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RCIA - ED. 166 - MAIO 19

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FILHOS DA NOSSA TERRA<br />

Araraquarense do Jardim<br />

Brasília, hoje na Microsoft<br />

Érica Missão, do Jardim<br />

Brasília, formada em<br />

matemática pela Unesp<br />

(São José do Rio Preto) e<br />

mestre em estatística pela<br />

Ufscar (São Carlos), é uma<br />

das muitas brasileiras que<br />

buscou acertar a vida em<br />

outro país.<br />

Certo dia, a filha de Dairce Marins<br />

e João Missão, decidiu afivelar as malas<br />

e partir para o exterior. Conheceu<br />

o marido Marcelo Hasegawa na época<br />

da faculdade quando ele estudava<br />

Física pela Usp, também em São<br />

Carlos e ambos embarcaram para a<br />

conquista de novos sonhos.<br />

Trabalhar fora do país aconteceu<br />

de forma inesperada: quando Marcelo<br />

andava pelo Campus viu um aglome-<br />

Com o marido<br />

em Seatlle,<br />

região onde<br />

vivem nos<br />

Estados<br />

Unidos<br />

rado de pessoas e perguntou o que<br />

estava acontecendo. Foi informado<br />

que era uma seletiva com recrutadores<br />

da Microsoft, fez então a entrevista<br />

(era sua área no mestrado pelo ITA<br />

em São José dos Campos), passou e<br />

foi contratado como engenheiro de<br />

software da empresa. Érica conta que<br />

o marido entrou para a Microsoft porque<br />

é muito inteligente e bom no que<br />

faz. “O americano não gosta dessa<br />

área, então as empresas vão buscar<br />

em faculdades de primeira linha, profissionais<br />

no mundo inteiro.<br />

Já no caso de Érica foi diferente.<br />

Para acompanhar o marido que já<br />

estava em Seatlle, deixou seu trabalho<br />

em 2013 em São Paulo, onde<br />

atuava na área de estatística de uma<br />

empresa de telefonia. A princípio sua<br />

ideia era ir para lá e adquirir cultura<br />

local, estudar inglês, mudar de ares,<br />

pois entendia naquele momento que<br />

o Brasil não estava bem. Partiu imaginando<br />

que um dia poderia voltar. Não<br />

aconteceu e os amigos que trabalhavam<br />

na Microsoft no Brasil, também<br />

se descolaram para os Estados Unidos.<br />

E já que estavam morando em<br />

Seatlle há dois anos e os brasileiros<br />

estavam todos querendo se fixar por<br />

lá, resolveram em 2015 comprar uma<br />

casa e estender raízes. Nesse tempo,<br />

já falava inglês fluente, tinha Green<br />

Card e autorização para trabalhar.<br />

Resolveu então pleitear uma vaga<br />

na Microsoft, passou por um processo<br />

seletivo e conseguiu, inclusive na<br />

mesma área que atuava no Brasil.<br />

Para ela trabalhar na Microsoft<br />

Corporation é uma experiência única,<br />

muito diferente do que estava acostumada<br />

por aqui. “Lá não existe o jeitinho<br />

brasileiro, não existe cinquenta<br />

tons de cinza, é preto no branco”.<br />

Érica costuma aconselhar amigos<br />

brasileiros que passem por essa experiência,<br />

seja trabalhando nos EUA<br />

ou na Europa, “é uma experiência<br />

tão rica, que não se consegue sem<br />

sair do país. Pelo fato de morarmos<br />

em uma região que é um polo tecnológico,<br />

conseguimos conviver com<br />

pessoas de várias partes do mundo,<br />

e isso é enriquecedor. Eu trabalho<br />

com chineses, japoneses, latinos,<br />

europeus, tudo se torna um grande<br />

aprendizado”<br />

Perguntada sobre como se sentia<br />

em trabalhar na empresa do mito Bill<br />

O casal<br />

participando<br />

de conferência<br />

da empresa<br />

em Redmon<br />

(WA)<br />

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