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RCIA - ED. 107 - JUNHO 2014

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ÍNDICE<br />

Artigos<br />

Cidade<br />

05 | Da redação Sônia Maria Marques pinta 20 | Instrutora de Autoescola<br />

o retrato do Brasil em tempos de crise<br />

Mulheres no volante? Elas ensinam a<br />

07 | Editorial Ivan Roberto Peroni<br />

dirigir e são procuradas no mercado de<br />

A sugestão é de que a situação da CTA deve<br />

trabalho em Araraquara<br />

ser discutida por profissionais do setor e não 28 | Visita Governador Geraldo Alckmin<br />

por políticos. Muito palpite em hora errada.<br />

traz a pedido do deputado Massafera,<br />

36 | Pesquisa Jaime Vasconcellos<br />

quase R$ 34 milhões em obras para a cidade<br />

- Indústria da transformação é quem está 34 | Recordação Nas noites de Araraquara<br />

garantindo mais emprego na cidade<br />

O Barril se transformava num pedaço do céu<br />

37 | Jurídico Thaís Costa Domingues<br />

40 | Homenagem O outro lado da vida de<br />

Interessante artigo sobre “a dispensa por<br />

Joacyr Braghini que partiu em maio: a família<br />

e a AABB<br />

justa causa” nas empresas<br />

Vilacopos, 25 anos<br />

Capa<br />

Vilacopos<br />

Loja especializada em<br />

produtos descartáveis<br />

e artigos para festas<br />

comemora 25 anos em<br />

junho. A empresa é um<br />

orgulho para o comércio<br />

da cidade.<br />

PÁG. 10<br />

História<br />

12 | ACIA, 80 anos depois Documentos mostram<br />

as razões que levaram os empresários de 34 a se<br />

reunirem para a fundação de uma entidade de classe<br />

Economia<br />

22 | Tributos O tributarista Roberto<br />

Mateus Ordine discorre sobre o fim da<br />

substituição tributária em nosso país<br />

30 | Smartphone No ano passado<br />

as vendas em Araraquara cresceram<br />

123%. Maravilha!<br />

32 | Programa Empreender<br />

Foi lançado em Araraquara pela<br />

ACIA e o SEBRAE para atender<br />

Minimercados, Confecções<br />

(vestuário) e Material de Construção<br />

Política nas escolas<br />

55 | Parlamento Jovem<br />

A vereadora Edna Martins retoma o antigo projeto<br />

com o objetivo de politizar alunos nas escolas de<br />

Araraquara<br />

Equoterapia<br />

52 | No trote do cavalo<br />

O jornalista Jean Cazellotto acompanhou<br />

em maio a chamada “terapia sobre cavalos”<br />

realizada na Hípica e no Pinheirinho para<br />

fortalecer o equilíbrio de crianças com<br />

dificuldade de andar e falar<br />

Fernanda Brilhante, na Equoterapia<br />

PÁG. 52<br />

Sindicato Rural<br />

45 | O e-Social Na prática como é que ele<br />

vai funcionar entre os produtores rurais<br />

46 | O jovem agricultor rural Um<br />

projeto do Senar e do Sindicato Rural<br />

Roberta Spagnuolo<br />

fala bem do produto<br />

PÁG. 68<br />

Arquitetura & Construção<br />

56 | Casa Cor Goiás<br />

Veja as tendências que acabam<br />

de acontecer numa das mais<br />

importantes mostras de arquitetura<br />

e design no país<br />

Edna Martins, como pré-candidata a deputada federal visita a RCI<br />

Edna Martins e Ivan Roberto Peroni<br />

Atual vereadora, Edna Martins tem em sua vida uma história de lutas pautada<br />

pelo trabalho, respeito e o carinho pela comunidade. Recebida no final de<br />

maio em nossa redação pelo diretor da “Comércio & Indústria”, o jornalista<br />

Ivan Roberto Peroni e demais profissionais que integram a revista, Edna não<br />

nos surpreendeu por sua atenciosidade e a forma transparente e responsável<br />

com que avalia o atual cenário político de Araraquara. Por sua formação (socióloga)<br />

pondera nas suas colocações, observa a necessidade do município ter<br />

sua representatividade na Câmara Federal após a saída de Dimas Ramalho,<br />

hoje ocupando outra função, e, se mostra perfeitamente segura ao papel que<br />

terá para nos representar em Brasília. Com tanto “paraquedista” caindo na<br />

cidade em busca de votos, é fundamental que pensemos em escolher alguém<br />

que seja nosso para que não tenhamos no futuro, que lamentar e mendigar<br />

benefícios a quem, na maioria das vezes, nem sabe onde estamos e o que<br />

precisamos para a nossa terra.<br />

TUDO<br />

MUDOU<br />

Aproximadamente<br />

1,3 mil<br />

araraquarenses<br />

com mais de 70<br />

anos continuam<br />

a trabalhar, mesmo<br />

com a chegada<br />

da aposentadoria, segundo<br />

aponta o Censo de 2010, do Instituto<br />

Brasileiro de Geografia e Estatística<br />

(IBGE). O dado representa 11%<br />

do total de habitantes dessa faixa<br />

etária (13.825 pessoas).<br />

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Futebol Amador<br />

59 | Santana Futebol Clube<br />

Poderia ele ser chamado de “o amado<br />

mestre” pela dedicação e amor ao nosso<br />

esporte. Leonardo Crocci Filho aparece<br />

na reportagem de Rafael Zocco, mostrando<br />

os anos dourados do nosso futebol amador<br />

Documento<br />

66 | Samuel Brasil Bueno<br />

O historiador optou em falar de<br />

Paulo Elias Antônio, que por mais<br />

de 20 anos presidiu a CTA<br />

Saúde<br />

68 | Estado de alerta<br />

Whey protein é um suplemento<br />

de proteína proibido nas academias<br />

da cidade<br />

72 | Gastronomia Onde comer bem<br />

e sem culpa? Melancia, bem no centro<br />

da cidade é uma ótima opção<br />

Variedade<br />

75 | Em foco<br />

Os fatos e as pessoas que circulam<br />

em eventos da cidade<br />

82 | Luiz Carlos Bedran Nosso<br />

colunista escolheu um tema que<br />

o leitor vai gostar: “Junho”, mês de festa<br />

junina, Santo Antônio e Copa do Mundo<br />

Já neste começo de mês,<br />

as festas juninas começam a<br />

pipocar por todos os cantos.<br />

Uma das mais tradicionais é<br />

a de Santo Antônio (até o dia<br />

13), numa agradável mistura<br />

de quermesse com o reencontro<br />

dos moradores da<br />

Vila Xavier. Só que a festa se<br />

globalizou: agora toda Araraquara<br />

participa.<br />

Da mesma forma, outras igrejas<br />

acendem suas esperanças em<br />

busca de recursos provenientes da<br />

gastronomia: São José (18, 19 e 20),<br />

embora não sendo santo do meio<br />

entra na rota com o consentimento<br />

de Antônio, João e Pedro. São Geraldo,<br />

também vai no embalo (6 e 7),<br />

fazendo sua quermesse para garantir<br />

o faturamento e sustentação de<br />

suas obras sociais. A novidade fica<br />

por conta de duas santas: Nossa Senhora<br />

das Graças (13 e 14) e Nossa<br />

Senhora Aparecida (27, 28 e 29).<br />

O que na verdade chama a<br />

atenção do público é que, fugindo<br />

às bençãos juninas derramadas<br />

pelas igrejas neste período, só uma<br />

festa se apresenta fora do cenário<br />

religioso: é o Arraiá da Bondade,<br />

organizada pela APAE e cujo perfil<br />

Leonardo Crocci Filho,<br />

presidente do Santana<br />

PÁG. 48<br />

Fé em Deus e pé na tábua<br />

de solidariedade se multiplica ano<br />

após ano para favorecer uma causa<br />

plenamente justa: o tratamento que<br />

a entidade se vê quase que obrigada<br />

a dispensar para crianças que apresentam<br />

algum tipo de deficiência física.<br />

É justo que exista a cooperação<br />

da sociedade em todos os eventos,<br />

comendo, bebendo, se divertindo<br />

enfim.<br />

Se as instituições religiosas têm<br />

a necessidade desse apelo para<br />

desenvolver suas ações sociais ou<br />

reforma dos templos, merecendo<br />

ajuda, logo a festa junina da APAE<br />

apresenta um outro tipo de necessidade,<br />

que é conquistar recursos para<br />

socorrer quem padece duas ou mais<br />

vezes ao longo da sua existência.<br />

Importante é que todos estão envolvidos<br />

pela religiosidade ou solidariedade,<br />

trabalhando convictos de que, em<br />

assim agindo o mundo será melhor.<br />

DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

REVISTA<br />

Sônia Maria Marques<br />

Em tempos de crise,<br />

futebol e eleições<br />

Da crise moral e econômica que vem assolando o país, não há<br />

como ficar alheio às situações vividas nas grandes cidades, como<br />

as que têm ocorrido ultimamente. Parte da população se revolta<br />

e coloca nas ruas, os movimentos que já se tornaram frequentes,<br />

sejam por moradias, com pessoas reivindicando propriedades<br />

para se instalarem, outros, porque houve aumento da tarifa de<br />

ônibus, outra parte porque não houve majoração salarial (motoristas<br />

de ônibus) deixando os grandes centros, no caos. Há também,<br />

os que protestam pela realização da Copa do Mundo. São tantas<br />

as mobilizações em que a população descontente toma parte que<br />

devemos perguntar: “Como será daqui pra frente?”.<br />

O nosso ‘’país tropical abençoado por Deus’’ está a cada<br />

dia, às voltas com um novo problema e a cada manifestação da<br />

população, há o embate contra o governo – municipal, estadual,<br />

federal, resultando em desgastes de ambos os lados.<br />

Hoje, o que se vê, são lojistas, empresas e muitos outros<br />

setores colocando o pé no breque para poderem atravessar esse<br />

período plenamente maquiado, sem perspectivas ainda, se no<br />

futuro, as coisas poderão voltar à normalidade, o que nos parece<br />

um pouco difícil.<br />

A maioria da população tem na ponta da língua a frase ‘’deixa...<br />

depois da Copa vêm as eleições”, mas o que temos visto,<br />

é que, depois das eleições, tudo continuará igual, pois quer nos<br />

parecer que os políticos se perderam pelo caminho e a eles só<br />

resta uma solução: recolocar o ser humano como meta prioritária.<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO N°<strong>107</strong> - <strong>JUNHO</strong> / <strong>2014</strong><br />

Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni<br />

Supervisora Editorial: Sônia Marques<br />

Redação: Rafael Zocco, Jean Cazellotto<br />

Depto. Comercial: Gian Roberto, Silmara Zanardi,<br />

Marcos Assumpção, Marcello Furtado, Roseli Carvalho<br />

Design: Mário Francisco, Carolina Bacardi,<br />

Fernando Oprime, Bete Campos<br />

Tiragem: 5 mil exemplares<br />

Impressão: Grafinew - (16) 3322-6131<br />

A Revista Comércio & Indústria é distribuida gratuitamente<br />

em Araraquara e região<br />

INFORMAÇÕES ACIA: (16) 3322 3633<br />

COORDENAÇÃO, <strong>ED</strong>ITORAÇÃO, R<strong>ED</strong>AÇÃO E PUBLICIDADE<br />

Fone/Fax: (16) 3336 4433<br />

Rua Tupi, 245 - Centro<br />

Araraquara/SP - CEP: 14801-307<br />

marzo@marzo.com.br<br />

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<strong>ED</strong>ITORIAL<br />

CTA: melhor será se os políticos<br />

estiverem fora do seu futuro<br />

A atual situação financeira da Companhia Tróleibus<br />

Araraquara desenhada pela sua administração, quer nos<br />

parecer bem mais grave que a pintura feita. Não é de hoje<br />

que a empresa caminha insegura buscando alternativas<br />

que possam lhe dar de volta uma vida saudável, mas,<br />

deparando com a severidade das leis e ações bem mais<br />

políticas que administrativas ou técnicas, a CTA está mergulhada<br />

em crise pautada por erros, falhas e até mesmo<br />

mazelas que há muitos anos tornam a companhia quase<br />

inviável. Pelo menos é o apontamento que se faz, agora<br />

que a discussão em torno da venda de suas linhas para a<br />

iniciativa privada ganha acelerada dimensão.<br />

Verdade seja dita: não somos especialistas em transporte<br />

coletivo e nem temos essa pretensão, contudo é<br />

nosso dever e quase obrigação evitar que uma empresa<br />

de passado digno e honrado fique exposta à ingerência e<br />

disputa política. Estes que discutem sobre o que fazer com<br />

a CTA já tiveram a oportunidade de mostrar se a companhia<br />

nos moldes antigos ou atuais é viável ou não. Se no<br />

momento o estado da CTA é pré-falimentar, a coerência<br />

indica que algum caminho deve ser buscado o mais rápido<br />

possível. Não há, neste caso, como contestar a iniciativa<br />

do seu presidente Silvio Prada, que sugere a adoção de<br />

medidas urgentes.<br />

Ora, o surgimento de políticos “palpitando” que a CTA<br />

é lucrativa ou então uma fonte inesgotável de recursos para<br />

um transporte coletivo com alto padrão de qualidade, tem<br />

passado da conta. A discussão não deveria ser dessa forma.<br />

O encaminhamento de sugestões ou soluções deveria<br />

vir através de técnicos ou profissionais que vivem única e<br />

exclusivamente de procedimentos executados no setor. O<br />

jornalista não vai se envolver em questões médicas, um<br />

produtor rural não extrairá o dente de<br />

ninguém, da mesma forma o político<br />

- prefeitos e vereadores - devem passar<br />

um “zíper na boca” e deixar que o<br />

caso CTA seja discutido por entendidos<br />

do setor.<br />

Curioso é que muitos dos que falam em preservação, jamais se<br />

preocuparam em manter a história da companhia e do tróleibus<br />

mesmo que em uma pequena linha como fonte de turismo<br />

Há um lado que busca uma reestruturação pontuada pela<br />

modernidade, no caso conceder as linhas para uma empresa<br />

privada, tornando-se uma agência reguladora; há o outro que<br />

mergulha seu conservadorismo por entender que a CTA é um<br />

patrimônio da cidade e como tal deve ser preservado. Neste<br />

contexto, se voltarmos ao passado, está a retirada dos cabos e<br />

rede de energia elétrica que moviam os antigos tróleibus (vendidos<br />

de maneira barata), sem a preocupação na época de<br />

que pelo menos uma das linhas, mesmo que pequena, fosse<br />

mantida para preservar o passado e se transformar em atração<br />

para pequenos passeios como acontece em inúmeras cidades<br />

da Europa. Ninguém contestou. Aliás, não é de hoje que pouco<br />

ou quase nenhum valor tem se dado à conservação dos bens<br />

públicos e históricos no município. Nos últimos 30 anos, páginas<br />

da nossa história foram trituradas pela inabilidade política<br />

de maneira geral.<br />

Ao prever o destino da CTA, o prefeito Marcelo Barbieri demonstra<br />

bom senso; se futuramente a decisão dos conselheiros<br />

da companhia for pela contratação de auditores e profissionais<br />

que indiquem soluções confiáveis - melhor ainda. Se a alternativa<br />

é negociar as linhas com a certeza de bons frutos que se faça<br />

urgentemente, exigindo-se que a população tenha transporte<br />

coletivo de alto nível, como o existente em cidades médias do<br />

nosso Estado.<br />

Para o usuário da CTA que se abstém da discussão pela<br />

descrença na classe política, pouco importa se a linha será pública<br />

ou privada: ele quer qualidade, conforto e segurança na<br />

prestação do serviço. Mas, para que isso aconteça, é imprescindível<br />

que ocorra a compreensão de todos permitindo que<br />

os especialistas assumam essa discussão. Já não se pode mais<br />

confundir a CTA como porto a ancorar os anseios de oportunistas<br />

ávidos em dela tirar proveito.<br />

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FESTIVAL DE PRÊMIOS<br />

Lojistas enaltecem promoção<br />

da ACIA e SINCOMERCIO<br />

Cerca de 100 mil raspadinhas<br />

no dia 30 de abril começaram a<br />

circular no comércio da cidade<br />

premiando o consumidor que<br />

comprasse nas lojas que<br />

aderiram à promoção Raspou,<br />

Achou, Ganhou. A campanha se<br />

encerra no Dia dos Namorados.<br />

12 de junho. Esta é a data limite para que<br />

os consumidores de Araraquara e região possam<br />

ser contemplados com R$ 50 ou R$ 100.<br />

Os valores estão sendo distribuídos desde 30<br />

de abril quando ocorreu a abertura da promoção<br />

Raspou, Achou, Ganhou, organizada pela<br />

ACIA e SINCOMERCIO visando a ampliação<br />

das vendas e o fortalecimento do comércio<br />

local, por ocasião do Dia das Mães e Dia dos<br />

Namorados.<br />

Para Antônio Deliza Neto, a parceria tem a<br />

intenção de premiar o consumidor através de<br />

um prêmio instantâneo. “Começou no dia 30<br />

de abril para atingir o Dia das Mães e termina<br />

em 12 de junho envolvendo o Dia dos Namorados,<br />

duas datas importantes do calendário<br />

anual do nosso comércio”, disse Deliza.<br />

Muitos clientes já foram premiados nas lojas<br />

que aderiram à campanha, o que valoriza<br />

a iniciativa e prioriza o consumidor a comprar<br />

no comércio local. Até o Dia dos Namorados<br />

ainda existe a chance de muitos serem premiados<br />

pois são R$ 40 mil reais em prêmios<br />

(600 premiados).<br />

De acordo com o regulamento, o cliente<br />

tem direito a um vale-brinde a cada compra<br />

efetuada. O próprio estabelecimento comercial<br />

determina o valor ou condições para que<br />

o consumidor tenha acesso à raspadinha. Nas<br />

Supermercado 14 na promoção<br />

Drogarias, o vale-brinde é válido para efeito de<br />

troca apenas em produtos de higiene pessoal<br />

e perfumarias.<br />

O presidente da ACIA, Renato Haddad, diz<br />

que movimento deste porte une a classe em<br />

torno de melhores vendas: “Temos consciência<br />

de que vivemos um período atípico em função<br />

da Copa do Mundo e também eleições,<br />

onde alguns setores são atingidos. O papel<br />

da ACIA e do SINCOMERCIO é promover ações<br />

isoladas despertando a atenção do consumidor”,<br />

completa.<br />

A campanha colocou no comércio local<br />

cerca de 100 mil raspadinhas ou vale-prêmios,<br />

número considerável, assegura Renato<br />

ao agradecer a participação de dezenas de<br />

empresas interessadas em aumentar suas<br />

vendas e principalmente, tornar a cidade um<br />

pouco mais atraente neste período.<br />

Até o dia 12 deste mês,<br />

o consumidor pode<br />

comprar nas lojas<br />

conveniadas à<br />

promoção. A Neide<br />

Calçados no Shopping<br />

Lupo também participa<br />

da campanha da ACIA<br />

e do SINCOMERCIO<br />

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MATÉRIA DE CAPA<br />

Diretores e colaboradores em frente à loja, agradecidos pela confiança da comunidade ao trabalho da Vilacopos<br />

