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geração (semi)automática de metadados - Universidad Autónoma ...

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.<br />

CONFERÊNCIA IADIS IBERO-AMERICANA<br />

WWW/INTERNET 2007<br />

i


ACTAS DA CONFERÊNCIA IADIS IBERO-AMERICANA<br />

WWW/INTERNET 2007<br />

VILA REAL, PORTUGAL<br />

OUTUBRO, 7 - 8, 2007<br />

Organizado por<br />

IADIS<br />

International Association for Development of the Information Society<br />

Co-Organizado por<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />

iii


Copyright 2007<br />

IADIS Press<br />

Todos os direitos reservados<br />

Este trabalho está sujeito a direitos <strong>de</strong> autor. Todos os direitos são reservados, no todo ou em parte,<br />

mais especificamente os direitos <strong>de</strong> tradução, reimpressão, reutilização <strong>de</strong> ilustrações, re-citação,<br />

emissão, reprodução em microfilme ou <strong>de</strong> qualquer outra forma, e armazenamento em bases <strong>de</strong><br />

dados. A permissão para utilização <strong>de</strong>verá ser sempre obtida da IADIS Press. Por favor contactar<br />

secretariat@iadis.org.<br />

Editado por Ramiro Gonçalves, Flavia Maria Santoro, Pedro Isaías e José María Gutiérrez<br />

Editores Associados: Luís Rodrigues e Patrícia Barbosa<br />

ISBN: 978–972–8924–45-4<br />

iv


ÍNDICE<br />

PREFÁCIO xi<br />

COMITÉ DO PROGRAMA xiii<br />

PALESTRA xix<br />

ARTIGOS LONGOS<br />

EM BUSCA DE UM ENSINO COMPLEMENTAR E DE QUALIDADE: O PROJETO<br />

DESAFIO DIGITAL<br />

Eduardo Morgado, Maria Ângela Dias dos Santos, Barbara De Franco e Daniel Igarashi da Cruz<br />

GERAÇÃO (SEMI)AUTOMÁTICA DE METADADOS: UM CONTRIBUTO PARA A<br />

RECUPERAÇÃO DE OBJECTOS DE APRENDIZAGEM<br />

Vitor Gonçalves e Eurico Carrapatoso<br />

MAPEAMENTO E ANÁLISE DAS TROCAS INTERINDIVIDUAIS EM AMBIENTES<br />

DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA<br />

Patrícia B. Scherer Bassani e Patricia Behar<br />

UMA FERRAMENTA PARA ACOMPANHAMENTO DE ACESSOS A CONTEÚDOS<br />

DIDÁTICOS<br />

Christiane Meiler Baptista, Regina Melo Silveira e Wilson Vicente Ruggiero<br />

RECOMENDACIÓN DE PERFILES ACADÉMICOS MEDIANTE ALGORITMOS<br />

COLABORATIVOS BASADOS EN EL EXPEDIENTE<br />

Emilio J. Castellano, Luís Martínez, Manuel Barranco y Luis G. Pérez Cordón<br />

UMA FERRAMENTA DE MINERAÇÃO DE TEXTOS PARA ASSISTIR AS DÚVIDAS<br />

DOS ALUNOS EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM<br />

Eros Estevão <strong>de</strong> Moura, Sahudy Montenegro González, Annabell <strong>de</strong>l Real Tamariz e Geórgia R.<br />

Rodrigues Gomes<br />

HIPERMÍDIA ADAPTATIVA COMO ESTRATÉGIA APLICADA AO E-COMMERCE<br />

Oscar Dalfovo, Pedro S. Zanchett e Jefferson W. Mette<br />

MODELO PARA LA GESTIÓN DEL E-LEARNING CORPORATIVO EN EL AMBITO<br />

UNIVERSITARIO<br />

Eugenio Fernán<strong>de</strong>z<br />

A ATENÇÃO AO ECONÓMICO, AO SOCIAL E AO AMBIENTE ATRAVÉS DAS<br />

PÁGINAS INTERNET DO PODER LOCAL<br />

Luís Manuel Ribeiro Vieira<br />

v<br />

3<br />

10<br />

20<br />

27<br />

35<br />

43<br />

51<br />

59<br />

67


E-GOV BRASILEIRO: UMA ANÁLISE DOS PORTAIS DOS MUNICÍPIOS<br />

BRASILEIROS<br />

A<strong>de</strong>mir Martinez Sanches, Marcelo Augusto Santos Turine and Débora Maria Barroso Paiva<br />

MSB: UNA APLICACIÓN WWW PARA GENERACIÓN DE RESÚMENES DE<br />

COMPORTAMIENTO<br />

Víctor Flores y Martín Molina<br />

DISEÑO DE UNA HERRAMIENTA PARA EL DESARROLLO DE APLICACIONES<br />

WEB BASADAS EN STRUTS<br />

A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> Bianchini, Ricardo Blanch, Maruja Ortega y Ascán<strong>de</strong>r Suárez<br />

UM MODELO ONTOLÓGICO PARA O CONTEXTO TURÍSTICO<br />

Salvador Lima e José Moreira<br />

INTEGRACIÓN SEMÁNTICA DE INFORMACIÓN PARA LA IDENTIFICACIÓN DE<br />

PERSONAS: UN ENFOQUE CON TECNOLOGÍAS DE LA WEB SEMÁNTICA<br />

René F. Navarro-Hernán<strong>de</strong>z, César E. Rose Gómez, Gilberto Gradías Enríquez y José A. Pacheco<br />

Sánchez<br />

EN BUSCA DEL TIPO DE SERVICIO WEB SEMÁNTICO MÁS APROPIADO PARA<br />

DAR SOPORTE A LA GRID SEMÁNTICA<br />

Jorge Martinez-Gil, Adolfo Lozano-Tello y Antonio Polo-Marquez<br />

DETECCIÓN Y SEGUIMIENTO DE INTRUSOS EN REDES BLUETOOTH<br />

CORPORATIVAS<br />

Ramiro Cano y Luis Bengochea<br />

USABILIDAD EN UN JUEGO DE MEMORAMA CON RECONOCIMIENTO DE VOZ<br />

PARA NIÑOS<br />

Carlos Miranda-Palma, Reyna Camal-Uc, José Cen-Magaña, Cinhtia Gonzalez-Segura, Sergio<br />

Gonzalez-Segura, Michel García-García y Lizzie Narvaez-Díaz<br />

DEFINIENDO UNA ESTRUCTURA DE EVALUACIÓN PARA MEDIR LA<br />

USABILIDAD DE SITIOS WEB EDUCATIVOS<br />

María E. Alva Obeso, Ana B. Martínez Prieto, María <strong>de</strong>l C. Suárez Torrente, Hernán Sagástegui<br />

Chigne, y Juan M. Cueva Lovelle<br />

EXPERIÊNCIA NA CUSTOMIZAÇÃO DE UM MODELO DE PROCESSO DE<br />

SOFTWARE PARA DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVO PARA WEB<br />

UTILIZANDO OO<br />

Marla Teresinha Barbosa Geller e Rodrigo Quites Reis<br />

ALGORITMOS PARA TOKENS DE AUTENTICAÇÃO<br />

Gustavo Yamasaki Martins Vieira e Wilson Vicente Ruggiero<br />

ÉTICA, PRIVACIDADE E SEGURANÇA EM SISTEMAS HIPERMÍDIA<br />

ADAPTATIVOS PARA EDUCAÇÃO BASEADA EM WEB<br />

Sandra Gavioli Puga e Maria Alice Grigas Varella Ferreira<br />

CRITÉRIOS PARA A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS RECURSOS E DA<br />

INFORMAÇÃO DISPONÍVEL NA INTERNET<br />

Catarina Costa e Bráulio Alturas<br />

EVOLUCIÓN DE LA TOPOLOGÍA DE INTERNET A NIVEL DE SISTEMAS<br />

AUTÓNOMOS BASADO EN EL PROYECTO ROUTEVIEWS<br />

José Luis Gahete Díaz, Natalia Fernán<strong>de</strong>z Gallego, Ana María Garzo Ortega y Gonzalo Martín<br />

Villaescusa<br />

vi<br />

75<br />

83<br />

91<br />

99<br />

107<br />

115<br />

122<br />

129<br />

137<br />

145<br />

153<br />

160<br />

168<br />

175


INTERNET COMO CANAL DE COMPRA: RESPUESTAS DE CONSUMO ANTE<br />

DIFERENTES ESTÍMULOS WEB<br />

Carlota Lorenzo Romero, Alejandro Mollá Descals y Miguel Ángel Gómez Borja<br />

USO DA INTERNET NO TURISMO: UMA PESQUISA EMPÍRICA COM TURISTAS<br />

INTERNACIONAIS EM UM DESTINO NO BRASIL<br />

Leilianne Michelle Trinda<strong>de</strong> da Silva, Mabel Simone <strong>de</strong> Araújo Bezerra Guardia, Anatália Saraiva<br />

Martins Ramos e Sérgio Ramiro Rivero Guardia<br />

SIMULADOR DO SERVIDOR DE HABILITAÇÃO DE LOCALIZAÇÃO EM<br />

SISTEMA LBS<br />

Leonardo Batista <strong>de</strong> Queiroz e Fernanda Maria Ribeiro Alencar<br />

ANALISE DE DESEMPENHO DE PROTOCOLOS DE CRIPTOGRAFIA EM REDES<br />

SEM FIO<br />

Camila Suzin, Walter Priesnitz Filho e Maria Emilia Camargo<br />

AAUTOMATOR: HERRAMIENTA FLEXIBLE PARA LA EXTRACCIÓN DE<br />

INFORMACIÓN EN SITIOS WEB BIOINFORMÁTICOS<br />

Daniel Glez-Peña, José R. Mén<strong>de</strong>z, Florentino F<strong>de</strong>z-Riverola<br />

MODELO DE QUALIDADE DE COMPONENTES DE SOFTWARE<br />

Regina Maria Thienne Colombo, Ana Cervigni Guerra, Maria Teresa Villalobos Aguayo e Darley<br />

Rosa Peres<br />

UTILIZACIÓN DE GOOGLE SEARCH APPLIANCE PARA LA BÚSQUEDA Y<br />

PLANIFICACIÓN DE INFORMACIÓN GEOGRÁFICA A TRAVÉS DE UN<br />

PROTOTIPO Y SU POSIBLE UTILIZACIÓN EN DISPOSITIVOS GPS<br />

Rubén Gonzalez-Crespo, Javier Parra-Fuente, Oscar Sanjuan-Martínez y Luis Joyanes-Aguilar<br />

ARTIGOS CURTOS<br />

EMOÇÕES COMO PARTE DE UM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM<br />

Annabell D.R. Tamariz, Sahudy Montenegro González, Cinthia B. Pessanha e Edson C. Braga<br />

ADAPTACIÓN DE UN LMS OPEN SOURCE. APLICACIÓN DE CONTROL<br />

ESTADÍSTICO PARA MOODLE<br />

Miguel Ángel Con<strong>de</strong>, Carlos Muñoz, Alberto Velasco y Francisco José García<br />

CONTEXTUALIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM DA PROGRAMAÇÃO: ESTUDO<br />

EXPLORATÓRIO NO SECOND LIFE<br />

Micaela Esteves; Ricardo Antunes, Leonel Morgado; Paulo Martins e Benjamim Fonseca<br />

ESPECIFICAÇÃO DE PERSONAS PARA EDUCAÇÃO BASEADA NA WEB COM<br />

FOCO NOS ESTILOS DE APRENDIZAGEM DO ALUNO<br />

Sandra Gavioli Puga e Maria Alice Grigas Varella Ferreira<br />

AVANCE: UM AMBIENTE DE ENSINO E APRENDIZAGEM BASEADO NA<br />

WEB 2.0<br />

Maurício Nunes da Costa Bomfim, João Sérgio dos Santos Assis e Fabio Ferrentini Sampaio<br />

vii<br />

183<br />

191<br />

199<br />

207<br />

215<br />

223<br />

231<br />

243<br />

248<br />

253<br />

258<br />

262


APLICACIÓN DE UN ÍNDICE DE EVALUACIÓN DE CALIDAD EN SITIOS WEB DE<br />

GOBIERNOS LOCALES EN ESPAÑA<br />

Antonio Paños Álvarez<br />

GESTÃO DO ACOMPANHAMENTO DE ACTIVIDADES DE ALUNOS EM MUNDOS<br />

VIRTUAIS: ESTUDO EXPLORATÓRIO NO SECOND LIFE®<br />

Ricardo Antunes, Leonel Morgado, Paulo Martins e Benjamim Fonseca<br />

PROJECTO DE APLICAÇÃO EM INTERNET PARA APOIO À DECISÃO NA REGA<br />

POR GRAVIDADE<br />

André Pereira Muga e José Manuel Gonçalves<br />

AQUISIÇÃO E TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO DE LOCALIZAÇÃO PARA<br />

SUPORTE A APLICAÇÕES SENSÍVEIS AO CONTEXTO<br />

Edgar Silva, Marco Liberato, Hugo Pare<strong>de</strong>s, Alberto Vasconcelos, António Costa, João Barroso e<br />

Paulo Martins<br />

UMA ARQUITECTURA PARA A COMPOSIÇÃO DINÂMICA DE SERVIÇOS<br />

DEPENDENTES DO CONTEXTO<br />

João Paulo Sousa, Eurico Carrapatoso e Benjamim Fonseca<br />

DISEÑO, IMPLEMENTACIÓN Y PRUEBA DE UN PROTOCOLO DE<br />

TRANSFERENCIA DE DATOS<br />

Marco-Antonio Bal<strong>de</strong>ras Cepeda, Manuel Aguirre Bortoni y Martín Vogel Vázquez<br />

APLICANDO CONCEPTOS DE TEORÍA DE LA INFORMACIÓN PARA EL<br />

FILTRADO DE CORREO SPAM<br />

José R. Mén<strong>de</strong>z, Ignacio Cid, Daniel Glez-Peña y Florentino F<strong>de</strong>z-Riverola<br />

EXTRACCIÓN DE PERFILES BASADA EN AGRUPAMIENTO GENETICO PARA<br />

RECOMENDACIÓN DE CONTENIDO<br />

Sandra Patricia Tocarruncho Tocarruncho, Fredy Andrés Aponte Novoa y Arturo Tocarruncho<br />

Tocarruncho<br />

A UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS NO PROCESSO CRIATIVO ARQUITETÔNICO:<br />

UMA ANÁLISE SOBRE AS SUAS INFLUÊNCIAS E POSSÍVEIS MUDANÇAS<br />

Luciana Dalfollo Ferreira, Paulo Horn Regal e Leda Lísia Franciosi Portal<br />

PORTAIS WEB: ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL<br />

António Jorge Gonçalves <strong>de</strong> Gouveia, Paula Cristina Oliveira e João Eduardo Quintela Varajão<br />

SOCIALIZACIÓN DE LA WEB SEMÁNTICA<br />

Jorge Morato, Anabel Fraga, Sonia Sánchez-Cuadrado y Jose Antonio Moreiro<br />

UMA IMPLEMENTAÇÃO DE BAM - BUSINESS ACTIVITY MONITORING NO<br />

GOVERNO BRASILEIRO<br />

Fernando José Travassos Vieira<br />

NOVOS DESAFIOS E OPORTUNIDADES DE INVESTIGAÇÃO NA ÁREA DA<br />

GESTÃO DE PROJECTOS DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE<br />

INFORMAÇÃO<br />

Dulce Gonçalves, Rui Rijo, Ramiro Gonçalves , José Bulas Cruz e João Varajão<br />

MODELOS DE MATURIDADE DO COMÉRCIO ELECTRÓNICO<br />

Elisabete Paulo Morais, Ramiro Gonçalves e José Adriano Pires<br />

PANORÁMICA Y SITUACIÓN DEL ESTÁNDAR EBXML<br />

Mario Antonio Triguero y Roberto Barchino<br />

viii<br />

266<br />

272<br />

277<br />

281<br />

286<br />

290<br />

295<br />

299<br />

304<br />

309<br />

315<br />

320<br />

324<br />

330<br />

335


REENGENHARIA DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE APOIO AO ENSINO<br />

UNIVERSITÁRIO PARA A CRIAÇÃO DE RESULTADOS ESTATÍSTICOS<br />

Pedro Branco, Sónia Santos, Luís Barbosa e Ramiro Gonçalves<br />

MATERIALIZAÇÃO DE VANTAGENS COMPETITIVAS MEDIANTE A ADOÇÃO<br />

DE SISTEMAS ERP<br />

Ana Carolina Sousa <strong>de</strong> Almeida, Ana Flávia Silva Simões, Denise <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Ribeiro e Sílvio<br />

Van<strong>de</strong>rlei Araújo Sousa<br />

CATEGORIZAÇÃO AUTOMÁTICA DE DOCUMENTOS PDF PARA BIBLIOTECAS<br />

DIGITAIS<br />

Geórgia R. Rodrigues Gomes, Igor Primo Curttis, Erlon Márcio Couto Alves, Sahudy Montenegro<br />

González e Annabell Del Real Tamariz<br />

INTERFACES PARA APRENDIZAGEM DE TAREFAS COLABORATIVAS<br />

ESPACIAIS<br />

Filipe Santos, Leonel Morgado, Paulo Martins e Benjamim Fonseca<br />

UMA ARQUITETURA TOLERANTE A FALHAS PARA PROCESSOS DE NEGÓCIO<br />

BASEADOS EM SERVIÇOS WEB<br />

Diego Zuquim Guimarães Garcia e Maria Beatriz Felgar <strong>de</strong> Toledo<br />

CLASIFICACIÓN DE DOCUMENTOS XML SEGÚN CRITERIOS DE CALIDAD DE<br />

DATOS<br />

Eugenio Verbo, Ismael Caballero, Coral Calero y Mario Piattini<br />

UMA PROPOSTA PARA O DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL DIDÁTICO<br />

BASEADO NO PERFIL DO USUÁRIO<br />

Patrícia B. Scherer Bassani, Marine Bello Flores, Marcelo Ritzel e Regina <strong>de</strong> Oliveira Heidrich<br />

ARTIGOS DE REFLEXÃO<br />

MERCHANDISING EN INTERNET: NUEVAS TENDENCIAS DEL MARKETING EN<br />

EL PUNTO DE VENTA<br />

Carlota Lorenzo Romero, Juan Antonio Mondéjar Jiménez y José Mondéjar Jiménez<br />

E_REINAC: ELEARNING_REUSABILIDAD, INTEROPERATIVIDAD Y<br />

ACCESIBLIDAD WEB: ASPECTOS TECNOPEDAGÓGICOS<br />

Mariluz Cacheiro González, Covadonga Rodrigo San Juan y Miguel Rodríguez Artacho<br />

BIBLIOTECAS DIGITALES: CONCEPTOS<br />

Gomes, N. F<br />

ESTRATEGIA COLABORATIVA Y DE CONOCIMIENTO PARA LA IGUALDAD DE<br />

GÉNERO<br />

Fernando Giner<br />

E-MERCADOS MEDIANTE P2P: UN NUEVO MARCO PARA LAS PYMES<br />

Josef Ignacio Hötz Ordoño y Mª Teresa Ariza Gómez<br />

O CONTRIBUTO DAS TIC PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO DO<br />

PATRIMÓNIO<br />

Natália Botica, Luís Fontes e Ana Roriz<br />

ix<br />

340<br />

345<br />

351<br />

356<br />

361<br />

366<br />

371<br />

379<br />

383<br />

387<br />

391<br />

395<br />

399


POSTERS<br />

UNA ONTOLOGÍA DE VINOS ESPAÑOLES<br />

Óscar Gil, Ana- Belén Gil y Francisco José García<br />

FACTORES CRÍTICOS DA ADESÃO DAS PME´S NACIONAIS, FORNECEDORAS<br />

DE MATERIAIS DE ESCRITÓRIO AO PROCEDIMENTO AQUISITIVO PÚBLICO<br />

EM PORTUGAL: UMA PROPOSTA DE INVESTIGAÇÃO<br />

Paulo Pereira e Bráulio Alturas<br />

REPOSITÓRIO CIENTÍFICO DIGITAL – UTAD<br />

Orlando Carvalho, Guilherme Saraiva, Jorge Godinho, Hugo Pare<strong>de</strong>s e João Barroso<br />

ESPECIFICAÇÃO DE UMA APLICAÇÃO PARA A CRIAÇÃO E MANUTENÇÃO DE<br />

CURRÍCULOS VITAE USANDO TÉCNICAS UML<br />

Ana Rodrigues, Marlene Pinto, João Varajão e Ramiro Gonçalves<br />

AGENTES INTELIGENTES NO AMBIENTE VIRTUAL DE ENSINO DE LÓGICA<br />

HALYEN<br />

Sahudy Montenegro González, Annabell <strong>de</strong>l Real Tamariz, Eduardo Coelho Carneiro e Jamile<br />

Souza <strong>de</strong> Almeida<br />

ANÁLISIS DE LOS OBJETIVOS DE NEGOCIO, ESTRATEGIAS DE ÉXITO Y<br />

BARRERAS EN SITIOS WEB DE EMPRESAS ESPAÑOLAS<br />

Antonio Paños Álvarez<br />

ANÁLISE DE PROJECTOS DE INVESTIMENTO NA ÁREA DAS TECNOLOGIAS<br />

DA INFORMAÇÃO: MÉTODOS E TÉCNICAS<br />

Ricardo Zenida e Bráulio Alturas<br />

PORTAL ERASMUS<br />

João Gonçalves, Victor Matos, Hugo Pare<strong>de</strong>s, António Marques, Paulo Martins e Benjamim<br />

Fonseca<br />

UTILIZAÇÃO DE OPÇÕES REAIS NA ANÁLISE DE PROJECTOS DE<br />

INVESTIMENTO EM S.I./T.I.C.<br />

António Braz e Bráulio Alturas<br />

SISTEMA DE GESTÃO DE PROJECTOS ACADÉMICOS<br />

João Braz Pinto, Ana Pinto <strong>de</strong> Matos, Hugo Pare<strong>de</strong>s, António Marques, Paulo Martins e João<br />

Paulo Moura<br />

USO DA TECNICA DE CSP NO DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE<br />

INFORMAÇão PARA LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE MERCADORIAS<br />

Oscar Dalfovo, Paulo Maurício Selig e Rodrigo Kammer<br />

USO DE REDES NEURAIS NO DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS<br />

APLICAÇÃO NAS EMPRESAS DO SETOR TÊXTIL NA ÁREA FINANCEIRA<br />

PARA APROVAÇÃO DO LIMITE DE CRÉDITO<br />

Oscar Dalfovo, Paulo Maurício Selig e Edson Van<strong>de</strong>r Souza<br />

AUTHOR INDEX<br />

x<br />

407<br />

411<br />

414<br />

417<br />

421<br />

424<br />

427<br />

430<br />

433<br />

437<br />

440<br />

444


PREFÁCIO<br />

Estas actas contêm os artigos e posters da Conferência IADIS Ibero-Americana<br />

WWW/Internet 2007, organizada pela International Association for Development of the<br />

Information Society e co-organizada pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro,<br />

em Vila Real, Portugal, Outubro, 7 e 8, 2007.<br />

O objectivo <strong>de</strong>sta conferência é <strong>de</strong> constituir um fórum para reunir investigadores, alunos e<br />

<strong>de</strong>mais pessoas que trabalhem ou investiguem o campo da WWW/Internet. As seguintes<br />

cinquenta e duas áreas foram objecto <strong>de</strong> submissões <strong>de</strong> artigos e posters:<br />

Acessibilida<strong>de</strong>; Sistemas Web Adaptáveis; Colaboração; Comunicação Mediada por<br />

Computador; Data Mining; Planeamento e Desenvolvimento <strong>de</strong> Bases <strong>de</strong> Dados;<br />

Bibliotecas Digitais e Publicação Electrónica; Aplicações Distribuídas e Paralelas; E-<br />

Business e E-Commerce; E-Government; E-Learning; EDI; Avaliação da Qualida<strong>de</strong>;<br />

Linguagens Extensíveis; Tendências Globais da WWW/Internet; Trabalho em Grupo;<br />

Interacção Homem-Máquina; Hipermedia; Arquitecturas <strong>de</strong> Informação; Visualização <strong>de</strong><br />

Informação; Agentes Inteligentes; Interfaces; Serviços Internet; Linguagens; Metadados;<br />

Multimédia; Aspectos <strong>de</strong> Desempenho; Personalização <strong>de</strong> Serviços e Sítios da Web;<br />

Estratégias em Portais; Protocolos e Standards; Pesquisa e Navegação; Aspectos <strong>de</strong><br />

Segurança; Semântica da Web; Armazenamento; Integração <strong>de</strong> Sistemas; Estratégias <strong>de</strong><br />

Ensinamento e Aprendizagem; Inovação e Competitivida<strong>de</strong> Tecnológica; Administração<br />

Tecnológica; Estratégias Tecnológicas; Tele-Trabalho; Aplicações WWW/Internet; Casos<br />

<strong>de</strong> Estudo; Impacto da WWW/Internet; Engenharia Web; Personalização da Web;<br />

Aplicações Wireless; Computação Ubíqua; Usabilida<strong>de</strong>; Mo<strong>de</strong>lação do Utilizador;<br />

Comunida<strong>de</strong>s Virtuais; Realida<strong>de</strong> Virtual; XML.<br />

A conferência Ibero-Americana IADIS WWW/Internet 2007 teve cerca <strong>de</strong> 145 submissões.<br />

Cada submissão foi avaliada por uma média <strong>de</strong> três revisores in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes para assegurar<br />

o elevado nível final das submissões aceites. O resultado final foi a publicação <strong>de</strong> 30 artigos<br />

longos, sendo publicados também artigos curtos, artigos <strong>de</strong> reflexão e posters.<br />

Como sabemos, a organização <strong>de</strong> uma conferência requer o esforço <strong>de</strong> muitas pessoas.<br />

Gostaríamos <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer a todos os membros do Comité <strong>de</strong> Programa pelo trabalho<br />

realizado na revisão e selecção dos artigos que constam <strong>de</strong>stas actas.<br />

Estas actas resultam da contribuição <strong>de</strong> um variado número <strong>de</strong> autores. Estamos gratos a<br />

todos os autores que submeteram os seus artigos. Também gostaríamos <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer ao<br />

Professor Doutor Carlos Ramos, Director do GECAD, ISEP, Instituto Politécnico do Porto,<br />

Portugal, por ter aceite dar uma palestra. Também gostaríamos <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer a todos os<br />

membros do comité <strong>de</strong> organização, <strong>de</strong>legados, e convidados cuja contribuição e<br />

envolvimento são cruciais para o sucesso <strong>de</strong>sta conferência.<br />

xi


Por fim <strong>de</strong>sejamos que todos os participantes tenham uma excelente estadia em Vila Real.<br />

José María Gutiérrez, Escuela Politécnica <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Alcalá, Espanha<br />

Ramiro Gonçalves, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal<br />

Flavia Maria Santoro, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil<br />

Pedro Isaías, Universida<strong>de</strong> Aberta, Portugal<br />

Chairs<br />

Vila Real, Portugal<br />

Outubro 2007<br />

xii


COMITÉ DO PROGRAMA<br />

CO-CHAIRS<br />

Ramiro Gonçalves, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal<br />

Flavia Maria Santoro, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil<br />

Pedro Isaías, Universida<strong>de</strong> Aberta, Portugal<br />

PROGRAM CHAIR<br />

José María Gutiérrez, Escuela Politécnica <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Alcalá, Espanha<br />

MEMBROS DO COMITÉ<br />

A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> Bianchini, <strong>Universidad</strong> Simón Bolívar, Venezuela<br />

Adolfo Duran, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, Brasil<br />

Adolfo Lozano, University of Extremadura, Espanha<br />

Afonso Inacio Orth, PUCRS, Brasil<br />

Alejandro Gonzalez, National University of La Plata, Argentina<br />

Alejandro Zunino, Tandil University, Argentina<br />

Alberto Raposo, PUC-Rio, Brasil<br />

Alfonso Rodríguez, <strong>Universidad</strong> De Castilla-la Mancha, Espanha<br />

Álvaro Suárez Sarmiento, Las Palmas <strong>de</strong> Gran Canaria University, Espanha<br />

Ana Ayerbe Fernan<strong>de</strong>z-Cuesta, Robotiker Tecnalia, Espanha<br />

Angélica <strong>de</strong> Antonio, <strong>Universidad</strong> Politécnica <strong>de</strong> Madrid, Espanha<br />

Annabell <strong>de</strong>l Real Tamariz, Universida<strong>de</strong> Estadual do Norte Fluminense, Brasil<br />

Antonio Gabriel López Herrera, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Jaén, Espanha<br />

Antonio Paños Alvarez, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Murcia, Espanha<br />

Aqueo Kamada, Centro <strong>de</strong> Pesquisas Renato Archer, Brasil<br />

Arnaldo Belchior, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Brasil<br />

Benjamim Fonseca, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal<br />

Carlos Andrés Romano, <strong>Universidad</strong> Politécnica <strong>de</strong> Valencia, Espanha<br />

Carlos Costa, ISCTE, Portugal<br />

xiii


Carlos Juiz, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> las Islas Baleares, Espanha<br />

Carlos Porcel Gallego, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Córdoba, Espanha<br />

Christina Chavez, DCC/UFBA, Brasil<br />

Claudia Lage Rebello da Motta, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Do Rio De Janeiro, Brasil<br />

Clevi Elena Rapkiewicz, Universida<strong>de</strong> do Norte Fluminense, Brasil<br />

Clifton E. Clunie B., <strong>Universidad</strong> Tecnológica <strong>de</strong> Panamá, Panamá<br />

Coral Calero, <strong>Universidad</strong> De Castilla-la Mancha, Espanha<br />

Cristiana Bentes, Universida<strong>de</strong> do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil<br />

Cristina Barrado, Universitat Politècnica <strong>de</strong> Catalunya, Espanha<br />

Cristina Cachero, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Alicante, Espanha<br />

Cristóbal Romero Morales, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Córdoba, Espanha<br />

Daniel Fernán<strong>de</strong>z Lanvin, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Oviedo, Espanha<br />

Daniel Gayo Avello, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Oviedo, Espanha<br />

Débora Conforto, UFRGS, Brasil<br />

Denis Silveira, Faculda<strong>de</strong>s Ibmec/RJ, Brasil<br />

Eliane Loiola, COPPE/UFRJ, Brasil<br />

Elsa Mª Macías-López, Las Palmas <strong>de</strong> Gran Canaria University, Espanha<br />

Emilio Insfran, <strong>Universidad</strong> Politécnica <strong>de</strong> Valencia, Espanha<br />

Enrique Herrera Viedma, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Granada, Espanha<br />

Eva Gibaja Galindo, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Córdoba, Espanha<br />

Eva Lorenzo Iglesias, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Vigo, Espanha<br />

Fábio Ferrentini Sampaio, NCE – UFRJ, Brasil<br />

Fabrício Silva, Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Santos, Brasil<br />

Fe<strong>de</strong>rico Botella, <strong>Universidad</strong> Miguel Hernán<strong>de</strong>z, Espanha<br />

Fernanda Alencar, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Brasil<br />

Fernanda Baião, UNIRIO, Brasil<br />

Fernanda Campos, UFJF, Brasil<br />

Florentino Fernan<strong>de</strong>z Riverola, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Vigo, España<br />

Gabriela Arevalo, National University Of La Plata, Argentina<br />

Georgia Gomes, Universida<strong>de</strong> Cândido Men<strong>de</strong>s-Campos, Brasil<br />

Gonzalo Mén<strong>de</strong>z, <strong>Universidad</strong> Complutense <strong>de</strong> Madrid, Espanha<br />

xiv


Gustavo Rossi, National University Of La Plata, Argentina<br />

Hermes Senger, Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Santos, Brasil<br />

Isabel Harb Manssour, PUCRS, Brasil<br />

Isabel Sofia Brito, Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologia e Gestão <strong>de</strong> Beja, Portugal<br />

Jaime Ramírez, <strong>Universidad</strong> Politécnica <strong>de</strong> Madrid, Espanha<br />

Jesús Rodríguez Perez, Capgemini, Espanha<br />

João Garrott, ISEGI-UNL / Universida<strong>de</strong> Lusofona, Portugal<br />

João Varajão, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal<br />

Jorge Barbosa, UNISINOS, Brasil<br />

Jorge Sá Silva, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, Portugal<br />

José Antonio Delgado Osuna, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Córdoba, Espanha<br />

José Eduardo Córcoles Ten<strong>de</strong>ro, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Castilla-La Mancha, Espanha<br />

José Maria Nazar David, Faculda<strong>de</strong> Ruy Barbosa, Brasil<br />

José Ramón Mén<strong>de</strong>z Reboredo, University of Vigo, Espanha<br />

José Raúl Romero, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Córdoba, Espanha<br />

Juan Carlos Fernán<strong>de</strong>z Caballero, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Córdoba, Espanha<br />

Juan López Rubio, Escola Politecnica Superior <strong>de</strong> Castell<strong>de</strong>fels, España<br />

Juan Manuel Pérez, Universitat Jaume I, Espanha<br />

Katja Gilly, <strong>Universidad</strong> Miguel Hernán<strong>de</strong>z, Espanha<br />

Liliana Passerino, UFRGS, Brasil<br />

Liliane dos Santos Machado, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, Brasil<br />

Lucia Giraffa, PUCRS, Brasil<br />

Luís Guerrero, <strong>Universidad</strong> De Chile, Chile<br />

Marcelo Turine, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Mato Grosso do Sul, Brasil<br />

Marco Aurélio Gerosa, PUC-Rio, Brasil<br />

Marco Painho, Universida<strong>de</strong> Nova <strong>de</strong> Lisboa, Portugal<br />

Marcos Borges, UNICAM, Brasil<br />

Marco Winckler, IRIT, France<br />

Maria Angélica Caro Gutierrez, <strong>Universidad</strong> De Castilla-la Mancha, Espanha<br />

Maria Clícia Stelling De Castro, Universida<strong>de</strong> Do Estado Do Rio De Janeiro, Brasil<br />

Mª <strong>de</strong>l Puerto Paule Ruiz, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Oviedo, Espanha<br />

xv


María Dolores Ayuso, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Murcia, Espanha<br />

Maria Lencastre, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pernambuco, Brasil<br />

María Luque Rodríguez, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Córdoba, Espanha<br />

Mariano Pimentel, PUC-Rio, Brasil<br />

Mário Freire, Universida<strong>de</strong> da Beira Interior, Portugal<br />

Marta González, Robotiker Tecnalia, Espanha<br />

Mauro Pequeno, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Do Ceará, Brasil<br />

M. Cecilia C. Baranauskas, Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Brasil<br />

Miguel <strong>de</strong> Castro Neto, Universida<strong>de</strong> Nova <strong>de</strong> Lisboa, Portugal<br />

Nathalie Moreno, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Málaga, Espanha<br />

Olga Revilla, Itákora, Espanha<br />

Olga Santos Martín, UNED, Espanha<br />

Oscar Von Pamel, <strong>Universidad</strong> Nacional <strong>de</strong> Rosario, Argentina<br />

Patricia Alejandra Behar, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Do Rio Gran<strong>de</strong> Do Sul, Brasil<br />

Patrícia Scherer Bassani, Centro Universitário Feevale, Brasil<br />

Paula Oliveira, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal<br />

Paulo Martins, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal<br />

Paulo Simões, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, Portugal<br />

Raúl Antonio Aguilar Vera, <strong>Universidad</strong> <strong>Autónoma</strong> <strong>de</strong> Yucatán, Mexico<br />

Regina Heidrich, Centro Universitário Feevale, Brasil<br />

Regina Lúcia <strong>de</strong> Oliveira Moraes, UNICAM, Brasil<br />

Renata Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Araújo, Universida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil<br />

Ricardo Farias, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil<br />

Ricardo Llamosa-Villalba, <strong>Universidad</strong> Industrial <strong>de</strong> Santan<strong>de</strong>r, Colombia<br />

Rita Suzana Pitangueira Maciel, Faculda<strong>de</strong> Ruy Barbosa, Brasil<br />

Rodrigo Bonacin, Centro <strong>de</strong> Pesquisas Renato Archer, Brasil<br />

Rosa M. Vicari, CINTED/UFRGS, Brasil<br />

Rosa Rita Maenza, <strong>Universidad</strong> Tecnológica Nacional, Argentina<br />

Sahudy Montenegro Gonzalez, Universida<strong>de</strong> Estadual do Norte Fluminense, Brasil<br />

Salvador Alcaraz, <strong>Universidad</strong> Miguel Hernán<strong>de</strong>z, Espanha<br />

Sean Siqueira, UNIRIO, Brasil<br />

xvi


Sebastián Lozano, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Sevilla, Espanha<br />

Sebastian Ventura Soto, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Córdoba, Espanha<br />

Sérgio Crespo, Universida<strong>de</strong> do Vale do Rio dos Sinos, Brasil<br />

Silvia Baldiris, University of Girona, Espanha<br />

Sílvia Abrahão, <strong>Universidad</strong> Politécnica De Valencia, Espanha<br />

Simone Bacelar Leal Ferreira, UNIRIO, Brasil<br />

Simone Diniz Junqueira Barbosa, PUC-Rio, Brasil<br />

Susana Marchisio, <strong>Universidad</strong> Nacional <strong>de</strong> Rosario, Argentina<br />

Susana Torrado Morales, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Murcia, Espanha<br />

Vitor Basto Fernan<strong>de</strong>s, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal<br />

Vicente Luque Centeno, <strong>Universidad</strong> Carlos III <strong>de</strong> Madrid, Espanha<br />

Victor Manuel Ruiz Penichet, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Castilla-La Mancha, Espanha<br />

xvii


xviii


PALESTRA<br />

(AI) 2 : AMBIENT INTELLIGENCE → ARTIFICIAL INTELLIGENCE<br />

por Prof. Doutor Carlos Ramos,<br />

Director do GECAD, ISEP, Instituto Politécnico do Porto,<br />

Portugal<br />

RESUMO<br />

A Inteligência Artificial tem acompanhado o <strong>de</strong>senvolvimento da Informática. Des<strong>de</strong> a<br />

construção dos primeiros mo<strong>de</strong>los e hardware relacionados com neurónios artificiais,<br />

passando pelos Sistemas Inteligentes instalados num computador ou re<strong>de</strong> <strong>de</strong> computadores,<br />

até a Web Semântica com Ontologias e Agentes Inteligentes que se tenta criar hoje em dia,<br />

a Inteligência Artificial percorreu um vasto caminho. Do hardware para o computador, do<br />

computador para a re<strong>de</strong> local, da re<strong>de</strong> local para a Internet, da Internet para a Web, a<br />

Inteligência Artificial acompanhou sempre as tendências da computação, embora estando<br />

sempre um passo a frente em termos daquilo que se po<strong>de</strong> obter com a infraestrutura<br />

existente.<br />

Será que o <strong>de</strong>senvolvimento acaba na Web? Ou será que esta constituirá a infraestrutura do<br />

<strong>de</strong>safio seguinte? Tal como a Web assentou na Internet, esta nas re<strong>de</strong>s locais, estas nos<br />

computadores e estes no hardware, também a Web fará parte da infraestrutura essencial do<br />

<strong>de</strong>safio seguinte: os Ambientes Inteligentes.<br />

A tendência na direcção da miniaturização e redução dos custos do hardware tem permitido<br />

incorporar dispositivos computacionais em diversos objectos ou ambientes (embed<strong>de</strong>d<br />

systems). O <strong>de</strong>senvolvimento das comunicações móveis (GSM, GPRS, WiFi, Bluetooth),<br />

sem fios, tem permitido a ubiquida<strong>de</strong> computacional. A localização no espaço (GPS, RFID)<br />

tem permitido referenciar on<strong>de</strong> se encontra uma dada pessoa ou objecto. Gran<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>senvolvimentos estão a ser feitos na interacção com o ser humano (generalização <strong>de</strong><br />

touch screens, interfaces <strong>de</strong> voz, reconhecimento visual <strong>de</strong> faces ou <strong>de</strong> gestos). Há um<br />

mundo novo a explorar.<br />

É assim que surge a Ambient Intelligence (AmI), cuja tradução correcta será Inteligência<br />

Ambiental, mas que é normalmente traduzida por Ambientes Inteligentes. Os Ambientes<br />

Inteligentes lidam com um novo mundo on<strong>de</strong> os dispositivos computacionais estão em<br />

todos os lados, permitindo ao ser humano interagir com os ambientes físicos <strong>de</strong> um modo<br />

inteligente e não obstrutivo. Tais ambientes <strong>de</strong>vem ser sensíveis às necessida<strong>de</strong>s do ser<br />

humano, personalizando requisitos e prevendo comportamentos.<br />

xix


Os Ambientes Inteligentes po<strong>de</strong>m ser muito diversos, tais como casas, escritórios, salas <strong>de</strong><br />

reuniões, escolas, hospitais, centros <strong>de</strong> controlo, transportes, atracções turísticas, lojas,<br />

instalações <strong>de</strong>sportivas, dispositivos musicais, etc.<br />

Os Ambientes Inteligentes envolvem muitas áreas, tais como Automação (sensores,<br />

controlo, actuadores), interacção Homem-Máquina e Computação Gráfica, Computação<br />

Ubíqua, Sistemas Incorporados e Inteligência Artificial.<br />

Nesta apresentação iremos focar na componente <strong>de</strong> Inteligência Artificial nos Ambientes<br />

Inteligentes, por ser essa componente que permite dotar o ser humano <strong>de</strong> um maior suporte<br />

à <strong>de</strong>cisão, fornecendo-lhe o conhecimento essencial à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões acertadas quando<br />

se interage com tais ambientes.<br />

Serão apresentados vários projectos em curso que visam atingir os objectivos dos<br />

Ambientes Inteligentes orientados para o suporte à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. Em particular serão<br />

abordados 4 projectos em curso no Grupo <strong>de</strong> Investigação em Engenharia do Conhecimento<br />

e Apoio à Decisão (GECAD) do Instituto Superior <strong>de</strong> Engenharia do Politécnico do Porto<br />

(ISEP/IPP).<br />

O projecto AMBITION é a continuação natural do projecto ArgEmotionAgents e visa criar<br />

um Ambiente Inteligente para uma sala <strong>de</strong> reuniões on<strong>de</strong> <strong>de</strong>corra uma reunião em grupo, a<br />

qual po<strong>de</strong>rá ser assíncrona e <strong>de</strong>scentralizada. É tratada a componente emocional do<br />

processo e é dado suporte à Argumentação consi<strong>de</strong>rando tal componente.<br />

O projecto FlyMaster visa criar um Assistente <strong>de</strong> Bordo para pilotos <strong>de</strong> voo livre<br />

(parapente, asa <strong>de</strong>lta, etc). Tal assistente <strong>de</strong> bordo torna o dispositivo <strong>de</strong> voo num ambiente<br />

inteligente, quer para fins lúdicos quer para suporte à competição.<br />

O projecto AmI-COTrainnee? visa criar um Ambiente Inteligente <strong>de</strong> treino <strong>de</strong> operadores<br />

<strong>de</strong> Centros <strong>de</strong> Controlo e Condução <strong>de</strong> Re<strong>de</strong>s Eléctricas <strong>de</strong> modo a lidarem com o<br />

diagnóstico e reposição em serviço em situações críticas <strong>de</strong> um modo colaborativo.<br />

O projecto iShopGLASS é um projecto que visa tornar um vidro <strong>de</strong> uma loja num<br />

dispositivo <strong>de</strong> interacção inteligente, po<strong>de</strong>ndo captar o perfil do utilizador com base na<br />

interacção que este estabelece com o vidro.<br />

Estes 4 projectos ilustram 4 situações diferentes <strong>de</strong> ambientes inteligentes: a Sala <strong>de</strong><br />

Reuniões; o dispositivo <strong>de</strong> voo livre; o Centro <strong>de</strong> Controlo e a Loja. Serão ainda abordados<br />

alguns outros exemplos <strong>de</strong> Ambientes Inteligentes.<br />

Iremos tentar estabelecer a conclusão <strong>de</strong> que sem Inteligência Artificial será difícil dispor<br />

<strong>de</strong> Ambientes verda<strong>de</strong>iramente inteligentes.<br />

xx


Artigos Longos


EM BUSCA DE UM ENSINO COMPLEMENTAR E DE<br />

QUALIDADE: O PROJETO DESAFIO DIGITAL<br />

Eduardo Morgado<br />

emorgado@fc.unesp.br<br />

Depto Computação - Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho, Unesp<br />

Maria Ângela Dias dos Santos<br />

mangela@fc.unesp.br<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho, Unesp<br />

Barbara De Franco<br />

barbara.franco@ltia.fc.unesp.br<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho, Unesp<br />

Daniel Igarashi da Cruz<br />

igarashi@ltia.fc.unesp.br<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho, Unesp<br />

RESUMO<br />

O gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da área <strong>de</strong> tecnologia da informação abre novas oportunida<strong>de</strong>s profissionais e novos postos <strong>de</strong><br />

trabalho, que muitas vezes, não são preenchidos por falta <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra qualificada ou, até mesmo <strong>de</strong> candidatos<br />

informados. Esta situação afeta, notadamente, os jovens <strong>de</strong> baixa renda, egressos das escolas públicas <strong>de</strong> Ensino Médio.<br />

O projeto Desafio Digital procurou explorar o potencial <strong>de</strong> ensino à distância e <strong>de</strong> novas metodologias educacionais para<br />

localizar talentos e <strong>de</strong>spertar o interesse pelas carreiras técnicas da tecnologia da informação junto aos alunos do Ensino<br />

Médio. Buscando parâmetros que pu<strong>de</strong>ssem <strong>de</strong>finir uma política pública <strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong> baixo custo, facilmente<br />

replicável, o estudo <strong>de</strong>finiu uma metodologia baseada em ambiente <strong>de</strong> interação web, incluindo tutoria à distância.<br />

Durante o programa <strong>de</strong> cursos, os alunos participaram <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s divididas em quatro etapas: Básico sobre Sistema<br />

Operacional e Suíte Office, Desenvolvimento <strong>de</strong> Websites; Programação <strong>de</strong> Games e Robótica Educacional. Em termos<br />

práticos, o programa buscou <strong>de</strong>senvolver o raciocínio lógico, conceitos <strong>de</strong> algoritmos e programação visual, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um<br />

ambiente lúdico, interessante e auto-motivador. Uma importante inovação <strong>de</strong>sse estudo foi o uso <strong>de</strong> metalinguagens no<br />

lugar <strong>de</strong> linguagens comerciais, uma vez que o que se buscava era o aprendizado conceitual dos fundamentos teóricos das<br />

tecnologias computacionais. Todo o suporte e atendimento aos alunos foram oferecidos através do portal do projeto,<br />

garantindo custos mínimos <strong>de</strong> operação e, conseqüentemente, alta escalabilida<strong>de</strong>. Dos alunos que finalizaram o programa,<br />

a maioria consi<strong>de</strong>rou o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ensino simples e eficaz. Eles também <strong>de</strong>clararam interesse em seguir carreira na área<br />

<strong>de</strong> tecnologia, situação aproveitada por empresas que ofereceram vagas para estágios ou cursos complementares. O<br />

projeto Desafio Digital foi patrocinado pela Intel Educação Brasil, Microsoft Educação Brasil e foi apoiado pela<br />

Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Araraquara e pelo Laboratório <strong>de</strong> Tecnologia Aplicada da Unesp <strong>de</strong> Bauru.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Ensino profissionalizante, tecnologias educacionais, educação à distância.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O projeto Desafio Digital foi realizado em Araraquara, uma cida<strong>de</strong> média no centro do estado <strong>de</strong> São Paulo<br />

(Br), consi<strong>de</strong>rada hoje um pólo tecnológico por abrigar importantes empresas da área <strong>de</strong> TI e por oferecer<br />

facilida<strong>de</strong>s que têm atraído várias outras empresas <strong>de</strong> hardware e software para a cida<strong>de</strong>. De acordo com o<br />

censo do IBGE <strong>de</strong> 2000, Araraquara tem 199.657 habitantes, 8.924 alunos cursando o Ensino Médio e 12.068<br />

estudantes matriculados no Ensino Superior. Segundo o Cadastro Nacional <strong>de</strong> Cursos <strong>de</strong> Educação<br />

3


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Profissional <strong>de</strong> nível Técnico do Sistema <strong>de</strong> Informação da Educação Profissional (SIEP/CNCT), existem<br />

duas instituições <strong>de</strong> ensino superior na cida<strong>de</strong> e 85 cursos técnicos, dos quais 14% concentram-se na área <strong>de</strong><br />

TI.<br />

Ao longo <strong>de</strong> 2006, a prefeitura da cida<strong>de</strong> passou a enfrentar problemas com a falta <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra local<br />

especializada na área <strong>de</strong> TI e com a falta <strong>de</strong> interesse dos alunos egressos do Ensino Médio pela área. Esses<br />

dois problemas interferem diretamente na capacida<strong>de</strong> do município atrair novas empresas e<br />

conseqüentemente, nos planos <strong>de</strong> expansão do polo tecnológico.<br />

Procurando solucionar esses problemas, mantendo a atrativida<strong>de</strong> da cida<strong>de</strong> e, adicionamente, garantindo<br />

que esses novos postos <strong>de</strong> trabalho, sempre <strong>de</strong> melhor remuneração, pu<strong>de</strong>ssem ser ocupados pela população<br />

local, evitando que as empresas “importassem” trabalhadores; a Secretaria <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico<br />

buscou o apoio da Microsoft Educação, da Intel Educação e da Unesp, para que <strong>de</strong>senvolvessem um<br />

programa inovador para ampliar as oportunida<strong>de</strong>s para os alunos <strong>de</strong> baixa renda da re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> Ensino<br />

