escolhas conquistando várias<br />

vitórias e quando chegou a<br />

oportunidade de eu tomar decisões para<br />

a minha vida senti-me perdido.<br />

Suponho que também já te tenhas<br />

sentido perdido…<br />

Eu tinha a plena consciência que era<br />

necessário agir o quanto antes. O meu<br />

futuro, o futuro da minha família mas<br />

principalmente a minha realização<br />

pessoal estava em jogo. Comecei por<br />

procurar soluções alternativas, que<br />

acabavam sempre por falhar não me<br />

levando a lado nenhum.<br />

Foi passado algumas tentativas<br />

falhadas e vários erros cometidos que<br />

através de um processo acompanhado<br />

encontrei uma luz ao fundo do túnel.<br />

E é dos erros que tal como eu muitos<br />

empreendedores cometem que te vou<br />

falar no próximo artigo.<br />

RUI MARTINS<br />

COACH TRANSFORMACIONAL<br />

rui@coachbyrui.com<br />

www.coachbyrui.com<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 5 4


COMO CONTROLAR A<br />

Ansiedade, a doença do século XXI!<br />

As pessoas estão cada vez mais ansiosas,<br />

preocupadas com o futuro e o que vão ter, como ter,<br />

o que fazer para ter. Consequentemente vivem<br />

aprisionadas em uma perturbação mental de uma<br />

busca desenfreada pela satisfação pessoal.<br />

Mas aí que está, a satisfação pessoal que as pessoas<br />

tem procurado nos dias de hoje é apenas uma ilusão<br />

criada por um sistema que nos faz acreditar que só<br />

quem tem o corpo perfeito é atraente, que<br />

precisamos trabalhar loucamente para conseguir<br />

algo na vida, que precisamos ter um celular<br />

moderno para atender nossas necessidades dos dias<br />

atuais, que precisamos gastar muito dinheiro com<br />

estéticas para termos auto estima. E quanto ao SER?<br />

Porque não se preocupar com quem somos e no que<br />

temos nos tornado a cada dia?<br />

Quando trazemos a atenção para nosso interior, as<br />

preocupações exteriores começam a diminuir<br />

consequentemente. Mas quem hoje pensa em ser<br />

alguém melhor quando o mundo mostra que você é<br />

aquilo que você tem?<br />

Daí a necessidade de sairmos cada vez mais deste<br />

sistema e buscar a nossa verdadeira essência! Então<br />

quero deixar algumas dicas de como controlar a<br />

ansiedade nos dias atuais e vivendo um dia de cada<br />

vez:<br />

Crie o hábito de meditar – Você não precisa<br />

passar o dia inteiro meditando, mas comece por<br />

5 minutos diários. Silencie sua mente, ouça<br />

mais o coração!<br />

Cuidado com o que você tem assistido! - Tudo o<br />

que vemos e ouvimos é informação e toda<br />

informação é energia. Você tem passado horas<br />

ANSIEDADE NOS DIAS ATUAIS?<br />

TALITA MARTINS<br />

É brasileira. Psicanalista,<br />

practitioner em PNL, hipnoterapeuta,<br />

terapeuta holística, terapeuta<br />

quântica, coach, escritora,<br />

palestrante e consultora em<br />

desenvolvimento profissional e<br />

pessoal.<br />

Atualmente estudante de<br />

neurociências, apaixonada por<br />

transformações de vida e resultados!<br />

na frente da TV ouvindo noticiários de<br />

violências, desastres e calamidades? Ou<br />

assistindo programas de TV que apenas tem<br />

como objetivo te induzir ao consumo excessivo?<br />

Mude o que você assiste e procure mais<br />

programas que te tragam benefícios á sua<br />

mente!<br />

Passa mais tempo com a natureza – Qual foi a<br />

última vez que você parou pra sentir o cheiro<br />

da grama molhada após uma chuva? Quando<br />

parou para prestar atenção no canto dos<br />

pássaros? Quando se dispôs a sentir a brisa do<br />

vento tocar-lhe o rosto? O que lhe tem<br />

impedido passar este momento? Ansiedade!<br />

Preocupações! Livre-se disso! Aprecie o que há<br />

de bom na vida!<br />

Ria muito – São tantas preocupações que nos<br />

esquecemos de dar aquela gargalhada não é<br />

mesmo? Busque o lado bom de tudo na vida e<br />

ria de tudo. Quanto mais alegria você enviar ao<br />

Universo, mais alegria você receberá de volta.<br />

O mais importante de tudo: Se ame, se ame incondicionalmente, seja o grande amor da sua vida! Aprecie sua<br />

