Jornal do Rebouças Março/2020 - Edição 63
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Março/2020
www.jornaldoreboucas.com.br
11
Tratando a dor com
acupuntura
A
dor é uma condição que tem em suas
raízes muitos fatores que a desencadeia,
de acordo com a Associação
Internacional para o Estudo da Dor, a dor é
“como uma experiência sensorial e emocional
desagradável resultante de reais ou potenciais
problemas no tecido”. A dor aguda
é um fator de preservação da integridade
física indicando fatores de alerta no corpo
e que pode durar em média de 3 a 6 meses.
Quando a dor fica crônica, ela perde esse
fator, podendo gerar uma incapacidade
permanente e agravando outros problemas
como depressão, efeitos adversos de
medicamentos como gastrite, por exemplo.
De acordo com um estudo descritivo sobre
a prevalência da dor crônica no Brasil, estima-se,
de acordo com a associação citada
acima, que a porcentagem da dor no Brasil
se encontra em média 35,5% na população,
semelhante a estimativa mundial.
O tratamento da dor crônica principalmente,
exige uma equipe multidisciplinar
entre elas, o médico e o fisioterapeuta, mas
podem envolver outros profissionais, tais
como psicólogos e terapeutas complementares
integrativos. Neste último caso, está a
acupuntura, uma técnica trazida do oriente,
que faz parte da medicina tradicional oriental,
há mais de 4.000 anos.
A acupuntura consiste em estimular
pontos específicos ao longo do corpo para
trazer alívio das dores, das inflamações e de
outras reações fisiológicas. Outras terapias
complementares estão relacionadas, tais
como, a moxabustão, a ventosaterapia e a
auriculoterapia. A Moxabustão consiste em
estimular o corpo com o aquecimento de lã
de artemisia, aumentando o efeito da acupuntura,
útil nos casos de dores causadas
pela deficiência de calor corpórea e estimula
o sistema imunológico. A ventosaterapia
ou cupping, estimula a região afetada,
promovendo a oxigenação, aumentando a
circulação e o relaxamento muscular. A Auriculoterapia
consiste em estimular pontos
na orelha que auxiliam na recuperação do
equilíbrio corporal e estendem o efeito da
acupuntura. Além destas, existem técnicas
modernas que foram anexadas, como a eletroestimulação
por exemplo, que consiste
em utilizar corrente elétrica para estimular
os pontos através das agulhas, acelerando o
tempo de tratamento e os resultados.
Desde 1986, já se conhece o efeito
analgésico da acupuntura em até 85% muito
além do efeito placebo, o qual chega a 35%
da redução da dor. Além dos efeitos positivos
de analgesia sobre animais e crianças
que não são sugestionáveis ao efeito placebo.
Vários pontos (cerca de 71% do total dos
pontos de acupuntura) foram relacionados
com pontos “trigger points”, comprovados
na década de 80, pontos estes doloridos que
podem gerar dor ao longo do corpo, em pontos
distantes. A acupuntura é tão complexa
e integrativa, que apesar dos esforços para
descobrir os mecanismos de ação na neurofisiologia,
estão sendo relacionadas várias
outras ações, como por exemplo, a comunicação
dos pontos de acupuntura através das
células do tecido conjuntivo.
Outro fator que devemos levar em
consideração relacionado ao benefício da
acupuntura é o fato de ser um método seguro,
custo-efetivo e com baixos índices de
efeitos, quando pensamos a longo prazo nos
efeitos colaterais da terapia farmacológica
utilizando analgésicos e antiinflamatórios
não esteroidais (AINES).
O tratamento da acupuntura é realizado
conforme a comorbidade e o estado
agudo ou crônico. Em casos agudos ou reagudização
da dor crônica, a sugestão é de
2 a 3 vezes por semana, e assim que houver
melhora da crise, passa-se a 1 vez por semana,
até que haja restauração da qualidade de
vida.
Lembrando que a acupuntura é apenas
uma entre outras técnicas que são complementares
ao tratamento convencional conhecido
para a dor. Não se deve abandonar
a fisioterapia ou uso de medicamentos em
detrimento desta terapia, mas o acompanhamento
de todos os profissionais envolvidos.•
Terapeuta: Christiano - Espaço Sintonia
Campanha de
Vacinação contra a
gripe será antecipada
As 75 milhões de doses começarão a ser aplicadas a partir de março. A medida
é uma forma de auxiliar os profissionais de saúde a descartarem influenza na
triagem de casos para o coronavírus.
O
Ministério da Saúde vai antecipar a
Campanha Nacional de Vacinação
contra a Influenza como estratégia
de diminuir a quantidade de pessoas com
gripe nesse inverno. Primeiro, devem ser
vacinadas gestantes, crianças até seis anos,
mulheres até 45 dias após o parto e idosos,
historicamente mais vulnerável à doença,
que pode levar até a morte. O início da campanha
está previsto para começar no dia 23
de março e não mais na segunda quinzena de
abril.
A antecipação da campanha de vacinação
foi possível por um esforço conjunto do
Ministério da Saúde, do Instituto Butantan,
produtor da vacina, e da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) devido à atual
situação de Emergência Internacional de
Saúde Pública pelo coronavírus.
De acordo com o ministro da Saúde,
Luiz Henrique Mandetta, mesmo que a vacina
não apresente eficácia contra o coronavírus,
é uma forma de auxiliar os profissionais
de saúde a descartarem as influenzas na
triagem e acelerarem o diagnóstico para o
coronavírus. “A campanha acontecerá em
âmbito nacional, como as anteriores. Vamos
começar por gestantes, crianças até seis
anos, puérperas e idosos. Depois, incluiremos
outras categorias. Dessa forma, espera-se
que o vírus tenha menor propagação”,
explicou o ministro.
Para a campanha, o Insitututo Butantan
produziu 75 milhões de doses que previne
contra os três tipos de vírus de influenza que
mais circularam no ano anterior. O ministro
da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, lembrou
a importância de ampliar a cobertura vacinal
e destacou que a vacina é uma das medidas
mais importantes para a prevenção de doenças.
“As influenzas A e B são mais comuns
que o coronavírus e a Campanha Nacional
de Vacinação contra a gripe diminui a situação
endêmica dos vírus respiratórios no país,
por isso é tão importante que as pessoas que
fazem parte do público-alvo da campanha
procurem uma unidade de saúde”, concluiu.•