RCIA - ED. 107 - JUNHO 2014
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ÍNDICE<br />
Artigos<br />
Cidade<br />
05 | Da redação Sônia Maria Marques pinta 20 | Instrutora de Autoescola<br />
o retrato do Brasil em tempos de crise<br />
Mulheres no volante? Elas ensinam a<br />
07 | Editorial Ivan Roberto Peroni<br />
dirigir e são procuradas no mercado de<br />
A sugestão é de que a situação da CTA deve<br />
trabalho em Araraquara<br />
ser discutida por profissionais do setor e não 28 | Visita Governador Geraldo Alckmin<br />
por políticos. Muito palpite em hora errada.<br />
traz a pedido do deputado Massafera,<br />
36 | Pesquisa Jaime Vasconcellos<br />
quase R$ 34 milhões em obras para a cidade<br />
- Indústria da transformação é quem está 34 | Recordação Nas noites de Araraquara<br />
garantindo mais emprego na cidade<br />
O Barril se transformava num pedaço do céu<br />
37 | Jurídico Thaís Costa Domingues<br />
40 | Homenagem O outro lado da vida de<br />
Interessante artigo sobre “a dispensa por<br />
Joacyr Braghini que partiu em maio: a família<br />
e a AABB<br />
justa causa” nas empresas<br />
Vilacopos, 25 anos<br />
Capa<br />
Vilacopos<br />
Loja especializada em<br />
produtos descartáveis<br />
e artigos para festas<br />
comemora 25 anos em<br />
junho. A empresa é um<br />
orgulho para o comércio<br />
da cidade.<br />
PÁG. 10<br />
História<br />
12 | ACIA, 80 anos depois Documentos mostram<br />
as razões que levaram os empresários de 34 a se<br />
reunirem para a fundação de uma entidade de classe<br />
Economia<br />
22 | Tributos O tributarista Roberto<br />
Mateus Ordine discorre sobre o fim da<br />
substituição tributária em nosso país<br />
30 | Smartphone No ano passado<br />
as vendas em Araraquara cresceram<br />
123%. Maravilha!<br />
32 | Programa Empreender<br />
Foi lançado em Araraquara pela<br />
ACIA e o SEBRAE para atender<br />
Minimercados, Confecções<br />
(vestuário) e Material de Construção<br />
Política nas escolas<br />
55 | Parlamento Jovem<br />
A vereadora Edna Martins retoma o antigo projeto<br />
com o objetivo de politizar alunos nas escolas de<br />
Araraquara<br />
Equoterapia<br />
52 | No trote do cavalo<br />
O jornalista Jean Cazellotto acompanhou<br />
em maio a chamada “terapia sobre cavalos”<br />
realizada na Hípica e no Pinheirinho para<br />
fortalecer o equilíbrio de crianças com<br />
dificuldade de andar e falar<br />
Fernanda Brilhante, na Equoterapia<br />
PÁG. 52<br />
Sindicato Rural<br />
45 | O e-Social Na prática como é que ele<br />
vai funcionar entre os produtores rurais<br />
46 | O jovem agricultor rural Um<br />
projeto do Senar e do Sindicato Rural<br />
Roberta Spagnuolo<br />
fala bem do produto<br />
PÁG. 68<br />
Arquitetura & Construção<br />
56 | Casa Cor Goiás<br />
Veja as tendências que acabam<br />
de acontecer numa das mais<br />
importantes mostras de arquitetura<br />
e design no país<br />
Edna Martins, como pré-candidata a deputada federal visita a RCI<br />
Edna Martins e Ivan Roberto Peroni<br />
Atual vereadora, Edna Martins tem em sua vida uma história de lutas pautada<br />
pelo trabalho, respeito e o carinho pela comunidade. Recebida no final de<br />
maio em nossa redação pelo diretor da “Comércio & Indústria”, o jornalista<br />
Ivan Roberto Peroni e demais profissionais que integram a revista, Edna não<br />
nos surpreendeu por sua atenciosidade e a forma transparente e responsável<br />
com que avalia o atual cenário político de Araraquara. Por sua formação (socióloga)<br />
pondera nas suas colocações, observa a necessidade do município ter<br />
sua representatividade na Câmara Federal após a saída de Dimas Ramalho,<br />
hoje ocupando outra função, e, se mostra perfeitamente segura ao papel que<br />
terá para nos representar em Brasília. Com tanto “paraquedista” caindo na<br />
cidade em busca de votos, é fundamental que pensemos em escolher alguém<br />
que seja nosso para que não tenhamos no futuro, que lamentar e mendigar<br />
benefícios a quem, na maioria das vezes, nem sabe onde estamos e o que<br />
precisamos para a nossa terra.<br />
TUDO<br />
MUDOU<br />
Aproximadamente<br />
1,3 mil<br />
araraquarenses<br />
com mais de 70<br />
anos continuam<br />
a trabalhar, mesmo<br />
com a chegada<br />
da aposentadoria, segundo<br />
aponta o Censo de 2010, do Instituto<br />
Brasileiro de Geografia e Estatística<br />
(IBGE). O dado representa 11%<br />
do total de habitantes dessa faixa<br />
etária (13.825 pessoas).<br />
4
Futebol Amador<br />
59 | Santana Futebol Clube<br />
Poderia ele ser chamado de “o amado<br />
mestre” pela dedicação e amor ao nosso<br />
esporte. Leonardo Crocci Filho aparece<br />
na reportagem de Rafael Zocco, mostrando<br />
os anos dourados do nosso futebol amador<br />
Documento<br />
66 | Samuel Brasil Bueno<br />
O historiador optou em falar de<br />
Paulo Elias Antônio, que por mais<br />
de 20 anos presidiu a CTA<br />
Saúde<br />
68 | Estado de alerta<br />
Whey protein é um suplemento<br />
de proteína proibido nas academias<br />
da cidade<br />
72 | Gastronomia Onde comer bem<br />
e sem culpa? Melancia, bem no centro<br />
da cidade é uma ótima opção<br />
Variedade<br />
75 | Em foco<br />
Os fatos e as pessoas que circulam<br />
em eventos da cidade<br />
82 | Luiz Carlos Bedran Nosso<br />
colunista escolheu um tema que<br />
o leitor vai gostar: “Junho”, mês de festa<br />
junina, Santo Antônio e Copa do Mundo<br />
Já neste começo de mês,<br />
as festas juninas começam a<br />
pipocar por todos os cantos.<br />
Uma das mais tradicionais é<br />
a de Santo Antônio (até o dia<br />
13), numa agradável mistura<br />
de quermesse com o reencontro<br />
dos moradores da<br />
Vila Xavier. Só que a festa se<br />
globalizou: agora toda Araraquara<br />
participa.<br />
Da mesma forma, outras igrejas<br />
acendem suas esperanças em<br />
busca de recursos provenientes da<br />
gastronomia: São José (18, 19 e 20),<br />
embora não sendo santo do meio<br />
entra na rota com o consentimento<br />
de Antônio, João e Pedro. São Geraldo,<br />
também vai no embalo (6 e 7),<br />
fazendo sua quermesse para garantir<br />
o faturamento e sustentação de<br />
suas obras sociais. A novidade fica<br />
por conta de duas santas: Nossa Senhora<br />
das Graças (13 e 14) e Nossa<br />
Senhora Aparecida (27, 28 e 29).<br />
O que na verdade chama a<br />
atenção do público é que, fugindo<br />
às bençãos juninas derramadas<br />
pelas igrejas neste período, só uma<br />
festa se apresenta fora do cenário<br />
religioso: é o Arraiá da Bondade,<br />
organizada pela APAE e cujo perfil<br />
Leonardo Crocci Filho,<br />
presidente do Santana<br />
PÁG. 48<br />
Fé em Deus e pé na tábua<br />
de solidariedade se multiplica ano<br />
após ano para favorecer uma causa<br />
plenamente justa: o tratamento que<br />
a entidade se vê quase que obrigada<br />
a dispensar para crianças que apresentam<br />
algum tipo de deficiência física.<br />
É justo que exista a cooperação<br />
da sociedade em todos os eventos,<br />
comendo, bebendo, se divertindo<br />
enfim.<br />
Se as instituições religiosas têm<br />
a necessidade desse apelo para<br />
desenvolver suas ações sociais ou<br />
reforma dos templos, merecendo<br />
ajuda, logo a festa junina da APAE<br />
apresenta um outro tipo de necessidade,<br />
que é conquistar recursos para<br />
socorrer quem padece duas ou mais<br />
vezes ao longo da sua existência.<br />
Importante é que todos estão envolvidos<br />
pela religiosidade ou solidariedade,<br />
trabalhando convictos de que, em<br />
assim agindo o mundo será melhor.<br />
DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />
REVISTA<br />
Sônia Maria Marques<br />
Em tempos de crise,<br />
futebol e eleições<br />
Da crise moral e econômica que vem assolando o país, não há<br />
como ficar alheio às situações vividas nas grandes cidades, como<br />
as que têm ocorrido ultimamente. Parte da população se revolta<br />
e coloca nas ruas, os movimentos que já se tornaram frequentes,<br />
sejam por moradias, com pessoas reivindicando propriedades<br />
para se instalarem, outros, porque houve aumento da tarifa de<br />
ônibus, outra parte porque não houve majoração salarial (motoristas<br />
de ônibus) deixando os grandes centros, no caos. Há também,<br />
os que protestam pela realização da Copa do Mundo. São tantas<br />
as mobilizações em que a população descontente toma parte que<br />
devemos perguntar: “Como será daqui pra frente?”.<br />
O nosso ‘’país tropical abençoado por Deus’’ está a cada<br />
dia, às voltas com um novo problema e a cada manifestação da<br />
população, há o embate contra o governo – municipal, estadual,<br />
federal, resultando em desgastes de ambos os lados.<br />
Hoje, o que se vê, são lojistas, empresas e muitos outros<br />
setores colocando o pé no breque para poderem atravessar esse<br />
período plenamente maquiado, sem perspectivas ainda, se no<br />
futuro, as coisas poderão voltar à normalidade, o que nos parece<br />
um pouco difícil.<br />
A maioria da população tem na ponta da língua a frase ‘’deixa...<br />
depois da Copa vêm as eleições”, mas o que temos visto,<br />
é que, depois das eleições, tudo continuará igual, pois quer nos<br />
parecer que os políticos se perderam pelo caminho e a eles só<br />
resta uma solução: recolocar o ser humano como meta prioritária.<br />
<strong>ED</strong>IÇÃO N°<strong>107</strong> - <strong>JUNHO</strong> / <strong>2014</strong><br />
Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni<br />
Supervisora Editorial: Sônia Marques<br />
Redação: Rafael Zocco, Jean Cazellotto<br />
Depto. Comercial: Gian Roberto, Silmara Zanardi,<br />
Marcos Assumpção, Marcello Furtado, Roseli Carvalho<br />
Design: Mário Francisco, Carolina Bacardi,<br />
Fernando Oprime, Bete Campos<br />
Tiragem: 5 mil exemplares<br />
Impressão: Grafinew - (16) 3322-6131<br />
A Revista Comércio & Indústria é distribuida gratuitamente<br />
em Araraquara e região<br />
INFORMAÇÕES ACIA: (16) 3322 3633<br />
COORDENAÇÃO, <strong>ED</strong>ITORAÇÃO, R<strong>ED</strong>AÇÃO E PUBLICIDADE<br />
Fone/Fax: (16) 3336 4433<br />
Rua Tupi, 245 - Centro<br />
Araraquara/SP - CEP: 14801-307<br />
marzo@marzo.com.br<br />
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<strong>ED</strong>ITORIAL<br />
CTA: melhor será se os políticos<br />
estiverem fora do seu futuro<br />
A atual situação financeira da Companhia Tróleibus<br />
Araraquara desenhada pela sua administração, quer nos<br />
parecer bem mais grave que a pintura feita. Não é de hoje<br />
que a empresa caminha insegura buscando alternativas<br />
que possam lhe dar de volta uma vida saudável, mas,<br />
deparando com a severidade das leis e ações bem mais<br />
políticas que administrativas ou técnicas, a CTA está mergulhada<br />
em crise pautada por erros, falhas e até mesmo<br />
mazelas que há muitos anos tornam a companhia quase<br />
inviável. Pelo menos é o apontamento que se faz, agora<br />
que a discussão em torno da venda de suas linhas para a<br />
iniciativa privada ganha acelerada dimensão.<br />
Verdade seja dita: não somos especialistas em transporte<br />
coletivo e nem temos essa pretensão, contudo é<br />
nosso dever e quase obrigação evitar que uma empresa<br />
de passado digno e honrado fique exposta à ingerência e<br />
disputa política. Estes que discutem sobre o que fazer com<br />
a CTA já tiveram a oportunidade de mostrar se a companhia<br />
nos moldes antigos ou atuais é viável ou não. Se no<br />
momento o estado da CTA é pré-falimentar, a coerência<br />
indica que algum caminho deve ser buscado o mais rápido<br />
possível. Não há, neste caso, como contestar a iniciativa<br />
do seu presidente Silvio Prada, que sugere a adoção de<br />
medidas urgentes.<br />
Ora, o surgimento de políticos “palpitando” que a CTA<br />
é lucrativa ou então uma fonte inesgotável de recursos para<br />
um transporte coletivo com alto padrão de qualidade, tem<br />
passado da conta. A discussão não deveria ser dessa forma.<br />
O encaminhamento de sugestões ou soluções deveria<br />
vir através de técnicos ou profissionais que vivem única e<br />
exclusivamente de procedimentos executados no setor. O<br />
jornalista não vai se envolver em questões médicas, um<br />
produtor rural não extrairá o dente de<br />
ninguém, da mesma forma o político<br />
- prefeitos e vereadores - devem passar<br />
um “zíper na boca” e deixar que o<br />
caso CTA seja discutido por entendidos<br />
do setor.<br />
Curioso é que muitos dos que falam em preservação, jamais se<br />
preocuparam em manter a história da companhia e do tróleibus<br />
mesmo que em uma pequena linha como fonte de turismo<br />
Há um lado que busca uma reestruturação pontuada pela<br />
modernidade, no caso conceder as linhas para uma empresa<br />
privada, tornando-se uma agência reguladora; há o outro que<br />
mergulha seu conservadorismo por entender que a CTA é um<br />
patrimônio da cidade e como tal deve ser preservado. Neste<br />
contexto, se voltarmos ao passado, está a retirada dos cabos e<br />
rede de energia elétrica que moviam os antigos tróleibus (vendidos<br />
de maneira barata), sem a preocupação na época de<br />
que pelo menos uma das linhas, mesmo que pequena, fosse<br />
mantida para preservar o passado e se transformar em atração<br />
para pequenos passeios como acontece em inúmeras cidades<br />
da Europa. Ninguém contestou. Aliás, não é de hoje que pouco<br />
ou quase nenhum valor tem se dado à conservação dos bens<br />
públicos e históricos no município. Nos últimos 30 anos, páginas<br />
da nossa história foram trituradas pela inabilidade política<br />
de maneira geral.<br />
Ao prever o destino da CTA, o prefeito Marcelo Barbieri demonstra<br />
bom senso; se futuramente a decisão dos conselheiros<br />
da companhia for pela contratação de auditores e profissionais<br />
que indiquem soluções confiáveis - melhor ainda. Se a alternativa<br />
é negociar as linhas com a certeza de bons frutos que se faça<br />
urgentemente, exigindo-se que a população tenha transporte<br />
coletivo de alto nível, como o existente em cidades médias do<br />
nosso Estado.<br />
Para o usuário da CTA que se abstém da discussão pela<br />
descrença na classe política, pouco importa se a linha será pública<br />
ou privada: ele quer qualidade, conforto e segurança na<br />
prestação do serviço. Mas, para que isso aconteça, é imprescindível<br />
que ocorra a compreensão de todos permitindo que<br />
os especialistas assumam essa discussão. Já não se pode mais<br />
confundir a CTA como porto a ancorar os anseios de oportunistas<br />
ávidos em dela tirar proveito.<br />
7
FESTIVAL DE PRÊMIOS<br />
Lojistas enaltecem promoção<br />
da ACIA e SINCOMERCIO<br />
Cerca de 100 mil raspadinhas<br />
no dia 30 de abril começaram a<br />
circular no comércio da cidade<br />
premiando o consumidor que<br />
comprasse nas lojas que<br />
aderiram à promoção Raspou,<br />
Achou, Ganhou. A campanha se<br />
encerra no Dia dos Namorados.<br />
12 de junho. Esta é a data limite para que<br />
os consumidores de Araraquara e região possam<br />
ser contemplados com R$ 50 ou R$ 100.<br />
Os valores estão sendo distribuídos desde 30<br />
de abril quando ocorreu a abertura da promoção<br />
Raspou, Achou, Ganhou, organizada pela<br />
ACIA e SINCOMERCIO visando a ampliação<br />
das vendas e o fortalecimento do comércio<br />
local, por ocasião do Dia das Mães e Dia dos<br />
Namorados.<br />
Para Antônio Deliza Neto, a parceria tem a<br />
intenção de premiar o consumidor através de<br />
um prêmio instantâneo. “Começou no dia 30<br />
de abril para atingir o Dia das Mães e termina<br />
em 12 de junho envolvendo o Dia dos Namorados,<br />
duas datas importantes do calendário<br />
anual do nosso comércio”, disse Deliza.<br />
Muitos clientes já foram premiados nas lojas<br />
que aderiram à campanha, o que valoriza<br />
a iniciativa e prioriza o consumidor a comprar<br />
no comércio local. Até o Dia dos Namorados<br />
ainda existe a chance de muitos serem premiados<br />
pois são R$ 40 mil reais em prêmios<br />
(600 premiados).<br />
De acordo com o regulamento, o cliente<br />
tem direito a um vale-brinde a cada compra<br />
efetuada. O próprio estabelecimento comercial<br />
determina o valor ou condições para que<br />
o consumidor tenha acesso à raspadinha. Nas<br />
Supermercado 14 na promoção<br />
Drogarias, o vale-brinde é válido para efeito de<br />
troca apenas em produtos de higiene pessoal<br />
e perfumarias.<br />
O presidente da ACIA, Renato Haddad, diz<br />
que movimento deste porte une a classe em<br />
torno de melhores vendas: “Temos consciência<br />
de que vivemos um período atípico em função<br />
da Copa do Mundo e também eleições,<br />
onde alguns setores são atingidos. O papel<br />
da ACIA e do SINCOMERCIO é promover ações<br />
isoladas despertando a atenção do consumidor”,<br />
completa.<br />
A campanha colocou no comércio local<br />
cerca de 100 mil raspadinhas ou vale-prêmios,<br />
número considerável, assegura Renato<br />
ao agradecer a participação de dezenas de<br />
empresas interessadas em aumentar suas<br />
vendas e principalmente, tornar a cidade um<br />
pouco mais atraente neste período.<br />
Até o dia 12 deste mês,<br />
o consumidor pode<br />
comprar nas lojas<br />
conveniadas à<br />
promoção. A Neide<br />
Calçados no Shopping<br />
Lupo também participa<br />
da campanha da ACIA<br />
e do SINCOMERCIO<br />
8
9
MATÉRIA DE CAPA<br />
Diretores e colaboradores em frente à loja, agradecidos pela confiança da comunidade ao trabalho da Vilacopos<br />
Show de prêmios em junho<br />
marca os 25 anos da Vilacopos<br />
Andrelino Alves Pinto Filho e seus<br />
filhos José Luiz e Paulo André<br />
têm muito a comemorar neste<br />
mês em que a casa se veste de<br />
festa junina: o aniversário da<br />
Vilacopos, que pelo seu perfil<br />
ético e de carinho para com os<br />
consumidores, se tornou numa<br />
das mais conceituadas lojas de<br />
descartáveis e artigos para festa.<br />
Para festejar mais um ano de fundação<br />
da Vilacopos, Paulo André Alves Pinto quer<br />
presentear os seus clientes com o sorteio de<br />
prêmios em junho e julho. Segundo ele, é uma<br />
forma de retribuir a fidelização que se formou<br />
durante os 25 anos da empresa já consolidada<br />
no mercado.<br />
“A loja cresceu muito e isso se deve ao consumidor<br />
que sempre procuramos atender com<br />
muito carinho, seguindo o que foi traçado pelo<br />
nosso pai - Andrelino, a partir de primeiro de<br />
junho de 1989”, acrescenta José Luiz que com<br />
o irmão Paulo, hoje administram a Vilacopos,<br />
que começou num pequeno espaço de 300m²<br />
com vendas no atacado e varejo com produtos<br />
descartáveis e artigos para festa. Atualmente<br />
são mais de 800m² em uma área total de<br />
2.600m² já se prevendo o futuro da empresa.<br />
A fixação da marca Vilacopos está em<br />
cada evento que se organiza na cidade: “O diferencial<br />
da nossa loja está na qualidade dos<br />
produtos, nos preços e no atendimento que<br />
realizamos através da convivência que temos<br />
com nossa clientela; é importante manter este<br />
10<br />
vínculo, receber o consumidor e torná-lo cada<br />
vez mais próximo da Família Vilacopos”, assegura<br />
Paulo André. De fato, este perfil familiar<br />
pode ser observado quase que diariamente pois<br />
quem for à loja, certamente encontrará a figura<br />
sempre saudável do seu fundador - Andrelino Alves<br />
Pinto Filho, a relembrar fatos que pontuam a<br />
fundação da empresa, como por exemplo a entrega<br />
do Prêmio Barão de Mauá, através da Gazeta<br />
Mercantil em 1998 e do Caderno Por Conta<br />
Própria. De 800 participantes, a Vilacopos ficou<br />
entre os 10 melhores, o que se tornou um orgulho<br />
para o comércio da cidade na época.<br />
É importante destacar também<br />
que todo trabalho feito na<br />
Vilacopos tem a efetiva participação<br />
de Sandra (esposa de Paulo)<br />
e Cidinha, sempre voltadas para<br />
o bom atendimento da loja.<br />
José Luiz e sua esposa<br />
Cidinha, Andrelino e Paulo.<br />
Trabalho pautado pela<br />
união familiar, respeito e<br />
atenciosidade ao cliente,<br />
formando uma história no<br />
comércio da cidade
Ao completar 25 anos de existência, a Vilacopos mantém o<br />
privilégio de ser uma das lojas líderes pelos produtos que<br />
oferece e fáceis de serem encontrados em seus corredores<br />
bem distribuídos<br />
A premiação se transformou num estímulo<br />
para novos investimentos principalmente<br />
em artigos para festa, onde os consumidores<br />
encontram tudo que precisam em um mesmo<br />
lugar: doces, guloseimas, chocolates, confeitos,<br />
velinhas, convites variados, embalagens descartáveis,<br />
e também uma linha completa de enfeites<br />
e adereços para aniversários, casamentos,<br />
formaturas, confraternizações e outros eventos.<br />
O atendimento é diferenciado, com 50<br />
funcionários treinados. “Não importa o tamanho<br />
da festa. Nós garantimos a qualidade<br />
dos produtos usados para que a pessoa possa<br />
ter uma comemoração inesquecível. Nós<br />
personalizamos seu pensamento, sua ideia”,<br />
garante Paulo André, que ressalta o sucesso<br />
das festas temáticas, como a Festa de Boteco,<br />
Festa dos Anos 70 e 80, Halloween e outras.<br />
Presentes em todo tipo de comemoração,<br />
além dos copos, pratinhos e muitos outros itens<br />
descartáveis que são ótimas opções para servir<br />
uma grande quantidade de convidados, a<br />
Vilacopos tem toda a linha de descartáveis de<br />
DIA DOS NAMORADOS E FESTAS JUNINAS<br />
Para 12 de junho, o Dia dos Namorados,<br />
a Vilacopos oferece diversas cestas de<br />
acordo com o gosto do cliente. “Montamos<br />
as cestas a partir do valor que a pessoa pretende<br />
gastar. Desde as mais caras às mais<br />
simples, porém não menos atrativas e bonitas”,<br />
explica José Luiz.<br />
A montagem das cestas se dá também<br />
em datas como o Dia das Mães, Natal, Dia<br />
dos Pais, Dia das Crianças ou então num café<br />
da manhã. O atendimento dos serviços se faz<br />
para hotéis, bares, restaurantes, rotisseries,<br />
sorveterias e empresas (principalmente no<br />
final do ano com as cestas natalinas). A loja<br />
para diferenciar os pedidos, utiliza diversas<br />
embalagens desde papéis até caixas, de vários<br />
tamanhos, formatos e desenhos.<br />
Com a chegada das festas juninas e<br />
julinas, a loja disponibiliza produtos para<br />
a decoração como bandeirinhas, balões,<br />
painéis, enfeites de mesa, estalinhos para as<br />
crianças, de acordo com a legislação, doces<br />
como pé-de-moleque, paçoca e ingredientes<br />
para o preparo das demais gostosuras<br />
da época. Na verdade, a Vilacopos consegue<br />
com seus produtos e adereços, preservar<br />
e resgatar a tradição das festas juninas<br />
e julinas, mantendo sempre acesa essa chama<br />
de alegria e felicidade. “Trabalhamos<br />
de forma carinhosa<br />
com datas consideradas<br />
tradicionais<br />
pelos brasileiros; isso<br />
representa um orgulho,<br />
pois temos que<br />
deixar para outras<br />
gerações o que os<br />
nossos pais nos ensinaram<br />
e mostraram<br />
em nossa infância”, conclui José Luiz.<br />
Além disso, a Vilacopos mantém em sua<br />
loja, uma sala própria para a realização de<br />
cursos, com professores das próprias marcas<br />
(da qual está sendo dado o curso), como<br />
os de chocolates (truffas, ovos de páscoa),<br />
da Garoto, Harald, Mavalerio, Sicao; cursos<br />
de bolos (farinha Nita). Os cursos são para<br />
pessoas que querem aprender o básico e<br />
também para quem quer se aprimorar, pois<br />
terão assim uma fonte de renda extra.<br />
alumínio especial para festas (inclusive para<br />
assados) nas decorações de final de ano. No<br />
final de cada festa ou evento, independente do<br />
número de convidados, chega a hora de deixar<br />
tudo limpo e em ordem, e a Vilacopos, na linha<br />
de limpeza apresenta um mix de produtos que<br />
ajudam não só nessas ocasiões, mas também<br />
no dia a dia de casas e empresas.<br />
A loja é de fácil localização e possui um<br />
ambiente amplo, agradável, com produtos dispostos<br />
a facilitar as compras e estacionamento.<br />
O horário de funcionamento é de segunda<br />
a sexta-feira das 8h às 19h e aos sábados das<br />
8h às 18h.<br />
11<br />
ATENDIMENTO VILACOPOS<br />
Rua Rui Barbosa, 1050 - Vila Xavier<br />
Fone: (16) 3301 2600
DOCUMENTO<br />
Proposta da ACIA era<br />
anular alta dos impostos<br />
1934. Araraquara ainda<br />
respirava o clima tenso da<br />
Revolução de 1932 ou Guerra<br />
Paulista, movimento armado em<br />
nosso Estado para derrubar o<br />
Governo Provisório de Getúlio<br />
Vargas e a promulgação de uma<br />
nova constituição para o Brasil.<br />
Foi em meio a esta tempestade<br />
que nasceu a ACIA, com o<br />
objetivo de também protestar<br />
pela elevação dos impostos logo<br />
que Armando Sales de Oliveira<br />
foi nomeado Interventor no<br />
Estado de São Paulo.<br />
Terminada a Revolução Constitucionalista<br />
de 1932 em 4 de outubro, após 87 dias de<br />
combate, o presidente Getúlio Vargas buscando<br />
ficar bem com São Paulo que se rebelara<br />
contra a ditadura da época, aceitou indicar<br />
A Loja Árabe Barateira, de João Nemer<br />
Matuk, funcionava ao lado da União Syria,<br />
na Rua São Bento, n° 37, nos anos 30<br />
* Reportagem baseada em<br />
dados extraídos da Ata de<br />
Fundação da Associação<br />
Comercial e Industrial de<br />
Araraquara<br />
um paulista para ser o Interventor no próprio<br />
Estado. Assim, Armando Sales de Oliveira, engenheiro<br />
e político brasileiro, graduado pela<br />
Escola Politécnica de São Paulo, se tornou interventor<br />
federal entre 21 de agosto de 1933<br />
a 11 de abril de 1935 e governador (eleito<br />
pela Assembleia Constituinte) de 11 de abril<br />
de 1935 a 29 de dezembro de 1936. Com a<br />
promulgação da nova Constituição de 1934,<br />
Sales de Oliveira foi eleito governador pela<br />
Constituinte, permanecendo no cargo até o<br />
final de 1936.<br />