companhia, passe mais tempo com você e se concentre no HOJE! Viva um dia de cada vez com a pessoa mais<br />

importante da sua vida: VOCÊ!<br />

TALITA MARTINS<br />

PSICANALISTA E TERAPEUTA<br />

Talita.desenvolvimentoquantico@gmail.com<br />

https://talitaterapeutaecoach.blogspot.com/<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 5 5


QUANDO TRAZEMOS<br />

A ATENÇÃO PARA<br />

NOSSO INTERIOR, AS<br />

PREOCUPAÇÕES<br />

EXTERIORES<br />

COMEÇAM A<br />

DIMINUIR<br />

CONSEQUENTEMENTE.<br />

TALITA MARTINS<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 5 6


AS CRENÇAS QUE TE<br />

O LIMITAM SUCESSO<br />

40%<br />

da população tem tanto medo de<br />

YONIEL GARCIA<br />

empreender que nem sequer tentam. Acham que é<br />

inútil dar o passo, que falharão, que é arriscado, que<br />

não são bons, que não terão clientes, que não é<br />

seguro... Têm fortes crenças que os fazem pensar<br />

que isso não é para eles. Mas, serão reais? Muitos<br />

dos pensamentos que acabamos de admitir como<br />

precisos ou confiáveis não foram questionados;<br />

Alguns deles não são nem mesmo o resultado da<br />

nossa experiência ou educação, mas são herdados<br />

por nós ou os assumimos socialmente,<br />

familiarmente ou circunstancialmente. São crenças<br />

que nos limitam porque supomos que sejam<br />

autênticas, provavelmente as assumimos durante a<br />

infância e as registramos como reais; e nos<br />

impedem de nos ver como somos, na nossa<br />

totalidade, limitam-nos de provar e até de alcançar<br />

nossos objetivos e sonhos.<br />

Sucesso para cada pessoa pode significar algo muito<br />

diferente. Alguns relacionam-no com riqueza<br />

económica, outros com a posição de destaque na<br />

sua empresa, outros com a profissão, alguns com<br />

relacionamentos de amor ou família, outros com o<br />

seu grau de conexão espiritual. No livro "O sucesso<br />

é para si" do Dr. David HAwkins, eu amo a definição<br />

final de sucesso quando ele escreve que: "sucesso<br />

como felicidade, é a consequência automática de<br />

quem somos, o que nos tornamos e das nossas<br />

atitudes internas "<br />

As nossas atitudes internas dependem directamente<br />

do que acreditamos e pensamos que somos e,<br />

portanto, o que nos leva a agir, isto é, as nossas<br />

crenças e sentimentos. Vamos falar hoje sobre as<br />

nossas crenças, especialmente aquelas que nos<br />

impedem de avançar.<br />

Nasceu em Cuba, aos 15 anos rumou a<br />

Madrid com uma mochila e 100 doláres<br />

e cedo se tornou um empreendedor de<br />

sucesso. Descobre a paixão pelo<br />

desenvolvimento pessoal e hoje é<br />

Happiness & Life Coach. Terapeuta<br />

Bioreprogramação e Thetahealing.<br />

Conferencista. Consultor de Negocios.<br />

Já palestrou para mais de 5000<br />

pessoas. Foi um dos oradores no Being<br />

One 2018.<br />

AS CRENÇAS<br />

Identificar crenças limitadoras requer um<br />

trabalho contínuo de autoconsciência e<br />

consciência interior. Requer tempo, mas a<br />

recompensa é imensa. No meu caso, ainda hoje,<br />

depois de tanto tempo, fico surpreso ao<br />

descobrir algumas crenças limitadoras ocultas.<br />

Elas podem ser muito subtis, como "Não te abras<br />

muito, não confies demais", "Tens sonhos muito<br />

altos", "isso não é para ti" ... mas nós as<br />

arrastamos pela vida a menos que decidamos<br />

mudar.<br />

Este tipo de crenças que assumimos como<br />

verdadeiras limitam-nos, bloqueiam e actuam<br />

como barreiras. Na verdade, muitas vezes nos<br />

escondemos atrás delas para argumentar que<br />

estamos de tal ou qual maneira e como uma<br />

desculpa para não mudar.<br />

Neste artigo, quero identificar quatro barreiras<br />

que usamos como desculpas e que, na verdade,<br />