Médio local, nascendo então o Programa Desafio Digital.<br />

2. FASES DO PROGRAMA<br />

O primeiro <strong>de</strong>safio do Programa foi a prova <strong>de</strong> seleção. Essa prova <strong>de</strong> seleção foi preparada com base em<br />

material disponibilizado no próprio Portal do Desafio Digital. O material cobria tópicos que variavam <strong>de</strong><br />

conhecimentos gerais sobre computadores a novida<strong>de</strong>s do mundo tecnológico, passando por temas sobre<br />

trabalho em equipe e li<strong>de</strong>rança. O cadastro dos alunos ficou em aberto durante um mês, tempo consi<strong>de</strong>rado<br />

a<strong>de</strong>quado para que se preparassem para o teste. A prova foi composta por 21 perguntas e cada aluno tinha<br />

apenas 25 minutos para respon<strong>de</strong>r – o acesso era restrito e após enviar as respostas, os alunos não podiam<br />

refazê-las. Mais <strong>de</strong> 700 alunos fizeram a prova <strong>de</strong> seleção e <strong>de</strong>ntre eles foram selecionados 259, pois esta era<br />

a capacida<strong>de</strong> física dos 5 laboratórios preparados em escolas públicas municipais. É importante observar<br />

aqui, que foram selecionados alunos do Ensino Médio Público, <strong>de</strong> escolas estaduais, para realizar o<br />

experimento nas 5 escolas públicas municipais que haviam sido previamente preparadas.<br />

A primeira fase do Programa foi a capacitação Básica em Sistemas Operacionais, para a qual se usou o<br />

Programa Aluno-Monitor da Microsoft Educação. Esse programa é composto por uma etapa presencial <strong>de</strong><br />

dois dias e um mês <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s totalmente à distância. Foi uma fase que serviu <strong>de</strong> nivelamento <strong>de</strong><br />

conhecimentos e <strong>de</strong> socialização, dado que os alunos eram <strong>de</strong> escolas diferentes.<br />

As ativida<strong>de</strong>s da segunda fase, Desenvolvimento <strong>de</strong> Websites, foram projetadas para serem totalmente à<br />

distância e para durar um mês. Os alunos foram divididos em três grupos principais, portanto, foram<br />

<strong>de</strong>senvolvidos três websites por escola. A confecção do website exigiu tempo e esforço dos alunos, pois eram<br />

muitas as funcionalida<strong>de</strong>s a serem obrigatoriamente implementadas, como: blog, álbum <strong>de</strong> fotos e<br />

notícias..Por esta razão, os alunos precisaram e souberam dividir as tarefas entre eles para concluir o trabalho.<br />

A terceira fase, também totalmente à distância, foi a <strong>de</strong> Games, seguramente a mais complexa <strong>de</strong> todas e a<br />

que mais exigiu <strong>de</strong>dicação dos alunos. O objetivo da fase era criar um jogo educacional, como por exemplo,<br />

interagir com uma célula animal e conhecer todas as suas organelas. Nessa fase, os alunos foram divididos<br />

em duplas para que o envolvimento com as tarefas fosse mais intenso. Em um mês, os alunos apren<strong>de</strong>ram e<br />

trabalharam com uma nova ferramenta <strong>de</strong> programação, chamada KPL (Kids Programming Language), uma<br />

meta-linguagem criada especialmente para iniciantes em programação.<br />

Na quarta fase, além da prática da programação, a Robótica Educacional teve como objetivo oferecer um<br />

ambiente <strong>de</strong> entretenimento on<strong>de</strong> se praticasse <strong>de</strong> forma lúdica a lógica <strong>de</strong> programação. Os alunos,<br />

novamente em duplas, cumpriam missões que envolviam a movimentação <strong>de</strong> um robô através <strong>de</strong> uma metalinguagem<br />

<strong>de</strong> programação. A figura abaixo mostra o ambiente <strong>de</strong> robótica utilizado pelos alunos.<br />

4


Figura 1. Simulador <strong>de</strong> robô<br />

O requisito para se avançar <strong>de</strong> uma fase a outra era o envio dos trabalhos concluídos para uma área do<br />

Portal <strong>de</strong>nominada “Módulo <strong>de</strong> Avaliação”. Os trabalhos enviados para essa área podiam ser acessados por<br />

todas duplas , que <strong>de</strong>ssa forma participavam da avaliação, <strong>de</strong> forma construtiva, <strong>de</strong> seus pares, postando<br />

comentários e avaliando os pontos altos e baixos do “produto final” <strong>de</strong> cada grupo ou dupla, terminando por<br />

sugerir melhorias. O envio dos trabalhos, bem como a fiscalização do teor dos comentários feitos por alunos<br />

eram acompanhados pelo tutor.<br />

Alguns alunos tiveram dificulda<strong>de</strong>s e abandonaram o curso. Todas as <strong>de</strong>sistências eram imediatamente<br />

verificadas pelo tutor, que constatou que os principais motivos eram dificulda<strong>de</strong> para a realização das<br />

ativida<strong>de</strong>s e problemas com horários. Ao final do curso, um gran<strong>de</strong> questionário foi enviado a todos os<br />

participantes e seus resultados serão analisados adiante.<br />

3. AS RAÍZES NO ENSINO A DISTÂNCIA<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O Programa Desafio Digital procurou implementar uma solução que pu<strong>de</strong>sse ser pedagogicamente<br />

consistente e facilmente replicável em outros municípios em situação semelhante. Isso explica a opção pelo<br />

ensino à distância, como uma <strong>de</strong>cisão inicial e básica para o projeto, que se fosse pensado apenas para<br />

Araraquara não precisaria ser adotada. O Ensino à Distância (EaD) permite levar o conhecimento ao aluno<br />

através <strong>de</strong> meios que não exijam a presença física do professor em <strong>de</strong>terminado espaço físico. Segundo<br />

Barros (2004, p.49), enten<strong>de</strong>-se que:<br />

“(...) educação a distância é a aprendizagem planejada que geralmente ocorre num local diferente<br />

do ensino e, por causa disso, requer técnicas especiais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> curso, técnicas especiais <strong>de</strong><br />

instrução, métodos especiais <strong>de</strong> comunicação através da eletrônica e <strong>de</strong> outras tecnologias, bem<br />

como arranjos essenciais, organizacionais e administrativos.”<br />

As bases legais <strong>de</strong>ssa modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino encontram-se na lei 9.394/96, Lei <strong>de</strong> Diretrizes e Bases da<br />

Educação Nacional (LDBEN). De acordo com o artigo 80 da referida lei o po<strong>de</strong>r público <strong>de</strong>verá incentivar o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e a veiculação <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> ensino a distância, em todos os níveis e modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

ensino, e <strong>de</strong> educação continuada. (p.31).<br />

Utilizada como meio <strong>de</strong> atingir um maior número <strong>de</strong> pessoas em menos tempo, o EaD torna-se um<br />

mo<strong>de</strong>lo viável <strong>de</strong> educação frente ao quadro social e mercadológico emergente. De acordo com Casério e<br />

5


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Barros (2004, p.46) O Mercado, ou melhor dizendo, o universo do trabalho se estrutura hoje pela<br />

continuida<strong>de</strong> nos estudos e pela aquisição constante <strong>de</strong> titulações e especializações.<br />

Esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> educação, que hoje recebe muitas <strong>de</strong>nominações, como: ensino à distância, educação à<br />

distância ou ainda e-learning tem suas raízes na década <strong>de</strong> 70, com o auge da indústria cultural no Brasil.<br />

Segundo Kawamura (1990, p.67), indústria cultural: (..) compreen<strong>de</strong> um complexo para a produção e<br />

reprodução <strong>de</strong> bens culturais, como mercadoria, com base na mo<strong>de</strong>rna tecnologia (televisão, cinema,<br />

imprensa, rádio, etc.) para consumo em massa.<br />

A indústria cultural começou a se <strong>de</strong>senvolver no Brasil, por volta dos anos 50, quando teve início um<br />

maciço processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização do país. Época da TV, entrada <strong>de</strong> multinacionais e produtos estrangeiros<br />

no país, consequentemente <strong>de</strong>manda por mão-<strong>de</strong>-obra para esse novo campo <strong>de</strong> trabalho. A solução<br />

encontrada para as novas necessida<strong>de</strong>s foi a educação.<br />

Mo<strong>de</strong>lou-se uma educação para aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s emergenciais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do país.<br />

Alguns dos resultados do processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização foram o acordo MEC/USAID e as leis 5.540/68 e<br />

5.692/71. A lei 5.540/68 foi responsável pela reforma do ensino superior. Participaram das discussões para a<br />

reestruturação do ensino superior, técnicos e supervisores norte americanos. Essa participação <strong>de</strong>u-se <strong>de</strong>vido<br />

acordos como o conhecido MEC/USAID, o qual firmava um convênio <strong>de</strong> assessoria e cooperação entre o<br />

Brasil e os Estados Unidos na área educacional. A lei 5.692/71 instituiu o ensino <strong>de</strong> 2º grau<br />

profissionalizante. O aluno concluía o 2º grau com uma formação técnica e assim, tinha possibilida<strong>de</strong>s para<br />

ingressar no mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />

Com a gran<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação do trabalhador a educação via satélite foi amplamente utilizada e<br />

difundida. Através da TV, um maior número <strong>de</strong> pessoas, mais rapidamente e com um custo mais baixo; era<br />

instruída. Com o advento da Internet, tornou-se possível o aprimoramento das técnicas <strong>de</strong> educação à<br />

distância resultando no que temos hoje, a educação via portais Web, com ferramentas muito mais interativas,<br />

atrativas, garantindo mais rapi<strong>de</strong>z e escalabilida<strong>de</strong>.<br />

4. RESULTADOS<br />

O projeto Desafio Digital foi concluído por 101 alunos, que representam 38,9% do total <strong>de</strong> participantes.<br />

Embora esse índice pareça baixo, consi<strong>de</strong>ramos o resultado bastante promissor por ter sido um curso<br />

totalmente à distância, on<strong>de</strong> normalmente as taxas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sistência são altas. Segundo Levy (1993, p.9) a<br />

escola possui um habito antropológico mais que milenar baseado na fala do mestre, <strong>de</strong>ssa forma a transição<br />

<strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo essencialmente presencial para um mo<strong>de</strong>lo à distância, indica realmente um processo inovador<br />

na educação.<br />

Outro fator <strong>de</strong> impacto foi a distância entre a casa do aluno e/ou sua escola <strong>de</strong> ensino médio e o<br />

laboratório on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>ria realizar as ativida<strong>de</strong>s, Moran (2007), no trecho a seguir comenta sobre a educação à<br />

distância para o público jovem e nos dá alguns indicativos sobre as razões para a alta <strong>de</strong>sistência dos alunos:<br />

“Alunos jovens, em fase <strong>de</strong> formação, como em um curso <strong>de</strong> graduação, são sensíveis a estratégias<br />

que combinem presença física e virtual, ativida<strong>de</strong>s individuais e grupais, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

projetos, ativida<strong>de</strong>s, práticas, produções. Se possível o curso i<strong>de</strong>al é o bimodal, o mix <strong>de</strong> presencial<br />

e virtual, que é o caminho <strong>de</strong> muitos cursos nos próximos anos.”<br />

O público do programa, mesmo não sendo <strong>de</strong> graduação, sobre o qual Moran (2007) fez a observação<br />

acima, po<strong>de</strong> ser caracterizado como um público jovem em formação. O programa totalmente à distância<br />

envolvendo ativida<strong>de</strong>s complexas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e produção são fortes indicativos para o índice <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sistências. O nome “Desafio Digital” fez jus ao <strong>de</strong>safio que os alunos tiveram que enfrentar.<br />

Apesar <strong>de</strong>sses resultados, a pesquisa junto aos 259 participantes mostra informações bastante<br />

promissoras, como na questão “O que você mais gostou no Projeto Desafio Digital”, on<strong>de</strong> 27,69% aprovaram<br />

a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer mais da Informática (ver Figura 2) enquanto 16,92% gostaram <strong>de</strong> trabalhar em<br />

equipe.<br />

6


Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Figura 2. Pergunta “O que você mais gostou no Projeto Desafio Digital”.<br />

Outra resposta muito promissora foi a ótima aceitação da modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino a distância, por parte<br />

daqueles que concluíram o curso. Na Figura 3 vemos que 70,37% dos alunos não tiveram dificulda<strong>de</strong>s em<br />

trabalhar em um ambiente <strong>de</strong> aprendizado à distância.<br />

Figura 3. Pergunta “Como foi fazer a maior parte do Programa Desafio Digital à distância?”<br />

A facilida<strong>de</strong> expressa pelos alunos do ensino médio; que participaram do programa Desafio Digital, em se<br />

adaptar à educação à distância; é coerente com o que já havia sido <strong>de</strong>tectado por Moran (2007), quando o<br />

mesmo coloca:<br />

“As crianças, pela especificida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e socialização, não<br />

po<strong>de</strong>m prescindir do contato físico, da interação. Mas nos cursos médios e superiores, o virtual,<br />

provavelmente, superará o presencial.”<br />

É o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma nova cultura marcando a história da nova <strong>geração</strong> já que a mesma é<br />

consi<strong>de</strong>rada por Levy (1993) inserida na era da socieda<strong>de</strong> da informática. O mesmo autor “traça” um<br />

panorama interessante ao falar da evolução das técnicas. Levy (1993) resgata a oralida<strong>de</strong>, a escrita e a<br />

impressa, em seguida coloca a informática. Todas, técnicas fruto do saber humano, que ao passo da história,<br />

tornam-se parte <strong>de</strong> nossa cultura.<br />

A informação <strong>de</strong> que 91,3% dos alunos concluíntes possuiam computador em casa veio <strong>de</strong> encontro a<br />

hipótese inicial <strong>de</strong> que os alunos não tinham acesso ao computador e a Internet, justificando a necessida<strong>de</strong> da<br />

preparação dos laboratórios das escolas participantes. Como mostram as figuras abaixo, a hipótese inicial foi<br />

negada e nos leva a refletir sobre outras necessida<strong>de</strong>s, como a dos alunos <strong>de</strong>sistentes, não inclusos nos<br />

resultados abaixo e que po<strong>de</strong>m ter <strong>de</strong>sistido por não possuir computador em casa e não possuir condições<br />

para se locomover até as escolas participantes do programa.<br />

7


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

5. CONCLUSÃO<br />

100,00%<br />

90,00%<br />

80,00%<br />

70,00%<br />

60,00%<br />

50,00%<br />

40,00%<br />

30,00%<br />

20,00%<br />

10,00%<br />

0,00%<br />

60,00%<br />

50,00%<br />

40,00%<br />

30,00%<br />

20,00%<br />

10,00%<br />

0,00%<br />

Sim Não<br />

Figura 4. Pergunta “Tem computador em casa?”<br />

Discada Banda larga Não tenho<br />

Figura 5. Pergunta “Possui conexão à Internet em casa?”<br />

O ensino à distancia foi eficaz para a proposta inicial do projeto – ele pô<strong>de</strong> ser utilizado para motivar<br />

estudantes e localizar talentos para a área <strong>de</strong> Tecnologia da Informação. Os resultados positivos obtidos pelos<br />

101 concluintes <strong>de</strong>monstram isso <strong>de</strong> forma clara. Segundo a Secretaria <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico <strong>de</strong><br />

Araraquara, todos os concluintes foram convidados para estágios ou cursos pelas empresas instaladas na<br />

cida<strong>de</strong>. Essa mesma Secretaria está se preparando para repetir o programa, com início marcado para Agosto<br />

<strong>de</strong> 2007.<br />

O trabalho em equipe e a metodologia baseada em assuntos <strong>de</strong> interesse dos jovens foi muito importante<br />

para manter o interesse e motivação. A opção por ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e produção em equipes foi<br />

uma forma eficaz encontrada para auxiliar os alunos no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s complexas, como<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> site, blog, jogos e programação robótica, além <strong>de</strong> uma estratégia facilitadora da troca <strong>de</strong><br />

informação. Isso já havia sido constatado por Moran (2007), quando o mesmo afirma que um bom curso é<br />

mais do que conteúdo, é pesquisa, troca, produção conjunta.<br />

Apren<strong>de</strong>mos que é preciso oferecer suporte adicional, como bolsas ou subsídios para transporte e<br />

alimentação, no caso <strong>de</strong> alunos com residência distante do laboratório-base <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s.<br />

8


AGRADECIMENTOS<br />

Intel Educação; Microsoft Educação; Secretaria <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e Secretaria Municipal <strong>de</strong><br />

Educação do Município <strong>de</strong> Araraquara; Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências – Unesp – Bauru<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Carvalho, M. G..Tecnologia, <strong>de</strong>senvolvimento social e educação tecnológica. Acessado em 2 Março<br />

2006..<br />

Casério, V. M. R.; Barros, D. M. V., 2004, Educação <strong>de</strong> jovens e adultos na socieda<strong>de</strong> da informação e do conhecimento.<br />

In: Corações e Mentes.<br />

Kawamura, L., 1990. Novas tecnologias e educação. Ática, São Paulo, Brasil.<br />

Lévy, P., 1993, Tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. In: Rio <strong>de</strong> Janeiro: Ed. 34,<br />

1993. 208p.<br />

Moran, J. M., O que é educação a distância. Acessado em 20 Janeiro 2007. <br />

Moran, J. M., Mudanças profundas e urgentes na educação. Acessado em 15 Janeiro 2007.<br />

<br />

Moran, J. M., Tendências da educação online no Brasil. Acessado em 15 Janeiro 2007.<br />

<br />

Postman, N., 1993, The Judgment of Thamus. In: Technopoly – The surren<strong>de</strong>r of culture to technology.<br />

BRASIL(1). PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra <strong>de</strong> Domicílios. Acessado em 20 Janeiro <strong>de</strong> 2007.<br />

<br />

BRASIL(2). Lei <strong>de</strong> Diretrizes e bases da educação nacional.<br />

BRASIL(3). IBGE – Cida<strong>de</strong>s. Acessado em 15 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2007. <br />

BRASIL(4). Sistema <strong>de</strong> Informação da Educação Profissional/ Cadastro Nacional <strong>de</strong> Cursos <strong>de</strong> educação profissional <strong>de</strong><br />

nível Técnico (SIEP/CNCT). Acessado em 20 Janeiro 2007. <br />

E-Learning Brasil. Acessado em 15 Janeiro 2007. <br />

EUA ISTE – International Society for Technology in Education. National educational technology standards for stu<strong>de</strong>nts:<br />

connecting curriculum and technology.<br />

Projeto <strong>de</strong> lei torna informática obrigatória no Ensino Médio. Tecnologia da informação e convergência, 2007. In:<br />

Revista TIC – Brasil.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

GERAÇÃO (SEMI)AUTOMÁTICA DE METADADOS: UM<br />

CONTRIBUTO PARA A RECUPERAÇÃO DE OBJECTOS<br />

DE APRENDIZAGEM<br />

Vitor Gonçalves<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Educação – Instituto Politécnico <strong>de</strong> Bragança<br />

Campus <strong>de</strong> Santa Apolónia, Apartado 1101, 5301-856 Bragança<br />

vg@ipb.pt<br />

Eurico Carrapatoso<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia da Universida<strong>de</strong> do Porto / INESC Porto<br />

Rua Dr. Roberto Frias, s/n 4200-465 Porto<br />

emc@fe.up.pt<br />

RESUMO<br />

A alteração da Lei <strong>de</strong> Bases do Sistema Educativo Português, impulsionada pelo Processo <strong>de</strong> Bolonha, abre várias<br />

oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> utilização do e-Learning não só no âmbito da formação contínua, mas também no contexto da formação<br />

inicial. Tal como em muitas outras instituições, o Moodle foi a opção <strong>de</strong> b-Learning mais natural e viável para a Escola<br />

Superior <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Bragança. Com os recentes cursos (Plano Bolonha) foram i<strong>de</strong>ntificados novos requisitos:<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obter informação actual sobre os programas e conteúdos das diferentes disciplinas para suportar a tomada<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> inscrição em novas disciplinas; exigência <strong>de</strong> uma aprendizagem rápida; e obtenção <strong>de</strong> informação para<br />

suportar processos interdisciplinares. Essa informação resi<strong>de</strong> na plataforma <strong>de</strong> e-Learning. Contudo, o Moodle não possui<br />

um mecanismo <strong>de</strong> pesquisa próprio que permita localizar e recuperar informação sobre os recursos <strong>de</strong> aprendizagem,<br />

garantindo que o objecto <strong>de</strong> aprendizagem propriamente dito não seja visualizado por utilizadores ou alunos não<br />

autorizados. A <strong>geração</strong> (<strong>semi</strong>)<strong>automática</strong> <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> para facilitar a localização e recuperação dos objectos <strong>de</strong><br />

aprendizagem foi a solução encontrada para respon<strong>de</strong>r aos requisitos i<strong>de</strong>ntificados sem afectar a estrutura global do<br />

sistema <strong>de</strong> e-Learning. Assim, este artigo tem como principal objectivo <strong>de</strong>screver as activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> especificação e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da solução encontrada.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

e-Learning, <strong>metadados</strong>, ontologias, Web Semântica, RDF, SPARQL.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

A alteração da Lei <strong>de</strong> Bases do Sistema Educativo Português, impulsionada pelo Processo <strong>de</strong> Bolonha, passou<br />

a reconhecer o conhecimento como um bem universal, a evi<strong>de</strong>nciar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tornar o Ensino<br />

Superior mais atractivo e mais próximo dos interesses da socieda<strong>de</strong>; a admitir a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptar o<br />

processo <strong>de</strong> aprendizagem aos conceitos e perspectivas da socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna e aos meios tecnológicos<br />

disponíveis, a promover a mobilida<strong>de</strong> e a dimensão europeia do Ensino Superior, a fomentar a aprendizagem<br />

ao longo da vida e, por último, a assumir legal e formalmente o ensino a distância como uma das<br />

modalida<strong>de</strong>s especiais <strong>de</strong> educação escolar. Por conseguinte, prefiguram-se vários cenários <strong>de</strong> utilização do<br />

e-Learning não só no âmbito da formação contínua e ensino recorrente, mas também no contexto da<br />

formação inicial do Ensino Superior (licenciaturas e mestrados).<br />

Uma das plataformas <strong>de</strong> e-Learning que mais interesse tem <strong>de</strong>spertado nos últimos anos é o Moodle<br />

Course Management System. Tal como em muitas outras instituições, esta foi a opção <strong>de</strong> e-Learning e <strong>de</strong> b-<br />

Learning mais natural e viável para a Escola Superior <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Bragança (ESEB).<br />

Um sistema <strong>de</strong> e-Learning representa um ambiente <strong>de</strong> aprendizagem, no qual a distribuição <strong>de</strong> conteúdos<br />

multimédia, a interacção social e o apoio na aprendizagem são suportados pela Internet, Intranet ou Extranet.<br />

10


Ao longo dos últimos anos, a ESEB tem vindo a recorrer a vários sistemas <strong>de</strong> informação para a Web<br />

(incluindo os sistemas para suportar a aprendizagem) para disponibilizar o acesso à informação. Mas, a<br />

<strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> conhecimento nem sempre é uma tarefa fácil, já que o processo <strong>de</strong> recuperação, análise e<br />

agregação <strong>de</strong> informação é cada vez mais complicado. A gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação e a discrepância<br />

entre essa informação, a varieda<strong>de</strong> das fontes <strong>de</strong> informação e a falta <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> integração <strong>de</strong>ssas<br />

fontes, bem como as limitações dos mecanismos <strong>de</strong> recuperação, são alguns dos motivos que afectam<br />

negativamente esta situação.<br />

Alguns <strong>de</strong>stes problemas relacionam-se com questões <strong>de</strong> interoperabilida<strong>de</strong> e com a ausência <strong>de</strong><br />

mecanismos <strong>de</strong> pesquisa que permitam procuras num <strong>de</strong>terminado contexto específico. A forma <strong>de</strong> procurar<br />

informação, disponibilizada pelos motores <strong>de</strong> busca actuais, através <strong>de</strong> palavras-chave <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong><br />

significado e contexto, leva a que muitas das vezes a informação passe <strong>de</strong>spercebida, seja difícil <strong>de</strong> localizar<br />

ou, simplesmente, esteja inacessível em bases <strong>de</strong> dados apenas pesquisáveis com aplicações específicas.<br />

A Web foi criada com a visão <strong>de</strong> que seria um espaço on<strong>de</strong> a informação teria um significado bem<br />

<strong>de</strong>finido, facilitando a cooperação e a comunicação entre as pessoas e os agentes <strong>de</strong> software (Berners-Lee et<br />

al., 2001). Passada mais <strong>de</strong> uma década do seu lançamento, essa visão ainda não foi alcançada. A Web<br />

continua organizada na perspectiva dos humanos (linguagem natural e ênfase na apresentação através da<br />

linguagem HTML), o que torna a busca <strong>de</strong> informação uma tarefa árdua. Há que encontrar soluções <strong>de</strong><br />

representação, organização, integração, intercâmbio e compreensão semântica da informação tanto na óptica<br />

dos humanos, como na óptica das máquinas ou dos agentes <strong>de</strong> software. É neste contexto que surge a<br />

<strong>de</strong>nominada Web Semântica (Semantic Web) (W3C, 2001) como um cenário <strong>de</strong>sejável para a Web. A Web<br />

Semântica é uma iniciativa li<strong>de</strong>rada pelo World Wi<strong>de</strong> Web Consortium (W3C), cujo propósito principal é<br />

recomendar e especificar tecnologias e linguagens que facilitem a integração, intercâmbio e compreensão<br />

semântica da informação tanto na óptica dos humanos, como na óptica das máquinas, nomeadamente através<br />

dos <strong>metadados</strong> (dados sobre dados), das ontologias (forma <strong>de</strong> representar explicitamente a semântica dos<br />

dados <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado domínio) e dos agentes <strong>de</strong> software (componente <strong>de</strong> software capaz <strong>de</strong> actuar <strong>de</strong><br />

forma a resolver tarefas em nome do seu utilizador).<br />

A i<strong>de</strong>ia da Web Semântica po<strong>de</strong> resumir-se à seguinte questão: como fazer com que os computadores<br />

entendam o conteúdo da Web? O primeiro passo será organizar e estruturar a informação e o segundo será<br />

adicionar semântica às informações da Web, <strong>de</strong> tal forma que os agentes <strong>de</strong> software as possam compreen<strong>de</strong>r.<br />

Primeiramente, o recurso a <strong>metadados</strong> permitirá registar a estrutura, o contexto e o significado dos recursos<br />

<strong>de</strong> informação, facilitando a recuperação <strong>de</strong> informação. Posteriormente, para esclarecer o significado<br />

universalmente aceite nos diversos domínios do conhecimento, será necessário recorrer às ontologias para<br />

melhor orientar os agentes <strong>de</strong> software. Contudo, a <strong>geração</strong> manual <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> e <strong>de</strong> ontologias tem<br />

limitado o almejado sucesso dos sistemas que recorrem às potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stas duas tecnologias.<br />

Neste sentido, após referir sucintamente os conceitos e o estado da arte do e-Learning e das tecnologias<br />

<strong>de</strong> <strong>metadados</strong>, este artigo apresenta uma proposta para a <strong>geração</strong> (<strong>semi</strong>)<strong>automática</strong> <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> a partir dos<br />

objectos <strong>de</strong> aprendizagem publicados num sistema <strong>de</strong> e-Learning Moodle e explicita sucintamente os<br />

aspectos mais relevantes inerentes às activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> especificação e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento dos módulos<br />

correspon<strong>de</strong>ntes e dos mecanismos <strong>de</strong> pesquisa baseados em <strong>metadados</strong> que corroboram a utilida<strong>de</strong> da<br />

proposta.<br />

2. E-LEARNING<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Genericamente, o e-Learning preocupa-se, por um lado, com a comunicação entre o professor e o aluno<br />

(interacção social e intra-pessoal) e, por outro, com os conteúdos do curso (interacção com os recursos <strong>de</strong><br />

aprendizagem). É esta última componente que interessa no âmbito <strong>de</strong>ste artigo.<br />

Nesta última década surgiram no mercado plataformas a<strong>de</strong>quadas à criação <strong>de</strong> ambientes <strong>de</strong><br />

aprendizagem hipermédia ou sistemas <strong>de</strong> e-Learning que integram tecnologias Web para permitir uma rápida<br />

distribuição e actualização dos conteúdos, tecnologias <strong>de</strong> comunicação para promover a interacção<br />

síncrona/assíncrona e ferramentas <strong>de</strong> autor para a criação <strong>de</strong> aplicações multimédia.<br />

Não menosprezando as vantagens <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>stas plataformas, a verda<strong>de</strong> é que muitas das<br />

experiências <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> e-Learning não têm obtido resultados satisfatórios <strong>de</strong>vido, por<br />

um lado, ao tipo <strong>de</strong> matérias e <strong>de</strong> <strong>de</strong>stinatários e, por outro, aos conteúdos disponibilizados.<br />

11


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

No primeiro caso, justifica-se que o e-Learning tenda a ser complementado com sessões presenciais (esta<br />

combinação das duas formas <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>signa-se por b-Learning ou Blen<strong>de</strong>d Learning) (Hofmann, 2002),<br />

maximizando os proveitos e minimizando os prejuízos que ambos possam acarretar. No segundo caso, há que<br />

reconhecer <strong>de</strong>finitivamente que a transposição simples e directa dos conteúdos do ensino presencial para um<br />

formato digital (por exemplo, PDF) não é a solução a<strong>de</strong>quada para criar cursos <strong>de</strong> e-Learning com qualida<strong>de</strong><br />

e susceptíveis <strong>de</strong> proporcionar verda<strong>de</strong>iramente a aprendizagem.<br />

As tecnologias, por si só, não são suficientes para obter sistemas <strong>de</strong> e-Learning a<strong>de</strong>quados às<br />

necessida<strong>de</strong>s dos professores e alunos, pelo que o mo<strong>de</strong>lo pedagógico inerente à organização e estruturação<br />

dos conteúdos não <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>scurado.<br />

O reconhecimento <strong>de</strong>sta situação traduziu-se numa constante procura <strong>de</strong> soluções para a criação,<br />

representação e estruturação dos conteúdos <strong>de</strong> aprendizagem, <strong>de</strong>stacando-se os esforços <strong>de</strong> consórcios,<br />

entida<strong>de</strong>s ou iniciativas, tais como: ADL (Advanced Distributed Learning), IMS/GLC (Instructional<br />

Management Systems Global Learning Consortium), IEEE/LTSC (Institute of Electrical and Electronics<br />

Engineers Learning Technology Standards Committee), AICC (Aviation Industry CBT (Computer-Based<br />

Training) Committee), ARIADNE (ARIADNE Foundation), entre outras.<br />

No contexto do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> conteúdos <strong>de</strong> aprendizagem, po<strong>de</strong>mos encontrar sistemas <strong>de</strong><br />

aprendizagem electrónica em 4 etapas distintas <strong>de</strong> evolução (Torres et al., 2006).<br />

A primeira etapa caracteriza-se pela publicação <strong>de</strong> disciplinas ou cursos <strong>de</strong> formação compostos por<br />

conteúdos indivisíveis ou inseparáveis (a baixa granularida<strong>de</strong> dos cursos e dos conteúdos muito dificilmente<br />

permitia a sua combinação e reutilização).<br />

A segunda etapa aposta na publicação dos conteúdos <strong>de</strong> aprendizagem através <strong>de</strong> aplicações simples<br />

(páginas <strong>de</strong> texto, páginas HTML e alguns recursos multimédia). A interacção com os conteúdos centra-se<br />

em objectos <strong>de</strong> aprendizagem (learning objects ou simplesmente LOs) que podiam ser anotados com<br />

<strong>metadados</strong> e distribuídos através <strong>de</strong> IMS-CP (IMS Content Packaging). A granularida<strong>de</strong>, a <strong>de</strong>finição dos<br />

objectivos, a combinação, a reutilização e a interoperabilida<strong>de</strong> dos LOs passaram a ser as principais<br />

preocupações no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> e-cursos.<br />

Os LOs baseiam-se na filosofia da programação por objectos das ciências da computação, pelo que a i<strong>de</strong>ia<br />

é construir pequenas peças <strong>de</strong> instrução para serem reutilizadas em diferentes contextos <strong>de</strong> aprendizagem,<br />

como se <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> LEGO se tratasse. Embora o LOMWG (Learning Objects Metadata Working Group) do<br />

IEEE/LTSC apresente uma <strong>de</strong>finição mais ampla, vamos consi<strong>de</strong>rar um LO como um recurso digital (texto,<br />

imagem, som, ví<strong>de</strong>o, applet Java, filme flash, programa <strong>de</strong> simulação, entre outros componentes distribuídos<br />

por intermédio <strong>de</strong> plug-ins apropriados) que po<strong>de</strong> ser reutilizado para apoiar a aprendizagem.<br />

A granularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um LO po<strong>de</strong> variar da simples imagem ou gráfico até ao currículo completo <strong>de</strong> uma<br />

lição ou curso (LOMWG, 2002). Não obstante, quanto maior for a dimensão do LO, menor será a sua<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reutilização. Logo, quanto maior for a granularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma disciplina ou curso <strong>de</strong><br />

formação, maior é a sua flexibilida<strong>de</strong> e, consequentemente, do sistema <strong>de</strong> e-Learning.<br />

A terceira etapa tem vindo a apostar em especificações para agregar os conteúdos educativos,<br />

nomeadamente especificações simples centradas em sequências <strong>de</strong> objectos <strong>de</strong> aprendizagem, tais como,<br />

IMS-SS (Simple Sequencing), impulsionando a normalização através do SCORM (Sharable Content Object<br />

Resource Mo<strong>de</strong>l). O SCORM é um conjunto <strong>de</strong> normas, especificações e orientações técnicas para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> conteúdos <strong>de</strong> aprendizagem e respectivos <strong>metadados</strong>, <strong>de</strong> modo a garantir a reutilização,<br />

interoperabilida<strong>de</strong>, durabilida<strong>de</strong> e acessibilida<strong>de</strong> (ADL, 2004).<br />

O Mo<strong>de</strong>lo SCORM não é mais do que um manual <strong>de</strong> boas práticas composto <strong>de</strong> 4 manuais técnicos:<br />

1) SCORM Overview Book: disponibiliza a introdução aos conceitos chave do SCORM, entre outras<br />

informações conceptuais;<br />

2) SCORM Content Aggregation Mo<strong>de</strong>l: mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> agregação <strong>de</strong> conteúdos que especifica como<br />

encontrar, combinar, agregar, <strong>de</strong>screver, sequenciar e mover recursos <strong>de</strong> aprendizagem, usando<br />

<strong>metadados</strong> na importação ou exportação entre sistemas;<br />

3) SCORM Run-Time Environment: ambiente <strong>de</strong> execução que especifica como executar os conteúdos e<br />

como registar o percurso do aluno, tendo como objectivo a interoperabilida<strong>de</strong> entre recursos <strong>de</strong><br />

aprendizagem e LMSs (Learning Management Systems);<br />

4) SCORM Sequencing and Navigation: sequenciação e navegação que <strong>de</strong>screve como os conteúdos<br />

po<strong>de</strong>m ser or<strong>de</strong>nados para o aluno.<br />

A quarta etapa avança lentamente para a adopção <strong>de</strong> linguagens <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lação educativas que permitem<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> aprendizagem com maior flexibilida<strong>de</strong> pedagógico-didáctica.<br />

12


Contrariamente às etapas anteriores, é colocada ênfase na personalização dos conteúdos e promovida uma<br />

participação mais activa do aluno no processo <strong>de</strong> aprendizagem, através da mo<strong>de</strong>lação <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

aprendizagem compostas, essencialmente, por cenários ou ambientes, objectivos, activida<strong>de</strong>s, recursos ou<br />

objectos <strong>de</strong> aprendizagem, serviços e perfis. Este processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lação é conhecido por Learning Design e<br />

correspon<strong>de</strong> ao plano ou projecto <strong>de</strong> aprendizagem baseado num <strong>de</strong>terminado método pedagógico que <strong>de</strong>riva<br />

do Instructional Design (processo sistemático <strong>de</strong> tradução dos princípios gerais <strong>de</strong> ensino/aprendizagem em<br />

planos para materiais <strong>de</strong> ensino/aprendizagem, ou seja, a análise sistemática das necessida<strong>de</strong>s dos alunos<br />

<strong>de</strong>ve resultar na planificação das estratégias e materiais mais a<strong>de</strong>quados para satisfazer essas necessida<strong>de</strong>s).<br />

A proposta que mais interesse tem <strong>de</strong>spertado na comunida<strong>de</strong> científica tem sido a especificação IMS-<br />

Learning Design, enquanto especificação que permite a planificação da aprendizagem e a concepção <strong>de</strong><br />

recursos educativos a<strong>de</strong>quados, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da metodologia pedagógica adoptada.<br />

3. METADADOS<br />

Embora não sejam um conceito recente, os <strong>metadados</strong> têm vindo a assumir uma importância crescente no<br />

âmbito da gestão e recuperação <strong>de</strong> informação. Em primeira instância, <strong>metadados</strong> são “dados sobre dados”.<br />

São um conjunto <strong>de</strong> dados estruturados que <strong>de</strong>screvem, explicam e localizam a informação, i.e., tornam mais<br />

fácil recuperar, usar ou controlar um recurso <strong>de</strong> informação (DCMI, 2002).<br />

Os <strong>metadados</strong> não se aplicam apenas a informação textual, mas também a outros recursos digitais tais<br />

como imagens, músicas ou ví<strong>de</strong>os. A adição <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrições textuais a esse tipo <strong>de</strong> recursos tem vindo a ser<br />

uma forma <strong>de</strong> os in<strong>de</strong>xar e catalogar, permitindo melhores resultados na sua localização e recuperação. Os<br />

<strong>metadados</strong> fornecem pistas, rotuladas pelas tags XML, para que as máquinas possam “compreen<strong>de</strong>r” a<br />

informação. Fornecem as bases para que os computadores tenham acesso a camadas <strong>de</strong> conhecimento que<br />

anteriormente só po<strong>de</strong>riam existir ou ser utilizadas pelo cérebro humano através da interpretação do<br />

significado dos documentos. A adição <strong>de</strong> um maior nível semântico à camada <strong>de</strong> informação permitirá que os<br />

computadores possam realizar inferências com vista à <strong>geração</strong> <strong>de</strong> novo conhecimento ou à sua reutilização.<br />

A criação dos <strong>metadados</strong> po<strong>de</strong> ocorrer aquando da criação do recurso <strong>de</strong> informação à qual se referem ou<br />

aquando do processo <strong>de</strong> classificação e in<strong>de</strong>xação do documento. Face à falta <strong>de</strong> especialistas para classificar<br />

e in<strong>de</strong>xar os recursos no contexto <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> e-Learning, muitas vezes a concepção <strong>de</strong> um recurso<br />

digital e a criação dos <strong>metadados</strong> para esse recurso ocorrem ao mesmo tempo e o autor do recurso é também<br />

o autor dos <strong>metadados</strong>, ou seja, o professor.<br />

Os <strong>metadados</strong> po<strong>de</strong>m ser parte integrante do documento ao qual se referem ou estarem armazenados num<br />

documento diferente daquele que contem a informação propriamente dita. É <strong>de</strong>sejável que os <strong>metadados</strong> e os<br />

dados do recurso sejam mantidos em documentos separados para permitir diferentes graus <strong>de</strong> acesso aos<br />

<strong>metadados</strong> (po<strong>de</strong> haver necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> disponibilizar uma maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> a um professor do<br />

que a um aluno), para oferecer diferentes <strong>de</strong>scrições consoante o contexto (aquando da reutilização <strong>de</strong> um<br />

recurso por diferentes autores, po<strong>de</strong> haver necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r a alterações somente nos <strong>metadados</strong>,<br />

mantendo-se inalterável o recurso e vice-versa) ou mesmo para fornecer diferentes manifestações <strong>de</strong> um<br />

objecto conceptual (um documento textual em PDF e o mesmo documento numa versão áudio armazenada<br />

num ficheiro MP3 referidas na mesma <strong>de</strong>scrição ou <strong>metadados</strong>). Esta estratégia po<strong>de</strong> não ser necessária, ou<br />

mesmo a<strong>de</strong>quada, se a linguagem para a <strong>de</strong>scrição dos recursos permitir a riqueza semântica suficiente, como<br />

é o caso da RDF (Resource Description Framework).<br />

O esquema <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> mais popular é o DCM ou Dublin Core Metadata (não esquecendo o MARC 21<br />

Concise Format for Bibliographic Data no âmbito das bibliotecas e centros <strong>de</strong> documentação), enquanto que<br />

o LOM ou Learning Object Metadata é o mais utilizado no campo da Educação. Contudo, a RDF é a<br />

proposta que mais se <strong>de</strong>staca no contexto particular da Web Semântica, uma vez que é uma recomendação<br />

W3C e permite expressar os conjuntos <strong>de</strong> elementos <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> dos esquemas DCM e LOM.<br />

3.1 Dublin Core Metadata<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

As normas <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> NISO Z39.85-2001 e ISO 15836-2003, que dizem respeito à especificação formal<br />

do Dublin Core Metadata Element Set (DCMES), correspon<strong>de</strong>m a um conjunto <strong>de</strong> especificações para a<br />

<strong>de</strong>scrição dos recursos da informação <strong>de</strong> um qualquer domínio do conhecimento através <strong>de</strong> um vocabulário<br />

13


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

<strong>de</strong> 15 elementos. O DCMES usa quinze elementos (<strong>de</strong>signados Core Elements) para <strong>de</strong>screver qualquer<br />

recurso <strong>de</strong> informação (DCMI, 2002):<br />

• Title (título ou nome atribuído ao recurso);<br />

• Creator (entida<strong>de</strong> responsável pela criação ou existência do recurso);<br />

• Subject (assunto e palavras-chave que caracterizam o conteúdo do recurso);<br />

• Description (<strong>de</strong>scrição ou resumo do conteúdo do recurso);<br />

• Publisher (entida<strong>de</strong> responsável por editar, publicar ou manter acessível o recurso);<br />

• Contributor (entida<strong>de</strong> responsável por qualquer contribuição para o conteúdo do recurso);<br />

• Date (data inerente à criação ou publicação do recurso);<br />

• Type (tipo, função, natureza ou género do recurso);<br />

• Format (formato do recurso: físico ou digital, tamanho ou duração);<br />

• I<strong>de</strong>ntifier (referência para i<strong>de</strong>ntificar o recurso num <strong>de</strong>terminado contexto: URI, ISBN, etc.);<br />

• Source (referência a um recurso <strong>de</strong> on<strong>de</strong> o recurso actual <strong>de</strong>riva);<br />

• Language (língua do conteúdo intelectual do recurso: pt, en, fr);<br />

• Relation (referência a um recurso relacionado);<br />

• Coverage (extensão, alcance ou âmbito do recurso);<br />

• Rights (gestão dos direitos: direitos <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> intelectual, direitos <strong>de</strong> autor, entre outros).<br />

A norma Dublin Core Metadata (DCM) inclui dois níveis para a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> recursos: simples (simple) e<br />

qualificado (qualified). Os esquemas <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> que usam apenas os quinze elementos mencionados<br />

<strong>de</strong>signam-se por Simple Dublin Core Metadata. Cada um <strong>de</strong>stes quinze elementos po<strong>de</strong> ser refinado com<br />

recurso a um conjunto limitado <strong>de</strong> qualificadores (Dublin Core Qualifiers). Os esquemas <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> que,<br />

para além dos 15 elementos que constituem o DCMES, usam outros elementos (Audience, Provenance,<br />

RightsHol<strong>de</strong>r, accrualMethod, accrualPeriodicity, accrualPolicy, instructionalMethod) e os elementos <strong>de</strong><br />

refinamento <strong>de</strong>signam-se por Qualified Dublin Core Metadata (Hillmann, 2005).<br />

Tanto o Simple DC como o Qualified DC, para além <strong>de</strong> serem expressos em XML (eXtensible Markup<br />

Language), também po<strong>de</strong>m ser codificados em: Expressing Simple Dublin Core in RDF/XML e Expressing<br />

Qualified Dublin Core in RDF/XML.<br />

No contexto das ferramentas para o e-Learning, o editor eXe (eLearning XHTML editor) é uma das<br />

ferramentas que usa a especificação DCM para anotar os objectos <strong>de</strong> aprendizagem.<br />

3.2 Learning Object Metadata<br />

Os <strong>metadados</strong> LOM (Learning Object Metadata) são uma norma ou especificação que permite <strong>de</strong>screver e<br />

facilitar a localização e a recuperação <strong>de</strong> LOs. Os atributos que permitem a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> um LO po<strong>de</strong>m ser<br />

agrupados em nove categorias (LOMWG, 2002):<br />

• Geral (General) - refere-se a informação geral que <strong>de</strong>screve o LO como um todo;<br />

• Ciclo <strong>de</strong> vida (Lifecycle) - agrupa os atributos referentes ao ciclo <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> um recurso: a história <strong>de</strong><br />

um LO e respectivos contributos para essa evolução, para além dos inerentes ao estado actual <strong>de</strong>sse LO;<br />

• Meta-<strong>metadados</strong> (Metametadata) - reúne informações sobre a própria instância dos <strong>metadados</strong> (em vez<br />

do LO que a instância do metadado <strong>de</strong>screve). Ou seja, <strong>de</strong>screve os <strong>metadados</strong> que in<strong>de</strong>xam o LO;<br />

• Técnica (Technical) - agrupa os requisitos e características técnicas do LO;<br />

• Educacional (Educational) - agrupa os atributos pedagógicos do LO;<br />

• Direitos (Rights) - agrupa os direitos <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> intelectual e condições <strong>de</strong> utilização do LO;<br />

• Relação (Relation) – inci<strong>de</strong> nos atributos inerentes às relações entre recursos, ou seja, agrupa<br />

características que <strong>de</strong>finem a relação entre o LO e outros objectos educacionais correlacionados;<br />

• Anotação (Annotation) - permite comentários sobre o uso educacional do LO e provê informação <strong>de</strong><br />

quando e por quem foram criados os comentários;<br />

• Classificação (Classification) - <strong>de</strong>screve a posição do LO em relação a um sistema <strong>de</strong> classificação - UDC<br />

(Universal Decimal Classification) ou ARIADNE, etc.<br />

Tal como para o DCM, têm também vindo a ser <strong>de</strong>senvolvidos esforços para <strong>de</strong> expressar o LOM em<br />

RDF (Nilsson et al., 2003): Draft IEEE Learning Object Metadata RDF binding (IEEE LTSC P1484.12.4).<br />

No contexto das ferramentas para o e-Learning, o RELOAD editor, RELOAD LD editor e LomPad são<br />

algumas das ferramentas que usam a especificação LOM para anotar os objectos <strong>de</strong> aprendizagem.<br />

14


3.3 Resource Description Framework<br />

A Resource Description Framework (RDF) é uma framework, tecnologia ou linguagem para representar<br />

informação na Web (Lassila e Swick, 1999). A RDF é uma linguagem que permite a codificação, o<br />

intercâmbio e a reutilização <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> estruturados (Daconta et al., 2003). Basicamente, a RDF fornece<br />

uma forma <strong>de</strong> associar proprieda<strong>de</strong>s a recursos, através <strong>de</strong> statements. Um statement (<strong>de</strong>claração) tem três<br />

componentes: resource (recurso), property (proprieda<strong>de</strong>) e value (valor), através dos quais é possível<br />

<strong>de</strong>screver os recursos <strong>de</strong> informação dis<strong>semi</strong>nados na re<strong>de</strong>, <strong>de</strong>finindo recursos e i<strong>de</strong>ntificando as suas<br />

proprieda<strong>de</strong>s e valores. Mas uma proprieda<strong>de</strong> po<strong>de</strong> representar também o relacionamento entre recursos. Para<br />

<strong>de</strong>finir o significado, as características e as relações entre recursos recorremos ao Esquema RDF (RDF<br />

Schema ou RDFS). Po<strong>de</strong>mos resumir uma <strong>de</strong>claração como “o recurso (sujeito) possui a proprieda<strong>de</strong> (predicado)<br />

com o valor (objecto). Por exemplo, a <strong>de</strong>claração teria<br />

o significado: A página http://www.vgportal.ipb.pt (recurso) tem como autor (proprieda<strong>de</strong>) Vitor Gonçalves<br />

(valor), tal como se po<strong>de</strong> ver no grafo da figura 1.<br />

Figure 1. Grafo <strong>de</strong> um Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Dados RDF<br />

Ou seja, um conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrições RDF <strong>de</strong>screve um recurso. Se aplicarmos a sintaxe RDF baseada em<br />

XML ao grafo acima obtemos o seguinte código:<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Vitor Gonçalves<br />

<br />

<br />

Num diagrama <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> dados, um objecto po<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>r a outro recurso i<strong>de</strong>ntificado por um<br />

URI, uma string ou outro qualquer tipo <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>finido em XML. Por exemplo, se necessitarmos fornecer<br />

mais informação sobre o autor (e-mail e instituição), o valor “Vitor Gonçalves” teria que ser substituído por<br />

um recurso (i<strong>de</strong>ntificado por um URI) com as proprieda<strong>de</strong>s (nome, e-mail e instituição).<br />

Figure 2. Grafo <strong>de</strong> um Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Dados RDF<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Mas, mesmo assim, há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> especificar que <strong>de</strong>verá ser indiferente usar como i<strong>de</strong>ntificação<br />