Envolvida por este foco é que surgiu a Associação<br />
Comercial e Industrial de Araraquara,<br />
a convite da Associação Comercial de São<br />
Paulo para engrossar os protestos contra a elevação<br />
dos impostos no Estado de São Paulo.<br />
Consta que havia a necessidade do governo<br />
paulista em restabelecer o caixa após a revolução,<br />
medida que desagradou os empresários<br />
da época, que não estavam ainda refeitos dos<br />
impactos causados pela crise da cafeicultura<br />
no Brasil.<br />
Assim, no dia 16 de junho de 1934 foi realizada<br />
uma reunião preliminar com o objetivo<br />
de ser estudada a possibilidade de se fundar a<br />
associação. O encontro dos empresários, cerca<br />
de 18, aconteceu na União Syria de Araraquara,<br />
na Rua São Bento, n° 37. Ficou decidido<br />
que a ACIA seria fundada e que cada um dos<br />
participantes deveria levar dois ou mais comerciantes<br />
ao encontro.<br />
Curiosamente, a fundação da ACIA no dia<br />
30 de junho tornou-se histórica pelo seu palavreado,<br />
até mesmo com ares de nostalgia:<br />
Heitor de Souza Pinheiro era o prefeito de<br />
Araraquara no período de fundação da<br />
ACIA. Na época já fazia parte do nosso<br />
comércio a concessionária Chevrolet tendo<br />
à frente Graciano R. Affonso que se tornou<br />
a primeira associada da ACIA (1934). A<br />
empresa funcionava em anexo ao posto<br />
de gasolina na Rua São Bento esquina<br />
da Avenida Brasil<br />
“Numa noite fria, mais exatamente<br />
em 30 de junho, um grupo formado<br />
de 52 empresários se reuniu na sede<br />
da lendária sociedade União Syria,<br />
localizada na época na rua São Bento,<br />
n° 37, para fundar uma Associação<br />
Comercial. Em assembleia geral, uma<br />
comissão provisória definiu que no dia<br />
7 de julho do mesmo ano, seria eleita<br />
a primeira diretoria”.<br />
Nesta noite de 30 de junho, durante a<br />
assembleia, o comerciante José do Amaral<br />
Sampaio pediu a palavra e sugeriu que fosse<br />
formada uma comissão para elaboração dos<br />
estatutos. Benevenuto Colombo, o escolhido<br />
para presidir a ACIA dentro de uma comissão<br />
provisória, designou o próprio Sampaio e mais<br />
João Vieira Fernandes e Domingos Lia para<br />
que na assembleia de posse da diretoria no<br />
dia 7 de julho, apresentassem o estatuto da<br />
entidade. E foi o que aconteceu.<br />
Como Benevenuto estava presidindo a<br />
ACIA provisoriamente, foi preciso se proceder<br />
a eleição para a escolha da primeira diretoria<br />
e indicado pela maioria - em votação secreta<br />
12
O interventor e governador Armando Sales<br />
de Oliveira criticado na época pela alta dos<br />
impostos, motivando a criação de novas<br />
associações comerciais no Estado<br />
- ele obteve 31 votos; seu amigo Herculano<br />
Oliveira, também farmacêutico, ficou como<br />
primeiro secretário com 35 votos. Eleita, a diretoria<br />
tomou posse uma semana depois, 14<br />
de julho.<br />
Em 1935 é que os reais motivos da fundação<br />
da ACIA surgiram: como entidade forte<br />
na região e uma das primeiras associações<br />
comerciais de São Paulo, a finalidade estava<br />
clara. Ela surgira para engrossar os protestos<br />
contra o Governo do Estado que havia majorado<br />
os impostos de forma abusiva. Na reunião<br />
de 13 de março de 1935, por exemplo, o empresário<br />
Miguel Haddad chegou a sugerir que<br />
os comerciantes de Araraquara deixassem de<br />
recolher os impostos até que o Estado se manifestasse.<br />
Valeriano Alvarez contestou e disse<br />
que melhor seria formar uma comissão que<br />
coletaria assinaturas dos comerciantes para<br />
entrar com uma representação contra a Secretaria<br />
da Fazenda.<br />
Na comissão, além de Valeriano, estavam<br />
os empresários Ferrúcio Mione, Raphael Logatti,<br />
Antônio Deliza e José Fernandes Goes,<br />
que algumas semanas depois encaminharam<br />
o documento com as assinaturas para o Secretário<br />
Estadual da Fazenda pedindo a anulação<br />
do ato de majoração dos impostos. Como<br />
um filme a ser visto 80 anos depois, o pedido<br />
foi negado. Na época chegou a ser discutida<br />
a ideia do fechamento do comércio por algum<br />
tempo para pressionar o governo, o que não<br />
foi aceito.<br />
13
HISTÓRIA<br />
Como era Benevenuto Colombo,<br />
fundador e presidente da ACIA<br />
Benevenuto Colombo tinha um<br />
perfil diferenciado em relação<br />
aos padrões da época. A vida<br />
profissional o levara a isso e a<br />
diferença em relação aos outros<br />
comerciantes estava na visão<br />
empresarial, na coragem de<br />
investir, o que transmitia elevada<br />
dose de confiança e liderança.<br />
Tais características lhe deram a<br />
oportunidade de ser fundador e<br />
primeiro presidente da ACIA.<br />
Benevenuto Colombo nasceu em 06 de<br />
outubro de 1891, em Bariri (90 quilômetros de<br />
Araraquara). Era o único filho, juntamente com<br />
mais seis filhas de Bárbara Bonatelli Colombo<br />
e Maximiliano Colombo. Mudou-se para Jaú<br />
ainda adolescente, para ajudar um amigo de<br />
seu pai em uma farmácia. Casou-se em 1920,<br />
no então distrito de Gavião Peixoto, com Leonilda<br />
Rubino. Alguns anos depois, em 1922,<br />
concluiu o curso de farmácia na primeira turma<br />
da faculdade, em Pindamonhangaba, no<br />
Vale do Paraíba.<br />
Colombo, como era conhecido, juntamente<br />
com seu pai, foram até Gavião Peixoto, onde<br />
compraram uma farmácia para começar seu<br />
próprio negócio. Em 1926, fechou o estabelecimento<br />
no distrito e mudou-se para Araraquara,<br />
onde abriu a primeira farmácia da cidade,<br />
na esquina da Rua Gonçalves Dias com a José<br />
Bonifácio (por muitos anos uma tapeçaria e<br />
hoje revenda de telefones celulares). Ali se iniciou<br />
a “Pharmacia Colombo”, até meados da<br />
década de 30, passando o estabelecimento<br />
para seu primo Cristóvão.<br />
Benevenuto Colombo em 1934,<br />
como presidente da ACIA<br />
Benevenuto com os pais Bárbara e<br />
Maximiliano e os filhos Álvaro e Marina<br />
Em 1934, Benevenuto e mais outros comerciantes<br />
da cidade, decidiram fundar uma<br />
espécie de sindicato para representar a classe<br />
empresarial em Araraquara. Fundaram então,<br />
a Associação Comercial e Industrial de Araraquara.<br />
Como militante político e empresário,<br />
enxergava a necessidade da criação desta<br />
associação.<br />
Do casamento com Leonilda, nasceram<br />
seis filhos: Álvaro, que faleceu antes de completar<br />
dois anos de vida, decorrente de uma<br />
doença desconhecida na época, Marina, Paulo,<br />
Nice, Carlos e Sônia.<br />
De acordo com Maria Auxiliadora Colombo<br />
Arnoldi, neta de Benevenuto, ele foi um exemplo<br />
na família. “Era sempre muito brincalhão e<br />
sorridente. Adorava as netas e eu na verdade<br />
me sentia a preferida dele”.<br />
Cristiana Arnoldi Ciomino é filha de Maria<br />
Auxiliadora e bisneta de Colombo. Ela se recorda<br />
dele com detalhes. “Ele era carinhoso<br />
comigo e com minha mãe. As únicas crianças<br />
que ele pegou no colo durante a vida fomos<br />
nós duas”, relembra.<br />
Antes de iniciar sua carreira de farmacêutico<br />
em Gavião, Colombo foi juiz de paz, subdelegado<br />
de polícia e subprefeito do distrito,<br />
hoje cidade. Sempre recebeu atenção das<br />
autoridades e era influente no local. Após começar<br />
com a carreira na política, Benevenuto<br />
não parou mais, sendo um dos fundadores da<br />
Acia. Por longos anos, foi também mesário da<br />
Santa Casa de Misericórdia.<br />
Na virada do século<br />
XIX, o casal Bárbara e<br />
Maximiliano Colombo<br />
com os filhos: Maria,<br />
Rosália, Tisbe, Luzia,<br />
Rosinha, Amábile,<br />
Benevenuto e Sofia.<br />
Maximiliano era um<br />
próspero fazendeiro<br />
na região de<br />
Araraquara.<br />
14<br />
Casa em Gavião Peixoto onde Benevenuto<br />
Colombo morou em 1923; lá ele manteve<br />
sua primeira farmácia
Na virada do século XIX a Família<br />
Colombo reunida na Fazenda da<br />
Doca, em Nova Europa<br />
Por ser de família tradicional na cidade,<br />
após sair da presidência da Associação Comercial<br />
de Araraquara para cuidar da mulher<br />
Leonilda, que acabara de adoecer, Benevenuto<br />
Colombo não trabalhou mais e vivia rodeado<br />
dos amigos, jogando baralho no clube<br />
Araraquarense, onde foi tesoureiro por muitos<br />
anos.<br />
Colombo faleceu aos 86 anos, em Santos,<br />
no dia 12 de outubro de 1977, 6 dias após<br />
seu aniversário. Ele visitava a irmã que residia<br />
naquela cidade, e não teve tempo de despedir-<br />
-se daqueles que ficaram. Deixou filhos, netos<br />
e bisnetos, que relembram dele com carinho,<br />
uma pessoa de referência em Araraquara.<br />
Benevenuto recebeu uma homenagem de<br />
Araraquara, dando seu nome para uma rua no<br />
Jardim Eliana, na Zona Sul da cidade.<br />
Benevenuto Colombo e a filha Marina em<br />
seu último aniversário, comemorado no dia<br />
6 de outubro de 1977. Colombo morreu seis<br />
dias depois<br />
Maria Auxiliadora<br />
Colombo Arnoldi foi<br />
Miss Araraquara em<br />
1966. Neta de Benevenuto<br />
Colombo, ela se destacou<br />
no cenário da cidade na<br />
época. O passado e o<br />
presente se juntaram<br />
em um único retrato. Ao<br />
fundo, Maria Auxiliadora<br />
com a filha Cristiana<br />
ainda pequena, na<br />
década de 70. Hoje,<br />
mãe e filha seguram um<br />
quadro bordado por uma<br />
das tias, com a árvore<br />
genealógica da família<br />
Colombo, uma das mais<br />
conceituadas da cidade.<br />
A bisneta Cristiana Arnoldi<br />
Ciomino e a neta de<br />
Benevenuto, Maria<br />
Auxiliadora Colombo<br />
15
ACIA, PRIMEIRA DIRETORIA<br />
ACIA - PRIMEIRA DIRETORIA 1934<br />
Eleição em tom de<br />
companheirismo<br />
Oitenta anos depois é vísivel<br />
o peso buscado para formação<br />
da primeira diretoria da ACIA.<br />
Algumas famílias na época<br />
reinavam de forma absoluta<br />
no comércio local, mantendo<br />
esses traços até hoje; outras<br />
desapareceram. Porém, todas<br />
tiveram papel importante na<br />
fundação da entidade.<br />
Benevenuto Colombo<br />
Presidente<br />
Mário Lupo<br />
2º Secretário<br />
Indio B. Borba<br />
1º Vice-Presidente<br />
Miguel Haddad<br />
1º Tesoureiro<br />
João V. Fernandes<br />
2º Vice-Presidente<br />
José A. Sampaio<br />
2º Tesoureiro<br />
Herculano Oliveira<br />
1º Secretário<br />
CONSELHEIROS<br />
Sábado, 6 de julho de 1934. Benevenuto<br />
Colombo já tinha conhecimento que seria o<br />
primeiro presidente da Associação Comercial<br />
e Industrial de Araraquara. Segundo consta,<br />
embora sendo concorrente no ramo farmacêutico,<br />
Herculano de Oliveira, da Farmácia Raia,<br />
já havia feito na região central da cidade um<br />
movimento pró indicação de Colombo. Amigo<br />
dos empresários, muitos dos quais seus clientes,<br />
Herculano era um profissional respeitado<br />
na região. Alguns ouviram as ponderações<br />
feitas pelo farmacêutico naquela semana e<br />
apostaram no sucesso da indicação.<br />
O parque industrial da cidade ainda se<br />
apresentava de forma tímida; assim, o primeiro<br />
presidente teria que sair do comércio, quase<br />
que com a condição de não ser lojista para<br />
se evitar a impressão de um apontamento<br />
tendencioso. Neste caso, dois profissionais de<br />
farmácia seriam os mais indicados para não<br />
haver desconforto entre os primeiros diretores.<br />
No final da tarde de 6 de julho, com a temperatura<br />
caindo pela proximidade do inverno,<br />
já se sabia a formação da primeira diretoria e<br />
os nomes dos empresários que seriam declarados<br />
fundadores da ACIA. Colombo passou<br />
pela Farmácia Raia, conversou com Herculano<br />
e na subida para casa, reforçou o convite para<br />
que Mário Lupo estivesse na assembleia do<br />
dia seguinte na União Syria, local cedido por<br />
Miguel Haddad, que fazia parte da entidade.<br />
O que se observava era o poder representativo<br />
da associação composta por nomes influentes<br />
na época. Se para as famílias a indicação de<br />
um membro significava “status”, é verdade que<br />
o conteúdo mostraria uma entidade muito forte.<br />
E foi o que realmente aconteceu.<br />
Domingos Lia Felippe Mauro Carlos F. Martins João Gonçalves Filho<br />
Raphael Logatti Luis Soler<br />
Habib Sabbag Graciano R. Afonso<br />
Antônio Deliza Valeriano Alvares Quirino Queirós<br />
Antônio N. Andrade<br />
Zecchi Mimessi<br />
Carlos Bersanetti<br />
Filegônio A. dos Santos<br />
Joaquim G. Fonseca<br />
Guilherme Gomes Santiago<br />
Miguel Bucalém<br />
Oddone Marsili<br />
José Palamone Lepre<br />
FUNDADORES DA ACIA<br />
Irmãos Lombardi<br />
J. Michel<br />
Amim A. Coury<br />
Salim C. Haddad<br />
A. Salinas<br />
Dahir Azzem<br />
Martins S. Ferreira<br />
Carlos E. Martins<br />
Pasquero S. Alves<br />
Martiniano Pereira<br />
Vitaliano Bitelli<br />
José E. Góes<br />
Rosário Capalbo<br />
Irmãos Martines<br />
José G. Haddad<br />
Antônio B. Fernando<br />
Ferrúcio Miari<br />
Alexandre Zaramella<br />
Carlos Alberto<br />
Euclydes C. Lima<br />
Pedro Martini<br />
José V. Silva<br />
José Henrique<br />
Alfredo G. Haddad<br />
Jorge Preeg<br />
16
OS EX-PRESIDENTES<br />
Cada um com seu<br />
nome na história<br />
GALERIA DE EX-PRESIDENTES<br />
Jeito diferente de administrar,<br />
uns mais, outros menos, mas<br />
a coerência preponderou entre<br />
todos os empresários que foram<br />
presidentes da ACIA. Ao longo<br />
da existência da entidade é<br />
possível observar o bom senso<br />
dos dirigentes no trato com os<br />
demais diretores e os sócios de<br />
uma forma geral.<br />
Benevenuto Colombo<br />
1934 - 1936<br />
Indio B. Borba<br />
1936 - 1940<br />
Gentil Martins<br />
1940 - 1941<br />
Rômulo Lupo<br />
1941 - 1942<br />
A Associação Comercial e Industrial de<br />
Araraquara nos seus 80 anos de existência<br />
teve 20 presidentes eleitos através do voto;<br />
no entanto, outros dois nomes acabaram<br />
assumindo a presidência ainda que por um<br />
período de três meses: Samuel Brasil Bueno,<br />
substitutiu Sônia Maria Correia Borges e José<br />
Carlos Paschoal Cardozo entrou para o lugar<br />
do empresário Valter Merlos.<br />
Mas quem imagina que as eleições sempre<br />
foram mornas ou cartas marcadas se<br />
engana: a disputa pela presidência da ACIA<br />
através do voto, começou dois anos depois<br />
de fundada a associação, para substituir Benevenuto<br />
Colombo. Pelo menos três nomes<br />
se apresentaram como candidatos ao cargo<br />
de presidente em 28 de setembro de 1936:<br />
Indio Brasileiro Borba apoiado pela Situação<br />
com 35 votos; Carlos Francisco Martins, 9 e<br />
Elias Mazzi, 4 votos. Curiosamente, nenhum<br />
deles veio a ser candidato nos anos seguintes<br />
prevalecendo sempre a supremacia da ala<br />
conservadora.<br />
Dois anos depois (28 de janeiro de 1940)<br />
uma nova disputa: Gentil Martins obteve 79<br />
votos contra 21 votos de Joaquim dos Reis<br />
para a presidência; desde aquela época até<br />
hoje, a ACIA criou um histórico de embates<br />
eleitorais face seu poder de representatividade<br />
que passou a ter uma grande influência na<br />
discussão das questões políticas, econômicas<br />
e sociais.<br />
A ACIA com o passar dos anos tem sido vista<br />
como porta de acesso ao mundo político, e<br />
sua própria história pode mostrar, pois envolve<br />
em sua lista de ex-presidentes nomes que se<br />
tornaram importantes neste cenário: Rômulo<br />
Lupo, Clodoaldo Medina, Vicente Michetti, Pedro<br />
Lia Tedde e recentemente Valter Merlos<br />
que tiveram em função dos serviços prestados<br />
à classe empresarial, o assédio para representarem<br />
a instituição em cargo executivo.<br />
Orlando da Valle<br />
1942 - 1948<br />
Roberto José Fabiano<br />
1960 - 1962<br />
Apparecido Dahab<br />
1978 - 1980<br />
Pedro A. Lia Tedde<br />
1992 - 1998<br />
José Carlos P. Cardozo<br />
julho/novembro 2008<br />
Mário Barbugli<br />
1948 - 1950<br />
Clodoaldo Medina<br />
1962 - 1966<br />
Péricles Medina<br />
1980 - 1984<br />
Jorge Lorenzeti Neto<br />
1998 - 2001<br />
Valter Merlos<br />
2004 - 2010<br />
André Lia<br />
1950 - 1958<br />
Jovenil R. de Souza<br />
1966 - 1970<br />
Joel Roberto Aranha<br />
1984 - 1989<br />
Samuel Brasil Bueno<br />
janeiro/junho 2003<br />
Francisco P. M. da Silva<br />
1958 - 1960<br />
Vicente Michetti<br />
1970 - 1978<br />
Ivo Dall’Acqua Júnior<br />
1989 - 1992<br />
Sônia M. C. Borges<br />
2001 - 2004<br />
AGRADECIMENTOS<br />
A diretoria da ACIA reconhece a<br />
dedicação de todos aqueles que se<br />
tornaram presidentes da entidade,<br />
sendo imprescindível nesta ocasião,<br />
os mais efusivos cumprimentos.<br />
17
ATUAL DIRETORIA<br />
Renato Haddad<br />
Presidente<br />
Teresa Smirne<br />
1ª Vice-Presidente<br />
Ademar Ramos da Silva<br />
2º Vice-Presidente<br />
Damiano Barbiero Neto<br />
1º Secretário<br />
Roberto Abud<br />
2º Secretário<br />
Geraldo José Cataneu<br />
3º Secretário<br />
Antônio Junquetti<br />
1º Tesoureiro<br />
Marlene Porsani<br />
2ª Tesoureira<br />
José Silvio C. Prada<br />
3º Tesoureiro<br />
CONSELHO DELIBERATIVO<br />
José Janone Júnior<br />
Diretor Social<br />
Luis Fernando J. Petroni<br />
Vice-Diretor Social<br />
Carlos Eduardo<br />
Nunes<br />
Carlos Renato de<br />
Mendonça Segura<br />
Dagmar Abadia<br />
Bizzinotto Ribeiro<br />
Edes Dalmo de<br />
Oliveira<br />
Jair Aparecido<br />
Martineli<br />
Luis Alberto Alves<br />
Ferreira<br />
Luis Antônio Goulart<br />
Barbieri<br />
Wanderley Camilo<br />
de Figueiredo<br />
Reinaldo de Oliveira<br />
André Marcos Boalin<br />
Adelcio Carlos<br />
Magrini<br />
Ana Rosa Malara<br />
Capparelli<br />
Fábio Costa Morvillo<br />
João Luiz Ferreira<br />
José Vanderlei<br />
Fernando<br />
Marcelo de Mattos<br />
Frigo<br />
Najla José Abi<br />
Rached Torres<br />
Nelvio de Vito<br />
CONSELHO FISCAL<br />
Paulo César<br />
Ambrósio<br />
Reinaldo Dias de<br />
Lima<br />
Donisete<br />
Fuzari<br />
Geraldo Luis<br />
Tampelini<br />
Marcos Henrique<br />
Duó<br />
Pedro Lapena<br />
Renato Mazzini<br />
Lopes<br />
Rodolfo<br />
Messali<br />
18
PALAVRA DO PRESIDENTE<br />
ACIA: uma vida, uma história<br />
Renato Haddad foi eleito presidente da Associação Comercial<br />
e Industrial de Araraquara em 2010, sendo reeleito em 2013.<br />
Neste artigo, ele mostra a importância da ACIA nas questões<br />
econômicas, sociais e políticas e a festa para comemorar os<br />
80 anos de existência da entidade.<br />
“ 80 anos. Não são 80 meses; são<br />
80 anos. Data redonda, que torna<br />
tudo ainda mais festivo.<br />
Lembra-se de quando alguém, na sua<br />
família completou 80 anos? Agora,<br />
com a ACIA acontecerá o mesmo.<br />
Fico pensando naqueles homens,<br />
que segundo nos relatam, se<br />
reuniram na União Syria, logo abaixo<br />
da atual sede, numa noite fria para<br />
dizer que unidos seriam mais fortes,<br />
poderiam mais... E puderam. Mesmo.<br />
O Movimento das Associações<br />
Comerciais cresceu, expandiu e<br />
passou a representar uma voz forte,<br />
alertando não somente para as<br />
questões econômicas, mas também<br />
nas sociais e políticas. Somente no<br />
Estado de São Paulo são mais de 420.<br />
Ao longo destes 80 anos a nossa<br />
associação cresceu. Se tornou forte<br />
ao congregar indústrias, comércio e<br />
serviços, mas sabemos que todas<br />
as diretorias que administraram a<br />
entidade tiveram que conduzí-la da<br />
melhor maneira possível, sempre<br />
com dificuldades. Porém, uma marca<br />
indelével foi se formando pelo tempo:<br />
é uma instituição acreditada e<br />
respeitada pela população,<br />
autoridades e, principalmente, pelos<br />
seus associados, mesmo porque<br />
temos lado, temos DNA para<br />
defender os interesses empresariais<br />
sempre que chamados.<br />
Com o apoio dos nossos diretores<br />
e associados, criamos o Clube de<br />
Benefícios, a Universidade ACIA para<br />
desenvolver e realizar projetos de<br />
apoio à classe através de palestras,<br />
cursos, workshops, o Banco de<br />
Talentos, instalamos um posto de<br />
atendimento da SERASA, retomamos<br />
o Programa Empreender e tantos<br />
outros benefícios.<br />
Há que se reconhecer que hoje temos<br />
uma parceria com o São Francisco<br />
que disponibiliza um plano de saúde<br />
com valores bem mais acessíveis aos<br />
nossos associados.<br />
Uma coisa é certa: sabemos que<br />
temos muito o que fazer e tenha<br />
certeza que faremos. O e-commerce,<br />
vendas pela internet já está pronto<br />
para ser lançado em breve. Você<br />
também terá uma loja na internet.<br />
Um convite: participe do nosso baile.<br />
Ele foi pensado para receber<br />
empresários e seus amigos e tenho<br />
certeza de que será uma noite<br />
inesquecível. Sendo o momento<br />
histórico, faz bem conhecer parte dela.<br />
Parabéns a você, associado, que<br />
engrandece e fortalece a entidade<br />
sendo filiado. Obrigado aos<br />
parceiros verdadeiros que nos<br />
incentivam nessa caminhada.<br />
Renato Haddad<br />
Presidente<br />
19
PROFISSÃO: INSTRUTORA DE AUTOESCOLA<br />
Mulheres no volante ?<br />
Elas estão sentadas no lugar do<br />
passageiro, mas não é para ver<br />
a vida passar; essas mulheres<br />
ensinam a dirigir e são procuradas<br />
no mercado em Araraquara.<br />
Texto: Jean Cazellotto<br />
Foi-se a época em que uma mulher enfrentava<br />
dificuldades para conseguir tirar sua<br />
Carteira Nacional de Habilitação, a CNH. Ao<br />
longo do tempo, os tabus foram se quebrando,<br />
os homens abrindo mão de seu machismo e<br />
as mulheres conquistando o direito de ir e vir,<br />
sem a dependência do companheiro.<br />
Por outros motivos também, a mulher está<br />
precisando se desdobrar e cumprir todas as<br />
suas tarefas diárias. Levar os filhos ao colégio,<br />
ir ao supermercado, passar no consultório médico,<br />
comprar presentes. São tantas coisas a<br />
se fazer, que muitas pessoas pensam como é<br />
a capacidade delas para assumirem tudo isso.<br />
Passando o tempo e chegando na atualidade,<br />
muito mais do que conquistar a sua<br />
CNH, agora as mulheres também estão ensinando<br />
a dirigir. Várias autoescolas de Araraquara<br />
já possuem em seu quadro de funcionários,<br />
mulheres com habilidade para os que<br />
precisam de calma para dirigir.<br />
Para a instrutora Jane Thomé, as pessoas<br />
a escolhem por saber que mulher é mais paciente<br />
na hora de ensinar. “Tenho vários alunos<br />
que já disseram me escolher porque se<br />
sentem mais seguros na hora de dirigir”. Jane<br />
dá aula desde 2006 e já tentou trabalhar no<br />
Jane Thomé, da Auto Escola Alameda, grávida de 8 meses e Evanildo, que a escolheu pela<br />
exigência e simpatia<br />
comércio, mas não conseguiu. “Eu me achei<br />
dando aulas. Toda a família do meu marido<br />
é envolvida nisso. Minha filha já foi instrutora<br />
e meu filho trabalha em uma autoescola. Só<br />
meu marido que não quis seguir a carreira”,<br />
revela orgulhosa da profissão que abraçou.<br />
Na vida profissional, é preciso ter muita<br />
dedicação, explica Jane. “Trabalhamos muito.<br />
São 12 aulas de 50 minutos por dia. Entro às<br />
7h da manhã e saio às 20h40. É muito corrido,<br />
mas não tenho como descrever a gratidão<br />
em trabalhar nesta área”.<br />
No segundo dia de aula, Evanildo Borges<br />
da Silva já tentou fazer o exame de carro, mas<br />
reprovou e retornou em <strong>2014</strong> para concluir. “Eu<br />
decidi voltar e ter aulas com a Jane porque ela<br />
é muito paciente, embora muito exigente, mas<br />
isso acaba sendo bom para o aluno”, explica.<br />
Eduardo Borghi, proprietário da Auto Escola<br />
Fonte sabe que na atualidade, pela própria<br />
exigência do mercado, as mulheres acabam<br />
sendo apontadas como as preferidas<br />
20
A profissão de instrutor é uma das mais procuradas atualmente<br />
pela demanda de trabalho existente. Notadamente, os homens<br />
são condutores que trabalharam como motoristas e migraram para<br />
CFC’s por almejarem mais conforto na vida profissional, condutores<br />
que apreciam o ensino ou ainda interessados no aperfeiçoamento<br />
profissional na área de trânsito. A Lei que regulamentou a<br />
profissão é a Lei N.º 12.302, de 2 de agosto de 2010.<br />
O proprietário da Auto Escola Fonte, Eduardo<br />
Borghi, está no ramo há 12 anos e diz que<br />
a exigência foi do mercado. “Até uns cinco<br />
anos atrás, eu relutava um pouco em ter uma<br />
instrutora para dar aula, mas os clientes sempre<br />
perguntavam se não tinha uma mulher<br />
com quem eles pudessem ter as aulas, e foi<br />
aí que contratei a primeira”. Borghi também<br />
fala da sensibilidade feminina. “As mulheres<br />
têm mais facilidade para trabalhar e mais jeito<br />
para tratar os alunos. Não que os homens não<br />
tenham, mas com as mulheres<br />
é diferente e eles ficam<br />
mais seguros. Desde então,<br />
só tenho as instrutoras e eu,<br />
que dou aula às vezes”.<br />
A instrutora Fabiana Cincirarro<br />
dá aulas há sete anos<br />
e nos últimos três faz parte<br />
do quadro de funcionários<br />
da Auto Escola Fonte. Seu cunhado, irmão do<br />
marido, fez o curso e a indicou para fazer também.<br />
“Trabalhei cinco anos em uma autoescola<br />
e há três estou aqui. Eu me encontrei na profissão<br />
e não sei se faria outra coisa”. Fabiana<br />
diz nunca ter sofrido preconceito de alunos. “O<br />
preconceito, no início, foi dos próprios instrutores.<br />
Mas não há como negar, a mulher tem<br />
mais paciência para ensinar”. Além de aulas<br />
de carro, Fabiana também dá aulas de moto.<br />
Um de seus alunos, Samuel Durval, resolveu<br />
tirar sua CNH só com 30 anos. “Estou<br />
fazendo um curso, e tem a necessidade da<br />
carteira, então resolvi tirar só agora. Não tinha<br />
tanto interesse antes e quando fui até a autoescola,<br />
o próprio Eduardo (proprietário) me<br />
indicou a Fabiana e iniciamos as aulas. Ela ensina<br />
muito bem e está sendo ótimo”, finaliza.<br />
