ANOZERO'19 Programa de Ativação
Organizada por três curadores a partir da leitura do texto «A terceira margem do rio» (1962), de João Guimarães Rosa, o Anozero'19 – Terceira Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra sustenta-se em três pilares fundamentais: uma exposição, um catálogo e um programa de ativação. O programa de ativação pretende tecer diálogos e encontros entre a bienal e as diferentes comunidades locais. COORDENAÇÃO Esfera CAPC – Joana Monteiro Mestrado em Estudos Curatoriais, Colégio das Artes UC – Ana Rito e José Maçãs de Carvalho
Organizada por três curadores a partir da leitura do texto «A terceira margem do rio» (1962), de João Guimarães Rosa, o Anozero'19 – Terceira Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra sustenta-se em três pilares fundamentais: uma exposição, um catálogo e um programa de ativação.
O programa de ativação pretende tecer diálogos e encontros entre a bienal e as diferentes comunidades locais.
COORDENAÇÃO
Esfera CAPC – Joana Monteiro
Mestrado em Estudos Curatoriais, Colégio das Artes UC – Ana Rito e José Maçãs de Carvalho
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PATRIMÓNIO MUNDIAL<br />
• WORLD HERITAGE • PATRIMOINE MONDIAL •<br />
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Anozero’19<br />
<strong>Programa</strong><br />
<strong>de</strong><br />
<strong>Ativação</strong><br />
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<strong>Programa</strong> <strong>de</strong> <strong>Ativação</strong><br />
Mestrado<br />
em Estudos<br />
Curatoriais<br />
do Colégio<br />
das Artes<br />
coor<strong>de</strong>nação<br />
Anozero’19<br />
Esfera<br />
CAPC<br />
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OFICINA<br />
Longe, no caminho<br />
Os mapas (geográficos ou celestes)<br />
são representações bidimensionais <strong>de</strong> um território,<br />
numa escala reduzida. Obe<strong>de</strong>cem a rigorosas regras<br />
<strong>de</strong> representação, partindo <strong>de</strong> métodos científicos <strong>de</strong><br />
recolha <strong>de</strong> informação.<br />
Foi a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sintetizar numa imagem<br />
bidimensional o tempo e o espaço, o visível e o invisível,<br />
que tornou possível a cartografia. E se o mapa é estático,<br />
pressupõe uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> narrativa, <strong>de</strong> itinerário.<br />
Como registar então hoje o andar, o caminhar? Depois<br />
do passeio Dada e da <strong>de</strong>ambulação surrealista, que<br />
não sentiram necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> traduzir as suas ações<br />
em suporte cartográfico, procurando antes o registo<br />
literário, temos os mapas psicogeográficos da <strong>de</strong>riva<br />
situacionista, que nunca quiseram representar<br />
percursos reais. A recuperação dos mapas como<br />
instrumentos expressivos <strong>de</strong> representação por parte <strong>de</strong><br />
alguns artistas da Land Art veio recolocar a atenção no<br />
sistema <strong>de</strong> relações e conexões que o corpo estabelece<br />
com o espaço que vivencia. São representações do<br />
movimento, que procuram fixar o tempo e o espaço<br />
do percurso, do itinerário.<br />
Com<br />
Désirée Pedro (arquitetura)<br />
e Rui Barros (aluno do Mestrado<br />
em Estudos Curatoriais)<br />
Datas<br />
quarta, 13 <strong>de</strong> novembro<br />
14h30–18h30<br />
domingo, 15 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
11h30–16h30<br />
Local <strong>de</strong> encontro<br />
Círculo Se<strong>de</strong><br />
Para M/14<br />
Proposta <strong>de</strong>senvolvida por<br />
Rui Barros,<br />
aluno do Mestrado em Estudos<br />
Curatoriais, Colégio das Artes UC.<br />
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OFICINA<br />
Manifesto<br />
O manifesto <strong>de</strong>ve refletir as<br />
preocupações comuns dos participantes acerca das<br />
fronteiras da Europa e da livre circulação <strong>de</strong> pessoas<br />
que procuram asilo — ao fugirem <strong>de</strong> situações extremas<br />
<strong>de</strong> guerra — ou que sintam que os seus direitos não<br />
