geração (semi)automática de metadados - Universidad Autónoma ...
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.<br />
CONFERÊNCIA IADIS IBERO-AMERICANA<br />
WWW/INTERNET 2007<br />
i
ACTAS DA CONFERÊNCIA IADIS IBERO-AMERICANA<br />
WWW/INTERNET 2007<br />
VILA REAL, PORTUGAL<br />
OUTUBRO, 7 - 8, 2007<br />
Organizado por<br />
IADIS<br />
International Association for Development of the Information Society<br />
Co-Organizado por<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />
iii
Copyright 2007<br />
IADIS Press<br />
Todos os direitos reservados<br />
Este trabalho está sujeito a direitos <strong>de</strong> autor. Todos os direitos são reservados, no todo ou em parte,<br />
mais especificamente os direitos <strong>de</strong> tradução, reimpressão, reutilização <strong>de</strong> ilustrações, re-citação,<br />
emissão, reprodução em microfilme ou <strong>de</strong> qualquer outra forma, e armazenamento em bases <strong>de</strong><br />
dados. A permissão para utilização <strong>de</strong>verá ser sempre obtida da IADIS Press. Por favor contactar<br />
secretariat@iadis.org.<br />
Editado por Ramiro Gonçalves, Flavia Maria Santoro, Pedro Isaías e José María Gutiérrez<br />
Editores Associados: Luís Rodrigues e Patrícia Barbosa<br />
ISBN: 978–972–8924–45-4<br />
iv
ÍNDICE<br />
PREFÁCIO xi<br />
COMITÉ DO PROGRAMA xiii<br />
PALESTRA xix<br />
ARTIGOS LONGOS<br />
EM BUSCA DE UM ENSINO COMPLEMENTAR E DE QUALIDADE: O PROJETO<br />
DESAFIO DIGITAL<br />
Eduardo Morgado, Maria Ângela Dias dos Santos, Barbara De Franco e Daniel Igarashi da Cruz<br />
GERAÇÃO (SEMI)AUTOMÁTICA DE METADADOS: UM CONTRIBUTO PARA A<br />
RECUPERAÇÃO DE OBJECTOS DE APRENDIZAGEM<br />
Vitor Gonçalves e Eurico Carrapatoso<br />
MAPEAMENTO E ANÁLISE DAS TROCAS INTERINDIVIDUAIS EM AMBIENTES<br />
DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA<br />
Patrícia B. Scherer Bassani e Patricia Behar<br />
UMA FERRAMENTA PARA ACOMPANHAMENTO DE ACESSOS A CONTEÚDOS<br />
DIDÁTICOS<br />
Christiane Meiler Baptista, Regina Melo Silveira e Wilson Vicente Ruggiero<br />
RECOMENDACIÓN DE PERFILES ACADÉMICOS MEDIANTE ALGORITMOS<br />
COLABORATIVOS BASADOS EN EL EXPEDIENTE<br />
Emilio J. Castellano, Luís Martínez, Manuel Barranco y Luis G. Pérez Cordón<br />
UMA FERRAMENTA DE MINERAÇÃO DE TEXTOS PARA ASSISTIR AS DÚVIDAS<br />
DOS ALUNOS EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM<br />
Eros Estevão <strong>de</strong> Moura, Sahudy Montenegro González, Annabell <strong>de</strong>l Real Tamariz e Geórgia R.<br />
Rodrigues Gomes<br />
HIPERMÍDIA ADAPTATIVA COMO ESTRATÉGIA APLICADA AO E-COMMERCE<br />
Oscar Dalfovo, Pedro S. Zanchett e Jefferson W. Mette<br />
MODELO PARA LA GESTIÓN DEL E-LEARNING CORPORATIVO EN EL AMBITO<br />
UNIVERSITARIO<br />
Eugenio Fernán<strong>de</strong>z<br />
A ATENÇÃO AO ECONÓMICO, AO SOCIAL E AO AMBIENTE ATRAVÉS DAS<br />
PÁGINAS INTERNET DO PODER LOCAL<br />
Luís Manuel Ribeiro Vieira<br />
v<br />
3<br />
10<br />
20<br />
27<br />
35<br />
43<br />
51<br />
59<br />
67
E-GOV BRASILEIRO: UMA ANÁLISE DOS PORTAIS DOS MUNICÍPIOS<br />
BRASILEIROS<br />
A<strong>de</strong>mir Martinez Sanches, Marcelo Augusto Santos Turine and Débora Maria Barroso Paiva<br />
MSB: UNA APLICACIÓN WWW PARA GENERACIÓN DE RESÚMENES DE<br />
COMPORTAMIENTO<br />
Víctor Flores y Martín Molina<br />
DISEÑO DE UNA HERRAMIENTA PARA EL DESARROLLO DE APLICACIONES<br />
WEB BASADAS EN STRUTS<br />
A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> Bianchini, Ricardo Blanch, Maruja Ortega y Ascán<strong>de</strong>r Suárez<br />
UM MODELO ONTOLÓGICO PARA O CONTEXTO TURÍSTICO<br />
Salvador Lima e José Moreira<br />
INTEGRACIÓN SEMÁNTICA DE INFORMACIÓN PARA LA IDENTIFICACIÓN DE<br />
PERSONAS: UN ENFOQUE CON TECNOLOGÍAS DE LA WEB SEMÁNTICA<br />
René F. Navarro-Hernán<strong>de</strong>z, César E. Rose Gómez, Gilberto Gradías Enríquez y José A. Pacheco<br />
Sánchez<br />
EN BUSCA DEL TIPO DE SERVICIO WEB SEMÁNTICO MÁS APROPIADO PARA<br />
DAR SOPORTE A LA GRID SEMÁNTICA<br />
Jorge Martinez-Gil, Adolfo Lozano-Tello y Antonio Polo-Marquez<br />
DETECCIÓN Y SEGUIMIENTO DE INTRUSOS EN REDES BLUETOOTH<br />
CORPORATIVAS<br />
Ramiro Cano y Luis Bengochea<br />
USABILIDAD EN UN JUEGO DE MEMORAMA CON RECONOCIMIENTO DE VOZ<br />
PARA NIÑOS<br />
Carlos Miranda-Palma, Reyna Camal-Uc, José Cen-Magaña, Cinhtia Gonzalez-Segura, Sergio<br />
Gonzalez-Segura, Michel García-García y Lizzie Narvaez-Díaz<br />
DEFINIENDO UNA ESTRUCTURA DE EVALUACIÓN PARA MEDIR LA<br />
USABILIDAD DE SITIOS WEB EDUCATIVOS<br />
María E. Alva Obeso, Ana B. Martínez Prieto, María <strong>de</strong>l C. Suárez Torrente, Hernán Sagástegui<br />
Chigne, y Juan M. Cueva Lovelle<br />
EXPERIÊNCIA NA CUSTOMIZAÇÃO DE UM MODELO DE PROCESSO DE<br />
SOFTWARE PARA DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVO PARA WEB<br />
UTILIZANDO OO<br />
Marla Teresinha Barbosa Geller e Rodrigo Quites Reis<br />
ALGORITMOS PARA TOKENS DE AUTENTICAÇÃO<br />
Gustavo Yamasaki Martins Vieira e Wilson Vicente Ruggiero<br />
ÉTICA, PRIVACIDADE E SEGURANÇA EM SISTEMAS HIPERMÍDIA<br />
ADAPTATIVOS PARA EDUCAÇÃO BASEADA EM WEB<br />
Sandra Gavioli Puga e Maria Alice Grigas Varella Ferreira<br />
CRITÉRIOS PARA A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS RECURSOS E DA<br />
INFORMAÇÃO DISPONÍVEL NA INTERNET<br />
Catarina Costa e Bráulio Alturas<br />
EVOLUCIÓN DE LA TOPOLOGÍA DE INTERNET A NIVEL DE SISTEMAS<br />
AUTÓNOMOS BASADO EN EL PROYECTO ROUTEVIEWS<br />
José Luis Gahete Díaz, Natalia Fernán<strong>de</strong>z Gallego, Ana María Garzo Ortega y Gonzalo Martín<br />
Villaescusa<br />
vi<br />
75<br />
83<br />
91<br />
99<br />
107<br />
115<br />
122<br />
129<br />
137<br />
145<br />
153<br />
160<br />
168<br />
175
INTERNET COMO CANAL DE COMPRA: RESPUESTAS DE CONSUMO ANTE<br />
DIFERENTES ESTÍMULOS WEB<br />
Carlota Lorenzo Romero, Alejandro Mollá Descals y Miguel Ángel Gómez Borja<br />
USO DA INTERNET NO TURISMO: UMA PESQUISA EMPÍRICA COM TURISTAS<br />
INTERNACIONAIS EM UM DESTINO NO BRASIL<br />
Leilianne Michelle Trinda<strong>de</strong> da Silva, Mabel Simone <strong>de</strong> Araújo Bezerra Guardia, Anatália Saraiva<br />
Martins Ramos e Sérgio Ramiro Rivero Guardia<br />
SIMULADOR DO SERVIDOR DE HABILITAÇÃO DE LOCALIZAÇÃO EM<br />
SISTEMA LBS<br />
Leonardo Batista <strong>de</strong> Queiroz e Fernanda Maria Ribeiro Alencar<br />
ANALISE DE DESEMPENHO DE PROTOCOLOS DE CRIPTOGRAFIA EM REDES<br />
SEM FIO<br />
Camila Suzin, Walter Priesnitz Filho e Maria Emilia Camargo<br />
AAUTOMATOR: HERRAMIENTA FLEXIBLE PARA LA EXTRACCIÓN DE<br />
INFORMACIÓN EN SITIOS WEB BIOINFORMÁTICOS<br />
Daniel Glez-Peña, José R. Mén<strong>de</strong>z, Florentino F<strong>de</strong>z-Riverola<br />
MODELO DE QUALIDADE DE COMPONENTES DE SOFTWARE<br />
Regina Maria Thienne Colombo, Ana Cervigni Guerra, Maria Teresa Villalobos Aguayo e Darley<br />
Rosa Peres<br />
UTILIZACIÓN DE GOOGLE SEARCH APPLIANCE PARA LA BÚSQUEDA Y<br />
PLANIFICACIÓN DE INFORMACIÓN GEOGRÁFICA A TRAVÉS DE UN<br />
PROTOTIPO Y SU POSIBLE UTILIZACIÓN EN DISPOSITIVOS GPS<br />
Rubén Gonzalez-Crespo, Javier Parra-Fuente, Oscar Sanjuan-Martínez y Luis Joyanes-Aguilar<br />
ARTIGOS CURTOS<br />
EMOÇÕES COMO PARTE DE UM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM<br />
Annabell D.R. Tamariz, Sahudy Montenegro González, Cinthia B. Pessanha e Edson C. Braga<br />
ADAPTACIÓN DE UN LMS OPEN SOURCE. APLICACIÓN DE CONTROL<br />
ESTADÍSTICO PARA MOODLE<br />
Miguel Ángel Con<strong>de</strong>, Carlos Muñoz, Alberto Velasco y Francisco José García<br />
CONTEXTUALIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM DA PROGRAMAÇÃO: ESTUDO<br />
EXPLORATÓRIO NO SECOND LIFE<br />
Micaela Esteves; Ricardo Antunes, Leonel Morgado; Paulo Martins e Benjamim Fonseca<br />
ESPECIFICAÇÃO DE PERSONAS PARA EDUCAÇÃO BASEADA NA WEB COM<br />
FOCO NOS ESTILOS DE APRENDIZAGEM DO ALUNO<br />
Sandra Gavioli Puga e Maria Alice Grigas Varella Ferreira<br />
AVANCE: UM AMBIENTE DE ENSINO E APRENDIZAGEM BASEADO NA<br />
WEB 2.0<br />
Maurício Nunes da Costa Bomfim, João Sérgio dos Santos Assis e Fabio Ferrentini Sampaio<br />
vii<br />
183<br />
191<br />
199<br />
207<br />
215<br />
223<br />
231<br />
243<br />
248<br />
253<br />
258<br />
262
APLICACIÓN DE UN ÍNDICE DE EVALUACIÓN DE CALIDAD EN SITIOS WEB DE<br />
GOBIERNOS LOCALES EN ESPAÑA<br />
Antonio Paños Álvarez<br />
GESTÃO DO ACOMPANHAMENTO DE ACTIVIDADES DE ALUNOS EM MUNDOS<br />
VIRTUAIS: ESTUDO EXPLORATÓRIO NO SECOND LIFE®<br />
Ricardo Antunes, Leonel Morgado, Paulo Martins e Benjamim Fonseca<br />
PROJECTO DE APLICAÇÃO EM INTERNET PARA APOIO À DECISÃO NA REGA<br />
POR GRAVIDADE<br />
André Pereira Muga e José Manuel Gonçalves<br />
AQUISIÇÃO E TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO DE LOCALIZAÇÃO PARA<br />
SUPORTE A APLICAÇÕES SENSÍVEIS AO CONTEXTO<br />
Edgar Silva, Marco Liberato, Hugo Pare<strong>de</strong>s, Alberto Vasconcelos, António Costa, João Barroso e<br />
Paulo Martins<br />
UMA ARQUITECTURA PARA A COMPOSIÇÃO DINÂMICA DE SERVIÇOS<br />
DEPENDENTES DO CONTEXTO<br />
João Paulo Sousa, Eurico Carrapatoso e Benjamim Fonseca<br />
DISEÑO, IMPLEMENTACIÓN Y PRUEBA DE UN PROTOCOLO DE<br />
TRANSFERENCIA DE DATOS<br />
Marco-Antonio Bal<strong>de</strong>ras Cepeda, Manuel Aguirre Bortoni y Martín Vogel Vázquez<br />
APLICANDO CONCEPTOS DE TEORÍA DE LA INFORMACIÓN PARA EL<br />
FILTRADO DE CORREO SPAM<br />
José R. Mén<strong>de</strong>z, Ignacio Cid, Daniel Glez-Peña y Florentino F<strong>de</strong>z-Riverola<br />
EXTRACCIÓN DE PERFILES BASADA EN AGRUPAMIENTO GENETICO PARA<br />
RECOMENDACIÓN DE CONTENIDO<br />
Sandra Patricia Tocarruncho Tocarruncho, Fredy Andrés Aponte Novoa y Arturo Tocarruncho<br />
Tocarruncho<br />
A UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS NO PROCESSO CRIATIVO ARQUITETÔNICO:<br />
UMA ANÁLISE SOBRE AS SUAS INFLUÊNCIAS E POSSÍVEIS MUDANÇAS<br />
Luciana Dalfollo Ferreira, Paulo Horn Regal e Leda Lísia Franciosi Portal<br />
PORTAIS WEB: ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL<br />
António Jorge Gonçalves <strong>de</strong> Gouveia, Paula Cristina Oliveira e João Eduardo Quintela Varajão<br />
SOCIALIZACIÓN DE LA WEB SEMÁNTICA<br />
Jorge Morato, Anabel Fraga, Sonia Sánchez-Cuadrado y Jose Antonio Moreiro<br />
UMA IMPLEMENTAÇÃO DE BAM - BUSINESS ACTIVITY MONITORING NO<br />
GOVERNO BRASILEIRO<br />
Fernando José Travassos Vieira<br />
NOVOS DESAFIOS E OPORTUNIDADES DE INVESTIGAÇÃO NA ÁREA DA<br />
GESTÃO DE PROJECTOS DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE<br />
INFORMAÇÃO<br />
Dulce Gonçalves, Rui Rijo, Ramiro Gonçalves , José Bulas Cruz e João Varajão<br />
MODELOS DE MATURIDADE DO COMÉRCIO ELECTRÓNICO<br />
Elisabete Paulo Morais, Ramiro Gonçalves e José Adriano Pires<br />
PANORÁMICA Y SITUACIÓN DEL ESTÁNDAR EBXML<br />
Mario Antonio Triguero y Roberto Barchino<br />
viii<br />
266<br />
272<br />
277<br />
281<br />
286<br />
290<br />
295<br />
299<br />
304<br />
309<br />
315<br />
320<br />
324<br />
330<br />
335
REENGENHARIA DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE APOIO AO ENSINO<br />
UNIVERSITÁRIO PARA A CRIAÇÃO DE RESULTADOS ESTATÍSTICOS<br />
Pedro Branco, Sónia Santos, Luís Barbosa e Ramiro Gonçalves<br />
MATERIALIZAÇÃO DE VANTAGENS COMPETITIVAS MEDIANTE A ADOÇÃO<br />
DE SISTEMAS ERP<br />
Ana Carolina Sousa <strong>de</strong> Almeida, Ana Flávia Silva Simões, Denise <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Ribeiro e Sílvio<br />
Van<strong>de</strong>rlei Araújo Sousa<br />
CATEGORIZAÇÃO AUTOMÁTICA DE DOCUMENTOS PDF PARA BIBLIOTECAS<br />
DIGITAIS<br />
Geórgia R. Rodrigues Gomes, Igor Primo Curttis, Erlon Márcio Couto Alves, Sahudy Montenegro<br />
González e Annabell Del Real Tamariz<br />
INTERFACES PARA APRENDIZAGEM DE TAREFAS COLABORATIVAS<br />
ESPACIAIS<br />
Filipe Santos, Leonel Morgado, Paulo Martins e Benjamim Fonseca<br />
UMA ARQUITETURA TOLERANTE A FALHAS PARA PROCESSOS DE NEGÓCIO<br />
BASEADOS EM SERVIÇOS WEB<br />
Diego Zuquim Guimarães Garcia e Maria Beatriz Felgar <strong>de</strong> Toledo<br />
CLASIFICACIÓN DE DOCUMENTOS XML SEGÚN CRITERIOS DE CALIDAD DE<br />
DATOS<br />
Eugenio Verbo, Ismael Caballero, Coral Calero y Mario Piattini<br />
UMA PROPOSTA PARA O DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL DIDÁTICO<br />
BASEADO NO PERFIL DO USUÁRIO<br />
Patrícia B. Scherer Bassani, Marine Bello Flores, Marcelo Ritzel e Regina <strong>de</strong> Oliveira Heidrich<br />
ARTIGOS DE REFLEXÃO<br />
MERCHANDISING EN INTERNET: NUEVAS TENDENCIAS DEL MARKETING EN<br />
EL PUNTO DE VENTA<br />
Carlota Lorenzo Romero, Juan Antonio Mondéjar Jiménez y José Mondéjar Jiménez<br />
E_REINAC: ELEARNING_REUSABILIDAD, INTEROPERATIVIDAD Y<br />
ACCESIBLIDAD WEB: ASPECTOS TECNOPEDAGÓGICOS<br />
Mariluz Cacheiro González, Covadonga Rodrigo San Juan y Miguel Rodríguez Artacho<br />
BIBLIOTECAS DIGITALES: CONCEPTOS<br />
Gomes, N. F<br />
ESTRATEGIA COLABORATIVA Y DE CONOCIMIENTO PARA LA IGUALDAD DE<br />
GÉNERO<br />
Fernando Giner<br />
E-MERCADOS MEDIANTE P2P: UN NUEVO MARCO PARA LAS PYMES<br />
Josef Ignacio Hötz Ordoño y Mª Teresa Ariza Gómez<br />
O CONTRIBUTO DAS TIC PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO DO<br />
PATRIMÓNIO<br />
Natália Botica, Luís Fontes e Ana Roriz<br />
ix<br />
340<br />
345<br />
351<br />
356<br />
361<br />
366<br />
371<br />
379<br />
383<br />
387<br />
391<br />
395<br />
399
POSTERS<br />
UNA ONTOLOGÍA DE VINOS ESPAÑOLES<br />
Óscar Gil, Ana- Belén Gil y Francisco José García<br />
FACTORES CRÍTICOS DA ADESÃO DAS PME´S NACIONAIS, FORNECEDORAS<br />
DE MATERIAIS DE ESCRITÓRIO AO PROCEDIMENTO AQUISITIVO PÚBLICO<br />
EM PORTUGAL: UMA PROPOSTA DE INVESTIGAÇÃO<br />
Paulo Pereira e Bráulio Alturas<br />
REPOSITÓRIO CIENTÍFICO DIGITAL – UTAD<br />
Orlando Carvalho, Guilherme Saraiva, Jorge Godinho, Hugo Pare<strong>de</strong>s e João Barroso<br />
ESPECIFICAÇÃO DE UMA APLICAÇÃO PARA A CRIAÇÃO E MANUTENÇÃO DE<br />
CURRÍCULOS VITAE USANDO TÉCNICAS UML<br />
Ana Rodrigues, Marlene Pinto, João Varajão e Ramiro Gonçalves<br />
AGENTES INTELIGENTES NO AMBIENTE VIRTUAL DE ENSINO DE LÓGICA<br />
HALYEN<br />
Sahudy Montenegro González, Annabell <strong>de</strong>l Real Tamariz, Eduardo Coelho Carneiro e Jamile<br />
Souza <strong>de</strong> Almeida<br />
ANÁLISIS DE LOS OBJETIVOS DE NEGOCIO, ESTRATEGIAS DE ÉXITO Y<br />
BARRERAS EN SITIOS WEB DE EMPRESAS ESPAÑOLAS<br />
Antonio Paños Álvarez<br />
ANÁLISE DE PROJECTOS DE INVESTIMENTO NA ÁREA DAS TECNOLOGIAS<br />
DA INFORMAÇÃO: MÉTODOS E TÉCNICAS<br />
Ricardo Zenida e Bráulio Alturas<br />
PORTAL ERASMUS<br />
João Gonçalves, Victor Matos, Hugo Pare<strong>de</strong>s, António Marques, Paulo Martins e Benjamim<br />
Fonseca<br />
UTILIZAÇÃO DE OPÇÕES REAIS NA ANÁLISE DE PROJECTOS DE<br />
INVESTIMENTO EM S.I./T.I.C.<br />
António Braz e Bráulio Alturas<br />
SISTEMA DE GESTÃO DE PROJECTOS ACADÉMICOS<br />
João Braz Pinto, Ana Pinto <strong>de</strong> Matos, Hugo Pare<strong>de</strong>s, António Marques, Paulo Martins e João<br />
Paulo Moura<br />
USO DA TECNICA DE CSP NO DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE<br />
INFORMAÇão PARA LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE MERCADORIAS<br />
Oscar Dalfovo, Paulo Maurício Selig e Rodrigo Kammer<br />
USO DE REDES NEURAIS NO DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS<br />
APLICAÇÃO NAS EMPRESAS DO SETOR TÊXTIL NA ÁREA FINANCEIRA<br />
PARA APROVAÇÃO DO LIMITE DE CRÉDITO<br />
Oscar Dalfovo, Paulo Maurício Selig e Edson Van<strong>de</strong>r Souza<br />
AUTHOR INDEX<br />
x<br />
407<br />
411<br />
414<br />
417<br />
421<br />
424<br />
427<br />
430<br />
433<br />
437<br />
440<br />
444
PREFÁCIO<br />
Estas actas contêm os artigos e posters da Conferência IADIS Ibero-Americana<br />
WWW/Internet 2007, organizada pela International Association for Development of the<br />
Information Society e co-organizada pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro,<br />
em Vila Real, Portugal, Outubro, 7 e 8, 2007.<br />
O objectivo <strong>de</strong>sta conferência é <strong>de</strong> constituir um fórum para reunir investigadores, alunos e<br />
<strong>de</strong>mais pessoas que trabalhem ou investiguem o campo da WWW/Internet. As seguintes<br />
cinquenta e duas áreas foram objecto <strong>de</strong> submissões <strong>de</strong> artigos e posters:<br />
Acessibilida<strong>de</strong>; Sistemas Web Adaptáveis; Colaboração; Comunicação Mediada por<br />
Computador; Data Mining; Planeamento e Desenvolvimento <strong>de</strong> Bases <strong>de</strong> Dados;<br />
Bibliotecas Digitais e Publicação Electrónica; Aplicações Distribuídas e Paralelas; E-<br />
Business e E-Commerce; E-Government; E-Learning; EDI; Avaliação da Qualida<strong>de</strong>;<br />
Linguagens Extensíveis; Tendências Globais da WWW/Internet; Trabalho em Grupo;<br />
Interacção Homem-Máquina; Hipermedia; Arquitecturas <strong>de</strong> Informação; Visualização <strong>de</strong><br />
Informação; Agentes Inteligentes; Interfaces; Serviços Internet; Linguagens; Metadados;<br />
Multimédia; Aspectos <strong>de</strong> Desempenho; Personalização <strong>de</strong> Serviços e Sítios da Web;<br />
Estratégias em Portais; Protocolos e Standards; Pesquisa e Navegação; Aspectos <strong>de</strong><br />
Segurança; Semântica da Web; Armazenamento; Integração <strong>de</strong> Sistemas; Estratégias <strong>de</strong><br />
Ensinamento e Aprendizagem; Inovação e Competitivida<strong>de</strong> Tecnológica; Administração<br />
Tecnológica; Estratégias Tecnológicas; Tele-Trabalho; Aplicações WWW/Internet; Casos<br />
<strong>de</strong> Estudo; Impacto da WWW/Internet; Engenharia Web; Personalização da Web;<br />
Aplicações Wireless; Computação Ubíqua; Usabilida<strong>de</strong>; Mo<strong>de</strong>lação do Utilizador;<br />
Comunida<strong>de</strong>s Virtuais; Realida<strong>de</strong> Virtual; XML.<br />
A conferência Ibero-Americana IADIS WWW/Internet 2007 teve cerca <strong>de</strong> 145 submissões.<br />
Cada submissão foi avaliada por uma média <strong>de</strong> três revisores in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes para assegurar<br />
o elevado nível final das submissões aceites. O resultado final foi a publicação <strong>de</strong> 30 artigos<br />
longos, sendo publicados também artigos curtos, artigos <strong>de</strong> reflexão e posters.<br />
Como sabemos, a organização <strong>de</strong> uma conferência requer o esforço <strong>de</strong> muitas pessoas.<br />
Gostaríamos <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer a todos os membros do Comité <strong>de</strong> Programa pelo trabalho<br />
realizado na revisão e selecção dos artigos que constam <strong>de</strong>stas actas.<br />
Estas actas resultam da contribuição <strong>de</strong> um variado número <strong>de</strong> autores. Estamos gratos a<br />
todos os autores que submeteram os seus artigos. Também gostaríamos <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer ao<br />
Professor Doutor Carlos Ramos, Director do GECAD, ISEP, Instituto Politécnico do Porto,<br />
Portugal, por ter aceite dar uma palestra. Também gostaríamos <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer a todos os<br />
membros do comité <strong>de</strong> organização, <strong>de</strong>legados, e convidados cuja contribuição e<br />
envolvimento são cruciais para o sucesso <strong>de</strong>sta conferência.<br />
xi
Por fim <strong>de</strong>sejamos que todos os participantes tenham uma excelente estadia em Vila Real.<br />
José María Gutiérrez, Escuela Politécnica <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Alcalá, Espanha<br />
Ramiro Gonçalves, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal<br />
Flavia Maria Santoro, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil<br />
Pedro Isaías, Universida<strong>de</strong> Aberta, Portugal<br />
Chairs<br />
Vila Real, Portugal<br />
Outubro 2007<br />
xii
COMITÉ DO PROGRAMA<br />
CO-CHAIRS<br />
Ramiro Gonçalves, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal<br />
Flavia Maria Santoro, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil<br />
Pedro Isaías, Universida<strong>de</strong> Aberta, Portugal<br />
PROGRAM CHAIR<br />
José María Gutiérrez, Escuela Politécnica <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Alcalá, Espanha<br />
MEMBROS DO COMITÉ<br />
A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> Bianchini, <strong>Universidad</strong> Simón Bolívar, Venezuela<br />
Adolfo Duran, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, Brasil<br />
Adolfo Lozano, University of Extremadura, Espanha<br />
Afonso Inacio Orth, PUCRS, Brasil<br />
Alejandro Gonzalez, National University of La Plata, Argentina<br />
Alejandro Zunino, Tandil University, Argentina<br />
Alberto Raposo, PUC-Rio, Brasil<br />
Alfonso Rodríguez, <strong>Universidad</strong> De Castilla-la Mancha, Espanha<br />
Álvaro Suárez Sarmiento, Las Palmas <strong>de</strong> Gran Canaria University, Espanha<br />
Ana Ayerbe Fernan<strong>de</strong>z-Cuesta, Robotiker Tecnalia, Espanha<br />
Angélica <strong>de</strong> Antonio, <strong>Universidad</strong> Politécnica <strong>de</strong> Madrid, Espanha<br />
Annabell <strong>de</strong>l Real Tamariz, Universida<strong>de</strong> Estadual do Norte Fluminense, Brasil<br />
Antonio Gabriel López Herrera, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Jaén, Espanha<br />
Antonio Paños Alvarez, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Murcia, Espanha<br />
Aqueo Kamada, Centro <strong>de</strong> Pesquisas Renato Archer, Brasil<br />
Arnaldo Belchior, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Brasil<br />
Benjamim Fonseca, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal<br />
Carlos Andrés Romano, <strong>Universidad</strong> Politécnica <strong>de</strong> Valencia, Espanha<br />
Carlos Costa, ISCTE, Portugal<br />
xiii
Carlos Juiz, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> las Islas Baleares, Espanha<br />
Carlos Porcel Gallego, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Córdoba, Espanha<br />
Christina Chavez, DCC/UFBA, Brasil<br />
Claudia Lage Rebello da Motta, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Do Rio De Janeiro, Brasil<br />
Clevi Elena Rapkiewicz, Universida<strong>de</strong> do Norte Fluminense, Brasil<br />
Clifton E. Clunie B., <strong>Universidad</strong> Tecnológica <strong>de</strong> Panamá, Panamá<br />
Coral Calero, <strong>Universidad</strong> De Castilla-la Mancha, Espanha<br />
Cristiana Bentes, Universida<strong>de</strong> do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil<br />
Cristina Barrado, Universitat Politècnica <strong>de</strong> Catalunya, Espanha<br />
Cristina Cachero, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Alicante, Espanha<br />
Cristóbal Romero Morales, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Córdoba, Espanha<br />
Daniel Fernán<strong>de</strong>z Lanvin, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Oviedo, Espanha<br />
Daniel Gayo Avello, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Oviedo, Espanha<br />
Débora Conforto, UFRGS, Brasil<br />
Denis Silveira, Faculda<strong>de</strong>s Ibmec/RJ, Brasil<br />
Eliane Loiola, COPPE/UFRJ, Brasil<br />
Elsa Mª Macías-López, Las Palmas <strong>de</strong> Gran Canaria University, Espanha<br />
Emilio Insfran, <strong>Universidad</strong> Politécnica <strong>de</strong> Valencia, Espanha<br />
Enrique Herrera Viedma, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Granada, Espanha<br />
Eva Gibaja Galindo, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Córdoba, Espanha<br />
Eva Lorenzo Iglesias, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Vigo, Espanha<br />
Fábio Ferrentini Sampaio, NCE – UFRJ, Brasil<br />
Fabrício Silva, Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Santos, Brasil<br />
Fe<strong>de</strong>rico Botella, <strong>Universidad</strong> Miguel Hernán<strong>de</strong>z, Espanha<br />
Fernanda Alencar, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Brasil<br />
Fernanda Baião, UNIRIO, Brasil<br />
Fernanda Campos, UFJF, Brasil<br />
Florentino Fernan<strong>de</strong>z Riverola, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Vigo, España<br />
Gabriela Arevalo, National University Of La Plata, Argentina<br />
Georgia Gomes, Universida<strong>de</strong> Cândido Men<strong>de</strong>s-Campos, Brasil<br />
Gonzalo Mén<strong>de</strong>z, <strong>Universidad</strong> Complutense <strong>de</strong> Madrid, Espanha<br />
xiv
Gustavo Rossi, National University Of La Plata, Argentina<br />
Hermes Senger, Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Santos, Brasil<br />
Isabel Harb Manssour, PUCRS, Brasil<br />
Isabel Sofia Brito, Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologia e Gestão <strong>de</strong> Beja, Portugal<br />
Jaime Ramírez, <strong>Universidad</strong> Politécnica <strong>de</strong> Madrid, Espanha<br />
Jesús Rodríguez Perez, Capgemini, Espanha<br />
João Garrott, ISEGI-UNL / Universida<strong>de</strong> Lusofona, Portugal<br />
João Varajão, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal<br />
Jorge Barbosa, UNISINOS, Brasil<br />
Jorge Sá Silva, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, Portugal<br />
José Antonio Delgado Osuna, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Córdoba, Espanha<br />
José Eduardo Córcoles Ten<strong>de</strong>ro, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Castilla-La Mancha, Espanha<br />
José Maria Nazar David, Faculda<strong>de</strong> Ruy Barbosa, Brasil<br />
José Ramón Mén<strong>de</strong>z Reboredo, University of Vigo, Espanha<br />
José Raúl Romero, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Córdoba, Espanha<br />
Juan Carlos Fernán<strong>de</strong>z Caballero, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Córdoba, Espanha<br />
Juan López Rubio, Escola Politecnica Superior <strong>de</strong> Castell<strong>de</strong>fels, España<br />
Juan Manuel Pérez, Universitat Jaume I, Espanha<br />
Katja Gilly, <strong>Universidad</strong> Miguel Hernán<strong>de</strong>z, Espanha<br />
Liliana Passerino, UFRGS, Brasil<br />
Liliane dos Santos Machado, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, Brasil<br />
Lucia Giraffa, PUCRS, Brasil<br />
Luís Guerrero, <strong>Universidad</strong> De Chile, Chile<br />
Marcelo Turine, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Mato Grosso do Sul, Brasil<br />
Marco Aurélio Gerosa, PUC-Rio, Brasil<br />
Marco Painho, Universida<strong>de</strong> Nova <strong>de</strong> Lisboa, Portugal<br />
Marcos Borges, UNICAM, Brasil<br />
Marco Winckler, IRIT, France<br />
Maria Angélica Caro Gutierrez, <strong>Universidad</strong> De Castilla-la Mancha, Espanha<br />
Maria Clícia Stelling De Castro, Universida<strong>de</strong> Do Estado Do Rio De Janeiro, Brasil<br />
Mª <strong>de</strong>l Puerto Paule Ruiz, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Oviedo, Espanha<br />
xv
María Dolores Ayuso, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Murcia, Espanha<br />
Maria Lencastre, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pernambuco, Brasil<br />
María Luque Rodríguez, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Córdoba, Espanha<br />
Mariano Pimentel, PUC-Rio, Brasil<br />
Mário Freire, Universida<strong>de</strong> da Beira Interior, Portugal<br />
Marta González, Robotiker Tecnalia, Espanha<br />
Mauro Pequeno, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Do Ceará, Brasil<br />
M. Cecilia C. Baranauskas, Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Brasil<br />
Miguel <strong>de</strong> Castro Neto, Universida<strong>de</strong> Nova <strong>de</strong> Lisboa, Portugal<br />
Nathalie Moreno, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Málaga, Espanha<br />
Olga Revilla, Itákora, Espanha<br />
Olga Santos Martín, UNED, Espanha<br />
Oscar Von Pamel, <strong>Universidad</strong> Nacional <strong>de</strong> Rosario, Argentina<br />
Patricia Alejandra Behar, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Do Rio Gran<strong>de</strong> Do Sul, Brasil<br />
Patrícia Scherer Bassani, Centro Universitário Feevale, Brasil<br />
Paula Oliveira, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal<br />
Paulo Martins, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal<br />
Paulo Simões, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, Portugal<br />
Raúl Antonio Aguilar Vera, <strong>Universidad</strong> <strong>Autónoma</strong> <strong>de</strong> Yucatán, Mexico<br />
Regina Heidrich, Centro Universitário Feevale, Brasil<br />
Regina Lúcia <strong>de</strong> Oliveira Moraes, UNICAM, Brasil<br />
Renata Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Araújo, Universida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil<br />
Ricardo Farias, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil<br />
Ricardo Llamosa-Villalba, <strong>Universidad</strong> Industrial <strong>de</strong> Santan<strong>de</strong>r, Colombia<br />
Rita Suzana Pitangueira Maciel, Faculda<strong>de</strong> Ruy Barbosa, Brasil<br />
Rodrigo Bonacin, Centro <strong>de</strong> Pesquisas Renato Archer, Brasil<br />
Rosa M. Vicari, CINTED/UFRGS, Brasil<br />
Rosa Rita Maenza, <strong>Universidad</strong> Tecnológica Nacional, Argentina<br />
Sahudy Montenegro Gonzalez, Universida<strong>de</strong> Estadual do Norte Fluminense, Brasil<br />
Salvador Alcaraz, <strong>Universidad</strong> Miguel Hernán<strong>de</strong>z, Espanha<br />
Sean Siqueira, UNIRIO, Brasil<br />
xvi
Sebastián Lozano, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Sevilla, Espanha<br />
Sebastian Ventura Soto, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Córdoba, Espanha<br />
Sérgio Crespo, Universida<strong>de</strong> do Vale do Rio dos Sinos, Brasil<br />
Silvia Baldiris, University of Girona, Espanha<br />
Sílvia Abrahão, <strong>Universidad</strong> Politécnica De Valencia, Espanha<br />
Simone Bacelar Leal Ferreira, UNIRIO, Brasil<br />
Simone Diniz Junqueira Barbosa, PUC-Rio, Brasil<br />
Susana Marchisio, <strong>Universidad</strong> Nacional <strong>de</strong> Rosario, Argentina<br />
Susana Torrado Morales, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Murcia, Espanha<br />
Vitor Basto Fernan<strong>de</strong>s, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal<br />
Vicente Luque Centeno, <strong>Universidad</strong> Carlos III <strong>de</strong> Madrid, Espanha<br />
Victor Manuel Ruiz Penichet, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Castilla-La Mancha, Espanha<br />
xvii
xviii
PALESTRA<br />
(AI) 2 : AMBIENT INTELLIGENCE → ARTIFICIAL INTELLIGENCE<br />
por Prof. Doutor Carlos Ramos,<br />
Director do GECAD, ISEP, Instituto Politécnico do Porto,<br />
Portugal<br />
RESUMO<br />
A Inteligência Artificial tem acompanhado o <strong>de</strong>senvolvimento da Informática. Des<strong>de</strong> a<br />
construção dos primeiros mo<strong>de</strong>los e hardware relacionados com neurónios artificiais,<br />
passando pelos Sistemas Inteligentes instalados num computador ou re<strong>de</strong> <strong>de</strong> computadores,<br />
até a Web Semântica com Ontologias e Agentes Inteligentes que se tenta criar hoje em dia,<br />
a Inteligência Artificial percorreu um vasto caminho. Do hardware para o computador, do<br />
computador para a re<strong>de</strong> local, da re<strong>de</strong> local para a Internet, da Internet para a Web, a<br />
Inteligência Artificial acompanhou sempre as tendências da computação, embora estando<br />
sempre um passo a frente em termos daquilo que se po<strong>de</strong> obter com a infraestrutura<br />
existente.<br />
Será que o <strong>de</strong>senvolvimento acaba na Web? Ou será que esta constituirá a infraestrutura do<br />
<strong>de</strong>safio seguinte? Tal como a Web assentou na Internet, esta nas re<strong>de</strong>s locais, estas nos<br />
computadores e estes no hardware, também a Web fará parte da infraestrutura essencial do<br />
<strong>de</strong>safio seguinte: os Ambientes Inteligentes.<br />
A tendência na direcção da miniaturização e redução dos custos do hardware tem permitido<br />
incorporar dispositivos computacionais em diversos objectos ou ambientes (embed<strong>de</strong>d<br />
systems). O <strong>de</strong>senvolvimento das comunicações móveis (GSM, GPRS, WiFi, Bluetooth),<br />
sem fios, tem permitido a ubiquida<strong>de</strong> computacional. A localização no espaço (GPS, RFID)<br />
tem permitido referenciar on<strong>de</strong> se encontra uma dada pessoa ou objecto. Gran<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>senvolvimentos estão a ser feitos na interacção com o ser humano (generalização <strong>de</strong><br />
touch screens, interfaces <strong>de</strong> voz, reconhecimento visual <strong>de</strong> faces ou <strong>de</strong> gestos). Há um<br />
mundo novo a explorar.<br />
É assim que surge a Ambient Intelligence (AmI), cuja tradução correcta será Inteligência<br />
Ambiental, mas que é normalmente traduzida por Ambientes Inteligentes. Os Ambientes<br />
Inteligentes lidam com um novo mundo on<strong>de</strong> os dispositivos computacionais estão em<br />
todos os lados, permitindo ao ser humano interagir com os ambientes físicos <strong>de</strong> um modo<br />
inteligente e não obstrutivo. Tais ambientes <strong>de</strong>vem ser sensíveis às necessida<strong>de</strong>s do ser<br />
humano, personalizando requisitos e prevendo comportamentos.<br />
xix
Os Ambientes Inteligentes po<strong>de</strong>m ser muito diversos, tais como casas, escritórios, salas <strong>de</strong><br />
reuniões, escolas, hospitais, centros <strong>de</strong> controlo, transportes, atracções turísticas, lojas,<br />
instalações <strong>de</strong>sportivas, dispositivos musicais, etc.<br />
Os Ambientes Inteligentes envolvem muitas áreas, tais como Automação (sensores,<br />
controlo, actuadores), interacção Homem-Máquina e Computação Gráfica, Computação<br />
Ubíqua, Sistemas Incorporados e Inteligência Artificial.<br />
Nesta apresentação iremos focar na componente <strong>de</strong> Inteligência Artificial nos Ambientes<br />
Inteligentes, por ser essa componente que permite dotar o ser humano <strong>de</strong> um maior suporte<br />
à <strong>de</strong>cisão, fornecendo-lhe o conhecimento essencial à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões acertadas quando<br />
se interage com tais ambientes.<br />
Serão apresentados vários projectos em curso que visam atingir os objectivos dos<br />
Ambientes Inteligentes orientados para o suporte à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. Em particular serão<br />
abordados 4 projectos em curso no Grupo <strong>de</strong> Investigação em Engenharia do Conhecimento<br />
e Apoio à Decisão (GECAD) do Instituto Superior <strong>de</strong> Engenharia do Politécnico do Porto<br />
(ISEP/IPP).<br />
O projecto AMBITION é a continuação natural do projecto ArgEmotionAgents e visa criar<br />
um Ambiente Inteligente para uma sala <strong>de</strong> reuniões on<strong>de</strong> <strong>de</strong>corra uma reunião em grupo, a<br />
qual po<strong>de</strong>rá ser assíncrona e <strong>de</strong>scentralizada. É tratada a componente emocional do<br />
processo e é dado suporte à Argumentação consi<strong>de</strong>rando tal componente.<br />
O projecto FlyMaster visa criar um Assistente <strong>de</strong> Bordo para pilotos <strong>de</strong> voo livre<br />
(parapente, asa <strong>de</strong>lta, etc). Tal assistente <strong>de</strong> bordo torna o dispositivo <strong>de</strong> voo num ambiente<br />
inteligente, quer para fins lúdicos quer para suporte à competição.<br />
O projecto AmI-COTrainnee? visa criar um Ambiente Inteligente <strong>de</strong> treino <strong>de</strong> operadores<br />
<strong>de</strong> Centros <strong>de</strong> Controlo e Condução <strong>de</strong> Re<strong>de</strong>s Eléctricas <strong>de</strong> modo a lidarem com o<br />
diagnóstico e reposição em serviço em situações críticas <strong>de</strong> um modo colaborativo.<br />
O projecto iShopGLASS é um projecto que visa tornar um vidro <strong>de</strong> uma loja num<br />
dispositivo <strong>de</strong> interacção inteligente, po<strong>de</strong>ndo captar o perfil do utilizador com base na<br />
interacção que este estabelece com o vidro.<br />
Estes 4 projectos ilustram 4 situações diferentes <strong>de</strong> ambientes inteligentes: a Sala <strong>de</strong><br />
Reuniões; o dispositivo <strong>de</strong> voo livre; o Centro <strong>de</strong> Controlo e a Loja. Serão ainda abordados<br />
alguns outros exemplos <strong>de</strong> Ambientes Inteligentes.<br />
Iremos tentar estabelecer a conclusão <strong>de</strong> que sem Inteligência Artificial será difícil dispor<br />
<strong>de</strong> Ambientes verda<strong>de</strong>iramente inteligentes.<br />
xx
Artigos Longos
EM BUSCA DE UM ENSINO COMPLEMENTAR E DE<br />
QUALIDADE: O PROJETO DESAFIO DIGITAL<br />
Eduardo Morgado<br />
emorgado@fc.unesp.br<br />
Depto Computação - Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho, Unesp<br />
Maria Ângela Dias dos Santos<br />
mangela@fc.unesp.br<br />
Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho, Unesp<br />
Barbara De Franco<br />
barbara.franco@ltia.fc.unesp.br<br />
Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho, Unesp<br />
Daniel Igarashi da Cruz<br />
igarashi@ltia.fc.unesp.br<br />
Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho, Unesp<br />
RESUMO<br />
O gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da área <strong>de</strong> tecnologia da informação abre novas oportunida<strong>de</strong>s profissionais e novos postos <strong>de</strong><br />
trabalho, que muitas vezes, não são preenchidos por falta <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra qualificada ou, até mesmo <strong>de</strong> candidatos<br />
informados. Esta situação afeta, notadamente, os jovens <strong>de</strong> baixa renda, egressos das escolas públicas <strong>de</strong> Ensino Médio.<br />
O projeto Desafio Digital procurou explorar o potencial <strong>de</strong> ensino à distância e <strong>de</strong> novas metodologias educacionais para<br />
localizar talentos e <strong>de</strong>spertar o interesse pelas carreiras técnicas da tecnologia da informação junto aos alunos do Ensino<br />
Médio. Buscando parâmetros que pu<strong>de</strong>ssem <strong>de</strong>finir uma política pública <strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong> baixo custo, facilmente<br />
replicável, o estudo <strong>de</strong>finiu uma metodologia baseada em ambiente <strong>de</strong> interação web, incluindo tutoria à distância.<br />
Durante o programa <strong>de</strong> cursos, os alunos participaram <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s divididas em quatro etapas: Básico sobre Sistema<br />
Operacional e Suíte Office, Desenvolvimento <strong>de</strong> Websites; Programação <strong>de</strong> Games e Robótica Educacional. Em termos<br />
práticos, o programa buscou <strong>de</strong>senvolver o raciocínio lógico, conceitos <strong>de</strong> algoritmos e programação visual, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um<br />
ambiente lúdico, interessante e auto-motivador. Uma importante inovação <strong>de</strong>sse estudo foi o uso <strong>de</strong> metalinguagens no<br />
lugar <strong>de</strong> linguagens comerciais, uma vez que o que se buscava era o aprendizado conceitual dos fundamentos teóricos das<br />
tecnologias computacionais. Todo o suporte e atendimento aos alunos foram oferecidos através do portal do projeto,<br />
garantindo custos mínimos <strong>de</strong> operação e, conseqüentemente, alta escalabilida<strong>de</strong>. Dos alunos que finalizaram o programa,<br />
a maioria consi<strong>de</strong>rou o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ensino simples e eficaz. Eles também <strong>de</strong>clararam interesse em seguir carreira na área<br />
<strong>de</strong> tecnologia, situação aproveitada por empresas que ofereceram vagas para estágios ou cursos complementares. O<br />
projeto Desafio Digital foi patrocinado pela Intel Educação Brasil, Microsoft Educação Brasil e foi apoiado pela<br />
Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Araraquara e pelo Laboratório <strong>de</strong> Tecnologia Aplicada da Unesp <strong>de</strong> Bauru.<br />
PALAVRAS-CHAVE<br />
Ensino profissionalizante, tecnologias educacionais, educação à distância.<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
O projeto Desafio Digital foi realizado em Araraquara, uma cida<strong>de</strong> média no centro do estado <strong>de</strong> São Paulo<br />
(Br), consi<strong>de</strong>rada hoje um pólo tecnológico por abrigar importantes empresas da área <strong>de</strong> TI e por oferecer<br />
facilida<strong>de</strong>s que têm atraído várias outras empresas <strong>de</strong> hardware e software para a cida<strong>de</strong>. De acordo com o<br />
censo do IBGE <strong>de</strong> 2000, Araraquara tem 199.657 habitantes, 8.924 alunos cursando o Ensino Médio e 12.068<br />
estudantes matriculados no Ensino Superior. Segundo o Cadastro Nacional <strong>de</strong> Cursos <strong>de</strong> Educação<br />
3
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
Profissional <strong>de</strong> nível Técnico do Sistema <strong>de</strong> Informação da Educação Profissional (SIEP/CNCT), existem<br />
duas instituições <strong>de</strong> ensino superior na cida<strong>de</strong> e 85 cursos técnicos, dos quais 14% concentram-se na área <strong>de</strong><br />
TI.<br />
Ao longo <strong>de</strong> 2006, a prefeitura da cida<strong>de</strong> passou a enfrentar problemas com a falta <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra local<br />
especializada na área <strong>de</strong> TI e com a falta <strong>de</strong> interesse dos alunos egressos do Ensino Médio pela área. Esses<br />
dois problemas interferem diretamente na capacida<strong>de</strong> do município atrair novas empresas e<br />
conseqüentemente, nos planos <strong>de</strong> expansão do polo tecnológico.<br />
Procurando solucionar esses problemas, mantendo a atrativida<strong>de</strong> da cida<strong>de</strong> e, adicionamente, garantindo<br />
que esses novos postos <strong>de</strong> trabalho, sempre <strong>de</strong> melhor remuneração, pu<strong>de</strong>ssem ser ocupados pela população<br />
local, evitando que as empresas “importassem” trabalhadores; a Secretaria <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico<br />
buscou o apoio da Microsoft Educação, da Intel Educação e da Unesp, para que <strong>de</strong>senvolvessem um<br />
programa inovador para ampliar as oportunida<strong>de</strong>s para os alunos <strong>de</strong> baixa renda da re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> Ensino<br />
Médio local, nascendo então o Programa Desafio Digital.<br />
2. FASES DO PROGRAMA<br />
O primeiro <strong>de</strong>safio do Programa foi a prova <strong>de</strong> seleção. Essa prova <strong>de</strong> seleção foi preparada com base em<br />
material disponibilizado no próprio Portal do Desafio Digital. O material cobria tópicos que variavam <strong>de</strong><br />
conhecimentos gerais sobre computadores a novida<strong>de</strong>s do mundo tecnológico, passando por temas sobre<br />
trabalho em equipe e li<strong>de</strong>rança. O cadastro dos alunos ficou em aberto durante um mês, tempo consi<strong>de</strong>rado<br />
a<strong>de</strong>quado para que se preparassem para o teste. A prova foi composta por 21 perguntas e cada aluno tinha<br />
apenas 25 minutos para respon<strong>de</strong>r – o acesso era restrito e após enviar as respostas, os alunos não podiam<br />
refazê-las. Mais <strong>de</strong> 700 alunos fizeram a prova <strong>de</strong> seleção e <strong>de</strong>ntre eles foram selecionados 259, pois esta era<br />
a capacida<strong>de</strong> física dos 5 laboratórios preparados em escolas públicas municipais. É importante observar<br />
aqui, que foram selecionados alunos do Ensino Médio Público, <strong>de</strong> escolas estaduais, para realizar o<br />
experimento nas 5 escolas públicas municipais que haviam sido previamente preparadas.<br />
A primeira fase do Programa foi a capacitação Básica em Sistemas Operacionais, para a qual se usou o<br />
Programa Aluno-Monitor da Microsoft Educação. Esse programa é composto por uma etapa presencial <strong>de</strong><br />
dois dias e um mês <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s totalmente à distância. Foi uma fase que serviu <strong>de</strong> nivelamento <strong>de</strong><br />
conhecimentos e <strong>de</strong> socialização, dado que os alunos eram <strong>de</strong> escolas diferentes.<br />
As ativida<strong>de</strong>s da segunda fase, Desenvolvimento <strong>de</strong> Websites, foram projetadas para serem totalmente à<br />
distância e para durar um mês. Os alunos foram divididos em três grupos principais, portanto, foram<br />
<strong>de</strong>senvolvidos três websites por escola. A confecção do website exigiu tempo e esforço dos alunos, pois eram<br />
muitas as funcionalida<strong>de</strong>s a serem obrigatoriamente implementadas, como: blog, álbum <strong>de</strong> fotos e<br />
notícias..Por esta razão, os alunos precisaram e souberam dividir as tarefas entre eles para concluir o trabalho.<br />
A terceira fase, também totalmente à distância, foi a <strong>de</strong> Games, seguramente a mais complexa <strong>de</strong> todas e a<br />
que mais exigiu <strong>de</strong>dicação dos alunos. O objetivo da fase era criar um jogo educacional, como por exemplo,<br />
interagir com uma célula animal e conhecer todas as suas organelas. Nessa fase, os alunos foram divididos<br />
em duplas para que o envolvimento com as tarefas fosse mais intenso. Em um mês, os alunos apren<strong>de</strong>ram e<br />
trabalharam com uma nova ferramenta <strong>de</strong> programação, chamada KPL (Kids Programming Language), uma<br />
meta-linguagem criada especialmente para iniciantes em programação.<br />
Na quarta fase, além da prática da programação, a Robótica Educacional teve como objetivo oferecer um<br />
ambiente <strong>de</strong> entretenimento on<strong>de</strong> se praticasse <strong>de</strong> forma lúdica a lógica <strong>de</strong> programação. Os alunos,<br />
novamente em duplas, cumpriam missões que envolviam a movimentação <strong>de</strong> um robô através <strong>de</strong> uma metalinguagem<br />
<strong>de</strong> programação. A figura abaixo mostra o ambiente <strong>de</strong> robótica utilizado pelos alunos.<br />
4
Figura 1. Simulador <strong>de</strong> robô<br />
O requisito para se avançar <strong>de</strong> uma fase a outra era o envio dos trabalhos concluídos para uma área do<br />
Portal <strong>de</strong>nominada “Módulo <strong>de</strong> Avaliação”. Os trabalhos enviados para essa área podiam ser acessados por<br />
todas duplas , que <strong>de</strong>ssa forma participavam da avaliação, <strong>de</strong> forma construtiva, <strong>de</strong> seus pares, postando<br />
comentários e avaliando os pontos altos e baixos do “produto final” <strong>de</strong> cada grupo ou dupla, terminando por<br />
sugerir melhorias. O envio dos trabalhos, bem como a fiscalização do teor dos comentários feitos por alunos<br />
eram acompanhados pelo tutor.<br />
Alguns alunos tiveram dificulda<strong>de</strong>s e abandonaram o curso. Todas as <strong>de</strong>sistências eram imediatamente<br />
verificadas pelo tutor, que constatou que os principais motivos eram dificulda<strong>de</strong> para a realização das<br />
ativida<strong>de</strong>s e problemas com horários. Ao final do curso, um gran<strong>de</strong> questionário foi enviado a todos os<br />
participantes e seus resultados serão analisados adiante.<br />
3. AS RAÍZES NO ENSINO A DISTÂNCIA<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
O Programa Desafio Digital procurou implementar uma solução que pu<strong>de</strong>sse ser pedagogicamente<br />
consistente e facilmente replicável em outros municípios em situação semelhante. Isso explica a opção pelo<br />
ensino à distância, como uma <strong>de</strong>cisão inicial e básica para o projeto, que se fosse pensado apenas para<br />
Araraquara não precisaria ser adotada. O Ensino à Distância (EaD) permite levar o conhecimento ao aluno<br />
através <strong>de</strong> meios que não exijam a presença física do professor em <strong>de</strong>terminado espaço físico. Segundo<br />
Barros (2004, p.49), enten<strong>de</strong>-se que:<br />
“(...) educação a distância é a aprendizagem planejada que geralmente ocorre num local diferente<br />
do ensino e, por causa disso, requer técnicas especiais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> curso, técnicas especiais <strong>de</strong><br />
instrução, métodos especiais <strong>de</strong> comunicação através da eletrônica e <strong>de</strong> outras tecnologias, bem<br />
como arranjos essenciais, organizacionais e administrativos.”<br />
As bases legais <strong>de</strong>ssa modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino encontram-se na lei 9.394/96, Lei <strong>de</strong> Diretrizes e Bases da<br />
Educação Nacional (LDBEN). De acordo com o artigo 80 da referida lei o po<strong>de</strong>r público <strong>de</strong>verá incentivar o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento e a veiculação <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> ensino a distância, em todos os níveis e modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
ensino, e <strong>de</strong> educação continuada. (p.31).<br />
Utilizada como meio <strong>de</strong> atingir um maior número <strong>de</strong> pessoas em menos tempo, o EaD torna-se um<br />
mo<strong>de</strong>lo viável <strong>de</strong> educação frente ao quadro social e mercadológico emergente. De acordo com Casério e<br />
5
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
Barros (2004, p.46) O Mercado, ou melhor dizendo, o universo do trabalho se estrutura hoje pela<br />
continuida<strong>de</strong> nos estudos e pela aquisição constante <strong>de</strong> titulações e especializações.<br />
Esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> educação, que hoje recebe muitas <strong>de</strong>nominações, como: ensino à distância, educação à<br />
distância ou ainda e-learning tem suas raízes na década <strong>de</strong> 70, com o auge da indústria cultural no Brasil.<br />
Segundo Kawamura (1990, p.67), indústria cultural: (..) compreen<strong>de</strong> um complexo para a produção e<br />
reprodução <strong>de</strong> bens culturais, como mercadoria, com base na mo<strong>de</strong>rna tecnologia (televisão, cinema,<br />
imprensa, rádio, etc.) para consumo em massa.<br />
A indústria cultural começou a se <strong>de</strong>senvolver no Brasil, por volta dos anos 50, quando teve início um<br />
maciço processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização do país. Época da TV, entrada <strong>de</strong> multinacionais e produtos estrangeiros<br />
no país, consequentemente <strong>de</strong>manda por mão-<strong>de</strong>-obra para esse novo campo <strong>de</strong> trabalho. A solução<br />
encontrada para as novas necessida<strong>de</strong>s foi a educação.<br />
Mo<strong>de</strong>lou-se uma educação para aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s emergenciais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do país.<br />
Alguns dos resultados do processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização foram o acordo MEC/USAID e as leis 5.540/68 e<br />
5.692/71. A lei 5.540/68 foi responsável pela reforma do ensino superior. Participaram das discussões para a<br />
reestruturação do ensino superior, técnicos e supervisores norte americanos. Essa participação <strong>de</strong>u-se <strong>de</strong>vido<br />
acordos como o conhecido MEC/USAID, o qual firmava um convênio <strong>de</strong> assessoria e cooperação entre o<br />
Brasil e os Estados Unidos na área educacional. A lei 5.692/71 instituiu o ensino <strong>de</strong> 2º grau<br />
profissionalizante. O aluno concluía o 2º grau com uma formação técnica e assim, tinha possibilida<strong>de</strong>s para<br />
ingressar no mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />
Com a gran<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação do trabalhador a educação via satélite foi amplamente utilizada e<br />
difundida. Através da TV, um maior número <strong>de</strong> pessoas, mais rapidamente e com um custo mais baixo; era<br />
instruída. Com o advento da Internet, tornou-se possível o aprimoramento das técnicas <strong>de</strong> educação à<br />
distância resultando no que temos hoje, a educação via portais Web, com ferramentas muito mais interativas,<br />
atrativas, garantindo mais rapi<strong>de</strong>z e escalabilida<strong>de</strong>.<br />
4. RESULTADOS<br />
O projeto Desafio Digital foi concluído por 101 alunos, que representam 38,9% do total <strong>de</strong> participantes.<br />
Embora esse índice pareça baixo, consi<strong>de</strong>ramos o resultado bastante promissor por ter sido um curso<br />
totalmente à distância, on<strong>de</strong> normalmente as taxas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sistência são altas. Segundo Levy (1993, p.9) a<br />
escola possui um habito antropológico mais que milenar baseado na fala do mestre, <strong>de</strong>ssa forma a transição<br />
<strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo essencialmente presencial para um mo<strong>de</strong>lo à distância, indica realmente um processo inovador<br />
na educação.<br />
Outro fator <strong>de</strong> impacto foi a distância entre a casa do aluno e/ou sua escola <strong>de</strong> ensino médio e o<br />
laboratório on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>ria realizar as ativida<strong>de</strong>s, Moran (2007), no trecho a seguir comenta sobre a educação à<br />
distância para o público jovem e nos dá alguns indicativos sobre as razões para a alta <strong>de</strong>sistência dos alunos:<br />
“Alunos jovens, em fase <strong>de</strong> formação, como em um curso <strong>de</strong> graduação, são sensíveis a estratégias<br />
que combinem presença física e virtual, ativida<strong>de</strong>s individuais e grupais, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
projetos, ativida<strong>de</strong>s, práticas, produções. Se possível o curso i<strong>de</strong>al é o bimodal, o mix <strong>de</strong> presencial<br />
e virtual, que é o caminho <strong>de</strong> muitos cursos nos próximos anos.”<br />
O público do programa, mesmo não sendo <strong>de</strong> graduação, sobre o qual Moran (2007) fez a observação<br />
acima, po<strong>de</strong> ser caracterizado como um público jovem em formação. O programa totalmente à distância<br />
envolvendo ativida<strong>de</strong>s complexas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e produção são fortes indicativos para o índice <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sistências. O nome “Desafio Digital” fez jus ao <strong>de</strong>safio que os alunos tiveram que enfrentar.<br />
Apesar <strong>de</strong>sses resultados, a pesquisa junto aos 259 participantes mostra informações bastante<br />
promissoras, como na questão “O que você mais gostou no Projeto Desafio Digital”, on<strong>de</strong> 27,69% aprovaram<br />
a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer mais da Informática (ver Figura 2) enquanto 16,92% gostaram <strong>de</strong> trabalhar em<br />
equipe.<br />
6
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Figura 2. Pergunta “O que você mais gostou no Projeto Desafio Digital”.<br />
Outra resposta muito promissora foi a ótima aceitação da modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino a distância, por parte<br />
daqueles que concluíram o curso. Na Figura 3 vemos que 70,37% dos alunos não tiveram dificulda<strong>de</strong>s em<br />
trabalhar em um ambiente <strong>de</strong> aprendizado à distância.<br />
Figura 3. Pergunta “Como foi fazer a maior parte do Programa Desafio Digital à distância?”<br />
A facilida<strong>de</strong> expressa pelos alunos do ensino médio; que participaram do programa Desafio Digital, em se<br />
adaptar à educação à distância; é coerente com o que já havia sido <strong>de</strong>tectado por Moran (2007), quando o<br />
mesmo coloca:<br />
“As crianças, pela especificida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e socialização, não<br />
po<strong>de</strong>m prescindir do contato físico, da interação. Mas nos cursos médios e superiores, o virtual,<br />
provavelmente, superará o presencial.”<br />
É o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma nova cultura marcando a história da nova <strong>geração</strong> já que a mesma é<br />
consi<strong>de</strong>rada por Levy (1993) inserida na era da socieda<strong>de</strong> da informática. O mesmo autor “traça” um<br />
panorama interessante ao falar da evolução das técnicas. Levy (1993) resgata a oralida<strong>de</strong>, a escrita e a<br />
impressa, em seguida coloca a informática. Todas, técnicas fruto do saber humano, que ao passo da história,<br />
tornam-se parte <strong>de</strong> nossa cultura.<br />
A informação <strong>de</strong> que 91,3% dos alunos concluíntes possuiam computador em casa veio <strong>de</strong> encontro a<br />
hipótese inicial <strong>de</strong> que os alunos não tinham acesso ao computador e a Internet, justificando a necessida<strong>de</strong> da<br />
preparação dos laboratórios das escolas participantes. Como mostram as figuras abaixo, a hipótese inicial foi<br />
negada e nos leva a refletir sobre outras necessida<strong>de</strong>s, como a dos alunos <strong>de</strong>sistentes, não inclusos nos<br />
resultados abaixo e que po<strong>de</strong>m ter <strong>de</strong>sistido por não possuir computador em casa e não possuir condições<br />
para se locomover até as escolas participantes do programa.<br />
7
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
5. CONCLUSÃO<br />
100,00%<br />
90,00%<br />
80,00%<br />
70,00%<br />
60,00%<br />
50,00%<br />
40,00%<br />
30,00%<br />
20,00%<br />
10,00%<br />
0,00%<br />
60,00%<br />
50,00%<br />
40,00%<br />
30,00%<br />
20,00%<br />
10,00%<br />
0,00%<br />
Sim Não<br />
Figura 4. Pergunta “Tem computador em casa?”<br />
Discada Banda larga Não tenho<br />
Figura 5. Pergunta “Possui conexão à Internet em casa?”<br />
O ensino à distancia foi eficaz para a proposta inicial do projeto – ele pô<strong>de</strong> ser utilizado para motivar<br />
estudantes e localizar talentos para a área <strong>de</strong> Tecnologia da Informação. Os resultados positivos obtidos pelos<br />
101 concluintes <strong>de</strong>monstram isso <strong>de</strong> forma clara. Segundo a Secretaria <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico <strong>de</strong><br />
Araraquara, todos os concluintes foram convidados para estágios ou cursos pelas empresas instaladas na<br />
cida<strong>de</strong>. Essa mesma Secretaria está se preparando para repetir o programa, com início marcado para Agosto<br />
<strong>de</strong> 2007.<br />
O trabalho em equipe e a metodologia baseada em assuntos <strong>de</strong> interesse dos jovens foi muito importante<br />
para manter o interesse e motivação. A opção por ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e produção em equipes foi<br />
uma forma eficaz encontrada para auxiliar os alunos no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s complexas, como<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> site, blog, jogos e programação robótica, além <strong>de</strong> uma estratégia facilitadora da troca <strong>de</strong><br />
informação. Isso já havia sido constatado por Moran (2007), quando o mesmo afirma que um bom curso é<br />
mais do que conteúdo, é pesquisa, troca, produção conjunta.<br />