Futuros motoristas praticam a baliza em<br />
frente a Arena<br />
21
TRIBUTOS<br />
O fim da substituição tri<br />
O professor Everardo Maciel, com a<br />
autoridade de quem já viveu os dois<br />
lados da tributação, escreveu com muita<br />
propriedade, no artigo “O fascínio da<br />
Complexidade” (edição de 1 e 2 de maio)<br />
no Diário do Comércio C que: “a tributação,<br />
em princípio, deve vincular-se, com a maior<br />
fidelidade possível os fatos econômicos<br />
sobre os quais incide”. Esta visão clara do<br />
professor remeteu-nos imediatamente para<br />
a confusão tributária existente na cobrança<br />
do ICMS, por substituição tributária.<br />
Quando da adoção desse instituto no<br />
ICMS, na década de oitenta passada, como<br />
exceção, sua adoção se justificava para<br />
resolver algumas situações peculiares<br />
surgidas na comercialização de algumas<br />
mercadorias. Isto porque, na tributação por<br />
substituição tributária, o imposto é pago na<br />
fonte, antes da ocorrência do fato gerador.<br />
A ST/ICMS, portanto, deveria atender<br />
apenas a algumas situações específicas<br />
quando, numa das pontas, há concentração<br />
Roberto Mateus Ordine, tributarista e<br />
Vice-Presidente da Facesp e ACSP<br />
industrial em poucos fabricantes e na outra<br />
ponta, a distribuição é pulverizada, como<br />
na venda de cigarros, bebidas, pilhas,<br />
cimento, pneus e veículos.<br />
É importante que se destaque também que<br />
esses produtos tinham como<br />
característica o preço nacional de<br />
vendas homogêneo e conhecido. Em<br />
2007, no entanto, o governo paulista<br />
resolveu estender a cobrança do ICMS,<br />
por substituição tributária para uma<br />
quantidade imensa de produtos, em<br />
vários setores do comércio, ainda que<br />
não se revestissem das características<br />
excepcionais acima mencionadas, sob<br />
a alegação que o sistema atual de<br />
apuração permitia sonegação fiscal.<br />
Para a implantação da ST/ICMS na longa<br />
série de mercadorias e para os vários<br />
setores atingidos, o fisco criou a margem<br />
de valor agregado–MVA, margem do valor<br />
sobre o qual, o ICMS passou a incidir.<br />
Para se encontrar o MVA adotou-se um<br />
critério de pesquisa de preço de cada<br />
mercadoria, praticado pelo comércio,<br />
desenvolvidos por reconhecidos<br />
institutos acadêmicos como a FIPE<br />
ou equivalente. Não é preciso muito<br />
22
utária<br />
Apesar das discussões<br />
levadas a cabo entre<br />
os contribuintes e o<br />
fisco a confusão<br />
continua. E, agora,<br />
acrescida da guerra<br />
fiscal entre os estados<br />
brasileiros.<br />
esforço para se concluir pela confusão<br />
existente neste período de tempo,<br />
não só pelas estimativas de preço da<br />
mercadoria encontradas; como também<br />
pelo controle necessário e a burocracia<br />
fiscal existente. Apesar das discussões<br />
existentes entre contribuinte e fisco, a<br />
confusão continua, agora acrescida da<br />
guerra fiscal entre os Estados. A partir da<br />
implantação da nota fiscal eletrônica e<br />
do sped fiscal, no entanto, o argumento<br />
da sonegação fiscal não existe mais<br />
em razão do controle fiscal, não se<br />
justificando mais a cobrança do imposto<br />
por substituição tributária e muito menos<br />
o pagamento antecipado do imposto.<br />
Esse sistema perverso de tributação do<br />
ICMS por substituição tributária só tem<br />
trazido problemas para o contribuinte,<br />
que além de pagar o imposto antes da<br />
venda, ainda tem que ter um controle<br />
fiscal complicado.O momento certo para<br />
se acabar com a substituição tributária<br />
no ICMS é já!<br />
23
PROPAGANDA DIGITAL<br />
PortoCriativo, novo momento<br />
para geração de bons negócios<br />
Com as rápidas mudanças no mercado publicitário, a Propaganda<br />
Digital mostra seu poder de interatividade e passa a ser importante<br />
ferramenta para que as empresas busquem ótimos resultados.<br />
Luis Eduardo e Caê Caráccio<br />
Ações de marketing<br />
reafirmam a cada<br />
dia que a era digital,<br />
impulsionada pela<br />
rapidez do<br />
desenvolvimento<br />
tecnológico e com<br />
o apoio na rede<br />
mundial de<br />
computadores, criou<br />
espaço abrangente<br />
de novas formas de<br />
transações comerciais,<br />
e procura mostrar<br />
como conseguir<br />
audiência através de<br />
Propaganda Digital.<br />
Não são poucas as vezes em que o público<br />
consumidor acessa a internet e sente atraído<br />
em determinada página por um produto. Isso<br />
na verdade faz parte da chamada propaganda<br />
digital que cada vez mais ganha força no mercado.<br />
São sapatos, roupas, eletrônicos e uma<br />
série de produtos lançados através da propaganda<br />
digital em tempo real.<br />
É assim que trabalha em nossa cidade a<br />
PortoCriativo, realizando monitoramento e propaganda<br />
em Mídias Sociais juntamente com<br />
comunicação off line, consultoria em marketing,<br />
gestão empresarial e pessoal na Internet,<br />
palestras e treinamentos de equipes, se consolidando<br />
de maneira forte em seu mercado<br />
no Brasil e América Latina.<br />
Segundo Caê Caráccio, que mantém sociedade<br />
com o filho Luis Eduardo Lauand Caráccio<br />
na agência, a PortoCriativo foi criada se<br />
baseando nas necessidades que as empresas<br />
começam a enfrentar para possuir presença<br />
on line em concomitância com as mídias tradicionais.<br />
Atualmente diz ele, no Brasil o Facebook<br />
possui 72 milhões de usuários, sendo 98 mil<br />
em Araraquara. Deste total, conclui-se que<br />
38% são jovens de 24 a 35 anos, consumidores<br />
ativos das classes A e B. No Twitter, o<br />
maior uso por empresas é pelo SAC 2.0, atendendo<br />
reclamações e sugestões de clientes.<br />
“O Google + auxilia a empresa quando bem<br />
trabalhado e com conteúdo relevante, tendo<br />
maior destaque no ranking de pesquisa, incluindo<br />
fotos, pontuação e comentários dos<br />
clientes”, diz o diretor.<br />
Já Luis Eduardo explica que as redes sociais<br />
são acessadas por 3 a cada 4 pessoas,<br />
para consulta, antes de efetuar uma compra.<br />
Para ele, sem um bom conteúdo e presença<br />
on line, as empresas começam a sofrer impactos<br />
negativos em suas lojas fisicas.<br />
Atendimento PortoCriativo<br />
Rua Diógenes Muniz Barreto, 359<br />
99708 3420 / 99784 4205<br />
cae@portocriativo.com.br<br />
eduardo@portocriativo.com.br<br />
24
25
CAPACITAÇÃO<br />
Formatura<br />
de garçons<br />
Desde 2011, quando teve<br />
início, o curso Estrela da Casa<br />
já formou mais de 100<br />
pessoas em Araraquara. Em<br />
2013, 75% dos formandos<br />
conseguiram se empregar na<br />
área durante ou após a<br />
conclusão do curso.<br />
Luciana Porsani, da Heineken, na<br />
entrega dos certificados<br />
O projeto Estrela da Casa, apoiado pela<br />
Heineken e coordenado pelo docente Thales<br />
Simões, teve duração de 160 horas e<br />
envolveu empreendedorismo, consumo<br />
responsável de álcool, apresentação pessoal<br />
e relacionamento interpessoal, noções<br />
de língua inglesa e espanhola, higiene pessoal<br />
e no trabalho, além de montagem de<br />
salão e etiqueta, entre outros temas.<br />
Entre os formandos, os alunos Amanda<br />
Araujo Santos, Guilherme Rodrigues Rocha<br />
e Fabrício Lemos, que se destacaram<br />
durante o curso com projetos sobre consumo<br />
responsável de álcool com clientes, receberam<br />
um kit de trabalho da Heineken,<br />
contendo um balde para cerveja, abridor,<br />
bandeja, avental, camisa e taças. Já o aluno<br />
Marcos Rubio, considerado o melhor do<br />
curso, foi contemplado com uma bolsa de<br />
estudo para o curso de turismo. Também o<br />
SinHores, contemplou dois formandos com<br />
viagens para feiras do setor, que acontecem<br />
anualmente em São Paulo.<br />
Formandos <strong>2014</strong><br />
MERCADO DE IMÓVEIS<br />
O setor de imóveis está bem<br />
mais forte com a chegada da<br />
Imobiliária Araraquara. Na<br />
direção da empresa, Reginaldo<br />
Gibim coloca a experiência em<br />
sua caminhada profissional,<br />
pautada por serviços cartorários<br />
e bancários.<br />
Recém criada em nossa cidade (2013), a<br />
Imobiliária Araraquara já conquistou importante<br />
fatia do mercado, intermediando compra,<br />
venda e locação de imóveis. O crescimento<br />
rápido da empresa se deve ao relacionamento<br />
que Reginaldo Gibim (Nenê Gibim), mantém<br />
dentro da comunidade, tendo iniciado sua<br />
carreira profissional trabalhando em cartórios<br />
de Araraquara. Durante 7 anos teve a oportunidade<br />
de conhecer melhor o ramo jurídico e<br />
burocrático de escrituras, certidões, contratos<br />
e procurações no 1° Cartório de Notas e Protestos,<br />
do saudoso Afonso Celso Alves; posteriormente<br />
no 3° Cartório de Notas e, enfim, no<br />
Fórum trabalhando com processos cíveis.<br />
Em 1985, Gibim passou no concurso<br />
público do Banco do Estado<br />
de São Paulo (Banespa), atualmente<br />
Banco Santander, onde começou sua<br />
jornada no setor financeiro, comercial<br />
e administrativo. Por 25 anos se dedicou<br />
ao setor bancário, exercendo várias<br />
funções. Concluiu MBA em Master<br />
Gestão de Negócios e atingiu seu ápice<br />
profissional como Gerente Geral de<br />
quatro cidades da região. Ao longo de<br />
todos esses anos, fez muitos contatos<br />
e adquiriu uma vasta experiência em<br />
negócios. Em 2008, iniciou a atividade<br />
Imobiliária Araraquara, na<br />
Av. XV de Novembro, 1059<br />
A Imobiliária Araraquara em<br />
fase de expansão na cidade<br />
como consultor de imóveis em Araraquara e<br />
desde então, vem se destacando pelos diversos<br />
negócios realizados.<br />
Durante minha trajetória, diz Reginaldo<br />
Gibim, pude perceber que os clientes buscavam<br />
atendimento personalizado, com atenção<br />
especial para suas expectativas, perspectivas<br />
e principalmente seus sonhos.<br />
Devido a alta demanda de negócios na região<br />
em 2013, a Imobiliária Araraquara começou<br />
a ser idealizada e implantada. Hoje, seus<br />
clientes encontram nesse espaço confortável<br />
e acolhedor, uma forma mais ágil e eficaz de<br />
fazer negócios, marcando suas reuniões em<br />
ambiente climatizado, com estacionamento<br />
próprio e o conforto para tratar seu imóvel. A<br />
empresa trabalha com imóveis a partir de 10<br />
mil m², casas e condomínios de alto padrão.<br />
Atendimento Imobiliária Araraquara<br />
Avenida XV de Novembro, 1059<br />
(entre as ruas 9 e 10)<br />
Fone: (16) 3114 8157<br />
www.imobararaquara.com.br<br />
26
27
POLÍTICA<br />
Governador Geraldo Alckmin inaugura com<br />
Massafera R$ 33,7 milhões em obras na cidade<br />
A visita do governador Geraldo<br />
Alckmin a Araraquara em maio,<br />
trouxe mais de R$ 33,7 milhões<br />
em investimentos articulados<br />
pelas principais lideranças<br />
políticas da cidade, como o<br />
prefeito Marcelo Barbieri e o<br />
deputado estadual Roberto<br />
Massafera.<br />
Se um dos grandes problemas no país é<br />
a saúde, a cidade tem muito a agradecer o<br />
governador Geraldo Alckmin e ao deputado<br />
Roberto Massafera, pois a maior parte dos<br />
recursos, R$ 18,7 milhões, foram encaminhados<br />
para a Santa Casa. Alckmin assinou<br />
convênio de R$ 14, 3 milhões do programa<br />
Santa Casa Sustentável para manutenção,<br />
ampliação e melhora do atendimento público<br />
de Saúde. Este valor soma-se aos repasses<br />
anuais de R$ 1,6 milhão do Estado para<br />
o hospital.<br />
“São Paulo é o único Estado a complementar<br />
a Tabela SUS. Todos os hospitais filantrópicos<br />
e Santas Casas do País operam<br />
dificuldade porque os recursos do Ministério<br />
da Saúde são insuficientes. Araraquara<br />
é uma das cidades mais atendidas pelo<br />
governador Geraldo Alckmin”, avaliou Massafera.<br />
A pedido do deputado Roberto Massafera,<br />
o governador também repassou R$<br />
2,8 milhões para reformas e ampliação da<br />
área da Santa Casa que vai abrigar o Centro<br />
Avançado de Diagnóstico por Imagem.<br />
Ainda na área de Saúde, o Estado liberou<br />
O deputado estadual Roberto Massafera cumprimenta e agradece ao governador Geraldo<br />
Alckmin pelos benefícios concedidos à nossa cidade no mês passado<br />
R$ 3 milhões para a Maternidade Gota de<br />
Leite. O dinheiro servirá para construção de<br />
leitos da Unidade de Cuidados Intermediários<br />
(UCI). Isso permitirá que o hospital assine<br />
o convênio do programa federal Rede<br />
Cegonha.<br />
BOM PRATO<br />
O governador Geraldo Alckmin também<br />
inaugurou na sua visita, o restaurante Bom<br />
Prato de Araraquara. O Estado investiu quase<br />
R$ 1,6 milhão e a Prefeitura mais R$<br />
530 mil. O recurso foi usado na adequação<br />
do prédio, aquisição de equipamentos e, ao<br />
longo dos próximos dois anos, vai subsidiar<br />
as refeições servidas diariamente.<br />
O Bom Prato tem 193 lugares e capacidade<br />
para servir até 300 cafés da manhã<br />
com preço subsidiado de R$ 0,50, e mais<br />
1.200 almoços a R$ 1,00. O restaurante<br />
funciona de segunda a sexta na Avenida 22<br />
de Agosto, próximo ao pontilhão da Avenida<br />
Duque de Caxias. No local, também foi instalada<br />
uma unidade do Acessa São Paulo<br />
com seis computadores e internet de uso<br />
gratuitos.<br />
Prefeito Marcelo Barbieri presenteia<br />
Alckmin com a camisa da Ferroviária<br />
(futebol feminino, campeão brasileiro)<br />
As políticas sociais do governador Geraldo<br />
Alckmin também contemplaram Araraquara<br />
com um Centro Dia do Idoso, inaugurado<br />
em maio. O Estado repassou R$ 300<br />
mil e o município aplicou outros R$ 600 mil.<br />
O Centro funciona na Avenida Mário Ybarra<br />
de Almeida, 101, no Carmo. A unidade multidisciplinar<br />
recebe pessoas idosas que não<br />
podem ficar sozinhas em casa, por exemplo,<br />
enquanto seus familiares estão trabalhando.<br />
O Estado também entregou ao município<br />
um ônibus escolar com capacidade para<br />
22 estudantes sentados. O veículo, avaliado<br />
em R$ 155 mil, ainda é adaptado para receber<br />
mais um cadeirante.<br />
Geraldo Alckmin inaugurou ainda as<br />
obras de duplicação da Av. Abdo Najm,<br />
acesso à SP 255 na Vila Xavier, e a pavimentação<br />
de sua extensão até a região da<br />
Vila Aparecidinha. O investimento de R$ 10<br />
milhões, sendo R$ 1 milhão de emenda do<br />
deputado Roberto Massafera.<br />
Essas melhorias viárias foram proporcionadas<br />
pela vinda da Randon em Araraquara,<br />
que está instalando uma fábrica de<br />
carrocerias e vagões ferroviários. A empresa<br />
está investindo R$ 500 milhões graças<br />
a atuação de Massafera junto à Investe SP,<br />
agência estadual de fomento ao investimento<br />
que prospectou a vinda dessa grande<br />
empresa para a cidade.<br />
28
FATOS E FOTOS<br />
BOM E BARATO<br />
Com movimento diário de 1.200 pessoas, o<br />
restaurante “Bom Prato” de Araraquara, inaugurado<br />
em maio já serviu mais de 20 mil refeições<br />
à população em menos de um mês de<br />
funcionamento. Cada refeição custa R$ 1,00 e<br />
o café da manhã R$ 0,50. O Estado subsidia<br />
R$ 2,00 e o município mais R$ 1,00.<br />
O soldador Paulo Ramos e a mulher Maria<br />
de Lourdes aprovam a comida do Bom Prato<br />
TV Circulando está comemorando cinco anos<br />
de atividades. Parabéns ao Walmir Moreira, seu<br />
irmão Orivaldo Moreira e toda sua equipe.<br />
ÁFRICAS E SEUS DESAFIOS<br />
No final de maio aconteceu<br />
em Araraquara, a 3ª<br />
Semana Acadêmica do<br />
Grupo de Estudos e Pesquisas<br />
“União Africana”.<br />
O ciclo de estudos integra<br />
as comemorações<br />
do Dia da África, que<br />
ocorre anualmente no<br />
Continente Africano nas<br />
localidades que têm relação<br />
histórica, cultural<br />
e política com esse continente. Pedro Uetela,<br />
de Moçambique, abriu a programação do ciclo<br />
“Áfricas: Desafios Contemporâneos” com a<br />
palestra “As TIC (Tecnologias de Informação e<br />
Comunicação) na Educação em África: experiências/questões<br />
de Moçambique”.<br />
VIRADA CULTURAL<br />
Cinco espaços<br />
da Virada Cultural<br />
Paulista na cidade<br />
garantiram a diversão<br />
do público em<br />
maio. “Apesar do<br />
frio e da ameaça<br />
de chuva, muita<br />
gente saiu de casa<br />
para prestigiar as<br />
várias atrações em<br />
diferente linguagens<br />
artísticas”, disse o secretário da Cultura, Renato<br />
Haddad, comemorando o sucesso do evento.<br />
LANÇAMENTO<br />
A OralGift, com<br />
12 anos de experiência<br />
na área de higiene<br />
bucal, em parceria<br />
com o Centro de<br />
Desenvolvimento de<br />
Materiais Funcionais<br />
(CDMF), onde é diretor<br />
o professor Elson Longo, e a NANOX Tecnologia,<br />
lançaram nova linha de produtos com<br />
a tecnologia NanoxClean. Fabricados com nanoestruturas<br />
de prata incorporadas à matéria<br />
prima, os produtos têm uma superfície protegida<br />
da ação de microrganismos e bactérias. Os<br />
pesquisadores responsáveis pelo trabalho explicam<br />
que os ambientes úmidos, especialmente<br />
os banheiros, apresentam uma grande quantidade<br />
de bactérias e fungos. Quando as escovas<br />
de dente são deixadas expostas, a possibilidade<br />
de contaminação é alta. A tecnologia será aplicada<br />
no fio dental e seus refis, no higienizador<br />
de língua e no suporte das escovas de dente.<br />
Faleceu na noite do dia 30 de maio, em São<br />
Paulo, no hospital São Luiz, onde estava internado<br />
desde o início do mês, o doutor Geraldo<br />
Amaral Arruda, 98 anos, desembargador aposentado<br />
que foi juiz de direito em Araraquara.<br />
Ele foi sepultado no Cemitério São Bento.<br />
BATENDO DE FRENTE<br />
O experiente técnico Luiz Dórea, da Academia<br />
Champion de Salvador BA, promoveu o primeiro<br />
seminário de boxe e MMA em Araraquara,<br />
no final de maio, no salão do Centro Esportivo<br />
Municipal (antigo Estrela FC), na Vila Velosa. Participaram<br />
do evento, com 5 horas de duração,<br />
30 esportistas.<br />
Desde 2 de junho, todas as pessoas acima de<br />
12 anos estão tendo a oportunidade de participar,<br />
junto a instrutores especializados, do espaço Escola<br />
de Ciclismo com técnicas básicas para o uso da<br />
bicicleta. Muito bom este trabalho pois aumenta<br />
cada vez mais o número de adeptos da bike para<br />
melhorar a qualidade de vida. O aprendizado é<br />
realizado em frente a Arena da Fonte.<br />
O grupo de desenvolvimento de jogos Ludo<br />
Educativo lançou neste mês em Araraquara, uma<br />
nova versão do game de combate à dengue,<br />
“Contra Dengue 2 na Cidade”, jogo que transmite<br />
noções sobre a prevenção da doença. Com gráficos<br />
otimizados, o desempenho geral do game<br />
foi melhorado pela equipe de programadores do<br />
grupo, além de possuir novos cenários e novos desafios.<br />
Araraquara vive um dos piores dramas em<br />
relação a dengue nos últimos tempos.<br />
29
Nádia Rodrigues<br />
dos Santos:<br />
velocidade<br />
ajudou na escolha<br />
do aparelho<br />
SMARTPHONE<br />
No ano passado as vendas<br />
cresceram 123% na cidade<br />
Em Araraquara quem trocou<br />
gostou: a conexão é talvez o<br />
maior atrativo na hora de<br />
aposentar um modelo antigo<br />
em troca de um smartphone.<br />
Com isso as vendas dispararam<br />
e continuam apontando bons<br />
resultados até o final do ano.<br />
Hoje, o mercado de smartphone em Araraquara<br />
rende bons lucros para os lojistas. O<br />
corte de imposto anunciado pelo governo em<br />
2013 chegando a 30% de desconto no preço<br />
do celular fabricado no Brasil, beneficiou<br />
o consumidor de todas as classes que quer<br />
aderir a nova tecnologia dos aplicativos nos<br />
celulares.<br />
As vendas de smartphones no mercado<br />
brasileiro somaram 35,6 milhões unidades no<br />
ano passado, número recorde que representa<br />
crescimento de 123% frente ao ano anterior<br />
(2012), de acordo com a consultoria IDC. É a<br />
primeira vez no Brasil em que são vendidos<br />
mais smartphones do que celulares tradicionais.<br />
Em 2012, foram vendidos 43,4 milhões<br />
celulares tradicionais; em 2013, o volume caiu<br />
26%, para 32,2 milhões de aparelhos.<br />
30<br />
Mauro Yuri<br />
Chalegão Soma,<br />
formado em TI<br />
Emanoel Azen,<br />
Supervisor de Vendas
Edmar Rossi, gerente da<br />
J Mahfuz em nossa cidade:<br />
“venda em 10 prestações<br />
ajuda muito<br />
Somente no quarto trimestre de 2013<br />
foram comercializados 7,1 milhões celulares<br />
tradicionais e 11,5 milhões de smartphones.<br />
“Sob muitos aspectos, 2013 foi de fato, o<br />
ano do smartphone no Brasil. O enorme salto<br />
nas vendas dos dispositivos inteligentes comprovou<br />
que eles entraram de vez na lista dos<br />
bens mais adquiridos pelos brasileiros”, diz,<br />
em nota, Leonardo Munin, analista de mercado<br />
da IDC Brasil.<br />
O supervisor de vendas Emanoel Azen comemora<br />
essa isenção de impostos nos celulares<br />
e a regularidade de clientes em sua loja:<br />
“A procura de smartphones aumentou muito.<br />
São cerca de 40 aparelhos celulares vendidos<br />
por mês, uma média de 2 a 3 aparelhos por<br />
dia”. Com a alta, o lucro chega a ser de quase<br />
60% em uma loja de varejo da cidade. Quiosques<br />
de diferentes operadoras são montados<br />
em lojas, criando mais opções ao consumidor.<br />
O gerente da J Mahfuz, Edmar Rossi,<br />
destaca também as facilidades que o consumidor<br />
tem ao adquirir o novo produto: “Como<br />
os smartphones são desbloqueados, o cliente<br />
tem a opção de fazer portabilidade de uma<br />
operadora pra outra. Além disso, a pessoa<br />
tem a vantagem de fazer em até 10 prestações<br />
sem juros, não apertando tanto no bolso”,<br />
comenta.<br />
A FEBRE DOS APLICATIVOS<br />
Muitos consumidores começaram a trocar<br />
seus celulares básicos pelos smartphones por<br />
causa dos famosos<br />
aplicativos. As<br />
facilidades de comunicação<br />
foram<br />
um dos itens para<br />
que isso virasse<br />
uma febre entre<br />
as pessoas, desde<br />
apps de texto,<br />
até por chamadas<br />
de voz. Alguns trocaram<br />
por necessidade,<br />
para ter<br />
maior mobilidade.<br />
Já outros troca-<br />
31<br />
Psicóloga Geisa Robiatti<br />
ram por gosto.<br />
“Comprei um smartphone pela facilidade<br />
de estar conectada e ter em<br />
minhas mãos acesso a informações. O<br />
celular comum possui conexão com internet,<br />
mas é muito lenta”, conta a consumidora<br />
Nádia Rodrigues dos Santos.<br />
Para ela, a velocidade alcançada para<br />
se obter informações ajudou na escolha<br />
do novo aparelho. “Antes de ter um<br />
smartphone, eu não ligava em estar<br />
conectada o tempo todo, mudança que aconteceu<br />
há um ano. Não preciso mais ficar na<br />
frente de um computador para me comunicar<br />
ou fazer pesquisas. Pego meu celular da bolsa<br />
e tenho tudo o que preciso”, enfatiza Nádia.<br />
Já para Wellington Claro, a necessidade<br />
acabou se tornando gosto. “Ao usar o smartphone,<br />
sinto que tenho o mundo em minhas<br />
mãos. Às vezes, nem lembro que isso é um<br />
celular”. Além disso, o consumidor percebeu<br />
algumas mudanças de postura em seu comportamento,<br />
se tornando um vício. “Algumas<br />
vezes eu deixo de dar atenção<br />
ao meu redor e acabo<br />
me prendendo ao mundo<br />
dos aplicativos”, conta.<br />
Formado em Tecnologia<br />
da Informação (TI), Mauro<br />
Yuri Chalegão Soma faz um<br />
comparativo entre smartphone<br />
e um computador.<br />
“Os recursos encontrados<br />
nestes aparelhos mostram<br />
que eles estão ficando à<br />
frente dos desktops. Uma<br />
prova disso é que a Microsoft<br />
liberou, gratuitamente,<br />
o pacote Office para celulares<br />
móveis (iOS e Android).<br />
Com o avanço tecnológico<br />
de smartphones e tablets<br />
com processadores poderosos<br />
e com grande espaço<br />
para armazenamento, pode ser utilizado em<br />
escritórios como ferramenta de trabalho, tanto<br />
para captura de outros dispositivos, como<br />
para ler e-mails, editar planilhas, fazer videoconferências,<br />
etc”.<br />
Já para o TI Helton Castro, algumas funcionalidades<br />
podem se tornar barreiras para<br />
que empresas possam expandir neste avanço<br />
tecnológico. Ele diz que “a mobilidade traz um<br />
conforto à quem sempre precisa estar antenado,<br />
seja apenas para aqueles usuários de redes<br />
sociais ou para o mais avançado. No caso<br />
de usuários corporativos, existe vários empecilhos<br />
quanto ao uso e segurança dos dados”.<br />
O crescimento de smartphones e tecnologia<br />
é algo indeterminado. Produtos de diferentes<br />
modelos, preços e promoções fazem com<br />
que o consumidor espere<br />
algo melhor e inovador em<br />
uma era consumista. O<br />
aparelho telefônico representa<br />
bem esta resolução<br />
de forma instantânea. A<br />
cobrança de uma resposta<br />
imediata faz com que em<br />
qualquer lugar o telefone<br />
esteja sempre em mãos.<br />
A psicóloga Geisa Robiatti<br />
chama atenção sobre<br />
a influência que um smartphone<br />
pode ter na vida<br />
de uma pessoa. “A maior<br />
influência disso é o distanciamento<br />
físico das pessoas,<br />
alienação, dificuldade em<br />
ter ou manter um relacionamento<br />
afetivo/interpessoal,<br />
tendo dificuldades na<br />
forma de se comunicar e expressar, consequentemente<br />
passando por uma manutenção<br />
saudável desses relacionamentos”, alerta a<br />
psicóloga.<br />
Além disso, mudanças comportamentais<br />
na vida pessoal podem causar isolamento, carência,<br />
baixo rendimento frente aos estudos e<br />
trabalho, até mesmo na falta de compreensão<br />
do mundo real, como conflitos pessoais ou familiares.<br />
Geisa finaliza dizendo que “hoje em dia<br />
é preciso estar conectado sempre nas redes<br />
sociais, mas, quando nos deparamos com um<br />
problema ao nosso lado, temos que recorrer<br />
a ferramentas de pesquisas ou componentes<br />
ilícitos para nos manter em pé”.