Show de prêmios em junho<br />

marca os 25 anos da Vilacopos<br />

Andrelino Alves Pinto Filho e seus<br />

filhos José Luiz e Paulo André<br />

têm muito a comemorar neste<br />

mês em que a casa se veste de<br />

festa junina: o aniversário da<br />

Vilacopos, que pelo seu perfil<br />

ético e de carinho para com os<br />

consumidores, se tornou numa<br />

das mais conceituadas lojas de<br />

descartáveis e artigos para festa.<br />

Para festejar mais um ano de fundação<br />

da Vilacopos, Paulo André Alves Pinto quer<br />

presentear os seus clientes com o sorteio de<br />

prêmios em junho e julho. Segundo ele, é uma<br />

forma de retribuir a fidelização que se formou<br />

durante os 25 anos da empresa já consolidada<br />

no mercado.<br />

“A loja cresceu muito e isso se deve ao consumidor<br />

que sempre procuramos atender com<br />

muito carinho, seguindo o que foi traçado pelo<br />

nosso pai - Andrelino, a partir de primeiro de<br />

junho de 1989”, acrescenta José Luiz que com<br />

o irmão Paulo, hoje administram a Vilacopos,<br />

que começou num pequeno espaço de 300m²<br />

com vendas no atacado e varejo com produtos<br />

descartáveis e artigos para festa. Atualmente<br />

são mais de 800m² em uma área total de<br />

2.600m² já se prevendo o futuro da empresa.<br />

A fixação da marca Vilacopos está em<br />

cada evento que se organiza na cidade: “O diferencial<br />

da nossa loja está na qualidade dos<br />

produtos, nos preços e no atendimento que<br />

realizamos através da convivência que temos<br />

com nossa clientela; é importante manter este<br />

10<br />

vínculo, receber o consumidor e torná-lo cada<br />

vez mais próximo da Família Vilacopos”, assegura<br />

Paulo André. De fato, este perfil familiar<br />

pode ser observado quase que diariamente pois<br />

quem for à loja, certamente encontrará a figura<br />

sempre saudável do seu fundador - Andrelino Alves<br />

Pinto Filho, a relembrar fatos que pontuam a<br />

fundação da empresa, como por exemplo a entrega<br />

do Prêmio Barão de Mauá, através da Gazeta<br />

Mercantil em 1998 e do Caderno Por Conta<br />

Própria. De 800 participantes, a Vilacopos ficou<br />

entre os 10 melhores, o que se tornou um orgulho<br />

para o comércio da cidade na época.<br />

É importante destacar também<br />

que todo trabalho feito na<br />

Vilacopos tem a efetiva participação<br />

de Sandra (esposa de Paulo)<br />

e Cidinha, sempre voltadas para<br />

o bom atendimento da loja.<br />

José Luiz e sua esposa<br />

Cidinha, Andrelino e Paulo.<br />

Trabalho pautado pela<br />

união familiar, respeito e<br />

atenciosidade ao cliente,<br />

formando uma história no<br />

comércio da cidade


Ao completar 25 anos de existência, a Vilacopos mantém o<br />

privilégio de ser uma das lojas líderes pelos produtos que<br />

oferece e fáceis de serem encontrados em seus corredores<br />

bem distribuídos<br />

A premiação se transformou num estímulo<br />

para novos investimentos principalmente<br />

em artigos para festa, onde os consumidores<br />

encontram tudo que precisam em um mesmo<br />

lugar: doces, guloseimas, chocolates, confeitos,<br />

velinhas, convites variados, embalagens descartáveis,<br />

e também uma linha completa de enfeites<br />

e adereços para aniversários, casamentos,<br />

formaturas, confraternizações e outros eventos.<br />

O atendimento é diferenciado, com 50<br />

funcionários treinados. “Não importa o tamanho<br />

da festa. Nós garantimos a qualidade<br />

dos produtos usados para que a pessoa possa<br />

ter uma comemoração inesquecível. Nós<br />

personalizamos seu pensamento, sua ideia”,<br />

garante Paulo André, que ressalta o sucesso<br />

das festas temáticas, como a Festa de Boteco,<br />

Festa dos Anos 70 e 80, Halloween e outras.<br />

Presentes em todo tipo de comemoração,<br />

além dos copos, pratinhos e muitos outros itens<br />

descartáveis que são ótimas opções para servir<br />

uma grande quantidade de convidados, a<br />

Vilacopos tem toda a linha de descartáveis de<br />

DIA DOS NAMORADOS E FESTAS JUNINAS<br />

Para 12 de junho, o Dia dos Namorados,<br />

a Vilacopos oferece diversas cestas de<br />

acordo com o gosto do cliente. “Montamos<br />

as cestas a partir do valor que a pessoa pretende<br />

gastar. Desde as mais caras às mais<br />

simples, porém não menos atrativas e bonitas”,<br />

explica José Luiz.<br />

A montagem das cestas se dá também<br />

em datas como o Dia das Mães, Natal, Dia<br />

dos Pais, Dia das Crianças ou então num café<br />

da manhã. O atendimento dos serviços se faz<br />

para hotéis, bares, restaurantes, rotisseries,<br />

sorveterias e empresas (principalmente no<br />

final do ano com as cestas natalinas). A loja<br />

para diferenciar os pedidos, utiliza diversas<br />

embalagens desde papéis até caixas, de vários<br />

tamanhos, formatos e desenhos.<br />

Com a chegada das festas juninas e<br />

julinas, a loja disponibiliza produtos para<br />

a decoração como bandeirinhas, balões,<br />

painéis, enfeites de mesa, estalinhos para as<br />

crianças, de acordo com a legislação, doces<br />

como pé-de-moleque, paçoca e ingredientes<br />

para o preparo das demais gostosuras<br />

da época. Na verdade, a Vilacopos consegue<br />

com seus produtos e adereços, preservar<br />

e resgatar a tradição das festas juninas<br />

e julinas, mantendo sempre acesa essa chama<br />

de alegria e felicidade. “Trabalhamos<br />

de forma carinhosa<br />

com datas consideradas<br />

tradicionais<br />

pelos brasileiros; isso<br />

representa um orgulho,<br />

pois temos que<br />

deixar para outras<br />

gerações o que os<br />

nossos pais nos ensinaram<br />

e mostraram<br />

em nossa infância”, conclui José Luiz.<br />

Além disso, a Vilacopos mantém em sua<br />

loja, uma sala própria para a realização de<br />

cursos, com professores das próprias marcas<br />

(da qual está sendo dado o curso), como<br />

os de chocolates (truffas, ovos de páscoa),<br />

da Garoto, Harald, Mavalerio, Sicao; cursos<br />

de bolos (farinha Nita). Os cursos são para<br />

pessoas que querem aprender o básico e<br />

também para quem quer se aprimorar, pois<br />

terão assim uma fonte de renda extra.<br />

alumínio especial para festas (inclusive para<br />

assados) nas decorações de final de ano. No<br />

final de cada festa ou evento, independente do<br />

número de convidados, chega a hora de deixar<br />

tudo limpo e em ordem, e a Vilacopos, na linha<br />

de limpeza apresenta um mix de produtos que<br />

ajudam não só nessas ocasiões, mas também<br />

no dia a dia de casas e empresas.<br />

A loja é de fácil localização e possui um<br />

ambiente amplo, agradável, com produtos dispostos<br />

a facilitar as compras e estacionamento.<br />

O horário de funcionamento é de segunda<br />

a sexta-feira das 8h às 19h e aos sábados das<br />

8h às 18h.<br />

11<br />

ATENDIMENTO VILACOPOS<br />

Rua Rui Barbosa, 1050 - Vila Xavier<br />

Fone: (16) 3301 2600


DOCUMENTO<br />

Proposta da ACIA era<br />

anular alta dos impostos<br />

1934. Araraquara ainda<br />

respirava o clima tenso da<br />

Revolução de 1932 ou Guerra<br />

Paulista, movimento armado em<br />

nosso Estado para derrubar o<br />

Governo Provisório de Getúlio<br />

Vargas e a promulgação de uma<br />

nova constituição para o Brasil.<br />

Foi em meio a esta tempestade<br />

que nasceu a ACIA, com o<br />

objetivo de também protestar<br />

pela elevação dos impostos logo<br />

que Armando Sales de Oliveira<br />

foi nomeado Interventor no<br />

Estado de São Paulo.<br />

Terminada a Revolução Constitucionalista<br />

de 1932 em 4 de outubro, após 87 dias de<br />

combate, o presidente Getúlio Vargas buscando<br />

ficar bem com São Paulo que se rebelara<br />

contra a ditadura da época, aceitou indicar<br />

A Loja Árabe Barateira, de João Nemer<br />

Matuk, funcionava ao lado da União Syria,<br />

na Rua São Bento, n° 37, nos anos 30<br />

* Reportagem baseada em<br />

dados extraídos da Ata de<br />

Fundação da Associação<br />

Comercial e Industrial de<br />

Araraquara<br />

um paulista para ser o Interventor no próprio<br />

Estado. Assim, Armando Sales de Oliveira, engenheiro<br />

e político brasileiro, graduado pela<br />

Escola Politécnica de São Paulo, se tornou interventor<br />

federal entre 21 de agosto de 1933<br />

a 11 de abril de 1935 e governador (eleito<br />

pela Assembleia Constituinte) de 11 de abril<br />

de 1935 a 29 de dezembro de 1936. Com a<br />

promulgação da nova Constituição de 1934,<br />

Sales de Oliveira foi eleito governador pela<br />

Constituinte, permanecendo no cargo até o<br />

final de 1936.<br />

Envolvida por este foco é que surgiu a Associação<br />

Comercial e Industrial de Araraquara,<br />

a convite da Associação Comercial de São<br />

Paulo para engrossar os protestos contra a elevação<br />

dos impostos no Estado de São Paulo.<br />

Consta que havia a necessidade do governo<br />

paulista em restabelecer o caixa após a revolução,<br />

medida que desagradou os empresários<br />

da época, que não estavam ainda refeitos dos<br />

impactos causados pela crise da cafeicultura<br />

no Brasil.<br />

Assim, no dia 16 de junho de 1934 foi realizada<br />

uma reunião preliminar com o objetivo<br />

de ser estudada a possibilidade de se fundar a<br />

associação. O encontro dos empresários, cerca<br />

de 18, aconteceu na União Syria de Araraquara,<br />

na Rua São Bento, n° 37. Ficou decidido<br />

que a ACIA seria fundada e que cada um dos<br />

participantes deveria levar dois ou mais comerciantes<br />

ao encontro.<br />

Curiosamente, a fundação da ACIA no dia<br />

30 de junho tornou-se histórica pelo seu palavreado,<br />

até mesmo com ares de nostalgia:<br />

Heitor de Souza Pinheiro era o prefeito de<br />

Araraquara no período de fundação da<br />

ACIA. Na época já fazia parte do nosso<br />

comércio a concessionária Chevrolet tendo<br />

à frente Graciano R. Affonso que se tornou<br />

a primeira associada da ACIA (1934). A<br />

empresa funcionava em anexo ao posto<br />

de gasolina na Rua São Bento esquina<br />

da Avenida Brasil<br />

“Numa noite fria, mais exatamente<br />

em 30 de junho, um grupo formado<br />

de 52 empresários se reuniu na sede<br />

da lendária sociedade União Syria,<br />

localizada na época na rua São Bento,<br />

n° 37, para fundar uma Associação<br />

Comercial. Em assembleia geral, uma<br />

comissão provisória definiu que no dia<br />

7 de julho do mesmo ano, seria eleita<br />

a primeira diretoria”.<br />

Nesta noite de 30 de junho, durante a<br />

assembleia, o comerciante José do Amaral<br />

Sampaio pediu a palavra e sugeriu que fosse<br />

formada uma comissão para elaboração dos<br />

estatutos. Benevenuto Colombo, o escolhido<br />

para presidir a ACIA dentro de uma comissão<br />

provisória, designou o próprio Sampaio e mais<br />

João Vieira Fernandes e Domingos Lia para<br />

que na assembleia de posse da diretoria no<br />

dia 7 de julho, apresentassem o estatuto da<br />

entidade. E foi o que aconteceu.<br />

Como Benevenuto estava presidindo a<br />

ACIA provisoriamente, foi preciso se proceder<br />

a eleição para a escolha da primeira diretoria<br />

e indicado pela maioria - em votação secreta<br />

12


O interventor e governador Armando Sales<br />

de Oliveira criticado na época pela alta dos<br />

impostos, motivando a criação de novas<br />

associações comerciais no Estado<br />

- ele obteve 31 votos; seu amigo Herculano<br />

Oliveira, também farmacêutico, ficou como<br />

primeiro secretário com 35 votos. Eleita, a diretoria<br />

tomou posse uma semana depois, 14<br />

de julho.<br />

Em 1935 é que os reais motivos da fundação<br />

da ACIA surgiram: como entidade forte<br />

na região e uma das primeiras associações<br />

comerciais de São Paulo, a finalidade estava<br />

clara. Ela surgira para engrossar os protestos<br />

contra o Governo do Estado que havia majorado<br />

os impostos de forma abusiva. Na reunião<br />

de 13 de março de 1935, por exemplo, o empresário<br />

Miguel Haddad chegou a sugerir que<br />

os comerciantes de Araraquara deixassem de<br />

recolher os impostos até que o Estado se manifestasse.<br />

Valeriano Alvarez contestou e disse<br />

que melhor seria formar uma comissão que<br />

coletaria assinaturas dos comerciantes para<br />

entrar com uma representação contra a Secretaria<br />

da Fazenda.<br />

Na comissão, além de Valeriano, estavam<br />

os empresários Ferrúcio Mione, Raphael Logatti,<br />

Antônio Deliza e José Fernandes Goes,<br />

que algumas semanas depois encaminharam<br />

o documento com as assinaturas para o Secretário<br />

Estadual da Fazenda pedindo a anulação<br />

do ato de majoração dos impostos. Como<br />

um filme a ser visto 80 anos depois, o pedido<br />

foi negado. Na época chegou a ser discutida<br />

a ideia do fechamento do comércio por algum<br />

tempo para pressionar o governo, o que não<br />

foi aceito.<br />

13


HISTÓRIA<br />

Como era Benevenuto Colombo,<br />

fundador e presidente da ACIA<br />

Benevenuto Colombo tinha um<br />

perfil diferenciado em relação<br />

aos padrões da época. A vida<br />

profissional o levara a isso e a<br />

diferença em relação aos outros<br />

comerciantes estava na visão<br />

empresarial, na coragem de<br />

investir, o que transmitia elevada<br />

dose de confiança e liderança.<br />

Tais características lhe deram a<br />

oportunidade de ser fundador e<br />

primeiro presidente da ACIA.<br />

Benevenuto Colombo nasceu em 06 de<br />

outubro de 1891, em Bariri (90 quilômetros de<br />

Araraquara). Era o único filho, juntamente com<br />

mais seis filhas de Bárbara Bonatelli Colombo<br />

e Maximiliano Colombo. Mudou-se para Jaú<br />

ainda adolescente, para ajudar um amigo de<br />

seu pai em uma farmácia. Casou-se em 1920,<br />

no então distrito de Gavião Peixoto, com Leonilda<br />

Rubino. Alguns anos depois, em 1922,<br />

concluiu o curso de farmácia na primeira turma<br />

da faculdade, em Pindamonhangaba, no<br />

Vale do Paraíba.<br />

Colombo, como era conhecido, juntamente<br />

com seu pai, foram até Gavião Peixoto, onde<br />

compraram uma farmácia para começar seu<br />

próprio negócio. Em 1926, fechou o estabelecimento<br />

no distrito e mudou-se para Araraquara,<br />

onde abriu a primeira farmácia da cidade,<br />

na esquina da Rua Gonçalves Dias com a José<br />

Bonifácio (por muitos anos uma tapeçaria e<br />

hoje revenda de telefones celulares). Ali se iniciou<br />

a “Pharmacia Colombo”, até meados da<br />

década de 30, passando o estabelecimento<br />

para seu primo Cristóvão.<br />

Benevenuto Colombo em 1934,<br />

como presidente da ACIA<br />

Benevenuto com os pais Bárbara e<br />

Maximiliano e os filhos Álvaro e Marina<br />

Em 1934, Benevenuto e mais outros comerciantes<br />

da cidade, decidiram fundar uma<br />

espécie de sindicato para representar a classe<br />

empresarial em Araraquara. Fundaram então,<br />

a Associação Comercial e Industrial de Araraquara.<br />

Como militante político e empresário,<br />

enxergava a necessidade da criação desta<br />

associação.<br />

Do casamento com Leonilda, nasceram<br />

seis filhos: Álvaro, que faleceu antes de completar<br />

dois anos de vida, decorrente de uma<br />

doença desconhecida na época, Marina, Paulo,<br />

Nice, Carlos e Sônia.<br />

De acordo com Maria Auxiliadora Colombo<br />

Arnoldi, neta de Benevenuto, ele foi um exemplo<br />

na família. “Era sempre muito brincalhão e<br />

sorridente. Adorava as netas e eu na verdade<br />

me sentia a preferida dele”.<br />

Cristiana Arnoldi Ciomino é filha de Maria<br />

Auxiliadora e bisneta de Colombo. Ela se recorda<br />

dele com detalhes. “Ele era carinhoso<br />

comigo e com minha mãe. As únicas crianças<br />

que ele pegou no colo durante a vida fomos<br />

nós duas”, relembra.<br />

Antes de iniciar sua carreira de farmacêutico<br />

em Gavião, Colombo foi juiz de paz, subdelegado<br />

de polícia e subprefeito do distrito,<br />

hoje cidade. Sempre recebeu atenção das<br />

autoridades e era influente no local. Após começar<br />

com a carreira na política, Benevenuto<br />

não parou mais, sendo um dos fundadores da<br />

Acia. Por longos anos, foi também mesário da<br />

Santa Casa de Misericórdia.<br />

Na virada do século<br />

XIX, o casal Bárbara e<br />

Maximiliano Colombo<br />

com os filhos: Maria,<br />

Rosália, Tisbe, Luzia,<br />

Rosinha, Amábile,<br />

Benevenuto e Sofia.<br />

Maximiliano era um<br />

próspero fazendeiro<br />

na região de<br />

Araraquara.<br />

14<br />

Casa em Gavião Peixoto onde Benevenuto<br />

Colombo morou em 1923; lá ele manteve<br />

sua primeira farmácia


Na virada do século XIX a Família<br />

Colombo reunida na Fazenda da<br />

Doca, em Nova Europa<br />

Por ser de família tradicional na cidade,<br />

após sair da presidência da Associação Comercial<br />

de Araraquara para cuidar da mulher<br />

Leonilda, que acabara de adoecer, Benevenuto<br />

Colombo não trabalhou mais e vivia rodeado<br />

dos amigos, jogando baralho no clube<br />

Araraquarense, onde foi tesoureiro por muitos<br />

anos.<br />

Colombo faleceu aos 86 anos, em Santos,<br />

no dia 12 de outubro de 1977, 6 dias após<br />

seu aniversário. Ele visitava a irmã que residia<br />

naquela cidade, e não teve tempo de despedir-<br />

-se daqueles que ficaram. Deixou filhos, netos<br />

e bisnetos, que relembram dele com carinho,<br />

uma pessoa de referência em Araraquara.<br />

Benevenuto recebeu uma homenagem de<br />

Araraquara, dando seu nome para uma rua no<br />

Jardim Eliana, na Zona Sul da cidade.<br />

Benevenuto Colombo e a filha Marina em<br />

seu último aniversário, comemorado no dia<br />

6 de outubro de 1977. Colombo morreu seis<br />

dias depois<br />

Maria Auxiliadora<br />

Colombo Arnoldi foi<br />

Miss Araraquara em<br />

1966. Neta de Benevenuto<br />

Colombo, ela se destacou<br />

no cenário da cidade na<br />

época. O passado e o<br />

presente se juntaram<br />

em um único retrato. Ao<br />

fundo, Maria Auxiliadora<br />

com a filha Cristiana<br />

ainda pequena, na<br />

década de 70. Hoje,<br />

mãe e filha seguram um<br />

quadro bordado por uma<br />

das tias, com a árvore<br />

genealógica da família<br />

Colombo, uma das mais<br />

conceituadas da cidade.<br />

A bisneta Cristiana Arnoldi<br />

Ciomino e a neta de<br />

Benevenuto, Maria<br />

Auxiliadora Colombo<br />

15


ACIA, PRIMEIRA DIRETORIA<br />

ACIA - PRIMEIRA DIRETORIA 1934<br />

Eleição em tom de<br />

companheirismo<br />

Oitenta anos depois é vísivel<br />

o peso buscado para formação<br />

da primeira diretoria da ACIA.<br />

Algumas famílias na época<br />

reinavam de forma absoluta<br />

no comércio local, mantendo<br />

esses traços até hoje; outras<br />

desapareceram. Porém, todas<br />

tiveram papel importante na<br />

fundação da entidade.<br />

Benevenuto Colombo<br />

Presidente<br />

Mário Lupo<br />

2º Secretário<br />

Indio B. Borba<br />

1º Vice-Presidente<br />

Miguel Haddad<br />

1º Tesoureiro<br />

João V. Fernandes<br />

2º Vice-Presidente<br />

José A. Sampaio<br />

2º Tesoureiro<br />

Herculano Oliveira<br />

1º Secretário<br />

CONSELHEIROS<br />

Sábado, 6 de julho de 1934. Benevenuto<br />

Colombo já tinha conhecimento que seria o<br />

primeiro presidente da Associação Comercial<br />

e Industrial de Araraquara. Segundo consta,<br />

embora sendo concorrente no ramo farmacêutico,<br />

Herculano de Oliveira, da Farmácia Raia,<br />

já havia feito na região central da cidade um<br />

movimento pró indicação de Colombo. Amigo<br />

dos empresários, muitos dos quais seus clientes,<br />

Herculano era um profissional respeitado<br />

na região. Alguns ouviram as ponderações<br />

feitas pelo farmacêutico naquela semana e<br />

apostaram no sucesso da indicação.<br />

O parque industrial da cidade ainda se<br />

apresentava de forma tímida; assim, o primeiro<br />

presidente teria que sair do comércio, quase<br />

que com a condição de não ser lojista para<br />

se evitar a impressão de um apontamento<br />

tendencioso. Neste caso, dois profissionais de<br />

farmácia seriam os mais indicados para não<br />

haver desconforto entre os primeiros diretores.<br />

No final da tarde de 6 de julho, com a temperatura<br />

caindo pela proximidade do inverno,<br />

já se sabia a formação da primeira diretoria e<br />

os nomes dos empresários que seriam declarados<br />

fundadores da ACIA. Colombo passou<br />

pela Farmácia Raia, conversou com Herculano<br />

e na subida para casa, reforçou o convite para<br />

que Mário Lupo estivesse na assembleia do<br />

dia seguinte na União Syria, local cedido por<br />

Miguel Haddad, que fazia parte da entidade.<br />

O que se observava era o poder representativo<br />

da associação composta por nomes influentes<br />

na época. Se para as famílias a indicação de<br />

um membro significava “status”, é verdade que<br />

o conteúdo mostraria uma entidade muito forte.<br />

E foi o que realmente aconteceu.<br />

Domingos Lia Felippe Mauro Carlos F. Martins João Gonçalves Filho<br />

Raphael Logatti Luis Soler<br />

Habib Sabbag Graciano R. Afonso<br />

Antônio Deliza Valeriano Alvares Quirino Queirós<br />

Antônio N. Andrade<br />

Zecchi Mimessi<br />

Carlos Bersanetti<br />

Filegônio A. dos Santos<br />

Joaquim G. Fonseca<br />

Guilherme Gomes Santiago<br />

Miguel Bucalém<br />

Oddone Marsili<br />

José Palamone Lepre<br />

FUNDADORES DA ACIA<br />

Irmãos Lombardi<br />

J. Michel<br />

Amim A. Coury<br />

Salim C. Haddad<br />

A. Salinas<br />

Dahir Azzem<br />

Martins S. Ferreira<br />

Carlos E. Martins<br />

Pasquero S. Alves<br />

Martiniano Pereira<br />

Vitaliano Bitelli<br />

José E. Góes<br />

Rosário Capalbo<br />

Irmãos Martines<br />

José G. Haddad<br />

Antônio B. Fernando<br />

Ferrúcio Miari<br />

Alexandre Zaramella<br />

Carlos Alberto<br />

Euclydes C. Lima<br />

Pedro Martini<br />

José V. Silva<br />

José Henrique<br />

Alfredo G. Haddad<br />

Jorge Preeg<br />

16


OS EX-PRESIDENTES<br />

Cada um com seu<br />

nome na história<br />

GALERIA DE EX-PRESIDENTES<br />

Jeito diferente de administrar,<br />

uns mais, outros menos, mas<br />

a coerência preponderou entre<br />

todos os empresários que foram<br />

presidentes da ACIA. Ao longo<br />

da existência da entidade é<br />

possível observar o bom senso<br />

dos dirigentes no trato com os<br />

demais diretores e os sócios de<br />

uma forma geral.<br />

Benevenuto Colombo<br />

1934 - 1936<br />

Indio B. Borba<br />

1936 - 1940<br />

Gentil Martins<br />

1940 - 1941<br />

Rômulo Lupo<br />

1941 - 1942<br />

A Associação Comercial e Industrial de<br />

Araraquara nos seus 80 anos de existência<br />

teve 20 presidentes eleitos através do voto;<br />

no entanto, outros dois nomes acabaram<br />

assumindo a presidência ainda que por um<br />

período de três meses: Samuel Brasil Bueno,<br />

substitutiu Sônia Maria Correia Borges e José<br />

Carlos Paschoal Cardozo entrou para o lugar<br />

do empresário Valter Merlos.<br />

Mas quem imagina que as eleições sempre<br />

foram mornas ou cartas marcadas se<br />

engana: a disputa pela presidência da ACIA<br />

através do voto, começou dois anos depois<br />

de fundada a associação, para substituir Benevenuto<br />

Colombo. Pelo menos três nomes<br />

se apresentaram como candidatos ao cargo<br />

de presidente em 28 de setembro de 1936:<br />

Indio Brasileiro Borba apoiado pela Situação<br />

com 35 votos; Carlos Francisco Martins, 9 e<br />

Elias Mazzi, 4 votos. Curiosamente, nenhum<br />

deles veio a ser candidato nos anos seguintes<br />

prevalecendo sempre a supremacia da ala<br />

conservadora.<br />

Dois anos depois (28 de janeiro de 1940)<br />

uma nova disputa: Gentil Martins obteve 79<br />

votos contra 21 votos de Joaquim dos Reis<br />

para a presidência; desde aquela época até<br />

hoje, a ACIA criou um histórico de embates<br />

eleitorais face seu poder de representatividade<br />

que passou a ter uma grande influência na<br />

discussão das questões políticas, econômicas<br />

e sociais.<br />

A ACIA com o passar dos anos tem sido vista<br />

como porta de acesso ao mundo político, e<br />

sua própria história pode mostrar, pois envolve<br />

em sua lista de ex-presidentes nomes que se<br />

tornaram importantes neste cenário: Rômulo<br />

Lupo, Clodoaldo Medina, Vicente Michetti, Pedro<br />

Lia Tedde e recentemente Valter Merlos<br />

que tiveram em função dos serviços prestados<br />

à classe empresarial, o assédio para representarem<br />

a instituição em cargo executivo.<br />

Orlando da Valle<br />

1942 - 1948<br />

Roberto José Fabiano<br />

1960 - 1962<br />

Apparecido Dahab<br />

1978 - 1980<br />

Pedro A. Lia Tedde<br />

1992 - 1998<br />

José Carlos P. Cardozo<br />

julho/novembro 2008<br />

Mário Barbugli<br />

1948 - 1950<br />

Clodoaldo Medina<br />

1962 - 1966<br />

Péricles Medina<br />

1980 - 1984<br />

Jorge Lorenzeti Neto<br />

1998 - 2001<br />

Valter Merlos<br />

2004 - 2010<br />

André Lia<br />

1950 - 1958<br />

Jovenil R. de Souza<br />

1966 - 1970<br />

Joel Roberto Aranha<br />

1984 - 1989<br />

Samuel Brasil Bueno<br />

janeiro/junho 2003<br />

Francisco P. M. da Silva<br />

1958 - 1960<br />

Vicente Michetti<br />

1970 - 1978<br />

Ivo Dall’Acqua Júnior<br />

1989 - 1992<br />

Sônia M. C. Borges<br />

2001 - 2004<br />

AGRADECIMENTOS<br />

A diretoria da ACIA reconhece a<br />

dedicação de todos aqueles que se<br />

tornaram presidentes da entidade,<br />

sendo imprescindível nesta ocasião,<br />

os mais efusivos cumprimentos.<br />

17


ATUAL DIRETORIA<br />

Renato Haddad<br />

Presidente<br />

Teresa Smirne<br />

1ª Vice-Presidente<br />

Ademar Ramos da Silva<br />

2º Vice-Presidente<br />

Damiano Barbiero Neto<br />

1º Secretário<br />

Roberto Abud<br />

2º Secretário<br />

Geraldo José Cataneu<br />

3º Secretário<br />

Antônio Junquetti<br />

1º Tesoureiro<br />

Marlene Porsani<br />

2ª Tesoureira<br />

José Silvio C. Prada<br />

3º Tesoureiro<br />

CONSELHO DELIBERATIVO<br />

José Janone Júnior<br />

Diretor Social<br />

Luis Fernando J. Petroni<br />

Vice-Diretor Social<br />

Carlos Eduardo<br />

Nunes<br />

Carlos Renato de<br />

Mendonça Segura<br />

Dagmar Abadia<br />

Bizzinotto Ribeiro<br />

Edes Dalmo de<br />

Oliveira<br />

Jair Aparecido<br />

Martineli<br />

Luis Alberto Alves<br />

Ferreira<br />

Luis Antônio Goulart<br />

Barbieri<br />

Wanderley Camilo<br />

de Figueiredo<br />

Reinaldo de Oliveira<br />

André Marcos Boalin<br />

Adelcio Carlos<br />

Magrini<br />

Ana Rosa Malara<br />

Capparelli<br />

Fábio Costa Morvillo<br />

João Luiz Ferreira<br />

José Vanderlei<br />

Fernando<br />

Marcelo de Mattos<br />

Frigo<br />

Najla José Abi<br />

Rached Torres<br />

Nelvio de Vito<br />

CONSELHO FISCAL<br />

Paulo César<br />

Ambrósio<br />

Reinaldo Dias de<br />

Lima<br />

Donisete<br />

Fuzari<br />

Geraldo Luis<br />

Tampelini<br />

Marcos Henrique<br />

Duó<br />

Pedro Lapena<br />

Renato Mazzini<br />

Lopes<br />

Rodolfo<br />

Messali<br />

18


PALAVRA DO PRESIDENTE<br />

ACIA: uma vida, uma história<br />

Renato Haddad foi eleito presidente da Associação Comercial<br />

e Industrial de Araraquara em 2010, sendo reeleito em 2013.<br />

Neste artigo, ele mostra a importância da ACIA nas questões<br />

econômicas, sociais e políticas e a festa para comemorar os<br />

80 anos de existência da entidade.<br />

“ 80 anos. Não são 80 meses; são<br />

80 anos. Data redonda, que torna<br />

tudo ainda mais festivo.<br />

Lembra-se de quando alguém, na sua<br />

família completou 80 anos? Agora,<br />

com a ACIA acontecerá o mesmo.<br />

Fico pensando naqueles homens,<br />

que segundo nos relatam, se<br />

reuniram na União Syria, logo abaixo<br />

da atual sede, numa noite fria para<br />

dizer que unidos seriam mais fortes,<br />

poderiam mais... E puderam. Mesmo.<br />

O Movimento das Associações<br />

Comerciais cresceu, expandiu e<br />

passou a representar uma voz forte,<br />

alertando não somente para as<br />

questões econômicas, mas também<br />

nas sociais e políticas. Somente no<br />

Estado de São Paulo são mais de 420.<br />

Ao longo destes 80 anos a nossa<br />

associação cresceu. Se tornou forte<br />

ao congregar indústrias, comércio e<br />

serviços, mas sabemos que todas<br />

as diretorias que administraram a<br />

entidade tiveram que conduzí-la da<br />

melhor maneira possível, sempre<br />

com dificuldades. Porém, uma marca<br />

indelével foi se formando pelo tempo:<br />

é uma instituição acreditada e<br />

respeitada pela população,<br />

autoridades e, principalmente, pelos<br />

seus associados, mesmo porque<br />

temos lado, temos DNA para<br />

defender os interesses empresariais<br />

sempre que chamados.<br />

Com o apoio dos nossos diretores<br />

e associados, criamos o Clube de<br />

Benefícios, a Universidade ACIA para<br />

desenvolver e realizar projetos de<br />

apoio à classe através de palestras,<br />

cursos, workshops, o Banco de<br />

Talentos, instalamos um posto de<br />

atendimento da SERASA, retomamos<br />

o Programa Empreender e tantos<br />

outros benefícios.<br />

Há que se reconhecer que hoje temos<br />

uma parceria com o São Francisco<br />

que disponibiliza um plano de saúde<br />

com valores bem mais acessíveis aos<br />

nossos associados.<br />

Uma coisa é certa: sabemos que<br />

temos muito o que fazer e tenha<br />

certeza que faremos. O e-commerce,<br />

vendas pela internet já está pronto<br />

para ser lançado em breve. Você<br />

também terá uma loja na internet.<br />

Um convite: participe do nosso baile.<br />

Ele foi pensado para receber<br />

empresários e seus amigos e tenho<br />

certeza de que será uma noite<br />

inesquecível. Sendo o momento<br />

histórico, faz bem conhecer parte dela.<br />

Parabéns a você, associado, que<br />

engrandece e fortalece a entidade<br />

sendo filiado. Obrigado aos<br />

parceiros verdadeiros que nos<br />

incentivam nessa caminhada.<br />

Renato Haddad<br />

Presidente<br />

19


PROFISSÃO: INSTRUTORA DE AUTOESCOLA<br />

Mulheres no volante ?<br />

Elas estão sentadas no lugar do<br />

passageiro, mas não é para ver<br />

a vida passar; essas mulheres<br />

ensinam a dirigir e são procuradas<br />

no mercado em Araraquara.<br />

Texto: Jean Cazellotto<br />

Foi-se a época em que uma mulher enfrentava<br />

dificuldades para conseguir tirar sua<br />

Carteira Nacional de Habilitação, a CNH. Ao<br />

longo do tempo, os tabus foram se quebrando,<br />

os homens abrindo mão de seu machismo e<br />

as mulheres conquistando o direito de ir e vir,<br />

sem a dependência do companheiro.<br />

Por outros motivos também, a mulher está<br />

precisando se desdobrar e cumprir todas as<br />

suas tarefas diárias. Levar os filhos ao colégio,<br />

ir ao supermercado, passar no consultório médico,<br />

comprar presentes. São tantas coisas a<br />

se fazer, que muitas pessoas pensam como é<br />

a capacidade delas para assumirem tudo isso.<br />

Passando o tempo e chegando na atualidade,<br />

muito mais do que conquistar a sua<br />

CNH, agora as mulheres também estão ensinando<br />

a dirigir. Várias autoescolas de Araraquara<br />

já possuem em seu quadro de funcionários,<br />

mulheres com habilidade para os que<br />

precisam de calma para dirigir.<br />

Para a instrutora Jane Thomé, as pessoas<br />

a escolhem por saber que mulher é mais paciente<br />

na hora de ensinar. “Tenho vários alunos<br />

que já disseram me escolher porque se<br />

sentem mais seguros na hora de dirigir”. Jane<br />

dá aula desde 2006 e já tentou trabalhar no<br />

Jane Thomé, da Auto Escola Alameda, grávida de 8 meses e Evanildo, que a escolheu pela<br />

