RCIA - ED. 107 - JUNHO 2014

A profissão de instrutor é uma das mais procuradas atualmente
pela demanda de trabalho existente. Notadamente, os homens
são condutores que trabalharam como motoristas e migraram para
CFC’s por almejarem mais conforto na vida profissional, condutores
que apreciam o ensino ou ainda interessados no aperfeiçoamento
profissional na área de trânsito. A Lei que regulamentou a
profissão é a Lei N.º 12.302, de 2 de agosto de 2010.
O proprietário da Auto Escola Fonte, Eduardo
Borghi, está no ramo há 12 anos e diz que
a exigência foi do mercado. “Até uns cinco
anos atrás, eu relutava um pouco em ter uma
instrutora para dar aula, mas os clientes sempre
perguntavam se não tinha uma mulher
com quem eles pudessem ter as aulas, e foi
aí que contratei a primeira”. Borghi também
fala da sensibilidade feminina. “As mulheres
têm mais facilidade para trabalhar e mais jeito
para tratar os alunos. Não que os homens não
tenham, mas com as mulheres
é diferente e eles ficam
mais seguros. Desde então,
só tenho as instrutoras e eu,
que dou aula às vezes”.
A instrutora Fabiana Cincirarro
dá aulas há sete anos
e nos últimos três faz parte
do quadro de funcionários
da Auto Escola Fonte. Seu cunhado, irmão do
marido, fez o curso e a indicou para fazer também.
“Trabalhei cinco anos em uma autoescola
e há três estou aqui. Eu me encontrei na profissão
e não sei se faria outra coisa”. Fabiana
diz nunca ter sofrido preconceito de alunos. “O
preconceito, no início, foi dos próprios instrutores.
Mas não há como negar, a mulher tem
mais paciência para ensinar”. Além de aulas
de carro, Fabiana também dá aulas de moto.
Um de seus alunos, Samuel Durval, resolveu
tirar sua CNH só com 30 anos. “Estou
fazendo um curso, e tem a necessidade da
carteira, então resolvi tirar só agora. Não tinha
tanto interesse antes e quando fui até a autoescola,
o próprio Eduardo (proprietário) me
indicou a Fabiana e iniciamos as aulas. Ela ensina
muito bem e está sendo ótimo”, finaliza.
Futuros motoristas praticam a baliza em
frente a Arena
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