RCIA - ED. 107 - JUNHO 2014
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HISTÓRIA<br />
Como era Benevenuto Colombo,<br />
fundador e presidente da ACIA<br />
Benevenuto Colombo tinha um<br />
perfil diferenciado em relação<br />
aos padrões da época. A vida<br />
profissional o levara a isso e a<br />
diferença em relação aos outros<br />
comerciantes estava na visão<br />
empresarial, na coragem de<br />
investir, o que transmitia elevada<br />
dose de confiança e liderança.<br />
Tais características lhe deram a<br />
oportunidade de ser fundador e<br />
primeiro presidente da ACIA.<br />
Benevenuto Colombo nasceu em 06 de<br />
outubro de 1891, em Bariri (90 quilômetros de<br />
Araraquara). Era o único filho, juntamente com<br />
mais seis filhas de Bárbara Bonatelli Colombo<br />
e Maximiliano Colombo. Mudou-se para Jaú<br />
ainda adolescente, para ajudar um amigo de<br />
seu pai em uma farmácia. Casou-se em 1920,<br />
no então distrito de Gavião Peixoto, com Leonilda<br />
Rubino. Alguns anos depois, em 1922,<br />
concluiu o curso de farmácia na primeira turma<br />
da faculdade, em Pindamonhangaba, no<br />
Vale do Paraíba.<br />
Colombo, como era conhecido, juntamente<br />
com seu pai, foram até Gavião Peixoto, onde<br />
compraram uma farmácia para começar seu<br />
próprio negócio. Em 1926, fechou o estabelecimento<br />
no distrito e mudou-se para Araraquara,<br />
onde abriu a primeira farmácia da cidade,<br />
na esquina da Rua Gonçalves Dias com a José<br />
Bonifácio (por muitos anos uma tapeçaria e<br />
hoje revenda de telefones celulares). Ali se iniciou<br />
a “Pharmacia Colombo”, até meados da<br />
década de 30, passando o estabelecimento<br />
para seu primo Cristóvão.<br />
Benevenuto Colombo em 1934,<br />
como presidente da ACIA<br />
Benevenuto com os pais Bárbara e<br />
Maximiliano e os filhos Álvaro e Marina<br />
Em 1934, Benevenuto e mais outros comerciantes<br />
da cidade, decidiram fundar uma<br />
espécie de sindicato para representar a classe<br />
empresarial em Araraquara. Fundaram então,<br />
a Associação Comercial e Industrial de Araraquara.<br />
Como militante político e empresário,<br />
enxergava a necessidade da criação desta<br />
associação.<br />
Do casamento com Leonilda, nasceram<br />
seis filhos: Álvaro, que faleceu antes de completar<br />
dois anos de vida, decorrente de uma<br />
doença desconhecida na época, Marina, Paulo,<br />
Nice, Carlos e Sônia.<br />
De acordo com Maria Auxiliadora Colombo<br />
Arnoldi, neta de Benevenuto, ele foi um exemplo<br />
na família. “Era sempre muito brincalhão e<br />
sorridente. Adorava as netas e eu na verdade<br />
me sentia a preferida dele”.<br />
Cristiana Arnoldi Ciomino é filha de Maria<br />
Auxiliadora e bisneta de Colombo. Ela se recorda<br />
dele com detalhes. “Ele era carinhoso<br />
comigo e com minha mãe. As únicas crianças<br />
que ele pegou no colo durante a vida fomos<br />
nós duas”, relembra.<br />
Antes de iniciar sua carreira de farmacêutico<br />
em Gavião, Colombo foi juiz de paz, subdelegado<br />
de polícia e subprefeito do distrito,<br />
hoje cidade. Sempre recebeu atenção das<br />
autoridades e era influente no local. Após começar<br />
com a carreira na política, Benevenuto<br />
não parou mais, sendo um dos fundadores da<br />
Acia. Por longos anos, foi também mesário da<br />
Santa Casa de Misericórdia.<br />
Na virada do século<br />
XIX, o casal Bárbara e<br />
Maximiliano Colombo<br />
com os filhos: Maria,<br />
Rosália, Tisbe, Luzia,<br />
Rosinha, Amábile,<br />
Benevenuto e Sofia.<br />
Maximiliano era um<br />
próspero fazendeiro<br />
na região de<br />
Araraquara.<br />
14<br />
Casa em Gavião Peixoto onde Benevenuto<br />
Colombo morou em 1923; lá ele manteve<br />
sua primeira farmácia