exigência e simpatia<br />

comércio, mas não conseguiu. “Eu me achei<br />

dando aulas. Toda a família do meu marido<br />

é envolvida nisso. Minha filha já foi instrutora<br />

e meu filho trabalha em uma autoescola. Só<br />

meu marido que não quis seguir a carreira”,<br />

revela orgulhosa da profissão que abraçou.<br />

Na vida profissional, é preciso ter muita<br />

dedicação, explica Jane. “Trabalhamos muito.<br />

São 12 aulas de 50 minutos por dia. Entro às<br />

7h da manhã e saio às 20h40. É muito corrido,<br />

mas não tenho como descrever a gratidão<br />

em trabalhar nesta área”.<br />

No segundo dia de aula, Evanildo Borges<br />

da Silva já tentou fazer o exame de carro, mas<br />

reprovou e retornou em <strong>2014</strong> para concluir. “Eu<br />

decidi voltar e ter aulas com a Jane porque ela<br />

é muito paciente, embora muito exigente, mas<br />

isso acaba sendo bom para o aluno”, explica.<br />

Eduardo Borghi, proprietário da Auto Escola<br />

Fonte sabe que na atualidade, pela própria<br />

exigência do mercado, as mulheres acabam<br />

sendo apontadas como as preferidas<br />

20


A profissão de instrutor é uma das mais procuradas atualmente<br />

pela demanda de trabalho existente. Notadamente, os homens<br />

são condutores que trabalharam como motoristas e migraram para<br />

CFC’s por almejarem mais conforto na vida profissional, condutores<br />

que apreciam o ensino ou ainda interessados no aperfeiçoamento<br />

profissional na área de trânsito. A Lei que regulamentou a<br />

profissão é a Lei N.º 12.302, de 2 de agosto de 2010.<br />

O proprietário da Auto Escola Fonte, Eduardo<br />

Borghi, está no ramo há 12 anos e diz que<br />

a exigência foi do mercado. “Até uns cinco<br />

anos atrás, eu relutava um pouco em ter uma<br />

instrutora para dar aula, mas os clientes sempre<br />

perguntavam se não tinha uma mulher<br />

com quem eles pudessem ter as aulas, e foi<br />

aí que contratei a primeira”. Borghi também<br />

fala da sensibilidade feminina. “As mulheres<br />

têm mais facilidade para trabalhar e mais jeito<br />

para tratar os alunos. Não que os homens não<br />

tenham, mas com as mulheres<br />

é diferente e eles ficam<br />

mais seguros. Desde então,<br />

só tenho as instrutoras e eu,<br />

que dou aula às vezes”.<br />

A instrutora Fabiana Cincirarro<br />

dá aulas há sete anos<br />

e nos últimos três faz parte<br />

do quadro de funcionários<br />

da Auto Escola Fonte. Seu cunhado, irmão do<br />

marido, fez o curso e a indicou para fazer também.<br />

“Trabalhei cinco anos em uma autoescola<br />

e há três estou aqui. Eu me encontrei na profissão<br />

e não sei se faria outra coisa”. Fabiana<br />

diz nunca ter sofrido preconceito de alunos. “O<br />

preconceito, no início, foi dos próprios instrutores.<br />

Mas não há como negar, a mulher tem<br />

mais paciência para ensinar”. Além de aulas<br />

de carro, Fabiana também dá aulas de moto.<br />

Um de seus alunos, Samuel Durval, resolveu<br />

tirar sua CNH só com 30 anos. “Estou<br />

fazendo um curso, e tem a necessidade da<br />

carteira, então resolvi tirar só agora. Não tinha<br />

tanto interesse antes e quando fui até a autoescola,<br />

o próprio Eduardo (proprietário) me<br />

indicou a Fabiana e iniciamos as aulas. Ela ensina<br />

muito bem e está sendo ótimo”, finaliza.<br />

Futuros motoristas praticam a baliza em<br />

frente a Arena<br />

21


TRIBUTOS<br />

O fim da substituição tri<br />

O professor Everardo Maciel, com a<br />

autoridade de quem já viveu os dois<br />

lados da tributação, escreveu com muita<br />

propriedade, no artigo “O fascínio da<br />

Complexidade” (edição de 1 e 2 de maio)<br />

no Diário do Comércio C que: “a tributação,<br />

em princípio, deve vincular-se, com a maior<br />

fidelidade possível os fatos econômicos<br />

sobre os quais incide”. Esta visão clara do<br />

professor remeteu-nos imediatamente para<br />

a confusão tributária existente na cobrança<br />

do ICMS, por substituição tributária.<br />

Quando da adoção desse instituto no<br />

ICMS, na década de oitenta passada, como<br />

exceção, sua adoção se justificava para<br />

resolver algumas situações peculiares<br />

surgidas na comercialização de algumas<br />

mercadorias. Isto porque, na tributação por<br />

substituição tributária, o imposto é pago na<br />

fonte, antes da ocorrência do fato gerador.<br />

A ST/ICMS, portanto, deveria atender<br />

apenas a algumas situações específicas<br />

quando, numa das pontas, há concentração<br />

Roberto Mateus Ordine, tributarista e<br />

Vice-Presidente da Facesp e ACSP<br />

industrial em poucos fabricantes e na outra<br />

ponta, a distribuição é pulverizada, como<br />

na venda de cigarros, bebidas, pilhas,<br />

cimento, pneus e veículos.<br />

É importante que se destaque também que<br />

esses produtos tinham como<br />

característica o preço nacional de<br />

vendas homogêneo e conhecido. Em<br />

2007, no entanto, o governo paulista<br />

resolveu estender a cobrança do ICMS,<br />

por substituição tributária para uma<br />

quantidade imensa de produtos, em<br />

vários setores do comércio, ainda que<br />

não se revestissem das características<br />

excepcionais acima mencionadas, sob<br />

a alegação que o sistema atual de<br />

apuração permitia sonegação fiscal.<br />

Para a implantação da ST/ICMS na longa<br />

série de mercadorias e para os vários<br />

setores atingidos, o fisco criou a margem<br />

de valor agregado–MVA, margem do valor<br />

sobre o qual, o ICMS passou a incidir.<br />

Para se encontrar o MVA adotou-se um<br />

critério de pesquisa de preço de cada<br />

mercadoria, praticado pelo comércio,<br />

desenvolvidos por reconhecidos<br />

institutos acadêmicos como a FIPE<br />

ou equivalente. Não é preciso muito<br />

22


utária<br />

Apesar das discussões<br />

levadas a cabo entre<br />

os contribuintes e o<br />

fisco a confusão<br />

continua. E, agora,<br />

acrescida da guerra<br />

fiscal entre os estados<br />

brasileiros.<br />

esforço para se concluir pela confusão<br />

existente neste período de tempo,<br />

não só pelas estimativas de preço da<br />

mercadoria encontradas; como também<br />

pelo controle necessário e a burocracia<br />

fiscal existente. Apesar das discussões<br />

existentes entre contribuinte e fisco, a<br />

confusão continua, agora acrescida da<br />

guerra fiscal entre os Estados. A partir da<br />

implantação da nota fiscal eletrônica e<br />

do sped fiscal, no entanto, o argumento<br />

da sonegação fiscal não existe mais<br />

em razão do controle fiscal, não se<br />

justificando mais a cobrança do imposto<br />

por substituição tributária e muito menos<br />

o pagamento antecipado do imposto.<br />

Esse sistema perverso de tributação do<br />

ICMS por substituição tributária só tem<br />

trazido problemas para o contribuinte,<br />

que além de pagar o imposto antes da<br />

venda, ainda tem que ter um controle<br />

fiscal complicado.O momento certo para<br />

se acabar com a substituição tributária<br />

no ICMS é já!<br />

23


PROPAGANDA DIGITAL<br />

PortoCriativo, novo momento<br />

para geração de bons negócios<br />

Com as rápidas mudanças no mercado publicitário, a Propaganda<br />

Digital mostra seu poder de interatividade e passa a ser importante<br />

ferramenta para que as empresas busquem ótimos resultados.<br />

Luis Eduardo e Caê Caráccio<br />

Ações de marketing<br />

reafirmam a cada<br />

dia que a era digital,<br />

impulsionada pela<br />

rapidez do<br />

desenvolvimento<br />

tecnológico e com<br />

o apoio na rede<br />

mundial de<br />

computadores, criou<br />

espaço abrangente<br />

de novas formas de<br />

transações comerciais,<br />

e procura mostrar<br />

como conseguir<br />

audiência através de<br />

Propaganda Digital.<br />

Não são poucas as vezes em que o público<br />

consumidor acessa a internet e sente atraído<br />

em determinada página por um produto. Isso<br />

na verdade faz parte da chamada propaganda<br />

digital que cada vez mais ganha força no mercado.<br />

São sapatos, roupas, eletrônicos e uma<br />

série de produtos lançados através da propaganda<br />

digital em tempo real.<br />

É assim que trabalha em nossa cidade a<br />

PortoCriativo, realizando monitoramento e propaganda<br />

em Mídias Sociais juntamente com<br />

comunicação off line, consultoria em marketing,<br />

gestão empresarial e pessoal na Internet,<br />

palestras e treinamentos de equipes, se consolidando<br />

de maneira forte em seu mercado<br />

no Brasil e América Latina.<br />

Segundo Caê Caráccio, que mantém sociedade<br />

com o filho Luis Eduardo Lauand Caráccio<br />

na agência, a PortoCriativo foi criada se<br />

baseando nas necessidades que as empresas<br />

começam a enfrentar para possuir presença<br />

on line em concomitância com as mídias tradicionais.<br />

Atualmente diz ele, no Brasil o Facebook<br />

possui 72 milhões de usuários, sendo 98 mil<br />

em Araraquara. Deste total, conclui-se que<br />

38% são jovens de 24 a 35 anos, consumidores<br />

ativos das classes A e B. No Twitter, o<br />

maior uso por empresas é pelo SAC 2.0, atendendo<br />

reclamações e sugestões de clientes.<br />

“O Google + auxilia a empresa quando bem<br />

trabalhado e com conteúdo relevante, tendo<br />

maior destaque no ranking de pesquisa, incluindo<br />

fotos, pontuação e comentários dos<br />

clientes”, diz o diretor.<br />

Já Luis Eduardo explica que as redes sociais<br />

são acessadas por 3 a cada 4 pessoas,<br />

para consulta, antes de efetuar uma compra.<br />

Para ele, sem um bom conteúdo e presença<br />

on line, as empresas começam a sofrer impactos<br />

negativos em suas lojas fisicas.<br />

Atendimento PortoCriativo<br />

Rua Diógenes Muniz Barreto, 359<br />

99708 3420 / 99784 4205<br />

cae@portocriativo.com.br<br />

eduardo@portocriativo.com.br<br />

24


25


CAPACITAÇÃO<br />

Formatura<br />

de garçons<br />

Desde 2011, quando teve<br />

início, o curso Estrela da Casa<br />

já formou mais de 100<br />

pessoas em Araraquara. Em<br />

2013, 75% dos formandos<br />

conseguiram se empregar na<br />

área durante ou após a<br />

conclusão do curso.<br />

Luciana Porsani, da Heineken, na<br />

entrega dos certificados<br />

O projeto Estrela da Casa, apoiado pela<br />

Heineken e coordenado pelo docente Thales<br />

Simões, teve duração de 160 horas e<br />

envolveu empreendedorismo, consumo<br />

responsável de álcool, apresentação pessoal<br />

e relacionamento interpessoal, noções<br />

de língua inglesa e espanhola, higiene pessoal<br />

e no trabalho, além de montagem de<br />

salão e etiqueta, entre outros temas.<br />

Entre os formandos, os alunos Amanda<br />

Araujo Santos, Guilherme Rodrigues Rocha<br />

e Fabrício Lemos, que se destacaram<br />

durante o curso com projetos sobre consumo<br />

responsável de álcool com clientes, receberam<br />

um kit de trabalho da Heineken,<br />

contendo um balde para cerveja, abridor,<br />

bandeja, avental, camisa e taças. Já o aluno<br />

Marcos Rubio, considerado o melhor do<br />

curso, foi contemplado com uma bolsa de<br />

estudo para o curso de turismo. Também o<br />

SinHores, contemplou dois formandos com<br />

viagens para feiras do setor, que acontecem<br />

anualmente em São Paulo.<br />

Formandos <strong>2014</strong><br />

MERCADO DE IMÓVEIS<br />

O setor de imóveis está bem<br />

mais forte com a chegada da<br />

Imobiliária Araraquara. Na<br />

direção da empresa, Reginaldo<br />

Gibim coloca a experiência em<br />

sua caminhada profissional,<br />

pautada por serviços cartorários<br />

e bancários.<br />

Recém criada em nossa cidade (2013), a<br />

Imobiliária Araraquara já conquistou importante<br />

fatia do mercado, intermediando compra,<br />

venda e locação de imóveis. O crescimento<br />

rápido da empresa se deve ao relacionamento<br />

que Reginaldo Gibim (Nenê Gibim), mantém<br />

dentro da comunidade, tendo iniciado sua<br />

carreira profissional trabalhando em cartórios<br />

de Araraquara. Durante 7 anos teve a oportunidade<br />

de conhecer melhor o ramo jurídico e<br />

burocrático de escrituras, certidões, contratos<br />

e procurações no 1° Cartório de Notas e Protestos,<br />

do saudoso Afonso Celso Alves; posteriormente<br />

no 3° Cartório de Notas e, enfim, no<br />

Fórum trabalhando com processos cíveis.<br />

Em 1985, Gibim passou no concurso<br />

público do Banco do Estado<br />

de São Paulo (Banespa), atualmente<br />

Banco Santander, onde começou sua<br />

jornada no setor financeiro, comercial<br />

e administrativo. Por 25 anos se dedicou<br />

ao setor bancário, exercendo várias<br />

funções. Concluiu MBA em Master<br />

Gestão de Negócios e atingiu seu ápice<br />

profissional como Gerente Geral de<br />

quatro cidades da região. Ao longo de<br />

todos esses anos, fez muitos contatos<br />

e adquiriu uma vasta experiência em<br />

negócios. Em 2008, iniciou a atividade<br />

Imobiliária Araraquara, na<br />

Av. XV de Novembro, 1059<br />

A Imobiliária Araraquara em<br />

fase de expansão na cidade<br />

como consultor de imóveis em Araraquara e<br />

desde então, vem se destacando pelos diversos<br />

negócios realizados.<br />

Durante minha trajetória, diz Reginaldo<br />

Gibim, pude perceber que os clientes buscavam<br />

atendimento personalizado, com atenção<br />

especial para suas expectativas, perspectivas<br />

e principalmente seus sonhos.<br />

Devido a alta demanda de negócios na região<br />

em 2013, a Imobiliária Araraquara começou<br />

a ser idealizada e implantada. Hoje, seus<br />

clientes encontram nesse espaço confortável<br />

e acolhedor, uma forma mais ágil e eficaz de<br />

fazer negócios, marcando suas reuniões em<br />

ambiente climatizado, com estacionamento<br />

próprio e o conforto para tratar seu imóvel. A<br />

empresa trabalha com imóveis a partir de 10<br />

mil m², casas e condomínios de alto padrão.<br />

Atendimento Imobiliária Araraquara<br />

Avenida XV de Novembro, 1059<br />

(entre as ruas 9 e 10)<br />

Fone: (16) 3114 8157<br />

www.imobararaquara.com.br<br />

26


27


POLÍTICA<br />

Governador Geraldo Alckmin inaugura com<br />

Massafera R$ 33,7 milhões em obras na cidade<br />

A visita do governador Geraldo<br />

Alckmin a Araraquara em maio,<br />

trouxe mais de R$ 33,7 milhões<br />

em investimentos articulados<br />

pelas principais lideranças<br />

políticas da cidade, como o<br />

prefeito Marcelo Barbieri e o<br />

deputado estadual Roberto<br />

Massafera.<br />

Se um dos grandes problemas no país é<br />

a saúde, a cidade tem muito a agradecer o<br />

governador Geraldo Alckmin e ao deputado<br />

Roberto Massafera, pois a maior parte dos<br />

recursos, R$ 18,7 milhões, foram encaminhados<br />

para a Santa Casa. Alckmin assinou<br />

convênio de R$ 14, 3 milhões do programa<br />

Santa Casa Sustentável para manutenção,<br />

ampliação e melhora do atendimento público<br />

de Saúde. Este valor soma-se aos repasses<br />

anuais de R$ 1,6 milhão do Estado para<br />

o hospital.<br />

“São Paulo é o único Estado a complementar<br />

a Tabela SUS. Todos os hospitais filantrópicos<br />

e Santas Casas do País operam<br />

dificuldade porque os recursos do Ministério<br />

da Saúde são insuficientes. Araraquara<br />

é uma das cidades mais atendidas pelo<br />

governador Geraldo Alckmin”, avaliou Massafera.<br />

A pedido do deputado Roberto Massafera,<br />

o governador também repassou R$<br />

2,8 milhões para reformas e ampliação da<br />

área da Santa Casa que vai abrigar o Centro<br />

Avançado de Diagnóstico por Imagem.<br />

Ainda na área de Saúde, o Estado liberou<br />

O deputado estadual Roberto Massafera cumprimenta e agradece ao governador Geraldo<br />

Alckmin pelos benefícios concedidos à nossa cidade no mês passado<br />

R$ 3 milhões para a Maternidade Gota de<br />

Leite. O dinheiro servirá para construção de<br />

leitos da Unidade de Cuidados Intermediários<br />

(UCI). Isso permitirá que o hospital assine<br />

o convênio do programa federal Rede<br />

Cegonha.<br />

BOM PRATO<br />

O governador Geraldo Alckmin também<br />

inaugurou na sua visita, o restaurante Bom<br />

Prato de Araraquara. O Estado investiu quase<br />

R$ 1,6 milhão e a Prefeitura mais R$<br />

530 mil. O recurso foi usado na adequação<br />

do prédio, aquisição de equipamentos e, ao<br />

longo dos próximos dois anos, vai subsidiar<br />

as refeições servidas diariamente.<br />

O Bom Prato tem 193 lugares e capacidade<br />

para servir até 300 cafés da manhã<br />

com preço subsidiado de R$ 0,50, e mais<br />

1.200 almoços a R$ 1,00. O restaurante<br />

funciona de segunda a sexta na Avenida 22<br />

de Agosto, próximo ao pontilhão da Avenida<br />

Duque de Caxias. No local, também foi instalada<br />

uma unidade do Acessa São Paulo<br />

com seis computadores e internet de uso<br />

gratuitos.<br />

Prefeito Marcelo Barbieri presenteia<br />

Alckmin com a camisa da Ferroviária<br />

(futebol feminino, campeão brasileiro)<br />

As políticas sociais do governador Geraldo<br />

Alckmin também contemplaram Araraquara<br />

com um Centro Dia do Idoso, inaugurado<br />

em maio. O Estado repassou R$ 300<br />

mil e o município aplicou outros R$ 600 mil.<br />

O Centro funciona na Avenida Mário Ybarra<br />

de Almeida, 101, no Carmo. A unidade multidisciplinar<br />

recebe pessoas idosas que não<br />

podem ficar sozinhas em casa, por exemplo,<br />

enquanto seus familiares estão trabalhando.<br />

O Estado também entregou ao município<br />

um ônibus escolar com capacidade para<br />

22 estudantes sentados. O veículo, avaliado<br />

em R$ 155 mil, ainda é adaptado para receber<br />

mais um cadeirante.<br />

Geraldo Alckmin inaugurou ainda as<br />

obras de duplicação da Av. Abdo Najm,<br />

acesso à SP 255 na Vila Xavier, e a pavimentação<br />

de sua extensão até a região da<br />

Vila Aparecidinha. O investimento de R$ 10<br />

milhões, sendo R$ 1 milhão de emenda do<br />

deputado Roberto Massafera.<br />

Essas melhorias viárias foram proporcionadas<br />

pela vinda da Randon em Araraquara,<br />

que está instalando uma fábrica de<br />

carrocerias e vagões ferroviários. A empresa<br />

está investindo R$ 500 milhões graças<br />

a atuação de Massafera junto à Investe SP,<br />

agência estadual de fomento ao investimento<br />

que prospectou a vinda dessa grande<br />

empresa para a cidade.<br />

28


FATOS E FOTOS<br />

BOM E BARATO<br />

Com movimento diário de 1.200 pessoas, o<br />

restaurante “Bom Prato” de Araraquara, inaugurado<br />

em maio já serviu mais de 20 mil refeições<br />

à população em menos de um mês de<br />

funcionamento. Cada refeição custa R$ 1,00 e<br />

o café da manhã R$ 0,50. O Estado subsidia<br />

R$ 2,00 e o município mais R$ 1,00.<br />

O soldador Paulo Ramos e a mulher Maria<br />

de Lourdes aprovam a comida do Bom Prato<br />

TV Circulando está comemorando cinco anos<br />

de atividades. Parabéns ao Walmir Moreira, seu<br />

irmão Orivaldo Moreira e toda sua equipe.<br />

ÁFRICAS E SEUS DESAFIOS<br />

No final de maio aconteceu<br />

em Araraquara, a 3ª<br />

Semana Acadêmica do<br />

Grupo de Estudos e Pesquisas<br />

“União Africana”.<br />

O ciclo de estudos integra<br />

as comemorações<br />

do Dia da África, que<br />

ocorre anualmente no<br />

Continente Africano nas<br />

localidades que têm relação<br />

histórica, cultural<br />

e política com esse continente. Pedro Uetela,<br />

de Moçambique, abriu a programação do ciclo<br />

“Áfricas: Desafios Contemporâneos” com a<br />

palestra “As TIC (Tecnologias de Informação e<br />

Comunicação) na Educação em África: experiências/questões<br />

de Moçambique”.<br />

VIRADA CULTURAL<br />

Cinco espaços<br />

da Virada Cultural<br />

Paulista na cidade<br />

garantiram a diversão<br />

do público em<br />

maio. “Apesar do<br />

frio e da ameaça<br />

de chuva, muita<br />

gente saiu de casa<br />

para prestigiar as<br />

várias atrações em<br />

diferente linguagens<br />

artísticas”, disse o secretário da Cultura, Renato<br />

Haddad, comemorando o sucesso do evento.<br />

LANÇAMENTO<br />

A OralGift, com<br />

12 anos de experiência<br />

na área de higiene<br />

bucal, em parceria<br />

com o Centro de<br />

Desenvolvimento de<br />

Materiais Funcionais<br />

(CDMF), onde é diretor<br />

o professor Elson Longo, e a NANOX Tecnologia,<br />

lançaram nova linha de produtos com<br />

a tecnologia NanoxClean. Fabricados com nanoestruturas<br />

de prata incorporadas à matéria<br />

prima, os produtos têm uma superfície protegida<br />

da ação de microrganismos e bactérias. Os<br />

pesquisadores responsáveis pelo trabalho explicam<br />

que os ambientes úmidos, especialmente<br />

os banheiros, apresentam uma grande quantidade<br />

de bactérias e fungos. Quando as escovas<br />

de dente são deixadas expostas, a possibilidade<br />

de contaminação é alta. A tecnologia será aplicada<br />

no fio dental e seus refis, no higienizador<br />

de língua e no suporte das escovas de dente.<br />

Faleceu na noite do dia 30 de maio, em São<br />

Paulo, no hospital São Luiz, onde estava internado<br />

desde o início do mês, o doutor Geraldo<br />

Amaral Arruda, 98 anos, desembargador aposentado<br />

que foi juiz de direito em Araraquara.<br />

Ele foi sepultado no Cemitério São Bento.<br />

BATENDO DE FRENTE<br />

O experiente técnico Luiz Dórea, da Academia<br />

Champion de Salvador BA, promoveu o primeiro<br />

seminário de boxe e MMA em Araraquara,<br />

no final de maio, no salão do Centro Esportivo<br />

Municipal (antigo Estrela FC), na Vila Velosa. Participaram<br />

do evento, com 5 horas de duração,<br />

30 esportistas.<br />

Desde 2 de junho, todas as pessoas acima de<br />

12 anos estão tendo a oportunidade de participar,<br />

junto a instrutores especializados, do espaço Escola<br />

de Ciclismo com técnicas básicas para o uso da<br />

bicicleta. Muito bom este trabalho pois aumenta<br />

cada vez mais o número de adeptos da bike para<br />

melhorar a qualidade de vida. O aprendizado é<br />

realizado em frente a Arena da Fonte.<br />

O grupo de desenvolvimento de jogos Ludo<br />

Educativo lançou neste mês em Araraquara, uma<br />

nova versão do game de combate à dengue,<br />

“Contra Dengue 2 na Cidade”, jogo que transmite<br />

noções sobre a prevenção da doença. Com gráficos<br />

otimizados, o desempenho geral do game<br />

foi melhorado pela equipe de programadores do<br />

grupo, além de possuir novos cenários e novos desafios.<br />

Araraquara vive um dos piores dramas em<br />

relação a dengue nos últimos tempos.<br />

29


Nádia Rodrigues<br />

dos Santos:<br />

velocidade<br />

ajudou na escolha<br />

do aparelho<br />

SMARTPHONE<br />

No ano passado as vendas<br />

cresceram 123% na cidade<br />

Em Araraquara quem trocou<br />

gostou: a conexão é talvez o<br />

maior atrativo na hora de<br />

aposentar um modelo antigo<br />

em troca de um smartphone.<br />

Com isso as vendas dispararam<br />

e continuam apontando bons<br />

resultados até o final do ano.<br />

Hoje, o mercado de smartphone em Araraquara<br />

rende bons lucros para os lojistas. O<br />

corte de imposto anunciado pelo governo em<br />

2013 chegando a 30% de desconto no preço<br />

do celular fabricado no Brasil, beneficiou<br />

o consumidor de todas as classes que quer<br />

aderir a nova tecnologia dos aplicativos nos<br />

celulares.<br />

As vendas de smartphones no mercado<br />

brasileiro somaram 35,6 milhões unidades no<br />

ano passado, número recorde que representa<br />

crescimento de 123% frente ao ano anterior<br />

(2012), de acordo com a consultoria IDC. É a<br />

primeira vez no Brasil em que são vendidos<br />

mais smartphones do que celulares tradicionais.<br />

Em 2012, foram vendidos 43,4 milhões<br />

celulares tradicionais; em 2013, o volume caiu<br />

26%, para 32,2 milhões de aparelhos.<br />

30<br />

Mauro Yuri<br />

Chalegão Soma,<br />

formado em TI<br />

Emanoel Azen,<br />

Supervisor de Vendas


Edmar Rossi, gerente da<br />

J Mahfuz em nossa cidade:<br />

“venda em 10 prestações<br />

ajuda muito<br />

Somente no quarto trimestre de 2013<br />

foram comercializados 7,1 milhões celulares<br />

tradicionais e 11,5 milhões de smartphones.<br />

“Sob muitos aspectos, 2013 foi de fato, o<br />

ano do smartphone no Brasil. O enorme salto<br />

nas vendas dos dispositivos inteligentes comprovou<br />

que eles entraram de vez na lista dos<br />

bens mais adquiridos pelos brasileiros”, diz,<br />

em nota, Leonardo Munin, analista de mercado<br />

da IDC Brasil.<br />

O supervisor de vendas Emanoel Azen comemora<br />

essa isenção de impostos nos celulares<br />

e a regularidade de clientes em sua loja:<br />

“A procura de smartphones aumentou muito.<br />

São cerca de 40 aparelhos celulares vendidos<br />

por mês, uma média de 2 a 3 aparelhos por<br />

dia”. Com a alta, o lucro chega a ser de quase<br />

60% em uma loja de varejo da cidade. Quiosques<br />

de diferentes operadoras são montados<br />

em lojas, criando mais opções ao consumidor.<br />

O gerente da J Mahfuz, Edmar Rossi,<br />

destaca também as facilidades que o consumidor<br />

tem ao adquirir o novo produto: “Como<br />

os smartphones são desbloqueados, o cliente<br />

tem a opção de fazer portabilidade de uma<br />

operadora pra outra. Além disso, a pessoa<br />

tem a vantagem de fazer em até 10 prestações<br />

sem juros, não apertando tanto no bolso”,<br />

comenta.<br />

A FEBRE DOS APLICATIVOS<br />

Muitos consumidores começaram a trocar<br />

seus celulares básicos pelos smartphones por<br />

causa dos famosos<br />

aplicativos. As<br />

facilidades de comunicação<br />

foram<br />

um dos itens para<br />

que isso virasse<br />

uma febre entre<br />

as pessoas, desde<br />

apps de texto,<br />

até por chamadas<br />

de voz. Alguns trocaram<br />

por necessidade,<br />

para ter<br />

maior mobilidade.<br />

Já outros troca-<br />

31<br />

Psicóloga Geisa Robiatti<br />

ram por gosto.<br />

“Comprei um smartphone pela facilidade<br />

de estar conectada e ter em<br />

minhas mãos acesso a informações. O<br />

celular comum possui conexão com internet,<br />

mas é muito lenta”, conta a consumidora<br />

Nádia Rodrigues dos Santos.<br />

Para ela, a velocidade alcançada para<br />

se obter informações ajudou na escolha<br />

do novo aparelho. “Antes de ter um<br />

smartphone, eu não ligava em estar<br />

conectada o tempo todo, mudança que aconteceu<br />

há um ano. Não preciso mais ficar na<br />

frente de um computador para me comunicar<br />

ou fazer pesquisas. Pego meu celular da bolsa<br />

e tenho tudo o que preciso”, enfatiza Nádia.<br />

Já para Wellington Claro, a necessidade<br />

acabou se tornando gosto. “Ao usar o smartphone,<br />

sinto que tenho o mundo em minhas<br />

mãos. Às vezes, nem lembro que isso é um<br />

celular”. Além disso, o consumidor percebeu<br />

algumas mudanças de postura em seu comportamento,<br />

se tornando um vício. “Algumas<br />

vezes eu deixo de dar atenção<br />

ao meu redor e acabo<br />

me prendendo ao mundo<br />

dos aplicativos”, conta.<br />

Formado em Tecnologia<br />

da Informação (TI), Mauro<br />

Yuri Chalegão Soma faz um<br />

comparativo entre smartphone<br />

e um computador.<br />

“Os recursos encontrados<br />

nestes aparelhos mostram<br />

que eles estão ficando à<br />

frente dos desktops. Uma<br />

prova disso é que a Microsoft<br />

liberou, gratuitamente,<br />

o pacote Office para celulares<br />

móveis (iOS e Android).<br />

Com o avanço tecnológico<br />

de smartphones e tablets<br />

com processadores poderosos<br />

e com grande espaço<br />

para armazenamento, pode ser utilizado em<br />

escritórios como ferramenta de trabalho, tanto<br />

para captura de outros dispositivos, como<br />

para ler e-mails, editar planilhas, fazer videoconferências,<br />

etc”.<br />

Já para o TI Helton Castro, algumas funcionalidades<br />

podem se tornar barreiras para<br />

que empresas possam expandir neste avanço<br />

tecnológico. Ele diz que “a mobilidade traz um<br />

conforto à quem sempre precisa estar antenado,<br />

seja apenas para aqueles usuários de redes<br />

sociais ou para o mais avançado. No caso<br />

de usuários corporativos, existe vários empecilhos<br />

quanto ao uso e segurança dos dados”.<br />

O crescimento de smartphones e tecnologia<br />

é algo indeterminado. Produtos de diferentes<br />

modelos, preços e promoções fazem com<br />

que o consumidor espere<br />

algo melhor e inovador em<br />

uma era consumista. O<br />

aparelho telefônico representa<br />

bem esta resolução<br />

de forma instantânea. A<br />

cobrança de uma resposta<br />

imediata faz com que em<br />

qualquer lugar o telefone<br />

esteja sempre em mãos.<br />

A psicóloga Geisa Robiatti<br />

chama atenção sobre<br />

a influência que um smartphone<br />

pode ter na vida<br />

de uma pessoa. “A maior<br />

influência disso é o distanciamento<br />

físico das pessoas,<br />

alienação, dificuldade em<br />

ter ou manter um relacionamento<br />

afetivo/interpessoal,<br />

tendo dificuldades na<br />

forma de se comunicar e expressar, consequentemente<br />

passando por uma manutenção<br />

saudável desses relacionamentos”, alerta a<br />

psicóloga.<br />

Além disso, mudanças comportamentais<br />

na vida pessoal podem causar isolamento, carência,<br />

baixo rendimento frente aos estudos e<br />

trabalho, até mesmo na falta de compreensão<br />

do mundo real, como conflitos pessoais ou familiares.<br />

Geisa finaliza dizendo que “hoje em dia<br />

é preciso estar conectado sempre nas redes<br />

sociais, mas, quando nos deparamos com um<br />

problema ao nosso lado, temos que recorrer<br />

a ferramentas de pesquisas ou componentes<br />

ilícitos para nos manter em pé”.


