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Victor Melo e João Santos<br />
Barra da Tijuca, <strong>clubes</strong>, urbanização<br />
O Riviera, como os <strong>clubes</strong> que o antecederam, possuía mais associados<br />
que eram moradores de outros bairros, ajudando a conformar a<br />
ideia de que a Barra se tratava de um lugar de veraneio para um setor<br />
das elites cariocas. Como sugeriu um cronista do Jornal dos Sports:<br />
“Estamos na era dos <strong>clubes</strong> de campo. Jacarepaguá e Barra da Tijuca<br />
Sede do Riviera<br />
Manchete, 7 mar. 1964, p. 67.<br />
são os lugares onde<br />
mais surgem <strong>clubes</strong><br />
do gênero” 42 .<br />
uma<br />
Tratou-se<br />
de<br />
incorporação,<br />
um projeto empresarial<br />
protagonizado<br />
por Tibor Turesany e<br />
Eduardo Mallmann,<br />
e não de uma agremiação<br />
que surgiu a<br />
partir de um grupo<br />
de associados. A despeito de ser uma novidade, muitos títulos foram<br />
vendidos com surpreendente rapidez (MENESCAL, 2006), bem como o<br />
nome do clube passou a circular rapidamente nos periódicos, especialmente<br />
nas colunas sociais.<br />
Houve críticas à oferta de títulos quando ainda sequer havia<br />
sede 43 . Era como se o interessado adquirisse um imóvel na planta,<br />
uma novidade no que tange ao associativismo. De toda forma,<br />
certamente em função do grande afluxo financeiro, fruto do interesse<br />
que despertou a proposta, a obra andou muito rápido, acompanhada<br />
amiúde pelos jornais.<br />
42<br />
CLUBE Campestre. Jornal dos Sports, 29 abr. 1964, p. 10.<br />
43<br />
JANIO. Diário Carioca, 20 e 21 ago. 1961, p. 1 (DC-Revista).<br />
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