RCIA - ED. 107 - JUNHO 2014
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O interventor e governador Armando Sales<br />
de Oliveira criticado na época pela alta dos<br />
impostos, motivando a criação de novas<br />
associações comerciais no Estado<br />
- ele obteve 31 votos; seu amigo Herculano<br />
Oliveira, também farmacêutico, ficou como<br />
primeiro secretário com 35 votos. Eleita, a diretoria<br />
tomou posse uma semana depois, 14<br />
de julho.<br />
Em 1935 é que os reais motivos da fundação<br />
da ACIA surgiram: como entidade forte<br />
na região e uma das primeiras associações<br />
comerciais de São Paulo, a finalidade estava<br />
clara. Ela surgira para engrossar os protestos<br />
contra o Governo do Estado que havia majorado<br />
os impostos de forma abusiva. Na reunião<br />
de 13 de março de 1935, por exemplo, o empresário<br />
Miguel Haddad chegou a sugerir que<br />
os comerciantes de Araraquara deixassem de<br />
recolher os impostos até que o Estado se manifestasse.<br />
Valeriano Alvarez contestou e disse<br />
que melhor seria formar uma comissão que<br />
coletaria assinaturas dos comerciantes para<br />
entrar com uma representação contra a Secretaria<br />
da Fazenda.<br />
Na comissão, além de Valeriano, estavam<br />
os empresários Ferrúcio Mione, Raphael Logatti,<br />
Antônio Deliza e José Fernandes Goes,<br />
que algumas semanas depois encaminharam<br />
o documento com as assinaturas para o Secretário<br />
Estadual da Fazenda pedindo a anulação<br />
do ato de majoração dos impostos. Como<br />
um filme a ser visto 80 anos depois, o pedido<br />
foi negado. Na época chegou a ser discutida<br />
a ideia do fechamento do comércio por algum<br />
tempo para pressionar o governo, o que não<br />
foi aceito.<br />
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