“Gonçalves, Vitor”, “Vitor Gonçalves” ou “Vitor M. B. Gonçalves”, pois o mecanismo <strong>de</strong> busca interpretálos-á<br />

correctamente, já que cada proprieda<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong> a um tipo <strong>de</strong>finido globalmente. Um exemplo<br />

similar é a confusão entre datas do tipo UK (dia/mês/ano) e do tipo US (mês/dia/ano) (Thompson, 2004).<br />

A RDF não fornece a informação suficiente para que uma máquina (aplicação ou agente <strong>de</strong> software)<br />

perceba que o valor <strong>de</strong> uma proprieda<strong>de</strong> que representa um autor é uma referência a uma pessoa e não a uma<br />

instituição, localida<strong>de</strong> ou veículo. Necessitamos <strong>de</strong> um esquema que vali<strong>de</strong> as afirmações expressas em RDF.<br />

Necessitamos do esquema RDFS ou <strong>de</strong> outra proposta ontológica (OWL é a recomendação do W3C).<br />

Genericamente, o RDF Core (termo utilizado para distinguir o núcleo RDF do esquema RDFS) <strong>de</strong>fine<br />

como <strong>de</strong>screver as proprieda<strong>de</strong>s e os valores dos recursos, enquanto que o RDF Schema <strong>de</strong>fine as<br />

proprieda<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m ser utilizadas para <strong>de</strong>finir esquemas.<br />

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4. GERAÇÃO AUTOMÁTICA DE METADADOS<br />

Esta secção tem por objectivo apresentar um protótipo para a <strong>geração</strong> (<strong>semi</strong>)<strong>automática</strong> <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> a partir<br />

dos LOs publicados num sistema <strong>de</strong> e-Learning Moodle com vista a facilitar a localização e recuperação dos<br />

conteúdos educativos ou simplesmente <strong>de</strong> informações acerca <strong>de</strong>sses conteúdos (i.e. <strong>metadados</strong>).<br />

Primeiramente convém referir os parâmetros principais que influenciaram a escolha da plataforma Moodle:<br />

• É um software Open Source, permitindo o seu uso e modificação, respeitando a licença GNU;<br />

• Baseia-se no Construtivismo, nomeadamente no Construcionismo Social;<br />

• Oferece um ambiente intuitivo e agradável caracterizado pela flexibilida<strong>de</strong> e facilida<strong>de</strong> na navegação;<br />

• Disponibiliza <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> recursos e activida<strong>de</strong>s suficientes para a criação on-line <strong>de</strong> LOs,<br />

evitando que os professores se limitem a disponibilizar apenas documentos PDF, Word ou Power Point;<br />

• Permite a importação e execução <strong>de</strong> pacotes SCORM <strong>de</strong>senvolvidos em editores (tais como: Editor eXe<br />

e Editor RELOAD e Editor Reload Learning Design) facilitando o intercâmbio e reutilização <strong>de</strong> LOs;<br />

• A inclusão <strong>de</strong> Learning Design através <strong>de</strong> um motor <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> aprendizagem é<br />

possível através da integração com sistema LAMS (Learning Activity Management System);<br />

• É um ambiente modular, permitindo o <strong>de</strong>senvolvimento e a adição <strong>de</strong> novos módulos e blocos.<br />

Tal como referimos, os cursos a<strong>de</strong>quados ao processo <strong>de</strong> Bolonha originaram a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> novos<br />

requisitos. Referíamo-nos mais concretamente ao seguinte:<br />

• Os cursos a<strong>de</strong>quados ao processo <strong>de</strong> Bolonha permitem que os alunos possam escolher disciplinas <strong>de</strong><br />

outros cursos para complementarem o seu plano <strong>de</strong> estudo. Para tal, necessitam <strong>de</strong> informação actual<br />

sobre os programas e conteúdos leccionados nas diferentes disciplinas para po<strong>de</strong>rem tomar <strong>de</strong>cisões.<br />

• Reconhece-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há muito tempo que a prática da interdisciplinarida<strong>de</strong> é relevante para o processo<br />

<strong>de</strong> aprendizagem e <strong>de</strong> formação do aluno. Mas, o diálogo entre professores nem sempre é possível e<br />

muitas vezes a interdisciplinarida<strong>de</strong> fica apenas manifestada nos planos, por falta <strong>de</strong> acesso a<br />

informação sobre o processo <strong>de</strong> aprendizagem das restantes disciplinas do mesmo curso.<br />

Essa informação resi<strong>de</strong> na plataforma <strong>de</strong> e-Learning. Contudo, o Moodle não possui um mecanismo <strong>de</strong><br />

pesquisa próprio que permita localizar e recuperar informação sobre os LOs, garantindo que o LO<br />

propriamente dito não seja visualizado por alunos não autorizados. Mas, para realizar esse tipo pesquisas, os<br />

LOs <strong>de</strong>vem previamente ser <strong>de</strong>scritos através <strong>de</strong> <strong>metadados</strong>. No entanto, o Moodle não permite a anotação<br />

dos LOs (recursos e activida<strong>de</strong>s) criados on-line na plataforma. A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> importação <strong>de</strong> pacotes<br />

SCORM, IMS-CP e IMS-LD permite adicionar LOs <strong>de</strong>scritos com <strong>metadados</strong>. Contudo, a observação da<br />

prática docente mostrou-nos que muito raramente os professores o faziam.<br />

Com vista a livrar o professor do processo tedioso <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver semanticamente os recursos e evitar<br />

eventuais erros <strong>de</strong> anotação por falta <strong>de</strong> familiarização com as especificações, exigia-se que a <strong>de</strong>scrição dos<br />

LOs fosse automatizada tanto quanto possível. Neste sentido, a solução mais natural passou pela criação <strong>de</strong><br />

dois módulos para anotação (<strong>semi</strong>)<strong>automática</strong> <strong>de</strong> <strong>metadados</strong>. Um em conformida<strong>de</strong> com a especificação<br />

DCMES e o outro <strong>de</strong> acordo com a especificação IEEE-LOM (e IMS-LRM para LOM), <strong>de</strong>ixando a <strong>de</strong>cisão<br />

da escolha para o professor. Embora a norma LOM seja a mais a<strong>de</strong>quada para <strong>de</strong>screver LOs, alguns dos<br />

recursos e activida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ser anotados com DCMES, não só porque o grau <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> é menor,<br />

mas também porque no caso <strong>de</strong> artigos, posters, manuais ou referências documentais po<strong>de</strong>rá ser a<br />

especificação mais a<strong>de</strong>quada. Não obstante, posteriormente uns po<strong>de</strong>m ser mapeados nos outros caso o<br />

professor <strong>de</strong>cida alterar a especificação que <strong>de</strong>screve os LOs da sua disciplina.<br />

No caso do módulo <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> DCMES, dos 15 elementos do Simple DC, treze são gerados<br />

automaticamente, e dos 22 elementos e 33 qualificadores do Qualified DC, 30 são gerados automaticamente.<br />

Destes, os formadores do caso <strong>de</strong> estudo i<strong>de</strong>ntificaram 11 elementos sobre os quais ocasionalmente têm<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r a alterações. No caso do módulo <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> LOM, dos 35 (sub)elementos que<br />

compõem o Simple LOM (elementos e sub-elementos seleccionados para formar um perfil ou esquema <strong>de</strong><br />

<strong>metadados</strong> menos complexo para <strong>de</strong>screver os LOs do Moodle), 28 foram gerados automaticamente, e dos 58<br />

elementos e sub-elementos do Complete LOM (versão completa da especificação IEEE-LOM 1484.12.3/D2-<br />

2004), normalmente 46 elementos são gerados automaticamente (este valor po<strong>de</strong>rá ser ligeiramente inferior<br />

caso o tipo <strong>de</strong> LOs <strong>de</strong>rive <strong>de</strong> um módulo <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> novo). Destes, apenas 9 elementos foram i<strong>de</strong>ntificados<br />

pelos formadores <strong>de</strong>ste caso <strong>de</strong> estudo como elementos em que pontualmente têm necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r a<br />

alterações. A maioria dos elementos é gerada com base na informação textual dos LOs ou outras informações<br />

existentes na base <strong>de</strong> dados do sistema Moodle, à excepção da extracção <strong>de</strong> palavras-chave que se baseia em<br />

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Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

algoritmos que inci<strong>de</strong>m na correspondência dos termos com a ontologia do sistema. Não obstante, para<br />

melhorar a fase <strong>de</strong> extracção <strong>de</strong> palavras têm vindo a ser estudadas alternativas baseadas nos trabalhos <strong>de</strong><br />

Ferreira e Kofuji (2006), Lourenso (2005), Shi e outros (2003), Han e outros (2003); Takasu (2003) e<br />

Barbosa (2003).<br />

Figure 3. Geração <strong>automática</strong> <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> e recuperação <strong>de</strong> LOs<br />

A proposta acima ilustra os principais componentes <strong>de</strong>senvolvidos em PHP (dois módulos que<br />

correspon<strong>de</strong>m a duas activida<strong>de</strong>s distintas, um bloco <strong>de</strong> pesquisa baseado nos <strong>metadados</strong> armazenados na<br />

base <strong>de</strong> dados do Moodle e um motor SPARQL/RDQL baseado nos <strong>metadados</strong> em RDF/XML), a sua<br />

integração e as principais funções:<br />

1. No contexto <strong>de</strong> uma disciplina do sistema <strong>de</strong> e-Learning, o(s) professor(es) po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>screver as suas<br />

activida<strong>de</strong>s ou recursos (LOs) adicionando a activida<strong>de</strong> “Metadados LOM” ou “Metadados DCMES”;<br />

2. Seleccionado o LO, os <strong>metadados</strong> são gerados automaticamente e o professor é convidado a<br />

complementá-los ou alterá-los;<br />

3. Caso proceda a alterações <strong>de</strong>verá gravar para gerar os <strong>metadados</strong> que serão armazenados na pasta<br />

“metadata” da disciplina (caso não exista será criada automaticamente) no formato RDF/XML;<br />

4. O processo <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> LOs po<strong>de</strong> ser efectuado através dos registos <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> existentes na base<br />

<strong>de</strong> dados do Moodle ou através dos ficheiros RDF/XML gerados automaticamente;<br />

5. A pesquisa baseada na base <strong>de</strong> dados permite consultar todos os LOs pelo nome do criador, professor,<br />

palavras-chave, assunto ou escolhendo um dos elementos <strong>de</strong> uma das normas. É possível pesquisar em<br />

todos os cursos ou apenas nos cursos do utilizador ou num <strong>de</strong>terminado curso específico. Caso o<br />

utilizador não tenha autorização para visualizar os LOs <strong>de</strong>volvidos, po<strong>de</strong> no entanto ver os <strong>metadados</strong><br />

<strong>de</strong> acordo com as <strong>de</strong>finições atribuídas pelo professor/criador dos <strong>metadados</strong>;<br />

6. Uma vez que a disciplina po<strong>de</strong> conter pacotes SCORM/IMS recheados <strong>de</strong> <strong>metadados</strong>, para além dos<br />

ficheiros gerados pelos módulos, foi <strong>de</strong>senvolvido também um motor SPARQL/RDQL em PHP<br />

recorrendo a RDF API for PHP para realizar consultas directamente nos ficheiros RDF/XML.<br />

7. O resultado <strong>de</strong>volvido em XML é formatado recorrendo a folhas <strong>de</strong> estilo em linguagem XSL<br />

(eXtensible Style Language). Com vista a tirar partido das potencialida<strong>de</strong>s da linguagem RDQL,<br />

GRDDL-Microformat Extration e SQL-SPARQL Bridge e das tecnologias <strong>de</strong> ontologias e regras <strong>de</strong><br />

inferência (RDFS, OWL e SWRL) este módulo continua em <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

A opção <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver os dois tipos <strong>de</strong> pesquisa (uma baseada na base <strong>de</strong> dados e a outra baseada nos<br />

documentos RDF/XML) teve como finalida<strong>de</strong> permitir a comparação da utilização das tecnologias para a<br />

Web Semântica com a tecnologia SQL convencional. O bloco <strong>de</strong> pesquisa baseado em <strong>metadados</strong><br />

armazenados na base <strong>de</strong> dados permitiu satisfazer os requisitos <strong>de</strong> alunos e professores. No entanto, o motor<br />

<strong>de</strong> pesquisa SPARQL/RDQL permitiu maximizar as potencialida<strong>de</strong>s dos <strong>metadados</strong> ao orientar as inferências<br />

através da ontologia do sistema e, consequentemente, obter resultados mais precisos e navegar nas relações<br />

entre os LOs. O domínio da ontologia para o sistema <strong>de</strong> e-Learning e as principais classes e relações são<br />

ilustradas no mo<strong>de</strong>lo gráfico da figura 4.<br />

Comparando com alguns trabalhos <strong>de</strong> <strong>geração</strong> (<strong>semi</strong>)<strong>automática</strong> <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> e <strong>de</strong> ontologias que<br />

surgiram nestes últimos 3 anos, não encontramos nenhum com aplicação directa numa plataforma <strong>de</strong> e-<br />

Learning. Aqueles que tinham aplicação em sistemas <strong>de</strong> e-Learning, embora recorressem a frameworks<br />

(Jena) e motores <strong>de</strong> inferência baseados em <strong>metadados</strong> e ontologias, não efectuavam <strong>geração</strong> <strong>automática</strong> <strong>de</strong><br />

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<strong>metadados</strong> ou estavam <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> uma única especificação. Não obstante, projectos como ELENA<br />

(2006), MOSAICA (2006) e LUISA (2006) têm vindo a <strong>de</strong>senvolver esforços para garantir este requisito.<br />

5. CONCLUSÃO<br />

Figure 4. Ontologia para o sistema <strong>de</strong> e-Learning<br />

A primeira <strong>geração</strong> da WWW preocupou-se com a implementação da infra-estrutura tecnológica da Web (o<br />

conteúdo era disponibilizado através <strong>de</strong> páginas estáticas), a segunda incidiu na construção <strong>de</strong> aplicações<br />

Web (o conteúdo passou também a ser disponibilizado através <strong>de</strong> páginas dinâmicas geradas a partir <strong>de</strong> BD)<br />

e, actualmente, a terceira avança rumo a uma Web <strong>de</strong> Dados – a Web Semântica (Gonçalves, 2007).<br />

A XML assume-se como uma tecnologia flexível que fornece a sintaxe normalizada para documentos<br />

estruturados, através da qual o significado po<strong>de</strong> ser comunicado in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da plataforma, sistema<br />

operativo ou aplicação, facultando a criação <strong>de</strong> uma estrutura arbitrária nos documentos, mas nada diz acerca<br />

do significado <strong>de</strong>ssa estrutura. Esta tarefa é <strong>de</strong>ixada para as tecnologias <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> ou metalinguagens<br />

(RDF(S)/OWL) que permitem <strong>de</strong>screver a informação <strong>de</strong> forma não ambígua para <strong>de</strong>pois ser processada<br />

pelas máquinas (Thompson, 2004).<br />

A proposta apresentada neste artigo po<strong>de</strong> ser experimentada em http://www.easy-learning.ipb.pt e<br />

constitui mais um pequeno passo rumo à tão almejada Web Semântica. Em última instância, o motor <strong>de</strong><br />

pesquisa po<strong>de</strong>ria ser aplicado a um nível superior integrando os diversos sistemas <strong>de</strong> e-Learning Moodle<br />

distribuídos, por exemplo, pelas diversas escolas secundárias.<br />

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W3C (2001). Semantic Web Activity. World Wi<strong>de</strong> Web Consortium. Disponível em: http://www.w3.org/2001/sw/<br />

19


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

MAPEAMENTO E ANÁLISE DAS TROCAS<br />

INTERINDIVIDUAIS EM AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A<br />

DISTÂNCIA<br />

Patrícia B. Scherer Bassani<br />

Centro Universitário Feevale - Brasil<br />

patriciab@feevale.br<br />

Patricia Behar<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul - Brasil<br />

pbehar@terra.com.br<br />

RESUMO<br />

Este artigo apresenta um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> visualização das trocas interindividuais entre os sujeitos participantes <strong>de</strong> um curso à<br />

distância. Este mo<strong>de</strong>lo teve como eixo norteador a concepção construtivista-interacionista <strong>de</strong> aprendizagem e culminou<br />

com a implementação da ferramenta interROODA, incorporada ao ambiente virtual ROODA. A validação do mo<strong>de</strong>lo foi<br />

realizada a partir dos dados coletados por meio <strong>de</strong>sta ferramenta, durante o ano <strong>de</strong> 2005. A partir dos dados coletados,<br />

buscou-se <strong>de</strong>linear possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interpretação das interações mapeadas, à luz do mo<strong>de</strong>lo proposto, <strong>de</strong> forma a<br />

potencializar os processos <strong>de</strong> avaliação da aprendizagem na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> educação a distância.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Ambientes virtuais <strong>de</strong> aprendizagem, educação a distância, avaliação da aprendizagem<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

O ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem ROODA (Re<strong>de</strong> cOOperativa De Aprendizagem) faz parte dos estudos<br />

vinculados ao projeto “Desenvolvimento <strong>de</strong> ambientes virtuais <strong>de</strong> aprendizagem e metodologias didáticopedagógicas<br />

para Educação a Distância da UFRGS”, que vêm sendo <strong>de</strong>senvolvidos pela equipe<br />

interdisciplinar do NUTED (Núcleo <strong>de</strong> Tecnologia Digital Aplicada à Educação - Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação –<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul).<br />

Os conceitos <strong>de</strong> re<strong>de</strong>, cooperação e aprendizagem <strong>de</strong>ram origem ao nome do ambiente ROODA e<br />

fundamentam sua concepção (Behar et al, 2001). O conceito <strong>de</strong> re<strong>de</strong> envolve tanto a interconexão <strong>de</strong><br />

computadores quanto a interação entre as pessoas (alunos, professores), envolvidas em cursos/aulas<br />

utilizando o ambiente. As concepções <strong>de</strong> aprendizagem e <strong>de</strong> cooperação estão embasadas nos pressupostos<br />

<strong>de</strong> Piaget. Nesta perspectiva, o ambiente ROODA contempla ferramentas que possibilitam encontros virtuais<br />

e espaços <strong>de</strong> convivência, <strong>de</strong> forma a permitir aos usuários o encontro casual, o <strong>de</strong>bate e a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong><br />

pontos <strong>de</strong> vista. O ambiente foi <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong> forma a potencializar espaços <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> e autonomia aos<br />

estudantes durante o processo <strong>de</strong> construção do conhecimento, enten<strong>de</strong>ndo a interação como princípio<br />

fundamental da aprendizagem.<br />

As relações que se constituem a partir das interações entre os participantes <strong>de</strong> um curso caracterizam o<br />

ambiente, relações expressadas nas discussões que acontecem por meio do ambiente, nos encontros<br />

planejados ou não. Cada participante <strong>de</strong> um ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem vai construindo seu percurso<br />

<strong>de</strong> aprendizagem permeado pelo outro/coletivo. Dessa forma, viu-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construir um<br />

mecanismo interno <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> interações realizadas entre os sujeitos participantes, geradas/proporcionadas<br />

pela estrutura do ambiente, tanto numa perspectiva quantitativa quanto qualitativa.<br />

Nesta perspectiva, a ferramenta interROODA tem por objetivo mapear os fluxos <strong>de</strong> interação que se<br />

constituem no ambiente. É composta por dois módulos complementares:<br />

20


a) Acompanhamento <strong>de</strong> acesso e freqüência;<br />

b) Trocas interindividuais.<br />

O módulo Acompanhamento <strong>de</strong> acesso e freqüência apresenta dados quantitativos referentes à presença<br />

no ambiente ROODA, envolvendo acessos ao ambiente, aos cursos/disciplinas e às funcionalida<strong>de</strong>s<br />

disponíveis, além <strong>de</strong> acesso aos textos/mensagens postadas em cada ferramenta.<br />

O módulo Trocas interindividuais busca mapear a dinâmica das interações que se constituem entre os<br />

sujeitos participantes <strong>de</strong> um ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem (AVA). Este módulo busca mapear as trocas<br />

qualitativas numa perspectiva Piagetiana (1973), on<strong>de</strong> se enten<strong>de</strong> que o valor <strong>de</strong> uma proposição (ou<br />

mensagem postada) está diretamente relacionado ao reconhecimento e à valorização que a ela lhe é conferida<br />

pelo outro (colega).<br />

Neste estudo, enten<strong>de</strong>-se que este mapeamento po<strong>de</strong>rá facilitar o processo <strong>de</strong> avaliação da aprendizagem,<br />

permitindo, ao professor, a análise do processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> conhecimento dos alunos, a partir do<br />

acompanhamento <strong>de</strong> sua produção individual. Por outro lado, possibilita, ao aluno, a regulação <strong>de</strong> seus<br />

processos <strong>de</strong> pensamento e aprendizagem.<br />

Este artigo se propõe a apresentar o mo<strong>de</strong>lo proposto para o mapeamento das trocas interindividuais e<br />

<strong>de</strong>linear uma proposta metodológica para análise <strong>de</strong>stas interações, a fim <strong>de</strong> potencializar o processo <strong>de</strong><br />

avaliação da aprendizagem em ambientes <strong>de</strong> educação a distância (EAD).<br />

2. MAPEAMENTO DAS TROCAS INTERINDIVIDUAIS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O mapeamento das trocas interindividuais busca refletir a dinâmica das interações que se constituem entre os<br />

sujeitos participantes <strong>de</strong> um curso disponibilizado via AVA.<br />

De acordo com Piaget (1973), uma troca <strong>de</strong> pensamento entre dois sujeitos (s1 e s2) po<strong>de</strong> ser assim<br />

representada: s1 enuncia uma proposição (falsa ou verda<strong>de</strong>ira); s2 encontra-se <strong>de</strong> acordo (ou não, em<br />

diversos graus); o acordo (ou <strong>de</strong>sacordo) une s2 pela continuação das trocas; o engajamento <strong>de</strong> s2 confere a<br />

proposição <strong>de</strong> s1 um valor <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> (positivo ou negativo) tornando válida (ou não) as trocas futuras entre<br />

os sujeitos.<br />

Ainda conforme o autor, em toda socieda<strong>de</strong> existe uma escala <strong>de</strong> valores, que po<strong>de</strong>m ser provenientes <strong>de</strong><br />

várias fontes, interesses/gostos individuais, valores coletivos impostos (por exemplo: religião/moda) ou<br />

regras morais/jurídicas. Sendo assim, toda a ação/trabalho/serviço, atual ou virtualmente, realizados por um<br />

sujeito é suscetível <strong>de</strong> ser avaliado e comparado segundo algumas relações <strong>de</strong> valores, que constituem uma<br />

escala <strong>de</strong> valores, e que “um mesmo indivíduo po<strong>de</strong> conhecer simultaneamente várias escalas.(...) toda ação<br />

ou reação <strong>de</strong> um indivíduo, analisado segundo sua escala pessoal, repercute necessariamente sobre os<br />

outros indivíduos” (p. 118-119).<br />

Nesta perspectiva, o valor <strong>de</strong> uma proposição está diretamente relacionado ao reconhecimento e à<br />

valorização que a ela lhe é conferida pelo outro (colega/parceiro), <strong>de</strong> modo que “o indivíduo α é valorizado<br />

por α’ proporcionalmente ao serviço que lhe foi prestado” (Piaget, 1973). Isto equivale à combinação vα =<br />

rα. Entretanto, em <strong>de</strong>terminadas situações po<strong>de</strong> ocorrer supervalorização (ou <strong>de</strong>svalorização) do s1 pelo s2 e,<br />

assim, a troca <strong>de</strong> valores po<strong>de</strong> apresentar outras combinações interessantes:<br />

a) o serviço prestado por s1 (neste caso a proposição enunciada/mensagem postada no AVA) é maior que<br />

a satisfação do s2 (rα > sα’), neste caso, s1 “trabalha com prejuízo”;<br />

b) o serviço prestado por s1 é menor que a satisfação do s2 (rα < sα’), neste caso, s1 foi beneficiado, ou<br />

ainda, o “trabalho fácil é coroado <strong>de</strong> sucesso superior a seu esforço” ;<br />

c) o s2 não quer reconhecer o serviço prestado pelo s1, esquecendo a satisfação que lhe foi gerada (rα’ ><br />

tα’);<br />

d) há uma superavaliação do s1 pelo s2 (sα’ > tα’).<br />

Destaca-se que, para Piaget (1973), “cada um po<strong>de</strong> perceber, com efeito, se seus atos são avaliados mais<br />

alto do que lhe custaram, menos alto ou com equivalência entre o resultado e o esforço <strong>de</strong>spendido” (p.<br />

124).<br />

O fluxograma abaixo (figura 1) representa a dinâmica das trocas <strong>de</strong> pensamento, na perspectiva<br />

Piagetiana.<br />

21


sα’<br />

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concorda<br />

s1<br />

enuncia<br />

proposição<br />

s2<br />

reconhece tα’<br />

valida<strong>de</strong> sim<br />

rα<br />

Figura 1. Dinâmica das trocas interindividuais<br />

Costa (2003), nos estudos sobre a teoria piagetiana dos valores, aponta que são 2 (dois) os principais tipos<br />

<strong>de</strong> trocas sociais que ocorrem em ambientes <strong>de</strong> ensino-aprendizagem:<br />

a) produção <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> alunos e professores: envolvendo textos, ví<strong>de</strong>os, figuras e quaisquer outros<br />

tipos <strong>de</strong> documentos que os interagentes compartilham entre si;<br />

b) conversações: trocas realizadas a partir <strong>de</strong> diálogos realizados por meio do correio eletrônico, fórum <strong>de</strong><br />

discussão e chat, ou mesmo nos encontros presenciais.<br />

O autor consi<strong>de</strong>ra que o tipo fundamental <strong>de</strong> trocas é o das trocas materiais, uma vez que “é pelas<br />

conversações que o grupo se organiza, reage a acontecimentos relevantes do processo <strong>de</strong> troca material,<br />

etc., mas é pelas ações materiais que ele produz os resultados que são a razão <strong>de</strong> sua existência” (Costa,<br />

2003, p. 87). Nesta perspectiva, o autor <strong>de</strong>staca a dificulda<strong>de</strong> existente quando da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> analisar<br />

interações verbais, uma vez que estas “servem tanto para a realização <strong>de</strong> uma produção teórica (ou afetiva),<br />

quanto para a realização da coor<strong>de</strong>nação do processo que resulta nessa produção”.<br />

Sendo assim, como i<strong>de</strong>ntificar o valor <strong>de</strong> uma proposição em um AVA?<br />

Uma primeira possibilida<strong>de</strong>, vislumbrada ao longo <strong>de</strong>ste estudo, teve como ponto <strong>de</strong> partida a<br />

i<strong>de</strong>ntificação expressa <strong>de</strong> valores para cada mensagem postada.<br />

Dessa forma, cada usuário po<strong>de</strong>ria valorar sua mensagem, a partir <strong>de</strong> parâmetros pré-estabelecidos, como,<br />

por exemplo, satisfatória ou não. Além disso, outros usuários que fizessem referência à <strong>de</strong>terminada<br />

mensagem, também po<strong>de</strong>riam indicar um valor. Isto implica que cada mensagem teria a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter<br />

um valor indicado pelo autor e outro indicado pelos colegas, o que possibilita tanto a auto-avaliação quanto a<br />

avaliação sob o olhar do outro (colega ou professor). Uma característica encontrada nesta modalida<strong>de</strong> resi<strong>de</strong><br />

no fato <strong>de</strong> cada participante estar permanentemente sendo avaliado/ analisado pelo coletivo. Entretanto,<br />

quando a avaliação do coletivo não for satisfatória (na visão do avaliado), po<strong>de</strong> provocar inibição e um<br />

possível silêncio, evi<strong>de</strong>nciado pela ausência <strong>de</strong> participação nas discussões. Além disso, esta proposta<br />

implica que o usuário classifique cada mensagem postada, o que po<strong>de</strong>ria causar insatisfação.<br />

22<br />

vα<br />

s2<br />

enuncia<br />

proposição<br />

discorda concorda discorda<br />

não<br />

fim<br />

s1<br />

reconhece<br />

valida<strong>de</strong><br />

rα<br />

sα’


Nesta perspectiva, houve um redimensionamento da proposta, <strong>de</strong> forma que o valor não seja indicado <strong>de</strong><br />

forma explícita pelos participantes, mas que o valor <strong>de</strong> uma mensagem esteja relacionado ao efeito que esta<br />

produz na continuida<strong>de</strong> (ou não) das trocas. Neste caso, o valor <strong>de</strong> uma mensagem está diretamente<br />

relacionado ao reconhecimento e à valorização, que a ela lhe é conferida pelo outro (colega/parceiro).<br />

Consi<strong>de</strong>ra-se, assim, que o valor <strong>de</strong> uma mensagem/contribuição <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do quanto esta produz <strong>de</strong> efeito<br />

nos outros argumentos. Enten<strong>de</strong>-se que esta proposta oportuniza indícios significativos para a auto-avaliação<br />

e para a avaliação formativa, consi<strong>de</strong>rando a reação do grupo frente à mensagem. Entretanto, como<br />

implementar isto? Consi<strong>de</strong>rando que o valor <strong>de</strong> cada mensagem está relacionado ao número <strong>de</strong> outras<br />

mensagens a ela vinculadas, torna-se necessário estabelecer parâmetros, <strong>de</strong> forma que seja possível indicar,<br />

ao autor, o número <strong>de</strong> vezes que suas mensagens foram citadas/respondidas/referenciadas, <strong>de</strong> forma que este<br />

po<strong>de</strong>rá analisar se suas contribuições têm sido relevantes/importantes, provocando alguma reação no grupo,<br />

ou, quem sabe, ainda não provocaram nenhuma reação no grupo.<br />

Neste caso, consi<strong>de</strong>ra-se que houve troca sempre que existir pelo menos uma mensagem vinculada à<br />

mensagem original, po<strong>de</strong>ndo ser caracterizada como resposta, reflexão, complementação e outros. A tabela<br />

abaixo apresenta os parâmetros utilizados para i<strong>de</strong>ntificar as trocas interindividuais no AVA:<br />

Tabela 1. Caracterização das trocas interindividuais<br />

Número <strong>de</strong><br />

Troca interindividual<br />

mensagens vinculadas<br />

0 não i<strong>de</strong>ntificada<br />

1 i<strong>de</strong>ntificada<br />

2 ou + i<strong>de</strong>ntificada<br />

Destaca-se ainda, que, em um AVA, uma resposta po<strong>de</strong> dar origem a uma nova discussão, neste caso, a<br />

mensagem tem caráter duplo, sendo simultaneamente resposta e proposição inicial. Além disso, todas as<br />

mensagens postadas “abaixo” da proposição inicial serão contabilizadas como mensagens a ela vinculadas,<br />

mesmo se a discussão tomou outro rumo.<br />

2.1 Implementando as Idéias Propostas: O Módulo Trocas Interindividuais<br />

O módulo Trocas interindividuais, implementado inicialmente na ferramenta Fórum <strong>de</strong> Discussão, do<br />

ambiente ROODA, possibilita a visualização das mensagens postadas por <strong>de</strong>terminado participante num<br />

tópico <strong>de</strong> discussão do fórum e as classifica em enunciado ou citação. Consi<strong>de</strong>rando um fórum organizado<br />

hierarquicamente em mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> árvore, enten<strong>de</strong>-se o enunciado, como sendo a mensagem-pai, e citação, as<br />

mensagens a ela vinculadas.<br />

Dessa forma, para cada mensagem listada, apresenta o número <strong>de</strong> interações <strong>de</strong>correntes da mensagem,<br />

ou seja, o número <strong>de</strong> mensagens a ela vinculadas. A figura 2 apresenta o relatório <strong>de</strong> contribuições <strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>terminado aluno.<br />

Figura 2. Mapeamento das trocas interindividuais<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Sendo assim, o mapeamento das trocas interindividuais facilita o acesso às mensagens postadas por<br />

<strong>de</strong>terminado aluno num tópico do fórum <strong>de</strong> discussão, e possibilita a visualização da existência (ou não) <strong>de</strong><br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

interações vinculadas a cada uma <strong>de</strong>stas mensagens. Nesta perspectiva, conforme já discutido anteriormente,<br />

enten<strong>de</strong>-se que o valor <strong>de</strong> uma mensagem/ contribuição <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> quanto esta produz <strong>de</strong> efeito nos outros<br />

argumentos.<br />

Quando uma mensagem possui uma ou mais interações, é possível visualizar a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> interações,<br />

permitindo a visualização das contribuições <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado aluno <strong>de</strong>ntro do contexto que lhe <strong>de</strong>u origem.<br />

Conforme estudos realizados (Bassani, 2006), enten<strong>de</strong>-se que esta ferramenta po<strong>de</strong> auxiliar tanto o<br />

professor, no que se refere ao acompanhamento do percurso <strong>de</strong> aprendizagem do aluno no processo <strong>de</strong><br />

construção/elaboração <strong>de</strong> conceitos, quanto o aluno, na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste se apropriar e acompanhar o seu<br />

próprio processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> conhecimento.<br />

A seguir, apresentam-se os resultados <strong>de</strong>ste estudo. Os dados foram coletados por meio da ferramenta<br />

interROODA, a partir do conteúdo do banco <strong>de</strong> dados do ambiente ROODA, durante o ano <strong>de</strong> 2005.<br />

3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS<br />

Conforme Hoffmann (2001), o processo <strong>de</strong> avaliação da aprendizagem tem caráter <strong>de</strong> controle. Entretanto,<br />

apresenta duas dimensões para o controle: cerceamento ou acompanhamento. “Quando se controla para<br />

julgar, basta andar ao lado <strong>de</strong> alguém, observando, registrando, coletando provas do caminho que trilhou<br />

(...). Quando se acompanha para ajudar no trajeto é necessário percorrê-lo junto, sentindo-lhe as<br />

dificulda<strong>de</strong>s, apoiando, conversando, sugerindo rumos a<strong>de</strong>quados a cada aluno” (p. 89). Afirma, ainda, que<br />

a dinâmica da avaliação é complexa, pois é preciso acompanhar os percursos individuais <strong>de</strong> aprendizagem<br />

que se dão no coletivo. Nesta perspectiva, o professor <strong>de</strong>ve avaliar continuamente, mas a natureza <strong>de</strong> sua<br />

intervenção será diferente em cada momento do processo.<br />

Dessa forma, o controle po<strong>de</strong> ter como objetivo apenas registrar o que foi (ou não) realizado pelo aluno,<br />

ou como forma <strong>de</strong> acompanhamento do processo <strong>de</strong> aprendizagem, visando uma intervenção educativa,<br />

quando necessário. Assim, estes dados indicativos, referentes aos acessos e quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mensagens<br />

postadas, po<strong>de</strong>m ser utilizados pelo professor como critério <strong>de</strong> avaliação ou para acompanhar o percurso <strong>de</strong><br />

aprendizagem individual, com ênfase numa avaliação formativa. Sendo assim, enten<strong>de</strong>-se que a compreensão<br />

da dinâmica <strong>de</strong> trocas interindividuais, proposta por Piaget, permite um novo olhar sob a questão da<br />

avaliação em ambientes virtuais <strong>de</strong> aprendizagem, uma vez que a visualização <strong>de</strong>ste processo possibilita o<br />

acompanhamento do percurso <strong>de</strong> aprendizagem engendrado pelos participantes <strong>de</strong> um curso. Além disso,<br />

pensar a avaliação a partir da dinâmica das trocas piagetianas possibilita constituir uma proposta <strong>de</strong> avaliação<br />

para contemplar o produto no processo, conforme tendências atuais na área <strong>de</strong> avaliação da aprendizagem.<br />

O módulo <strong>de</strong> Trocas interindividuais busca direcionar a avaliação numa perspectiva interindividual. O<br />

mapeamento das trocas interindividuais preten<strong>de</strong> refletir a dinâmica das interações que se constituem entre os<br />

sujeitos participantes <strong>de</strong> um AVA. Dessa forma, possibilita avaliar o percurso <strong>de</strong> aprendizagem do aluno <strong>de</strong><br />

forma contextualizada, on<strong>de</strong> cada contribuição po<strong>de</strong> ser analisada não apenas pelo conteúdo, mas também<br />

pela integração com as <strong>de</strong>mais mensagens.<br />

Conforme dito anteriormente, este módulo busca mapear as trocas qualitativas numa perspectiva<br />

Piagetiana (1973), on<strong>de</strong> se enten<strong>de</strong> que o valor <strong>de</strong> uma proposição (ou mensagem postada) está diretamente<br />

relacionado ao reconhecimento e à valorização que a ela lhe é conferida pelo outro (colega). Neste estudo,<br />

consi<strong>de</strong>ra-se que o valor <strong>de</strong> uma proposição/mensagem está diretamente relacionado ao efeito produzido no<br />

grupo e expresso pelo número <strong>de</strong> interações <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adas entre os sujeitos participantes. Dessa forma, a<br />

ferramenta interROODA apresenta o número <strong>de</strong> interações vinculadas a uma mensagem, como forma <strong>de</strong><br />

indicar o valor <strong>de</strong>sta.<br />

Neste módulo o professor tem acesso a todas as mensagens <strong>de</strong> um aluno participante, em <strong>de</strong>terminado<br />

tópico <strong>de</strong> um fórum <strong>de</strong> discussão. Cada mensagem é classificada em enunciado ou citação, conforme<br />

apresentado na figura 2 (acima). Consi<strong>de</strong>ra-se, neste estudo, o enunciado como sendo as mensagens que<br />

abrem uma nova discussão (mensagem-pai) e citação, toda resposta a um enunciado ou a outra citação<br />

(mensagem-filho).<br />

Dentre as diversas mensagens do aluno representado pela figura 2, <strong>de</strong>staca-se a citação que provocou 6<br />

interações. Uma proposta <strong>de</strong> avaliação da aprendizagem, pautada sobre aspectos quantitativos, ten<strong>de</strong> a<br />

valorizar a quantida<strong>de</strong> das trocas/interações. A proposta apresentada neste trabalho, consi<strong>de</strong>ra que o valor <strong>de</strong><br />

uma mensagem está vinculado ao número <strong>de</strong> interações provocadas. Entretanto, enten<strong>de</strong>-se que o valor <strong>de</strong><br />

24


troca representa apenas 1 (um) dos indicadores propostos para a análise das interações no plano<br />

interindividual (Bassani, 2006, Bassani e Behar, 2006).<br />

A tabela abaixo apresenta o contexto da discussão <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ado a partir da citação <strong>de</strong>stacada:<br />

Tabela 2. Contexto <strong>de</strong> discussão<br />

Sujeito Mensagem<br />

2005-03-30 11:38:10<br />

Sujeito 1<br />

2005-03-30 16:22:47<br />

Re: Sujeito 2<br />

2005-03-30 16:23:44<br />

Re: Re: Sujeito 2<br />

2005-04-13 12:18:18<br />

Re: Re: Re: Sujeito 3<br />

2005-04-02 22:26:51<br />

Re: Re: Sujeito 1<br />

2005-04-02 22:31:28<br />

Re: Re: Re: Sujeito 1<br />

2005-04-05 17:36:47<br />

Re: Re: Re: Re: Sujeito 4<br />

2005-04-06 10:29:26<br />

Re: Re: Re: Sujeito 5<br />

Olá. Este fórum aceita tags <strong>de</strong> html? Abra@os,<br />

Vamos testar ?<br />

Coloquei a palavra entre as tags <strong>de</strong> bold e funcionou...<br />

vamos ver se funciona...<br />

Ok, já vi que aceita. Fiquei com medo <strong>de</strong> usar e ficar aquele <strong>de</strong>sastre. Junto<br />

com o wiki, acho o blog uma excelente ferramenta para interação e<br />

cooperação. Outra ferramenta interessante é o webnote. Querem<br />

experimentar? Ponto <strong>de</strong> Encontro. No próximo link vocês acessam um<br />

sugestão <strong>de</strong> uso que fiz para aulas <strong>de</strong> inglês <strong>de</strong> uma escola <strong>de</strong> Gurupi/TO<br />

Desafio É muito fácil criar um espaço novo. Fiz um tutorial Abra@os.<br />

PS:Sugiro um preview para o fórum, para po<strong>de</strong>rmos ter certeza <strong>de</strong> que as tags<br />

usadas estão bem escritas.<br />

Parece que sim, mas com algumas restrições ou não <strong>de</strong>scobri como linkar sites<br />

externos aqui? Abra@os.<br />

Tentei acessar o wiki mas dava um erro <strong>de</strong> pagina não encontrada.<br />

Oi,! Muuuito legal este site do ponto-<strong>de</strong>-encontro. Jóia mesmo! Junto com o<br />

wiki, acho o blog uma excelente ferramenta para interação e cooperação.<br />

Outra ferramenta interessante é o webnote. Querem experimentar? Ponto <strong>de</strong><br />

Encontro. No próximo link vocês acessam um sugestão <strong>de</strong> uso que fiz para<br />

aulas <strong>de</strong> inglês <strong>de</strong> uma escola <strong>de</strong> Gurupi/TO Desafio É muito fácil criar um<br />

espaço novo. Fiz um tutorial Abra@os. PS:Sugiro um preview para o fórum,<br />

para po<strong>de</strong>rmos ter certeza <strong>de</strong> que as tags usadas estão bem escritas.<br />

A análise do conteúdo das mensagens apresentadas na tabela 2 evi<strong>de</strong>ncia que, apesar do elevado número<br />

<strong>de</strong> interações provocadas pela citação, a maioria centra-se em discussões <strong>de</strong> cunho tecnológico frente ao<br />

funcionamento da ferramenta Fórum. Nesta perspectiva, percebe-se que uma avaliação pautada apenas em<br />

dados quantitativos po<strong>de</strong> levar a uma interpretação equivocada da trajetória do aluno.<br />

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A partir dos estudos realizados, enten<strong>de</strong>-se que uma avaliação pautada no número <strong>de</strong> interações oportuniza<br />

indícios significativos para auto-avaliação e para a avaliação formativa, uma vez que representa a reação do<br />

grupo à mensagem postada. Dessa forma, professor e aluno po<strong>de</strong>m verificar se as mensagens/contribuições<br />

têm sido relevantes à discussão e se elas têm impulsionado trocas interindividuais.<br />

Sendo assim, consi<strong>de</strong>ra-se que o mapeamento das interações po<strong>de</strong> facilitar o processo <strong>de</strong> avaliação da<br />

aprendizagem, sob várias perspectivas:<br />

a) possibilitar, ao aluno, a regulação <strong>de</strong> seus processos <strong>de</strong> pensamento e aprendizagem;<br />

b) permitir, ao professor, a análise do processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> conhecimento dos alunos, a partir do<br />

acompanhamento <strong>de</strong> sua produção individual; também fornecer subsídios para possíveis/necessários ajustes<br />

no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem;<br />

c) evi<strong>de</strong>nciar processos coletivos <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> conhecimento, consi<strong>de</strong>rando as interações que se dão<br />

em âmbito <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> aula (neste caso ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem) como facilitadoras da<br />

aprendizagem.<br />

Cabe <strong>de</strong>stacar que, conforme dito anteriormente, a ferramenta interROODA teve como eixo norteador a<br />

concepção construtivista-interacionista <strong>de</strong> aprendizagem. Entretanto, a leitura e a interpretação dos dados<br />

apresentados, tendo como foco a avaliação da aprendizagem, po<strong>de</strong> ser feita à luz <strong>de</strong> diferentes paradigmas.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

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COSTA, Antônio Carlos da Rocha, 2003. A teoria piagetiana das trocas sociais e sua aplicação aos ambientes <strong>de</strong> ensinoaprendizagem.<br />

Informática na Educação: teoria e prática, Porto Alegre, v. 6, n. 2, p. 77 – 90, jul./<strong>de</strong>z.<br />

HOFFMANN, Jussara, 2001. Avaliar para promover. Porto Alegre: Mediação.<br />

PIAGET, Jean, 1973. Estudos Sociológicos. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Forense.<br />

26


UMA FERRAMENTA PARA ACOMPANHAMENTO DE<br />

ACESSOS A CONTEÚDOS DIDÁTICOS<br />

Christiane Meiler Baptista<br />

Regina Melo Silveira<br />

Wilson Vicente Ruggiero<br />

Laboratório <strong>de</strong> Arquitetura e Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Computadores da Escola politécnica da USP (LARC-EP-USP)<br />

Av: Professor Luciano Gualberto, travessa 3-158, sala C1-46<br />

{cmeiler, regina, wilson}@larc.usp.br<br />

RESUMO<br />

Construir material didático é bastante difícil, mas sua avaliação ou aceitação por parte dos alunos é ainda mais complexa.<br />

I<strong>de</strong>ntificar como o aluno reagiu ao conteúdo e quanto tempo foi gasto durante o uso <strong>de</strong> cada objeto <strong>de</strong> aprendizagem<br />

inserido em um material didático é tarefa <strong>de</strong> uma ferramenta <strong>de</strong> acompanhamento que po<strong>de</strong> ser inserida em um sistema<br />

do tipo LMS (Learning Management System). Este trabalho mostra o <strong>de</strong>senvolvimento da ferramenta <strong>de</strong><br />

acompanhamento MSys mostrando como ela <strong>de</strong> fato monitora o nível <strong>de</strong> utilização das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos<br />

alunos em um ambiente <strong>de</strong> aprendizado eletrônico.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Acompanhamento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s. Monitoramento. Desempenho do aluno. Conteúdo didático. Progresso do aprendizado.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Com a utilização cada vez mais intensa <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> aprendizado eletrônico do tipo LMS tem sido cada vez<br />

mais constante a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhar <strong>de</strong> que maneira o aluno utiliza tais sistemas especialmente com<br />

relação ao conteúdo didático. Torna-se interessante i<strong>de</strong>ntificar as características dos alunos acompanhando<br />

como os alunos reagem ao conteúdo disponível, po<strong>de</strong>ndo verificar características cognitivas <strong>de</strong> aprendizado.<br />

Frente a este cenário, estão sendo <strong>de</strong>senvolvidas práticas pedagógicas que estimulam a troca <strong>de</strong><br />

informações entre alunos e professores, utilizando sistemas <strong>de</strong> aprendizado eletrônico, como ferramenta <strong>de</strong><br />

apoio em ativida<strong>de</strong>s presenciais ou remotas. Entretanto, nota-se que é ainda pequeno o número <strong>de</strong> professores<br />

que optam pela utilização <strong>de</strong> conteúdos sofisticados, multimídia e interativos. Muitos utilizam os sistemas<br />

apenas como repositório, incluindo material sem fazer uma análise crítica do seu método <strong>de</strong> dis<strong>semi</strong>nação,<br />

não analisando se tal conteúdo é compatível ou não com as habilida<strong>de</strong>s dos alunos (BAPTISTA, C. M., 2007).<br />

A proposta <strong>de</strong>ste trabalho é apresentar o <strong>de</strong>senvolvimento da ferramenta <strong>de</strong> acompanhamento MSys, que<br />

monitora o nível <strong>de</strong> utilização e interação dos alunos, e as ativida<strong>de</strong>s executadas por eles nas diferentes<br />

tarefas propostas por um professor em uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem, consi<strong>de</strong>rando os acessos dos alunos a<br />

cada objeto <strong>de</strong> aprendizagem 1 e exibindo os resultados tanto ao professor quanto ao aluno, utilizando dos<br />

padrões SCORM (ADL, 2004) e LOM (BARKER, 2005) para a implementação <strong>de</strong>sta ferramenta.<br />

2. POR QUE ACOMPANHAR?<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O processo contínuo <strong>de</strong> aprendizagem é aquele pelo qual a socieda<strong>de</strong> está oferecendo permanentemente às<br />

pessoas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolverem ao máximo seu potencial e suas habilida<strong>de</strong>s (MARTINS, 2002).<br />

1 Objeto <strong>de</strong> aprendizagem (OA) é uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instrução/ensino que é reutilizável. De acordo com o Learning Objects Metadata<br />

Workgroup, objetos <strong>de</strong> aprendizagem po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidos por "qualquer entida<strong>de</strong>, digital ou não digital, que possa ser utilizada,<br />

reutilizada ou referenciada durante o aprendizado suportado por tecnologias (Wikpédia).<br />

27


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r algo novo e então armazenar as informações na memória em longo prazo é<br />

parte do <strong>de</strong>senvolvimento normal do ser humano. Médicos avaliam se as crianças estão se <strong>de</strong>senvolvendo <strong>de</strong><br />

forma a<strong>de</strong>quada verificando os mecanismos pelos quais elas apren<strong>de</strong>m a sentar e a engatinhar, a caminhar e a<br />

falar, e a <strong>de</strong>senvolver habilida<strong>de</strong>s sociais. Tal avaliação é feita como forma <strong>de</strong> verificar o <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

aprendizado e <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s específicas no tempo apropriado (LOMBROSO, 2004).<br />

Teorias recentes <strong>de</strong> aprendizagem têm se preocupado com a interação entre o conteúdo a ser aprendido e<br />

os processos psicológicos necessários para apren<strong>de</strong>r, enfatizando o estudo sobre o modo pelo qual o aprendiz<br />

obtém, seleciona, interpreta e transforma uma informação (BORUCHOVITCH , 1999). Com a nova <strong>geração</strong><br />

<strong>de</strong> tecnologias, tem sido introduzidas mudanças nas estruturas curriculares, nos métodos e nos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

ensino-aprendizado, sugerindo uma relação <strong>de</strong> interação aluno-professor e aluno-material diferente, mais<br />

intensa e que valoriza as diversas inteligências do ser humano.<br />

São muitas as teorias que consi<strong>de</strong>ram a forma como o aprendizado acontece no ser humano. Piaget<br />

(PIAGET, 1964), Rudolf Steiner (STEINER, 1999) e Howard Gardner (GARDNER, 1995) mostram a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um educador observar com atenção os diversos modos <strong>de</strong> introduzir os conceitos necessários<br />

a um aprendiz. Assim, no ensino presencial, o professor <strong>de</strong>ve ter a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer os alunos <strong>de</strong><br />

suas turmas também a distância (BAPTISTA, 2007; CAMPBELL, L, CAMPBELL, B., DICKINSON, 2000).<br />

