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histórias que a vida conta<br />
OS DESAFIOS DE LUIZ ROBERTO<br />
NOS SEUS 18 ANOS DE BOSTON<br />
Se de fato a cidade se tornar subsede da Copa do Mundo<br />
recebendo uma seleção, o taxista Luiz Roberto Pereira<br />
dos Santos será muito útil. Morar e trabalhar por vários anos<br />
em Nova Iorque e Boston são lições que servem de estímulo<br />
para que ele e a esposa Ivone, sejam apontados como<br />
ousados e vencedores.<br />
Luiz Roberto na<br />
Quinta Avenida,<br />
rua extremamente<br />
movimentada de<br />
Manhattan, que vai<br />
desde a Midtown<br />
até ao Central Park<br />
Em 1986, após trabalhar por 10 anos<br />
como motorista da Viação Cometa, Luiz<br />
Roberto Pereira dos Santos ficou sabendo<br />
que indo para os Estados Unidos, poderia<br />
ganhar dinheiro. “Conversei com o amigo<br />
Júlio Malara que me orientou; decidi tirar<br />
o passaporte e me mandei para as terras do<br />
Tio Sam”, lembra Luiz Roberto com certo<br />
saudosismo.<br />
Ao chegar em Nova Iorque sem saber<br />
ao menos “pedir água em inglês”, ele foi<br />
morar em um apartamento com outros 15<br />
brasileiros, todos de Minas Gerais. “Na hora<br />
deu vontade de voltar, mas seria difícil<br />
retornar e começar a trabalhar novamente<br />
na mesma empresa”, conta.<br />
Ele começou a enfrentar serviços<br />
árduos como cortar grama, lavar pratos e até<br />
mesmo entregar jornais, até que num certo<br />
dia, conversando com alguns imigrantes<br />
também brasileiros, decidiu ir para Boston,<br />
onde passou a trabalhar em uma distribuidora<br />
de frutas e verduras; à noite, para aumentar<br />
a renda, limpava escritórios.<br />
Em dezembro de 1989, Luiz Roberto<br />
voltou ao Brasil, porém para ele, tudo já parecia<br />
ser diferente: “Permaneci no Brasil<br />
por 6 meses e retornei para o Estados Unidos.<br />
Era junho de 1990. Comecei a trabalhar<br />
na entrega de jornais e em uma fábrica<br />
de artefatos de plásticos chamada Gregstron<br />
Corporation, em Woburn (MA), onde<br />
fiquei até o final de 1994, retornando ao<br />
Brasil”, lembra.<br />
Em Araraquara, Luiz Roberto conseguiu<br />
emprego como motorista da Textil<br />
Haddad trabalhando até agosto de 1996,<br />
quando conheceu Ivone Zaminhani, que<br />
viria a ser sua esposa.<br />
“Aqui parecia que tudo dava errado;<br />
Luiz Roberto<br />
trabalhou<br />
10 anos na<br />
Cometa