determinam uma crença limitadora que pode<br />

estar a prejudicar-nos e impedir-nos de atingir<br />

as nossas metas ou sonhos, sejam profissionais<br />

ou pessoais.<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 5 7


1. SENTIR-SE MELHOR NO PEQUENO: Sentes-te<br />

confortável em posições abaixo da tua categoria.<br />

Quando queres optar por uma posição melhor, por<br />

um melhor posto de trabalho; um trabalho adaptado<br />

aos teus conhecimentos e ficas surpreendido<br />

dizendo a ti mesmo que não, que é melhor ficar<br />

como está. Na realidade, tens dentro de ti uma<br />

sensação de "não ser suficiente", que pode estar<br />

ligada a uma crença do tipo: "Tu não tens valor."<br />

Todos nós podemos alcançar o nosso potencial<br />

máximo, sem vergonha e sem culpa, por isso<br />

experimenta.<br />

2. SOBRESSAIR NO AMBIENTE QUE TE RODEIA: Esse<br />

medo é comum quando se é "leal" ao estado<br />

limitador da sua família ou do seu meio ambiente e<br />

te preocupas com o facto de que cumprir os teus<br />

sonhos significa separares-te deles, perdendo o seu<br />

afecto. Pode parecer banal, mas não é. Acontece<br />

quando elevas o teu nível social, fazes par com<br />

alguém de diferentes hábitos e estilos ou te moves<br />

fora do escopo ao qual o teu clã ou ambiente estava<br />

acostumado. Essa barreira está ligada ao medo de<br />

ser abandonado e à crença de que o grupo vem em<br />

primeiro lugar. Pergunta a ti mesmo: Se realizares<br />

esse sonho que desejas, sentir-te-ás mal com a tua<br />

família?<br />

3. MAIS SUCESSO SERÁ MUITA CARGA PARA MIM<br />

OU PARA OUTROS: Se o teu nascimento não foi<br />

motivo de alegria para os teus pais, por qualquer<br />

motivo, é muito certo que isso te afecta. Uma<br />

maneira muito explícita de fugir de uma<br />

responsabilidade; não te movas, não faças nada, não<br />

saias da zona de conforto porque não estás<br />

preparado para assumir essa responsabilidade. Essa<br />

barreira é baseada na crença de que "tu não podes".<br />

Medo de falhar, de fracassar, de não fazer bem.<br />

Pode acontecer que, quando tu está prestes a<br />

obter algo importante, o que pode significar<br />

uma grande mudança para ti e o teu ambiente,<br />

de repente, tudo cai (auto-sabotagem).<br />

4. NÃO QUERO DESLUMBRAR-ME: O medo do<br />

deslumbramento, de perder a tua luz, de brilhar<br />

é muito comum. Está directamente relacionado<br />

ao medo do poder interior, da tua luz. Crenças<br />

do tipo: "Ter destaque é mau" e querer<br />

permanecer dentro de um grupo, sem ser visto.<br />

A ideia de que, se tu brilhares com o teu<br />

parceiro, o teu sócio, alguém se sentirá mal e<br />

inferior por causa da tua "falha". Essa é uma das<br />

crenças mais difíceis de quebrar, porque são<br />

conceitos que trazemos como herança e nos<br />

ensinaram que "precisamos de ser humildes"<br />

(falarei sobre isso depois). No entanto, somos<br />

todos bons em alguma coisa, somos excelentes<br />

em alguma área e isso não deve afectar os<br />

outros. Não prives os outros da tua luz e brilho<br />

porque é o que tu irradias que irá enriquecer-te<br />

e enriquecer os outros.<br />

Identificas-te com algumas destas barreiras?<br />

Se assim for, convido-te a analisá-las e a<br />

derrubá-las. Não precisas de continuar a viver<br />

com essa limitação aprendida e imposta. Podes<br />

ser livre e transcender qualquer barreira que te<br />

proponhas.<br />

YONIEL GARCIA<br />

HAPPINESS & LIFE COACH<br />

yonielcoach@gmail.com<br />

www.yonielgarcia.com<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 5 8


PARADOXOS DA<br />

PATRICIA LABANDEIRO<br />

FELICIDADE<br />

Como primeira partilha para um projecto que<br />