Assim, surge a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma ferramenta que auxilie o professor a conhecer as habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada<br />

aluno. Uma ferramenta <strong>de</strong> acompanhamento que verifica a ação e reação dos alunos com relação às tarefas<br />

propostas e como é o acesso e a receptivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um material digital multimídia, permite ao professor avaliar<br />

se o conteúdo aten<strong>de</strong> as diversas capacida<strong>de</strong>s dos alunos, ou se necessita ser modificado ou ajustado.<br />

3. TRABALHOS RELACIONADOS<br />

Apesar <strong>de</strong> diversos ambientes do tipo LMS (Learning Management System) em uso atualmente estarem<br />

bastante difundidos, não tem sido dado a importância <strong>de</strong>vida para este tipo <strong>de</strong> ferramenta capaz <strong>de</strong> oferecer<br />

um acompanhamento <strong>de</strong>talhado <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s dos alunos (BAPTISTA, 2007).<br />

3.1 Sistemas LMS Analisados<br />

Consi<strong>de</strong>rando um levantamento das funcionalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seis sistemas LMS escolhidos para este trabalho, foi<br />

verificada a falta <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhamento nos módulos que geram estatísticas ou que fazem alguma forma <strong>de</strong><br />

rastreamento do usuário ao se fazer a análise dos módulos <strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong>stes sistemas.<br />

O número <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s bem como a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> características <strong>de</strong> funcionamento das mesmas<br />

varia bastante <strong>de</strong> ambiente para ambiente. Entretanto, todos eles possuem uma característica em comum e <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> utilização pelos usuários: a funcionalida<strong>de</strong> que permite ao professor colocar seu conteúdo didático<br />

digital disponível aos alunos. Esta é, sem dúvida, a função mais importante em um ambiente <strong>de</strong> ensino online<br />

que, focando no assunto <strong>de</strong>ste trabalho, essencialmente dá base para que estes sistemas <strong>de</strong>senvolvam<br />

alguma funcionalida<strong>de</strong> relacionada ao acompanhamento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s do aluno frente ao material digital. A<br />

maneira como o acompanhamento é realizado, como os dados obtidos são tratados e como são apresentados<br />

aos usuários, varia para os diferentes ambientes <strong>de</strong> aprendizado.<br />

Dos seis LMSs selecionados, dois são proprietários e possuem o código protegido (WEBCT e<br />

Blackboard 2 enquanto os <strong>de</strong>mais são <strong>de</strong> código abertos (licença GPL – General Public License), gratuitos.<br />

Destes, dois foram <strong>de</strong>senvolvidos por grupos internacionais (Moodle 3 e Claroline 4 ) e outros dois sistemas por<br />

nacionais, <strong>de</strong>senvolvidos por universida<strong>de</strong>s brasileiras e que possuem ampla utilização no cenário nacional<br />

(Teleduc 5 e CoL 6 ).<br />

Foi possível mapear a existência dos parâmetros <strong>de</strong> acompanhamento na utilização <strong>de</strong> um conteúdo<br />

digital em todos eles. Além disso, as informações geradas por estes sistemas não apresentaram resultados que<br />

2<br />

Embora estes dois sistemas tenham sido unificados ao final <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2006, para os estudos feitos neste trabalho foram<br />

consi<strong>de</strong>rados os sistemas ainda separados. WEBCT: e Blackboard: .<br />

3<br />

<br />

4<br />

<br />

5<br />

<br />

6<br />

<br />

28


permite analisar a capacida<strong>de</strong> cognitiva dos alunos ou os tipos <strong>de</strong> mídias que a turma se sente mais<br />

confortável em utilizar. Percebeu-se ainda que, com relação às estatísticas <strong>de</strong> acesso ao conteúdo, nenhum<br />

<strong>de</strong>les trata do acesso aos arquivos por objetos <strong>de</strong> aprendizagem. Elas são in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do contexto, por<br />

arquivo, retornando, muitas vezes, resultados <strong>de</strong>snecessários ou ainda insuficientes como o número <strong>de</strong><br />

acessos a um arquivo zip, e não ao seu conteúdo interno que é formado <strong>de</strong> vários arquivos. Isso se <strong>de</strong>ve em<br />

gran<strong>de</strong> parte ao fato <strong>de</strong> que alguns LMSs como o Teleduc e o Claroline obrigarem o download do material<br />

pelo aluno, não permitindo que eles sejam executados automaticamente <strong>de</strong>ntro do LMS. Percebeu-se também<br />

que os ambientes WEBCT, Blackboard, Moodle e CoL, embora não obrigue o acesso dos alunos ao material<br />

através <strong>de</strong> download, também não incluem em seus resultados uma distinção do tempo <strong>de</strong> acesso<br />

consi<strong>de</strong>rando os diversos formatos <strong>de</strong> arquivos dos conteúdos que foram utilizados pelos alunos. Além disso,<br />

nenhum dos sistemas analisados consi<strong>de</strong>ra a média da turma ao exibir os resultados <strong>de</strong> acesso aos alunos<br />

individualmente, como propõe o MSys.<br />

Os resultados <strong>de</strong>sta análise mostraram que não existe atualmente nenhum tipo <strong>de</strong> padronização <strong>de</strong><br />

exibição dos resultados <strong>de</strong> acesso, já que a arquitetura para a implementação <strong>de</strong> sistemas LMS referente ao<br />

padrão 1484.1 do IEEE (IEEE, 2003) não atinge tal nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe.<br />

4. IMPLEMENTAÇÃO DO PROCESSO DE MONITORAMENTO MSYS<br />

O sistema <strong>de</strong> monitoramento e acompanhamento MSys, ao ser integrado ao LMS, po<strong>de</strong> ajudar o professor no<br />

processo <strong>de</strong> avaliação dos alunos, mostrando que maneira os alunos progrediram durante sua navegação<br />

através do conteúdo didático.<br />

Este processo <strong>de</strong> aprendizado eletrônico utilizando LMS po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido por quatro fases<br />

(Planejamento, Armazenamento, Execução e Avaliação), juntamente com as três fases características do<br />

sistema MSys (Varredura /Análise, Captura e Relatório), sendo:<br />

- fase <strong>de</strong> Varredura/Análise sendo executada no momento do Armazenamento pelo professor;<br />

- fase <strong>de</strong> Captura sendo executada durante a execução (uso) do material pelo aluno.<br />

- fase <strong>de</strong> Relatório sendo executada pelo professor no momento da Avaliação.<br />

As fases do MSys não necessariamente <strong>de</strong>vem ocorrer seqüencialmente (po<strong>de</strong>m estar ativas<br />

simultaneamente), mas são <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes entre si.<br />

A arquitetura concebida para que o MSys seja executado <strong>de</strong>sta maneira em um LMS, envolve a<br />

comunicação entre as ferramentas do MSys (Varredura, Análise, Captura e Resultados) e as ferramentas dos<br />

sistemas LMS e LCMS <strong>de</strong>talhados em (BAPTISTA, C. M., 2006).<br />

4.1 Fase 1: Varredura e Análise<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Está é a primeira fase do sistema MSys e que correspon<strong>de</strong> ao pré-processamento do conteúdo. Ela é<br />

consi<strong>de</strong>rada pelo MSys quando o professor submete seu conteúdo didático digital ao sistema LMS. Neste<br />

momento, o MSys é ativado para varrer o conteúdo que o professor fez upload verificando <strong>de</strong> que maneira<br />

ele está estruturado e organizado.<br />

Durante a varredura, o MSys analisa as informações <strong>de</strong> conteúdo i<strong>de</strong>ntificando se os arquivos enviados<br />

estão vinculados entre si (linkados). Durante esta varredura, o sistema classifica os arquivos enviados como<br />

objetos <strong>de</strong> aprendizagem (OA) individuais ou compostos. Para os classificados como compostos, o sistema<br />

varre ainda a estrutura do OA (todos os arquivos), armazenando as informações <strong>de</strong> como estão organizados<br />

entre si e criando uma espécie <strong>de</strong> árvore <strong>de</strong> seqüência hierárquica da estrutura. É importante salientar que a<br />

ferramenta MSys após avaliar o conteúdo entregue po<strong>de</strong> classificar OAs aparentemente compostos como<br />

individuais. Ou seja, esta classificação em individuais ou compostos não é feita somente baseando-se na<br />

informação se há ou não link ou referência para outros arquivos, mas sim consi<strong>de</strong>rando o conceito <strong>de</strong> OA.<br />

Assim, arquivos que não traduzem nenhuma informação <strong>de</strong> aprendizado <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rados na<br />

classificação ou consi<strong>de</strong>rados individuais, se estiverem na raiz do conteúdo.<br />

Desta maneira, arquivos <strong>de</strong> imagens que estejam inseridos em arquivos do tipo web, são <strong>de</strong>scartados e<br />

consi<strong>de</strong>rados apenas o arquivo web como um OA individual, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> quantas imagens tenha no seu<br />

interior. Isso se <strong>de</strong>ve ao fato <strong>de</strong> que muitos conteúdos possuem imagens internas apenas como elemento <strong>de</strong><br />

layout, não traduzindo importância ao aprendizado do conteúdo. Um exemplo é a utilização <strong>de</strong> imagens<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

como logotipos ou ícones <strong>de</strong> anterior e próximo que não incorporam informação útil ao conteúdo didático.<br />

Elas não agregam valor ao conteúdo e por isso não precisam ser consi<strong>de</strong>radas. Entretanto, arquivos <strong>de</strong><br />

imagem não associados a arquivos html e que estejam na raiz do conteúdo, serão computados normalmente<br />

como um OA.<br />

O MSys tem implementado, para esta fase, uma ferramenta baseada no padrão SCORM (Sharable<br />

Content Object Reference Mo<strong>de</strong>l) capaz <strong>de</strong> fazer esta varredura nos arquivos entregues pelo professor e<br />

armazenar as informações referentes à organização e estrutura <strong>de</strong> navegação dos arquivos bem como<br />

informações específicas sobre a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem como um todo, como o professor responsável, a<br />

versão, entre outros. Todas estas informações são armazenadas em um arquivo chamado <strong>de</strong>scritor, do tipo<br />

XML (Extensible Markup Language), que <strong>de</strong>screve como a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem está estruturada. Este<br />

arquivo fica armazenado junto com os <strong>de</strong>mais, nomeado <strong>de</strong> imsmanifest.xml, consi<strong>de</strong>rado pelo padrão<br />

SCORM. Ele contém todas as tags obrigatórias pela ADL (ADL, 2004) para a implementação do padrão<br />

SCORM que é o padrão para conteúdo didático digital escolhido neste trabalho por aten<strong>de</strong>r muitas das<br />

necessida<strong>de</strong>s da MSys. Armazenamento e i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> como os OAs estão organizados entre si e<br />

i<strong>de</strong>ntificação da página inicial da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem. As principais tags incorporadas pelo MSys e<br />

consi<strong>de</strong>radas pelo SCORM no arquivo XML são as chamadas metadata, organizations e resources.<br />

Ainda na fase 1, o sistema MSys analisa quais tipos <strong>de</strong> mídias foram armazenadas no LMS como<br />

conteúdo didático, verificando os formatos das mídias entregues, classificando-as em temporais ou<br />

atemporais, ou seja, i<strong>de</strong>ntificando quais mídias <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do tempo ou in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong>le e armazenando a<br />

informação referente ao tempo <strong>de</strong> execução das mídias que <strong>de</strong>le <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m. Para a i<strong>de</strong>ntificação dos OAs e a<br />

classificação dos tipos <strong>de</strong> mídia, o sistema i<strong>de</strong>ntifica os formatos (extensões), fazendo em seguida a medição<br />

da duração <strong>de</strong> tempo dos arquivos classificados como temporais (BAPTISTA, C. M., 2006).<br />

O armazenamento do tempo <strong>de</strong> execução das mídias é feito através do banco <strong>de</strong> dados do MSys (BD<br />

MSys), armazenando esta informação para cada OA temporal. A obtenção do tempo <strong>de</strong> execução dos<br />

arquivos temporais é feita utilizando-se da biblioteca FFMPEG 7 .<br />

Para finalizar a fase 1, após o upload o MSys i<strong>de</strong>ntifica os OAs e sua estrutura <strong>de</strong> organização,<br />

i<strong>de</strong>ntificando quais serão posteriormente rastreados, exibindo na tela do professor uma espécie <strong>de</strong> “mapa”<br />

estrutural, permitindo verificar quais OAs dos utilizados pelos alunos serão computados. Com este mapa<br />

estruturado <strong>de</strong> arquivos, na fase 3 é possível observar como ele foi percorrido pelos alunos em <strong>de</strong>terminado<br />

momento, ou seja, indica quantos alunos <strong>de</strong> fato completaram o processo (percorreram todos os arquivos) ou<br />

ainda quem não completou (percorreu parcialmente).<br />

4.2 Fase 2: Captura dos Dados<br />

Na segunda fase do processo <strong>de</strong> monitoramento, o MSys traça o caminho das ativida<strong>de</strong>s executadas pelo<br />

aluno, capturando toda a sua navegação. A principal função executada pelo MSys nesta fase captura as<br />

seguintes informações rastreadas: i<strong>de</strong>ntificação do usuário (aprendiz), ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem está sendo<br />

acessada por ele, primeiro objeto <strong>de</strong> aprendizagem (OA) em que foi iniciado o percurso da navegação e<br />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> todos os próximos OAs durante a navegação.<br />

Para cada momento (acesso) da navegação, é armazenado:<br />

• A data e o horário inicial do acesso;<br />

• Para OAs i<strong>de</strong>ntificados como individual ou composto, armazena:<br />

o O horário do acesso inicial ao OA;<br />

o O(s) tipo(s) <strong>de</strong> mídia;<br />

o A i<strong>de</strong>ntificação do OA em temporal ou atemporal;<br />

o O tempo <strong>de</strong> uso dos OAs temporais;<br />

o O número <strong>de</strong> interações (links acessados), se o OA for composto;<br />

o A data e o horário do acesso final ao OA.<br />

• A data e o horário final do acesso;<br />

• O último OA acessado no percurso da navegação.<br />

Para isso, o MSys consi<strong>de</strong>ra as seguintes <strong>de</strong>finições para a captura dos dados:<br />

7 http://ffmpeg.mplayerhq.hu<br />

30


• Objeto <strong>de</strong> aprendizagem (OA) = um único arquivo em qualquer extensão (individual) ou um conjunto<br />

<strong>de</strong> arquivos web mais arquivos <strong>de</strong> imagens (composto);<br />

• Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem (AA) = um conjunto <strong>de</strong> OAs que representa uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instrução<br />

completa e suficiente para transmitir, praticar, avaliar, analisar ou discutir o conceito <strong>de</strong>sejado<br />

(módulo );<br />

• Início do acesso = horário que o aprendiz abriu a primeira página do conteúdo;<br />

• Término do acesso = horário que o aprendiz encerrou a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem (informação<br />

armazenada pelo LMS);<br />

• Início do acesso ao OA = horário que ele clicou no primeiro OA;<br />

• Término do acesso ao OA = horário que ele clicou no próximo OA (para o término do acesso do<br />

último OA será consi<strong>de</strong>rado o horário <strong>de</strong> término do acesso);<br />

• Número <strong>de</strong> acessos ao OA = número <strong>de</strong> vezes diferentes que o aluno acessou um mesmo objeto <strong>de</strong><br />

aprendizagem;<br />

• Número <strong>de</strong> acessos à AA = número <strong>de</strong> vezes diferentes que o aluno acessou uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

aprendizagem;<br />

• Grau <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> um OA atemporal = tempo <strong>de</strong> uso do aluno dividido pelo tempo <strong>de</strong> uso médio do<br />

restante da turma que já acessou;<br />

• Grau <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> um OA temporal = tempo <strong>de</strong> uso do aluno dividido pelo tempo <strong>de</strong> duração da mídia;<br />

• Objeto <strong>de</strong> aprendizagem acessado = é consi<strong>de</strong>rado acessado se for clicado pelo menos uma vez no<br />

OA.<br />

É importante salientar que é o LMS quem <strong>de</strong>verá capturar os dados <strong>de</strong> acesso, rastreando cada aluno em<br />

suas ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem e o MSys utilizar <strong>de</strong>stes dados para exibir estatísticas <strong>de</strong> acesso na fase <strong>de</strong><br />

relatório. Para validar o sistema, foi escolhido o ambiente CoL para integrar a ferramenta MSys como<br />

protótipo, implementando as funções necessárias para a captura dos dados que armazena no BD MSys as<br />

informações <strong>de</strong> acesso, consi<strong>de</strong>rando especialmente os timestamps (informação <strong>de</strong> data e hora juntos) em<br />

cada OA, i<strong>de</strong>ntificando se o OA pertence àquele módulo ou não. Se pertencer, consi<strong>de</strong>ra como timestamp<br />

final <strong>de</strong> acesso ao OA o próximo OA; se não pertencer, consi<strong>de</strong>ra o timestamp final <strong>de</strong> acesso ao módulo<br />

(quando o aluno encerra o módulo). Estes parâmetros <strong>de</strong> armazenamento dos dados <strong>de</strong> captura são<br />

necessários para que o MSys apresente resultados consistentes na terceira fase. Quanto maior o volume <strong>de</strong><br />

informação capturada, provavelmente mais consistentes se tornarão os resultados, pois o sistema também<br />

exibe médias aritméticas baseadas no número <strong>de</strong> acessos da turma até o momento.<br />

4.3 Fase 3: Relatório dos Resultados<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A fase 3 é responsável por recuperar os dados a fim <strong>de</strong> prover ao professor um relatório com os resultados da<br />

captura das ativida<strong>de</strong>s monitoradas, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do volume <strong>de</strong> dados armazenado na fase 2. Através da<br />

combinação <strong>de</strong> três parâmetros (tempo, alunos e OAs), que po<strong>de</strong>m ser combinados pelo professor, é possível<br />

visualizar através <strong>de</strong> uma interface <strong>de</strong>finida resultados gráficos e interagir através <strong>de</strong> filtros <strong>de</strong> seleção. Na<br />

área gráfica, os resultados <strong>de</strong>verão permitir a <strong>geração</strong> <strong>de</strong> diferentes gráficos a partir dos dados <strong>de</strong> entrada<br />

selecionados. Além disso, em muitos casos é possível visualizar médias dos alunos da turma que acessaram<br />

até aquele momento permitindo que o professor faça comparações imediatas com os resultados individuais<br />

obtidos. O MSys po<strong>de</strong> mostrar, nesta terceira fase, não só gráficos mas também tabelas que correspon<strong>de</strong>m<br />

aos <strong>de</strong>talhes do resultado do gráfico.<br />

Esta é a fase em que ocorre a interação direta dos usuários com a ferramenta MSys e on<strong>de</strong> os dados com<br />

estatísticas do acompanhamento serão exibidos em formato gráfico na tela. Esta etapa final permite ao<br />

professor refletir sobre o comportamento e <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> seus alunos e inferir sobre a qualida<strong>de</strong> do material<br />

didático proposto aos alunos. Através dos gráficos é possível verificar o quanto das tarefas propostas os<br />

alunos completaram, como foi o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> cada um dos alunos comparados com a turma ou ainda como<br />

foi o <strong>de</strong>sempenho da turma como um todo.<br />

Para a exibição <strong>de</strong> gráficos dos mais diversos tipos e possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interação com a ferramenta, foi<br />

escolhido utilizar linguagem Java para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta área <strong>de</strong> interação e a biblioteca JFreeChart<br />

para a construção dos gráficos.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Através da tabela acessos do BD MSys, que armazenou os dados do rastreamento dos alunos (fase 2), é<br />

possível filtrar os acessos através das seleções já <strong>de</strong>scritas anteriormente, marcando através dos campos <strong>de</strong><br />

seleção <strong>de</strong> data, alunos ou objetos <strong>de</strong> aprendizagem, como mostra a figura 1.<br />

Figura 1. Seleção <strong>de</strong> data, alunos e OAs no MSys<br />

Estes filtros são buscas do tipo SQL ao BD MSys que <strong>de</strong>verão retornar o tipo <strong>de</strong> relatório que estes dados<br />

representam e, consequentemente quais gráficos ou tabelas são possíveis <strong>de</strong> seleção ao usuário na fase 3. De<br />

acordo com as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> combinação <strong>de</strong> seleção e sobreposição <strong>de</strong> mesmos resultados dos 18 tipos <strong>de</strong><br />

gráficos possíveis e duas tabelas <strong>de</strong>talhadas, o MSys consi<strong>de</strong>ra 8 tipos <strong>de</strong> relatórios possíveis <strong>de</strong>rivados das<br />

combinações do usuário e opções gráficas, conforme mostram as tabelas 1 e 2.<br />

Tabelas 1 e 2. Tipos <strong>de</strong> relatórios e os respectivos gráficos.<br />

Cada uma <strong>de</strong>ssas seleções representa uma região ao usuário nesta fase. Assim, são cinco as regiões <strong>de</strong><br />

uso na fase 3 pelo usuário: a região 1 é a área <strong>de</strong> seleção período <strong>de</strong> tempo (data no calendário) do<br />

acompanhamento; a região 2 é a área <strong>de</strong> exibição e opcionalmente <strong>de</strong> seleção dos alunos que acessaram no<br />

período selecionado na região 1 e a região 3 é a área <strong>de</strong> exibição e opcionalmente <strong>de</strong> exibição do conteúdo<br />

acessado pelos alunos selecionados na região 2. Assim, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo das combinações <strong>de</strong> seleção são<br />

carregadas na região 4 as opções <strong>de</strong> gráficos e exibição dos mesmos. Por último, a região 5 apresenta os<br />

resultados <strong>de</strong>talhados <strong>de</strong> alguns gráficos, no formato tabela, quando necessário.<br />

32


5. VALIDAÇÃO DA FERRAMENTA<br />

Para validar a usabilida<strong>de</strong> da integração <strong>de</strong> todos os parâmetros e gráficos dos tipos <strong>de</strong> relatórios, foi feita a<br />

simulação <strong>de</strong> uso dos possíveis gráficos para cada um dos tipos <strong>de</strong> relatórios a partir da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um<br />

cenário <strong>de</strong> aprendizado eletrônico. A simulação mostra como é esperada a apresentação dos resultados dos<br />

relatórios. Para isso, foi feita a montagem <strong>de</strong> um cenário <strong>de</strong> uma disciplina <strong>de</strong> pós-graduação, consi<strong>de</strong>rando<br />

um grupo <strong>de</strong> 7 alunos fictícios e um conteúdo didático com 7 módulos (ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem) no<br />

sistema CoL, da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. O uso da MSys será futuramente aplicada em cursos reais que já<br />

utilizam o sistema CoL como LMS para disponibilizar conteúdo didático digital.<br />

A figura 2 mostra um dos possíveis resultados gerados a partir da escolha <strong>de</strong> um relatório. Este resultado<br />

é conseqüência da seleção <strong>de</strong> um único aluno em um módulo. O mapa <strong>de</strong> acessos M01, ilustrado mostra<br />

quais dos OAs do módulo o aluno já acessou, além do tempo médio que o aluno levou acessando cada um<br />

dos OAs e conseqüentemente o grau <strong>de</strong> uso em cada um <strong>de</strong>les, comparado com o tempo médio da turma. O<br />

mapa faz distinção <strong>de</strong> cor do índice <strong>de</strong> grau <strong>de</strong> uso para médias abaixo <strong>de</strong> 1, indicando que abaixo <strong>de</strong> 1 o<br />

aluno acessou menos que a média da turma para as mídias atemporais e menos que o tempo <strong>de</strong> duração das<br />

mídias temporais.<br />

Figura 2. Mapa <strong>de</strong> acessos aos OAs (M01)<br />

As figuras 3 e 4 representam resultados do uso pelo professor. Eles exibem os resultados específicos da<br />

seleção e a média <strong>de</strong> acesso dos <strong>de</strong>mais alunos ou do tempo médio <strong>de</strong> acesso da turma inteira no módulo.<br />

Figuras 3 e 4. Gráficos: número <strong>de</strong> acesso aos OAs X aluno e número <strong>de</strong> acesso aos módulos X nota<br />

6. CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Acompanhar o progresso através do conteúdo didático não era a pouco tempo atrás uma necessida<strong>de</strong> clara,<br />

visto que a utilização <strong>de</strong> mídias diferentes das textuais para material didático não era uma praxe. Este<br />

trabalho dá subsídios para que a pesquisa sobre como acompanhar o aluno através <strong>de</strong> um sistema<br />

computacional no cenário <strong>de</strong> ensino seja bastante abrangente.<br />

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O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta nova ferramenta <strong>de</strong> acompanhamento MSys, capaz <strong>de</strong> ser integrada a sistemas<br />

do tipo LMS, tem como objetivo monitorar o progresso do aluno permitindo ao professor analisar as<br />

informações capturadas. Para isso, foi feita a análise <strong>de</strong> alguns LMSs, i<strong>de</strong>ntificando insuficiência nas funções<br />

<strong>de</strong> acompanhamento, partindo para uma elaboração da arquitetura e especificação <strong>de</strong>talhada da ferramenta<br />

MSys.<br />

A ferramenta foi <strong>de</strong>senvolvida utilizando-se dos padrões SCORM e LOM que facilita o armazenamento e<br />

a recuperação das informações cadastradas pelo professor além <strong>de</strong> facilitar o momento da captura das<br />

informações <strong>de</strong> acesso do aluno. A ferramenta foi validada através da concepção da ferramenta, que permite<br />

visualizar todas as possíveis respostas gráficas que po<strong>de</strong> ser verificada através da implementação <strong>de</strong> um<br />

protótipo que foi integrado ao LMS CoL, mostrando que as informações inerentes a um LMS são necessários<br />

para a operação do MSys e como prova <strong>de</strong> conceito na validação da interface e modo <strong>de</strong> operação<br />

(BAPTISTA,2007).<br />

A fim <strong>de</strong> aperfeiçoar a ferramenta são necessários alguns reajustes na sua implementação para uma<br />

visualização mais clara das informações no gráfico. Assim, existe uma preocupação com relação aos gráficos<br />

que po<strong>de</strong>m gerar muitos dados, on<strong>de</strong> muitas colunas po<strong>de</strong>m poluir a tela com excesso <strong>de</strong> informações, como<br />

quando se tem o resultado <strong>de</strong> todos os alunos em um único gráfico. É requisito funcional da ferramenta que a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação caiba na tela sem per<strong>de</strong>r a qualida<strong>de</strong> ou dificultar a visualização do usuário<br />

(BAPTISTA, 2007). Assim, prevista a possibilida<strong>de</strong> futura do redimensionamento da área gráfica,<br />

permitindo que os dados sejam apresentados parcialmente para facilitar a análise e sem que nenhuma<br />

informação ou dado sejam perdidos. Além disso, opções <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong> gráficos diferentes para a exibição <strong>de</strong> um<br />

mesmo resultado torna a ferramenta versátil do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> uso e po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada também como<br />

implementação futura.<br />

REFERÊNCIAS<br />

ADL (Advanced Distributed Learning), 2004. Sharable Content Object Reference Mo<strong>de</strong>l (SCORM) Pattern. 2004.<br />

Disponível em: Acesso em: 25 jul.2006.<br />

BAPTISTA, C.M., 2006. MSys: a Monitoring System for E-learning Feedback and Content Fitting. Proceedings of 7th<br />

International Conference on Information Technology Based Higher Education and Training 2006 (ITHET '06). 2006.<br />

p. 639-646. Sidney, Australia. ISBN: 1-4244-0406-1.<br />

BAPTISTA, C.M., 2007. MSys: Uma Ferramenta <strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s para sistemas <strong>de</strong> aprendizado<br />

eletrônico. 2007. 149p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica da Escola Politécnica, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

Paulo, São Paulo, 2007).<br />

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Briefing Series, JISC (Joint Information Systems Committee of the Universities’ Funding Councils). [S.l.]. 2005. 4p.<br />

Disponível em: Acesso em: 10 mai. 2007.<br />

BORUCHOVITCH, E, 1999. Estratégias <strong>de</strong> aprendizagem e <strong>de</strong>sempenho escolar: consi<strong>de</strong>rações para a prática<br />

educacional. Psicologia: Reflexão e Crítica. Porto Alegre: [s.n.], v. 12, n. 2, 1999. p. 361-376. ISSN 0102-7972.<br />

CAMPBELL, L; CAMPBELL, B.; DICKINSON, D, 2000. Ensino e Aprendizagem por meio das Inteligências Múltiplas.<br />

2ª.ed. Porto Alegre: Ed. Artmed. 2000. 308 p. ISBN: 85-7307-512.<br />

GARDNER, H, 1995. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médias, 1995<br />

IEEE COMPUTER SOCIETY, 2003. IEEE Standards: 1484.1 IEEE Standard for Learning Technology - Learning<br />

Technology Systems Architecture (LTSA), New York, USA. 2003.<br />

LOMBROSO, P, 2004. Aprendizado e Memória. Revista Brasileira <strong>de</strong> Psiquiatria. São Paulo: v. 26, n. 3, 2004.<br />

Disponível em: . Acesso em: 28 mai. 2007. Pré-publicação.<br />

MARTINS, J. G, 2002. Aprendizagem baseada em problemas aplicada a ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem. 2002. 219 p.<br />

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STEINER, R., 1999. A Pedagogia Waldorf. Centro <strong>de</strong> Referência Educacional. [S.l.: s.n.], 1999 Disponível em:<br />

Acesso em: 26 jul. 2006.<br />

34


RECOMENDACIÓN DE PERFILES ACADÉMICOS<br />

MEDIANTE ALGORITMOS COLABORATIVOS BASADOS<br />

EN EL EXPEDIENTE<br />

Emilio J. Castellano<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Jaén<br />

Campus <strong>de</strong> las Lagunillas s/n, 23021. Jaén<br />

ejcastellano@gmail.com<br />

Luís Martínez<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Jaén<br />

Campus <strong>de</strong> las Lagunillas s/n, 23021. Jaén<br />

martin@ujaen.es<br />

Manuel Barranco<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Jaén<br />

Campus <strong>de</strong> las Lagunillas s/n, 23021. Jaén<br />

barranco@ujaen.es<br />

Luis G. Pérez Cordón<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Jaén<br />

Campus <strong>de</strong> las Lagunillas s/n, 23021. Jaén<br />

lgonzaga@ujaen.es<br />

RESUMEN<br />

Los Sistemas <strong>de</strong> Recomendación Colaborativos resultan ser muy útiles ayudando a seleccionar ítems <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

espacios <strong>de</strong> búsqueda, basándose en que individuos con preferencias similares suelen elegir y valorar ítems <strong>de</strong> forma<br />

parecida. Existen numerosas aplicaciones comerciales que avalan esta i<strong>de</strong>a, especialmente en las áreas <strong>de</strong>l comercio<br />

electrónico y <strong>de</strong>l ocio; sin embargo, hay ámbitos, como el <strong>de</strong> la educación, que no aprovechan al máximo su potencial.<br />

La elección <strong>de</strong> itinerarios académicos y/o materias optativas a cursar no suele ser una <strong>de</strong>cisión fácil, ya que, en la mayoría<br />

<strong>de</strong> los casos, los alumnos carecen <strong>de</strong> la información, la madurez y el conocimiento necesarios para tomar <strong>de</strong>cisiones<br />

acertadas. En esta contribución se evalúa el comportamiento <strong>de</strong> los Sistemas Colaborativos a la hora <strong>de</strong> ayudar y orientar<br />

al alumnado en este tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiones, comprobando el comportamiento y el impacto que en estos sistemas pueda tener<br />

el uso <strong>de</strong> unos datos tan distintos a los que usan habitualmente, como son las calificaciones <strong>de</strong>l alumnado.<br />

En base a este estudio se construye OrieB, un sistema encargado <strong>de</strong> orientar académicamente al alumnado cuando se<br />

enfrente a la complicada <strong>de</strong>cisión <strong>de</strong> elegir un perfil académico y unas materias a cursar en su siguiente etapa educativa.<br />

PALABRAS CLAVES<br />

Sistemas <strong>de</strong> Recomendación, Filtrado Colaborativo, Educación, Expediente, Perfil Académico<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Las personas se enfrentan diariamente a situaciones en las que <strong>de</strong>ben tomar <strong>de</strong>cisiones, más o menos<br />

importantes, encontrándose a veces con un amplio volumen <strong>de</strong> alternativas a consi<strong>de</strong>rar. Principalmente son<br />

tres los elementos que juegan un papel fundamental en la toma <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiones: (i) el grado <strong>de</strong> madurez <strong>de</strong>l<br />

individuo, (ii) su nivel <strong>de</strong> conocimientos y (iii) la información que dispone relacionada con la <strong>de</strong>cisión a<br />

tomar. Algunas veces, sobre todo en el caso <strong>de</strong> individuos con falta <strong>de</strong> experiencia, y en el ámbito concreto<br />

<strong>de</strong> la educación, los dos primeros pue<strong>de</strong>n no alcanzar el grado <strong>de</strong>seable, por lo que es interesante<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

proporcionar herramientas que los asistan, ya sea proporcionando información relevante, o <strong>de</strong>limitando las<br />

opciones a contemplar, en <strong>de</strong>finitiva, orientándo en mayor o menor medida a la hora <strong>de</strong> tomar la <strong>de</strong>cisión.<br />

En la formación educativa <strong>de</strong> todo individuo existe un momento en el que <strong>de</strong>be tomar ciertas <strong>de</strong>cisiones<br />

con respecto a su futuro: ¿qué tipo <strong>de</strong> formación me conviene, qué área elegir, qué itinerario académico<br />

seguir, que materias escoger…? Este hecho resulta inevitable y se produce en la mayoría <strong>de</strong> las etapas<br />

educativas, empezando por la Enseñanza Secundaria, en la que es cuestionable el grado <strong>de</strong> responsabilidad,<br />

madurez y/o conocimientos que los alumnos presentan a la hora <strong>de</strong> tomar estas importantes <strong>de</strong>cisiones.<br />

¿Existe entonces alguna forma <strong>de</strong> ayudar al alumnado en las tareas planteadas, ya sea <strong>de</strong>limitando el<br />

espectro <strong>de</strong> posibilida<strong>de</strong>s, u orientando hacia qué camino educativo seguir? En esta contribución vamos a<br />

tratar <strong>de</strong> dar respuesta a esta pregunta mediante la propuesta <strong>de</strong> un Sistema <strong>de</strong> Recomendación basado en<br />

algoritmos <strong>de</strong> Filtrado Colaborativo (en a<strong>de</strong>lante FC).<br />

Los Sistemas <strong>de</strong> Recomendación son herramientas <strong>de</strong> ayuda para la toma <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiones muy utilizadas en<br />

la actualidad, y <strong>de</strong> las cuales existe un amplio espectro <strong>de</strong> aplicaciones [Schafer et al. 2001; Resnick and<br />

Varian 1997], sobre todo para comercio electrónico y ocio. Existen diversos tipos <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong><br />

recomendación que difieren en el método o proceso <strong>de</strong> obtención <strong>de</strong> las recomendaciones y/o en las fuentes<br />

<strong>de</strong> información usadas, pudiendo <strong>de</strong>stacar: sistemas <strong>de</strong> recomendación colaborativos [Herlocker et al. 1999;<br />

Sarwar et al. 2001; Adomavicius and Tuzhilin 2005], sistemas basados en contenido [Pazzani 1999; Martínez<br />

et al. 2007], en información <strong>de</strong>mográfica [Pazzani 1999], en conocimiento [Burke 2000; Pérez et al. 2007],<br />

en utilidad [Barranco et al. 2006], o hibridando alguna <strong>de</strong> estas técnicas [Burke 2002].<br />

Los sistemas <strong>de</strong> recomendación colaborativos has sido los que mayor difusión han tenido <strong>de</strong>bido a su<br />

simplicidad y buenos resultados. Dichos sistemas usan valoraciones <strong>de</strong> una comunidad <strong>de</strong> usuarios sobre una<br />

serie <strong>de</strong> ítems para recomendar a un usuario u un ítem i que aún no ha valorado, estimando el valor que u<br />

daría a los ítems candidatos en base al valor que asignaron sobre los i candidatos aquellos usuarios con un<br />

parecido historial <strong>de</strong> preferencias.<br />

En esta contribución nosotros centramos el estudio <strong>de</strong> estos sistemas en el ámbito <strong>de</strong> la educación, don<strong>de</strong><br />

evaluaremos la aplicación <strong>de</strong>l FC en la recomendación asignaturas y/o perfiles estimando las calificaciones<br />

que obtendría un alumno, u, en las materias candidatas, basándonos en las calificaciones sobre las materias<br />

candidatas que alumnos con el mismo o parecido perfil académico que u obtuvieron en el pasado. Intentamos<br />

pues, estudiar la vali<strong>de</strong>z <strong>de</strong>l uso <strong>de</strong>l FC como herramienta válida para orientar al alumnado a la hora <strong>de</strong> tomar<br />

<strong>de</strong>cisiones que impliquen alguno <strong>de</strong> los siguientes puntos: elección individual <strong>de</strong> materias, elección <strong>de</strong><br />

perfiles o modalida<strong>de</strong>s académicas, e incluso <strong>de</strong>tección <strong>de</strong> asignaturas con potenciales problemas y<br />

necesida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> refuerzo para el individuo. Si los experimentos realizados aportan resultados satisfactorios se<br />

implementará un Sistema <strong>de</strong> Recomendación Colaborativo sobre el dominio expuesto.<br />

Esta comunicación se estructura <strong>de</strong>l siguiente modo: en la sección 2 se hace una breve <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong>l<br />

funcionamiento <strong>de</strong> los sistemas colaborativos; en la sección 3 se expone en <strong>de</strong>talle nuestra propuesta <strong>de</strong> FC<br />

para la recomendación <strong>de</strong> perfiles académicos y/o asignaturas; en la sección 4 se presenta un sistema <strong>de</strong><br />

recomendación para orientar al alumnado en el Bachillerato; en la sección 5 se concluye esta comunicación.<br />

2. SISTEMAS DE RECOMENDACIÓN COLABORATIVOS<br />

En la literatura existente se <strong>de</strong>scriben los Sistemas <strong>de</strong> Recomendación basados en FC como sistemas que<br />

trabajan recogiendo juicios humanos, expresados como votaciones, sobre una serie <strong>de</strong> ítems en un dominio<br />

dado, y tratan <strong>de</strong> emparejar personas que comparten las mismas necesida<strong>de</strong>s o gustos [Herlocker et al. 1999;<br />

Pazzani 1999; Adomavicius and Tuzhilin 2005; Breese et al. 1998].<br />

Los usuarios <strong>de</strong> un sistema colaborativo comparten sus valoraciones y opiniones con respecto a los ítems<br />

que conocen <strong>de</strong> forma que otros usuarios puedan <strong>de</strong>cidir qué elección realizar. A cambio <strong>de</strong> compartir esta<br />

información, el sistema proporciona recomendaciones personalizadas para aquellos elementos que pue<strong>de</strong>n<br />

resultar interesantes al usuario.<br />

Es <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar que en el FC son los usuarios, las personas, quienes <strong>de</strong>terminan la relevancia, cualidad e<br />

interés <strong>de</strong> los ítems, por lo que se pue<strong>de</strong> realizar el filtrado sobre elementos difíciles <strong>de</strong> analizar mediante<br />

computación. El FC tiene la capacidad <strong>de</strong> discernir cómo se adapta un ítem a las necesida<strong>de</strong>s o intereses <strong>de</strong><br />

los usuarios, basándose en la propia capacidad humana <strong>de</strong> analizar en términos <strong>de</strong> calidad o gusto, tarea<br />

difícilmente realizable por procesos computacionales.<br />

36


Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Los algoritmos FC pue<strong>de</strong>n ser agrupados en dos clases generales [Adomavicius and Tuzhilin 2005;<br />

Breese et al. 1998]: los basados en memoria, que se basan en una vecindad completa <strong>de</strong> usuarios y sus<br />

valoraciones para el cálculo <strong>de</strong> predicciones [Herlocker et al. 1999; Adomavicius and Tuzhilin 2005], y los<br />

basados en mo<strong>de</strong>los, que usan esas valoraciones para apren<strong>de</strong>r un mo<strong>de</strong>lo que será el usado para pre<strong>de</strong>cir<br />

[Ungar and Foster 1998; Kim and Yum 2005; Breese et al. 1998].<br />

La información manejada en FC consta <strong>de</strong> una serie <strong>de</strong> ítems, usuarios y valoraciones proporcionada por<br />

los usuarios sobre esos ítems: el espacio <strong>de</strong>l problema viene <strong>de</strong>finido como una matriz <strong>de</strong> usuarios frente a<br />

ítems, en la que cada celda representa la puntuación <strong>de</strong> un usuario concreto referida a un ítem específico<br />

(Tabla 1). En nuestro caso tal matriz estaría formada por calificaciones <strong>de</strong> alumnos en materias.<br />

Resolver un problema típico <strong>de</strong> FC implica pre<strong>de</strong>cir qué valores tendría un usuario para aquellos ítems<br />

que aún no ha puntuado, basándonos para ello en las valoraciones aportadas anteriormente por la comunidad<br />

<strong>de</strong> usuarios [Adomavicius and Tuzhilin 2005; Herlocker et al. 1999]. En cuanto a la recomendación que se<br />

muestra al usuario, pue<strong>de</strong> estar formada por los valores previstos para una serie <strong>de</strong> ítems, o bien por una lista<br />

formada por aquellos ítems que supuestamente al usuario <strong>de</strong>berían gustarle más, teniendo para ello en cuenta<br />

si <strong>de</strong>ben o no mostrarse ítems ya votados.<br />

Tabla 1. Representación <strong>de</strong>l espacio <strong>de</strong> un problema asociado a FC.<br />

Superman Titanic Spi<strong>de</strong>rman American Pie Matrix<br />

Alex 9 1 9 6 10<br />

Ricardo 4 3 10 4<br />

Eva 8 2 9 7 8<br />

Pedro 6 3 ? 6 7<br />

Para generar una predicción <strong>de</strong>ben realizarse una serie <strong>de</strong> tareas [Herlocker et al. 1999]: establecer el<br />

valor <strong>de</strong> similitud entre el usuario activo y el resto, seleccionar un conjunto <strong>de</strong> usuarios para generar la<br />

predicción, y generar una predicción en base a combinaciones pon<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> las valoraciones que realizaron<br />

los vecinos seleccionados.<br />

Para establecer la similitud entre vecinos <strong>de</strong>bemos <strong>de</strong>finir una medida que nos permita evaluar el grado <strong>de</strong><br />

parecido entre unos y otros. Existen diversas medidas para este cálculo siendo las más usadas <strong>de</strong> estas<br />

medidas son el Coeficiente <strong>de</strong> Correlación <strong>de</strong> Pearson y el Vector <strong>de</strong> Similitud o Coseno [Breese et al. 1998].<br />

Una vez establecidas las similitu<strong>de</strong>s entre el usuario activo y el resto <strong>de</strong> la comunidad, es necesario elegir<br />

cuáles <strong>de</strong> entre estos últimos se usarán para computar las predicciones, puesto que en términos <strong>de</strong> eficiencia y<br />

exactitud utilizar todos para el cálculo no sería viable. Por ello se suele escoger un número pre<strong>de</strong>terminado K<br />

<strong>de</strong> vecinos, los K con mayor valor <strong>de</strong> similitud [Herlocker et al. 1999; Pazzani 1999]. Los dos procesos<br />

anteriores se realizan mediante la implementación <strong>de</strong> un algoritmo K-NN (K Nearest Neighbors).<br />

Tras escoger el vecindario resta combinar las valoraciones <strong>de</strong> éste para producir una predicción<br />

[Adomavicius and Tuzhilin 2005; Herlocker et al. 1999]. La forma más sencilla <strong>de</strong> hacerlo es calcular una<br />

media pon<strong>de</strong>rada <strong>de</strong> las predicciones, sin embargo, una <strong>de</strong> las aproximaciones más utilizadas y que mejores<br />

resultados da es calcular una suma media ajustada <strong>de</strong> dichas puntuaciones utilizando la media <strong>de</strong> valoración<br />

<strong>de</strong> cada individuo y las correlaciones como pesos [Adomavicius and Tuzhilin 2005; Herlocker et al. 1999].<br />

Todo el proceso relatado hasta el momento se conoce como filtrado colaborativo basado en usuario (en<br />

a<strong>de</strong>lante FC-U). Existe otro enfoque <strong>de</strong> la misma i<strong>de</strong>a que surge para intentar solventar ciertos problemas <strong>de</strong><br />

escalabilidad (conforme crece el número <strong>de</strong> valoraciones y usuarios, aumenta el tiempo <strong>de</strong> computación<br />

requerido) y dispersión (usuarios con valoraciones muy dispares pue<strong>de</strong>n no encontrar recomendaciones al no<br />

encontrar vecinos a<strong>de</strong>cuados) se ha propuesto en [Sarwar et al. 2001] una variante <strong>de</strong> filtrado colaborativo<br />

basada en ítems (FC-I) en la que en vez <strong>de</strong> estudiarse la similitud entre usuarios y proporcionar predicciones<br />

en base a sus votaciones se estudia el comportamiento <strong>de</strong> los propios ítems en sí, estableciendo cuáles<br />

presentan valoraciones similares y realizando predicciones en base a los propios ítems, y no a los usuarios.<br />

Por ejemplo, si se comprueba que los usuarios que votan Matrix, Superman y Spi<strong>de</strong>rman lo hacen <strong>de</strong> forma<br />

similar, se pue<strong>de</strong>n usar las valoraciones <strong>de</strong>l usuario activo en dos <strong>de</strong> ellas para estimar la puntuación <strong>de</strong> la<br />

tercera (Tabla 1).<br />

La construcción <strong>de</strong> estos sistemas se realiza <strong>de</strong> forma análoga al FC-U, con las mismas medidas, solo que<br />

en vez <strong>de</strong> explorar la matriz <strong>de</strong> usuarios-ítems por filas para establecer la similitud entre usuarios, se hace por<br />

columnas, para obtener similitu<strong>de</strong>s entre ítems.<br />

Por otro lado, los algoritmos FC-U están pensados para trabajar online. Esto quiere <strong>de</strong>cir que se espera<br />

que en tiempo real el usuario solicite una recomendación y el sistema realice todos los cálculos necesarios<br />

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para aportar una recomendación. En FC-I lo que se preten<strong>de</strong> es buscar datos que sean computables offline, es<br />

<strong>de</strong>cir, realizar la mayor parte <strong>de</strong>l cálculo (correspondiente a encontrar la similitud entre ítems) antes <strong>de</strong> que el<br />

usuario solicite una recomendación, <strong>de</strong> forma que el coste computacional <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> la solicitud sea mínimo.<br />

Veamos ahora el comportamiento <strong>de</strong> estas técnicas en el ámbito propuesto y su impacto sobre los datos<br />

que preten<strong>de</strong>mos utilizar.<br />

3. FC PARA RECOMENDAR MATERIAS Y PERFILES ACADÉMICOS<br />

En las enseñanzas regladas que permiten algún grado <strong>de</strong> elección u optatividad encontramos ciertos patrones<br />

comunes en la estructura que presentan: existen alumnos que, matriculados en asignaturas, obtienen en ellas<br />

ciertas calificaciones; las asignaturas están asociadas a un curso, nivel o grado, y pue<strong>de</strong>n presentar distintos<br />

tipos, según sean obligatorias, optativas, referidas a una modalidad o perfil concreto, habiendo agrupaciones<br />

<strong>de</strong> materias que formen perfiles o itinerarios educativos en caso <strong>de</strong> cursar todas o un grupo <strong>de</strong> ellas. Po<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>finir un expediente académico como un conjunto <strong>de</strong> calificaciones obtenidas por un alumno para una serie<br />

<strong>de</strong> materias cursadas a lo largo <strong>de</strong> cierto periodo <strong>de</strong> tiempo.<br />

El objetivo principal <strong>de</strong> esta contribución es respon<strong>de</strong>r a la siguiente pregunta: ¿Es posible utilizar el<br />

expediente académico <strong>de</strong> una persona para orientarle a la hora <strong>de</strong> escoger su futuro? Inicialmente la respuesta<br />

no es <strong>de</strong>l todo clara, puesto que entran en juego factores subjetivos, psicológicos y aptitudinales.<br />

Dado que las calificaciones <strong>de</strong> un individuo aportan información fiable sobre las aptitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ese alumno,<br />

las áreas en las que mejor se comporta, e incluso sus preferencias. Preten<strong>de</strong>mos evaluar si un Sistema <strong>de</strong><br />

Recomendación Colaborativo, estimando la posible calificación que un alumno obtendría en una materia en<br />

caso <strong>de</strong> cursarla, pue<strong>de</strong> proporcionar información relevante que, conjugada <strong>de</strong>bidamente en un futuro con<br />

otro tipo <strong>de</strong> informaciones, termine dando lugar a un sistema capaz <strong>de</strong> ayudar a los individuos a la hora <strong>de</strong><br />

tomar <strong>de</strong>cisiones sobre su futuro. Para ello realizamos una serie <strong>de</strong> experimentos para obtener una respuesta<br />

fiable a la pregunta anterior.<br />

3.1 Unos datos Singulares<br />

El conjunto <strong>de</strong> datos que utilizaremos en los experimentos son las calificaciones <strong>de</strong> los alumnos en una serie<br />

