RCIA - ED. 107 - JUNHO 2014

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AH ESSE TEMPO QUE NÃO VOLTA MAIS Pio: “Olha eu aqui, na ponta” O Santana projetou nos anos 60 vários jogadores para times profissionais. Entre eles, Pio que atuou no Palmeiras e Pãina que jogou na Ferroviária. Muitos não seguiram carreira, porém, eram verdadeiros craques. A época dourada do futebol amador foi um marco para a cidade. Era como se fossem times da capital, alguns sem estádios, mas todos com torcida. A rivalidade se estendia entre os bairros: Vila Xavier com Palmeiras e Benfica; Carmo com Bangú e Estrela, por exemplo. O dia do jogo era sagrado para esses aficionados que nunca abandonavam o seu time. Ari Bacarini, ex-lateral esquerdo e direito do Santana nos anos 50, recorda dos confrontos diante do Estrela. “Os times do futebol amador eram rivais. Mas quando havia o jogo Santana x Estrela, a briga se tornava particular entre as torcidas. Os jogos eram disputados e as torcidas aguerridas assim como todos nós”, relembra. Além disso, conta de outro time rival que se impunha entre outros adversários. “Os jogos contra a Usina Tamoyo eram difíceis e quase impossível ganhar deles, principalmente quando aconteciam no campo deles”, declara Bacarini. Vice-campeão de 1979, Edimar Claro começou a carreira no gol embora com estatura baixa para um arqueiro. “Quando jogava futebol com os amigos, queria ficar na linha, mas por ser baixinho, sempre me colocavam no gol”. Jogador por seis anos do Santana, Claro destaca o time de 79 como o melhor em que já atuou. “Os jogadores eram muito técnicos. Marco Ira, Fogosa, Galinha, Zé Magrelo (irmão de Coca), Ferrarezi. Eles combinavam entre si que, quem desse balão durante a partida, seria substituído”, conta o ex-goleiro. Pãina: “Engraçado, eu também” Pio e Pãina relembram com muita saudade através das fotos, a alegria de terem jogado no Santana 1961: Urias Braga, Pãina, Zampieri, Oguri, Mala e Tadeu; Serginho, Zé Luiz, Adilson, Nenê Anão, Pio e Nêgo. O técnico era Tidão. Edmar, goleiro que passou pelo Santana, guarda com muito carinho em uma sala, as boas lembranças proporcionadas pelo futebol amador Na final contra a Usina Tamoyo, houve um lance durante o jogo, que poderia mudar a história. “A partida, estava empatada e, em um ataque, fizemos o gol. Os gols no Estádio Municipal eram, praticamente, colados na parede que separava a arquibancada. O chute foi tão forte que a bola entrou, bateu na parede e voltou. O bandeirinha correu para o meio-campo (validando o gol), só que o árbitro entendeu que a bola foi para fora e deu tiro de meta, anulando o gol e assumindo a responsabilidade do lance. Aquela bola entrou e muito (risos)”, recorda Claro. Na ocasião o time da Usina Tamoyo venceu por 3x2 com o Estádio Municipal lotado. Santana /1948 62
O Santana de todos os tempos Na década de 50 circulou pela cidade um álbum de figurinhas contendo os times do nosso futebol amador. O livreto apresentava os dados oficiais fornecidos pela liga araraquarense de futebol. Presidente Sr. Rogério Técnico Vice-Presidente Sr. Chiroma O Santana sempre foi um exemplo pela forma com que sua diretoria se aplicava. Realizou um importante trabalho social, servindo gente simples, meninos pés-no- chão que davam a vida pelo chute numa bola de capotão surrada. Pelo que fez, rendemos ao Santana nossas mais singelas homenagens. Por certo muitos desses atletas entraram para a nossa história e a figura de cada um merece ser lembrada pela coletividade. Fuca Alcides Dumão Nêgo Pinguim Fô Mendonça Caetano Lino Cita Tonhé Cavuco 1950: Pitu-Pitu, Salim, Valnei, Luiz, Tucão, Sardinha e Décio; Zinho, Carlito, Luquita, Roberto, Ricieri e Wilson 1952: Alcides, Bruno, Ari, Moacir, Zampieri e Negão; Fô, Canhoto, Tidinho, Geto e Cavuco 1954: Ari, Zampieri, Moacir, Bruno, Pinguim e Alcides; Lino, Canhoto, Tidinho, Geto e Cavuco 1960: Tito, Demá, Carvalho, Moacir, Vitoriano, Mapeli; Paraguaio, Carlito, Galo, Roberto e Padeirinho 1965: Evandro, Neno (Técnico), Serginho, Fermentão, Zé Roberto, Carneiro, Borba, Gueta e Dr. Crocci e Zeca Palito. Agachados: Edélcio, Dênis, Natalino, Paraguai, Nenê Anão e Serginho Telarolli 1979: Fogosa, Edimar, Sidnei, Nardinho, Marcos, Vadão e Leonardo Crocci Filho; Galinha, Zé Magrelo, Fi, Alfredinho e 63 Ferrarezi
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