convida a um “mergulho” no auto-conhecimento e<br />

desenvolvimento pessoal, tinha de ir ao cerne da<br />

questão! E, nem de propósito, estive há poucos dias<br />

num evento promovido pelo JN e pela CM de<br />

Ermesinde sobre “O Poder da Felicidade”. O<br />

conceito e formas de vivência da felicidade são<br />

dimensões da existência humana que sempre me<br />

cativaram. Cativam a atenção, a curiosidade, a<br />

vontade de saber mais mas também as angústias e<br />

os “vazios”! Julgo ser a questão fulcral da própria<br />

existência e dedico-lhe muito tempo de estudo mas<br />

também de concretização empírica. As viagens a<br />

países que colocam no topo das suas preocupações,<br />

os níveis de felicidade da população, como a<br />

Dinamarca e o Butão, são os meios de “análise” de<br />

que mais gosto. “Estudar” mais sobe a felicidade<br />

enquanto faço algo que me deixa tão feliz, viajar!<br />

Estas visões (e podíamos aqui focar o contraste de<br />

uma cultura de felicidade ocidental e uma cultura<br />

de felicidade oriental) são o pano de fundo e um<br />

plano mais macro daquilo que as sociedades, as<br />

comunidades e o poder político e estatal,<br />

perseguem enquanto objetivo comum. Mas importa<br />

também falar do particular, de como cada um de<br />

nós sente a felicidade e se ressente da falta dela.<br />

Neste encontro, foi ideia consensual que a<br />

felicidade não é um estado permanente e que<br />

poderá até implicar em si o conceito do oposto. A<br />

infelicidade como parte integrante da experiência<br />

de felicidade ou como necessidade de oposição que<br />

lhe dê sentido. É neste paradoxo que me quero<br />

focar. Creio que possam existir dois tipos diferentes<br />

de felicidade (e não me refiro a conteúdos e formas<br />

de se ser feliz, porque aí, teremos tantos quantos<br />

seres humanos existem, ou talvez mais, porquanto<br />

somos em muitos aspectos duais e construímos<br />

percepções diferentes ao longo da vida).<br />

Psicóloga e Coach. Exerceu<br />

Psicologia Clínica, mas sentiu que<br />

faltava o brilho da auto-realização e<br />

da auto-transcendência. Voltou ao<br />

estudo e descobriu a psicologia<br />

positiva e o desenvolvimento<br />

pessoal que dela deriva. Apaixonouse<br />

pelo Coaching e fez várias<br />

certificações, bem como uma Pós-<br />

Graduação específica para<br />

Psicólogos. Amante da natureza e<br />

do Caminho de Santiago. Criadora<br />

do projecto Despertar-Formação e<br />

Psicologia.<br />

Estes dois tipos de felicidade referem-se à<br />

“estrutura” do sentimento. Uma felicidade leve,<br />

sorridente, prazerosa, hedónica. Outra felicidade<br />

em que existe um certo peso, em que não rimos,<br />

em que não mergulhamos no prazer, em que<br />

abdicamos até desse prazer imediato como<br />

objetivo supremo… em que saber o sentido, em<br />

que cumprir os valores, em que fazer o correcto de<br />

acordo com o que nos define, em que servir algo<br />

maior que nós, nos leva um estado de felicidade<br />

existencial, não necessariamente terrena, não<br />

necessariamente visível nas expressões, nem<br />

quantificável em níveis de dopamina. Este é um<br />

tipo de felicidade transformador. Num exemplo<br />

bastante extremo mas tão comum nas nossas<br />

vidas, quando acompanhamos uma pessoa que<br />

amamos num processo de doença e, ainda mais<br />

extremo, no caminho até à morte, não estamos<br />

clara, obvia e inevitavelmente felizes na assunção<br />

generalista no termo. Mas sabermos que estamos a<br />

garantir os cuidados de que aquela pessoa precisa,<br />

que estamos presentes a minimizar dores, que<br />

estamos em guerra e vitória perante a solidão, que<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 5 9


