Pare de Se Sabotar e De a Volta - Flip Flippen
O que aconteceria se, em vez de você se concentrar naquilo que já fez bem, passasse a identificar seus pontos fracos, aqueles comportamentos que já viraram hábito mas que continuam a impedir que alcance seu melhor desempenho?
O que aconteceria se, em vez de você se concentrar naquilo que já fez bem, passasse a identificar seus pontos fracos, aqueles comportamentos que já viraram hábito mas que continuam a impedir que alcance seu melhor desempenho?
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trabalham nele.
Não há virtude alguma em achar defeitos no trabalho ou nas contribuições de todos os
demais. Contudo, é uma enorme virtude saber encontrar nos outros oportunidades para
crescerem e serem melhores, e ajudá-los a se superarem. Todos os dias, as empresas se
perguntam o que fazer com aqueles funcionários que carregam uma bagagem pesada - a qual
está repleta de problemas mal resolvidos no passado e que constantemente se manifestam no
presente.
Vale a pena manter uma pessoa que é competente mas gera atrito com os outros
funcionários? Será que abrimos uma exceção para esse comportamento inadequado,
visando nos beneficiar de suas aptidões?
Talvez sim no curto prazo, mas não por muito tempo. Se um funcionário que tem mau
comportamento se recusa a corrigir um problema, é apenas uma questão de tempo até que suas
contribuições sejam ofuscadas por suas limitações. É nessa hora que os chefes são demitidos
pelos diretores... ou que os subordinados começam a procurar ambientes mais saudáveis.
Quando eu estava na faculdade, trabalhei para um homem que tinha as mesmas limitações
que Pam. Nas férias de verão, consegui emprego em uma equipe de pesquisas de opinião. Bob
dirigia o departamento e era perfeccionista - esperava que tudo estivesse perfeito o tempo
todo. Além disso, era cínico e sarcástico, e durante o tempo em que trabalhei para ele nunca o
ouvi dizer nada de bom sobre alguém ou a respeito do trabalho desempenhado por outra
pessoa.
Um de seus ex-funcionários, que havia saído para prestar serviço militar, estava
retornando e voltaria a trabalhar com ele. Bob vinha falando havia semanas sobre seu
assistente preferido, Billie. Eu estava curioso para conhecer esse Billie, já que nunca tinha
visto Bob satisfeito com ninguém. "Ele deve fazer milagres", pensei.
Uma semana depois, Billie chegou e voltou para a equipe de Bob. Trabalhamos durante
vários dias, até que algo aconteceu. Os três estávamos na van de Bob quando este se irritou
com Billie, desfiando uma longa lista de reclamações. Bob insistia em que o Exército tinha
estragado Billie, que este não sabia mais trabalhar, que não se importava com a qualidade,
não cumpria suas funções, etc. Quando chegamos ao departamento de engenharia, Billie e eu
ficamos na van enquanto Bob foi buscar alguma coisa.
Alguns minutos depois, Billie me olhou e disse:
— No passado, tentei aturar as críticas do Bob. Achei que conseguiria, porque preciso do
emprego. Mas não aguento mais. Estou fora. - Dizendo isso, saiu da van na qual acabávamos
de chegar para trabalhar, caminhou até a calçada, fez sinal para pedir carona e voltou para
casa, a 65 km dali.
Quando Bob apareceu e entrou na van, perguntou:
— Onde está Billie? - Eu lhe contei o que acontecera e Bob não falou mais nada o dia
todo.
No dia seguinte, Bob estava novamente a mil por hora e eu era seu único assistente. Eu já
havia trabalhado mais de 50 horas naquela semana e ainda era quinta-feira. Faltavam duas
jornadas inteiras para encerrarmos a semana. Naquela tarde, ao entrarmos na van, Bob
descontou em mim algo com que não estava satisfeito e não mediu palavras para me humilhar.
Qual era uma das limitações pessoais que me afetavam naquela época? Eu tinha um
problema terrível com conflitos. De fato, por causa de minha infância difícil e do modo como