NOVO SUPERINTENDENTE<br />
Emerson assume o<br />
Shopping Jaraguá<br />
Emerson Nunes no dia 03<br />
de junho, foi apresentado à<br />
imprensa local.<br />
Simone Soriano (coordenadora de<br />
marketing) e Emerson Nunes, o novo<br />
superintendente do Jaraguá<br />
Apresentação se deu em frente ao cinema<br />
e em seguida os jornalistas foram<br />
convidados a acompanhar o andamento<br />
das obras de expansão do Shopping Jaraguá<br />
que se transforma num dos maiores da<br />
região. A RCI deseja boas vindas ao novo<br />
superintendente do shopping.<br />
PROJETO EMPREENDER<br />
De olho no crescimento pequenas<br />
empresas aderem ao programa<br />
Minimercados, Confecções<br />
e Materiais de Construção,<br />
são os núcleos setoriais<br />
que formam o Programa<br />
Empreender deste ano com<br />
a missão de orientá-los a<br />
ampliar e tornar mais<br />
sólidos os seus negócios.<br />
O lançamento de mais<br />
uma etapa do Empreender<br />
se deu no mês passado.<br />
Com representantes de três segmentos<br />
empreendores, foi retomado em maio no<br />
auditório da ACIA, o Projeto Empreender,<br />
parceria da própria ACIA com o SEBRAE-SP<br />
e FACESP. Cerca de trinta empresas aderiram<br />
ao Empreender, cujo objetivo é estimular<br />
o associativismo.<br />
Renato Haddad, presidente da ACIA,<br />
abriu o evento dizendo que “este é um programa<br />
que visa fortalecer as MPEs através<br />
da prestação de serviços, organizando os<br />
núcleos setoriais e contribuindo ainda para<br />
a melhoria e profissionalização das Associações<br />
Comerciais que acolhem o programa<br />
idealizado em São Paulo pela FACESP. Na<br />
verdade, confessa o dirigente, são praticadas<br />
várias ações contribuindo para o desenvolvimento<br />
socioeconômico, principalmente<br />
na geração de empregos, utilizando o lema<br />
Unir Para Crescer”.<br />
Presidente Renato Haddad, da ACIA, com seus<br />
diretores Antônio Junquetti e Luis Ferreira; Gino<br />
Torrezan (FACESP) e Daniel Palácio (SEBRAE)<br />
“A cada dia temos um mercado mais<br />
competitivo, dinâmico e globalizado, e muitas<br />
empresas de pequeno, médio e até<br />
grande porte, correm o risco de fecharem<br />
suas portas por não se adequarem às novas<br />
exigências do mercado. Cada vez mais<br />
a necessidade de renovação e a procura<br />
por soluções eficazes são realidades diárias<br />
para o empreendedor”, comentou o palestrante<br />
Márcio Pessolo, consultor da FACESP.<br />
Já Daniel Palácio, gerente regional do<br />
SEBRAE, argumentou que o empreendedor<br />
que adere ao Empreender obtém bons resultados,<br />
como o crescimento dos negócios,<br />
desenvolvimento dos trabalhos de capacitação<br />
e geração de vendas, agilidade na administração<br />
e benefícios junto a fornecedores,<br />
como descontos e concessões.<br />
Em seu retorno a Araraquara, o Empreender<br />
traz uma proposta inovadora, pois<br />
Todas as ações do<br />
Programa Empreender<br />
são feitas de maneira<br />
gratuita na cidade.<br />
Outros núcleos já<br />
foram montados com<br />
marcenarias, clínicas<br />
de beleza, reparação<br />
automotiva e também<br />
refrigeração<br />
32
José Carlos<br />
Barros dos<br />
Santos,<br />
agente do<br />
Empreender<br />
na ACIA<br />
Gino Torrezan, da FACESP<br />
estimula os empresários a se auto-organizarem<br />
e a definirem as suas demandas,<br />
sem esquecer do desenvolvimento regional<br />
que isto acarreta.<br />
A necessidade de aderir ao Programa<br />
Empreender está no fato de que MPE’s têm,<br />
na maioria dos países em desenvolvimento,<br />
um alto índice de mortalidade, chegando<br />
em algumas regiões e em alguns setores,<br />
superior a 50% no seu primeiro ano de vida.<br />
Esta elevada mortalidade tem razões conhecidas<br />
pelos órgãos de apoio e fomento<br />
de todos os países como: gestão deficiente;<br />
falta de formação do empresário e de seus<br />
funcionários; uso de tecnologias defasadas;<br />
baixa qualidade de produto/serviços ofertados;<br />
dificuldade para acessar linhas de crédito<br />
e muitas outras.<br />
Neste ano, três setores foram premiados:<br />
Materiais para Construção, agregando<br />
hidráulica e elétrica, Vestuário (confecções)<br />
e Minimercado, todos varejistas.<br />
Daniel Palácio Alves, do SEBRAE local<br />
Márcio Pessolo, consultor da FACESP<br />
Renato Haddad, presidente da ACIA,<br />
diz que a entidade sempre esteve<br />
vivamente interessada em fortalecer<br />
a micro e pequena empresa. “É com<br />
essa missão que a nossa diretoria tem<br />
se proposto a manter parcerias cada<br />
vez mais fortes com o SEBRAE e a<br />
FACESP, pois é o caminho para o<br />
crescimento do associativismo”, diz ele.<br />
33
RECORDAÇÃO<br />
Nas noites de Araraquara O Barril se<br />
transformava num pedaço do céu<br />
1970. O Brasil acabara de ser<br />
tri-campeão mundial de futebol<br />
no México. Araraquara era uma<br />
explosão de alegria num clima de<br />
prosperidade para enfrentar os<br />
desafios de mais uma década. Foi<br />
mergulhado neste sentimento que<br />
Raimundo Abboud e Apparecido<br />
Dahab, decidiram criar O Barril.<br />
O Barril, restaurante e choperia que era localizado<br />
na Rua São Bento, onde atualmente<br />
é a Galeria Bagé, foi sinônimo de sucesso por<br />
todos os anos que abriu suas portas. Não era<br />
apenas uma casa frequentada por jovens; o<br />
público diversificado contagiava o ambiente e<br />
às vezes a espera por mesa chegava até a Rua<br />
São Bento. Tudo era muito bonito; a cidade vivia<br />
pautada pelos tempos dourados dos exames<br />
de Madureza no Colégio São Bento, com<br />
gente que vinha de todos os cantos do país.<br />
Foi neste contexto que O Barril foi criado<br />
em 1970 por Apparecido Dahab, ou Aparício<br />
como chamam os amigos e Raimundo Abboud<br />
(o único dos irmãos registrado com dois bês).<br />
Raimundo, primo em segundo grau de Aparício,<br />
era filho de libaneses que vieram para o<br />
Brasil em busca de uma vida melhor.<br />
O casal Salwa Bou Assi Abboud (pronuncia-se<br />
Saluá), nascida no Líbano e Raimundo,<br />
eram os que cuidavam da mais badalada choperia<br />
da cidade na época. Ela conta como conheceu<br />
Abboud no Brasil. “Perdi minha mãe<br />
aos 10 anos e minhas irmãs já tinham vindo<br />
para o Brasil. Elas me trouxeram para cá e<br />
Roberto Abud que trabalhava n’O Barril nos fins de semana, Raimundo (seu tio), os garçons<br />
Luis e Sidney, e, Omer (cunhado de Raimundo), hoje no Líbano com um supermercado<br />
uma delas era casada com o irmão de Raimundo,<br />
e foi assim que eu o conheci. Quatro<br />
anos depois nos casamos e vivemos juntos<br />
por 30 anos”, revela.<br />
“Raimundo estava morando com os pais<br />
em São Paulo e Aparício que já havia criado<br />
a Kibelanche, o trouxe para Araraquara com o<br />
objetivo de abrirem algum negócio. Foi onde<br />
fundaram O Barril, que se tornou sucesso na<br />
época, diz Salwa, mostrando as fotos.<br />
A choperia sempre atingiu sua capacidade<br />
máxima de clientes, cada vez que abriam as<br />
portas. “As pessoas faziam fila para tentar entrar<br />
na casa. Tínhamos reservas de mesa com<br />
quase um mês de antecedência. Os que visitavam<br />
Araraquara, principalmente homens de<br />
negócios, também se reuniam lá. Era o ponto<br />
de encontro da turma. Apareciam pessoas de<br />
Bauru, São Carlos, Ribeirão Preto, sempre nos<br />
prestigiando” e continua “Aparício é muito inteligente.<br />
Tudo o que ele põe a mão, dá certo”.<br />
Antes de abrir O Barril, Apparecido teve outra<br />
lanchonete chamada Gimba, depois restaurante.<br />
Segundo Salwa, pessoas ligavam até do<br />
Embora O Barril tenha sido<br />
criado ao lado da antiga<br />
Gráfica Ferrari, na São Bento,<br />
foi um pouco mais abaixo que<br />
se consolidou nos anos 70.<br />
Da inauguração participaram:<br />
Isidoro Bittio Neto, Valdo<br />
Barbieri, Alfredo Saba,<br />
Rômulo Lupo, Aparício Dahab,<br />
Mayr Staufackar e Vicente<br />
Michetti. No fundo, Angélica,<br />
José Rubens de Barros e a<br />
família Domingos Bombarda<br />
34
Raimundo,<br />
no balcão<br />
d’O Barril<br />
e preferiu baixar as portas. “No dia do fechamento,<br />
todos choraram. Tiramos várias fotos<br />
do local, das pessoas. Não podia contrariar<br />
meu marido, ele já estava doente. Não queria<br />
ser culpada por matá-lo”, disse Salwa.<br />
Raimundo morreu em abril de 2000 de<br />
câncer no rim, em decorrência de sua diabetes.<br />
O casal não teve filhos e Salwa está quase<br />
todos os dias na Kibelanche, propriedade de<br />
sua irmã Isabele e Apparecido.<br />
Rio de Janeiro para deixar mesas reservadas<br />
para este restaurante.<br />
Ao relembrar do marido, Salwa conta que<br />
perdeu a sorte. “Perdi a sorte da minha vida.<br />
Se Deus me desse a oportunidade, iria buscá-lo<br />
para viver comigo de novo. Encontro com pessoas<br />
na rua que choram ao relembrar dele.<br />
Raimundo era muito bondoso, amoroso, atencioso<br />
e educado”.<br />
“Acordava cedo para preparar tudo e deixar<br />
o restaurante pronto. Raimundo descia<br />
mais tarde, pois morávamos no fundo d’O Barril.<br />
Era muito puxado e ele estava começando<br />
a se cansar. Já devia estar doente, mas não<br />
dizia absolutamente nada”.<br />
O Barril fechou em seu auge. Raimundo<br />
não conseguia mais levar adiante o negócio<br />
BOAS LEMBRANÇAS<br />
O comentário é geral: Aparício Dahab sempre<br />
foi um visionário. Não foi apenas com Raimundo<br />
ou Zé do Gimba (José Abud) que ele<br />
demonstrou ao longo da sua vida e dos negócios<br />
uma grande afinidade. O mesmo ocorria<br />
com Yussuf Samaha, o Zezinho da Prodaplan<br />
(antes Casa Nenê com o irmão Jalal). Aparício<br />
e Zezinho acabaram ficando próximos em<br />
negócios pioneiros, como a implantação da<br />
Prodaplan para iniciar os serviços de processamento<br />
de dados com a utilização de computadores.<br />
Anos depois, Yussuf transformou a<br />
Prodaplan em agência de turismo e passou a<br />
investir em rede de hotéis e pousadas.<br />
A marca O Barril contudo tinha “a cara” do<br />
Raimundo. Ambos se identificavam de forma<br />
gratificante no tempo em que - Araraquara<br />
dizia - o Raimundo do Barril, como também o<br />
Zezinho da Prodaplan e até hoje, o Aparício da<br />
Kibelanche.<br />
O padrinho Aparício Dahab conduz Salwa<br />
ao altar da Igreja Nossa Senhora das Graças<br />
Salwa e Raimundo, saída da Igreja Nossa<br />
Senhora das Graças em 1971<br />
Hora de pagar a conta: garçom para o Raimundo e daí para o Tetê Viviane e o amigo e<br />
também fotógrafo Laércio Verlotta, sob os olhares de Salwa que acompanha à distância<br />
35<br />
Salwa emocionada segura uma das fotos<br />
que mantém em seu arquivo com o marido<br />
Raimundo. São pedaços da história de uma<br />
família.
PESQUISA<br />
Indústria da transformação ainda<br />
é o boom da economia na cidade<br />
As atividades da indústria de<br />
transformação - no momento<br />
em alta em Araraquara - são,<br />
frequentemente, desenvolvidas<br />
em plantas industriais e fábricas,<br />
utilizando máquinas movidas<br />
por energia motriz e outros<br />
equipamentos com foco na<br />
manipulação de materiais. É<br />
também considerada como<br />
atividade industrial a produção<br />
manual e artesanal, vindo dela<br />
o maior número de empregos.<br />
Araraquara encerrou o mês de abril com<br />
saldo positivo de 704 novos empregos formais.<br />
O número é resultado de 4.102 admissões<br />
contra 3.398 desligamentos. No mês,<br />
o setor da atividade econômica que mais se<br />
destacou foi o da Indústria de Transformação,<br />
534 novas vagas. Em segundo lugar fica o Comércio,<br />
com saldo positivo de 49 empregos<br />
formais. O único setor com perda de postos de<br />
trabalho foi o de Serviços Industriais de Utilidade<br />
Pública, com saldo de menos 2.<br />
Na análise dos quatro primeiros meses de<br />
<strong>2014</strong>, as lideranças na criação de emprego em<br />
Araraquara ainda são dos setores industriais e<br />
de serviços, com saldos respectivos de +1.350<br />
e +379 vínculos empregatícios. Ao todo, de janeiro<br />
a abril, são +1.703, queda de 25% em<br />
relação ao mesmo período de 2013, quando<br />
foram criados 2.274 novos postos de trabalho.<br />
Continuando a análise do acumulado em<br />
<strong>2014</strong>, compara-se o desempenho da geração<br />
de vagas de Araraquara, com Rio Claro e São<br />
Carlos, cidades da região com o mesmo porte<br />
populacional. Nestes quatro primeiros meses<br />
do ano o saldo araraquarense é quase 175%<br />
maior que o rio-clarense. Já em São Carlos<br />
houve perda de postos de trabalho. De janeiro<br />
a abril o saldo ficou negativo em 104 vagas.<br />
Neste caso, os setores da Indústria de Transformação<br />
e o Comércio são responsáveis pela<br />
queda, com perdas respectivas de 382 e 291<br />
empregos com carteira de trabalho assinada.<br />
Tabela 1: Geração de emprego formal<br />
ANÁLISE: Os dados de abril mostram um<br />
cenário mais positivo da criação de empregos<br />
com carteira assinada. Ainda assim, a tendência<br />
do mercado de trabalho Araraquarense<br />
confirma a realidade nacional, ou seja, saldo é<br />
positivo, mas em desaceleração na contraposição<br />
aos anos anteriores. Mesmo com o bom<br />
resultado neste primeiro quadrimestre, houve<br />
queda de 25% do saldo total em relação ao<br />
mesmo período de 2013.<br />
Indústria e Serviços, setores ainda líderes<br />
nas contratações, viram seu saldo positivo cair<br />
24,5% e 35%, respectivamente, na oposição<br />
anual. Nossa diversidade produtiva, direcionada<br />
em grande parte ao mercado consumidor<br />
As indústrias de<br />
transformação, em geral,<br />
produzem bens tangíveis<br />
(mercadorias). Algumas<br />
atividades de serviços<br />
são também incluídas<br />
no seu âmbito tais como<br />
os serviços industriais,<br />
a montagem de<br />
componentes de produtos<br />
industriais, a instalação de<br />
máquinas e equipamentos<br />
e os serviços de<br />
manutenção e reparação.<br />
36<br />
Texto: Jaime Vasconcellos<br />
Economista e Coordenador do Núcleo de<br />
Economia do Sincomercio Araraquara<br />
Setores<br />
Ext. Mineral<br />
Ind. Transformação<br />
Serv. Ind. Utilidade Pub.<br />
Construção Civil<br />
Comércio<br />
Serviços<br />
Adm. Pública<br />
Agricultura<br />
Total<br />
Araraquara<br />
Abr/14<br />
2<br />
534<br />
-2<br />
18<br />
49<br />
21<br />
47<br />
35<br />
704<br />
<strong>2014</strong><br />
7<br />
1.350<br />
26<br />
123<br />
-243<br />
379<br />
52<br />
9<br />
1.703<br />
Rio Claro<br />
Abr/14<br />
1<br />
247<br />
6<br />
80<br />
-3<br />
202<br />
5<br />
-6<br />
532<br />
<strong>2014</strong><br />
7<br />
1.350<br />
26<br />
123<br />
-243<br />
379<br />
52<br />
9<br />
1.703<br />
São Carlos<br />
Abr/14<br />
4<br />
-116<br />
6<br />
95<br />
-16<br />
-25<br />
59<br />
-29<br />
-22<br />
Fonte: CAG<strong>ED</strong> / Elaboração: Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara<br />
<strong>2014</strong><br />
2<br />
-382<br />
43<br />
255<br />
-291<br />
160<br />
109<br />
0<br />
-104<br />
A indústria já se mostra bastante tímida para<br />
novas contratações<br />
predominantemente interno, ainda resguarda<br />
nossa capacidade de expansão do mercado<br />
de trabalho industrial. Já o setor de serviços<br />
tem se sustentado pela forte demanda local,<br />
fomentada por um crescimento do próprio emprego<br />
em Araraquara nos últimos anos e pelo<br />
acesso ao crédito, que mesmo mais encarecido<br />
atualmente, continua ser um dos pilares do<br />
poder de compra das famílias.<br />
Em suma, O CAG<strong>ED</strong> nos mostra, neste primeiro<br />
quadrimestre, que o mercado de trabalho<br />
formal araraquarense precisa ser avaliado com<br />
cautela, menos otimista. Os resultados são mais<br />
tímidos que em 2013. A Indústria, que tende a<br />
ter perspectivas de médio prazo, e Comércio<br />
e Serviços, com visão de curtíssimo prazo, se<br />
mostram arrefecidos para novas contratações.
JURÍDICO<br />
Dispensa por justa causa<br />
Considerada a penalidade máxima aplicada ao empregado que<br />
comete uma falta grave, a dispensa por justa causa tem sido motivo<br />
de muitos questionamentos de empresas do comércio varejista.<br />
Não são raras as situações em que há a quebra do vínculo de<br />
confiança existente na relação de emprego, que, por muitas vezes,<br />
torna insustentável a continuidade da prestação dos serviços.<br />
Contudo, mesmo diante de um ato faltoso do empregado, é necessário<br />
que o empregador tenha bastante cautela ao efetuar a dispensa<br />
por justa causa, atentando sempre à legislação pátria e às<br />
decisões dos Tribunais Trabalhistas.<br />
Nesse sentido, alguns pressupostos devem ser observados para<br />
que este tipo de dispensa seja efetuada de forma segura, quais sejam:<br />
• autoria: o empregador deve ter absoluta certeza da autoria do<br />
cometimento da falta grave, ou seja, não pode haver dúvida de que<br />
foi determinado empregado que cometeu o ato faltoso;<br />
• tipificação legal: a falta cometida pelo empregado deve estar<br />
prevista no artigo 482 da CLT *, pois nem toda falta é considerada<br />
grave;<br />
• nexo de causalidade: a dispensa por justa causa deve ter vinculação<br />
direta com a falta, sendo que o empregador deve ter provas<br />
robustas do ato faltoso cometido pelo empregado;<br />
• imediatidade: o empregador deve aplicar a punição tão logo<br />
saiba da falta cometida pelo empregado ou, quando assim não possível,<br />
tão logo termine a apuração dos fatos, sob pena de configuração<br />
de perdão tácito;<br />
• proporcionalidade: o empregador deve ter bom senso ao aplicar<br />
a punição, visto que um ato de natureza leve do empregado não<br />
deve ser punido de forma severa, mesmo que enquadrável, em tese,<br />
no artigo 482 da CLT;<br />
• vedação da dupla punição:<br />
o empregado não pode ser punido<br />
mais de uma vez pelo mesmo ato<br />
faltoso.<br />
A não observância pelo empregador<br />
de qualquer um dos pressupostos<br />
acima elencados poderá<br />
resultar na conversão da dispensa<br />
por justa causa em dispensa sem<br />
justa causa.<br />
Atente-se que também é direito<br />
do empregado conhecer o motivo que levou a sua dispensa por<br />
justa causa. Dessa forma, ao aplicar a punição, o empregador<br />
deve trazer essa informação por escrito, a fim de se evitar o risco<br />
de futuras alegações de desconhecimento.<br />
Vale lembrar que as punições aplicadas (advertência, suspensão<br />
ou dispensa por justa causa) devem ser iguais a todos<br />
aqueles que cometeram determinada falta, para que não haja<br />
tratamento discriminatório.<br />
Ressalte-se que dentre as hipóteses de justa causa elencadas<br />
pelo artigo 482 da CLT, as que mais se destacam no comércio<br />
varejista são a desídia, verificada quando existe desinteresse/má<br />
vontade do empregado no desempenho de suas funções,<br />
o mau procedimento, constatado quando o empregado causa<br />
perturbação no ambiente de trabalho, o ato de indisciplina ou insubordinação,<br />
quando o empregado não cumpre normas gerais<br />
e/ou descumpre ordem que lhe é dada diretamente e o ato de<br />
improbidade, que ocorre quando empregado age com desonestidade,<br />
incluindo nesta última hipótese, dentre outros, os casos<br />
em que o empregado faz uso indevido do vale-transporte ou<br />
apresenta atestado médico falso.<br />
Frise-se que é de suma importância que o empregador conheça<br />
todas as hipóteses de dispensa por justa causa e saiba<br />
aplicá-las de maneira sensata, visto que, por se tratar de medida<br />
extrema, são necessárias provas incontroversas acerca da<br />
sua ocorrência. Dessa forma, é aconselhável que o empregador<br />
sempre consulte um advogado.<br />
Por fim, o empregador deve se conscientizar de que a dispensa<br />
por justa causa é entendida como exceção pela Justiça<br />
do Trabalho, aplicada tão somente nos casos em que a continuidade<br />
da relação de emprego se torne insustentável, devido a<br />
quebra do vínculo de confiança decorrente da gravidade do ato<br />
faltoso.<br />
* Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato<br />
de trabalho pelo empregador:<br />
a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau<br />
procedimento; c) negociação habitual por conta própria ou alheia<br />
sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência<br />
à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for<br />
prejudicial ao serviço; d) condenação criminal do empregado,<br />
passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução<br />
da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções;<br />
f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo<br />
da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação;<br />
i) abandono de emprego; j) ato lesivo da honra ou da boa fama<br />
praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas,<br />
nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa,<br />
própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama<br />
ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores<br />
hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de<br />
outrem; l) prática constante de jogos de azar.<br />
Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa<br />
de empregado a prática, devidamente comprovada em<br />
inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional.<br />
Dra. Thaís Costa Domingues<br />
Advogada do SINCOMERCIO Araraquara<br />
37
José Antonio<br />
Delle Piage,<br />
secretário<br />
ambiental<br />
O reflorestamento do Pinheirinho é sem dúvida uma das grandes ações da<br />
secretaria municipal de Meio Ambiente, dada a extensão da área e a necessidade<br />
de preservá-la como ponto de visitação pelas características de um bosque<br />
A NATUREZA<br />
A sustentabilidade no<br />
mês do Meio Ambiente<br />
Araraquara tem buscado atingir<br />
bom índice de desenvolvimento<br />
econômico sem agredir o meio<br />
ambiente, usando os recursos<br />
naturais de forma inteligente<br />
para que eles se mantenham<br />
no futuro.<br />
Junho é o mês em que se comemoram as<br />
ações do Dia Mundial do Meio Ambiente (5).<br />
Não existe palavra mais nova a envolver a natureza<br />
do que sustentabilidade. Em Araraquara,<br />
o tema está em crescimento. Debates são realizados<br />
nas escolas municipais e as crianças são<br />
colocadas como pequenos fiscais dentro da própria<br />
casa, para “corrigir”<br />
as manias dos pais<br />
em desperdiçar água,<br />
ou a não separação de<br />
lixos recicláveis e outros<br />
problemas que só<br />
a correria do dia-a-dia<br />
acarreta.<br />
A Secretaria Municipal<br />
de Meio Ambiente,<br />
a partir de junho,<br />
Projeto Amigo<br />
da Árvore<br />
lança uma parceria com o Tiro de Guerra, planilhas<br />
e palestras de conscientização para o combate<br />
de queimadas. O plano de ação para controle<br />
de queimadas urbanas em Araraquara envolve<br />
a secretaria e a parceria com o TG. Segundo o secretário<br />
ambiental da cidade, José Antonio Delle<br />
Piage, o intuito é combater a queimada urbana.<br />
“Nosso foco nessa ação é prevenir, orientar e<br />
entregar panfletos para as pessoas que moram<br />
próximo à periferia, onde há grande número de<br />
terrenos baldios que tendem a ser queimados,<br />
criminalmente ou não”, explica.<br />
Ainda de acordo com ele, é difícil conseguir<br />
punir alguém nestas situações. “Pessoas podem<br />
passar por um terreno e jogar um cigarro<br />
e aí inicia-se a queimada. Não conseguimos<br />
identificar quem fez isso e muitas vezes responsabilizamos<br />
o proprietário do terreno, que<br />
não manteve o local em boas condições”.<br />
Além deste projeto, a partir de junho as<br />
escolas municipais receberão pontos de coleta<br />
para óleo usado. “Qualquer pessoa, tanto as<br />
crianças quanto os funcionários das escolas,<br />
poderão enviar este óleo para o ponto da coleta.<br />
É um incentivo que damos às crianças,<br />
possibilitando a fiscalização dentro de casa,<br />
para que não ocorra a contaminação da água<br />
com o óleo. Um grupo da Acácia (Cooperativa<br />
de Catadores de Material Reciclável) recolherá<br />
este óleo e venderá para uma empresa. Esse<br />
38<br />
dinheiro será revertido para a própria cooperativa”,<br />
explica Delle Piage.<br />
O secretário explica também as tarefas<br />
diárias e as dificuldades para manter o meio<br />
ambiente em Araraquara. “Nesta época de<br />
estiagem, agimos principalmente sobre as<br />
queimadas urbanas e o desperdício de água.<br />
Os proprietários de terrenos baldios com mato<br />
alto ou resíduos sólidos (como entulhos), podem<br />
ser multados e o valor pode ser caro. Além<br />
disso, estamos em cima da poda drástica de<br />
árvores urbanas. Por se cortar totalmente uma<br />
árvore de uma calçada ou mesmo dentro de<br />
casa, sem a autorização da secretaria do meio<br />
ambiente, a multa pode chegar a 50 UFM (Unidade<br />
Financeira Municipal), que está por volta<br />
de R$ 40 cada. Se aplicarmos um valor deste<br />
numa poda drástica, a multa pode chegar a R$<br />
2 mil”, explica.<br />
Para denúncias de irregularidades em<br />
terrenos, desperdício de água ou qualquer<br />
infração contra o ambiente, entre em contato<br />
pelo telefone 3301 9000, até às 17h, ou então<br />
0800 7740440, das 17h às 8h.<br />
Crianças e o Meio Ambiente
PORTABILIDADE DO CRÉDITO<br />
Já em vigor<br />
nos bancos<br />
No começo de maio,<br />
entraram em vigor as novas<br />
regras para transferir os<br />
empréstimos e financiamentos<br />
de um banco para outra<br />
instituição financeira que<br />
oferecer melhor taxa de juros.<br />
A chamada “portabilidade” do crédito, que<br />
começou a valer a partir de maio também valerá<br />
para operações de “leasing” (arrendamento<br />
mercantil). Essas regras foram regulamentadas<br />
pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no final<br />
do ano passado, mas só entraram em vigor<br />
no dia 5 de maio e valem para todo o tipo de crédito:<br />
consignado, crédito pessoal, financiamento<br />
de imóveis e de automóveis, entre outros, e até<br />
mesmo aqueles com recursos do Fundo de Garantia<br />
por Tempo de Serviço (FGTS).<br />
O objetivo da medida é incentivar a concorrência<br />
entre os bancos e possibilitar uma<br />
redução na taxa de juros cobrada nas operações.<br />
Para que o consumidor possa fazer a<br />
migração, basta procurar diretamente o banco<br />
escolhido. A instituição entrará em contato<br />
com o banco original para o fornecimento do<br />
crédito atual da pessoa. O banco de origem<br />
terá 5 dias úteis para apresentar uma contraproposta.<br />
Caso não apresentem uma resposta,<br />
a dívida migrará automaticamente para o<br />
banco de escolha do consumidor.<br />
Outras mudanças são das taxas de juros<br />
e de administração do banco que podem ser<br />
alteradas baixando o valor da mensalidade<br />
paga pelo consumidor. O prazo e o valor do financiamento<br />
não poderão ser elevados.<br />
Para que o consumidor possa ficar mais<br />
esclarecido sobre o assunto, a RCI procurou<br />
dois especialistas para falarem sobre o quanto<br />
essas mudanças podem ser significativas<br />
em um financiamento.<br />
Fernando Muniz, gerente da MRV<br />
Economista Eduardo<br />
Rois Morales Alves<br />
O economista Eduardo Rois Morales Alves<br />
explica que o mutuário pode sair beneficiado<br />
dentro desta portabilidade. “O consumidor<br />
sempre quer um custo menor. Sendo assim,<br />
se a primeira e a última parcela de um financiamento<br />
forem menores que a primeira, a<br />
troca entre os bancos acaba compensando”,<br />
comenta Rois.<br />
Além disso, o economista destaca a briga<br />
sadia entre os bancos. “Há um estímulo<br />
dentro de nossa economia e isso cria uma rivalidade.<br />
Porém, o mutuário tem que prestar<br />
atenção se compensa a troca de um banco<br />
para outro, pois a taxa nominal pode fazer a<br />
diferença no decorrer do financiamento, além<br />
de outras taxas que o banco pode oferecer<br />
dentro de outros planos”, declara.<br />
Já para o consultor financeiro e gerente da<br />
MRV, Fernando Muniz, a portabilidade sempre<br />
foi uma opção válida para os consumidores.<br />
“Ela foi criada para que o usuário tenha opções<br />
no mercado e bancos estimulando um<br />
juro menor, surgindo uma concorrência maior<br />
entre eles. As instituições saem ganhando<br />
com isso e conseguem criar uma fidelidade<br />
com o cliente”, explica. Para Muniz, o ramo<br />
imobiliário ainda carece de experiência dentro<br />
destas novas regras. “Toda e qualquer mudança<br />
gera desconforto e desconfiança entre os<br />
consumidores, mas as novas regras impostas<br />
tendem a melhorar cada vez mais daqui pra<br />
frente”, finaliza.<br />
A portabilidade é sempre uma opção benéfica<br />
ao consumidor porque traz mais competitividade<br />
ao setor, como já foi visto no caso<br />
da telefonia móvel. Contudo, quando se trata<br />
de financiamentos, é preciso fazer as contas<br />
certas para ver se vale a pena migrar de instituição<br />
financeira. O principal elemento desse<br />
cálculo é o Custo Efetivo Total (CET), que engloba<br />
não apenas os juros do financiamento,<br />
mas também outros encargos que operações<br />
de crédito têm, como seguros obrigatórios e<br />
taxas administrativas. O valor do CET deve ser<br />
pedido à instituição financeira com a qual o<br />
consumidor já firmou o contrato.<br />
39<br />
CONHECER<br />
A importância do<br />
Comcriar na cidade<br />
Em julho a RCI começará a<br />
mostrar o dinamismo das<br />
entidades que cuidam de<br />
crianças e adolescentes na<br />
cidade. Elas recebem apoio de<br />
um órgão chamado Comcriar.<br />
Mas, o que é o Comcriar?<br />
Samuel Brasil Bueno (presidente do<br />
Comcriar) ao lado de Jaqueline<br />
Pereira (Vice-Presidente)<br />
Instituído por meio de Lei, o COMCRIAR<br />
– Conselho Municipal dos Direitos da Criança<br />
e do Adolescente, é órgão de apoio da<br />
política de defesa da população infanto-juvenil.<br />
Atua na regulamentação e na fiscalização<br />
à execução de ações no que se refere<br />
ao desenvolvimento pleno desse segmento.<br />
Sua composição é feita de forma paritária<br />
entre os representantes da Sociedade<br />
Civil e Poder Público com pautas de reuniões<br />
ordinárias mensais. Como órgão específico<br />
de fiscalização e regulamentação<br />
das políticas, gerencia toda a rede de serviço<br />
existente no município colocado à disposição<br />
das crianças e dos adolescentes.<br />
Atualmente conta com 32 instituições<br />
que atuam em diferentes segmentos que<br />
vão desde o meio aberto (após escola) até<br />
acolhimento institucional (abrigo).<br />
As entidades em sua maioria são filantrópicas<br />
e contam, além dos recursos<br />
próprios, com linhas de financiamento para<br />
executarem suas ações. Esses investimentos<br />
se dão tanto por parte do Poder Público<br />
quanto pela sociedade.<br />
Uma forma de grande participação no<br />
financiamento desses projetos são as destinações<br />
feitas ao Fundo Municipal da Criança<br />
e do Adolescente, por meio da destinação<br />
do Imposto de Renda que abrange 6%<br />
pessoa física e 1% pessoa jurídica.<br />
O Conselho de Direitos da Criança e do<br />
Adolescente de Araraquara está na Rua Expedicionário<br />
do Brasil, 1630, e atende pelo<br />
telefone 16-3322-5810.