estamos a honrar a nossa história e relação com<br />

essa pessoa, que estamos a cumprir a nossa missão<br />

de cuidador, que estamos a trazer amor ao momento<br />

mais desafiante das nossas vidas… isso traz uma<br />

felicidade transformadora! Quando fazemos algo do<br />

que tipicamente dizemos que “gostamos”, isso traz<br />

alegria e é bom, é fantástico, queremos ficar neste<br />

estado ou lá voltar rapidamente. Mas será<br />

transformador? Trará novas dimensões da nossa<br />

existência? Mostrará mais do que somos? Trará uma<br />

elevação? Ambas são necessárias para o ser humano<br />

que quer crescer e expandir-se. Em Psicologia<br />

falamos de crescimento pós traumático como o<br />

fenómeno de aquisição de novas<br />

competências/capacidades e adopção de uma visão<br />

mais adaptativa da vida e seus desafios, como<br />

consequência da vivência de uma experiência<br />

potencialmente traumática. Esta felicidade<br />

transformadora poderá ser entendida como o<br />

movimento de levar a consciência deste potencial<br />

de crescimento para o momento presente em que a<br />

dor está a acontecer. Assim, equilibrar a<br />

dor/infelicidade do momento pela consciência de<br />

como isso nos está a elevar além do terreno. O<br />

crescimento a este nível é uma experiência<br />

existencial (espiritual para quem sentir a ligação a<br />

esta dimensão). A consciência dele no momento<br />

exigente (ex. quando damos a mão a quem amamos<br />

num momento de doença; quando nos superamos<br />

num momento de dor; quando por exemplo<br />

avançamos numa missão humanitária que nos<br />

coloca perante o sofrimento de outros…) poderá ser<br />

o caminho para uma visão mais consistente da vida<br />

como uma experiência de felicidade. É difícil<br />

imaginar que em contextos extremos por exemplo<br />

de guerra e caos, seja possível entrar em conexão<br />

com esta consciência superior. Mas incrivelmente,<br />

há quem o faça… Basta ler “Um Homem em busca<br />

de um sentido” que percebemos de que forma Viktor<br />

Frankl construiu um significado para sua<br />

experiência num campo de concentração Nazi e<br />

trouxe a consciência de como se elevaria e de como<br />

esta passagem dolorosa da sua vida seria um ponto<br />

de partida para uma concretização maior. Vivendo<br />

com a dor extrema e o terror, sua e de todos à sua<br />

volta, trouxe uma narrativa para essa experiência<br />

que lhe permitiu resistir e construir, com orgulho<br />

pessoal e momentos fugazes de uma improvável<br />

felicidade, um legado que o engradeceria. E<br />

engrandeceu. Esta não é a forma de transformação<br />

que procuramos, que desejamos, que escolhemos…<br />

o que buscamos é a felicidade hedónica, a leve, a<br />

que nos faz sorrir, aquela em que facilmente<br />

percebemos que a vida tem uma “força feliz” por si<br />

mesma! Mas a existência humana acarreta sempre<br />

os momentos de dor… esta felicidade de<br />

transformação será uma forma amadurecida,<br />

resiliente e emocionalmente inteligente de lidar<br />

com a inevitabilidade da infelicidade. A nossa luta<br />

poderá ser esta, a de buscar a felicidade leve mas<br />

aceitar o que nos traz a dor, como forma de nos<br />

superarmos e descobrirmos sentidos. Num<br />

contexto de dor, ser capaz de ver o amor, de ver os<br />

pequenos gestos, de estar grato pelos recursos<br />

internos e externos que temos disponíveis para<br />

lidar com essa situação, persistir no que está<br />

coerente com os nossos valores, prever que a dor<br />

não dura sempre e que depois disso fica o orgulho<br />

pessoal pela forma como lidamos com ela e ficam<br />

novas aprendizagens sobre nós, quem sabe novas<br />

competências. Se equilibrarmos estas duas<br />

dimensões da felicidade, será mais naturalmente<br />