Apren<strong>de</strong>mos que é preciso oferecer suporte adicional, como bolsas ou subsídios para transporte e<br />
alimentação, no caso <strong>de</strong> alunos com residência distante do laboratório-base <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s.<br />
8
AGRADECIMENTOS<br />
Intel Educação; Microsoft Educação; Secretaria <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e Secretaria Municipal <strong>de</strong><br />
Educação do Município <strong>de</strong> Araraquara; Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências – Unesp – Bauru<br />
REFERÊNCIAS<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Carvalho, M. G..Tecnologia, <strong>de</strong>senvolvimento social e educação tecnológica. Acessado em 2 Março<br />
2006..<br />
Casério, V. M. R.; Barros, D. M. V., 2004, Educação <strong>de</strong> jovens e adultos na socieda<strong>de</strong> da informação e do conhecimento.<br />
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Kawamura, L., 1990. Novas tecnologias e educação. Ática, São Paulo, Brasil.<br />
Lévy, P., 1993, Tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. In: Rio <strong>de</strong> Janeiro: Ed. 34,<br />
1993. 208p.<br />
Moran, J. M., O que é educação a distância. Acessado em 20 Janeiro 2007. <br />
Moran, J. M., Mudanças profundas e urgentes na educação. Acessado em 15 Janeiro 2007.<br />
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Moran, J. M., Tendências da educação online no Brasil. Acessado em 15 Janeiro 2007.<br />
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Postman, N., 1993, The Judgment of Thamus. In: Technopoly – The surren<strong>de</strong>r of culture to technology.<br />
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nível Técnico (SIEP/CNCT). Acessado em 20 Janeiro 2007. <br />
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Projeto <strong>de</strong> lei torna informática obrigatória no Ensino Médio. Tecnologia da informação e convergência, 2007. In:<br />
Revista TIC – Brasil.<br />
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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
GERAÇÃO (SEMI)AUTOMÁTICA DE METADADOS: UM<br />
CONTRIBUTO PARA A RECUPERAÇÃO DE OBJECTOS<br />
DE APRENDIZAGEM<br />
Vitor Gonçalves<br />
Escola Superior <strong>de</strong> Educação – Instituto Politécnico <strong>de</strong> Bragança<br />
Campus <strong>de</strong> Santa Apolónia, Apartado 1101, 5301-856 Bragança<br />
vg@ipb.pt<br />
Eurico Carrapatoso<br />
Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia da Universida<strong>de</strong> do Porto / INESC Porto<br />
Rua Dr. Roberto Frias, s/n 4200-465 Porto<br />
emc@fe.up.pt<br />
RESUMO<br />
A alteração da Lei <strong>de</strong> Bases do Sistema Educativo Português, impulsionada pelo Processo <strong>de</strong> Bolonha, abre várias<br />
oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> utilização do e-Learning não só no âmbito da formação contínua, mas também no contexto da formação<br />
inicial. Tal como em muitas outras instituições, o Moodle foi a opção <strong>de</strong> b-Learning mais natural e viável para a Escola<br />
Superior <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Bragança. Com os recentes cursos (Plano Bolonha) foram i<strong>de</strong>ntificados novos requisitos:<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obter informação actual sobre os programas e conteúdos das diferentes disciplinas para suportar a tomada<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> inscrição em novas disciplinas; exigência <strong>de</strong> uma aprendizagem rápida; e obtenção <strong>de</strong> informação para<br />
suportar processos interdisciplinares. Essa informação resi<strong>de</strong> na plataforma <strong>de</strong> e-Learning. Contudo, o Moodle não possui<br />
um mecanismo <strong>de</strong> pesquisa próprio que permita localizar e recuperar informação sobre os recursos <strong>de</strong> aprendizagem,<br />
garantindo que o objecto <strong>de</strong> aprendizagem propriamente dito não seja visualizado por utilizadores ou alunos não<br />
autorizados. A <strong>geração</strong> (<strong>semi</strong>)<strong>automática</strong> <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> para facilitar a localização e recuperação dos objectos <strong>de</strong><br />
aprendizagem foi a solução encontrada para respon<strong>de</strong>r aos requisitos i<strong>de</strong>ntificados sem afectar a estrutura global do<br />
sistema <strong>de</strong> e-Learning. Assim, este artigo tem como principal objectivo <strong>de</strong>screver as activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> especificação e<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da solução encontrada.<br />
PALAVRAS-CHAVE<br />
e-Learning, <strong>metadados</strong>, ontologias, Web Semântica, RDF, SPARQL.<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
A alteração da Lei <strong>de</strong> Bases do Sistema Educativo Português, impulsionada pelo Processo <strong>de</strong> Bolonha, passou<br />
a reconhecer o conhecimento como um bem universal, a evi<strong>de</strong>nciar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tornar o Ensino<br />
Superior mais atractivo e mais próximo dos interesses da socieda<strong>de</strong>; a admitir a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptar o<br />
processo <strong>de</strong> aprendizagem aos conceitos e perspectivas da socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna e aos meios tecnológicos<br />
disponíveis, a promover a mobilida<strong>de</strong> e a dimensão europeia do Ensino Superior, a fomentar a aprendizagem<br />
ao longo da vida e, por último, a assumir legal e formalmente o ensino a distância como uma das<br />
modalida<strong>de</strong>s especiais <strong>de</strong> educação escolar. Por conseguinte, prefiguram-se vários cenários <strong>de</strong> utilização do<br />
e-Learning não só no âmbito da formação contínua e ensino recorrente, mas também no contexto da<br />
formação inicial do Ensino Superior (licenciaturas e mestrados).<br />
Uma das plataformas <strong>de</strong> e-Learning que mais interesse tem <strong>de</strong>spertado nos últimos anos é o Moodle<br />
Course Management System. Tal como em muitas outras instituições, esta foi a opção <strong>de</strong> e-Learning e <strong>de</strong> b-<br />
Learning mais natural e viável para a Escola Superior <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Bragança (ESEB).<br />
Um sistema <strong>de</strong> e-Learning representa um ambiente <strong>de</strong> aprendizagem, no qual a distribuição <strong>de</strong> conteúdos<br />
multimédia, a interacção social e o apoio na aprendizagem são suportados pela Internet, Intranet ou Extranet.<br />
10
Ao longo dos últimos anos, a ESEB tem vindo a recorrer a vários sistemas <strong>de</strong> informação para a Web<br />
(incluindo os sistemas para suportar a aprendizagem) para disponibilizar o acesso à informação. Mas, a<br />
<strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> conhecimento nem sempre é uma tarefa fácil, já que o processo <strong>de</strong> recuperação, análise e<br />
agregação <strong>de</strong> informação é cada vez mais complicado. A gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação e a discrepância<br />
entre essa informação, a varieda<strong>de</strong> das fontes <strong>de</strong> informação e a falta <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> integração <strong>de</strong>ssas<br />
fontes, bem como as limitações dos mecanismos <strong>de</strong> recuperação, são alguns dos motivos que afectam<br />
negativamente esta situação.<br />
Alguns <strong>de</strong>stes problemas relacionam-se com questões <strong>de</strong> interoperabilida<strong>de</strong> e com a ausência <strong>de</strong><br />
mecanismos <strong>de</strong> pesquisa que permitam procuras num <strong>de</strong>terminado contexto específico. A forma <strong>de</strong> procurar<br />
informação, disponibilizada pelos motores <strong>de</strong> busca actuais, através <strong>de</strong> palavras-chave <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong><br />
significado e contexto, leva a que muitas das vezes a informação passe <strong>de</strong>spercebida, seja difícil <strong>de</strong> localizar<br />
ou, simplesmente, esteja inacessível em bases <strong>de</strong> dados apenas pesquisáveis com aplicações específicas.<br />
A Web foi criada com a visão <strong>de</strong> que seria um espaço on<strong>de</strong> a informação teria um significado bem<br />
<strong>de</strong>finido, facilitando a cooperação e a comunicação entre as pessoas e os agentes <strong>de</strong> software (Berners-Lee et<br />
al., 2001). Passada mais <strong>de</strong> uma década do seu lançamento, essa visão ainda não foi alcançada. A Web<br />
continua organizada na perspectiva dos humanos (linguagem natural e ênfase na apresentação através da<br />
linguagem HTML), o que torna a busca <strong>de</strong> informação uma tarefa árdua. Há que encontrar soluções <strong>de</strong><br />
representação, organização, integração, intercâmbio e compreensão semântica da informação tanto na óptica<br />
dos humanos, como na óptica das máquinas ou dos agentes <strong>de</strong> software. É neste contexto que surge a<br />
<strong>de</strong>nominada Web Semântica (Semantic Web) (W3C, 2001) como um cenário <strong>de</strong>sejável para a Web. A Web<br />
Semântica é uma iniciativa li<strong>de</strong>rada pelo World Wi<strong>de</strong> Web Consortium (W3C), cujo propósito principal é<br />
recomendar e especificar tecnologias e linguagens que facilitem a integração, intercâmbio e compreensão<br />
semântica da informação tanto na óptica dos humanos, como na óptica das máquinas, nomeadamente através<br />
dos <strong>metadados</strong> (dados sobre dados), das ontologias (forma <strong>de</strong> representar explicitamente a semântica dos<br />
dados <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado domínio) e dos agentes <strong>de</strong> software (componente <strong>de</strong> software capaz <strong>de</strong> actuar <strong>de</strong><br />
forma a resolver tarefas em nome do seu utilizador).<br />
A i<strong>de</strong>ia da Web Semântica po<strong>de</strong> resumir-se à seguinte questão: como fazer com que os computadores<br />
entendam o conteúdo da Web? O primeiro passo será organizar e estruturar a informação e o segundo será<br />
adicionar semântica às informações da Web, <strong>de</strong> tal forma que os agentes <strong>de</strong> software as possam compreen<strong>de</strong>r.<br />
Primeiramente, o recurso a <strong>metadados</strong> permitirá registar a estrutura, o contexto e o significado dos recursos<br />
<strong>de</strong> informação, facilitando a recuperação <strong>de</strong> informação. Posteriormente, para esclarecer o significado<br />
universalmente aceite nos diversos domínios do conhecimento, será necessário recorrer às ontologias para<br />
melhor orientar os agentes <strong>de</strong> software. Contudo, a <strong>geração</strong> manual <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> e <strong>de</strong> ontologias tem<br />
limitado o almejado sucesso dos sistemas que recorrem às potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stas duas tecnologias.<br />
Neste sentido, após referir sucintamente os conceitos e o estado da arte do e-Learning e das tecnologias<br />
<strong>de</strong> <strong>metadados</strong>, este artigo apresenta uma proposta para a <strong>geração</strong> (<strong>semi</strong>)<strong>automática</strong> <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> a partir dos<br />
objectos <strong>de</strong> aprendizagem publicados num sistema <strong>de</strong> e-Learning Moodle e explicita sucintamente os<br />
aspectos mais relevantes inerentes às activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> especificação e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento dos módulos<br />
correspon<strong>de</strong>ntes e dos mecanismos <strong>de</strong> pesquisa baseados em <strong>metadados</strong> que corroboram a utilida<strong>de</strong> da<br />
proposta.<br />
2. E-LEARNING<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Genericamente, o e-Learning preocupa-se, por um lado, com a comunicação entre o professor e o aluno<br />
(interacção social e intra-pessoal) e, por outro, com os conteúdos do curso (interacção com os recursos <strong>de</strong><br />
aprendizagem). É esta última componente que interessa no âmbito <strong>de</strong>ste artigo.<br />
Nesta última década surgiram no mercado plataformas a<strong>de</strong>quadas à criação <strong>de</strong> ambientes <strong>de</strong><br />
aprendizagem hipermédia ou sistemas <strong>de</strong> e-Learning que integram tecnologias Web para permitir uma rápida<br />
distribuição e actualização dos conteúdos, tecnologias <strong>de</strong> comunicação para promover a interacção<br />
síncrona/assíncrona e ferramentas <strong>de</strong> autor para a criação <strong>de</strong> aplicações multimédia.<br />
Não menosprezando as vantagens <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>stas plataformas, a verda<strong>de</strong> é que muitas das<br />
experiências <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> e-Learning não têm obtido resultados satisfatórios <strong>de</strong>vido, por<br />
um lado, ao tipo <strong>de</strong> matérias e <strong>de</strong> <strong>de</strong>stinatários e, por outro, aos conteúdos disponibilizados.<br />
11
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
No primeiro caso, justifica-se que o e-Learning tenda a ser complementado com sessões presenciais (esta<br />
combinação das duas formas <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>signa-se por b-Learning ou Blen<strong>de</strong>d Learning) (Hofmann, 2002),<br />
maximizando os proveitos e minimizando os prejuízos que ambos possam acarretar. No segundo caso, há que<br />
reconhecer <strong>de</strong>finitivamente que a transposição simples e directa dos conteúdos do ensino presencial para um<br />
formato digital (por exemplo, PDF) não é a solução a<strong>de</strong>quada para criar cursos <strong>de</strong> e-Learning com qualida<strong>de</strong><br />
e susceptíveis <strong>de</strong> proporcionar verda<strong>de</strong>iramente a aprendizagem.<br />
As tecnologias, por si só, não são suficientes para obter sistemas <strong>de</strong> e-Learning a<strong>de</strong>quados às<br />
necessida<strong>de</strong>s dos professores e alunos, pelo que o mo<strong>de</strong>lo pedagógico inerente à organização e estruturação<br />
dos conteúdos não <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>scurado.<br />
O reconhecimento <strong>de</strong>sta situação traduziu-se numa constante procura <strong>de</strong> soluções para a criação,<br />
representação e estruturação dos conteúdos <strong>de</strong> aprendizagem, <strong>de</strong>stacando-se os esforços <strong>de</strong> consórcios,<br />
entida<strong>de</strong>s ou iniciativas, tais como: ADL (Advanced Distributed Learning), IMS/GLC (Instructional<br />
Management Systems Global Learning Consortium), IEEE/LTSC (Institute of Electrical and Electronics<br />
Engineers Learning Technology Standards Committee), AICC (Aviation Industry CBT (Computer-Based<br />
Training) Committee), ARIADNE (ARIADNE Foundation), entre outras.<br />
No contexto do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> conteúdos <strong>de</strong> aprendizagem, po<strong>de</strong>mos encontrar sistemas <strong>de</strong><br />
aprendizagem electrónica em 4 etapas distintas <strong>de</strong> evolução (Torres et al., 2006).<br />
A primeira etapa caracteriza-se pela publicação <strong>de</strong> disciplinas ou cursos <strong>de</strong> formação compostos por<br />
conteúdos indivisíveis ou inseparáveis (a baixa granularida<strong>de</strong> dos cursos e dos conteúdos muito dificilmente<br />
permitia a sua combinação e reutilização).<br />
A segunda etapa aposta na publicação dos conteúdos <strong>de</strong> aprendizagem através <strong>de</strong> aplicações simples<br />
(páginas <strong>de</strong> texto, páginas HTML e alguns recursos multimédia). A interacção com os conteúdos centra-se<br />
em objectos <strong>de</strong> aprendizagem (learning objects ou simplesmente LOs) que podiam ser anotados com<br />
<strong>metadados</strong> e distribuídos através <strong>de</strong> IMS-CP (IMS Content Packaging). A granularida<strong>de</strong>, a <strong>de</strong>finição dos<br />
objectivos, a combinação, a reutilização e a interoperabilida<strong>de</strong> dos LOs passaram a ser as principais<br />
preocupações no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> e-cursos.<br />
Os LOs baseiam-se na filosofia da programação por objectos das ciências da computação, pelo que a i<strong>de</strong>ia<br />
é construir pequenas peças <strong>de</strong> instrução para serem reutilizadas em diferentes contextos <strong>de</strong> aprendizagem,<br />
como se <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> LEGO se tratasse. Embora o LOMWG (Learning Objects Metadata Working Group) do<br />
IEEE/LTSC apresente uma <strong>de</strong>finição mais ampla, vamos consi<strong>de</strong>rar um LO como um recurso digital (texto,<br />
imagem, som, ví<strong>de</strong>o, applet Java, filme flash, programa <strong>de</strong> simulação, entre outros componentes distribuídos<br />
por intermédio <strong>de</strong> plug-ins apropriados) que po<strong>de</strong> ser reutilizado para apoiar a aprendizagem.<br />
A granularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um LO po<strong>de</strong> variar da simples imagem ou gráfico até ao currículo completo <strong>de</strong> uma<br />
lição ou curso (LOMWG, 2002). Não obstante, quanto maior for a dimensão do LO, menor será a sua<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reutilização. Logo, quanto maior for a granularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma disciplina ou curso <strong>de</strong><br />
formação, maior é a sua flexibilida<strong>de</strong> e, consequentemente, do sistema <strong>de</strong> e-Learning.<br />
A terceira etapa tem vindo a apostar em especificações para agregar os conteúdos educativos,<br />
nomeadamente especificações simples centradas em sequências <strong>de</strong> objectos <strong>de</strong> aprendizagem, tais como,<br />
IMS-SS (Simple Sequencing), impulsionando a normalização através do SCORM (Sharable Content Object<br />
Resource Mo<strong>de</strong>l). O SCORM é um conjunto <strong>de</strong> normas, especificações e orientações técnicas para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> conteúdos <strong>de</strong> aprendizagem e respectivos <strong>metadados</strong>, <strong>de</strong> modo a garantir a reutilização,<br />
interoperabilida<strong>de</strong>, durabilida<strong>de</strong> e acessibilida<strong>de</strong> (ADL, 2004).<br />
O Mo<strong>de</strong>lo SCORM não é mais do que um manual <strong>de</strong> boas práticas composto <strong>de</strong> 4 manuais técnicos:<br />
1) SCORM Overview Book: disponibiliza a introdução aos conceitos chave do SCORM, entre outras<br />
informações conceptuais;<br />
2) SCORM Content Aggregation Mo<strong>de</strong>l: mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> agregação <strong>de</strong> conteúdos que especifica como<br />
encontrar, combinar, agregar, <strong>de</strong>screver, sequenciar e mover recursos <strong>de</strong> aprendizagem, usando<br />
<strong>metadados</strong> na importação ou exportação entre sistemas;<br />
3) SCORM Run-Time Environment: ambiente <strong>de</strong> execução que especifica como executar os conteúdos e<br />
como registar o percurso do aluno, tendo como objectivo a interoperabilida<strong>de</strong> entre recursos <strong>de</strong><br />
aprendizagem e LMSs (Learning Management Systems);<br />
4) SCORM Sequencing and Navigation: sequenciação e navegação que <strong>de</strong>screve como os conteúdos<br />
po<strong>de</strong>m ser or<strong>de</strong>nados para o aluno.<br />
A quarta etapa avança lentamente para a adopção <strong>de</strong> linguagens <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lação educativas que permitem<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> aprendizagem com maior flexibilida<strong>de</strong> pedagógico-didáctica.<br />
12
Contrariamente às etapas anteriores, é colocada ênfase na personalização dos conteúdos e promovida uma<br />
participação mais activa do aluno no processo <strong>de</strong> aprendizagem, através da mo<strong>de</strong>lação <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
aprendizagem compostas, essencialmente, por cenários ou ambientes, objectivos, activida<strong>de</strong>s, recursos ou<br />
objectos <strong>de</strong> aprendizagem, serviços e perfis. Este processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lação é conhecido por Learning Design e<br />
correspon<strong>de</strong> ao plano ou projecto <strong>de</strong> aprendizagem baseado num <strong>de</strong>terminado método pedagógico que <strong>de</strong>riva<br />
do Instructional Design (processo sistemático <strong>de</strong> tradução dos princípios gerais <strong>de</strong> ensino/aprendizagem em<br />
planos para materiais <strong>de</strong> ensino/aprendizagem, ou seja, a análise sistemática das necessida<strong>de</strong>s dos alunos<br />
<strong>de</strong>ve resultar na planificação das estratégias e materiais mais a<strong>de</strong>quados para satisfazer essas necessida<strong>de</strong>s).<br />
A proposta que mais interesse tem <strong>de</strong>spertado na comunida<strong>de</strong> científica tem sido a especificação IMS-<br />
Learning Design, enquanto especificação que permite a planificação da aprendizagem e a concepção <strong>de</strong><br />
recursos educativos a<strong>de</strong>quados, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da metodologia pedagógica adoptada.<br />
3. METADADOS<br />
Embora não sejam um conceito recente, os <strong>metadados</strong> têm vindo a assumir uma importância crescente no<br />
âmbito da gestão e recuperação <strong>de</strong> informação. Em primeira instância, <strong>metadados</strong> são “dados sobre dados”.<br />
São um conjunto <strong>de</strong> dados estruturados que <strong>de</strong>screvem, explicam e localizam a informação, i.e., tornam mais<br />
fácil recuperar, usar ou controlar um recurso <strong>de</strong> informação (DCMI, 2002).<br />
Os <strong>metadados</strong> não se aplicam apenas a informação textual, mas também a outros recursos digitais tais<br />
como imagens, músicas ou ví<strong>de</strong>os. A adição <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrições textuais a esse tipo <strong>de</strong> recursos tem vindo a ser<br />
uma forma <strong>de</strong> os in<strong>de</strong>xar e catalogar, permitindo melhores resultados na sua localização e recuperação. Os<br />
<strong>metadados</strong> fornecem pistas, rotuladas pelas tags XML, para que as máquinas possam “compreen<strong>de</strong>r” a<br />
informação. Fornecem as bases para que os computadores tenham acesso a camadas <strong>de</strong> conhecimento que<br />
anteriormente só po<strong>de</strong>riam existir ou ser utilizadas pelo cérebro humano através da interpretação do<br />
significado dos documentos. A adição <strong>de</strong> um maior nível semântico à camada <strong>de</strong> informação permitirá que os<br />
computadores possam realizar inferências com vista à <strong>geração</strong> <strong>de</strong> novo conhecimento ou à sua reutilização.<br />
A criação dos <strong>metadados</strong> po<strong>de</strong> ocorrer aquando da criação do recurso <strong>de</strong> informação à qual se referem ou<br />
aquando do processo <strong>de</strong> classificação e in<strong>de</strong>xação do documento. Face à falta <strong>de</strong> especialistas para classificar<br />
e in<strong>de</strong>xar os recursos no contexto <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> e-Learning, muitas vezes a concepção <strong>de</strong> um recurso<br />
digital e a criação dos <strong>metadados</strong> para esse recurso ocorrem ao mesmo tempo e o autor do recurso é também<br />
o autor dos <strong>metadados</strong>, ou seja, o professor.<br />
Os <strong>metadados</strong> po<strong>de</strong>m ser parte integrante do documento ao qual se referem ou estarem armazenados num<br />
documento diferente daquele que contem a informação propriamente dita. É <strong>de</strong>sejável que os <strong>metadados</strong> e os<br />
dados do recurso sejam mantidos em documentos separados para permitir diferentes graus <strong>de</strong> acesso aos<br />
<strong>metadados</strong> (po<strong>de</strong> haver necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> disponibilizar uma maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> a um professor do<br />
que a um aluno), para oferecer diferentes <strong>de</strong>scrições consoante o contexto (aquando da reutilização <strong>de</strong> um<br />
recurso por diferentes autores, po<strong>de</strong> haver necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r a alterações somente nos <strong>metadados</strong>,<br />
mantendo-se inalterável o recurso e vice-versa) ou mesmo para fornecer diferentes manifestações <strong>de</strong> um<br />
objecto conceptual (um documento textual em PDF e o mesmo documento numa versão áudio armazenada<br />
num ficheiro MP3 referidas na mesma <strong>de</strong>scrição ou <strong>metadados</strong>). Esta estratégia po<strong>de</strong> não ser necessária, ou<br />
mesmo a<strong>de</strong>quada, se a linguagem para a <strong>de</strong>scrição dos recursos permitir a riqueza semântica suficiente, como<br />
é o caso da RDF (Resource Description Framework).<br />
O esquema <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> mais popular é o DCM ou Dublin Core Metadata (não esquecendo o MARC 21<br />
Concise Format for Bibliographic Data no âmbito das bibliotecas e centros <strong>de</strong> documentação), enquanto que<br />
o LOM ou Learning Object Metadata é o mais utilizado no campo da Educação. Contudo, a RDF é a<br />
proposta que mais se <strong>de</strong>staca no contexto particular da Web Semântica, uma vez que é uma recomendação<br />
W3C e permite expressar os conjuntos <strong>de</strong> elementos <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> dos esquemas DCM e LOM.<br />
3.1 Dublin Core Metadata<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
As normas <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> NISO Z39.85-2001 e ISO 15836-2003, que dizem respeito à especificação formal<br />
do Dublin Core Metadata Element Set (DCMES), correspon<strong>de</strong>m a um conjunto <strong>de</strong> especificações para a<br />
<strong>de</strong>scrição dos recursos da informação <strong>de</strong> um qualquer domínio do conhecimento através <strong>de</strong> um vocabulário<br />
13
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
<strong>de</strong> 15 elementos. O DCMES usa quinze elementos (<strong>de</strong>signados Core Elements) para <strong>de</strong>screver qualquer<br />
recurso <strong>de</strong> informação (DCMI, 2002):<br />
• Title (título ou nome atribuído ao recurso);<br />
• Creator (entida<strong>de</strong> responsável pela criação ou existência do recurso);<br />
• Subject (assunto e palavras-chave que caracterizam o conteúdo do recurso);<br />
• Description (<strong>de</strong>scrição ou resumo do conteúdo do recurso);<br />
• Publisher (entida<strong>de</strong> responsável por editar, publicar ou manter acessível o recurso);<br />
• Contributor (entida<strong>de</strong> responsável por qualquer contribuição para o conteúdo do recurso);<br />
• Date (data inerente à criação ou publicação do recurso);<br />
• Type (tipo, função, natureza ou género do recurso);<br />
• Format (formato do recurso: físico ou digital, tamanho ou duração);<br />
• I<strong>de</strong>ntifier (referência para i<strong>de</strong>ntificar o recurso num <strong>de</strong>terminado contexto: URI, ISBN, etc.);<br />
• Source (referência a um recurso <strong>de</strong> on<strong>de</strong> o recurso actual <strong>de</strong>riva);<br />
• Language (língua do conteúdo intelectual do recurso: pt, en, fr);<br />
• Relation (referência a um recurso relacionado);<br />
• Coverage (extensão, alcance ou âmbito do recurso);<br />
• Rights (gestão dos direitos: direitos <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> intelectual, direitos <strong>de</strong> autor, entre outros).<br />
A norma Dublin Core Metadata (DCM) inclui dois níveis para a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> recursos: simples (simple) e<br />
qualificado (qualified). Os esquemas <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> que usam apenas os quinze elementos mencionados<br />
<strong>de</strong>signam-se por Simple Dublin Core Metadata. Cada um <strong>de</strong>stes quinze elementos po<strong>de</strong> ser refinado com<br />
recurso a um conjunto limitado <strong>de</strong> qualificadores (Dublin Core Qualifiers). Os esquemas <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> que,<br />
para além dos 15 elementos que constituem o DCMES, usam outros elementos (Audience, Provenance,<br />
RightsHol<strong>de</strong>r, accrualMethod, accrualPeriodicity, accrualPolicy, instructionalMethod) e os elementos <strong>de</strong><br />
refinamento <strong>de</strong>signam-se por Qualified Dublin Core Metadata (Hillmann, 2005).<br />
Tanto o Simple DC como o Qualified DC, para além <strong>de</strong> serem expressos em XML (eXtensible Markup<br />
Language), também po<strong>de</strong>m ser codificados em: Expressing Simple Dublin Core in RDF/XML e Expressing<br />
Qualified Dublin Core in RDF/XML.<br />
No contexto das ferramentas para o e-Learning, o editor eXe (eLearning XHTML editor) é uma das<br />
ferramentas que usa a especificação DCM para anotar os objectos <strong>de</strong> aprendizagem.<br />
3.2 Learning Object Metadata<br />
Os <strong>metadados</strong> LOM (Learning Object Metadata) são uma norma ou especificação que permite <strong>de</strong>screver e<br />
facilitar a localização e a recuperação <strong>de</strong> LOs. Os atributos que permitem a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> um LO po<strong>de</strong>m ser<br />
agrupados em nove categorias (LOMWG, 2002):<br />
• Geral (General) - refere-se a informação geral que <strong>de</strong>screve o LO como um todo;<br />
• Ciclo <strong>de</strong> vida (Lifecycle) - agrupa os atributos referentes ao ciclo <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> um recurso: a história <strong>de</strong><br />
um LO e respectivos contributos para essa evolução, para além dos inerentes ao estado actual <strong>de</strong>sse LO;<br />
• Meta-<strong>metadados</strong> (Metametadata) - reúne informações sobre a própria instância dos <strong>metadados</strong> (em vez<br />
do LO que a instância do metadado <strong>de</strong>screve). Ou seja, <strong>de</strong>screve os <strong>metadados</strong> que in<strong>de</strong>xam o LO;<br />
• Técnica (Technical) - agrupa os requisitos e características técnicas do LO;<br />
• Educacional (Educational) - agrupa os atributos pedagógicos do LO;<br />
• Direitos (Rights) - agrupa os direitos <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> intelectual e condições <strong>de</strong> utilização do LO;<br />
• Relação (Relation) – inci<strong>de</strong> nos atributos inerentes às relações entre recursos, ou seja, agrupa<br />
características que <strong>de</strong>finem a relação entre o LO e outros objectos educacionais correlacionados;<br />
• Anotação (Annotation) - permite comentários sobre o uso educacional do LO e provê informação <strong>de</strong><br />
quando e por quem foram criados os comentários;<br />
• Classificação (Classification) - <strong>de</strong>screve a posição do LO em relação a um sistema <strong>de</strong> classificação - UDC<br />
(Universal Decimal Classification) ou ARIADNE, etc.<br />
Tal como para o DCM, têm também vindo a ser <strong>de</strong>senvolvidos esforços para <strong>de</strong> expressar o LOM em<br />
RDF (Nilsson et al., 2003): Draft IEEE Learning Object Metadata RDF binding (IEEE LTSC P1484.12.4).<br />
No contexto das ferramentas para o e-Learning, o RELOAD editor, RELOAD LD editor e LomPad são<br />
algumas das ferramentas que usam a especificação LOM para anotar os objectos <strong>de</strong> aprendizagem.<br />
14
3.3 Resource Description Framework<br />
A Resource Description Framework (RDF) é uma framework, tecnologia ou linguagem para representar<br />
informação na Web (Lassila e Swick, 1999). A RDF é uma linguagem que permite a codificação, o<br />
intercâmbio e a reutilização <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> estruturados (Daconta et al., 2003). Basicamente, a RDF fornece<br />
uma forma <strong>de</strong> associar proprieda<strong>de</strong>s a recursos, através <strong>de</strong> statements. Um statement (<strong>de</strong>claração) tem três<br />
componentes: resource (recurso), property (proprieda<strong>de</strong>) e value (valor), através dos quais é possível<br />
<strong>de</strong>screver os recursos <strong>de</strong> informação dis<strong>semi</strong>nados na re<strong>de</strong>, <strong>de</strong>finindo recursos e i<strong>de</strong>ntificando as suas<br />
proprieda<strong>de</strong>s e valores. Mas uma proprieda<strong>de</strong> po<strong>de</strong> representar também o relacionamento entre recursos. Para<br />
<strong>de</strong>finir o significado, as características e as relações entre recursos recorremos ao Esquema RDF (RDF<br />
Schema ou RDFS). Po<strong>de</strong>mos resumir uma <strong>de</strong>claração como “o recurso (sujeito) possui a proprieda<strong>de</strong> (predicado)<br />
com o valor (objecto). Por exemplo, a <strong>de</strong>claração teria<br />
o significado: A página http://www.vgportal.ipb.pt (recurso) tem como autor (proprieda<strong>de</strong>) Vitor Gonçalves<br />
(valor), tal como se po<strong>de</strong> ver no grafo da figura 1.<br />
Figure 1. Grafo <strong>de</strong> um Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Dados RDF<br />
Ou seja, um conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrições RDF <strong>de</strong>screve um recurso. Se aplicarmos a sintaxe RDF baseada em<br />
XML ao grafo acima obtemos o seguinte código:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Vitor Gonçalves<br />
<br />
<br />
Num diagrama <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> dados, um objecto po<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>r a outro recurso i<strong>de</strong>ntificado por um<br />
URI, uma string ou outro qualquer tipo <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>finido em XML. Por exemplo, se necessitarmos fornecer<br />
mais informação sobre o autor (e-mail e instituição), o valor “Vitor Gonçalves” teria que ser substituído por<br />
um recurso (i<strong>de</strong>ntificado por um URI) com as proprieda<strong>de</strong>s (nome, e-mail e instituição).<br />
Figure 2. Grafo <strong>de</strong> um Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Dados RDF<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Mas, mesmo assim, há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> especificar que <strong>de</strong>verá ser indiferente usar como i<strong>de</strong>ntificação<br />
“Gonçalves, Vitor”, “Vitor Gonçalves” ou “Vitor M. B. Gonçalves”, pois o mecanismo <strong>de</strong> busca interpretálos-á<br />
correctamente, já que cada proprieda<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong> a um tipo <strong>de</strong>finido globalmente. Um exemplo<br />
similar é a confusão entre datas do tipo UK (dia/mês/ano) e do tipo US (mês/dia/ano) (Thompson, 2004).<br />
A RDF não fornece a informação suficiente para que uma máquina (aplicação ou agente <strong>de</strong> software)<br />
perceba que o valor <strong>de</strong> uma proprieda<strong>de</strong> que representa um autor é uma referência a uma pessoa e não a uma<br />
instituição, localida<strong>de</strong> ou veículo. Necessitamos <strong>de</strong> um esquema que vali<strong>de</strong> as afirmações expressas em RDF.<br />
Necessitamos do esquema RDFS ou <strong>de</strong> outra proposta ontológica (OWL é a recomendação do W3C).<br />
Genericamente, o RDF Core (termo utilizado para distinguir o núcleo RDF do esquema RDFS) <strong>de</strong>fine<br />
como <strong>de</strong>screver as proprieda<strong>de</strong>s e os valores dos recursos, enquanto que o RDF Schema <strong>de</strong>fine as<br />
proprieda<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m ser utilizadas para <strong>de</strong>finir esquemas.<br />
15
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
4. GERAÇÃO AUTOMÁTICA DE METADADOS<br />
Esta secção tem por objectivo apresentar um protótipo para a <strong>geração</strong> (<strong>semi</strong>)<strong>automática</strong> <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> a partir<br />
dos LOs publicados num sistema <strong>de</strong> e-Learning Moodle com vista a facilitar a localização e recuperação dos<br />
conteúdos educativos ou simplesmente <strong>de</strong> informações acerca <strong>de</strong>sses conteúdos (i.e. <strong>metadados</strong>).<br />
Primeiramente convém referir os parâmetros principais que influenciaram a escolha da plataforma Moodle:<br />
• É um software Open Source, permitindo o seu uso e modificação, respeitando a licença GNU;<br />
• Baseia-se no Construtivismo, nomeadamente no Construcionismo Social;<br />
• Oferece um ambiente intuitivo e agradável caracterizado pela flexibilida<strong>de</strong> e facilida<strong>de</strong> na navegação;<br />
• Disponibiliza <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> recursos e activida<strong>de</strong>s suficientes para a criação on-line <strong>de</strong> LOs,<br />
evitando que os professores se limitem a disponibilizar apenas documentos PDF, Word ou Power Point;<br />
• Permite a importação e execução <strong>de</strong> pacotes SCORM <strong>de</strong>senvolvidos em editores (tais como: Editor eXe<br />
e Editor RELOAD e Editor Reload Learning Design) facilitando o intercâmbio e reutilização <strong>de</strong> LOs;<br />
• A inclusão <strong>de</strong> Learning Design através <strong>de</strong> um motor <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> aprendizagem é<br />
possível através da integração com sistema LAMS (Learning Activity Management System);<br />
• É um ambiente modular, permitindo o <strong>de</strong>senvolvimento e a adição <strong>de</strong> novos módulos e blocos.<br />
Tal como referimos, os cursos a<strong>de</strong>quados ao processo <strong>de</strong> Bolonha originaram a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> novos<br />
requisitos. Referíamo-nos mais concretamente ao seguinte:<br />
• Os cursos a<strong>de</strong>quados ao processo <strong>de</strong> Bolonha permitem que os alunos possam escolher disciplinas <strong>de</strong><br />
outros cursos para complementarem o seu plano <strong>de</strong> estudo. Para tal, necessitam <strong>de</strong> informação actual<br />
sobre os programas e conteúdos leccionados nas diferentes disciplinas para po<strong>de</strong>rem tomar <strong>de</strong>cisões.<br />
• Reconhece-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há muito tempo que a prática da interdisciplinarida<strong>de</strong> é relevante para o processo<br />
<strong>de</strong> aprendizagem e <strong>de</strong> formação do aluno. Mas, o diálogo entre professores nem sempre é possível e<br />
muitas vezes a interdisciplinarida<strong>de</strong> fica apenas manifestada nos planos, por falta <strong>de</strong> acesso a<br />
informação sobre o processo <strong>de</strong> aprendizagem das restantes disciplinas do mesmo curso.<br />
Essa informação resi<strong>de</strong> na plataforma <strong>de</strong> e-Learning. Contudo, o Moodle não possui um mecanismo <strong>de</strong><br />
pesquisa próprio que permita localizar e recuperar informação sobre os LOs, garantindo que o LO<br />
propriamente dito não seja visualizado por alunos não autorizados. Mas, para realizar esse tipo pesquisas, os<br />
LOs <strong>de</strong>vem previamente ser <strong>de</strong>scritos através <strong>de</strong> <strong>metadados</strong>. No entanto, o Moodle não permite a anotação<br />
dos LOs (recursos e activida<strong>de</strong>s) criados on-line na plataforma. A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> importação <strong>de</strong> pacotes<br />
SCORM, IMS-CP e IMS-LD permite adicionar LOs <strong>de</strong>scritos com <strong>metadados</strong>. Contudo, a observação da<br />
prática docente mostrou-nos que muito raramente os professores o faziam.<br />
Com vista a livrar o professor do processo tedioso <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver semanticamente os recursos e evitar<br />
eventuais erros <strong>de</strong> anotação por falta <strong>de</strong> familiarização com as especificações, exigia-se que a <strong>de</strong>scrição dos<br />
LOs fosse automatizada tanto quanto possível. Neste sentido, a solução mais natural passou pela criação <strong>de</strong><br />
dois módulos para anotação (<strong>semi</strong>)<strong>automática</strong> <strong>de</strong> <strong>metadados</strong>. Um em conformida<strong>de</strong> com a especificação<br />
DCMES e o outro <strong>de</strong> acordo com a especificação IEEE-LOM (e IMS-LRM para LOM), <strong>de</strong>ixando a <strong>de</strong>cisão<br />
da escolha para o professor. Embora a norma LOM seja a mais a<strong>de</strong>quada para <strong>de</strong>screver LOs, alguns dos<br />
recursos e activida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ser anotados com DCMES, não só porque o grau <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> é menor,<br />
mas também porque no caso <strong>de</strong> artigos, posters, manuais ou referências documentais po<strong>de</strong>rá ser a<br />
especificação mais a<strong>de</strong>quada. Não obstante, posteriormente uns po<strong>de</strong>m ser mapeados nos outros caso o<br />
professor <strong>de</strong>cida alterar a especificação que <strong>de</strong>screve os LOs da sua disciplina.<br />
No caso do módulo <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> DCMES, dos 15 elementos do Simple DC, treze são gerados<br />
automaticamente, e dos 22 elementos e 33 qualificadores do Qualified DC, 30 são gerados automaticamente.<br />
Destes, os formadores do caso <strong>de</strong> estudo i<strong>de</strong>ntificaram 11 elementos sobre os quais ocasionalmente têm<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r a alterações. No caso do módulo <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> LOM, dos 35 (sub)elementos que<br />
compõem o Simple LOM (elementos e sub-elementos seleccionados para formar um perfil ou esquema <strong>de</strong><br />
<strong>metadados</strong> menos complexo para <strong>de</strong>screver os LOs do Moodle), 28 foram gerados automaticamente, e dos 58<br />
elementos e sub-elementos do Complete LOM (versão completa da especificação IEEE-LOM 1484.12.3/D2-<br />
2004), normalmente 46 elementos são gerados automaticamente (este valor po<strong>de</strong>rá ser ligeiramente inferior<br />
caso o tipo <strong>de</strong> LOs <strong>de</strong>rive <strong>de</strong> um módulo <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> novo). Destes, apenas 9 elementos foram i<strong>de</strong>ntificados<br />
pelos formadores <strong>de</strong>ste caso <strong>de</strong> estudo como elementos em que pontualmente têm necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r a<br />
alterações. A maioria dos elementos é gerada com base na informação textual dos LOs ou outras informações<br />
existentes na base <strong>de</strong> dados do sistema Moodle, à excepção da extracção <strong>de</strong> palavras-chave que se baseia em<br />
16
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
algoritmos que inci<strong>de</strong>m na correspondência dos termos com a ontologia do sistema. Não obstante, para<br />
melhorar a fase <strong>de</strong> extracção <strong>de</strong> palavras têm vindo a ser estudadas alternativas baseadas nos trabalhos <strong>de</strong><br />
Ferreira e Kofuji (2006), Lourenso (2005), Shi e outros (2003), Han e outros (2003); Takasu (2003) e<br />
Barbosa (2003).<br />
Figure 3. Geração <strong>automática</strong> <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> e recuperação <strong>de</strong> LOs<br />
A proposta acima ilustra os principais componentes <strong>de</strong>senvolvidos em PHP (dois módulos que<br />
correspon<strong>de</strong>m a duas activida<strong>de</strong>s distintas, um bloco <strong>de</strong> pesquisa baseado nos <strong>metadados</strong> armazenados na<br />
base <strong>de</strong> dados do Moodle e um motor SPARQL/RDQL baseado nos <strong>metadados</strong> em RDF/XML), a sua<br />
integração e as principais funções:<br />
1. No contexto <strong>de</strong> uma disciplina do sistema <strong>de</strong> e-Learning, o(s) professor(es) po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>screver as suas<br />
activida<strong>de</strong>s ou recursos (LOs) adicionando a activida<strong>de</strong> “Metadados LOM” ou “Metadados DCMES”;<br />
2. Seleccionado o LO, os <strong>metadados</strong> são gerados automaticamente e o professor é convidado a<br />
complementá-los ou alterá-los;<br />
3. Caso proceda a alterações <strong>de</strong>verá gravar para gerar os <strong>metadados</strong> que serão armazenados na pasta<br />
“metadata” da disciplina (caso não exista será criada automaticamente) no formato RDF/XML;<br />
4. O processo <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> LOs po<strong>de</strong> ser efectuado através dos registos <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> existentes na base<br />
<strong>de</strong> dados do Moodle ou através dos ficheiros RDF/XML gerados automaticamente;<br />
5. A pesquisa baseada na base <strong>de</strong> dados permite consultar todos os LOs pelo nome do criador, professor,<br />
palavras-chave, assunto ou escolhendo um dos elementos <strong>de</strong> uma das normas. É possível pesquisar em<br />
todos os cursos ou apenas nos cursos do utilizador ou num <strong>de</strong>terminado curso específico. Caso o<br />
utilizador não tenha autorização para visualizar os LOs <strong>de</strong>volvidos, po<strong>de</strong> no entanto ver os <strong>metadados</strong><br />
<strong>de</strong> acordo com as <strong>de</strong>finições atribuídas pelo professor/criador dos <strong>metadados</strong>;<br />
6. Uma vez que a disciplina po<strong>de</strong> conter pacotes SCORM/IMS recheados <strong>de</strong> <strong>metadados</strong>, para além dos<br />
ficheiros gerados pelos módulos, foi <strong>de</strong>senvolvido também um motor SPARQL/RDQL em PHP<br />
recorrendo a RDF API for PHP para realizar consultas directamente nos ficheiros RDF/XML.<br />
7. O resultado <strong>de</strong>volvido em XML é formatado recorrendo a folhas <strong>de</strong> estilo em linguagem XSL<br />
(eXtensible Style Language). Com vista a tirar partido das potencialida<strong>de</strong>s da linguagem RDQL,<br />
GRDDL-Microformat Extration e SQL-SPARQL Bridge e das tecnologias <strong>de</strong> ontologias e regras <strong>de</strong><br />
inferência (RDFS, OWL e SWRL) este módulo continua em <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
A opção <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver os dois tipos <strong>de</strong> pesquisa (uma baseada na base <strong>de</strong> dados e a outra baseada nos<br />
documentos RDF/XML) teve como finalida<strong>de</strong> permitir a comparação da utilização das tecnologias para a<br />
Web Semântica com a tecnologia SQL convencional. O bloco <strong>de</strong> pesquisa baseado em <strong>metadados</strong><br />
armazenados na base <strong>de</strong> dados permitiu satisfazer os requisitos <strong>de</strong> alunos e professores. No entanto, o motor<br />
<strong>de</strong> pesquisa SPARQL/RDQL permitiu maximizar as potencialida<strong>de</strong>s dos <strong>metadados</strong> ao orientar as inferências<br />
através da ontologia do sistema e, consequentemente, obter resultados mais precisos e navegar nas relações<br />
entre os LOs. O domínio da ontologia para o sistema <strong>de</strong> e-Learning e as principais classes e relações são<br />
ilustradas no mo<strong>de</strong>lo gráfico da figura 4.<br />
Comparando com alguns trabalhos <strong>de</strong> <strong>geração</strong> (<strong>semi</strong>)<strong>automática</strong> <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> e <strong>de</strong> ontologias que<br />
surgiram nestes últimos 3 anos, não encontramos nenhum com aplicação directa numa plataforma <strong>de</strong> e-<br />
Learning. Aqueles que tinham aplicação em sistemas <strong>de</strong> e-Learning, embora recorressem a frameworks<br />
(Jena) e motores <strong>de</strong> inferência baseados em <strong>metadados</strong> e ontologias, não efectuavam <strong>geração</strong> <strong>automática</strong> <strong>de</strong><br />
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<strong>metadados</strong> ou estavam <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> uma única especificação. Não obstante, projectos como ELENA<br />
(2006), MOSAICA (2006) e LUISA (2006) têm vindo a <strong>de</strong>senvolver esforços para garantir este requisito.<br />
5. CONCLUSÃO<br />
Figure 4. Ontologia para o sistema <strong>de</strong> e-Learning<br />
A primeira <strong>geração</strong> da WWW preocupou-se com a implementação da infra-estrutura tecnológica da Web (o<br />
conteúdo era disponibilizado através <strong>de</strong> páginas estáticas), a segunda incidiu na construção <strong>de</strong> aplicações<br />
Web (o conteúdo passou também a ser disponibilizado através <strong>de</strong> páginas dinâmicas geradas a partir <strong>de</strong> BD)<br />
e, actualmente, a terceira avança rumo a uma Web <strong>de</strong> Dados – a Web Semântica (Gonçalves, 2007).<br />
A XML assume-se como uma tecnologia flexível que fornece a sintaxe normalizada para documentos<br />
estruturados, através da qual o significado po<strong>de</strong> ser comunicado in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da plataforma, sistema<br />
operativo ou aplicação, facultando a criação <strong>de</strong> uma estrutura arbitrária nos documentos, mas nada diz acerca<br />
do significado <strong>de</strong>ssa estrutura. Esta tarefa é <strong>de</strong>ixada para as tecnologias <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> ou metalinguagens<br />
(RDF(S)/OWL) que permitem <strong>de</strong>screver a informação <strong>de</strong> forma não ambígua para <strong>de</strong>pois ser processada<br />
pelas máquinas (Thompson, 2004).<br />
A proposta apresentada neste artigo po<strong>de</strong> ser experimentada em http://www.easy-learning.ipb.pt e<br />
constitui mais um pequeno passo rumo à tão almejada Web Semântica. Em última instância, o motor <strong>de</strong><br />
pesquisa po<strong>de</strong>ria ser aplicado a um nível superior integrando os diversos sistemas <strong>de</strong> e-Learning Moodle<br />
distribuídos, por exemplo, pelas diversas escolas secundárias.<br />
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Takasu, A. (2003). Bibliographic attribute extraction from erroneous references based on a statistical mo<strong>de</strong>l, Proceedings<br />
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W3C (2001). Semantic Web Activity. World Wi<strong>de</strong> Web Consortium. Disponível em: http://www.w3.org/2001/sw/<br />
19
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
MAPEAMENTO E ANÁLISE DAS TROCAS<br />
INTERINDIVIDUAIS EM AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A<br />
DISTÂNCIA<br />
Patrícia B. Scherer Bassani<br />
Centro Universitário Feevale - Brasil<br />
patriciab@feevale.br<br />
Patricia Behar<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul - Brasil<br />
pbehar@terra.com.br<br />
RESUMO<br />
Este artigo apresenta um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> visualização das trocas interindividuais entre os sujeitos participantes <strong>de</strong> um curso à<br />
distância. Este mo<strong>de</strong>lo teve como eixo norteador a concepção construtivista-interacionista <strong>de</strong> aprendizagem e culminou<br />
com a implementação da ferramenta interROODA, incorporada ao ambiente virtual ROODA. A validação do mo<strong>de</strong>lo foi<br />
realizada a partir dos dados coletados por meio <strong>de</strong>sta ferramenta, durante o ano <strong>de</strong> 2005. A partir dos dados coletados,<br />
buscou-se <strong>de</strong>linear possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interpretação das interações mapeadas, à luz do mo<strong>de</strong>lo proposto, <strong>de</strong> forma a<br />
potencializar os processos <strong>de</strong> avaliação da aprendizagem na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> educação a distância.<br />
PALAVRAS-CHAVE<br />
Ambientes virtuais <strong>de</strong> aprendizagem, educação a distância, avaliação da aprendizagem<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
O ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem ROODA (Re<strong>de</strong> cOOperativa De Aprendizagem) faz parte dos estudos<br />
vinculados ao projeto “Desenvolvimento <strong>de</strong> ambientes virtuais <strong>de</strong> aprendizagem e metodologias didáticopedagógicas<br />
para Educação a Distância da UFRGS”, que vêm sendo <strong>de</strong>senvolvidos pela equipe<br />
interdisciplinar do NUTED (Núcleo <strong>de</strong> Tecnologia Digital Aplicada à Educação - Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação –<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul).<br />
Os conceitos <strong>de</strong> re<strong>de</strong>, cooperação e aprendizagem <strong>de</strong>ram origem ao nome do ambiente ROODA e<br />
fundamentam sua concepção (Behar et al, 2001). O conceito <strong>de</strong> re<strong>de</strong> envolve tanto a interconexão <strong>de</strong><br />
computadores quanto a interação entre as pessoas (alunos, professores), envolvidas em cursos/aulas<br />
utilizando o ambiente. As concepções <strong>de</strong> aprendizagem e <strong>de</strong> cooperação estão embasadas nos pressupostos<br />
<strong>de</strong> Piaget. Nesta perspectiva, o ambiente ROODA contempla ferramentas que possibilitam encontros virtuais<br />
e espaços <strong>de</strong> convivência, <strong>de</strong> forma a permitir aos usuários o encontro casual, o <strong>de</strong>bate e a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong><br />
pontos <strong>de</strong> vista. O ambiente foi <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong> forma a potencializar espaços <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> e autonomia aos<br />
estudantes durante o processo <strong>de</strong> construção do conhecimento, enten<strong>de</strong>ndo a interação como princípio<br />
fundamental da aprendizagem.<br />
As relações que se constituem a partir das interações entre os participantes <strong>de</strong> um curso caracterizam o<br />
ambiente, relações expressadas nas discussões que acontecem por meio do ambiente, nos encontros<br />
planejados ou não. Cada participante <strong>de</strong> um ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem vai construindo seu percurso<br />
<strong>de</strong> aprendizagem permeado pelo outro/coletivo. Dessa forma, viu-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construir um<br />
mecanismo interno <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> interações realizadas entre os sujeitos participantes, geradas/proporcionadas<br />
pela estrutura do ambiente, tanto numa perspectiva quantitativa quanto qualitativa.<br />
Nesta perspectiva, a ferramenta interROODA tem por objetivo mapear os fluxos <strong>de</strong> interação que se<br />
constituem no ambiente. É composta por dois módulos complementares:<br />
20
a) Acompanhamento <strong>de</strong> acesso e freqüência;<br />
b) Trocas interindividuais.<br />
O módulo Acompanhamento <strong>de</strong> acesso e freqüência apresenta dados quantitativos referentes à presença<br />
no ambiente ROODA, envolvendo acessos ao ambiente, aos cursos/disciplinas e às funcionalida<strong>de</strong>s<br />
disponíveis, além <strong>de</strong> acesso aos textos/mensagens postadas em cada ferramenta.<br />
O módulo Trocas interindividuais busca mapear a dinâmica das interações que se constituem entre os<br />
sujeitos participantes <strong>de</strong> um ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem (AVA). Este módulo busca mapear as trocas<br />
qualitativas numa perspectiva Piagetiana (1973), on<strong>de</strong> se enten<strong>de</strong> que o valor <strong>de</strong> uma proposição (ou<br />
mensagem postada) está diretamente relacionado ao reconhecimento e à valorização que a ela lhe é conferida<br />
pelo outro (colega).<br />
Neste estudo, enten<strong>de</strong>-se que este mapeamento po<strong>de</strong>rá facilitar o processo <strong>de</strong> avaliação da aprendizagem,<br />
permitindo, ao professor, a análise do processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> conhecimento dos alunos, a partir do<br />
acompanhamento <strong>de</strong> sua produção individual. Por outro lado, possibilita, ao aluno, a regulação <strong>de</strong> seus<br />
processos <strong>de</strong> pensamento e aprendizagem.<br />
Este artigo se propõe a apresentar o mo<strong>de</strong>lo proposto para o mapeamento das trocas interindividuais e<br />
<strong>de</strong>linear uma proposta metodológica para análise <strong>de</strong>stas interações, a fim <strong>de</strong> potencializar o processo <strong>de</strong><br />
avaliação da aprendizagem em ambientes <strong>de</strong> educação a distância (EAD).<br />
2. MAPEAMENTO DAS TROCAS INTERINDIVIDUAIS<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
O mapeamento das trocas interindividuais busca refletir a dinâmica das interações que se constituem entre os<br />
sujeitos participantes <strong>de</strong> um curso disponibilizado via AVA.<br />
De acordo com Piaget (1973), uma troca <strong>de</strong> pensamento entre dois sujeitos (s1 e s2) po<strong>de</strong> ser assim<br />
representada: s1 enuncia uma proposição (falsa ou verda<strong>de</strong>ira); s2 encontra-se <strong>de</strong> acordo (ou não, em<br />
diversos graus); o acordo (ou <strong>de</strong>sacordo) une s2 pela continuação das trocas; o engajamento <strong>de</strong> s2 confere a<br />
proposição <strong>de</strong> s1 um valor <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> (positivo ou negativo) tornando válida (ou não) as trocas futuras entre<br />
os sujeitos.<br />
Ainda conforme o autor, em toda socieda<strong>de</strong> existe uma escala <strong>de</strong> valores, que po<strong>de</strong>m ser provenientes <strong>de</strong><br />
várias fontes, interesses/gostos individuais, valores coletivos impostos (por exemplo: religião/moda) ou<br />
regras morais/jurídicas. Sendo assim, toda a ação/trabalho/serviço, atual ou virtualmente, realizados por um<br />
sujeito é suscetível <strong>de</strong> ser avaliado e comparado segundo algumas relações <strong>de</strong> valores, que constituem uma<br />
escala <strong>de</strong> valores, e que “um mesmo indivíduo po<strong>de</strong> conhecer simultaneamente várias escalas.(...) toda ação<br />
ou reação <strong>de</strong> um indivíduo, analisado segundo sua escala pessoal, repercute necessariamente sobre os<br />