estão a ser respeitados no país on<strong>de</strong> habitam.<br />
O manifesto será pensado e escrito em conjunto. O texto<br />
final será transformado em cartazes que serão utilizados<br />
na manifestação a realizar no final da oficina.<br />
A sua realização espontânea, característica da escrita<br />
das palavras <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, obriga à utilização <strong>de</strong> técnicas<br />
<strong>de</strong> representação gráfica imediata: stencils, carimbos,<br />
letras <strong>de</strong>senhadas a pincel, recortes <strong>de</strong> letras, canetas<br />
grossas, ou o que servir melhor.<br />
Com<br />
Camilo Soldado (jornalismo) e<br />
Joana Monteiro (<strong>de</strong>sign gráfico)<br />
DATAS<br />
domingo, 17 <strong>de</strong> novembro<br />
15h00–17h30<br />
quarta, 20 <strong>de</strong> novembro<br />
15h00–17h30<br />
Local<br />
Círculo Se<strong>de</strong>,<br />
Convento <strong>de</strong> Santa Clara-a-Nova<br />
Para M/8<br />
As ativida<strong>de</strong>s do programa <strong>de</strong> ativação<br />
são gratuitas, mas <strong>de</strong> inscrição obrigatória,<br />
através do e-mail esfera@capc.com.pt, até<br />
dois dias antes da data da sua realização.<br />
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OFICINA<br />
Os Dias Gloriosos<br />
Steve McQueen condiciona-nos o<br />
olhar através do seu entrecruzar <strong>de</strong> material audiovisual<br />
na obra Once Upon a Time, presente na bienal.<br />
É o resultado do seu próprio olhar sobre o projeto<br />
Voyager Gol<strong>de</strong>n Record — uma tentativa <strong>de</strong> resumir<br />
a humanida<strong>de</strong> e o nosso planeta, com o objetivo <strong>de</strong><br />
comunicação intergaláctica.<br />
Nesta oficina, queremos dar continuida<strong>de</strong> a um outro<br />
projeto, também ele uma cápsula do tempo, lançado<br />
pela altura da comemoração dos 60 anos do CAPC.<br />
A Cápsula do Tempo CAPC será composta por um<br />
«espaço-contentor» on<strong>de</strong> se colocam objetos escolhidos<br />
por diversas individualida<strong>de</strong>s e artistas, associados à<br />
história do Círculo <strong>de</strong> Artes Plásticas <strong>de</strong> Coimbra.<br />
Através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dinâmica <strong>de</strong> grupo, iremos<br />
promover uma reflexão, a partir da qual po<strong>de</strong>m emergir<br />
conceitos e imagens que caracterizam e representam a<br />
socieda<strong>de</strong> atual. É a partir <strong>de</strong>sta reflexão que po<strong>de</strong>mos<br />
imaginar futuros <strong>de</strong>sejáveis, enquanto cidadãos ativos.<br />
Os participantes, obrigatoriamente crianças, serão os<br />
fiéis guardiões da nossa Cápsula do Tempo, que ficará<br />
encerrada durante 60 anos.<br />
Com<br />
Camila Monteiro Pereira<br />
(antropologia)<br />
Datas<br />
domingo, 24 <strong>de</strong> novembro<br />
15h00–17h30<br />
quarta, 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
15h00–17h30<br />
Local<br />
Colégio das Artes UC<br />
Para M/6<br />
As ativida<strong>de</strong>s do programa <strong>de</strong> ativação<br />
são gratuitas, mas <strong>de</strong> inscrição obrigatória,<br />
através do e-mail esfera@capc.com.pt, até<br />
dois dias antes da data da sua realização.<br />
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OFICINA<br />
No Limite<br />
O significado da palavra LIMITE será<br />
interpretado <strong>de</strong> três formas possíveis:<br />
— os LIMITES territoriais (fronteiras) do mundo;<br />
— os LIMITES (margens) do nosso suporte gráfico,<br />
com implicações no fazer e no pensar o fazer;<br />
— os LIMITES (limitações) técnicos e psicológicos, as<br />
impossibilida<strong>de</strong>s/possibilida<strong>de</strong>s e a sua transposição.<br />
Partimos da i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Limites, com toda a implicação<br />
social, política e comportamental associada, tão<br />
presente nos assuntos do mundo — uma questão que <strong>de</strong><br />
meramente geográfica passa a premente e fundamental.<br />
Iremos construir composições gráficas, a imprimir em<br />
técnica serigráfica.<br />