NOVO SUPERINTENDENTE<br />

Emerson assume o<br />

Shopping Jaraguá<br />

Emerson Nunes no dia 03<br />

de junho, foi apresentado à<br />

imprensa local.<br />

Simone Soriano (coordenadora de<br />

marketing) e Emerson Nunes, o novo<br />

superintendente do Jaraguá<br />

Apresentação se deu em frente ao cinema<br />

e em seguida os jornalistas foram<br />

convidados a acompanhar o andamento<br />

das obras de expansão do Shopping Jaraguá<br />

que se transforma num dos maiores da<br />

região. A RCI deseja boas vindas ao novo<br />

superintendente do shopping.<br />

PROJETO EMPREENDER<br />

De olho no crescimento pequenas<br />

empresas aderem ao programa<br />

Minimercados, Confecções<br />

e Materiais de Construção,<br />

são os núcleos setoriais<br />

que formam o Programa<br />

Empreender deste ano com<br />

a missão de orientá-los a<br />

ampliar e tornar mais<br />

sólidos os seus negócios.<br />

O lançamento de mais<br />

uma etapa do Empreender<br />

se deu no mês passado.<br />

Com representantes de três segmentos<br />

empreendores, foi retomado em maio no<br />

auditório da ACIA, o Projeto Empreender,<br />

parceria da própria ACIA com o SEBRAE-SP<br />

e FACESP. Cerca de trinta empresas aderiram<br />

ao Empreender, cujo objetivo é estimular<br />

o associativismo.<br />

Renato Haddad, presidente da ACIA,<br />

abriu o evento dizendo que “este é um programa<br />

que visa fortalecer as MPEs através<br />

da prestação de serviços, organizando os<br />

núcleos setoriais e contribuindo ainda para<br />

a melhoria e profissionalização das Associações<br />

Comerciais que acolhem o programa<br />

idealizado em São Paulo pela FACESP. Na<br />

verdade, confessa o dirigente, são praticadas<br />

várias ações contribuindo para o desenvolvimento<br />

socioeconômico, principalmente<br />

na geração de empregos, utilizando o lema<br />

Unir Para Crescer”.<br />

Presidente Renato Haddad, da ACIA, com seus<br />

diretores Antônio Junquetti e Luis Ferreira; Gino<br />

Torrezan (FACESP) e Daniel Palácio (SEBRAE)<br />

“A cada dia temos um mercado mais<br />

competitivo, dinâmico e globalizado, e muitas<br />

empresas de pequeno, médio e até<br />

grande porte, correm o risco de fecharem<br />

suas portas por não se adequarem às novas<br />

exigências do mercado. Cada vez mais<br />

a necessidade de renovação e a procura<br />

por soluções eficazes são realidades diárias<br />

para o empreendedor”, comentou o palestrante<br />

Márcio Pessolo, consultor da FACESP.<br />

Já Daniel Palácio, gerente regional do<br />

SEBRAE, argumentou que o empreendedor<br />

que adere ao Empreender obtém bons resultados,<br />

como o crescimento dos negócios,<br />

desenvolvimento dos trabalhos de capacitação<br />

e geração de vendas, agilidade na administração<br />

e benefícios junto a fornecedores,<br />

como descontos e concessões.<br />

Em seu retorno a Araraquara, o Empreender<br />

traz uma proposta inovadora, pois<br />

Todas as ações do<br />

Programa Empreender<br />

são feitas de maneira<br />

gratuita na cidade.<br />

Outros núcleos já<br />

foram montados com<br />

marcenarias, clínicas<br />

de beleza, reparação<br />

automotiva e também<br />

refrigeração<br />

32


José Carlos<br />

Barros dos<br />

Santos,<br />

agente do<br />

Empreender<br />

na ACIA<br />

Gino Torrezan, da FACESP<br />

estimula os empresários a se auto-organizarem<br />

e a definirem as suas demandas,<br />

sem esquecer do desenvolvimento regional<br />

que isto acarreta.<br />

A necessidade de aderir ao Programa<br />

Empreender está no fato de que MPE’s têm,<br />

na maioria dos países em desenvolvimento,<br />

um alto índice de mortalidade, chegando<br />

em algumas regiões e em alguns setores,<br />

superior a 50% no seu primeiro ano de vida.<br />

Esta elevada mortalidade tem razões conhecidas<br />

pelos órgãos de apoio e fomento<br />

de todos os países como: gestão deficiente;<br />

falta de formação do empresário e de seus<br />

funcionários; uso de tecnologias defasadas;<br />

baixa qualidade de produto/serviços ofertados;<br />

dificuldade para acessar linhas de crédito<br />

e muitas outras.<br />

Neste ano, três setores foram premiados:<br />

Materiais para Construção, agregando<br />

hidráulica e elétrica, Vestuário (confecções)<br />

e Minimercado, todos varejistas.<br />

Daniel Palácio Alves, do SEBRAE local<br />

Márcio Pessolo, consultor da FACESP<br />

Renato Haddad, presidente da ACIA,<br />

diz que a entidade sempre esteve<br />

vivamente interessada em fortalecer<br />

a micro e pequena empresa. “É com<br />

essa missão que a nossa diretoria tem<br />

se proposto a manter parcerias cada<br />

vez mais fortes com o SEBRAE e a<br />

FACESP, pois é o caminho para o<br />

crescimento do associativismo”, diz ele.<br />

33


RECORDAÇÃO<br />

Nas noites de Araraquara O Barril se<br />

transformava num pedaço do céu<br />

1970. O Brasil acabara de ser<br />

tri-campeão mundial de futebol<br />

no México. Araraquara era uma<br />

explosão de alegria num clima de<br />

prosperidade para enfrentar os<br />

desafios de mais uma década. Foi<br />

mergulhado neste sentimento que<br />

Raimundo Abboud e Apparecido<br />

Dahab, decidiram criar O Barril.<br />

O Barril, restaurante e choperia que era localizado<br />

na Rua São Bento, onde atualmente<br />

é a Galeria Bagé, foi sinônimo de sucesso por<br />

todos os anos que abriu suas portas. Não era<br />

apenas uma casa frequentada por jovens; o<br />

público diversificado contagiava o ambiente e<br />

às vezes a espera por mesa chegava até a Rua<br />

São Bento. Tudo era muito bonito; a cidade vivia<br />

pautada pelos tempos dourados dos exames<br />

de Madureza no Colégio São Bento, com<br />

gente que vinha de todos os cantos do país.<br />

Foi neste contexto que O Barril foi criado<br />

em 1970 por Apparecido Dahab, ou Aparício<br />

como chamam os amigos e Raimundo Abboud<br />

(o único dos irmãos registrado com dois bês).<br />

Raimundo, primo em segundo grau de Aparício,<br />

era filho de libaneses que vieram para o<br />

Brasil em busca de uma vida melhor.<br />

O casal Salwa Bou Assi Abboud (pronuncia-se<br />

Saluá), nascida no Líbano e Raimundo,<br />

eram os que cuidavam da mais badalada choperia<br />

da cidade na época. Ela conta como conheceu<br />

Abboud no Brasil. “Perdi minha mãe<br />

aos 10 anos e minhas irmãs já tinham vindo<br />

para o Brasil. Elas me trouxeram para cá e<br />

Roberto Abud que trabalhava n’O Barril nos fins de semana, Raimundo (seu tio), os garçons<br />

Luis e Sidney, e, Omer (cunhado de Raimundo), hoje no Líbano com um supermercado<br />

uma delas era casada com o irmão de Raimundo,<br />

e foi assim que eu o conheci. Quatro<br />

anos depois nos casamos e vivemos juntos<br />

por 30 anos”, revela.<br />

“Raimundo estava morando com os pais<br />

em São Paulo e Aparício que já havia criado<br />

a Kibelanche, o trouxe para Araraquara com o<br />

objetivo de abrirem algum negócio. Foi onde<br />

fundaram O Barril, que se tornou sucesso na<br />

época, diz Salwa, mostrando as fotos.<br />

A choperia sempre atingiu sua capacidade<br />

máxima de clientes, cada vez que abriam as<br />

portas. “As pessoas faziam fila para tentar entrar<br />

na casa. Tínhamos reservas de mesa com<br />

quase um mês de antecedência. Os que visitavam<br />

Araraquara, principalmente homens de<br />

negócios, também se reuniam lá. Era o ponto<br />

de encontro da turma. Apareciam pessoas de<br />

Bauru, São Carlos, Ribeirão Preto, sempre nos<br />

prestigiando” e continua “Aparício é muito inteligente.<br />

Tudo o que ele põe a mão, dá certo”.<br />

Antes de abrir O Barril, Apparecido teve outra<br />

lanchonete chamada Gimba, depois restaurante.<br />

Segundo Salwa, pessoas ligavam até do<br />

Embora O Barril tenha sido<br />

criado ao lado da antiga<br />

Gráfica Ferrari, na São Bento,<br />

foi um pouco mais abaixo que<br />

se consolidou nos anos 70.<br />

Da inauguração participaram:<br />

Isidoro Bittio Neto, Valdo<br />

Barbieri, Alfredo Saba,<br />

Rômulo Lupo, Aparício Dahab,<br />

Mayr Staufackar e Vicente<br />

Michetti. No fundo, Angélica,<br />

José Rubens de Barros e a<br />

família Domingos Bombarda<br />

34


Raimundo,<br />

no balcão<br />

d’O Barril<br />

e preferiu baixar as portas. “No dia do fechamento,<br />

todos choraram. Tiramos várias fotos<br />

do local, das pessoas. Não podia contrariar<br />

meu marido, ele já estava doente. Não queria<br />

ser culpada por matá-lo”, disse Salwa.<br />

Raimundo morreu em abril de 2000 de<br />

câncer no rim, em decorrência de sua diabetes.<br />

O casal não teve filhos e Salwa está quase<br />

todos os dias na Kibelanche, propriedade de<br />

sua irmã Isabele e Apparecido.<br />

Rio de Janeiro para deixar mesas reservadas<br />

para este restaurante.<br />

Ao relembrar do marido, Salwa conta que<br />

perdeu a sorte. “Perdi a sorte da minha vida.<br />

Se Deus me desse a oportunidade, iria buscá-lo<br />

para viver comigo de novo. Encontro com pessoas<br />

na rua que choram ao relembrar dele.<br />

Raimundo era muito bondoso, amoroso, atencioso<br />

e educado”.<br />

“Acordava cedo para preparar tudo e deixar<br />

o restaurante pronto. Raimundo descia<br />

mais tarde, pois morávamos no fundo d’O Barril.<br />

Era muito puxado e ele estava começando<br />

a se cansar. Já devia estar doente, mas não<br />

dizia absolutamente nada”.<br />

O Barril fechou em seu auge. Raimundo<br />

não conseguia mais levar adiante o negócio<br />

BOAS LEMBRANÇAS<br />

O comentário é geral: Aparício Dahab sempre<br />

foi um visionário. Não foi apenas com Raimundo<br />

ou Zé do Gimba (José Abud) que ele<br />

demonstrou ao longo da sua vida e dos negócios<br />

uma grande afinidade. O mesmo ocorria<br />

com Yussuf Samaha, o Zezinho da Prodaplan<br />

(antes Casa Nenê com o irmão Jalal). Aparício<br />

e Zezinho acabaram ficando próximos em<br />

negócios pioneiros, como a implantação da<br />

Prodaplan para iniciar os serviços de processamento<br />

de dados com a utilização de computadores.<br />

Anos depois, Yussuf transformou a<br />

Prodaplan em agência de turismo e passou a<br />

investir em rede de hotéis e pousadas.<br />

A marca O Barril contudo tinha “a cara” do<br />

Raimundo. Ambos se identificavam de forma<br />

gratificante no tempo em que - Araraquara<br />

dizia - o Raimundo do Barril, como também o<br />

Zezinho da Prodaplan e até hoje, o Aparício da<br />

Kibelanche.<br />

O padrinho Aparício Dahab conduz Salwa<br />

ao altar da Igreja Nossa Senhora das Graças<br />

Salwa e Raimundo, saída da Igreja Nossa<br />

Senhora das Graças em 1971<br />

Hora de pagar a conta: garçom para o Raimundo e daí para o Tetê Viviane e o amigo e<br />

também fotógrafo Laércio Verlotta, sob os olhares de Salwa que acompanha à distância<br />

35<br />

Salwa emocionada segura uma das fotos<br />

que mantém em seu arquivo com o marido<br />

Raimundo. São pedaços da história de uma<br />

família.


PESQUISA<br />

Indústria da transformação ainda<br />

é o boom da economia na cidade<br />

As atividades da indústria de<br />

transformação - no momento<br />

em alta em Araraquara - são,<br />

frequentemente, desenvolvidas<br />

em plantas industriais e fábricas,<br />

utilizando máquinas movidas<br />

por energia motriz e outros<br />

equipamentos com foco na<br />

manipulação de materiais. É<br />

também considerada como<br />

atividade industrial a produção<br />

manual e artesanal, vindo dela<br />

o maior número de empregos.<br />

Araraquara encerrou o mês de abril com<br />

saldo positivo de 704 novos empregos formais.<br />

O número é resultado de 4.102 admissões<br />

contra 3.398 desligamentos. No mês,<br />

o setor da atividade econômica que mais se<br />

destacou foi o da Indústria de Transformação,<br />

534 novas vagas. Em segundo lugar fica o Comércio,<br />

com saldo positivo de 49 empregos<br />

formais. O único setor com perda de postos de<br />

trabalho foi o de Serviços Industriais de Utilidade<br />

Pública, com saldo de menos 2.<br />

Na análise dos quatro primeiros meses de<br />

<strong>2014</strong>, as lideranças na criação de emprego em<br />

Araraquara ainda são dos setores industriais e<br />

de serviços, com saldos respectivos de +1.350<br />

e +379 vínculos empregatícios. Ao todo, de janeiro<br />

a abril, são +1.703, queda de 25% em<br />

relação ao mesmo período de 2013, quando<br />

foram criados 2.274 novos postos de trabalho.<br />

Continuando a análise do acumulado em<br />

<strong>2014</strong>, compara-se o desempenho da geração<br />

de vagas de Araraquara, com Rio Claro e São<br />

Carlos, cidades da região com o mesmo porte<br />

populacional. Nestes quatro primeiros meses<br />

do ano o saldo araraquarense é quase 175%<br />

maior que o rio-clarense. Já em São Carlos<br />

houve perda de postos de trabalho. De janeiro<br />

a abril o saldo ficou negativo em 104 vagas.<br />

Neste caso, os setores da Indústria de Transformação<br />

e o Comércio são responsáveis pela<br />

queda, com perdas respectivas de 382 e 291<br />

empregos com carteira de trabalho assinada.<br />

Tabela 1: Geração de emprego formal<br />

ANÁLISE: Os dados de abril mostram um<br />

cenário mais positivo da criação de empregos<br />

com carteira assinada. Ainda assim, a tendência<br />

do mercado de trabalho Araraquarense<br />

confirma a realidade nacional, ou seja, saldo é<br />

positivo, mas em desaceleração na contraposição<br />

aos anos anteriores. Mesmo com o bom<br />

resultado neste primeiro quadrimestre, houve<br />

queda de 25% do saldo total em relação ao<br />

mesmo período de 2013.<br />

Indústria e Serviços, setores ainda líderes<br />

nas contratações, viram seu saldo positivo cair<br />

24,5% e 35%, respectivamente, na oposição<br />

anual. Nossa diversidade produtiva, direcionada<br />

em grande parte ao mercado consumidor<br />

As indústrias de<br />

transformação, em geral,<br />

produzem bens tangíveis<br />

(mercadorias). Algumas<br />

atividades de serviços<br />

são também incluídas<br />

no seu âmbito tais como<br />

os serviços industriais,<br />

a montagem de<br />

componentes de produtos<br />

industriais, a instalação de<br />

máquinas e equipamentos<br />

e os serviços de<br />

manutenção e reparação.<br />

36<br />

Texto: Jaime Vasconcellos<br />

Economista e Coordenador do Núcleo de<br />

Economia do Sincomercio Araraquara<br />

Setores<br />

Ext. Mineral<br />

Ind. Transformação<br />

Serv. Ind. Utilidade Pub.<br />

Construção Civil<br />

Comércio<br />

Serviços<br />

Adm. Pública<br />

Agricultura<br />

Total<br />

Araraquara<br />

Abr/14<br />

2<br />

534<br />

-2<br />

18<br />

49<br />

21<br />

47<br />

35<br />

704<br />

<strong>2014</strong><br />

7<br />

1.350<br />

26<br />

123<br />

-243<br />

379<br />

52<br />

9<br />

1.703<br />

Rio Claro<br />

Abr/14<br />

1<br />

247<br />

6<br />

80<br />

-3<br />

202<br />

5<br />

-6<br />

532<br />

<strong>2014</strong><br />

7<br />

1.350<br />

26<br />

123<br />

-243<br />

379<br />

52<br />

9<br />

1.703<br />

São Carlos<br />

Abr/14<br />

4<br />

-116<br />

6<br />

95<br />

-16<br />

-25<br />

59<br />

-29<br />

-22<br />

Fonte: CAG<strong>ED</strong> / Elaboração: Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara<br />

<strong>2014</strong><br />

2<br />

-382<br />

43<br />

255<br />

-291<br />

160<br />

109<br />

0<br />

-104<br />

A indústria já se mostra bastante tímida para<br />

novas contratações<br />

predominantemente interno, ainda resguarda<br />

nossa capacidade de expansão do mercado<br />

de trabalho industrial. Já o setor de serviços<br />

tem se sustentado pela forte demanda local,<br />

fomentada por um crescimento do próprio emprego<br />

em Araraquara nos últimos anos e pelo<br />

acesso ao crédito, que mesmo mais encarecido<br />

atualmente, continua ser um dos pilares do<br />

poder de compra das famílias.<br />

Em suma, O CAG<strong>ED</strong> nos mostra, neste primeiro<br />

quadrimestre, que o mercado de trabalho<br />

formal araraquarense precisa ser avaliado com<br />

cautela, menos otimista. Os resultados são mais<br />

tímidos que em 2013. A Indústria, que tende a<br />

ter perspectivas de médio prazo, e Comércio<br />

e Serviços, com visão de curtíssimo prazo, se<br />

mostram arrefecidos para novas contratações.


JURÍDICO<br />

Dispensa por justa causa<br />

Considerada a penalidade máxima aplicada ao empregado que<br />

comete uma falta grave, a dispensa por justa causa tem sido motivo<br />

de muitos questionamentos de empresas do comércio varejista.<br />

Não são raras as situações em que há a quebra do vínculo de<br />

confiança existente na relação de emprego, que, por muitas vezes,<br />

torna insustentável a continuidade da prestação dos serviços.<br />

Contudo, mesmo diante de um ato faltoso do empregado, é necessário<br />

que o empregador tenha bastante cautela ao efetuar a dispensa<br />

por justa causa, atentando sempre à legislação pátria e às<br />

decisões dos Tribunais Trabalhistas.<br />

Nesse sentido, alguns pressupostos devem ser observados para<br />

que este tipo de dispensa seja efetuada de forma segura, quais sejam:<br />

• autoria: o empregador deve ter absoluta certeza da autoria do<br />

cometimento da falta grave, ou seja, não pode haver dúvida de que<br />

foi determinado empregado que cometeu o ato faltoso;<br />

• tipificação legal: a falta cometida pelo empregado deve estar<br />

prevista no artigo 482 da CLT *, pois nem toda falta é considerada<br />

grave;<br />

• nexo de causalidade: a dispensa por justa causa deve ter vinculação<br />

direta com a falta, sendo que o empregador deve ter provas<br />

robustas do ato faltoso cometido pelo empregado;<br />

• imediatidade: o empregador deve aplicar a punição tão logo<br />

saiba da falta cometida pelo empregado ou, quando assim não possível,<br />

tão logo termine a apuração dos fatos, sob pena de configuração<br />

de perdão tácito;<br />

• proporcionalidade: o empregador deve ter bom senso ao aplicar<br />

a punição, visto que um ato de natureza leve do empregado não<br />

deve ser punido de forma severa, mesmo que enquadrável, em tese,<br />

no artigo 482 da CLT;<br />

• vedação da dupla punição:<br />

o empregado não pode ser punido<br />

mais de uma vez pelo mesmo ato<br />

faltoso.<br />

A não observância pelo empregador<br />

de qualquer um dos pressupostos<br />

acima elencados poderá<br />

resultar na conversão da dispensa<br />

por justa causa em dispensa sem<br />

justa causa.<br />

Atente-se que também é direito<br />

do empregado conhecer o motivo que levou a sua dispensa por<br />

justa causa. Dessa forma, ao aplicar a punição, o empregador<br />

deve trazer essa informação por escrito, a fim de se evitar o risco<br />

de futuras alegações de desconhecimento.<br />

Vale lembrar que as punições aplicadas (advertência, suspensão<br />

ou dispensa por justa causa) devem ser iguais a todos<br />

aqueles que cometeram determinada falta, para que não haja<br />

tratamento discriminatório.<br />

Ressalte-se que dentre as hipóteses de justa causa elencadas<br />

pelo artigo 482 da CLT, as que mais se destacam no comércio<br />

varejista são a desídia, verificada quando existe desinteresse/má<br />

vontade do empregado no desempenho de suas funções,<br />

o mau procedimento, constatado quando o empregado causa<br />

perturbação no ambiente de trabalho, o ato de indisciplina ou insubordinação,<br />

quando o empregado não cumpre normas gerais<br />

e/ou descumpre ordem que lhe é dada diretamente e o ato de<br />

improbidade, que ocorre quando empregado age com desonestidade,<br />

incluindo nesta última hipótese, dentre outros, os casos<br />

em que o empregado faz uso indevido do vale-transporte ou<br />

apresenta atestado médico falso.<br />

Frise-se que é de suma importância que o empregador conheça<br />

todas as hipóteses de dispensa por justa causa e saiba<br />

aplicá-las de maneira sensata, visto que, por se tratar de medida<br />

extrema, são necessárias provas incontroversas acerca da<br />

sua ocorrência. Dessa forma, é aconselhável que o empregador<br />

sempre consulte um advogado.<br />

Por fim, o empregador deve se conscientizar de que a dispensa<br />

por justa causa é entendida como exceção pela Justiça<br />

do Trabalho, aplicada tão somente nos casos em que a continuidade<br />

da relação de emprego se torne insustentável, devido a<br />

quebra do vínculo de confiança decorrente da gravidade do ato<br />

faltoso.<br />

* Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato<br />

de trabalho pelo empregador:<br />

a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau<br />

procedimento; c) negociação habitual por conta própria ou alheia<br />

sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência<br />

à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for<br />

prejudicial ao serviço; d) condenação criminal do empregado,<br />

passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução<br />

da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções;<br />

f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo<br />

da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação;<br />

i) abandono de emprego; j) ato lesivo da honra ou da boa fama<br />

praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas,<br />

nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa,<br />

própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama<br />

ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores<br />

hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de<br />

outrem; l) prática constante de jogos de azar.<br />

Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa<br />

de empregado a prática, devidamente comprovada em<br />

inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional.<br />

Dra. Thaís Costa Domingues<br />

Advogada do SINCOMERCIO Araraquara<br />

37


José Antonio<br />

Delle Piage,<br />

secretário<br />

ambiental<br />

O reflorestamento do Pinheirinho é sem dúvida uma das grandes ações da<br />

secretaria municipal de Meio Ambiente, dada a extensão da área e a necessidade<br />