outros indivíduos” (p. 118-119).<br />
Nesta perspectiva, o valor <strong>de</strong> uma proposição está diretamente relacionado ao reconhecimento e à<br />
valorização que a ela lhe é conferida pelo outro (colega/parceiro), <strong>de</strong> modo que “o indivíduo α é valorizado<br />
por α’ proporcionalmente ao serviço que lhe foi prestado” (Piaget, 1973). Isto equivale à combinação vα =<br />
rα. Entretanto, em <strong>de</strong>terminadas situações po<strong>de</strong> ocorrer supervalorização (ou <strong>de</strong>svalorização) do s1 pelo s2 e,<br />
assim, a troca <strong>de</strong> valores po<strong>de</strong> apresentar outras combinações interessantes:<br />
a) o serviço prestado por s1 (neste caso a proposição enunciada/mensagem postada no AVA) é maior que<br />
a satisfação do s2 (rα > sα’), neste caso, s1 “trabalha com prejuízo”;<br />
b) o serviço prestado por s1 é menor que a satisfação do s2 (rα < sα’), neste caso, s1 foi beneficiado, ou<br />
ainda, o “trabalho fácil é coroado <strong>de</strong> sucesso superior a seu esforço” ;<br />
c) o s2 não quer reconhecer o serviço prestado pelo s1, esquecendo a satisfação que lhe foi gerada (rα’ ><br />
tα’);<br />
d) há uma superavaliação do s1 pelo s2 (sα’ > tα’).<br />
Destaca-se que, para Piaget (1973), “cada um po<strong>de</strong> perceber, com efeito, se seus atos são avaliados mais<br />
alto do que lhe custaram, menos alto ou com equivalência entre o resultado e o esforço <strong>de</strong>spendido” (p.<br />
124).<br />
O fluxograma abaixo (figura 1) representa a dinâmica das trocas <strong>de</strong> pensamento, na perspectiva<br />
Piagetiana.<br />
21
sα’<br />
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
concorda<br />
s1<br />
enuncia<br />
proposição<br />
s2<br />
reconhece tα’<br />
valida<strong>de</strong> sim<br />
rα<br />
Figura 1. Dinâmica das trocas interindividuais<br />
Costa (2003), nos estudos sobre a teoria piagetiana dos valores, aponta que são 2 (dois) os principais tipos<br />
<strong>de</strong> trocas sociais que ocorrem em ambientes <strong>de</strong> ensino-aprendizagem:<br />
a) produção <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> alunos e professores: envolvendo textos, ví<strong>de</strong>os, figuras e quaisquer outros<br />
tipos <strong>de</strong> documentos que os interagentes compartilham entre si;<br />
b) conversações: trocas realizadas a partir <strong>de</strong> diálogos realizados por meio do correio eletrônico, fórum <strong>de</strong><br />
discussão e chat, ou mesmo nos encontros presenciais.<br />
O autor consi<strong>de</strong>ra que o tipo fundamental <strong>de</strong> trocas é o das trocas materiais, uma vez que “é pelas<br />
conversações que o grupo se organiza, reage a acontecimentos relevantes do processo <strong>de</strong> troca material,<br />
etc., mas é pelas ações materiais que ele produz os resultados que são a razão <strong>de</strong> sua existência” (Costa,<br />
2003, p. 87). Nesta perspectiva, o autor <strong>de</strong>staca a dificulda<strong>de</strong> existente quando da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> analisar<br />
interações verbais, uma vez que estas “servem tanto para a realização <strong>de</strong> uma produção teórica (ou afetiva),<br />
quanto para a realização da coor<strong>de</strong>nação do processo que resulta nessa produção”.<br />
Sendo assim, como i<strong>de</strong>ntificar o valor <strong>de</strong> uma proposição em um AVA?<br />
Uma primeira possibilida<strong>de</strong>, vislumbrada ao longo <strong>de</strong>ste estudo, teve como ponto <strong>de</strong> partida a<br />
i<strong>de</strong>ntificação expressa <strong>de</strong> valores para cada mensagem postada.<br />
Dessa forma, cada usuário po<strong>de</strong>ria valorar sua mensagem, a partir <strong>de</strong> parâmetros pré-estabelecidos, como,<br />
por exemplo, satisfatória ou não. Além disso, outros usuários que fizessem referência à <strong>de</strong>terminada<br />
mensagem, também po<strong>de</strong>riam indicar um valor. Isto implica que cada mensagem teria a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter<br />
um valor indicado pelo autor e outro indicado pelos colegas, o que possibilita tanto a auto-avaliação quanto a<br />
avaliação sob o olhar do outro (colega ou professor). Uma característica encontrada nesta modalida<strong>de</strong> resi<strong>de</strong><br />
no fato <strong>de</strong> cada participante estar permanentemente sendo avaliado/ analisado pelo coletivo. Entretanto,<br />
quando a avaliação do coletivo não for satisfatória (na visão do avaliado), po<strong>de</strong> provocar inibição e um<br />
possível silêncio, evi<strong>de</strong>nciado pela ausência <strong>de</strong> participação nas discussões. Além disso, esta proposta<br />
implica que o usuário classifique cada mensagem postada, o que po<strong>de</strong>ria causar insatisfação.<br />
22<br />
vα<br />
s2<br />
enuncia<br />
proposição<br />
discorda concorda discorda<br />
não<br />
fim<br />
s1<br />
reconhece<br />
valida<strong>de</strong><br />
rα<br />
sα’
Nesta perspectiva, houve um redimensionamento da proposta, <strong>de</strong> forma que o valor não seja indicado <strong>de</strong><br />
forma explícita pelos participantes, mas que o valor <strong>de</strong> uma mensagem esteja relacionado ao efeito que esta<br />
produz na continuida<strong>de</strong> (ou não) das trocas. Neste caso, o valor <strong>de</strong> uma mensagem está diretamente<br />
relacionado ao reconhecimento e à valorização, que a ela lhe é conferida pelo outro (colega/parceiro).<br />
Consi<strong>de</strong>ra-se, assim, que o valor <strong>de</strong> uma mensagem/contribuição <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do quanto esta produz <strong>de</strong> efeito<br />
nos outros argumentos. Enten<strong>de</strong>-se que esta proposta oportuniza indícios significativos para a auto-avaliação<br />
e para a avaliação formativa, consi<strong>de</strong>rando a reação do grupo frente à mensagem. Entretanto, como<br />
implementar isto? Consi<strong>de</strong>rando que o valor <strong>de</strong> cada mensagem está relacionado ao número <strong>de</strong> outras<br />
mensagens a ela vinculadas, torna-se necessário estabelecer parâmetros, <strong>de</strong> forma que seja possível indicar,<br />
ao autor, o número <strong>de</strong> vezes que suas mensagens foram citadas/respondidas/referenciadas, <strong>de</strong> forma que este<br />
po<strong>de</strong>rá analisar se suas contribuições têm sido relevantes/importantes, provocando alguma reação no grupo,<br />
ou, quem sabe, ainda não provocaram nenhuma reação no grupo.<br />
Neste caso, consi<strong>de</strong>ra-se que houve troca sempre que existir pelo menos uma mensagem vinculada à<br />
mensagem original, po<strong>de</strong>ndo ser caracterizada como resposta, reflexão, complementação e outros. A tabela<br />
abaixo apresenta os parâmetros utilizados para i<strong>de</strong>ntificar as trocas interindividuais no AVA:<br />
Tabela 1. Caracterização das trocas interindividuais<br />
Número <strong>de</strong><br />
Troca interindividual<br />
mensagens vinculadas<br />
0 não i<strong>de</strong>ntificada<br />
1 i<strong>de</strong>ntificada<br />
2 ou + i<strong>de</strong>ntificada<br />
Destaca-se ainda, que, em um AVA, uma resposta po<strong>de</strong> dar origem a uma nova discussão, neste caso, a<br />
mensagem tem caráter duplo, sendo simultaneamente resposta e proposição inicial. Além disso, todas as<br />
mensagens postadas “abaixo” da proposição inicial serão contabilizadas como mensagens a ela vinculadas,<br />
mesmo se a discussão tomou outro rumo.<br />
2.1 Implementando as Idéias Propostas: O Módulo Trocas Interindividuais<br />
O módulo Trocas interindividuais, implementado inicialmente na ferramenta Fórum <strong>de</strong> Discussão, do<br />
ambiente ROODA, possibilita a visualização das mensagens postadas por <strong>de</strong>terminado participante num<br />
tópico <strong>de</strong> discussão do fórum e as classifica em enunciado ou citação. Consi<strong>de</strong>rando um fórum organizado<br />
hierarquicamente em mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> árvore, enten<strong>de</strong>-se o enunciado, como sendo a mensagem-pai, e citação, as<br />
mensagens a ela vinculadas.<br />
Dessa forma, para cada mensagem listada, apresenta o número <strong>de</strong> interações <strong>de</strong>correntes da mensagem,<br />
ou seja, o número <strong>de</strong> mensagens a ela vinculadas. A figura 2 apresenta o relatório <strong>de</strong> contribuições <strong>de</strong> um<br />
<strong>de</strong>terminado aluno.<br />
Figura 2. Mapeamento das trocas interindividuais<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Sendo assim, o mapeamento das trocas interindividuais facilita o acesso às mensagens postadas por<br />
<strong>de</strong>terminado aluno num tópico do fórum <strong>de</strong> discussão, e possibilita a visualização da existência (ou não) <strong>de</strong><br />
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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
interações vinculadas a cada uma <strong>de</strong>stas mensagens. Nesta perspectiva, conforme já discutido anteriormente,<br />
enten<strong>de</strong>-se que o valor <strong>de</strong> uma mensagem/ contribuição <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> quanto esta produz <strong>de</strong> efeito nos outros<br />
argumentos.<br />
Quando uma mensagem possui uma ou mais interações, é possível visualizar a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> interações,<br />
permitindo a visualização das contribuições <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado aluno <strong>de</strong>ntro do contexto que lhe <strong>de</strong>u origem.<br />
Conforme estudos realizados (Bassani, 2006), enten<strong>de</strong>-se que esta ferramenta po<strong>de</strong> auxiliar tanto o<br />
professor, no que se refere ao acompanhamento do percurso <strong>de</strong> aprendizagem do aluno no processo <strong>de</strong><br />
construção/elaboração <strong>de</strong> conceitos, quanto o aluno, na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste se apropriar e acompanhar o seu<br />
próprio processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> conhecimento.<br />
A seguir, apresentam-se os resultados <strong>de</strong>ste estudo. Os dados foram coletados por meio da ferramenta<br />
interROODA, a partir do conteúdo do banco <strong>de</strong> dados do ambiente ROODA, durante o ano <strong>de</strong> 2005.<br />
3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS<br />
Conforme Hoffmann (2001), o processo <strong>de</strong> avaliação da aprendizagem tem caráter <strong>de</strong> controle. Entretanto,<br />
apresenta duas dimensões para o controle: cerceamento ou acompanhamento. “Quando se controla para<br />
julgar, basta andar ao lado <strong>de</strong> alguém, observando, registrando, coletando provas do caminho que trilhou<br />
(...). Quando se acompanha para ajudar no trajeto é necessário percorrê-lo junto, sentindo-lhe as<br />
dificulda<strong>de</strong>s, apoiando, conversando, sugerindo rumos a<strong>de</strong>quados a cada aluno” (p. 89). Afirma, ainda, que<br />
a dinâmica da avaliação é complexa, pois é preciso acompanhar os percursos individuais <strong>de</strong> aprendizagem<br />
que se dão no coletivo. Nesta perspectiva, o professor <strong>de</strong>ve avaliar continuamente, mas a natureza <strong>de</strong> sua<br />
intervenção será diferente em cada momento do processo.<br />
Dessa forma, o controle po<strong>de</strong> ter como objetivo apenas registrar o que foi (ou não) realizado pelo aluno,<br />
ou como forma <strong>de</strong> acompanhamento do processo <strong>de</strong> aprendizagem, visando uma intervenção educativa,<br />
quando necessário. Assim, estes dados indicativos, referentes aos acessos e quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mensagens<br />
postadas, po<strong>de</strong>m ser utilizados pelo professor como critério <strong>de</strong> avaliação ou para acompanhar o percurso <strong>de</strong><br />
aprendizagem individual, com ênfase numa avaliação formativa. Sendo assim, enten<strong>de</strong>-se que a compreensão<br />
da dinâmica <strong>de</strong> trocas interindividuais, proposta por Piaget, permite um novo olhar sob a questão da<br />
avaliação em ambientes virtuais <strong>de</strong> aprendizagem, uma vez que a visualização <strong>de</strong>ste processo possibilita o<br />
acompanhamento do percurso <strong>de</strong> aprendizagem engendrado pelos participantes <strong>de</strong> um curso. Além disso,<br />
pensar a avaliação a partir da dinâmica das trocas piagetianas possibilita constituir uma proposta <strong>de</strong> avaliação<br />
para contemplar o produto no processo, conforme tendências atuais na área <strong>de</strong> avaliação da aprendizagem.<br />
O módulo <strong>de</strong> Trocas interindividuais busca direcionar a avaliação numa perspectiva interindividual. O<br />
mapeamento das trocas interindividuais preten<strong>de</strong> refletir a dinâmica das interações que se constituem entre os<br />
sujeitos participantes <strong>de</strong> um AVA. Dessa forma, possibilita avaliar o percurso <strong>de</strong> aprendizagem do aluno <strong>de</strong><br />
forma contextualizada, on<strong>de</strong> cada contribuição po<strong>de</strong> ser analisada não apenas pelo conteúdo, mas também<br />
pela integração com as <strong>de</strong>mais mensagens.<br />
Conforme dito anteriormente, este módulo busca mapear as trocas qualitativas numa perspectiva<br />
Piagetiana (1973), on<strong>de</strong> se enten<strong>de</strong> que o valor <strong>de</strong> uma proposição (ou mensagem postada) está diretamente<br />
relacionado ao reconhecimento e à valorização que a ela lhe é conferida pelo outro (colega). Neste estudo,<br />
consi<strong>de</strong>ra-se que o valor <strong>de</strong> uma proposição/mensagem está diretamente relacionado ao efeito produzido no<br />
grupo e expresso pelo número <strong>de</strong> interações <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adas entre os sujeitos participantes. Dessa forma, a<br />
ferramenta interROODA apresenta o número <strong>de</strong> interações vinculadas a uma mensagem, como forma <strong>de</strong><br />
indicar o valor <strong>de</strong>sta.<br />
Neste módulo o professor tem acesso a todas as mensagens <strong>de</strong> um aluno participante, em <strong>de</strong>terminado<br />
tópico <strong>de</strong> um fórum <strong>de</strong> discussão. Cada mensagem é classificada em enunciado ou citação, conforme<br />
apresentado na figura 2 (acima). Consi<strong>de</strong>ra-se, neste estudo, o enunciado como sendo as mensagens que<br />
abrem uma nova discussão (mensagem-pai) e citação, toda resposta a um enunciado ou a outra citação<br />
(mensagem-filho).<br />
Dentre as diversas mensagens do aluno representado pela figura 2, <strong>de</strong>staca-se a citação que provocou 6<br />
interações. Uma proposta <strong>de</strong> avaliação da aprendizagem, pautada sobre aspectos quantitativos, ten<strong>de</strong> a<br />
valorizar a quantida<strong>de</strong> das trocas/interações. A proposta apresentada neste trabalho, consi<strong>de</strong>ra que o valor <strong>de</strong><br />
uma mensagem está vinculado ao número <strong>de</strong> interações provocadas. Entretanto, enten<strong>de</strong>-se que o valor <strong>de</strong><br />
24
troca representa apenas 1 (um) dos indicadores propostos para a análise das interações no plano<br />
interindividual (Bassani, 2006, Bassani e Behar, 2006).<br />
A tabela abaixo apresenta o contexto da discussão <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ado a partir da citação <strong>de</strong>stacada:<br />
Tabela 2. Contexto <strong>de</strong> discussão<br />
Sujeito Mensagem<br />
2005-03-30 11:38:10<br />
Sujeito 1<br />
2005-03-30 16:22:47<br />
Re: Sujeito 2<br />
2005-03-30 16:23:44<br />
Re: Re: Sujeito 2<br />
2005-04-13 12:18:18<br />
Re: Re: Re: Sujeito 3<br />
2005-04-02 22:26:51<br />
Re: Re: Sujeito 1<br />
2005-04-02 22:31:28<br />
Re: Re: Re: Sujeito 1<br />
2005-04-05 17:36:47<br />
Re: Re: Re: Re: Sujeito 4<br />
2005-04-06 10:29:26<br />
Re: Re: Re: Sujeito 5<br />
Olá. Este fórum aceita tags <strong>de</strong> html? Abra@os,<br />
Vamos testar ?<br />
Coloquei a palavra entre as tags <strong>de</strong> bold e funcionou...<br />
vamos ver se funciona...<br />
Ok, já vi que aceita. Fiquei com medo <strong>de</strong> usar e ficar aquele <strong>de</strong>sastre. Junto<br />
com o wiki, acho o blog uma excelente ferramenta para interação e<br />
cooperação. Outra ferramenta interessante é o webnote. Querem<br />
experimentar? Ponto <strong>de</strong> Encontro. No próximo link vocês acessam um<br />
sugestão <strong>de</strong> uso que fiz para aulas <strong>de</strong> inglês <strong>de</strong> uma escola <strong>de</strong> Gurupi/TO<br />
Desafio É muito fácil criar um espaço novo. Fiz um tutorial Abra@os.<br />
PS:Sugiro um preview para o fórum, para po<strong>de</strong>rmos ter certeza <strong>de</strong> que as tags<br />
usadas estão bem escritas.<br />
Parece que sim, mas com algumas restrições ou não <strong>de</strong>scobri como linkar sites<br />
externos aqui? Abra@os.<br />
Tentei acessar o wiki mas dava um erro <strong>de</strong> pagina não encontrada.<br />
Oi,! Muuuito legal este site do ponto-<strong>de</strong>-encontro. Jóia mesmo! Junto com o<br />
wiki, acho o blog uma excelente ferramenta para interação e cooperação.<br />
Outra ferramenta interessante é o webnote. Querem experimentar? Ponto <strong>de</strong><br />
Encontro. No próximo link vocês acessam um sugestão <strong>de</strong> uso que fiz para<br />
aulas <strong>de</strong> inglês <strong>de</strong> uma escola <strong>de</strong> Gurupi/TO Desafio É muito fácil criar um<br />
espaço novo. Fiz um tutorial Abra@os. PS:Sugiro um preview para o fórum,<br />
para po<strong>de</strong>rmos ter certeza <strong>de</strong> que as tags usadas estão bem escritas.<br />
A análise do conteúdo das mensagens apresentadas na tabela 2 evi<strong>de</strong>ncia que, apesar do elevado número<br />
<strong>de</strong> interações provocadas pela citação, a maioria centra-se em discussões <strong>de</strong> cunho tecnológico frente ao<br />
funcionamento da ferramenta Fórum. Nesta perspectiva, percebe-se que uma avaliação pautada apenas em<br />
dados quantitativos po<strong>de</strong> levar a uma interpretação equivocada da trajetória do aluno.<br />
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
A partir dos estudos realizados, enten<strong>de</strong>-se que uma avaliação pautada no número <strong>de</strong> interações oportuniza<br />
indícios significativos para auto-avaliação e para a avaliação formativa, uma vez que representa a reação do<br />
grupo à mensagem postada. Dessa forma, professor e aluno po<strong>de</strong>m verificar se as mensagens/contribuições<br />
têm sido relevantes à discussão e se elas têm impulsionado trocas interindividuais.<br />
Sendo assim, consi<strong>de</strong>ra-se que o mapeamento das interações po<strong>de</strong> facilitar o processo <strong>de</strong> avaliação da<br />
aprendizagem, sob várias perspectivas:<br />
a) possibilitar, ao aluno, a regulação <strong>de</strong> seus processos <strong>de</strong> pensamento e aprendizagem;<br />
b) permitir, ao professor, a análise do processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> conhecimento dos alunos, a partir do<br />
acompanhamento <strong>de</strong> sua produção individual; também fornecer subsídios para possíveis/necessários ajustes<br />
no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem;<br />
c) evi<strong>de</strong>nciar processos coletivos <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> conhecimento, consi<strong>de</strong>rando as interações que se dão<br />
em âmbito <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> aula (neste caso ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem) como facilitadoras da<br />
aprendizagem.<br />
Cabe <strong>de</strong>stacar que, conforme dito anteriormente, a ferramenta interROODA teve como eixo norteador a<br />
concepção construtivista-interacionista <strong>de</strong> aprendizagem. Entretanto, a leitura e a interpretação dos dados<br />
apresentados, tendo como foco a avaliação da aprendizagem, po<strong>de</strong> ser feita à luz <strong>de</strong> diferentes paradigmas.<br />
25
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
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COSTA, Antônio Carlos da Rocha, 2003. A teoria piagetiana das trocas sociais e sua aplicação aos ambientes <strong>de</strong> ensinoaprendizagem.<br />
Informática na Educação: teoria e prática, Porto Alegre, v. 6, n. 2, p. 77 – 90, jul./<strong>de</strong>z.<br />
HOFFMANN, Jussara, 2001. Avaliar para promover. Porto Alegre: Mediação.<br />
PIAGET, Jean, 1973. Estudos Sociológicos. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Forense.<br />
26
UMA FERRAMENTA PARA ACOMPANHAMENTO DE<br />
ACESSOS A CONTEÚDOS DIDÁTICOS<br />
Christiane Meiler Baptista<br />
Regina Melo Silveira<br />
Wilson Vicente Ruggiero<br />
Laboratório <strong>de</strong> Arquitetura e Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Computadores da Escola politécnica da USP (LARC-EP-USP)<br />
Av: Professor Luciano Gualberto, travessa 3-158, sala C1-46<br />
{cmeiler, regina, wilson}@larc.usp.br<br />
RESUMO<br />
Construir material didático é bastante difícil, mas sua avaliação ou aceitação por parte dos alunos é ainda mais complexa.<br />
I<strong>de</strong>ntificar como o aluno reagiu ao conteúdo e quanto tempo foi gasto durante o uso <strong>de</strong> cada objeto <strong>de</strong> aprendizagem<br />
inserido em um material didático é tarefa <strong>de</strong> uma ferramenta <strong>de</strong> acompanhamento que po<strong>de</strong> ser inserida em um sistema<br />
do tipo LMS (Learning Management System). Este trabalho mostra o <strong>de</strong>senvolvimento da ferramenta <strong>de</strong><br />
acompanhamento MSys mostrando como ela <strong>de</strong> fato monitora o nível <strong>de</strong> utilização das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos<br />
alunos em um ambiente <strong>de</strong> aprendizado eletrônico.<br />
PALAVRAS-CHAVE<br />
Acompanhamento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s. Monitoramento. Desempenho do aluno. Conteúdo didático. Progresso do aprendizado.<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
Com a utilização cada vez mais intensa <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> aprendizado eletrônico do tipo LMS tem sido cada vez<br />
mais constante a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhar <strong>de</strong> que maneira o aluno utiliza tais sistemas especialmente com<br />
relação ao conteúdo didático. Torna-se interessante i<strong>de</strong>ntificar as características dos alunos acompanhando<br />
como os alunos reagem ao conteúdo disponível, po<strong>de</strong>ndo verificar características cognitivas <strong>de</strong> aprendizado.<br />
Frente a este cenário, estão sendo <strong>de</strong>senvolvidas práticas pedagógicas que estimulam a troca <strong>de</strong><br />
informações entre alunos e professores, utilizando sistemas <strong>de</strong> aprendizado eletrônico, como ferramenta <strong>de</strong><br />
apoio em ativida<strong>de</strong>s presenciais ou remotas. Entretanto, nota-se que é ainda pequeno o número <strong>de</strong> professores<br />
que optam pela utilização <strong>de</strong> conteúdos sofisticados, multimídia e interativos. Muitos utilizam os sistemas<br />
apenas como repositório, incluindo material sem fazer uma análise crítica do seu método <strong>de</strong> dis<strong>semi</strong>nação,<br />
não analisando se tal conteúdo é compatível ou não com as habilida<strong>de</strong>s dos alunos (BAPTISTA, C. M., 2007).<br />
A proposta <strong>de</strong>ste trabalho é apresentar o <strong>de</strong>senvolvimento da ferramenta <strong>de</strong> acompanhamento MSys, que<br />
monitora o nível <strong>de</strong> utilização e interação dos alunos, e as ativida<strong>de</strong>s executadas por eles nas diferentes<br />
tarefas propostas por um professor em uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem, consi<strong>de</strong>rando os acessos dos alunos a<br />
cada objeto <strong>de</strong> aprendizagem 1 e exibindo os resultados tanto ao professor quanto ao aluno, utilizando dos<br />
padrões SCORM (ADL, 2004) e LOM (BARKER, 2005) para a implementação <strong>de</strong>sta ferramenta.<br />
2. POR QUE ACOMPANHAR?<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
O processo contínuo <strong>de</strong> aprendizagem é aquele pelo qual a socieda<strong>de</strong> está oferecendo permanentemente às<br />
pessoas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolverem ao máximo seu potencial e suas habilida<strong>de</strong>s (MARTINS, 2002).<br />
1 Objeto <strong>de</strong> aprendizagem (OA) é uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instrução/ensino que é reutilizável. De acordo com o Learning Objects Metadata<br />
Workgroup, objetos <strong>de</strong> aprendizagem po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidos por "qualquer entida<strong>de</strong>, digital ou não digital, que possa ser utilizada,<br />
reutilizada ou referenciada durante o aprendizado suportado por tecnologias (Wikpédia).<br />
27
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r algo novo e então armazenar as informações na memória em longo prazo é<br />
parte do <strong>de</strong>senvolvimento normal do ser humano. Médicos avaliam se as crianças estão se <strong>de</strong>senvolvendo <strong>de</strong><br />
forma a<strong>de</strong>quada verificando os mecanismos pelos quais elas apren<strong>de</strong>m a sentar e a engatinhar, a caminhar e a<br />
falar, e a <strong>de</strong>senvolver habilida<strong>de</strong>s sociais. Tal avaliação é feita como forma <strong>de</strong> verificar o <strong>de</strong>senvolvimento do<br />
aprendizado e <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s específicas no tempo apropriado (LOMBROSO, 2004).<br />
Teorias recentes <strong>de</strong> aprendizagem têm se preocupado com a interação entre o conteúdo a ser aprendido e<br />
os processos psicológicos necessários para apren<strong>de</strong>r, enfatizando o estudo sobre o modo pelo qual o aprendiz<br />
obtém, seleciona, interpreta e transforma uma informação (BORUCHOVITCH , 1999). Com a nova <strong>geração</strong><br />
<strong>de</strong> tecnologias, tem sido introduzidas mudanças nas estruturas curriculares, nos métodos e nos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />
ensino-aprendizado, sugerindo uma relação <strong>de</strong> interação aluno-professor e aluno-material diferente, mais<br />
intensa e que valoriza as diversas inteligências do ser humano.<br />
São muitas as teorias que consi<strong>de</strong>ram a forma como o aprendizado acontece no ser humano. Piaget<br />
(PIAGET, 1964), Rudolf Steiner (STEINER, 1999) e Howard Gardner (GARDNER, 1995) mostram a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um educador observar com atenção os diversos modos <strong>de</strong> introduzir os conceitos necessários<br />
a um aprendiz. Assim, no ensino presencial, o professor <strong>de</strong>ve ter a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer os alunos <strong>de</strong><br />
suas turmas também a distância (BAPTISTA, 2007; CAMPBELL, L, CAMPBELL, B., DICKINSON, 2000).<br />
Assim, surge a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma ferramenta que auxilie o professor a conhecer as habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada<br />
aluno. Uma ferramenta <strong>de</strong> acompanhamento que verifica a ação e reação dos alunos com relação às tarefas<br />
propostas e como é o acesso e a receptivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um material digital multimídia, permite ao professor avaliar<br />
se o conteúdo aten<strong>de</strong> as diversas capacida<strong>de</strong>s dos alunos, ou se necessita ser modificado ou ajustado.<br />
3. TRABALHOS RELACIONADOS<br />
Apesar <strong>de</strong> diversos ambientes do tipo LMS (Learning Management System) em uso atualmente estarem<br />
bastante difundidos, não tem sido dado a importância <strong>de</strong>vida para este tipo <strong>de</strong> ferramenta capaz <strong>de</strong> oferecer<br />
um acompanhamento <strong>de</strong>talhado <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s dos alunos (BAPTISTA, 2007).<br />
3.1 Sistemas LMS Analisados<br />
Consi<strong>de</strong>rando um levantamento das funcionalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seis sistemas LMS escolhidos para este trabalho, foi<br />
verificada a falta <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhamento nos módulos que geram estatísticas ou que fazem alguma forma <strong>de</strong><br />
rastreamento do usuário ao se fazer a análise dos módulos <strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong>stes sistemas.<br />
O número <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s bem como a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> características <strong>de</strong> funcionamento das mesmas<br />
varia bastante <strong>de</strong> ambiente para ambiente. Entretanto, todos eles possuem uma característica em comum e <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong> utilização pelos usuários: a funcionalida<strong>de</strong> que permite ao professor colocar seu conteúdo didático<br />
digital disponível aos alunos. Esta é, sem dúvida, a função mais importante em um ambiente <strong>de</strong> ensino online<br />
que, focando no assunto <strong>de</strong>ste trabalho, essencialmente dá base para que estes sistemas <strong>de</strong>senvolvam<br />
alguma funcionalida<strong>de</strong> relacionada ao acompanhamento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s do aluno frente ao material digital. A<br />
maneira como o acompanhamento é realizado, como os dados obtidos são tratados e como são apresentados<br />
aos usuários, varia para os diferentes ambientes <strong>de</strong> aprendizado.<br />
Dos seis LMSs selecionados, dois são proprietários e possuem o código protegido (WEBCT e<br />
Blackboard 2 enquanto os <strong>de</strong>mais são <strong>de</strong> código abertos (licença GPL – General Public License), gratuitos.<br />
Destes, dois foram <strong>de</strong>senvolvidos por grupos internacionais (Moodle 3 e Claroline 4 ) e outros dois sistemas por<br />
nacionais, <strong>de</strong>senvolvidos por universida<strong>de</strong>s brasileiras e que possuem ampla utilização no cenário nacional<br />
(Teleduc 5 e CoL 6 ).<br />
Foi possível mapear a existência dos parâmetros <strong>de</strong> acompanhamento na utilização <strong>de</strong> um conteúdo<br />
digital em todos eles. Além disso, as informações geradas por estes sistemas não apresentaram resultados que<br />
2<br />
Embora estes dois sistemas tenham sido unificados ao final <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2006, para os estudos feitos neste trabalho foram<br />
consi<strong>de</strong>rados os sistemas ainda separados. WEBCT: e Blackboard: .<br />
3<br />
<br />
4<br />
<br />
5<br />
<br />
6<br />
<br />
28
permite analisar a capacida<strong>de</strong> cognitiva dos alunos ou os tipos <strong>de</strong> mídias que a turma se sente mais<br />
confortável em utilizar. Percebeu-se ainda que, com relação às estatísticas <strong>de</strong> acesso ao conteúdo, nenhum<br />
<strong>de</strong>les trata do acesso aos arquivos por objetos <strong>de</strong> aprendizagem. Elas são in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do contexto, por<br />
arquivo, retornando, muitas vezes, resultados <strong>de</strong>snecessários ou ainda insuficientes como o número <strong>de</strong><br />
acessos a um arquivo zip, e não ao seu conteúdo interno que é formado <strong>de</strong> vários arquivos. Isso se <strong>de</strong>ve em<br />
gran<strong>de</strong> parte ao fato <strong>de</strong> que alguns LMSs como o Teleduc e o Claroline obrigarem o download do material<br />
pelo aluno, não permitindo que eles sejam executados automaticamente <strong>de</strong>ntro do LMS. Percebeu-se também<br />
que os ambientes WEBCT, Blackboard, Moodle e CoL, embora não obrigue o acesso dos alunos ao material<br />
através <strong>de</strong> download, também não incluem em seus resultados uma distinção do tempo <strong>de</strong> acesso<br />
consi<strong>de</strong>rando os diversos formatos <strong>de</strong> arquivos dos conteúdos que foram utilizados pelos alunos. Além disso,<br />
nenhum dos sistemas analisados consi<strong>de</strong>ra a média da turma ao exibir os resultados <strong>de</strong> acesso aos alunos<br />
individualmente, como propõe o MSys.<br />
Os resultados <strong>de</strong>sta análise mostraram que não existe atualmente nenhum tipo <strong>de</strong> padronização <strong>de</strong><br />
exibição dos resultados <strong>de</strong> acesso, já que a arquitetura para a implementação <strong>de</strong> sistemas LMS referente ao<br />
padrão 1484.1 do IEEE (IEEE, 2003) não atinge tal nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe.<br />
4. IMPLEMENTAÇÃO DO PROCESSO DE MONITORAMENTO MSYS<br />
O sistema <strong>de</strong> monitoramento e acompanhamento MSys, ao ser integrado ao LMS, po<strong>de</strong> ajudar o professor no<br />
processo <strong>de</strong> avaliação dos alunos, mostrando que maneira os alunos progrediram durante sua navegação<br />
através do conteúdo didático.<br />
Este processo <strong>de</strong> aprendizado eletrônico utilizando LMS po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido por quatro fases<br />
(Planejamento, Armazenamento, Execução e Avaliação), juntamente com as três fases características do<br />
sistema MSys (Varredura /Análise, Captura e Relatório), sendo:<br />
- fase <strong>de</strong> Varredura/Análise sendo executada no momento do Armazenamento pelo professor;<br />
- fase <strong>de</strong> Captura sendo executada durante a execução (uso) do material pelo aluno.<br />
- fase <strong>de</strong> Relatório sendo executada pelo professor no momento da Avaliação.<br />
As fases do MSys não necessariamente <strong>de</strong>vem ocorrer seqüencialmente (po<strong>de</strong>m estar ativas<br />
simultaneamente), mas são <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes entre si.<br />
A arquitetura concebida para que o MSys seja executado <strong>de</strong>sta maneira em um LMS, envolve a<br />
comunicação entre as ferramentas do MSys (Varredura, Análise, Captura e Resultados) e as ferramentas dos<br />
sistemas LMS e LCMS <strong>de</strong>talhados em (BAPTISTA, C. M., 2006).<br />
4.1 Fase 1: Varredura e Análise<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Está é a primeira fase do sistema MSys e que correspon<strong>de</strong> ao pré-processamento do conteúdo. Ela é<br />
consi<strong>de</strong>rada pelo MSys quando o professor submete seu conteúdo didático digital ao sistema LMS. Neste<br />
momento, o MSys é ativado para varrer o conteúdo que o professor fez upload verificando <strong>de</strong> que maneira<br />
ele está estruturado e organizado.<br />
Durante a varredura, o MSys analisa as informações <strong>de</strong> conteúdo i<strong>de</strong>ntificando se os arquivos enviados<br />
estão vinculados entre si (linkados). Durante esta varredura, o sistema classifica os arquivos enviados como<br />
objetos <strong>de</strong> aprendizagem (OA) individuais ou compostos. Para os classificados como compostos, o sistema<br />
varre ainda a estrutura do OA (todos os arquivos), armazenando as informações <strong>de</strong> como estão organizados<br />
entre si e criando uma espécie <strong>de</strong> árvore <strong>de</strong> seqüência hierárquica da estrutura. É importante salientar que a<br />
ferramenta MSys após avaliar o conteúdo entregue po<strong>de</strong> classificar OAs aparentemente compostos como<br />
individuais. Ou seja, esta classificação em individuais ou compostos não é feita somente baseando-se na<br />
informação se há ou não link ou referência para outros arquivos, mas sim consi<strong>de</strong>rando o conceito <strong>de</strong> OA.<br />
Assim, arquivos que não traduzem nenhuma informação <strong>de</strong> aprendizado <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rados na<br />
classificação ou consi<strong>de</strong>rados individuais, se estiverem na raiz do conteúdo.<br />
Desta maneira, arquivos <strong>de</strong> imagens que estejam inseridos em arquivos do tipo web, são <strong>de</strong>scartados e<br />
consi<strong>de</strong>rados apenas o arquivo web como um OA individual, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> quantas imagens tenha no seu<br />
interior. Isso se <strong>de</strong>ve ao fato <strong>de</strong> que muitos conteúdos possuem imagens internas apenas como elemento <strong>de</strong><br />
layout, não traduzindo importância ao aprendizado do conteúdo. Um exemplo é a utilização <strong>de</strong> imagens<br />
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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
como logotipos ou ícones <strong>de</strong> anterior e próximo que não incorporam informação útil ao conteúdo didático.<br />
Elas não agregam valor ao conteúdo e por isso não precisam ser consi<strong>de</strong>radas. Entretanto, arquivos <strong>de</strong><br />
imagem não associados a arquivos html e que estejam na raiz do conteúdo, serão computados normalmente<br />
como um OA.<br />
O MSys tem implementado, para esta fase, uma ferramenta baseada no padrão SCORM (Sharable<br />
Content Object Reference Mo<strong>de</strong>l) capaz <strong>de</strong> fazer esta varredura nos arquivos entregues pelo professor e<br />
armazenar as informações referentes à organização e estrutura <strong>de</strong> navegação dos arquivos bem como<br />
informações específicas sobre a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem como um todo, como o professor responsável, a<br />
versão, entre outros. Todas estas informações são armazenadas em um arquivo chamado <strong>de</strong>scritor, do tipo<br />
XML (Extensible Markup Language), que <strong>de</strong>screve como a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem está estruturada. Este<br />
arquivo fica armazenado junto com os <strong>de</strong>mais, nomeado <strong>de</strong> imsmanifest.xml, consi<strong>de</strong>rado pelo padrão<br />
SCORM. Ele contém todas as tags obrigatórias pela ADL (ADL, 2004) para a implementação do padrão<br />
SCORM que é o padrão para conteúdo didático digital escolhido neste trabalho por aten<strong>de</strong>r muitas das<br />
necessida<strong>de</strong>s da MSys. Armazenamento e i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> como os OAs estão organizados entre si e<br />
i<strong>de</strong>ntificação da página inicial da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem. As principais tags incorporadas pelo MSys e<br />
consi<strong>de</strong>radas pelo SCORM no arquivo XML são as chamadas metadata, organizations e resources.<br />
Ainda na fase 1, o sistema MSys analisa quais tipos <strong>de</strong> mídias foram armazenadas no LMS como<br />
conteúdo didático, verificando os formatos das mídias entregues, classificando-as em temporais ou<br />
atemporais, ou seja, i<strong>de</strong>ntificando quais mídias <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do tempo ou in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong>le e armazenando a<br />
informação referente ao tempo <strong>de</strong> execução das mídias que <strong>de</strong>le <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m. Para a i<strong>de</strong>ntificação dos OAs e a<br />
classificação dos tipos <strong>de</strong> mídia, o sistema i<strong>de</strong>ntifica os formatos (extensões), fazendo em seguida a medição<br />
da duração <strong>de</strong> tempo dos arquivos classificados como temporais (BAPTISTA, C. M., 2006).<br />
O armazenamento do tempo <strong>de</strong> execução das mídias é feito através do banco <strong>de</strong> dados do MSys (BD<br />
MSys), armazenando esta informação para cada OA temporal. A obtenção do tempo <strong>de</strong> execução dos<br />
arquivos temporais é feita utilizando-se da biblioteca FFMPEG 7 .<br />
Para finalizar a fase 1, após o upload o MSys i<strong>de</strong>ntifica os OAs e sua estrutura <strong>de</strong> organização,<br />
i<strong>de</strong>ntificando quais serão posteriormente rastreados, exibindo na tela do professor uma espécie <strong>de</strong> “mapa”<br />
estrutural, permitindo verificar quais OAs dos utilizados pelos alunos serão computados. Com este mapa<br />
estruturado <strong>de</strong> arquivos, na fase 3 é possível observar como ele foi percorrido pelos alunos em <strong>de</strong>terminado<br />
momento, ou seja, indica quantos alunos <strong>de</strong> fato completaram o processo (percorreram todos os arquivos) ou<br />
ainda quem não completou (percorreu parcialmente).<br />
4.2 Fase 2: Captura dos Dados<br />
Na segunda fase do processo <strong>de</strong> monitoramento, o MSys traça o caminho das ativida<strong>de</strong>s executadas pelo<br />
aluno, capturando toda a sua navegação. A principal função executada pelo MSys nesta fase captura as<br />
seguintes informações rastreadas: i<strong>de</strong>ntificação do usuário (aprendiz), ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem está sendo<br />
acessada por ele, primeiro objeto <strong>de</strong> aprendizagem (OA) em que foi iniciado o percurso da navegação e<br />
i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> todos os próximos OAs durante a navegação.<br />
Para cada momento (acesso) da navegação, é armazenado:<br />
• A data e o horário inicial do acesso;<br />
• Para OAs i<strong>de</strong>ntificados como individual ou composto, armazena:<br />
o O horário do acesso inicial ao OA;<br />
o O(s) tipo(s) <strong>de</strong> mídia;<br />
o A i<strong>de</strong>ntificação do OA em temporal ou atemporal;<br />
o O tempo <strong>de</strong> uso dos OAs temporais;<br />
o O número <strong>de</strong> interações (links acessados), se o OA for composto;<br />
o A data e o horário do acesso final ao OA.<br />
• A data e o horário final do acesso;<br />
• O último OA acessado no percurso da navegação.<br />
Para isso, o MSys consi<strong>de</strong>ra as seguintes <strong>de</strong>finições para a captura dos dados:<br />
7 http://ffmpeg.mplayerhq.hu<br />
30
• Objeto <strong>de</strong> aprendizagem (OA) = um único arquivo em qualquer extensão (individual) ou um conjunto<br />
<strong>de</strong> arquivos web mais arquivos <strong>de</strong> imagens (composto);<br />
• Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem (AA) = um conjunto <strong>de</strong> OAs que representa uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instrução<br />
completa e suficiente para transmitir, praticar, avaliar, analisar ou discutir o conceito <strong>de</strong>sejado<br />
(módulo );<br />
• Início do acesso = horário que o aprendiz abriu a primeira página do conteúdo;<br />
• Término do acesso = horário que o aprendiz encerrou a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem (informação<br />
armazenada pelo LMS);<br />
• Início do acesso ao OA = horário que ele clicou no primeiro OA;<br />
• Término do acesso ao OA = horário que ele clicou no próximo OA (para o término do acesso do<br />
último OA será consi<strong>de</strong>rado o horário <strong>de</strong> término do acesso);<br />
• Número <strong>de</strong> acessos ao OA = número <strong>de</strong> vezes diferentes que o aluno acessou um mesmo objeto <strong>de</strong><br />
aprendizagem;<br />
• Número <strong>de</strong> acessos à AA = número <strong>de</strong> vezes diferentes que o aluno acessou uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
aprendizagem;<br />
• Grau <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> um OA atemporal = tempo <strong>de</strong> uso do aluno dividido pelo tempo <strong>de</strong> uso médio do<br />
restante da turma que já acessou;<br />
• Grau <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> um OA temporal = tempo <strong>de</strong> uso do aluno dividido pelo tempo <strong>de</strong> duração da mídia;<br />
• Objeto <strong>de</strong> aprendizagem acessado = é consi<strong>de</strong>rado acessado se for clicado pelo menos uma vez no<br />
OA.<br />
É importante salientar que é o LMS quem <strong>de</strong>verá capturar os dados <strong>de</strong> acesso, rastreando cada aluno em<br />
suas ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem e o MSys utilizar <strong>de</strong>stes dados para exibir estatísticas <strong>de</strong> acesso na fase <strong>de</strong><br />
relatório. Para validar o sistema, foi escolhido o ambiente CoL para integrar a ferramenta MSys como<br />
protótipo, implementando as funções necessárias para a captura dos dados que armazena no BD MSys as<br />
informações <strong>de</strong> acesso, consi<strong>de</strong>rando especialmente os timestamps (informação <strong>de</strong> data e hora juntos) em<br />
cada OA, i<strong>de</strong>ntificando se o OA pertence àquele módulo ou não. Se pertencer, consi<strong>de</strong>ra como timestamp<br />
final <strong>de</strong> acesso ao OA o próximo OA; se não pertencer, consi<strong>de</strong>ra o timestamp final <strong>de</strong> acesso ao módulo<br />
(quando o aluno encerra o módulo). Estes parâmetros <strong>de</strong> armazenamento dos dados <strong>de</strong> captura são<br />
necessários para que o MSys apresente resultados consistentes na terceira fase. Quanto maior o volume <strong>de</strong><br />
informação capturada, provavelmente mais consistentes se tornarão os resultados, pois o sistema também<br />
exibe médias aritméticas baseadas no número <strong>de</strong> acessos da turma até o momento.<br />
4.3 Fase 3: Relatório dos Resultados<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
A fase 3 é responsável por recuperar os dados a fim <strong>de</strong> prover ao professor um relatório com os resultados da<br />
captura das ativida<strong>de</strong>s monitoradas, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do volume <strong>de</strong> dados armazenado na fase 2. Através da<br />
combinação <strong>de</strong> três parâmetros (tempo, alunos e OAs), que po<strong>de</strong>m ser combinados pelo professor, é possível<br />
visualizar através <strong>de</strong> uma interface <strong>de</strong>finida resultados gráficos e interagir através <strong>de</strong> filtros <strong>de</strong> seleção. Na<br />
área gráfica, os resultados <strong>de</strong>verão permitir a <strong>geração</strong> <strong>de</strong> diferentes gráficos a partir dos dados <strong>de</strong> entrada<br />
selecionados. Além disso, em muitos casos é possível visualizar médias dos alunos da turma que acessaram<br />
até aquele momento permitindo que o professor faça comparações imediatas com os resultados individuais<br />
obtidos. O MSys po<strong>de</strong> mostrar, nesta terceira fase, não só gráficos mas também tabelas que correspon<strong>de</strong>m<br />
aos <strong>de</strong>talhes do resultado do gráfico.<br />
Esta é a fase em que ocorre a interação direta dos usuários com a ferramenta MSys e on<strong>de</strong> os dados com<br />
estatísticas do acompanhamento serão exibidos em formato gráfico na tela. Esta etapa final permite ao<br />
professor refletir sobre o comportamento e <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> seus alunos e inferir sobre a qualida<strong>de</strong> do material<br />
didático proposto aos alunos. Através dos gráficos é possível verificar o quanto das tarefas propostas os<br />
alunos completaram, como foi o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> cada um dos alunos comparados com a turma ou ainda como<br />
foi o <strong>de</strong>sempenho da turma como um todo.<br />
Para a exibição <strong>de</strong> gráficos dos mais diversos tipos e possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interação com a ferramenta, foi<br />
escolhido utilizar linguagem Java para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta área <strong>de</strong> interação e a biblioteca JFreeChart<br />
para a construção dos gráficos.<br />
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Através da tabela acessos do BD MSys, que armazenou os dados do rastreamento dos alunos (fase 2), é<br />
possível filtrar os acessos através das seleções já <strong>de</strong>scritas anteriormente, marcando através dos campos <strong>de</strong><br />
seleção <strong>de</strong> data, alunos ou objetos <strong>de</strong> aprendizagem, como mostra a figura 1.<br />
Figura 1. Seleção <strong>de</strong> data, alunos e OAs no MSys<br />
Estes filtros são buscas do tipo SQL ao BD MSys que <strong>de</strong>verão retornar o tipo <strong>de</strong> relatório que estes dados<br />
representam e, consequentemente quais gráficos ou tabelas são possíveis <strong>de</strong> seleção ao usuário na fase 3. De<br />
acordo com as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> combinação <strong>de</strong> seleção e sobreposição <strong>de</strong> mesmos resultados dos 18 tipos <strong>de</strong><br />
gráficos possíveis e duas tabelas <strong>de</strong>talhadas, o MSys consi<strong>de</strong>ra 8 tipos <strong>de</strong> relatórios possíveis <strong>de</strong>rivados das<br />
combinações do usuário e opções gráficas, conforme mostram as tabelas 1 e 2.<br />
Tabelas 1 e 2. Tipos <strong>de</strong> relatórios e os respectivos gráficos.<br />
Cada uma <strong>de</strong>ssas seleções representa uma região ao usuário nesta fase. Assim, são cinco as regiões <strong>de</strong><br />
uso na fase 3 pelo usuário: a região 1 é a área <strong>de</strong> seleção período <strong>de</strong> tempo (data no calendário) do<br />
acompanhamento; a região 2 é a área <strong>de</strong> exibição e opcionalmente <strong>de</strong> seleção dos alunos que acessaram no<br />
período selecionado na região 1 e a região 3 é a área <strong>de</strong> exibição e opcionalmente <strong>de</strong> exibição do conteúdo<br />
acessado pelos alunos selecionados na região 2. Assim, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo das combinações <strong>de</strong> seleção são<br />
carregadas na região 4 as opções <strong>de</strong> gráficos e exibição dos mesmos. Por último, a região 5 apresenta os<br />
resultados <strong>de</strong>talhados <strong>de</strong> alguns gráficos, no formato tabela, quando necessário.<br />
32
5. VALIDAÇÃO DA FERRAMENTA<br />
Para validar a usabilida<strong>de</strong> da integração <strong>de</strong> todos os parâmetros e gráficos dos tipos <strong>de</strong> relatórios, foi feita a<br />
simulação <strong>de</strong> uso dos possíveis gráficos para cada um dos tipos <strong>de</strong> relatórios a partir da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um<br />
cenário <strong>de</strong> aprendizado eletrônico. A simulação mostra como é esperada a apresentação dos resultados dos<br />
relatórios. Para isso, foi feita a montagem <strong>de</strong> um cenário <strong>de</strong> uma disciplina <strong>de</strong> pós-graduação, consi<strong>de</strong>rando<br />
um grupo <strong>de</strong> 7 alunos fictícios e um conteúdo didático com 7 módulos (ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem) no<br />
sistema CoL, da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. O uso da MSys será futuramente aplicada em cursos reais que já<br />
utilizam o sistema CoL como LMS para disponibilizar conteúdo didático digital.<br />
A figura 2 mostra um dos possíveis resultados gerados a partir da escolha <strong>de</strong> um relatório. Este resultado<br />
é conseqüência da seleção <strong>de</strong> um único aluno em um módulo. O mapa <strong>de</strong> acessos M01, ilustrado mostra<br />
quais dos OAs do módulo o aluno já acessou, além do tempo médio que o aluno levou acessando cada um<br />
dos OAs e conseqüentemente o grau <strong>de</strong> uso em cada um <strong>de</strong>les, comparado com o tempo médio da turma. O<br />
mapa faz distinção <strong>de</strong> cor do índice <strong>de</strong> grau <strong>de</strong> uso para médias abaixo <strong>de</strong> 1, indicando que abaixo <strong>de</strong> 1 o<br />
aluno acessou menos que a média da turma para as mídias atemporais e menos que o tempo <strong>de</strong> duração das<br />
mídias temporais.<br />
Figura 2. Mapa <strong>de</strong> acessos aos OAs (M01)<br />
As figuras 3 e 4 representam resultados do uso pelo professor. Eles exibem os resultados específicos da<br />
seleção e a média <strong>de</strong> acesso dos <strong>de</strong>mais alunos ou do tempo médio <strong>de</strong> acesso da turma inteira no módulo.<br />
Figuras 3 e 4. Gráficos: número <strong>de</strong> acesso aos OAs X aluno e número <strong>de</strong> acesso aos módulos X nota<br />
6. CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Acompanhar o progresso através do conteúdo didático não era a pouco tempo atrás uma necessida<strong>de</strong> clara,<br />
visto que a utilização <strong>de</strong> mídias diferentes das textuais para material didático não era uma praxe. Este<br />
trabalho dá subsídios para que a pesquisa sobre como acompanhar o aluno através <strong>de</strong> um sistema<br />
computacional no cenário <strong>de</strong> ensino seja bastante abrangente.<br />
33
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O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta nova ferramenta <strong>de</strong> acompanhamento MSys, capaz <strong>de</strong> ser integrada a sistemas<br />
do tipo LMS, tem como objetivo monitorar o progresso do aluno permitindo ao professor analisar as<br />
informações capturadas. Para isso, foi feita a análise <strong>de</strong> alguns LMSs, i<strong>de</strong>ntificando insuficiência nas funções<br />
<strong>de</strong> acompanhamento, partindo para uma elaboração da arquitetura e especificação <strong>de</strong>talhada da ferramenta<br />
MSys.<br />
A ferramenta foi <strong>de</strong>senvolvida utilizando-se dos padrões SCORM e LOM que facilita o armazenamento e<br />
a recuperação das informações cadastradas pelo professor além <strong>de</strong> facilitar o momento da captura das<br />
informações <strong>de</strong> acesso do aluno. A ferramenta foi validada através da concepção da ferramenta, que permite<br />
visualizar todas as possíveis respostas gráficas que po<strong>de</strong> ser verificada através da implementação <strong>de</strong> um<br />
protótipo que foi integrado ao LMS CoL, mostrando que as informações inerentes a um LMS são necessários<br />
para a operação do MSys e como prova <strong>de</strong> conceito na validação da interface e modo <strong>de</strong> operação<br />
(BAPTISTA,2007).<br />
A fim <strong>de</strong> aperfeiçoar a ferramenta são necessários alguns reajustes na sua implementação para uma<br />
visualização mais clara das informações no gráfico. Assim, existe uma preocupação com relação aos gráficos<br />
que po<strong>de</strong>m gerar muitos dados, on<strong>de</strong> muitas colunas po<strong>de</strong>m poluir a tela com excesso <strong>de</strong> informações, como<br />
quando se tem o resultado <strong>de</strong> todos os alunos em um único gráfico. É requisito funcional da ferramenta que a<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação caiba na tela sem per<strong>de</strong>r a qualida<strong>de</strong> ou dificultar a visualização do usuário<br />
(BAPTISTA, 2007). Assim, prevista a possibilida<strong>de</strong> futura do redimensionamento da área gráfica,<br />
permitindo que os dados sejam apresentados parcialmente para facilitar a análise e sem que nenhuma<br />
informação ou dado sejam perdidos. Além disso, opções <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong> gráficos diferentes para a exibição <strong>de</strong> um<br />
mesmo resultado torna a ferramenta versátil do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> uso e po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada também como<br />
implementação futura.<br />
REFERÊNCIAS<br />
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Disponível em: Acesso em: 25 jul.2006.<br />
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p. 639-646. Sidney, Australia. ISBN: 1-4244-0406-1.<br />
BAPTISTA, C.M., 2007. MSys: Uma Ferramenta <strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s para sistemas <strong>de</strong> aprendizado<br />
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CAMPBELL, L; CAMPBELL, B.; DICKINSON, D, 2000. Ensino e Aprendizagem por meio das Inteligências Múltiplas.<br />
2ª.ed. Porto Alegre: Ed. Artmed. 2000. 308 p. ISBN: 85-7307-512.<br />
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Disponível em: . Acesso em: 28 mai. 2007. Pré-publicação.<br />
MARTINS, J. G, 2002. Aprendizagem baseada em problemas aplicada a ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem. 2002. 219 p.<br />
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Acesso em: 26 jul. 2006.<br />
34
RECOMENDACIÓN DE PERFILES ACADÉMICOS<br />
MEDIANTE ALGORITMOS COLABORATIVOS BASADOS<br />
EN EL EXPEDIENTE<br />
Emilio J. Castellano<br />
<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Jaén<br />
Campus <strong>de</strong> las Lagunillas s/n, 23021. Jaén<br />
ejcastellano@gmail.com<br />
Luís Martínez<br />
<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Jaén<br />
Campus <strong>de</strong> las Lagunillas s/n, 23021. Jaén<br />
martin@ujaen.es<br />
Manuel Barranco<br />
<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Jaén<br />
Campus <strong>de</strong> las Lagunillas s/n, 23021. Jaén<br />
barranco@ujaen.es<br />
Luis G. Pérez Cordón<br />
<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Jaén<br />
Campus <strong>de</strong> las Lagunillas s/n, 23021. Jaén<br />
lgonzaga@ujaen.es<br />
RESUMEN<br />
Los Sistemas <strong>de</strong> Recomendación Colaborativos resultan ser muy útiles ayudando a seleccionar ítems <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />
espacios <strong>de</strong> búsqueda, basándose en que individuos con preferencias similares suelen elegir y valorar ítems <strong>de</strong> forma<br />
parecida. Existen numerosas aplicaciones comerciales que avalan esta i<strong>de</strong>a, especialmente en las áreas <strong>de</strong>l comercio<br />
electrónico y <strong>de</strong>l ocio; sin embargo, hay ámbitos, como el <strong>de</strong> la educación, que no aprovechan al máximo su potencial.<br />
La elección <strong>de</strong> itinerarios académicos y/o materias optativas a cursar no suele ser una <strong>de</strong>cisión fácil, ya que, en la mayoría<br />
<strong>de</strong> los casos, los alumnos carecen <strong>de</strong> la información, la madurez y el conocimiento necesarios para tomar <strong>de</strong>cisiones<br />
acertadas. En esta contribución se evalúa el comportamiento <strong>de</strong> los Sistemas Colaborativos a la hora <strong>de</strong> ayudar y orientar<br />
al alumnado en este tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiones, comprobando el comportamiento y el impacto que en estos sistemas pueda tener<br />
el uso <strong>de</strong> unos datos tan distintos a los que usan habitualmente, como son las calificaciones <strong>de</strong>l alumnado.<br />
En base a este estudio se construye OrieB, un sistema encargado <strong>de</strong> orientar académicamente al alumnado cuando se<br />
enfrente a la complicada <strong>de</strong>cisión <strong>de</strong> elegir un perfil académico y unas materias a cursar en su siguiente etapa educativa.<br />