assumida a tal resposta à fatídica questão: és feliz?<br />

“Sim, sou feliz, às vezes porque amo, sorrio, tenho<br />

prazer e me divirto e outras vezes porque me<br />

transformo. Sou feliz, também, quando me<br />

transformo.”<br />

PATRICIA LABANDEIRO<br />

PSICÓLOGA CLÍNICA E COACH<br />

gerencia@despertar.com.pt<br />

ww.despertar.com.pt<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 6 0


AS 4 ETAPAS DA<br />

RUI GABRIEL<br />

Quando se quer viver em abundância precisamos<br />

saber que o Universo distribui a sua riqueza<br />

consoante aquilo que lhe damos. Nem toda a gente<br />

sabe disto, e, mesmo quem sabe raramente o põe<br />

em prática: O Universo funciona em modo Pré-Pago.<br />

O que vou contar agora, faz parte da minha<br />

experiência.<br />

Quando comecei a trabalhar com Internet a fazer<br />

aquilo que eu faço hoje, eu estava a passar por<br />

muitas dificuldades. Vivia em escassez, não porque<br />

não tinha nenhum dinheiro, que não tinha, mas<br />

porque a minha mente estava formatada de uma<br />

certa forma que me levava a viver da forma como<br />

vivia.<br />

Aprendi desde então que se pode viver em<br />

abundância tendo muito dinheiro, e se pode viver<br />

em abundância tendo pouco da mesma forma que<br />

se pode viver em escassez tendo muito dinheiro e<br />

se pode viver em escassez tendo pouco.<br />

A abundância não tem a ver com aquilo que tu tens,<br />

mas sim com a pessoa que tu és, ou melhor, com a<br />

pessoa na qual te vais transformando enquanto<br />

percorres o caminho das 4 etapas.<br />

A primeira etapa é uma etapa de Escassez.<br />

É o nível em que nós pensamos que “para eu ter<br />

aquilo que eu desejo os outros não o podem ter.”<br />

“Eu tenho de retirar aos outros alguma coisa para eu<br />

ter aquilo que eu desejo ou aquilo que eu preciso.”<br />

Se temos uma vida de escassez nós pensamos que o<br />

mundo não é abundante, que não há dinheiro que<br />

chegue para todos, não é?<br />

“Para alguns ganharem outros têm de ficar a perder”<br />

- Durante muito tempo eu pensei assim.<br />

Eu pensava que as pessoas ricas eram pessoas que<br />

tinham retirado, roubado dinheiro aos outros,<br />

tinham roubado recursos. E também pensava que as<br />

Business Trainer e Mentor.<br />

Fundador da Comunidade A Tribo e<br />

da Universidade da Tribo para<br />

ensinar o caminho de prosperidade<br />

fazendo e sendo aquilo que adoram.<br />

Fundador do Grupo de Ação Social<br />

(GAS) com missões humanitárias em<br />

Portugal, Guiné, Benim e<br />

Moçambique.<br />

Dedica-se a 100% ao Business<br />

Training Pessoal e Mentorship, para<br />

dar a mais pessoas a oportunidade<br />

de transformarem dificuldades em<br />

Abundância .<br />

pessoas pobres eram aqueles coitados que<br />

trabalhavam e não ganhavam nada porque eram<br />

explorados pelos ricos. Quando vivia com esta<br />

mentalidade, dizia coisas como:<br />

– “A vida é difícil”, “O dinheiro é escasso”, “Preciso<br />

ganhar o máximo porque se não os outros vão<br />

ficar com a minha parte”.<br />

Tinha a perceção de que o mundo é hostil.<br />

Vivemos em modo-sobrevivência.<br />

A segunda etapa é a da Não-Interferência: “Os<br />

outros também podem ter o que eu quero para<br />

mim”.<br />

Isto significa que eu sei que os outros também<br />

podem ter aquilo que eu quero para mim, por isso<br />

deixo-os estar à vontade.<br />

É o nível da Tolerância. Quando vivemos nesta<br />

etapa dizemos coisas como:<br />

– “É pá, cada um que se faça à vida, cada um que<br />

faça o seu melhor.”<br />

Se alguém está a conseguir muito sucesso<br />

dizemos:<br />

ESCASSEZ À ABUNDÂNCIA<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 6 1


– “Bom para ele” – ainda que o digamos com uma<br />

