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<strong>Exercícios</strong> <strong>Espirituais</strong><br />
31 – Nota. Note-se que o primeiro g= gran<strong>de</strong> que se segue significa o domingo; o segundo mais pequeno, a segundafeira;<br />
o terceiro, a terça-feira; e assim sucessivamente.<br />
G<br />
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32 – Exame Geral <strong>de</strong> Consciênciapara se purificar<br />
e para melhor se confessar<br />
[a) Elementos <strong>de</strong> discernimento]<br />
Pressuponho haver em mim três pensamentos, a saber: um que é propriamente meu, que sai da minha pura liberda<strong>de</strong> e<br />
querer; e outros dois que vêm <strong>de</strong> fora: um que vem do bom espírito e o outro do mau.<br />
33 – PENSAMENTOS. Há duas maneiras <strong>de</strong> merecer no mau pensamento que vem <strong>de</strong> fora.<br />
Primeira, vem, por exemplo, um pensamento <strong>de</strong> cometer um pecado mortal. Resisto-lhe prontamente, e fica vencido.<br />
34 – A Segunda maneira <strong>de</strong> merecer é quando me vem aquele mesmo mau pensamento e eu lhe resisto, e torna-me a<br />
vir, uma e outra vez, e eu resisto sempre, até que o pensamento se vai vencido. Esta segunda maneira é <strong>de</strong> mais<br />
merecimento que a primeira.<br />
35 – Peca-se venialmente, quando vem o mesmo pensamento <strong>de</strong> pecar mortalmente, e a pessoa lhe dá atenção,<br />
<strong>de</strong>morando-se um pouco nele, ou recebendo alguma <strong>de</strong>leitação sensual, ou havendo alguma negligência em rejeitar o<br />
tal pensamento.<br />
36 – Há duas maneiras <strong>de</strong> pecar mortalmente:<br />
A primeira é quando se dá consentimento ao mau pensamento, para o pôr logo em prática conforme consentiu, ou<br />
para o executar se pu<strong>de</strong>sse.<br />
37 – A segunda maneira <strong>de</strong> pecar mortalmente é quando se põe em acto aquele pecado; e é maior por três razões: a<br />
primeira, pelo maior espaço <strong>de</strong> tempo; a segunda, pela maior intensida<strong>de</strong>; a terceira, pelo maior dano das duas pessoas.<br />
38 – PALAVRAS. Não jurar, nem pelo Criador nem pela criatura, a não ser com verda<strong>de</strong>, necessida<strong>de</strong> e reverência.<br />
Necessida<strong>de</strong> entendo, não quando se afirma com juramento qualquer verda<strong>de</strong>, mas quando é <strong>de</strong> alguma importância<br />
para o proveito da alma ou do corpo ou <strong>de</strong> bens temporais. Reverência entendo, quando ao pronunciar o nome do seu<br />
Criador e Senhor, com consi<strong>de</strong>ração, se lhe tributa a honra e reverência <strong>de</strong>vidas.<br />
39 – É <strong>de</strong> advertir que, ainda que no juramento em vão, pecamos mais jurando pelo Criador que pela criatura, é mais<br />
difícil jurar <strong>de</strong>vidamente, com verda<strong>de</strong>, necessida<strong>de</strong> e reverência, pela criatura que pelo Criador, pelas razões<br />
seguintes:<br />
Primeira. Quando queremos jurar por alguma criatura, o facto <strong>de</strong> querer nomear a criatura não nos faz estar tão atentos<br />
nem advertidos para dizer a verda<strong>de</strong> ou para afirmá-la com necessida<strong>de</strong>, como ao querermos nomear o Senhor e<br />
Criador <strong>de</strong> todas as coisas.<br />
Segunda. É que, ao jurar pela criatura, não é tão fácil prestar reverência e acatamento ao Criador, como quando se jura<br />
pelo mesmo Criador e Senhor e se profere o seu nome; porque o facto <strong>de</strong> querer nomear a Deus nosso Senhor, traz<br />
consigo mais acatamento e reverência que o querer nomear uma coisa criada. Portanto, conce<strong>de</strong>-se mais aos perfeitos<br />
que aos imperfeitos jurar pela criatura; porque os perfeitos, pela assídua contemplação e iluminação do entendimento,<br />
consi<strong>de</strong>ram, meditam e contemplam mais estar Deus nosso Senhor em cada criatura, segundo a sua própria essência,<br />
presença e potência; e, assim, ao jurarem pela criatura, estão mais aptos e dispostos para prestar acatamento e<br />
reverência a seu Criador e Senhor do que os imperfeitos.<br />
http://www.ppcj.pt/sjee.htm[27-07-2009 13:42:37]