14Para onde você vai?Normalmente as pessoas se dirigemàs suas casas, aos seus empregos,às suas escolas. Sempre há um lugarpara onde estamos indo, e obviamente deonde partimos. E se observarmos melhor,depois de tudo, voltamos indubitavelmentepara o mesmo lugar. Além deste pontode origem terreno ao qual normalmenteretornamos, há um lugar último para ondeiremos. Sim, você pode pensar: este lugaré o cemitério! Duro pensar assim, mas é avida! Ou melhor, a morte. E aí, é o fim? Era sóisso? Tanta coisa pra fazer, pra ver, pra sentir?Tanto tempo e tão pouco de vida? Nãoé justo!Pare em uma esquina movimentada eobserve as pessoas que por ali passam, vocêverá pessoas determinadas que sabem aondeir, que têm um objetivo a alcançar e umtempo para realizar os seus propósitos. Caminhamcom passos firmes e olhar absolutoe atitudes dinâmicas. Você também verápessoas que caminham titubeantes, semuma direção definida, olham as placas dasruas para confirmarem se era ali mesmo quedeveriam estar. Olham para as lojas procurandoaquilo que pode satisfazê-las. Andamem “staccato”. Há ainda uma terceira classede pessoas que você poderá encontrarem total prostração. Não caminham. Estãoà mercê do tempo. Os olhos viajam longequando não estão fincados no chão. Pareceque chegaram à última estação da vida. Nãohá mais para onde ir. Não há objetivos a seremalcançados. Não há propósito em viver.Mesmo assim, todas estão indo para algumlugar, levadas pela incondicional correntezada vida humana.E ao fim desta vida terrenal, todos nósencontraremos uma bifurcação. Mas nãoserá o fim? Sim, será. O fim de todo sofrimentoterreno, humano, e dependendo danossa escolha, de que lado queremos estar,em que direção caminharemos, poderemoster um sofrimento incalculável, ou umdescanso eterno de todas as nossas dorese lágrimas. Nós ainda podemos escolher ocaminho que queremos seguir: “O Senhorconhece e aprova a vida de quem obedeceàs suas leis, mas a vida dos homens que desprezama Deus acabará em castigo e sofrimento”(Salmos 1:6).Estamos todos inexoravelmente caminhandopara o fim. Determinados, ou não,apáticos ou dinâmicos, crentes ou incrédulos,todos nós chegaremos diante do tribunaldo Criador para prestarmos contas doque fizemos com o presente de Deus a nós, anossa vida. Não dá para voltar atrás, porémdá para escolher como quero chegar e ondequero estar. Escolhas não são fáceis de seremfeitas, demandam, às vezes, renúncia,perdas, dor. Contudo o preço da vitória requermuito esforço por parte do atleta. Sequeremos alcançar o topo, devemos fazer amelhor escolha, e não há dois caminhos paralá, “Entrem pela porta estreita, pois larga éa porta e amplo o caminho que leva à perdição,e são muitos os que entram por ela”(Mateus 7:13). •Março/2020www.jornaldoreboucas.com.brParceria resgata passeioda Maria Fumaça entreAntonina e MorretesOLitoral do Paraná vai ganhar aindaneste semestre uma nova (e clássica)atração, capaz de representar demaneira definitiva um movimento de regionalizaçãoturística entre Antonina e Morretes.A Maria Fumaça voltará a passear notrecho entre as duas cidades. Serão passeiosdiários e casados com a descida do trem pelaSerra do Mar.Esse resgate só foi possível porque oGoverno do Estado e a empresa Rumo Logísticaformalizaram um protocolo de intençõesno ano passado para a revitalização daligação férrea. A Associação Brasileira dePreservação Ferroviária (ABPF), entidadesem fins lucrativos que promove a conservaçãodo patrimônio histórico ferroviáriobrasileiro, será responsável pela operação.As obras na ligação de 16 quilômetrosestão em andamento e no final do ano passadoum teste natalino comprovou o interessedas cidades pela iniciativa. Com esse ramal,o turista poderá conhecer as duas cidadeshistóricas do Litoral passando pela MataAtlântica de trem. As últimas excursões quetransportaram turistas de maneira regularusando a linha aconteceram na década de1990.ATRAÇÕES - A programação inicial prevêviagens de 50 minutos a 1 hora de duração,com atrações locais dentro dos vagões.Há, inclusive, projetos envolvendo os produtostípicos do Litoral, perspectiva idealizadaem parceria com o Morretes Conventione Visitors Bureau, entidade apolítica e semfins lucrativos formada por empresas empenhadasem apoiar o desenvolvimento doturismo local.LIGAÇÃO – A Maria Fumaça trará maisenergia para a estação ferroviária históricade Antonina, que foi restaurada nos últimosanos. A estação está ligada à história ferroviáriado Paraná, iniciada com a inauguraçãodo trecho Curitiba-Paranaguá, em 1885.A construção ocorreu em 1916, apóso incêndio que destruiu a antiga estrutura,e com um investimento de R$ 1,4 milhãohouve troca do telhado, substituição dos sistemaselétricos e eletrônicos, reforma dosbanheiros e sistemas hidráulicos e a restauraçãodas esquadrias de madeira. Há, inclusive,exposições pelo local.Já a estação de Morretes existe desde1883, mas seu prédio original foi substituídopor um novo edifício de concreto e alvenariaem estilo art déco na década de 1950. A ferroviafoi projetada pelos irmãos Rebouças.À época (1885) foi uma das mais ousadasobras de engenharia do mundo.•
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