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RCIA - ED. 91 - FEVEREIRO 2013

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histórias que a vida conta<br />

OS DESAFIOS DE LUIZ ROBERTO<br />

NOS SEUS 18 ANOS DE BOSTON<br />

Se de fato a cidade se tornar subsede da Copa do Mundo<br />

recebendo uma seleção, o taxista Luiz Roberto Pereira<br />

dos Santos será muito útil. Morar e trabalhar por vários anos<br />

em Nova Iorque e Boston são lições que servem de estímulo<br />

para que ele e a esposa Ivone, sejam apontados como<br />

ousados e vencedores.<br />

Luiz Roberto na<br />

Quinta Avenida,<br />

rua extremamente<br />

movimentada de<br />

Manhattan, que vai<br />

desde a Midtown<br />

até ao Central Park<br />

Em 1986, após trabalhar por 10 anos<br />

como motorista da Viação Cometa, Luiz<br />

Roberto Pereira dos Santos ficou sabendo<br />

que indo para os Estados Unidos, poderia<br />

ganhar dinheiro. “Conversei com o amigo<br />

Júlio Malara que me orientou; decidi tirar<br />

o passaporte e me mandei para as terras do<br />

Tio Sam”, lembra Luiz Roberto com certo<br />

saudosismo.<br />

Ao chegar em Nova Iorque sem saber<br />

ao menos “pedir água em inglês”, ele foi<br />

morar em um apartamento com outros 15<br />

brasileiros, todos de Minas Gerais. “Na hora<br />

deu vontade de voltar, mas seria difícil<br />

retornar e começar a trabalhar novamente<br />

na mesma empresa”, conta.<br />

Ele começou a enfrentar serviços<br />

árduos como cortar grama, lavar pratos e até<br />

mesmo entregar jornais, até que num certo<br />

dia, conversando com alguns imigrantes<br />

também brasileiros, decidiu ir para Boston,<br />

onde passou a trabalhar em uma distribuidora<br />

de frutas e verduras; à noite, para aumentar<br />

a renda, limpava escritórios.<br />

Em dezembro de 1989, Luiz Roberto<br />

voltou ao Brasil, porém para ele, tudo já parecia<br />

ser diferente: “Permaneci no Brasil<br />

por 6 meses e retornei para o Estados Unidos.<br />

Era junho de 1990. Comecei a trabalhar<br />

na entrega de jornais e em uma fábrica<br />

de artefatos de plásticos chamada Gregstron<br />

Corporation, em Woburn (MA), onde<br />

fiquei até o final de 1994, retornando ao<br />

Brasil”, lembra.<br />

Em Araraquara, Luiz Roberto conseguiu<br />

emprego como motorista da Textil<br />

Haddad trabalhando até agosto de 1996,<br />

quando conheceu Ivone Zaminhani, que<br />

viria a ser sua esposa.<br />

“Aqui parecia que tudo dava errado;<br />

Luiz Roberto<br />

trabalhou<br />

10 anos na<br />

Cometa

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