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Com esse Coffee Truck,<br />
Luiz começou a ser dono<br />
do seu próprio negócio<br />
O casal em seu<br />
apartamento em Revere<br />
Maria e Ivone na Lavanderia Cintas,<br />
onde ela trabalhou por 9 anos<br />
não pensei duas vezes - tomei a decisão de<br />
tirar novo passaporte, obtive o visto de turista<br />
e voltei aos Estados Unidos, indo trabalhar<br />
em uma lavanderia industrial de<br />
Boston. As máquinas de lavar e secar eram<br />
gigantescas, mas era obrigado a trabalhar<br />
duro para não deixar o maquinário parar”,<br />
comenta.<br />
Depois de 6 meses Ivone também deixou<br />
Araraquara para permanecer ao lado<br />
de Luiz Roberto, oficializando o casamento<br />
e indo morar em um apartamento na cidade<br />
de Revere, subúrbio de Boston. Eles<br />
passaram a trabalhar juntos na mesma lavanderia.<br />
Ousado em suas iniciativas, Luiz Roberto<br />
foi trabalhar na construção civil como<br />
comprador de materiais de construção,<br />
e ao conhecer um americano que vendia<br />
lanches com um pequeno caminhão chamado<br />
“Catering Truck”, soube que o truck<br />
estava à venda decidindo comprá-lo por<br />
13 mil dólares: “Foi difícil obter a licença<br />
para trabalhar com alimento, porém Deus<br />
me ajudou a conseguir.<br />
Ele comenta que o pior estava por vir:<br />
numa manhã de 2003 ao sair para mais um<br />
dia de trabalho, o truck estava todo queimado<br />
por incêndio criminoso. “Foi uma<br />
decepção muito grande, mas com a ajuda<br />
de Deus, o proprietário de onde comprávamos<br />
os lanches, me vendeu um de seus<br />
trucks pelo preço de 27 mil dólares. Eu não<br />
tinha seguro do truck, por isso o prejuízo<br />
foi grande”, confessa emocionado.<br />
Três anos depois, Ivone deixou de trabalhar<br />
na lavanderia e voltou ao Brasil,<br />
Luiz Roberto contudo, permaneceu em<br />
Boston por mais um ano e veio embora<br />
convicto de que cumprira uma missão:<br />
“Não voltamos ricos, conseguimos ter<br />
aqui na cidade uma boa casa para morar e a<br />
alegria de ter lutado para conseguí-la”.<br />
Atualmente Luiz Roberto tem um ponto<br />
de táxi na praça do Carmo, trabalhando<br />
para si próprio. “A minha esposa Ivone trabalha<br />
em um dos mercados do Patrezão, e<br />
assim vamos ganhando nosso pão de cada<br />
dia”, conclui.<br />
Nos fins de<br />
semana os<br />
passeios<br />
Os operários atendidos por Luiz Roberto<br />
Uma das obras em que vendia refeições