Com<br />
Mike Goes West (serigrafia)<br />
e Joana Monteiro (<strong>de</strong>sign gráfico)<br />
Datas<br />
quarta, 27 <strong>de</strong> novembro<br />
14h30–18h30<br />
domingo, 1 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
14h30–18h30<br />
Local<br />
Círculo Sereia<br />
Para M/12<br />
(continuação da oficina <strong>de</strong> tipografia,<br />
warm-up do encontro <strong>de</strong> tipografia 10ET,<br />
cujo tema é Bor<strong>de</strong>rs)<br />
As ativida<strong>de</strong>s do programa <strong>de</strong> ativação<br />
são gratuitas, mas <strong>de</strong> inscrição obrigatória,<br />
através do e-mail esfera@capc.com.pt, até<br />
dois dias antes da data da sua realização.<br />
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MESA-REDONDA<br />
Representar o real: ciências sociais,<br />
jornalismo, arte e política<br />
Os atentados <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2001 e o crash<br />
financeiro <strong>de</strong> 2008 assinalam pontos <strong>de</strong> viragem na or<strong>de</strong>m económica e<br />
na política global construídas <strong>de</strong>pois da II Guerra Mundial e cristalizam<br />
uma certa imagem <strong>de</strong> crise que caracteriza a condição contemporânea.<br />
Esta crise po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida a partir <strong>de</strong> quatro dimensões centrais:<br />
o fim da hegemonia americana associado à constituição turbulenta<br />
<strong>de</strong> uma nova or<strong>de</strong>m internacional; o <strong>de</strong>bate em torno dos limites da<br />
soberania estatal e dos mo<strong>de</strong>los tradicionais <strong>de</strong> representação política;<br />
o questionamento da crença no mercado enquanto sistema<br />
<strong>de</strong> regulação económica; e, finalmente, a erosão das gran<strong>de</strong>s<br />
instituições <strong>de</strong> mediação cultural e i<strong>de</strong>ológica da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>.<br />
Reconhecendo o carácter contraditório, complexo e imprevisível<br />
<strong>de</strong>stes processos <strong>de</strong> mudança social, esta mesa-redonda quer<br />
promover o diálogo entre agentes <strong>de</strong> diferentes sectores do campo<br />
<strong>de</strong> produção cultural — das ciências sociais ao jornalismo, passando<br />
pela arte — para propor cartografias mais plurais, menos segmentadas<br />
e menos espartilhadas do estado do mundo. Sem conce<strong>de</strong>r o privilégio<br />
epistemológico ao conhecimento científico, este diálogo procura,<br />
em simultâneo, contribuir para um exame mais preciso das<br />
continuida<strong>de</strong>s e das ruturas nas agendas <strong>de</strong> pesquisa, nas metodologias<br />
<strong>de</strong> trabalho, nos pressupostos analíticos, nos compromissos políticos<br />
e nos constrangimentos materiais e organizacionais que marcam<br />
a produção do saber e as formas <strong>de</strong> representação do real em cada<br />
um <strong>de</strong>stes campos.<br />
Com<br />
Agnaldo Farias (Curador-geral<br />
Anozero’19)<br />
Ana Vaz (artista e cineasta)<br />
Luís Trinda<strong>de</strong> (Historiador, Birkbeck,<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Londres)<br />
Sandra Monteiro (jornalista, Le Mon<strong>de</strong><br />
Diplomatique – Edição Portuguesa)<br />
Mo<strong>de</strong>ração<br />
Rahul Kumar (sociólogo, Faculda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Economia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Coimbra)<br />
Data<br />
quinta, 28 <strong>de</strong> novembro<br />
11h00–13h00<br />
Local<br />
Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Economia UC,<br />
Sala Keynes<br />
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OFICINA<br />
O Farol<br />
«[…] I do not know your language,<br />
you sons of the sea.»<br />
In The Last Silent Movie, Susan Hiller, 2007<br />
Vamos imaginar que conseguimos<br />
<strong>de</strong>sfazer o silêncio das tantas pessoas que atravessam<br />
o Mar Mediterrâneo em busca <strong>de</strong> refúgio na Europa.<br />
Que mensagens nos transmitiriam os que atravessam<br />
o mar? E que respostas lhes daríamos? E se o Mar<br />