PALABRAS CLAVES<br />
Sistemas <strong>de</strong> Recomendación, Filtrado Colaborativo, Educación, Expediente, Perfil Académico<br />
1. INTRODUCCIÓN<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Las personas se enfrentan diariamente a situaciones en las que <strong>de</strong>ben tomar <strong>de</strong>cisiones, más o menos<br />
importantes, encontrándose a veces con un amplio volumen <strong>de</strong> alternativas a consi<strong>de</strong>rar. Principalmente son<br />
tres los elementos que juegan un papel fundamental en la toma <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiones: (i) el grado <strong>de</strong> madurez <strong>de</strong>l<br />
individuo, (ii) su nivel <strong>de</strong> conocimientos y (iii) la información que dispone relacionada con la <strong>de</strong>cisión a<br />
tomar. Algunas veces, sobre todo en el caso <strong>de</strong> individuos con falta <strong>de</strong> experiencia, y en el ámbito concreto<br />
<strong>de</strong> la educación, los dos primeros pue<strong>de</strong>n no alcanzar el grado <strong>de</strong>seable, por lo que es interesante<br />
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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
proporcionar herramientas que los asistan, ya sea proporcionando información relevante, o <strong>de</strong>limitando las<br />
opciones a contemplar, en <strong>de</strong>finitiva, orientándo en mayor o menor medida a la hora <strong>de</strong> tomar la <strong>de</strong>cisión.<br />
En la formación educativa <strong>de</strong> todo individuo existe un momento en el que <strong>de</strong>be tomar ciertas <strong>de</strong>cisiones<br />
con respecto a su futuro: ¿qué tipo <strong>de</strong> formación me conviene, qué área elegir, qué itinerario académico<br />
seguir, que materias escoger…? Este hecho resulta inevitable y se produce en la mayoría <strong>de</strong> las etapas<br />
educativas, empezando por la Enseñanza Secundaria, en la que es cuestionable el grado <strong>de</strong> responsabilidad,<br />
madurez y/o conocimientos que los alumnos presentan a la hora <strong>de</strong> tomar estas importantes <strong>de</strong>cisiones.<br />
¿Existe entonces alguna forma <strong>de</strong> ayudar al alumnado en las tareas planteadas, ya sea <strong>de</strong>limitando el<br />
espectro <strong>de</strong> posibilida<strong>de</strong>s, u orientando hacia qué camino educativo seguir? En esta contribución vamos a<br />
tratar <strong>de</strong> dar respuesta a esta pregunta mediante la propuesta <strong>de</strong> un Sistema <strong>de</strong> Recomendación basado en<br />
algoritmos <strong>de</strong> Filtrado Colaborativo (en a<strong>de</strong>lante FC).<br />
Los Sistemas <strong>de</strong> Recomendación son herramientas <strong>de</strong> ayuda para la toma <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiones muy utilizadas en<br />
la actualidad, y <strong>de</strong> las cuales existe un amplio espectro <strong>de</strong> aplicaciones [Schafer et al. 2001; Resnick and<br />
Varian 1997], sobre todo para comercio electrónico y ocio. Existen diversos tipos <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong><br />
recomendación que difieren en el método o proceso <strong>de</strong> obtención <strong>de</strong> las recomendaciones y/o en las fuentes<br />
<strong>de</strong> información usadas, pudiendo <strong>de</strong>stacar: sistemas <strong>de</strong> recomendación colaborativos [Herlocker et al. 1999;<br />
Sarwar et al. 2001; Adomavicius and Tuzhilin 2005], sistemas basados en contenido [Pazzani 1999; Martínez<br />
et al. 2007], en información <strong>de</strong>mográfica [Pazzani 1999], en conocimiento [Burke 2000; Pérez et al. 2007],<br />
en utilidad [Barranco et al. 2006], o hibridando alguna <strong>de</strong> estas técnicas [Burke 2002].<br />
Los sistemas <strong>de</strong> recomendación colaborativos has sido los que mayor difusión han tenido <strong>de</strong>bido a su<br />
simplicidad y buenos resultados. Dichos sistemas usan valoraciones <strong>de</strong> una comunidad <strong>de</strong> usuarios sobre una<br />
serie <strong>de</strong> ítems para recomendar a un usuario u un ítem i que aún no ha valorado, estimando el valor que u<br />
daría a los ítems candidatos en base al valor que asignaron sobre los i candidatos aquellos usuarios con un<br />
parecido historial <strong>de</strong> preferencias.<br />
En esta contribución nosotros centramos el estudio <strong>de</strong> estos sistemas en el ámbito <strong>de</strong> la educación, don<strong>de</strong><br />
evaluaremos la aplicación <strong>de</strong>l FC en la recomendación asignaturas y/o perfiles estimando las calificaciones<br />
que obtendría un alumno, u, en las materias candidatas, basándonos en las calificaciones sobre las materias<br />
candidatas que alumnos con el mismo o parecido perfil académico que u obtuvieron en el pasado. Intentamos<br />
pues, estudiar la vali<strong>de</strong>z <strong>de</strong>l uso <strong>de</strong>l FC como herramienta válida para orientar al alumnado a la hora <strong>de</strong> tomar<br />
<strong>de</strong>cisiones que impliquen alguno <strong>de</strong> los siguientes puntos: elección individual <strong>de</strong> materias, elección <strong>de</strong><br />
perfiles o modalida<strong>de</strong>s académicas, e incluso <strong>de</strong>tección <strong>de</strong> asignaturas con potenciales problemas y<br />
necesida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> refuerzo para el individuo. Si los experimentos realizados aportan resultados satisfactorios se<br />
implementará un Sistema <strong>de</strong> Recomendación Colaborativo sobre el dominio expuesto.<br />
Esta comunicación se estructura <strong>de</strong>l siguiente modo: en la sección 2 se hace una breve <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong>l<br />
funcionamiento <strong>de</strong> los sistemas colaborativos; en la sección 3 se expone en <strong>de</strong>talle nuestra propuesta <strong>de</strong> FC<br />
para la recomendación <strong>de</strong> perfiles académicos y/o asignaturas; en la sección 4 se presenta un sistema <strong>de</strong><br />
recomendación para orientar al alumnado en el Bachillerato; en la sección 5 se concluye esta comunicación.<br />
2. SISTEMAS DE RECOMENDACIÓN COLABORATIVOS<br />
En la literatura existente se <strong>de</strong>scriben los Sistemas <strong>de</strong> Recomendación basados en FC como sistemas que<br />
trabajan recogiendo juicios humanos, expresados como votaciones, sobre una serie <strong>de</strong> ítems en un dominio<br />
dado, y tratan <strong>de</strong> emparejar personas que comparten las mismas necesida<strong>de</strong>s o gustos [Herlocker et al. 1999;<br />
Pazzani 1999; Adomavicius and Tuzhilin 2005; Breese et al. 1998].<br />
Los usuarios <strong>de</strong> un sistema colaborativo comparten sus valoraciones y opiniones con respecto a los ítems<br />
que conocen <strong>de</strong> forma que otros usuarios puedan <strong>de</strong>cidir qué elección realizar. A cambio <strong>de</strong> compartir esta<br />
información, el sistema proporciona recomendaciones personalizadas para aquellos elementos que pue<strong>de</strong>n<br />
resultar interesantes al usuario.<br />
Es <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar que en el FC son los usuarios, las personas, quienes <strong>de</strong>terminan la relevancia, cualidad e<br />
interés <strong>de</strong> los ítems, por lo que se pue<strong>de</strong> realizar el filtrado sobre elementos difíciles <strong>de</strong> analizar mediante<br />
computación. El FC tiene la capacidad <strong>de</strong> discernir cómo se adapta un ítem a las necesida<strong>de</strong>s o intereses <strong>de</strong><br />
los usuarios, basándose en la propia capacidad humana <strong>de</strong> analizar en términos <strong>de</strong> calidad o gusto, tarea<br />
difícilmente realizable por procesos computacionales.<br />
36
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Los algoritmos FC pue<strong>de</strong>n ser agrupados en dos clases generales [Adomavicius and Tuzhilin 2005;<br />
Breese et al. 1998]: los basados en memoria, que se basan en una vecindad completa <strong>de</strong> usuarios y sus<br />
valoraciones para el cálculo <strong>de</strong> predicciones [Herlocker et al. 1999; Adomavicius and Tuzhilin 2005], y los<br />
basados en mo<strong>de</strong>los, que usan esas valoraciones para apren<strong>de</strong>r un mo<strong>de</strong>lo que será el usado para pre<strong>de</strong>cir<br />
[Ungar and Foster 1998; Kim and Yum 2005; Breese et al. 1998].<br />
La información manejada en FC consta <strong>de</strong> una serie <strong>de</strong> ítems, usuarios y valoraciones proporcionada por<br />
los usuarios sobre esos ítems: el espacio <strong>de</strong>l problema viene <strong>de</strong>finido como una matriz <strong>de</strong> usuarios frente a<br />
ítems, en la que cada celda representa la puntuación <strong>de</strong> un usuario concreto referida a un ítem específico<br />
(Tabla 1). En nuestro caso tal matriz estaría formada por calificaciones <strong>de</strong> alumnos en materias.<br />
Resolver un problema típico <strong>de</strong> FC implica pre<strong>de</strong>cir qué valores tendría un usuario para aquellos ítems<br />
que aún no ha puntuado, basándonos para ello en las valoraciones aportadas anteriormente por la comunidad<br />
<strong>de</strong> usuarios [Adomavicius and Tuzhilin 2005; Herlocker et al. 1999]. En cuanto a la recomendación que se<br />
muestra al usuario, pue<strong>de</strong> estar formada por los valores previstos para una serie <strong>de</strong> ítems, o bien por una lista<br />
formada por aquellos ítems que supuestamente al usuario <strong>de</strong>berían gustarle más, teniendo para ello en cuenta<br />
si <strong>de</strong>ben o no mostrarse ítems ya votados.<br />
Tabla 1. Representación <strong>de</strong>l espacio <strong>de</strong> un problema asociado a FC.<br />
Superman Titanic Spi<strong>de</strong>rman American Pie Matrix<br />
Alex 9 1 9 6 10<br />
Ricardo 4 3 10 4<br />
Eva 8 2 9 7 8<br />
Pedro 6 3 ? 6 7<br />
Para generar una predicción <strong>de</strong>ben realizarse una serie <strong>de</strong> tareas [Herlocker et al. 1999]: establecer el<br />
valor <strong>de</strong> similitud entre el usuario activo y el resto, seleccionar un conjunto <strong>de</strong> usuarios para generar la<br />
predicción, y generar una predicción en base a combinaciones pon<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> las valoraciones que realizaron<br />
los vecinos seleccionados.<br />
Para establecer la similitud entre vecinos <strong>de</strong>bemos <strong>de</strong>finir una medida que nos permita evaluar el grado <strong>de</strong><br />
parecido entre unos y otros. Existen diversas medidas para este cálculo siendo las más usadas <strong>de</strong> estas<br />
medidas son el Coeficiente <strong>de</strong> Correlación <strong>de</strong> Pearson y el Vector <strong>de</strong> Similitud o Coseno [Breese et al. 1998].<br />
Una vez establecidas las similitu<strong>de</strong>s entre el usuario activo y el resto <strong>de</strong> la comunidad, es necesario elegir<br />
cuáles <strong>de</strong> entre estos últimos se usarán para computar las predicciones, puesto que en términos <strong>de</strong> eficiencia y<br />
exactitud utilizar todos para el cálculo no sería viable. Por ello se suele escoger un número pre<strong>de</strong>terminado K<br />
<strong>de</strong> vecinos, los K con mayor valor <strong>de</strong> similitud [Herlocker et al. 1999; Pazzani 1999]. Los dos procesos<br />
anteriores se realizan mediante la implementación <strong>de</strong> un algoritmo K-NN (K Nearest Neighbors).<br />
Tras escoger el vecindario resta combinar las valoraciones <strong>de</strong> éste para producir una predicción<br />
[Adomavicius and Tuzhilin 2005; Herlocker et al. 1999]. La forma más sencilla <strong>de</strong> hacerlo es calcular una<br />
media pon<strong>de</strong>rada <strong>de</strong> las predicciones, sin embargo, una <strong>de</strong> las aproximaciones más utilizadas y que mejores<br />
resultados da es calcular una suma media ajustada <strong>de</strong> dichas puntuaciones utilizando la media <strong>de</strong> valoración<br />
<strong>de</strong> cada individuo y las correlaciones como pesos [Adomavicius and Tuzhilin 2005; Herlocker et al. 1999].<br />
Todo el proceso relatado hasta el momento se conoce como filtrado colaborativo basado en usuario (en<br />
a<strong>de</strong>lante FC-U). Existe otro enfoque <strong>de</strong> la misma i<strong>de</strong>a que surge para intentar solventar ciertos problemas <strong>de</strong><br />
escalabilidad (conforme crece el número <strong>de</strong> valoraciones y usuarios, aumenta el tiempo <strong>de</strong> computación<br />
requerido) y dispersión (usuarios con valoraciones muy dispares pue<strong>de</strong>n no encontrar recomendaciones al no<br />
encontrar vecinos a<strong>de</strong>cuados) se ha propuesto en [Sarwar et al. 2001] una variante <strong>de</strong> filtrado colaborativo<br />
basada en ítems (FC-I) en la que en vez <strong>de</strong> estudiarse la similitud entre usuarios y proporcionar predicciones<br />
en base a sus votaciones se estudia el comportamiento <strong>de</strong> los propios ítems en sí, estableciendo cuáles<br />
presentan valoraciones similares y realizando predicciones en base a los propios ítems, y no a los usuarios.<br />
Por ejemplo, si se comprueba que los usuarios que votan Matrix, Superman y Spi<strong>de</strong>rman lo hacen <strong>de</strong> forma<br />
similar, se pue<strong>de</strong>n usar las valoraciones <strong>de</strong>l usuario activo en dos <strong>de</strong> ellas para estimar la puntuación <strong>de</strong> la<br />
tercera (Tabla 1).<br />
La construcción <strong>de</strong> estos sistemas se realiza <strong>de</strong> forma análoga al FC-U, con las mismas medidas, solo que<br />
en vez <strong>de</strong> explorar la matriz <strong>de</strong> usuarios-ítems por filas para establecer la similitud entre usuarios, se hace por<br />
columnas, para obtener similitu<strong>de</strong>s entre ítems.<br />
Por otro lado, los algoritmos FC-U están pensados para trabajar online. Esto quiere <strong>de</strong>cir que se espera<br />
que en tiempo real el usuario solicite una recomendación y el sistema realice todos los cálculos necesarios<br />
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para aportar una recomendación. En FC-I lo que se preten<strong>de</strong> es buscar datos que sean computables offline, es<br />
<strong>de</strong>cir, realizar la mayor parte <strong>de</strong>l cálculo (correspondiente a encontrar la similitud entre ítems) antes <strong>de</strong> que el<br />
usuario solicite una recomendación, <strong>de</strong> forma que el coste computacional <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> la solicitud sea mínimo.<br />
Veamos ahora el comportamiento <strong>de</strong> estas técnicas en el ámbito propuesto y su impacto sobre los datos<br />
que preten<strong>de</strong>mos utilizar.<br />
3. FC PARA RECOMENDAR MATERIAS Y PERFILES ACADÉMICOS<br />
En las enseñanzas regladas que permiten algún grado <strong>de</strong> elección u optatividad encontramos ciertos patrones<br />
comunes en la estructura que presentan: existen alumnos que, matriculados en asignaturas, obtienen en ellas<br />
ciertas calificaciones; las asignaturas están asociadas a un curso, nivel o grado, y pue<strong>de</strong>n presentar distintos<br />
tipos, según sean obligatorias, optativas, referidas a una modalidad o perfil concreto, habiendo agrupaciones<br />
<strong>de</strong> materias que formen perfiles o itinerarios educativos en caso <strong>de</strong> cursar todas o un grupo <strong>de</strong> ellas. Po<strong>de</strong>mos<br />
<strong>de</strong>finir un expediente académico como un conjunto <strong>de</strong> calificaciones obtenidas por un alumno para una serie<br />
<strong>de</strong> materias cursadas a lo largo <strong>de</strong> cierto periodo <strong>de</strong> tiempo.<br />
El objetivo principal <strong>de</strong> esta contribución es respon<strong>de</strong>r a la siguiente pregunta: ¿Es posible utilizar el<br />
expediente académico <strong>de</strong> una persona para orientarle a la hora <strong>de</strong> escoger su futuro? Inicialmente la respuesta<br />
no es <strong>de</strong>l todo clara, puesto que entran en juego factores subjetivos, psicológicos y aptitudinales.<br />
Dado que las calificaciones <strong>de</strong> un individuo aportan información fiable sobre las aptitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ese alumno,<br />
las áreas en las que mejor se comporta, e incluso sus preferencias. Preten<strong>de</strong>mos evaluar si un Sistema <strong>de</strong><br />
Recomendación Colaborativo, estimando la posible calificación que un alumno obtendría en una materia en<br />
caso <strong>de</strong> cursarla, pue<strong>de</strong> proporcionar información relevante que, conjugada <strong>de</strong>bidamente en un futuro con<br />
otro tipo <strong>de</strong> informaciones, termine dando lugar a un sistema capaz <strong>de</strong> ayudar a los individuos a la hora <strong>de</strong><br />
tomar <strong>de</strong>cisiones sobre su futuro. Para ello realizamos una serie <strong>de</strong> experimentos para obtener una respuesta<br />
fiable a la pregunta anterior.<br />
3.1 Unos datos Singulares<br />
El conjunto <strong>de</strong> datos que utilizaremos en los experimentos son las calificaciones <strong>de</strong> los alumnos en una serie<br />
<strong>de</strong> materias. Normalmente los sistemas <strong>de</strong> recomendación trabajan o bien con datos explícitos (directamente<br />
aportados por el usuario sobre sus propias percepciones), o bien implícitos (obtenidos <strong>automática</strong>mente por el<br />
sistema en función <strong>de</strong>l comportamiento <strong>de</strong>l usuario) [Herlocker et al. 2004]. En el caso que nos ocupa los<br />
datos no se encuadran nítidamente en los tipos anteriores, puesto que las calificaciones son aportadas por una<br />
tercera persona experta en la materia, y no <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n directamente <strong>de</strong>l usuario. Por tanto, es interesante<br />
comprobar qué funcionamiento pue<strong>de</strong> tener el uso <strong>de</strong> FC en este tipo <strong>de</strong> datos tan singular.<br />
El conjunto <strong>de</strong> datos utilizado está formado por un total <strong>de</strong> 744 alumnos anónimos <strong>de</strong> entre 4º <strong>de</strong> E.S.O.<br />
(Educación Secundaria Obligatoria), 1º y 2º <strong>de</strong> Bachillerato <strong>de</strong> 9 promociones proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> varios centros<br />
educativos andaluces, consi<strong>de</strong>rando hasta 100 asignaturas y un total <strong>de</strong> 15752 calificaciones, que contemplan<br />
valores enteros comprendidos entre el 0 y el 10. En las etapas educativas contempladas se empiezan a realizar<br />
<strong>de</strong>cisiones <strong>de</strong>l tipo <strong>de</strong> las expuestas anteriormente, existiendo distintos itinerarios educativos a seguir. Este es<br />
el motivo por el que se ha consi<strong>de</strong>rado interesante basar en ellas nuestro estudio.<br />
3.2 Procedimiento Experimental<br />
Para dar respuesta a la pregunta <strong>de</strong>l inicio <strong>de</strong> esta sección, se han realizado numerosos experimentos para<br />
medidas <strong>de</strong> similitud y predicciones basadas en memoria, tanto con FC-U como con FC-I.<br />
Indicar que para evaluar el comportamiento <strong>de</strong> los distintos algoritmos <strong>de</strong> FC se han utilizado las métricas<br />
<strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong>l Error Medio Absoluto (en a<strong>de</strong>lante MAE), que estima la exactitud con la que el sistema<br />
realizará las predicciones, y la Cobertura, que calcula el porcentaje <strong>de</strong> ítems para los que el sistema es capaz<br />
<strong>de</strong> proporcionar una predicción [Herlocker et al. 2004].<br />
En nuestros experimentos hemos estudiado el comportamiento <strong>de</strong> la mayoría <strong>de</strong> variantes conocidas <strong>de</strong><br />
algoritmos FC [Breese et al. 1998; Herlocker et al. 1999], intentando optimizar diferentes parámetros como:<br />
Porcentajes <strong>de</strong> conjunto <strong>de</strong> entrenamiento y prueba<br />
38
Número <strong>de</strong> Vecinos<br />
Factor <strong>de</strong> relevancia<br />
Medidas <strong>de</strong> predicción<br />
Cada experimento se ha ejecutado un mínimo <strong>de</strong> 40 veces. Dado el gran número <strong>de</strong> experimentos realizados<br />
sólo mostraremos en la Tabla 2 los resultados obtenidos para aquellos que mejor comportamiento han<br />
mostrado en FC-I/U. Pue<strong>de</strong> obtenerse una información más extensa al respecto <strong>de</strong> [Castellano 2007].<br />
Tabla 2. Resultados experimentales.<br />
MAE obtenido para FC-I MAE obtenido para FC-U<br />
K=10 K=15 K=20 K=25 K=30 K=35<br />
N=20 0,9069 0,9053 0,9067 N=35 0,9319 0,9300 0,9308<br />
N=25 0,9075 0,9036 0,9060 N=40 0,9278 0,9261 0,9271<br />
N=30 0,9097 0,9020 0,9072 N=45 0,9278 0,9261 0,9272<br />
N=35 0,9094 0,9026 0,9095 N=50 0,9249 0,9234 0,9243<br />
N=40 0,9114 0,9045 0,9111 N=55 0,9304 0,9297 0,9292<br />
Los valores <strong>de</strong> la Tabla 2, en el caso <strong>de</strong> FC-I correspon<strong>de</strong>n al uso <strong>de</strong>l coeficiente <strong>de</strong> correlación <strong>de</strong><br />
Pearson como medida <strong>de</strong> similitud, a la que se aplica un factor <strong>de</strong> relevancia que parte <strong>de</strong> la i<strong>de</strong>a <strong>de</strong> que serán<br />
más relevantes aquellas medidas <strong>de</strong> similitud en las que han participado un mayor número <strong>de</strong> valoraciones<br />
[Herlocker et al. 1999; Pazzani 1999]. Para ello se multiplica el coeficiente <strong>de</strong> correlación <strong>de</strong> Pearson por el<br />
número <strong>de</strong> alumnos usados en el cálculo <strong>de</strong> similitud (recor<strong>de</strong>mos que estamos usando FC-I) dividido entre<br />
una constante N, que hemos ajustado a 30 tras haberse variado en los experimentos entre 5 y 60. El número<br />
<strong>de</strong> vecinos K escogidos para el cálculo <strong>de</strong> predicciones que mejor ha resultado ha sido 15, <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> realizar<br />
pruebas con valores entre 5 y 50. Las predicciones <strong>de</strong>l sistema se han calculado mediante la suma media<br />
pon<strong>de</strong>rada y se le ha aplicado una mejora <strong>de</strong>nominada amplificación <strong>de</strong> casos [Breese et al. 1998] que<br />
enfatiza en las predicciones aquellas valoraciones aportadas por vecinos con mayor similitud, penalizando los<br />
más lejanos.<br />
En el caso <strong>de</strong> FC-U el que mejor resultados aportó es análogo al anterior, pero con ciertas diferencias<br />
(Tabla 2): para el cálculo <strong>de</strong>l coeficiente <strong>de</strong> correlación <strong>de</strong> Pearson se fija la media a 5 para todos los<br />
alumnos, <strong>de</strong> modo que las similitu<strong>de</strong>s se calculen <strong>de</strong> forma absoluta; N tomará el valor <strong>de</strong> 50 y K <strong>de</strong> 30. Los<br />
resultados obtenidos se muestran en la Figura 1.<br />
En ambos casos los porcentajes <strong>de</strong> poblaciones <strong>de</strong> entrenamiento y prueba que mejor se comportan son<br />
<strong>de</strong>l 80% y 20% respectivamente.<br />
Como po<strong>de</strong>mos verificar, el MAE en las predicciones es aceptable para las necesida<strong>de</strong>s que preten<strong>de</strong>mos<br />
<strong>de</strong> nuestro estudio.. Mencionar que en FC-I la cobertura no baja <strong>de</strong>l 99% y en FC-U <strong>de</strong>l 98%. Se ha<br />
comprobado el comportamiento <strong>de</strong> ambos algoritmos agrupando las materias por tipos para corroborar si<br />
existía variación. Vemos que el mejor mo<strong>de</strong>lo es el basado en ítem, con un MAE global <strong>de</strong> 0,902 y sin mucha<br />
variación en función <strong>de</strong>l tipo.<br />
MAE<br />
1,02<br />
1<br />
0,98<br />
0,96<br />
0,94<br />
0,92<br />
0,9<br />
0,88<br />
0,86<br />
Resultados Experimentales<br />
0,9234<br />
0,902 0,9015<br />
0,8682<br />
1,0125<br />
0,9316<br />
todas optativas propias comunes<br />
Asignatudas contempladas por grupos<br />
Figura 1. Cálculo <strong>de</strong>l Error Absoluto Medio.<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
0,9053<br />
0,8803<br />
A continuación presentamos OrieB, una aplicación web que preten<strong>de</strong> orientar al alumnado <strong>de</strong> E.S.O. y<br />
Bachillerato en <strong>de</strong>cisiones tales como escoger modalidad, seleccionar asignaturas, etc.<br />
FC-I<br />
FC-U<br />
39
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
4. ORIEB – WEB DE ORIENTACIÓN PARA EL BACHILLERATO<br />
Utilizando la información obtenida tras analizar los resultados <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> los experimentos realizados, se<br />
ha querido implementar un pequeño sistema <strong>de</strong> orientación, OrieB, basado en el algoritmo que mejores<br />
resultados ha dado, para ayudar a aquellos alumnos que quieran cursar Bachillerato, partiendo <strong>de</strong> los datos<br />
que hemos usado en los experimentos.<br />
La Figura 2 nos muestra la página <strong>de</strong> presentación <strong>de</strong>l sistema OrieB, en la que se explica <strong>de</strong> forma breve<br />
y clara el tipo <strong>de</strong> recomendaciones que se realizan y se da una pequeña noción sobre cómo utilizar el sistema,<br />
que queda ampliada en la ayuda.<br />
Figura 2. Página <strong>de</strong> presentación <strong>de</strong> OrieB.<br />
El sistema realiza 3 tipos <strong>de</strong> recomendaciones: la modalidad <strong>de</strong> Bachillerato más a<strong>de</strong>cuada para el<br />
individuo (a elegir <strong>de</strong> entre 4 posibles), las asignaturas <strong>de</strong> modalidad y optativas más recomendadas, y<br />
asignaturas obligatorias en las que el alumno pue<strong>de</strong> requerir refuerzo educativo (Figuras 3, 4, 5 y 6).<br />
Figura 2. Recomendación <strong>de</strong> perfil o modalidad.<br />
Dado que las recomendaciones se calculan en base a la similitud <strong>de</strong> los usuarios, y esta pue<strong>de</strong> dar valores<br />
sesgados (alta similitud con números bajos <strong>de</strong> elementos en común), para aumentar la fiabilidad <strong>de</strong> las<br />
recomendaciones, el sistema proporcionará información adicional que expresa no sólo lo a<strong>de</strong>cuada que es<br />
una recomendación para el individuo, sino también el grado <strong>de</strong> confianza que merece, teniendo en cuenta<br />
cómo esa recomendación es construida por el sistema basándose en las predicciones.<br />
Teniendo en cuesta esto, construimos el grado <strong>de</strong> interés que una modalidad pue<strong>de</strong> presentar para un<br />
alumno en base a 3 factores: (i) la media <strong>de</strong> las calificaciones correspondientes a las materias propias <strong>de</strong><br />
dicha modalidad, (ii) la varianza en las calificaciones <strong>de</strong> dichas materias, y (iii) la cobertura <strong>de</strong> tales<br />
previsiones, consi<strong>de</strong>rando que cuantas más materias <strong>de</strong> entre todas las propias <strong>de</strong> la modalidad se<br />
contemplen, y cuanto menor sea la diferencia entre las calificaciones <strong>de</strong> dichas materias, mayor será el grado<br />
<strong>de</strong> confianza que nos pue<strong>de</strong> aportar la media <strong>de</strong> las predicciones (Figura 2).<br />
40
Figura 3. Recomendaciones para asignaturas propias <strong>de</strong> modalidad.<br />
Figura 4. Recomendaciones para materias optativas.<br />
Figura 5. Recomendaciones para refuerzo educativo.<br />
Para el caso <strong>de</strong> recomendaciones individuales, se presentan listas or<strong>de</strong>nadas en base al interés calculado<br />
para cada ítem, obtenido en base a las predicciones realizadas por el algoritmo FC; a<strong>de</strong>más se muestra un<br />
porcentaje <strong>de</strong> confianza para la recomendación que tiene en cuenta dos factores: la varianza para la<br />
predicción concreta y el número <strong>de</strong> elementos que se utilizaron para elaborar la predicción, es <strong>de</strong>cir, el<br />
número <strong>de</strong> materias similares usadas (Figuras 3 y 4). Al recomendar las materias propias <strong>de</strong> modalidad se<br />
muestran todas las modalida<strong>de</strong>s, favoreciendo que el alumno pueda evaluar completamente las posibles<br />
alternativas. Con respecto a las materias que requieren refuerzo el cálculo es similar al <strong>de</strong> las optativas,<br />
aunque se muestran únicamente aquellas asignaturas cuya predicción es menor o igual que 4 (Figura 5).<br />
Pue<strong>de</strong> obtenerse una información más <strong>de</strong>tallada sobre el funcionamiento <strong>de</strong>l sistema en [Castellano 2007].<br />
5. CONCLUSIONES<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Tras analizar los sistemas <strong>de</strong> recomendación basados en filtrado colaborativo se ha <strong>de</strong>mostrado que su uso<br />
pue<strong>de</strong> resultar más que interesante a la hora <strong>de</strong> realizar recomendaciones personalizadas a alumnos sobre<br />
itinerarios educativos y a la hora <strong>de</strong> escoger asignaturas optativas, e incluso prever qué asignaturas comunes<br />
presentarán unas mayores dificulta<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizaje o necesida<strong>de</strong>s específicas <strong>de</strong> refuerzo al alumno.<br />
A<strong>de</strong>más, y tras estudiar las peculiarida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>l dominio concreto, hemos observado que posiblemente sea<br />
la primera vez que se utilizan datos que no provienen directamente <strong>de</strong>l usuario ni son recogidos<br />
41
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
<strong>automática</strong>mente por el sistema, sino que son aportados por expertos; sin embargo, el FC se ha comportado<br />
<strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>cuada.<br />
En base a estos resultados se ha implementado OrieB, un pequeño sistema basado en FC-I para<br />
ayudar/orientar a aquellos alumnos que quieran cursar Bachillerato a elegir tanto la modalidad como las<br />
materias propias <strong>de</strong> modalidad y las optativas.<br />
Los buenos resultados obtenidos nos hacen pensar que se pue<strong>de</strong>n construir sistemas <strong>de</strong> este tipo para<br />
orientar a alumnos <strong>de</strong> cualquier tipo <strong>de</strong> enseñanzas en las que el camino académico a recorrer no sea único,<br />
como por ejemplo enseñanzas <strong>de</strong> tipo universitario, y dado que el sistema utiliza únicamente información<br />
cuantitativa sobre el alumnado, es viable la inclusión <strong>de</strong> mejoras que contemplen información <strong>de</strong> carácter<br />
cualitativo, tanto sobre alumnos como sobre asignaturas, <strong>de</strong> forma que se elaboren recomendaciones más<br />
confiables y <strong>de</strong> mayor calidad.<br />
AGRADECIMIENTOS<br />
Esta contribución está parcialmente financiada por el proyecto <strong>de</strong> investigación TIN 2006-02121.<br />
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Publishers.<br />
Ungar, L. H., and D. P. Foster. 1998. Clustering Methods for Collaborative Filtering. Paper read at Proceedings of the<br />
Workshop on Recommendation Systems.<br />
42
UMA FERRAMENTA DE MINERAÇÃO DE TEXTOS PARA<br />
ASSISTIR AS DÚVIDAS DOS ALUNOS EM AMBIENTES<br />
VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM<br />
RESUMO<br />
Eros Estevão <strong>de</strong> Moura<br />
Universida<strong>de</strong> Candido Men<strong>de</strong>s, Campos dos Goytacazes, RJ, Brazil<br />
eros@cefetes.br<br />
Sahudy Montenegro González<br />
Universida<strong>de</strong> Candido Men<strong>de</strong>s, Campos dos Goytacazes, RJ, Brazil<br />
sahudy@ucam-campos.br<br />
Annabell <strong>de</strong>l Real Tamariz<br />
Universida<strong>de</strong> Candido Men<strong>de</strong>s, Campos dos Goytacazes, RJ, Brazil<br />
annabell@ucam-campos.br<br />
Geórgia R. Rodrigues Gomes<br />
Universida<strong>de</strong> Candido Men<strong>de</strong>s, Campos dos Goytacazes, RJ, Brazil<br />
georgia@ucam-campos.br<br />
Na Educação a Distância (EaD), o maior obstáculo para o acompanhamento do aprendizado é o contato entre professor<br />
e aluno, já que, na maior parte do tempo, é mediado pelo computador, limitando-se às mensagens escritas. Assim, um<br />
das diferenças entre o acompanhamento na educação presencial e na educação a distância está na observação realizada<br />
pelo professor, que não po<strong>de</strong> mais contar com o ”corpo a corpo” da sala <strong>de</strong> aula. Nos ambientes computacionais para<br />
EaD, a observação é feita por meio das interações do aluno com o ambiente. Para lidar com essa situação, este trabalho<br />
propõe a utilização <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong> texto para apoiar a aprendizagem dos alunos. Os alunos po<strong>de</strong>m expor<br />
suas dúvidas em linguagem natural, que serão respondidas com a melhor resposta possível, obtida a partir da mineração<br />
da base <strong>de</strong> conhecimento preenchida pelo professor especialista da disciplina. A interface po<strong>de</strong> ficar disponível em listas<br />
<strong>de</strong> discussão, bate-papo (chats), fóruns, que são mecanismos <strong>de</strong> comunicação do ambiente <strong>de</strong> aprendizagem. Para validar<br />
as idéias propostas, é apresentado um estudo <strong>de</strong> caso, <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong>ntro do ambiente do TelEduc, os testes feitos e seus<br />
resultados.<br />
PALAVRAS CHAVES<br />
Mineração <strong>de</strong> Texto, Ambiente Virtual <strong>de</strong> Aprendizagem, TelEduc, Assistentes Inteligentes <strong>de</strong> Ensino.<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
O ensino em ambientes virtuais <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong>ve ser abordado como um problema a ser<br />
solucionado <strong>de</strong> forma cooperativa. A ação do aluno é o centro do processo, on<strong>de</strong> o sistema<br />
permite um método <strong>de</strong> ensino individualizado que respeita o ritmo próprio <strong>de</strong> aprendizado<br />
do aluno. A partir <strong>de</strong>ssa necessida<strong>de</strong> foram criados os Assistentes Inteligentes <strong>de</strong> Ensino<br />
(ITAs - Intelligent Teaching Assistant systems). O ITA é orientado a alunos e professores.<br />
Ele auxilia os estudantes, mas também assistem ao professor em suas tarefas [Yacef, 2002].<br />
43
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
O objetivo fundamental <strong>de</strong> um sistema ITA é assistir aos professores, disponibilizando<br />
informações através <strong>de</strong> um ambiente, que permita i<strong>de</strong>ntificar e auxiliar os alunos<br />
individualmente, e escolher materiais e ativida<strong>de</strong>s que possam auxiliar na superação das dificulda<strong>de</strong>s.<br />
Ao assistir o professor, o aluno estará sendo beneficiado também pela melhoria<br />
da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento. Além disso, propõe a automatização <strong>de</strong> tarefas, e facilitação<br />
<strong>de</strong> consultas referente ao <strong>de</strong>sempenho e interações realizadas pelos alunos, auxiliando na<br />
proposta <strong>de</strong> novos exercícios e materiais personalizados [Yacef, 2002].<br />
Com o objetivo <strong>de</strong> automatizar algumas tarefas do professor, este trabalho propõe<br />
uma ferramenta assistente que utiliza técnicas <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong> textos para respon<strong>de</strong>r as<br />
dúvidas dos alunos no processo <strong>de</strong> ensino em ambientes virtuais <strong>de</strong> aprendizagem. Assim,<br />
propõe-se aumentar a interação do aluno nos ambientes virtuais <strong>de</strong> ensino. A idéia é que a<br />
introdução <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong> texto (text mining) em ambientes virtuais permitem<br />
ao aluno tirar maior proveito e melhor se comunicar com o ambiente. Assim sendo, técnicas<br />
efetivas tornarão o ambiente <strong>de</strong> aprendizagem mais confiável e os alunos passarão a utilizá-lo<br />
com maior freqüência.<br />
A ferramenta tem como finalida<strong>de</strong> oferecer aos alunos suporte para que possam expor,<br />
em linguagem natural, suas dúvidas nas diferentes disciplinas do curso <strong>de</strong> Educação a<br />
Distância (EaD). As perguntas serão respondidas com a melhor resposta possível, a partir<br />
<strong>de</strong> bases <strong>de</strong> textos agrupados por temáticas, preenchidas pelos professores especialistas das<br />
disciplinas. A interface da ferramenta no ambiente <strong>de</strong> aprendizagem po<strong>de</strong> ficar disponível<br />
em qualquer ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem com apenas poucas linhas <strong>de</strong> código.<br />
O objetivo <strong>de</strong>ste artigo é a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta ferramenta <strong>de</strong> apoio à aprendizagem. Para<br />
apresentar tal proposta, o artigo está organizado em cinco seções. Na Seção 2, são relatados<br />
alguns dos mecanismos <strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong> alunos em ambientes <strong>de</strong> EaD. Na Seção 3, é<br />
<strong>de</strong>scrita a ferramenta, sua arquitetura, características e funcionamento. A Seção 4 expõe os<br />
testes realizados e os resultados. Por último, a Seção 5 apresenta as conclusões do trabalho.<br />
2. TRABALHOS RELACIONADOS<br />
Nesta seção são relatadas algumas formas <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> mineração em ambientes virtuais<br />
<strong>de</strong> aprendizagem. Em [Lopes, 2003], propõe-se uma estratégia para o acompanhamento<br />
do aprendizado no EaD baseada nas práticas <strong>de</strong> acompanhamento do ensino presencial,<br />
acrescida da tática <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> dados, on<strong>de</strong> fatores do acompanhamento po<strong>de</strong>m ser relacionados<br />
para se verificar a aprendizagem <strong>de</strong> forma mais elaborada através da <strong>geração</strong> <strong>de</strong><br />
um novo conhecimento <strong>de</strong>scoberto com a utilização <strong>de</strong> ferramentas <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong> texto.<br />
Apresenta-se o MIDAS-POETA, um sistema <strong>de</strong> apoio a <strong>de</strong>cisão baseado em mineração <strong>de</strong><br />
dados para o sistema Portfolio-Tutor.<br />
Em [dos Santos Machado and Becker, 2002], apresenta-se um estudo sobre a utilização<br />
<strong>de</strong> técnicas da mineração <strong>de</strong> dados, aplicadas sobre dados Web. O trabalho <strong>de</strong>screve um<br />
estudo <strong>de</strong> caso sobre a mineração do uso da Web no contexto da educação a distância, no<br />
qual, irá auxiliar na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> padrões <strong>de</strong> uso dos dados Web através das interações<br />
dos alunos em um ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem. Este estudo <strong>de</strong> caso envolve um curso<br />
baseado na Web disponibilizado pela PUCRS Virtual.<br />
44
Os trabalhos encontrados no levantamento bibliográfico tratam diferentes estratégias<br />
para o acompanhamento do aprendizado e o comportamento do aluno no contexto <strong>de</strong> um<br />
ambiente <strong>de</strong> suporte ao ensino a distância. O diferencial <strong>de</strong>ste trabalho no processo <strong>de</strong> aprendizado<br />
do aluno em um ambiente virtual é a sua proposta para <strong>de</strong>senvolver uma ferramenta<br />
que agregue valor qualitativo na interação do aluno com o ambiente. Desta forma, auxiliar os<br />
alunos nas soluções <strong>de</strong> suas dúvidas durante o processo <strong>de</strong> aprendizagem e ajudá-lo a melhor<br />
enten<strong>de</strong>r as matérias. Acreditamos que com a ferramenta a<strong>de</strong>quada, o aluno vai certamente<br />
achar a motivação para aumentar sua interação com o ambiente, e <strong>de</strong>sta forma, a avaliação<br />
do comportamento, do nível <strong>de</strong> conhecimento e do grau <strong>de</strong> interesse do aluno po<strong>de</strong>rá ser<br />
mais próxima da realida<strong>de</strong>.<br />
3. UMA FERRAMENTA ASSISTENTE DE DÚVIDAS<br />
O objetivo da ferramenta é integrar a busca (da parte dos alunos) e <strong>de</strong>scoberta (da parte<br />
da ferramenta) <strong>de</strong> informação em ambientes Web <strong>de</strong> educação a distância, promovendo,<br />
assim, a comunicação aluno-ambiente. A ferramenta oferece para os alunos suporte para<br />
que possam expor, em linguagem natural, suas dúvidas nas diferentes disciplinas do curso<br />
<strong>de</strong> EaD. As perguntas serão respondidas com a melhor resposta possível, a partir da utilização<br />
<strong>de</strong> técnicas para minerar texto em bases <strong>de</strong> conhecimento, preenchidas pelos professores<br />
especialistas das disciplinas. A interface da ferramenta no ambiente <strong>de</strong> aprendizagem po<strong>de</strong><br />
ficar disponível em qualquer um dos mecanismos <strong>de</strong> comunicação (fóruns, bate-papo, listas<br />
<strong>de</strong> discussão, <strong>de</strong>ntre outros).<br />
A Figura 1 mostra a arquitetura da ferramenta em três módulos, <strong>de</strong>scritos a seguir.<br />
1. Módulo <strong>de</strong> Manutenção: possibilita a inclusão, alteração e exclusão <strong>de</strong> documentos<br />
da base <strong>de</strong> conhecimento.<br />
2. Módulo <strong>de</strong> Inteligência: aplica a mineração <strong>de</strong> texto gerando índices, que serão utilizados<br />
no mecanismo <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> informação. Esta estrutura será utilizada<br />
mais tar<strong>de</strong> pelo módulo <strong>de</strong> interface.<br />
3. Módulo <strong>de</strong> Interface: serve <strong>de</strong> interface entre a ferramenta e a aplicação que está<br />
fazendo uso <strong>de</strong>la.<br />
Figura 1. Arquitetura da ferramenta<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
A ferramenta irá assistir o aluno com a resposta a sua dúvida melhor classificada pelo<br />
algoritmo proposto. Para alcançar tal objetivo foi utilizada técnicas <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong> textos<br />
45
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
que classificam uma base <strong>de</strong> conhecimento. A base <strong>de</strong> conhecimento contém um conjunto<br />
<strong>de</strong> textos cadastrados pelos professores (neste contexto, atuando como especialistas das disciplinas).<br />
Uma base auxiliar é criada para armazenar as palavras <strong>de</strong>scartáveis ou stopwords<br />
que ocorrem freqüentemente em textos, tais como artigos, preposições, pronomes, <strong>de</strong>ntre<br />
outras, em português. Esta segunda base irá dar suporte ao processamento da linguagem natural<br />
utilizada tanto nos textos das respostas armazenadas na base <strong>de</strong> conhecimento quanto<br />
nas perguntas feitas pelos alunos.<br />
Os dois primeiros módulos da ferramenta foram <strong>de</strong>senvolvidos na linguagem Java por<br />
ter sua implementação livre, ser orientada a objetos e altamente portável. O módulo <strong>de</strong> interface<br />
foi <strong>de</strong>senvolvido na linguagem PHP (PHP: Hypertext Preprocessor) por haver a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> ficar integrado ao ambiente TelEduc, escolhido para esta implementação. Mesmo<br />
assim, a interface po<strong>de</strong> ser integrada a qualquer ambiente <strong>de</strong> EaD que possua integração à<br />
linguagem PHP.<br />
Em [da Rocha, 2003] é apresentado o ambiente TelEduc como sendo ”um ambiente<br />
para a criação, participação e administração <strong>de</strong> cursos na Web cujo <strong>de</strong>senvolvimento vem se<br />
dando <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1997. Ele foi concebido tendo como alvo o processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores<br />
na área <strong>de</strong> Informática na Educação, baseado na metodologia <strong>de</strong> formação contextualizada<br />
<strong>de</strong>senvolvida por pesquisadores do Núcleo <strong>de</strong> Informática Aplicada à Educação (Nied) da<br />
Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas (UNICAMP). O TelEduc foi <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong> forma<br />
participativa, ou seja, todas as suas ferramentas foram i<strong>de</strong>alizadas, projetadas e <strong>de</strong>puradas<br />
segundo necessida<strong>de</strong>s relatadas por seus usuários. Do resultado <strong>de</strong>ste trabalho contínuo o<br />
ambiente TelEduc cresceu e se solidificou <strong>de</strong>spertando interesse <strong>de</strong> diversas instituições <strong>de</strong><br />
ensino e empresas públicas e privadas”. Este ambiente foi <strong>de</strong>senvolvido na linguagem PHP.<br />
3.1 Módulo <strong>de</strong> Manutenção<br />
Este módulo fornece funcionalida<strong>de</strong>s que permitem a administração da base <strong>de</strong> textos. Para<br />
executar a mineração <strong>de</strong> textos foram feitos vários testes sobre conjuntos <strong>de</strong> documentos<br />
que po<strong>de</strong>riam vir a formar a base <strong>de</strong> textos. A base <strong>de</strong> textos é um banco <strong>de</strong> dados que<br />
contém textos simples (sem formatação) sobre os diferentes conceitos por matéria ou curso.<br />
A interface que permite a entrada <strong>de</strong> textos na base é apresentada na Figura 2 .<br />
É importante chamar atenção <strong>de</strong> como é fundamental incluir conteúdo correto e <strong>de</strong><br />
forma correta na base <strong>de</strong> textos. Qualquer algoritmo <strong>de</strong> mineração é sensível (não po<strong>de</strong>ria<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser) ao conteúdo no qual está inserido. Portanto, para o correto funcionamento do<br />
sistema <strong>de</strong>ve haver uma consciência por parte dos especialistas da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizar e<br />
manter corretamente a ferramenta e o conteúdo da base.<br />
3.1.1 Consulta, alteração e exclusão da base <strong>de</strong> textos<br />
A ferramenta disponibiliza funções para verificar quais são os documentos existentes na<br />
base <strong>de</strong> textos e, se necessário, alterar ou excluir algum <strong>de</strong>les, tornando a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste<br />
textos estar o mais atualizado possível. As possíveis modificações sobre a base <strong>de</strong> textos<br />
estão associadas a priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> usuários que garantem o tipo <strong>de</strong> acesso aos dados.<br />
46
3.2 Módulo <strong>de</strong> Inteligência<br />
Figura 2. Tela <strong>de</strong> cadastro na base <strong>de</strong> textos<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Neste módulo, os documentos da base <strong>de</strong> textos serão processados para permitir a recuperação<br />
da melhor resposta possível, sempre que o conteúdo da base e a pergunta estejam no<br />
idioma português. Os passos envolvidos no processamento dos documentos são <strong>de</strong>scritos a<br />
seguir.<br />
1. Limpeza dos índices: no caso <strong>de</strong> existência <strong>de</strong> índices antigos é feita uma limpeza na<br />
estrutura, pois a cada processo <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong> texto é feita uma releitura <strong>de</strong> toda a<br />
base <strong>de</strong> textos. O tempo <strong>de</strong> processamento está diretamente relacionado ao tamanho<br />
da base <strong>de</strong> textos anterior e configuração <strong>de</strong> hardware/software que se está utilizando.<br />
2. Leitura das stopwords: neste passo ocorre a leitura <strong>de</strong> todos os documentos existentes<br />
na base <strong>de</strong> textos. O tempo para este processamento está diretamente ligado<br />
ao tamanho da base <strong>de</strong> textos e da configuração <strong>de</strong> hardware/software que se está<br />
utilizando.<br />
3. Leitura dos documentos: neste passo ocorre a leitura <strong>de</strong> todos os documentos existentes<br />
na base <strong>de</strong> textos. O tempo para este processamento está diretamente ligado<br />
ao tamanho da base <strong>de</strong> textos e da configuração <strong>de</strong> hardware/software que se está<br />
utilizando. Para cada documento:<br />
4. Limpeza <strong>de</strong> pontos e símbolos: o documento é varrido à procura <strong>de</strong> caracteres que<br />
estão na faixa <strong>de</strong> 1 a 31 e <strong>de</strong> 127 a 191, além da procura pelos símbolos, por exemplo:<br />
\ . ? ; * ( " ) - < > = + / % | & ˆ ˜<br />
5. Limpeza do texto: já com o documento sem pontuação e outros símbolos, todas as<br />
stopwords encontradas no texto são eliminadas. É importante ressaltar a importância<br />
<strong>de</strong> uma boa lista <strong>de</strong> stopwords, pois do contrário, palavras sem significado para<br />
pesquisa serão in<strong>de</strong>xadas.<br />
6. In<strong>de</strong>xação do texto: este é o passo final do algoritmo. Neste ponto, o documento<br />
tornou-se um conjunto finito <strong>de</strong> palavras com significado para nosso contexto (a<br />
pergunta feita pelo aluno). Para realizar a in<strong>de</strong>xação, a primeira ação é verificar<br />
47
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
o número <strong>de</strong> ocorrências da palavra em um <strong>de</strong>terminado documento, incluindo seu<br />
título. O índice é criado com a palavra e o número <strong>de</strong> ocorrências da palavra no<br />
documento.<br />
É importante <strong>de</strong>stacar que o algoritmo <strong>de</strong>termina o número <strong>de</strong> ocorrências das palavras<br />
por documento, possibilitando assim uma análise muito mais precisa no momento da pesquisa.<br />
Ao completar o processamento, a ferramenta apresenta na tela as estatísticas do número <strong>de</strong><br />
documentos analisados, número <strong>de</strong> palavras in<strong>de</strong>xadas no título e número <strong>de</strong> palavras in<strong>de</strong>xadas<br />
no texto.<br />
3.3 Módulo <strong>de</strong> Interface<br />
Este módulo é dividido em duas fases:<br />
48<br />
1. Integração ao TelEduc: como mostra a Figura 3, permite ao aluno expor sua dúvida<br />
em linguagem natural (português). Para isto, uma caixa <strong>de</strong> texto é inserida no ambiente<br />
<strong>de</strong> chat do TelEduc. Por exemplo: O que é orientação a objeto.<br />
Figura 3. Página do bate-papo do TelEduc<br />
2. Processamento da pergunta do aluno: esta segunda fase processa a pergunta acompanhando<br />
os seguintes passos.<br />
(a) Limpeza <strong>de</strong> pontos e símbolos: varre a pergunta procurando caracteres na<br />
faixa <strong>de</strong> 1 a 31 e <strong>de</strong> 127 a 191, além da procura pelos símbolos.<br />
(b) Limpeza do texto: já com a pergunta sem pontuação nem símbolos, as stopwords<br />
são eliminadas. Vale ressaltar a importância <strong>de</strong> uma boa lista <strong>de</strong> stopwords,<br />
pois do contrário, palavras sem significado para pesquisa serão utilizadas<br />
na recuperação das respostas.<br />
(c) Recuperação das respostas: a seleção dos documentos que serão retornados<br />
é um ponto fundamental para o sucesso do trabalho, mas que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>,<br />
como já foi mencionado, da entrada <strong>de</strong> dados, a lista <strong>de</strong> stopwords e uma pergunta<br />
razoavelmente bem elaborada. Espera-se que a construção da frase <strong>de</strong><br />
uma pergunta esteja gramaticalmente correta em português. O algoritmo <strong>de</strong>
seleção executa os seguintes passos para cada palavra chave da pergunta: (1)<br />
verifica quais são os documentos que possuem a maior número das palavras<br />
selecionadas da pergunta feita pelo usuário; (2) tenta encontrar a resposta, utilizando<br />
a conjunção <strong>de</strong> todos as palavras selecionadas; (3) seleciona os três<br />
documentos com maior número totais <strong>de</strong> palavras, selecionando os com maior<br />
grau <strong>de</strong> pertinência; (4) se não for possível, fazer a retirada das palavras,<br />
começando pela palavra com menor ocorrência na base e terminando naquela<br />
com maior ocorrência, até encontrar a resposta; (5) se chegando à última, a<br />
resposta não foi encontrada, o algoritmo retornará a falha na busca e na tela<br />
será mostrado que não foi possível encontrar uma resposta para a pergunta<br />
feita. As respostas retornadas à pergunta mostrada na Figura 3 é apresentada<br />
na Figura 4.<br />
Figura 4. Resposta da ferramenta<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Um fator importante no processamento é o tempo <strong>de</strong> resposta. De nada adiantaria um<br />
algoritmo que retornasse os melhores documentos em um tempo maior do que o aceitável<br />
para a situação. Como estamos falando <strong>de</strong> um ambiente virtual on-line, obter uma resposta<br />
após um minuto <strong>de</strong> processamento seria inaceitável.<br />
4. RESULTADOS<br />
A base <strong>de</strong> textos foi completada para as áreas <strong>de</strong> Ciência da Computação <strong>de</strong>scritas na Tabela<br />
1. Com o fim <strong>de</strong> validação, a ferramenta foi implantada na Universida<strong>de</strong> Cândido Men<strong>de</strong>s<br />
(campus Campos dos Goytacazes) e no Centro Universitário São Camilo (ES). Os alunos dos<br />
cursos <strong>de</strong> Ciência da Computação e Sistemas <strong>de</strong> Informação fizeram os testes da ferramenta.<br />
O objetivo foi simular um ambiente real com perguntas, das mais variadas formas.<br />
Além da pergunta, o aluno podia especificar o grau <strong>de</strong> satisfação com a resposta<br />
retornada pela ferramenta, classificado em bom, regular e ruim. Uma tabela foi criada para<br />
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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
Tabela 1. Classificação das áreas <strong>de</strong> conhecimento<br />
Assunto Principal Quantida<strong>de</strong><br />
1 Programação Orientada a Objeto 45<br />
2 Linguagem <strong>de</strong> Programação Java 35<br />
armazenar as perguntas feitas pelos alunos e o grau <strong>de</strong> satisfação. Isto permitiu <strong>de</strong>scartar<br />
aquelas perguntas cujo conteúdo não encontrava-se incluído na base <strong>de</strong> textos.<br />
Os testes chegaram a completar 150 (cento e cinqüenta) perguntas. Dentre elas: o que<br />
é orientação a objeto (associada ao tópico 1), como <strong>de</strong>clarar uma classe em Java (associada<br />
ao tópico 2), etc.<br />
A resposta foi satisfatória em 65,33% das perguntas, sendo que este cálculo exclui<br />
as perguntas <strong>de</strong>scartadas. Em 13,33% das perguntas efetuadas obteve grau <strong>de</strong> satisfação<br />
regular e 21,33% obteve avaliação ruim. Os casos não satisfatórios po<strong>de</strong>riam ser atribuídos à<br />
qualida<strong>de</strong> da base <strong>de</strong> textos, pois verificou-se que alguns textos cadastrados na base <strong>de</strong> textos<br />
eram muito abrangentes e muito longos. O tempo <strong>de</strong> resposta às perguntas foi consi<strong>de</strong>rado<br />
satisfatório (em média dois segundos).<br />
5. CONCLUSÃO<br />
O ambiente <strong>de</strong> EaD é um espaço on<strong>de</strong> a tecnologia po<strong>de</strong> ajudar muito para melhorar o aprendizado<br />
do aluno. Uma tentativa interessante foi apresentada neste artigo para melhorar a<br />
comunicação aluno-ambiente, visando auxiliar ao aluno na busca <strong>de</strong> respostas a suas dúvidas.<br />
A utilização da mineração <strong>de</strong> texto mostrou-se eficiente como um mecanismo para auxiliar<br />
a pesquisa e recuperação <strong>de</strong> respostas para os alunos. Porém, nos testes realizados ficou<br />
<strong>de</strong>monstrada a vulnerabilida<strong>de</strong> da ferramenta quanto ao texto inserido na base <strong>de</strong> textos. O<br />
texto <strong>de</strong>ve ser o suficientemente claro e objetivo para tratar <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado tema. O controle<br />
e a prevenção <strong>de</strong> erros <strong>de</strong>vem ser feitos pelo próprio especialista, que alimenta a base<br />
<strong>de</strong> textos, cuja serieda<strong>de</strong> na realização <strong>de</strong>sse trabalho <strong>de</strong>ve prevalecer.<br />
REFERÊNCIAS<br />
da Rocha, H. V. (2003). TelEduc: Software livre para educação a distância. In (Org.), M. S.,<br />
editor, Educação online, pages 377–396. Ed. São Paulo: Edições Loyola.<br />
dos Santos Machado, L. and Becker, K. (2002). O uso da mineração <strong>de</strong> dados na web aplicado<br />
a um ambiente <strong>de</strong> ensino a distância. In Anais do I Workshop <strong>de</strong> Teses e Dissertações<br />
em Banco <strong>de</strong> Dados, XIX Simpósio Brasileiro <strong>de</strong> Banco <strong>de</strong> Dados (SBBD), Gramado.<br />
Lopes, C. C. (2003). Um sistema <strong>de</strong> apoio à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão no acompanhamento do<br />
aprendizado em educação a distância. Master’s thesis, UFCG.<br />
Yacef, K. (2002). Intelligent teaching assistant systems. In International Conference on<br />
Computers in Education, Nova Zelândia.<br />
50
HIPERMÍDIA ADAPTATIVA COMO ESTRATÉGIA<br />
APLICADA AO E-COMMERCE<br />
Oscar Dalfovo, Dr.<br />
Universida<strong>de</strong> Regional <strong>de</strong> Blumenau/ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catariana / Instituto Blumenauense <strong>de</strong> Ensino<br />
Superior<br />
Rua: Braz Wanka, 238 – Bairro Vila Nova – Cep:89035-160 - Blumenau/SC-Brasil<br />
dalfovo@furb.br<br />
Pedro S. Zanchett, MEngGC.<br />
Universidae Regional <strong>de</strong> Blumenau / Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catariana<br />
Rua: Braz Wanka, 238 – Bairro Vila Nova – Cep:89035-160 - Blumenau/SC-Brasil<br />
pedrozanchett@gmail.com<br />
Jefferson W. Mette, Esp.<br />
Universidae Regional <strong>de</strong> Blumenau<br />
Rua: Braz Wanka, 238 – Bairro Vila Nova – Cep:89035-160 - Blumenau/SC-Brasil<br />
jeff_mette@ig.com.br<br />
RESUMO<br />
Com o incessante avanço da tecnologia, a informação passou a ter um tratamento muito mais cuidadoso do que há tempos<br />
atrás, sua difusão e utilização não po<strong>de</strong> mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r única e exclusivamente dos seres humanos. Diante disso, muitas<br />
novas ciências originaram-se ou transformaram-se a partir <strong>de</strong> outras já existentes. A Gestão do Conhecimento é uma<br />
<strong>de</strong>las. Ela é utilizada atualmente nas organizações para manusear, transformar, concatenar, aprimorar e difundir<br />