de preservá-la como ponto de visitação pelas características de um bosque<br />

A NATUREZA<br />

A sustentabilidade no<br />

mês do Meio Ambiente<br />

Araraquara tem buscado atingir<br />

bom índice de desenvolvimento<br />

econômico sem agredir o meio<br />

ambiente, usando os recursos<br />

naturais de forma inteligente<br />

para que eles se mantenham<br />

no futuro.<br />

Junho é o mês em que se comemoram as<br />

ações do Dia Mundial do Meio Ambiente (5).<br />

Não existe palavra mais nova a envolver a natureza<br />

do que sustentabilidade. Em Araraquara,<br />

o tema está em crescimento. Debates são realizados<br />

nas escolas municipais e as crianças são<br />

colocadas como pequenos fiscais dentro da própria<br />

casa, para “corrigir”<br />

as manias dos pais<br />

em desperdiçar água,<br />

ou a não separação de<br />

lixos recicláveis e outros<br />

problemas que só<br />

a correria do dia-a-dia<br />

acarreta.<br />

A Secretaria Municipal<br />

de Meio Ambiente,<br />

a partir de junho,<br />

Projeto Amigo<br />

da Árvore<br />

lança uma parceria com o Tiro de Guerra, planilhas<br />

e palestras de conscientização para o combate<br />

de queimadas. O plano de ação para controle<br />

de queimadas urbanas em Araraquara envolve<br />

a secretaria e a parceria com o TG. Segundo o secretário<br />

ambiental da cidade, José Antonio Delle<br />

Piage, o intuito é combater a queimada urbana.<br />

“Nosso foco nessa ação é prevenir, orientar e<br />

entregar panfletos para as pessoas que moram<br />

próximo à periferia, onde há grande número de<br />

terrenos baldios que tendem a ser queimados,<br />

criminalmente ou não”, explica.<br />

Ainda de acordo com ele, é difícil conseguir<br />

punir alguém nestas situações. “Pessoas podem<br />

passar por um terreno e jogar um cigarro<br />

e aí inicia-se a queimada. Não conseguimos<br />

identificar quem fez isso e muitas vezes responsabilizamos<br />

o proprietário do terreno, que<br />

não manteve o local em boas condições”.<br />

Além deste projeto, a partir de junho as<br />

escolas municipais receberão pontos de coleta<br />

para óleo usado. “Qualquer pessoa, tanto as<br />

crianças quanto os funcionários das escolas,<br />

poderão enviar este óleo para o ponto da coleta.<br />

É um incentivo que damos às crianças,<br />

possibilitando a fiscalização dentro de casa,<br />

para que não ocorra a contaminação da água<br />

com o óleo. Um grupo da Acácia (Cooperativa<br />

de Catadores de Material Reciclável) recolherá<br />

este óleo e venderá para uma empresa. Esse<br />

38<br />

dinheiro será revertido para a própria cooperativa”,<br />

explica Delle Piage.<br />

O secretário explica também as tarefas<br />

diárias e as dificuldades para manter o meio<br />

ambiente em Araraquara. “Nesta época de<br />

estiagem, agimos principalmente sobre as<br />

queimadas urbanas e o desperdício de água.<br />

Os proprietários de terrenos baldios com mato<br />

alto ou resíduos sólidos (como entulhos), podem<br />

ser multados e o valor pode ser caro. Além<br />

disso, estamos em cima da poda drástica de<br />

árvores urbanas. Por se cortar totalmente uma<br />

árvore de uma calçada ou mesmo dentro de<br />

casa, sem a autorização da secretaria do meio<br />

ambiente, a multa pode chegar a 50 UFM (Unidade<br />

Financeira Municipal), que está por volta<br />

de R$ 40 cada. Se aplicarmos um valor deste<br />

numa poda drástica, a multa pode chegar a R$<br />

2 mil”, explica.<br />

Para denúncias de irregularidades em<br />

terrenos, desperdício de água ou qualquer<br />

infração contra o ambiente, entre em contato<br />

pelo telefone 3301 9000, até às 17h, ou então<br />

0800 7740440, das 17h às 8h.<br />

Crianças e o Meio Ambiente


PORTABILIDADE DO CRÉDITO<br />

Já em vigor<br />

nos bancos<br />

No começo de maio,<br />

entraram em vigor as novas<br />

regras para transferir os<br />

empréstimos e financiamentos<br />

de um banco para outra<br />

instituição financeira que<br />

oferecer melhor taxa de juros.<br />

A chamada “portabilidade” do crédito, que<br />

começou a valer a partir de maio também valerá<br />

para operações de “leasing” (arrendamento<br />

mercantil). Essas regras foram regulamentadas<br />

pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no final<br />

do ano passado, mas só entraram em vigor<br />

no dia 5 de maio e valem para todo o tipo de crédito:<br />

consignado, crédito pessoal, financiamento<br />

de imóveis e de automóveis, entre outros, e até<br />

mesmo aqueles com recursos do Fundo de Garantia<br />

por Tempo de Serviço (FGTS).<br />

O objetivo da medida é incentivar a concorrência<br />

entre os bancos e possibilitar uma<br />

redução na taxa de juros cobrada nas operações.<br />

Para que o consumidor possa fazer a<br />

migração, basta procurar diretamente o banco<br />

escolhido. A instituição entrará em contato<br />

com o banco original para o fornecimento do<br />

crédito atual da pessoa. O banco de origem<br />

terá 5 dias úteis para apresentar uma contraproposta.<br />

Caso não apresentem uma resposta,<br />

a dívida migrará automaticamente para o<br />

banco de escolha do consumidor.<br />

Outras mudanças são das taxas de juros<br />

e de administração do banco que podem ser<br />

alteradas baixando o valor da mensalidade<br />

paga pelo consumidor. O prazo e o valor do financiamento<br />

não poderão ser elevados.<br />

Para que o consumidor possa ficar mais<br />

esclarecido sobre o assunto, a RCI procurou<br />

dois especialistas para falarem sobre o quanto<br />

essas mudanças podem ser significativas<br />

em um financiamento.<br />

Fernando Muniz, gerente da MRV<br />

Economista Eduardo<br />

Rois Morales Alves<br />

O economista Eduardo Rois Morales Alves<br />

explica que o mutuário pode sair beneficiado<br />

dentro desta portabilidade. “O consumidor<br />

sempre quer um custo menor. Sendo assim,<br />

se a primeira e a última parcela de um financiamento<br />

forem menores que a primeira, a<br />

troca entre os bancos acaba compensando”,<br />

comenta Rois.<br />

Além disso, o economista destaca a briga<br />

sadia entre os bancos. “Há um estímulo<br />

dentro de nossa economia e isso cria uma rivalidade.<br />

Porém, o mutuário tem que prestar<br />

atenção se compensa a troca de um banco<br />

para outro, pois a taxa nominal pode fazer a<br />

diferença no decorrer do financiamento, além<br />

de outras taxas que o banco pode oferecer<br />

dentro de outros planos”, declara.<br />

Já para o consultor financeiro e gerente da<br />

MRV, Fernando Muniz, a portabilidade sempre<br />

foi uma opção válida para os consumidores.<br />

“Ela foi criada para que o usuário tenha opções<br />

no mercado e bancos estimulando um<br />

juro menor, surgindo uma concorrência maior<br />

entre eles. As instituições saem ganhando<br />

com isso e conseguem criar uma fidelidade<br />

com o cliente”, explica. Para Muniz, o ramo<br />

imobiliário ainda carece de experiência dentro<br />

destas novas regras. “Toda e qualquer mudança<br />

gera desconforto e desconfiança entre os<br />

consumidores, mas as novas regras impostas<br />

tendem a melhorar cada vez mais daqui pra<br />

frente”, finaliza.<br />

A portabilidade é sempre uma opção benéfica<br />

ao consumidor porque traz mais competitividade<br />

ao setor, como já foi visto no caso<br />

da telefonia móvel. Contudo, quando se trata<br />

de financiamentos, é preciso fazer as contas<br />

certas para ver se vale a pena migrar de instituição<br />

financeira. O principal elemento desse<br />

cálculo é o Custo Efetivo Total (CET), que engloba<br />

não apenas os juros do financiamento,<br />

mas também outros encargos que operações<br />

de crédito têm, como seguros obrigatórios e<br />

taxas administrativas. O valor do CET deve ser<br />

pedido à instituição financeira com a qual o<br />

consumidor já firmou o contrato.<br />

39<br />

CONHECER<br />

A importância do<br />

Comcriar na cidade<br />

Em julho a RCI começará a<br />

mostrar o dinamismo das<br />

entidades que cuidam de<br />

crianças e adolescentes na<br />

cidade. Elas recebem apoio de<br />

um órgão chamado Comcriar.<br />

Mas, o que é o Comcriar?<br />

Samuel Brasil Bueno (presidente do<br />

Comcriar) ao lado de Jaqueline<br />

Pereira (Vice-Presidente)<br />

Instituído por meio de Lei, o COMCRIAR<br />

– Conselho Municipal dos Direitos da Criança<br />

e do Adolescente, é órgão de apoio da<br />

política de defesa da população infanto-juvenil.<br />

Atua na regulamentação e na fiscalização<br />

à execução de ações no que se refere<br />

ao desenvolvimento pleno desse segmento.<br />

Sua composição é feita de forma paritária<br />

entre os representantes da Sociedade<br />

Civil e Poder Público com pautas de reuniões<br />

ordinárias mensais. Como órgão específico<br />

de fiscalização e regulamentação<br />

das políticas, gerencia toda a rede de serviço<br />

existente no município colocado à disposição<br />

das crianças e dos adolescentes.<br />

Atualmente conta com 32 instituições<br />

que atuam em diferentes segmentos que<br />

vão desde o meio aberto (após escola) até<br />

acolhimento institucional (abrigo).<br />

As entidades em sua maioria são filantrópicas<br />

e contam, além dos recursos<br />

próprios, com linhas de financiamento para<br />

executarem suas ações. Esses investimentos<br />

se dão tanto por parte do Poder Público<br />

quanto pela sociedade.<br />

Uma forma de grande participação no<br />

financiamento desses projetos são as destinações<br />

feitas ao Fundo Municipal da Criança<br />

e do Adolescente, por meio da destinação<br />

do Imposto de Renda que abrange 6%<br />

pessoa física e 1% pessoa jurídica.<br />

O Conselho de Direitos da Criança e do<br />

Adolescente de Araraquara está na Rua Expedicionário<br />

do Brasil, 1630, e atende pelo<br />

telefone 16-3322-5810.


HOMENAGEM<br />

Joacyr: “O outro lado da minha vida? A<br />

família e um pedaço de chão, a AABB”<br />

Brincar de se esconder numa hora<br />

dessas... eram coisas do Joacyr.<br />

Marley então se divertia com as<br />

graças do marido; para os filhos<br />

ele parecia um irmão caçula; os<br />

netos viam nele um anjo zelador.<br />

Os amigos que ficaram, falam<br />

que o trem se foi levando gente<br />

que não queria partir.<br />

Joacyr Braghini, o araraquarense nascido<br />

no primeiro dia de outubro de 1938, sempre<br />

foi visto como símbolo de uma geração voltada<br />

à família, ao trabalho e dedicado a ajudar<br />

o próximo. “Só depois que ele partiu é que a<br />

gente ficou sabendo das coisas que aconteceram<br />

ao seu redor e que desconhecíamos”,<br />

diz a filha Inaiá. Ela se refere as ações sociais<br />

em que Joacyr participava de forma anônima,<br />

deixando entre as pessoas um enorme rastro<br />

de saudades. Até mesmo a doença parece ter<br />

sido escondida por ele, pois tudo foi muito rápido:<br />

não mais que quarenta dias.<br />

O que Joacyr jamais deixou de mencionar<br />

nas conversas com os amigos era o respeito e<br />

o amor pela família. Casado com Marley desde<br />

2 de julho de 1942, e pai de Ianice, Ivan, Inaiá<br />

e Inezita, se via com clareza a alegria entre todos.<br />

Essa união o levava a viajar todos os anos<br />

em companhia dos familiares. A última delas,<br />

neste ano foi para o litoral de Santa Catarina:<br />

“Foram dias maravilhosos”, conta<br />

sua esposa.<br />

A próxima seria para Bertioga, levando<br />

na bagagem apenas a esposa e<br />

os netos: Laura, Letícia, Pedro, João, Vitória<br />

e Marina. Mas não deu, diz Laura<br />

- a neta mais velha, que alguns dias depois<br />

da partida, chegou a compará-lo a<br />

Joacyr, Marley e os filhos:<br />

Inezita, Inaiá, Ianice e Ivan<br />

40<br />

comandante de um barco e dizer: “Durante 75<br />

anos ele passou por águas claras e límpidas,<br />

mas também enfrentou tempestades nebulosas.<br />

A última tormenta foi com ventos muito<br />

fortes que deixaram o céu inteiro com uma<br />

massa escura, tão devastadora que o levou”.<br />

Mas Joacyr deixou belos exemplos após<br />

trabalhar no Banco do Brasil por 29 anos<br />

(começou em 1962). Com a aposentadoria<br />

passou a ser diretor da AABB, desenvolvendo<br />

projetos e eventos para auxiliar a manutenção


das entidades sociais. Também foi, por longo<br />

tempo, diretor e presidente da FACIRA.<br />

Na AABB, onde foi presidente por muitos anos,<br />

Joacyr implantou inúmeros projetos, no entanto, a<br />

menina dos seus olhos era a AABB, comunidade<br />

que presta atendimento a crianças e adolescentes<br />

com idade entre 7 e 18 anos de ambos os sexos. O<br />

programa oferece suporte educacional e recreativo<br />

tendo sequência nas mãos do novo presidente:<br />

Thiago de Oliveira Ferreira.<br />

álbum de família<br />

O RECADO DEIXADO POR JOACYR<br />

Em 2013, tal como pressentimento, Joacyr<br />

sentia que a FACIRA - criação de um<br />

antigo grupo de voluntários e empresários<br />

da cidade - não poderia acabar. Em algum<br />

lugar deveria ser feita, até mesmo no céu,<br />

aproveitando alguns companheiros que ajudaram<br />

na feira e que já haviam partido. Eis<br />

o texto:<br />

“Ontem recebi um recado. O recadista,<br />

acredito saber quem é, mas não vou revelar<br />

o seu nome nesta nota. Ele reclamava<br />

do porque que nós, aí do andar de baixo,<br />

tínhamos abandonado o Projeto da Facira.<br />

Dizia ele, o recadista, que o nosso grupo<br />

era tão forte e que não havia razão para<br />

isso. De outra forma, se aí, vocês do andar<br />

de baixo não fazem, nós aqui podemos<br />

fazê-lo pois temos um quadro de colaboradores<br />

capacitado. Senão, vejamos, três<br />

dos ex-Presidentes estão por aqui.<br />

O Eduardo Michetti pode repetir a dose e<br />

ser novamente o presidente da Facira in<br />

Sky; para a organização ninguém melhor<br />

do que o Sérgio Dall’Acqua, deixando<br />

para o Dirceu de Carvalho a parte burocrática<br />

e a contabilidade; o Martinho Zanin<br />

cuida das ovelhas e o Guilherme Iost<br />

junto com o Marcelo Bombarda do gado.<br />

A parte da infraestrutura podemos dispensar,<br />

aqui é tudo mais fácil, pega-se aqui se<br />

põe ali, sem problema, porém se houver,<br />

o Zé Luiz do Amaral resolve, o Coca da<br />

CPFL dá uma mão na energia e o Nildson<br />

Leite Amaral, nos shows. Lembro que sem<br />

ter que pagar o Ecad, ele vai deitar e rolar<br />

chamando, João Paulo e Emilio Santiago,<br />

já disseram que colaboram.<br />

Então decidam, pois se o resultado financeiro<br />

na terra era destinado a amenizar as necessidades<br />

das entidades, e eu, sou testemunha<br />

do quanto fizeram, aqui vamos dirigir o resultado,<br />

em benefício das almas. O Harlei<br />

cuidará da portaria com ajuda do Sidnei. O<br />

cachê dos artistas será pago com orações.<br />

Marley,<br />

Marina e<br />

Joacyr<br />

Os netos reunidos com Marley e Joacyr:<br />

Letícia, Pedro, Laura, João, Vitória e Marina<br />

Brotas<br />

Brotas<br />

Com o irmão<br />

Zezé Braghini<br />

Grito de guerra do casal na comemoração dos<br />

50 anos de casamento. Era o dia da vitória.<br />

Concluindo, o recado dizia se não vão mexer<br />

o doce então subam, para nos ajudar...”<br />

Almoço em família<br />

Assinado, Joacyr<br />

41


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43


44


AGRO<br />

N E G Ó C I O S<br />

INFORMATIVO<br />

edição junho <strong>2014</strong><br />

ORIENTAÇÃO<br />

O e-Social na vida dos<br />

nossos produtores rurais<br />

Na segunda quinzena de maio, o Sindicato Rural de Araraquara<br />

organizou no SESC, palestra de orientação aos produtores rurais sobre<br />

as normas adotadas pelo governo para centralização a partir de julho,<br />

de todas as informações vinculadas às obrigações trabalhistas, FGTS,<br />

previdenciária e fiscal. O encontro teve o apoio da FAESP e SENAR SP.<br />

No auditório do SESC/Araraquara foi realizada<br />

no dia 16 de maio uma palestra gratuita<br />

sobre o e-Social, que trata da nova forma de<br />

transmissão digital das informações sobre a<br />

folha de pagamento para todos os empregadores<br />

rurais, urbanos e domésticos em relação<br />

aos seus empregados, visando o atendimento<br />

legal das obrigações trabalhistas, FGTS, previdenciária<br />

e fiscal.<br />

O e-Social é um projeto do governo federal,<br />

que reúne a Receita Federal do Brasil,<br />

INSS, Ministério do Trabalho e Emprego e<br />

Caixa Econômica Federal, tendo como objetivo<br />

centralizar o fornecimento das informações<br />

que são prestadas atualmente para estes<br />

órgãos de forma separada, substituindo,<br />

dentre outros documentos, a SEFIP-Sistema<br />

Empresa e do FGTS e Informações à Previdência<br />

Social. De acordo com o presidente<br />

Nicolau de Souza Freitas, do Sindicato Rural,<br />

o E-Social ainda tem como premissas garantir<br />

direitos dos trabalhadores, simplificar<br />

o cumprimento das obrigações legais pelo<br />

empregador e melhorar a qualidade das informações<br />

que hoje são prestadas para o<br />

Governo.<br />

Com o auditório lotado, a palestra foi proferida<br />

pelo Dr. Paulo Roberto Margarotto – Auditor<br />

Fiscal da Receita Federal do Brasil - RFB e<br />

Sustentador do projeto da 8ª Região Fiscal da<br />

RFB. A seguir, Carlos Mastrelli, da Caixa Econônica<br />

Federal, forneceu informações sobre a<br />

verificação do cadastro dos trabalhadores no<br />

FGTS para efeito de implantação do e-Social.<br />

No final da atividade, abriu-se espaço para esclarecimentos<br />

e perguntas dos participantes,<br />

as quais foram devidamente respondidas pelos<br />

palestrantes.<br />

Além da tradicional parceria com o Sistema<br />

FAESP-SENAR/SP, o Sindicato Rural de<br />

Araraquara teve ainda como parceiros o SESC/<br />

Araraquara, a APAFISP-Associação Paulista dos<br />

Auditores Fiscais da RFB, o SESCON-Regional,<br />

a AESCAR-Associação dos Escritórios de Araraquara<br />

e SINCOAR- Sindicato dos Contabilistas<br />

de Araraquara.<br />

Prestigiando o evento, a abertura dos trabalhos<br />

foi feita pelo Dr. José Horta Conrado,<br />

coordenador e representante do Dr. Fábio de<br />

Salles Meirelles, presidente do Sistema FAESP-<br />

SENAR/SP; Nicolau de Souza Freitas, presidente<br />

do Sindicato Rural local; Dra. Maria de<br />

Lourdes Martins Oliveira, delegada da RFB de<br />

Araraquara; Dr. Rui Pinheiro Camargo Penteado,<br />

gerente executivo do INSS; Dr. Ariovaldo<br />

Cirelo, da APAFISP; Mário Porto, coordenador<br />

regional do SENAR-SP; Wladimir Rodrigues,<br />

diretor do SESCON-Regional e Eduardo Bonifácio<br />

Martins, representante da AESCAR e do<br />

SINCOAR.<br />

O palestrante Paulo Roberto Margarotto<br />

Mário Porto, coordenador regional do<br />

SENAR, Ariovaldo Cirelo e Wladimir<br />

Rodrigues, diretor regional do SESCON<br />

Nicolau de Souza Freitas,<br />

presidente do Sindicato Rural<br />

e José Horta Conrado, que<br />

representou Fábio de Salles<br />

Meirelles, presidente do<br />

Sistema FAESP-SENAR/SP,<br />

durante o evento realizado<br />

no anfiteatro do SESC<br />

Araraquara<br />

45<br />

Anfiteatro do SESC


AVICULTURA<br />

Sejam bem-vindos<br />

à Granja Alvorada<br />

José Carlos Nogueira consegue<br />

praticamente uma proeza na<br />

avicultura: ter um quilo de carne<br />

de frango com 1,600g de ração<br />

no período de crescimento da<br />

ave. A média é recomendada<br />

pelos frigoríficos para granjas<br />

que possuem tecnologia de<br />

ponta. Nogueira dispõe de um<br />

sistema de automação e usa sua<br />

experiência para obter excelentes<br />

resultados na produção.<br />

Em 2000, José Carlos Nogueira, com<br />

apoio da mulher Leila, começou em sua<br />

propriedade, a chácara Alvorada, a construção<br />

de um aviário. A pequena propriedade<br />

(2 hectares) e 4.500m² de área construída,<br />

hoje já conta com três aviários mistos seguindo<br />

com rigor as normas do Ministério<br />

da Agricultura.<br />

Para quem participa da avicultura, Nogueira<br />

é um dos maiores exemplos de dedicação<br />

e ousadia no mundo dos negócios.<br />

Além de utilizar sua experiência para se<br />

manter de forma equilibrada no mercado, o<br />

produtor se sente realizado pelo papel social<br />

que cumpre: mantém um vínculo familiar<br />

nas atividades, gera empregos e consegue<br />

rentabilidade para manter a qualidade de<br />

A Granja Alvorada hoje mantém uma média em sua produção de 52 mil frangos<br />

um produto - o frango, por preço plenamente<br />

acessível em relação à carne bovina e suína.<br />

Curioso mesmo, é que não há tecnologia<br />

de ponta, mas está tudo automatizado.<br />

Segundo Nogueira, 80% é tecnologia e 98%<br />

automação e isso não gera nenhuma dificuldade<br />

no manejo das aves, pois conta com<br />

a ajuda de seus funcionários Cícero Araújo<br />

e Edna Martins Araújo, que trabalham na<br />

granja há dois anos e meio, e administram a<br />

granja com muito esmero. “Eles fazem todo<br />

serviço, garantindo a funcionalidade do aviá-<br />

rio, como controle de refrigeração, água e<br />

principalmente a ração, que deve ser dada<br />

às aves, de acordo com o seu crescimento.<br />

Na verdade, diz Nogueira, em cada fase é<br />

ministrada uma ração diferente, como: de 1<br />

a 7 dias (ração inicial), de 8 aos 28 dias, muda-se<br />

a ração (crescimento), de 29 a 38, é<br />

outra ração e dos 39 até o final, é dada uma<br />

ração especial (de acabamento) e isenta de<br />

qualquer tipo de medicamento (período de<br />

limpeza da carne), diz o produtor.<br />

Ainda que seja um trabalho de muita<br />

Chácara Alvorada<br />

é um convite ao<br />

prazer e a uma<br />

convivência mais<br />

ampla para os<br />

que gostam de<br />

desfrutar das belas<br />

paisagens que a<br />

natureza oferece.<br />

Tudo parece estar<br />

num conjunto de<br />

rara beleza.<br />

ENTENDA O PROCESSO PRODUTIVO<br />

DA GRANJA ALVORADA<br />

• Conversão: com1600 gr de ração<br />

se obtém 1k de frango<br />

• Mortalidade: o que se perde:<br />

próximo de 2% por lote<br />

• Peso aos 45 dias: em torno de<br />

2,8 kg por frango<br />

• Locação: 6 lotes de frango a<br />

cada 12 meses<br />

• Lote: 50 mil frangos<br />

46


O silos para o armazenamento da ração<br />

dada às aves de forma continuada<br />

paciência, o desenvolvimento da ave está<br />

na relação entre ração e peso (conversão<br />

alimentar): o peso esperado em 45 dias<br />

é 2.800gr. Uma base de cálculo de cada<br />

lote (em ração) é de 250 toneladas, o que<br />

corresponde a mais ou menos 140 toneladas<br />

de cada (ração / frango). Contudo,<br />

o segredo que ele guarda e chama a atenção<br />

dos produtores, é de como consegue<br />

transformar 1,600gr. de proteína vegetal<br />

proveniente da fotossíntese (energia solar)<br />

em 1.000gr. de proteína animal (o frango),<br />

sem utilizar tecnologia de ponta. Nogueira<br />

comenta que todos esses resultados atendem<br />

o esperado pelo fornecedor, responsável<br />

pela ração, pintinho, assistência técnica,<br />

abate e comercialização, gerando por conta<br />

do investimento, boa rentabilidade. Só que,<br />

quando questionado se reaplicaria esse<br />

valor na compra de uma nova propriedade<br />

com a renda que o frango dá, ele simplesmente<br />

diz que - não: “Tenho uma reserva e<br />

com ela mantenho o aviário com os meus<br />

recursos técnicos; se for investir em alta<br />

tecnologia, vou dispor da minha reserva<br />

para no final ter o mesmo lucro com um sistema<br />

mais convencional”, explica.<br />

A granja tem um programa de parceria<br />

com a Ad’oro. A empresa fornece os pintos<br />

de 1 dia, ração e veterinária/assistência. A<br />

parte de Nogueira é a estrutura e o manejo<br />

(mão-de-obra).<br />

Com uma margem de lucro que gira em<br />

média de 50 centavos para mais ou para<br />

menos de cada frango, Nogueira ainda vende<br />

o esterco produzido nos aviários, para a<br />

usina, que se transforma em adubo orgânico<br />

no cultivo da cana-de-açúcar. A limpeza<br />

dos galpões é feita a cada dois lotes (um<br />

período de 120).<br />

Desde o início, José Carlos Nogueira<br />

investe periodicamente na automação da<br />

granja, como o sistema de resfriamento,<br />

que gerou melhorias de ambiente e conforto<br />

térmico, troca do equipamento tratador<br />

(que têm garantia de fábrica por 5 anos),<br />

caixa d´água de 10.000 (capacidade de<br />

suprir por 5 horas a necessidade de água).<br />

Para investimento ainda, seu próximo passo<br />

será a compra de um gerador, e assim, toda a infraestrutura<br />

da granja estará resolvida. Em se falando<br />

já em termos de capital, Nogueira diz que<br />

praticamente recuperou todo o investimento.<br />

Ele acrescenta que por experiência<br />

própria, para pequenas propriedades, uma<br />

granja, como a que ele possui, ainda é um<br />

dos melhores investimentos hoje em dia.<br />

Esse otimismo que Nogueira passa é digno<br />

de elogios e recebe do Sindicato Rural essa<br />

justa homenagem, pois se torna um grande<br />

exemplo por sonhar e realizar, mostrando<br />

que “não é fácil, porém, não impossível “.<br />

Mário Porto, coordenador regional<br />

do SENAR e diretor do Sindicato Rural,<br />

cumprimentando o avicultor José Carlos<br />

Nogueira pelo excelente trabalho que<br />

vem realizando<br />

Cícero Araújo com a esposa Edna Martins<br />

e Leila com o marido José Carlos Nogueira<br />

<strong>JUNHO</strong>/<strong>2014</strong><br />

CURSOS<br />

• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS COM<br />

PULVERIZADOR COSTAL MANUAL<br />

02/06/<strong>2014</strong> até 04/06/<strong>2014</strong><br />

16/06/<strong>2014</strong> até 18/06/<strong>2014</strong><br />

• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS<br />

COM TURBO PULVERIZADOR<br />

02/06/<strong>2014</strong> até 04/06/<strong>2014</strong><br />

03/06/<strong>2014</strong> até 05/06/<strong>2014</strong><br />

16/06/<strong>2014</strong> até 18/06/<strong>2014</strong><br />

24/06/<strong>2014</strong> até 26/06/<strong>2014</strong><br />

• APROVEITAMENTO DE ALIMENTOS<br />

09/06/<strong>2014</strong> até 10/06/<strong>2014</strong><br />

• PROCESSAMENTO ARTESANAL<br />

DE MILHO<br />

03/06/<strong>2014</strong> até 04/06/<strong>2014</strong><br />

• TURISMO RURAL - ATRATIVOS<br />

TURÍSTICOS NO MEIO RURAL<br />

(MÓDULO IV)<br />

09/06/<strong>2014</strong> até 11/06/<strong>2014</strong><br />

16/06/<strong>2014</strong> até 30/06/<strong>2014</strong><br />

• JOVEM AGRICULTOR DO FUTURO<br />

(MÓDULO II)<br />

02/06/<strong>2014</strong> até 11/06/<strong>2014</strong><br />

REALIZAÇÕES:<br />

Coordenador SENAR/SP Araraquara:<br />

Mário Roberto Porto<br />

47


Projeto do<br />

SENAR e do<br />

Sindicato Rural<br />

levou os jovens<br />

alunos até a<br />

Agrishow em<br />

Ribeirão Preto<br />

em maio<br />

JOVEM AGRICULTOR RURAL<br />

Projeto do Senar e Sindicato Rural<br />

chega aos jovens agricultores rurais<br />

Alunos limpam a área<br />

A iniciativa do Sindicato Rural<br />

de Araraquara e SENAR, com<br />

apoio da Prefeitura de Nova<br />

Europa, chamado Projeto Jovem<br />

Agricultor do Futuro, leva<br />

conhecimentos e práticas a<br />

jovens com idade entre 15 e<br />

17 anos, tendo como objetivo<br />

desenvolver técnicas e<br />

informações agrícolas para<br />

colocá-los no mercado de<br />

trabalho.<br />

Jovens com idade entre 15 e 17 anos,<br />

em trabalho conjunto do Sindicato Rural, Senar<br />

e Prefeitura de Nova Europa, começam a<br />

receber orientações técnicas e informações<br />

agrícolas através do programa Jovem Produtor<br />

Rural. O primeiro passo foi dado pelo Executivo<br />

que doou espaço para elaboração de uma<br />

horta orgânica, para a produção das hortaliças<br />

mais consumidas na cidade e região. Também<br />

foram feitas pesquisas mercadológicas e de<br />

campo, buscando as melhores épocas para a<br />

produção das hortaliças que serão cultivadas.<br />

Para iniciar o projeto, foi feita a preparação<br />

do solo com os alunos limpando toda a área a<br />

ser utilizada; eles fizeram ainda com ajuda do<br />

instrutor técnico, as devidas correções do solo,<br />

para então começar o plantio das hortaliças.<br />

Uma parte da área será reservada para produção<br />

de mudas.<br />

Com o projeto desenvolvido na escola de<br />

ensino infantil EMEI “Criança Feliz”, que ajuda<br />

a criança a ter práticas alimentares e conhecimentos<br />

de alimentos saudáveis, o projeto<br />

também se encarregou de ajudar professores<br />

e alunos a fazer o plantio, cuidados e desenvolvimento<br />

da formação de cada espécie e<br />

colheita das hortaliças que vêm sendo cultivadas.<br />

A área a ser ocupada neste processo,<br />

está num espaço que a escola reservou para<br />

que os alunos pudessem entender as etapas<br />

de crescimento que uma folhagem tem até<br />

chegar na casa para ser consumida.<br />

Em parceria com a Usina Santa Cruz, foi realizada<br />

visita técnica com os alunos e instruções<br />

de Ademir Messias sobre o processo de produção<br />

de mudas nativas e arborização urbana.<br />

Com isso, os alunos conheceram práticas de<br />

coleta de semente, como semear em tubetes e<br />

saquinhos e o modelo de produção de mudas<br />

que a usina adere, que é em saquinhos e torta<br />

de filtro + terra. A usina doou algumas espécies<br />

de plantas nativas para que os alunos cuidem<br />

e observem o crescimento da planta doada. Alguns<br />

alunos preferiram levá-la para a casa, ou<br />

sítio, para acompanhar o crescimento contínuo<br />

da planta juntamente com sua família.<br />

Para outros alunos, é muito importante<br />

que a planta seja cultivada em uma área da<br />

cidade, para que dê acesso a outras pessoas.<br />

Com isso poderão cuidar e conhecer outras<br />

espécies de plantas urbanas. A visita foi de<br />

grande importância para os participantes, que<br />

agregaram novos conhecimentos sobre a diversidades<br />

de plantas, a importância da ecologia,<br />

o que irá ajudar muito o futuro do planeta.<br />

A correção do solo<br />

Visita à Usina Santa Cruz<br />

O acompanhamento da planta<br />

Espaço doado<br />

Preparar as ferramentas<br />

48<br />

Com o projeto o futuro será melhor


PAISAGISMO<br />

Conheça as orquídeas do<br />

mundo na Copa de Futebol<br />

O clima de Copa agitou também o mundo da jardinagem no mês<br />

passado em São Paulo, quando o Orquidário Morumby abriu a<br />

exposição “Orquídeas do Mundo na Copa”.<br />

Miltoniopsis<br />

Brasil<br />

Araraquara que possui a Associação dos<br />

Orquidófilos, acompanhou em maio na capital,<br />

a realização de uma exposição voltada ao Campeonato<br />

Mundial de Futebol que começa no dia<br />

12 de junho. A mostra ofereceu aos visitantes<br />

a possibilidade de conferir mais de 27 espécies<br />

típicas de diversos países que participam do<br />

evento esportivo. Um dos destaques foi a orquídea<br />

Dracula gigas, originária do Equador, cujas<br />

sépalas lembram caninos alongados (por isso, o<br />

nome popular “orquídea-macaco").<br />

O evento paulistano durou todo o mês de<br />

maio e contou com fotos e curiosidades dos<br />

vários tipos de orquídeas expostas. O Brasil<br />

não poderia deixar de ser representado e as<br />

escolhidas foram a Miltoniopsis e a Cattleya<br />

walkeriana. A famosa espécie de formato arredondado<br />

e cultivo simples, se destaca pelo<br />

delicioso perfume de canela. Outra planta que<br />

também chamou a atenção foi a espécie Vanilla,<br />

do México, cujas flores permitem às in-<br />

dústrias conseguirem a essência de baunilha.<br />

Quem visitou o espaço da mostra gratuita<br />

pode ainda comprar diversas espécies do<br />

showroom, além de participar do bolão que<br />

premiará aqueles que acertarem o país ganhador<br />

da Copa, com arranjos de orquídeas.<br />

Confira na página seguinte as orquídeas que<br />

mais atraíram o público.<br />

Cattleya walkeriana alba<br />

Brasil<br />

SEGUE »<br />

49


As orquídeas existentes nos países da Copa do Mundo<br />

Vanilla flowers<br />

México<br />

Ophrys_lutea<br />

Espanha<br />

Orchis branciforti<br />

Itália<br />

Orchis pallens<br />

Alemanha<br />

Aerangis luteoalba<br />

Camarões<br />

Orchis símia<br />

França<br />

Platanthera<br />

chlorantha<br />

Croácia<br />

Calypso bulbosa<br />

Rússia<br />

Orchis spitizelli<br />

Suíça<br />

Ophrys insectifera<br />

Inglaterra<br />

Dracula gigas<br />

Equador<br />

Orchis purpurea<br />

Bósnia<br />

50


51


A fisioterapeuta Débora Senra da Rocha Sousa, a mãe Silvana de Souza Perini, a pequena Ana Clara de Souza Perini e a coordenadora do<br />