<strong>de</strong> materias. Normalmente los sistemas <strong>de</strong> recomendación trabajan o bien con datos explícitos (directamente<br />

aportados por el usuario sobre sus propias percepciones), o bien implícitos (obtenidos <strong>automática</strong>mente por el<br />

sistema en función <strong>de</strong>l comportamiento <strong>de</strong>l usuario) [Herlocker et al. 2004]. En el caso que nos ocupa los<br />

datos no se encuadran nítidamente en los tipos anteriores, puesto que las calificaciones son aportadas por una<br />

tercera persona experta en la materia, y no <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n directamente <strong>de</strong>l usuario. Por tanto, es interesante<br />

comprobar qué funcionamiento pue<strong>de</strong> tener el uso <strong>de</strong> FC en este tipo <strong>de</strong> datos tan singular.<br />

El conjunto <strong>de</strong> datos utilizado está formado por un total <strong>de</strong> 744 alumnos anónimos <strong>de</strong> entre 4º <strong>de</strong> E.S.O.<br />

(Educación Secundaria Obligatoria), 1º y 2º <strong>de</strong> Bachillerato <strong>de</strong> 9 promociones proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> varios centros<br />

educativos andaluces, consi<strong>de</strong>rando hasta 100 asignaturas y un total <strong>de</strong> 15752 calificaciones, que contemplan<br />

valores enteros comprendidos entre el 0 y el 10. En las etapas educativas contempladas se empiezan a realizar<br />

<strong>de</strong>cisiones <strong>de</strong>l tipo <strong>de</strong> las expuestas anteriormente, existiendo distintos itinerarios educativos a seguir. Este es<br />

el motivo por el que se ha consi<strong>de</strong>rado interesante basar en ellas nuestro estudio.<br />

3.2 Procedimiento Experimental<br />

Para dar respuesta a la pregunta <strong>de</strong>l inicio <strong>de</strong> esta sección, se han realizado numerosos experimentos para<br />

medidas <strong>de</strong> similitud y predicciones basadas en memoria, tanto con FC-U como con FC-I.<br />

Indicar que para evaluar el comportamiento <strong>de</strong> los distintos algoritmos <strong>de</strong> FC se han utilizado las métricas<br />

<strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong>l Error Medio Absoluto (en a<strong>de</strong>lante MAE), que estima la exactitud con la que el sistema<br />

realizará las predicciones, y la Cobertura, que calcula el porcentaje <strong>de</strong> ítems para los que el sistema es capaz<br />

<strong>de</strong> proporcionar una predicción [Herlocker et al. 2004].<br />

En nuestros experimentos hemos estudiado el comportamiento <strong>de</strong> la mayoría <strong>de</strong> variantes conocidas <strong>de</strong><br />

algoritmos FC [Breese et al. 1998; Herlocker et al. 1999], intentando optimizar diferentes parámetros como:<br />

Porcentajes <strong>de</strong> conjunto <strong>de</strong> entrenamiento y prueba<br />

38


Número <strong>de</strong> Vecinos<br />

Factor <strong>de</strong> relevancia<br />

Medidas <strong>de</strong> predicción<br />

Cada experimento se ha ejecutado un mínimo <strong>de</strong> 40 veces. Dado el gran número <strong>de</strong> experimentos realizados<br />

sólo mostraremos en la Tabla 2 los resultados obtenidos para aquellos que mejor comportamiento han<br />

mostrado en FC-I/U. Pue<strong>de</strong> obtenerse una información más extensa al respecto <strong>de</strong> [Castellano 2007].<br />

Tabla 2. Resultados experimentales.<br />

MAE obtenido para FC-I MAE obtenido para FC-U<br />

K=10 K=15 K=20 K=25 K=30 K=35<br />

N=20 0,9069 0,9053 0,9067 N=35 0,9319 0,9300 0,9308<br />

N=25 0,9075 0,9036 0,9060 N=40 0,9278 0,9261 0,9271<br />

N=30 0,9097 0,9020 0,9072 N=45 0,9278 0,9261 0,9272<br />

N=35 0,9094 0,9026 0,9095 N=50 0,9249 0,9234 0,9243<br />

N=40 0,9114 0,9045 0,9111 N=55 0,9304 0,9297 0,9292<br />

Los valores <strong>de</strong> la Tabla 2, en el caso <strong>de</strong> FC-I correspon<strong>de</strong>n al uso <strong>de</strong>l coeficiente <strong>de</strong> correlación <strong>de</strong><br />

Pearson como medida <strong>de</strong> similitud, a la que se aplica un factor <strong>de</strong> relevancia que parte <strong>de</strong> la i<strong>de</strong>a <strong>de</strong> que serán<br />

más relevantes aquellas medidas <strong>de</strong> similitud en las que han participado un mayor número <strong>de</strong> valoraciones<br />

[Herlocker et al. 1999; Pazzani 1999]. Para ello se multiplica el coeficiente <strong>de</strong> correlación <strong>de</strong> Pearson por el<br />

número <strong>de</strong> alumnos usados en el cálculo <strong>de</strong> similitud (recor<strong>de</strong>mos que estamos usando FC-I) dividido entre<br />

una constante N, que hemos ajustado a 30 tras haberse variado en los experimentos entre 5 y 60. El número<br />

<strong>de</strong> vecinos K escogidos para el cálculo <strong>de</strong> predicciones que mejor ha resultado ha sido 15, <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> realizar<br />

pruebas con valores entre 5 y 50. Las predicciones <strong>de</strong>l sistema se han calculado mediante la suma media<br />

pon<strong>de</strong>rada y se le ha aplicado una mejora <strong>de</strong>nominada amplificación <strong>de</strong> casos [Breese et al. 1998] que<br />

enfatiza en las predicciones aquellas valoraciones aportadas por vecinos con mayor similitud, penalizando los<br />

más lejanos.<br />

En el caso <strong>de</strong> FC-U el que mejor resultados aportó es análogo al anterior, pero con ciertas diferencias<br />

(Tabla 2): para el cálculo <strong>de</strong>l coeficiente <strong>de</strong> correlación <strong>de</strong> Pearson se fija la media a 5 para todos los<br />

alumnos, <strong>de</strong> modo que las similitu<strong>de</strong>s se calculen <strong>de</strong> forma absoluta; N tomará el valor <strong>de</strong> 50 y K <strong>de</strong> 30. Los<br />

resultados obtenidos se muestran en la Figura 1.<br />

En ambos casos los porcentajes <strong>de</strong> poblaciones <strong>de</strong> entrenamiento y prueba que mejor se comportan son<br />

<strong>de</strong>l 80% y 20% respectivamente.<br />

Como po<strong>de</strong>mos verificar, el MAE en las predicciones es aceptable para las necesida<strong>de</strong>s que preten<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong> nuestro estudio.. Mencionar que en FC-I la cobertura no baja <strong>de</strong>l 99% y en FC-U <strong>de</strong>l 98%. Se ha<br />

comprobado el comportamiento <strong>de</strong> ambos algoritmos agrupando las materias por tipos para corroborar si<br />

existía variación. Vemos que el mejor mo<strong>de</strong>lo es el basado en ítem, con un MAE global <strong>de</strong> 0,902 y sin mucha<br />

variación en función <strong>de</strong>l tipo.<br />

MAE<br />

1,02<br />

1<br />

0,98<br />

0,96<br />

0,94<br />

0,92<br />

0,9<br />

0,88<br />

0,86<br />

Resultados Experimentales<br />

0,9234<br />

0,902 0,9015<br />

0,8682<br />

1,0125<br />

0,9316<br />

todas optativas propias comunes<br />

Asignatudas contempladas por grupos<br />

Figura 1. Cálculo <strong>de</strong>l Error Absoluto Medio.<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

0,9053<br />

0,8803<br />

A continuación presentamos OrieB, una aplicación web que preten<strong>de</strong> orientar al alumnado <strong>de</strong> E.S.O. y<br />

Bachillerato en <strong>de</strong>cisiones tales como escoger modalidad, seleccionar asignaturas, etc.<br />

FC-I<br />

FC-U<br />

39


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

4. ORIEB – WEB DE ORIENTACIÓN PARA EL BACHILLERATO<br />

Utilizando la información obtenida tras analizar los resultados <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> los experimentos realizados, se<br />

ha querido implementar un pequeño sistema <strong>de</strong> orientación, OrieB, basado en el algoritmo que mejores<br />

resultados ha dado, para ayudar a aquellos alumnos que quieran cursar Bachillerato, partiendo <strong>de</strong> los datos<br />

que hemos usado en los experimentos.<br />

La Figura 2 nos muestra la página <strong>de</strong> presentación <strong>de</strong>l sistema OrieB, en la que se explica <strong>de</strong> forma breve<br />

y clara el tipo <strong>de</strong> recomendaciones que se realizan y se da una pequeña noción sobre cómo utilizar el sistema,<br />

que queda ampliada en la ayuda.<br />

Figura 2. Página <strong>de</strong> presentación <strong>de</strong> OrieB.<br />

El sistema realiza 3 tipos <strong>de</strong> recomendaciones: la modalidad <strong>de</strong> Bachillerato más a<strong>de</strong>cuada para el<br />

individuo (a elegir <strong>de</strong> entre 4 posibles), las asignaturas <strong>de</strong> modalidad y optativas más recomendadas, y<br />

asignaturas obligatorias en las que el alumno pue<strong>de</strong> requerir refuerzo educativo (Figuras 3, 4, 5 y 6).<br />

Figura 2. Recomendación <strong>de</strong> perfil o modalidad.<br />

Dado que las recomendaciones se calculan en base a la similitud <strong>de</strong> los usuarios, y esta pue<strong>de</strong> dar valores<br />

sesgados (alta similitud con números bajos <strong>de</strong> elementos en común), para aumentar la fiabilidad <strong>de</strong> las<br />

recomendaciones, el sistema proporcionará información adicional que expresa no sólo lo a<strong>de</strong>cuada que es<br />

una recomendación para el individuo, sino también el grado <strong>de</strong> confianza que merece, teniendo en cuenta<br />

cómo esa recomendación es construida por el sistema basándose en las predicciones.<br />

Teniendo en cuesta esto, construimos el grado <strong>de</strong> interés que una modalidad pue<strong>de</strong> presentar para un<br />

alumno en base a 3 factores: (i) la media <strong>de</strong> las calificaciones correspondientes a las materias propias <strong>de</strong><br />

dicha modalidad, (ii) la varianza en las calificaciones <strong>de</strong> dichas materias, y (iii) la cobertura <strong>de</strong> tales<br />

previsiones, consi<strong>de</strong>rando que cuantas más materias <strong>de</strong> entre todas las propias <strong>de</strong> la modalidad se<br />

contemplen, y cuanto menor sea la diferencia entre las calificaciones <strong>de</strong> dichas materias, mayor será el grado<br />

<strong>de</strong> confianza que nos pue<strong>de</strong> aportar la media <strong>de</strong> las predicciones (Figura 2).<br />

40


Figura 3. Recomendaciones para asignaturas propias <strong>de</strong> modalidad.<br />

Figura 4. Recomendaciones para materias optativas.<br />

Figura 5. Recomendaciones para refuerzo educativo.<br />

Para el caso <strong>de</strong> recomendaciones individuales, se presentan listas or<strong>de</strong>nadas en base al interés calculado<br />

para cada ítem, obtenido en base a las predicciones realizadas por el algoritmo FC; a<strong>de</strong>más se muestra un<br />

porcentaje <strong>de</strong> confianza para la recomendación que tiene en cuenta dos factores: la varianza para la<br />

predicción concreta y el número <strong>de</strong> elementos que se utilizaron para elaborar la predicción, es <strong>de</strong>cir, el<br />

número <strong>de</strong> materias similares usadas (Figuras 3 y 4). Al recomendar las materias propias <strong>de</strong> modalidad se<br />

muestran todas las modalida<strong>de</strong>s, favoreciendo que el alumno pueda evaluar completamente las posibles<br />

alternativas. Con respecto a las materias que requieren refuerzo el cálculo es similar al <strong>de</strong> las optativas,<br />

aunque se muestran únicamente aquellas asignaturas cuya predicción es menor o igual que 4 (Figura 5).<br />

Pue<strong>de</strong> obtenerse una información más <strong>de</strong>tallada sobre el funcionamiento <strong>de</strong>l sistema en [Castellano 2007].<br />

5. CONCLUSIONES<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Tras analizar los sistemas <strong>de</strong> recomendación basados en filtrado colaborativo se ha <strong>de</strong>mostrado que su uso<br />

pue<strong>de</strong> resultar más que interesante a la hora <strong>de</strong> realizar recomendaciones personalizadas a alumnos sobre<br />

itinerarios educativos y a la hora <strong>de</strong> escoger asignaturas optativas, e incluso prever qué asignaturas comunes<br />

presentarán unas mayores dificulta<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizaje o necesida<strong>de</strong>s específicas <strong>de</strong> refuerzo al alumno.<br />

A<strong>de</strong>más, y tras estudiar las peculiarida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>l dominio concreto, hemos observado que posiblemente sea<br />

la primera vez que se utilizan datos que no provienen directamente <strong>de</strong>l usuario ni son recogidos<br />

41


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

<strong>automática</strong>mente por el sistema, sino que son aportados por expertos; sin embargo, el FC se ha comportado<br />

<strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>cuada.<br />

En base a estos resultados se ha implementado OrieB, un pequeño sistema basado en FC-I para<br />

ayudar/orientar a aquellos alumnos que quieran cursar Bachillerato a elegir tanto la modalidad como las<br />

materias propias <strong>de</strong> modalidad y las optativas.<br />

Los buenos resultados obtenidos nos hacen pensar que se pue<strong>de</strong>n construir sistemas <strong>de</strong> este tipo para<br />

orientar a alumnos <strong>de</strong> cualquier tipo <strong>de</strong> enseñanzas en las que el camino académico a recorrer no sea único,<br />

como por ejemplo enseñanzas <strong>de</strong> tipo universitario, y dado que el sistema utiliza únicamente información<br />

cuantitativa sobre el alumnado, es viable la inclusión <strong>de</strong> mejoras que contemplen información <strong>de</strong> carácter<br />

cualitativo, tanto sobre alumnos como sobre asignaturas, <strong>de</strong> forma que se elaboren recomendaciones más<br />

confiables y <strong>de</strong> mayor calidad.<br />

AGRADECIMIENTOS<br />

Esta contribución está parcialmente financiada por el proyecto <strong>de</strong> investigación TIN 2006-02121.<br />

REFERENCIAS<br />

Adomavicius, G., and A. Tuzhilin. 2005. Toward the next generation of recommen<strong>de</strong>r systems: A survey of the state-ofthe-art<br />

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Barranco, M., L. G. Pérez, and L. Martínez. 2006. Un Sistema <strong>de</strong> Recomendación Basado en Conocimiento con<br />

Información Lingüística Multiganular. Paper read at SIGEF XIII - The XIII Congress of International Association for<br />

Fuzzy-Set Management and Economy, at Hammamet, Tunicia.<br />

Breese, J. S., D. Hecherman, and C. Kadie. 1998. Empirical Analysis of Predictive Algorithms for Collaborative<br />

Filtering. Paper read at Uncertainty in Artificial Intelligence. Proceedings of the Fourteenth Conference.<br />

Burke, R. 2000. Knowledge-based Recommen<strong>de</strong>r Systems. Encyclopedia of Library and Information Systems.<br />

Burke, R. 2002. Hybrid recommen<strong>de</strong>r systems: Survey and experiments. User Mo<strong>de</strong>ling and User-Adapted Interaction<br />

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Castellano, E. J. 2007. Evaluación <strong>de</strong>l uso <strong>de</strong> Algoritmos Colaborativos para Orientar Académicamente al Alumnado en<br />

Bachillerato. Memoria <strong>de</strong> Investigación para la obtención <strong>de</strong>l Diploma <strong>de</strong> Estudios Avanzados, Lenguajes y Sistemas<br />

Informáticos, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Jaén.<br />

Herlocker, J. L., J. A. Konstan, A. Borchers, and J. Riedl. 1999. An algorithmic framework for performing collaborative<br />

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Herlocker, J. L., J. A. Konstan, K. Terveen, and J. T. Riedl. 2004. Evaluating collaborative filtering recommen<strong>de</strong>r<br />

systems. Acm Transactions on Information Systems 22 (1):5-53.<br />

Kim, D., and B. J. Yum. 2005. Collaborative filtering based on iterative principal component analysis. Expert Systems<br />

with Applications 28 (4):823-830.<br />

Martínez, L., L. G. Pérez, and M. Barranco. 2007. A Multi-granular Linguistic Based-Content Recommendation Mo<strong>de</strong>l.<br />

International Journal of Intelligent Systems 22 (5):419-434.<br />

Pazzani, M. J. 1999. A framework for collaborative, content-based and <strong>de</strong>mographic filtering. Artificial Intelligence<br />

Review 13 (5-6):393-408.<br />

Pérez, L. G., M. Barranco, L. Martínez and M. Espinilla. 2007. Exploiting Liguistic Preference Relations in Knowledge<br />

Based Recommendation Systems. Paper read at EUROFUSE WORKSHOP 2007, at Jaén, España.<br />

Resnick, P., and H. R. Varian. 1997. Recommen<strong>de</strong>r systems. Vol. 40: ACM Press.<br />

Sarwar, B., G. Karypis, J. Konstan, and J. Reidl. 2001. Item-based collaborative filtering recommendation algorithms.<br />

Hong Kong: ACM Press.<br />

Schafer, J. B., J. A. Konstan, and J. Riedl. 2001. E-Commerce Recommen<strong>de</strong>r Applications. Vol. 5: Kluwer Aca<strong>de</strong>mic<br />

Publishers.<br />

Ungar, L. H., and D. P. Foster. 1998. Clustering Methods for Collaborative Filtering. Paper read at Proceedings of the<br />

Workshop on Recommendation Systems.<br />

42


UMA FERRAMENTA DE MINERAÇÃO DE TEXTOS PARA<br />

ASSISTIR AS DÚVIDAS DOS ALUNOS EM AMBIENTES<br />

VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM<br />

RESUMO<br />

Eros Estevão <strong>de</strong> Moura<br />

Universida<strong>de</strong> Candido Men<strong>de</strong>s, Campos dos Goytacazes, RJ, Brazil<br />

eros@cefetes.br<br />

Sahudy Montenegro González<br />

Universida<strong>de</strong> Candido Men<strong>de</strong>s, Campos dos Goytacazes, RJ, Brazil<br />

sahudy@ucam-campos.br<br />

Annabell <strong>de</strong>l Real Tamariz<br />

Universida<strong>de</strong> Candido Men<strong>de</strong>s, Campos dos Goytacazes, RJ, Brazil<br />

annabell@ucam-campos.br<br />

Geórgia R. Rodrigues Gomes<br />

Universida<strong>de</strong> Candido Men<strong>de</strong>s, Campos dos Goytacazes, RJ, Brazil<br />

georgia@ucam-campos.br<br />

Na Educação a Distância (EaD), o maior obstáculo para o acompanhamento do aprendizado é o contato entre professor<br />

e aluno, já que, na maior parte do tempo, é mediado pelo computador, limitando-se às mensagens escritas. Assim, um<br />

das diferenças entre o acompanhamento na educação presencial e na educação a distância está na observação realizada<br />

pelo professor, que não po<strong>de</strong> mais contar com o ”corpo a corpo” da sala <strong>de</strong> aula. Nos ambientes computacionais para<br />

EaD, a observação é feita por meio das interações do aluno com o ambiente. Para lidar com essa situação, este trabalho<br />

propõe a utilização <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong> texto para apoiar a aprendizagem dos alunos. Os alunos po<strong>de</strong>m expor<br />

suas dúvidas em linguagem natural, que serão respondidas com a melhor resposta possível, obtida a partir da mineração<br />

da base <strong>de</strong> conhecimento preenchida pelo professor especialista da disciplina. A interface po<strong>de</strong> ficar disponível em listas<br />

<strong>de</strong> discussão, bate-papo (chats), fóruns, que são mecanismos <strong>de</strong> comunicação do ambiente <strong>de</strong> aprendizagem. Para validar<br />

as idéias propostas, é apresentado um estudo <strong>de</strong> caso, <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong>ntro do ambiente do TelEduc, os testes feitos e seus<br />

resultados.<br />

PALAVRAS CHAVES<br />

Mineração <strong>de</strong> Texto, Ambiente Virtual <strong>de</strong> Aprendizagem, TelEduc, Assistentes Inteligentes <strong>de</strong> Ensino.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O ensino em ambientes virtuais <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong>ve ser abordado como um problema a ser<br />

solucionado <strong>de</strong> forma cooperativa. A ação do aluno é o centro do processo, on<strong>de</strong> o sistema<br />

permite um método <strong>de</strong> ensino individualizado que respeita o ritmo próprio <strong>de</strong> aprendizado<br />

do aluno. A partir <strong>de</strong>ssa necessida<strong>de</strong> foram criados os Assistentes Inteligentes <strong>de</strong> Ensino<br />

(ITAs - Intelligent Teaching Assistant systems). O ITA é orientado a alunos e professores.<br />

Ele auxilia os estudantes, mas também assistem ao professor em suas tarefas [Yacef, 2002].<br />

43


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

O objetivo fundamental <strong>de</strong> um sistema ITA é assistir aos professores, disponibilizando<br />

informações através <strong>de</strong> um ambiente, que permita i<strong>de</strong>ntificar e auxiliar os alunos<br />

individualmente, e escolher materiais e ativida<strong>de</strong>s que possam auxiliar na superação das dificulda<strong>de</strong>s.<br />

Ao assistir o professor, o aluno estará sendo beneficiado também pela melhoria<br />

da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento. Além disso, propõe a automatização <strong>de</strong> tarefas, e facilitação<br />

<strong>de</strong> consultas referente ao <strong>de</strong>sempenho e interações realizadas pelos alunos, auxiliando na<br />

proposta <strong>de</strong> novos exercícios e materiais personalizados [Yacef, 2002].<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> automatizar algumas tarefas do professor, este trabalho propõe<br />

uma ferramenta assistente que utiliza técnicas <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong> textos para respon<strong>de</strong>r as<br />

dúvidas dos alunos no processo <strong>de</strong> ensino em ambientes virtuais <strong>de</strong> aprendizagem. Assim,<br />

propõe-se aumentar a interação do aluno nos ambientes virtuais <strong>de</strong> ensino. A idéia é que a<br />

introdução <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong> texto (text mining) em ambientes virtuais permitem<br />

ao aluno tirar maior proveito e melhor se comunicar com o ambiente. Assim sendo, técnicas<br />

efetivas tornarão o ambiente <strong>de</strong> aprendizagem mais confiável e os alunos passarão a utilizá-lo<br />

com maior freqüência.<br />

A ferramenta tem como finalida<strong>de</strong> oferecer aos alunos suporte para que possam expor,<br />

em linguagem natural, suas dúvidas nas diferentes disciplinas do curso <strong>de</strong> Educação a<br />

Distância (EaD). As perguntas serão respondidas com a melhor resposta possível, a partir<br />

<strong>de</strong> bases <strong>de</strong> textos agrupados por temáticas, preenchidas pelos professores especialistas das<br />

disciplinas. A interface da ferramenta no ambiente <strong>de</strong> aprendizagem po<strong>de</strong> ficar disponível<br />

em qualquer ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem com apenas poucas linhas <strong>de</strong> código.<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste artigo é a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta ferramenta <strong>de</strong> apoio à aprendizagem. Para<br />

apresentar tal proposta, o artigo está organizado em cinco seções. Na Seção 2, são relatados<br />

alguns dos mecanismos <strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong> alunos em ambientes <strong>de</strong> EaD. Na Seção 3, é<br />

<strong>de</strong>scrita a ferramenta, sua arquitetura, características e funcionamento. A Seção 4 expõe os<br />

testes realizados e os resultados. Por último, a Seção 5 apresenta as conclusões do trabalho.<br />

2. TRABALHOS RELACIONADOS<br />

Nesta seção são relatadas algumas formas <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> mineração em ambientes virtuais<br />

<strong>de</strong> aprendizagem. Em [Lopes, 2003], propõe-se uma estratégia para o acompanhamento<br />

do aprendizado no EaD baseada nas práticas <strong>de</strong> acompanhamento do ensino presencial,<br />

acrescida da tática <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> dados, on<strong>de</strong> fatores do acompanhamento po<strong>de</strong>m ser relacionados<br />

para se verificar a aprendizagem <strong>de</strong> forma mais elaborada através da <strong>geração</strong> <strong>de</strong><br />

um novo conhecimento <strong>de</strong>scoberto com a utilização <strong>de</strong> ferramentas <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong> texto.<br />

Apresenta-se o MIDAS-POETA, um sistema <strong>de</strong> apoio a <strong>de</strong>cisão baseado em mineração <strong>de</strong><br />

dados para o sistema Portfolio-Tutor.<br />

Em [dos Santos Machado and Becker, 2002], apresenta-se um estudo sobre a utilização<br />

<strong>de</strong> técnicas da mineração <strong>de</strong> dados, aplicadas sobre dados Web. O trabalho <strong>de</strong>screve um<br />

estudo <strong>de</strong> caso sobre a mineração do uso da Web no contexto da educação a distância, no<br />

qual, irá auxiliar na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> padrões <strong>de</strong> uso dos dados Web através das interações<br />

dos alunos em um ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem. Este estudo <strong>de</strong> caso envolve um curso<br />

baseado na Web disponibilizado pela PUCRS Virtual.<br />

44


Os trabalhos encontrados no levantamento bibliográfico tratam diferentes estratégias<br />

para o acompanhamento do aprendizado e o comportamento do aluno no contexto <strong>de</strong> um<br />

ambiente <strong>de</strong> suporte ao ensino a distância. O diferencial <strong>de</strong>ste trabalho no processo <strong>de</strong> aprendizado<br />

do aluno em um ambiente virtual é a sua proposta para <strong>de</strong>senvolver uma ferramenta<br />

que agregue valor qualitativo na interação do aluno com o ambiente. Desta forma, auxiliar os<br />

alunos nas soluções <strong>de</strong> suas dúvidas durante o processo <strong>de</strong> aprendizagem e ajudá-lo a melhor<br />

enten<strong>de</strong>r as matérias. Acreditamos que com a ferramenta a<strong>de</strong>quada, o aluno vai certamente<br />

achar a motivação para aumentar sua interação com o ambiente, e <strong>de</strong>sta forma, a avaliação<br />

do comportamento, do nível <strong>de</strong> conhecimento e do grau <strong>de</strong> interesse do aluno po<strong>de</strong>rá ser<br />

mais próxima da realida<strong>de</strong>.<br />

3. UMA FERRAMENTA ASSISTENTE DE DÚVIDAS<br />

O objetivo da ferramenta é integrar a busca (da parte dos alunos) e <strong>de</strong>scoberta (da parte<br />

da ferramenta) <strong>de</strong> informação em ambientes Web <strong>de</strong> educação a distância, promovendo,<br />

assim, a comunicação aluno-ambiente. A ferramenta oferece para os alunos suporte para<br />

que possam expor, em linguagem natural, suas dúvidas nas diferentes disciplinas do curso<br />

<strong>de</strong> EaD. As perguntas serão respondidas com a melhor resposta possível, a partir da utilização<br />

<strong>de</strong> técnicas para minerar texto em bases <strong>de</strong> conhecimento, preenchidas pelos professores<br />

especialistas das disciplinas. A interface da ferramenta no ambiente <strong>de</strong> aprendizagem po<strong>de</strong><br />

ficar disponível em qualquer um dos mecanismos <strong>de</strong> comunicação (fóruns, bate-papo, listas<br />

<strong>de</strong> discussão, <strong>de</strong>ntre outros).<br />

A Figura 1 mostra a arquitetura da ferramenta em três módulos, <strong>de</strong>scritos a seguir.<br />

1. Módulo <strong>de</strong> Manutenção: possibilita a inclusão, alteração e exclusão <strong>de</strong> documentos<br />

da base <strong>de</strong> conhecimento.<br />

2. Módulo <strong>de</strong> Inteligência: aplica a mineração <strong>de</strong> texto gerando índices, que serão utilizados<br />

no mecanismo <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> informação. Esta estrutura será utilizada<br />

mais tar<strong>de</strong> pelo módulo <strong>de</strong> interface.<br />

3. Módulo <strong>de</strong> Interface: serve <strong>de</strong> interface entre a ferramenta e a aplicação que está<br />

fazendo uso <strong>de</strong>la.<br />

Figura 1. Arquitetura da ferramenta<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A ferramenta irá assistir o aluno com a resposta a sua dúvida melhor classificada pelo<br />

algoritmo proposto. Para alcançar tal objetivo foi utilizada técnicas <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong> textos<br />

45


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

que classificam uma base <strong>de</strong> conhecimento. A base <strong>de</strong> conhecimento contém um conjunto<br />

<strong>de</strong> textos cadastrados pelos professores (neste contexto, atuando como especialistas das disciplinas).<br />

Uma base auxiliar é criada para armazenar as palavras <strong>de</strong>scartáveis ou stopwords<br />

que ocorrem freqüentemente em textos, tais como artigos, preposições, pronomes, <strong>de</strong>ntre<br />

outras, em português. Esta segunda base irá dar suporte ao processamento da linguagem natural<br />

utilizada tanto nos textos das respostas armazenadas na base <strong>de</strong> conhecimento quanto<br />

nas perguntas feitas pelos alunos.<br />

Os dois primeiros módulos da ferramenta foram <strong>de</strong>senvolvidos na linguagem Java por<br />

ter sua implementação livre, ser orientada a objetos e altamente portável. O módulo <strong>de</strong> interface<br />

foi <strong>de</strong>senvolvido na linguagem PHP (PHP: Hypertext Preprocessor) por haver a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ficar integrado ao ambiente TelEduc, escolhido para esta implementação. Mesmo<br />

assim, a interface po<strong>de</strong> ser integrada a qualquer ambiente <strong>de</strong> EaD que possua integração à<br />

linguagem PHP.<br />

Em [da Rocha, 2003] é apresentado o ambiente TelEduc como sendo ”um ambiente<br />

para a criação, participação e administração <strong>de</strong> cursos na Web cujo <strong>de</strong>senvolvimento vem se<br />

dando <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1997. Ele foi concebido tendo como alvo o processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores<br />

na área <strong>de</strong> Informática na Educação, baseado na metodologia <strong>de</strong> formação contextualizada<br />

<strong>de</strong>senvolvida por pesquisadores do Núcleo <strong>de</strong> Informática Aplicada à Educação (Nied) da<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas (UNICAMP). O TelEduc foi <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong> forma<br />

participativa, ou seja, todas as suas ferramentas foram i<strong>de</strong>alizadas, projetadas e <strong>de</strong>puradas<br />

segundo necessida<strong>de</strong>s relatadas por seus usuários. Do resultado <strong>de</strong>ste trabalho contínuo o<br />

ambiente TelEduc cresceu e se solidificou <strong>de</strong>spertando interesse <strong>de</strong> diversas instituições <strong>de</strong><br />

ensino e empresas públicas e privadas”. Este ambiente foi <strong>de</strong>senvolvido na linguagem PHP.<br />

3.1 Módulo <strong>de</strong> Manutenção<br />

Este módulo fornece funcionalida<strong>de</strong>s que permitem a administração da base <strong>de</strong> textos. Para<br />

executar a mineração <strong>de</strong> textos foram feitos vários testes sobre conjuntos <strong>de</strong> documentos<br />

que po<strong>de</strong>riam vir a formar a base <strong>de</strong> textos. A base <strong>de</strong> textos é um banco <strong>de</strong> dados que<br />

contém textos simples (sem formatação) sobre os diferentes conceitos por matéria ou curso.<br />

A interface que permite a entrada <strong>de</strong> textos na base é apresentada na Figura 2 .<br />

É importante chamar atenção <strong>de</strong> como é fundamental incluir conteúdo correto e <strong>de</strong><br />

forma correta na base <strong>de</strong> textos. Qualquer algoritmo <strong>de</strong> mineração é sensível (não po<strong>de</strong>ria<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser) ao conteúdo no qual está inserido. Portanto, para o correto funcionamento do<br />

sistema <strong>de</strong>ve haver uma consciência por parte dos especialistas da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizar e<br />

manter corretamente a ferramenta e o conteúdo da base.<br />

3.1.1 Consulta, alteração e exclusão da base <strong>de</strong> textos<br />

A ferramenta disponibiliza funções para verificar quais são os documentos existentes na<br />

base <strong>de</strong> textos e, se necessário, alterar ou excluir algum <strong>de</strong>les, tornando a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste<br />

textos estar o mais atualizado possível. As possíveis modificações sobre a base <strong>de</strong> textos<br />

estão associadas a priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> usuários que garantem o tipo <strong>de</strong> acesso aos dados.<br />

46


3.2 Módulo <strong>de</strong> Inteligência<br />

Figura 2. Tela <strong>de</strong> cadastro na base <strong>de</strong> textos<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Neste módulo, os documentos da base <strong>de</strong> textos serão processados para permitir a recuperação<br />

da melhor resposta possível, sempre que o conteúdo da base e a pergunta estejam no<br />

idioma português. Os passos envolvidos no processamento dos documentos são <strong>de</strong>scritos a<br />

seguir.<br />

1. Limpeza dos índices: no caso <strong>de</strong> existência <strong>de</strong> índices antigos é feita uma limpeza na<br />

estrutura, pois a cada processo <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong> texto é feita uma releitura <strong>de</strong> toda a<br />

base <strong>de</strong> textos. O tempo <strong>de</strong> processamento está diretamente relacionado ao tamanho<br />

da base <strong>de</strong> textos anterior e configuração <strong>de</strong> hardware/software que se está utilizando.<br />

2. Leitura das stopwords: neste passo ocorre a leitura <strong>de</strong> todos os documentos existentes<br />

na base <strong>de</strong> textos. O tempo para este processamento está diretamente ligado<br />

ao tamanho da base <strong>de</strong> textos e da configuração <strong>de</strong> hardware/software que se está<br />

utilizando.<br />

3. Leitura dos documentos: neste passo ocorre a leitura <strong>de</strong> todos os documentos existentes<br />

na base <strong>de</strong> textos. O tempo para este processamento está diretamente ligado<br />

ao tamanho da base <strong>de</strong> textos e da configuração <strong>de</strong> hardware/software que se está<br />

utilizando. Para cada documento:<br />

4. Limpeza <strong>de</strong> pontos e símbolos: o documento é varrido à procura <strong>de</strong> caracteres que<br />

estão na faixa <strong>de</strong> 1 a 31 e <strong>de</strong> 127 a 191, além da procura pelos símbolos, por exemplo:<br />

\ . ? ; * ( " ) - < > = + / % | & ˆ ˜<br />

5. Limpeza do texto: já com o documento sem pontuação e outros símbolos, todas as<br />

stopwords encontradas no texto são eliminadas. É importante ressaltar a importância<br />

<strong>de</strong> uma boa lista <strong>de</strong> stopwords, pois do contrário, palavras sem significado para<br />

pesquisa serão in<strong>de</strong>xadas.<br />

6. In<strong>de</strong>xação do texto: este é o passo final do algoritmo. Neste ponto, o documento<br />

tornou-se um conjunto finito <strong>de</strong> palavras com significado para nosso contexto (a<br />

pergunta feita pelo aluno). Para realizar a in<strong>de</strong>xação, a primeira ação é verificar<br />

47


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

o número <strong>de</strong> ocorrências da palavra em um <strong>de</strong>terminado documento, incluindo seu<br />

título. O índice é criado com a palavra e o número <strong>de</strong> ocorrências da palavra no<br />

documento.<br />

É importante <strong>de</strong>stacar que o algoritmo <strong>de</strong>termina o número <strong>de</strong> ocorrências das palavras<br />

por documento, possibilitando assim uma análise muito mais precisa no momento da pesquisa.<br />

Ao completar o processamento, a ferramenta apresenta na tela as estatísticas do número <strong>de</strong><br />

documentos analisados, número <strong>de</strong> palavras in<strong>de</strong>xadas no título e número <strong>de</strong> palavras in<strong>de</strong>xadas<br />

no texto.<br />

3.3 Módulo <strong>de</strong> Interface<br />

Este módulo é dividido em duas fases:<br />

48<br />

1. Integração ao TelEduc: como mostra a Figura 3, permite ao aluno expor sua dúvida<br />

em linguagem natural (português). Para isto, uma caixa <strong>de</strong> texto é inserida no ambiente<br />

<strong>de</strong> chat do TelEduc. Por exemplo: O que é orientação a objeto.<br />

Figura 3. Página do bate-papo do TelEduc<br />

2. Processamento da pergunta do aluno: esta segunda fase processa a pergunta acompanhando<br />

os seguintes passos.<br />

(a) Limpeza <strong>de</strong> pontos e símbolos: varre a pergunta procurando caracteres na<br />

faixa <strong>de</strong> 1 a 31 e <strong>de</strong> 127 a 191, além da procura pelos símbolos.<br />

(b) Limpeza do texto: já com a pergunta sem pontuação nem símbolos, as stopwords<br />

são eliminadas. Vale ressaltar a importância <strong>de</strong> uma boa lista <strong>de</strong> stopwords,<br />

pois do contrário, palavras sem significado para pesquisa serão utilizadas<br />

na recuperação das respostas.<br />

(c) Recuperação das respostas: a seleção dos documentos que serão retornados<br />

é um ponto fundamental para o sucesso do trabalho, mas que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>,<br />

como já foi mencionado, da entrada <strong>de</strong> dados, a lista <strong>de</strong> stopwords e uma pergunta<br />

razoavelmente bem elaborada. Espera-se que a construção da frase <strong>de</strong><br />

uma pergunta esteja gramaticalmente correta em português. O algoritmo <strong>de</strong>


seleção executa os seguintes passos para cada palavra chave da pergunta: (1)<br />

verifica quais são os documentos que possuem a maior número das palavras<br />

selecionadas da pergunta feita pelo usuário; (2) tenta encontrar a resposta, utilizando<br />

a conjunção <strong>de</strong> todos as palavras selecionadas; (3) seleciona os três<br />

documentos com maior número totais <strong>de</strong> palavras, selecionando os com maior<br />

grau <strong>de</strong> pertinência; (4) se não for possível, fazer a retirada das palavras,<br />

começando pela palavra com menor ocorrência na base e terminando naquela<br />

com maior ocorrência, até encontrar a resposta; (5) se chegando à última, a<br />

resposta não foi encontrada, o algoritmo retornará a falha na busca e na tela<br />

será mostrado que não foi possível encontrar uma resposta para a pergunta<br />

feita. As respostas retornadas à pergunta mostrada na Figura 3 é apresentada<br />

na Figura 4.<br />

Figura 4. Resposta da ferramenta<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Um fator importante no processamento é o tempo <strong>de</strong> resposta. De nada adiantaria um<br />

algoritmo que retornasse os melhores documentos em um tempo maior do que o aceitável<br />

para a situação. Como estamos falando <strong>de</strong> um ambiente virtual on-line, obter uma resposta<br />

após um minuto <strong>de</strong> processamento seria inaceitável.<br />

4. RESULTADOS<br />

A base <strong>de</strong> textos foi completada para as áreas <strong>de</strong> Ciência da Computação <strong>de</strong>scritas na Tabela<br />

1. Com o fim <strong>de</strong> validação, a ferramenta foi implantada na Universida<strong>de</strong> Cândido Men<strong>de</strong>s<br />

(campus Campos dos Goytacazes) e no Centro Universitário São Camilo (ES). Os alunos dos<br />

cursos <strong>de</strong> Ciência da Computação e Sistemas <strong>de</strong> Informação fizeram os testes da ferramenta.<br />

O objetivo foi simular um ambiente real com perguntas, das mais variadas formas.<br />

Além da pergunta, o aluno podia especificar o grau <strong>de</strong> satisfação com a resposta<br />

retornada pela ferramenta, classificado em bom, regular e ruim. Uma tabela foi criada para<br />

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Tabela 1. Classificação das áreas <strong>de</strong> conhecimento<br />

Assunto Principal Quantida<strong>de</strong><br />

1 Programação Orientada a Objeto 45<br />

2 Linguagem <strong>de</strong> Programação Java 35<br />

armazenar as perguntas feitas pelos alunos e o grau <strong>de</strong> satisfação. Isto permitiu <strong>de</strong>scartar<br />

aquelas perguntas cujo conteúdo não encontrava-se incluído na base <strong>de</strong> textos.<br />

Os testes chegaram a completar 150 (cento e cinqüenta) perguntas. Dentre elas: o que<br />

é orientação a objeto (associada ao tópico 1), como <strong>de</strong>clarar uma classe em Java (associada<br />

ao tópico 2), etc.<br />

A resposta foi satisfatória em 65,33% das perguntas, sendo que este cálculo exclui<br />

as perguntas <strong>de</strong>scartadas. Em 13,33% das perguntas efetuadas obteve grau <strong>de</strong> satisfação<br />

regular e 21,33% obteve avaliação ruim. Os casos não satisfatórios po<strong>de</strong>riam ser atribuídos à<br />

qualida<strong>de</strong> da base <strong>de</strong> textos, pois verificou-se que alguns textos cadastrados na base <strong>de</strong> textos<br />

eram muito abrangentes e muito longos. O tempo <strong>de</strong> resposta às perguntas foi consi<strong>de</strong>rado<br />

satisfatório (em média dois segundos).<br />

5. CONCLUSÃO<br />

O ambiente <strong>de</strong> EaD é um espaço on<strong>de</strong> a tecnologia po<strong>de</strong> ajudar muito para melhorar o aprendizado<br />

do aluno. Uma tentativa interessante foi apresentada neste artigo para melhorar a<br />

comunicação aluno-ambiente, visando auxiliar ao aluno na busca <strong>de</strong> respostas a suas dúvidas.<br />

A utilização da mineração <strong>de</strong> texto mostrou-se eficiente como um mecanismo para auxiliar<br />

a pesquisa e recuperação <strong>de</strong> respostas para os alunos. Porém, nos testes realizados ficou<br />

<strong>de</strong>monstrada a vulnerabilida<strong>de</strong> da ferramenta quanto ao texto inserido na base <strong>de</strong> textos. O<br />

texto <strong>de</strong>ve ser o suficientemente claro e objetivo para tratar <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado tema. O controle<br />

e a prevenção <strong>de</strong> erros <strong>de</strong>vem ser feitos pelo próprio especialista, que alimenta a base<br />

<strong>de</strong> textos, cuja serieda<strong>de</strong> na realização <strong>de</strong>sse trabalho <strong>de</strong>ve prevalecer.<br />

REFERÊNCIAS<br />

da Rocha, H. V. (2003). TelEduc: Software livre para educação a distância. In (Org.), M. S.,<br />

editor, Educação online, pages 377–396. Ed. São Paulo: Edições Loyola.<br />

dos Santos Machado, L. and Becker, K. (2002). O uso da mineração <strong>de</strong> dados na web aplicado<br />

a um ambiente <strong>de</strong> ensino a distância. In Anais do I Workshop <strong>de</strong> Teses e Dissertações<br />

em Banco <strong>de</strong> Dados, XIX Simpósio Brasileiro <strong>de</strong> Banco <strong>de</strong> Dados (SBBD), Gramado.<br />

Lopes, C. C. (2003). Um sistema <strong>de</strong> apoio à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão no acompanhamento do<br />

aprendizado em educação a distância. Master’s thesis, UFCG.<br />

Yacef, K. (2002). Intelligent teaching assistant systems. In International Conference on<br />

Computers in Education, Nova Zelândia.<br />

50


HIPERMÍDIA ADAPTATIVA COMO ESTRATÉGIA<br />

APLICADA AO E-COMMERCE<br />

Oscar Dalfovo, Dr.<br />

Universida<strong>de</strong> Regional <strong>de</strong> Blumenau/ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catariana / Instituto Blumenauense <strong>de</strong> Ensino<br />

Superior<br />

Rua: Braz Wanka, 238 – Bairro Vila Nova – Cep:89035-160 - Blumenau/SC-Brasil<br />

dalfovo@furb.br<br />

Pedro S. Zanchett, MEngGC.<br />

Universidae Regional <strong>de</strong> Blumenau / Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catariana<br />

Rua: Braz Wanka, 238 – Bairro Vila Nova – Cep:89035-160 - Blumenau/SC-Brasil<br />

pedrozanchett@gmail.com<br />

Jefferson W. Mette, Esp.<br />

Universidae Regional <strong>de</strong> Blumenau<br />

Rua: Braz Wanka, 238 – Bairro Vila Nova – Cep:89035-160 - Blumenau/SC-Brasil<br />

jeff_mette@ig.com.br<br />

RESUMO<br />

Com o incessante avanço da tecnologia, a informação passou a ter um tratamento muito mais cuidadoso do que há tempos<br />

atrás, sua difusão e utilização não po<strong>de</strong> mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r única e exclusivamente dos seres humanos. Diante disso, muitas<br />

novas ciências originaram-se ou transformaram-se a partir <strong>de</strong> outras já existentes. A Gestão do Conhecimento é uma<br />

<strong>de</strong>las. Ela é utilizada atualmente nas organizações para manusear, transformar, concatenar, aprimorar e difundir<br />

informações entre as pessoas que fazem uso da mesma. Uma vez aprimorada, a informação transpôs várias barreiras no<br />

mundo, adquiriu status <strong>de</strong> negócio eletrônico (e-business) e comércio eletrônico (e-commerce), permitindo assim ás<br />

empresas fazerem uso das mesmas sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamentos <strong>de</strong>snecessários. Diante <strong>de</strong>ssa magnitu<strong>de</strong><br />

alcançada pela informação, tornou-se necessário que as pessoas que a manuseassem tivessem que ser melhores<br />

preparadas e treinadas para enfrentar esse novo <strong>de</strong>safio. Isso fez com que a Gestão do Conhecimento entrasse no mundo<br />

da cognição do ser humano e adaptar-se conforme suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizado e correto uso das informações<br />

apresentadas nos meios educacionais, comerciais e organizacionais.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A Gestão do Conhecimento é um fenômeno do fim do século XX, e começo do século XXI. Sempre existiu<br />

<strong>de</strong> forma intuitiva nas empresas, mas só agora ela tomou importância <strong>de</strong>vido à competitivida<strong>de</strong> e a<br />

globalização. Fatores estes que exigem das empresas uma formalização dos processos <strong>de</strong> gestão. A gestão do<br />

conhecimento não se aplica, se pratica; está pautada na coerência e atitu<strong>de</strong> dos gerentes e funcionários, na<br />

aprendizagem e compartilhamento das idéias. Para muitos autores, a gestão do conhecimento é um ponto<br />

importante <strong>de</strong> confluência entre a cultura administrativa da organização e a tecnologia <strong>de</strong> informação que esta<br />

utiliza.<br />

Algumas das piores e mais críticas áreas do conhecimento são as necessida<strong>de</strong>s e preferências dos clientes,<br />

as aplicações <strong>de</strong> tecnologia, o uso da informação existente, os setores e nichos <strong>de</strong> mercado, as<br />

regulamentações externas e em conseqüência <strong>de</strong> todos esses aspectos, a competitivida<strong>de</strong> da empresa<br />

(MARINHO; ESTANQUEIRO, 1999).<br />

Assim sendo, a gestão do conhecimento tem uma importância crescente para as organizações; e as<br />

tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação têm um papel fundamental no seu suporte. O <strong>de</strong>safio para essa área<br />

é i<strong>de</strong>ntificar, encontrar e/ou <strong>de</strong>senvolver e implementar tecnologias e sistemas <strong>de</strong> informação que apóiem a<br />

51


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

comunicação empresarial e a troca <strong>de</strong> idéias e experiências; que facilitem e incentivem as pessoas a uniremse,<br />

a participarem, a tomarem parte em grupos e a renovarem-se em re<strong>de</strong>s informais.<br />

Migrar <strong>de</strong> uma posição <strong>de</strong> suporte a processos para o suporte a competências, passa a ser um outro gran<strong>de</strong><br />

e árduo <strong>de</strong>safio para a área <strong>de</strong> tecnologia <strong>de</strong> informação. Conforme Eboli (1999) é necessário sair da posição<br />

passiva do simples processamento <strong>de</strong> transações, da integração da logística, e do comércio eletrônico; e<br />

agregar um perfil <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> comunicação, conversação, aprendizagem e compartilhamento<br />

do conhecimento adquirido entre as comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho e <strong>de</strong> estruturação ao acesso às novas idéias e<br />

experiências vivenciadas.<br />

Para tentar vencer esses <strong>de</strong>safios, uma empresa precisa <strong>de</strong> três itens fundamentais: uma nova arquitetura<br />

