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RCIA - ED. 129 - ABRIL 2016

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BRONCA DO CONSUMIDOR<br />

Produtos hortifruti colocados nas<br />

bancas sem controle de qualidade<br />

Consumidor que compra<br />

cebola com seu miolo podre<br />

dificilmente vai ao Procon<br />

reclamar. O mesmo acontece<br />

com os demais hortifruti,<br />

considerados produtos<br />

perecíveis. Assim, tornou-se<br />

comum encontrar nas bancas<br />

de alguns supermercados e<br />

varejões - frutas e legumes<br />

sem controle de qualidade.<br />

Seria ótimo acordar logo cedo e tomar<br />

um suco de laranja acompanhado<br />

de uma fatia de mamão bem docinho.<br />

Seria... se a laranja não estivesse tão<br />

ácida e o mamão aguado. É verdade,<br />

que quando você vai comprar uma fruta<br />

ou verdura, usa parâmetros de cor,<br />

cheiro e consistência para perceber se<br />

ela está madura, murcha ou estragada.<br />

Mas, nem sempre acerta.<br />

Produtos hortifruti encontrados em<br />

alguns supermercados e varejões, até<br />

mesmo na “quarta da verdura” ou na<br />

“quinta é dia de feira”, têm preocupado<br />

o consumidor nos últimos meses, pois<br />

frutas e legumes se apresentam com o<br />

miolo apodrecido. A cebola e o mamão<br />

aparecem como favoritos na lista dos<br />

estragados.<br />

No panorama regional, a produção<br />

de cebola aumentou cerca de 25% na<br />

última década, sendo a segunda hortaliça<br />

em importância econômica na<br />

atualidade.<br />

É de São José do Rio Pardo, a 172<br />

km de distância, que chega parte da<br />

carga de cebola colocada em supermercados<br />

e varejões da cidade. Apesar<br />

de ainda ser considerada a “capital da<br />

cebola” no Estado de São Paulo, Rio<br />

Pardo está dando menos espaço a esse<br />

tipo de cultivo. Apenas 20% dos agricultores<br />

continuam com a cultura.<br />

Em 10 anos, o plantio passou de 3<br />

mil hectares para 650. Cerca de 70%<br />

dos produtores diminuíram a área plantada<br />

ou trocaram de cultura e 10% deixaram<br />

de plantar qualquer outro produto.<br />

Com isso a reposição de cebola vem<br />

de outras regiões como o Triângulo<br />

Mineiro.<br />

O MAMÃO<br />

O Estado de São Paulo já foi<br />

o maior produtor de mamão. Porém,<br />

com o aparecimento do vírus<br />

Por fora a cebola parece estar<br />

maravilhosa; o miolo no entanto,<br />

se mostra comprometido<br />

Frutas neste estado às vezes fogem ao “olhar clínico” do repositor<br />

do mosaico na região de Monte Alto (86<br />

km de Araraquara), a cultura migrou<br />

para outras regiões. Atualmente o Estado<br />

da Bahia ocupa a posição de maior<br />

produtor de mamão do país, seguido<br />

pelo Espírito Santo e Pará, os quais representam<br />

cerca de 92% da produção<br />

nacional.<br />

O mosaico é uma das doenças mais<br />

sérias do mamoeiro. É causado por um<br />

vírus e é transmitido pelo pulgão, inseto<br />

que se instala nas ervas daninhas que<br />

crescem em volta dos pés. O pulgão<br />

carrega o vírus causador do mosaico<br />

e quando pica o mamoeiro doente, ele<br />

adquire o vírus, vai para outras plantas<br />

e transmite para os pés sadios.<br />

Os primeiros sintomas aparecem<br />

nas folhas, que ficam deformadas, com<br />

manchas mais claras, por isso o nome<br />

de mosaico. Outro sintoma aparece no<br />

talo, tipo uma estria, e nos frutos, em<br />

formato de anel. Às vezes, os frutos<br />

estão aparentemente saudáveis, mas a<br />

lavoura já está comprometida.<br />

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