Equocenter, Ivana Regina Leonardo<br />

EQUOTERAPIA<br />

Cura que pode vir<br />

no trote do cavalo<br />

A terapia sobre cavalos, chamada equoterapia, é capaz de<br />

fortalecer o equilíbrio de crianças com dificuldade de andar<br />

e falar. Em Araraquara, o trabalho é realizado pela Sociedade<br />

Hípica e o Centro de Equoterapia mantido pelo município.<br />

Macedo ainda explica que há contraindicações<br />

para a equoterapia. “Pessoas<br />

que têm instabilidade na atlanto occipital<br />

(articulação que liga o crânio à coluna vertebral),<br />

não devem praticar a terapia, pois<br />

não têm a força suficiente para permanecer<br />

equilibrado em cima do animal”, completa.<br />

A pequena Fernanda Brilhante, de apenas<br />

10 anos, nasceu com paralisia cerebral<br />

e começou a praticar a equoterapia aos<br />

3 anos. Segundo a mãe, Ariane Brilhante,<br />

Fernanda teve uma melhora muito grande.<br />

“Ela fez o tratamento por um longo tempo,<br />

depois precisamos parar um pouco, porque<br />

Texto: Jean Cazellotto<br />

Ainda pouco conhecida em Araraquara,<br />

a equoterapia está se tornando uma das<br />

principais atividades para ajudar crianças<br />

com doenças físicas. Desde a paralisia infantil,<br />

Síndrome de Down ou qualquer outra<br />

doença, andar sobre o cavalo é um desenvolvimento<br />

para o paciente.<br />

A explicação para este método de terapia<br />

está no movimento de andar do cavalo,<br />

que é tridimensional, ou seja, para frente e<br />

para trás, para cima e para baixo e também<br />

para os lados, muito semelhante com a de<br />

humanos. Isso traz equilíbrio para quem<br />

está andando a cavalo.<br />

Roberto Macedo é veterinário e disputou<br />

as Olimpíadas de Sydney, na Austrália<br />

em 2000, como cavaleiro. Hoje, dando aulas<br />

de equoterapia para crianças na Associação<br />

Hípica de Araraquara, ele explica a<br />

importância para o paciente. “A terapia com<br />

o cavalo melhora o corpo e a mente. Ajuda<br />

na autoestima, no equilíbrio para andar e<br />

desenvolve força nas pernas, pois o cavalo<br />

tem esse movimento tridimensional, muito<br />

parecido com o do humano e por isso é tão<br />

recomendado para pacientes com paralisia<br />

cerebral, autismo, Síndrome de Down e outras<br />

doenças.”<br />

52<br />

Fernanda Brilhante se diverte em<br />

cima de seu cavalo


CIRURGIAS BARIÁTRICAS<br />

Unigastro festeja15 anos<br />

de cirurgias bariátricas<br />

Foi em 1999 que o médico<br />

Jorge Zbeidi realizou na<br />

cidade sua primeira cirurgia<br />

bariátrica. Em noite de festa, a<br />

Unigastro comemorou o feito.<br />

Roberto Macedo, atleta olímpico e veterinário, e a sua praticante Fernanda Brilhante, com<br />

paralisia cerebral: vida saudável com o auxílio do animal<br />

estava sobrecarregando outros afazeres.<br />

Ela ficou parada dois anos e meio e voltou<br />

em 2013. Durante todo esse tempo, eu via<br />

a melhora gradualmente e significativamente,<br />

pois não sabíamos se ela iria andar e<br />

demorou a falar. Hoje, com suas limitações,<br />

ela tem uma vida normal”, explica a mãe.<br />

Ângela Ferreira Branco Haddad é sócia<br />

da Associação Hípica de Araraquara e<br />

reflete a paixão pelos cavalos. “O segredo<br />

de toda essa troca de energia com o animal<br />

está no amor e na positividade. Ele é um<br />

instrumento de terapia muito importante<br />

por possuir a marcha semelhante ao do humano.<br />

São animais que precisam da troca<br />

de energia dos humanos”.<br />

TERAPIA OCUPACIONAL<br />

O Centro de Equoterapia da Prefeitura de<br />

Araraquara, no Parque Pinheirinho, atende<br />

25 pessoas, entre adolescentes e adultos,<br />

com vários tipos de necessidades. Segundo<br />

a diretora do Centro, Ivana Regina Leonardo,<br />

o praticante, como são chamados os pacientes,<br />

são encaminhados através do médico.<br />

“Recebemos um encaminhamento e começamos<br />

a trabalhar com as crianças na parte<br />

psicológica. Na primeira aula, colocamos o<br />

paciente em contato com o animal, dando<br />

alimento, fazendo carinho. Depois disso, vamos<br />

para as aulas práticas”, comenta.<br />

Ainda de acordo com ela, a equoterapia<br />

está presente em Araraquara desde 1999.<br />

“Há 15 anos trabalhamos para atender a<br />

população. Infelizmente, existe fila de espera<br />

e quanto mais uma pessoa pratica a<br />

equoterapia, melhor ela fica, então não há<br />

tempo determinado de duração do tratamento”.<br />

Os benefícios do tratamento com o cavalo<br />

são inúmeros, segundo Ivana. “A equoterapia<br />

estimula a coordenação motora, o<br />

equilíbrio e melhora a sociabilidade de uma<br />

criança com autismo por exemplo”.<br />

Ana Clara de Souza Perini, de quatro<br />

anos, tem Síndrome de Down e faz a equoterapia<br />

há quase um ano. De acordo com<br />

sua mãe, Silvana Santiago de Souza Perini,<br />

ela melhorou em todos os aspectos. “A Clarinha<br />

já está bem melhor. Ela não tinha total<br />

confiança para andar e depois que começou<br />

a fazer o tratamento, ela corre, pula e isso<br />

ajudou também para ela ficar mais tranquila.<br />

O contato deles com o cavalo é ótimo e<br />

desenvolve o convívio social”, explica a mãe.<br />

Zbeidi e sua esposa Olga<br />

durante o evento<br />

Conhecida também como cirurgia da<br />

obesidade e cirurgia de redução do estômago,<br />

a cirurgia bariátrica é um dos procedimentos<br />

mais utilizados pela medicina na<br />

atualidade. Quando a obesidade já chegou<br />

a um nível crítico e as atividades físicas não<br />

causam efeito, é necessário uma intervenção<br />

médica como a cirurgia bariátrica.<br />

Em Araraquara, o médico Jorge Zbeidi<br />

é pioneiro neste procedimento. O primeiro<br />

feito por ele em nossa cidade ocorreu há<br />

15 anos e o fato, além de ser histórico na<br />

sua carreira, também serviu para fortalecer<br />

o trabalho da Unigastro.<br />

Pelo trabalho dos seus profissionais, a<br />

Unigastro é considerada uma das clínicas<br />

mais conceituadas no interior, sendo motivo<br />

de orgulho para a medicina araraquarense.<br />

Fernanda Brilhante, de<br />

apenas 10 anos, carrega o<br />

nome em bordado especial<br />

na sela de seu cavalo durante<br />

o tratamento de equoterapia,<br />

na Associação Hípica de<br />

Araraquara<br />

O dr. Jorge Bedran,<br />

ao lado da esposa<br />

Souham, recebe a<br />

homenagem pelo<br />

pioneirismo da<br />

Unigastro, justo<br />

reconhecimento<br />

extensivo ao médico<br />

Farid Jacob Abi<br />

Rached na ocasião<br />

53


<strong>ED</strong>UCAÇÃO<br />

Curso e Colégio Objetivo reforça equipe<br />

com experiente orientadora profissional<br />

Além do que se chama de<br />

atendimento individual, alunos<br />

do 3° ano do Ensino Médio e<br />

do Pré-Vestibular passam a<br />

contar com uma moderna<br />

Sala de Estudos.<br />

Texto: André Lourenço<br />

Isabela Jorgeto, Roseli do<br />

Carmo Freitas da Silva,<br />

Alessandra Ferrari Barbieri<br />

e Liverson de Oliveira<br />

Mendonça, na abertura da<br />

sala no Curso e Colégio<br />

Objetivo<br />

O Curso e Colégio Objetivo Araraquara<br />

abriu as portas de seu mais novo e moderno<br />

espaço voltado ao preparo dos alunos do<br />

3º ano do Ensino Médio e Pré-Vestibular.<br />

Denominada Sala de Estudos “Mara Viviem<br />

Sgarioni”, homenagem a uma ex-professora,<br />

o ambiente traz mesas e cadeiras<br />

confortáveis para acomodar até 70 pessoas,<br />

além de oferecer 7 baias com computadores<br />

equipados para pesquisa e auxílio aos<br />

estudantes.<br />

Somada a um ambiente que traz arquitetura<br />

atraente e estimulante para momentos<br />

de concentração e aprofundamento nos<br />

conteúdos disciplinares, os estudantes passaram<br />

também a contar com o auxílio da<br />

orientadora educacional Roseli do Carmo<br />

Freitas da Silva.<br />

Com um atendimento individualizado, a<br />

orientadora elabora em conjunto com cada<br />

estudante, um plano de estudos diário para<br />

que se atinja o objetivo, baseado em informações<br />

que vão desde a escolha do curso,<br />

até as opções de atuação no mercado de<br />

trabalho após formado.<br />

“Diante de uma quantidade grande de<br />

conteúdos, o estudante não consegue ver a<br />

importância de cada um, e o que de fato ele<br />

precisará. Necessitamos, portanto, organizar<br />

esse aluno para que ele possa estudar.<br />

O foco que ele deve ter com uma disciplina,<br />

deve ser diferente do foco que ele deve ter<br />

com outra”, ressalta Roseli.<br />

Segundo a orientadora, a maneira de<br />

aprender não segue uma “receita de bolo”<br />

– por isso o trabalho que está sendo desenvolvido,<br />

leva em consideração o indivíduo<br />

e suas particularidades. “O tempo do estudante<br />

de exatas para se aprender a matemática<br />

é diferente do tempo do estudante<br />

de biológicas. Esse tempo deve ser levado<br />

em consideração na elaboração do roteiro<br />

de estudos”, diz.<br />

Além dos atendimentos individualizados<br />

necessários para a elaboração de um roteiro<br />

de estudo diário, os alunos receberão os<br />

simulados, que além de corrigidos, trarão<br />

observações que identificarão as deficiências<br />

existentes e definirão um novo plano<br />

de estudos, orientando sobre quais áreas<br />

do conhecimento ainda devem ser trabalhados<br />

com mais intensidade com o auxílio do<br />

professor.<br />

Acesso dos alunos à Sala de Estudos e o<br />

acompanhamento dos professores neste<br />

novo ambiente cultural do colégio<br />

54


POLÍTICA NAS ESCOLAS<br />

Agora temos um<br />

Parlamento Jovem<br />

A Câmara Municipal aprovou no<br />

dia 27 de maio, o projeto que<br />

cria o “Parlamento Jovem” com<br />

a finalidade de possibilitar aos<br />

jovens, a vivência do processo<br />

democrático e relativo ao<br />

exercício da cidadania com<br />

caráter educativo, em apoio ao<br />

trabalho do Poder Legislativo.<br />

Edna Martins retomou o projeto através da<br />

Escola Legislativa da qual ela é a presidente<br />

VISITA<br />

Serra passou<br />

pela cidade<br />

José Serra sempre esteve muito<br />

próximo de Araraquara e como<br />

governador de São Paulo, deixou<br />

um saldo positivo de boas ações<br />

para a cidade, principalmente a<br />

Santa Casa, que recebeu vários<br />

benefícios.<br />

Afinal, o que é um Parlamento Jovem?<br />

Edna Martins, vereadora e presidente da<br />

Escola Legislativa de Araraquara (onde o<br />

Parlamento está inserido), diz que o projeto<br />

tem o objetivo de capacitar educadores e<br />

buscar uma formação política de estudantes<br />

das redes municipal, estadual e particular.<br />

Com essa proposta, o Parlamento Jovem já<br />

iniciou o curso aos coordenadores pedagógicos<br />

e professores que atuam no nono ano<br />

em atividades que durarão oito meses até o<br />

próprio Parlamento, em dezembro.<br />

Essa primeira etapa voltada aos educadores<br />

terá dezesseis horas divididas em quatro<br />

módulos: poder legislativo, inclusão, relações<br />

étnico-raciais, além de diversidade sexual e<br />

gênero. A presidente da Escola do Legislativo,<br />

a vereadora Edna Martins (PV), explica que<br />

tudo foi construído com as direções das escolas.<br />

“Perguntamos qual seria uma proposta<br />

de parlamento interessante e que não atrapalharia<br />

o andamento da escola.”<br />

O ensinamento sobre o Legislativo será<br />

feito por profissionais de renome nacional.<br />

Para a diretora acadêmica da Escola do Legislativo,<br />

Alessandra Santos Nascimento, o<br />

objetivo é padronizar a formação dos professores<br />

e coordenadores proporcionando<br />

a mesma eficiência em todas as instituições.<br />

Depois desse período, segundo Edna,<br />

alunos do doutorado e doutores ligados ao<br />

laboratório de política da Unesp de Araraquara<br />

darão cursos nas escolas. Com orientação<br />

universitária, esses estudantes elaborarão<br />

em outubro projetos de lei durante o<br />

período de aula. No mês seguinte, de três<br />

a seis de novembro, haverá uma eleição<br />

dentro da própria escola para selecionar<br />

os projetos a serem enviados à Câmara. De<br />

10 a 21 de novembro esse filtro será dentro<br />

do Legislativo. Uma comissão escolherá 18<br />

projetos. Cada projeto terá dois alunos, ou<br />

seja, um titular e um suplente.<br />

“Cada vereador da Câmara adotará uma<br />

dupla que passará por um parecer da comissão<br />

de justiça e o parlamentar daqui ajudará<br />

o aluno a defender seu projeto na apresentação<br />

em dezembro”, diz Edna Martins<br />

lembrando que, antes disso, os estudantes<br />

selecionados passarão por pré-vivência na<br />

Câmara, acompanhando a sessão e entendendo<br />

o cotidiano das atividades dentro da<br />

Casa de Leis. Edna, que retomou o Parlamento<br />

Jovem através da Escola Legislativa,<br />

comemorou a aprovação do projeto na Câmara<br />

Municipal.<br />

Parlamento Jovem: início do curso no final de maio destinado aos educadores<br />

Massafera, Edna Martins e o<br />

provedor receberam José Serra<br />

O ex-governador do Estado de São Paulo,<br />

José Serra, esteve em Araraquara no final<br />

de maio para uma visita ao hospital Santa<br />

Casa, onde conheceu as obras do novo Centro<br />

Avançado de Diagnóstico por Imagens.<br />

Ele esteve acompanhado do deputado estadual<br />

Roberto Massafera e dos vereadores<br />

Edna Martins e Jeferson Yashuda.<br />

As obras do Centro contam com R$ 2,8<br />

milhões de convênio com o governo do Estado<br />

articulado pelo deputado Massafera.<br />

Em 2013, o deputado liberou R$ 800 mil<br />

em emendas para a Santa Casa. Em dois<br />

mandatos, foram R$ 4,1 milhões de verbas<br />

parlamentares para custeio. Este ano, a<br />

Santa Casa de Araraquara vai receber mais<br />

R$ 14 milhões do programa estadual Santa<br />

Casa SUStentável.<br />

Em sua gestão (2006 a 2010) como governador<br />

de São Paulo, José Serra criou o<br />

programa Pró-Santa Casa em atendimento<br />

a solicitações reiteradas do deputado estadual<br />

Roberto Massafera em prol dos hospitais<br />

filantrópicos e Santas Casas da região.<br />

Neste período, o hospital de Araraquara recebeu<br />

R$ 8,1 milhões em convênios para<br />

custeio.<br />

Ainda na gestão José Serra, a região<br />

ganhou o Ambulatório Médico de Especialidades<br />

e o Hospital Estadual de Américo<br />

Brasiliense.<br />

55


ARQUITETURA<br />

Casa Cor em Goiás apresenta novas<br />

tendências e ganha espaço no país<br />

Com um prestigiado coquetel,<br />

a Casa Cor Goiás <strong>2014</strong> abriu<br />

oficialmente as portas no começo<br />

de maio, mostrando novidades<br />

que deixaram muitos arquitetos<br />

com o “queixo caído”.<br />

No início dos século 20, o estilo Art Nouveau<br />

se afirmava como uma resposta à padronização<br />

e à frieza das indústrias que já dominavam<br />

algumas paisagens na Europa. Suas<br />

formas rebuscadas, o retorno ao artesanal e o<br />

uso da madeira expressavam a busca por uma<br />

vida mais conectada à natureza. E não é difícil<br />

perceber que essa necessidade é retomada<br />

nos tempos atuais.<br />

Os 68 profissionais que conceberam os 47<br />

ambientes da Casa Cor Goiás <strong>2014</strong> captaram<br />

esse sentimento e atualizam o desejo de estar<br />

perto do verde, de sentir a riqueza dos materiais<br />

naturais e de trazer mais beleza e simplicidade<br />

para o cotidiano. Tudo isso, claro, sem<br />

abrir mão das funcionalidades e do conforto<br />

que a tecnologia oferece. Então, não é por<br />

acaso que alguns ambientes trazem citações<br />

à estética Art Nouveau, incorporam matériasprimas<br />

sustentáveis, colocam em evidência<br />

paredes e tetos verdes, além de explorar cartelas<br />

de cores mais naturais em móveis, tecidos<br />

e acabamentos. Sem falar de uma seleção<br />

cuidadosa de móveis de designers brasileiros.<br />

Apartamento - O projeto de André Brandão<br />

e Márcia Varizo leva para a sala os ares da<br />

varanda, na forma de cores, estampas e<br />

materiais amplamente integrada com outros<br />

espaços. Na paleta de cores, predominam o<br />

branco, areia e tons de azul e verde<br />

O ambiente de 33m², concebido por Mariela<br />

Romano, funciona como um living/atelier.<br />

Foi elaborado em cores neutras com<br />

detalhes em tons terrosos. A textura na<br />

parede e a cascata de cristais que encobre<br />

a coluna dão um toque de glamour.<br />

56


HIDRÁULICA<br />

Quando o vazamento<br />

aparece, chame SOS<br />

Não é novidade para ninguém:<br />

as tubulações de água saem<br />

da caixa d’água e derivam<br />

para todos os locais que<br />

possuem torneiras. Às vezes,<br />

aparecem vazamentos de água<br />

que necessitam ser consertados<br />

imediatamente.<br />

A SOS busca os vazamentos não visíveis<br />

Um pequeno buraco de 2 milímetros no<br />

encanamento desperdiça 3,2 mil litros de<br />

água em um dia. Para resolver um problema<br />

assim, Araraquara hoje possui uma das mais<br />

conceituadas empresas que lhe dá absoluta<br />

tranquilidade na execução do serviço, pois utiliza<br />

os métodos mais apropriados.<br />

A detecção eletrônica de vazamentos em<br />

tubulações de PVC, ferro e cobre por via de ultrassom,<br />

é feita pela SOS Vazamentos, o que<br />

permite análise para descobrir o vazamento<br />

em canos alimentados diretamente pela rede<br />

do DAAE, ou caixa da água, reservatórios subterrâneos<br />

de residências, edifícios e indústrias.<br />

Os testes feitos pela empresa também<br />

atingem torneiras e vasos sanitários sem danificar<br />

a superfície analisada.<br />

Feita a detecção do vazamento, o reparo<br />

poderá ser executado pelo encanador da<br />

SOS após autorização de orçamento prévio.<br />

Os serviços de reparos, na maioria dos casos,<br />

são aplicados com uma pequena abertura na<br />

área afetada, tudo isso de forma limpa, prática<br />

e eficiente, representando comodidade e economia<br />

para os clientes.<br />

A SOS VAZAMENTO<br />

A empresa atua na área de hidráulica há<br />

mais de 18 anos, atendendo Araraquara e região,<br />

oferecendo serviços de reparos em tubulação<br />

de água limpa e esgoto, troca de reparo<br />

em válvulas e descargas, ralos e encanamento<br />

em geral, localização e conserto de vazamentos<br />

em piscinas e reforma (rejunte e espelhamento),<br />

localização de vazamento oculto<br />

(após o conserto é emitido um laudo técnico<br />

para que o cliente não pague mais caro na sua<br />

conta de água), individualização de água para<br />

condomínios, instalações de caixas padrões<br />

do DAAE, desmembramento de água em residência<br />

e comércios.<br />

A SOS Vazamentos está sempre<br />

pronta para atendê-lo, nos momentos<br />

em que você mais precisa.<br />

A SOS utiliza aparelhos<br />

sofisticados para identificar<br />

o vazamento que está<br />

ocorrendo em seu imóvel<br />

57


DESIGN<br />

Os tijolos aparentes estão de volta<br />

para a criação de uma nova moda<br />

É evidente que tijolos aparentes são mais caros e exigem mão-deobra<br />

mais qualificada, além de projetos específicos de instalações<br />

hidraúlica, elétrica e telefone, isso se pretender deixá-los aparentes<br />

tanto externa como internamente. Caso queira rebocá-los<br />

internamente, isso não influenciará.<br />

O tijolo aparente<br />

não precisa estar<br />

relacionado com<br />

casas rústicas, ele<br />

pode conferir<br />

modernidade<br />

dependendo da<br />

maneira como é<br />

utilizado. Se você<br />

quer construir uma<br />

parede com esse<br />

material, pense<br />

no efeito que mais<br />

lhe agrada.<br />

O tijolo é um material antigo, antigo… Alguns<br />

dizem que faz, em média, 4.500 anos<br />

que eles são utilizados na construção civil.<br />

Além de servir como material de vedação e<br />

de estrutura, o tijolo comum é um material de<br />

grande qualidade estética e muitas pessoas<br />

apreciam o uso do tijolo aparente nas edificações.<br />

É possível ver o “tijolo específico” na sua<br />

base regular, a fim de dar melhor acabamento<br />

ao edifício. Em algumas empresas,<br />

esse produto tem sua parte central<br />

serrilhada para possibilitar o uso do tijolo<br />

apenas como revestimento, como<br />

se fosse um azulejo. Nesse caso, uma<br />

peça quando dividida, dobra sua área<br />

de revestimento.<br />

Muitas pessoas ainda procuram<br />

tijolos de demolição para esse serviço.<br />

Mais resistentes, espessos e regulares,<br />

eles dão ótimo acabamento a<br />

qualquer edificação.<br />

Se a intenção é deixar a parede<br />

naturalmente como foi erguida, é necessário<br />

apenas, a impermeabilização<br />

do tijolo. É fato que essa etapa é essencial<br />

para áreas externas.<br />

Para impermeabilizar, existem resinas<br />

acrílicas e silicones hidrofugantes e hidrorepelentes.<br />

A resina acrílica confere ao produto<br />

um aspecto molhado – ou seja, deixa o tijolo<br />

com cor mais viva – e cria uma capa sobre o<br />

produto. Já o silicone hidrofugante evita fungos<br />

e bactérias, enquanto o hidrorepelente<br />

barra a água. Esses dois últimos produtos têm<br />

a vantagem de penetrar na peça e não formar<br />

película, dando um aspecto natural aos tijolos.<br />

58


OS GRANDES CLUBES DA NOSSA TERRA<br />

Santana, promessa e gratidão<br />

pelos milagres de Santa Ana<br />

Texto: Rafael Zocco<br />

“Eu ajudo, se o time tiver o nome de Sant’Anna”. E assim, na década de 30, dona Angelina Lacerda<br />

de Carvalho se sentiu recompensada pela graça que alcançara aos pés de Santa Ana, sua santa de<br />

devoção. Ela era viúva de um rico produtor rural. A cidade viu nascer através do seu ato, um dos mais<br />

famosos times do futebol amador em todos os tempos, que posteriormente ficou conhecido como Santana.<br />

Álvaro Fleury Fina, Faixa, Milton Sambista, Demá Prado, Zinho, Ditinho e Tutu; Nenê Bahia, Aristides, Jordão, Itamar, Palhares<br />

e Belleti, uma das mais tradicionais formações do Flamengo sda Vila Furlã<br />

Templo do Futebol Amador. Era assim na<br />

década de 50 que o cronista esportivo<br />

Sidney Schiavon, estava acostumado a<br />

chamar o Estádio Municipal, em muitas<br />

vezes “Cândido de Barros” e em outras,<br />

“Tenente Siqueira Campos” e que o<br />

tempo se encarregou de mostrar que<br />

hoje não é nenhum e nem outro. Por<br />

Sylvio Barini, Olívio Pinotti, Paulo Dorsa e<br />

outros que transformavam as manhãs de<br />

domingo no ponto de concentração de<br />

fiéis torcedores da pequena vila<br />

chamada Independência, mais tarde<br />

Santana. Por ironia do destino, o clube<br />

surgiu da devoção de uma mulher<br />

chamada Angelina, que poderia ser<br />

bairro, depois a igreja, num pedaço de<br />

chão com gente simples que imaginava<br />

a precisão do coração da cidade a bater<br />

mais forte do lado de lá. O Santana<br />

Futebol Clube mostra na sua história<br />

fatos que como este da viúva Angelina,<br />

nos leva a entender cada vez mais o<br />

mistério que cerca a vida dos nossos<br />

esse grandioso templo desfilaram os angel ou simplesmente anjo a ajudar antepassados.<br />

bem aventurados mestres da bola como sua gente. Ela também fez surgir o novo<br />