Mediterrâneo falasse?<br />
O «<strong>de</strong>smudar» <strong>de</strong> Susan Hiller, através da sua obra<br />
presente nesta edição do Anozero, The Last Silent Movie,<br />
e o farol, como meio <strong>de</strong> comunicação terra/mar através<br />
<strong>de</strong> luz, são o ponto <strong>de</strong> partida para esta ativida<strong>de</strong>.<br />
A oficina consiste na construção <strong>de</strong> mensagens<br />
tipográficas <strong>de</strong> luz com o auxílio <strong>de</strong>: retroprojetor<br />
+ stencils; fotografias <strong>de</strong> longa exposição + objetos<br />
luminosos.<br />
Com<br />
Maria Bicker (fotografia)<br />
e Joana Monteiro (<strong>de</strong>sign gráfico)<br />
Datas<br />
quarta, 18 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
15h00–18h00<br />
domingo, 22 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
15h00–18h00<br />
Local<br />
Círculo Se<strong>de</strong> e<br />
Convento <strong>de</strong> Santa<br />
Clara-a-Nova<br />
Para M/8<br />
As ativida<strong>de</strong>s do programa <strong>de</strong> ativação<br />
são gratuitas, mas <strong>de</strong> inscrição obrigatória,<br />
através do e-mail esfera@capc.com.pt, até<br />
dois dias antes da data da sua realização.<br />
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OFICINA COMUNITÁRIA<br />
O Palco da Terceira Margem<br />
Aqui, nesta «terceira margem»,<br />
encontramo-nos num lugar híbrido. Neste palco,<br />
propomos dar voz à comunida<strong>de</strong> local, não só aos<br />
vizinhos mais próximos do Convento <strong>de</strong> Santa Clara-a-<br />
-Nova, que são os moradores do Largo da Nossa<br />
Senhora da Esperança, mas também aos moradores<br />
da freguesia <strong>de</strong> Santa Clara e Castelo Viegas em geral.<br />
Numa série <strong>de</strong> encontros, que se querem informais,<br />
vamos mediar uma relação entre as obras <strong>de</strong> arte<br />
expostas e os visitantes.<br />
Assim, convidamos os vizinhos a transpor o portão <strong>de</strong><br />
acesso aos terrenos do Convento e a virem contar as<br />
suas histórias a partir das obras <strong>de</strong> arte e/ou do conto,<br />
em volta da lareira, no espaço da bienal. No último dia<br />
da bienal, estaremos preparados para vos apresentar<br />
o resultado <strong>de</strong>sta ação, mas até lá po<strong>de</strong>m acompanhar<br />
tudo nas nossas re<strong>de</strong>s sociais.<br />
Com<br />
Céu Gonçalves<br />
(aluna do Mestrado em Estudos<br />
Curatoriais)<br />
Colaboração<br />
Bia Petrus (aluna do Doutoramento<br />
em Arte e Educação, FBAP)<br />
Data da apresentação pública<br />
domingo, 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
Local<br />
Largo Nossa Senhora da Esperança<br />
e Convento <strong>de</strong> Santa Clara-a-Nova<br />
Para comunida<strong>de</strong> local<br />
Proposta <strong>de</strong>senvolvida por<br />
Céu Gonçalves, aluna do Mestrado<br />
em Estudos Curatoriais, Colégio<br />
das Artes UC.<br />
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LEITURAS Na margem das palavras<br />
Ao analisar o conto <strong>de</strong> João Guimarães<br />
Rosa «A Terceira Margem do Rio», que serve <strong>de</strong> base<br />
a todo o <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> <strong>Ativação</strong> Anozero’19, po<strong>de</strong>mos<br />
perguntar quem eram os habitantes que se encontravam<br />
na margem. Quem eram as pessoas que tentavam<br />
comunicar com o pai? Esta i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> comunicação, ou a<br />
falta <strong>de</strong>la, encontra-se permanentemente incutida no<br />
conto. Assim, o diálogo e a vivência dos habitantes da<br />
margem são trazidos para esta ativida<strong>de</strong>. Através da<br />
citação do conto e outros textos, iremos comunicar<br />
com os habitantes <strong>de</strong> Coimbra. A partir <strong>de</strong> um<br />
monólogo — em que uma pessoa lê e outra escuta —,<br />
preten<strong>de</strong>mos dar a conhecer o conto e a terceira<br />
margem.<br />
Proposta <strong>de</strong>senvolvida por<br />
Ricardina Oliveira,<br />
(aluna do Mestrado em Estudos<br />
