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Diário de Campo sobre a Comunidade prática de formadores de formador

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Talvez em resposta a essa provocação a comunidade recebeu uma postagem de uma narrativa

da Dilza em que ela conta sobre a experiência dela como coordenadora pedagógica em uma

escola e foca em sua rotina de dar devolutiva aos registros das professoras.

A postagem recebeu 8 reações sendo 8 curtidas e foi visualizada por 38 membros.

Em junho/19 – 9 reações sendo 9 curtidas , 1 comentário e 48 visualizações.

No dia 28, também sentindo-se talvez provocada, Rafaela posta a sua narrativa: Uma escola

sem livros. Rafa já havia me dado sua narrativa e ela foi a primeira da coleção. Até então a

coleção era restrita as minhas narrativas. Quando Rafa leu sua narrativa num encontro do

Grupad, e eu já tendo a intenção de organizar uma coleção, nem esperei e pedi que caso

concordasse me enviasse.

Uma escola sem livros

Desenvolvendo um trabalho de formação em outras escolas, não na que atuo como Professora

Coordenadora vivenciei um momento que venho compartilhar neste grupo, através desta

narrativa.

No encontro planejado para a semana, a proposta era estudar com os professores

alfabetizadores, leitura. O objetivo era dar luz às concepções de leitura subjacentes das práticas

pedagógicas, e juntos pensarmos como a escola pode se reinventar, partindo da análise dos seus

indicadores internos e externos, para então, realizar um Plano de Ação que apresente uma

proposta de intervenção por parte da equipe escolar, em especial dos professores e da

professora coordenadora, com o intuito de fazer os alunos avançarem na construção dos

conhecimentos esperados para o ano, principalmente com relação a leitura. Por fim, faz - se

indicações para construção de efetivo trabalho coletivo.

Pauta formativa pronta. Fiz uma reunião prévia com a professora coordenadora, visando traçar

juntas, um caminho para a proposta de uma ação na escola em relação a leitura. Tal foi a minha

surpresa, quando ela me disse que a escola não possui acervoliterário. Nenhum livro, nada!

Fiquei paralisada e pensando “como pode uma escola não ter livros?”. A ideia principal da

formação era propor uma roda de indicação literária... E agora José? O livro “Leitura e Escrita

na Escola e na Formação Docente: experiências, políticas e práticas” (2017), contribuiu

significativamente para minhas reflexões, pois, a partir da conversa inicial com a PC até o dia

da formação no chão da escola, acreditando na concepção da escola como espaço de produção e

apropriação da leitura, que ler exige atos comprometidos; fui tomada pela inquietação que se

faz na proposta prática e de políticas fundamentais para o trabalho. Quis entender como estes

professores trabalham, como lidam no seu dia a dia com a ausência de livros... Em

contrapartida, entrei em contato com a Diretoria de Ensino para saber os motivos da escola não

ter acervo e quais possibilidades eu teria. No impasse do “não temos o que fazer”, fui sozinha,

procurar mudar este quadro. Todavia, me atormento em indagações: É sabido que a escola está

sem acervo? Ninguém fez nada? Minha intervenção nesta escola era maior do que eu poderia

imaginar. Fui buscar ajuda e consegui um acervo para revezamento.

Na escola, os alunos do 9º ano me ajudaram a carregar as caixas. As mesas, ficaram cheias de

livros. Consegui realizar a proposta, deixar as ações encaminhadas e o melhor de tudo, pude ver

os professores com os olhos brilhando em tocar, sentir, apreciar, ter, ver, ler e poder

compartilhar com seus alunos obras que encantam. Me move. Nossas intervenções são

realizadas com a intenção de estimular a leitura (p 49) “ Na sala de aula, neste contexto,

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