SEGUE »<br />

59


SUA VIDA<br />

Não era apenas um<br />

time, mas um bairro<br />

Nomes populares e expressivos da comunidade se juntaram na<br />

fundação do Santana, que embora sem grandes recursos, surgiu<br />

para fazer frente às equipes sustentadas por uma classe mais<br />

abastada como o Paulista e o Palestra Itália. Aos poucos, o clube<br />

foi se definindo como o “Santana do doutor Crocci”.<br />

Cavuco, um<br />

dos grandes<br />

nomes do time<br />

nos anos 50<br />

1931. Aquele ano seria importante para<br />

uma agremiação que dali surgiria, graças a<br />

uma produtora rural. Angelina Lacerda de Carvalho<br />

Antonio, viúva de Joaquim de Carvalho<br />

e filha de Antonio Lourenço Corrêa, teve papel<br />

fundamental para o nascimento do Santana<br />

Futebol Clube no dia 10 de maio daquele ano.<br />

Reunidos em uma sala na Rua São Bento, nº<br />

139, Luiz Galeazzi, João Rodrigues Martins,<br />

Pedro Caracho, José Mariottini, Francisco Coletti,<br />

Ângelo Galeazzi, Frassi Roque, Fausto<br />

Colturato, José Cardilo, Raul Soares Marinho,<br />

José Veroni e José Caracho, lideravam a fundação<br />

do clube, que representaria o bairro Vila<br />

Independência, tendo a partir daí uma rica<br />

participação no futebol amador da cidade.<br />

Mas o que Angelina tem a ver com uma<br />

história voltada para um time de futebol amador?<br />

Simples. Se não fosse ela, nem mesmo<br />

o time se chamaria Santana. Por Angelina ser<br />

devota desta santa, os fundadores a homenagearam,<br />

pois o terreno de sua propriedade<br />

na zona urbana de Araraquara, foi doado para<br />

que a sede do clube funcionasse na Rua 9 de<br />

Julho, esquina com a Av. Barroso.<br />

No início, apenas os jogadores que moravam<br />

nas imediações da Vila Independência<br />

integravam o elenco. Com o passar do tempo,<br />

outros atletas da cidade começaram a representar<br />

o time em campeonatos e amistosos,<br />

como Paulo Dorsa, Virgílio Araújo, Damásio<br />

Bergo, Armando Dall’Acqua, Sylvio Barini, Ermetti<br />

Goi, Olívio Pinotti, Armando Barbarini e<br />

outros. Sem dúvida, o Santana teve participação<br />

fundamental no cenário esportivo local<br />

durante a década de 30. O clube não dispunha<br />

de tantos recursos, como Paulista e Palestra<br />

Itália, mas não se sentia inseguro graças<br />

ao apoio dos irmãos Galeazzi. Assim, o clube<br />

se manteve em atividade enquanto outros entravam<br />

na falência.<br />

Camisa do<br />

Santana<br />

exposta no<br />

Museu<br />

do Futebol<br />

O grande ímpeto daquele time fez com<br />

que o bairro Vila Independência ficasse conhecido<br />

como Santana e sua sede, com excelente<br />

estrutura, fosse reconhecida pelos<br />

desportistas da capital paulistana em apenas<br />

cinco anos de vida. As categorias existentes na<br />

época eram Juvenil e Amador, sendo política<br />

do clube mesclar os jogadores, onde os garotos<br />

atuavam ao lado dos veteranos, formando<br />

apenas um time. A agremiação com o tempo<br />

foi crescendo, surgindo na sua vida a figura carismática<br />

de Leonardo Crocci Filho, que deu ao<br />

agora Santana, um novo perfil. Ele se tornou,<br />

como dirigente, a alma da agremiação que<br />

passou a ser definitivamente de toda a cidade.<br />

Ari Bacarini<br />

mostra com<br />

orgulho sua<br />

foto com a<br />

camisa da<br />

Ferroviária<br />

1953, a seleção<br />

amadora da cidade,<br />

com o técnico<br />

Djalma Bonini,<br />

o Picolim que<br />

depois foi para<br />

a Ferroviária tendo<br />

no elenco vários<br />

craques do Santana<br />

60


Leonardo<br />

Crocci Filho<br />

QUASE RELIGIÃO<br />

O amado<br />

mestre<br />

Dentista de renome na cidade,<br />

Leonardo Crocci Filho escreveu<br />

a história do Santana. Era o tipo<br />

do dirigente que estava em<br />

todos os lugares e que persistia<br />

na importância de colocar o<br />

clube no topo do futebol<br />

amador até mesmo com jogos<br />

amistosos em outras cidades, ou<br />

até em campos rivais. Ele dizia<br />

que para ser grande é preciso<br />

pensar grande.<br />

Houve um tempo em que descendente de<br />

família italiana precisava alterar o sobrenome,<br />

pois a Guerra Mundial atingia a todos. O Palestra<br />

Itália passou para Palmeiras, em São Paulo<br />

e em Minas, o também Palestra se tornou<br />

Cruzeiro; em Araraquara, a Sociedade Italiana<br />

se transformou em Clube 22 de Agosto. Da<br />

mesma forma as famílias tiveram que aceitar<br />

essa mudança. Assim alguns Crocci adotaram<br />

o sobrenome Cruz, para se disfarçarem em<br />

território araraquarense. Leonardo Cruz, pai<br />

de Leonardo Crocci Filho, seria o fundador da<br />

Empresa Cruz, a mais conceituada empresa<br />

de transporte rodoviário do país.<br />

Com ações na empresa, Crocci tinha o<br />

seu poderio para investir no querido time do<br />

futebol amador da cidade. Além de cuidar dos<br />

dentes de vários jogadores, o dentista chegava<br />

a pagar até a faculdade para alguns deles.<br />

José Nilgerson Barbosa, o Paina, lembra muito<br />

bem de sua recepção feita por Crocci no time<br />

Infantil do Santana.<br />

“Na época jogávamos no campinho de<br />

terra batida, onde hoje está localizado o EEBA.<br />

Todos participavam descalços. O “seo” Crocci<br />

veio até mim e me deu um par novinho em<br />

folha de chuteiras. Fui o único a ganhar aquilo”,<br />

comenta o ex-zagueiro. Paina conta ainda<br />

como era o presidente dentro do clube. “Muito<br />

inteligente. Quando contratava um jogador<br />

já sabia antecipadamente onde colocá-lo na<br />

equipe. Era um grande diferencial para nós”,<br />

relembra com saudade.<br />

Outro jogador ilustre do futebol de Araraquara<br />

fez parte daquele plantel: Osmar Alberto<br />

Volpe, o Pio, ponta esquerda de extrema rapidez:<br />

“Comecei a jogar bola pelo Infantil do Santana<br />

em 1961, com 17 anos. Foi uma época<br />

gratificante para mim. Ver sempre o Estádio<br />

Municipal lotado nos jogos do amador<br />

era emocionante”, relembra o ex-ponta esquerda.<br />

A carreira de Pio foi meteórica. Atuando<br />

por dois anos no clube varzeano, se mudou para<br />

o forte time da Ferroviária, o qual foi campeão<br />

logo no primeiro ano (a Ferroviária foi octacampeã<br />

infantil nas décadas de 50 e 60).<br />

“Porém, o amador da Ferroviária tinha muitos<br />

jogadores que eram do Santana. Na época<br />

era difícil ganhar dela, já que eles investiam<br />

pesado em todas as divisões”. Pio lembra também<br />

do seu primeiro ato com a camisa vermelha.<br />

“Minha estreia foi contra o Paulista. Como<br />

era novo na equipe, alguns companheiros me<br />

falavam do lateral direito Rodocino, que batia<br />

muito. Pensei “se eu não for o mais rápido, o<br />

mais forte vai me pegar” e foi assim o jogo inteiro.<br />

Pegava a bola para correr dele (risos)”.<br />

Logo depois, Pio brilharia no time profissional<br />

da Ferrinha e seria contratado pelo Palmeiras<br />

na época da Academia, jogando com Dudu<br />

(ex-Ferroviária) e Ademir da Guia.<br />

61


AH ESSE TEMPO QUE NÃO VOLTA MAIS<br />

Pio: “Olha eu<br />

aqui, na ponta”<br />

O Santana projetou nos anos<br />

60 vários jogadores para times<br />

profissionais. Entre eles, Pio que<br />

atuou no Palmeiras e Pãina que<br />

jogou na Ferroviária. Muitos não<br />

seguiram carreira, porém, eram<br />

verdadeiros craques.<br />

A época dourada do futebol amador foi<br />

um marco para a cidade. Era como se fossem<br />

times da capital, alguns sem estádios, mas todos<br />

com torcida. A rivalidade se estendia entre<br />

os bairros: Vila Xavier com Palmeiras e Benfica;<br />

Carmo com Bangú e Estrela, por exemplo.<br />

O dia do jogo era sagrado para esses aficionados<br />

que nunca abandonavam o seu time.<br />

Ari Bacarini, ex-lateral esquerdo e direito do<br />

Santana nos anos 50, recorda dos confrontos<br />

diante do Estrela.<br />

“Os times do futebol amador eram rivais.<br />

Mas quando havia o jogo Santana x Estrela, a<br />

briga se tornava particular entre as torcidas. Os<br />

jogos eram disputados e as torcidas aguerridas<br />

assim como todos nós”, relembra. Além disso,<br />

conta de outro time rival que se impunha entre<br />

outros adversários. “Os jogos contra a Usina Tamoyo<br />

eram difíceis e quase impossível ganhar<br />

deles, principalmente quando aconteciam no<br />

campo deles”, declara Bacarini.<br />

Vice-campeão de 1979, Edimar Claro começou<br />

a carreira no gol embora com estatura<br />

baixa para um arqueiro. “Quando jogava futebol<br />

com os amigos, queria ficar na linha, mas<br />

por ser baixinho, sempre me colocavam no<br />

gol”. Jogador por seis anos do Santana, Claro<br />

destaca o time de 79 como o melhor em que<br />

já atuou. “Os jogadores eram muito técnicos.<br />

Marco Ira, Fogosa, Galinha, Zé Magrelo (irmão<br />

de Coca), Ferrarezi. Eles combinavam entre si<br />

que, quem desse balão durante a partida, seria<br />

substituído”, conta o ex-goleiro.<br />

Pãina: “Engraçado,<br />

eu também”<br />

Pio e Pãina<br />

relembram com<br />

muita saudade<br />

através das fotos,<br />

a alegria de<br />

terem jogado<br />

no Santana<br />

1961: Urias Braga, Pãina, Zampieri, Oguri, Mala e Tadeu; Serginho, Zé Luiz,<br />

Adilson, Nenê Anão, Pio e Nêgo. O técnico era Tidão.<br />

Edmar, goleiro que<br />

passou pelo Santana,<br />

guarda com muito<br />

carinho em uma sala,<br />

as boas lembranças<br />

proporcionadas pelo<br />

futebol amador<br />

Na final contra a Usina Tamoyo, houve<br />

um lance durante o jogo, que poderia mudar<br />

a história. “A partida, estava empatada<br />

e, em um ataque, fizemos o gol. Os gols<br />

no Estádio Municipal eram, praticamente,<br />

colados na parede que separava a arquibancada.<br />

O chute foi tão forte que a bola<br />

entrou, bateu na parede e voltou. O bandeirinha<br />

correu para o meio-campo (validando<br />

o gol), só que o árbitro entendeu que a bola<br />

foi para fora e deu tiro de meta, anulando<br />

o gol e assumindo a responsabilidade do<br />

lance. Aquela bola entrou e muito (risos)”,<br />

recorda Claro. Na ocasião o time da Usina<br />

Tamoyo venceu por 3x2 com o Estádio Municipal<br />

lotado.<br />

Santana /1948<br />

62


O Santana de todos os tempos<br />

Na década de 50 circulou pela cidade um álbum<br />

de figurinhas contendo os times do nosso futebol<br />

amador. O livreto apresentava os dados oficiais<br />

fornecidos pela liga araraquarense de futebol.<br />

Presidente<br />

Sr. Rogério<br />

Técnico<br />

Vice-Presidente<br />

Sr. Chiroma<br />

O Santana sempre foi um exemplo pela<br />

forma com que sua diretoria se aplicava.<br />

Realizou um importante trabalho social,<br />

servindo gente simples, meninos<br />

pés-no- chão que davam a vida pelo<br />

chute numa bola de capotão surrada.<br />

Pelo que fez, rendemos ao Santana<br />

nossas mais singelas homenagens. Por<br />

certo muitos desses atletas entraram para<br />

a nossa história e a figura de cada um<br />

merece ser lembrada pela coletividade.<br />

Fuca<br />

Alcides<br />

Dumão Nêgo Pinguim Fô<br />

Mendonça<br />

Caetano<br />

Lino Cita Tonhé Cavuco<br />

1950: Pitu-Pitu, Salim, Valnei, Luiz, Tucão,<br />

Sardinha e Décio; Zinho, Carlito, Luquita,<br />

Roberto, Ricieri e Wilson<br />

1952: Alcides, Bruno, Ari, Moacir, Zampieri e<br />

Negão; Fô, Canhoto, Tidinho, Geto e Cavuco<br />

1954: Ari, Zampieri, Moacir, Bruno, Pinguim e<br />

Alcides; Lino, Canhoto, Tidinho, Geto e Cavuco<br />

1960: Tito, Demá, Carvalho, Moacir, Vitoriano,<br />

Mapeli; Paraguaio, Carlito, Galo, Roberto e<br />

Padeirinho<br />

1965: Evandro, Neno (Técnico), Serginho,<br />

Fermentão, Zé Roberto, Carneiro, Borba, Gueta<br />

e Dr. Crocci e Zeca Palito. Agachados: Edélcio,<br />

Dênis, Natalino, Paraguai, Nenê Anão e Serginho<br />

Telarolli<br />

1979: Fogosa, Edimar, Sidnei, Nardinho, Marcos,<br />

Vadão e Leonardo Crocci Filho; Galinha, Zé<br />

Magrelo, Fi, Alfredinho e 63 Ferrarezi


A GRANDE CONQUISTA<br />

Inédito: Santana, o<br />

campeão regional<br />

Leonardo Crocci Filho, que<br />

também foi vereador em<br />

nossa cidade no período de<br />

1964/1973 parece ter passado<br />

a Beto Michetti todo seu<br />

conhecimento em mais de 60<br />

anos com o futebol amador.<br />

Já nos anos 90, ainda na era Leonardo<br />

Crocci Filho, a equipe conseguiu um título<br />

inédito para o amador de Araraquara: o Regional<br />

de Futebol, contando com as principais<br />

equipes do interior. Beto Michetti, ex-jogador<br />

e treinador do time, foi quem comandou a<br />

esquadra vermelha durante a conquista. Ele<br />

começou a carreira no Infantil do Santana em<br />

1973, aos 14 anos, em seguida foi promovido<br />

ao time amador, mas não ficou por muito tempo,<br />

rodando por outros clubes da cidade.<br />

Apesar disso, nunca perdeu contato com<br />

Crocci, e, em 1998, foi convidado para treinar<br />

a equipe Infantil do Santana. “Treinei essa<br />

equipe e logo no primeiro ano como técnico fui<br />

pé quente e me sagrei campeão”, diz Michetti.<br />

“O time era muito bom e alguns jogadores<br />

despontaram no futebol profissional, como o<br />

Leandro Donizete (Atlético-MG), Fabiano (ex-<br />

Santos) e Gilsinho (ex-Corinthians, Sport e<br />

está atualmente no Ventforet Kofu, do Japão)”,<br />

relembra.<br />

Além deles, o técnico conta a história do centroavante<br />

Fabio, que foi levado para a Itália por<br />

Careca. “Na época, mantinha muito contato com<br />

o Careca, pois ele realizava amistosos aqui na<br />

Fonte Luminosa. Apresentei o Fabio, ele gostou<br />

do seu futebol, levando-o para a Itália”, conta.<br />

Hoje treinador do Real Sport, Beto Michetti recorda os momentos de glória dos times infantil<br />