<strong>de</strong> informação, uma nova arquitetura tecnológica e uma nova arquitetura <strong>de</strong> aplicações. A nova arquitetura <strong>de</strong><br />

informação po<strong>de</strong>ria incluir novas linguagens, categorias e metáforas para i<strong>de</strong>ntificar e <strong>de</strong>senvolver perfis e<br />

competências. Uma nova arquitetura tecnológica que fosse mais social, aberta, flexível, que respeitasse e<br />

aten<strong>de</strong>sse as necessida<strong>de</strong>s individuais e que <strong>de</strong>sse po<strong>de</strong>r aos utilizadores. E por final, uma nova arquitetura <strong>de</strong><br />

aplicações mais orientada para a solução <strong>de</strong> problemas e para a representação do conhecimento, do que<br />

somente voltada para as transações e informações (SAMPAIO, 2001).<br />

O papel a ser <strong>de</strong>sempenhado pelas tecnologias <strong>de</strong> informação é estratégico: ajudar o <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

conhecimento coletivo e da aprendizagem contínua, tornando mais fácil para as pessoas <strong>de</strong> uma organização,<br />

compartilhar problemas, perspectivas, idéias e soluções. Em resumo, para uma evolução empresarial, as<br />

tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem ser utilizadas para facilitar as ativida<strong>de</strong>s essenciais<br />

da mesma. Para tanto, as ferramentas <strong>de</strong>vem ser flexíveis e fáceis <strong>de</strong> utilizar por todos na organização,<br />

fornecendo assim os meios para que as pessoas possam representar problemas, <strong>de</strong>senvolver protótipos e criar<br />

soluções (ABREU, 2002).<br />

2. GESTÃO DO CONHECIMENTO<br />

Vive-se atualmente a era do conhecimento! O conhecimento é a informação da qual o ser humano se<br />

apropria, que interpreta e a partir daí passa a ter novas idéias. Atualmente, é o assunto <strong>de</strong> maior procura e<br />

expansão em pesquisas nas organizações.<br />

Muitos são os fatores que influenciam nesse processo <strong>de</strong> busca do conhecimento, entre eles po<strong>de</strong>-se citar<br />

a rápida evolução da tecnologia, o acesso aos mercados globais, turbulências dos mercados, como lidar e<br />

extrair dados e informações da inteligência competitiva nas organizações, etc. Mas o objetivo principal por<br />

trás <strong>de</strong> todos esses fatores é a obtenção <strong>de</strong> alguma vantagem competitiva sobre seus concorrentes através da<br />

inovação <strong>de</strong> produtos, serviços e processos, para os processos <strong>de</strong> criação/inovação do conhecimento sempre é<br />

necessário um ambiente <strong>de</strong> trabalho que possibilite a colaboração, integração, interação entre todos os<br />

participantes, além <strong>de</strong> um gerenciamento das informações necessárias e daquelas produzidas durante o<br />

processo <strong>de</strong> <strong>geração</strong> do conhecimento. (ZANCHETT, 2005a).<br />

Chaparro (1998), ainda afirma que termos como: conhecimento, competência e habilida<strong>de</strong>, criativida<strong>de</strong>,<br />

capital intelectual, capital humano, tecnologia, capacida<strong>de</strong> inovadora, ativos intangíveis, inteligência,<br />

inteligência empresarial, etc; estão intuitivamente relacionados com o termo “Gestão do Conhecimento”.<br />

Na literatura, dificilmente encontrasse uma única <strong>de</strong>finição formal <strong>de</strong> Gestão do Conhecimento. Portanto,<br />

apresentam-se aqui algumas <strong>de</strong>stas <strong>de</strong>finições e idéias: Nonaka e Takeuchi (1997): Processo através do qual<br />

as organizações procuram obter valor a partir <strong>de</strong> seus recursos intelectuais e <strong>de</strong> conhecimento.<br />

Freqüentemente obter valor <strong>de</strong>stes recursos significa compartilhá-los com funcionários, <strong>de</strong>partamentos e até<br />

com outras organizações em um esforço contínuo para obter as melhores práticas. Os autores ainda afirmam<br />

que “Gestão do Conhecimento é o processo sistemático <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação, criação, renovação e aplicação dos<br />

conhecimentos que são estratégicos na vida <strong>de</strong> uma organização”. Davenport (1998): É a administração dos<br />

ativos <strong>de</strong> conhecimento das organizações. Permite à organização saber o que ela sabe. De acordo com isso,<br />

este “conhecimento” sobre o que a organização sabe e como faz a sua gestão é utilizado para que a mesma<br />

alcance seus objetivos propostos.<br />

52


3. SISTEMAS DE HIPERMÍDIA ADAPTATIVA<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O avanço tecnológico e as necessida<strong>de</strong>s dos usuários que fazem uso da WWW instigaram uma maior<br />

pesquisa sobre a Hipermídia Adaptativa. Para tanto, nesses últimos anos alguns autores preocuparam-se em<br />

estudar os aspectos e benefícios oferecidos por essa área e vários avanços foram alcançados nesse mesmo<br />

período.<br />

Mas o que vem a ser Hipermídia Adaptativa (HA)? Segundo o conceito <strong>de</strong> Palazzo et al. (1999), “[...] é a<br />

área da ciência da computação que se ocupa do estudo e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas, arquiteturas, métodos<br />

e técnicas capazes <strong>de</strong> promover a adaptação <strong>de</strong> hiperdocumentos e hipermídia em geral ás expectativas,<br />

necessida<strong>de</strong>s, preferências e <strong>de</strong>sejos, recursos e links (conexões), vindos <strong>de</strong> qualquer fonte [...]” (banco <strong>de</strong><br />

dados, Internet, serviços, etc.) e “[...] apresentados em qualquer formato ao perfil ou mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> seus usuários,<br />

cujo estilo, conteúdo, recursos e links serão dinamicamente selecionados entre diversas possibilida<strong>de</strong>s,<br />

reunidos e apresentados a eles conforme seus objetivos”.<br />

Os sistemas hipermídia, na concepção <strong>de</strong> Balasubramanian (1998), proporcionam flexível acesso à<br />

informação ao incorporar as noções <strong>de</strong> navegação, notação e apresentação adaptada. A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

individualizar ou realizar trabalhos cooperativos, a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manipular as informações armazenadas, o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> espírito crítico e <strong>de</strong> novas perspectivas para o trabalho do gestor <strong>de</strong> negócios, são alguns<br />

dos avanços na qualida<strong>de</strong> que po<strong>de</strong>m ser propiciados pelos aspectos relevantes do uso <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> sistemas<br />

(GONÇALVES; PALAZZO, 2000).<br />

Os <strong>de</strong>safios a serem transpostos são a rapi<strong>de</strong>z e a renovação <strong>de</strong>sses sistemas. Entre os principais usos da<br />

HA encontram-se hoje os sistemas educacionais, medicina, marketing, sistemas <strong>de</strong> informações, comércio<br />

eletrônico, gestão <strong>de</strong> conhecimento, etc.<br />

O Hipertexto e a Hipermídia, que segundo Delestre, Pécuchet e Gréboval (2005) diferem-se um do outro<br />

pelo conteúdo dos nós (nodo ou unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação), oferecem maior liberda<strong>de</strong> ao usuário, ao <strong>de</strong>rrubar as<br />

barreiras da linearida<strong>de</strong> dos hiperdocumentos. Esses cresceram em tamanho e complexida<strong>de</strong>, a ponto <strong>de</strong><br />

confundirem os usuários quando confrontados a tanta informação. Esse excesso informacional e <strong>de</strong><br />

possibilida<strong>de</strong>s navegacionais po<strong>de</strong> dificultar a compreensão do conteúdo. Nesse contexto, a HA tem por<br />

objetivo principal solucionar esses problemas mediante a adaptação da navegação e da apresentação do<br />

conteúdo (De BRA, HOUBEN, WU, 1999).<br />

Koch (2001) cita algumas <strong>de</strong>svantagens dos sistemas hipermídia tradicionais, resumindo-as em duas: a<br />

fácil <strong>de</strong>sorientação dos usuários no ciberespaço e a sobrecarga cognitiva. Em resposta a esses problemas, a<br />

HA, mediante a adaptação <strong>de</strong> conteúdo e apresentação evita a sobrecarga cognitiva, exibindo, tão somente, a<br />

informação apropriada, com o layout a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> forma personalizada e flexível ao usuário. Devido à<br />

complexida<strong>de</strong> dos sistemas <strong>de</strong> HA, Brusilovsky (1998) somente recomenda o seu uso quando a Hipermídia<br />

for razoavelmente gran<strong>de</strong> e os perfis dos usuários do sistema forem muito variados entre si. A vantagem<br />

principal <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> adaptação consiste, na redução da carga <strong>de</strong> trabalho do usuário. Como <strong>de</strong>svantagens,<br />

po<strong>de</strong>m ser citadas as correções ou mudanças não <strong>de</strong>sejadas pelo usuário; as mudanças imprevisíveis;<br />

inconsistência na <strong>geração</strong> <strong>de</strong> nós ou <strong>de</strong> links, entre outros (TEICHRIEB, 1998).<br />

4. SISTEMA DE APRENDIZAGEM DA MELHOR IDADE - SAMI<br />

Um dos maiores problemas encontrados nas organizações empresariais e educacionais é a falta <strong>de</strong><br />

informações necessárias para o processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Como exemplo disso, o Projeto <strong>de</strong> Pesquisa<br />

em Sistemas <strong>de</strong> Informação nos Departamentos <strong>de</strong> Sistemas e Computação (DSC) na Universida<strong>de</strong> Regional<br />

<strong>de</strong> Blumenau, utiliza-se dos métodos e técnicas da Hipermídia Adaptativa como alternativa ao <strong>de</strong>scobrimento<br />

do conhecimento no Sistema <strong>de</strong> Aprendizagem para a Melhor Ida<strong>de</strong> (SAMI) (ZANCHETT, 2005b).<br />

Segundo Zanchett (2005b), envelhecer por muito tempo significou ao idoso permanecer inerte á margem<br />

da socieda<strong>de</strong> e ser um estorvo para seus familiares. Com o avanço da ciência e da medicina, proporcionou-se<br />

ao ser humano o aumento <strong>de</strong> sua expectativa <strong>de</strong> vida, gerando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma melhor qualida<strong>de</strong> da<br />

mesma para as pessoas nessa ida<strong>de</strong>. Transformar o aposentado em uma pessoa ativa, capaz <strong>de</strong> produzir,<br />

participante do consumo e que intervém nas mudanças sociais e políticas <strong>de</strong> sua comunida<strong>de</strong>.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Zanchett (2005b), ainda diz que o ser humano é a personagem principal <strong>de</strong> seu próprio aprendizado,<br />

competindo somente a ele escolher o que <strong>de</strong>seja apren<strong>de</strong>r. Conforme Moran (1997), “[...] apren<strong>de</strong>r significa<br />

adquirir: conhecimento, habilida<strong>de</strong> e atitu<strong>de</strong>”.<br />

Para Fialho (apud RYBASH, 1995), cognição refere-se à coleção <strong>de</strong> processos que servem para<br />

transformar, organizar, selecionar, reter e interpretar informações. Muitos investigadores do envelhecimento<br />

cognitivo, conforme Nunes (1999), utilizam o processamento das informações para investigar os aspectos<br />

cognitivos afetados com a ida<strong>de</strong>. Para o autor a maioria dos idosos tem dificulda<strong>de</strong>s na organização e<br />

interpretação da informação. Com o passar da ida<strong>de</strong>, as pessoas apresentam um <strong>de</strong>clínio na habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

reconhecer os objetos que são fragmentados ou incompletos (RYBASH, 1995).<br />

Porém, é necessário investigar quais abordagens são a<strong>de</strong>quadas para introduzir o idoso no universo das<br />

Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), levando-se em consi<strong>de</strong>ração as limitações físicas,<br />

psicológicas e sociais <strong>de</strong>sta faixa etária.<br />

Ao “navegar” por um site, o usuário, seja ele um idoso ou não, entra num processo <strong>de</strong> aproximação<br />

sucessiva, on<strong>de</strong> cada passo é dado no sentido <strong>de</strong> diminuir a distância entre ele e a informação almejada<br />

(ROSENFELD; MORVILLE, 2002).<br />

Para Rosenfeld e Morville (2002), atualmente muitos indivíduos <strong>de</strong>senvolvem conteúdo ou arquitetura<br />

para páginas da WWW. Essas pessoas fazem uso inconsciente <strong>de</strong> ferramentas ou tecnologias que visam<br />

comunicar com eficácia informações sem ocupar muito espaço vertical na página ou espaço cognitivo do<br />

usuário. Elas também po<strong>de</strong>m economizar tempo se houver um gran<strong>de</strong> corpo <strong>de</strong> conteúdo para analisar.<br />

4.1 Aplicação do sistema<br />

O Programa <strong>de</strong> Educação Permanente da Pró-reitoria <strong>de</strong> Extensão e Relações Comunitárias (PROERC) da<br />

Universida<strong>de</strong> Regional <strong>de</strong> Blumenau (FURB), disponibilizou na WWW, para alunos e ex-alunos idosos <strong>de</strong><br />

seus cursos, um ambiente <strong>de</strong> aprendizagem que apresenta uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações multidisciplinares.<br />

Este ambiente WWW <strong>de</strong> “Recomendação Adaptativa <strong>de</strong> Recursos” chamado Sistema <strong>de</strong> Aprendizagem para<br />

Melhor Ida<strong>de</strong> – SAMI (Figura 1), auxilia o usuário idoso há minimizar os problemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sorientação e<br />

sobrecarga cognitiva, oferecendo recursos <strong>de</strong> forma mais significativa restringindo o hiperespaço da WWW e<br />

orientando constantemente conforme a sua experiência e grau <strong>de</strong> interação. com objetivos <strong>de</strong> aprendizagem<br />

continuada e intercâmbio <strong>de</strong> conhecimento.<br />

Figura 1. Portal SAMI.<br />

Cada idoso, para acessar o ambiente <strong>de</strong> aprendizagem preenche um cadastro pessoal especificando suas<br />

informações como: foto, pensamentos e sites favoritos. Nesse ambiente observou-se que os alunos ten<strong>de</strong>m a<br />

dispersar-se diante <strong>de</strong> tantas conexões possíveis <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reços. Para tanto, aplica-se uma tecnologia <strong>de</strong><br />

54


Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Hipermídia Adaptativa, com finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> facilitar o uso <strong>de</strong>sse portal para os idosos. Mais precisamente são<br />

utilizados uma combinação dos métodos <strong>de</strong> Navegação Adaptativa e Apresentação Adaptativa <strong>de</strong>scritos por<br />

Koch (2001) e Palazzo (2001).<br />

O ambiente SAMI po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado como um instrumento que disponibiliza recursos da WWW.<br />

Apresenta diferentes categorias <strong>de</strong> informação como: Artes, Bibliotecas Virtuais, Culinária e outros. Ao<br />

acessar uma categoria <strong>de</strong> informação, o ambiente apresenta no centro da interface links referentes a esta<br />

categoria. De acordo com a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acessos do usuário a cada um <strong>de</strong>les, os links são or<strong>de</strong>nados e<br />

apresentados no menu numa or<strong>de</strong>m on<strong>de</strong> link com a maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acessos ficará no topo e o <strong>de</strong> menor<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acessos ficará na base (final) <strong>de</strong>sse menu.<br />

Utiliza-se para realizar esse serviço funcionalida<strong>de</strong>s da Hipermídia Adaptativa, mais precisamente uma<br />

técnica <strong>de</strong> Adaptação <strong>de</strong> Navegação. Tal funcionalida<strong>de</strong> visa facilitar a orientação global e local do usuário<br />

no ambiente. Em cada acesso às categorias e links, o ambiente atualiza o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> usuário, registrando seu<br />

acesso.<br />

Uma outra parte do portal também faz uso <strong>de</strong>ssa técnica <strong>de</strong> Hipermídia Adaptativa. É a tela on<strong>de</strong> os<br />

usuários po<strong>de</strong>m fazer a leitura <strong>de</strong> frases, pensamentos e <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> outros usuários. Nessa tela são<br />

apresentados os títulos <strong>de</strong> cada uma das manifestações escritas por cada usuário, juntamente com o nome do<br />

autor e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> visualização individual e integral <strong>de</strong> cada manifestação. A or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> apresentação<br />

<strong>de</strong>ssas manifestações segue o mesmo critério <strong>de</strong> classificação e or<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> menus anteriormente explicada.<br />

Todo usuário cadastrado no ambiente po<strong>de</strong>rá alterar, a qualquer momento, suas preferências pessoais.<br />

Conforme <strong>de</strong>monstrado na Figura 2, o usuário po<strong>de</strong> escolher diferentes configurações <strong>de</strong> interface<br />

personalizando parâmetros como cor <strong>de</strong> fundo, cor e tamanho do texto.<br />

Figura 2. Duas opções <strong>de</strong> configuração da interface.<br />

Para iniciar e manter atualizadas as características do usuário no ambiente, o usuário po<strong>de</strong> explicitamente<br />

informar suas experiências, dificulda<strong>de</strong>s, interesses e habilida<strong>de</strong>s mediante o preenchimento do formulário <strong>de</strong><br />

sondagem. Por exemplo, <strong>de</strong>finir qual experiência navegacional possui frente a WWW e a partir disso adaptar<br />

dinamicamente a navegação do ambiente para as necessida<strong>de</strong>s específicas <strong>de</strong> cada um.<br />

Portanto, para se <strong>de</strong>finir as regras adaptativas que compõem o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> domínio e o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> usuário<br />

e prover adaptação em diferentes estágios, três tipos <strong>de</strong> informações básicas foram necessárias: dados sobre o<br />

usuário; dados <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do domínio (interesse nos recursos) e dados in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do domínio<br />

(experiência).<br />

Partindo do principio <strong>de</strong> que a navegação adaptativa é utilizada para <strong>de</strong>signar as técnicas que manipulam<br />

os link’s disponíveis para o usuário em <strong>de</strong>terminado momento, e auxiliem a encontrar seu caminho no<br />

hiperespaço, foram empregadas as seguintes técnicas na implementação <strong>de</strong> cada método por navegação<br />

adaptativa (Tabela 1):<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Tabela 1. Métodos e técnicas para navegação adaptativa do SAMI<br />

Métodos/Técnicas Orientaçã Anotação Remoção Or<strong>de</strong>naçã<br />

o direta <strong>de</strong> links <strong>de</strong> links o <strong>de</strong> links<br />

Condução global X X<br />

Condução local X X X X<br />

Suporte a Orientação Local X X<br />

Suporte<br />

Global<br />

a Orientação<br />

X X X<br />

Gerenciamento <strong>de</strong> Visões<br />

Personalizadas<br />

X X X X<br />

Para facilitar a escolha dos links sucessores durante a navegação no hiperespaço e obter uma maior<br />

coerência local e global das informações, diferentes técnicas foram utilizadas, sendo que algumas <strong>de</strong>las foram<br />

utilizadas para implementar mais <strong>de</strong> um método.<br />

4.1.1 Métodos e técnicas <strong>de</strong> adaptação<br />

Os métodos <strong>de</strong> adaptação <strong>de</strong>finidos por Brusilovsky (1996) são abstrações <strong>de</strong> diferentes técnicas <strong>de</strong><br />

adaptação. Uma técnica é <strong>de</strong>finida por uma representação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo do usuário e um algoritmo <strong>de</strong><br />

adaptação.<br />

4.1.2 Métodos <strong>de</strong> navegação adaptativa<br />

O objetivo <strong>de</strong> adaptação em nível <strong>de</strong> links é apoiar a navegação prevenindo os usuários a seguir os caminhos<br />

que são irrelevantes para o cumprimento das tarefas ou das metas (Brusilovsky, 1996).<br />

Os métodos <strong>de</strong> Navegação Adaptativa, <strong>de</strong> acordo com Koch (2001), são abordados como sendo:<br />

Condução Global (CG): tem por objetivo auxiliar o usuário a seguir o melhor caminho para a informação<br />

<strong>de</strong>sejada. Deve oferecer em cada passo o melhor link ou links classificados em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> importância;<br />

Condução Local (CL): busca um alcance localizado, ou seja, preocupa-se com um único passo em vez do<br />

caminho global. A navegação é reformulada a cada passo para que o usuário tenha os links mais importantes<br />

para o seu mo<strong>de</strong>lo do usuário. Suporte a Orientação Local (OL): direciona o usuário no posicionamento do<br />

hiperespaço local. Geralmente utiliza técnica <strong>de</strong> ocultação <strong>de</strong> informações menos importantes em um certo<br />

momento; Suporte a Orientação Global (OG): auxilia o usuário a enten<strong>de</strong>r a estrutura global do hiperespaço<br />

que constitui o domínio <strong>de</strong> navegação do sistema, conseqüentemente reduzindo o problema da <strong>de</strong>sorientação,<br />

ao mesmo tempo em que mantém a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> navegação; Gerenciamento <strong>de</strong> Visões Personalizadas:<br />

auxilia o usuário a organizar um espaço <strong>de</strong> trabalho eletrônico que necessita acessar uma pequena parte do<br />

hiperespaço no seu trabalho do dia-a-dia. Deixa personalizado e orientado ao seu objetivo (adaptabilida<strong>de</strong>).<br />

Os agentes são responsáveis por achar links apropriados ao usuário, mantendo assim a visão personalizada.<br />

Cada método <strong>de</strong> adaptação po<strong>de</strong> ser implementado usando técnicas diferentes e, uma técnica po<strong>de</strong> ser<br />

utilizada para implementar mais <strong>de</strong> um método. Os principais objetivos das técnicas adaptativas são adaptar o<br />

sistema para as necessida<strong>de</strong>s específicas <strong>de</strong> um usuário. Para tal, é necessário inicializar e manter atualizadas<br />

as características do usuário relevantes para o sistema. Diferentes técnicas para efetuar a adaptação são<br />

empregadas (FERNANDES, 2004).<br />

4.1.3 Técnicas <strong>de</strong> navegação adaptativa<br />

A finalida<strong>de</strong> da navegação adaptava é ajudar o usuário a encontrar suas rotas <strong>de</strong> navegação no hiperespaço <strong>de</strong><br />

informações do domínio. As técnicas para adaptação <strong>de</strong> navegação manipulam âncoras, nodos (nós ou<br />

unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação) e links com o propósito <strong>de</strong> adaptar, dinamicamente, a navegação para as características<br />

do usuário. Estas técnicas são apresentadas por Brusilovsky (1996), De Bra, Houben & Wu (1999) em seis<br />

formatos que compreen<strong>de</strong>m: Orientação Direta: o sistema indica para o usuário o nó i<strong>de</strong>al para ser visitado,<br />

em seguida, durante a navegação; Anotação <strong>de</strong> links: o aspecto visual, como uma cor diferente para o link,<br />

mostra a opção da relevância do <strong>de</strong>stino; Remoção <strong>de</strong> links: quando o sistema consi<strong>de</strong>ra imprópria uma<br />

ligação, esta será removida; Or<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> links: consiste em or<strong>de</strong>nar um conjunto <strong>de</strong> âncoras, <strong>de</strong> forma que<br />

os links sejam apresentados em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente pela relevância do tema, <strong>de</strong> acordo com o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

usuário. A <strong>de</strong>svantagem da or<strong>de</strong>nação adaptativa é que cada vez que o usuário entrar na mesma página,<br />

56


âncoras or<strong>de</strong>nadas po<strong>de</strong>rão estar em posições diferentes; Navegação Passiva: consiste na adição <strong>de</strong> links não<br />

explícitos (sem âncoras), isto é, usados para que o sistema aju<strong>de</strong> o usuário quando o mesmo i<strong>de</strong>ntificar um<br />

padrão <strong>de</strong> comportamento, por exemplo, permanecer inativo durante um <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> tempo ou<br />

navegar repetidamente para trás e para frente; Mapa Adaptativo: consiste numa combinação <strong>de</strong> outras<br />

técnicas. A única diferença diz respeito a visualização gráfica da estrutura <strong>de</strong> navegação (links).<br />

Tendo como premissa, a utilização <strong>de</strong> software livre, o ambiente SAMI foi <strong>de</strong>senvolvido com a<br />

linguagem PHP® e o banco <strong>de</strong> dados MySQL®.<br />

5. CONCLUSÃO<br />

A inteligência Artificial oferece meios para a construção <strong>de</strong> sistemas capazes <strong>de</strong> raciocinar e tomar <strong>de</strong>cisões<br />

<strong>de</strong> maneira autônoma. É com esta tecnologia que funciona uma boa parte dos motores <strong>de</strong> muitos sistemas<br />

adaptativos, em especial os Sistemas <strong>de</strong> Hipermídia Adaptativa da WWW.<br />

Dessa forma, a Hipermídia Adaptativa po<strong>de</strong> ser utilizada e moldada na forma que se <strong>de</strong>seja para melhor<br />

se a<strong>de</strong>quar á algum <strong>de</strong>terminado tipo <strong>de</strong> usuários, sejam eles idosos, adolescentes, empresários, educadores,<br />

educandos, etc; ou que, através do uso <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados sistemas on<strong>de</strong> essa técnica é utilizada, possa-se obter<br />

resultados mais satisfatórios e direcionados aos objetivos almejados.<br />

Com a utilização da Hipermídia Adaptativa na Gestão do Conhecimento, seja em parceria com alguma<br />

forma <strong>de</strong> e-commerce, e-business, ou qualquer outra técnica aplicada na troca <strong>de</strong> informação por meio<br />

eletrônico; torna-se possível controlar e aprimorar o uso compartilhado <strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> conhecimento,<br />

principalmente o tácito, por alguma instituição ou empresa. A estruturação <strong>de</strong>sse conhecimento permite á<br />

esses órgãos a explicitação do conhecimento das pessoas envolvidas e, ter todo esse processo visível e<br />

documentado, auxiliará em muito o trabalho <strong>de</strong> todos e daqueles que no futuro também virão a fazer parte do<br />

grupo.<br />

Felizmente, po<strong>de</strong>-se ver que a Hipermídia Adaptativa é uma técnica que po<strong>de</strong> ser aplicada em qualquer<br />

ambiente e qualquer tipo <strong>de</strong> usuários. Basta apenas que se tenha um pouco <strong>de</strong> domínio sobre a cognição do<br />

ser humano e criativida<strong>de</strong> suficiente para aplicar essa técnica num sistema e torna-lo inteligente para que<br />

possa conseguir extrair o máximo possível do potencial <strong>de</strong> conhecimento do seu usuário e aplica-lo na sua<br />

organização e orientação.<br />

O suporte dado à navegação do SAMI pô<strong>de</strong> explicitar as preferências e interesses dos idosos participantes<br />

e aten<strong>de</strong>r suas expectativas permitindo um alcance localizado sobre todos os recursos.<br />

Os resultados preliminares apontam que se po<strong>de</strong> reduzir os problemas da <strong>de</strong>sorientação e sobrecarga<br />

cognitiva dos idosos <strong>de</strong>finindo o comportamento navegacional <strong>de</strong> cada usuário ao mesmo tempo em que<br />

manteve a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> navegação.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

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57


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Proporcionar um Maior Conhecimento Através <strong>de</strong> Sua Representação Cognitiva. XII CONGRESSO<br />

INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, v.1, p.1-10, Florianópolis: Anais ABED 2005, 2005.<br />

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MODELO PARA LA GESTIÓN DEL E-LEARNING<br />

CORPORATIVO EN EL AMBITO UNIVERSITARIO<br />

Eugenio Fernán<strong>de</strong>z<br />

<strong>Universidad</strong> Rey Juan Carlos<br />

C/Tulipan s/n, 28933 – Móstoles - Spain<br />

eugenio.fernan<strong>de</strong>z@urjc.es<br />

RESUMEN<br />

La educación a distancia mediante el uso <strong>de</strong> las nuevas Tecnologías <strong>de</strong> la Información y las Comunicaciones (TIC) ha<br />

sufrido en los últimos años un proceso <strong>de</strong> expansión importante, <strong>de</strong> manera que, en la actualidad, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> las universida<strong>de</strong>s<br />

públicas, a las pequeñas y medianas empresas, utilizan esta nueva manera <strong>de</strong> educar realizando procesos <strong>de</strong> formación y<br />

aprendizaje adaptados a nuevos entornos y nuevas necesida<strong>de</strong>s. En este sentido, las universida<strong>de</strong>s públicas españolas<br />

están incrementando <strong>de</strong> año en año el número <strong>de</strong> asignaturas y en ocasiones titulaciones que pasan a impartir mediante el<br />

uso <strong>de</strong> lo que, comúnmente, se llaman plataformas e-Learning, configurando en ocasiones entornos <strong>de</strong> trabajo alre<strong>de</strong>dor<br />

<strong>de</strong> estas en lo que se viene a <strong>de</strong>nominar un Campus Virtual, que intenta aunar todos los procesos implicados en este<br />

nuevo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> educación alre<strong>de</strong>dor <strong>de</strong>l proceso esencial, el <strong>de</strong> aprendizaje. Se postula que esta apuesta por mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

formación e-Learning pue<strong>de</strong> constituir aún un mecanismo diferenciador para aquellas universida<strong>de</strong>s que, <strong>de</strong> una manera<br />

<strong>de</strong>cidida apuesten por un mo<strong>de</strong>lo integrado y bien <strong>de</strong>finido que les permita abordar los aspectos organizativos, técnicos y<br />

pedagógicos <strong>de</strong> manera exitosa en el corto plazo, <strong>de</strong> manera que podrán beneficiarse durante los próximos cinco o diez<br />

años <strong>de</strong> los resultados obtenidos hasta que la totalidad <strong>de</strong> las universida<strong>de</strong>s dispongan <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los similares,<br />

<strong>de</strong>sapareciendo, en ese momento, el elemento diferenciador. Sin embargo, la <strong>de</strong>finición y puesta en marcha <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />

<strong>de</strong> este tipo no es una tarea fácil en la universidad <strong>de</strong> nuestros días, en la que los órganos directivos no están aún<br />

sensibilizados en esta materia, <strong>de</strong> manera que impera el llamado mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> “llanero solitario”, que no aporta valor a la<br />

institución como conjunto en el sentido mencionado, el <strong>de</strong> la diferenciación como universidad. En este trabajo se plantea<br />

un mo<strong>de</strong>lo para la gestión <strong>de</strong>l e-Learning en el contexto universitario, que en forma <strong>de</strong> Campus Virtual aborda en primera<br />

instancia la resolución <strong>de</strong> los aspectos organizativos, que se entien<strong>de</strong> que son el freno fundamental al <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> este<br />

tipo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los en la universidad en la actualidad, sin <strong>de</strong>jar a un lado los aspectos pedagógicos, para lo que aboga por un<br />

mo<strong>de</strong>lo centrado en el estudiante, y los puramente tecnológicos. Por otro lado, una vez <strong>de</strong>saparezca el aspecto<br />

diferenciador <strong>de</strong> estos mo<strong>de</strong>los, es necesario buscar otros elementos que aporten diferenciación y, por en<strong>de</strong>, ventajas<br />

competitivas. Se apuesta por el aprendizaje ubicuo, y se propone su inclusión en el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> formación e-Learning<br />

propuesto extendiendo éste, a la vez que se refuerza la visión pedagógica centrada en el estudiante. El mo<strong>de</strong>lo propuesto<br />

ha sido implantado en la <strong>Universidad</strong> Rey Juan Carlos, pudiendo consi<strong>de</strong>rarse el resultado como muy positivo.<br />

PALABRAS CLAVES<br />

e-Learning, u-Learning, TIC, mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestión<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Son numerosas las publicaciones que han surgido en los últimos años a partir <strong>de</strong> la publicación <strong>de</strong> N. Carr<br />

(2003) referida a que las TIC (Tecnologías <strong>de</strong> la Información y las Comunicaciones) ya no aportan ventajas<br />

competitivas en las organizaciones (Stewart, 2003; Sieber, 2004; …) rechazando en unos casos y matizado en<br />

otros esta postura. En este caso, se <strong>de</strong>fien<strong>de</strong> que las TIC aún pue<strong>de</strong>n aportar sustanciales ventajas<br />

competitivas, y que cada organización <strong>de</strong>be i<strong>de</strong>ntificarlas con el objeto <strong>de</strong> tratar éstas a<strong>de</strong>cuadamente en sus<br />

procesos <strong>de</strong> gobierno y gestión, tanto <strong>de</strong>l negocio como <strong>de</strong> las TIC. En este sentido, y referido al ámbito<br />

universitario, se plantea que es posible obtener aún ventajas competitivas i<strong>de</strong>ntificando e implementando los<br />

elementos diferenciadores a<strong>de</strong>cuados, siendo tarea <strong>de</strong> cada universidad enumerar aquellos que son <strong>de</strong> su<br />

interés. Así, por ejemplo, i<strong>de</strong>ntificamos entre otros, como elementos que aportan diferenciación en este<br />

ámbito, la puesta en marcha <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> gestión <strong>de</strong> la investigación, sistemas <strong>de</strong> información corporativa<br />

a<strong>de</strong>cuados, o mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> formación e-Learning, éstos últimos objeto <strong>de</strong> este trabajo.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

La formación a través <strong>de</strong> las TIC es anterior al uso masivo <strong>de</strong> Internet, y tuvo sus primeros éxitos con el<br />

<strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> productos <strong>de</strong> formación multimedia distribuidos en CD, que aún hoy se utilizan. Con la<br />

adopción <strong>de</strong> la red <strong>de</strong> manera generalizada por la sociedad aparecieron nuevas formas <strong>de</strong> distribución <strong>de</strong>l<br />

conocimiento y se empezaron a <strong>de</strong>sarrollar mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> aprendizaje (término que utilizaremos en este trabajo<br />

para referirnos a los conceptos <strong>de</strong> enseñanza y aprendizaje en su conjunto con el objeto <strong>de</strong> abreviar.) basados<br />

en los nuevos recursos <strong>de</strong> comunicación y colaboración disponibles. Estos mo<strong>de</strong>los se han ido polarizando<br />

con el tiempo hacia tres vertientes diferentes: la metodológica, la tecnológica, y la <strong>de</strong> gestión, apareciendo<br />

nuevos términos como Computer-Based-Training (CBT), Technology-Based-Training (TBT), Computer-<br />

Based-Learning (CBL), u On-line Learning, por citar algunos ejemplos, que se usan en unas ocasiones <strong>de</strong><br />

forma indistinta, y en otras con diferentes significados <strong>de</strong>pendiendo <strong>de</strong>l ámbito <strong>de</strong> aplicación, si bien<br />

actualmente muchas <strong>de</strong> ellas están siendo abandonadas en favor <strong>de</strong>l concepto e-Learning (término que<br />

utilizaremos en este trabajo por ser el más extendido, sin entrar en discutir la pertinencia <strong>de</strong> otros términos<br />

mejor adaptados al contexto tratado.) como concepto paraguas (Snook, 2001).<br />

No existe en la actualidad un mo<strong>de</strong>lo estándar, ni aproximaciones pedagógicas, tecnológicas u<br />

organizativas únicas al e-Learning. Lo importante, por tanto, es <strong>de</strong>terminar cuáles son los elementos que<br />

<strong>de</strong>finen la elección <strong>de</strong> un mo<strong>de</strong>lo u otro. En este sentido, una <strong>de</strong> las visiones sobre la configuración <strong>de</strong> los<br />

mo<strong>de</strong>los e-Learning, y que compartimos, establece (Duart y Lupiáñez, 2004) que éste no es tan sólo un<br />

sistema <strong>de</strong> acceso a la información y <strong>de</strong> distribución <strong>de</strong> conocimiento, sino que se configura a partir <strong>de</strong> la<br />

interacción <strong>de</strong> tres factores entre los que <strong>de</strong>be existir una coherencia que garantice una interacción óptima: la<br />

educación y los mo<strong>de</strong>los educativos; la tecnología y los mo<strong>de</strong>los tecnológicos; y la organización y los<br />

mo<strong>de</strong>los organizativos. Si bien <strong>de</strong>ben tenerse en cuenta estos tres factores a la hora <strong>de</strong> implementar un<br />

mo<strong>de</strong>lo a<strong>de</strong>cuado <strong>de</strong> e-Learning en una organización, y en el caso que nos ocupa en la universidad,<br />

planteamos que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> un punto <strong>de</strong> vista práctico orientado a la implementación <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo, y con el objeto<br />

<strong>de</strong> garantizar el éxito <strong>de</strong> tal implementación en un contexto como el universitario, el factor organizativo <strong>de</strong>be<br />

tener una prioridad en la ejecución (entendido en el sentido <strong>de</strong>l or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> ejecución) acompañado muy <strong>de</strong><br />

cerca por el tecnológico y el educativo que se irán implementando a medida que los procesos organizativos a<br />

implementar vayan dándoles paso en el momento a<strong>de</strong>cuado.<br />

Se observa un ejemplo claro <strong>de</strong> la disfunción que se produce al no consi<strong>de</strong>rar este or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> prioridad en<br />

muchas <strong>de</strong> las universida<strong>de</strong>s españolas, en las que se potencian <strong>de</strong> manera directa, tanto por la propia<br />

organización como por iniciativa <strong>de</strong> los propios profesores e investigadores (mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>nominado en la<br />

literatura “llanero solitario”), acciones conducentes al <strong>de</strong>sarrollo y evolución, tanto <strong>de</strong> nuevas y mejores<br />

prácticas docentes <strong>de</strong> e-Learning como <strong>de</strong> novedosas tecnologías para su implantación, lo cual redunda en<br />

numerosos artículos <strong>de</strong> investigación y proyectos piloto que, por lo general, tienen una vida limitada a la<br />

financiación <strong>de</strong> los distintos proyectos. Si bien estos frutos son <strong>de</strong> sumo interés para los investigadores y, por<br />

en<strong>de</strong>, para la organización, no consiguen tener un impacto institucional, ya que suelen ser iniciativas aisladas,<br />

en un entorno muy reducido y que no consi<strong>de</strong>ran la realidad universitaria en su conjunto, que se compone <strong>de</strong><br />

un conjunto <strong>de</strong> aspectos organizativos y <strong>de</strong> gestión que <strong>de</strong>ben tenerse en cuenta a la hora <strong>de</strong> implementar los<br />

aspectos educativos o tecnológicos. Una vez <strong>de</strong>sarrollados estos mo<strong>de</strong>los es muy difícil adaptarlos a esta<br />

realidad, pues se parte <strong>de</strong> un diseño organizativo que dista mucho <strong>de</strong> ser el a<strong>de</strong>cuado. Esto se agrava a<strong>de</strong>más<br />

<strong>de</strong>bido a las dificulta<strong>de</strong>s <strong>de</strong> coordinación y el individualismo imperante en los centros, áreas y <strong>de</strong>partamentos<br />

universitarios existentes, que hacen que el conocimiento creado se transforme con muchas dificulta<strong>de</strong>s en<br />

colectivo.<br />

Para solventar estas dificulta<strong>de</strong>s es necesaria una a<strong>de</strong>cuada gestión <strong>de</strong>l conocimiento mediante el uso<br />

planificado <strong>de</strong> las TIC (Rost et al., 2005). En este sentido, los mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> e-Learning corporativos<br />

constituyen el mecanismo perfecto (Duart y Lupiáñez, 2004), que entendidos como un proceso, permitirá la<br />

gestión <strong>de</strong>l cambio producido por su implantación. Se propone que el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> estos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong>be<br />

ajustarse a la filosofía <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los basados en el gobierno y la gestión como referentes globales,<br />

<strong>de</strong> manera que los aspectos organizativos son consi<strong>de</strong>rados con prioridad en el diseño frente a otros aspectos.<br />

En este sentido, se entien<strong>de</strong> que el marco conceptual más a<strong>de</strong>cuado es el <strong>de</strong> Campus Virtual, que abarca<br />

todos los aspectos (tecnológico, educativo, organizativo) para su <strong>de</strong>sarrollo. Se propone en este trabajo un<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Gestión <strong>de</strong>l e-Learning adaptado a la realidad universitaria, que cubre todos los aspectos<br />

organizativos necesarios para garantizar el éxito en su implantación y, por en<strong>de</strong>, constituir un factor <strong>de</strong><br />

diferenciación para la universidad, tanto en el presente como en el futuro, mediante su evolución a un<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Aprendizaje Ubicuo.<br />

60


2. EL MODELO<br />

2.1 El Contexto<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Son numerosos los autores que consi<strong>de</strong>ran que las TIC y los nuevos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> aprendizaje basados en estas<br />

se posicionan como los aspectos fundamentales <strong>de</strong> la nueva universidad, <strong>de</strong> manera que están cambiando ya<br />

<strong>de</strong> forma sustancial el día a día <strong>de</strong>l entorno universitario (Bates, 2000; Bates and Poole, 2003, …). De la<br />

forma en que cada universidad responda a esta revolución tecnológica <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá su posicionamiento<br />

competitivo. Sin embargo, hay que tener en cuenta que la implantación <strong>de</strong> las TIC en las universida<strong>de</strong>s tiene<br />

importantes repercusiones en los costes <strong>de</strong> operación e impone nuevas exigencias a su personal, existiendo<br />

una serie <strong>de</strong> condicionantes que surgen <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo universitario expuesto con anterioridad que no existen en<br />

otras organizaciones (Bates, 2000; Edwards y O'Mahony, 2000), como son, por ejemplo, la <strong>de</strong>scentralización<br />

en la toma <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiones respecto al gasto, a la estructura, y tecnologías a emplear, la falta <strong>de</strong> políticas que<br />

indiquen cómo gestionar la infraestructura y sus servicios <strong>de</strong> soporte, o la ausencia <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> la<br />

evolución <strong>de</strong> la universidad en términos <strong>de</strong> negocio y, por tanto, la imposibilidad <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir a<strong>de</strong>cuadamente<br />

factores diferenciales.<br />

En el caso <strong>de</strong> España, la utilización <strong>de</strong> las nuevas TIC y los nuevos métodos <strong>de</strong> enseñanza y aprendizaje<br />

asociados a éstas en la educación universitaria se ha incrementado <strong>de</strong> manera sustancial en los últimos años.<br />

Rara es la universidad que no dispone <strong>de</strong> alguna materia que se imparte utilizando estos medios aunque sea<br />

<strong>de</strong> manera testimonial, y así, estas han venido adaptando sus metodologías <strong>de</strong> enseñanza a las distintas<br />

tecnologías que se han ido incorporando paulatinamente para diseñar mejores mo<strong>de</strong>los. Del informe<br />

<strong>de</strong>sarrollado por la CRUE (Barro, 2004) po<strong>de</strong>mos extraer como dato <strong>de</strong> interés en relación al e-Learning en<br />

la universidad pública española que la importancia que estan dan al e-Learning es baja <strong>de</strong>dicando como<br />

máximo esfuerzos a nivel corporativo para instalar plataformas tecnológicas. Esto se evi<strong>de</strong>ncia en el informe<br />

<strong>de</strong>sarrollado en Fernán<strong>de</strong>z et al. (2005) sobre la situación <strong>de</strong>l e-Learning en España, se <strong>de</strong>spren<strong>de</strong> que, si bien<br />

la mayoría <strong>de</strong> las universida<strong>de</strong>s disponen <strong>de</strong> algún sistema <strong>de</strong> docencia on-line, sólo el 14% <strong>de</strong> las<br />

universida<strong>de</strong>s disponen <strong>de</strong> titulaciones oficiales completamente on-line, aunque el 89% da soporte a la<br />

formación presencial. Los mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> uso <strong>de</strong>l e-Learning en las universida<strong>de</strong>s están directamente<br />

relacionados con las estrategias institucionales. Sin embargo, la realidad muestra que, <strong>de</strong> momento, y dadas<br />

las inercias históricas que arrastran muchas universida<strong>de</strong>s, no se ponen en marcha mo<strong>de</strong>los a<strong>de</strong>cuados y<br />

efectivos. Las metodologías pedagógicas que se están aplicando continúan siendo las clásicas, <strong>de</strong> forma que<br />

se están utilizando los entornos virtuales para seguir perpetuando un mo<strong>de</strong>lo centrado en el profesor. En<br />

principio se pensó que el hecho que la integración <strong>de</strong> las TIC haya crecido <strong>de</strong> forma consi<strong>de</strong>rable en los<br />

últimos años en las universida<strong>de</strong>s supondría el inicio <strong>de</strong> un cambio <strong>de</strong> paradigma, pero la situación muestra<br />

que los mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> aprendizaje no están cambiando realmente (Bates y Poole, 2003; Sangrà, 2001). En<br />

resumen po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>cir que la universidad se está incorporando a este nuevo contexto con no pocas<br />

dificulta<strong>de</strong>s (Jochems et al., 2004), y en la actualidad po<strong>de</strong>mos afirmar que nos encontramos en el ámbito<br />

universitario con mo<strong>de</strong>los basados en el factor tecnológico, y no centrados en el estudiante como sería <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sear, con un enfoque metodológico para el aprendizaje basado en replicar el método utilizado en la<br />

formación presencial en el nuevo entorno. Esto es <strong>de</strong>bido a los innumerables frenos y dificulta<strong>de</strong>s que se<br />

encuentran como: falta <strong>de</strong> sensibilización <strong>de</strong> los órganos directivos(recursos, apoyos políticos e<br />

institucionales, incomprensión, …); no se aborda la implantación <strong>de</strong>l nuevo mo<strong>de</strong>lo como un proyecto; se<br />

focaliza el mo<strong>de</strong>lo en los aspectos puramente metodológicos y se <strong>de</strong>sprecian los aspector organizativos y <strong>de</strong><br />

gestión; falta <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>razgo en la <strong>de</strong>finición e implementación <strong>de</strong>l proyecto; <strong>de</strong>sconocimiento <strong>de</strong>l entorno; baja<br />

formación y conocimiento <strong>de</strong>l tema en el ámbito <strong>de</strong>l PDI y casi nula en el <strong>de</strong>l PAS; poca flexibilidad <strong>de</strong> los<br />

entornos <strong>de</strong> TIC, como las dificulta<strong>de</strong>s <strong>de</strong> integración con las plataformas e-Learning; etcétera. En todo caso,<br />

son evi<strong>de</strong>ntes las ventajas que aportan los mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> e-Learning en las universida<strong>de</strong>s. En Duart y Sangrà<br />

(2000) pue<strong>de</strong> verse una excelente recopilación.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

2.2 Las Bases<br />

Es comúnmente aceptado que el nacimiento <strong>de</strong>l aprendizaje asistido por or<strong>de</strong>nador data <strong>de</strong> mediados <strong>de</strong> los<br />

años 50, apareciendo a partir <strong>de</strong> entonces diversas iniciativas para la creación <strong>de</strong> sistemas informáticos para<br />

la enseñanza, en lo que ya se empezó a conocer como Computer Assisted Instruction (CAI), que fue<br />

mejorado posteriormente con la aplicación <strong>de</strong> las técnicas <strong>de</strong> Inteligencia Artificial sentando las bases para el<br />

<strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> los Intelligent CAI (ICAI) que se pue<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar como el punto <strong>de</strong> partida <strong>de</strong> los Sistemas<br />

Tutores Inteligentes (ITS). Ya en 1986 se comenzaron a diseñar los primeros módulos <strong>de</strong> lo que entonces se<br />

conocía como Enseñanza Asistida por Or<strong>de</strong>nador (EAO), y en los 90 se comenzaron a <strong>de</strong>sarrollar los<br />

primeros productos en CD-ROM. Des<strong>de</strong> un punto <strong>de</strong> vista práctico, es en la segunda mitad <strong>de</strong> los 90 cuando<br />

se marca el inicio <strong>de</strong> lo que se viene a llamar Aprendizaje On-line. Es con posterioridad cuando se acuña el<br />

término e-Learning, con el objeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir el aprendizaje electrónico <strong>de</strong> cursos a traves <strong>de</strong> entornos <strong>de</strong><br />

comunicación adaptados a este fin, produciéndose en ese momento un <strong>de</strong>bate importante en torno a la calidad<br />

<strong>de</strong> los contenidos, en el que aún hoy nos mantenemos, surgiendo numerosas propuestas metodológicas <strong>de</strong><br />

enseñanza a la vez que se promovieron estándares <strong>de</strong> aprendizaje y se <strong>de</strong>sarrollaron herramientas ad-hoc.<br />

Así, y por citar solamente los más reconocidos en la actualidad, aparecen mo<strong>de</strong>los pedagógicos como el<br />

Blen<strong>de</strong>d Learning, estándares como el ADL SCORM, y plataformas y herramientas <strong>de</strong> software abierto y<br />

comercial para e-Learning, como Moodle y WebCT respectivamente.<br />

Una década <strong>de</strong>spués no existe todavía una única taxonomía consensuada <strong>de</strong> los tipos <strong>de</strong> e-Learning o <strong>de</strong><br />

las prácticas <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> las TIC en la educación, lo cual se agrava con la opinión <strong>de</strong> algunos autores, que<br />

indican que no hay una diferencia significativa en cuanto a resultados en términos <strong>de</strong> adquisición <strong>de</strong><br />

conocimiento y <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s entre los cursos que se llevan a cabo presencialmente y los que se realizan a<br />

distancia <strong>de</strong> forma virtual. En todo caso, lo que sí existe es una conciencia generalizada sobre la importancia<br />

<strong>de</strong>l e-Learning, los beneficios que pue<strong>de</strong> aportar si es correctamente diseñado, y que es cuestión <strong>de</strong> unos<br />

pocos años que se estandaricen metodologías y tecnologías, lo que no significa que no puedan realizarse<br />

hasta entonces implementaciones en la materia <strong>de</strong> manera efectiva. En relación con esto, postulamos que el<br />

hecho <strong>de</strong> obtener los mismos resultados con la formación e-Learning que con la formación tradicional a<br />

distancia ya es un resultado <strong>de</strong> éxito, ya que si, a<strong>de</strong>más <strong>de</strong> evaluar la adquisición <strong>de</strong> conocimientos y<br />

habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> los estudiantes, añadimos el factor diferenciador que enten<strong>de</strong>mos ofrecen estos mo<strong>de</strong>los para<br />

la institución, y otros como el beneficio económico en términos <strong>de</strong> ROI (Duart, 2002), tenemos finalmente un<br />

balance, cuando menos, positivo. Debemos consi<strong>de</strong>rar, a<strong>de</strong>más, que este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> formación está en sus<br />

inicios, y compararlo en la actualidad con el mo<strong>de</strong>lo tradicional es, cuando menos, injusto. Debemos esperar<br />

al menos una o dos décadas más, momento en el cual se observarán, sin duda, mejores resultados. En todo<br />

caso, in<strong>de</strong>pendientemente <strong>de</strong> la aproximación al e-Learning utilizada, existen una serie <strong>de</strong> factores que <strong>de</strong>ben<br />

analizarse y que todas ellas incorporan, como son el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> aprendizaje, el mo<strong>de</strong>lo pedagógico, el<br />

entorno <strong>de</strong> colaboración, las tecnologías, los aspectos organizativos y <strong>de</strong> gestión, etcétera. Analizaremos a<br />

continuación los más <strong>de</strong>stacados, con el objeto <strong>de</strong> aproximarnos a la <strong>de</strong>finición a<strong>de</strong>cuada <strong>de</strong> un mo<strong>de</strong>lo e-<br />