pontinha de inveja.<br />

Este é um nível mais avançado do que o primeiro,<br />

mas continua a ser um nível de escassez- Vivemos<br />

em modo-concorrência.<br />

Na terceira etapa, nós ajudamos os outros a<br />

conseguirem o que nós desejamos para nós.<br />

Aqui é o nível da Generosidade e já não estamos a<br />

falar de escassez, já estamos a falar de viver em<br />

abundância:<br />

Nós vamos atrás do nosso sonho, do nosso objetivo,<br />

queremos determinados bens para nós, queremos<br />

ser aquele tipo de pessoa, queremos fazer aquele<br />

tipo de coisas.<br />

Queremos isso para nós e trabalhamos ativamente<br />

para proporcionar o mesmo a outras pessoas.<br />

“Eu tenho liberdade, eu vivo com a minha família,<br />

eu trabalho em casa, eu tenho o meu próprio<br />

negócio, posso viajar quando eu quiser pois não<br />

tenho de responder diante de ninguém.” Estes, para<br />

mim, são valores fundamentais e eu posso ajudar<br />

outras pessoas a fazer com as suas vidas<br />

exatamente isto que eu estou a fazer com a minha<br />

Quando vivemos em generosidade pensamos que o<br />

mundo é amigável, perdemos o medo e vivemos em<br />

modo-contribuição.<br />

A quarta etapa é a etapa do Serviço.<br />

O nível do serviço é como o anterior, da<br />

generosidade, mas focamo-nos no que as outras<br />

pessoas desejam mais do que em nós mesmos. É<br />

muito interessante!<br />

– “Ajudamos os outros a conseguirem…” não o que<br />

nós queremos para nós, mas o que essas pessoas<br />

querem para elas mesmas. Vamos ajudá-las a<br />

descobrir aquilo que elas querem. Ajudá-las a<br />

descobrir o seu caminho. Vamos ser mentores e<br />

vamos ser faróis.<br />

Quando vivemos neste registo e passámos pelos<br />

anteriores, este pode ser um nível de abundância<br />

muito grande. Já não estamos preocupados com o<br />

facto de poder ou não poder haver o suficiente<br />

para nós porque sabemos que o Universo é<br />

abundante, criámos sistemas que canalizam essa<br />

abundância para nós e permitimo-nos receber tudo<br />

aquilo que o universo envia na nossa direção.<br />

Vivendo em modo-serviço, tendo vivido cada etapa<br />

deste processo, acabamos por atrair uma<br />

quantidade imensa de dinheiro, de recursos e de<br />

aliados sem esforço algum. O universo é<br />

abundante e tu sentes isso na pele, todos os dias.<br />

RUI GABRIEL<br />

BUSINESS TRAINER E MENTOR<br />

rui@ruigabriel.com<br />

ww.Ruigabriel.com<br />

M I N D S E T M A G A Z I N E | 6 2


AGÊNCIA SANTARÉM<br />

Parceiro ProMIND7<br />

Viajar não muda o mundo, quem muda o mundo<br />

são as pessoas. As viagens só mudam as<br />

pessoas.<br />

V I A G E N S 2 0 1 9 C O M P A R C E R I A<br />

P R O M I N D 7 - C L I C K V I A J A S A N T A R É M<br />

BALI - ILHAS GREGAS (CRUZEIRO) - NOVA IORQUE<br />

W W W . S A N T A R E M . C L I C K V I A J A . C O M<br />

S A N T A R E M @ C L I C K V I A J A . C O M


INDSET<br />

AGAZINE<br />

M Desenvolvimento Pessoal, Auto-Conhecimento e Espiritualidade<br />

J JA AN NE EI RI RO 220 01 91 9 | | AAN NO 1 1 | | NNÚ ÚM EER RO 1 1<br />

13 LIÇÕES DE VIDA!<br />

S e c a i r l e v a n t e - s e<br />

a p e n a s m a i s u m a v e z<br />

d o q u e a s q u e c a i u<br />

O PODER DO PERDÃO<br />

A m e l h o r m a n e i r a d e<br />

i<br />

ATÉ<br />

n i c i a r a " l i m p e z a i n t e r n a "<br />

BREVE!<br />

MINDSET: A PORTA<br />

PARA A MUDANÇA<br />

DA REALIDADE<br />

A g r a n d e c h a v e p a r a a<br />

m u d a n ç a é a a u t o<br />

r e s p o n s a b i l i z a ç ã o<br />

A YONIEL GARCIA<br />

ENTREVISTA<br />

M O T I V A - M E O S E R H U M A N O ,<br />

A R E A L I Z A Ç Ã O D O S E R H U M A N O , A F E L I C I D A D E D O S E R H U M A N O .

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