e amador do Santana<br />

Assumindo o time amador em 1999, Michetti<br />

ganhou o título mais importante de sua<br />

carreira. “Foi um feito inédito para o nosso futebol.<br />

Nenhuma outra equipe havia conseguido<br />

um título daquele porte para a nossa cidade”.<br />

O treinador recorda do jogo duro contra a<br />

equipe do Borborema nas semifinais do campeonato.<br />

“Lá em Borborema, perdemos de<br />

3x1 e precisávamos reverter a situação no Estádio<br />

Municipal. E deu certo. Repetimos o placar<br />

que eles fizeram contra nós e, por termos<br />

melhor campanha, fomos para a final contra<br />

o Descalvadense”. No jogo, um fato curioso<br />

aconteceu. “Félix, meia do Descalvadense, estava<br />

suspenso. Era o principal jogador deles,<br />

Beto Michetti teve a<br />

felicidade de conviver<br />

por um bom tempo<br />

com o jeito simples do<br />

dentista Leonardo<br />

Crocci Filho, um dos<br />

mais brilhantes dirigentes<br />

esportivos que Araraquara<br />

já possuiu, daí uma<br />

homenagem que lhe foi<br />

prestada antes do seu<br />

falecimento em 7 de<br />

setembro de 2008,<br />

aos 85 anos<br />

já havia jogado pelo Santos-SP e fazia toda a<br />

diferença. Porém, ele estava suspenso para a<br />

primeira partida. Já o Santana estava com três<br />

jogadores suspensos e tinha dificuldades de<br />

escalar o time para a decisão. A diretoria deles<br />

propôs uma troca. Caso aceitássemos a presença<br />

de Félix, poderíamos escalar os nossos<br />

três suspensos. A nossa diretoria achou loucura,<br />

mas eu aceitei a ideia deles e deu resultado.<br />

A troca de 1 por 3 nos favoreceu e fomos<br />

campeões”, relembra Michetti.<br />

Atual campeão do Inter-Bairros com o Real<br />

Sport, o técnico lamenta o estado atual do<br />

futebol amador na cidade. “Na grande época<br />

do “Amadorzão”, havia aqui estádios de sobra<br />

na cidade, aonde poderia se praticar vários jogos.<br />

Hoje, quase todos os jogos são realizados<br />

no Estádio do Botânico, desgastando muito o<br />

gramado e os jogadores correndo sério risco<br />

de lesões. A maioria tem medo de jogar lá por<br />

causa disso”.<br />

As histórias contadas aqui mostram como<br />

o futebol amador representou a vida de cada<br />

um. Além de diversão, havia o comprometimento,<br />

sem contar a formação do caráter daqueles<br />

jovens, hoje senhores, para o restante<br />

de suas vidas. Além disso, uma das dádivas foi<br />

a amizade que se proliferou nos anos vividos<br />

juntos e que reina até hoje. Não só graças a<br />

ajuda que o Santana proporcionou, mas para<br />

que o homem se tornasse homem e de forma<br />

bem sucedida em nossa sociedade.<br />

64


65


SEU NOME ESTÁ NA RUA<br />

TEXTO: SAMUEL BRASIL BUENO<br />

PAULO ELIAS ANTÔNIO<br />

O Senhor Presidente<br />

da CTA por 22 anos<br />

A cidade tem guardada na<br />

memória a imagem de um<br />

homem que soube construir<br />

sua vida com trabalho, amor<br />

à família e a forma correta<br />

de servir ao próximo: Paulo<br />

Elias Antônio.<br />

Cavalheiro, bem humorado, educado,<br />

eficiente naquilo a que se propunha fazer, o<br />

libanês Paulo Elias Antônio era admirado pela<br />

sociedade de Araraquara e não foi nenhuma<br />

surpresa a sua escolha, para presidir a Companhia<br />

Tróleibus Araraquara, cargo que ocupou<br />

por 22 anos, conduzindo a contento dos<br />

usuários e dos demais companheiros de diretoria<br />

e, lógico, pelos acionistas.<br />

Nascido em Miziara, Líbano, a 12 de outubro<br />

de 1912, era filho do casal Elias Chediek<br />

e Nazha Chediek, sendo que seu genitor Elias<br />

veio para o Brasil antes da Primeira Guerra<br />

Mundial. Somente aos 8 anos de idade, é que<br />

Paulo Elias Antônio imigrou para a nossa pátria<br />

em companhia de um tio e de duas irmãs,<br />

Frangie e Cecília, aqui se encontrando com<br />

Renê e Paulo,<br />

casados por<br />

43 anos<br />

Paulo Elias Antônio em sua casa, com<br />

a postura costumeira que era de muita<br />

tranquilidade como se a esperar os filhos<br />

que vinham visitá-lo quase que diariamente<br />

seu pai Elias, em Catanduva, cidade que o<br />

acolhera e onde era proprietário de um estabelecimento<br />

comercial de secos e molhados,<br />

tecidos e de outras mercadorias.<br />

Paulo Elias Antônio mudou-se em 1937<br />

para Araraquara e aqui tornou-se proprietário<br />

de uma fábrica de macarrão, o “Pastifício<br />

Santa Terezinha”. Registre-se que o operoso<br />

Paulo Elias possuía, também, uma fábrica de<br />

saponáceos.<br />

Por coincidência ou pela providência divina,<br />

que jamais o abandonou por ser um cris-<br />

66


Renê,<br />

a esposa<br />

tão fiel, ainda solteiro residiu na Av. José Bonifácio,<br />

entre as ruas Nove de Julho e Gonçalves<br />

Dias, exatamente defronte ao armazém Santa<br />

Cruz, pertencente a Alfredo Gabriel Haddad e<br />

veio, por isso, a conhecer Renê Haddad, filha<br />

do referido empresário e que, depois, tornouse<br />

sua esposa.<br />

Casou-se então no dia 22 de maio de<br />

1941 com a jovem Renê Haddad e dessa feliz<br />

união, nasceram-lhes os seguintes filhos:<br />

Edson José Chediek, arquiteto; José Roberto<br />

Chediek, economista; Elias Chediek Neto, engenheiro<br />

civil; Paulo Sérgio Chediek, médico;<br />

Maria do Rosário, formada em letras; Sônia<br />

Chediek, professora; Terezinha Chediek, professora;<br />

Wilson Chediek, dentista.<br />

Paulo Elias, como todo homem de bem,<br />

e que valorizou a vida com suas conquistas e<br />

conduta ilibada e escorreita, deixou um legado<br />

que serviu de exemplo e norte para seus descendentes,<br />

e como traço do seu caráter; servia<br />

ao próximo com a presteza que somente os<br />

seres superiores conseguem fazer. Foi parte<br />

integrante de diretoria da Associação Comercial<br />

e Industrial de Araraquara (ACIA), Conselheiro<br />

da Associação Ferroviária de Esportes,<br />

membro do Lions Club Santa Cruz, diretor<br />

do Asilo de Mendicidade por quase 40 anos,<br />

Elias Chediek, hoje vereador, no colo da mãe Renê<br />

O então prefeito Clodoaldo Medina e<br />

Paulo Elias Antônio se cumprimentam<br />

sob os olhares de Amaral Gurgel num<br />

dos encontros realizados na CTA<br />

tendo ocupado o elevado cargo de presidente<br />

dessa exemplar casa de abrigo aos idosos e foi<br />

também dedicado vicentino.<br />

Araraquarense de coração, a Câmara Municipal,<br />

reconhecendo suas grandes qualidades,<br />

outorgou-lhe, por unanimidade, o título<br />

de “Cidadão Araraquarense”, que ele recebeu<br />

com muito orgulho e satisfação, embora em<br />

solenidade singela.<br />

Paulo Elias, foi dinâmico presidente da CTA<br />

por 22 anos, até o seu falecimento ocorrido a<br />

27 de abril de 1984, deixando seu nome vinculado<br />

nos loteamentos Jardim Viaduto, Jardim<br />

Paulistano e Jardim América.<br />

Seu nome está na rua através do decreto<br />

5042, de 26/06/1984, que denomina Rua<br />

Paulo Elias Antonio a via pública anteriormente<br />

conhecida por Estrada dos Coelhos, no loteamento<br />

Jardim Eliana.<br />

Paulo Elias também empresta seu nome<br />

através de decreto do então Prefeito Municipal<br />

Clodoaldo Medina, à praça localizada no Jardim<br />

Paulistano.<br />

Paulo e Renê no<br />

casamento do filho<br />

Elias com Regina<br />

em 20 de outubro<br />

de 1980, tendo ao<br />

lado Antônio Moda<br />

Francisco e esposa<br />

Renê e Paulo Elias com os filhos Elias, José<br />

Roberto, Maria do Rosário, Edson, Paulo<br />

Sérgio, Sônia, Wilson e Terezinha<br />

67


VIGILÂNCIA<br />

Academias em<br />

estado de alerta<br />

Está proibida em Araraquara<br />

e todo o país, a distribuição e<br />

comercialização de vinte lotes<br />

de Whey Protein, os chamados<br />

suplementos de proteína<br />

extraídos do soro do leite usados<br />

por atletas. A lista aponta 14<br />

fabricantes diferentes.<br />

Texto: Rafael Zocco<br />

A notícia correu rápida em nossa cidade: a<br />

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVI-<br />

SA) proibiu a distribuição e venda de 20 tipos<br />

de Whey Protein de 14 marcas diferentes. A<br />

atitude tomada se deve ao fato de a quantidade<br />

real de carboidratos e proteínas contidas no<br />

produto, estar diferente do informado na embalagem.<br />

Foi constatado também, soja nos produtos,<br />

o que não era declarado na embalagem.<br />

Leonardo<br />

Somogyi, da<br />

loja Ecléticca<br />

Nutrition,<br />

especializada<br />

na venda de<br />

suplementos,<br />

fala que o<br />

consumo de<br />

whey protein<br />

continua<br />

elevado<br />

Dos 20 produtos irregulares, 19 tinham<br />

quantidade de carboidratos superiores aos<br />

declarados e um deles apresentou quantidade<br />

inferior. Os fabricantes serão autuados pela<br />

Agência e podem sofrer uma série de sanções,<br />

entre elas um pagamento de uma multa que<br />

pode variar de R$ 2mil a R$ 1,5 milhão. A<br />

ANVISA pede que os consumidores que identificarem<br />

os produtos com esses problemas<br />

à venda, entrem em contato com a vigilância<br />

sanitária de seu município ou estado, pois os<br />

suplementos não podem ficar expostos.<br />

REPERCUSSÃO<br />

O educador físico e proprietário da academia<br />

Life Movement, José Antônio Corbini,<br />

mostrou preocupação com os produtos que<br />

foram barrados pela Agência. “Fiquei surpreso<br />

com as marcas suspensas, já que possuíam<br />

selo da ANVISA. A procura de suplementos<br />

hoje em dia é muito grande. Quando um aluno<br />

busca mais informações desses suplementos,<br />

orientamos sobre os efeitos que eles têm<br />

em uma determinada atividade, mas sempre<br />

aconselhamos a procura de um nutricionista”,<br />

comenta Corbini.<br />

Apesar do susto, Leonardo Somogyi,<br />

sócio-proprietário da loja especializada em<br />

suplementos Ecléticca Nutrition, fala que o<br />

consumo de Whey Protein continua bastante<br />

elevado mesmo após a suspensão de alguns<br />

produtos. “Sem dúvida, o Whey Protein é o<br />

produto mais vendido na loja. Os mais comuns<br />

são o Concentrada, Isolada e Hidrolisada, ambos<br />

contendo variações para uma rotina diária<br />

de suplementação”, informa.<br />

Consumidora de suplementos alimentares<br />

desde agosto de 2013, Roberta Spagnuolo<br />

se mostra feliz com os resultados obtidos com<br />

68


José Antônio Corbini com a aluna<br />

Vitória Vieira na Life Movement<br />

Roberta Spagnuolo fala bem dos efeitos<br />

proporcionados pelo Whey Protein<br />

CUIDADOS<br />

Alexandre Laverde, especialista em<br />

nutrição clínica e esportiva<br />

Whey Protein. “Com o consumo contínuo percebi<br />

os bons resultados alcançados a cada semana.<br />

Comecei a praticar esporte aos 6 anos<br />

de idade e fui atleta de natação por 11 anos<br />

de maneira continuada, fazendo exercícios<br />

para manter a forma. O suplemento é uma fonte<br />

prática, rápida e de grande concentração”,<br />

declara a atleta.<br />

Ficou comum o uso de suplementos alimentares<br />

para quem faz exercícios físicos,<br />

principalmente para adeptos de academia,<br />

melhorando assim, o condicionamento físico<br />

de maneira mais rápida. Muitas pessoas confundem<br />

os suplementos com a famosa “bomba”<br />

(medicamentos com uso restritivo para<br />

humanos e a maioria não é liberada para uso<br />

no Brasil).<br />

O especialista em nutrição clínica e esportiva<br />

da Cínica Sakima, Alexandre Laverde,<br />

orienta os seus pacientes para terem uma<br />

alimentação regular diária. “Uma alimentação<br />

equilibrada é a melhor forma de se conseguir<br />

resultados mais sólidos. Para quem está iniciando<br />

uma academia ou outra atividade, procure<br />

um profissional para que possa orientá-lo<br />

sobre o uso de suplementos”.<br />

Os suplementos como Whey Protein devem<br />

ser regulados por doses, semelhante ao<br />

uso de vitaminas em geral. O excesso pode<br />

causar danos sérios no fígado e rins, podendo<br />

também levar a pessoa a engordar por causa<br />

do consumo elevado de calorias. “O suplemento<br />

alimentar é utilizado quando a alimentação<br />

por si só não alcança a necessidade do<br />

atleta ou desportista”, complementa Laverde.<br />

69


70


COLUNA<br />

ESPORTE É AVENTURA<br />

Instrutor<br />

Flavio Capixaba<br />

O stand up paddle<br />

Olá queridos leitores,<br />

Estou aqui desta vez para falar de uma modalidade<br />

que já virou febre em todas as praias e<br />

lagoas do nosso Brasil, o Stand up paddle, também<br />

conhecido como SUP.<br />

É muito simples: uma prancha, um remo<br />

e a natureza. Basta remar em pé em cima de<br />

um super pranchão e você estará praticando o<br />

stand up paddle. Quem pratica o SUP alega que<br />

o esporte é uma mistura de lazer e atividade física,<br />

mas principalmente a possibilidade de estar<br />

em contato com a natureza,<br />

em que pessoas a partir de 4<br />

anos já podem se aventurar.<br />

Esta modalidade teve<br />

início nos anos 40, no Havaí,<br />

onde os instrutores remavam<br />

em pé sobre enormes pranchas<br />

de madeira com intenção<br />

de acompanhar seus alunos<br />

durante as aulas de surfe.<br />

Nesta época não existia nenhuma definição específica<br />

para essa prática, mas aos poucos ela<br />

veio crescendo e cada vez mais surfistas começaram<br />

a praticar o SUP e a produzir equipamentos<br />

melhores e diferenciados.<br />

DICAS IMPORTANTES<br />

Antes de comprar uma prancha, eu recomendo<br />

que você faça uma aula com um instrutor,<br />

para descobrir se realmente gosta da modalidade.<br />

Além disso, junto ao instrutor poderá<br />

descobrir qual o melhor equipamento para você.<br />

Já que existem diversos tipos de pranchas e remos,<br />

deixo a dica para os iniciantes: a melhor é<br />

uma prancha híbrida, que pode ser usada tanto<br />

no mar como em lagoas ou represas.<br />

Existem algumas maneiras de se praticar<br />

o SUP. Temos a modalidade SUP Surf, também<br />

SUP Surf<br />

Carlinhos Tavares<br />

Absolute Fit<br />

16 3114.8664<br />

conhecida como SUP Wave, que consiste em<br />

surfar as ondas em pé com auxílio do remo.<br />

Pela dificuldade apresentada, ela possui poucos<br />

adeptos no Brasil.<br />

Outra modalidade é o SUP Remada: a<br />

que mais cresce nas águas brasileiras por ser<br />

infinitamente mais fácil de se equilibrar. Esta é<br />

praticada em lagoas, rios e mares com águas<br />

calmas, e o que manda é ficar em pé e remar,<br />

remar e remar. O legal desta modalidade é que<br />

o aluno já fica em pé, pratica e curte, logo no<br />

primeiro dia. Mas não pense que praticar SUP<br />

é moleza!<br />

O SUP, por trabalhar em cima de uma superfície<br />

móvel (a água), exige do praticante<br />

um trabalho de equilíbrio constante. Mesmo o<br />

iniciante ou o mais experiente tem que manter<br />

as pernas e o abdômen contraídos<br />

para a manutenção<br />

do equilíbrio. Não é difícil ficar<br />

em pé, mas exige trabalho<br />

de todo o corpo. É muito interessante<br />

para quem quer se<br />

exercitar e ao mesmo tempo<br />

se divertir. Além de um alto<br />

gasto calórico trabalha muito<br />

as pernas, abdômen, costas e<br />

braços. Completo.<br />

Locais que recomendo para prática: Florianópolis-SC<br />

(Lagoa da Conceição), Rio de Janeiro-<br />

RJ (Lagoa Rodrigo de Freitas), Ilhabela-SP (Praia<br />

Perequê) e Bertioga-SP (Praia São Lourenço).<br />

Já na praia de São Lourenço uma boa escola é<br />

a SWELL, localizada em frente ao módulo 8 do<br />

condomínio Riviera de São Lourenço. Lá você<br />

encontrará um amigo meu, o instrutor Flavio<br />

Capixaba, excelente profissional. Quem quiser<br />

pode procurá-lo em meu nome.<br />

Lembrando que a Absolute Fit é a clínica<br />

mais completa e moderna de nossa cidade. Trabalhamos<br />

intensamente para que você realize<br />

todas as atividades e esportes com conforto e<br />

segurança, preparando você fisicamente para<br />

que isso ocorra com o maior prazer e diversão.<br />

Para saber mais, como dicas de treino, etc.,<br />

curta nossa página no Facebook. Neste canal<br />

você poderá interagir, compartilhar fotos e fazer<br />

perguntas.<br />

Stand up paddle é Esporte e Aventura! E<br />

você, vai encarar?<br />

71


Alimentação<br />

saudável<br />

Comida bem<br />

caseira<br />

Sugestões<br />

balanceadas<br />

GASTRONOMIA<br />

Onde comer bem e sem culpa:<br />

Melancia - Sabor e Saúde<br />

Comer é um dos prazeres da<br />

vida, porém a preocupação<br />

com a saúde deve vir em<br />

primeiro lugar, diz Gilberto<br />

Durante, que criou na região<br />

central da cidade uma casa<br />

com cardápio tipicamente<br />

caseiro, onde as pessoas<br />

possam se alimentar com<br />

qualidade e rapidez.<br />

Gilberto<br />

Durante<br />

Instalou-se em Araraquara uma empresa<br />

que traz um novo conceito em alimentarse<br />

bem, preocupando-se com a saúde e o<br />

mais importante, com preços acessíveis a<br />

todos. O “Melancia – Sabor e Saúde” surgiu<br />

para atender o público que deseja boa alimentação,<br />

com rapidez e um inconfundível<br />

sabor caseiro.<br />

O cardápio oferece pratos executivos,<br />

onde o cliente pode substituir o arroz branco<br />

pelo integral, escolhe molhos caprichados<br />

para acompanhar a carne grelhada ou<br />

temperar a salada. A intenção é proporcionar<br />

uma refeição saudável e com muito sabor<br />

no almoço ou no jantar.<br />

Especialistas em nutrição afirmam que<br />

é muito importante alimentar-se entre períodos<br />

regulares de tempo, indicando a ingestão<br />

de alimentos a cada 3 horas. Segundo<br />

eles, esse hábito possibilita um melhor funcionamento<br />

do organismo e uma queima<br />

maior de calorias, resultando no emagrecimento<br />

ou na manutenção do peso corporal.<br />

No Melancia existem muitas opções de<br />

lanches, sucos funcionais, saladas e uma<br />

cafeteria completa para todas as idades e<br />

gostos. Um lanche com pão integral, uma<br />

proteína, queijo, legumes, verduras e um<br />

molho delicioso, podem fazer da hora do<br />

lanche um momento de prazer sem culpa.<br />

Segundo o proprietário do “Melancia”<br />

Gilberto Durante, “com o tempo cada vez<br />

mais escasso, as pessoas precisam de locais<br />

onde possam se alimentar com qualidade,<br />

rapidez e preço acessível, por isso<br />

acreditamos na proposta do Melancia. O<br />

nosso ambiente é moderno e climatizado.<br />

Trabalhamos dentro das mais rígidas normas<br />

de higiene e controle de qualidade<br />

para proporcionar saúde e sabor aos nossos<br />

clientes. Estamos implantando o nosso<br />

delivery para levarmos nosso sabor àqueles<br />

que não podem vir até nós”.<br />

72<br />

Pratos saudáveis no Melancia<br />

Atendimento self-service<br />

Espaço confortável<br />

Atendimento Melancia - Sabor e Saúde<br />

Rua São Bento, ao lado da Igreja Sta. Cruz<br />

Fones: (16) 3461 4800 / 3461 6150


ONDE CHEGA A TECNOLOGIA<br />

Ortopédica Mais produz<br />

próteses e órteses<br />

Desde sua origem, a empresa vem desenvolvendo<br />

os métodos mais modernos para atender pessoas<br />

com necessidades especiais, tanto crianças<br />

como adultos. Na verdade, a Ortopédica Mais<br />

em Araraquara está comprometida em melhorar<br />

a qualidade de vida dessas pessoas através de<br />

soluções funcionais.<br />

A Ortopédica Mais em Araraquara: Rua Bento de Barros, 1068,<br />

esquina com a Padre Cezarino, telefone 3461 3896<br />

O araraquarense João Guirelli Júnior<br />

está no ramo de produtos ortopédicos há<br />

16 anos, com lojas em Ribeirão Preto, Pontal,<br />

Taquaritinga. Há cinco meses instalou a<br />

Ortopédica Mais em Araraquara, em ponto<br />

privilegiado da Vila Xavier. A loja oferece,<br />

em prédio amplo, total acessibilidade para<br />

os clientes, estacionamento próprio, adequado<br />

principalmente para quem apresenta<br />

algumas limitações motoras.<br />

A Ortopédica Mais tem atendimento individual<br />

e especializado, para quem necessita<br />

de um aparelho ou produto com orientações<br />

precisas, além de preços excelentes,<br />

parcelamentos e cartões de crédito, o que<br />

facilita muito para seus clientes.<br />

João explica que são inúmeros os serviços<br />

que a loja mantém, inclusive, com uma<br />

oficina (em Ribeirão Preto), produzindo próteses<br />

e órteses. “Todo aparelho ortopédico<br />

é moldado no gesso aqui na Ortopédica<br />

Mais, onde fazemos o modelo e aí então é<br />

enviado para a fábrica ou sapateiro, dependendo<br />

do caso, como os sapatos especiais<br />

sob medida para pés diabéticos (sob molde<br />

de gesso). A confecção de próteses ou órteses<br />

para membros, conta com a tecnologia<br />

mais avançada do mundo, o que confere<br />

precisão, segurança e eficiência”.<br />

Na Ortopédica Mais, o cliente encontra<br />

toda a linha de cadeiras de rodas, desde as<br />

mais simples, até as motorizadas, em vários<br />

tamanhos e também as cadeiras de rodas es-<br />

portivas, com designer moderno e funcional.<br />

Para quem tem necessidades de apoio,<br />

na hora do banho, há os banquinhos apropriados,<br />

cadeiras em alumínio, acento elevado<br />

de apoio para vaso sanitário, tornando<br />

a vida do paciente mais segura, principalmente<br />

em locais, onde há necessidade de<br />

muitos cuidados. Para crianças com necessidades<br />

especiais, a Ortopédica Mais<br />

dispõe de cadeiras adaptadas de todos os<br />

modelos e marcas (sob medida e personalizada<br />

para cada paciente).<br />

João explica que para os pés, a loja,<br />

além de palmilhas normais, confecciona<br />

palmilhas específicas para quem tem esporão,<br />

realizando na própria loja os mais modernos<br />

exames de pisada (baropodômetro).<br />

“É um exame computadorizado verificando<br />

onde estão ocorrendo as sobrecargas nos<br />

pés ou onde estão sendo apresentados os<br />

problemas posturais. Isso é muito importante,<br />

pois a partir daí, alguns desconfortos e<br />

até mesmo dores, são resolvidos como uma<br />

nova maneira de pisar”, explica o<br />

profissional.<br />

Na linha para as pernas, há<br />

muitas opções em meias de compressão<br />

medicinal, nas principais<br />

marcas e uma novidade: é a malha<br />

de compressão pós-cirúrgica, que<br />

não retém suor, evitando o odor e<br />

desconforto para o paciente. João<br />

enfatiza que a Ortopédica faz a indicação<br />

de meias conforme prescrição<br />

médica, pois entende que<br />

é muito importante ter o acompanhamento<br />

médico.<br />

A Ortopédica Mais utiliza tecnologia<br />

da mais simples a mais elaborada,<br />

dispondo de assistência total dos seus<br />

produtos, inclusive com reposição de peças<br />

de aparelhos vendidos na loja. “Temos que<br />

dar toda atenção aos nossos clientes, mas<br />

principalmente, que tenham a confiança de<br />

que dispomos dos melhores, mais eficientes<br />

e seguros produtos do mercado ortopédico”,<br />

finaliza João.<br />

araraquara@ortopedicamais.com.br<br />

Cadeiras motorizadas Parte do showroom Cadeiras em alumínio<br />

73


74


POR: MARCELLO FURTADO<br />

VIDA SOCIAL<br />

Na cidade já se fala na chegada até 2015, da HUB através da Bild<br />

Desenvolvimento Imobiliário. O empreendimento será pelos lados<br />

do Shopping Jaraguá, onde tudo parece estar acontecendo nos<br />

últimos anos. A HUB é o Hotel Urban Boulevard (Grupo Inter City).<br />

Cacá Esteves (Praticidade Eventos) no<br />

Shopping Jaraguá<br />

Antonieta e Rui Ribeiro<br />

Magalhães (Antonella)<br />

Elias Chediek e Regina em evento no Senac<br />

Empresário Pedro Lia Tedde, da Tedde<br />

Imobiliária, lançando mais um grande<br />

empreendimento na cidade: o Residencial<br />

Premiatto, próximo ao Araraquarense.<br />

Apartamentos com até três suítes.<br />

Professores do Curso de Moda no Senac, Érika<br />

Ferreira e Richard Valadão<br />

Fernanda Colino<br />

e Melissa Lima<br />

(Antonella)<br />

Dois grandes profissionais:<br />

Washington Rosa (arquiteto)<br />

e José Augusto Cardillo<br />

(oftalmologista)<br />

75


Fernanda e Fabíola Bonini,<br />

Paulo Henrique e Rodrigo<br />

Estoelli<br />

Até 13 de junho<br />

acontece a Quermesse<br />

de Santo Antônio, o<br />

santo casamenteiro,<br />

com sua tradicional<br />

Festa Junina<br />

Joel Aranha e<br />

Wagner Silva<br />

Eneida Miranda de Toledo e Orlando Mengathi (Nino),<br />

em evento na cidade<br />

Cláudia e Alexandre Aranha, em festa de<br />

confraternização da Rádio Cultura<br />

Glória, Chico de Assis e Gustavo Scatolin<br />

Lucas Pereira Baltieri e Marcelo Zavaglia<br />

formam o duo For You Blue. Música de<br />

primeira no Antonella<br />

César Rosa, administrando com carinho o<br />

sucesso que a Cidade FM, de Wanderley Mársico<br />

está fazendo em Araraquara. Parabéns.<br />

Maria Tereza<br />

Magnani Hage<br />

(Mondrian Ambientes)<br />

Casal Salete e Luiz Francisco<br />

de Assis Salgado (Diretor<br />

Regional Senac), na entrega<br />

do título de Cidadão<br />

Araraquarense<br />

76


Rosana, Marco Silva,<br />

Marcelo Zaniollo, com<br />

a esposa Cristiani e<br />

o filho Giovani<br />

Wilson Peron, Beto<br />

Neves e Bete Neves,<br />

em noite de Antonella<br />

Os empresários da gastronomia,<br />

Silvino Valandro e Cassiano<br />

(Estrela do Sul)<br />

O LICEU CONVIDA<br />

Toninho Rodrigues dos Santos e Zezé Bellini,<br />

reencontro de velhos amigos na festa de<br />

confraternização da Cultura, na Beira da Tuia,<br />

em maio<br />

No dia 14 de junho<br />

na Sabsa, teremos<br />

a partir das 18h a<br />

Festança no Arraiá<br />

do Liceu. Comidas<br />

típicas, brincadeiras<br />

e muita diversão.<br />

Você está convidado.<br />

Simone Soriano, coordenadora de marketing<br />

e Talita Held, setor de eventos do Shopping<br />

Jaraguá<br />

Samira Frangiotti (Produtiva Eventos) e Roseli<br />

Carvalho (Revista Comércio & Indústria)<br />

Thaís Goes e Priscila Soares Campos (Fulvia Magrini)<br />

77


Gustavo Morete, Selene Campos, Fernanda Musto, Roseli<br />

Carvalho e Carlos Godoy (Equipe Senac)<br />

Colega de trabalho, Marcello<br />

Furtado, em junho comemora<br />

60 anos de idade. Sua própria<br />

expressão diz estar de bem com<br />

a vida. Felicidades.<br />

Maria José Lisboa e Gesiel de Souza<br />

Rodrigues, advogados atuantes e<br />

competentes<br />

Rodrigo de Lucas, Janaína Felix, Renata Pimentel,<br />

Débora de Souza, Paulo de Souza e Wendel<br />

Pimentel, colocando o papo em dia no Antonella,<br />

noite dessas<br />

PROMOÇÃO DO CEBRAC<br />

Gustavo Henrique Sanches festejando com<br />

sua equipe o sucesso da I Feira Nacional do<br />

Empreendedorismo que foi organizada pelo<br />

Cebrac, na segunda quinzena de maio, na<br />

Praça de Santa Cruz. Centenas visitaram a<br />

feira.<br />

Marcos Antonio de Oliveira, Antonio Deliza e<br />

Ivo Dall’Acqua<br />

78


A BOLA E O VERBO<br />

O jornalista Rodrigo Viana<br />

recebeu amigos e convidados para<br />

o lançamento do seu livro ‘A Bola<br />

e o Verbo’, obra adaptada de sua<br />

tese de mestrado em literatura pela<br />

Unesp, concluída em 2008. O livro,<br />

editado pela Summus, é resultado<br />

de uma análise de 13 crônicas<br />

sobre o futebol envolvendo<br />

grandes figuras, como Garrincha,<br />

Pelé, seleção brasileira e até a<br />

Ferroviária, escritas por diversos<br />

cronistas contemporâneos.<br />

Luiz Antônio, da equipe de jornalismo da Morada FM<br />

também prestigia a noite de autógrafos de Rodrigo Viana<br />

PROMOÇÃO<br />

O BOX É NOSSO<br />

CARNE COM BATATA<br />

IMPERIAL EXECUTIVO JR.<br />

Por apenas<br />

R$<br />

19 ,90<br />

Rodrigo e<br />

Osmar Volpe,<br />

o Pio<br />

Com Maribel<br />

Santos, do<br />

jornal O<br />

Imparcial<br />

Araraquara<br />

3335 8580<br />

PEÇA PELA INTERNET<br />

CHINAINBOX.COM.BR<br />

Promoção não cumulativa, válida de 2 de junho à 31 de julho de <strong>2014</strong> nas lojas<br />

indicadas. Taxa de entrega não inclusa. Área de entrega restrita. Fotos ilustrativas.<br />

Anuńcio Araraquara Revista Cia 8X14,2.indd 1 5/27/14<br />

Rodrigo Viana emocionado ao receber<br />

cartão de prata de Antônio Marcos<br />

Vintecinco, presidente da torcida<br />

coração grená<br />

Rodrigo Viana e os amigos Marcelo Silva, Rodrigo Sossolote,<br />

Gildete Costa Vieira e Pedrinho Renzi<br />

Rodrigo nasceu em Ilha<br />

Solteira (SP), mas passou<br />

grande parte de sua vida<br />

em Araraquara, antes<br />

de seguir para grandes<br />

centros, como São Paulo,<br />

e atuar na mídia<br />

esportiva. Os vínculos<br />

que ele mantém com<br />

a cidade são bastante<br />

fortes, merecendo<br />

de todos, respeito<br />

e admiração.<br />

Livraria Nobel em noite de lançamento<br />

79


Rita de Cássia Gallucci<br />

Pereira na sua nova<br />

Estética Harmonia<br />

Solange, Maria<br />

Helena e Marcos Roxo<br />

Gibran, em noite de<br />

Rock’N’Roll<br />

PAULO ANDRÉ E SANDRA<br />

Paulo André Alves Pinto e sua esposa Sandra<br />

comemoram neste 6 de junho, 21 anos de<br />

casados, vivendo permanentemente uma<br />

grande felicidade. Eles são pais de André,<br />

que em outubro completará 18 anos. Por<br />

serem diretores da Vilacopos, sabem melhor<br />

que ninguém que “a vida é uma festa”.<br />

Companheiro de muitas jornadas, Fernando<br />

Minussi comemora nova idade em altíssimo<br />

astral. Os amigos Odair Righi e Salvador<br />

Spoto foram abraçá-lo. Parabéns.<br />

Fashion Model <strong>2014</strong>, realizado em maio<br />

no Melusa Clube com super desfile e<br />

apresentação de 100 alunos na passarela,<br />

além de 25 formandos do curso de Modelo e<br />

Manequim Profissional (Jô Models). Na abertura,<br />

o Desfile de Coleção Inverno da Loja VIM VI<br />

VENCI do Shopping Jaraguá.<br />

Walter de Jorge Martins e a mais bela classe de<br />

beber sossegadamente<br />

80


ANIVERSÁRIOS<br />

<strong>JUNHO</strong><br />

A diretoria da ACIA cumprimenta todos os aniversariantes<br />

DATA NOME EMPRESA DATA NOME EMPRESA<br />

01/06<br />

01/06<br />

01/06<br />

02/06<br />

02/06<br />

02/06<br />

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18/06<br />

18/06<br />

19/06<br />

Wagner Aparecido Olegário<br />

Laerte Aparecido Coletti<br />

Pedro Luis Cerqueira Leite<br />

Osmar Bertato<br />

Sérgio Herminio Fausto<br />

Luzia Nucci Garitta<br />

Luiz Amado Longo de Souza<br />

Giovani H. Guimarães Peroni<br />

Rodrigo César Corbi<br />

Cleuza Zambon de Moura<br />

Paulo Áquila Garcia<br />

Marilene Volpatti Polezze<br />

Marcos Roberto<br />

Rosângela F. P. Matsumoto<br />

Eduardo de Aguiar Faria<br />

Maria Emilia Trosdorf<br />

Carlos Donizetti Siqueira<br />

Adriana Fernandes R. Lopes<br />

Silvia Helena Jaciani Petroni<br />

Nilton Bacaycoa Ribeiro<br />

Lilian Cristiane Facão<br />

Gregori Pedro Aranha<br />

Paulo André Alves Pinto<br />

Cláudio Akio Yonaha<br />

Rômulo Antônio Gurgel Cefaly<br />

Antônio Carlos M. Franco<br />

Reinaldo Antônio Smirni<br />

Antônio Carlos Trosdorf<br />

Humberto Veronez<br />

Adriana V. Portari Biagioni<br />

Carlos Massayuki Miyai<br />

Antônio João Janke Garcia<br />

Sérgio Luiz Gagliardi Lopes<br />

Silvio Kawakami<br />

Jefferson Tadeu Barroso<br />

Francisco Renato da Silva<br />

Maria Assunta Marquesi<br />

Osni Cândido Pereira<br />

Cláudia C. Guzzi Biagioni<br />

Valquíria Sgobi Fiorillo<br />

Luis Fávero de Souza<br />

Leonel Francischini Zanardi<br />

Heraldo Antônio de Oliveira<br />

Rádio Brasil Fm<br />

Bar Sultão<br />

Salão Esplanada<br />

Rodoviário Bertato<br />

Hora Sol<br />

Remo Garitta Jóias e Relógios<br />

Longo Imóveis<br />

Ambioergo<br />

Tropical Veículos<br />

Supermercado Imperador<br />

Âncora Consultores<br />

Jornal de Araraquara<br />

Lilah Modas<br />

Rosângela Flores<br />

Habib’s<br />

Clinauto<br />

Emp. Serv. Contábeis de Araraquara<br />

Palácio da Pesca<br />

Sanel Auto Mecânica<br />

Nativa<br />

Kibarato<br />

Jotex<br />

Vilacopos<br />

Anzol de Ouro<br />

Gráfica Cefaly<br />

Mello Franco<br />

Rede Construvem<br />

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OHMS Eletrificação<br />

P&B Company<br />

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Escritório Gaspar<br />

Carrossel Moda Infantil<br />

Grafite Papelaria Bazar e Copiadora<br />

Banco Brasil<br />

Estradão Auto-Center<br />

19/06<br />

19/06<br />

20/06<br />

20/06<br />

20/06<br />

21/06<br />

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22/06<br />

22/06<br />

22/06<br />

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23/06<br />

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23/06<br />

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24/06<br />

24/06<br />

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25/06<br />

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26/06<br />

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27/06<br />

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28/06<br />

28/06<br />

28/06<br />

28/06<br />

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30/06<br />

30/06<br />

30/06<br />

30/06<br />

30/06<br />

30/06<br />

30/06<br />

Adélia Sonni Stahlberg Arnosti<br />

Neusa Santana<br />

Joaquim Kiyoshi Abekawa<br />

Caroline Pavan Rodrigues<br />

Jorge Luiz Gomes de Assumpção<br />

Orivaldo Moreira<br />

Nelson Luiz Bergamim<br />

Valmeire Regina Zaparoli Vieira<br />

Norberto de Freitas<br />

Luis Antônio Goulart Barbieri<br />

Nedilson Luiz Britto<br />

Nelson Afif Cury Junior<br />

Adinaldo Pimenta<br />

Alexandre Camargo Fernandes<br />

Guilherme Von Poelhsitz Neto<br />

Sérgio Roberto Apolônio<br />

Walter Jung<br />

Antônio João Mori<br />

Celso Ap. Freitas Gouvea<br />

Daniel Henrique Mendonça<br />

Alexandre R. Chade<br />

Paulo Eduardo Filpi<br />

Fernando Ferreira<br />

Suzy Kelly Pires de Souza<br />

Ana Cristina Castilho<br />

Luciana Cristina Camargo Silva<br />

Jolindo Bulgike Alencar Freitas<br />

Eva Zanardi Ferreira<br />

Alexandre Marques<br />

Fernanda Catanzaro Junquetti<br />

Dorival Rodrigues Junior<br />

Gilberto Mistrão<br />

Sônia Cristina Silva Deliza<br />

Ida Nakada<br />

Ariane Franzin de Angelis<br />

Pedro Luiz Perdonatti<br />

Cézar Julmar Klaus<br />

Lucia Jarina de Souza<br />

Nelson Roberto Gritti<br />

Pedro Martins Coelho<br />

Najla José Abi Rached Torres<br />

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Retífica Ferreira<br />

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MC Áudio<br />

Lojas Certeza<br />

Jornal Folha da Cidade<br />

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<strong>JUNHO</strong><br />

Luís Carlos<br />

Este é um mês onde se comemoram as datas<br />

queridas e tradicionais do brasileiro e que<br />

vêm de um atávico e distante passado. Além<br />

das alegres festas caipiras para registrar o início<br />

do inverno, entre tantas outras efemérides, as<br />

mais conhecidas são aquelas onde se trocam<br />

presentes no dia dos namorados; onde se fazem<br />

promessas ao santo Antonio casamenteiro<br />

(incrível: ainda há casamentos!); onde o quentão<br />

não pode faltar no dia de São João; onde se<br />

comemora o importante dia do meio ambiente<br />

e o não menos importante, o da liberdade de<br />

imprensa. Aliás, essa é uma das liberdades que<br />

governos e partidos autoritários, mesmo numa<br />

democracia, tentam sutilmente ou não, cercear.<br />

Mas é neste junho de <strong>2014</strong> que se inicia a<br />

tão aguardada Copa do Mundo, na qual somos<br />

os anfitriões e onde todos nós torceremos para,<br />

mais uma vez, o Brasil ser campeão e isso apesar<br />

das inúmeras críticas - que não vêm ao caso<br />

aqui elencar -, algumas verdadeiras, outras nem<br />

tanto. Talvez já próximo ao final do mês, esperaremos<br />

ansiosos algumas vitórias (as quartas de<br />

final), as quais, com muito entusiasmo, comemoraremos<br />

em julho - se os deuses quiserem - a<br />

definitiva.<br />

Entretanto, também é neste mês que se<br />

recordam os acontecimentos que ocorreram há<br />

um ano, em todo o País, os de rebeldia contra<br />

o status quo vigente, fatos esses que nunca se<br />

viram por aqui em nosso país tradicionalmente<br />

pacífico, formado por um povo aparentemente<br />

pacato, porém atualmente inconformado, entre<br />

tantas e até justas reivindicações - principalmente<br />

pela omissão dos políticos que não estão<br />

conseguindo captar, com sensibilidade, tal como<br />

deveriam -, as insatisfações populares.<br />

Será que ainda existirão mais manifestações<br />

de revolta, como que a comemorar um<br />

B<strong>ED</strong>RAN<br />

Sociólogo e articulista da Revista<br />

Comércio & Indústria de Araraquara<br />

aniversário, apesar da insopitável esperança que<br />

é a de ganhar a Copa do Mundo? Será que, em<br />

junho, os descontentes com os rumos da economia<br />

e da política, já se anteciparão às eleições de<br />

outubro, organizando movimentos de protestos?<br />

É verdade que já estamos mais do que vacinados<br />

contra essa história (conversa mole para<br />

boi dormir) de misturar futebol e política. O que<br />

pode acontecer, talvez (ou melhor, quase com<br />

certeza), é a situação tentar avidamente procurar<br />

capitalizar para si uma eventual vitória e a<br />

oposição, da mesma forma, uma eventual derrota.<br />

Porém, com relação a esta, não acreditamos,<br />

pois não interessa a ela ir contra o nosso popular<br />

esporte, contra o nosso maior entretenimento.<br />

Porém, o que se nota, de uns tempos para cá,<br />

é que o Brasil mudou radicalmente. O brasileiro<br />

está muito mais politizado (a maioria, segundo<br />

as últimas pesquisas nem concorda mais com<br />

o voto obrigatório); está mais apressado (talvez<br />

influenciado pela velocidade das comunicações,<br />

internet, celular - aliás, um fenômeno universal -);<br />

mais nervoso (do qual os recentes linchamentos<br />

são prova) e mais<br />

exigente sobre o<br />

seu viver.<br />

Nas festas<br />

juninas, principalmente<br />

durante<br />

os jogos da Copa,<br />

possivelmente<br />

haverá uma trégua.<br />

Talvez possamos esquecer o aniversário<br />

dos protestos do ano passado e assim então<br />

tomaremos quentões nas quermesses, faremos<br />

churrascos com muita cerveja (ainda a preços<br />

módicos), comeremos pipocas para diminuir a<br />

ansiedade em frente à TV, saborearemos feijoadas<br />

com a inseparável caipirinha, enfim, tudo o<br />

que tivermos direito. Aliás, merecemos, porque<br />

ninguém é de ferro.<br />

Mesmo porque, depois de agosto, o mês geralmente<br />

sombrio e agourento, sabe-se lá o que<br />

poderá acontecer. Pois as candidaturas já estarão<br />

definidas (será que D. Sebastião voltará?)<br />

na espera de outubro, esse o verdadeiro o mês<br />

fatídico.<br />

Aí então é que virão as surpresas, boas ou<br />

más.<br />

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