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Jornal Escolar - O Farol #28 (abril de 2021)

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O Farol - Jornal Escolar N.º 28 - Mês de abril de 2021

Notícias

Vamos abordar alguns problemas existentes no Oceano Atlântico e na Ria Formosa relacionados com o aumento da

temperatura da água e indicar soluções para retificar os mesmos. Para nós, o oceano é não só uma fonte de alimento e

energia como também um habitat para vários seres vivos.

Problemas provocados pelo aquecimento das águas na Ria Formosa

❏Diminuição da produção de zooplâncton: Devido à evaporação das águas, de pouca profundidade,

ocorre um aumento da salinidade na ria, o que faz com que o nível de salinidade não seja o ideal para

a produção de zooplâncton, diminuindo assim a sua quantidade. Como o zooplâncton está na base da

cadeia alimentar (consumidor de primeira ordem), isso irá afetar todas as outras espécies que

habitam a ria formosa, que dependem direta e indiretamente dele.

❏ Introdução de espécies exóticas: O aumento da temperatura da água faz também com que novas

espécies sejam atraídas para a ria formosa interferindo com o ambiente estabelecido na mesma e

podendo prejudicar as espécies já presentes nesse ambiente. Por outro lado este, aumento de

temperatura pode também ter como consequência a emigração de espécies autóctones da ria

formosa (espécies nativas do habitat), o que terá um grande impacto nas espécies que dependem

destas.

❏Diminuição da fertilidade: A ria formosa é principalmente uma zona de maternidade e berçário, isto

é, muitas espécies dependem dela para se reproduzirem e com o aumento das temperaturas e da

salinidade alguns animais podem já não conseguir sobreviver nessas condições prejudicando a

reprodução de várias espécies.

Problemas provocados pelo aquecimento das águas do Atlântico

★ Destruição de habitats marinhos: Com o aumento da temperatura, a evaporação e a humidade também aumentam, o que

faz com que se verifiquem maior número de chuvas intensas, inundações e tempestades mais severas, que têm impacto

não só na vida humana, como também na vida marinha. Estas catástrofes atraem mais lixos e resíduos para o oceano e

podem destruir habitats marinhos.

★ Aumento do nível médio dos oceanos. O aumento da temperatura da água provoca um aumento do nível médio da água,

seja através do degelo das calotas polares, ou através do aumento do volume da água (isto acontece porque se a

temperatura aumentar a agitação dos corpúsculos é maior o que faz com que eles fiquem em média mais afastados,

diminuindo a densidade(r) e aumentando o volume (V=m/r). Isto pode ter como consequência a imersão de superfície

terrestre o que será desastroso para a vida humana.

★ Aparecimento de zonas inabitáveis: O aumento da temperatura das águas dos oceanos provoca uma aceleração do

metabolismo dos organismos o que faz com que eles precisem de consumir mais oxigénio diminuindo assim cada vez mais

as concentrações de oxigénio na água, à medida que isto acontece algumas zonas vão se tornando cada vez menos

propícias para a sobrevivência desses organismos, chamamos a essas zonas, zonas mortas (zonas inabitáveis).

Soluções para os problemas referidos

Uma das principais causas do aumento da temperatura é a emissão excessiva de dióxido de carbono para a atmosfera,

pois este gás é um dos principais gases de efeito estufa, sendo por isso responsável pela manutenção da temperatura do

planeta, havendo dióxido de carbono em excesso há um aumento de temperatura. Como tal a melhor maneira de prevenirmos

o aumento da temperatura das águas e salvarmos a vida marinha seria diminuirmos a emissão de dióxido de carbono para a

atmosfera.

Isto pode parecer complicado, pois atualmente nós dependemos de vários processos que implicam a emissão de dióxido

carbono, por exemplo, a maior parte dos nossos produtos e bens são produzidos em fábricas que utilizam como principais

combustíveis, combustíveis fósseis (ex:.petróleo) e o dióxido de carbono resulta principalmente da queima dos mesmos.

O dióxido de carbono tem uma propriedade que lhe permite ficar na atmosfera durante aproximadamente 150 anos, por

isso não existem medidas a curto prazo, que possam solucionar o problema, apenas a longo prazo. Para preservarmos o nosso

futuro devemos tentar acabar com a produção não natural de dióxido de carbono. Para isso devemos tentar recorrer a

processos que não impliquem a produção de dióxido de carbono, utilizando outros combustíveis, que não sejam fósseis. Para

evitar a produção excessiva de dióxido de carbono e o arrastamento de lixo e resíduos para o oceano devemos reduzir a nossa

pegada ecológica e o consumo de energia.

Estas são as medidas concretas que propomos

Trabalho realizado pelos alunos Raquel Rebola e

Rafael Lopes, do 11ºB, da ESFFL, no âmbito do

projeto “#onossooceanoem2030” , e integrado

em Domínio de Autonomia Curricular, das

disciplinas de Física e Química A e Biologia e

Geologia , dinamizado pelos professores João

Tavares e Vanda Mendonça.

Ensino Secundário

Espécies invasoras

Fonte:

https://regiao-sul.pt/wp-content/u

ploads/2019/07/projeto-nemalgarv

e-especies-marinhas.jpg

1. Organizar grupos para limpar as praias e espaços verdes;

2. Consumir produtos que ofereçam materiais ecologicamente favoráveis;

3. Expandir as áreas protegidas, para evitar a desflorestação;

4. Reduzir o consumo de carne bovina;

5. Evitar o uso de meios de transporte que emitam gases de efeito estufa.

6. Organizar palestras de sensibilização para reduzir, reciclar e reutilizar.

7. Plantar árvores.

Espécies autóctones

Fonte: https://www.oceanario.pt/content/img/seahorse_3.png

Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Fernandes Lopes - Olhão

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