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42 Henrique Subi<br />
“filtros” em nossos olhos, ouvidos, nariz, implantados com o passar do tempo como<br />
resultado de nossa história, das nossas experiências vividas; e sempre pretendemos,<br />
ao exteriorizar isso, que o receptor da mensagem seja marcado positiva ou negativamente<br />
pelas nossas palavras.<br />
Por isso, toda mensagem chega até nós, por qualquer caminho que seja, acompanhada<br />
de diversas circunstâncias que o bom intérprete consegue identificar para<br />
estabelecer com clareza o que o autor pretende obter com a publicação do texto.<br />
A análise do contexto, muitas vezes, depende de conhecimentos prévios sobre<br />
História, Geografia ou Literatura. Em concursos públicos, por outro lado, é bastante<br />
comum a contextualização em relação a eventos recentes que tiveram destaque na<br />
imprensa nacional e internacional. Isso é bom, porque ao ler jornais, revistas e sites<br />
de notícias, além de estar se preparando para a prova de Atualidades, você igualmente<br />
estará se municiando de dados relevantes para as questões de Português, pois<br />
ficará consciente da conjuntura econômica e política atual para extrair corretamente<br />
as informações sobre o contexto.<br />
Em outra linha, pontos importantes do contexto podem ser encontrados no<br />
momento da leitura. A leitura ativa deve considerar todos os elementos do texto:<br />
o título, eventuais notas de rodapé, a fonte de onde o texto foi retirado etc.. Por<br />
exemplo: textos encontrados em publicações científicas costumam ser objetivos e<br />
ter a função de informar sobre uma nova descoberta ou estudo (classificam-se como<br />
exposições); já textos advindos de jornais e revistas, principalmente dos editoriais,<br />
trazem elevada carga de opinião do autor, a sua análise pessoal de determinado acontecimento<br />
(classificam-se como argumentações).<br />
Dizemos isso para mostrar que o caminho do estudo da interpretação de textos<br />
segue, agora, para a “desmontagem” do conceito de leitura ativa. Imagine que<br />
vamos colocá-la no microscópio e investigar de que ela é formada. Assim, conheceremos<br />
os diversos instrumentos de interpretação que nos ajudarão na construção<br />
do contexto.<br />
Antes, passe ao exercício seguinte, elaborado pela Fundação CESGRANRIO,<br />
para praticar aquilo que aprendemos. Após as alternativas estão os gabaritos e breves<br />
comentários:<br />
Texto II<br />
NADA MUDOU<br />
“Em outros declives semelhantes, vimos, com prazer, progressivos indícios<br />
de desbravamento, isto é, matas em fogo ou já destruídas, de<br />
cujas cinzas começavam a brotar o milho, a mandioca e o feijão”.(...)<br />
“Pode-se prever que em breve haverá falta até de madeira necessária<br />
para construções se, por meio de uma sensata economia florestal, não<br />
se der fim à livre utilização e devastação das matas desta zona”. “As<br />
ervas desse campo, para serem removidas e fertilizar o solo com carbono<br />
e extirpar a multidão de insetos nocivos, são queimadas anualmente<br />
pouco antes de começar a estação chuvosa. Assistimos, com