HOMENAGEM<br />
Joacyr: “O outro lado da minha vida? A<br />
família e um pedaço de chão, a AABB”<br />
Brincar de se esconder numa hora<br />
dessas... eram coisas do Joacyr.<br />
Marley então se divertia com as<br />
graças do marido; para os filhos<br />
ele parecia um irmão caçula; os<br />
netos viam nele um anjo zelador.<br />
Os amigos que ficaram, falam<br />
que o trem se foi levando gente<br />
que não queria partir.<br />
Joacyr Braghini, o araraquarense nascido<br />
no primeiro dia de outubro de 1938, sempre<br />
foi visto como símbolo de uma geração voltada<br />
à família, ao trabalho e dedicado a ajudar<br />
o próximo. “Só depois que ele partiu é que a<br />
gente ficou sabendo das coisas que aconteceram<br />
ao seu redor e que desconhecíamos”,<br />
diz a filha Inaiá. Ela se refere as ações sociais<br />
em que Joacyr participava de forma anônima,<br />
deixando entre as pessoas um enorme rastro<br />
de saudades. Até mesmo a doença parece ter<br />
sido escondida por ele, pois tudo foi muito rápido:<br />
não mais que quarenta dias.<br />
O que Joacyr jamais deixou de mencionar<br />
nas conversas com os amigos era o respeito e<br />
o amor pela família. Casado com Marley desde<br />
2 de julho de 1942, e pai de Ianice, Ivan, Inaiá<br />
e Inezita, se via com clareza a alegria entre todos.<br />
Essa união o levava a viajar todos os anos<br />
em companhia dos familiares. A última delas,<br />
neste ano foi para o litoral de Santa Catarina:<br />
“Foram dias maravilhosos”, conta<br />
sua esposa.<br />
A próxima seria para Bertioga, levando<br />
na bagagem apenas a esposa e<br />
os netos: Laura, Letícia, Pedro, João, Vitória<br />
e Marina. Mas não deu, diz Laura<br />
- a neta mais velha, que alguns dias depois<br />
da partida, chegou a compará-lo a<br />
Joacyr, Marley e os filhos:<br />
Inezita, Inaiá, Ianice e Ivan<br />
40<br />
comandante de um barco e dizer: “Durante 75<br />
anos ele passou por águas claras e límpidas,<br />
mas também enfrentou tempestades nebulosas.<br />
A última tormenta foi com ventos muito<br />
fortes que deixaram o céu inteiro com uma<br />
massa escura, tão devastadora que o levou”.<br />
Mas Joacyr deixou belos exemplos após<br />
trabalhar no Banco do Brasil por 29 anos<br />
(começou em 1962). Com a aposentadoria<br />
passou a ser diretor da AABB, desenvolvendo<br />
projetos e eventos para auxiliar a manutenção
das entidades sociais. Também foi, por longo<br />
tempo, diretor e presidente da FACIRA.<br />
Na AABB, onde foi presidente por muitos anos,<br />
Joacyr implantou inúmeros projetos, no entanto, a<br />
menina dos seus olhos era a AABB, comunidade<br />
que presta atendimento a crianças e adolescentes<br />
com idade entre 7 e 18 anos de ambos os sexos. O<br />
programa oferece suporte educacional e recreativo<br />
tendo sequência nas mãos do novo presidente:<br />
Thiago de Oliveira Ferreira.<br />
álbum de família<br />
O RECADO DEIXADO POR JOACYR<br />
Em 2013, tal como pressentimento, Joacyr<br />
sentia que a FACIRA - criação de um<br />
antigo grupo de voluntários e empresários<br />
da cidade - não poderia acabar. Em algum<br />
lugar deveria ser feita, até mesmo no céu,<br />
aproveitando alguns companheiros que ajudaram<br />
na feira e que já haviam partido. Eis<br />
o texto:<br />
“Ontem recebi um recado. O recadista,<br />
acredito saber quem é, mas não vou revelar<br />
o seu nome nesta nota. Ele reclamava<br />
do porque que nós, aí do andar de baixo,<br />
tínhamos abandonado o Projeto da Facira.<br />
Dizia ele, o recadista, que o nosso grupo<br />
era tão forte e que não havia razão para<br />
isso. De outra forma, se aí, vocês do andar<br />
de baixo não fazem, nós aqui podemos<br />
fazê-lo pois temos um quadro de colaboradores<br />
capacitado. Senão, vejamos, três<br />
dos ex-Presidentes estão por aqui.<br />
O Eduardo Michetti pode repetir a dose e<br />
ser novamente o presidente da Facira in<br />
Sky; para a organização ninguém melhor<br />
do que o Sérgio Dall’Acqua, deixando<br />
para o Dirceu de Carvalho a parte burocrática<br />
e a contabilidade; o Martinho Zanin<br />
cuida das ovelhas e o Guilherme Iost<br />
junto com o Marcelo Bombarda do gado.<br />
A parte da infraestrutura podemos dispensar,<br />
aqui é tudo mais fácil, pega-se aqui se<br />
põe ali, sem problema, porém se houver,<br />
o Zé Luiz do Amaral resolve, o Coca da<br />
CPFL dá uma mão na energia e o Nildson<br />
Leite Amaral, nos shows. Lembro que sem<br />
ter que pagar o Ecad, ele vai deitar e rolar<br />
chamando, João Paulo e Emilio Santiago,<br />
já disseram que colaboram.<br />
Então decidam, pois se o resultado financeiro<br />
na terra era destinado a amenizar as necessidades<br />
das entidades, e eu, sou testemunha<br />
do quanto fizeram, aqui vamos dirigir o resultado,<br />
em benefício das almas. O Harlei<br />
cuidará da portaria com ajuda do Sidnei. O<br />
cachê dos artistas será pago com orações.<br />
Marley,<br />
Marina e<br />
Joacyr<br />
Os netos reunidos com Marley e Joacyr:<br />
Letícia, Pedro, Laura, João, Vitória e Marina<br />
Brotas<br />
Brotas<br />
Com o irmão<br />
Zezé Braghini<br />
Grito de guerra do casal na comemoração dos<br />
50 anos de casamento. Era o dia da vitória.<br />
Concluindo, o recado dizia se não vão mexer<br />
o doce então subam, para nos ajudar...”<br />
Almoço em família<br />
Assinado, Joacyr<br />
41
42
43
44
AGRO<br />
N E G Ó C I O S<br />
INFORMATIVO<br />
edição junho <strong>2014</strong><br />
ORIENTAÇÃO<br />
O e-Social na vida dos<br />
nossos produtores rurais<br />
Na segunda quinzena de maio, o Sindicato Rural de Araraquara<br />
organizou no SESC, palestra de orientação aos produtores rurais sobre<br />
as normas adotadas pelo governo para centralização a partir de julho,<br />
de todas as informações vinculadas às obrigações trabalhistas, FGTS,<br />
previdenciária e fiscal. O encontro teve o apoio da FAESP e SENAR SP.<br />
No auditório do SESC/Araraquara foi realizada<br />
no dia 16 de maio uma palestra gratuita<br />
sobre o e-Social, que trata da nova forma de<br />
transmissão digital das informações sobre a<br />
folha de pagamento para todos os empregadores<br />
rurais, urbanos e domésticos em relação<br />
aos seus empregados, visando o atendimento<br />
legal das obrigações trabalhistas, FGTS, previdenciária<br />
e fiscal.<br />
O e-Social é um projeto do governo federal,<br />
que reúne a Receita Federal do Brasil,<br />
INSS, Ministério do Trabalho e Emprego e<br />
Caixa Econômica Federal, tendo como objetivo<br />
centralizar o fornecimento das informações<br />
que são prestadas atualmente para estes<br />
órgãos de forma separada, substituindo,<br />
dentre outros documentos, a SEFIP-Sistema<br />
Empresa e do FGTS e Informações à Previdência<br />
Social. De acordo com o presidente<br />
Nicolau de Souza Freitas, do Sindicato Rural,<br />
o E-Social ainda tem como premissas garantir<br />
direitos dos trabalhadores, simplificar<br />
o cumprimento das obrigações legais pelo<br />
empregador e melhorar a qualidade das informações<br />
que hoje são prestadas para o<br />
Governo.<br />
Com o auditório lotado, a palestra foi proferida<br />
pelo Dr. Paulo Roberto Margarotto – Auditor<br />
Fiscal da Receita Federal do Brasil - RFB e<br />
Sustentador do projeto da 8ª Região Fiscal da<br />
RFB. A seguir, Carlos Mastrelli, da Caixa Econônica<br />
Federal, forneceu informações sobre a<br />
verificação do cadastro dos trabalhadores no<br />
FGTS para efeito de implantação do e-Social.<br />
No final da atividade, abriu-se espaço para esclarecimentos<br />
e perguntas dos participantes,<br />
as quais foram devidamente respondidas pelos<br />
palestrantes.<br />
Além da tradicional parceria com o Sistema<br />
FAESP-SENAR/SP, o Sindicato Rural de<br />
Araraquara teve ainda como parceiros o SESC/<br />
Araraquara, a APAFISP-Associação Paulista dos<br />
Auditores Fiscais da RFB, o SESCON-Regional,<br />
a AESCAR-Associação dos Escritórios de Araraquara<br />
e SINCOAR- Sindicato dos Contabilistas<br />
de Araraquara.<br />
Prestigiando o evento, a abertura dos trabalhos<br />
foi feita pelo Dr. José Horta Conrado,<br />
coordenador e representante do Dr. Fábio de<br />
Salles Meirelles, presidente do Sistema FAESP-<br />
SENAR/SP; Nicolau de Souza Freitas, presidente<br />
do Sindicato Rural local; Dra. Maria de<br />
Lourdes Martins Oliveira, delegada da RFB de<br />
Araraquara; Dr. Rui Pinheiro Camargo Penteado,<br />
gerente executivo do INSS; Dr. Ariovaldo<br />
Cirelo, da APAFISP; Mário Porto, coordenador<br />
regional do SENAR-SP; Wladimir Rodrigues,<br />
diretor do SESCON-Regional e Eduardo Bonifácio<br />
Martins, representante da AESCAR e do<br />
SINCOAR.<br />
O palestrante Paulo Roberto Margarotto<br />
Mário Porto, coordenador regional do<br />
SENAR, Ariovaldo Cirelo e Wladimir<br />
Rodrigues, diretor regional do SESCON<br />
Nicolau de Souza Freitas,<br />
presidente do Sindicato Rural<br />
e José Horta Conrado, que<br />
representou Fábio de Salles<br />
Meirelles, presidente do<br />
Sistema FAESP-SENAR/SP,<br />
durante o evento realizado<br />
no anfiteatro do SESC<br />
Araraquara<br />
45<br />
Anfiteatro do SESC
AVICULTURA<br />
Sejam bem-vindos<br />
à Granja Alvorada<br />
José Carlos Nogueira consegue<br />
praticamente uma proeza na<br />
avicultura: ter um quilo de carne<br />
de frango com 1,600g de ração<br />
no período de crescimento da<br />
ave. A média é recomendada<br />
pelos frigoríficos para granjas<br />
que possuem tecnologia de<br />
ponta. Nogueira dispõe de um<br />
sistema de automação e usa sua<br />
experiência para obter excelentes<br />
resultados na produção.<br />
Em 2000, José Carlos Nogueira, com<br />
apoio da mulher Leila, começou em sua<br />
propriedade, a chácara Alvorada, a construção<br />
de um aviário. A pequena propriedade<br />
(2 hectares) e 4.500m² de área construída,<br />
hoje já conta com três aviários mistos seguindo<br />
com rigor as normas do Ministério<br />
da Agricultura.<br />
Para quem participa da avicultura, Nogueira<br />
é um dos maiores exemplos de dedicação<br />
e ousadia no mundo dos negócios.<br />
Além de utilizar sua experiência para se<br />
manter de forma equilibrada no mercado, o<br />
produtor se sente realizado pelo papel social<br />
que cumpre: mantém um vínculo familiar<br />
nas atividades, gera empregos e consegue<br />
rentabilidade para manter a qualidade de<br />
A Granja Alvorada hoje mantém uma média em sua produção de 52 mil frangos<br />
um produto - o frango, por preço plenamente<br />
acessível em relação à carne bovina e suína.<br />
Curioso mesmo, é que não há tecnologia<br />
de ponta, mas está tudo automatizado.<br />
Segundo Nogueira, 80% é tecnologia e 98%<br />
automação e isso não gera nenhuma dificuldade<br />
no manejo das aves, pois conta com<br />
a ajuda de seus funcionários Cícero Araújo<br />
e Edna Martins Araújo, que trabalham na<br />
granja há dois anos e meio, e administram a<br />
granja com muito esmero. “Eles fazem todo<br />
serviço, garantindo a funcionalidade do aviá-<br />
rio, como controle de refrigeração, água e<br />
principalmente a ração, que deve ser dada<br />
às aves, de acordo com o seu crescimento.<br />
Na verdade, diz Nogueira, em cada fase é<br />
ministrada uma ração diferente, como: de 1<br />
a 7 dias (ração inicial), de 8 aos 28 dias, muda-se<br />
a ração (crescimento), de 29 a 38, é<br />
outra ração e dos 39 até o final, é dada uma<br />
ração especial (de acabamento) e isenta de<br />
qualquer tipo de medicamento (período de<br />
limpeza da carne), diz o produtor.<br />
Ainda que seja um trabalho de muita<br />
Chácara Alvorada<br />
é um convite ao<br />
prazer e a uma<br />
convivência mais<br />
ampla para os<br />
que gostam de<br />
desfrutar das belas<br />
paisagens que a<br />
natureza oferece.<br />
Tudo parece estar<br />
num conjunto de<br />
rara beleza.<br />
ENTENDA O PROCESSO PRODUTIVO<br />
DA GRANJA ALVORADA<br />
• Conversão: com1600 gr de ração<br />
se obtém 1k de frango<br />
• Mortalidade: o que se perde:<br />
próximo de 2% por lote<br />
• Peso aos 45 dias: em torno de<br />
2,8 kg por frango<br />
• Locação: 6 lotes de frango a<br />
cada 12 meses<br />
• Lote: 50 mil frangos<br />
46
O silos para o armazenamento da ração<br />
dada às aves de forma continuada<br />
paciência, o desenvolvimento da ave está<br />
na relação entre ração e peso (conversão<br />
alimentar): o peso esperado em 45 dias<br />
é 2.800gr. Uma base de cálculo de cada<br />
lote (em ração) é de 250 toneladas, o que<br />
corresponde a mais ou menos 140 toneladas<br />
de cada (ração / frango). Contudo,<br />
o segredo que ele guarda e chama a atenção<br />
dos produtores, é de como consegue<br />
transformar 1,600gr. de proteína vegetal<br />
proveniente da fotossíntese (energia solar)<br />
em 1.000gr. de proteína animal (o frango),<br />
sem utilizar tecnologia de ponta. Nogueira<br />
comenta que todos esses resultados atendem<br />
o esperado pelo fornecedor, responsável<br />
pela ração, pintinho, assistência técnica,<br />
abate e comercialização, gerando por conta<br />
do investimento, boa rentabilidade. Só que,<br />
quando questionado se reaplicaria esse<br />
valor na compra de uma nova propriedade<br />
com a renda que o frango dá, ele simplesmente<br />
diz que - não: “Tenho uma reserva e<br />
com ela mantenho o aviário com os meus<br />
recursos técnicos; se for investir em alta<br />
tecnologia, vou dispor da minha reserva<br />
para no final ter o mesmo lucro com um sistema<br />
mais convencional”, explica.<br />
A granja tem um programa de parceria<br />
com a Ad’oro. A empresa fornece os pintos<br />
de 1 dia, ração e veterinária/assistência. A<br />
parte de Nogueira é a estrutura e o manejo<br />
(mão-de-obra).<br />
Com uma margem de lucro que gira em<br />
média de 50 centavos para mais ou para<br />
menos de cada frango, Nogueira ainda vende<br />
o esterco produzido nos aviários, para a<br />
usina, que se transforma em adubo orgânico<br />
no cultivo da cana-de-açúcar. A limpeza<br />
dos galpões é feita a cada dois lotes (um<br />
período de 120).<br />
Desde o início, José Carlos Nogueira<br />
investe periodicamente na automação da<br />
granja, como o sistema de resfriamento,<br />
que gerou melhorias de ambiente e conforto<br />
térmico, troca do equipamento tratador<br />
(que têm garantia de fábrica por 5 anos),<br />
caixa d´água de 10.000 (capacidade de<br />
suprir por 5 horas a necessidade de água).<br />
Para investimento ainda, seu próximo passo<br />
será a compra de um gerador, e assim, toda a infraestrutura<br />
da granja estará resolvida. Em se falando<br />
já em termos de capital, Nogueira diz que<br />
praticamente recuperou todo o investimento.<br />
Ele acrescenta que por experiência<br />
própria, para pequenas propriedades, uma<br />
granja, como a que ele possui, ainda é um<br />
dos melhores investimentos hoje em dia.<br />
Esse otimismo que Nogueira passa é digno<br />
de elogios e recebe do Sindicato Rural essa<br />
justa homenagem, pois se torna um grande<br />
exemplo por sonhar e realizar, mostrando<br />
que “não é fácil, porém, não impossível “.<br />
Mário Porto, coordenador regional<br />
do SENAR e diretor do Sindicato Rural,<br />
cumprimentando o avicultor José Carlos<br />
Nogueira pelo excelente trabalho que<br />
vem realizando<br />
Cícero Araújo com a esposa Edna Martins<br />
e Leila com o marido José Carlos Nogueira<br />
<strong>JUNHO</strong>/<strong>2014</strong><br />
CURSOS<br />
• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS COM<br />
PULVERIZADOR COSTAL MANUAL<br />
02/06/<strong>2014</strong> até 04/06/<strong>2014</strong><br />
16/06/<strong>2014</strong> até 18/06/<strong>2014</strong><br />
• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS<br />
COM TURBO PULVERIZADOR<br />
02/06/<strong>2014</strong> até 04/06/<strong>2014</strong><br />
03/06/<strong>2014</strong> até 05/06/<strong>2014</strong><br />
16/06/<strong>2014</strong> até 18/06/<strong>2014</strong><br />
24/06/<strong>2014</strong> até 26/06/<strong>2014</strong><br />
• APROVEITAMENTO DE ALIMENTOS<br />
09/06/<strong>2014</strong> até 10/06/<strong>2014</strong><br />
• PROCESSAMENTO ARTESANAL<br />
DE MILHO<br />
03/06/<strong>2014</strong> até 04/06/<strong>2014</strong><br />
• TURISMO RURAL - ATRATIVOS<br />
TURÍSTICOS NO MEIO RURAL<br />
(MÓDULO IV)<br />
09/06/<strong>2014</strong> até 11/06/<strong>2014</strong><br />
16/06/<strong>2014</strong> até 30/06/<strong>2014</strong><br />
• JOVEM AGRICULTOR DO FUTURO<br />
(MÓDULO II)<br />
02/06/<strong>2014</strong> até 11/06/<strong>2014</strong><br />
REALIZAÇÕES:<br />
Coordenador SENAR/SP Araraquara:<br />
Mário Roberto Porto<br />
47
Projeto do<br />
SENAR e do<br />
Sindicato Rural<br />
levou os jovens<br />
alunos até a<br />
Agrishow em<br />
Ribeirão Preto<br />
em maio<br />
JOVEM AGRICULTOR RURAL<br />
Projeto do Senar e Sindicato Rural<br />
chega aos jovens agricultores rurais<br />
Alunos limpam a área<br />
A iniciativa do Sindicato Rural<br />
de Araraquara e SENAR, com<br />
apoio da Prefeitura de Nova<br />
Europa, chamado Projeto Jovem<br />
Agricultor do Futuro, leva<br />
conhecimentos e práticas a<br />
jovens com idade entre 15 e<br />
17 anos, tendo como objetivo<br />
desenvolver técnicas e<br />
informações agrícolas para<br />
colocá-los no mercado de<br />
trabalho.<br />
Jovens com idade entre 15 e 17 anos,<br />
em trabalho conjunto do Sindicato Rural, Senar<br />
e Prefeitura de Nova Europa, começam a<br />
receber orientações técnicas e informações<br />
agrícolas através do programa Jovem Produtor<br />
Rural. O primeiro passo foi dado pelo Executivo<br />
que doou espaço para elaboração de uma<br />
horta orgânica, para a produção das hortaliças<br />
mais consumidas na cidade e região. Também<br />
foram feitas pesquisas mercadológicas e de<br />
campo, buscando as melhores épocas para a<br />
produção das hortaliças que serão cultivadas.<br />
Para iniciar o projeto, foi feita a preparação<br />
do solo com os alunos limpando toda a área a<br />
ser utilizada; eles fizeram ainda com ajuda do<br />
instrutor técnico, as devidas correções do solo,<br />
para então começar o plantio das hortaliças.<br />
Uma parte da área será reservada para produção<br />
de mudas.<br />
Com o projeto desenvolvido na escola de<br />
ensino infantil EMEI “Criança Feliz”, que ajuda<br />
a criança a ter práticas alimentares e conhecimentos<br />
de alimentos saudáveis, o projeto<br />
também se encarregou de ajudar professores<br />
e alunos a fazer o plantio, cuidados e desenvolvimento<br />
da formação de cada espécie e<br />
colheita das hortaliças que vêm sendo cultivadas.<br />
A área a ser ocupada neste processo,<br />
está num espaço que a escola reservou para<br />
que os alunos pudessem entender as etapas<br />
de crescimento que uma folhagem tem até<br />
chegar na casa para ser consumida.<br />
Em parceria com a Usina Santa Cruz, foi realizada<br />
visita técnica com os alunos e instruções<br />
de Ademir Messias sobre o processo de produção<br />
de mudas nativas e arborização urbana.<br />
Com isso, os alunos conheceram práticas de<br />
coleta de semente, como semear em tubetes e<br />
saquinhos e o modelo de produção de mudas<br />
que a usina adere, que é em saquinhos e torta<br />
de filtro + terra. A usina doou algumas espécies<br />
de plantas nativas para que os alunos cuidem<br />
e observem o crescimento da planta doada. Alguns<br />
alunos preferiram levá-la para a casa, ou<br />
sítio, para acompanhar o crescimento contínuo<br />
da planta juntamente com sua família.<br />
Para outros alunos, é muito importante<br />
que a planta seja cultivada em uma área da<br />
cidade, para que dê acesso a outras pessoas.<br />
Com isso poderão cuidar e conhecer outras<br />
espécies de plantas urbanas. A visita foi de<br />
grande importância para os participantes, que<br />
agregaram novos conhecimentos sobre a diversidades<br />
de plantas, a importância da ecologia,<br />
o que irá ajudar muito o futuro do planeta.<br />
A correção do solo<br />
Visita à Usina Santa Cruz<br />
O acompanhamento da planta<br />
Espaço doado<br />
Preparar as ferramentas<br />
48<br />
Com o projeto o futuro será melhor
PAISAGISMO<br />
Conheça as orquídeas do<br />
mundo na Copa de Futebol<br />
O clima de Copa agitou também o mundo da jardinagem no mês<br />
passado em São Paulo, quando o Orquidário Morumby abriu a<br />
exposição “Orquídeas do Mundo na Copa”.<br />
Miltoniopsis<br />
Brasil<br />
Araraquara que possui a Associação dos<br />
Orquidófilos, acompanhou em maio na capital,<br />
a realização de uma exposição voltada ao Campeonato<br />
Mundial de Futebol que começa no dia<br />
12 de junho. A mostra ofereceu aos visitantes<br />
a possibilidade de conferir mais de 27 espécies<br />
típicas de diversos países que participam do<br />
evento esportivo. Um dos destaques foi a orquídea<br />
Dracula gigas, originária do Equador, cujas<br />
sépalas lembram caninos alongados (por isso, o<br />
nome popular “orquídea-macaco").<br />
O evento paulistano durou todo o mês de<br />
maio e contou com fotos e curiosidades dos<br />
vários tipos de orquídeas expostas. O Brasil<br />
não poderia deixar de ser representado e as<br />
escolhidas foram a Miltoniopsis e a Cattleya<br />
walkeriana. A famosa espécie de formato arredondado<br />
e cultivo simples, se destaca pelo<br />
delicioso perfume de canela. Outra planta que<br />
também chamou a atenção foi a espécie Vanilla,<br />
do México, cujas flores permitem às in-<br />
dústrias conseguirem a essência de baunilha.<br />
Quem visitou o espaço da mostra gratuita<br />
pode ainda comprar diversas espécies do<br />
showroom, além de participar do bolão que<br />
premiará aqueles que acertarem o país ganhador<br />
da Copa, com arranjos de orquídeas.<br />
Confira na página seguinte as orquídeas que<br />
mais atraíram o público.<br />
Cattleya walkeriana alba<br />
Brasil<br />
SEGUE »<br />
49
As orquídeas existentes nos países da Copa do Mundo<br />
Vanilla flowers<br />
México<br />
Ophrys_lutea<br />
Espanha<br />
Orchis branciforti<br />
Itália<br />
Orchis pallens<br />
Alemanha<br />
Aerangis luteoalba<br />
Camarões<br />
Orchis símia<br />
França<br />
Platanthera<br />
chlorantha<br />
Croácia<br />
Calypso bulbosa<br />
Rússia<br />
Orchis spitizelli<br />
Suíça<br />
Ophrys insectifera<br />
Inglaterra<br />
Dracula gigas<br />
Equador<br />
Orchis purpurea<br />
Bósnia<br />
50
51
A fisioterapeuta Débora Senra da Rocha Sousa, a mãe Silvana de Souza Perini, a pequena Ana Clara de Souza Perini e a coordenadora do<br />
Equocenter, Ivana Regina Leonardo<br />
EQUOTERAPIA<br />
Cura que pode vir<br />
no trote do cavalo<br />
A terapia sobre cavalos, chamada equoterapia, é capaz de<br />
fortalecer o equilíbrio de crianças com dificuldade de andar<br />
e falar. Em Araraquara, o trabalho é realizado pela Sociedade<br />
Hípica e o Centro de Equoterapia mantido pelo município.<br />
Macedo ainda explica que há contraindicações<br />
para a equoterapia. “Pessoas<br />
que têm instabilidade na atlanto occipital<br />
(articulação que liga o crânio à coluna vertebral),<br />
não devem praticar a terapia, pois<br />
não têm a força suficiente para permanecer<br />
equilibrado em cima do animal”, completa.<br />
A pequena Fernanda Brilhante, de apenas<br />
10 anos, nasceu com paralisia cerebral<br />
e começou a praticar a equoterapia aos<br />
3 anos. Segundo a mãe, Ariane Brilhante,<br />
Fernanda teve uma melhora muito grande.<br />
“Ela fez o tratamento por um longo tempo,<br />
depois precisamos parar um pouco, porque<br />
Texto: Jean Cazellotto<br />
Ainda pouco conhecida em Araraquara,<br />
a equoterapia está se tornando uma das<br />
principais atividades para ajudar crianças<br />
com doenças físicas. Desde a paralisia infantil,<br />
Síndrome de Down ou qualquer outra<br />
doença, andar sobre o cavalo é um desenvolvimento<br />
para o paciente.<br />
A explicação para este método de terapia<br />
está no movimento de andar do cavalo,<br />
que é tridimensional, ou seja, para frente e<br />
para trás, para cima e para baixo e também<br />
para os lados, muito semelhante com a de<br />
humanos. Isso traz equilíbrio para quem<br />
está andando a cavalo.<br />
Roberto Macedo é veterinário e disputou<br />
as Olimpíadas de Sydney, na Austrália<br />
em 2000, como cavaleiro. Hoje, dando aulas<br />
de equoterapia para crianças na Associação<br />
Hípica de Araraquara, ele explica a<br />
importância para o paciente. “A terapia com<br />
o cavalo melhora o corpo e a mente. Ajuda<br />
na autoestima, no equilíbrio para andar e<br />