informações entre as pessoas que fazem uso da mesma. Uma vez aprimorada, a informação transpôs várias barreiras no<br />
mundo, adquiriu status <strong>de</strong> negócio eletrônico (e-business) e comércio eletrônico (e-commerce), permitindo assim ás<br />
empresas fazerem uso das mesmas sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamentos <strong>de</strong>snecessários. Diante <strong>de</strong>ssa magnitu<strong>de</strong><br />
alcançada pela informação, tornou-se necessário que as pessoas que a manuseassem tivessem que ser melhores<br />
preparadas e treinadas para enfrentar esse novo <strong>de</strong>safio. Isso fez com que a Gestão do Conhecimento entrasse no mundo<br />
da cognição do ser humano e adaptar-se conforme suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizado e correto uso das informações<br />
apresentadas nos meios educacionais, comerciais e organizacionais.<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
A Gestão do Conhecimento é um fenômeno do fim do século XX, e começo do século XXI. Sempre existiu<br />
<strong>de</strong> forma intuitiva nas empresas, mas só agora ela tomou importância <strong>de</strong>vido à competitivida<strong>de</strong> e a<br />
globalização. Fatores estes que exigem das empresas uma formalização dos processos <strong>de</strong> gestão. A gestão do<br />
conhecimento não se aplica, se pratica; está pautada na coerência e atitu<strong>de</strong> dos gerentes e funcionários, na<br />
aprendizagem e compartilhamento das idéias. Para muitos autores, a gestão do conhecimento é um ponto<br />
importante <strong>de</strong> confluência entre a cultura administrativa da organização e a tecnologia <strong>de</strong> informação que esta<br />
utiliza.<br />
Algumas das piores e mais críticas áreas do conhecimento são as necessida<strong>de</strong>s e preferências dos clientes,<br />
as aplicações <strong>de</strong> tecnologia, o uso da informação existente, os setores e nichos <strong>de</strong> mercado, as<br />
regulamentações externas e em conseqüência <strong>de</strong> todos esses aspectos, a competitivida<strong>de</strong> da empresa<br />
(MARINHO; ESTANQUEIRO, 1999).<br />
Assim sendo, a gestão do conhecimento tem uma importância crescente para as organizações; e as<br />
tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação têm um papel fundamental no seu suporte. O <strong>de</strong>safio para essa área<br />
é i<strong>de</strong>ntificar, encontrar e/ou <strong>de</strong>senvolver e implementar tecnologias e sistemas <strong>de</strong> informação que apóiem a<br />
51
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
comunicação empresarial e a troca <strong>de</strong> idéias e experiências; que facilitem e incentivem as pessoas a uniremse,<br />
a participarem, a tomarem parte em grupos e a renovarem-se em re<strong>de</strong>s informais.<br />
Migrar <strong>de</strong> uma posição <strong>de</strong> suporte a processos para o suporte a competências, passa a ser um outro gran<strong>de</strong><br />
e árduo <strong>de</strong>safio para a área <strong>de</strong> tecnologia <strong>de</strong> informação. Conforme Eboli (1999) é necessário sair da posição<br />
passiva do simples processamento <strong>de</strong> transações, da integração da logística, e do comércio eletrônico; e<br />
agregar um perfil <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> comunicação, conversação, aprendizagem e compartilhamento<br />
do conhecimento adquirido entre as comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho e <strong>de</strong> estruturação ao acesso às novas idéias e<br />
experiências vivenciadas.<br />
Para tentar vencer esses <strong>de</strong>safios, uma empresa precisa <strong>de</strong> três itens fundamentais: uma nova arquitetura<br />
<strong>de</strong> informação, uma nova arquitetura tecnológica e uma nova arquitetura <strong>de</strong> aplicações. A nova arquitetura <strong>de</strong><br />
informação po<strong>de</strong>ria incluir novas linguagens, categorias e metáforas para i<strong>de</strong>ntificar e <strong>de</strong>senvolver perfis e<br />
competências. Uma nova arquitetura tecnológica que fosse mais social, aberta, flexível, que respeitasse e<br />
aten<strong>de</strong>sse as necessida<strong>de</strong>s individuais e que <strong>de</strong>sse po<strong>de</strong>r aos utilizadores. E por final, uma nova arquitetura <strong>de</strong><br />
aplicações mais orientada para a solução <strong>de</strong> problemas e para a representação do conhecimento, do que<br />
somente voltada para as transações e informações (SAMPAIO, 2001).<br />
O papel a ser <strong>de</strong>sempenhado pelas tecnologias <strong>de</strong> informação é estratégico: ajudar o <strong>de</strong>senvolvimento do<br />
conhecimento coletivo e da aprendizagem contínua, tornando mais fácil para as pessoas <strong>de</strong> uma organização,<br />
compartilhar problemas, perspectivas, idéias e soluções. Em resumo, para uma evolução empresarial, as<br />
tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem ser utilizadas para facilitar as ativida<strong>de</strong>s essenciais<br />
da mesma. Para tanto, as ferramentas <strong>de</strong>vem ser flexíveis e fáceis <strong>de</strong> utilizar por todos na organização,<br />
fornecendo assim os meios para que as pessoas possam representar problemas, <strong>de</strong>senvolver protótipos e criar<br />
soluções (ABREU, 2002).<br />
2. GESTÃO DO CONHECIMENTO<br />
Vive-se atualmente a era do conhecimento! O conhecimento é a informação da qual o ser humano se<br />
apropria, que interpreta e a partir daí passa a ter novas idéias. Atualmente, é o assunto <strong>de</strong> maior procura e<br />
expansão em pesquisas nas organizações.<br />
Muitos são os fatores que influenciam nesse processo <strong>de</strong> busca do conhecimento, entre eles po<strong>de</strong>-se citar<br />
a rápida evolução da tecnologia, o acesso aos mercados globais, turbulências dos mercados, como lidar e<br />
extrair dados e informações da inteligência competitiva nas organizações, etc. Mas o objetivo principal por<br />
trás <strong>de</strong> todos esses fatores é a obtenção <strong>de</strong> alguma vantagem competitiva sobre seus concorrentes através da<br />
inovação <strong>de</strong> produtos, serviços e processos, para os processos <strong>de</strong> criação/inovação do conhecimento sempre é<br />
necessário um ambiente <strong>de</strong> trabalho que possibilite a colaboração, integração, interação entre todos os<br />
participantes, além <strong>de</strong> um gerenciamento das informações necessárias e daquelas produzidas durante o<br />
processo <strong>de</strong> <strong>geração</strong> do conhecimento. (ZANCHETT, 2005a).<br />
Chaparro (1998), ainda afirma que termos como: conhecimento, competência e habilida<strong>de</strong>, criativida<strong>de</strong>,<br />
capital intelectual, capital humano, tecnologia, capacida<strong>de</strong> inovadora, ativos intangíveis, inteligência,<br />
inteligência empresarial, etc; estão intuitivamente relacionados com o termo “Gestão do Conhecimento”.<br />
Na literatura, dificilmente encontrasse uma única <strong>de</strong>finição formal <strong>de</strong> Gestão do Conhecimento. Portanto,<br />
apresentam-se aqui algumas <strong>de</strong>stas <strong>de</strong>finições e idéias: Nonaka e Takeuchi (1997): Processo através do qual<br />
as organizações procuram obter valor a partir <strong>de</strong> seus recursos intelectuais e <strong>de</strong> conhecimento.<br />
Freqüentemente obter valor <strong>de</strong>stes recursos significa compartilhá-los com funcionários, <strong>de</strong>partamentos e até<br />
com outras organizações em um esforço contínuo para obter as melhores práticas. Os autores ainda afirmam<br />
que “Gestão do Conhecimento é o processo sistemático <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação, criação, renovação e aplicação dos<br />
conhecimentos que são estratégicos na vida <strong>de</strong> uma organização”. Davenport (1998): É a administração dos<br />
ativos <strong>de</strong> conhecimento das organizações. Permite à organização saber o que ela sabe. De acordo com isso,<br />
este “conhecimento” sobre o que a organização sabe e como faz a sua gestão é utilizado para que a mesma<br />
alcance seus objetivos propostos.<br />
52
3. SISTEMAS DE HIPERMÍDIA ADAPTATIVA<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
O avanço tecnológico e as necessida<strong>de</strong>s dos usuários que fazem uso da WWW instigaram uma maior<br />
pesquisa sobre a Hipermídia Adaptativa. Para tanto, nesses últimos anos alguns autores preocuparam-se em<br />
estudar os aspectos e benefícios oferecidos por essa área e vários avanços foram alcançados nesse mesmo<br />
período.<br />
Mas o que vem a ser Hipermídia Adaptativa (HA)? Segundo o conceito <strong>de</strong> Palazzo et al. (1999), “[...] é a<br />
área da ciência da computação que se ocupa do estudo e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas, arquiteturas, métodos<br />
e técnicas capazes <strong>de</strong> promover a adaptação <strong>de</strong> hiperdocumentos e hipermídia em geral ás expectativas,<br />
necessida<strong>de</strong>s, preferências e <strong>de</strong>sejos, recursos e links (conexões), vindos <strong>de</strong> qualquer fonte [...]” (banco <strong>de</strong><br />
dados, Internet, serviços, etc.) e “[...] apresentados em qualquer formato ao perfil ou mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> seus usuários,<br />
cujo estilo, conteúdo, recursos e links serão dinamicamente selecionados entre diversas possibilida<strong>de</strong>s,<br />
reunidos e apresentados a eles conforme seus objetivos”.<br />
Os sistemas hipermídia, na concepção <strong>de</strong> Balasubramanian (1998), proporcionam flexível acesso à<br />
informação ao incorporar as noções <strong>de</strong> navegação, notação e apresentação adaptada. A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
individualizar ou realizar trabalhos cooperativos, a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manipular as informações armazenadas, o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> espírito crítico e <strong>de</strong> novas perspectivas para o trabalho do gestor <strong>de</strong> negócios, são alguns<br />
dos avanços na qualida<strong>de</strong> que po<strong>de</strong>m ser propiciados pelos aspectos relevantes do uso <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> sistemas<br />
(GONÇALVES; PALAZZO, 2000).<br />
Os <strong>de</strong>safios a serem transpostos são a rapi<strong>de</strong>z e a renovação <strong>de</strong>sses sistemas. Entre os principais usos da<br />
HA encontram-se hoje os sistemas educacionais, medicina, marketing, sistemas <strong>de</strong> informações, comércio<br />
eletrônico, gestão <strong>de</strong> conhecimento, etc.<br />
O Hipertexto e a Hipermídia, que segundo Delestre, Pécuchet e Gréboval (2005) diferem-se um do outro<br />
pelo conteúdo dos nós (nodo ou unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação), oferecem maior liberda<strong>de</strong> ao usuário, ao <strong>de</strong>rrubar as<br />
barreiras da linearida<strong>de</strong> dos hiperdocumentos. Esses cresceram em tamanho e complexida<strong>de</strong>, a ponto <strong>de</strong><br />
confundirem os usuários quando confrontados a tanta informação. Esse excesso informacional e <strong>de</strong><br />
possibilida<strong>de</strong>s navegacionais po<strong>de</strong> dificultar a compreensão do conteúdo. Nesse contexto, a HA tem por<br />
objetivo principal solucionar esses problemas mediante a adaptação da navegação e da apresentação do<br />
conteúdo (De BRA, HOUBEN, WU, 1999).<br />
Koch (2001) cita algumas <strong>de</strong>svantagens dos sistemas hipermídia tradicionais, resumindo-as em duas: a<br />
fácil <strong>de</strong>sorientação dos usuários no ciberespaço e a sobrecarga cognitiva. Em resposta a esses problemas, a<br />
HA, mediante a adaptação <strong>de</strong> conteúdo e apresentação evita a sobrecarga cognitiva, exibindo, tão somente, a<br />
informação apropriada, com o layout a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> forma personalizada e flexível ao usuário. Devido à<br />
complexida<strong>de</strong> dos sistemas <strong>de</strong> HA, Brusilovsky (1998) somente recomenda o seu uso quando a Hipermídia<br />
for razoavelmente gran<strong>de</strong> e os perfis dos usuários do sistema forem muito variados entre si. A vantagem<br />
principal <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> adaptação consiste, na redução da carga <strong>de</strong> trabalho do usuário. Como <strong>de</strong>svantagens,<br />
po<strong>de</strong>m ser citadas as correções ou mudanças não <strong>de</strong>sejadas pelo usuário; as mudanças imprevisíveis;<br />
inconsistência na <strong>geração</strong> <strong>de</strong> nós ou <strong>de</strong> links, entre outros (TEICHRIEB, 1998).<br />
4. SISTEMA DE APRENDIZAGEM DA MELHOR IDADE - SAMI<br />
Um dos maiores problemas encontrados nas organizações empresariais e educacionais é a falta <strong>de</strong><br />
informações necessárias para o processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Como exemplo disso, o Projeto <strong>de</strong> Pesquisa<br />
em Sistemas <strong>de</strong> Informação nos Departamentos <strong>de</strong> Sistemas e Computação (DSC) na Universida<strong>de</strong> Regional<br />
<strong>de</strong> Blumenau, utiliza-se dos métodos e técnicas da Hipermídia Adaptativa como alternativa ao <strong>de</strong>scobrimento<br />
do conhecimento no Sistema <strong>de</strong> Aprendizagem para a Melhor Ida<strong>de</strong> (SAMI) (ZANCHETT, 2005b).<br />
Segundo Zanchett (2005b), envelhecer por muito tempo significou ao idoso permanecer inerte á margem<br />
da socieda<strong>de</strong> e ser um estorvo para seus familiares. Com o avanço da ciência e da medicina, proporcionou-se<br />
ao ser humano o aumento <strong>de</strong> sua expectativa <strong>de</strong> vida, gerando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma melhor qualida<strong>de</strong> da<br />
mesma para as pessoas nessa ida<strong>de</strong>. Transformar o aposentado em uma pessoa ativa, capaz <strong>de</strong> produzir,<br />
participante do consumo e que intervém nas mudanças sociais e políticas <strong>de</strong> sua comunida<strong>de</strong>.<br />
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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
Zanchett (2005b), ainda diz que o ser humano é a personagem principal <strong>de</strong> seu próprio aprendizado,<br />
competindo somente a ele escolher o que <strong>de</strong>seja apren<strong>de</strong>r. Conforme Moran (1997), “[...] apren<strong>de</strong>r significa<br />
adquirir: conhecimento, habilida<strong>de</strong> e atitu<strong>de</strong>”.<br />
Para Fialho (apud RYBASH, 1995), cognição refere-se à coleção <strong>de</strong> processos que servem para<br />
transformar, organizar, selecionar, reter e interpretar informações. Muitos investigadores do envelhecimento<br />
cognitivo, conforme Nunes (1999), utilizam o processamento das informações para investigar os aspectos<br />
cognitivos afetados com a ida<strong>de</strong>. Para o autor a maioria dos idosos tem dificulda<strong>de</strong>s na organização e<br />
interpretação da informação. Com o passar da ida<strong>de</strong>, as pessoas apresentam um <strong>de</strong>clínio na habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
reconhecer os objetos que são fragmentados ou incompletos (RYBASH, 1995).<br />
Porém, é necessário investigar quais abordagens são a<strong>de</strong>quadas para introduzir o idoso no universo das<br />
Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), levando-se em consi<strong>de</strong>ração as limitações físicas,<br />
psicológicas e sociais <strong>de</strong>sta faixa etária.<br />
Ao “navegar” por um site, o usuário, seja ele um idoso ou não, entra num processo <strong>de</strong> aproximação<br />
sucessiva, on<strong>de</strong> cada passo é dado no sentido <strong>de</strong> diminuir a distância entre ele e a informação almejada<br />
(ROSENFELD; MORVILLE, 2002).<br />
Para Rosenfeld e Morville (2002), atualmente muitos indivíduos <strong>de</strong>senvolvem conteúdo ou arquitetura<br />
para páginas da WWW. Essas pessoas fazem uso inconsciente <strong>de</strong> ferramentas ou tecnologias que visam<br />
comunicar com eficácia informações sem ocupar muito espaço vertical na página ou espaço cognitivo do<br />
usuário. Elas também po<strong>de</strong>m economizar tempo se houver um gran<strong>de</strong> corpo <strong>de</strong> conteúdo para analisar.<br />
4.1 Aplicação do sistema<br />
O Programa <strong>de</strong> Educação Permanente da Pró-reitoria <strong>de</strong> Extensão e Relações Comunitárias (PROERC) da<br />
Universida<strong>de</strong> Regional <strong>de</strong> Blumenau (FURB), disponibilizou na WWW, para alunos e ex-alunos idosos <strong>de</strong><br />
seus cursos, um ambiente <strong>de</strong> aprendizagem que apresenta uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações multidisciplinares.<br />
Este ambiente WWW <strong>de</strong> “Recomendação Adaptativa <strong>de</strong> Recursos” chamado Sistema <strong>de</strong> Aprendizagem para<br />
Melhor Ida<strong>de</strong> – SAMI (Figura 1), auxilia o usuário idoso há minimizar os problemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sorientação e<br />
sobrecarga cognitiva, oferecendo recursos <strong>de</strong> forma mais significativa restringindo o hiperespaço da WWW e<br />
orientando constantemente conforme a sua experiência e grau <strong>de</strong> interação. com objetivos <strong>de</strong> aprendizagem<br />
continuada e intercâmbio <strong>de</strong> conhecimento.<br />
Figura 1. Portal SAMI.<br />
Cada idoso, para acessar o ambiente <strong>de</strong> aprendizagem preenche um cadastro pessoal especificando suas<br />
informações como: foto, pensamentos e sites favoritos. Nesse ambiente observou-se que os alunos ten<strong>de</strong>m a<br />
dispersar-se diante <strong>de</strong> tantas conexões possíveis <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reços. Para tanto, aplica-se uma tecnologia <strong>de</strong><br />
54
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Hipermídia Adaptativa, com finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> facilitar o uso <strong>de</strong>sse portal para os idosos. Mais precisamente são<br />
utilizados uma combinação dos métodos <strong>de</strong> Navegação Adaptativa e Apresentação Adaptativa <strong>de</strong>scritos por<br />
Koch (2001) e Palazzo (2001).<br />
O ambiente SAMI po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado como um instrumento que disponibiliza recursos da WWW.<br />
Apresenta diferentes categorias <strong>de</strong> informação como: Artes, Bibliotecas Virtuais, Culinária e outros. Ao<br />
acessar uma categoria <strong>de</strong> informação, o ambiente apresenta no centro da interface links referentes a esta<br />
categoria. De acordo com a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acessos do usuário a cada um <strong>de</strong>les, os links são or<strong>de</strong>nados e<br />
apresentados no menu numa or<strong>de</strong>m on<strong>de</strong> link com a maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acessos ficará no topo e o <strong>de</strong> menor<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acessos ficará na base (final) <strong>de</strong>sse menu.<br />
Utiliza-se para realizar esse serviço funcionalida<strong>de</strong>s da Hipermídia Adaptativa, mais precisamente uma<br />
técnica <strong>de</strong> Adaptação <strong>de</strong> Navegação. Tal funcionalida<strong>de</strong> visa facilitar a orientação global e local do usuário<br />
no ambiente. Em cada acesso às categorias e links, o ambiente atualiza o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> usuário, registrando seu<br />
acesso.<br />
Uma outra parte do portal também faz uso <strong>de</strong>ssa técnica <strong>de</strong> Hipermídia Adaptativa. É a tela on<strong>de</strong> os<br />
usuários po<strong>de</strong>m fazer a leitura <strong>de</strong> frases, pensamentos e <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> outros usuários. Nessa tela são<br />
apresentados os títulos <strong>de</strong> cada uma das manifestações escritas por cada usuário, juntamente com o nome do<br />
autor e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> visualização individual e integral <strong>de</strong> cada manifestação. A or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> apresentação<br />
<strong>de</strong>ssas manifestações segue o mesmo critério <strong>de</strong> classificação e or<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> menus anteriormente explicada.<br />
Todo usuário cadastrado no ambiente po<strong>de</strong>rá alterar, a qualquer momento, suas preferências pessoais.<br />
Conforme <strong>de</strong>monstrado na Figura 2, o usuário po<strong>de</strong> escolher diferentes configurações <strong>de</strong> interface<br />
personalizando parâmetros como cor <strong>de</strong> fundo, cor e tamanho do texto.<br />
Figura 2. Duas opções <strong>de</strong> configuração da interface.<br />
Para iniciar e manter atualizadas as características do usuário no ambiente, o usuário po<strong>de</strong> explicitamente<br />
informar suas experiências, dificulda<strong>de</strong>s, interesses e habilida<strong>de</strong>s mediante o preenchimento do formulário <strong>de</strong><br />
sondagem. Por exemplo, <strong>de</strong>finir qual experiência navegacional possui frente a WWW e a partir disso adaptar<br />
dinamicamente a navegação do ambiente para as necessida<strong>de</strong>s específicas <strong>de</strong> cada um.<br />
Portanto, para se <strong>de</strong>finir as regras adaptativas que compõem o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> domínio e o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> usuário<br />
e prover adaptação em diferentes estágios, três tipos <strong>de</strong> informações básicas foram necessárias: dados sobre o<br />
usuário; dados <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do domínio (interesse nos recursos) e dados in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do domínio<br />
(experiência).<br />
Partindo do principio <strong>de</strong> que a navegação adaptativa é utilizada para <strong>de</strong>signar as técnicas que manipulam<br />
os link’s disponíveis para o usuário em <strong>de</strong>terminado momento, e auxiliem a encontrar seu caminho no<br />
hiperespaço, foram empregadas as seguintes técnicas na implementação <strong>de</strong> cada método por navegação<br />
adaptativa (Tabela 1):<br />
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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
Tabela 1. Métodos e técnicas para navegação adaptativa do SAMI<br />
Métodos/Técnicas Orientaçã Anotação Remoção Or<strong>de</strong>naçã<br />
o direta <strong>de</strong> links <strong>de</strong> links o <strong>de</strong> links<br />
Condução global X X<br />
Condução local X X X X<br />
Suporte a Orientação Local X X<br />
Suporte<br />
Global<br />
a Orientação<br />
X X X<br />
Gerenciamento <strong>de</strong> Visões<br />
Personalizadas<br />
X X X X<br />
Para facilitar a escolha dos links sucessores durante a navegação no hiperespaço e obter uma maior<br />
coerência local e global das informações, diferentes técnicas foram utilizadas, sendo que algumas <strong>de</strong>las foram<br />
utilizadas para implementar mais <strong>de</strong> um método.<br />
4.1.1 Métodos e técnicas <strong>de</strong> adaptação<br />
Os métodos <strong>de</strong> adaptação <strong>de</strong>finidos por Brusilovsky (1996) são abstrações <strong>de</strong> diferentes técnicas <strong>de</strong><br />
adaptação. Uma técnica é <strong>de</strong>finida por uma representação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo do usuário e um algoritmo <strong>de</strong><br />
adaptação.<br />
4.1.2 Métodos <strong>de</strong> navegação adaptativa<br />
O objetivo <strong>de</strong> adaptação em nível <strong>de</strong> links é apoiar a navegação prevenindo os usuários a seguir os caminhos<br />
que são irrelevantes para o cumprimento das tarefas ou das metas (Brusilovsky, 1996).<br />
Os métodos <strong>de</strong> Navegação Adaptativa, <strong>de</strong> acordo com Koch (2001), são abordados como sendo:<br />
Condução Global (CG): tem por objetivo auxiliar o usuário a seguir o melhor caminho para a informação<br />
<strong>de</strong>sejada. Deve oferecer em cada passo o melhor link ou links classificados em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> importância;<br />
Condução Local (CL): busca um alcance localizado, ou seja, preocupa-se com um único passo em vez do<br />
caminho global. A navegação é reformulada a cada passo para que o usuário tenha os links mais importantes<br />
para o seu mo<strong>de</strong>lo do usuário. Suporte a Orientação Local (OL): direciona o usuário no posicionamento do<br />
hiperespaço local. Geralmente utiliza técnica <strong>de</strong> ocultação <strong>de</strong> informações menos importantes em um certo<br />
momento; Suporte a Orientação Global (OG): auxilia o usuário a enten<strong>de</strong>r a estrutura global do hiperespaço<br />
que constitui o domínio <strong>de</strong> navegação do sistema, conseqüentemente reduzindo o problema da <strong>de</strong>sorientação,<br />
ao mesmo tempo em que mantém a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> navegação; Gerenciamento <strong>de</strong> Visões Personalizadas:<br />
auxilia o usuário a organizar um espaço <strong>de</strong> trabalho eletrônico que necessita acessar uma pequena parte do<br />
hiperespaço no seu trabalho do dia-a-dia. Deixa personalizado e orientado ao seu objetivo (adaptabilida<strong>de</strong>).<br />
Os agentes são responsáveis por achar links apropriados ao usuário, mantendo assim a visão personalizada.<br />
Cada método <strong>de</strong> adaptação po<strong>de</strong> ser implementado usando técnicas diferentes e, uma técnica po<strong>de</strong> ser<br />
utilizada para implementar mais <strong>de</strong> um método. Os principais objetivos das técnicas adaptativas são adaptar o<br />
sistema para as necessida<strong>de</strong>s específicas <strong>de</strong> um usuário. Para tal, é necessário inicializar e manter atualizadas<br />
as características do usuário relevantes para o sistema. Diferentes técnicas para efetuar a adaptação são<br />
empregadas (FERNANDES, 2004).<br />
4.1.3 Técnicas <strong>de</strong> navegação adaptativa<br />
A finalida<strong>de</strong> da navegação adaptava é ajudar o usuário a encontrar suas rotas <strong>de</strong> navegação no hiperespaço <strong>de</strong><br />
informações do domínio. As técnicas para adaptação <strong>de</strong> navegação manipulam âncoras, nodos (nós ou<br />
unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação) e links com o propósito <strong>de</strong> adaptar, dinamicamente, a navegação para as características<br />
do usuário. Estas técnicas são apresentadas por Brusilovsky (1996), De Bra, Houben & Wu (1999) em seis<br />
formatos que compreen<strong>de</strong>m: Orientação Direta: o sistema indica para o usuário o nó i<strong>de</strong>al para ser visitado,<br />
em seguida, durante a navegação; Anotação <strong>de</strong> links: o aspecto visual, como uma cor diferente para o link,<br />
mostra a opção da relevância do <strong>de</strong>stino; Remoção <strong>de</strong> links: quando o sistema consi<strong>de</strong>ra imprópria uma<br />
ligação, esta será removida; Or<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> links: consiste em or<strong>de</strong>nar um conjunto <strong>de</strong> âncoras, <strong>de</strong> forma que<br />
os links sejam apresentados em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente pela relevância do tema, <strong>de</strong> acordo com o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
usuário. A <strong>de</strong>svantagem da or<strong>de</strong>nação adaptativa é que cada vez que o usuário entrar na mesma página,<br />
56
âncoras or<strong>de</strong>nadas po<strong>de</strong>rão estar em posições diferentes; Navegação Passiva: consiste na adição <strong>de</strong> links não<br />
explícitos (sem âncoras), isto é, usados para que o sistema aju<strong>de</strong> o usuário quando o mesmo i<strong>de</strong>ntificar um<br />
padrão <strong>de</strong> comportamento, por exemplo, permanecer inativo durante um <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> tempo ou<br />
navegar repetidamente para trás e para frente; Mapa Adaptativo: consiste numa combinação <strong>de</strong> outras<br />
técnicas. A única diferença diz respeito a visualização gráfica da estrutura <strong>de</strong> navegação (links).<br />
Tendo como premissa, a utilização <strong>de</strong> software livre, o ambiente SAMI foi <strong>de</strong>senvolvido com a<br />
linguagem PHP® e o banco <strong>de</strong> dados MySQL®.<br />
5. CONCLUSÃO<br />
A inteligência Artificial oferece meios para a construção <strong>de</strong> sistemas capazes <strong>de</strong> raciocinar e tomar <strong>de</strong>cisões<br />
<strong>de</strong> maneira autônoma. É com esta tecnologia que funciona uma boa parte dos motores <strong>de</strong> muitos sistemas<br />
adaptativos, em especial os Sistemas <strong>de</strong> Hipermídia Adaptativa da WWW.<br />
Dessa forma, a Hipermídia Adaptativa po<strong>de</strong> ser utilizada e moldada na forma que se <strong>de</strong>seja para melhor<br />
se a<strong>de</strong>quar á algum <strong>de</strong>terminado tipo <strong>de</strong> usuários, sejam eles idosos, adolescentes, empresários, educadores,<br />
educandos, etc; ou que, através do uso <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados sistemas on<strong>de</strong> essa técnica é utilizada, possa-se obter<br />
resultados mais satisfatórios e direcionados aos objetivos almejados.<br />
Com a utilização da Hipermídia Adaptativa na Gestão do Conhecimento, seja em parceria com alguma<br />
forma <strong>de</strong> e-commerce, e-business, ou qualquer outra técnica aplicada na troca <strong>de</strong> informação por meio<br />
eletrônico; torna-se possível controlar e aprimorar o uso compartilhado <strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> conhecimento,<br />
principalmente o tácito, por alguma instituição ou empresa. A estruturação <strong>de</strong>sse conhecimento permite á<br />
esses órgãos a explicitação do conhecimento das pessoas envolvidas e, ter todo esse processo visível e<br />
documentado, auxiliará em muito o trabalho <strong>de</strong> todos e daqueles que no futuro também virão a fazer parte do<br />
grupo.<br />
Felizmente, po<strong>de</strong>-se ver que a Hipermídia Adaptativa é uma técnica que po<strong>de</strong> ser aplicada em qualquer<br />
ambiente e qualquer tipo <strong>de</strong> usuários. Basta apenas que se tenha um pouco <strong>de</strong> domínio sobre a cognição do<br />
ser humano e criativida<strong>de</strong> suficiente para aplicar essa técnica num sistema e torna-lo inteligente para que<br />
possa conseguir extrair o máximo possível do potencial <strong>de</strong> conhecimento do seu usuário e aplica-lo na sua<br />
organização e orientação.<br />
O suporte dado à navegação do SAMI pô<strong>de</strong> explicitar as preferências e interesses dos idosos participantes<br />
e aten<strong>de</strong>r suas expectativas permitindo um alcance localizado sobre todos os recursos.<br />
Os resultados preliminares apontam que se po<strong>de</strong> reduzir os problemas da <strong>de</strong>sorientação e sobrecarga<br />
cognitiva dos idosos <strong>de</strong>finindo o comportamento navegacional <strong>de</strong> cada usuário ao mesmo tempo em que<br />
manteve a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> navegação.<br />
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57
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58
MODELO PARA LA GESTIÓN DEL E-LEARNING<br />
CORPORATIVO EN EL AMBITO UNIVERSITARIO<br />
Eugenio Fernán<strong>de</strong>z<br />
<strong>Universidad</strong> Rey Juan Carlos<br />
C/Tulipan s/n, 28933 – Móstoles - Spain<br />
eugenio.fernan<strong>de</strong>z@urjc.es<br />
RESUMEN<br />
La educación a distancia mediante el uso <strong>de</strong> las nuevas Tecnologías <strong>de</strong> la Información y las Comunicaciones (TIC) ha<br />
sufrido en los últimos años un proceso <strong>de</strong> expansión importante, <strong>de</strong> manera que, en la actualidad, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> las universida<strong>de</strong>s<br />
públicas, a las pequeñas y medianas empresas, utilizan esta nueva manera <strong>de</strong> educar realizando procesos <strong>de</strong> formación y<br />
aprendizaje adaptados a nuevos entornos y nuevas necesida<strong>de</strong>s. En este sentido, las universida<strong>de</strong>s públicas españolas<br />
están incrementando <strong>de</strong> año en año el número <strong>de</strong> asignaturas y en ocasiones titulaciones que pasan a impartir mediante el<br />
uso <strong>de</strong> lo que, comúnmente, se llaman plataformas e-Learning, configurando en ocasiones entornos <strong>de</strong> trabajo alre<strong>de</strong>dor<br />
<strong>de</strong> estas en lo que se viene a <strong>de</strong>nominar un Campus Virtual, que intenta aunar todos los procesos implicados en este<br />
nuevo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> educación alre<strong>de</strong>dor <strong>de</strong>l proceso esencial, el <strong>de</strong> aprendizaje. Se postula que esta apuesta por mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />
formación e-Learning pue<strong>de</strong> constituir aún un mecanismo diferenciador para aquellas universida<strong>de</strong>s que, <strong>de</strong> una manera<br />
<strong>de</strong>cidida apuesten por un mo<strong>de</strong>lo integrado y bien <strong>de</strong>finido que les permita abordar los aspectos organizativos, técnicos y<br />
pedagógicos <strong>de</strong> manera exitosa en el corto plazo, <strong>de</strong> manera que podrán beneficiarse durante los próximos cinco o diez<br />
años <strong>de</strong> los resultados obtenidos hasta que la totalidad <strong>de</strong> las universida<strong>de</strong>s dispongan <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los similares,<br />
<strong>de</strong>sapareciendo, en ese momento, el elemento diferenciador. Sin embargo, la <strong>de</strong>finición y puesta en marcha <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />
<strong>de</strong> este tipo no es una tarea fácil en la universidad <strong>de</strong> nuestros días, en la que los órganos directivos no están aún<br />
sensibilizados en esta materia, <strong>de</strong> manera que impera el llamado mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> “llanero solitario”, que no aporta valor a la<br />
institución como conjunto en el sentido mencionado, el <strong>de</strong> la diferenciación como universidad. En este trabajo se plantea<br />
un mo<strong>de</strong>lo para la gestión <strong>de</strong>l e-Learning en el contexto universitario, que en forma <strong>de</strong> Campus Virtual aborda en primera<br />
instancia la resolución <strong>de</strong> los aspectos organizativos, que se entien<strong>de</strong> que son el freno fundamental al <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> este<br />
tipo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los en la universidad en la actualidad, sin <strong>de</strong>jar a un lado los aspectos pedagógicos, para lo que aboga por un<br />
mo<strong>de</strong>lo centrado en el estudiante, y los puramente tecnológicos. Por otro lado, una vez <strong>de</strong>saparezca el aspecto<br />
diferenciador <strong>de</strong> estos mo<strong>de</strong>los, es necesario buscar otros elementos que aporten diferenciación y, por en<strong>de</strong>, ventajas<br />
competitivas. Se apuesta por el aprendizaje ubicuo, y se propone su inclusión en el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> formación e-Learning<br />
propuesto extendiendo éste, a la vez que se refuerza la visión pedagógica centrada en el estudiante. El mo<strong>de</strong>lo propuesto<br />
ha sido implantado en la <strong>Universidad</strong> Rey Juan Carlos, pudiendo consi<strong>de</strong>rarse el resultado como muy positivo.<br />
PALABRAS CLAVES<br />
e-Learning, u-Learning, TIC, mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestión<br />
1. INTRODUCCIÓN<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Son numerosas las publicaciones que han surgido en los últimos años a partir <strong>de</strong> la publicación <strong>de</strong> N. Carr<br />
(2003) referida a que las TIC (Tecnologías <strong>de</strong> la Información y las Comunicaciones) ya no aportan ventajas<br />
competitivas en las organizaciones (Stewart, 2003; Sieber, 2004; …) rechazando en unos casos y matizado en<br />
otros esta postura. En este caso, se <strong>de</strong>fien<strong>de</strong> que las TIC aún pue<strong>de</strong>n aportar sustanciales ventajas<br />
competitivas, y que cada organización <strong>de</strong>be i<strong>de</strong>ntificarlas con el objeto <strong>de</strong> tratar éstas a<strong>de</strong>cuadamente en sus<br />
procesos <strong>de</strong> gobierno y gestión, tanto <strong>de</strong>l negocio como <strong>de</strong> las TIC. En este sentido, y referido al ámbito<br />
universitario, se plantea que es posible obtener aún ventajas competitivas i<strong>de</strong>ntificando e implementando los<br />
elementos diferenciadores a<strong>de</strong>cuados, siendo tarea <strong>de</strong> cada universidad enumerar aquellos que son <strong>de</strong> su<br />
interés. Así, por ejemplo, i<strong>de</strong>ntificamos entre otros, como elementos que aportan diferenciación en este<br />
ámbito, la puesta en marcha <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> gestión <strong>de</strong> la investigación, sistemas <strong>de</strong> información corporativa<br />
a<strong>de</strong>cuados, o mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> formación e-Learning, éstos últimos objeto <strong>de</strong> este trabajo.<br />
59
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
La formación a través <strong>de</strong> las TIC es anterior al uso masivo <strong>de</strong> Internet, y tuvo sus primeros éxitos con el<br />
<strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> productos <strong>de</strong> formación multimedia distribuidos en CD, que aún hoy se utilizan. Con la<br />
adopción <strong>de</strong> la red <strong>de</strong> manera generalizada por la sociedad aparecieron nuevas formas <strong>de</strong> distribución <strong>de</strong>l<br />
conocimiento y se empezaron a <strong>de</strong>sarrollar mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> aprendizaje (término que utilizaremos en este trabajo<br />
para referirnos a los conceptos <strong>de</strong> enseñanza y aprendizaje en su conjunto con el objeto <strong>de</strong> abreviar.) basados<br />
en los nuevos recursos <strong>de</strong> comunicación y colaboración disponibles. Estos mo<strong>de</strong>los se han ido polarizando<br />
con el tiempo hacia tres vertientes diferentes: la metodológica, la tecnológica, y la <strong>de</strong> gestión, apareciendo<br />
nuevos términos como Computer-Based-Training (CBT), Technology-Based-Training (TBT), Computer-<br />
Based-Learning (CBL), u On-line Learning, por citar algunos ejemplos, que se usan en unas ocasiones <strong>de</strong><br />
forma indistinta, y en otras con diferentes significados <strong>de</strong>pendiendo <strong>de</strong>l ámbito <strong>de</strong> aplicación, si bien<br />
actualmente muchas <strong>de</strong> ellas están siendo abandonadas en favor <strong>de</strong>l concepto e-Learning (término que<br />
utilizaremos en este trabajo por ser el más extendido, sin entrar en discutir la pertinencia <strong>de</strong> otros términos<br />
mejor adaptados al contexto tratado.) como concepto paraguas (Snook, 2001).<br />
No existe en la actualidad un mo<strong>de</strong>lo estándar, ni aproximaciones pedagógicas, tecnológicas u<br />
organizativas únicas al e-Learning. Lo importante, por tanto, es <strong>de</strong>terminar cuáles son los elementos que<br />
<strong>de</strong>finen la elección <strong>de</strong> un mo<strong>de</strong>lo u otro. En este sentido, una <strong>de</strong> las visiones sobre la configuración <strong>de</strong> los<br />
mo<strong>de</strong>los e-Learning, y que compartimos, establece (Duart y Lupiáñez, 2004) que éste no es tan sólo un<br />
sistema <strong>de</strong> acceso a la información y <strong>de</strong> distribución <strong>de</strong> conocimiento, sino que se configura a partir <strong>de</strong> la<br />
interacción <strong>de</strong> tres factores entre los que <strong>de</strong>be existir una coherencia que garantice una interacción óptima: la<br />
educación y los mo<strong>de</strong>los educativos; la tecnología y los mo<strong>de</strong>los tecnológicos; y la organización y los<br />
mo<strong>de</strong>los organizativos. Si bien <strong>de</strong>ben tenerse en cuenta estos tres factores a la hora <strong>de</strong> implementar un<br />
mo<strong>de</strong>lo a<strong>de</strong>cuado <strong>de</strong> e-Learning en una organización, y en el caso que nos ocupa en la universidad,<br />
planteamos que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> un punto <strong>de</strong> vista práctico orientado a la implementación <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo, y con el objeto<br />
<strong>de</strong> garantizar el éxito <strong>de</strong> tal implementación en un contexto como el universitario, el factor organizativo <strong>de</strong>be<br />
tener una prioridad en la ejecución (entendido en el sentido <strong>de</strong>l or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> ejecución) acompañado muy <strong>de</strong><br />
cerca por el tecnológico y el educativo que se irán implementando a medida que los procesos organizativos a<br />
implementar vayan dándoles paso en el momento a<strong>de</strong>cuado.<br />
Se observa un ejemplo claro <strong>de</strong> la disfunción que se produce al no consi<strong>de</strong>rar este or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> prioridad en<br />
muchas <strong>de</strong> las universida<strong>de</strong>s españolas, en las que se potencian <strong>de</strong> manera directa, tanto por la propia<br />
organización como por iniciativa <strong>de</strong> los propios profesores e investigadores (mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>nominado en la<br />
literatura “llanero solitario”), acciones conducentes al <strong>de</strong>sarrollo y evolución, tanto <strong>de</strong> nuevas y mejores<br />
prácticas docentes <strong>de</strong> e-Learning como <strong>de</strong> novedosas tecnologías para su implantación, lo cual redunda en<br />
numerosos artículos <strong>de</strong> investigación y proyectos piloto que, por lo general, tienen una vida limitada a la<br />
financiación <strong>de</strong> los distintos proyectos. Si bien estos frutos son <strong>de</strong> sumo interés para los investigadores y, por<br />
en<strong>de</strong>, para la organización, no consiguen tener un impacto institucional, ya que suelen ser iniciativas aisladas,<br />
en un entorno muy reducido y que no consi<strong>de</strong>ran la realidad universitaria en su conjunto, que se compone <strong>de</strong><br />
un conjunto <strong>de</strong> aspectos organizativos y <strong>de</strong> gestión que <strong>de</strong>ben tenerse en cuenta a la hora <strong>de</strong> implementar los<br />
aspectos educativos o tecnológicos. Una vez <strong>de</strong>sarrollados estos mo<strong>de</strong>los es muy difícil adaptarlos a esta<br />
realidad, pues se parte <strong>de</strong> un diseño organizativo que dista mucho <strong>de</strong> ser el a<strong>de</strong>cuado. Esto se agrava a<strong>de</strong>más<br />
<strong>de</strong>bido a las dificulta<strong>de</strong>s <strong>de</strong> coordinación y el individualismo imperante en los centros, áreas y <strong>de</strong>partamentos<br />
universitarios existentes, que hacen que el conocimiento creado se transforme con muchas dificulta<strong>de</strong>s en<br />
colectivo.<br />
Para solventar estas dificulta<strong>de</strong>s es necesaria una a<strong>de</strong>cuada gestión <strong>de</strong>l conocimiento mediante el uso<br />
planificado <strong>de</strong> las TIC (Rost et al., 2005). En este sentido, los mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> e-Learning corporativos<br />
constituyen el mecanismo perfecto (Duart y Lupiáñez, 2004), que entendidos como un proceso, permitirá la<br />
gestión <strong>de</strong>l cambio producido por su implantación. Se propone que el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> estos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong>be<br />
ajustarse a la filosofía <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los basados en el gobierno y la gestión como referentes globales,<br />
<strong>de</strong> manera que los aspectos organizativos son consi<strong>de</strong>rados con prioridad en el diseño frente a otros aspectos.<br />
En este sentido, se entien<strong>de</strong> que el marco conceptual más a<strong>de</strong>cuado es el <strong>de</strong> Campus Virtual, que abarca<br />
todos los aspectos (tecnológico, educativo, organizativo) para su <strong>de</strong>sarrollo. Se propone en este trabajo un<br />
Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Gestión <strong>de</strong>l e-Learning adaptado a la realidad universitaria, que cubre todos los aspectos<br />
organizativos necesarios para garantizar el éxito en su implantación y, por en<strong>de</strong>, constituir un factor <strong>de</strong><br />
diferenciación para la universidad, tanto en el presente como en el futuro, mediante su evolución a un<br />
Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Aprendizaje Ubicuo.<br />
60
2. EL MODELO<br />
2.1 El Contexto<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Son numerosos los autores que consi<strong>de</strong>ran que las TIC y los nuevos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> aprendizaje basados en estas<br />
se posicionan como los aspectos fundamentales <strong>de</strong> la nueva universidad, <strong>de</strong> manera que están cambiando ya<br />
<strong>de</strong> forma sustancial el día a día <strong>de</strong>l entorno universitario (Bates, 2000; Bates and Poole, 2003, …). De la<br />
forma en que cada universidad responda a esta revolución tecnológica <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá su posicionamiento<br />
competitivo. Sin embargo, hay que tener en cuenta que la implantación <strong>de</strong> las TIC en las universida<strong>de</strong>s tiene<br />
importantes repercusiones en los costes <strong>de</strong> operación e impone nuevas exigencias a su personal, existiendo<br />
una serie <strong>de</strong> condicionantes que surgen <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo universitario expuesto con anterioridad que no existen en<br />
otras organizaciones (Bates, 2000; Edwards y O'Mahony, 2000), como son, por ejemplo, la <strong>de</strong>scentralización<br />
en la toma <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiones respecto al gasto, a la estructura, y tecnologías a emplear, la falta <strong>de</strong> políticas que<br />
indiquen cómo gestionar la infraestructura y sus servicios <strong>de</strong> soporte, o la ausencia <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> la<br />
evolución <strong>de</strong> la universidad en términos <strong>de</strong> negocio y, por tanto, la imposibilidad <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir a<strong>de</strong>cuadamente<br />
factores diferenciales.<br />
En el caso <strong>de</strong> España, la utilización <strong>de</strong> las nuevas TIC y los nuevos métodos <strong>de</strong> enseñanza y aprendizaje<br />
asociados a éstas en la educación universitaria se ha incrementado <strong>de</strong> manera sustancial en los últimos años.<br />
Rara es la universidad que no dispone <strong>de</strong> alguna materia que se imparte utilizando estos medios aunque sea<br />
<strong>de</strong> manera testimonial, y así, estas han venido adaptando sus metodologías <strong>de</strong> enseñanza a las distintas<br />
tecnologías que se han ido incorporando paulatinamente para diseñar mejores mo<strong>de</strong>los. Del informe<br />
<strong>de</strong>sarrollado por la CRUE (Barro, 2004) po<strong>de</strong>mos extraer como dato <strong>de</strong> interés en relación al e-Learning en<br />
la universidad pública española que la importancia que estan dan al e-Learning es baja <strong>de</strong>dicando como<br />
máximo esfuerzos a nivel corporativo para instalar plataformas tecnológicas. Esto se evi<strong>de</strong>ncia en el informe<br />
<strong>de</strong>sarrollado en Fernán<strong>de</strong>z et al. (2005) sobre la situación <strong>de</strong>l e-Learning en España, se <strong>de</strong>spren<strong>de</strong> que, si bien<br />
la mayoría <strong>de</strong> las universida<strong>de</strong>s disponen <strong>de</strong> algún sistema <strong>de</strong> docencia on-line, sólo el 14% <strong>de</strong> las<br />
universida<strong>de</strong>s disponen <strong>de</strong> titulaciones oficiales completamente on-line, aunque el 89% da soporte a la<br />
formación presencial. Los mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> uso <strong>de</strong>l e-Learning en las universida<strong>de</strong>s están directamente<br />
relacionados con las estrategias institucionales. Sin embargo, la realidad muestra que, <strong>de</strong> momento, y dadas<br />
las inercias históricas que arrastran muchas universida<strong>de</strong>s, no se ponen en marcha mo<strong>de</strong>los a<strong>de</strong>cuados y<br />
efectivos. Las metodologías pedagógicas que se están aplicando continúan siendo las clásicas, <strong>de</strong> forma que<br />
se están utilizando los entornos virtuales para seguir perpetuando un mo<strong>de</strong>lo centrado en el profesor. En<br />
principio se pensó que el hecho que la integración <strong>de</strong> las TIC haya crecido <strong>de</strong> forma consi<strong>de</strong>rable en los<br />
últimos años en las universida<strong>de</strong>s supondría el inicio <strong>de</strong> un cambio <strong>de</strong> paradigma, pero la situación muestra<br />
que los mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> aprendizaje no están cambiando realmente (Bates y Poole, 2003; Sangrà, 2001). En<br />
resumen po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>cir que la universidad se está incorporando a este nuevo contexto con no pocas<br />
dificulta<strong>de</strong>s (Jochems et al., 2004), y en la actualidad po<strong>de</strong>mos afirmar que nos encontramos en el ámbito<br />
universitario con mo<strong>de</strong>los basados en el factor tecnológico, y no centrados en el estudiante como sería <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sear, con un enfoque metodológico para el aprendizaje basado en replicar el método utilizado en la<br />
formación presencial en el nuevo entorno. Esto es <strong>de</strong>bido a los innumerables frenos y dificulta<strong>de</strong>s que se<br />
encuentran como: falta <strong>de</strong> sensibilización <strong>de</strong> los órganos directivos(recursos, apoyos políticos e<br />
institucionales, incomprensión, …); no se aborda la implantación <strong>de</strong>l nuevo mo<strong>de</strong>lo como un proyecto; se<br />
focaliza el mo<strong>de</strong>lo en los aspectos puramente metodológicos y se <strong>de</strong>sprecian los aspector organizativos y <strong>de</strong><br />
gestión; falta <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>razgo en la <strong>de</strong>finición e implementación <strong>de</strong>l proyecto; <strong>de</strong>sconocimiento <strong>de</strong>l entorno; baja<br />
formación y conocimiento <strong>de</strong>l tema en el ámbito <strong>de</strong>l PDI y casi nula en el <strong>de</strong>l PAS; poca flexibilidad <strong>de</strong> los<br />
entornos <strong>de</strong> TIC, como las dificulta<strong>de</strong>s <strong>de</strong> integración con las plataformas e-Learning; etcétera. En todo caso,<br />
son evi<strong>de</strong>ntes las ventajas que aportan los mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> e-Learning en las universida<strong>de</strong>s. En Duart y Sangrà<br />
(2000) pue<strong>de</strong> verse una excelente recopilación.<br />
61
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
2.2 Las Bases<br />
Es comúnmente aceptado que el nacimiento <strong>de</strong>l aprendizaje asistido por or<strong>de</strong>nador data <strong>de</strong> mediados <strong>de</strong> los<br />
años 50, apareciendo a partir <strong>de</strong> entonces diversas iniciativas para la creación <strong>de</strong> sistemas informáticos para<br />
la enseñanza, en lo que ya se empezó a conocer como Computer Assisted Instruction (CAI), que fue<br />
mejorado posteriormente con la aplicación <strong>de</strong> las técnicas <strong>de</strong> Inteligencia Artificial sentando las bases para el<br />
<strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> los Intelligent CAI (ICAI) que se pue<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar como el punto <strong>de</strong> partida <strong>de</strong> los Sistemas<br />
Tutores Inteligentes (ITS). Ya en 1986 se comenzaron a diseñar los primeros módulos <strong>de</strong> lo que entonces se<br />
conocía como Enseñanza Asistida por Or<strong>de</strong>nador (EAO), y en los 90 se comenzaron a <strong>de</strong>sarrollar los<br />
primeros productos en CD-ROM. Des<strong>de</strong> un punto <strong>de</strong> vista práctico, es en la segunda mitad <strong>de</strong> los 90 cuando<br />
se marca el inicio <strong>de</strong> lo que se viene a llamar Aprendizaje On-line. Es con posterioridad cuando se acuña el<br />
término e-Learning, con el objeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir el aprendizaje electrónico <strong>de</strong> cursos a traves <strong>de</strong> entornos <strong>de</strong><br />
comunicación adaptados a este fin, produciéndose en ese momento un <strong>de</strong>bate importante en torno a la calidad<br />
<strong>de</strong> los contenidos, en el que aún hoy nos mantenemos, surgiendo numerosas propuestas metodológicas <strong>de</strong><br />
enseñanza a la vez que se promovieron estándares <strong>de</strong> aprendizaje y se <strong>de</strong>sarrollaron herramientas ad-hoc.<br />
Así, y por citar solamente los más reconocidos en la actualidad, aparecen mo<strong>de</strong>los pedagógicos como el<br />
Blen<strong>de</strong>d Learning, estándares como el ADL SCORM, y plataformas y herramientas <strong>de</strong> software abierto y<br />
comercial para e-Learning, como Moodle y WebCT respectivamente.<br />
Una década <strong>de</strong>spués no existe todavía una única taxonomía consensuada <strong>de</strong> los tipos <strong>de</strong> e-Learning o <strong>de</strong><br />
las prácticas <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> las TIC en la educación, lo cual se agrava con la opinión <strong>de</strong> algunos autores, que<br />
indican que no hay una diferencia significativa en cuanto a resultados en términos <strong>de</strong> adquisición <strong>de</strong><br />
conocimiento y <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s entre los cursos que se llevan a cabo presencialmente y los que se realizan a<br />
distancia <strong>de</strong> forma virtual. En todo caso, lo que sí existe es una conciencia generalizada sobre la importancia<br />
<strong>de</strong>l e-Learning, los beneficios que pue<strong>de</strong> aportar si es correctamente diseñado, y que es cuestión <strong>de</strong> unos<br />
pocos años que se estandaricen metodologías y tecnologías, lo que no significa que no puedan realizarse<br />
hasta entonces implementaciones en la materia <strong>de</strong> manera efectiva. En relación con esto, postulamos que el<br />
hecho <strong>de</strong> obtener los mismos resultados con la formación e-Learning que con la formación tradicional a<br />
distancia ya es un resultado <strong>de</strong> éxito, ya que si, a<strong>de</strong>más <strong>de</strong> evaluar la adquisición <strong>de</strong> conocimientos y<br />
habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> los estudiantes, añadimos el factor diferenciador que enten<strong>de</strong>mos ofrecen estos mo<strong>de</strong>los para<br />
la institución, y otros como el beneficio económico en términos <strong>de</strong> ROI (Duart, 2002), tenemos finalmente un<br />
balance, cuando menos, positivo. Debemos consi<strong>de</strong>rar, a<strong>de</strong>más, que este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> formación está en sus<br />
inicios, y compararlo en la actualidad con el mo<strong>de</strong>lo tradicional es, cuando menos, injusto. Debemos esperar<br />
al menos una o dos décadas más, momento en el cual se observarán, sin duda, mejores resultados. En todo<br />
caso, in<strong>de</strong>pendientemente <strong>de</strong> la aproximación al e-Learning utilizada, existen una serie <strong>de</strong> factores que <strong>de</strong>ben<br />
analizarse y que todas ellas incorporan, como son el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> aprendizaje, el mo<strong>de</strong>lo pedagógico, el<br />
entorno <strong>de</strong> colaboración, las tecnologías, los aspectos organizativos y <strong>de</strong> gestión, etcétera. Analizaremos a<br />
continuación los más <strong>de</strong>stacados, con el objeto <strong>de</strong> aproximarnos a la <strong>de</strong>finición a<strong>de</strong>cuada <strong>de</strong> un mo<strong>de</strong>lo e-<br />
Learning para universida<strong>de</strong>s expuesto en este trabajo.<br />
En lo que respecta al aprendizaje y a las diferentes teorías susceptibles <strong>de</strong> ser implementadas en los<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> e-Learning, durante este último siglo se ha producido un enorme <strong>de</strong>sarrollo, <strong>de</strong>bido<br />
fundamentalmente a los avances <strong>de</strong> la psicología y <strong>de</strong> las teorías sobre la educación y la enseñanza, que han<br />
tratado <strong>de</strong> sistematizar los mecanismos asociados a los procesos mentales que hacen posible el aprendizaje.<br />
En este sentido, el diseño estas teorías pone su atención en i<strong>de</strong>ntificar cuáles son los métodos que <strong>de</strong>ben ser<br />
utilizados en el diseño <strong>de</strong>l proceso <strong>de</strong> enseñanza, y en <strong>de</strong>terminar en qué situaciones estos <strong>de</strong>ben ser usados.<br />
Una excelente revisión pue<strong>de</strong> encontrarse en (Rodríguez, 2000).<br />
Otro <strong>de</strong> los factores a analizar es el mo<strong>de</strong>lo pedagógico que, sobre la base <strong>de</strong> uno o varios paradigmas <strong>de</strong><br />
aprendizaje, extien<strong>de</strong> estos y los lleva a la práctica mediante la incorporación <strong>de</strong> los procesos, acciones, y<br />
elementos tanto técnicos como pedagógicos a<strong>de</strong>cuados. En este sentido, una clasificación interesante (Duart<br />
y Sangrà, 2000) es aquella que se basa en consi<strong>de</strong>rar los tres actores que caracterizan el e-Learning: la<br />