Learning para universida<strong>de</strong>s expuesto en este trabajo.<br />

En lo que respecta al aprendizaje y a las diferentes teorías susceptibles <strong>de</strong> ser implementadas en los<br />

mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> e-Learning, durante este último siglo se ha producido un enorme <strong>de</strong>sarrollo, <strong>de</strong>bido<br />

fundamentalmente a los avances <strong>de</strong> la psicología y <strong>de</strong> las teorías sobre la educación y la enseñanza, que han<br />

tratado <strong>de</strong> sistematizar los mecanismos asociados a los procesos mentales que hacen posible el aprendizaje.<br />

En este sentido, el diseño estas teorías pone su atención en i<strong>de</strong>ntificar cuáles son los métodos que <strong>de</strong>ben ser<br />

utilizados en el diseño <strong>de</strong>l proceso <strong>de</strong> enseñanza, y en <strong>de</strong>terminar en qué situaciones estos <strong>de</strong>ben ser usados.<br />

Una excelente revisión pue<strong>de</strong> encontrarse en (Rodríguez, 2000).<br />

Otro <strong>de</strong> los factores a analizar es el mo<strong>de</strong>lo pedagógico que, sobre la base <strong>de</strong> uno o varios paradigmas <strong>de</strong><br />

aprendizaje, extien<strong>de</strong> estos y los lleva a la práctica mediante la incorporación <strong>de</strong> los procesos, acciones, y<br />

elementos tanto técnicos como pedagógicos a<strong>de</strong>cuados. En este sentido, una clasificación interesante (Duart<br />

y Sangrà, 2000) es aquella que se basa en consi<strong>de</strong>rar los tres actores que caracterizan el e-Learning: la<br />

tecnología, el profesorado, y el estudiante. El mo<strong>de</strong>lo centrado en el estudiante, en el que éste gestiona su<br />

propio proceso <strong>de</strong> aprendizaje, es consi<strong>de</strong>rado en la actualidad como el mo<strong>de</strong>lo a seguir, siendo, sin duda, el<br />

más referenciado en la literatura, aunque también el más difícil <strong>de</strong> llevar a cabo, sobre todo en instituciones<br />

con una larga tradición en la docencia presencial cuyos mo<strong>de</strong>los distan muchos <strong>de</strong> los que ahora se plantean,<br />

como es el caso <strong>de</strong> la mayoría <strong>de</strong> la universida<strong>de</strong>s públicas españolas. Este mo<strong>de</strong>lo, tal como argumentan<br />

62


Duart y Sangrà (2000), <strong>de</strong>be permitir al estudiante ejercer la libertad <strong>de</strong> aprovechar al máximo el apoyo que<br />

se le ofrece, <strong>de</strong> planificar su progreso <strong>de</strong> aprendizaje universitario y <strong>de</strong> regular su propio ritmo <strong>de</strong> trabajo, <strong>de</strong><br />

manera que <strong>de</strong>ben ponerse a su disposición todos los elementos que forman parte <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo pedagógico,<br />

haciendo énfasis en la calidad pedagógica y en el apoyo personalizado, siendo, a<strong>de</strong>más, necesario conseguir<br />

el máximo grado <strong>de</strong> implicación y <strong>de</strong> motivación <strong>de</strong> los estudiantes en su propio proceso formativo, <strong>de</strong><br />

manera que este se sienta protagonista <strong>de</strong>l proceso <strong>de</strong> enseñanza-aprendizaje, potenciando para ello los<br />

métodos activos. La implementación <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los pedagócios basados en el estudiante tienen (Duart y Sangrà,<br />

2000) como centro al estudiante y se fundamenta en: los materiales didácticos, la acción docente y la<br />

evaluación. Estos, constituyen tres elementos importantes a tener en cuenta en el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> e-<br />

Learning. A<strong>de</strong>más <strong>de</strong> estos tres elementos, hay otro nivel <strong>de</strong> profundidad muy importante, fruto <strong>de</strong> la<br />

oportunidad que ofrece la participación en un entorno virtual <strong>de</strong> aprendizaje, el trabajo cooperativo (Duart y<br />

Sangrà, 2000).<br />

Analizados los aspectos relacionados con el aprendizaje y los mo<strong>de</strong>los pedagógicos, <strong>de</strong>bemos analizar los<br />

aspectos organizativos. En este sentido, Duart (2000) establece que la gestión <strong>de</strong> las organizaciones<br />

educativas virtuales <strong>de</strong>berá actuar en función <strong>de</strong> la no presencialidad (la organización virtual actuará en el<br />

ámbito <strong>de</strong> la asincronía, es <strong>de</strong>cir, <strong>de</strong> la no-coinci<strong>de</strong>ncia en el espacio ni en el tiempo), la transversalidad (la<br />

virtualidad facilita los procesos transversales y los optimiza), y la globalidad (los procesos <strong>de</strong> gestión <strong>de</strong>ben<br />

actuar <strong>de</strong> forma sistémica en el marco <strong>de</strong> la organización). Por otro lado, Sangrà (2001) y Duart (2000)<br />

establecen que los factores en los que <strong>de</strong>berá fundamentarse la estrategia <strong>de</strong> la organización para construir un<br />

espacio <strong>de</strong> formación virtual <strong>de</strong>ben girar alre<strong>de</strong>dor <strong>de</strong> los siguientes ejes: Accesibilidad, Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

aprendizaje, Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> docencia, Estilo organizativo-cultural, e Interculturalismo. En relación con los<br />

aspectos organizativos, tenemos que analizar a<strong>de</strong>más aquellos relacionados con la implementación <strong>de</strong>l<br />

mo<strong>de</strong>lo e-Learning en particular. En este sentido, Duart y Lupiáñez (2004), se plantean cómo se pue<strong>de</strong><br />

abordar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el principio la <strong>de</strong>finición y visión <strong>de</strong>l e-Learning en la organización, y proponen una serie <strong>de</strong><br />

pasos concretos que van <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el análisis <strong>de</strong> la situación concreta <strong>de</strong> la institución, a la i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong><br />

ventajas competitivas, pasando por la alineación con el negocio <strong>de</strong>l e-Learning. Agunos <strong>de</strong> estos aspectos han<br />

sido ya tratados en la literatura, como el contexto en el que se <strong>de</strong>sarrollará, y la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong>l conjunto <strong>de</strong><br />

factores <strong>de</strong> éxito que nos permitan evaluar <strong>de</strong> manera contínua el mo<strong>de</strong>lo en su implantación y ejecución.<br />

Por último, el mo<strong>de</strong>lo requerirá procesos administrativos similares a los que se utilizan en el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

formación presencial (márketing, información, admisión, matrícula, formación, evaluación, etcétera). En<br />

principio, estos procesos serán idénticos, y el mo<strong>de</strong>lo a implantar podrá utilizar los existentes en el caso <strong>de</strong><br />

una universidad que ya cuenta con un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> formación presencial. Con el tiempo estos <strong>de</strong>berán irse<br />

re<strong>de</strong>finiendo para generar procesos ad-hoc al nuevo mo<strong>de</strong>lo. Partiendo <strong>de</strong> trabajos como los <strong>de</strong> Aggarwal<br />

(2001, 2003), que establece que los principales agentes involucrados en los procesos <strong>de</strong> este mo<strong>de</strong>lo<br />

educativo son los alumnos, los profesores, y el personal administrativo y técnico, y que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el punto <strong>de</strong><br />

vista <strong>de</strong> estos agentes el campus virtual contemplará la totalidad <strong>de</strong> los procesos que abarcan todas las<br />

activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> un mo<strong>de</strong>lo educativo como el planteado, se <strong>de</strong>berán <strong>de</strong>finir estos <strong>de</strong> manera a<strong>de</strong>cuada para<br />

completar el mo<strong>de</strong>lo en su vertiente organizativa y <strong>de</strong> gestión.<br />

2.3 La Implementación<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

En base a lo anterior, y con visión <strong>de</strong> proyecto, abordamos el diseño <strong>de</strong> un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestión e-Learning<br />

basado en la implantación <strong>de</strong> un Campus Virtual que ponga a<strong>de</strong>más las bases necesarias para implementar<br />

entornos <strong>de</strong> aprendizaje preparados para incorporar elementos diferenciadores en el futuro. De esta manera,<br />

el primer paso en la imlementación <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo consiste en el análisis <strong>de</strong>l estado actual, en la <strong>de</strong>finición<br />

temporal <strong>de</strong> ejecución, así como las claves que <strong>de</strong>finirán el mo<strong>de</strong>lo, en nuestro caso: un mo<strong>de</strong>lo institucional<br />

que auna las características <strong>de</strong> ubícuo, “blen<strong>de</strong>d” y, centrado en el estudiante, que permitirá ventajas<br />

competitivas hasta el año 2017. El mo<strong>de</strong>lo está configurado por un conjunto <strong>de</strong> dominios para la <strong>de</strong>finición<br />

<strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo, y un plan <strong>de</strong> actuación para su ejecución, basado en consi<strong>de</strong>rar en primera instancia los<br />

aspectos organizativos y <strong>de</strong> gestión, ya que enten<strong>de</strong>mos que son esos los factores que frenan el <strong>de</strong>sarrollo y la<br />

implementación <strong>de</strong> este tipo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los en las universida<strong>de</strong>s al no ser abordados con suficiente rigor y<br />

acierto. El mo<strong>de</strong>lo se compone <strong>de</strong> tres dominios:<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

El contexto en el que se <strong>de</strong>sarrollará el mo<strong>de</strong>lo.<br />

Se aborda el conjunto <strong>de</strong> aspectos que<br />

enten<strong>de</strong>mos que, necesariamente, <strong>de</strong>ben tenerse<br />

en cuenta en un entorno universitario para que un<br />

proyecto <strong>de</strong> este tipo tenga el éxito <strong>de</strong>seado: el<br />

apoyo institucional, el apoyo <strong>de</strong> la comunidad<br />

universitaria, la entidad a dar al Campus Virtual,<br />

las competencias, el lí<strong>de</strong>razgo, el análisis <strong>de</strong>l<br />

estado actual <strong>de</strong> la organización, las ten<strong>de</strong>ncias<br />

existentes, la disponibilidad <strong>de</strong> recursos, y el<br />

acceso a la tecnología.<br />

La implementación que <strong>de</strong>scribe los aspectos esenciales <strong>de</strong> la<br />

puesta en marcha y la ejecución <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo. Se abordan los<br />

aspectos relacionados con la puesta en marcha inicial y la<br />

ejecución posterior <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo, a medio y largo plazo: la puesta<br />

en marcha, la planificación <strong>de</strong> la ejecución, la integración<br />

a<strong>de</strong>cuada con el mo<strong>de</strong>lo existente, la incorporación progresiva<br />

<strong>de</strong> titulaciones, el mo<strong>de</strong>lo pedagógico, las funcionalida<strong>de</strong>s<br />

(apoyo a la docencia presencial, y enseñanza/Aprendizaje<br />

virtual), los Procesos (eMárketing, eInformación, eAdmisión,<br />

eMatriculación, eFormación-Aprendizaje, eGraduación y<br />

eSeguimiento).<br />

Los factores clave a tener en cuenta para el éxito <strong>de</strong>l mismo, como un conjunto <strong>de</strong> factores que nos permitan<br />

evaluar <strong>de</strong> manera contínua el mo<strong>de</strong>lo en su implantación y ejecución: nueva visión para la enseñanza/aprendizaje<br />

por parte <strong>de</strong> la comunidad universitaria, grado <strong>de</strong> incoporación <strong>de</strong>l personal al nuevo mo<strong>de</strong>lo, fundamentalmente el<br />

PDI, asignación <strong>de</strong> fondos explícita <strong>de</strong>dicada al proyecto en el largo plazo, infraestructura tecnológica a<strong>de</strong>cuada,<br />

infraestructura humana necesaria para soportar todos los procesos, acceso a los recursos tecnológicos por la<br />

comunidad universitaria, materiales <strong>de</strong> estudio a<strong>de</strong>cuados, <strong>de</strong>finidos y diferenciados los roles <strong>de</strong> profesor y tutor,<br />

nuevo mo<strong>de</strong>lo pedagógico, dirección y lí<strong>de</strong>razgo <strong>de</strong>l proyecto firme y con representación en los órganos <strong>de</strong><br />

gobierno, nuevas estructuras organizativas, mecanismos <strong>de</strong> colaboración y consorcio con otras organizaciones,<br />

investigación <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> la propia institución al respecto, mecanismos <strong>de</strong> evaluación, eProcesos <strong>de</strong>sarrollados,<br />

indicios constatables <strong>de</strong> que el mo<strong>de</strong>lo supone una ventaja competitiva, como la mejora <strong>de</strong> parámetros <strong>de</strong> evaluación<br />

<strong>de</strong> la universidad por parte <strong>de</strong> órganos externos, o mejora <strong>de</strong>l ROI.<br />

El mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>fine a<strong>de</strong>más una serie <strong>de</strong> relaciones existentes entre los dominios anteriormente <strong>de</strong>scritos,<br />

estableciéndose el conjunto <strong>de</strong> éstas que condicionarán la ejecución <strong>de</strong>l plan <strong>de</strong> actuación. Así, se establecen<br />

relaciones a nivel <strong>de</strong> dominio, a nivel <strong>de</strong> elementos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> un mismo dominio, restricciones <strong>de</strong><br />

obligatoriedad con elementos <strong>de</strong> un dominio concreto, <strong>de</strong> precondicióny/o postcondición en el or<strong>de</strong>n <strong>de</strong><br />

ejecución, etcétera. Por su extensión no se muestran estos aquí. A partir <strong>de</strong> los dominios <strong>de</strong>scritos<br />

anteriormente y <strong>de</strong> las relaciones existentes entre éstos, se construye el plan <strong>de</strong> actuación que vendrá<br />

<strong>de</strong>finido por el conjunto <strong>de</strong> 7 ejes sobre los que actuar, un conjunto <strong>de</strong> 26 medidas específicas a <strong>de</strong>sarrollar<br />

con sus 82 acciones y mecanismos específicos. A<strong>de</strong>más, se construye el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> planificación temporal, el<br />

mo<strong>de</strong>lo ubicuo que permite la extensión en el tiempo, y por último se implementa para la <strong>Universidad</strong> Rey<br />

Juan Carlos en un mo<strong>de</strong>lo específico para esta a partir <strong>de</strong>l anterior. Los ejes <strong>de</strong> actuación que <strong>de</strong>finen el<br />

mo<strong>de</strong>lo son los siguientes:<br />

Eje 1: Definición y alcance <strong>de</strong>l Plan: Asegurar los principales aspectos <strong>de</strong>finidos en el dominio <strong>de</strong>l Contexto, tales<br />

como el apoyo institucional y <strong>de</strong> la comunidad universitaria, establecimiento <strong>de</strong>l lí<strong>de</strong>razgo, el análisis <strong>de</strong> la<br />

situación <strong>de</strong> partida o la obtención <strong>de</strong> recursos necesarios<br />

Eje 2: Inserción <strong>de</strong> la comunidad universitaria en la cultura e-Learning: Desarrollo <strong>de</strong> acciones <strong>de</strong> formación,<br />

sensibilización y divulgación conducentes a la a<strong>de</strong>cuada expansión <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo. Se completará con acciones <strong>de</strong><br />

asesoramiento, información y consulta.<br />

Eje 3: Funcionalida<strong>de</strong>s: Definición <strong>de</strong>l tipo <strong>de</strong> funcionalidad a implementar a lo largo <strong>de</strong>l tiempo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el apoyo<br />

a la docencia presencial a la construcción <strong>de</strong> un campus virtual en su máxima expresión.<br />

Eje 4: Integración: Con los procesos <strong>de</strong> gestión, los métodos pedagógicos, los proyectos en marcha en la<br />

universidad, corporativos o individuales, y la infraestructura tecnológica actual.<br />

Eje 5: eProcesos: Diseño, <strong>de</strong>sarrollo y puesta en marcha <strong>de</strong> los nuevos procesos ad-hoc para el nuevo mo<strong>de</strong>lo.<br />

Eje 6: Mo<strong>de</strong>lo Pedagógico: Diseño <strong>de</strong> un nuevo mo<strong>de</strong>lo pedagógico, prueba <strong>de</strong> éste y extensión a todo el mo<strong>de</strong>lo.<br />

Eje 7: Evaluación, seguimiento y mejora continuos: Implantación <strong>de</strong> mecanismos para la evaluación continua,<br />

tanto <strong>de</strong> la calidad en términos <strong>de</strong> enseñanza/aprendizaje, como en términos <strong>de</strong> la obtención <strong>de</strong> ventajas<br />

competitivas para la organización.<br />

Algunas <strong>de</strong> las medidas concretas, por exponer algún ejemplo <strong>de</strong> mayor relevancia, son las referidas a los<br />

eProcesos, que <strong>de</strong>scriben como llevar en primera instancia todos los procesos analizados y <strong>de</strong>finidos en<br />

estapas anteriores <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo a un grado <strong>de</strong> “e” a<strong>de</strong>cuado, <strong>de</strong> manera que se chequea este frente a un mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> madurez que establece <strong>de</strong> 0 a 5 el nivel que tiene cada proceso. Todas las especificaciones se <strong>de</strong>screiben<br />

en un instrumento <strong>de</strong>sarrollado ad-hoc bajo un plan y mo<strong>de</strong>lo concreto.<br />

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Eje 5: eProcesos<br />

Medida 5.1: eMárketing<br />

Medida 5.2: eInformación<br />

Medida 5.3: eAdmisión<br />

Medida 5.4: eMatriculación<br />

Medida 5.5: eFormación-Aprendizaje<br />

Medida 5.6: eAyuda<br />

Medida 5.7: eGraduación<br />

Medida 5.8: eSeguimiento<br />

Mecanismo <strong>de</strong> implementación:<br />

Plan y Mo<strong>de</strong>lo ad-hoc para el análisis,<br />

diseño e implementación <strong>de</strong> eProcesos<br />

Posteriormente, se llevan estas medidas <strong>de</strong>l eje 5 al mo<strong>de</strong>lo ubicuo, <strong>de</strong> manera que pasa a ser uProcesos, y<br />

<strong>de</strong> igual manera se implementa y plan y mo<strong>de</strong>lo ad-hoc que <strong>de</strong>termina, bajo otro mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> madurez, el<br />

estado <strong>de</strong> cada uno <strong>de</strong> estos procesos en términos <strong>de</strong> “u”bicuidad. Para la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> este mo<strong>de</strong>lo ubícuo,<br />

abordamos tanto una perspectiva centrada en la tecnología, como otra centrada en los mo<strong>de</strong>los pedagógicodocentes.<br />

En ambos enfoques es necesario que se cumplan una serie <strong>de</strong> características necesarias que<br />

permiten <strong>de</strong>finir el mo<strong>de</strong>lo como ubicuo, y que se recojen como características <strong>de</strong>l mismo:<br />

Permanencia: Los estudiantes nunca pier<strong>de</strong>n su trabajo a menos que sea eliminado a propósito, lo que permite<br />

mantener un proceso <strong>de</strong> aprendizaje continuo.<br />

Accesibilidad: El estudiante tiene acceso a todo tipo <strong>de</strong> contenidos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cualquier sito, lo que le in<strong>de</strong>pendiza <strong>de</strong>l<br />

lugar físico <strong>de</strong> permanencia.<br />

Inmediated: Los contenidos son obtenidos por el estudiante en el instante y en el sito en que se esté.<br />

Interactividad: Los estudiantes pue<strong>de</strong>n interactuar con los profesores y/o tutores bien <strong>de</strong> manera síncrona o<br />

asíncrona, lo que permite una mejor comunicación entre los distintos actores.<br />

Adaptabilidad: Los estudiantes acce<strong>de</strong>n a la información correcta en el lugar correcto y <strong>de</strong> la manera correcta.<br />

A<strong>de</strong>más, para cumplir con estas carácterísticas es necesario disponer <strong>de</strong> dispositivos a<strong>de</strong>cuados, cuya<br />

utilidad ha sido testada y analizada satisfactoriamente en la literatura, obteniendo como resultado que los<br />

dispositivos <strong>de</strong> mano inalámbricos son los que marcan la ten<strong>de</strong>ncia actual, y que los requerimientos que<br />

<strong>de</strong>ben garantizar estas son: conectividad, usabilidad, accesibilidad instantánea, flexibilidad, y bajo coste.<br />

3. CONCLUSIONES<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

En el ámbito <strong>de</strong> la universidad, son diversos los elementos diferenciadores que pue<strong>de</strong>n encontrarse, si bien,<br />

uno <strong>de</strong> los directamente relacionados con las TIC es el relativo a la formación a distancia a través <strong>de</strong> estas<br />

tecnologías. A pesar <strong>de</strong> que en realidad estemos hablando <strong>de</strong> nuevos mo<strong>de</strong>los pedagógicos que utilizan<br />

nuevos mecanismos para la relación profesor – alumno, y que la puesta en marcha <strong>de</strong> proyectos <strong>de</strong> este tipo<br />

<strong>de</strong>berían ser lí<strong>de</strong>rados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la perspectiva pedagógica, tradicionalmente se ha <strong>de</strong>jado en manos <strong>de</strong> las áreas<br />

tecnológicas el impulso <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> este tipo, cuya puesta en marcha, en forma <strong>de</strong> Campus Virtual, no<br />

implica sólo la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> un nuevo mo<strong>de</strong>lo pedagógico, sino también la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> una serie <strong>de</strong><br />

numerosos procesos que abarcan todo el mo<strong>de</strong>lo formativo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> las tareas iniciales <strong>de</strong> marketing al<br />

seguimiento <strong>de</strong>l alumno en la sociedad una vez titulado. En este sentido, se propone en este trabajo un<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestión <strong>de</strong>l e-Learning que se adapta al contexto que nos ocupa, el ámbito universitario, con el<br />

objeto <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r llevar a la práctica en el corto plazo la implementación <strong>de</strong>l e-Learning <strong>de</strong> manera exitosa. El<br />

mo<strong>de</strong>lo se basa en la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> un conjunto <strong>de</strong> dominios <strong>de</strong> aplicación que ponen el foco en dos aspectos<br />

<strong>de</strong> especial interés. El primero <strong>de</strong> ellos es el análisis a<strong>de</strong>cuado <strong>de</strong>l contexto <strong>de</strong> aplicación que, como en el<br />

resto <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestión <strong>de</strong>sarrollados en esta tesis, tiene una importancia primordial. El segundo aspecto<br />

es la consi<strong>de</strong>ración <strong>de</strong> un conjunto <strong>de</strong> procesos que abarcan <strong>de</strong>s<strong>de</strong> las acciones <strong>de</strong> márketing propiamente<br />

dichas, pasando por las formativas y <strong>de</strong> aprendizaje, hasta las <strong>de</strong> graduación y seguimiento. Esta perspectiva<br />

se aleja <strong>de</strong> la planteada habitualmente para <strong>de</strong>sarrollar mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> este tipo que ponen el foco en los aspectos<br />

metodológicos, el cual constituye el aspecto más difícil <strong>de</strong> implementar, al requerir un cambio tanto <strong>de</strong><br />

mentalidad por parte <strong>de</strong> los profesores, como <strong>de</strong> los propios aspectos <strong>de</strong> gestión <strong>de</strong> la institución. Esto no<br />

significa que en el mo<strong>de</strong>lo propuesto esta perspectiva se <strong>de</strong>s<strong>de</strong>ñe, sino que se posterga en el tiempo,<br />

priorizando la ejecución <strong>de</strong> los procesos que permiten poner en funcionamiento el Campus Virtual. Los<br />

resultados obtenidos <strong>de</strong> la aplicación <strong>de</strong> este mo<strong>de</strong>lo en la <strong>Universidad</strong> Rey Juan Carlos, han permitido a esta<br />

situarse en dos años en los primeros puestos en lo que se refiere a la docencia presencial en España con seis<br />

titulaciones <strong>de</strong> grado superior on-line, másteres oficiales, títulos propios y cursos <strong>de</strong> formación, a<strong>de</strong>más <strong>de</strong>l<br />

apoyo directo a la totalidad <strong>de</strong> las asignaturas presenciales.<br />

65


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

REFERENCIAS<br />

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66


A ATENÇÃO AO ECONÓMICO, AO SOCIAL E AO<br />

AMBIENTE ATRAVÉS DAS PÁGINAS INTERNET DO<br />

PODER LOCAL<br />

Luís Manuel Ribeiro Vieira<br />

Instituto Superior <strong>de</strong> Economia e Gestão (ISEG) da Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa (UTL)<br />

Rua Miguel Lupi, nº20, 1249-078 Lisboa<br />

lmrv@iseg.utl.pt<br />

RESUMO<br />

A atenção concedida pelos municípios às questões <strong>de</strong> índole ambiental, social e económica tem vindo a crescer na<br />

sequência <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> funções do governo central ou simplesmente a partir <strong>de</strong> opções do autarca. Por<br />

outro lado, a utilização <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação na relação com o munícipe também tem mostrado notável evolução<br />

com muitos sites a disponibilizarem cada vez mais funcionalida<strong>de</strong>s com o objectivo <strong>de</strong> facilitar o contacto mesmo a<br />

gran<strong>de</strong>s distâncias. Neste artigo, proce<strong>de</strong>mos a uma avaliação do modo como se reflecte no serviço <strong>de</strong> informação das<br />

autarquias a atenção que as mesmas <strong>de</strong>dicam às questões <strong>de</strong> índole económica, social e ambiental e concluímos que, se<br />

estas forem tomadas como um indicador <strong>de</strong>ssa atenção, a sua fraqueza <strong>de</strong>monstra que, na gran<strong>de</strong> maioria das autarquias<br />

do país, essas preocupações estão quase ausentes.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

e-government, serviços <strong>de</strong> informação do po<strong>de</strong>r local, maturida<strong>de</strong><br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A atenção concedida pelos municípios às questões <strong>de</strong> índole ambiental, social e económica tem vindo a<br />

crescer na sequência <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> funções do governo central ou simplesmente a partir <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisões do autarca. Por outro lado, a utilização <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação na relação com o munícipe<br />

também tem mostrado notável evolução com muitos sites a disponibilizarem cada vez mais funcionalida<strong>de</strong>s<br />

com o objectivo <strong>de</strong> facilitar o contacto mesmo a gran<strong>de</strong>s distâncias.<br />

Nestas condições, parece legítima a interrogação: ”sendo aquelas preocupações cada vez mais<br />

importantes no <strong>de</strong>senrolar da vida autárquica, até que ponto é que elas se reflectem e estão presentes no<br />

serviço <strong>de</strong> informação das autarquias?”.<br />

Existem actualmente várias publicações relativas à maturida<strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong> informação das<br />

autarquias problema que também aparece <strong>de</strong>signado por presença das câmaras na Internet. O projecto<br />

pioneiro Gávea, da Universida<strong>de</strong> do Minho, publicou um “Guia <strong>de</strong> boas práticas na avaliação <strong>de</strong> sites” e<br />

Santos (2004) disponibilizou um ranking relativo a 2003.<br />

Há cerca <strong>de</strong> um ano, o Instituto Superior <strong>de</strong> Economia e Gestão (ISEG) da Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong><br />

Lisboa (UTL), através do working paper Vieira (2006), publicou o seu primeiro ranking relativo aos serviços<br />

<strong>de</strong> informação das autarquias. Esse trabalho consi<strong>de</strong>rava os 308 sites autárquicos das câmaras do país e<br />

analisava cerca <strong>de</strong> 50 funcionalida<strong>de</strong>s agrupadas em 5 critérios: navegação, informação sobre eleitos,<br />

informação municipal, informação sobre o concelho e abertura. O ISEG, neste momento, tem disponível para<br />

publicação o documento Vieira (2007) com os resultados relativos ao ano <strong>de</strong> 2007 (pesquisa efectuada entre<br />

Fevereiro e Maio). Continuando este trabalho, vamos medir a atenção ao económico, ao social e ao ambiente<br />

a partir das funcionalida<strong>de</strong>s ali resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> acordo com o quadro seguinte e fazendo recurso ao operador<br />

Média, atribuindo igual pon<strong>de</strong>ração a cada funcionalida<strong>de</strong> no interior do seu grupo.<br />

67


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Quadro 1. As funcionalida<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>radas em cada um dos aspectos em análise.<br />

Código Designação da Funcionalida<strong>de</strong> Grupo<br />

306 UNIVA - inserção activa no mercado <strong>de</strong> trabalho Social<br />

311 Agenda XXI Ambiente<br />

312 Outras acções relacionadas com o meio ambiente Ambiente<br />

502 Descrição Económica e Social do Concelho Economia<br />

503 Directório <strong>de</strong> empresas Economia<br />

505 Inquérito à situação social das pessoas (individualizado) / agregado.. Social<br />

506 Indicadores Genéricos, Demográficos, económicos e sociais do Concelho Economia<br />

514 Parques industriais Economia<br />

Neste trabalho, começamos por proporcionar uma i<strong>de</strong>ia geral sobre os resultados para o país, <strong>de</strong>scemos ao<br />

nível região (Açores e Ma<strong>de</strong>ira) e distrito, listamos alguns sites autárquicos que mais se evi<strong>de</strong>nciaram no<br />

ranking global e proporcionamos <strong>de</strong> seguida uma análise relativo a cada um dos aspectos consi<strong>de</strong>rados. Essas<br />

consi<strong>de</strong>rações servirão para fundamentar as conclusões a apresentar no último ponto <strong>de</strong>ste documento.<br />

2. AS PÁGINAS INTERNET DO PODER LOCAL<br />

Se consi<strong>de</strong>rarmos os três aspectos que são objecto <strong>de</strong>sta investigação, po<strong>de</strong>mos concluir que a sua cobertura<br />

por todo o país é claramente <strong>de</strong>ficitária, atingindo um valor global <strong>de</strong> 0,27 numa escala entre 0 e 1. Esse valor<br />

é mais elevado em termos <strong>de</strong> atenção ao económico (0,30), sensivelmente parecido em termos <strong>de</strong> atenção ao<br />

ambiente (0,277) e bastante mais baixo em termos <strong>de</strong> atenção ao social (0,22). O valor mais elevado é<br />

apresentado pelos sites da câmara <strong>de</strong> Oeiras e da câmara <strong>de</strong> Ferreira do Alentejo que manifestam uma<br />

cobertura <strong>de</strong> 88% das funcionalida<strong>de</strong>s em apreciação. Das duas câmaras citadas, apenas a <strong>de</strong> Oeiras tem em<br />

qualquer dos grupos uma valorização maior ou igual a 75%. Um pouco mais abaixo, temos Pombal,<br />

Matosinhos, Odivelas e SantoTirso com valores superiores a 70%. No entanto, qualquer <strong>de</strong>stes sites<br />

autárquicos revela fragilida<strong>de</strong>s importantes em pelo menos um dos grupos <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s. O total <strong>de</strong><br />

concelhos com valores iguais ou superiores a 50% é <strong>de</strong> 60, isto é, apenas cerca <strong>de</strong> 20% dos concelhos do país<br />

apresentam sites autárquicos com valores positivos no conjunto dos aspectos pesquisados. Se agregarmos no<br />

plano territorial e <strong>de</strong>sagregarmos em termos <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s, conseguimos obter uma visão<br />

diferente.<br />

68<br />

Valor do Indicador<br />

1,00<br />

0,80<br />

0,60<br />

0,40<br />

0,20<br />

0,00<br />

Lisboa<br />

Centro<br />

Uma perspectiva regional<br />

Alentejo<br />

Norte<br />

Região<br />

Algarve<br />

Açores<br />

Ma<strong>de</strong>ira<br />

Figura 1. As preocupações dos autarcas por região e objecto.<br />

AT Am bient<br />

AT Econom<br />

AT Social


A região <strong>de</strong> Lisboa aparece-nos como a mais equilibrada relativamente aos três aspectos, sendo apenas<br />

ultrapassada pela região do Centro em termos <strong>de</strong> atenção ao económico. No Algarve, <strong>de</strong>staca-se a atenção ao<br />

ambiente e Açores e Ma<strong>de</strong>ira apresentam os valores mais baixos. A região Norte manifesta algum défice nos<br />

três aspectos, mas, se <strong>de</strong>scermos ao nível distrital ou concelhio, veremos que nela se situam alguns nichos <strong>de</strong><br />

atenção nas várias áreas, <strong>de</strong>signadamente se consi<strong>de</strong>rarmos o Gran<strong>de</strong> Porto.<br />

Quadro 2. As preocupações dos autarcas por região/distrito.<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Atenção ao ambiente Atenção ao económico Atenção ao social<br />

Região/Distrito Valor Região/Distrito Valor Região/Distrito Valor<br />

Porto 0,58 Castelo Branco 0,45 Lisboa 0,69<br />

Lisboa 0,48 Coimbra 0,43 Braga 0,42<br />

Setúbal 0,42 Porto 0,41 Porto 0,40<br />

Braga 0,41 Viseu 0,40 Viana do Castelo 0,38<br />

Aveiro 0,41 Lisboa 0,40 Portalegre 0,29<br />

Portalegre 0,40 Leiria 0,37 Santarém 0,29<br />

Faro 0,38 Beja 0,35 Beja 0,28<br />

Castelo Branco 0,30 Setúbal 0,34 Évora 0,27<br />

Leiria 0,29 Évora 0,33 Leiria 0,26<br />

Guarda 0,23 Viana do Castelo 0,30 Aveiro 0,19<br />

Viseu 0,21 Santarém 0,30 Guarda 0,18<br />

Ma<strong>de</strong>ira 0,19 Braga 0,29 Viseu 0,16<br />

Açores 0,18 Aveiro 0,29 Castelo Branco 0,13<br />

Évora 0,18 Guarda 0,28 Faro 0,11<br />

Coimbra 0,18 Faro 0,25 Setúbal 0,11<br />

Bragança 0,15 Portalegre 0,24 Coimbra 0,10<br />

Beja 0,14 Vila Real 0,13 Vila Real 0,08<br />

Vila Real 0,13 Açores 0,12 Açores 0,03<br />

Santarém 0,12 Ma<strong>de</strong>ira 0,12 Bragança 0,02<br />

Viana do Castelo 0,06 Bragança 0,06 Ma<strong>de</strong>ira 0,00<br />

O quadro anterior resume os dados para os três grupos <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s utilizados. Em termos <strong>de</strong><br />

atenção ao ambiente, mostra que o Porto é o único distrito com uma média superior aos 50%, seguindo-se-lhe<br />

Lisboa, já com uma cobertura <strong>de</strong>ficitária em cima dos 48%. O mesmo quadro mostra que em nenhum distrito,<br />

a atenção ao económico assume um valor globalmente forte o que significa que nenhum se <strong>de</strong>staca dos<br />

restantes. Finalmente, o distrito <strong>de</strong> Lisboa <strong>de</strong>staca-se dos restantes em termos <strong>de</strong> atenção ao social, sendo <strong>de</strong><br />

registar o apurado relativamente à região autónoma da Ma<strong>de</strong>ira on<strong>de</strong> nenhuma das funcionalida<strong>de</strong>s<br />

caracterizadoras do grupo apresentou uma expressão positiva.<br />

Passemos agora à apreciação dos três grupos <strong>de</strong> critérios em função da sua materialização nas páginas dos<br />

sites camarários. Se correlacionarmos os dados ao nível da unida<strong>de</strong> autárquica (que coinci<strong>de</strong> com a unida<strong>de</strong><br />

estatística, a câmara), concluímos imediatamente acerca da ausência <strong>de</strong> associação entre os três aspectos: o<br />

melhor coeficiente <strong>de</strong> correlação encontrado foi <strong>de</strong> perto <strong>de</strong> 0,3 entre o económico e o social. Mas po<strong>de</strong>mos ir<br />

a maior nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe. Para isso, criámos quatro grupos <strong>de</strong> classificação em cada um dos critérios e<br />

associámo-los aos sites <strong>de</strong>ssas unida<strong>de</strong>s autárquicas. Esses grupos divi<strong>de</strong>m o intervalo [0;1] em quatro partes<br />

iguais, <strong>de</strong>signando-se o primeiro - que apresenta valores compreendidos entre 0 e 0,25 - por Muito Fraco, o<br />

segundo – valores entre 0,25 e 0,5 - por Médio Fraco, o terceiro – valores entre 0,5 e 0,75 - por Médio Forte e<br />

o último – valores superiores a 0,75 - por Muito Forte. Que associações po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>scortinar entre os grupos<br />

<strong>de</strong> critério? Nas secções que seguem vamos analisar os três tópicos essenciais da pesquisa subjacente a este<br />

artigo e proce<strong>de</strong>r ao seu relacionamento com a região <strong>de</strong> origem do site.<br />

O gráfico seguinte permite visualizar que os sites Muito Fracos em qualquer dos grupos <strong>de</strong> critério são<br />

claramente dominantes, seguindo-se-lhes, com alguma importância, os Médio Fortes. O grupo dos Muito<br />

Fortes é baixo em qualquer grupo <strong>de</strong> critério e o Médio Fraco só ultrapassa os 50 sites em termos <strong>de</strong> atenção<br />

ao económico.<br />

69


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Número <strong>de</strong> Sites<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

Muito<br />

Fraco<br />

Médio<br />

Fraco<br />

Médio<br />

Forte<br />

Muito<br />

Forte<br />

2.1 A Atenção ao Económico<br />

A atenção em números<br />

Muito<br />

Fraco<br />

Médio<br />

Fraco<br />

Médio<br />

Forte<br />

Muito<br />

Forte<br />

Muito<br />

Fraco<br />

Médio<br />

Fraco<br />

AT Ambient AT Econom AT Social<br />

Figura 2. As preocupações autarcas por escalão <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong>.<br />

Apenas 35 páginas Internet, o que representa 11,4% dos municípios portugueses, <strong>de</strong>dicam uma forte atenção<br />

às questões económicas.<br />

Dessas, 14,29% situam-se no distrito <strong>de</strong> Coimbra, o qual é igualado pelo distrito <strong>de</strong> Viseu. Os distritos <strong>de</strong><br />

Beja, Leiria e Porto, com 8,57%, reflectem uma atenção ao económico substancialmente inferior àqueles.<br />

Po<strong>de</strong> ainda referir-se que os distritos <strong>de</strong> Portalegre, Faro, Bragança e as regiões autónomas da Ma<strong>de</strong>ira e dos<br />

Açores não integram qualquer concelho cuja página dê uma atenção muito forte às questões económicas...<br />

Consi<strong>de</strong>rando o mesmo conjunto <strong>de</strong> páginas, é possível afirmar que 45,7% <strong>de</strong>dicam uma atenção nula ou<br />

muito fraca ao ambiente, 5,7% uma atenção médio fraca, 40% uma atenção médio forte e apenas 8,6% uma<br />

atenção muito forte. Po<strong>de</strong> assim concluir-se que uma atenção muito forte ao económico po<strong>de</strong> não ser<br />

acompanhada por uma atenção igualmente forte em relação ao ambiente, sendo inferior a 50% os que nesse<br />

conjunto reflectem positivamente esta preocupação. A força dos médio fortes não consegue equilibrar a<br />

elevada percentagem dos muito fracos (45,7%) neste grupo.<br />

Mais <strong>de</strong> 50% dos sites muito fortes do ponto <strong>de</strong> vista económico são muito fortes (11,4%) ou médio<br />

fortes (40%) do ponto <strong>de</strong> vista social. O grupo evi<strong>de</strong>ncia, no entanto, um percentagem (40%) muito elevada<br />

do ponto <strong>de</strong> vista dos sites muito fracos, sendo <strong>de</strong> 8,6% a percentagem dos médio fracos. Po<strong>de</strong> assim<br />

concluir-se que uma forte atenção ao económico po<strong>de</strong> ser acompanhada por uma muito fraca atenção ao<br />

social em proporção não <strong>de</strong>sprezível.<br />

Assim, o grupo dos muito fortes em termos <strong>de</strong> atenção ao económico integra uma forte componente <strong>de</strong><br />

sites muito fracos do ponto <strong>de</strong> vista ambiental e do ponto <strong>de</strong> vista social<br />

Substancialmente superior é a percentagem <strong>de</strong> sites que <strong>de</strong>dicam uma atenção médio forte ao económico:<br />

23,4%. O distrito <strong>de</strong> Lisboa é o que apresenta o valor mais elevado (9,72%) para este tipo <strong>de</strong> sites o que<br />

<strong>de</strong>nuncia uma fraca concentração dos mesmos. De notar que, no distrito <strong>de</strong> Vila Real, não existe qualquer site<br />

com este tipo <strong>de</strong> caracterização em relação à atenção ao económico. Do ponto <strong>de</strong> vista ambiental, 12,5%<br />

<strong>de</strong>sses sites são muito fortes e 52,8% serão médio fortes o que significa que os sites médio fortes em termos<br />

económicos apresentam preocupação predominantemente positiva do ponto <strong>de</strong> vista ambiental, sendo 5,6%<br />

integrados no grupo dos médio fracos e 29,2 % no dos muito fracos. Em termos <strong>de</strong> atenção ao social, 13,9%<br />

dos sites médio fortes do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> atenção ao económico po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados como muito fortes<br />

e 26,4% como médio fortes o que significa que cerca <strong>de</strong> 40% terão uma actuação positiva <strong>de</strong>ste ponto <strong>de</strong><br />

vista. Quanto aos escalões inferiores, domina o muito fraco com 55,6% o que faz com que apenas 4,1% se<br />

possam consi<strong>de</strong>rar como médio fracos.<br />

Um valor ligeiramente superior, 23,7%, representa a percentagem <strong>de</strong> sites com uma preocupação médio<br />

fraca relativamente ao económico. Com 9,59%, Santarém e Viseu são os distritos que contribuem com maior<br />

número <strong>de</strong> sites para este grupo o qual, tal como o anterior, não evi<strong>de</strong>ncia elevada concentração. O distrito <strong>de</strong><br />

Coimbra e a região autónoma dos Açores não apresentam qualquer site com esta caracterização. Estes sites –<br />

médio fracos do ponto <strong>de</strong> vista económico – são predominantemente (52,1%) muito fracos do ponto <strong>de</strong> vista<br />

70<br />

Médio<br />

Forte<br />

Muito<br />

Forte


do ambiente. O valor dos muito fortes do ponto <strong>de</strong> vista ambiental (8,2%) não corrige esta tendência no<br />

grupo on<strong>de</strong> os médio fortes se ficam pelos 32% e os médio fracos pelos 6,8%. Em resumo quase 60% dos<br />

sites médio fracos do ponto <strong>de</strong> vista económico são muito fracos ou médio fracos do ponto <strong>de</strong> vista<br />

ambiental.<br />

Os resultados não são substancialmente diferentes em termos dos médio fracos quanto à atenção em<br />

relação ao social. Eles têm uma percentagem semelhante <strong>de</strong> muito fracos (52,1%), manifestando uma ligeira<br />

quebra em termos <strong>de</strong> médio fracos (4,1%) a qual é acompanhada pela quebra nos muito fortes (6,8%)<br />

levando a um número um pouco mais elevado nos médio fortes. Tal não contraria a possível conclusão <strong>de</strong><br />

que os sites médio fracos do ponto <strong>de</strong> vista económico são também muito fracos ou médio fracos do ponto <strong>de</strong><br />

vista social.<br />

São 128 as autarquias (41,6%) caracterizadas por uma atenção muito fraca em relação ao económico. A<br />

região autónoma dos Açores domina quanto à proveniência <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> sites com uma percentagem <strong>de</strong><br />

12,5%. Seguem-se, a alguma distância (7,81%), os distritos <strong>de</strong> Bragança e Vila Real. De registar que não<br />

existe nenhum distrito em que seja nula a presença <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> sites. 62,5% dos sites muito fracos do ponto<br />

<strong>de</strong> vista económico também o são do ponto <strong>de</strong> vista ambiental o que po<strong>de</strong> significar uma tendência para a<br />

associação entres estas características em termos do muito fraco. Por outro lado, apenas 3,1% <strong>de</strong>sses sites são<br />

muito fortes do ponto <strong>de</strong> vista ambiental e 28,9% médio fortes, ficando 5,5% dos sites caracterizados como<br />

muito fracos do ponto <strong>de</strong> vista económico classificados como médio fracos. Em resumo, perto <strong>de</strong> 70% dos<br />

sites muito fracos do ponto <strong>de</strong> vista económico são fracos ou muito fracos do ponto <strong>de</strong> vista ambiental.<br />

A fragilida<strong>de</strong> reforça-se se analisarmos as características em termos <strong>de</strong> atenção ao social dos sites muito<br />

fracos do ponto <strong>de</strong> vista económico. Desse conjunto, apenas 1,6% é muito forte do ponto <strong>de</strong> vista da atenção<br />

ao social e 15,6% é caracterizado médio forte. O grupo apresenta uma forte concentração no muito fraco que<br />

obtém um valor <strong>de</strong> 80,5% da totalida<strong>de</strong> daqueles sites enquanto é <strong>de</strong> 2,3% a percentagem <strong>de</strong> sites<br />

caracterizados como médio fracos. Assim po<strong>de</strong> dizer-se que o muito fraco do ponto <strong>de</strong> vista da atenção ao<br />

económico é esmagadoramente acompanhado pelo muito fraco do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> atenção ao social.<br />

2.2 A Atenção ao Ambiente<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Apenas 22 páginas Internet, o que representa 7,1% dos municípios portugueses, <strong>de</strong>dicam uma forte atenção<br />

às questões ambientais.<br />

Dessas, 18,18% situam-se no distrito <strong>de</strong> Portalegre, o qual é igualado pelo distrito <strong>de</strong> Porto. Segue-se-lhes<br />

o distrito <strong>de</strong> Setúbal com 13,64%. Os distritos <strong>de</strong> Lisboa e Braga, com 9,09%, reflectem uma atenção ao<br />

ambiente substancialmente inferior àqueles. Mas é marcante o facto <strong>de</strong> em 8 unida<strong>de</strong>s territoriais – as regiões<br />

autónomas <strong>de</strong> Açores e Ma<strong>de</strong>ira e os distritos <strong>de</strong> Castelo Branco, Coimbra, Santarém, Viana do Castelo, Vila<br />

Real e Viseu – não existir uma única unida<strong>de</strong> autárquica que <strong>de</strong>dique uma forte atenção ao ambiente expressa<br />

no site.<br />

Os sites muito fortes do ponto <strong>de</strong> vista ambiental são fortes ou muito fortes do ponto <strong>de</strong> vista económico<br />

(54,5%), combinando-se com 40,9% médio fortes e 13,6% muito fortes. Entre estes sites, apenas 18,2% é<br />

muito fraco do ponto <strong>de</strong> vista económico (um número que se opõe a outras concretizações do muito fraco) e a<br />

percentagem do médio fraco é <strong>de</strong> 27,3%.<br />

De igual modo, os sites muito fortes do ponto <strong>de</strong> vista ambiental são médio fortes (45,5%) ou muito fortes<br />

(13,6%) do ponto <strong>de</strong> vista social. Na ausência <strong>de</strong> sites médio fracos neste grupo, os muito fracos ganham<br />

alguma prepon<strong>de</strong>rância (40,9%)<br />

A atenção médio forte ao ambiente é proporcionada por um conjunto <strong>de</strong> 113 páginas autárquicas que<br />

representam 36,7% da população consi<strong>de</strong>rada. Se adicionarmos este número com o anterior, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong><br />

imediato concluir que a atenção ao ambiente é predominantemente médio fraca ou muito fraca nas páginas<br />

autárquicas. Com 10,62%, Porto e Aveiro são os únicos distritos on<strong>de</strong> esta contribuição atinge os dois<br />

dígitos. Repare-se que, nestas condições, o Porto contribui muito fortemente para estes dois grupos (12<br />

páginas nos médio fortes e 4 páginas entre os muito fortes)<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> atenção ao económico, estes sites são dominantemente médio fortes (33,6%) ou<br />

muito fracos (32,75%) sendo ainda caracterizados 12,4% como muito fortes e 21,2% como médio fracos.<br />

Assim entre estes sites domina o médio fraco ou muito fraco com um total <strong>de</strong> 53,9%.<br />

71


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Esta dominância do muito fraco e do médio fraco alarga-se na atenção ao social on<strong>de</strong> atinge um valor <strong>de</strong><br />

61% com clara predominância dos muito fracos (57,5%). Os muito fortes em termos <strong>de</strong> atenção ao social são<br />

apenas <strong>de</strong> 8% e os médio fortes atingem a percentagem <strong>de</strong> 31%.<br />

O outro grupo intermédio em termos <strong>de</strong> atenção ao ambiente – o médio fraco - tem apenas 18 páginas que<br />

representam 5,8% do total das unida<strong>de</strong>s autárquicas consi<strong>de</strong>radas. O distrito que mais contribui para este<br />

grupo é Santarém com 16,7%, seguindo-se-lhe Açores, Aveiro, Faro, Leiria e Setúbal com 11%.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista da atenção ao económico, estas páginas são predominantemente muito fracas (38,9%) e<br />

fracas (27,8%). O terço restante reparte-se em 22,2% para os médio fortes e 11,1% para os muito fortes.<br />

A situação agrava-se do ponto <strong>de</strong> vista da atenção ao social on<strong>de</strong> a totalida<strong>de</strong> dos médio fortes ou muito<br />

fortes baixa para os 27,8% o que é acompanhado por um reforço dos mais fracos que passa para 66,7%<br />

também alimentado a partir do médio fraco.<br />

Um total <strong>de</strong> 155 páginas autárquicas, que representam cerca <strong>de</strong> 50,3% das possíveis, <strong>de</strong>dica uma atenção<br />

muito fraca à questão ambiental. Estas páginas repartem-se por todo o território nacional, sendo Santarém o<br />

distrito que mais contribui para o conjunto (9,68%) e anulando-se praticamente no distrito do Porto (0,65%)<br />