Curatoriais, Colégio das Artes UC)<br />
Datas e locais<br />
dom, 3 nov, 17h00<br />
Convento <strong>de</strong> Santa Clara-a-Nova<br />
quintas-feiras, 16h00<br />
7 nov, Praça 8 <strong>de</strong> Maio<br />
14 nov, Ponte <strong>de</strong> Santa Clara<br />
21 nov, Jardim da Sereia<br />
28 nov, Paço das Escolas<br />
5 <strong>de</strong>z, Ler ao cubo, Parque Ver<strong>de</strong><br />
12 <strong>de</strong>z, Jardim Botânico<br />
19 <strong>de</strong>z, Praça da República<br />
26 <strong>de</strong>z, Convento Santa Clara-a-Nova<br />
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AULA ABERTA<br />
Trazer a margem para o centro… da conversa<br />
Que é a margem? Qual a sua<br />
operativida<strong>de</strong>? Qual a pertinência <strong>de</strong> a tornar centro?<br />
Qual a efetivida<strong>de</strong> da sua centralização? De que modos<br />
se articula esta margem com a Terceira Margem?<br />
E com os outros temas da bienal? As perguntas evocadas<br />
pelo conto <strong>de</strong> João Guimarães Rosa abrem um lugar <strong>de</strong><br />
discussão cuja pertinência po<strong>de</strong> ser estendida a toda a<br />
comunida<strong>de</strong> científica: «[…] passadores, moradores das<br />
beiras, até do afastado da outra banda». As i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong><br />
margem e marginalida<strong>de</strong> que têm vindo a ser exploradas<br />
são suficientemente amplas para que todas as áreas<br />
do saber, a partir <strong>de</strong>las mesmas, contribuam para o<br />
seu esclarecimento. Assim se entrelaçam disciplinas<br />
aparentemente à margem da arte, a partir da literatura<br />
em plena «Terceira Margem». As aulas abertas com<br />
vista a um seminário/colóquio preten<strong>de</strong>m ser diferentes<br />
momentos que problematizam os pontos car<strong>de</strong>ais<br />
a orientar o Anozero’19.<br />
Proposta <strong>de</strong>senvolvida por<br />
Guilherme Bento,<br />
aluno do Mestrado em Estudos<br />
Curatoriais, Colégio das Artes UC.<br />
Mais informação em breve.<br />
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Contos à margem<br />
O trabalho da artista Meriç Algün<br />
<strong>de</strong> estudar bibliotecas por todo o mundo direciona-<br />
-se para a aleatorieda<strong>de</strong> na requisição <strong>de</strong> livros.<br />
Por analogia, este método será explorado através da<br />
criação <strong>de</strong> marcadores, remetendo diretamente para a<br />
bienal Anozero’19 e o conto <strong>de</strong> João Guimarães Rosa.<br />
A ação passará por colocar um marcador nos livros<br />
requisitados na Biblioteca Geral da UC durante<br />
o período da bienal — necessariamente contos.<br />
Os marcadores serão colocados aleatoriamente pelo(a)<br />
o funcionário(a) encarreguado <strong>de</strong> entregar o livro e que<br />
terá à sua disposição vários marcadores com diferentes<br />
partes do conto «A Terceira Margem do Rio». Esta ação<br />
levará a uma informação direta e ao mesmo tempo<br />
«escondida», que po<strong>de</strong>rá ser <strong>de</strong>scoberta pelo leitor.<br />
Assim, pela casualida<strong>de</strong> do encontro entre o leitor e o<br />
livro, este marcador po<strong>de</strong>rá perdurar no tempo, mesmo<br />
após o término da exposição.<br />
Proposta <strong>de</strong>senvolvida por<br />
José Pedro Ralha,<br />
aluno do Mestrado em Estudos<br />
Curatoriais, Colégio das Artes UC.<br />
Local<br />
Biblioteca Geral da UC<br />
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<strong>Programa</strong> <strong>de</strong> <strong>Ativação</strong><br />
Visitas<br />
Anozero’19<br />
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VISITAS<br />
Visitas acompanhadas pelo<br />
curador-geral Agnaldo Farias<br />
e pelos curadores-adjuntos<br />
Lígia Afonso e Nuno <strong>de</strong> Brito Rocha<br />
9 e 10 <strong>de</strong> novembro<br />
sábado, 9 <strong>de</strong> novembro<br />
15h00<br />
Círculo Sereia<br />
Percurso cida<strong>de</strong><br />
Círculo Sereia, Círculo Se<strong>de</strong>,<br />
Sala da Cida<strong>de</strong>, Edifício Chiado<br />
domingo, 10 <strong>de</strong> novembro<br />