tecnología, el profesorado, y el estudiante. El mo<strong>de</strong>lo centrado en el estudiante, en el que éste gestiona su<br />
propio proceso <strong>de</strong> aprendizaje, es consi<strong>de</strong>rado en la actualidad como el mo<strong>de</strong>lo a seguir, siendo, sin duda, el<br />
más referenciado en la literatura, aunque también el más difícil <strong>de</strong> llevar a cabo, sobre todo en instituciones<br />
con una larga tradición en la docencia presencial cuyos mo<strong>de</strong>los distan muchos <strong>de</strong> los que ahora se plantean,<br />
como es el caso <strong>de</strong> la mayoría <strong>de</strong> la universida<strong>de</strong>s públicas españolas. Este mo<strong>de</strong>lo, tal como argumentan<br />
62
Duart y Sangrà (2000), <strong>de</strong>be permitir al estudiante ejercer la libertad <strong>de</strong> aprovechar al máximo el apoyo que<br />
se le ofrece, <strong>de</strong> planificar su progreso <strong>de</strong> aprendizaje universitario y <strong>de</strong> regular su propio ritmo <strong>de</strong> trabajo, <strong>de</strong><br />
manera que <strong>de</strong>ben ponerse a su disposición todos los elementos que forman parte <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo pedagógico,<br />
haciendo énfasis en la calidad pedagógica y en el apoyo personalizado, siendo, a<strong>de</strong>más, necesario conseguir<br />
el máximo grado <strong>de</strong> implicación y <strong>de</strong> motivación <strong>de</strong> los estudiantes en su propio proceso formativo, <strong>de</strong><br />
manera que este se sienta protagonista <strong>de</strong>l proceso <strong>de</strong> enseñanza-aprendizaje, potenciando para ello los<br />
métodos activos. La implementación <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los pedagócios basados en el estudiante tienen (Duart y Sangrà,<br />
2000) como centro al estudiante y se fundamenta en: los materiales didácticos, la acción docente y la<br />
evaluación. Estos, constituyen tres elementos importantes a tener en cuenta en el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> e-<br />
Learning. A<strong>de</strong>más <strong>de</strong> estos tres elementos, hay otro nivel <strong>de</strong> profundidad muy importante, fruto <strong>de</strong> la<br />
oportunidad que ofrece la participación en un entorno virtual <strong>de</strong> aprendizaje, el trabajo cooperativo (Duart y<br />
Sangrà, 2000).<br />
Analizados los aspectos relacionados con el aprendizaje y los mo<strong>de</strong>los pedagógicos, <strong>de</strong>bemos analizar los<br />
aspectos organizativos. En este sentido, Duart (2000) establece que la gestión <strong>de</strong> las organizaciones<br />
educativas virtuales <strong>de</strong>berá actuar en función <strong>de</strong> la no presencialidad (la organización virtual actuará en el<br />
ámbito <strong>de</strong> la asincronía, es <strong>de</strong>cir, <strong>de</strong> la no-coinci<strong>de</strong>ncia en el espacio ni en el tiempo), la transversalidad (la<br />
virtualidad facilita los procesos transversales y los optimiza), y la globalidad (los procesos <strong>de</strong> gestión <strong>de</strong>ben<br />
actuar <strong>de</strong> forma sistémica en el marco <strong>de</strong> la organización). Por otro lado, Sangrà (2001) y Duart (2000)<br />
establecen que los factores en los que <strong>de</strong>berá fundamentarse la estrategia <strong>de</strong> la organización para construir un<br />
espacio <strong>de</strong> formación virtual <strong>de</strong>ben girar alre<strong>de</strong>dor <strong>de</strong> los siguientes ejes: Accesibilidad, Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
aprendizaje, Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> docencia, Estilo organizativo-cultural, e Interculturalismo. En relación con los<br />
aspectos organizativos, tenemos que analizar a<strong>de</strong>más aquellos relacionados con la implementación <strong>de</strong>l<br />
mo<strong>de</strong>lo e-Learning en particular. En este sentido, Duart y Lupiáñez (2004), se plantean cómo se pue<strong>de</strong><br />
abordar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el principio la <strong>de</strong>finición y visión <strong>de</strong>l e-Learning en la organización, y proponen una serie <strong>de</strong><br />
pasos concretos que van <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el análisis <strong>de</strong> la situación concreta <strong>de</strong> la institución, a la i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong><br />
ventajas competitivas, pasando por la alineación con el negocio <strong>de</strong>l e-Learning. Agunos <strong>de</strong> estos aspectos han<br />
sido ya tratados en la literatura, como el contexto en el que se <strong>de</strong>sarrollará, y la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong>l conjunto <strong>de</strong><br />
factores <strong>de</strong> éxito que nos permitan evaluar <strong>de</strong> manera contínua el mo<strong>de</strong>lo en su implantación y ejecución.<br />
Por último, el mo<strong>de</strong>lo requerirá procesos administrativos similares a los que se utilizan en el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
formación presencial (márketing, información, admisión, matrícula, formación, evaluación, etcétera). En<br />
principio, estos procesos serán idénticos, y el mo<strong>de</strong>lo a implantar podrá utilizar los existentes en el caso <strong>de</strong><br />
una universidad que ya cuenta con un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> formación presencial. Con el tiempo estos <strong>de</strong>berán irse<br />
re<strong>de</strong>finiendo para generar procesos ad-hoc al nuevo mo<strong>de</strong>lo. Partiendo <strong>de</strong> trabajos como los <strong>de</strong> Aggarwal<br />
(2001, 2003), que establece que los principales agentes involucrados en los procesos <strong>de</strong> este mo<strong>de</strong>lo<br />
educativo son los alumnos, los profesores, y el personal administrativo y técnico, y que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el punto <strong>de</strong><br />
vista <strong>de</strong> estos agentes el campus virtual contemplará la totalidad <strong>de</strong> los procesos que abarcan todas las<br />
activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> un mo<strong>de</strong>lo educativo como el planteado, se <strong>de</strong>berán <strong>de</strong>finir estos <strong>de</strong> manera a<strong>de</strong>cuada para<br />
completar el mo<strong>de</strong>lo en su vertiente organizativa y <strong>de</strong> gestión.<br />
2.3 La Implementación<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
En base a lo anterior, y con visión <strong>de</strong> proyecto, abordamos el diseño <strong>de</strong> un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestión e-Learning<br />
basado en la implantación <strong>de</strong> un Campus Virtual que ponga a<strong>de</strong>más las bases necesarias para implementar<br />
entornos <strong>de</strong> aprendizaje preparados para incorporar elementos diferenciadores en el futuro. De esta manera,<br />
el primer paso en la imlementación <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo consiste en el análisis <strong>de</strong>l estado actual, en la <strong>de</strong>finición<br />
temporal <strong>de</strong> ejecución, así como las claves que <strong>de</strong>finirán el mo<strong>de</strong>lo, en nuestro caso: un mo<strong>de</strong>lo institucional<br />
que auna las características <strong>de</strong> ubícuo, “blen<strong>de</strong>d” y, centrado en el estudiante, que permitirá ventajas<br />
competitivas hasta el año 2017. El mo<strong>de</strong>lo está configurado por un conjunto <strong>de</strong> dominios para la <strong>de</strong>finición<br />
<strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo, y un plan <strong>de</strong> actuación para su ejecución, basado en consi<strong>de</strong>rar en primera instancia los<br />
aspectos organizativos y <strong>de</strong> gestión, ya que enten<strong>de</strong>mos que son esos los factores que frenan el <strong>de</strong>sarrollo y la<br />
implementación <strong>de</strong> este tipo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los en las universida<strong>de</strong>s al no ser abordados con suficiente rigor y<br />
acierto. El mo<strong>de</strong>lo se compone <strong>de</strong> tres dominios:<br />
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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
El contexto en el que se <strong>de</strong>sarrollará el mo<strong>de</strong>lo.<br />
Se aborda el conjunto <strong>de</strong> aspectos que<br />
enten<strong>de</strong>mos que, necesariamente, <strong>de</strong>ben tenerse<br />
en cuenta en un entorno universitario para que un<br />
proyecto <strong>de</strong> este tipo tenga el éxito <strong>de</strong>seado: el<br />
apoyo institucional, el apoyo <strong>de</strong> la comunidad<br />
universitaria, la entidad a dar al Campus Virtual,<br />
las competencias, el lí<strong>de</strong>razgo, el análisis <strong>de</strong>l<br />
estado actual <strong>de</strong> la organización, las ten<strong>de</strong>ncias<br />
existentes, la disponibilidad <strong>de</strong> recursos, y el<br />
acceso a la tecnología.<br />
La implementación que <strong>de</strong>scribe los aspectos esenciales <strong>de</strong> la<br />
puesta en marcha y la ejecución <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo. Se abordan los<br />
aspectos relacionados con la puesta en marcha inicial y la<br />
ejecución posterior <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo, a medio y largo plazo: la puesta<br />
en marcha, la planificación <strong>de</strong> la ejecución, la integración<br />
a<strong>de</strong>cuada con el mo<strong>de</strong>lo existente, la incorporación progresiva<br />
<strong>de</strong> titulaciones, el mo<strong>de</strong>lo pedagógico, las funcionalida<strong>de</strong>s<br />
(apoyo a la docencia presencial, y enseñanza/Aprendizaje<br />
virtual), los Procesos (eMárketing, eInformación, eAdmisión,<br />
eMatriculación, eFormación-Aprendizaje, eGraduación y<br />
eSeguimiento).<br />
Los factores clave a tener en cuenta para el éxito <strong>de</strong>l mismo, como un conjunto <strong>de</strong> factores que nos permitan<br />
evaluar <strong>de</strong> manera contínua el mo<strong>de</strong>lo en su implantación y ejecución: nueva visión para la enseñanza/aprendizaje<br />
por parte <strong>de</strong> la comunidad universitaria, grado <strong>de</strong> incoporación <strong>de</strong>l personal al nuevo mo<strong>de</strong>lo, fundamentalmente el<br />
PDI, asignación <strong>de</strong> fondos explícita <strong>de</strong>dicada al proyecto en el largo plazo, infraestructura tecnológica a<strong>de</strong>cuada,<br />
infraestructura humana necesaria para soportar todos los procesos, acceso a los recursos tecnológicos por la<br />
comunidad universitaria, materiales <strong>de</strong> estudio a<strong>de</strong>cuados, <strong>de</strong>finidos y diferenciados los roles <strong>de</strong> profesor y tutor,<br />
nuevo mo<strong>de</strong>lo pedagógico, dirección y lí<strong>de</strong>razgo <strong>de</strong>l proyecto firme y con representación en los órganos <strong>de</strong><br />
gobierno, nuevas estructuras organizativas, mecanismos <strong>de</strong> colaboración y consorcio con otras organizaciones,<br />
investigación <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> la propia institución al respecto, mecanismos <strong>de</strong> evaluación, eProcesos <strong>de</strong>sarrollados,<br />
indicios constatables <strong>de</strong> que el mo<strong>de</strong>lo supone una ventaja competitiva, como la mejora <strong>de</strong> parámetros <strong>de</strong> evaluación<br />
<strong>de</strong> la universidad por parte <strong>de</strong> órganos externos, o mejora <strong>de</strong>l ROI.<br />
El mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>fine a<strong>de</strong>más una serie <strong>de</strong> relaciones existentes entre los dominios anteriormente <strong>de</strong>scritos,<br />
estableciéndose el conjunto <strong>de</strong> éstas que condicionarán la ejecución <strong>de</strong>l plan <strong>de</strong> actuación. Así, se establecen<br />
relaciones a nivel <strong>de</strong> dominio, a nivel <strong>de</strong> elementos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> un mismo dominio, restricciones <strong>de</strong><br />
obligatoriedad con elementos <strong>de</strong> un dominio concreto, <strong>de</strong> precondicióny/o postcondición en el or<strong>de</strong>n <strong>de</strong><br />
ejecución, etcétera. Por su extensión no se muestran estos aquí. A partir <strong>de</strong> los dominios <strong>de</strong>scritos<br />
anteriormente y <strong>de</strong> las relaciones existentes entre éstos, se construye el plan <strong>de</strong> actuación que vendrá<br />
<strong>de</strong>finido por el conjunto <strong>de</strong> 7 ejes sobre los que actuar, un conjunto <strong>de</strong> 26 medidas específicas a <strong>de</strong>sarrollar<br />
con sus 82 acciones y mecanismos específicos. A<strong>de</strong>más, se construye el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> planificación temporal, el<br />
mo<strong>de</strong>lo ubicuo que permite la extensión en el tiempo, y por último se implementa para la <strong>Universidad</strong> Rey<br />
Juan Carlos en un mo<strong>de</strong>lo específico para esta a partir <strong>de</strong>l anterior. Los ejes <strong>de</strong> actuación que <strong>de</strong>finen el<br />
mo<strong>de</strong>lo son los siguientes:<br />
Eje 1: Definición y alcance <strong>de</strong>l Plan: Asegurar los principales aspectos <strong>de</strong>finidos en el dominio <strong>de</strong>l Contexto, tales<br />
como el apoyo institucional y <strong>de</strong> la comunidad universitaria, establecimiento <strong>de</strong>l lí<strong>de</strong>razgo, el análisis <strong>de</strong> la<br />
situación <strong>de</strong> partida o la obtención <strong>de</strong> recursos necesarios<br />
Eje 2: Inserción <strong>de</strong> la comunidad universitaria en la cultura e-Learning: Desarrollo <strong>de</strong> acciones <strong>de</strong> formación,<br />
sensibilización y divulgación conducentes a la a<strong>de</strong>cuada expansión <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo. Se completará con acciones <strong>de</strong><br />
asesoramiento, información y consulta.<br />
Eje 3: Funcionalida<strong>de</strong>s: Definición <strong>de</strong>l tipo <strong>de</strong> funcionalidad a implementar a lo largo <strong>de</strong>l tiempo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el apoyo<br />
a la docencia presencial a la construcción <strong>de</strong> un campus virtual en su máxima expresión.<br />
Eje 4: Integración: Con los procesos <strong>de</strong> gestión, los métodos pedagógicos, los proyectos en marcha en la<br />
universidad, corporativos o individuales, y la infraestructura tecnológica actual.<br />
Eje 5: eProcesos: Diseño, <strong>de</strong>sarrollo y puesta en marcha <strong>de</strong> los nuevos procesos ad-hoc para el nuevo mo<strong>de</strong>lo.<br />
Eje 6: Mo<strong>de</strong>lo Pedagógico: Diseño <strong>de</strong> un nuevo mo<strong>de</strong>lo pedagógico, prueba <strong>de</strong> éste y extensión a todo el mo<strong>de</strong>lo.<br />
Eje 7: Evaluación, seguimiento y mejora continuos: Implantación <strong>de</strong> mecanismos para la evaluación continua,<br />
tanto <strong>de</strong> la calidad en términos <strong>de</strong> enseñanza/aprendizaje, como en términos <strong>de</strong> la obtención <strong>de</strong> ventajas<br />
competitivas para la organización.<br />
Algunas <strong>de</strong> las medidas concretas, por exponer algún ejemplo <strong>de</strong> mayor relevancia, son las referidas a los<br />
eProcesos, que <strong>de</strong>scriben como llevar en primera instancia todos los procesos analizados y <strong>de</strong>finidos en<br />
estapas anteriores <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo a un grado <strong>de</strong> “e” a<strong>de</strong>cuado, <strong>de</strong> manera que se chequea este frente a un mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong> madurez que establece <strong>de</strong> 0 a 5 el nivel que tiene cada proceso. Todas las especificaciones se <strong>de</strong>screiben<br />
en un instrumento <strong>de</strong>sarrollado ad-hoc bajo un plan y mo<strong>de</strong>lo concreto.<br />
64
Eje 5: eProcesos<br />
Medida 5.1: eMárketing<br />
Medida 5.2: eInformación<br />
Medida 5.3: eAdmisión<br />
Medida 5.4: eMatriculación<br />
Medida 5.5: eFormación-Aprendizaje<br />
Medida 5.6: eAyuda<br />
Medida 5.7: eGraduación<br />
Medida 5.8: eSeguimiento<br />
Mecanismo <strong>de</strong> implementación:<br />
Plan y Mo<strong>de</strong>lo ad-hoc para el análisis,<br />
diseño e implementación <strong>de</strong> eProcesos<br />
Posteriormente, se llevan estas medidas <strong>de</strong>l eje 5 al mo<strong>de</strong>lo ubicuo, <strong>de</strong> manera que pasa a ser uProcesos, y<br />
<strong>de</strong> igual manera se implementa y plan y mo<strong>de</strong>lo ad-hoc que <strong>de</strong>termina, bajo otro mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> madurez, el<br />
estado <strong>de</strong> cada uno <strong>de</strong> estos procesos en términos <strong>de</strong> “u”bicuidad. Para la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> este mo<strong>de</strong>lo ubícuo,<br />
abordamos tanto una perspectiva centrada en la tecnología, como otra centrada en los mo<strong>de</strong>los pedagógicodocentes.<br />
En ambos enfoques es necesario que se cumplan una serie <strong>de</strong> características necesarias que<br />
permiten <strong>de</strong>finir el mo<strong>de</strong>lo como ubicuo, y que se recojen como características <strong>de</strong>l mismo:<br />
Permanencia: Los estudiantes nunca pier<strong>de</strong>n su trabajo a menos que sea eliminado a propósito, lo que permite<br />
mantener un proceso <strong>de</strong> aprendizaje continuo.<br />
Accesibilidad: El estudiante tiene acceso a todo tipo <strong>de</strong> contenidos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cualquier sito, lo que le in<strong>de</strong>pendiza <strong>de</strong>l<br />
lugar físico <strong>de</strong> permanencia.<br />
Inmediated: Los contenidos son obtenidos por el estudiante en el instante y en el sito en que se esté.<br />
Interactividad: Los estudiantes pue<strong>de</strong>n interactuar con los profesores y/o tutores bien <strong>de</strong> manera síncrona o<br />
asíncrona, lo que permite una mejor comunicación entre los distintos actores.<br />
Adaptabilidad: Los estudiantes acce<strong>de</strong>n a la información correcta en el lugar correcto y <strong>de</strong> la manera correcta.<br />
A<strong>de</strong>más, para cumplir con estas carácterísticas es necesario disponer <strong>de</strong> dispositivos a<strong>de</strong>cuados, cuya<br />
utilidad ha sido testada y analizada satisfactoriamente en la literatura, obteniendo como resultado que los<br />
dispositivos <strong>de</strong> mano inalámbricos son los que marcan la ten<strong>de</strong>ncia actual, y que los requerimientos que<br />
<strong>de</strong>ben garantizar estas son: conectividad, usabilidad, accesibilidad instantánea, flexibilidad, y bajo coste.<br />
3. CONCLUSIONES<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
En el ámbito <strong>de</strong> la universidad, son diversos los elementos diferenciadores que pue<strong>de</strong>n encontrarse, si bien,<br />
uno <strong>de</strong> los directamente relacionados con las TIC es el relativo a la formación a distancia a través <strong>de</strong> estas<br />
tecnologías. A pesar <strong>de</strong> que en realidad estemos hablando <strong>de</strong> nuevos mo<strong>de</strong>los pedagógicos que utilizan<br />
nuevos mecanismos para la relación profesor – alumno, y que la puesta en marcha <strong>de</strong> proyectos <strong>de</strong> este tipo<br />
<strong>de</strong>berían ser lí<strong>de</strong>rados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la perspectiva pedagógica, tradicionalmente se ha <strong>de</strong>jado en manos <strong>de</strong> las áreas<br />
tecnológicas el impulso <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> este tipo, cuya puesta en marcha, en forma <strong>de</strong> Campus Virtual, no<br />
implica sólo la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> un nuevo mo<strong>de</strong>lo pedagógico, sino también la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> una serie <strong>de</strong><br />
numerosos procesos que abarcan todo el mo<strong>de</strong>lo formativo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> las tareas iniciales <strong>de</strong> marketing al<br />
seguimiento <strong>de</strong>l alumno en la sociedad una vez titulado. En este sentido, se propone en este trabajo un<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestión <strong>de</strong>l e-Learning que se adapta al contexto que nos ocupa, el ámbito universitario, con el<br />
objeto <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r llevar a la práctica en el corto plazo la implementación <strong>de</strong>l e-Learning <strong>de</strong> manera exitosa. El<br />
mo<strong>de</strong>lo se basa en la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> un conjunto <strong>de</strong> dominios <strong>de</strong> aplicación que ponen el foco en dos aspectos<br />
<strong>de</strong> especial interés. El primero <strong>de</strong> ellos es el análisis a<strong>de</strong>cuado <strong>de</strong>l contexto <strong>de</strong> aplicación que, como en el<br />
resto <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestión <strong>de</strong>sarrollados en esta tesis, tiene una importancia primordial. El segundo aspecto<br />
es la consi<strong>de</strong>ración <strong>de</strong> un conjunto <strong>de</strong> procesos que abarcan <strong>de</strong>s<strong>de</strong> las acciones <strong>de</strong> márketing propiamente<br />
dichas, pasando por las formativas y <strong>de</strong> aprendizaje, hasta las <strong>de</strong> graduación y seguimiento. Esta perspectiva<br />
se aleja <strong>de</strong> la planteada habitualmente para <strong>de</strong>sarrollar mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> este tipo que ponen el foco en los aspectos<br />
metodológicos, el cual constituye el aspecto más difícil <strong>de</strong> implementar, al requerir un cambio tanto <strong>de</strong><br />
mentalidad por parte <strong>de</strong> los profesores, como <strong>de</strong> los propios aspectos <strong>de</strong> gestión <strong>de</strong> la institución. Esto no<br />
significa que en el mo<strong>de</strong>lo propuesto esta perspectiva se <strong>de</strong>s<strong>de</strong>ñe, sino que se posterga en el tiempo,<br />
priorizando la ejecución <strong>de</strong> los procesos que permiten poner en funcionamiento el Campus Virtual. Los<br />
resultados obtenidos <strong>de</strong> la aplicación <strong>de</strong> este mo<strong>de</strong>lo en la <strong>Universidad</strong> Rey Juan Carlos, han permitido a esta<br />
situarse en dos años en los primeros puestos en lo que se refiere a la docencia presencial en España con seis<br />
titulaciones <strong>de</strong> grado superior on-line, másteres oficiales, títulos propios y cursos <strong>de</strong> formación, a<strong>de</strong>más <strong>de</strong>l<br />
apoyo directo a la totalidad <strong>de</strong> las asignaturas presenciales.<br />
65
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
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66
A ATENÇÃO AO ECONÓMICO, AO SOCIAL E AO<br />
AMBIENTE ATRAVÉS DAS PÁGINAS INTERNET DO<br />
PODER LOCAL<br />
Luís Manuel Ribeiro Vieira<br />
Instituto Superior <strong>de</strong> Economia e Gestão (ISEG) da Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa (UTL)<br />
Rua Miguel Lupi, nº20, 1249-078 Lisboa<br />
lmrv@iseg.utl.pt<br />
RESUMO<br />
A atenção concedida pelos municípios às questões <strong>de</strong> índole ambiental, social e económica tem vindo a crescer na<br />
sequência <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> funções do governo central ou simplesmente a partir <strong>de</strong> opções do autarca. Por<br />
outro lado, a utilização <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação na relação com o munícipe também tem mostrado notável evolução<br />
com muitos sites a disponibilizarem cada vez mais funcionalida<strong>de</strong>s com o objectivo <strong>de</strong> facilitar o contacto mesmo a<br />
gran<strong>de</strong>s distâncias. Neste artigo, proce<strong>de</strong>mos a uma avaliação do modo como se reflecte no serviço <strong>de</strong> informação das<br />
autarquias a atenção que as mesmas <strong>de</strong>dicam às questões <strong>de</strong> índole económica, social e ambiental e concluímos que, se<br />
estas forem tomadas como um indicador <strong>de</strong>ssa atenção, a sua fraqueza <strong>de</strong>monstra que, na gran<strong>de</strong> maioria das autarquias<br />
do país, essas preocupações estão quase ausentes.<br />
PALAVRAS-CHAVE<br />
e-government, serviços <strong>de</strong> informação do po<strong>de</strong>r local, maturida<strong>de</strong><br />
1. INTRODUÇÃO<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
A atenção concedida pelos municípios às questões <strong>de</strong> índole ambiental, social e económica tem vindo a<br />
crescer na sequência <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> funções do governo central ou simplesmente a partir <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cisões do autarca. Por outro lado, a utilização <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação na relação com o munícipe<br />
também tem mostrado notável evolução com muitos sites a disponibilizarem cada vez mais funcionalida<strong>de</strong>s<br />
com o objectivo <strong>de</strong> facilitar o contacto mesmo a gran<strong>de</strong>s distâncias.<br />
Nestas condições, parece legítima a interrogação: ”sendo aquelas preocupações cada vez mais<br />
importantes no <strong>de</strong>senrolar da vida autárquica, até que ponto é que elas se reflectem e estão presentes no<br />
serviço <strong>de</strong> informação das autarquias?”.<br />
Existem actualmente várias publicações relativas à maturida<strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong> informação das<br />
autarquias problema que também aparece <strong>de</strong>signado por presença das câmaras na Internet. O projecto<br />
pioneiro Gávea, da Universida<strong>de</strong> do Minho, publicou um “Guia <strong>de</strong> boas práticas na avaliação <strong>de</strong> sites” e<br />
Santos (2004) disponibilizou um ranking relativo a 2003.<br />
Há cerca <strong>de</strong> um ano, o Instituto Superior <strong>de</strong> Economia e Gestão (ISEG) da Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong><br />
Lisboa (UTL), através do working paper Vieira (2006), publicou o seu primeiro ranking relativo aos serviços<br />
<strong>de</strong> informação das autarquias. Esse trabalho consi<strong>de</strong>rava os 308 sites autárquicos das câmaras do país e<br />
analisava cerca <strong>de</strong> 50 funcionalida<strong>de</strong>s agrupadas em 5 critérios: navegação, informação sobre eleitos,<br />
informação municipal, informação sobre o concelho e abertura. O ISEG, neste momento, tem disponível para<br />
publicação o documento Vieira (2007) com os resultados relativos ao ano <strong>de</strong> 2007 (pesquisa efectuada entre<br />
Fevereiro e Maio). Continuando este trabalho, vamos medir a atenção ao económico, ao social e ao ambiente<br />
a partir das funcionalida<strong>de</strong>s ali resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> acordo com o quadro seguinte e fazendo recurso ao operador<br />
Média, atribuindo igual pon<strong>de</strong>ração a cada funcionalida<strong>de</strong> no interior do seu grupo.<br />
67
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
Quadro 1. As funcionalida<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>radas em cada um dos aspectos em análise.<br />
Código Designação da Funcionalida<strong>de</strong> Grupo<br />
306 UNIVA - inserção activa no mercado <strong>de</strong> trabalho Social<br />
311 Agenda XXI Ambiente<br />
312 Outras acções relacionadas com o meio ambiente Ambiente<br />
502 Descrição Económica e Social do Concelho Economia<br />
503 Directório <strong>de</strong> empresas Economia<br />
505 Inquérito à situação social das pessoas (individualizado) / agregado.. Social<br />
506 Indicadores Genéricos, Demográficos, económicos e sociais do Concelho Economia<br />
514 Parques industriais Economia<br />
Neste trabalho, começamos por proporcionar uma i<strong>de</strong>ia geral sobre os resultados para o país, <strong>de</strong>scemos ao<br />
nível região (Açores e Ma<strong>de</strong>ira) e distrito, listamos alguns sites autárquicos que mais se evi<strong>de</strong>nciaram no<br />
ranking global e proporcionamos <strong>de</strong> seguida uma análise relativo a cada um dos aspectos consi<strong>de</strong>rados. Essas<br />
consi<strong>de</strong>rações servirão para fundamentar as conclusões a apresentar no último ponto <strong>de</strong>ste documento.<br />
2. AS PÁGINAS INTERNET DO PODER LOCAL<br />
Se consi<strong>de</strong>rarmos os três aspectos que são objecto <strong>de</strong>sta investigação, po<strong>de</strong>mos concluir que a sua cobertura<br />
por todo o país é claramente <strong>de</strong>ficitária, atingindo um valor global <strong>de</strong> 0,27 numa escala entre 0 e 1. Esse valor<br />
é mais elevado em termos <strong>de</strong> atenção ao económico (0,30), sensivelmente parecido em termos <strong>de</strong> atenção ao<br />
ambiente (0,277) e bastante mais baixo em termos <strong>de</strong> atenção ao social (0,22). O valor mais elevado é<br />
apresentado pelos sites da câmara <strong>de</strong> Oeiras e da câmara <strong>de</strong> Ferreira do Alentejo que manifestam uma<br />
cobertura <strong>de</strong> 88% das funcionalida<strong>de</strong>s em apreciação. Das duas câmaras citadas, apenas a <strong>de</strong> Oeiras tem em<br />
qualquer dos grupos uma valorização maior ou igual a 75%. Um pouco mais abaixo, temos Pombal,<br />
Matosinhos, Odivelas e SantoTirso com valores superiores a 70%. No entanto, qualquer <strong>de</strong>stes sites<br />
autárquicos revela fragilida<strong>de</strong>s importantes em pelo menos um dos grupos <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s. O total <strong>de</strong><br />
concelhos com valores iguais ou superiores a 50% é <strong>de</strong> 60, isto é, apenas cerca <strong>de</strong> 20% dos concelhos do país<br />
apresentam sites autárquicos com valores positivos no conjunto dos aspectos pesquisados. Se agregarmos no<br />
plano territorial e <strong>de</strong>sagregarmos em termos <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s, conseguimos obter uma visão<br />
diferente.<br />
68<br />
Valor do Indicador<br />
1,00<br />
0,80<br />
0,60<br />
0,40<br />
0,20<br />
0,00<br />
Lisboa<br />
Centro<br />
Uma perspectiva regional<br />
Alentejo<br />
Norte<br />
Região<br />
Algarve<br />
Açores<br />
Ma<strong>de</strong>ira<br />
Figura 1. As preocupações dos autarcas por região e objecto.<br />
AT Am bient<br />
AT Econom<br />
AT Social
A região <strong>de</strong> Lisboa aparece-nos como a mais equilibrada relativamente aos três aspectos, sendo apenas<br />
ultrapassada pela região do Centro em termos <strong>de</strong> atenção ao económico. No Algarve, <strong>de</strong>staca-se a atenção ao<br />
ambiente e Açores e Ma<strong>de</strong>ira apresentam os valores mais baixos. A região Norte manifesta algum défice nos<br />
três aspectos, mas, se <strong>de</strong>scermos ao nível distrital ou concelhio, veremos que nela se situam alguns nichos <strong>de</strong><br />
atenção nas várias áreas, <strong>de</strong>signadamente se consi<strong>de</strong>rarmos o Gran<strong>de</strong> Porto.<br />
Quadro 2. As preocupações dos autarcas por região/distrito.<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Atenção ao ambiente Atenção ao económico Atenção ao social<br />
Região/Distrito Valor Região/Distrito Valor Região/Distrito Valor<br />
Porto 0,58 Castelo Branco 0,45 Lisboa 0,69<br />
Lisboa 0,48 Coimbra 0,43 Braga 0,42<br />
Setúbal 0,42 Porto 0,41 Porto 0,40<br />
Braga 0,41 Viseu 0,40 Viana do Castelo 0,38<br />
Aveiro 0,41 Lisboa 0,40 Portalegre 0,29<br />
Portalegre 0,40 Leiria 0,37 Santarém 0,29<br />
Faro 0,38 Beja 0,35 Beja 0,28<br />
Castelo Branco 0,30 Setúbal 0,34 Évora 0,27<br />
Leiria 0,29 Évora 0,33 Leiria 0,26<br />
Guarda 0,23 Viana do Castelo 0,30 Aveiro 0,19<br />
Viseu 0,21 Santarém 0,30 Guarda 0,18<br />
Ma<strong>de</strong>ira 0,19 Braga 0,29 Viseu 0,16<br />
Açores 0,18 Aveiro 0,29 Castelo Branco 0,13<br />
Évora 0,18 Guarda 0,28 Faro 0,11<br />
Coimbra 0,18 Faro 0,25 Setúbal 0,11<br />
Bragança 0,15 Portalegre 0,24 Coimbra 0,10<br />
Beja 0,14 Vila Real 0,13 Vila Real 0,08<br />
Vila Real 0,13 Açores 0,12 Açores 0,03<br />
Santarém 0,12 Ma<strong>de</strong>ira 0,12 Bragança 0,02<br />
Viana do Castelo 0,06 Bragança 0,06 Ma<strong>de</strong>ira 0,00<br />
O quadro anterior resume os dados para os três grupos <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s utilizados. Em termos <strong>de</strong><br />
atenção ao ambiente, mostra que o Porto é o único distrito com uma média superior aos 50%, seguindo-se-lhe<br />
Lisboa, já com uma cobertura <strong>de</strong>ficitária em cima dos 48%. O mesmo quadro mostra que em nenhum distrito,<br />
a atenção ao económico assume um valor globalmente forte o que significa que nenhum se <strong>de</strong>staca dos<br />
restantes. Finalmente, o distrito <strong>de</strong> Lisboa <strong>de</strong>staca-se dos restantes em termos <strong>de</strong> atenção ao social, sendo <strong>de</strong><br />
registar o apurado relativamente à região autónoma da Ma<strong>de</strong>ira on<strong>de</strong> nenhuma das funcionalida<strong>de</strong>s<br />
caracterizadoras do grupo apresentou uma expressão positiva.<br />
Passemos agora à apreciação dos três grupos <strong>de</strong> critérios em função da sua materialização nas páginas dos<br />
sites camarários. Se correlacionarmos os dados ao nível da unida<strong>de</strong> autárquica (que coinci<strong>de</strong> com a unida<strong>de</strong><br />
estatística, a câmara), concluímos imediatamente acerca da ausência <strong>de</strong> associação entre os três aspectos: o<br />
melhor coeficiente <strong>de</strong> correlação encontrado foi <strong>de</strong> perto <strong>de</strong> 0,3 entre o económico e o social. Mas po<strong>de</strong>mos ir<br />
a maior nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe. Para isso, criámos quatro grupos <strong>de</strong> classificação em cada um dos critérios e<br />
associámo-los aos sites <strong>de</strong>ssas unida<strong>de</strong>s autárquicas. Esses grupos divi<strong>de</strong>m o intervalo [0;1] em quatro partes<br />
iguais, <strong>de</strong>signando-se o primeiro - que apresenta valores compreendidos entre 0 e 0,25 - por Muito Fraco, o<br />
segundo – valores entre 0,25 e 0,5 - por Médio Fraco, o terceiro – valores entre 0,5 e 0,75 - por Médio Forte e<br />
o último – valores superiores a 0,75 - por Muito Forte. Que associações po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>scortinar entre os grupos<br />
<strong>de</strong> critério? Nas secções que seguem vamos analisar os três tópicos essenciais da pesquisa subjacente a este<br />
artigo e proce<strong>de</strong>r ao seu relacionamento com a região <strong>de</strong> origem do site.<br />
O gráfico seguinte permite visualizar que os sites Muito Fracos em qualquer dos grupos <strong>de</strong> critério são<br />
claramente dominantes, seguindo-se-lhes, com alguma importância, os Médio Fortes. O grupo dos Muito<br />
Fortes é baixo em qualquer grupo <strong>de</strong> critério e o Médio Fraco só ultrapassa os 50 sites em termos <strong>de</strong> atenção<br />
ao económico.<br />
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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
Número <strong>de</strong> Sites<br />
250<br />
200<br />
150<br />
100<br />
50<br />
0<br />
Muito<br />
Fraco<br />
Médio<br />
Fraco<br />
Médio<br />
Forte<br />
Muito<br />
Forte<br />
2.1 A Atenção ao Económico<br />
A atenção em números<br />
Muito<br />
Fraco<br />
Médio<br />
Fraco<br />
Médio<br />
Forte<br />
Muito<br />
Forte<br />
Muito<br />
Fraco<br />
Médio<br />
Fraco<br />
AT Ambient AT Econom AT Social<br />
Figura 2. As preocupações autarcas por escalão <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong>.<br />
Apenas 35 páginas Internet, o que representa 11,4% dos municípios portugueses, <strong>de</strong>dicam uma forte atenção<br />
às questões económicas.<br />
Dessas, 14,29% situam-se no distrito <strong>de</strong> Coimbra, o qual é igualado pelo distrito <strong>de</strong> Viseu. Os distritos <strong>de</strong><br />
Beja, Leiria e Porto, com 8,57%, reflectem uma atenção ao económico substancialmente inferior àqueles.<br />
Po<strong>de</strong> ainda referir-se que os distritos <strong>de</strong> Portalegre, Faro, Bragança e as regiões autónomas da Ma<strong>de</strong>ira e dos<br />
Açores não integram qualquer concelho cuja página dê uma atenção muito forte às questões económicas...<br />
Consi<strong>de</strong>rando o mesmo conjunto <strong>de</strong> páginas, é possível afirmar que 45,7% <strong>de</strong>dicam uma atenção nula ou<br />
muito fraca ao ambiente, 5,7% uma atenção médio fraca, 40% uma atenção médio forte e apenas 8,6% uma<br />
atenção muito forte. Po<strong>de</strong> assim concluir-se que uma atenção muito forte ao económico po<strong>de</strong> não ser<br />
acompanhada por uma atenção igualmente forte em relação ao ambiente, sendo inferior a 50% os que nesse<br />
conjunto reflectem positivamente esta preocupação. A força dos médio fortes não consegue equilibrar a<br />
elevada percentagem dos muito fracos (45,7%) neste grupo.<br />
Mais <strong>de</strong> 50% dos sites muito fortes do ponto <strong>de</strong> vista económico são muito fortes (11,4%) ou médio<br />
fortes (40%) do ponto <strong>de</strong> vista social. O grupo evi<strong>de</strong>ncia, no entanto, um percentagem (40%) muito elevada<br />
do ponto <strong>de</strong> vista dos sites muito fracos, sendo <strong>de</strong> 8,6% a percentagem dos médio fracos. Po<strong>de</strong> assim<br />
concluir-se que uma forte atenção ao económico po<strong>de</strong> ser acompanhada por uma muito fraca atenção ao<br />
social em proporção não <strong>de</strong>sprezível.<br />
Assim, o grupo dos muito fortes em termos <strong>de</strong> atenção ao económico integra uma forte componente <strong>de</strong><br />
sites muito fracos do ponto <strong>de</strong> vista ambiental e do ponto <strong>de</strong> vista social<br />
Substancialmente superior é a percentagem <strong>de</strong> sites que <strong>de</strong>dicam uma atenção médio forte ao económico:<br />
23,4%. O distrito <strong>de</strong> Lisboa é o que apresenta o valor mais elevado (9,72%) para este tipo <strong>de</strong> sites o que<br />
<strong>de</strong>nuncia uma fraca concentração dos mesmos. De notar que, no distrito <strong>de</strong> Vila Real, não existe qualquer site<br />
com este tipo <strong>de</strong> caracterização em relação à atenção ao económico. Do ponto <strong>de</strong> vista ambiental, 12,5%<br />
<strong>de</strong>sses sites são muito fortes e 52,8% serão médio fortes o que significa que os sites médio fortes em termos<br />
económicos apresentam preocupação predominantemente positiva do ponto <strong>de</strong> vista ambiental, sendo 5,6%<br />
integrados no grupo dos médio fracos e 29,2 % no dos muito fracos. Em termos <strong>de</strong> atenção ao social, 13,9%<br />
dos sites médio fortes do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> atenção ao económico po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados como muito fortes<br />
e 26,4% como médio fortes o que significa que cerca <strong>de</strong> 40% terão uma actuação positiva <strong>de</strong>ste ponto <strong>de</strong><br />
vista. Quanto aos escalões inferiores, domina o muito fraco com 55,6% o que faz com que apenas 4,1% se<br />
possam consi<strong>de</strong>rar como médio fracos.<br />
Um valor ligeiramente superior, 23,7%, representa a percentagem <strong>de</strong> sites com uma preocupação médio<br />
fraca relativamente ao económico. Com 9,59%, Santarém e Viseu são os distritos que contribuem com maior<br />
número <strong>de</strong> sites para este grupo o qual, tal como o anterior, não evi<strong>de</strong>ncia elevada concentração. O distrito <strong>de</strong><br />
Coimbra e a região autónoma dos Açores não apresentam qualquer site com esta caracterização. Estes sites –<br />
médio fracos do ponto <strong>de</strong> vista económico – são predominantemente (52,1%) muito fracos do ponto <strong>de</strong> vista<br />
70<br />
Médio<br />
Forte<br />
Muito<br />
Forte
do ambiente. O valor dos muito fortes do ponto <strong>de</strong> vista ambiental (8,2%) não corrige esta tendência no<br />
grupo on<strong>de</strong> os médio fortes se ficam pelos 32% e os médio fracos pelos 6,8%. Em resumo quase 60% dos<br />
sites médio fracos do ponto <strong>de</strong> vista económico são muito fracos ou médio fracos do ponto <strong>de</strong> vista<br />
ambiental.<br />
Os resultados não são substancialmente diferentes em termos dos médio fracos quanto à atenção em<br />
relação ao social. Eles têm uma percentagem semelhante <strong>de</strong> muito fracos (52,1%), manifestando uma ligeira<br />
quebra em termos <strong>de</strong> médio fracos (4,1%) a qual é acompanhada pela quebra nos muito fortes (6,8%)<br />
levando a um número um pouco mais elevado nos médio fortes. Tal não contraria a possível conclusão <strong>de</strong><br />
que os sites médio fracos do ponto <strong>de</strong> vista económico são também muito fracos ou médio fracos do ponto <strong>de</strong><br />
vista social.<br />
São 128 as autarquias (41,6%) caracterizadas por uma atenção muito fraca em relação ao económico. A<br />
região autónoma dos Açores domina quanto à proveniência <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> sites com uma percentagem <strong>de</strong><br />
12,5%. Seguem-se, a alguma distância (7,81%), os distritos <strong>de</strong> Bragança e Vila Real. De registar que não<br />
existe nenhum distrito em que seja nula a presença <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> sites. 62,5% dos sites muito fracos do ponto<br />
<strong>de</strong> vista económico também o são do ponto <strong>de</strong> vista ambiental o que po<strong>de</strong> significar uma tendência para a<br />
associação entres estas características em termos do muito fraco. Por outro lado, apenas 3,1% <strong>de</strong>sses sites são<br />
muito fortes do ponto <strong>de</strong> vista ambiental e 28,9% médio fortes, ficando 5,5% dos sites caracterizados como<br />
muito fracos do ponto <strong>de</strong> vista económico classificados como médio fracos. Em resumo, perto <strong>de</strong> 70% dos<br />
sites muito fracos do ponto <strong>de</strong> vista económico são fracos ou muito fracos do ponto <strong>de</strong> vista ambiental.<br />
A fragilida<strong>de</strong> reforça-se se analisarmos as características em termos <strong>de</strong> atenção ao social dos sites muito<br />
fracos do ponto <strong>de</strong> vista económico. Desse conjunto, apenas 1,6% é muito forte do ponto <strong>de</strong> vista da atenção<br />
ao social e 15,6% é caracterizado médio forte. O grupo apresenta uma forte concentração no muito fraco que<br />
obtém um valor <strong>de</strong> 80,5% da totalida<strong>de</strong> daqueles sites enquanto é <strong>de</strong> 2,3% a percentagem <strong>de</strong> sites<br />
caracterizados como médio fracos. Assim po<strong>de</strong> dizer-se que o muito fraco do ponto <strong>de</strong> vista da atenção ao<br />
económico é esmagadoramente acompanhado pelo muito fraco do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> atenção ao social.<br />
2.2 A Atenção ao Ambiente<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Apenas 22 páginas Internet, o que representa 7,1% dos municípios portugueses, <strong>de</strong>dicam uma forte atenção<br />
às questões ambientais.<br />
Dessas, 18,18% situam-se no distrito <strong>de</strong> Portalegre, o qual é igualado pelo distrito <strong>de</strong> Porto. Segue-se-lhes<br />
o distrito <strong>de</strong> Setúbal com 13,64%. Os distritos <strong>de</strong> Lisboa e Braga, com 9,09%, reflectem uma atenção ao<br />
ambiente substancialmente inferior àqueles. Mas é marcante o facto <strong>de</strong> em 8 unida<strong>de</strong>s territoriais – as regiões<br />
autónomas <strong>de</strong> Açores e Ma<strong>de</strong>ira e os distritos <strong>de</strong> Castelo Branco, Coimbra, Santarém, Viana do Castelo, Vila<br />
Real e Viseu – não existir uma única unida<strong>de</strong> autárquica que <strong>de</strong>dique uma forte atenção ao ambiente expressa<br />
no site.<br />
Os sites muito fortes do ponto <strong>de</strong> vista ambiental são fortes ou muito fortes do ponto <strong>de</strong> vista económico<br />
(54,5%), combinando-se com 40,9% médio fortes e 13,6% muito fortes. Entre estes sites, apenas 18,2% é<br />
muito fraco do ponto <strong>de</strong> vista económico (um número que se opõe a outras concretizações do muito fraco) e a<br />
percentagem do médio fraco é <strong>de</strong> 27,3%.<br />
De igual modo, os sites muito fortes do ponto <strong>de</strong> vista ambiental são médio fortes (45,5%) ou muito fortes<br />
(13,6%) do ponto <strong>de</strong> vista social. Na ausência <strong>de</strong> sites médio fracos neste grupo, os muito fracos ganham<br />
alguma prepon<strong>de</strong>rância (40,9%)<br />
A atenção médio forte ao ambiente é proporcionada por um conjunto <strong>de</strong> 113 páginas autárquicas que<br />
representam 36,7% da população consi<strong>de</strong>rada. Se adicionarmos este número com o anterior, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong><br />
imediato concluir que a atenção ao ambiente é predominantemente médio fraca ou muito fraca nas páginas<br />
autárquicas. Com 10,62%, Porto e Aveiro são os únicos distritos on<strong>de</strong> esta contribuição atinge os dois<br />
dígitos. Repare-se que, nestas condições, o Porto contribui muito fortemente para estes dois grupos (12<br />
páginas nos médio fortes e 4 páginas entre os muito fortes)<br />
Do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> atenção ao económico, estes sites são dominantemente médio fortes (33,6%) ou<br />
muito fracos (32,75%) sendo ainda caracterizados 12,4% como muito fortes e 21,2% como médio fracos.<br />
Assim entre estes sites domina o médio fraco ou muito fraco com um total <strong>de</strong> 53,9%.<br />
71
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
Esta dominância do muito fraco e do médio fraco alarga-se na atenção ao social on<strong>de</strong> atinge um valor <strong>de</strong><br />
61% com clara predominância dos muito fracos (57,5%). Os muito fortes em termos <strong>de</strong> atenção ao social são<br />
apenas <strong>de</strong> 8% e os médio fortes atingem a percentagem <strong>de</strong> 31%.<br />
O outro grupo intermédio em termos <strong>de</strong> atenção ao ambiente – o médio fraco - tem apenas 18 páginas que<br />
representam 5,8% do total das unida<strong>de</strong>s autárquicas consi<strong>de</strong>radas. O distrito que mais contribui para este<br />
grupo é Santarém com 16,7%, seguindo-se-lhe Açores, Aveiro, Faro, Leiria e Setúbal com 11%.<br />
Do ponto <strong>de</strong> vista da atenção ao económico, estas páginas são predominantemente muito fracas (38,9%) e<br />
fracas (27,8%). O terço restante reparte-se em 22,2% para os médio fortes e 11,1% para os muito fortes.<br />
A situação agrava-se do ponto <strong>de</strong> vista da atenção ao social on<strong>de</strong> a totalida<strong>de</strong> dos médio fortes ou muito<br />
fortes baixa para os 27,8% o que é acompanhado por um reforço dos mais fracos que passa para 66,7%<br />
também alimentado a partir do médio fraco.<br />
Um total <strong>de</strong> 155 páginas autárquicas, que representam cerca <strong>de</strong> 50,3% das possíveis, <strong>de</strong>dica uma atenção<br />
muito fraca à questão ambiental. Estas páginas repartem-se por todo o território nacional, sendo Santarém o<br />
distrito que mais contribui para o conjunto (9,68%) e anulando-se praticamente no distrito do Porto (0,65%)<br />
O muito fraco do ponto <strong>de</strong> vista ambiental é acompanhado pela dominância do médio fraco e do muito<br />
fraco em qualquer dos outros aspectos (atenção ao económico e atenção ao social) on<strong>de</strong> atinge perto <strong>de</strong> 75%<br />
das unida<strong>de</strong>s territoriais consi<strong>de</strong>radas. Mais uma vez esta tendência é mais marcada do ponto <strong>de</strong> vista social<br />
on<strong>de</strong> apenas 4,5% das páginas são muito fortes contra 10,3% do ponto <strong>de</strong> vista económico e on<strong>de</strong> o muito<br />
fraco (70,3%) suplanta claramente os 51,6% do mesmo classificador na atenção ao económico<br />
2.3 A Atenção ao Social<br />
Apenas 21 páginas Internet, o que representa 6,8% dos municípios portugueses, <strong>de</strong>dicam uma forte atenção<br />
às questões sociais. Destas 38,10% situam-se no distrito <strong>de</strong> Lisboa. Braga e Porto seguem a larga distância<br />
com 14,29% das páginas Internet, sendo <strong>de</strong> realçar a existência <strong>de</strong> doze unida<strong>de</strong>s territoriais (mais <strong>de</strong> 50%)<br />
on<strong>de</strong> esse valor é nulo.<br />
Os sites muito fortes na atenção ao social são também predominantemente médio fortes ou muito fortes<br />
em termos <strong>de</strong> atenção ao económico (66,6%) e <strong>de</strong> atenção ao ambiente (57,2%), on<strong>de</strong> os escalões médio<br />
fortes são claramente dominantes (47,6% para o económico e 42,9% para o ambiente). O alinhamento do<br />
social com o económico neste escalão manifesta-se ainda no facto <strong>de</strong> apenas 9,5% <strong>de</strong>stes sites serem<br />
consi<strong>de</strong>rados como muito fracos em termos <strong>de</strong> atenção ao económico, valor que sobe para os 33,3% ao nível<br />
da atenção ao ambiente.<br />
Com 80 sites, equivalentes a 26%, o grupo dos médio fortes é o que mais contribui para o conjunto das<br />
avaliações positivas neste critério. O distrito do Porto com 10% dos sites é o distrito que mais contribui para<br />
o segundo escalão em termos <strong>de</strong> atenção ao social. Seguem-se Viseu, Portalegre e Évora todos com 8,75%.<br />
De referir que, neste grupo, Bragança e Ma<strong>de</strong>ira, repetem o valor <strong>de</strong> 0% que já tinham obtido no anterior.<br />
Neste grupo <strong>de</strong> sites, se aten<strong>de</strong>rmos à atenção ao ambiente, constatamos que o grupo predominante é o médio<br />
forte com um valor <strong>de</strong> 43,8% o qual se situa muito perto do muito fraco que engloba 40% dos sites. Também<br />
aqui se manifesta a prevalência dos fortes já que os muito fortes atingem 12,5% fazendo com que as<br />
avaliações positivas atinjam os 56%.<br />
Já em termos <strong>de</strong> atenção ao económico este grupo <strong>de</strong> sites apresenta valores predominantes ao nível do<br />
médio fraco (33,8%) e muito fraco (25%), seguindo-se o médio forte (23,8%) e o muito forte (17,5%).<br />
Apenas 12 sites (3,9%) po<strong>de</strong>m ser classificados como médio fracos do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> atenção ao<br />
social. Aveiro é o distrito que mais contribui para o conjunto dos sites médio fracos em termos <strong>de</strong> atenção ao<br />
social com um valor <strong>de</strong> 25%. Seguem-se-lhe Coimbra e Santarém com 16,67% e um lote <strong>de</strong> distritos (Setúbal<br />
, Faro, Beja Braga e Castelo Branco) com 8,33%. Todos os outros distritos apresentam valor nulo neste<br />
escalão.<br />
Neste grupo, em termos <strong>de</strong> atenção ao ambiente, é claramente dominante o muito fraco (58,3%). Este<br />
valor é atenuado pela presença <strong>de</strong> 33,3% <strong>de</strong> sites médio fortes, mas é marcante a total ausência <strong>de</strong> sites ao<br />
nível do muito forte. Em resumo, o médio fraco a nível social está associado ao muito fraco ou médio fraco a<br />
nível ambiental.<br />
É curiosa a repartição <strong>de</strong>stes sites em termos <strong>de</strong> atenção ao económico: qualquer dos subgrupos atinge<br />
uma percentagem na or<strong>de</strong>m dos 25%.<br />
72
É esmagador, 195, o número <strong>de</strong> sites que <strong>de</strong>dicam uma atenção muito fraca ao social. A região autónoma<br />
Açores com 9,23% é a região que mais contribui para aquele número, seguindo-se-lhe o distrito <strong>de</strong> Viseu<br />
(8,72%) e sendo Lisboa, com pouco mais <strong>de</strong> 1%, o distrito que apresenta o menor valor. Bragança e Ma<strong>de</strong>ira<br />
apenas têm valor neste escalão o que significa que todos os sites das sua autarquias estão classificados nele.<br />
55,9% dos sites muito fracos a nível social, são também muito fracos em termos <strong>de</strong> atenção ao ambiente.<br />
Apesar <strong>de</strong> tudo, no grupo ainda se encontram 4,6% <strong>de</strong> sites que atribuem uma atenção muito forte<br />
relativamente ao ambiente e 33,3% on<strong>de</strong> essa atenção po<strong>de</strong> ser caracterizada como médio forte.<br />
Ao nível da atenção ao económico, este grupo <strong>de</strong> sites manifesta valores muito fracos ou médio fracos a<br />
um nível elevado (72,3%), manifestando ainda 7,2% ao nível do muito forte e 20,5% ao nível do médio forte.<br />
3. CONCLUSÃO<br />
A análise anterior permitiu mostrar que existe uma cobertura <strong>de</strong>ficitária das funcionalida<strong>de</strong>s associadas aos<br />
três aspectos consi<strong>de</strong>rados, com especial incidência no caso da atenção ao social. Em qualquer dos aspectos,<br />
o grupo mais preenchido é o dos muito fracos seguindo-se-lhe o dos médio fortes.<br />
Em quase todas as autarquias, pelo menos um aspecto situa-se nos escalões mais baixos, mesmo<br />
consi<strong>de</strong>rando as melhor classificadas em termos globais. Os sites que se situam em termos <strong>de</strong> atenção ao<br />
económico no grupo muito forte são do centro do país, mas esta característica po<strong>de</strong> ser acompanhada por<br />
uma caracterização muito fraca do ponto <strong>de</strong> vista ambiental e do social.<br />
A atenção ao ambiente, que medimos pela <strong>de</strong>finição e implementação <strong>de</strong> uma agenda XXI local e teve em<br />
conta outras acções relacionadas com o ambiente, é muito forte em alguns concelhos dos distritos <strong>de</strong><br />
Portalegre e Porto. Contrariamente ao caso anterior, a maior atenção ao ambiente não é acompanhada por<br />
sites muito fracos nas outras dimensões <strong>de</strong> análise.<br />
Quase 40% dos sites muito fortes do ponto <strong>de</strong> vista da atenção ao social situam-se no distrito <strong>de</strong> Lisboa.<br />
Estes sites são também médio fortes ou muito fortes do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> atenção ao económico e ao<br />
ambiente.<br />
Parece assim que os sites começam por aten<strong>de</strong>r aos aspectos económicos da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento dos espaços autárquicos e só <strong>de</strong>pois dão atenção aos aspectos sociais e ambientais,<br />
eventualmente abraçando a causa social após algumas exigências dos aspectos anteriores estarem resolvidas.<br />
Na sua generalida<strong>de</strong>, as autarquias <strong>de</strong>vem melhorar a cobertura que fazem <strong>de</strong>stas funcionalida<strong>de</strong>s até<br />
porque a Internet é uma ferramenta importante para apoiar a sua implementação ou a modificação das<br />
condições <strong>de</strong> vida do cidadão e do empreen<strong>de</strong>dor.<br />
REFERÊNCIAS<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Santos, L., Amaral, L. and Rodrigues, M., 2004. Avaliação da presença na Internet das câmaras municipais portuguesas<br />
em 2003, UMIC.<br />
UMIC, 2003. Guia <strong>de</strong> boas práticas na construção <strong>de</strong> Web Sites da Administração Directa e Indirecta do Estado,<br />
Universida<strong>de</strong> do Minho.<br />
UMIC, 2003. Método <strong>de</strong> Avaliação dos Web Sites da Administração Directa e Indirecta do Estado, Universida<strong>de</strong> do<br />
Minho.<br />
Vieira, L., 2006. Um estudo sobre a maturida<strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong> informação das autarquias, WP/20/2006/DE, ISEG.<br />
Vieira, L., 2007. Evolução da maturida<strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong> informação das autarquias no período 2006-2007,<br />
WP/15/2007/DE, ISEG.<br />
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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
Anexo. Classificação dos sites do po<strong>de</strong>r local em termos <strong>de</strong> atenção ao ambiente, ao económico e ao social<br />
Concelho Amb Econ Soc<br />
Oeiras 1 0,75 1<br />
Ferreira do Alentejo 1 1 0,5<br />
Santo Tirso 1 0,5 1<br />
Gavião 1 0,5 0,75<br />
Matosinhos 0,5 0,75 1<br />
Odivelas 0,5 0,75 1<br />
Pombal 0,15 1 1<br />
Borba 1 0,5 0,5<br />
Castelo <strong>de</strong> Vi<strong>de</strong> 1 0,5 0,5<br />
Gondomar 0,5 0,5 1<br />
Guimarães 1 0,5 0,5<br />
Oliveira do Bairro 1 0,5 0,5<br />
Portalegre 1 0,5 0,5<br />
Sintra 0,5 0,5 1<br />
Sobral <strong>de</strong> Monte Agraço 0,5 0,5 1<br />
Torres Vedras 0,5 0,5 1<br />
Vila Nova <strong>de</strong> Famalicão 0,5 0,5 1<br />
Abrantes 0,5 0,88 0,5<br />
Barreiro 1 0,38 0,5<br />
Chaves 0,5 0,75 0,63<br />
Faro 1 0,38 0,5<br />
Almeida 0,5 0,75 0,5<br />
Caldas da Rainha 0,5 0,75 0,5<br />
Loures 0,5 0,25 1<br />
Moita 0,5 0,75 0,5<br />
Nisa 1 0,25 0,5<br />
Pare<strong>de</strong>s 1 0,25 0,5<br />
Penafiel 0,5 0,69 0,5<br />
Alenquer 1 0,5 0,13<br />
Porto 1 0,5 0,13<br />
Proença-a-Nova 0,38 1 0,25<br />
Entroncamento 0,25 0,31 1<br />
Lourinhã 0,5 0,31 0,75<br />
Cinfães 0,5 0,38 0,63<br />
Ribeira Gran<strong>de</strong> 0,38 0,63 0,5<br />
Cadaval 0 0,5 1<br />
Cascais 0,5 0,5 0,5<br />
Coimbra 0,5 0,5 0,5<br />
Con<strong>de</strong>ixa-a-Nova 0,5 0,75 0,25<br />
Covilhã 0,5 1 0<br />
Estarreja 0,5 0,5 0,5<br />
Évora 0,5 0,5 0,5<br />
Manteigas 0,75 0,75 0<br />
Montemor-o-Novo 0,5 0,5 0,5<br />
Nelas 0,5 1 0<br />
O<strong>de</strong>mira 0,5 0,5 0,5<br />
Pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Coura 0 0,5 1<br />
Penela 0,5 1 0<br />
Serpa 0 1 0,5<br />
Terras <strong>de</strong> Bouro 0,5 0,5 0,5<br />
Vale <strong>de</strong> Cambra 0,25 0,75 0,5<br />
Vendas Novas 0 1 0,5<br />
Vila Ver<strong>de</strong> 0 0,5 1<br />
Vila Viçosa 0 1 0,5<br />
Mealhada 0,5 0,44 0,5<br />
Vieira do Minho 0,25 0,19 1<br />
Alpiarça 0,5 0,38 0,5<br />
Cartaxo 0 0,38 1<br />
Mafra 0,5 0,25 0,63<br />
São João da Ma<strong>de</strong>ira 0,63 0,75 0<br />
Vila Nova <strong>de</strong> Gaia 0,5 0,38 0,5<br />
Mortágua 0 0,81 0,5<br />
Póvoa <strong>de</strong> Varzim 0,5 0,81 0<br />
Lousada 0,63 0,5 0,13<br />
Sabugal 0,5 0,63 0,13<br />
Amares 0,5 0,25 0,5<br />