desenvolve força nas pernas, pois o cavalo<br />
tem esse movimento tridimensional, muito<br />
parecido com o do humano e por isso é tão<br />
recomendado para pacientes com paralisia<br />
cerebral, autismo, Síndrome de Down e outras<br />
doenças.”<br />
52<br />
Fernanda Brilhante se diverte em<br />
cima de seu cavalo
CIRURGIAS BARIÁTRICAS<br />
Unigastro festeja15 anos<br />
de cirurgias bariátricas<br />
Foi em 1999 que o médico<br />
Jorge Zbeidi realizou na<br />
cidade sua primeira cirurgia<br />
bariátrica. Em noite de festa, a<br />
Unigastro comemorou o feito.<br />
Roberto Macedo, atleta olímpico e veterinário, e a sua praticante Fernanda Brilhante, com<br />
paralisia cerebral: vida saudável com o auxílio do animal<br />
estava sobrecarregando outros afazeres.<br />
Ela ficou parada dois anos e meio e voltou<br />
em 2013. Durante todo esse tempo, eu via<br />
a melhora gradualmente e significativamente,<br />
pois não sabíamos se ela iria andar e<br />
demorou a falar. Hoje, com suas limitações,<br />
ela tem uma vida normal”, explica a mãe.<br />
Ângela Ferreira Branco Haddad é sócia<br />
da Associação Hípica de Araraquara e<br />
reflete a paixão pelos cavalos. “O segredo<br />
de toda essa troca de energia com o animal<br />
está no amor e na positividade. Ele é um<br />
instrumento de terapia muito importante<br />
por possuir a marcha semelhante ao do humano.<br />
São animais que precisam da troca<br />
de energia dos humanos”.<br />
TERAPIA OCUPACIONAL<br />
O Centro de Equoterapia da Prefeitura de<br />
Araraquara, no Parque Pinheirinho, atende<br />
25 pessoas, entre adolescentes e adultos,<br />
com vários tipos de necessidades. Segundo<br />
a diretora do Centro, Ivana Regina Leonardo,<br />
o praticante, como são chamados os pacientes,<br />
são encaminhados através do médico.<br />
“Recebemos um encaminhamento e começamos<br />
a trabalhar com as crianças na parte<br />
psicológica. Na primeira aula, colocamos o<br />
paciente em contato com o animal, dando<br />
alimento, fazendo carinho. Depois disso, vamos<br />
para as aulas práticas”, comenta.<br />
Ainda de acordo com ela, a equoterapia<br />
está presente em Araraquara desde 1999.<br />
“Há 15 anos trabalhamos para atender a<br />
população. Infelizmente, existe fila de espera<br />
e quanto mais uma pessoa pratica a<br />
equoterapia, melhor ela fica, então não há<br />
tempo determinado de duração do tratamento”.<br />
Os benefícios do tratamento com o cavalo<br />
são inúmeros, segundo Ivana. “A equoterapia<br />
estimula a coordenação motora, o<br />
equilíbrio e melhora a sociabilidade de uma<br />
criança com autismo por exemplo”.<br />
Ana Clara de Souza Perini, de quatro<br />
anos, tem Síndrome de Down e faz a equoterapia<br />
há quase um ano. De acordo com<br />
sua mãe, Silvana Santiago de Souza Perini,<br />
ela melhorou em todos os aspectos. “A Clarinha<br />
já está bem melhor. Ela não tinha total<br />
confiança para andar e depois que começou<br />
a fazer o tratamento, ela corre, pula e isso<br />
ajudou também para ela ficar mais tranquila.<br />
O contato deles com o cavalo é ótimo e<br />
desenvolve o convívio social”, explica a mãe.<br />
Zbeidi e sua esposa Olga<br />
durante o evento<br />
Conhecida também como cirurgia da<br />
obesidade e cirurgia de redução do estômago,<br />
a cirurgia bariátrica é um dos procedimentos<br />
mais utilizados pela medicina na<br />
atualidade. Quando a obesidade já chegou<br />
a um nível crítico e as atividades físicas não<br />
causam efeito, é necessário uma intervenção<br />
médica como a cirurgia bariátrica.<br />
Em Araraquara, o médico Jorge Zbeidi<br />
é pioneiro neste procedimento. O primeiro<br />
feito por ele em nossa cidade ocorreu há<br />
15 anos e o fato, além de ser histórico na<br />
sua carreira, também serviu para fortalecer<br />
o trabalho da Unigastro.<br />
Pelo trabalho dos seus profissionais, a<br />
Unigastro é considerada uma das clínicas<br />
mais conceituadas no interior, sendo motivo<br />
de orgulho para a medicina araraquarense.<br />
Fernanda Brilhante, de<br />
apenas 10 anos, carrega o<br />
nome em bordado especial<br />
na sela de seu cavalo durante<br />
o tratamento de equoterapia,<br />
na Associação Hípica de<br />
Araraquara<br />
O dr. Jorge Bedran,<br />
ao lado da esposa<br />
Souham, recebe a<br />
homenagem pelo<br />
pioneirismo da<br />
Unigastro, justo<br />
reconhecimento<br />
extensivo ao médico<br />
Farid Jacob Abi<br />
Rached na ocasião<br />
53
<strong>ED</strong>UCAÇÃO<br />
Curso e Colégio Objetivo reforça equipe<br />
com experiente orientadora profissional<br />
Além do que se chama de<br />
atendimento individual, alunos<br />
do 3° ano do Ensino Médio e<br />
do Pré-Vestibular passam a<br />
contar com uma moderna<br />
Sala de Estudos.<br />
Texto: André Lourenço<br />
Isabela Jorgeto, Roseli do<br />
Carmo Freitas da Silva,<br />
Alessandra Ferrari Barbieri<br />
e Liverson de Oliveira<br />
Mendonça, na abertura da<br />
sala no Curso e Colégio<br />
Objetivo<br />
O Curso e Colégio Objetivo Araraquara<br />
abriu as portas de seu mais novo e moderno<br />
espaço voltado ao preparo dos alunos do<br />
3º ano do Ensino Médio e Pré-Vestibular.<br />
Denominada Sala de Estudos “Mara Viviem<br />
Sgarioni”, homenagem a uma ex-professora,<br />
o ambiente traz mesas e cadeiras<br />
confortáveis para acomodar até 70 pessoas,<br />
além de oferecer 7 baias com computadores<br />
equipados para pesquisa e auxílio aos<br />
estudantes.<br />
Somada a um ambiente que traz arquitetura<br />
atraente e estimulante para momentos<br />
de concentração e aprofundamento nos<br />
conteúdos disciplinares, os estudantes passaram<br />
também a contar com o auxílio da<br />
orientadora educacional Roseli do Carmo<br />
Freitas da Silva.<br />
Com um atendimento individualizado, a<br />
orientadora elabora em conjunto com cada<br />
estudante, um plano de estudos diário para<br />
que se atinja o objetivo, baseado em informações<br />
que vão desde a escolha do curso,<br />
até as opções de atuação no mercado de<br />
trabalho após formado.<br />
“Diante de uma quantidade grande de<br />
conteúdos, o estudante não consegue ver a<br />
importância de cada um, e o que de fato ele<br />
precisará. Necessitamos, portanto, organizar<br />
esse aluno para que ele possa estudar.<br />
O foco que ele deve ter com uma disciplina,<br />
deve ser diferente do foco que ele deve ter<br />
com outra”, ressalta Roseli.<br />
Segundo a orientadora, a maneira de<br />
aprender não segue uma “receita de bolo”<br />
– por isso o trabalho que está sendo desenvolvido,<br />
leva em consideração o indivíduo<br />
e suas particularidades. “O tempo do estudante<br />
de exatas para se aprender a matemática<br />
é diferente do tempo do estudante<br />
de biológicas. Esse tempo deve ser levado<br />
em consideração na elaboração do roteiro<br />
de estudos”, diz.<br />
Além dos atendimentos individualizados<br />
necessários para a elaboração de um roteiro<br />
de estudo diário, os alunos receberão os<br />
simulados, que além de corrigidos, trarão<br />
observações que identificarão as deficiências<br />
existentes e definirão um novo plano<br />
de estudos, orientando sobre quais áreas<br />
do conhecimento ainda devem ser trabalhados<br />
com mais intensidade com o auxílio do<br />
professor.<br />
Acesso dos alunos à Sala de Estudos e o<br />
acompanhamento dos professores neste<br />
novo ambiente cultural do colégio<br />
54
POLÍTICA NAS ESCOLAS<br />
Agora temos um<br />
Parlamento Jovem<br />
A Câmara Municipal aprovou no<br />
dia 27 de maio, o projeto que<br />
cria o “Parlamento Jovem” com<br />
a finalidade de possibilitar aos<br />
jovens, a vivência do processo<br />
democrático e relativo ao<br />
exercício da cidadania com<br />
caráter educativo, em apoio ao<br />
trabalho do Poder Legislativo.<br />
Edna Martins retomou o projeto através da<br />
Escola Legislativa da qual ela é a presidente<br />
VISITA<br />
Serra passou<br />
pela cidade<br />
José Serra sempre esteve muito<br />
próximo de Araraquara e como<br />
governador de São Paulo, deixou<br />
um saldo positivo de boas ações<br />
para a cidade, principalmente a<br />
Santa Casa, que recebeu vários<br />
benefícios.<br />
Afinal, o que é um Parlamento Jovem?<br />
Edna Martins, vereadora e presidente da<br />
Escola Legislativa de Araraquara (onde o<br />
Parlamento está inserido), diz que o projeto<br />
tem o objetivo de capacitar educadores e<br />
buscar uma formação política de estudantes<br />
das redes municipal, estadual e particular.<br />
Com essa proposta, o Parlamento Jovem já<br />
iniciou o curso aos coordenadores pedagógicos<br />
e professores que atuam no nono ano<br />
em atividades que durarão oito meses até o<br />
próprio Parlamento, em dezembro.<br />
Essa primeira etapa voltada aos educadores<br />
terá dezesseis horas divididas em quatro<br />
módulos: poder legislativo, inclusão, relações<br />
étnico-raciais, além de diversidade sexual e<br />
gênero. A presidente da Escola do Legislativo,<br />
a vereadora Edna Martins (PV), explica que<br />
tudo foi construído com as direções das escolas.<br />
“Perguntamos qual seria uma proposta<br />
de parlamento interessante e que não atrapalharia<br />
o andamento da escola.”<br />
O ensinamento sobre o Legislativo será<br />
feito por profissionais de renome nacional.<br />
Para a diretora acadêmica da Escola do Legislativo,<br />
Alessandra Santos Nascimento, o<br />
objetivo é padronizar a formação dos professores<br />
e coordenadores proporcionando<br />
a mesma eficiência em todas as instituições.<br />
Depois desse período, segundo Edna,<br />
alunos do doutorado e doutores ligados ao<br />
laboratório de política da Unesp de Araraquara<br />
darão cursos nas escolas. Com orientação<br />
universitária, esses estudantes elaborarão<br />
em outubro projetos de lei durante o<br />
período de aula. No mês seguinte, de três<br />
a seis de novembro, haverá uma eleição<br />
dentro da própria escola para selecionar<br />
os projetos a serem enviados à Câmara. De<br />
10 a 21 de novembro esse filtro será dentro<br />
do Legislativo. Uma comissão escolherá 18<br />
projetos. Cada projeto terá dois alunos, ou<br />
seja, um titular e um suplente.<br />
“Cada vereador da Câmara adotará uma<br />
dupla que passará por um parecer da comissão<br />
de justiça e o parlamentar daqui ajudará<br />
o aluno a defender seu projeto na apresentação<br />
em dezembro”, diz Edna Martins<br />
lembrando que, antes disso, os estudantes<br />
selecionados passarão por pré-vivência na<br />
Câmara, acompanhando a sessão e entendendo<br />
o cotidiano das atividades dentro da<br />
Casa de Leis. Edna, que retomou o Parlamento<br />
Jovem através da Escola Legislativa,<br />
comemorou a aprovação do projeto na Câmara<br />
Municipal.<br />
Parlamento Jovem: início do curso no final de maio destinado aos educadores<br />
Massafera, Edna Martins e o<br />
provedor receberam José Serra<br />
O ex-governador do Estado de São Paulo,<br />
José Serra, esteve em Araraquara no final<br />
de maio para uma visita ao hospital Santa<br />
Casa, onde conheceu as obras do novo Centro<br />
Avançado de Diagnóstico por Imagens.<br />
Ele esteve acompanhado do deputado estadual<br />
Roberto Massafera e dos vereadores<br />
Edna Martins e Jeferson Yashuda.<br />
As obras do Centro contam com R$ 2,8<br />
milhões de convênio com o governo do Estado<br />
articulado pelo deputado Massafera.<br />
Em 2013, o deputado liberou R$ 800 mil<br />
em emendas para a Santa Casa. Em dois<br />
mandatos, foram R$ 4,1 milhões de verbas<br />
parlamentares para custeio. Este ano, a<br />
Santa Casa de Araraquara vai receber mais<br />
R$ 14 milhões do programa estadual Santa<br />
Casa SUStentável.<br />
Em sua gestão (2006 a 2010) como governador<br />
de São Paulo, José Serra criou o<br />
programa Pró-Santa Casa em atendimento<br />
a solicitações reiteradas do deputado estadual<br />
Roberto Massafera em prol dos hospitais<br />
filantrópicos e Santas Casas da região.<br />
Neste período, o hospital de Araraquara recebeu<br />
R$ 8,1 milhões em convênios para<br />
custeio.<br />
Ainda na gestão José Serra, a região<br />
ganhou o Ambulatório Médico de Especialidades<br />
e o Hospital Estadual de Américo<br />
Brasiliense.<br />
55
ARQUITETURA<br />
Casa Cor em Goiás apresenta novas<br />
tendências e ganha espaço no país<br />
Com um prestigiado coquetel,<br />
a Casa Cor Goiás <strong>2014</strong> abriu<br />
oficialmente as portas no começo<br />
de maio, mostrando novidades<br />
que deixaram muitos arquitetos<br />
com o “queixo caído”.<br />
No início dos século 20, o estilo Art Nouveau<br />
se afirmava como uma resposta à padronização<br />
e à frieza das indústrias que já dominavam<br />
algumas paisagens na Europa. Suas<br />
formas rebuscadas, o retorno ao artesanal e o<br />
uso da madeira expressavam a busca por uma<br />
vida mais conectada à natureza. E não é difícil<br />
perceber que essa necessidade é retomada<br />
nos tempos atuais.<br />
Os 68 profissionais que conceberam os 47<br />
ambientes da Casa Cor Goiás <strong>2014</strong> captaram<br />
esse sentimento e atualizam o desejo de estar<br />
perto do verde, de sentir a riqueza dos materiais<br />
naturais e de trazer mais beleza e simplicidade<br />
para o cotidiano. Tudo isso, claro, sem<br />
abrir mão das funcionalidades e do conforto<br />
que a tecnologia oferece. Então, não é por<br />
acaso que alguns ambientes trazem citações<br />
à estética Art Nouveau, incorporam matériasprimas<br />
sustentáveis, colocam em evidência<br />
paredes e tetos verdes, além de explorar cartelas<br />
de cores mais naturais em móveis, tecidos<br />
e acabamentos. Sem falar de uma seleção<br />
cuidadosa de móveis de designers brasileiros.<br />
Apartamento - O projeto de André Brandão<br />
e Márcia Varizo leva para a sala os ares da<br />
varanda, na forma de cores, estampas e<br />
materiais amplamente integrada com outros<br />
espaços. Na paleta de cores, predominam o<br />
branco, areia e tons de azul e verde<br />
O ambiente de 33m², concebido por Mariela<br />
Romano, funciona como um living/atelier.<br />
Foi elaborado em cores neutras com<br />
detalhes em tons terrosos. A textura na<br />
parede e a cascata de cristais que encobre<br />
a coluna dão um toque de glamour.<br />
56
HIDRÁULICA<br />
Quando o vazamento<br />
aparece, chame SOS<br />
Não é novidade para ninguém:<br />
as tubulações de água saem<br />
da caixa d’água e derivam<br />
para todos os locais que<br />
possuem torneiras. Às vezes,<br />
aparecem vazamentos de água<br />
que necessitam ser consertados<br />
imediatamente.<br />
A SOS busca os vazamentos não visíveis<br />
Um pequeno buraco de 2 milímetros no<br />
encanamento desperdiça 3,2 mil litros de<br />
água em um dia. Para resolver um problema<br />
assim, Araraquara hoje possui uma das mais<br />
conceituadas empresas que lhe dá absoluta<br />
tranquilidade na execução do serviço, pois utiliza<br />
os métodos mais apropriados.<br />
A detecção eletrônica de vazamentos em<br />
tubulações de PVC, ferro e cobre por via de ultrassom,<br />
é feita pela SOS Vazamentos, o que<br />
permite análise para descobrir o vazamento<br />
em canos alimentados diretamente pela rede<br />
do DAAE, ou caixa da água, reservatórios subterrâneos<br />
de residências, edifícios e indústrias.<br />
Os testes feitos pela empresa também<br />
atingem torneiras e vasos sanitários sem danificar<br />
a superfície analisada.<br />
Feita a detecção do vazamento, o reparo<br />
poderá ser executado pelo encanador da<br />
SOS após autorização de orçamento prévio.<br />
Os serviços de reparos, na maioria dos casos,<br />
são aplicados com uma pequena abertura na<br />
área afetada, tudo isso de forma limpa, prática<br />
e eficiente, representando comodidade e economia<br />
para os clientes.<br />
A SOS VAZAMENTO<br />
A empresa atua na área de hidráulica há<br />
mais de 18 anos, atendendo Araraquara e região,<br />
oferecendo serviços de reparos em tubulação<br />
de água limpa e esgoto, troca de reparo<br />
em válvulas e descargas, ralos e encanamento<br />
em geral, localização e conserto de vazamentos<br />
em piscinas e reforma (rejunte e espelhamento),<br />
localização de vazamento oculto<br />
(após o conserto é emitido um laudo técnico<br />
para que o cliente não pague mais caro na sua<br />
conta de água), individualização de água para<br />
condomínios, instalações de caixas padrões<br />
do DAAE, desmembramento de água em residência<br />
e comércios.<br />
A SOS Vazamentos está sempre<br />
pronta para atendê-lo, nos momentos<br />
em que você mais precisa.<br />
A SOS utiliza aparelhos<br />
sofisticados para identificar<br />
o vazamento que está<br />
ocorrendo em seu imóvel<br />
57
DESIGN<br />
Os tijolos aparentes estão de volta<br />
para a criação de uma nova moda<br />
É evidente que tijolos aparentes são mais caros e exigem mão-deobra<br />
mais qualificada, além de projetos específicos de instalações<br />
hidraúlica, elétrica e telefone, isso se pretender deixá-los aparentes<br />
tanto externa como internamente. Caso queira rebocá-los<br />
internamente, isso não influenciará.<br />
O tijolo aparente<br />
não precisa estar<br />
relacionado com<br />
casas rústicas, ele<br />
pode conferir<br />
modernidade<br />
dependendo da<br />
maneira como é<br />
utilizado. Se você<br />
quer construir uma<br />
parede com esse<br />
material, pense<br />
no efeito que mais<br />
lhe agrada.<br />
O tijolo é um material antigo, antigo… Alguns<br />
dizem que faz, em média, 4.500 anos<br />
que eles são utilizados na construção civil.<br />
Além de servir como material de vedação e<br />
de estrutura, o tijolo comum é um material de<br />
grande qualidade estética e muitas pessoas<br />
apreciam o uso do tijolo aparente nas edificações.<br />
É possível ver o “tijolo específico” na sua<br />
base regular, a fim de dar melhor acabamento<br />
ao edifício. Em algumas empresas,<br />
esse produto tem sua parte central<br />
serrilhada para possibilitar o uso do tijolo<br />
apenas como revestimento, como<br />
se fosse um azulejo. Nesse caso, uma<br />
peça quando dividida, dobra sua área<br />
de revestimento.<br />
Muitas pessoas ainda procuram<br />
tijolos de demolição para esse serviço.<br />
Mais resistentes, espessos e regulares,<br />
eles dão ótimo acabamento a<br />
qualquer edificação.<br />
Se a intenção é deixar a parede<br />
naturalmente como foi erguida, é necessário<br />
apenas, a impermeabilização<br />
do tijolo. É fato que essa etapa é essencial<br />
para áreas externas.<br />
Para impermeabilizar, existem resinas<br />
acrílicas e silicones hidrofugantes e hidrorepelentes.<br />
A resina acrílica confere ao produto<br />
um aspecto molhado – ou seja, deixa o tijolo<br />
com cor mais viva – e cria uma capa sobre o<br />
produto. Já o silicone hidrofugante evita fungos<br />
e bactérias, enquanto o hidrorepelente<br />
barra a água. Esses dois últimos produtos têm<br />
a vantagem de penetrar na peça e não formar<br />
película, dando um aspecto natural aos tijolos.<br />
58
OS GRANDES CLUBES DA NOSSA TERRA<br />
Santana, promessa e gratidão<br />
pelos milagres de Santa Ana<br />
Texto: Rafael Zocco<br />
“Eu ajudo, se o time tiver o nome de Sant’Anna”. E assim, na década de 30, dona Angelina Lacerda<br />
de Carvalho se sentiu recompensada pela graça que alcançara aos pés de Santa Ana, sua santa de<br />
devoção. Ela era viúva de um rico produtor rural. A cidade viu nascer através do seu ato, um dos mais<br />
famosos times do futebol amador em todos os tempos, que posteriormente ficou conhecido como Santana.<br />
Álvaro Fleury Fina, Faixa, Milton Sambista, Demá Prado, Zinho, Ditinho e Tutu; Nenê Bahia, Aristides, Jordão, Itamar, Palhares<br />
e Belleti, uma das mais tradicionais formações do Flamengo sda Vila Furlã<br />
Templo do Futebol Amador. Era assim na<br />
década de 50 que o cronista esportivo<br />
Sidney Schiavon, estava acostumado a<br />
chamar o Estádio Municipal, em muitas<br />
vezes “Cândido de Barros” e em outras,<br />
“Tenente Siqueira Campos” e que o<br />
tempo se encarregou de mostrar que<br />
hoje não é nenhum e nem outro. Por<br />
Sylvio Barini, Olívio Pinotti, Paulo Dorsa e<br />
outros que transformavam as manhãs de<br />
domingo no ponto de concentração de<br />
fiéis torcedores da pequena vila<br />
chamada Independência, mais tarde<br />
Santana. Por ironia do destino, o clube<br />
surgiu da devoção de uma mulher<br />
chamada Angelina, que poderia ser<br />
bairro, depois a igreja, num pedaço de<br />
chão com gente simples que imaginava<br />
a precisão do coração da cidade a bater<br />
mais forte do lado de lá. O Santana<br />
Futebol Clube mostra na sua história<br />
fatos que como este da viúva Angelina,<br />
nos leva a entender cada vez mais o<br />
mistério que cerca a vida dos nossos<br />
esse grandioso templo desfilaram os angel ou simplesmente anjo a ajudar antepassados.<br />
bem aventurados mestres da bola como sua gente. Ela também fez surgir o novo<br />
SEGUE »<br />
59
SUA VIDA<br />
Não era apenas um<br />
time, mas um bairro<br />
Nomes populares e expressivos da comunidade se juntaram na<br />
fundação do Santana, que embora sem grandes recursos, surgiu<br />
para fazer frente às equipes sustentadas por uma classe mais<br />
abastada como o Paulista e o Palestra Itália. Aos poucos, o clube<br />
foi se definindo como o “Santana do doutor Crocci”.<br />
Cavuco, um<br />
dos grandes<br />
nomes do time<br />
nos anos 50<br />
1931. Aquele ano seria importante para<br />
uma agremiação que dali surgiria, graças a<br />
uma produtora rural. Angelina Lacerda de Carvalho<br />
Antonio, viúva de Joaquim de Carvalho<br />
e filha de Antonio Lourenço Corrêa, teve papel<br />
fundamental para o nascimento do Santana<br />
Futebol Clube no dia 10 de maio daquele ano.<br />
Reunidos em uma sala na Rua São Bento, nº<br />
139, Luiz Galeazzi, João Rodrigues Martins,<br />
Pedro Caracho, José Mariottini, Francisco Coletti,<br />
Ângelo Galeazzi, Frassi Roque, Fausto<br />
Colturato, José Cardilo, Raul Soares Marinho,<br />
José Veroni e José Caracho, lideravam a fundação<br />
do clube, que representaria o bairro Vila<br />
Independência, tendo a partir daí uma rica<br />
participação no futebol amador da cidade.<br />
Mas o que Angelina tem a ver com uma<br />
história voltada para um time de futebol amador?<br />
Simples. Se não fosse ela, nem mesmo<br />
o time se chamaria Santana. Por Angelina ser<br />
devota desta santa, os fundadores a homenagearam,<br />
pois o terreno de sua propriedade<br />
na zona urbana de Araraquara, foi doado para<br />
que a sede do clube funcionasse na Rua 9 de<br />
Julho, esquina com a Av. Barroso.<br />
No início, apenas os jogadores que moravam<br />
nas imediações da Vila Independência<br />
integravam o elenco. Com o passar do tempo,<br />
outros atletas da cidade começaram a representar<br />
o time em campeonatos e amistosos,<br />
como Paulo Dorsa, Virgílio Araújo, Damásio<br />
Bergo, Armando Dall’Acqua, Sylvio Barini, Ermetti<br />
Goi, Olívio Pinotti, Armando Barbarini e<br />
outros. Sem dúvida, o Santana teve participação<br />
fundamental no cenário esportivo local<br />
durante a década de 30. O clube não dispunha<br />
de tantos recursos, como Paulista e Palestra<br />
Itália, mas não se sentia inseguro graças<br />
ao apoio dos irmãos Galeazzi. Assim, o clube<br />
se manteve em atividade enquanto outros entravam<br />
na falência.<br />
Camisa do<br />
Santana<br />
exposta no<br />
Museu<br />
do Futebol<br />
O grande ímpeto daquele time fez com<br />
que o bairro Vila Independência ficasse conhecido<br />
como Santana e sua sede, com excelente<br />
estrutura, fosse reconhecida pelos<br />
desportistas da capital paulistana em apenas<br />
cinco anos de vida. As categorias existentes na<br />
época eram Juvenil e Amador, sendo política<br />
do clube mesclar os jogadores, onde os garotos<br />
atuavam ao lado dos veteranos, formando<br />
apenas um time. A agremiação com o tempo<br />
foi crescendo, surgindo na sua vida a figura carismática<br />
de Leonardo Crocci Filho, que deu ao<br />
agora Santana, um novo perfil. Ele se tornou,<br />
como dirigente, a alma da agremiação que<br />
passou a ser definitivamente de toda a cidade.<br />
Ari Bacarini<br />
mostra com<br />
orgulho sua<br />
foto com a<br />
camisa da<br />
Ferroviária<br />
1953, a seleção<br />
amadora da cidade,<br />
com o técnico<br />
Djalma Bonini,<br />
o Picolim que<br />
depois foi para<br />
a Ferroviária tendo<br />
no elenco vários<br />
