Pare de Se Sabotar e De a Volta - Flip Flippen
O que aconteceria se, em vez de você se concentrar naquilo que já fez bem, passasse a identificar seus pontos fracos, aqueles comportamentos que já viraram hábito mas que continuam a impedir que alcance seu melhor desempenho?
O que aconteceria se, em vez de você se concentrar naquilo que já fez bem, passasse a identificar seus pontos fracos, aqueles comportamentos que já viraram hábito mas que continuam a impedir que alcance seu melhor desempenho?
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os atritos cada vez maiores com alguns patrocinadores, a carreira de Casey naquela equipe
estava chegando ao fim.
No fim das contas, não importava que ele fosse talentoso ou uma pessoa boa; tudo se
resumiu à sua incapacidade de encarar as dificuldades. Sua baixa autoconfiança acabou
assumindo o controle e determinando o nível de sucesso que ele poderia alcançar.
A despeito de seus incríveis talentos e habilidades, suas limitações pessoais lhe custaram
o contrato com a Fitz/Bradshaw.
E qual é a origem da falta de autoconfiança? Na minha opinião, não nascemos assim.
Penso que certos relacionamentos e acontecimentos determinam a forma como nos vemos.
Refletir sobre a origem desse problema pode ser útil.
Sabedoria de avô
Quando eu tinha 12 anos, meu avô - a quem eu amava, respeitava e admirava muito - e eu
estávamos trabalhando na fazenda da família. Tínhamos que cortar um tipo de mato que
ocupava a parte mais baixa do terreno, e o trabalho era manual, pois os tratores atolavam no
solo encharcado.
Esse dia em particular estava muito mais quente e úmido do que o normal, e devo ter
suado em bicas. Eu gostava desse tipo de trabalho, mas não estava conseguindo tirar da
cabeça o jogo de beisebol da liga infantil do qual havia participado na noite anterior. Contei
ao meu avô sobre o jogo e expliquei em detalhes que eu não tinha atuado bem como lançador,
fazendo alguns arremessos sem controle e perdendo excelentes oportunidades de eliminar
vários integrantes da equipe adversária. Meu avô retrucou:
— Você sabe o que está fazendo?
— Sei, sim - respondi. - Estou falando sobre o jogo de ontem e como eu estraguei tudo.
— Sabe o que você precisa fazer, filho? - perguntou ele, olhando bem nos meus olhos. Ele
se apoiou na foice e disse as três palavras que nunca esquecerei: — Esvazie sua mochila.
Meu avô percebeu os óbvios pontos de interrogação no meu rosto, então explicou:
— Depois do jogo, quando você guardou as bolas, a luva e o taco, você também guardou a
derrota em sua mochila. É preciso esvaziá-la para ficar pronto para a próxima partida. Você
está perdendo tempo demais olhando para trás. Aprenda o que tiver de aprender com aquele
jogo e então use a lição para se concentrar na partida de amanhã.
Meu avô não falava muito. Mas, quando falava, o que dizia fazia muito sentido. Nunca me
esqueci do seu conselho e, até hoje, me recuso a perder tempo com o que passou. Sem dúvida,
quero aprender com as experiências anteriores, mas não fico alimentando arrependimentos
nem fazendo suposições. A lição é simples: é impossível correr bem olhando para trás.
As dificuldades, os conflitos, as expectativas frustradas, as inseguranças, os abusos, as
relações complicadas e os acontecimentos marcantes da vida fazem com que todos nós
carreguemos certa bagagem da qual precisamos nos livrar. O segredo é estar disposto a tratar
essas feridas emocionais, pois, quanto mais para o fundo da mochila empurrarmos esses
sentimentos, mais entranhados eles ficarão. E essa mochila pode se tornar um fardo grande
demais para se carregar todo dia.
Você é uma Ostra?
Entre os sintomas a seguir, marque os que você identificar em si mesmo e some quantos
marcou.