Azambuja 0,5 0,25 0,5<br />
Esposen<strong>de</strong> 1 0,25 0<br />
Lagos 0,5 0,5 0,25<br />
Marvão 0,5 0,25 0,5<br />
Mértola 0 0,25 1<br />
Montijo 1 0,25 0<br />
Paços <strong>de</strong> Ferreira 0 0,75 0,5<br />
São Brás <strong>de</strong> Alportel 0,5 0,25 0,5<br />
Sernancelhe 0 0,75 0,5<br />
Sines 0,5 0,5 0,25<br />
Viana do Castelo 0 0,75 0,5<br />
Vila do Con<strong>de</strong> 0,5 0,25 0,5<br />
Viseu 0,5 0,75 0<br />
Castro Daire 0,5 0,19 0,5<br />
Elvas 0,5 0,19 0,5<br />
Arraiolos 0,5 0 0,63<br />
74<br />
Concelho Amb Econ Soc<br />
Barcelos 0,5 0,63 0<br />
Batalha 0,5 0,5 0,13<br />
Cantanhe<strong>de</strong> 0 1 0,13<br />
Castelo Branco 0,63 0,5 0<br />
Chamusca 0 0,5 0,63<br />
Golegã 0,5 0,5 0,13<br />
Leiria 1 0,13 0<br />
Maia 1 0,13 0<br />
Mira 0,5 0,5 0,13<br />
Murtosa 0,5 0,38 0,25<br />
Penamacor 0,5 0,63 0<br />
Setúbal 0,5 0,5 0,13<br />
Valongo 0,5 0,13 0,5<br />
Vila Nova <strong>de</strong> Poiares 0,5 0,5 0,13<br />
Vouzela 0,5 0,63 0<br />
Arronches 0,5 0,55 0<br />
Santarém 0,38 0,5 0,13<br />
Almada 1 0 0<br />
Amadora 0 0,5 0,5<br />
Amarante 0,5 0 0,5<br />
Aveiro 0,5 0,5 0<br />
Baião 0,5 0 0,5<br />
Braga 0,5 0 0,5<br />
Bragança 0,5 0,5 0<br />
Castanheira <strong>de</strong> Pêra 0 0,5 0,5<br />
Celorico <strong>de</strong> Basto 0 0,75 0,25<br />
Felgueiras 0,5 0,5 0<br />
Funchal 0,5 0,5 0<br />
Gouveia 0,5 0 0,5<br />
Lamego 0,5 0 0,5<br />
Miran<strong>de</strong>la 1 0 0<br />
Óbidos 0,5 0 0,5<br />
Penalva do Castelo 0,5 0,5 0<br />
Peniche 0 0,5 0,5<br />
Ponte <strong>de</strong> Lima 0,5 0,5 0<br />
Resen<strong>de</strong> 0 0,5 0,5<br />
Seixal 0,5 0,5 0<br />
Trancoso 0,5 0 0,5<br />
Vagos 0,5 0,5 0<br />
Vila do Bispo 0,5 0,5 0<br />
Vila Franca <strong>de</strong> Xira 0,5 0 0,5<br />
Vila Nova <strong>de</strong> Paiva 0,5 0,5 0<br />
Vila Real <strong>de</strong> Santo<br />
António<br />
0,5 0,5 0<br />
Alvito 0 0,44 0,5<br />
Caminha 0 0,19 0,75<br />
Arruda dos Vinhos 0,15 0,25 0,5<br />
Albufeira 0,38 0,5 0<br />
Alvaiázere 0,5 0,38 0<br />
Armamar 0 0,38 0,5<br />
Guarda 0,5 0,25 0,13<br />
Idanha-a-Nova 0 0,38 0,5<br />
Mangual<strong>de</strong> 0,5 0,38 0<br />
Monchique 0,5 0,38 0<br />
Penacova 0 0,75 0,13<br />
Porto <strong>de</strong> Mós 0,25 0,13 0,5<br />
Rio Maior 0 0,25 0,63<br />
Trofa 0,5 0,38 0<br />
Belmonte 0 0,33 0,5<br />
Vila <strong>de</strong> Rei 0,5 0,33 0<br />
Monção 0 0,31 0,5<br />
Fundão 0,63 0 0,13<br />
Marco <strong>de</strong> Canaveses 0,38 0,38 0<br />
Aljustrel 0 0,75 0<br />
Almeirim 0 0,25 0,5<br />
Almodôvar 0 0,25 0,5<br />
Ansião 0 0,75 0<br />
Bombarral 0 0,25 0,5<br />
Calheta (R.A.M.) 0,5 0,25 0<br />
Carregal do Sal 0 0,75 0<br />
Castelo <strong>de</strong> Paiva 0 0,25 0,5<br />
Lagoa 0,5 0,25 0<br />
Marinha Gran<strong>de</strong> 0,25 0,5 0<br />
Montemor-o-Velho 0 0,75 0<br />
Moura 0,5 0,25 0<br />
Oliveira do Hospital 0 0,5 0,25<br />
Ponte da Barca 0 0,25 0,5<br />
Santa Maria da Feira 0,5 0,25 0<br />
Santiago do Cacém 0 0,75 0<br />
Valença 0 0,25 0,5<br />
Vila Real 0,5 0,25 0<br />
Vila Velha <strong>de</strong> Ródão 0,13 0,56 0<br />
Concelho Amb Econ Soc<br />
Avis 0 0,05 0,63<br />
Alcanena 0 0,63 0<br />
Alcobaça 0,5 0,13 0<br />
Aljezur 0,5 0 0,13<br />
Câmara <strong>de</strong> Lobos 0,5 0,13 0<br />
Castro Marim 0,5 0,13 0<br />
Coruche 0 0,63 0<br />
Fornos <strong>de</strong> Algodres 0 0,13 0,5<br />
Lousã 0 0,5 0,13<br />
Machico 0,5 0,13 0<br />
Madalena 0,13 0,5 0<br />
Montalegre 0,13 0 0,5<br />
Oliveira <strong>de</strong> Azeméis 0,5 0 0,13<br />
Ourém 0 0,13 0,5<br />
Ovar 0,5 0 0,13<br />
Sátão 0,5 0 0,13<br />
Sever do Vouga 0,38 0,25 0<br />
Silves 0,5 0 0,13<br />
Crato 0 0,06 0,5<br />
Lisboa 0,5 0,06 0<br />
Ponta Delgada 0,5 0,06 0<br />
Campo Maior 0,5 0,05 0<br />
Albergaria-a-Velha 0 0,38 0,13<br />
Águeda 0,5 0 0<br />
Alcochete 0,25 0,25 0<br />
Cabeceiras <strong>de</strong> Basto 0,5 0 0<br />
Cuba 0 0,25 0,25<br />
Espinho 0,5 0 0<br />
Fafe 0 0 0,5<br />
Figueira da Foz 0 0,5 0<br />
Figueira <strong>de</strong> Castelo<br />
Rodrigo<br />
0 0,5 0<br />
Góis 0,5 0 0<br />
Grândola 0 0,5 0<br />
Horta 0,5 0 0<br />
Ílhavo 0,5 0 0<br />
Lagoa (R.A.A) 0,5 0 0<br />
Lajes das Flores 0 0,5 0<br />
Nazaré 0,5 0 0<br />
Peso da Régua 0,5 0 0<br />
Portel 0 0 0,5<br />
Póvoa <strong>de</strong> Lanhoso 0,5 0 0<br />
Reguengos <strong>de</strong> Monsaraz 0 0,5 0<br />
Salvaterra <strong>de</strong> Magos 0 0,25 0,25<br />
Santa Comba Dão 0 0,5 0<br />
São João da Pesqueira 0 0,5 0<br />
São Roque do Pico 0,5 0 0<br />
Vila da Praia da Vitória 0,5 0 0<br />
Vila Pouca <strong>de</strong> Aguiar 0,25 0,25 0<br />
Loulé 0,25 0,19 0<br />
Redondo 0 0,31 0,13<br />
Alter do Chão 0 0,38 0<br />
Angra do Heroísmo 0,38 0 0<br />
Carrazeda <strong>de</strong> Ansiães 0,25 0 0,13<br />
Constância 0 0,38 0<br />
Figueiró dos Vinhos 0 0,38 0<br />
Meda 0 0,38 0<br />
São Vicente 0,13 0,25 0<br />
Sousel 0 0,38 0<br />
Vila Nova da Barquinha 0,38 0 0<br />
Ferreira do Zêzere 0 0,06 0,25<br />
Oliveira <strong>de</strong> Fra<strong>de</strong>s 0 0,31 0<br />
Olhão 0 0,13 0,13<br />
Anadia 0 0 0,25<br />
Arouca 0 0 0,25<br />
Boticas 0 0,25 0<br />
Castro Ver<strong>de</strong> 0 0,25 0<br />
Celorico da Beira 0 0,25 0<br />
Melgaço 0 0,25 0<br />
Oleiros 0 0,25 0<br />
Portimão 0 0,25 0<br />
São Pedro do Sul 0 0,25 0<br />
Sesimbra 0,25 0 0<br />
Tabuaço 0 0,25 0<br />
Ton<strong>de</strong>la 0 0,25 0<br />
Viana do Alentejo 0 0,25 0<br />
Vila Nova <strong>de</strong> Foz Côa 0 0,25 0<br />
Vinhais 0 0,25 0<br />
Lajes do Pico 0 0,19 0<br />
Nor<strong>de</strong>ste 0,13 0,06 0<br />
Vila Franca do Campo 0 0,19 0<br />
Aguiar da Beira 0 0 0,13<br />
Concelho Amb Econ Soc<br />
Alijó 0 0,13 0<br />
Barrancos 0 0 0,13<br />
Benavente 0 0,13 0<br />
Mação 0 0,13 0<br />
Macedo <strong>de</strong> Cavaleiros 0 0 0,13<br />
Miranda do Corvo 0 0 0,13<br />
Moimenta da Beira 0,13 0 0<br />
Seia 0 0 0,13<br />
Tavira 0 0 0,13<br />
Valpaços 0 0,13 0<br />
Vila Nova <strong>de</strong> Cerveira 0,13 0 0<br />
Vizela 0 0 0,13<br />
Arganil 0 0,06 0<br />
Corvo 0 0,06 0<br />
Povoação 0 0,06 0<br />
Ribeira Brava 0 0,06 0<br />
Santa Cruz das Flores 0 0,06 0<br />
Alandroal 0 0 0<br />
Alcácer do Sal 0 0 0<br />
Alcoutim 0 0 0<br />
Alfân<strong>de</strong>ga da Fé 0 0 0<br />
Arcos <strong>de</strong> Val<strong>de</strong>vez 0 0 0<br />
Beja 0 0 0<br />
Calheta (R.A.A.) 0 0 0<br />
Estremoz 0 0 0<br />
Freixo <strong>de</strong> Espada à Cinta 0 0 0<br />
Fronteira 0 0 0<br />
Mesão Frio 0 0 0<br />
Miranda do Douro 0 0 0<br />
Mogadouro 0 0 0<br />
Mondim <strong>de</strong> Basto 0 0 0<br />
Monforte 0 0 0<br />
Mora 0 0 0<br />
Mourão 0 0 0<br />
Murça 0 0 0<br />
Ourique 0 0 0<br />
Palmela 0 0 0<br />
Pampilhosa da Serra 0 0 0<br />
Pedrógão Gran<strong>de</strong> 0 0 0<br />
Penedono 0 0 0<br />
Pinhel 0 0 0<br />
Ponta do Sol 0 0 0<br />
Ponte <strong>de</strong> Sor 0 0 0<br />
Porto Moniz 0 0 0<br />
Porto Santo 0 0 0<br />
Ribeira <strong>de</strong> Pena 0 0 0<br />
Sabrosa 0 0 0<br />
Santa Cruz 0 0 0<br />
Santa Cruz da Graciosa 0 0 0<br />
Santa Marta <strong>de</strong><br />
Penaguião<br />
0 0 0<br />
Santana 0 0 0<br />
Sardoal 0 0 0<br />
Sertã 0 0 0<br />
Soure 0 0 0<br />
Tábua 0 0 0<br />
Tarouca 0 0 0<br />
Tomar 0 0 0<br />
Torre <strong>de</strong> Moncorvo 0 0 0<br />
Torres Novas 0 0 0<br />
Velas 0 0 0<br />
Vidigueira 0 0 0<br />
Vila do Porto 0 0 0<br />
Vila Flor 0 0 0<br />
Vimioso 0 0 0<br />
Fonte: ISEG – Ranking<br />
2007 dos Serviços <strong>de</strong><br />
Informação das<br />
Autarquias
E-GOV BRASILEIRO: UMA ANÁLISE DOS PORTAIS DOS<br />
MUNICÍPIOS BRASILEIROS<br />
A<strong>de</strong>mir Martinez Sanches<br />
Departamento <strong>de</strong> Computação e Estatística – UFMS – Brasil<br />
a<strong>de</strong>mir_sanches@dct.ufms.br<br />
Marcelo Augusto Santos Turine<br />
Departamento <strong>de</strong> Computação e Estatística – UFMS – Brasil<br />
mast@dct.ufms.br<br />
Débora Maria Barroso Paiva<br />
Departamento <strong>de</strong> Computação e Estatística – UFMS – Brasil<br />
<strong>de</strong>bora@dct.ufms.br<br />
RESUMO<br />
Atualmente, várias prefeituras vinculadas aos governos municipais no Brasil, com a intenção <strong>de</strong> implementar o Governo<br />
Eletrônico (e-Gov), estão tornando disponíveis suas informações, serviços ou produtos em meio eletrônico em portais<br />
institucionais. Muitos municípios estão <strong>de</strong>senvolvendo websites com essa finalida<strong>de</strong> seguindo a legislação brasileira que<br />
regulamenta o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> e-Gov. Assim, um acompanhamento <strong>de</strong>ste processo é relevante e <strong>de</strong>ve ser realizado<br />
para corrigir possíveis distorções. Neste trabalho é apresentado um levantamento e análise dos portais e-Gov dos<br />
governos municipais utilizando-se das seguintes estratégias e ferramentas computacionais integradas ao portal CISM<br />
(Central <strong>de</strong> Indicadores e Serviços Municipais – http://cism.le<strong>de</strong>s.net): (i) um crawler para construir <strong>de</strong> forma <strong>automática</strong><br />
um repositório com dados dos portais municipais, criando um web warehouse municipal; e (ii) um estudo experimental<br />
<strong>de</strong> web mining (algoritmo <strong>de</strong> clustering) no repositório construído a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir conhecimentos ocultos, e assim<br />
contribuir com a comunida<strong>de</strong>, fornecendo informações inéditas do e-Gov municipal nacional.<br />
PALAVRAS-CHAVE<br />
Sistema <strong>de</strong> Informação Web, e-Gov municipal, web warehouse, crawler, clustering.<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Atualmente, o setor governamental é o principal indutor <strong>de</strong> ações estratégicas para promover a<br />
universalização do acesso e o uso crescente dos meios eletrônicos <strong>de</strong> informação para gerar uma<br />
administração eficiente e transparente em todos os níveis <strong>de</strong> sua administração. Os governos têm sido<br />
pressionados pela comunida<strong>de</strong> nacional e internacional, pela socieda<strong>de</strong> civil organizada e por usuários dos<br />
serviços a apresentar maior eficiência na aplicação do recurso público e maior efetivida<strong>de</strong> nas políticas<br />
públicas. Tal meta é impossível <strong>de</strong> ser alcançada sem um processo <strong>de</strong> informatização <strong>de</strong> operações internas e<br />
<strong>de</strong> serviços prestados pelo governo, tornando necessário o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> aplicações Web (WebApps)<br />
integradas a portais <strong>de</strong> governo eletrônico (e-Gov).<br />
No Brasil, o e-Gov foi lançado em outubro <strong>de</strong> 2000, consistindo em um conjunto <strong>de</strong> medidas que têm<br />
como objetivo “(...) universalizar o acesso digital aos serviços públicos, usar a TIC (Tecnologia da<br />
Informação e Comunicação) para aumentar a transparência das ações governamentais e aumentar a eficácia<br />
dos recursos tecnológicos existentes por meio da integração <strong>de</strong> todas as re<strong>de</strong>s e sistemas existentes no âmbito<br />
da administração pública fe<strong>de</strong>ral” (Quadros, 2003). A partir <strong>de</strong>sta data, vários municípios construíram portais<br />
municipais na Internet. Porém, a construção <strong>de</strong>stes portais foi realizada <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada, sem seguir a<br />
legislação brasileira e as técnicas <strong>de</strong> Engenharia Web; <strong>de</strong>sta forma, se faz necessário um levantamento do<br />
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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
perfil, das características e das tecnologias envolvidas nestes portais municipais, para corrigir distorções e<br />
disponibilizar informações para a população.<br />
Neste contexto, no presente trabalho foram especificadas, <strong>de</strong>senvolvidas e utilizadas ferramentas<br />
computacionais para coletar e analisar os resultados, criando assim um repositório nacional dos portais e-Gov<br />
dos municípios integrada ao portal CISM (Central <strong>de</strong> Indicadores e Serviços Municipais –<br />
http://cism.le<strong>de</strong>s.net) (Sanches, 2007). Assim, o texto está organizado em quatro seções: na seção dois é<br />
apresentado o panorama do governo eletrônico municipal por meio (i) da coleta <strong>automática</strong> <strong>de</strong> diversos dados<br />
dos portais municipais (web crawler) materializando-os em um repositório multidimensional (web<br />
warehouse) e (ii) a verificação do agrupamento <strong>de</strong>sses dados segundo algum grau <strong>de</strong> semelhança (mineração<br />
<strong>de</strong> dados através do algoritmo <strong>de</strong> clustering). Na seção três discute-se a abordagem metodológica utilizada, e<br />
por último são apresentados os resultados e contribuições para a comunida<strong>de</strong>.<br />
2. PERFIL DOS PORTAIS MUNICIPAIS<br />
A abordagem metodológica utilizada neste trabalho envolveu quatro ativida<strong>de</strong>s ilustradas na Figura 1:<br />
a) Definição da fonte dos dados: portais municipais do Brasil que estiverem no subdomínio oficial<br />
.gov.br;<br />
b) Coleta e integração dos dados: realizada <strong>de</strong> forma <strong>automática</strong> por meio <strong>de</strong> um web crawler;<br />
c) Armazenamento: realizado por meio <strong>de</strong> um web warehouse com tecnologia Web; e<br />
d) Consultas nos dados: consultas <strong>de</strong> busca e web mining (WM).<br />
a) b)<br />
d<br />
Internet<br />
e-Gov<br />
Web Crawler<br />
hypertexto<br />
Figura 1. Abordagem utilizada: a) fonte dos dados; b) processo <strong>de</strong> coleta e integração dos dados; c) armazenamento das<br />
informações e d) consultas nos dados.<br />
2.1 Definição da Fonte dos Dados<br />
Web<br />
c)<br />
Web<br />
Mining,<br />
e consultas<br />
De acordo com a legislação brasileira, os municípios <strong>de</strong>vem construir seus portais Web no subdomínio<br />
.gov.br da sua Unida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>rativa (UF). Assim, os en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> gestões municipais brasileiras na Internet<br />
<strong>de</strong>vem ser formados pela seguinte gramática simplificada e adaptada (Resolução nº 7, 2002) (Bittar, 2006):<br />
URL ::= [“www.”] + município + estado + “.gov.br”<br />
município ::= <br />
estado ::= <br />
On<strong>de</strong>: [ ] significa opcional;<br />
significa um campo <strong>de</strong> mesclagem a ser consultado em bando <strong>de</strong> dados.<br />
Para <strong>de</strong>finição da fonte <strong>de</strong> dados, esta gramática foi aplicada a todos os municípios brasileiros, que<br />
segundo o Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística totalizam 5.564 municípios (IBGE, 2007).<br />
76
2.2 Coleta e Integração dos Dados<br />
Para a coleta <strong>automática</strong> dos dados dos portais Web municipais foi construído um programa robô, conhecido<br />
como web crawler, também encontrado na literatura como spi<strong>de</strong>r, robot, wan<strong>de</strong>rer, worm, knowbot ou webbot<br />
(Ricarte & Gomi<strong>de</strong>, 2004). O crawler po<strong>de</strong> ser entendido como um tipo <strong>de</strong> agente inteligente da<br />
Inteligência Artificial que percorre a Web link por link, i<strong>de</strong>ntificando e lendo as páginas, coletando<br />
informações que serão manipuladas principalmente por mecanismo <strong>de</strong> busca (Blattmann, Fachin, & Rados,<br />
1999) (Chakrabarti, Berg, & Dom, 1999) (Cho & Garcia-Molina, 2000) (Heydon & Najork, 1999). Na<br />
literatura são encontrados muitos crawlers <strong>de</strong>senvolvidos sobre um domínio específico da Web (Qin, Zhou,<br />
& Chau, 2004) (Silva, Veloso, Golghe, & Berthier Ribeiro-Neto, 1999).<br />
Os <strong>de</strong>talhes da metodologia do crawler especificado e implementado são apresentados sob a forma <strong>de</strong><br />
algoritmo na Figura 2. Todas as operações são realizadas <strong>de</strong> maneira a tornar a ferramenta <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados<br />
mais otimizada e <strong>automática</strong> possível. Por exemplo, quando uma URL não tem IP configurado no DNS a<br />
análise da mesma termina na linha 6, evitando com isso execuções <strong>de</strong>snecessárias. Algumas operações <strong>de</strong><br />
tratamentos <strong>de</strong> exceções, acesso a banco <strong>de</strong> dados, itens <strong>de</strong> interface gráfica e outros <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong><br />
implementação foram omitidos da Figura 2, pois a intenção é sintetizar a metodologia do robô. Foi utilizado<br />
nesta aplicação a linguagem Web PHP (http://php.net/) e o banco <strong>de</strong> dados MySQL (http://www.mysql.org/).<br />
1 Para cada município brasileiro faça<br />
2 Constrói sua URL<br />
3 Verifica se há um IP configurado no DNS para esta URL<br />
5 Se IP=nulo //otimização para cida<strong>de</strong>s que não tem portal<br />
6 Insere na base <strong>de</strong> dados como não tendo portal<br />
7 Senão<br />
8 Faz requisição HTTP<br />
9 Se bytes retornados > 0<br />
10 Insere municípios na base <strong>de</strong> dados como tendo portal<br />
11 Senão<br />
12 Insere município na base <strong>de</strong> dados como não tendo portal<br />
13 Fim-se<br />
14 Fim-se<br />
15 Fim-para<br />
Figura 2. Algoritmo simplificado do crawler, on<strong>de</strong> a entrada é a lista dos municípios brasileiros e a saída são os dados<br />
dos portais <strong>de</strong>stes municípios. Adaptado <strong>de</strong> (Bittar, 2006).<br />
A execução do crawler <strong>de</strong>mora aproximadamente <strong>de</strong>zessete horas para coletar os dados <strong>de</strong> todos os<br />
portais municipais do Brasil e inserir em um web warehouse (WW). Estas informações são referentes à<br />
posição geográfica do município (permite comparações entre regiões do país) e características da página<br />
principal do portal; tais como: (i) tamanho em bytes da página principal do portal, incluindo figuras e <strong>de</strong>mais<br />
arquivos. Por exemplo, uma página para ser funcional <strong>de</strong>ve ter no máximo 80 KB, cida<strong>de</strong>s fora <strong>de</strong>ssa<br />
recomendação dificultam a navegabilida<strong>de</strong> dos cidadãos que possuem acesso discado a Internet (Resolução<br />
nº 7, 2002); (ii) quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arquivos por página – enten<strong>de</strong>-se por arquivos tudo que é carregado no<br />
browser durante o acesso (figuras, java-scripts, arquivos <strong>de</strong> css, entre outros recursos); (iii) quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
links nas páginas – indica um perfil da arquitetura <strong>de</strong> informação do portal da prefeitura (muitos links<br />
sugerem notícias na página); (iv) número do IP (Internet Protocol) do host – útil para <strong>de</strong>terminar on<strong>de</strong> é<br />
hospedado o portal municipal, valores fora da faixa nacional, 200.128.0.0 a 200.255.0.0 (Getschko, 1997),<br />
indicam que o portal é hospedado fora do Brasil. Uma <strong>de</strong>scrição completa é apresentada na próxima seção.<br />
2.3 Armazenamento em Web Warehouse<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Como o domínio do problema pesquisado correspon<strong>de</strong> a um subdomínio da Internet, os dados são<br />
materializados em um web warehouse (WW). Um WW é <strong>de</strong>terminado como uma combinação das tecnologias<br />
<strong>de</strong> data warehouse (DW) e Web (Tan, Yen, & Fang, 2003) (Mattison, 1999) (Becker, 2002) (Moeller, 2001)<br />
(Madria, 1999). Utiliza os conceitos <strong>de</strong> DW no ambiente da Internet, substituindo a ferramenta ETL (Extract<br />
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Transform Load - Extração Transformação Carga) por um web crawler. Como resultado gera um repositório<br />
<strong>de</strong> informações localizadas na Web para uma <strong>de</strong>terminada comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usuários interessada no domínio <strong>de</strong><br />
informações (Cheng, Kambayashi, Lee, & Mohania, 2000).<br />
Em relação à carga inicial dos dados, duas contribuições já po<strong>de</strong>m ser obtidas: (i) quantos, quais são, e<br />
como estão distribuídos os portais municipais brasileiros e (ii) a construção <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> busca para<br />
esses portais, que por meio da liberação da consulta pública, contribui para <strong>de</strong>mocratizar as informações e<br />
compartilhar conhecimento público (Figura 3 e 5).<br />
Utilizando-se a técnica <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem dimensional e o esquema estrela, os dados foram representados em<br />
um cubo, on<strong>de</strong> as dimensões representam (i) os dados dos portais - tabela <strong>de</strong> fatos, (ii) a geografia -<br />
município, estado, região e (iii) o tempo – mês, bimestre, semestre e ano das cargas do WW.<br />
Por medidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho e para facilitar a web mining, a implementação do WW realizou-se em um<br />
ambiente virtual, ou seja, levando-se em conta que o volume dos dados não é muito gran<strong>de</strong> e o ciclo <strong>de</strong><br />
atualização é mensal (<strong>de</strong> 20 a 100 MB a cada carga total mensal), os dados coletados pelo crawler foram<br />
armazenados em uma única tabela não normalizada, simulando uma visão materializada no banco <strong>de</strong> dados<br />
MySQL, conforme ilustrada na Figura 4.<br />
a) b)<br />
Figura 3. Sistema <strong>de</strong> Busca: a) tela <strong>de</strong> consulta; b) resultados da consulta. Figura 4. Tabela utilizada na<br />
construção do WW.<br />
Figura 5. Gráfico indicando a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> municípios com portais.<br />
2.4 Web Mining Utilizando a Ferramenta WEKA<br />
A técnica Clustering é a mais antiga <strong>de</strong> WM , on<strong>de</strong> as entida<strong>de</strong>s são agrupadas <strong>de</strong> acordo com atributos em<br />
comum. Esta abordagem é indicada quando as classes dos dados são incertas. Os experimentos apresentados<br />
foram realizados no ambiente <strong>de</strong> mineração WEKA (Waikato Environment for Knowledge Analysis) (WEKA<br />
The University of Waikato, 2007) com algoritmo EM (Expectation Maximization).<br />
2.5 Definição da Base <strong>de</strong> Dados, Realização do Experimento e Resultados<br />
Obtidos<br />
A princípio, a equipe técnica do projeto i<strong>de</strong>ntificou dois grupos nos dados dos portais municipais: cluster dos<br />
municípios com websites e-Gov e cluster dos municípios sem websites. As estatísticas da base WW e-Gov<br />
são apresentadas nesta condição. O conjunto <strong>de</strong> dados contém 5.564 exemplos, cada um correspon<strong>de</strong> a um<br />
78
município brasileiro, sendo que: (i) 4068 representam condições negativas para existência <strong>de</strong> site e-Gov -<br />
valor <strong>de</strong> classe igual a não (73,11%) e (ii) 1496 representam condições positivas para existência <strong>de</strong> site e-<br />
Gov - valor <strong>de</strong> classe igual a sim (26,89%).<br />
Assim, cada exemplo é constituído <strong>de</strong> 10 atributos:<br />
• url_p: URL principal da cida<strong>de</strong>, valor do tipo string;<br />
• uf: Nome do estado das cida<strong>de</strong>s, valor nominal com as 27 unida<strong>de</strong>s da fe<strong>de</strong>ração;<br />
• região: Nome da região das cida<strong>de</strong>s, valor nominal com as 5 regiões do Brasil (Norte, Sul, Centro-<br />
Oeste, Su<strong>de</strong>ste e Nor<strong>de</strong>ste);<br />
• ip: Os primeiros três dígitos do IP do host on<strong>de</strong> está hospedado a página da cida<strong>de</strong>, valores nominais<br />
(o valor 200 indica a faixa <strong>de</strong> IP do Brasil, ou seja, página hospedada em servidor nacional);<br />
• href: Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> links na página principal do site, valor discreto entre 0 e 726 (média 4,233 e<br />
<strong>de</strong>svio padrão 17,915);<br />
• kb: Tamanho em Kb da página principal dos sites dos municípios (computando as figuras e <strong>de</strong>mais<br />
arquivos carregados), valor contínuo entre 0 e 986,388 (média 54,491 e <strong>de</strong>svio padrão 143,121);<br />
• q<strong>de</strong>_arq: Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arquivos da página principal do site, valor discreto entre 0 e 98 (média 3,888<br />
e <strong>de</strong>svio padrão 10,416);<br />
• b_html: Tamanho em byte do arquivo HTML da página principal, valor contínuo entre 0 e 65535<br />
(média 3120,54 e <strong>de</strong>svio padrão 9703.151);<br />
• ida<strong>de</strong>, valor discreto entre 21 e 81;<br />
• Tem_ip: Indica se a cida<strong>de</strong> possui IP (subdomínio registrado), valor nominal (sim ou não);<br />
• Tem_site: Indica se a cida<strong>de</strong> possui site no ar, valor nominal (sim ou não).<br />
A exploração <strong>de</strong>stes dados/atributos no ambiente WEKA em forma <strong>de</strong> gráfico é apresentada na Figura 6.<br />
Todos os quatro gráficos representam a proporção <strong>de</strong> municípios com e sem portal Web; da esquerda para<br />
direita, o primeiro gráfico mostra essa proporção para cada estado brasileiro (em or<strong>de</strong>m alfabética), o<br />
próximo para cada região nacional (Norte, Sul, Centro-Oeste, Su<strong>de</strong>ste, Nor<strong>de</strong>ste), o próximo a relação <strong>de</strong>sta<br />
proporção quanto as cida<strong>de</strong>s que possuem IP registrado e o último representa a quantia <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s com e sem<br />
portal Web.<br />
Região<br />
tem_ip<br />
tem_site<br />
1782<br />
3224<br />
4068<br />
1668<br />
1181<br />
2340<br />
471<br />
462<br />
norte sul Centro-oeste<br />
su<strong>de</strong>ste nor<strong>de</strong>ste<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
sim não<br />
1496<br />
sim não<br />
Figura 6. Proporção dos atributos da base <strong>de</strong> dados, o cinza escuro representa as cida<strong>de</strong>s com website e o cinza claro<br />
representa as cida<strong>de</strong>s sem website.<br />
O algoritmo <strong>de</strong> clustering EM (weka.clusterers.EM -V -I 50 -N 3 -S 100 -M 1.0E-6) foi executado com os<br />
seguintes parâmetros: (i) Número máximo <strong>de</strong> iterações igual a 100, (ii) <strong>de</strong>svio padrão mínimo ,<br />
(iii) número <strong>de</strong> clusters configurado para selecionar automaticamente por validação cruzada e (iv) semente <strong>de</strong><br />
número aleatório igual a 100. Nesta análise <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong>scobriu-se que os dados foram agrupados em três<br />
grupos e não em dois como inicialmente a equipe projetou. Os três grupos formados são:<br />
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Cluster 2<br />
Cluster 1<br />
Cluster 0<br />
Norte Sul Centro-Oeste Su<strong>de</strong>ste Nor<strong>de</strong>ste<br />
Figura 7. Gráfico do agrupamento dos dados gerado no WEKA, eixo x correspon<strong>de</strong> às regiões do Brasil e o eixo y aos<br />
clusters formados.<br />
• Cluster 0: correspon<strong>de</strong> as cida<strong>de</strong>s que possuem IP, (subdomínio registrado) mas não tem site ativo. A<br />
razão que leva um município a registrar seu subdomínio e <strong>de</strong>pois não construir sua página na Internet<br />
ainda é <strong>de</strong>sconhecida nesta fase do projeto, mas constitui um objeto <strong>de</strong> estudo interessante;<br />
• Cluster 1: Correspon<strong>de</strong> as cida<strong>de</strong>s que possuem site ativo;<br />
• Cluster 2: Correspon<strong>de</strong> as cida<strong>de</strong>s que não possuem site na Web e nem IP registrado.<br />
Na Figura 7 são representados os grupos i<strong>de</strong>ntificados no WEKA com base nas cinco regiões brasileiras<br />
(Norte, Sul, Centro-Oeste, Su<strong>de</strong>ste e Nor<strong>de</strong>ste). O grupo <strong>de</strong> cor azul representa cluster 0, a cor vermelha o<br />
cluster 1 e a cor ver<strong>de</strong> o cluster 2. Nota-se que na região Norte o grupo ver<strong>de</strong> dos municípios que não têm<br />
portal é maior, e correspon<strong>de</strong> aos municípios com menor IDH (Índice <strong>de</strong> Desenvolvimento Humano) do<br />
Brasil. O grupo azul dos municípios que têm somente o IP registrado é maior acentuado na região Su<strong>de</strong>ste,<br />
região mais rica do Brasil. Os grupos vermelhos dos municípios que têm portal ativo é mais acentuado nas<br />
regiões Su<strong>de</strong>ste e Sul seguido pelo Nor<strong>de</strong>ste.<br />
3. CONCLUSÃO<br />
Com base nas informações <strong>de</strong>scobertas no processo <strong>de</strong> web mining no ambiente WEKA foram computadas<br />
novamente as estatísticas da situação dos portais e-Gov municipais por meio da aplicação Web <strong>de</strong>senvolvida,<br />
gerando os resultados da Tabela 1 e das Figuras 8, 9 e10.<br />
Tabela 1. Estatísticas da Base<br />
Dado Valor<br />
Data da última atualização dos dados 29/07/2007<br />
Tempo gasto na atualização dos dados 16:58:37 hs<br />
Total <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s pesquisadas 5564<br />
Total <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s com subdomínio oficial e site ativo 1487<br />
Total <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s com subdomínio oficial, mas SEM site ativo 844<br />
Total <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s sem subdomínio oficial 3233<br />
Total <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s que tem site fora do Brasil 153<br />
Total <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s com tamanho <strong>de</strong> site e-Gov <strong>de</strong>ntro da recomendação <strong>de</strong> 80 kb 591<br />
Média do tamanho dos sites e-Gov municipais 192.210<br />
Média da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arquivos nos sites e-Gov municipais 13.757<br />
Média da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> links da página principal dos sites e-Gov municipais 10.095<br />
Estes resultados mostram dados reveladores e inusitados sobre a situação dos portais e-Gov municipais,<br />
como:<br />
• Somente 10,6% dos municípios respeitam a recomendação da limitação do tamanho da homepage dos<br />
portais em 80 Kb. Existem cida<strong>de</strong>s que possuem a página principal com quase 1 MB <strong>de</strong> tamanho, isso<br />
80
significa que um cidadão com acesso discado <strong>de</strong>mora aproximadamente 10 minutos para abrir a<br />
página da prefeitura da sua cida<strong>de</strong>. São exemplos as cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Joaçaba-SC (www.Joacaba.sc.gov.br)<br />
com 982KB e Presi<strong>de</strong>nte Médici-RO (www.presi<strong>de</strong>ntemedici.ro.gov.br) com 986.39KB. No estado <strong>de</strong><br />
Mato Grosso do Sul (MS), o maior portal e-Gov municipal pertence ao município <strong>de</strong> Sidrolândia com<br />
538.718 Kb; a capital <strong>de</strong> MS (Campo Gran<strong>de</strong>) possui portal com página principal <strong>de</strong> 95 Kb (muito<br />
próximo do recomendado);<br />
• Os portais das cida<strong>de</strong>s possuem em média 10 links na sua página principal, mas é encontrada cida<strong>de</strong><br />
com mais <strong>de</strong> 700 links, dificultando a população <strong>de</strong> encontrarem a informação e/ou serviços no portal<br />
<strong>de</strong> seu município. Um exemplo <strong>de</strong> município é Juruti-PA com 726 links;<br />
• Em um total <strong>de</strong> 153 municípios têm seu portal hospedado em servidores localizados em outros países<br />
e não no Brasil. O EUA é o principal país que mantém estas páginas, pelo fato do custo e serviços <strong>de</strong><br />
hospedagem que oferecem. Isto gera uma evasão <strong>de</strong> divisas, e os motivos <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>cisão ainda é<br />
<strong>de</strong>sconhecido pela pesquisa e constituem-se mais um interessante objeto <strong>de</strong> estudo;<br />
• O Nor<strong>de</strong>ste e o Norte são as regiões que possuem maior ausência <strong>de</strong> portais e-Gov municipais;<br />
• A região Su<strong>de</strong>ste, impulsionada pelo seu estado Minas Gerais (MG), possui maior incidência <strong>de</strong><br />
cida<strong>de</strong>s com IP registrado, mas sem portal ativo; e<br />
• Sem consi<strong>de</strong>rar o Distrito Fe<strong>de</strong>ral (DF), o estado <strong>de</strong> São Paulo (SP) é o único estado da fe<strong>de</strong>ração que<br />
a maioria dos seus municípios possui portal e-Gov ativo;<br />
Nesta análise <strong>de</strong> agrupamento, o ambiente WEKA aten<strong>de</strong>u as funcionalida<strong>de</strong>s exigidas no estudo<br />
experimental, servindo como única ferramenta <strong>de</strong> web mining necessária neste projeto. O algoritmo <strong>de</strong><br />
agrupamento EM do WEKA reconheceu todos os cluster existentes nos dados.<br />
A próxima fase da pesquisa será executar o web crawler mensalmente para armazenar um histórico <strong>de</strong><br />
tempo nestas informações e eventualmente <strong>de</strong>scobrir novas informações no repositório, tais como, o<br />
comportamento dos portais (computado por cida<strong>de</strong>, estado, região) no <strong>de</strong>correr do ano (será que na época do<br />
recebimento do IPTU os portais são “inflados” pela prefeitura e no resto do ano são abandonados?). Com a<br />
construção <strong>de</strong>sta base <strong>de</strong> dados, estas e outras hipóteses po<strong>de</strong>rão ser elucidadas, trazendo <strong>de</strong>scobertas <strong>de</strong><br />
gra<strong>de</strong> valia para a comunida<strong>de</strong> em geral.<br />
Figura 8. Portais e-Gov municipais: Estatística do Brasil.<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Figura 9. Portais e-Gov municipais: Estatística por região do Brasil.<br />
81
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
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82
MSB: UNA APLICACIÓN WWW PARA GENERACIÓN DE<br />
RESÚMENES DE COMPORTAMIENTO<br />
Víctor Flores, Martín Molina<br />
Departamento <strong>de</strong> Inteligencia Artificial, <strong>Universidad</strong> Politécnica <strong>de</strong> Madrid<br />
Campus <strong>de</strong> Montegancedo s/n, 28660 Boadilla <strong>de</strong>l Monte (Madrid), España.<br />
vflores@fi.upm.es, martin.molina@upm.es<br />
RESUMEN<br />
La disponibilidad en Internet <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s volúmenes <strong>de</strong> información en los que se basan <strong>de</strong>cisiones relacionadas con el<br />
funcionamiento <strong>de</strong> sistemas dinámicos hace que cada vez sean más necesarios métodos efectivos <strong>de</strong> generación <strong>automática</strong><br />
<strong>de</strong> resumen <strong>de</strong> información <strong>de</strong> comportamiento. En este artículo se <strong>de</strong>scribe la aplicación MSB (Multimedia Summarizer<br />
of Behavior) como una herramienta software que genera presentaciones multimedia <strong>de</strong> resumen <strong>de</strong> comportamiento<br />
<strong>de</strong> sistemas dinámicos para ser presentadas en la Web. MSB usa como entrada datos <strong>de</strong> comportamiento <strong>de</strong> fuentes remotas<br />
(medidos por sensores) que pue<strong>de</strong>n estar disponibles en diferentes servidores Web. Estas fuentes <strong>de</strong> información<br />
se interpretan y resumen usando métodos <strong>de</strong>l campo <strong>de</strong> la Inteligencia Artificial simulando formas <strong>de</strong> razonamiento que<br />
realizan las personas al resumir información <strong>de</strong> interés. En el artículo se <strong>de</strong>scribe la arquitectura basada en el conocimiento<br />
<strong>de</strong>l sistema MSB y la aplicación <strong>de</strong>sarrollada en el dominio <strong>de</strong> hidrología sobre comportamiento <strong>de</strong> cuencas<br />
hidrográficas.<br />
PALABRAS CLAVE<br />
Generación <strong>automática</strong> <strong>de</strong> resumen, mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> sistema dinámico, aplicación Web, presentación multimedia.<br />
1. INTRODUCCIÓN<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
En muchos centros <strong>de</strong> control don<strong>de</strong> se gestiona el comportamiento <strong>de</strong> sistemas dinámicos por medio <strong>de</strong><br />
re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sensores están interesados no sólo en las interpretaciones <strong>de</strong> la evolución <strong>de</strong> las magnitu<strong>de</strong>s físicas,<br />
sino también en los posibles <strong>de</strong>scriptores <strong>de</strong> fenómenos y evolución <strong>de</strong> éstos en el tiempo en forma <strong>de</strong> resúmenes<br />
<strong>de</strong> comportamiento <strong>de</strong> sistemas dinámicos [11]. Numerosas aplicaciones informáticas usan diariamente<br />
técnicas <strong>de</strong> generación <strong>automática</strong> <strong>de</strong> resumen <strong>de</strong> información para personalizar resultados a necesida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> usuarios. Siendo Internet una <strong>de</strong> las principales fuentes <strong>de</strong> información, es cada vez más necesaria la existencia<br />
<strong>de</strong> aplicaciones Web que generen <strong>automática</strong>mente resúmenes <strong>de</strong> comportamiento <strong>de</strong> sistemas dinámicos,<br />
para ser usados en tareas <strong>de</strong> toma <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisión. Esta <strong>de</strong>manda es aplicable a centros <strong>de</strong> control <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s<br />
(tales como gubernamentales o <strong>de</strong> protección civil) don<strong>de</strong> se monitorizan sistemas dinámicos, como por<br />
ejemplo una cuenca hidrográfica, una red <strong>de</strong> carreteras, etc. En el caso específico <strong>de</strong> una cuenca hidrográfica,<br />
el comportamiento <strong>de</strong> sus componentes a lo largo <strong>de</strong>l tiempo pue<strong>de</strong> representarse en forma <strong>de</strong> series temporales.<br />
Estos valores se obtienen con la ayuda <strong>de</strong> sensores que envían periódicamente valores cuantitativos<br />
correspondientes a lluvia, niveles <strong>de</strong> embalses, caudales <strong>de</strong> ríos, etc. Cuando la complejidad y número <strong>de</strong><br />
estas medidas es alta, pue<strong>de</strong> ser útil disponer <strong>de</strong> una forma <strong>de</strong> presentación resumida que facilite la interpretación<br />
a<strong>de</strong>cuada <strong>de</strong> estos datos a los diversos <strong>de</strong>stinatarios <strong>de</strong> la información (operadores <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> control,<br />
responsables <strong>de</strong> diversas instituciones locales o nacionales para gestión <strong>de</strong> la respuesta, etc.). Así, las<br />
herramientas automatizadas <strong>de</strong> generación <strong>de</strong> resumen y <strong>de</strong> presentación <strong>de</strong> información pue<strong>de</strong>n ayudar a<br />
minimizar los tiempos <strong>de</strong> respuesta ante la presencia <strong>de</strong> emergencias. Recientemente, los problemas <strong>de</strong> generación<br />
<strong>automática</strong> <strong>de</strong> resumen <strong>de</strong> información y <strong>de</strong> presentación <strong>de</strong> información han sido abordados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la<br />
perspectiva <strong>de</strong> la Inteligencia artificial [9], [10], [17]. En el caso particular <strong>de</strong> la generación <strong>automática</strong> <strong>de</strong><br />
resumen <strong>de</strong> información <strong>de</strong> comportamiento el problema presenta una cierta complejidad que normalmente<br />
requiere conocimiento acerca <strong>de</strong>l sistema dinámico [18].<br />
83
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
En este artículo se presenta la herramienta MSB (Multimedia Summarizer of Behavior) como una contribución<br />
a la creciente necesidad <strong>de</strong> herramientas <strong>de</strong> generación <strong>de</strong> resumen <strong>de</strong> comportamiento <strong>de</strong> un sistema<br />
dinámico en la Web. MSB ha sido <strong>de</strong>sarrollado en el Departamento <strong>de</strong> Inteligencia Artificial <strong>de</strong> la Facultad<br />
<strong>de</strong> Informática <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> Politécnica <strong>de</strong> Madrid. MSB es uno <strong>de</strong> los resultados <strong>de</strong>l proyecto EVIR-<br />
TUAL financiado por el Ministerio <strong>de</strong> Educación y Ciencia <strong>de</strong> España. MSB ha sido implementado en el<br />
dominio hidrológico y cuenta con un generador automático <strong>de</strong> presentaciones multimedia para ser mostradas<br />
en un entorno Web. MSB i<strong>de</strong>ntifica cuál es la información relevante <strong>de</strong> todos los componentes <strong>de</strong>l sistema<br />
dinámico, creando presentaciones en un lenguaje asequible y adaptado a las características <strong>de</strong>l usuario. MSB<br />
está concebido <strong>de</strong> forma que pue<strong>de</strong> recibir datos <strong>de</strong> comportamiento <strong>de</strong> diversas fuentes, locales o remotos<br />
importados <strong>de</strong> diferentes servidores Web. El resto <strong>de</strong> este artículo está organizado <strong>de</strong> la siguiente forma: en<br />
la sección 2 se <strong>de</strong>scribe <strong>de</strong> forma general la arquitectura <strong>de</strong> MSB, la sección 3 <strong>de</strong>scribe la aplicación en el<br />
dominio hidrológico y al final se presenta una discusión en don<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacan las contribuciones <strong>de</strong> la propuesta.<br />
2. ARQUITECTURA<br />
En el contexto <strong>de</strong> la gestión <strong>de</strong> sistemas dinámicos (como es por ejemplo una cuenca hidrográfica) es importante<br />
disponer <strong>de</strong> información a<strong>de</strong>cuada y a tiempo para la toma <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiones. El objetivo <strong>de</strong> la herramienta<br />
MSB es presentar información relevante acerca <strong>de</strong>l comportamiento <strong>de</strong> un sistema dinámico, en un nivel<br />
a<strong>de</strong>cuado <strong>de</strong> agregación, con información complementaria que ayu<strong>de</strong> a compren<strong>de</strong>r los hechos <strong>de</strong> interés y<br />
acor<strong>de</strong> a las necesida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> los procesos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisión. Esta información pue<strong>de</strong> presentarse <strong>de</strong> diferentes formas:<br />
texto, gráficos, imágenes 2D o animaciones 3D, y dispuesta en una página Web <strong>de</strong>l centro o en dispositivos<br />
como por ejemplo un teléfono móvil, un or<strong>de</strong>nador, fax, etc. MSB se ha diseñado siguiendo metodologías<br />
<strong>de</strong> diseño <strong>de</strong> sistemas basados en el conocimiento <strong>de</strong> forma que la arquitectura se ha concebido con un<br />
conjunto <strong>de</strong> tareas y métodos que usan conocimiento específico <strong>de</strong>l dominio [20]. En concreto, el sistema<br />
realiza dos tareas principales: (1) selección <strong>de</strong> información relevante y (2) generación <strong>de</strong>l plan <strong>de</strong> presentación.<br />
Para realizar dichas tareas el sistema dispone principalmente <strong>de</strong> dos mo<strong>de</strong>los específicos <strong>de</strong>l dominio:<br />
(1) mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l sistema dinámico y (2) mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> presentación. Seguidamente se presentan la forma cada uno<br />
<strong>de</strong> estos dos mo<strong>de</strong>los (más <strong>de</strong>talles sobre este diseño se pue<strong>de</strong>n consultar en [17] y [18]).<br />
2.1 El mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l Sistema Dinámico<br />
MSB dispone <strong>de</strong> conocimiento aproximado sobre el sistema dinámico en forma <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> la estructura y<br />
el comportamiento <strong>de</strong> dicho sistema. El diseño <strong>de</strong>l lenguaje <strong>de</strong> representación para dicho mo<strong>de</strong>lo ha sido<br />
inspirado en propuestas <strong>de</strong>l campo <strong>de</strong> la física cualitativa [2], [14] representaciones basadas en dispositivos o<br />
componentes [5] y en ontologías <strong>de</strong> sistemas dinámicos [6], [13]. La representación que maneja MSB contempla<br />
jerarquías <strong>de</strong> componentes C = {Cj}, don<strong>de</strong> cada componente posee atributos que representan magnitu<strong>de</strong>s<br />
físicas y estados cualitativos. La estructura <strong>de</strong>l sistema se establece con relaciones entre los diversos<br />
componentes (por ejemplo, relaciones <strong>de</strong>l tipo es-un, es-parte-<strong>de</strong>, etc.). En un <strong>de</strong>terminado momento un<br />
componente Cj <strong>de</strong> C presenta un estado cualitativo que pue<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>tallado con magnitu<strong>de</strong>s físicas Q1,.., Qn.<br />
El mo<strong>de</strong>lo incluye la forma en que se <strong>de</strong>termina el estado cualitativo <strong>de</strong> cada componente a partir <strong>de</strong> las<br />
magnitu<strong>de</strong>s físicas o a partir <strong>de</strong> los estados <strong>de</strong> otros componentes. Un parámetro es una tupla <strong>de</strong>l tipo P =<br />
que representa una entidad física <strong>de</strong>finida por un componente Ci, una magnitud (caudal,<br />
calor, etc.), opcionalmente una función Fi (el promedio, un máximo temporal, etc.) y una referencia<br />
temporal Ti (valores numéricos que representan un instante o intervalos que simboliza un lapso <strong>de</strong> tiempo).<br />
El mo<strong>de</strong>lo incluye también una vista simplificada <strong>de</strong>l comportamiento <strong>de</strong>l sistema representado con relaciones<br />
causales entre magnitu<strong>de</strong>s físicas <strong>de</strong> los componentes. Estas relaciones <strong>de</strong>finidas <strong>de</strong> forma similar que<br />
en [12] pue<strong>de</strong>n representar leyes físicas o características <strong>de</strong> comportamiento <strong>de</strong>l componente y pue<strong>de</strong>n incluir<br />
niveles como referencias temporales acerca <strong>de</strong> retardos causales o tipos <strong>de</strong> influencias [8]. En <strong>de</strong>talle, una<br />
relación causal entre una magnitud X <strong>de</strong>l componente C1 y otra Y <strong>de</strong>l componente C2 se representa con los<br />
predicados cause_type(C1, X, C2, Y, F) y cause(C1, X, C2, Y, R) en don<strong>de</strong> F es un tipo <strong>de</strong><br />
función (monótona creciente o <strong>de</strong>creciente) y R es el tiempo <strong>de</strong> retardo entre la causa y el efecto. Para <strong>de</strong>ter-<br />
84
minar qué eventos resultan relevantes, se maneja un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> relevancia. Se consi<strong>de</strong>ra que un hecho es<br />
relevante si produce un cambio (en el presente o en el futuro cercano) en la distancia entre el estado actual<br />
<strong>de</strong>l sistema dinámico y los estados <strong>de</strong>seados, establecidos según los objetivos <strong>de</strong> gestión <strong>de</strong>l sistema dinámico.<br />
Con el fin <strong>de</strong> evitar realizar simulaciones (lo que en la práctica requiere manejar un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l sistema<br />
más <strong>de</strong>tallado y, por tanto, <strong>de</strong> mayor coste <strong>de</strong> formulación) se utiliza un mo<strong>de</strong>lo aproximado <strong>de</strong> relevancia<br />
expresado mediante un enfoque heurístico. Se manejan criterios para establecer un or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> prioridad entre<br />
eventos relevantes, formulados como sentencias condicionales que expresan que ciertos estados <strong>de</strong> un componente<br />
son más relevantes que los estados <strong>de</strong> otros componentes cuando se cumplen ciertas condiciones<br />
sobre el estado <strong>de</strong>l sistema dinámico. Por ejemplo, en general el estado <strong>de</strong> lluvia fuerte es más prioritario que<br />
el estado <strong>de</strong> lluvia débil. Sin embargo, en el caso particular <strong>de</strong> que la lluvia fuerte se produzca aguas arriba<br />
<strong>de</strong> un embalse <strong>semi</strong>vacío <strong>de</strong> gran capacidad pue<strong>de</strong> resultar menos relevante que una situación <strong>de</strong> lluvia débil<br />
en zona <strong>de</strong>sprotegida con previsión <strong>de</strong> fuerte tormenta.<br />
La estrategia <strong>de</strong> inferencia para seleccionar y resumir la información relevante recibe como entrada datos<br />
<strong>de</strong> comportamiento expresados en series temporales <strong>de</strong> valores cuantitativos (medidos por sensores) para<br />
generar interpretaciones <strong>de</strong> comportamiento <strong>de</strong> cada componente. Después, se genera lo que se <strong>de</strong>nomina un<br />
árbol resumen que contiene una representación particular <strong>de</strong> la información más relevante. La construcción<br />
<strong>de</strong> este árbol sigue los siguientes pasos: (1) obtener el estado cualitativo <strong>de</strong> cada componente, (2) seleccionar<br />
los estados cualitativos relevantes, (3) establecer un or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> prioridad por interés <strong>de</strong> dichos estados, (4)<br />
eliminar los estados causa o efecto <strong>de</strong>l conjunto <strong>de</strong> estados <strong>de</strong> interés y (5) con<strong>de</strong>nsar mediante agregación<br />
estados <strong>de</strong> componentes sencillos para producir estados <strong>de</strong> componentes más globales. La figura 1 muestra<br />
un ejemplo <strong>de</strong> árbol resumen generado en el dominio <strong>de</strong> hidrología para expresar un estado generalizado <strong>de</strong><br />
ríos con caudales importantes en la zona <strong>de</strong>l sur <strong>de</strong> España, <strong>de</strong>jando en segundo plano otro estado generalizado<br />
<strong>de</strong> lluvias en otras regiones <strong>de</strong> España.<br />
state(río-guadalhorce,<br />
caudal-importante)<br />
state(cuenca-sur,<br />
caudal-importante-en-ríos)<br />
<strong>de</strong>talle<br />
state(río-limonero,<br />
caudal-importante)<br />
state(aforo-1-ríostate(aforo-2-ríoguadalhorce,guadalhorce, caudal-importante) caudal-importante)<br />
state(aforo-3-ríostate(aforo-2-ríolimonero,limonero, caudal-importante) caudal-importante)<br />
2.2 El Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Presentación<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
state(sur-españa,<br />
caudal-importante-en-ríos)<br />
state(cuenca-guadalquivir,<br />
caudal-importante-en-ríos)<br />
state(río-tinto, state(río-odiel,<br />
caudal-importante) caudal-importante)<br />
state(aforo-5-río-tinto,<br />
caudal-importante)<br />
state(aforo-6-río-odiel,<br />
caudal-importante)<br />
state(cuenca-júcar,<br />
lluvia-fuerte)<br />
state(area-serpis,<br />
lluvia-fuerte)<br />
state(aforo-10-río-odiel,<br />
caudal-importante)<br />
Figura 1. Ejemplo <strong>de</strong> árbol resumen en el dominio <strong>de</strong> hidrología.<br />
adicional<br />
<strong>de</strong>talle<br />
state(area-turia,<br />
lluvia-fuerte)<br />
Una vez generada la información relevante, se necesita <strong>de</strong>terminar cómo presentar la información <strong>de</strong> forma<br />
a<strong>de</strong>cuada a (1) las características <strong>de</strong>l usuario (por ejemplo, nivel técnico, usuario general, etc.) y el dispositivo<br />
<strong>de</strong> comunicación <strong>de</strong> que dispone (teléfono móvil, fax, etc.) y (2) las necesida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> información (frecuencia<br />
<strong>de</strong> reporte <strong>de</strong> información, nivel <strong>de</strong> <strong>de</strong>talle, etc.). Para este fin, MSB incluye un planificador jerárquico<br />
que <strong>de</strong>termina la forma y <strong>de</strong>talle <strong>de</strong> la presentación. La construcción <strong>de</strong>l plan se concibe como la confección<br />
<strong>de</strong> un discurso utilizando patrones en don<strong>de</strong> cada patrón es una plantilla prediseñada con parte <strong>de</strong>l discurso.<br />
La combinación <strong>de</strong> las diversas partes <strong>de</strong>l discurso se establece mediante patrones <strong>de</strong> más alto nivel que<br />
incluyen relaciones retóricas [15] (por ejemplo, <strong>de</strong>talle, contraste, causa, etc.). La totalidad <strong>de</strong> los patrones<br />
constituyen la base <strong>de</strong> conocimiento <strong>de</strong>l planificador <strong>de</strong> la presentación. Se maneja un planificador HTN<br />
(Hierarchical Task Planning) [3] en don<strong>de</strong> cada tarea correspon<strong>de</strong> a un objetivo comunicativo y cada método<br />
<strong>de</strong>l plan correspon<strong>de</strong> a un patrón <strong>de</strong> discurso. Un patrón es un conjunto <strong>de</strong> sub-objetivos comunicativos<br />
85
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
que correspon<strong>de</strong>n a las relaciones retóricas contempladas en el mo<strong>de</strong>lo. La base <strong>de</strong> conocimientos <strong>de</strong>l planificador<br />
también incluye operadores para objetivos comunicativos básicos (los que no pue<strong>de</strong>n ser subdivididos),<br />
estos operadores son implementados como primitivas <strong>de</strong> presentación en lenguaje natural y funciones<br />
especializadas para componer las animaciones 3D.<br />
frase<br />
cerca <strong>de</strong>l<br />
<strong>de</strong>sbordamiento<br />
frase_subtitular_<br />
caudal_estable<br />
frase<br />
el caudal en <br />
se mantiene<br />
estable<br />
titular_caudal_al_<br />
límite_río(I)<br />
frase_titular_<br />
caudal_al_<br />
límite_río<br />
frase_subtitular<br />
_respecto_<br />
hora_anterior<br />
frase_subtitular_<br />
caudal_aumenta<br />
frase<br />
en la última hora<br />
el caudal <strong>de</strong>l río<br />
aumenta<br />
<strong>de</strong>tallar_caudal_<br />
al_ límite_río(I)<br />
animación_<br />
caudal_al_<br />
límite_río<br />
comunicación_<br />
gráfica<br />
1.i<strong>de</strong>ntificarsituación()<br />
frase_subtitular_<br />
caudal_<br />
disminuye<br />
frase<br />
en la última hora<br />
el caudal <strong>de</strong>l río<br />
disminuye<br />
contrastar_caudal<br />
_al_ límite_río(I)<br />
frase_caudal_<br />
estable<br />
generar presentación<br />
presentación (I)<br />
presentación<br />
recursiva<br />
presentación_caudal_al_<br />
límite_río<br />
frase_<strong>de</strong>tralle<br />
_ caudal_al_<br />
límite_río<br />
frase<br />
en el río a su paso<br />
por se registra un<br />
caudal <strong>de</strong> m3/seg<br />
frase<br />
por lo que se<br />
mantiene estable<br />
respecto a la<br />
hora anterior<br />
contar_<br />
causas(I)<br />
frase_caudal_<br />
aumenta<br />
frase<br />
lo que supone<br />
un incremento<br />
<strong>de</strong> m3/<br />
seg<br />
presentación (J)<br />
frase_compara<br />
_caudal_respe<br />
cto_la_hora_a<br />
nterior<br />
contar_<br />
efectos(I)<br />
animación_frase_<strong>de</strong>talle_caudal_<br />
límite_río<br />
frase_caudal_<br />
disminuye<br />
frase<br />
lo que supone<br />
una reducción <strong>de</strong><br />
m3/seg.<br />
con respecto a la<br />
hora anterior<br />
Figura 2. Ejemplo parcial <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo HTN <strong>de</strong> patrones <strong>de</strong> discurso.<br />
contar_<br />
predicción(I)<br />
frase_caudal_<br />
contraste_habitual<br />
frase<br />
el caudal habitual en<br />
este punto <strong>de</strong>l río es<br />
m3/seg<br />
comunicación_<br />
gráfica<br />
1.asociar-conanterior<br />
(,)<br />
2.valorarsituación<br />
(,)<br />
La salida generada en esta planificación es un plan <strong>de</strong> presentación con la información <strong>de</strong> <strong>de</strong>talle <strong>de</strong> cada<br />
elemento <strong>de</strong>l árbol resumen. Este plan es construido <strong>de</strong> forma recursiva (figura 2), en cada paso se realizan<br />
dos tareas: generar texto y generar mandatos 3D. En la primera (generar texto) se seleccionan los patrones <strong>de</strong><br />
discurso a<strong>de</strong>cuados, se adiciona la información complementaria y se refina el objetivo comunicativo con subobjetivos<br />
comunicativos, usando el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l sistema conjuntamente con el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> agregación. En la<br />
segunda tarea se construye el árbol <strong>de</strong> funciones especializadas usadas en la generación <strong>de</strong> la presentación.<br />
3. LA APLICACIÓN EN EL DOMINIO HIDROLÓGICO<br />
El método antes <strong>de</strong>scrito se ha implementado para trabajar con datos <strong>de</strong> los sistemas SAIH (Sistema Automático<br />
<strong>de</strong> Información Hidrológica) <strong>de</strong> los centros <strong>de</strong> control <strong>de</strong> las Confe<strong>de</strong>raciones Hidrológicas <strong>de</strong> España.<br />
Los datos <strong>de</strong> entrada a MSB son episodios hidrológicos con una duración <strong>de</strong> T horas (por ejemplo T = 24<br />
horas) con medidas <strong>de</strong> lluvias, niveles <strong>de</strong> embalses y caudales en diferentes puntos <strong>de</strong> interés <strong>de</strong> una cuenca.<br />
En MSB el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l sistema dinámico incluye componentes básicos: estación pluviométrica, aforos <strong>de</strong><br />
ríos, embalses, don<strong>de</strong> se mi<strong>de</strong>n las magnitu<strong>de</strong>s: lluvia, caudal, nivel <strong>de</strong> llenado respectivamente. Los valores<br />
correspondientes a estas magnitu<strong>de</strong>s son recogidos por sensores y enviados <strong>automática</strong> y periódicamente a<br />
los centros <strong>de</strong> control. En un nivel más general se tienen componentes que agrupan a los anteriores: área <strong>de</strong><br />
lluvia, río y cuenca. El componente más general es la cuenca. Adicionalmente se tienen las relaciones estructurales<br />
entre estos componentes, así como relaciones causales sobre comportamientos individuales y generales.<br />
El hecho <strong>de</strong> interés más prioritario en este mo<strong>de</strong>lo correspon<strong>de</strong> a los daños. Así, <strong>de</strong> forma general, el<br />
or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> interés en fenómenos que pue<strong>de</strong>n ocurrir en la cuenca queda <strong>de</strong>terminado <strong>de</strong> la forma siguiente:<br />
86<br />
…..