craques do Santana<br />
60
Leonardo<br />
Crocci Filho<br />
QUASE RELIGIÃO<br />
O amado<br />
mestre<br />
Dentista de renome na cidade,<br />
Leonardo Crocci Filho escreveu<br />
a história do Santana. Era o tipo<br />
do dirigente que estava em<br />
todos os lugares e que persistia<br />
na importância de colocar o<br />
clube no topo do futebol<br />
amador até mesmo com jogos<br />
amistosos em outras cidades, ou<br />
até em campos rivais. Ele dizia<br />
que para ser grande é preciso<br />
pensar grande.<br />
Houve um tempo em que descendente de<br />
família italiana precisava alterar o sobrenome,<br />
pois a Guerra Mundial atingia a todos. O Palestra<br />
Itália passou para Palmeiras, em São Paulo<br />
e em Minas, o também Palestra se tornou<br />
Cruzeiro; em Araraquara, a Sociedade Italiana<br />
se transformou em Clube 22 de Agosto. Da<br />
mesma forma as famílias tiveram que aceitar<br />
essa mudança. Assim alguns Crocci adotaram<br />
o sobrenome Cruz, para se disfarçarem em<br />
território araraquarense. Leonardo Cruz, pai<br />
de Leonardo Crocci Filho, seria o fundador da<br />
Empresa Cruz, a mais conceituada empresa<br />
de transporte rodoviário do país.<br />
Com ações na empresa, Crocci tinha o<br />
seu poderio para investir no querido time do<br />
futebol amador da cidade. Além de cuidar dos<br />
dentes de vários jogadores, o dentista chegava<br />
a pagar até a faculdade para alguns deles.<br />
José Nilgerson Barbosa, o Paina, lembra muito<br />
bem de sua recepção feita por Crocci no time<br />
Infantil do Santana.<br />
“Na época jogávamos no campinho de<br />
terra batida, onde hoje está localizado o EEBA.<br />
Todos participavam descalços. O “seo” Crocci<br />
veio até mim e me deu um par novinho em<br />
folha de chuteiras. Fui o único a ganhar aquilo”,<br />
comenta o ex-zagueiro. Paina conta ainda<br />
como era o presidente dentro do clube. “Muito<br />
inteligente. Quando contratava um jogador<br />
já sabia antecipadamente onde colocá-lo na<br />
equipe. Era um grande diferencial para nós”,<br />
relembra com saudade.<br />
Outro jogador ilustre do futebol de Araraquara<br />
fez parte daquele plantel: Osmar Alberto<br />
Volpe, o Pio, ponta esquerda de extrema rapidez:<br />
“Comecei a jogar bola pelo Infantil do Santana<br />
em 1961, com 17 anos. Foi uma época<br />
gratificante para mim. Ver sempre o Estádio<br />
Municipal lotado nos jogos do amador<br />
era emocionante”, relembra o ex-ponta esquerda.<br />
A carreira de Pio foi meteórica. Atuando<br />
por dois anos no clube varzeano, se mudou para<br />
o forte time da Ferroviária, o qual foi campeão<br />
logo no primeiro ano (a Ferroviária foi octacampeã<br />
infantil nas décadas de 50 e 60).<br />
“Porém, o amador da Ferroviária tinha muitos<br />
jogadores que eram do Santana. Na época<br />
era difícil ganhar dela, já que eles investiam<br />
pesado em todas as divisões”. Pio lembra também<br />
do seu primeiro ato com a camisa vermelha.<br />
“Minha estreia foi contra o Paulista. Como<br />
era novo na equipe, alguns companheiros me<br />
falavam do lateral direito Rodocino, que batia<br />
muito. Pensei “se eu não for o mais rápido, o<br />
mais forte vai me pegar” e foi assim o jogo inteiro.<br />
Pegava a bola para correr dele (risos)”.<br />
Logo depois, Pio brilharia no time profissional<br />
da Ferrinha e seria contratado pelo Palmeiras<br />
na época da Academia, jogando com Dudu<br />
(ex-Ferroviária) e Ademir da Guia.<br />
61
AH ESSE TEMPO QUE NÃO VOLTA MAIS<br />
Pio: “Olha eu<br />
aqui, na ponta”<br />
O Santana projetou nos anos<br />
60 vários jogadores para times<br />
profissionais. Entre eles, Pio que<br />
atuou no Palmeiras e Pãina que<br />
jogou na Ferroviária. Muitos não<br />
seguiram carreira, porém, eram<br />
verdadeiros craques.<br />
A época dourada do futebol amador foi<br />
um marco para a cidade. Era como se fossem<br />
times da capital, alguns sem estádios, mas todos<br />
com torcida. A rivalidade se estendia entre<br />
os bairros: Vila Xavier com Palmeiras e Benfica;<br />
Carmo com Bangú e Estrela, por exemplo.<br />
O dia do jogo era sagrado para esses aficionados<br />
que nunca abandonavam o seu time.<br />
Ari Bacarini, ex-lateral esquerdo e direito do<br />
Santana nos anos 50, recorda dos confrontos<br />
diante do Estrela.<br />
“Os times do futebol amador eram rivais.<br />
Mas quando havia o jogo Santana x Estrela, a<br />
briga se tornava particular entre as torcidas. Os<br />
jogos eram disputados e as torcidas aguerridas<br />
assim como todos nós”, relembra. Além disso,<br />
conta de outro time rival que se impunha entre<br />
outros adversários. “Os jogos contra a Usina Tamoyo<br />
eram difíceis e quase impossível ganhar<br />
deles, principalmente quando aconteciam no<br />
campo deles”, declara Bacarini.<br />
Vice-campeão de 1979, Edimar Claro começou<br />
a carreira no gol embora com estatura<br />
baixa para um arqueiro. “Quando jogava futebol<br />
com os amigos, queria ficar na linha, mas<br />
por ser baixinho, sempre me colocavam no<br />
gol”. Jogador por seis anos do Santana, Claro<br />
destaca o time de 79 como o melhor em que<br />
já atuou. “Os jogadores eram muito técnicos.<br />
Marco Ira, Fogosa, Galinha, Zé Magrelo (irmão<br />
de Coca), Ferrarezi. Eles combinavam entre si<br />
que, quem desse balão durante a partida, seria<br />
substituído”, conta o ex-goleiro.<br />
Pãina: “Engraçado,<br />
eu também”<br />
Pio e Pãina<br />
relembram com<br />
muita saudade<br />
através das fotos,<br />
a alegria de<br />
terem jogado<br />
no Santana<br />
1961: Urias Braga, Pãina, Zampieri, Oguri, Mala e Tadeu; Serginho, Zé Luiz,<br />
Adilson, Nenê Anão, Pio e Nêgo. O técnico era Tidão.<br />
Edmar, goleiro que<br />
passou pelo Santana,<br />
guarda com muito<br />
carinho em uma sala,<br />
as boas lembranças<br />
proporcionadas pelo<br />
futebol amador<br />
Na final contra a Usina Tamoyo, houve<br />
um lance durante o jogo, que poderia mudar<br />
a história. “A partida, estava empatada<br />
e, em um ataque, fizemos o gol. Os gols<br />
no Estádio Municipal eram, praticamente,<br />
colados na parede que separava a arquibancada.<br />
O chute foi tão forte que a bola<br />
entrou, bateu na parede e voltou. O bandeirinha<br />
correu para o meio-campo (validando<br />
o gol), só que o árbitro entendeu que a bola<br />
foi para fora e deu tiro de meta, anulando<br />
o gol e assumindo a responsabilidade do<br />
lance. Aquela bola entrou e muito (risos)”,<br />
recorda Claro. Na ocasião o time da Usina<br />
Tamoyo venceu por 3x2 com o Estádio Municipal<br />
lotado.<br />
Santana /1948<br />
62
O Santana de todos os tempos<br />
Na década de 50 circulou pela cidade um álbum<br />
de figurinhas contendo os times do nosso futebol<br />
amador. O livreto apresentava os dados oficiais<br />
fornecidos pela liga araraquarense de futebol.<br />
Presidente<br />
Sr. Rogério<br />
Técnico<br />
Vice-Presidente<br />
Sr. Chiroma<br />
O Santana sempre foi um exemplo pela<br />
forma com que sua diretoria se aplicava.<br />
Realizou um importante trabalho social,<br />
servindo gente simples, meninos<br />
pés-no- chão que davam a vida pelo<br />
chute numa bola de capotão surrada.<br />
Pelo que fez, rendemos ao Santana<br />
nossas mais singelas homenagens. Por<br />
certo muitos desses atletas entraram para<br />
a nossa história e a figura de cada um<br />
merece ser lembrada pela coletividade.<br />
Fuca<br />
Alcides<br />
Dumão Nêgo Pinguim Fô<br />
Mendonça<br />
Caetano<br />
Lino Cita Tonhé Cavuco<br />
1950: Pitu-Pitu, Salim, Valnei, Luiz, Tucão,<br />
Sardinha e Décio; Zinho, Carlito, Luquita,<br />
Roberto, Ricieri e Wilson<br />
1952: Alcides, Bruno, Ari, Moacir, Zampieri e<br />
Negão; Fô, Canhoto, Tidinho, Geto e Cavuco<br />
1954: Ari, Zampieri, Moacir, Bruno, Pinguim e<br />
Alcides; Lino, Canhoto, Tidinho, Geto e Cavuco<br />
1960: Tito, Demá, Carvalho, Moacir, Vitoriano,<br />
Mapeli; Paraguaio, Carlito, Galo, Roberto e<br />
Padeirinho<br />
1965: Evandro, Neno (Técnico), Serginho,<br />
Fermentão, Zé Roberto, Carneiro, Borba, Gueta<br />
e Dr. Crocci e Zeca Palito. Agachados: Edélcio,<br />
Dênis, Natalino, Paraguai, Nenê Anão e Serginho<br />
Telarolli<br />
1979: Fogosa, Edimar, Sidnei, Nardinho, Marcos,<br />
Vadão e Leonardo Crocci Filho; Galinha, Zé<br />
Magrelo, Fi, Alfredinho e 63 Ferrarezi
A GRANDE CONQUISTA<br />
Inédito: Santana, o<br />
campeão regional<br />
Leonardo Crocci Filho, que<br />
também foi vereador em<br />
nossa cidade no período de<br />
1964/1973 parece ter passado<br />
a Beto Michetti todo seu<br />
conhecimento em mais de 60<br />
anos com o futebol amador.<br />
Já nos anos 90, ainda na era Leonardo<br />
Crocci Filho, a equipe conseguiu um título<br />
inédito para o amador de Araraquara: o Regional<br />
de Futebol, contando com as principais<br />
equipes do interior. Beto Michetti, ex-jogador<br />
e treinador do time, foi quem comandou a<br />
esquadra vermelha durante a conquista. Ele<br />
começou a carreira no Infantil do Santana em<br />
1973, aos 14 anos, em seguida foi promovido<br />
ao time amador, mas não ficou por muito tempo,<br />
rodando por outros clubes da cidade.<br />
Apesar disso, nunca perdeu contato com<br />
Crocci, e, em 1998, foi convidado para treinar<br />
a equipe Infantil do Santana. “Treinei essa<br />
equipe e logo no primeiro ano como técnico fui<br />
pé quente e me sagrei campeão”, diz Michetti.<br />
“O time era muito bom e alguns jogadores<br />
despontaram no futebol profissional, como o<br />
Leandro Donizete (Atlético-MG), Fabiano (ex-<br />
Santos) e Gilsinho (ex-Corinthians, Sport e<br />
está atualmente no Ventforet Kofu, do Japão)”,<br />
relembra.<br />
Além deles, o técnico conta a história do centroavante<br />
Fabio, que foi levado para a Itália por<br />
Careca. “Na época, mantinha muito contato com<br />
o Careca, pois ele realizava amistosos aqui na<br />
Fonte Luminosa. Apresentei o Fabio, ele gostou<br />
do seu futebol, levando-o para a Itália”, conta.<br />
Hoje treinador do Real Sport, Beto Michetti recorda os momentos de glória dos times infantil<br />
e amador do Santana<br />
Assumindo o time amador em 1999, Michetti<br />
ganhou o título mais importante de sua<br />
carreira. “Foi um feito inédito para o nosso futebol.<br />
Nenhuma outra equipe havia conseguido<br />
um título daquele porte para a nossa cidade”.<br />
O treinador recorda do jogo duro contra a<br />
equipe do Borborema nas semifinais do campeonato.<br />
“Lá em Borborema, perdemos de<br />
3x1 e precisávamos reverter a situação no Estádio<br />
Municipal. E deu certo. Repetimos o placar<br />
que eles fizeram contra nós e, por termos<br />
melhor campanha, fomos para a final contra<br />
o Descalvadense”. No jogo, um fato curioso<br />
aconteceu. “Félix, meia do Descalvadense, estava<br />
suspenso. Era o principal jogador deles,<br />
Beto Michetti teve a<br />
felicidade de conviver<br />
por um bom tempo<br />
com o jeito simples do<br />
dentista Leonardo<br />
Crocci Filho, um dos<br />
mais brilhantes dirigentes<br />
esportivos que Araraquara<br />
já possuiu, daí uma<br />
homenagem que lhe foi<br />
prestada antes do seu<br />
falecimento em 7 de<br />
setembro de 2008,<br />
aos 85 anos<br />
já havia jogado pelo Santos-SP e fazia toda a<br />
diferença. Porém, ele estava suspenso para a<br />
primeira partida. Já o Santana estava com três<br />
jogadores suspensos e tinha dificuldades de<br />
escalar o time para a decisão. A diretoria deles<br />
propôs uma troca. Caso aceitássemos a presença<br />
de Félix, poderíamos escalar os nossos<br />
três suspensos. A nossa diretoria achou loucura,<br />
mas eu aceitei a ideia deles e deu resultado.<br />
A troca de 1 por 3 nos favoreceu e fomos<br />
campeões”, relembra Michetti.<br />
Atual campeão do Inter-Bairros com o Real<br />
Sport, o técnico lamenta o estado atual do<br />
futebol amador na cidade. “Na grande época<br />
do “Amadorzão”, havia aqui estádios de sobra<br />
na cidade, aonde poderia se praticar vários jogos.<br />
Hoje, quase todos os jogos são realizados<br />
no Estádio do Botânico, desgastando muito o<br />
gramado e os jogadores correndo sério risco<br />
de lesões. A maioria tem medo de jogar lá por<br />
causa disso”.<br />
As histórias contadas aqui mostram como<br />
o futebol amador representou a vida de cada<br />
um. Além de diversão, havia o comprometimento,<br />
sem contar a formação do caráter daqueles<br />
jovens, hoje senhores, para o restante<br />
de suas vidas. Além disso, uma das dádivas foi<br />
a amizade que se proliferou nos anos vividos<br />
juntos e que reina até hoje. Não só graças a<br />
ajuda que o Santana proporcionou, mas para<br />
que o homem se tornasse homem e de forma<br />
bem sucedida em nossa sociedade.<br />
64
65
SEU NOME ESTÁ NA RUA<br />
TEXTO: SAMUEL BRASIL BUENO<br />
PAULO ELIAS ANTÔNIO<br />
O Senhor Presidente<br />
da CTA por 22 anos<br />
A cidade tem guardada na<br />
memória a imagem de um<br />
homem que soube construir<br />
sua vida com trabalho, amor<br />
à família e a forma correta<br />
de servir ao próximo: Paulo<br />
Elias Antônio.<br />
Cavalheiro, bem humorado, educado,<br />
eficiente naquilo a que se propunha fazer, o<br />
libanês Paulo Elias Antônio era admirado pela<br />
sociedade de Araraquara e não foi nenhuma<br />
surpresa a sua escolha, para presidir a Companhia<br />
Tróleibus Araraquara, cargo que ocupou<br />
por 22 anos, conduzindo a contento dos<br />
usuários e dos demais companheiros de diretoria<br />
e, lógico, pelos acionistas.<br />
Nascido em Miziara, Líbano, a 12 de outubro<br />
de 1912, era filho do casal Elias Chediek<br />
e Nazha Chediek, sendo que seu genitor Elias<br />
veio para o Brasil antes da Primeira Guerra<br />
Mundial. Somente aos 8 anos de idade, é que<br />
Paulo Elias Antônio imigrou para a nossa pátria<br />
em companhia de um tio e de duas irmãs,<br />
Frangie e Cecília, aqui se encontrando com<br />
Renê e Paulo,<br />
casados por<br />
43 anos<br />
Paulo Elias Antônio em sua casa, com<br />
a postura costumeira que era de muita<br />
tranquilidade como se a esperar os filhos<br />
que vinham visitá-lo quase que diariamente<br />
seu pai Elias, em Catanduva, cidade que o<br />
acolhera e onde era proprietário de um estabelecimento<br />
comercial de secos e molhados,<br />
tecidos e de outras mercadorias.<br />
Paulo Elias Antônio mudou-se em 1937<br />
para Araraquara e aqui tornou-se proprietário<br />
de uma fábrica de macarrão, o “Pastifício<br />
Santa Terezinha”. Registre-se que o operoso<br />
Paulo Elias possuía, também, uma fábrica de<br />
saponáceos.<br />
Por coincidência ou pela providência divina,<br />
que jamais o abandonou por ser um cris-<br />
66
Renê,<br />
a esposa<br />
tão fiel, ainda solteiro residiu na Av. José Bonifácio,<br />
entre as ruas Nove de Julho e Gonçalves<br />
Dias, exatamente defronte ao armazém Santa<br />
Cruz, pertencente a Alfredo Gabriel Haddad e<br />
veio, por isso, a conhecer Renê Haddad, filha<br />
do referido empresário e que, depois, tornouse<br />
sua esposa.<br />
Casou-se então no dia 22 de maio de<br />
1941 com a jovem Renê Haddad e dessa feliz<br />
união, nasceram-lhes os seguintes filhos:<br />
Edson José Chediek, arquiteto; José Roberto<br />
Chediek, economista; Elias Chediek Neto, engenheiro<br />
civil; Paulo Sérgio Chediek, médico;<br />
Maria do Rosário, formada em letras; Sônia<br />
Chediek, professora; Terezinha Chediek, professora;<br />
Wilson Chediek, dentista.<br />
Paulo Elias, como todo homem de bem,<br />
e que valorizou a vida com suas conquistas e<br />
conduta ilibada e escorreita, deixou um legado<br />
que serviu de exemplo e norte para seus descendentes,<br />
e como traço do seu caráter; servia<br />
ao próximo com a presteza que somente os<br />
seres superiores conseguem fazer. Foi parte<br />
integrante de diretoria da Associação Comercial<br />
e Industrial de Araraquara (ACIA), Conselheiro<br />
da Associação Ferroviária de Esportes,<br />
membro do Lions Club Santa Cruz, diretor<br />
do Asilo de Mendicidade por quase 40 anos,<br />
Elias Chediek, hoje vereador, no colo da mãe Renê<br />
O então prefeito Clodoaldo Medina e<br />
Paulo Elias Antônio se cumprimentam<br />
sob os olhares de Amaral Gurgel num<br />
dos encontros realizados na CTA<br />
tendo ocupado o elevado cargo de presidente<br />
dessa exemplar casa de abrigo aos idosos e foi<br />
também dedicado vicentino.<br />
Araraquarense de coração, a Câmara Municipal,<br />
reconhecendo suas grandes qualidades,<br />
outorgou-lhe, por unanimidade, o título<br />
de “Cidadão Araraquarense”, que ele recebeu<br />
com muito orgulho e satisfação, embora em<br />
solenidade singela.<br />
Paulo Elias, foi dinâmico presidente da CTA<br />
por 22 anos, até o seu falecimento ocorrido a<br />
27 de abril de 1984, deixando seu nome vinculado<br />
nos loteamentos Jardim Viaduto, Jardim<br />
Paulistano e Jardim América.<br />
Seu nome está na rua através do decreto<br />
5042, de 26/06/1984, que denomina Rua<br />
Paulo Elias Antonio a via pública anteriormente<br />
conhecida por Estrada dos Coelhos, no loteamento<br />
Jardim Eliana.<br />
Paulo Elias também empresta seu nome<br />
através de decreto do então Prefeito Municipal<br />
Clodoaldo Medina, à praça localizada no Jardim<br />
Paulistano.<br />
Paulo e Renê no<br />
casamento do filho<br />
Elias com Regina<br />
em 20 de outubro<br />
de 1980, tendo ao<br />
lado Antônio Moda<br />
Francisco e esposa<br />
Renê e Paulo Elias com os filhos Elias, José<br />
Roberto, Maria do Rosário, Edson, Paulo<br />
Sérgio, Sônia, Wilson e Terezinha<br />
67
VIGILÂNCIA<br />
Academias em<br />
estado de alerta<br />
Está proibida em Araraquara<br />
e todo o país, a distribuição e<br />
comercialização de vinte lotes<br />
de Whey Protein, os chamados<br />
suplementos de proteína<br />
extraídos do soro do leite usados<br />
por atletas. A lista aponta 14<br />
fabricantes diferentes.<br />
Texto: Rafael Zocco<br />
A notícia correu rápida em nossa cidade: a<br />
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVI-<br />
SA) proibiu a distribuição e venda de 20 tipos<br />
de Whey Protein de 14 marcas diferentes. A<br />
atitude tomada se deve ao fato de a quantidade<br />
real de carboidratos e proteínas contidas no<br />
produto, estar diferente do informado na embalagem.<br />
Foi constatado também, soja nos produtos,<br />
o que não era declarado na embalagem.<br />
Leonardo<br />
Somogyi, da<br />
loja Ecléticca<br />
Nutrition,<br />
especializada<br />
na venda de<br />
suplementos,<br />
fala que o<br />
consumo de<br />
whey protein<br />
continua<br />
elevado<br />
Dos 20 produtos irregulares, 19 tinham<br />
quantidade de carboidratos superiores aos<br />
declarados e um deles apresentou quantidade<br />
inferior. Os fabricantes serão autuados pela<br />
Agência e podem sofrer uma série de sanções,<br />
entre elas um pagamento de uma multa que<br />
pode variar de R$ 2mil a R$ 1,5 milhão. A<br />
ANVISA pede que os consumidores que identificarem<br />
os produtos com esses problemas<br />
à venda, entrem em contato com a vigilância<br />
sanitária de seu município ou estado, pois os<br />
suplementos não podem ficar expostos.<br />
REPERCUSSÃO<br />
O educador físico e proprietário da academia<br />
Life Movement, José Antônio Corbini,<br />
mostrou preocupação com os produtos que<br />
foram barrados pela Agência. “Fiquei surpreso<br />
com as marcas suspensas, já que possuíam<br />
selo da ANVISA. A procura de suplementos<br />
hoje em dia é muito grande. Quando um aluno<br />
busca mais informações desses suplementos,<br />
orientamos sobre os efeitos que eles têm<br />
em uma determinada atividade, mas sempre<br />
aconselhamos a procura de um nutricionista”,<br />
comenta Corbini.<br />
Apesar do susto, Leonardo Somogyi,<br />
sócio-proprietário da loja especializada em<br />
suplementos Ecléticca Nutrition, fala que o<br />
consumo de Whey Protein continua bastante<br />
elevado mesmo após a suspensão de alguns<br />
produtos. “Sem dúvida, o Whey Protein é o<br />
produto mais vendido na loja. Os mais comuns<br />
são o Concentrada, Isolada e Hidrolisada, ambos<br />
contendo variações para uma rotina diária<br />
de suplementação”, informa.<br />
Consumidora de suplementos alimentares<br />
desde agosto de 2013, Roberta Spagnuolo<br />
se mostra feliz com os resultados obtidos com<br />
68
José Antônio Corbini com a aluna<br />
Vitória Vieira na Life Movement<br />
Roberta Spagnuolo fala bem dos efeitos<br />
proporcionados pelo Whey Protein<br />
CUIDADOS<br />
Alexandre Laverde, especialista em<br />
nutrição clínica e esportiva<br />
Whey Protein. “Com o consumo contínuo percebi<br />
os bons resultados alcançados a cada semana.<br />
Comecei a praticar esporte aos 6 anos<br />
de idade e fui atleta de natação por 11 anos<br />
de maneira continuada, fazendo exercícios<br />
para manter a forma. O suplemento é uma fonte<br />
prática, rápida e de grande concentração”,<br />
declara a atleta.<br />
Ficou comum o uso de suplementos alimentares<br />
para quem faz exercícios físicos,<br />
principalmente para adeptos de academia,<br />
melhorando assim, o condicionamento físico<br />
de maneira mais rápida. Muitas pessoas confundem<br />
os suplementos com a famosa “bomba”<br />
(medicamentos com uso restritivo para<br />
humanos e a maioria não é liberada para uso<br />
no Brasil).<br />
O especialista em nutrição clínica e esportiva<br />
da Cínica Sakima, Alexandre Laverde,<br />
orienta os seus pacientes para terem uma<br />
alimentação regular diária. “Uma alimentação<br />
equilibrada é a melhor forma de se conseguir<br />
resultados mais sólidos. Para quem está iniciando<br />
uma academia ou outra atividade, procure<br />
um profissional para que possa orientá-lo<br />
sobre o uso de suplementos”.<br />
Os suplementos como Whey Protein devem<br />
ser regulados por doses, semelhante ao<br />
uso de vitaminas em geral. O excesso pode<br />
causar danos sérios no fígado e rins, podendo<br />
também levar a pessoa a engordar por causa<br />
do consumo elevado de calorias. “O suplemento<br />
alimentar é utilizado quando a alimentação<br />
por si só não alcança a necessidade do<br />
atleta ou desportista”, complementa Laverde.<br />
69
70
COLUNA<br />
ESPORTE É AVENTURA<br />
Instrutor<br />
Flavio Capixaba<br />
O stand up paddle<br />
Olá queridos leitores,<br />
Estou aqui desta vez para falar de uma modalidade<br />
que já virou febre em todas as praias e<br />
lagoas do nosso Brasil, o Stand up paddle, também<br />
conhecido como SUP.<br />
É muito simples: uma prancha, um remo<br />
e a natureza. Basta remar em pé em cima de<br />
um super pranchão e você estará praticando o<br />
stand up paddle. Quem pratica o SUP alega que<br />
o esporte é uma mistura de lazer e atividade física,<br />
mas principalmente a possibilidade de estar<br />
em contato com a natureza,<br />
em que pessoas a partir de 4<br />
anos já podem se aventurar.<br />
Esta modalidade teve<br />
início nos anos 40, no Havaí,<br />
onde os instrutores remavam<br />
em pé sobre enormes pranchas<br />
de madeira com intenção<br />
de acompanhar seus alunos<br />
durante as aulas de surfe.<br />
Nesta época não existia nenhuma definição específica<br />
para essa prática, mas aos poucos ela<br />
veio crescendo e cada vez mais surfistas começaram<br />
a praticar o SUP e a produzir equipamentos<br />
melhores e diferenciados.<br />
DICAS IMPORTANTES<br />
Antes de comprar uma prancha, eu recomendo<br />
que você faça uma aula com um instrutor,<br />
para descobrir se realmente gosta da modalidade.<br />
Além disso, junto ao instrutor poderá<br />
descobrir qual o melhor equipamento para você.<br />
Já que existem diversos tipos de pranchas e remos,<br />
deixo a dica para os iniciantes: a melhor é<br />
uma prancha híbrida, que pode ser usada tanto<br />
no mar como em lagoas ou represas.<br />
Existem algumas maneiras de se praticar<br />
o SUP. Temos a modalidade SUP Surf, também<br />
SUP Surf<br />
Carlinhos Tavares<br />
Absolute Fit<br />
16 3114.8664<br />
conhecida como SUP Wave, que consiste em<br />
surfar as ondas em pé com auxílio do remo.<br />
Pela dificuldade apresentada, ela possui poucos<br />
adeptos no Brasil.<br />
Outra modalidade é o SUP Remada: a<br />
que mais cresce nas águas brasileiras por ser<br />
infinitamente mais fácil de se equilibrar. Esta é<br />
praticada em lagoas, rios e mares com águas<br />
calmas, e o que manda é ficar em pé e remar,<br />
remar e remar. O legal desta modalidade é que<br />
o aluno já fica em pé, pratica e curte, logo no<br />
