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AMIGOS DO CLUBE<br />

Rolando Boldrin: um artista<br />

de muitos talentos<br />

O episódio do Fordinho 29 (veja ao lado)<br />

é apenas um dos engraçados causos<br />

narrados por Rolando Boldrin, artista que<br />

já mostrou seu talento de “cantadô e de<br />

contadô de história” em TV, rádio, teatro,<br />

cinema, shows e discos. E que não parou<br />

de produzir. Faz shows pelo Brasil afora,<br />

em teatros, casas de espetáculo e eventos.<br />

“Especificamente pra caminhoneiros,<br />

fiz uma convenção no Paraná e gravei<br />

uma música de Ado Bonatti e Luizinho<br />

chamada Chofer de Estrada”, recorda<br />

Boldrin. “Tenho grande respeito e<br />

admiração por eles. É uma vida de<br />

sacrifício, longe da família.”<br />

Tirando o Brasil da gaveta<br />

Defensor das mais puras e autênticas<br />

formas de expressão da nossa gente e da<br />

nossa cultura, Boldrin está totalmente<br />

envolvido <strong>com</strong> um projeto artístico ao<br />

qual deu o nome de Gavetas. “Vamos<br />

tirar o Brasil da gaveta”, diz ele. “Será<br />

8<br />

lançado um pacote <strong>com</strong> oito CDs, um<br />

DVD <strong>com</strong> programas de TV e um livro<br />

de causos e poemas regionais, além<br />

de projetos de TV e rádio.”<br />

Carinho especial pelo Som Brasil<br />

Com um trabalho muito pessoal e único,<br />

Rolando Boldrin ainda tem seu nome<br />

fortemente associado ao programa<br />

“Som Brasil”, da TV Globo, que <strong>com</strong>andou<br />

de 1981 a 1983. Ele abria as manhãs de<br />

domingo mostrando a autêntica arte<br />

brasileira por meio da música, da poesia<br />

e, claro, dos causos que contava. Com<br />

sua voz poderosa e sua qualidade de<br />

intérprete, valorizava a nossa literatura<br />

e a nossa música popular.<br />

Boldrin fecha essa conversa contando<br />

mais uma história de caminhoneiro.<br />

“O cara escreveu no pára-choque: ‘Eu<br />

quero rosetá.’ O delegado ordena que<br />

ele tire essa frase e, no dia seguinte,<br />

aparece escrito: ‘Continuo querendo.’”<br />

TEM AQUELA DO FORDINHO 29<br />

Dito Preto, um amigo meu, tinha um caminhãozinho<br />

Ford 29 para puxar cana na<br />

fazenda. Tinha <strong>com</strong>prado a prestação, mas<br />

o Fordinho estava acabado. Ele trabalhava<br />

durante a semana e, no sábado, colocava<br />

as varas no caminhãozinho e ia pescar.<br />

Naquele sábado, ele já tinha tomado “umas<br />

e outras” e ia indo para o rio Sapucaí. No<br />

meio da estrada, apareceu um guarda<br />

rodoviário. O policial fez sinal pra ele parar.<br />

Dito Preto foi indo <strong>com</strong> o caminhãozinho<br />

pelo acostamento. “Beeeeem” lá na frente,<br />

parou. O guarda chegou perto e disse:<br />

— Deixa eu ver a carta de motorista.<br />

— Seu guarda, não vou enganar o senhor.<br />

Não vou dizer que tenho carta porque eu<br />

não tenho. Comprei esse caminhãozinho<br />

pra puxar cana na fazenda e ainda não<br />

deu pra <strong>com</strong>prar a carta.<br />

— Então deixa eu ver o documento do<br />

caminhão.<br />

— Seu guarda, não vou enganar o senhor.<br />

Não vou dizer que tenho documento porque<br />

eu não tenho. Ainda não <strong>com</strong>prei não senhor.<br />

— Não tem carta, não tem documento...<br />

— Mas todo mundo me conhece por essas<br />

bandas, seu guarda. É só perguntar. Todo<br />

mundo sabe que o caminhãozinho é meu.<br />

Quando tiver tempo, vou <strong>com</strong>prar a carta<br />

e o documento lá <strong>com</strong> o delegado.<br />

— Então acende os faróis.<br />

— Vai desculpar seu guarda, mas o direito<br />

não tem. E o esquerdo tá queimado.<br />

— E a buzina?<br />

— Não vou dizer pro senhor que tenho porque<br />

não tenho. Comprei o caminhãozinho a prestação<br />

e ainda não deu pra colocar a buzina.<br />

— E o breque? Pelo menos o breque o<br />

senhor tem?<br />

— O senhor acha que se eu tivesse breque<br />

não tinha parado lá atrás, quando o<br />

senhor mandou?<br />

— Se eu for multar o senhor, a multa vai ser<br />

tão alta que nem vendendo o caminhãozinho<br />

o senhor vai poder pagar. Então, vai pescar<br />

de uma vez.<br />

— Mas não tem bateria, seu guarda. O senhor<br />

ajuda a empurrar?<br />

E o guarda empurrou.

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