daños > caudal > volumen > lluvia > previsión-<strong>de</strong>-lluvia. A<strong>de</strong>más se dispone <strong>de</strong> reglas heurísticas para expresar<br />
excepciones a este or<strong>de</strong>n general y ór<strong>de</strong>nes <strong>de</strong> prioridad <strong>de</strong> más <strong>de</strong>talle para estados particulares.<br />
Para generar el resumen, el planificador construye un discurso con las acciones comunicativas titular,<br />
contar <strong>de</strong>talle, contrastar, contar causas, contar efectos y contar predicción. El texto resumen queda estructurado<br />
con (1) un título con información agregada <strong>de</strong>l hecho más relevante y opcionalmente un subtítulo con<br />
información que complementa la anterior y (2) un cuerpo <strong>de</strong> texto con información <strong>de</strong>tallada y con información<br />
para compren<strong>de</strong>r y contextualizar dichos <strong>de</strong>talles (por ejemplo, contraste con medidas históricas, causas,<br />
efectos y predicción). Para ello, se manejan plantillas <strong>de</strong> texto con lenguaje <strong>de</strong>l área hidrológica. Cada plantilla<br />
se compone <strong>de</strong> texto fijo relativo a uno o más objetivos comunicativos y variables generales que son instanciadas<br />
con valores cuantitativos que reflejan magnitu<strong>de</strong>s físicas <strong>de</strong>l sistema. La selección <strong>de</strong> estas plantillas<br />
se produce según el proceso <strong>de</strong> búsqueda jerárquico que realiza el planificador <strong>de</strong> acuerdo con las condiciones<br />
<strong>de</strong> aplicabilidad <strong>de</strong> cada patrón <strong>de</strong> discurso. Los tipos <strong>de</strong> usuario consi<strong>de</strong>rados son general y técnico.<br />
Entre las características <strong>de</strong>l primero está el hecho <strong>de</strong> que requiere enten<strong>de</strong>r las situaciones, pero no participa<br />
en la toma <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiones, en contraparte, el usuario técnico requiere información más <strong>de</strong>tallada y con lenguaje<br />
más técnico. Esta información, unida a las impuestas por las características <strong>de</strong> los dispositivos <strong>de</strong> recepción<br />
<strong>de</strong> información (fax, teléfono móvil, or<strong>de</strong>nador, etc.) y a las particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l sistema,<br />
guían la búsqueda <strong>de</strong> operadores <strong>de</strong>l planificador. En total se han consi<strong>de</strong>rado 289 patrones <strong>de</strong> discurso (<strong>de</strong><br />
alto nivel, plantillas <strong>de</strong> texto o plantillas <strong>de</strong> animación gráfica.<br />
Para generar las presentaciones 3D, MSB contempla la comunicación con un motor <strong>de</strong> visualización propio<br />
que contiene las estrategias <strong>de</strong> presentación y una base <strong>de</strong> datos cartográfica para la generación <strong>de</strong> presentaciones<br />
3D sobre terrenos virtuales. Esta base <strong>de</strong> datos incluye mo<strong>de</strong>los digitales <strong>de</strong> elevación <strong>de</strong> terrenos,<br />
información vectorial (carreteras, puntos hidrográficos <strong>de</strong> interés, ciuda<strong>de</strong>s, etc.) y ortofotografías. En<br />
particular, tal como se muestra en la figura 3, el planificador genera el plan <strong>de</strong> presentación utilizando la base<br />
<strong>de</strong> conocimiento HTN con los patrones <strong>de</strong> discurso y lo transmite al motor gráfico quien produce la presentación<br />
haciendo uso <strong>de</strong> información geográfica que gestiona el módulo <strong>de</strong> información geográfica.<br />
Mo<strong>de</strong>lo HTN<br />
patrones <strong>de</strong><br />
discurso<br />
árbol resumen<br />
planificador <strong>de</strong><br />
presentaciones<br />
plan <strong>de</strong><br />
presentación<br />
motor gráfico<br />
presentación<br />
dinámica<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
información<br />
geográfica<br />
sistema <strong>de</strong><br />
información<br />
geográfica<br />
información<br />
<strong>de</strong> elevación<br />
imágenes<br />
información<br />
vectorial<br />
Figura 3. Módulos <strong>de</strong> presentación y ejemplo parcial <strong>de</strong> secuencia <strong>de</strong> presentación 3D generada pos MSB.<br />
La figura 4 muestra un ejemplo <strong>de</strong> la página Web en don<strong>de</strong> se presentan resultados <strong>de</strong>l proceso realizado<br />
por MSB. En la parte izquierda <strong>de</strong> la pantalla <strong>de</strong> la figura 4 se pue<strong>de</strong>n observar ejemplos <strong>de</strong> las series temporales<br />
<strong>de</strong> las magnitu<strong>de</strong>s hidrológicas medidas. Estas magnitu<strong>de</strong>s representan la entrada <strong>de</strong> datos que pue<strong>de</strong>n<br />
ser obtenidas <strong>de</strong> otros servidores Web existentes en las Confe<strong>de</strong>raciones Hidrológicas (<strong>automática</strong>mente o<br />
mediante la opción importar datos). La opción generar resumen consi<strong>de</strong>ra las preferencias especificadas<br />
(tipo <strong>de</strong> usuario y medio: fax, sms, etc.) para la difusión <strong>de</strong> la información. La región central <strong>de</strong> la página<br />
Web contiene la presentación <strong>de</strong> MSB (en texto o como animación 3D).<br />
87
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4. DISCUSIÓN<br />
Figura 4. Interfaz Web <strong>de</strong> MSB.<br />
Dentro <strong>de</strong>l campo <strong>de</strong> la Inteligencia Artificial existen propuestas que presentan ciertas similitu<strong>de</strong>s con la<br />
solución propuesta por la herramienta MSB. En líneas generales, uno <strong>de</strong> los temas <strong>de</strong> investigación relacionados<br />
que ha recibido interés en los últimos años es el problema <strong>de</strong> resumir textos [7]. En este caso la información<br />
<strong>de</strong> partida es un texto fuente (en uno o varios documentos) y el resultado es un texto resumido que<br />
señala los puntos más importantes <strong>de</strong> la información <strong>de</strong> partida. Las soluciones aportadas en este campo<br />
utilizan principalmente técnicas estadísticas para selección <strong>de</strong> información relevante y algoritmos específicos<br />
para resolver problemas <strong>de</strong> incoherencia y falta <strong>de</strong> homogeneidad en los resúmenes generados. En comparación<br />
con estas soluciones, MSB está especializado en comportamiento <strong>de</strong> sistemas dinámicos y utiliza un<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l dominio para generar el resumen. A diferencia <strong>de</strong> los métodos basados en enfoques estadísticos,<br />
el uso <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l dominio permite que los resúmenes generados puedan incluir agregaciones y abstracciones<br />
no presentes en los datos <strong>de</strong> partida. A<strong>de</strong>más, los datos <strong>de</strong> MSB son series temporales y los resultados<br />
son, a<strong>de</strong>más <strong>de</strong> texto, presentaciones gráficas animadas en escenarios <strong>de</strong> tres dimensiones.<br />
Se han <strong>de</strong>sarrollado también generadores <strong>de</strong> resúmenes con mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> dominio [5]. Dentro <strong>de</strong> este tipo<br />
<strong>de</strong> aplicaciones se pue<strong>de</strong>n citar propuestas específicas como por ejemplo un sistema para generar resúmenes<br />
en texto <strong>de</strong> partes meteorológicos [1] o ILEX para la <strong>de</strong>scripción en lenguaje natural <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte [19].<br />
En comparación con estas propuestas, el planteamiento <strong>de</strong> MSB es más general dado que no está comprometido<br />
con un dominio específico y no está restringido sólo a texto dado que ofrece a<strong>de</strong>más presentaciones<br />
multimedia. En esta línea, se pue<strong>de</strong> citar también el sistema SumTime [21] para generar sentencias a partir <strong>de</strong><br />
datos <strong>de</strong> series temporales. SumTime es una solución más general que se ha aplicado a dominios <strong>de</strong> meteorología,<br />
turbinas <strong>de</strong> gas y cuidado intensivo en medicina. MSB, en comparación con SumTime, genera no sólo<br />
sentencias resumen sino que incluye también <strong>de</strong>scripciones que permiten una más completa comprensión <strong>de</strong>l<br />
hecho <strong>de</strong> interés a<strong>de</strong>más <strong>de</strong> presentaciones multimedia.<br />
88
MSB presenta también similitu<strong>de</strong>s con herramientas capaces <strong>de</strong> generar explicaciones sobre comportamiento<br />
<strong>de</strong> sistemas dinámicos para ser utilizadas en aplicaciones educativas o <strong>de</strong> diagnóstico [5]. Dichas<br />
soluciones se basan principalmente en el manejo <strong>de</strong> un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>tallado <strong>de</strong>l sistema dinámico que permite<br />
realizar simulación <strong>de</strong>l comportamiento. Esto tiene el inconveniente <strong>de</strong> requerir un mayor coste en la construcción<br />
<strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l sistema. En el caso <strong>de</strong> MSB, dado que el objetivo es resumir información relevante y<br />
no diagnosticar o dar una explicación <strong>de</strong>tallada, se maneja un mo<strong>de</strong>lo aproximado <strong>de</strong>l sistema, más sencillo<br />
<strong>de</strong> construir que los sistemas que generan explicaciones, lo cual es una ventaja para ser aplicado en sistemas<br />
dinámicos <strong>de</strong> gran volumen <strong>de</strong> información con diversidad <strong>de</strong> componentes y estructuras complejas.<br />
MSB se ha construido como resultado <strong>de</strong>l proyecto <strong>de</strong> investigación EVIRTUAL que se <strong>de</strong>sarrolló durante<br />
tres años en la <strong>Universidad</strong> Politécnica <strong>de</strong> Madrid y el Centro <strong>de</strong> Estudios y Experimentación <strong>de</strong> Obras<br />
Públicas (CEDEX). La utilidad práctica <strong>de</strong> MSB se verificó mediante aplicación al dominio <strong>de</strong> hidrología<br />
<strong>de</strong>sarrollando un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ríos <strong>de</strong> cuencas españolas. La versión <strong>de</strong>sarrollada <strong>de</strong> MSB operó <strong>de</strong> forma<br />
experimental con el fin <strong>de</strong> <strong>de</strong>mostrar la vali<strong>de</strong>z <strong>de</strong> la solución propuesta. En la evaluación se manejaron<br />
conjuntos <strong>de</strong> episodios <strong>de</strong> diversas situaciones hidrológicas con medidas cuantitativas correspondientes a<br />
sensores (caudal en secciones <strong>de</strong> río, lluvia, nivel <strong>de</strong> embalses, etc.) y, mediante participación <strong>de</strong> expertos <strong>de</strong>l<br />
dominio hidrológico, se verificó que los resúmenes generados eran correctos y satisfactorios <strong>de</strong> acuerdo con<br />
los objetivos planteados.<br />
5. CONCLUSIONES<br />
La herramienta MSB que se <strong>de</strong>scribe en este artículo aporta una solución para generación <strong>automática</strong> <strong>de</strong><br />
resúmenes multimedia sobre comportamiento <strong>de</strong> un sistema dinámico haciendo uso técnicas <strong>de</strong>l campo <strong>de</strong> la<br />
Inteligencia Artificial. Entre las contribuciones principales <strong>de</strong> MSB se pue<strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar (1) la generalidad <strong>de</strong> la<br />
propuesta para ser aplicada a sistemas dinámicos complejos que pue<strong>de</strong>n enten<strong>de</strong>rse como una estructura <strong>de</strong><br />
componentes con influencias causales, (2) el menor coste <strong>de</strong> construcción <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l sistema en comparación<br />
con otras soluciones existentes en el campo <strong>de</strong> la Inteligencia Artificial para generar explicaciones <strong>de</strong>l<br />
comportamiento <strong>de</strong> sistemas dinámicos, (3) la posibilidad <strong>de</strong> generar resúmenes que se presentan en formato<br />
multimedia (texto, gráficos y animaciones sobre escenarios 3D).<br />
Las ventajas <strong>de</strong> la solución aportada por MSB hacen que sea apropiada para ser utilizada en contextos<br />
WWW para resumir gran<strong>de</strong>s volúmenes <strong>de</strong> información cuantitativa sobre sistemas complejos así como para<br />
una mejor difusión <strong>de</strong> la información a un mayor número <strong>de</strong> usuarios. Por sus características, la herramienta<br />
MSB pue<strong>de</strong> ser usada para ayudar en tareas específicas como interpretación <strong>de</strong> datos <strong>de</strong> sensores, alerta temprana<br />
y seguimiento <strong>de</strong> la evolución <strong>de</strong>l comportamiento <strong>de</strong> sistemas en situaciones <strong>de</strong> emergencia, entrenamiento<br />
<strong>de</strong> equipos humanos responsables <strong>de</strong> la gestión <strong>de</strong> sistemas complejos, divulgación <strong>de</strong> información a<br />
diferentes <strong>de</strong>stinatarios haciendo uso <strong>de</strong> lenguajes adaptados a cada tipo <strong>de</strong> usuario y análisis <strong>de</strong> resultados<br />
<strong>de</strong> simuladores <strong>de</strong> sistemas complejos para ser utilizados en toma <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiones.<br />
La versión actual <strong>de</strong> la herramienta MSB es una versión experimental que ha servido para verificar la<br />
a<strong>de</strong>cuación y utilidad la solución propuesta sobre dominios complejos (tal como es el dominio hidrológico).<br />
Como consecuencia <strong>de</strong>l resultado satisfactorio <strong>de</strong> la evaluación <strong>de</strong> la herramienta, las activida<strong>de</strong>s en este<br />
campo en el propio grupo <strong>de</strong> investigación se orientan al <strong>de</strong>sarrollo e instalación futura <strong>de</strong> la herramienta en<br />
un contexto WWW para interpretación y divulgación <strong>de</strong> información en el área medioambiental.<br />
AGRADECIMIENTOS<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
El trabajo <strong>de</strong>scrito en este artículo se realizó con financiación <strong>de</strong>l Ministerio <strong>de</strong> Educación y Ciencia <strong>de</strong> España,<br />
como parte <strong>de</strong>l proyecto EVIRTUAL (REN2003-09021-C03-02), con participación <strong>de</strong> la Dirección<br />
General <strong>de</strong>l Agua <strong>de</strong>l Ministerio <strong>de</strong> Medio Ambiente <strong>de</strong> España, quien suministró información relacionada al<br />
dominio hidrológico. En este proyecto participaron también como equipos investigadores el Departamento<br />
<strong>de</strong> Ingeniería Civil: Hidráulica y Energética <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> Politécnica <strong>de</strong> Madrid y el Centro <strong>de</strong> Estudios<br />
y Experimentación <strong>de</strong> Obras Públicas (CEDEX).<br />
89
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
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90
DISEÑO DE UNA HERRAMIENTA PARA EL<br />
DESARROLLO DE APLICACIONES WEB BASADAS EN<br />
STRUTS<br />
A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> Bianchini, Ricardo Blanch, Maruja Ortega, Ascán<strong>de</strong>r Suárez<br />
Dpto. <strong>de</strong> Computación y Tecnología <strong>de</strong> la Información<br />
<strong>Universidad</strong> Simón Bolívar - Caracas, Venezuela<br />
{abianc, bricardo, mof, suarez}@ldc.usb.ve<br />
RESUMEN<br />
En este artículo se presenta una herramienta <strong>de</strong> apoyo para el diseño y <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> aplicaciones Web basadas en Struts.<br />
La herramienta se apoya en una metodología que a partir <strong>de</strong> la i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> los casos <strong>de</strong> uso conduce a la <strong>de</strong>scripción<br />
<strong>de</strong>l controlador <strong>de</strong> la aplicación mediante un grafo <strong>de</strong> control <strong>de</strong> flujo <strong>de</strong>nominado grafo Struts. Este se construye a partir<br />
<strong>de</strong> las Vistas y Acciones <strong>de</strong>finidas en Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento que <strong>de</strong>scriben los casos <strong>de</strong> Uso <strong>de</strong> la aplicación. La<br />
herramienta facilita la construcción <strong>de</strong> las JSP y las clases que implementan las Vistas y Acciones, genera a partir <strong>de</strong>l<br />
grafo Struts el servlet correspondiente al controlador <strong>de</strong> la aplicación y provee facilida<strong>de</strong>s para la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> datos<br />
vivos y datos persistentes. Adicionalmente, la herramienta genera productos que forman parte <strong>de</strong> la documentación <strong>de</strong> la<br />
aplicación.<br />
PALABRAS CLAVE<br />
Ambientes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo Web, MVC, Struts.<br />
1. INTRODUCCIÓN<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
El diseño <strong>de</strong> aplicaciones Web es una tarea compleja que requiere <strong>de</strong> la integración <strong>de</strong> diferentes métodos y<br />
técnicas, e involucra una gran variedad <strong>de</strong> tecnologías. En el caso <strong>de</strong> aplicaciones basadas en Java esto<br />
incluye HTML, JSP, JavaScript, XML, Enterprise JavaBeans, Java Database Connectivity (JDBC), entre<br />
otras. Algunas <strong>de</strong> estas tecnologías son utilizadas para manejar elementos <strong>de</strong> presentación y otras para<br />
resolver lo relacionado con la funcionalidad <strong>de</strong> la aplicación. Ambos aspectos requieren <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s<br />
bastante diferentes <strong>de</strong> parte <strong>de</strong>l <strong>de</strong>sarrollador, lo que conduce a la necesidad <strong>de</strong> una separación <strong>de</strong> tareas.<br />
Esta separación <strong>de</strong> tareas es una <strong>de</strong> las principales razones por la que el patrón <strong>de</strong> diseño <strong>de</strong> arquitectura<br />
MVC (Mo<strong>de</strong>l – View – Controller) [14], se ha establecido como uno <strong>de</strong> los paradigmas más ampliamente<br />
utilizados para el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> aplicaciones en Internet. Las principales ventajas <strong>de</strong> este patrón son la clara<br />
separación entre las capas <strong>de</strong> presentación y <strong>de</strong> aplicación, lo cual facilita el hacer modificaciones a la<br />
presentación sin afectar la lógica <strong>de</strong>l negocio y viceversa, su adaptabilidad a distintos tipos <strong>de</strong> vistas y<br />
usuarios, y la posibilidad <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo por distintos equipos con diferentes habilida<strong>de</strong>s, reduciendo así costos<br />
y tiempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo.<br />
Entre las distintas implementaciones <strong>de</strong>l patrón MVC, una <strong>de</strong> las más conocidas y difundidas, es el<br />
framework o ambiente <strong>de</strong> trabajo Struts [12], <strong>de</strong>sarrollado sobre la plataforma J2EE [7]. Esta herramienta<br />
aporta una infraestructura para el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> aplicaciones Web que facilita la separación entre la<br />
presentación y la lógica <strong>de</strong> la aplicación, así como la integración entre ambas capas, <strong>de</strong>jando en manos <strong>de</strong>l<br />
programador especializado la implementación <strong>de</strong> la lógica <strong>de</strong>l negocio, almacenamiento y acceso a los datos.<br />
En una aplicación Web basada en Struts, el eje central lo constituye el controlador, siendo este elemento<br />
el encargado <strong>de</strong> recibir las solicitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> los clientes (las Vistas) y <strong>de</strong> distribuirlas a los distintos elementos <strong>de</strong><br />
la aplicación que se encargarán <strong>de</strong> dar respuesta a estas solicitu<strong>de</strong>s (las Acciones). Las Acciones establecen la<br />
conexión con los elementos que implementan la lógica <strong>de</strong>l negocio y el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> datos (el Mo<strong>de</strong>lo),<br />
obteniendo las respuestas que <strong>de</strong>be dar el sistema a los requerimientos <strong>de</strong>l usuario. Una vez obtenida la<br />
respuesta, el controlador <strong>de</strong>termina la Vista mediante la cual se mostrará la respuesta al usuario.<br />
91
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
Los distintos componentes <strong>de</strong>l patrón MVC se implementan en Struts haciendo uso fundamentalmente <strong>de</strong>:<br />
• páginas JSP para implementar las Vistas,<br />
• un servlet <strong>de</strong> control (clase Java que se ejecuta en un servidor Web como capa intermedia entre<br />
una solicitud proveniente <strong>de</strong> un browser u otro cliente HTTP y una aplicación en el servidor<br />
HTTP) que controla la relación entre las Vistas y el Mo<strong>de</strong>lo,<br />
• Action Classes <strong>de</strong> Java que implementan las Acciones o puntos <strong>de</strong> entrada hacia el Mo<strong>de</strong>lo,<br />
• Form Beans, clases particulares <strong>de</strong> Java utilizadas para comunicar los datos entre el Mo<strong>de</strong>lo y<br />
las Vistas.<br />
Para representar el controlador <strong>de</strong> una aplicación, cuando se trabaja con Struts, se propone una<br />
representación gráfica mediante un grafo al estilo <strong>de</strong> los grafos utilizados en MyEclipse© [11]. Este grafo lo<br />
<strong>de</strong>nominamos “grafo Struts”, siguiendo lo propuesto en [1]. En este grafo los nodos correspon<strong>de</strong>n a las Vistas<br />
y a las Acciones, y los arcos representan la comunicación entre estos nodos, y están etiquetados con<br />
componentes <strong>de</strong> datos (formas) que establecen cómo se comunican entre sí las Vistas y las Acciones y qué<br />
tipo <strong>de</strong> información intercambia la aplicación con sus usuarios.<br />
Una vez elaborado el grafo Struts se tiene la información relevante necesaria para completar un archivo<br />
XML <strong>de</strong>nominado struts-config.xml utilizado por Struts para parametrizar el servlet que implementa el<br />
controlador.<br />
Para diseñar una aplicación Web basada en Struts se requiere <strong>de</strong> metodologías que tomen en<br />
consi<strong>de</strong>ración las características propias <strong>de</strong>l diseño para la Web, que se adapten al patrón MVC, y que<br />
aprovechen las facilida<strong>de</strong>s que brinda Struts. La metodología propuesta en [1] se ajusta a los requerimientos<br />
antes <strong>de</strong>scritos.<br />
En este trabajo se presenta el diseño <strong>de</strong> una herramienta, <strong>de</strong>sarrollada con licencia <strong>de</strong> software libre, que<br />
sirve <strong>de</strong> soporte a esta metodología, para obtener el diseño <strong>de</strong> la aplicación, expresado mediante el grafo<br />
Struts, y a partir <strong>de</strong> éste parametrizar el controlador <strong>de</strong> la misma. En otras palabras, esta herramienta está<br />
orientada a facilitar el proceso <strong>de</strong> diseño, previo al <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> la aplicación.<br />
La herramienta se está <strong>de</strong>sarrollando en ambiente web ya que, en un futuro cercano, se prevé la<br />
posibilidad <strong>de</strong> integrarle un ambiente colaborativo, <strong>de</strong> forma que los diseñadores involucrados en un diseño<br />
puedan compartir recursos, <strong>de</strong>finiciones <strong>de</strong> diagramas, formas y otros componentes. La herramienta incluye<br />
a<strong>de</strong>más otras facilida<strong>de</strong>s para apoyar la implementación <strong>de</strong> la aplicación diseñada. Igualmente es posible su<br />
combinación con distintos ambientes <strong>de</strong> trabajo existentes en el mercado, basados en Struts, entre los cuales<br />
po<strong>de</strong>mos mencionar Expresso© [6], Exa<strong>de</strong>l Struts Studio© [2], MyEclipse© [11], MDE© [10] que buscan<br />
facilitar la labor <strong>de</strong>l <strong>de</strong>sarrollador. Éstos, en general, requieren <strong>de</strong> una <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong>l controlador, y facilitan<br />
la implementación <strong>de</strong> las Vistas (páginas) así como las Acciones (clases). La herramienta que se presenta en<br />
este trabajo aporta una facilidad adicional al proveer al <strong>de</strong>sarrollador el apoyo para el diseño <strong>de</strong>l controlador<br />
que refleja la esencia <strong>de</strong> la aplicación basada en Struts.<br />
El resto <strong>de</strong>l artículo está estructurado <strong>de</strong> la siguiente forma: en la sección 2 se <strong>de</strong>scribe brevemente la<br />
metodología, en la sección 3 se <strong>de</strong>scribe la herramienta propuesta y algunos <strong>de</strong>talles <strong>de</strong> la implementación.<br />
Finalmente en la última sección se exponen las conclusiones sobre el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> la herramienta.<br />
2. DESCRIPCIÓN DE LA METODOLOGÍA<br />
La metodología <strong>de</strong>scrita en [1] está orientada al diseño <strong>de</strong> la interacción entre el usuario y el sistema en una<br />
aplicación Web implementada bajo el patrón MVC utilizando Struts. El proceso parte <strong>de</strong> la formulación <strong>de</strong>l<br />
problema planteado y conduce a la <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong> las Vistas que es necesario crear para manejar la<br />
interacción entre los usuarios y la aplicación, a una especificación <strong>de</strong> lo que <strong>de</strong>ben hacer las Acciones y<br />
finalmente a la elaboración <strong>de</strong>l grafo Struts <strong>de</strong> la aplicación. En la Figura 1 se muestran en forma<br />
esquemática los pasos <strong>de</strong> la metodología los cuales se <strong>de</strong>tallan a continuación.<br />
92<br />
Figura 1. Esquema general <strong>de</strong> la metodologia
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
I<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> uso: es similar al <strong>de</strong> otras metodologías, por ejemplo RUP [9] para <strong>de</strong>sarrollo<br />
<strong>de</strong> sistemas y consiste en la i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> los casos <strong>de</strong> uso <strong>de</strong>l sistema, incluyendo para cada caso una<br />
<strong>de</strong>scripción textual, precondición y postcondición.<br />
Elaboración <strong>de</strong> Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento: consiste en la elaboración <strong>de</strong> diagramas que mo<strong>de</strong>lan<br />
la dinámica e interacción <strong>de</strong> los actores (usuario y sistema) para cada Caso <strong>de</strong> Uso. Estos diagramas conjugan<br />
información temporal, cursos alternos, y relaciones entre usuarios y sistema.<br />
Un diagrama <strong>de</strong> comportamiento estará compuesto por:<br />
• nodos Usuario: <strong>de</strong>scriben las acciones que <strong>de</strong>ben ejecutar los usuarios en su interacción con el sistema,<br />
• nodos Sistema: <strong>de</strong>scriben las acciones que <strong>de</strong>be ejecutar el sistema en respuesta a los requerimientos<br />
<strong>de</strong>l usuario,<br />
• flechas que representan comunicaciones entre usuario y sistema.<br />
El diagrama <strong>de</strong> comportamiento constituye un grafo bipartito, con los nodos separados en dos columnas:<br />
Usuario y Sistema. Los cursos alternos estarán reflejados por distintas flechas etiquetadas que parten <strong>de</strong> un<br />
mismo nodo.<br />
Los nodos <strong>de</strong> Usuario se completan luego con “formas”, para agrupar la información que se intercambia<br />
entre el usuario y el sistema.<br />
La <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong> una forma constará <strong>de</strong> un nombre que la i<strong>de</strong>ntifica y <strong>de</strong> una colección <strong>de</strong> campos que<br />
incluyen:<br />
• Campos <strong>de</strong> entrada, don<strong>de</strong> los datos fluyen <strong>de</strong>s<strong>de</strong> las vistas hacia el sistema.<br />
• Campos <strong>de</strong> salida, don<strong>de</strong> los datos fluyen <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el sistema hacia las vistas.<br />
• Campos <strong>de</strong> entrada-salida, don<strong>de</strong> los datos fluyen en ambas direcciones.<br />
• El nombre <strong>de</strong> un nodo Sistema correspondiente a una salida <strong>de</strong> un nodo Usuario.<br />
I<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> Vistas y Acciones: consiste en la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> los elementos <strong>de</strong>l grafo Struts. Los<br />
nodos <strong>de</strong>l grafo son <strong>de</strong> dos tipos: Vistas y Acciones. Las Vistas se obtienen <strong>de</strong> los nodos Usuario y las<br />
Acciones <strong>de</strong> los nodos Sistema, <strong>de</strong>finidos durante la elaboración <strong>de</strong> los diagramas <strong>de</strong> comportamiento. Las<br />
Vistas se construyen como páginas JSP a partir <strong>de</strong> las colecciones <strong>de</strong> formas asociadas a los nodos Usuario.<br />
Los arcos <strong>de</strong>l grafo Struts y sus etiquetas se <strong>de</strong>rivan <strong>de</strong> las flechas <strong>de</strong>l diagrama <strong>de</strong> comportamiento, <strong>de</strong> la<br />
relación entre las Vistas y los nodos Usuario y <strong>de</strong> la relación entre las Acciones y los nodos Sistema. Los<br />
arcos Vista Acción se etiquetan con el i<strong>de</strong>ntificador <strong>de</strong> la forma que contiene los datos que se transmiten a<br />
la Acción.<br />
Elaboración <strong>de</strong>l grafo Struts: se elabora con la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> las Vistas, las Acciones y los arcos entre<br />
ellas. Este grafo contiene la información relevante requerida en Struts para parametrizar el controlador <strong>de</strong> la<br />
aplicación en el archivo struts-config.xml. Igualmente, esta información es utilizada para construir<br />
las páginas JSP que implementan las Vistas, así como la parte esencial <strong>de</strong> las Action Classes que<br />
implementan las Acciones. En la Tabla 1 se muestran <strong>de</strong> forma resumida los pasos propuestos para alcanzar<br />
el diseño <strong>de</strong>l grafo Struts <strong>de</strong> una aplicación.<br />
Tabla 1. Pasos <strong>de</strong> la metodología<br />
Pasos <strong>de</strong> la Metodología<br />
1. I<strong>de</strong>ntificar los Casos <strong>de</strong> Uso <strong>de</strong>l sistema, incluyendo en cada caso una <strong>de</strong>scripción textual, precondición y postcondición <strong>de</strong><br />
cada uno.<br />
2. Elaborar los Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento asociados a cada Caso <strong>de</strong> Uso <strong>de</strong>l sistema.<br />
3. Para cada Diagrama <strong>de</strong> Comportamiento:<br />
3.1. Definir las Formas asociadas a los nodos Usuario <strong>de</strong>l Diagrama <strong>de</strong> Comportamiento. Incluir salidas.<br />
3.2. Combinar las formas obtenidas en 3.1 para producir formar compuestas, integrando incluso formas <strong>de</strong> nodos Usuario <strong>de</strong><br />
diagramas correspondientes a diferentes Casos <strong>de</strong> Uso.<br />
4. Definir los nodos Vista <strong>de</strong>l grafo Struts a partir <strong>de</strong> las formas resultantes <strong>de</strong>l paso 3.2.<br />
5. Definir los nodos Acción a partir <strong>de</strong> los nodos Sistema <strong>de</strong>l Diagrama <strong>de</strong> Comportamiento, integrando posiblemente, acciones<br />
asociadas a nodos <strong>de</strong> Sistema <strong>de</strong> Diagramas correspondientes a diferentes Casos <strong>de</strong> Uso. Agregar las salidas <strong>de</strong> los casos <strong>de</strong><br />
falla.<br />
6. Definir los arcos <strong>de</strong>l grafo Struts en base a las flechas <strong>de</strong>l Diagrama <strong>de</strong> Comportamiento, las relaciones entre las vistas y los<br />
nodos <strong>de</strong> Usuario y entre las acciones y los nodos <strong>de</strong> Sistema.<br />
7. Elaborar el grafo Struts <strong>de</strong> la aplicación en función <strong>de</strong> las Vistas, las Acciones y los arcos <strong>de</strong>finidos en los pasos 4, 5 y 6.<br />
93
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
3. DESCRIPCIÓN DE LA HERRAMIENTA<br />
3.1 Diseño <strong>de</strong> la Herramienta<br />
La herramienta que se presenta en este trabajo tiene como finalidad apoyar el diseño e implementación <strong>de</strong><br />
aplicaciones Web en ambiente Struts. Esta herramienta se diseñó siguiendo la metodología [1] <strong>de</strong>scrita en la<br />
sección 2, y a su vez se está <strong>de</strong>sarrollando en ambiente Web basado en Struts y haciendo uso <strong>de</strong> otras<br />
tecnologías como Hibernate© [5] para el manejo <strong>de</strong> la persistencia <strong>de</strong> datos y SVG [13] para la visualización<br />
<strong>de</strong> los diagramas requeridos en la aplicación.<br />
La primera versión, disponible a partir <strong>de</strong> julio 2007, correspon<strong>de</strong> al diseño <strong>de</strong> las funcionalida<strong>de</strong>s básicas<br />
y contiene lo necesario para: crear diseños, dividirlos en casos <strong>de</strong> uso y asociarles Diagramas <strong>de</strong><br />
Comportamiento con sus respectivos nodos usuario y sistema a cada uno <strong>de</strong> ellos, diseñar la representación<br />
persistente <strong>de</strong> los datos a utilizar, así como los datos por sesión y los datos vivos <strong>de</strong> la aplicación, asociar a<br />
cada nodo sistema la colección <strong>de</strong> datos que tiene a su disposición para cumplir con su cometido, asociar a<br />
cada nodo usuario Vistas y objetos <strong>de</strong> acceso <strong>de</strong> datos para comunicar la información entre la aplicación y<br />
sus usuarios al momento <strong>de</strong> la ejecución (ver Tabla 2).<br />
Tabla 2. Funcionalida<strong>de</strong>s básicas y complementarias<br />
Funcionalida<strong>de</strong>s básicas Funcionalida<strong>de</strong>s complementarias<br />
1. Crear y editar nuevo diseño: <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong>l problema<br />
1. Diseñar estructuras <strong>de</strong> datos persistentes lo<br />
2. Crear, editar y listar casos <strong>de</strong> uso: <strong>de</strong>sglose <strong>de</strong>l problema en casos <strong>de</strong> uso cual permite completar información entre un<br />
3. Definir Diagrama <strong>de</strong> Comportamiento: En este proceso se <strong>de</strong>stacan las<br />
nodo Sistema (Acciones) incluyendo<br />
siguientes tareas:<br />
operaciones <strong>de</strong> lectura/escritura para<br />
• Crear y Editar Nodos Usuario<br />
interactuar con el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> datos.<br />
• Crear y Editar Nodos Sistema<br />
2. Diseñar versiones más elaboradas <strong>de</strong> las<br />
• Crear y Editar conexiones entre nodos (salidas)<br />
Vistas y más facilida<strong>de</strong>s para completar el<br />
Se produce el esqueleto <strong>de</strong> la aplicación con todos los elementos, a<br />
cuerpo (código) <strong>de</strong> las Acciones.<br />
excepción <strong>de</strong> los form beans.<br />
3. Crear, modificar y eliminar variables <strong>de</strong><br />
4. Crear Formas (<strong>de</strong>finir Vistas <strong>de</strong>l grafo Struts y form beans)<br />
sesión.<br />
5. Completar el archivo struts-config.xml.<br />
4. Crear, modificar y eliminar entida<strong>de</strong>s e<br />
6. Generar el esqueleto <strong>de</strong> las acciones.<br />
interrelaciones en el Mo<strong>de</strong>lo.<br />
Como resultado <strong>de</strong>l diseño se produce el esqueleto <strong>de</strong> una aplicación Web que contiene el archivo <strong>de</strong><br />
configuración Struts, las vistas JSP, los objetos <strong>de</strong> acceso <strong>de</strong> datos, la representación <strong>de</strong> datos persistentes en<br />
Hibernate [5] para crear la base <strong>de</strong> datos y acce<strong>de</strong>r a ellos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> las acciones, los esqueletos <strong>de</strong> las acciones<br />
incluyendo el inicio y cierre <strong>de</strong> la sesión <strong>de</strong> acceso a los datos persistentes. La herramienta propuesta soporta<br />
cada uno <strong>de</strong> los pasos <strong>de</strong> la metodología para el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> una aplicación.<br />
3.2 Estado Actual <strong>de</strong> la Herramienta<br />
En esta sección se <strong>de</strong>tallan las principales características y aspectos funcionales <strong>de</strong> la herramienta, y se<br />
ilustran con algunas Vistas <strong>de</strong>l prototipo que se encuentra en <strong>de</strong>sarrollo.<br />
3.2.1 Creación <strong>de</strong> Diseños y Casos <strong>de</strong> Uso<br />
Al crearse un diseño se pue<strong>de</strong> incluir información general que se utilizará para la documentación <strong>de</strong> la<br />
aplicación e iniciar el <strong>de</strong>sglose <strong>de</strong> ésta en casos <strong>de</strong> uso. Una vez listados los casos <strong>de</strong> uso, se pue<strong>de</strong> pasar a<br />
diseñar en <strong>de</strong>talle cada uno <strong>de</strong> ellos, o editar cualquiera <strong>de</strong> los ya creados (Figura 2).<br />
3.2.2 Creación <strong>de</strong> Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento<br />
Un Diagrama <strong>de</strong> Comportamiento está asociado a un Caso <strong>de</strong> Uso. El diseño <strong>de</strong> un Diagrama <strong>de</strong><br />
Comportamiento compren<strong>de</strong> la <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong>tallada <strong>de</strong> la interacción entre el usuario y la aplicación<br />
mediante la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> nodos Usuario, los nodos Sistemas y los arcos entre ellos.<br />
Los Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento pue<strong>de</strong>n conectar nodos <strong>de</strong> diferentes casos <strong>de</strong> uso. Si bien la división<br />
en casos <strong>de</strong> uso no es estrictamente necesaria y un diseño podría realizarse con un solo caso <strong>de</strong> uso con un<br />
gran diagrama, resulta mucho más claro y práctico al momento <strong>de</strong> la implementación disponer <strong>de</strong> la<br />
estructuración lógica brindada por la división <strong>de</strong>l diseño en casos <strong>de</strong> uso específicos (Figura 3).<br />
94
Figura 2. Creación <strong>de</strong> Caso <strong>de</strong> Uso y Lista <strong>de</strong> Casos <strong>de</strong> Uso<br />
Figura 3. Diagrama <strong>de</strong> Comportamiento<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
Especificación <strong>de</strong> nodos Usuario<br />
Al <strong>de</strong>tallar el diseño <strong>de</strong> los diagramas <strong>de</strong> comportamiento, se incluye la información correspondiente a los<br />
datos que la aplicación envía al usuario así como <strong>de</strong> la estructura <strong>de</strong> la información que los usuarios pue<strong>de</strong>n<br />
aportar a la aplicación.<br />
La información que la aplicación envía al usuario se especifica mediante objetos <strong>de</strong> acceso <strong>de</strong> datos. Para<br />
especificar la estructura <strong>de</strong> la información que la aplicación solicita <strong>de</strong>l usuario se utilizan formas. La<br />
herramienta dispone <strong>de</strong> mecanismos para crear estas formas en los nodos Usuario y especificar los campos<br />
que las componen. Con esta información se crea el código JSP <strong>de</strong> la Vista y el objeto <strong>de</strong> acceso <strong>de</strong> datos que<br />
permitirá utilizar en un nodo Sistema la información recopilada en la Vista. A<strong>de</strong>más <strong>de</strong> la forma, en la<br />
<strong>de</strong>finición <strong>de</strong>l nodo Usuario se incluye su nombre y datos para la documentación (Figura 4).<br />
Especificación <strong>de</strong> nodos Sistema<br />
En los nodos Sistema se realizan las Acciones <strong>de</strong> la aplicación. Para ello se dispone <strong>de</strong> datos vivos y<br />
persistentes, así como <strong>de</strong> los datos que pue<strong>de</strong>n provenir <strong>de</strong> un nodo Usuario prece<strong>de</strong>nte en el grafo. En el<br />
caso <strong>de</strong> los datos persistentes, en cada nodo Sistema se indica si los datos utilizados serán modificados o no.<br />
Como resultado <strong>de</strong> la Acción <strong>de</strong>l nodo Sistema, pue<strong>de</strong>n haberse realizado cambios en los datos o pue<strong>de</strong><br />
haberse generado una condición <strong>de</strong> error.<br />
95
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
Figura 4. Elaboración <strong>de</strong> Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento – (Nodo Usuario – Vista – Formas)<br />
En el diseño <strong>de</strong> la aplicación, a cada nodo Sistema se le pue<strong>de</strong> especificar los datos a los que tiene acceso<br />
y pares <strong>de</strong> salidas posibles con las estructuras <strong>de</strong> datos asociadas. Otra información requerida para <strong>de</strong>finir un<br />
nodo Sistema incluye el nombre <strong>de</strong>l nodo, datos para la documentación, precondiciones y postcondiciones<br />
por salida (Figura 5).<br />
Elaboración <strong>de</strong><br />
Diagramas <strong>de</strong><br />
Comportamiento<br />
En la herramienta<br />
Paso 5 <strong>de</strong> la metodología<br />
Figura 5 - Elaboración <strong>de</strong> Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento - (Creación Nodo Sistema - Acción)<br />
Figura 5. Elaboración <strong>de</strong> Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento – (Creación Nodo Sistema - Acción)<br />
Es posible incluir el código en Java <strong>de</strong> la Acción asociada al nodo Sistema, pero en la versión inicial <strong>de</strong> la<br />
herramienta, éste es simplemente guardado como un campo <strong>de</strong> texto para su posterior inclusión en el código<br />
generado a partir <strong>de</strong>l diseño.<br />
Conexiones<br />
Para establecer las conexiones (arcos) <strong>de</strong>l diagrama <strong>de</strong> comportamiento se <strong>de</strong>be indicar en cada nodo<br />
(Usuario y/o Sistema) correspondiente al extremo inicial <strong>de</strong> un arco, los respectivos nodos terminales,<br />
96
conjuntamente con la información requerida en cada caso. En las conexiones entre distintos casos <strong>de</strong> uso se<br />
<strong>de</strong>be especificar el caso al que pertenece el nodo terminal.<br />
3.2.3 Sobre los Datos Vivos<br />
Si bien el protocolo HTTP es un protocolo "sin estado" y cada solicitud enviada por un navegador es<br />
in<strong>de</strong>pendiente <strong>de</strong> la anterior, el mecanismo <strong>de</strong> "cookies" permite respon<strong>de</strong>r a una solicitud en el contexto <strong>de</strong><br />
la solicitud anterior enviada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el mismo navegador. Para que la aplicación Web mantenga este contexto,<br />
se utilizan datos <strong>de</strong> sesión, que se mantienen mientras dure cada interacción <strong>de</strong> un usuario con la aplicación.<br />
A nivel <strong>de</strong>l diseño se pue<strong>de</strong> especificar, bajo la forma <strong>de</strong> listas <strong>de</strong> pares (nombre, clase asociada), las<br />
estructuras <strong>de</strong> datos que se mantienen durante una sesión con el usuario. Estas estructuras son creadas y<br />
utilizadas para cada diálogo que se establezca entre un usuario y la aplicación, y no trascien<strong>de</strong>n entre<br />
diferentes ejecuciones <strong>de</strong> la aplicación.<br />
Igualmente, es posible mantener estructuras <strong>de</strong> datos compartidos entre las diferentes sesiones <strong>de</strong> la<br />
aplicación que se mantienen en paralelo mediante el uso <strong>de</strong> estructuras <strong>de</strong> datos especificadas a nivel <strong>de</strong>l<br />
diseño como listas <strong>de</strong> pares (nombre, clase asociada), llamadas datos <strong>de</strong> aplicación.<br />
Los datos <strong>de</strong> sesión y <strong>de</strong> aplicación son "conceptualmente" mantenidos en la memoria viva <strong>de</strong> la<br />
aplicación, mientras ella se ejecute, y pue<strong>de</strong>n ser utilizados a conveniencia en los casos <strong>de</strong> uso.<br />
3.2.4 Sobre los Datos Persistentes<br />
En algunos casos, una aplicación Web se diseña como fachada <strong>de</strong> una aplicación existente. En ese caso,<br />
normalmente se interactúa con ella mediante una librería con las operaciones disponibles. En otros casos, la<br />
aplicación Web es también la aplicación completa, por lo que necesita <strong>de</strong>l uso y almacenamiento <strong>de</strong> datos<br />
persistentes, es <strong>de</strong>cir, <strong>de</strong> datos que son almacenados en una base <strong>de</strong> datos, y se mantienen <strong>de</strong> forma<br />
perdurable en el tiempo, para ser consultados y actualizados por la aplicación.<br />
A nivel <strong>de</strong> diseño, se pue<strong>de</strong> especificar el conjunto <strong>de</strong> colecciones <strong>de</strong> datos persistentes <strong>de</strong> la aplicación,<br />
<strong>de</strong> manera <strong>de</strong> ser utilizados en los casos <strong>de</strong> uso bajo el esquema <strong>de</strong> acceso propuesto por la herramienta<br />
Hibernate.<br />
La versión <strong>de</strong> base <strong>de</strong> la herramienta que se propone, permite <strong>de</strong>finir colecciones <strong>de</strong> datos bajo la forma<br />
<strong>de</strong> clases persistentes, asociarles una colección <strong>de</strong> campos y <strong>de</strong>finir su correspon<strong>de</strong>ncia con componentes <strong>de</strong><br />
una base <strong>de</strong> datos. Igualmente permite establecer tipos <strong>de</strong> relaciones uno-a-muchos y muchos-a-muchos entre<br />
colecciones. Otras combinaciones <strong>de</strong> representación <strong>de</strong> datos no están disponibles en esta versión <strong>de</strong> la<br />
herramienta.<br />
3.2.5 Generación <strong>de</strong> la Aplicación Prototipo<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
El diseño <strong>de</strong> los diagramas <strong>de</strong> comportamiento conduce a la generación <strong>de</strong>l archivo <strong>de</strong> configuración <strong>de</strong><br />
Struts (struts-config.xml) <strong>de</strong> la aplicación, incorporando los arcos <strong>de</strong> los diagramas <strong>de</strong><br />
comportamiento -<strong>de</strong> los casos <strong>de</strong> uso- y las formas <strong>de</strong> los nodos Usuario.<br />
El diseño <strong>de</strong> la estructura <strong>de</strong> datos persistente conlleva la generación <strong>de</strong> los archivos <strong>de</strong> configuración<br />
para que Hibernate [5] sirva <strong>de</strong> mediador con la base <strong>de</strong> datos en don<strong>de</strong> se almacenarán los datos persistentes<br />
y la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> operaciones para establecer conexiones y realizar transacciones con la base <strong>de</strong> datos.<br />
Del diseño <strong>de</strong> los nodos Usuario se generan archivos JSP con las formas correspondientes que<br />
implementan las Vistas <strong>de</strong> la aplicación. De los nodos Sistema se generan Acciones que contienen el acceso a<br />
los datos vivos, a los datos que provienen <strong>de</strong> un nodo Usuario, una conexión a la base <strong>de</strong> datos y el bloque <strong>de</strong><br />
transacción <strong>de</strong> base <strong>de</strong> datos cuando se ha indicado que habrá datos persistentes que pue<strong>de</strong>n ser modificados.<br />
En caso <strong>de</strong> haberse incluido el código Java <strong>de</strong> la Acción, éste se agrega al archivo <strong>de</strong> la Acción<br />
correspondiente.<br />
A todo esto se agregan los componentes necesarios en una aplicación Web, que incluyen entre otros, las<br />
librerías utilizadas, el archivo <strong>de</strong> configuración <strong>de</strong> la aplicación Web (web.xml) y los <strong>de</strong>scriptores <strong>de</strong> las<br />
librerías <strong>de</strong> marcas <strong>de</strong> Struts.<br />
97
ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
4. CONCLUSIONES<br />
La herramienta presentada constituye un aporte para el área <strong>de</strong> Ingeniería Web [8] al proveer mediante una<br />
interfaz gráfica y sencilla un soporte metodológico para el diseño <strong>de</strong> una aplicación en ambiente web.<br />
A<strong>de</strong>más, apoya la construcción <strong>de</strong> la aplicación basándose en los resultados <strong>de</strong>l diseño, tales como los<br />
diagramas <strong>de</strong> comportamiento, la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> las formas, <strong>de</strong> las Vistas y Acciones y el grafo Struts, que<br />
representa el controlador, a partir <strong>de</strong> los cuales se implementan los componentes <strong>de</strong> la aplicación. Si bien en<br />
el mercado existen productos comerciales que a partir <strong>de</strong> un diseño facilitan el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> aplicaciones<br />
web, la herramienta propuesta, escrita bajo licencia GNU-GPL[4], cubre la etapa <strong>de</strong> diseño y facilita el<br />
<strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> prototipos <strong>de</strong> aplicaciones web.<br />
Adicionalmente la herramienta genera productos que forman parte <strong>de</strong> la documentación <strong>de</strong> la aplicación,<br />
tales como la <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong>tallada <strong>de</strong> los casos <strong>de</strong> uso (Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento), <strong>de</strong>scripción<br />
<strong>de</strong>tallada <strong>de</strong> las formas, especificaciones <strong>de</strong> las Acciones y el grafo Struts. Todos estos productos pue<strong>de</strong>n<br />
también ser consultados a través <strong>de</strong> la herramienta. Incluye a<strong>de</strong>más un repositorio <strong>de</strong> diseños. La herramienta<br />
no da soporte directo para integrar a AJAX [3] en las Vistas, sin embargo es posible diseñar con los<br />
Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento llamadas a realizar a través <strong>de</strong> AJAX .<br />
Entre las características que se irán incorporando a la herramienta se prevé la posibilidad <strong>de</strong> integrarle un<br />
ambiente colaborativo, <strong>de</strong> forma que los diseñadores involucrados en un diseño puedan compartir recursos,<br />
<strong>de</strong>finiciones <strong>de</strong> diagramas, formas y otros componentes. Igualmente se contempla la posibilidad <strong>de</strong> diseñar<br />
nuevas funcionalida<strong>de</strong>s a una aplicación web existente a partir <strong>de</strong> sus archivos <strong>de</strong> configuración.<br />
El <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> la herramienta se llevó a cabo utilizando la misma metodología que esta apoya, y se está<br />
implementando en J2EE, utilizando Struts, Hibernate, SVG y próximamente se utilizará AJAX.<br />
Un prototipo <strong>de</strong> la herramienta que obtenerse en http://gacela.labf.usb.ve/WebAppsWiki.<br />
RECONOCIMIENTO<br />
Este proyecto contó con el apoyo financiero <strong>de</strong>l Decanato <strong>de</strong> Investigación y Desarrollo <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong><br />
Simón Bolívar, DID-USB (Proy.IC-CAI-004-06). http://www.did.usb.ve Septiembre 2006/Septiembre 2007.<br />
REFERENCIAS<br />
Bianchini, A., Ortega, M., Suárez, A.: “Una Metodología <strong>de</strong> Diseño <strong>de</strong> Aplicaciones Web bajo el Patrón MVC”. Jornadas<br />
Chilenas <strong>de</strong> Computación - 2005. XIII Encuentro Chileno <strong>de</strong> Computación 2005. Valdivia, Chile, Noviembre 2005.<br />
Exa<strong>de</strong>l, Inc. “Exa<strong>de</strong>l Struts Studio”. http://www.exa<strong>de</strong>l.com/products_strutsstudio_professional.htm último acceso:<br />
03/2007.<br />
Garret, J. J. : “Ajax: A New Approach to Web Applications”.<br />
http://adaptivepath.com/publications/essays/archives/000385.php Último acceso: 03/2007.<br />
GNU General Public License. http://www.gnu.org/copyleft/gpl.html<br />
Hibernate: Relational Persistence for Java and .NET. http://www.hibernate.org/ Último acceso: 04/2007.<br />
Jcorporate Ltd. “Expresso Framework Project”. http://www.jcorporate.com/expresso.html Último acceso: 02/2007.<br />
J2EE: “Java 2 Platform, Enterprise Edition”. http://java.sun.com/j2ee/in<strong>de</strong>x.jsp Ultimo acceso: 04/2006<br />
Kappel, G., Próll, B., Reich, S., Retschitzegger, W.: “Web Engineering The Discipline of Systematic Development of<br />
Web Applications”. John Willey and Sons, 2006.<br />
Kruchten, P. :” The Rational Unified Process: An Introduction (2nd Edition). Addison-Wesley Professional, 2000.<br />
MDE for Struts. http://www.eclipse-plugins.info/eclipse/plugin_<strong>de</strong>tails.jsp?id=310 Último acceso: 04/2007.<br />
MyEclipse J2EE IDE – http://www.myeclipsei<strong>de</strong>.com/ Último acceso: 02/2007<br />
Struts Apache org: “The Apache Struts Web Application Framework”. http://struts.apache.org<br />
SVG: Scalable Vector Graphics (SVG). http://www.w3.org/Graphics/SVG/ Último acceso: 03/2007.<br />
Singh I., Stearns, B., Johnson, M., and the Enterprise Team: “Designing Enterprise Applications with the J2EE<br />
Platform”. http://java.sun.com/blueprints/gui<strong>de</strong>lines/<strong>de</strong>signing_enterprise_applications_2e/web-tier/web-tier.html<br />
98
UM MODELO ONTOLÓGICO PARA O CONTEXTO<br />
TURÍSTICO<br />
Salvador Lima 1<br />
Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologia e Gestão, Instituto Politécnico <strong>de</strong> Viana do Castelo<br />
Avenida do Atlântico, 4900-348 VIANA DO CASTELO<br />
salvador@estg.ipvc.pt<br />
José Moreira<br />
IEETA / Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Aveiro<br />
Campus Universitário <strong>de</strong> Santiago, 3810-193 AVEIRO<br />
jose.moreira@ua.pt<br />
RESUMO<br />
Os itinerários turísticos, como portfolio <strong>de</strong> objectos turísticos e <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>s, promovem a procura turística em<br />
resposta às necessida<strong>de</strong>s e motivações dos novos turistas da emergente socieda<strong>de</strong> “mosaico”. A web semântica é uma<br />
tecnologia emergente <strong>de</strong> múltiplas possibilida<strong>de</strong>s para melhorar a pesquisa <strong>de</strong> informação e que po<strong>de</strong> dar um importante<br />
contributo para a construção, o planeamento e a gestão <strong>de</strong> itinerários turísticos.<br />
Este artigo apresenta um mo<strong>de</strong>lo semântico para a representação <strong>de</strong> objectos turísticos baseado em três domínios<br />
complementares (temático, temporal e espacial) recorrendo à linguagem padronizada OWL. É dada especial atenção à<br />
formalização dos processos para a representação <strong>de</strong> conhecimento temporal e espacial, tendo em vista facilitar a<br />
interoperabilida<strong>de</strong> entre agentes <strong>de</strong> software e aplicação posterior <strong>de</strong> processos automáticos para auxiliar a construção <strong>de</strong><br />
itinerários turísticos.<br />
PALAVRAS-CHAVE<br />
web semântica, turismo, ontologias, informação temporal, informação espacial.<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
Portugal como <strong>de</strong>stino turístico é caracterizado por um espaço territorial pequeno, dispondo, todavia, <strong>de</strong><br />
conteúdo histórico-cultural, paisagístico, climático e humano muito diversificado. Os responsáveis<br />
governamentais apostam no turismo como importante sector estratégico para o País, explorando a diversida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> condições favoráveis (clima, recursos culturais e naturais, entre outros atributos qualitativos), no sentido<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver produtos competitivos como sejam os itinerários turísticos (PENT, 2007, pp. 44-45, 62-63).<br />
No presente século, estamos a assistir a um novo processo <strong>de</strong> evolução social, cultural, económico e político<br />
a uma escala mais globalizante em que emergirão indivíduos que <strong>de</strong>sempenharão diversos papéis nos seus<br />
percursos <strong>de</strong> vida e em momentos diferentes que reflectirão no sistema turístico, dando origem a novas<br />
tipologias <strong>de</strong> turistas (SaeR, 2005, pp. 577-594).<br />
Este artigo apresenta uma contribuição para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> aplicações da web semântica orientada<br />
para a construção, o planeamento e a gestão <strong>de</strong> itinerários turísticos, aten<strong>de</strong>ndo à nova vaga <strong>de</strong> turistas mais<br />
exigentes, reivindicativos e evoluídos culturalmente. É proposto um mo<strong>de</strong>lo semântico <strong>de</strong> informação<br />
turística baseado em três dimensões: “o quê” (v.g. conteúdos museológicos dos museus, pratos típicos das<br />
populações não urbanas ou religiosida<strong>de</strong> das festivida<strong>de</strong>s), “quando” (v.g. horários <strong>de</strong> abertura dos museus e<br />
datas da realização <strong>de</strong> eventos ou festejos) e “on<strong>de</strong>” (v.g. localização dos sítios on<strong>de</strong> se realizam festivida<strong>de</strong>s<br />
religiosas ou localização das praias com ban<strong>de</strong>ira azul). Este mo<strong>de</strong>lo preten<strong>de</strong> assegurar um vocabulário<br />
comum e com uma semântica bem <strong>de</strong>finida para a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> objectos turísticos, <strong>de</strong> forma a permitir aos<br />
1 Trabalho <strong>de</strong>senvolvido no âmbito da medida 5 / acção 5.3 do PRODEP.<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
99
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agentes <strong>de</strong> software utilizar as informações disponíveis na web <strong>de</strong> forma mais eficiente do que os sistemas <strong>de</strong><br />
busca actuais.<br />
Este artigo está organizado da seguinte forma. A secção 2 faz uma contextualização do trabalho,<br />
apresentando um exemplo <strong>de</strong> aplicação da web semântica no contexto turístico. A secção 3 apresenta o<br />
mo<strong>de</strong>lo semântico para o turismo e os principais fundamentos que estiveram na base da construção das<br />
ontologias propostas. A secção 4 apresenta uma breve discussão sobre as principais contribuições <strong>de</strong>ste<br />
trabalho relativamente a outros trabalhos relacionados. Finalmente, a secção 5 apresenta as conclusões do<br />
trabalho.<br />
2. TURISMO NO CONTEXTO DA WEB SEMÂNTICA<br />
Sendo a web semântica uma das áreas emergentes que procura, segundo Tim Berners-Lee, James Hendler e<br />
Ora Lassila (Berners-Lee, Hendler and Lassila, 2001) e Nigel Shadbolt, Tim Berners-Lee e Wendy Hall<br />
(Shadbolt, Berners-Lee and Hall, 2006), tornar a web mais usável, interoperável e consistente, como extensão<br />
da web sintáctica (actual), em que a informação é disponibilizada associada a <strong>metadados</strong> que explicitam a sua<br />
semântica promovendo a interoperabilida<strong>de</strong> entre agentes <strong>de</strong> software (machine-to-machine interoperability)<br />
sem, contudo, repercutir negativamente na facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exploração e utilização por agentes humanos<br />
(human-to-human cooperation). Actualmente, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar a web sintáctica como englobando um<br />
enorme inventário <strong>de</strong> objectos turísticos (praias, habitats naturais, potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fruição e lazer,<br />
festivida<strong>de</strong>s, artesanato, museus, entre outros) distribuídos por todo espaço que constitui a Web, sem<br />
qualquer forma <strong>de</strong> organização. Alguns objectos turísticos são mais facilmente acessíveis pelos motores <strong>de</strong><br />
busca convencionais (camada superficial da Web, <strong>de</strong>signada por surface web (Bergman, 2001) ou, ainda,<br />
in<strong>de</strong>xable web (Baeza-Yates, 2004)) enquanto que outros existirão armazenados em bases <strong>de</strong> dados e serão<br />
<strong>de</strong> acesso mais limitado <strong>de</strong>vido à dificulda<strong>de</strong> em in<strong>de</strong>xá-los (camada <strong>de</strong>ep web (Bergman, 2001) ou hid<strong>de</strong>n<br />
web (Baeza-Yates, 2004)). Quando procuramos, através dos motores <strong>de</strong> pesquisa, os nossos objectos<br />
turísticos predilectos, temos <strong>de</strong> usar a nossa estratégia humana para analisar e interpretar os documentos-web<br />
(web-pages), iteração a iteração, com vista a <strong>de</strong>scobrir, a extrair e a classificar os documentos-web mais<br />
relevantes sobre os objectos turísticos <strong>de</strong>sejados. Neste caso, as informações sobre os objectos turísticos estão<br />
escondidos nos referidos documentos-web, sendo os conteúdos estruturados por mecanismos <strong>de</strong> formatação e<br />
<strong>de</strong> visualização no formato HTML. Imaginemos o seguinte documento-web em HTML (Figura 1):<br />
Figura 1. Descrição sintáctica <strong>de</strong> uma página (HTML)<br />
O browser apresentará o texto com as especialida<strong>de</strong>s do restaurante em negrito, “Bacalhau à Margarida<br />
da Praça” e “Bacalhau à Sogra”, que é totalmente ina<strong>de</strong>quado para os agentes <strong>de</strong> software, uma vez que não<br />
existem informações adicionais capazes <strong>de</strong> ajudá-los a interpretar o sentido do texto ou das especialida<strong>de</strong>s em<br />
negrito; só, os agentes humanos dispõem da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ler e interpretar o conteúdo do documento-web.<br />
No cenário da web semântica, teremos um inventário estruturado <strong>de</strong> objectos turísticos em que cada<br />
objecto turístico está organizado <strong>de</strong> acordo com o seu enquadramento temático (museu, restaurante, romaria,<br />
praia, artesanato, entre outros temas), a sua <strong>de</strong>scritibilida<strong>de</strong> (características particulares dos objectos<br />
turísticos, por exemplo, para o restaurante temos o tipo <strong>de</strong> cozinha, as especialida<strong>de</strong>s gastronómicas, as<br />
facilida<strong>de</strong>s disponíveis para os turistas incapacitantes), a sua espacialida<strong>de</strong> (a localização geográfica do<br />
objecto turístico, a tipologia do lugar, entre outros aspectos relacionados com o espaço), a sua temporalida<strong>de</strong><br />
(horários <strong>de</strong> funcionamento, os dias da semana em que os serviços estão encerrados, entre outros aspectos<br />
temporais) e outros elementos organizacionais. Ou seja, a cada objecto turístico (documento-web) será<br />
vinculado a si um conjunto <strong>de</strong> informações adicionais não como novo conteúdo mas sim sobre o próprio<br />
conteúdo (os <strong>de</strong>nominados <strong>metadados</strong>). Para que os agentes <strong>de</strong> software, ao processar o documento-web,<br />
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sejam capazes <strong>de</strong> reconhecer quais os conceitos e suas relações mais relevantes, teremos <strong>de</strong> adicionar o<br />
significado <strong>de</strong> restaurante (restaurant) e suas relações (hasRestaurantDescription, hasSpecialities,<br />
hasHoursOfOperation e hasLocation), <strong>de</strong> lugar (place) e <strong>de</strong> instante <strong>de</strong> tempo (instant). Assim, para o nosso<br />
exemplo do documento-web do restaurante, temos o seguinte conjunto <strong>de</strong> informações semânticas no formato<br />
RDF (Figura 2).<br />
Figura 2. Descrição semântica do conteúdo da página (RDF)<br />
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />
O browser continuará a exibir o texto, <strong>de</strong>stacando as especialida<strong>de</strong>s do restaurante em negrito mas, os<br />
agentes <strong>de</strong> software, ao processar o documento-web com as informações semânticas, serão capazes <strong>de</strong><br />
enten<strong>de</strong>r que ‘Margarida da Praça’ é um restaurante e que fica no ‘Largo <strong>de</strong> 5 Outubro, 58’ da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Viana do Castelo (ou seja, enten<strong>de</strong>rão que Viana do Castelo é uma cida<strong>de</strong>), que “Bacalhau à Margarida da<br />
Praça” e “Bacalhau à Sogra” são especialida<strong>de</strong>s gastronómicas do restaurante e que o restaurante encerra ao<br />
domingo.<br />
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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> associar informação semântica aos conteúdos da web sintáctica abre uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
novas vias para a exploração da Web, impulsionando o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> aplicações mais eficientes, mais<br />
modulares e mais usáveis, baseadas na interoperabilida<strong>de</strong> semântica; ou seja, uma vez criado um vocabulário<br />
comum e com semântica bem <strong>de</strong>finida, as aplicações que enten<strong>de</strong>m esse vocabulário serão capazes <strong>de</strong> se<br />
comunicar ou interoperar.<br />
A interoperabilida<strong>de</strong> semântica necessária para que os agentes <strong>de</strong> software possam usar eficientemente as<br />
informações disponíveis na Web é conseguida através das ontologias (Stu<strong>de</strong>r, Benjamins and Fensel, 1998).<br />
3. MODELO SEMÂNTICO PARA O TURISMO<br />
Os objectos turísticos (objectos <strong>de</strong> ou para o turismo) po<strong>de</strong>m ser contextualizados em três domínios <strong>de</strong><br />
informação: (i) do domínio temático, nomeadamente os valores intrínsecos e extrínsecos dos atractivos<br />
turísticos e dos <strong>de</strong>scritores turísticos; (ii) do domínio temporal tais como, os horários <strong>de</strong> funcionamento dos<br />
serviços turísticos ou a programação horária dos eventos festivos; e (iii) do domínio espacial como seja a<br />
localização geográfica dos atractivos turísticos ou o tipo <strong>de</strong> lugar on<strong>de</strong> se situam tais atractivos. Estes<br />
domínios <strong>de</strong> informação correspon<strong>de</strong>m a três dimensões semânticas das cinco propostas por Khai Truong,<br />
Gregory Abowd e Josan Brotherton (Truong, Abowd and Brotherton, 2001): (1) o quê (what), que objectos<br />
turísticos cumprem o espectro preferencial <strong>de</strong