primeiro dia. Mas não pense que praticar SUP<br />
é moleza!<br />
O SUP, por trabalhar em cima de uma superfície<br />
móvel (a água), exige do praticante<br />
um trabalho de equilíbrio constante. Mesmo o<br />
iniciante ou o mais experiente tem que manter<br />
as pernas e o abdômen contraídos<br />
para a manutenção<br />
do equilíbrio. Não é difícil ficar<br />
em pé, mas exige trabalho<br />
de todo o corpo. É muito interessante<br />
para quem quer se<br />
exercitar e ao mesmo tempo<br />
se divertir. Além de um alto<br />
gasto calórico trabalha muito<br />
as pernas, abdômen, costas e<br />
braços. Completo.<br />
Locais que recomendo para prática: Florianópolis-SC<br />
(Lagoa da Conceição), Rio de Janeiro-<br />
RJ (Lagoa Rodrigo de Freitas), Ilhabela-SP (Praia<br />
Perequê) e Bertioga-SP (Praia São Lourenço).<br />
Já na praia de São Lourenço uma boa escola é<br />
a SWELL, localizada em frente ao módulo 8 do<br />
condomínio Riviera de São Lourenço. Lá você<br />
encontrará um amigo meu, o instrutor Flavio<br />
Capixaba, excelente profissional. Quem quiser<br />
pode procurá-lo em meu nome.<br />
Lembrando que a Absolute Fit é a clínica<br />
mais completa e moderna de nossa cidade. Trabalhamos<br />
intensamente para que você realize<br />
todas as atividades e esportes com conforto e<br />
segurança, preparando você fisicamente para<br />
que isso ocorra com o maior prazer e diversão.<br />
Para saber mais, como dicas de treino, etc.,<br />
curta nossa página no Facebook. Neste canal<br />
você poderá interagir, compartilhar fotos e fazer<br />
perguntas.<br />
Stand up paddle é Esporte e Aventura! E<br />
você, vai encarar?<br />
71
Alimentação<br />
saudável<br />
Comida bem<br />
caseira<br />
Sugestões<br />
balanceadas<br />
GASTRONOMIA<br />
Onde comer bem e sem culpa:<br />
Melancia - Sabor e Saúde<br />
Comer é um dos prazeres da<br />
vida, porém a preocupação<br />
com a saúde deve vir em<br />
primeiro lugar, diz Gilberto<br />
Durante, que criou na região<br />
central da cidade uma casa<br />
com cardápio tipicamente<br />
caseiro, onde as pessoas<br />
possam se alimentar com<br />
qualidade e rapidez.<br />
Gilberto<br />
Durante<br />
Instalou-se em Araraquara uma empresa<br />
que traz um novo conceito em alimentarse<br />
bem, preocupando-se com a saúde e o<br />
mais importante, com preços acessíveis a<br />
todos. O “Melancia – Sabor e Saúde” surgiu<br />
para atender o público que deseja boa alimentação,<br />
com rapidez e um inconfundível<br />
sabor caseiro.<br />
O cardápio oferece pratos executivos,<br />
onde o cliente pode substituir o arroz branco<br />
pelo integral, escolhe molhos caprichados<br />
para acompanhar a carne grelhada ou<br />
temperar a salada. A intenção é proporcionar<br />
uma refeição saudável e com muito sabor<br />
no almoço ou no jantar.<br />
Especialistas em nutrição afirmam que<br />
é muito importante alimentar-se entre períodos<br />
regulares de tempo, indicando a ingestão<br />
de alimentos a cada 3 horas. Segundo<br />
eles, esse hábito possibilita um melhor funcionamento<br />
do organismo e uma queima<br />
maior de calorias, resultando no emagrecimento<br />
ou na manutenção do peso corporal.<br />
No Melancia existem muitas opções de<br />
lanches, sucos funcionais, saladas e uma<br />
cafeteria completa para todas as idades e<br />
gostos. Um lanche com pão integral, uma<br />
proteína, queijo, legumes, verduras e um<br />
molho delicioso, podem fazer da hora do<br />
lanche um momento de prazer sem culpa.<br />
Segundo o proprietário do “Melancia”<br />
Gilberto Durante, “com o tempo cada vez<br />
mais escasso, as pessoas precisam de locais<br />
onde possam se alimentar com qualidade,<br />
rapidez e preço acessível, por isso<br />
acreditamos na proposta do Melancia. O<br />
nosso ambiente é moderno e climatizado.<br />
Trabalhamos dentro das mais rígidas normas<br />
de higiene e controle de qualidade<br />
para proporcionar saúde e sabor aos nossos<br />
clientes. Estamos implantando o nosso<br />
delivery para levarmos nosso sabor àqueles<br />
que não podem vir até nós”.<br />
72<br />
Pratos saudáveis no Melancia<br />
Atendimento self-service<br />
Espaço confortável<br />
Atendimento Melancia - Sabor e Saúde<br />
Rua São Bento, ao lado da Igreja Sta. Cruz<br />
Fones: (16) 3461 4800 / 3461 6150
ONDE CHEGA A TECNOLOGIA<br />
Ortopédica Mais produz<br />
próteses e órteses<br />
Desde sua origem, a empresa vem desenvolvendo<br />
os métodos mais modernos para atender pessoas<br />
com necessidades especiais, tanto crianças<br />
como adultos. Na verdade, a Ortopédica Mais<br />
em Araraquara está comprometida em melhorar<br />
a qualidade de vida dessas pessoas através de<br />
soluções funcionais.<br />
A Ortopédica Mais em Araraquara: Rua Bento de Barros, 1068,<br />
esquina com a Padre Cezarino, telefone 3461 3896<br />
O araraquarense João Guirelli Júnior<br />
está no ramo de produtos ortopédicos há<br />
16 anos, com lojas em Ribeirão Preto, Pontal,<br />
Taquaritinga. Há cinco meses instalou a<br />
Ortopédica Mais em Araraquara, em ponto<br />
privilegiado da Vila Xavier. A loja oferece,<br />
em prédio amplo, total acessibilidade para<br />
os clientes, estacionamento próprio, adequado<br />
principalmente para quem apresenta<br />
algumas limitações motoras.<br />
A Ortopédica Mais tem atendimento individual<br />
e especializado, para quem necessita<br />
de um aparelho ou produto com orientações<br />
precisas, além de preços excelentes,<br />
parcelamentos e cartões de crédito, o que<br />
facilita muito para seus clientes.<br />
João explica que são inúmeros os serviços<br />
que a loja mantém, inclusive, com uma<br />
oficina (em Ribeirão Preto), produzindo próteses<br />
e órteses. “Todo aparelho ortopédico<br />
é moldado no gesso aqui na Ortopédica<br />
Mais, onde fazemos o modelo e aí então é<br />
enviado para a fábrica ou sapateiro, dependendo<br />
do caso, como os sapatos especiais<br />
sob medida para pés diabéticos (sob molde<br />
de gesso). A confecção de próteses ou órteses<br />
para membros, conta com a tecnologia<br />
mais avançada do mundo, o que confere<br />
precisão, segurança e eficiência”.<br />
Na Ortopédica Mais, o cliente encontra<br />
toda a linha de cadeiras de rodas, desde as<br />
mais simples, até as motorizadas, em vários<br />
tamanhos e também as cadeiras de rodas es-<br />
portivas, com designer moderno e funcional.<br />
Para quem tem necessidades de apoio,<br />
na hora do banho, há os banquinhos apropriados,<br />
cadeiras em alumínio, acento elevado<br />
de apoio para vaso sanitário, tornando<br />
a vida do paciente mais segura, principalmente<br />
em locais, onde há necessidade de<br />
muitos cuidados. Para crianças com necessidades<br />
especiais, a Ortopédica Mais<br />
dispõe de cadeiras adaptadas de todos os<br />
modelos e marcas (sob medida e personalizada<br />
para cada paciente).<br />
João explica que para os pés, a loja,<br />
além de palmilhas normais, confecciona<br />
palmilhas específicas para quem tem esporão,<br />
realizando na própria loja os mais modernos<br />
exames de pisada (baropodômetro).<br />
“É um exame computadorizado verificando<br />
onde estão ocorrendo as sobrecargas nos<br />
pés ou onde estão sendo apresentados os<br />
problemas posturais. Isso é muito importante,<br />
pois a partir daí, alguns desconfortos e<br />
até mesmo dores, são resolvidos como uma<br />
nova maneira de pisar”, explica o<br />
profissional.<br />
Na linha para as pernas, há<br />
muitas opções em meias de compressão<br />
medicinal, nas principais<br />
marcas e uma novidade: é a malha<br />
de compressão pós-cirúrgica, que<br />
não retém suor, evitando o odor e<br />
desconforto para o paciente. João<br />
enfatiza que a Ortopédica faz a indicação<br />
de meias conforme prescrição<br />
médica, pois entende que<br />
é muito importante ter o acompanhamento<br />
médico.<br />
A Ortopédica Mais utiliza tecnologia<br />
da mais simples a mais elaborada,<br />
dispondo de assistência total dos seus<br />
produtos, inclusive com reposição de peças<br />
de aparelhos vendidos na loja. “Temos que<br />
dar toda atenção aos nossos clientes, mas<br />
principalmente, que tenham a confiança de<br />
que dispomos dos melhores, mais eficientes<br />
e seguros produtos do mercado ortopédico”,<br />
finaliza João.<br />
araraquara@ortopedicamais.com.br<br />
Cadeiras motorizadas Parte do showroom Cadeiras em alumínio<br />
73
74
POR: MARCELLO FURTADO<br />
VIDA SOCIAL<br />
Na cidade já se fala na chegada até 2015, da HUB através da Bild<br />
Desenvolvimento Imobiliário. O empreendimento será pelos lados<br />
do Shopping Jaraguá, onde tudo parece estar acontecendo nos<br />
últimos anos. A HUB é o Hotel Urban Boulevard (Grupo Inter City).<br />
Cacá Esteves (Praticidade Eventos) no<br />
Shopping Jaraguá<br />
Antonieta e Rui Ribeiro<br />
Magalhães (Antonella)<br />
Elias Chediek e Regina em evento no Senac<br />
Empresário Pedro Lia Tedde, da Tedde<br />
Imobiliária, lançando mais um grande<br />
empreendimento na cidade: o Residencial<br />
Premiatto, próximo ao Araraquarense.<br />
Apartamentos com até três suítes.<br />
Professores do Curso de Moda no Senac, Érika<br />
Ferreira e Richard Valadão<br />
Fernanda Colino<br />
e Melissa Lima<br />
(Antonella)<br />
Dois grandes profissionais:<br />
Washington Rosa (arquiteto)<br />
e José Augusto Cardillo<br />
(oftalmologista)<br />
75
Fernanda e Fabíola Bonini,<br />
Paulo Henrique e Rodrigo<br />
Estoelli<br />
Até 13 de junho<br />
acontece a Quermesse<br />
de Santo Antônio, o<br />
santo casamenteiro,<br />
com sua tradicional<br />
Festa Junina<br />
Joel Aranha e<br />
Wagner Silva<br />
Eneida Miranda de Toledo e Orlando Mengathi (Nino),<br />
em evento na cidade<br />
Cláudia e Alexandre Aranha, em festa de<br />
confraternização da Rádio Cultura<br />
Glória, Chico de Assis e Gustavo Scatolin<br />
Lucas Pereira Baltieri e Marcelo Zavaglia<br />
formam o duo For You Blue. Música de<br />
primeira no Antonella<br />
César Rosa, administrando com carinho o<br />
sucesso que a Cidade FM, de Wanderley Mársico<br />
está fazendo em Araraquara. Parabéns.<br />
Maria Tereza<br />
Magnani Hage<br />
(Mondrian Ambientes)<br />
Casal Salete e Luiz Francisco<br />
de Assis Salgado (Diretor<br />
Regional Senac), na entrega<br />
do título de Cidadão<br />
Araraquarense<br />
76
Rosana, Marco Silva,<br />
Marcelo Zaniollo, com<br />
a esposa Cristiani e<br />
o filho Giovani<br />
Wilson Peron, Beto<br />
Neves e Bete Neves,<br />
em noite de Antonella<br />
Os empresários da gastronomia,<br />
Silvino Valandro e Cassiano<br />
(Estrela do Sul)<br />
O LICEU CONVIDA<br />
Toninho Rodrigues dos Santos e Zezé Bellini,<br />
reencontro de velhos amigos na festa de<br />
confraternização da Cultura, na Beira da Tuia,<br />
em maio<br />
No dia 14 de junho<br />
na Sabsa, teremos<br />
a partir das 18h a<br />
Festança no Arraiá<br />
do Liceu. Comidas<br />
típicas, brincadeiras<br />
e muita diversão.<br />
Você está convidado.<br />
Simone Soriano, coordenadora de marketing<br />
e Talita Held, setor de eventos do Shopping<br />
Jaraguá<br />
Samira Frangiotti (Produtiva Eventos) e Roseli<br />
Carvalho (Revista Comércio & Indústria)<br />
Thaís Goes e Priscila Soares Campos (Fulvia Magrini)<br />
77
Gustavo Morete, Selene Campos, Fernanda Musto, Roseli<br />
Carvalho e Carlos Godoy (Equipe Senac)<br />
Colega de trabalho, Marcello<br />
Furtado, em junho comemora<br />
60 anos de idade. Sua própria<br />
expressão diz estar de bem com<br />
a vida. Felicidades.<br />
Maria José Lisboa e Gesiel de Souza<br />
Rodrigues, advogados atuantes e<br />
competentes<br />
Rodrigo de Lucas, Janaína Felix, Renata Pimentel,<br />
Débora de Souza, Paulo de Souza e Wendel<br />
Pimentel, colocando o papo em dia no Antonella,<br />
noite dessas<br />
PROMOÇÃO DO CEBRAC<br />
Gustavo Henrique Sanches festejando com<br />
sua equipe o sucesso da I Feira Nacional do<br />
Empreendedorismo que foi organizada pelo<br />
Cebrac, na segunda quinzena de maio, na<br />
Praça de Santa Cruz. Centenas visitaram a<br />
feira.<br />
Marcos Antonio de Oliveira, Antonio Deliza e<br />
Ivo Dall’Acqua<br />
78
A BOLA E O VERBO<br />
O jornalista Rodrigo Viana<br />
recebeu amigos e convidados para<br />
o lançamento do seu livro ‘A Bola<br />
e o Verbo’, obra adaptada de sua<br />
tese de mestrado em literatura pela<br />
Unesp, concluída em 2008. O livro,<br />
editado pela Summus, é resultado<br />
de uma análise de 13 crônicas<br />
sobre o futebol envolvendo<br />
grandes figuras, como Garrincha,<br />
Pelé, seleção brasileira e até a<br />
Ferroviária, escritas por diversos<br />
cronistas contemporâneos.<br />
Luiz Antônio, da equipe de jornalismo da Morada FM<br />
também prestigia a noite de autógrafos de Rodrigo Viana<br />
PROMOÇÃO<br />
O BOX É NOSSO<br />
CARNE COM BATATA<br />
IMPERIAL EXECUTIVO JR.<br />
Por apenas<br />
R$<br />
19 ,90<br />
Rodrigo e<br />
Osmar Volpe,<br />
o Pio<br />
Com Maribel<br />
Santos, do<br />
jornal O<br />
Imparcial<br />
Araraquara<br />
3335 8580<br />
PEÇA PELA INTERNET<br />
CHINAINBOX.COM.BR<br />
Promoção não cumulativa, válida de 2 de junho à 31 de julho de <strong>2014</strong> nas lojas<br />
indicadas. Taxa de entrega não inclusa. Área de entrega restrita. Fotos ilustrativas.<br />
Anuńcio Araraquara Revista Cia 8X14,2.indd 1 5/27/14<br />
Rodrigo Viana emocionado ao receber<br />
cartão de prata de Antônio Marcos<br />
Vintecinco, presidente da torcida<br />
coração grená<br />
Rodrigo Viana e os amigos Marcelo Silva, Rodrigo Sossolote,<br />
Gildete Costa Vieira e Pedrinho Renzi<br />
Rodrigo nasceu em Ilha<br />
Solteira (SP), mas passou<br />
grande parte de sua vida<br />
em Araraquara, antes<br />
de seguir para grandes<br />
centros, como São Paulo,<br />
e atuar na mídia<br />
esportiva. Os vínculos<br />
que ele mantém com<br />
a cidade são bastante<br />
fortes, merecendo<br />
de todos, respeito<br />
e admiração.<br />
Livraria Nobel em noite de lançamento<br />
79
Rita de Cássia Gallucci<br />
Pereira na sua nova<br />
Estética Harmonia<br />
Solange, Maria<br />
Helena e Marcos Roxo<br />
Gibran, em noite de<br />
Rock’N’Roll<br />
PAULO ANDRÉ E SANDRA<br />
Paulo André Alves Pinto e sua esposa Sandra<br />
comemoram neste 6 de junho, 21 anos de<br />
casados, vivendo permanentemente uma<br />
grande felicidade. Eles são pais de André,<br />
que em outubro completará 18 anos. Por<br />
serem diretores da Vilacopos, sabem melhor<br />
que ninguém que “a vida é uma festa”.<br />
Companheiro de muitas jornadas, Fernando<br />
Minussi comemora nova idade em altíssimo<br />
astral. Os amigos Odair Righi e Salvador<br />
Spoto foram abraçá-lo. Parabéns.<br />
Fashion Model <strong>2014</strong>, realizado em maio<br />
no Melusa Clube com super desfile e<br />
apresentação de 100 alunos na passarela,<br />
além de 25 formandos do curso de Modelo e<br />
Manequim Profissional (Jô Models). Na abertura,<br />
o Desfile de Coleção Inverno da Loja VIM VI<br />
VENCI do Shopping Jaraguá.<br />
Walter de Jorge Martins e a mais bela classe de<br />
beber sossegadamente<br />
80
ANIVERSÁRIOS<br />
<strong>JUNHO</strong><br />
A diretoria da ACIA cumprimenta todos os aniversariantes<br />
DATA NOME EMPRESA DATA NOME EMPRESA<br />
01/06<br />
01/06<br />
01/06<br />
02/06<br />
02/06<br />
02/06<br />
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18/06<br />
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19/06<br />
Wagner Aparecido Olegário<br />
Laerte Aparecido Coletti<br />
Pedro Luis Cerqueira Leite<br />
Osmar Bertato<br />
Sérgio Herminio Fausto<br />
Luzia Nucci Garitta<br />
Luiz Amado Longo de Souza<br />
Giovani H. Guimarães Peroni<br />
Rodrigo César Corbi<br />
Cleuza Zambon de Moura<br />
Paulo Áquila Garcia<br />
Marilene Volpatti Polezze<br />
Marcos Roberto<br />
Rosângela F. P. Matsumoto<br />
Eduardo de Aguiar Faria<br />
Maria Emilia Trosdorf<br />
Carlos Donizetti Siqueira<br />
Adriana Fernandes R. Lopes<br />
Silvia Helena Jaciani Petroni<br />
Nilton Bacaycoa Ribeiro<br />
Lilian Cristiane Facão<br />
Gregori Pedro Aranha<br />
Paulo André Alves Pinto<br />
Cláudio Akio Yonaha<br />
Rômulo Antônio Gurgel Cefaly<br />
Antônio Carlos M. Franco<br />
Reinaldo Antônio Smirni<br />
Antônio Carlos Trosdorf<br />
Humberto Veronez<br />
Adriana V. Portari Biagioni<br />
Carlos Massayuki Miyai<br />
Antônio João Janke Garcia<br />
Sérgio Luiz Gagliardi Lopes<br />
Silvio Kawakami<br />
Jefferson Tadeu Barroso<br />
Francisco Renato da Silva<br />
Maria Assunta Marquesi<br />
Osni Cândido Pereira<br />
Cláudia C. Guzzi Biagioni<br />
Valquíria Sgobi Fiorillo<br />
Luis Fávero de Souza<br />
Leonel Francischini Zanardi<br />
Heraldo Antônio de Oliveira<br />
Rádio Brasil Fm<br />
Bar Sultão<br />
Salão Esplanada<br />
Rodoviário Bertato<br />
Hora Sol<br />
Remo Garitta Jóias e Relógios<br />
Longo Imóveis<br />
Ambioergo<br />
Tropical Veículos<br />
Supermercado Imperador<br />
Âncora Consultores<br />
Jornal de Araraquara<br />
Lilah Modas<br />
Rosângela Flores<br />
Habib’s<br />
Clinauto<br />
Emp. Serv. Contábeis de Araraquara<br />
Palácio da Pesca<br />
Sanel Auto Mecânica<br />
Nativa<br />
Kibarato<br />
Jotex<br />
Vilacopos<br />
Anzol de Ouro<br />
Gráfica Cefaly<br />
Mello Franco<br />
Rede Construvem<br />
Clinauto<br />
OHMS Eletrificação<br />
P&B Company<br />
Big Real<br />
Retífica de Motores São José<br />
Distribuidora Ovos de Ouro<br />
Sorveteria Kawakami<br />
Alarm System<br />
Francisco Renato da Silva<br />
Posto do Costa<br />
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Escritório Gaspar<br />
Carrossel Moda Infantil<br />
Grafite Papelaria Bazar e Copiadora<br />
Banco Brasil<br />
Estradão Auto-Center<br />
19/06<br />
19/06<br />
20/06<br />
20/06<br />
20/06<br />
21/06<br />
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22/06<br />
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23/06<br />
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26/06<br />
26/06<br />
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28/06<br />
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30/06<br />
30/06<br />
30/06<br />
30/06<br />
Adélia Sonni Stahlberg Arnosti<br />
Neusa Santana<br />
Joaquim Kiyoshi Abekawa<br />
Caroline Pavan Rodrigues<br />
Jorge Luiz Gomes de Assumpção<br />
Orivaldo Moreira<br />
Nelson Luiz Bergamim<br />
Valmeire Regina Zaparoli Vieira<br />
Norberto de Freitas<br />
Luis Antônio Goulart Barbieri<br />
Nedilson Luiz Britto<br />
Nelson Afif Cury Junior<br />
Adinaldo Pimenta<br />
Alexandre Camargo Fernandes<br />
Guilherme Von Poelhsitz Neto<br />
Sérgio Roberto Apolônio<br />
Walter Jung<br />
Antônio João Mori<br />
Celso Ap. Freitas Gouvea<br />
Daniel Henrique Mendonça<br />
Alexandre R. Chade<br />
Paulo Eduardo Filpi<br />
Fernando Ferreira<br />
Suzy Kelly Pires de Souza<br />
Ana Cristina Castilho<br />
Luciana Cristina Camargo Silva<br />
Jolindo Bulgike Alencar Freitas<br />
Eva Zanardi Ferreira<br />
Alexandre Marques<br />
Fernanda Catanzaro Junquetti<br />
Dorival Rodrigues Junior<br />
Gilberto Mistrão<br />
Sônia Cristina Silva Deliza<br />
Ida Nakada<br />
Ariane Franzin de Angelis<br />
Pedro Luiz Perdonatti<br />
Cézar Julmar Klaus<br />
Lucia Jarina de Souza<br />
Nelson Roberto Gritti<br />
Pedro Martins Coelho<br />
Najla José Abi Rached Torres<br />
José Roberto da Silva<br />
Jurandir Mutti<br />
Arnosti Transportes<br />
Quatro Estações<br />
Anzol de Ouro<br />
Morada do Sol Corretora de Seguros<br />
Panificadora Jóia<br />
TV Circulando<br />
Stuchi Imóveis<br />
Casa do Arroz<br />
Habitat<br />
Casa Barbieri<br />
Stuchi Imóveis<br />
Usina Maringá<br />
Casas Pernambucanas<br />
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Som Técnica<br />
Kambé Embalagens<br />
Mecânica Jung<br />
Amalfi Mori & Filhos<br />
Celso do Varal<br />
Mendonça Radiocomunicação<br />
Caldeirão<br />
Arenco<br />
Retífica Ferreira<br />
Atlanta<br />
MC Áudio<br />
Lojas Certeza<br />
Jornal Folha da Cidade<br />
Eva Zanardi Ferreira<br />
Serralheria Lismar<br />
Restaurante do Cidinho<br />
Turística Sonhomeu<br />
GM Indústria, Comércio e Manutenção<br />
Casa Deliza<br />
Correio da 36<br />
Opa Distribuidora<br />
Boticário<br />
Porto Alegre<br />
Armarinhos Fiel<br />
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<strong>JUNHO</strong><br />
Luís Carlos<br />
Este é um mês onde se comemoram as datas<br />
queridas e tradicionais do brasileiro e que<br />
vêm de um atávico e distante passado. Além<br />
das alegres festas caipiras para registrar o início<br />
do inverno, entre tantas outras efemérides, as<br />
mais conhecidas são aquelas onde se trocam<br />
presentes no dia dos namorados; onde se fazem<br />
promessas ao santo Antonio casamenteiro<br />
(incrível: ainda há casamentos!); onde o quentão<br />
não pode faltar no dia de São João; onde se<br />
comemora o importante dia do meio ambiente<br />
e o não menos importante, o da liberdade de<br />
imprensa. Aliás, essa é uma das liberdades que<br />
governos e partidos autoritários, mesmo numa<br />
democracia, tentam sutilmente ou não, cercear.<br />
Mas é neste junho de <strong>2014</strong> que se inicia a<br />
tão aguardada Copa do Mundo, na qual somos<br />
os anfitriões e onde todos nós torceremos para,<br />
mais uma vez, o Brasil ser campeão e isso apesar<br />
das inúmeras críticas - que não vêm ao caso<br />
aqui elencar -, algumas verdadeiras, outras nem<br />
tanto. Talvez já próximo ao final do mês, esperaremos<br />
ansiosos algumas vitórias (as quartas de<br />
final), as quais, com muito entusiasmo, comemoraremos<br />
em julho - se os deuses quiserem - a<br />
definitiva.<br />
Entretanto, também é neste mês que se<br />
recordam os acontecimentos que ocorreram há<br />
um ano, em todo o País, os de rebeldia contra<br />
o status quo vigente, fatos esses que nunca se<br />
viram por aqui em nosso país tradicionalmente<br />
pacífico, formado por um povo aparentemente<br />
pacato, porém atualmente inconformado, entre<br />
tantas e até justas reivindicações - principalmente<br />
pela omissão dos políticos que não estão<br />
conseguindo captar, com sensibilidade, tal como<br />
deveriam -, as insatisfações populares.<br />
Será que ainda existirão mais manifestações<br />
de revolta, como que a comemorar um<br />
B<strong>ED</strong>RAN<br />
Sociólogo e articulista da Revista<br />
Comércio & Indústria de Araraquara<br />
aniversário, apesar da insopitável esperança que<br />
é a de ganhar a Copa do Mundo? Será que, em<br />
junho, os descontentes com os rumos da economia<br />
e da política, já se anteciparão às eleições de<br />
outubro, organizando movimentos de protestos?<br />
É verdade que já estamos mais do que vacinados<br />
contra essa história (conversa mole para<br />
boi dormir) de misturar futebol e política. O que<br />
pode acontecer, talvez (ou melhor, quase com<br />
certeza), é a situação tentar avidamente procurar<br />
capitalizar para si uma eventual vitória e a<br />
oposição, da mesma forma, uma eventual derrota.<br />
Porém, com relação a esta, não acreditamos,<br />
pois não interessa a ela ir contra o nosso popular<br />
esporte, contra o nosso maior entretenimento.<br />
Porém, o que se nota, de uns tempos para cá,<br />
é que o Brasil mudou radicalmente. O brasileiro<br />
está muito mais politizado (a maioria, segundo<br />
as últimas pesquisas nem concorda mais com<br />
o voto obrigatório); está mais apressado (talvez<br />
influenciado pela velocidade das comunicações,<br />
internet, celular - aliás, um fenômeno universal -);<br />
mais nervoso (do qual os recentes linchamentos<br />
são prova) e mais<br />
exigente sobre o<br />
seu viver.<br />
Nas festas<br />
juninas, principalmente<br />
durante<br />
os jogos da Copa,<br />
possivelmente<br />
haverá uma trégua.<br />
Talvez possamos esquecer o aniversário<br />
dos protestos do ano passado e assim então<br />
tomaremos quentões nas quermesses, faremos<br />
churrascos com muita cerveja (ainda a preços<br />
módicos), comeremos pipocas para diminuir a<br />
ansiedade em frente à TV, saborearemos feijoadas<br />
com a inseparável caipirinha, enfim, tudo o<br />
que tivermos direito. Aliás, merecemos, porque<br />
ninguém é de ferro.<br />
Mesmo porque, depois de agosto, o mês geralmente<br />
sombrio e agourento, sabe-se lá o que<br />
poderá acontecer. Pois as candidaturas já estarão<br />
definidas (será que D. Sebastião voltará?)<br />
na espera de outubro, esse o verdadeiro o mês<br />
fatídico.<br />
Aí então é que virão as surpresas, boas ou<br />
más.<br />
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