15h00<br />
Convento <strong>de</strong> Santa<br />
Clara-a-Nova<br />
21 e 22 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
sábado, 21 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
15h00<br />
Laboratorio Chimico<br />
Percurso Universida<strong>de</strong><br />
Laboratorio Chimico,<br />
Museu da Ciência – Galeria<br />
<strong>de</strong> História Natural,<br />
Colégio das Artes<br />
domingo, 22 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
15h00<br />
Convento <strong>de</strong> Santa<br />
Clara-a-Nova<br />
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VISITAS MEDIADAS<br />
Estas ações <strong>de</strong> educação visam estimular a formação <strong>de</strong> público<br />
em arte contemporânea e introduzir um mo<strong>de</strong>lo acompanhado/<br />
/mediado <strong>de</strong> interação entre público e obra. Preten<strong>de</strong>-se que a bienal<br />
Anozero’19 seja um espaço <strong>de</strong> estímulo para os seus visitantes,<br />
sem que nos coloquemos entre a obra e o espectador, sem eliminar<br />
experiências individuais. O mediador é mais um «instrumento <strong>de</strong><br />
escuta», um «incentivador», para que os visitantes criem e construam<br />
atravessamentos num ambiente <strong>de</strong> convivência criativa e troca.<br />
Valorizamos a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> vista, mas também o silêncio,<br />
na experiência e fruição da arte contemporânea como meta-arte<br />
e como criação coletiva.<br />
Com<br />
Jorge Cabrera (educador,<br />
aluno <strong>de</strong> Doutoramento<br />
em Arte Contemporânea)<br />
Céu Gonçalves (aluna do Mestrado<br />
em Estudos Curatoriais)<br />
Bia Petrus (aluna do Doutoramento<br />
em Arte e Educação, FBAP)<br />
Local Convento <strong>de</strong> Santa Clara-a-Nova<br />
Datas pré-marcadas<br />
quarta, 6 <strong>de</strong> novembro<br />
sábado, 23 <strong>de</strong> novembro<br />
sábado, 7 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
Duração<br />
2 horas<br />
10h00–12h00; 15h00–17h00<br />
Há a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> marcação noutras datas, para escolas ou grupos<br />
(mín 2, máx 28), através do e-mail esfera@capc.com.pt ou do telefone<br />
962 235 969.<br />
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Visitas-percursos<br />
As visitas-percursos passam pelos espaços expositivos da bienal Anozero’19,<br />
dando também <strong>de</strong>staque ao património edificado e imaterial.<br />
Com<br />
Nádia Rodrigues<br />
(aluna <strong>de</strong> Doutoramento em<br />
Patrimónios <strong>de</strong> Influência Portuguesa, CES)<br />
Daniela Carregado<br />
(aluna do Mestrado em História da Arte,<br />
FCSH)<br />
inês Sério (aluna <strong>de</strong> Licenciatura<br />
em História da Arte, FLUC)<br />
Percurso cida<strong>de</strong><br />
Círculo Sereia, Círculo Se<strong>de</strong>,<br />
Sala da Cida<strong>de</strong>, Edifício Chiado<br />
Duração<br />
3 horas<br />
Datas pré-marcadas<br />
sábado, 16 <strong>de</strong> novembro, 14h30<br />
sábado, 14 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, 14h30<br />
ponto <strong>de</strong> encontro: Círculo Sereia<br />
Percurso Universida<strong>de</strong><br />
Museu da Ciência – Laboratorio Chimico,<br />
Museu da Ciência – Galeria <strong>de</strong> História<br />
Natural, Colégio das Artes<br />
Duração<br />
2 horas<br />
Datas pré-marcadas<br />
quarta, 20 <strong>de</strong> novembro, 14h30<br />
sábado, 30 <strong>de</strong> novembro, 14h30<br />
O percurso cida<strong>de</strong> termina na margem oeste do rio,<br />
em Santa Clara, junto à obra MUSEU. No entanto,<br />
por razões meteorológicas ou outras condicionantes,<br />
po<strong>de</strong>rá terminar no Largo da Portagem.<br />
Há a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> marcação noutras datas, para<br />
escolas ou grupos (mín 5, máx 25), através do e-mail<br />
esfera@capc.com.pt ou do telefone 962 235 969.<br />
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MARCAÇÕES DE VISITAS<br />
E INSCRIÇÕES nas OFICINAS<br />
esfera@capc.com.pt<br />
962 235 969<br />
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