O muito fraco do ponto <strong>de</strong> vista ambiental é acompanhado pela dominância do médio fraco e do muito<br />

fraco em qualquer dos outros aspectos (atenção ao económico e atenção ao social) on<strong>de</strong> atinge perto <strong>de</strong> 75%<br />

das unida<strong>de</strong>s territoriais consi<strong>de</strong>radas. Mais uma vez esta tendência é mais marcada do ponto <strong>de</strong> vista social<br />

on<strong>de</strong> apenas 4,5% das páginas são muito fortes contra 10,3% do ponto <strong>de</strong> vista económico e on<strong>de</strong> o muito<br />

fraco (70,3%) suplanta claramente os 51,6% do mesmo classificador na atenção ao económico<br />

2.3 A Atenção ao Social<br />

Apenas 21 páginas Internet, o que representa 6,8% dos municípios portugueses, <strong>de</strong>dicam uma forte atenção<br />

às questões sociais. Destas 38,10% situam-se no distrito <strong>de</strong> Lisboa. Braga e Porto seguem a larga distância<br />

com 14,29% das páginas Internet, sendo <strong>de</strong> realçar a existência <strong>de</strong> doze unida<strong>de</strong>s territoriais (mais <strong>de</strong> 50%)<br />

on<strong>de</strong> esse valor é nulo.<br />

Os sites muito fortes na atenção ao social são também predominantemente médio fortes ou muito fortes<br />

em termos <strong>de</strong> atenção ao económico (66,6%) e <strong>de</strong> atenção ao ambiente (57,2%), on<strong>de</strong> os escalões médio<br />

fortes são claramente dominantes (47,6% para o económico e 42,9% para o ambiente). O alinhamento do<br />

social com o económico neste escalão manifesta-se ainda no facto <strong>de</strong> apenas 9,5% <strong>de</strong>stes sites serem<br />

consi<strong>de</strong>rados como muito fracos em termos <strong>de</strong> atenção ao económico, valor que sobe para os 33,3% ao nível<br />

da atenção ao ambiente.<br />

Com 80 sites, equivalentes a 26%, o grupo dos médio fortes é o que mais contribui para o conjunto das<br />

avaliações positivas neste critério. O distrito do Porto com 10% dos sites é o distrito que mais contribui para<br />

o segundo escalão em termos <strong>de</strong> atenção ao social. Seguem-se Viseu, Portalegre e Évora todos com 8,75%.<br />

De referir que, neste grupo, Bragança e Ma<strong>de</strong>ira, repetem o valor <strong>de</strong> 0% que já tinham obtido no anterior.<br />

Neste grupo <strong>de</strong> sites, se aten<strong>de</strong>rmos à atenção ao ambiente, constatamos que o grupo predominante é o médio<br />

forte com um valor <strong>de</strong> 43,8% o qual se situa muito perto do muito fraco que engloba 40% dos sites. Também<br />

aqui se manifesta a prevalência dos fortes já que os muito fortes atingem 12,5% fazendo com que as<br />

avaliações positivas atinjam os 56%.<br />

Já em termos <strong>de</strong> atenção ao económico este grupo <strong>de</strong> sites apresenta valores predominantes ao nível do<br />

médio fraco (33,8%) e muito fraco (25%), seguindo-se o médio forte (23,8%) e o muito forte (17,5%).<br />

Apenas 12 sites (3,9%) po<strong>de</strong>m ser classificados como médio fracos do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> atenção ao<br />

social. Aveiro é o distrito que mais contribui para o conjunto dos sites médio fracos em termos <strong>de</strong> atenção ao<br />

social com um valor <strong>de</strong> 25%. Seguem-se-lhe Coimbra e Santarém com 16,67% e um lote <strong>de</strong> distritos (Setúbal<br />

, Faro, Beja Braga e Castelo Branco) com 8,33%. Todos os outros distritos apresentam valor nulo neste<br />

escalão.<br />

Neste grupo, em termos <strong>de</strong> atenção ao ambiente, é claramente dominante o muito fraco (58,3%). Este<br />

valor é atenuado pela presença <strong>de</strong> 33,3% <strong>de</strong> sites médio fortes, mas é marcante a total ausência <strong>de</strong> sites ao<br />

nível do muito forte. Em resumo, o médio fraco a nível social está associado ao muito fraco ou médio fraco a<br />

nível ambiental.<br />

É curiosa a repartição <strong>de</strong>stes sites em termos <strong>de</strong> atenção ao económico: qualquer dos subgrupos atinge<br />

uma percentagem na or<strong>de</strong>m dos 25%.<br />

72


É esmagador, 195, o número <strong>de</strong> sites que <strong>de</strong>dicam uma atenção muito fraca ao social. A região autónoma<br />

Açores com 9,23% é a região que mais contribui para aquele número, seguindo-se-lhe o distrito <strong>de</strong> Viseu<br />

(8,72%) e sendo Lisboa, com pouco mais <strong>de</strong> 1%, o distrito que apresenta o menor valor. Bragança e Ma<strong>de</strong>ira<br />

apenas têm valor neste escalão o que significa que todos os sites das sua autarquias estão classificados nele.<br />

55,9% dos sites muito fracos a nível social, são também muito fracos em termos <strong>de</strong> atenção ao ambiente.<br />

Apesar <strong>de</strong> tudo, no grupo ainda se encontram 4,6% <strong>de</strong> sites que atribuem uma atenção muito forte<br />

relativamente ao ambiente e 33,3% on<strong>de</strong> essa atenção po<strong>de</strong> ser caracterizada como médio forte.<br />

Ao nível da atenção ao económico, este grupo <strong>de</strong> sites manifesta valores muito fracos ou médio fracos a<br />

um nível elevado (72,3%), manifestando ainda 7,2% ao nível do muito forte e 20,5% ao nível do médio forte.<br />

3. CONCLUSÃO<br />

A análise anterior permitiu mostrar que existe uma cobertura <strong>de</strong>ficitária das funcionalida<strong>de</strong>s associadas aos<br />

três aspectos consi<strong>de</strong>rados, com especial incidência no caso da atenção ao social. Em qualquer dos aspectos,<br />

o grupo mais preenchido é o dos muito fracos seguindo-se-lhe o dos médio fortes.<br />

Em quase todas as autarquias, pelo menos um aspecto situa-se nos escalões mais baixos, mesmo<br />

consi<strong>de</strong>rando as melhor classificadas em termos globais. Os sites que se situam em termos <strong>de</strong> atenção ao<br />

económico no grupo muito forte são do centro do país, mas esta característica po<strong>de</strong> ser acompanhada por<br />

uma caracterização muito fraca do ponto <strong>de</strong> vista ambiental e do social.<br />

A atenção ao ambiente, que medimos pela <strong>de</strong>finição e implementação <strong>de</strong> uma agenda XXI local e teve em<br />

conta outras acções relacionadas com o ambiente, é muito forte em alguns concelhos dos distritos <strong>de</strong><br />

Portalegre e Porto. Contrariamente ao caso anterior, a maior atenção ao ambiente não é acompanhada por<br />

sites muito fracos nas outras dimensões <strong>de</strong> análise.<br />

Quase 40% dos sites muito fortes do ponto <strong>de</strong> vista da atenção ao social situam-se no distrito <strong>de</strong> Lisboa.<br />

Estes sites são também médio fortes ou muito fortes do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> atenção ao económico e ao<br />

ambiente.<br />

Parece assim que os sites começam por aten<strong>de</strong>r aos aspectos económicos da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento dos espaços autárquicos e só <strong>de</strong>pois dão atenção aos aspectos sociais e ambientais,<br />

eventualmente abraçando a causa social após algumas exigências dos aspectos anteriores estarem resolvidas.<br />

Na sua generalida<strong>de</strong>, as autarquias <strong>de</strong>vem melhorar a cobertura que fazem <strong>de</strong>stas funcionalida<strong>de</strong>s até<br />

porque a Internet é uma ferramenta importante para apoiar a sua implementação ou a modificação das<br />

condições <strong>de</strong> vida do cidadão e do empreen<strong>de</strong>dor.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Santos, L., Amaral, L. and Rodrigues, M., 2004. Avaliação da presença na Internet das câmaras municipais portuguesas<br />

em 2003, UMIC.<br />

UMIC, 2003. Guia <strong>de</strong> boas práticas na construção <strong>de</strong> Web Sites da Administração Directa e Indirecta do Estado,<br />

Universida<strong>de</strong> do Minho.<br />

UMIC, 2003. Método <strong>de</strong> Avaliação dos Web Sites da Administração Directa e Indirecta do Estado, Universida<strong>de</strong> do<br />

Minho.<br />

Vieira, L., 2006. Um estudo sobre a maturida<strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong> informação das autarquias, WP/20/2006/DE, ISEG.<br />

Vieira, L., 2007. Evolução da maturida<strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong> informação das autarquias no período 2006-2007,<br />

WP/15/2007/DE, ISEG.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Anexo. Classificação dos sites do po<strong>de</strong>r local em termos <strong>de</strong> atenção ao ambiente, ao económico e ao social<br />

Concelho Amb Econ Soc<br />

Oeiras 1 0,75 1<br />

Ferreira do Alentejo 1 1 0,5<br />

Santo Tirso 1 0,5 1<br />

Gavião 1 0,5 0,75<br />

Matosinhos 0,5 0,75 1<br />

Odivelas 0,5 0,75 1<br />

Pombal 0,15 1 1<br />

Borba 1 0,5 0,5<br />

Castelo <strong>de</strong> Vi<strong>de</strong> 1 0,5 0,5<br />

Gondomar 0,5 0,5 1<br />

Guimarães 1 0,5 0,5<br />

Oliveira do Bairro 1 0,5 0,5<br />

Portalegre 1 0,5 0,5<br />

Sintra 0,5 0,5 1<br />

Sobral <strong>de</strong> Monte Agraço 0,5 0,5 1<br />

Torres Vedras 0,5 0,5 1<br />

Vila Nova <strong>de</strong> Famalicão 0,5 0,5 1<br />

Abrantes 0,5 0,88 0,5<br />

Barreiro 1 0,38 0,5<br />

Chaves 0,5 0,75 0,63<br />

Faro 1 0,38 0,5<br />

Almeida 0,5 0,75 0,5<br />

Caldas da Rainha 0,5 0,75 0,5<br />

Loures 0,5 0,25 1<br />

Moita 0,5 0,75 0,5<br />

Nisa 1 0,25 0,5<br />

Pare<strong>de</strong>s 1 0,25 0,5<br />

Penafiel 0,5 0,69 0,5<br />

Alenquer 1 0,5 0,13<br />

Porto 1 0,5 0,13<br />

Proença-a-Nova 0,38 1 0,25<br />

Entroncamento 0,25 0,31 1<br />

Lourinhã 0,5 0,31 0,75<br />

Cinfães 0,5 0,38 0,63<br />

Ribeira Gran<strong>de</strong> 0,38 0,63 0,5<br />

Cadaval 0 0,5 1<br />

Cascais 0,5 0,5 0,5<br />

Coimbra 0,5 0,5 0,5<br />

Con<strong>de</strong>ixa-a-Nova 0,5 0,75 0,25<br />

Covilhã 0,5 1 0<br />

Estarreja 0,5 0,5 0,5<br />

Évora 0,5 0,5 0,5<br />

Manteigas 0,75 0,75 0<br />

Montemor-o-Novo 0,5 0,5 0,5<br />

Nelas 0,5 1 0<br />

O<strong>de</strong>mira 0,5 0,5 0,5<br />

Pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Coura 0 0,5 1<br />

Penela 0,5 1 0<br />

Serpa 0 1 0,5<br />

Terras <strong>de</strong> Bouro 0,5 0,5 0,5<br />

Vale <strong>de</strong> Cambra 0,25 0,75 0,5<br />

Vendas Novas 0 1 0,5<br />

Vila Ver<strong>de</strong> 0 0,5 1<br />

Vila Viçosa 0 1 0,5<br />

Mealhada 0,5 0,44 0,5<br />

Vieira do Minho 0,25 0,19 1<br />

Alpiarça 0,5 0,38 0,5<br />

Cartaxo 0 0,38 1<br />

Mafra 0,5 0,25 0,63<br />

São João da Ma<strong>de</strong>ira 0,63 0,75 0<br />

Vila Nova <strong>de</strong> Gaia 0,5 0,38 0,5<br />

Mortágua 0 0,81 0,5<br />

Póvoa <strong>de</strong> Varzim 0,5 0,81 0<br />

Lousada 0,63 0,5 0,13<br />

Sabugal 0,5 0,63 0,13<br />

Amares 0,5 0,25 0,5<br />

Azambuja 0,5 0,25 0,5<br />

Esposen<strong>de</strong> 1 0,25 0<br />

Lagos 0,5 0,5 0,25<br />

Marvão 0,5 0,25 0,5<br />

Mértola 0 0,25 1<br />

Montijo 1 0,25 0<br />

Paços <strong>de</strong> Ferreira 0 0,75 0,5<br />

São Brás <strong>de</strong> Alportel 0,5 0,25 0,5<br />

Sernancelhe 0 0,75 0,5<br />

Sines 0,5 0,5 0,25<br />

Viana do Castelo 0 0,75 0,5<br />

Vila do Con<strong>de</strong> 0,5 0,25 0,5<br />

Viseu 0,5 0,75 0<br />

Castro Daire 0,5 0,19 0,5<br />

Elvas 0,5 0,19 0,5<br />

Arraiolos 0,5 0 0,63<br />

74<br />

Concelho Amb Econ Soc<br />

Barcelos 0,5 0,63 0<br />

Batalha 0,5 0,5 0,13<br />

Cantanhe<strong>de</strong> 0 1 0,13<br />

Castelo Branco 0,63 0,5 0<br />

Chamusca 0 0,5 0,63<br />

Golegã 0,5 0,5 0,13<br />

Leiria 1 0,13 0<br />

Maia 1 0,13 0<br />

Mira 0,5 0,5 0,13<br />

Murtosa 0,5 0,38 0,25<br />

Penamacor 0,5 0,63 0<br />

Setúbal 0,5 0,5 0,13<br />

Valongo 0,5 0,13 0,5<br />

Vila Nova <strong>de</strong> Poiares 0,5 0,5 0,13<br />

Vouzela 0,5 0,63 0<br />

Arronches 0,5 0,55 0<br />

Santarém 0,38 0,5 0,13<br />

Almada 1 0 0<br />

Amadora 0 0,5 0,5<br />

Amarante 0,5 0 0,5<br />

Aveiro 0,5 0,5 0<br />

Baião 0,5 0 0,5<br />

Braga 0,5 0 0,5<br />

Bragança 0,5 0,5 0<br />

Castanheira <strong>de</strong> Pêra 0 0,5 0,5<br />

Celorico <strong>de</strong> Basto 0 0,75 0,25<br />

Felgueiras 0,5 0,5 0<br />

Funchal 0,5 0,5 0<br />

Gouveia 0,5 0 0,5<br />

Lamego 0,5 0 0,5<br />

Miran<strong>de</strong>la 1 0 0<br />

Óbidos 0,5 0 0,5<br />

Penalva do Castelo 0,5 0,5 0<br />

Peniche 0 0,5 0,5<br />

Ponte <strong>de</strong> Lima 0,5 0,5 0<br />

Resen<strong>de</strong> 0 0,5 0,5<br />

Seixal 0,5 0,5 0<br />

Trancoso 0,5 0 0,5<br />

Vagos 0,5 0,5 0<br />

Vila do Bispo 0,5 0,5 0<br />

Vila Franca <strong>de</strong> Xira 0,5 0 0,5<br />

Vila Nova <strong>de</strong> Paiva 0,5 0,5 0<br />

Vila Real <strong>de</strong> Santo<br />

António<br />

0,5 0,5 0<br />

Alvito 0 0,44 0,5<br />

Caminha 0 0,19 0,75<br />

Arruda dos Vinhos 0,15 0,25 0,5<br />

Albufeira 0,38 0,5 0<br />

Alvaiázere 0,5 0,38 0<br />

Armamar 0 0,38 0,5<br />

Guarda 0,5 0,25 0,13<br />

Idanha-a-Nova 0 0,38 0,5<br />

Mangual<strong>de</strong> 0,5 0,38 0<br />

Monchique 0,5 0,38 0<br />

Penacova 0 0,75 0,13<br />

Porto <strong>de</strong> Mós 0,25 0,13 0,5<br />

Rio Maior 0 0,25 0,63<br />

Trofa 0,5 0,38 0<br />

Belmonte 0 0,33 0,5<br />

Vila <strong>de</strong> Rei 0,5 0,33 0<br />

Monção 0 0,31 0,5<br />

Fundão 0,63 0 0,13<br />

Marco <strong>de</strong> Canaveses 0,38 0,38 0<br />

Aljustrel 0 0,75 0<br />

Almeirim 0 0,25 0,5<br />

Almodôvar 0 0,25 0,5<br />

Ansião 0 0,75 0<br />

Bombarral 0 0,25 0,5<br />

Calheta (R.A.M.) 0,5 0,25 0<br />

Carregal do Sal 0 0,75 0<br />

Castelo <strong>de</strong> Paiva 0 0,25 0,5<br />

Lagoa 0,5 0,25 0<br />

Marinha Gran<strong>de</strong> 0,25 0,5 0<br />

Montemor-o-Velho 0 0,75 0<br />

Moura 0,5 0,25 0<br />

Oliveira do Hospital 0 0,5 0,25<br />

Ponte da Barca 0 0,25 0,5<br />

Santa Maria da Feira 0,5 0,25 0<br />

Santiago do Cacém 0 0,75 0<br />

Valença 0 0,25 0,5<br />

Vila Real 0,5 0,25 0<br />

Vila Velha <strong>de</strong> Ródão 0,13 0,56 0<br />

Concelho Amb Econ Soc<br />

Avis 0 0,05 0,63<br />

Alcanena 0 0,63 0<br />

Alcobaça 0,5 0,13 0<br />

Aljezur 0,5 0 0,13<br />

Câmara <strong>de</strong> Lobos 0,5 0,13 0<br />

Castro Marim 0,5 0,13 0<br />

Coruche 0 0,63 0<br />

Fornos <strong>de</strong> Algodres 0 0,13 0,5<br />

Lousã 0 0,5 0,13<br />

Machico 0,5 0,13 0<br />

Madalena 0,13 0,5 0<br />

Montalegre 0,13 0 0,5<br />

Oliveira <strong>de</strong> Azeméis 0,5 0 0,13<br />

Ourém 0 0,13 0,5<br />

Ovar 0,5 0 0,13<br />

Sátão 0,5 0 0,13<br />

Sever do Vouga 0,38 0,25 0<br />

Silves 0,5 0 0,13<br />

Crato 0 0,06 0,5<br />

Lisboa 0,5 0,06 0<br />

Ponta Delgada 0,5 0,06 0<br />

Campo Maior 0,5 0,05 0<br />

Albergaria-a-Velha 0 0,38 0,13<br />

Águeda 0,5 0 0<br />

Alcochete 0,25 0,25 0<br />

Cabeceiras <strong>de</strong> Basto 0,5 0 0<br />

Cuba 0 0,25 0,25<br />

Espinho 0,5 0 0<br />

Fafe 0 0 0,5<br />

Figueira da Foz 0 0,5 0<br />

Figueira <strong>de</strong> Castelo<br />

Rodrigo<br />

0 0,5 0<br />

Góis 0,5 0 0<br />

Grândola 0 0,5 0<br />

Horta 0,5 0 0<br />

Ílhavo 0,5 0 0<br />

Lagoa (R.A.A) 0,5 0 0<br />

Lajes das Flores 0 0,5 0<br />

Nazaré 0,5 0 0<br />

Peso da Régua 0,5 0 0<br />

Portel 0 0 0,5<br />

Póvoa <strong>de</strong> Lanhoso 0,5 0 0<br />

Reguengos <strong>de</strong> Monsaraz 0 0,5 0<br />

Salvaterra <strong>de</strong> Magos 0 0,25 0,25<br />

Santa Comba Dão 0 0,5 0<br />

São João da Pesqueira 0 0,5 0<br />

São Roque do Pico 0,5 0 0<br />

Vila da Praia da Vitória 0,5 0 0<br />

Vila Pouca <strong>de</strong> Aguiar 0,25 0,25 0<br />

Loulé 0,25 0,19 0<br />

Redondo 0 0,31 0,13<br />

Alter do Chão 0 0,38 0<br />

Angra do Heroísmo 0,38 0 0<br />

Carrazeda <strong>de</strong> Ansiães 0,25 0 0,13<br />

Constância 0 0,38 0<br />

Figueiró dos Vinhos 0 0,38 0<br />

Meda 0 0,38 0<br />

São Vicente 0,13 0,25 0<br />

Sousel 0 0,38 0<br />

Vila Nova da Barquinha 0,38 0 0<br />

Ferreira do Zêzere 0 0,06 0,25<br />

Oliveira <strong>de</strong> Fra<strong>de</strong>s 0 0,31 0<br />

Olhão 0 0,13 0,13<br />

Anadia 0 0 0,25<br />

Arouca 0 0 0,25<br />

Boticas 0 0,25 0<br />

Castro Ver<strong>de</strong> 0 0,25 0<br />

Celorico da Beira 0 0,25 0<br />

Melgaço 0 0,25 0<br />

Oleiros 0 0,25 0<br />

Portimão 0 0,25 0<br />

São Pedro do Sul 0 0,25 0<br />

Sesimbra 0,25 0 0<br />

Tabuaço 0 0,25 0<br />

Ton<strong>de</strong>la 0 0,25 0<br />

Viana do Alentejo 0 0,25 0<br />

Vila Nova <strong>de</strong> Foz Côa 0 0,25 0<br />

Vinhais 0 0,25 0<br />

Lajes do Pico 0 0,19 0<br />

Nor<strong>de</strong>ste 0,13 0,06 0<br />

Vila Franca do Campo 0 0,19 0<br />

Aguiar da Beira 0 0 0,13<br />

Concelho Amb Econ Soc<br />

Alijó 0 0,13 0<br />

Barrancos 0 0 0,13<br />

Benavente 0 0,13 0<br />

Mação 0 0,13 0<br />

Macedo <strong>de</strong> Cavaleiros 0 0 0,13<br />

Miranda do Corvo 0 0 0,13<br />

Moimenta da Beira 0,13 0 0<br />

Seia 0 0 0,13<br />

Tavira 0 0 0,13<br />

Valpaços 0 0,13 0<br />

Vila Nova <strong>de</strong> Cerveira 0,13 0 0<br />

Vizela 0 0 0,13<br />

Arganil 0 0,06 0<br />

Corvo 0 0,06 0<br />

Povoação 0 0,06 0<br />

Ribeira Brava 0 0,06 0<br />

Santa Cruz das Flores 0 0,06 0<br />

Alandroal 0 0 0<br />

Alcácer do Sal 0 0 0<br />

Alcoutim 0 0 0<br />

Alfân<strong>de</strong>ga da Fé 0 0 0<br />

Arcos <strong>de</strong> Val<strong>de</strong>vez 0 0 0<br />

Beja 0 0 0<br />

Calheta (R.A.A.) 0 0 0<br />

Estremoz 0 0 0<br />

Freixo <strong>de</strong> Espada à Cinta 0 0 0<br />

Fronteira 0 0 0<br />

Mesão Frio 0 0 0<br />

Miranda do Douro 0 0 0<br />

Mogadouro 0 0 0<br />

Mondim <strong>de</strong> Basto 0 0 0<br />

Monforte 0 0 0<br />

Mora 0 0 0<br />

Mourão 0 0 0<br />

Murça 0 0 0<br />

Ourique 0 0 0<br />

Palmela 0 0 0<br />

Pampilhosa da Serra 0 0 0<br />

Pedrógão Gran<strong>de</strong> 0 0 0<br />

Penedono 0 0 0<br />

Pinhel 0 0 0<br />

Ponta do Sol 0 0 0<br />

Ponte <strong>de</strong> Sor 0 0 0<br />

Porto Moniz 0 0 0<br />

Porto Santo 0 0 0<br />

Ribeira <strong>de</strong> Pena 0 0 0<br />

Sabrosa 0 0 0<br />

Santa Cruz 0 0 0<br />

Santa Cruz da Graciosa 0 0 0<br />

Santa Marta <strong>de</strong><br />

Penaguião<br />

0 0 0<br />

Santana 0 0 0<br />

Sardoal 0 0 0<br />

Sertã 0 0 0<br />

Soure 0 0 0<br />

Tábua 0 0 0<br />

Tarouca 0 0 0<br />

Tomar 0 0 0<br />

Torre <strong>de</strong> Moncorvo 0 0 0<br />

Torres Novas 0 0 0<br />

Velas 0 0 0<br />

Vidigueira 0 0 0<br />

Vila do Porto 0 0 0<br />

Vila Flor 0 0 0<br />

Vimioso 0 0 0<br />

Fonte: ISEG – Ranking<br />

2007 dos Serviços <strong>de</strong><br />

Informação das<br />

Autarquias


E-GOV BRASILEIRO: UMA ANÁLISE DOS PORTAIS DOS<br />

MUNICÍPIOS BRASILEIROS<br />

A<strong>de</strong>mir Martinez Sanches<br />

Departamento <strong>de</strong> Computação e Estatística – UFMS – Brasil<br />

a<strong>de</strong>mir_sanches@dct.ufms.br<br />

Marcelo Augusto Santos Turine<br />

Departamento <strong>de</strong> Computação e Estatística – UFMS – Brasil<br />

mast@dct.ufms.br<br />

Débora Maria Barroso Paiva<br />

Departamento <strong>de</strong> Computação e Estatística – UFMS – Brasil<br />

<strong>de</strong>bora@dct.ufms.br<br />

RESUMO<br />

Atualmente, várias prefeituras vinculadas aos governos municipais no Brasil, com a intenção <strong>de</strong> implementar o Governo<br />

Eletrônico (e-Gov), estão tornando disponíveis suas informações, serviços ou produtos em meio eletrônico em portais<br />

institucionais. Muitos municípios estão <strong>de</strong>senvolvendo websites com essa finalida<strong>de</strong> seguindo a legislação brasileira que<br />

regulamenta o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> e-Gov. Assim, um acompanhamento <strong>de</strong>ste processo é relevante e <strong>de</strong>ve ser realizado<br />

para corrigir possíveis distorções. Neste trabalho é apresentado um levantamento e análise dos portais e-Gov dos<br />

governos municipais utilizando-se das seguintes estratégias e ferramentas computacionais integradas ao portal CISM<br />

(Central <strong>de</strong> Indicadores e Serviços Municipais – http://cism.le<strong>de</strong>s.net): (i) um crawler para construir <strong>de</strong> forma <strong>automática</strong><br />

um repositório com dados dos portais municipais, criando um web warehouse municipal; e (ii) um estudo experimental<br />

<strong>de</strong> web mining (algoritmo <strong>de</strong> clustering) no repositório construído a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir conhecimentos ocultos, e assim<br />

contribuir com a comunida<strong>de</strong>, fornecendo informações inéditas do e-Gov municipal nacional.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Sistema <strong>de</strong> Informação Web, e-Gov municipal, web warehouse, crawler, clustering.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Atualmente, o setor governamental é o principal indutor <strong>de</strong> ações estratégicas para promover a<br />

universalização do acesso e o uso crescente dos meios eletrônicos <strong>de</strong> informação para gerar uma<br />

administração eficiente e transparente em todos os níveis <strong>de</strong> sua administração. Os governos têm sido<br />

pressionados pela comunida<strong>de</strong> nacional e internacional, pela socieda<strong>de</strong> civil organizada e por usuários dos<br />

serviços a apresentar maior eficiência na aplicação do recurso público e maior efetivida<strong>de</strong> nas políticas<br />

públicas. Tal meta é impossível <strong>de</strong> ser alcançada sem um processo <strong>de</strong> informatização <strong>de</strong> operações internas e<br />

<strong>de</strong> serviços prestados pelo governo, tornando necessário o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> aplicações Web (WebApps)<br />

integradas a portais <strong>de</strong> governo eletrônico (e-Gov).<br />

No Brasil, o e-Gov foi lançado em outubro <strong>de</strong> 2000, consistindo em um conjunto <strong>de</strong> medidas que têm<br />

como objetivo “(...) universalizar o acesso digital aos serviços públicos, usar a TIC (Tecnologia da<br />

Informação e Comunicação) para aumentar a transparência das ações governamentais e aumentar a eficácia<br />

dos recursos tecnológicos existentes por meio da integração <strong>de</strong> todas as re<strong>de</strong>s e sistemas existentes no âmbito<br />

da administração pública fe<strong>de</strong>ral” (Quadros, 2003). A partir <strong>de</strong>sta data, vários municípios construíram portais<br />

municipais na Internet. Porém, a construção <strong>de</strong>stes portais foi realizada <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada, sem seguir a<br />

legislação brasileira e as técnicas <strong>de</strong> Engenharia Web; <strong>de</strong>sta forma, se faz necessário um levantamento do<br />

75


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

perfil, das características e das tecnologias envolvidas nestes portais municipais, para corrigir distorções e<br />

disponibilizar informações para a população.<br />

Neste contexto, no presente trabalho foram especificadas, <strong>de</strong>senvolvidas e utilizadas ferramentas<br />

computacionais para coletar e analisar os resultados, criando assim um repositório nacional dos portais e-Gov<br />

dos municípios integrada ao portal CISM (Central <strong>de</strong> Indicadores e Serviços Municipais –<br />

http://cism.le<strong>de</strong>s.net) (Sanches, 2007). Assim, o texto está organizado em quatro seções: na seção dois é<br />

apresentado o panorama do governo eletrônico municipal por meio (i) da coleta <strong>automática</strong> <strong>de</strong> diversos dados<br />

dos portais municipais (web crawler) materializando-os em um repositório multidimensional (web<br />

warehouse) e (ii) a verificação do agrupamento <strong>de</strong>sses dados segundo algum grau <strong>de</strong> semelhança (mineração<br />

<strong>de</strong> dados através do algoritmo <strong>de</strong> clustering). Na seção três discute-se a abordagem metodológica utilizada, e<br />

por último são apresentados os resultados e contribuições para a comunida<strong>de</strong>.<br />

2. PERFIL DOS PORTAIS MUNICIPAIS<br />

A abordagem metodológica utilizada neste trabalho envolveu quatro ativida<strong>de</strong>s ilustradas na Figura 1:<br />

a) Definição da fonte dos dados: portais municipais do Brasil que estiverem no subdomínio oficial<br />

.gov.br;<br />

b) Coleta e integração dos dados: realizada <strong>de</strong> forma <strong>automática</strong> por meio <strong>de</strong> um web crawler;<br />

c) Armazenamento: realizado por meio <strong>de</strong> um web warehouse com tecnologia Web; e<br />

d) Consultas nos dados: consultas <strong>de</strong> busca e web mining (WM).<br />

a) b)<br />

d<br />

Internet<br />

e-Gov<br />

Web Crawler<br />

hypertexto<br />

Figura 1. Abordagem utilizada: a) fonte dos dados; b) processo <strong>de</strong> coleta e integração dos dados; c) armazenamento das<br />

informações e d) consultas nos dados.<br />

2.1 Definição da Fonte dos Dados<br />

Web<br />

c)<br />

Web<br />

Mining,<br />

e consultas<br />

De acordo com a legislação brasileira, os municípios <strong>de</strong>vem construir seus portais Web no subdomínio<br />

.gov.br da sua Unida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>rativa (UF). Assim, os en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> gestões municipais brasileiras na Internet<br />

<strong>de</strong>vem ser formados pela seguinte gramática simplificada e adaptada (Resolução nº 7, 2002) (Bittar, 2006):<br />

URL ::= [“www.”] + município + estado + “.gov.br”<br />

município ::= <br />

estado ::= <br />

On<strong>de</strong>: [ ] significa opcional;<br />

significa um campo <strong>de</strong> mesclagem a ser consultado em bando <strong>de</strong> dados.<br />

Para <strong>de</strong>finição da fonte <strong>de</strong> dados, esta gramática foi aplicada a todos os municípios brasileiros, que<br />

segundo o Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística totalizam 5.564 municípios (IBGE, 2007).<br />

76


2.2 Coleta e Integração dos Dados<br />

Para a coleta <strong>automática</strong> dos dados dos portais Web municipais foi construído um programa robô, conhecido<br />

como web crawler, também encontrado na literatura como spi<strong>de</strong>r, robot, wan<strong>de</strong>rer, worm, knowbot ou webbot<br />

(Ricarte & Gomi<strong>de</strong>, 2004). O crawler po<strong>de</strong> ser entendido como um tipo <strong>de</strong> agente inteligente da<br />

Inteligência Artificial que percorre a Web link por link, i<strong>de</strong>ntificando e lendo as páginas, coletando<br />

informações que serão manipuladas principalmente por mecanismo <strong>de</strong> busca (Blattmann, Fachin, & Rados,<br />

1999) (Chakrabarti, Berg, & Dom, 1999) (Cho & Garcia-Molina, 2000) (Heydon & Najork, 1999). Na<br />

literatura são encontrados muitos crawlers <strong>de</strong>senvolvidos sobre um domínio específico da Web (Qin, Zhou,<br />

& Chau, 2004) (Silva, Veloso, Golghe, & Berthier Ribeiro-Neto, 1999).<br />

Os <strong>de</strong>talhes da metodologia do crawler especificado e implementado são apresentados sob a forma <strong>de</strong><br />

algoritmo na Figura 2. Todas as operações são realizadas <strong>de</strong> maneira a tornar a ferramenta <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados<br />

mais otimizada e <strong>automática</strong> possível. Por exemplo, quando uma URL não tem IP configurado no DNS a<br />

análise da mesma termina na linha 6, evitando com isso execuções <strong>de</strong>snecessárias. Algumas operações <strong>de</strong><br />

tratamentos <strong>de</strong> exceções, acesso a banco <strong>de</strong> dados, itens <strong>de</strong> interface gráfica e outros <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong><br />

implementação foram omitidos da Figura 2, pois a intenção é sintetizar a metodologia do robô. Foi utilizado<br />

nesta aplicação a linguagem Web PHP (http://php.net/) e o banco <strong>de</strong> dados MySQL (http://www.mysql.org/).<br />

1 Para cada município brasileiro faça<br />

2 Constrói sua URL<br />

3 Verifica se há um IP configurado no DNS para esta URL<br />

5 Se IP=nulo //otimização para cida<strong>de</strong>s que não tem portal<br />

6 Insere na base <strong>de</strong> dados como não tendo portal<br />

7 Senão<br />

8 Faz requisição HTTP<br />

9 Se bytes retornados > 0<br />

10 Insere municípios na base <strong>de</strong> dados como tendo portal<br />

11 Senão<br />

12 Insere município na base <strong>de</strong> dados como não tendo portal<br />

13 Fim-se<br />

14 Fim-se<br />

15 Fim-para<br />

Figura 2. Algoritmo simplificado do crawler, on<strong>de</strong> a entrada é a lista dos municípios brasileiros e a saída são os dados<br />

dos portais <strong>de</strong>stes municípios. Adaptado <strong>de</strong> (Bittar, 2006).<br />

A execução do crawler <strong>de</strong>mora aproximadamente <strong>de</strong>zessete horas para coletar os dados <strong>de</strong> todos os<br />

portais municipais do Brasil e inserir em um web warehouse (WW). Estas informações são referentes à<br />

posição geográfica do município (permite comparações entre regiões do país) e características da página<br />

principal do portal; tais como: (i) tamanho em bytes da página principal do portal, incluindo figuras e <strong>de</strong>mais<br />

arquivos. Por exemplo, uma página para ser funcional <strong>de</strong>ve ter no máximo 80 KB, cida<strong>de</strong>s fora <strong>de</strong>ssa<br />

recomendação dificultam a navegabilida<strong>de</strong> dos cidadãos que possuem acesso discado a Internet (Resolução<br />

nº 7, 2002); (ii) quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arquivos por página – enten<strong>de</strong>-se por arquivos tudo que é carregado no<br />

browser durante o acesso (figuras, java-scripts, arquivos <strong>de</strong> css, entre outros recursos); (iii) quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

links nas páginas – indica um perfil da arquitetura <strong>de</strong> informação do portal da prefeitura (muitos links<br />

sugerem notícias na página); (iv) número do IP (Internet Protocol) do host – útil para <strong>de</strong>terminar on<strong>de</strong> é<br />

hospedado o portal municipal, valores fora da faixa nacional, 200.128.0.0 a 200.255.0.0 (Getschko, 1997),<br />

indicam que o portal é hospedado fora do Brasil. Uma <strong>de</strong>scrição completa é apresentada na próxima seção.<br />

2.3 Armazenamento em Web Warehouse<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Como o domínio do problema pesquisado correspon<strong>de</strong> a um subdomínio da Internet, os dados são<br />

materializados em um web warehouse (WW). Um WW é <strong>de</strong>terminado como uma combinação das tecnologias<br />

<strong>de</strong> data warehouse (DW) e Web (Tan, Yen, & Fang, 2003) (Mattison, 1999) (Becker, 2002) (Moeller, 2001)<br />

(Madria, 1999). Utiliza os conceitos <strong>de</strong> DW no ambiente da Internet, substituindo a ferramenta ETL (Extract<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Transform Load - Extração Transformação Carga) por um web crawler. Como resultado gera um repositório<br />

<strong>de</strong> informações localizadas na Web para uma <strong>de</strong>terminada comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usuários interessada no domínio <strong>de</strong><br />

informações (Cheng, Kambayashi, Lee, & Mohania, 2000).<br />

Em relação à carga inicial dos dados, duas contribuições já po<strong>de</strong>m ser obtidas: (i) quantos, quais são, e<br />

como estão distribuídos os portais municipais brasileiros e (ii) a construção <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> busca para<br />

esses portais, que por meio da liberação da consulta pública, contribui para <strong>de</strong>mocratizar as informações e<br />

compartilhar conhecimento público (Figura 3 e 5).<br />

Utilizando-se a técnica <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem dimensional e o esquema estrela, os dados foram representados em<br />

um cubo, on<strong>de</strong> as dimensões representam (i) os dados dos portais - tabela <strong>de</strong> fatos, (ii) a geografia -<br />

município, estado, região e (iii) o tempo – mês, bimestre, semestre e ano das cargas do WW.<br />

Por medidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho e para facilitar a web mining, a implementação do WW realizou-se em um<br />

ambiente virtual, ou seja, levando-se em conta que o volume dos dados não é muito gran<strong>de</strong> e o ciclo <strong>de</strong><br />

atualização é mensal (<strong>de</strong> 20 a 100 MB a cada carga total mensal), os dados coletados pelo crawler foram<br />

armazenados em uma única tabela não normalizada, simulando uma visão materializada no banco <strong>de</strong> dados<br />

MySQL, conforme ilustrada na Figura 4.<br />

a) b)<br />

Figura 3. Sistema <strong>de</strong> Busca: a) tela <strong>de</strong> consulta; b) resultados da consulta. Figura 4. Tabela utilizada na<br />

construção do WW.<br />

Figura 5. Gráfico indicando a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> municípios com portais.<br />

2.4 Web Mining Utilizando a Ferramenta WEKA<br />

A técnica Clustering é a mais antiga <strong>de</strong> WM , on<strong>de</strong> as entida<strong>de</strong>s são agrupadas <strong>de</strong> acordo com atributos em<br />

comum. Esta abordagem é indicada quando as classes dos dados são incertas. Os experimentos apresentados<br />

foram realizados no ambiente <strong>de</strong> mineração WEKA (Waikato Environment for Knowledge Analysis) (WEKA<br />

The University of Waikato, 2007) com algoritmo EM (Expectation Maximization).<br />

2.5 Definição da Base <strong>de</strong> Dados, Realização do Experimento e Resultados<br />

Obtidos<br />

A princípio, a equipe técnica do projeto i<strong>de</strong>ntificou dois grupos nos dados dos portais municipais: cluster dos<br />

municípios com websites e-Gov e cluster dos municípios sem websites. As estatísticas da base WW e-Gov<br />

são apresentadas nesta condição. O conjunto <strong>de</strong> dados contém 5.564 exemplos, cada um correspon<strong>de</strong> a um<br />

78


município brasileiro, sendo que: (i) 4068 representam condições negativas para existência <strong>de</strong> site e-Gov -<br />

valor <strong>de</strong> classe igual a não (73,11%) e (ii) 1496 representam condições positivas para existência <strong>de</strong> site e-<br />

Gov - valor <strong>de</strong> classe igual a sim (26,89%).<br />

Assim, cada exemplo é constituído <strong>de</strong> 10 atributos:<br />

• url_p: URL principal da cida<strong>de</strong>, valor do tipo string;<br />

• uf: Nome do estado das cida<strong>de</strong>s, valor nominal com as 27 unida<strong>de</strong>s da fe<strong>de</strong>ração;<br />

• região: Nome da região das cida<strong>de</strong>s, valor nominal com as 5 regiões do Brasil (Norte, Sul, Centro-<br />

Oeste, Su<strong>de</strong>ste e Nor<strong>de</strong>ste);<br />

• ip: Os primeiros três dígitos do IP do host on<strong>de</strong> está hospedado a página da cida<strong>de</strong>, valores nominais<br />

(o valor 200 indica a faixa <strong>de</strong> IP do Brasil, ou seja, página hospedada em servidor nacional);<br />

• href: Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> links na página principal do site, valor discreto entre 0 e 726 (média 4,233 e<br />

<strong>de</strong>svio padrão 17,915);<br />

• kb: Tamanho em Kb da página principal dos sites dos municípios (computando as figuras e <strong>de</strong>mais<br />

arquivos carregados), valor contínuo entre 0 e 986,388 (média 54,491 e <strong>de</strong>svio padrão 143,121);<br />

• q<strong>de</strong>_arq: Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arquivos da página principal do site, valor discreto entre 0 e 98 (média 3,888<br />

e <strong>de</strong>svio padrão 10,416);<br />

• b_html: Tamanho em byte do arquivo HTML da página principal, valor contínuo entre 0 e 65535<br />

(média 3120,54 e <strong>de</strong>svio padrão 9703.151);<br />

• ida<strong>de</strong>, valor discreto entre 21 e 81;<br />

• Tem_ip: Indica se a cida<strong>de</strong> possui IP (subdomínio registrado), valor nominal (sim ou não);<br />

• Tem_site: Indica se a cida<strong>de</strong> possui site no ar, valor nominal (sim ou não).<br />

A exploração <strong>de</strong>stes dados/atributos no ambiente WEKA em forma <strong>de</strong> gráfico é apresentada na Figura 6.<br />

Todos os quatro gráficos representam a proporção <strong>de</strong> municípios com e sem portal Web; da esquerda para<br />

direita, o primeiro gráfico mostra essa proporção para cada estado brasileiro (em or<strong>de</strong>m alfabética), o<br />

próximo para cada região nacional (Norte, Sul, Centro-Oeste, Su<strong>de</strong>ste, Nor<strong>de</strong>ste), o próximo a relação <strong>de</strong>sta<br />

proporção quanto as cida<strong>de</strong>s que possuem IP registrado e o último representa a quantia <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s com e sem<br />

portal Web.<br />

Região<br />

tem_ip<br />

tem_site<br />

1782<br />

3224<br />

4068<br />

1668<br />

1181<br />

2340<br />

471<br />

462<br />

norte sul Centro-oeste<br />

su<strong>de</strong>ste nor<strong>de</strong>ste<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

sim não<br />

1496<br />

sim não<br />

Figura 6. Proporção dos atributos da base <strong>de</strong> dados, o cinza escuro representa as cida<strong>de</strong>s com website e o cinza claro<br />

representa as cida<strong>de</strong>s sem website.<br />

O algoritmo <strong>de</strong> clustering EM (weka.clusterers.EM -V -I 50 -N 3 -S 100 -M 1.0E-6) foi executado com os<br />

seguintes parâmetros: (i) Número máximo <strong>de</strong> iterações igual a 100, (ii) <strong>de</strong>svio padrão mínimo ,<br />

(iii) número <strong>de</strong> clusters configurado para selecionar automaticamente por validação cruzada e (iv) semente <strong>de</strong><br />

número aleatório igual a 100. Nesta análise <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong>scobriu-se que os dados foram agrupados em três<br />

grupos e não em dois como inicialmente a equipe projetou. Os três grupos formados são:<br />

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Cluster 2<br />

Cluster 1<br />

Cluster 0<br />

Norte Sul Centro-Oeste Su<strong>de</strong>ste Nor<strong>de</strong>ste<br />

Figura 7. Gráfico do agrupamento dos dados gerado no WEKA, eixo x correspon<strong>de</strong> às regiões do Brasil e o eixo y aos<br />

clusters formados.<br />

• Cluster 0: correspon<strong>de</strong> as cida<strong>de</strong>s que possuem IP, (subdomínio registrado) mas não tem site ativo. A<br />

razão que leva um município a registrar seu subdomínio e <strong>de</strong>pois não construir sua página na Internet<br />

ainda é <strong>de</strong>sconhecida nesta fase do projeto, mas constitui um objeto <strong>de</strong> estudo interessante;<br />

• Cluster 1: Correspon<strong>de</strong> as cida<strong>de</strong>s que possuem site ativo;<br />

• Cluster 2: Correspon<strong>de</strong> as cida<strong>de</strong>s que não possuem site na Web e nem IP registrado.<br />

Na Figura 7 são representados os grupos i<strong>de</strong>ntificados no WEKA com base nas cinco regiões brasileiras<br />

(Norte, Sul, Centro-Oeste, Su<strong>de</strong>ste e Nor<strong>de</strong>ste). O grupo <strong>de</strong> cor azul representa cluster 0, a cor vermelha o<br />

cluster 1 e a cor ver<strong>de</strong> o cluster 2. Nota-se que na região Norte o grupo ver<strong>de</strong> dos municípios que não têm<br />

portal é maior, e correspon<strong>de</strong> aos municípios com menor IDH (Índice <strong>de</strong> Desenvolvimento Humano) do<br />

Brasil. O grupo azul dos municípios que têm somente o IP registrado é maior acentuado na região Su<strong>de</strong>ste,<br />

região mais rica do Brasil. Os grupos vermelhos dos municípios que têm portal ativo é mais acentuado nas<br />

regiões Su<strong>de</strong>ste e Sul seguido pelo Nor<strong>de</strong>ste.<br />

3. CONCLUSÃO<br />

Com base nas informações <strong>de</strong>scobertas no processo <strong>de</strong> web mining no ambiente WEKA foram computadas<br />

novamente as estatísticas da situação dos portais e-Gov municipais por meio da aplicação Web <strong>de</strong>senvolvida,<br />

gerando os resultados da Tabela 1 e das Figuras 8, 9 e10.<br />

Tabela 1. Estatísticas da Base<br />

Dado Valor<br />

Data da última atualização dos dados 29/07/2007<br />

Tempo gasto na atualização dos dados 16:58:37 hs<br />

Total <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s pesquisadas 5564<br />

Total <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s com subdomínio oficial e site ativo 1487<br />

Total <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s com subdomínio oficial, mas SEM site ativo 844<br />

Total <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s sem subdomínio oficial 3233<br />

Total <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s que tem site fora do Brasil 153<br />

Total <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s com tamanho <strong>de</strong> site e-Gov <strong>de</strong>ntro da recomendação <strong>de</strong> 80 kb 591<br />

Média do tamanho dos sites e-Gov municipais 192.210<br />

Média da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arquivos nos sites e-Gov municipais 13.757<br />

Média da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> links da página principal dos sites e-Gov municipais 10.095<br />

Estes resultados mostram dados reveladores e inusitados sobre a situação dos portais e-Gov municipais,<br />

como:<br />

• Somente 10,6% dos municípios respeitam a recomendação da limitação do tamanho da homepage dos<br />

portais em 80 Kb. Existem cida<strong>de</strong>s que possuem a página principal com quase 1 MB <strong>de</strong> tamanho, isso<br />

80


significa que um cidadão com acesso discado <strong>de</strong>mora aproximadamente 10 minutos para abrir a<br />

página da prefeitura da sua cida<strong>de</strong>. São exemplos as cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Joaçaba-SC (www.Joacaba.sc.gov.br)<br />

com 982KB e Presi<strong>de</strong>nte Médici-RO (www.presi<strong>de</strong>ntemedici.ro.gov.br) com 986.39KB. No estado <strong>de</strong><br />

Mato Grosso do Sul (MS), o maior portal e-Gov municipal pertence ao município <strong>de</strong> Sidrolândia com<br />

538.718 Kb; a capital <strong>de</strong> MS (Campo Gran<strong>de</strong>) possui portal com página principal <strong>de</strong> 95 Kb (muito<br />

próximo do recomendado);<br />

• Os portais das cida<strong>de</strong>s possuem em média 10 links na sua página principal, mas é encontrada cida<strong>de</strong><br />

com mais <strong>de</strong> 700 links, dificultando a população <strong>de</strong> encontrarem a informação e/ou serviços no portal<br />

<strong>de</strong> seu município. Um exemplo <strong>de</strong> município é Juruti-PA com 726 links;<br />

• Em um total <strong>de</strong> 153 municípios têm seu portal hospedado em servidores localizados em outros países<br />

e não no Brasil. O EUA é o principal país que mantém estas páginas, pelo fato do custo e serviços <strong>de</strong><br />

hospedagem que oferecem. Isto gera uma evasão <strong>de</strong> divisas, e os motivos <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>cisão ainda é<br />

<strong>de</strong>sconhecido pela pesquisa e constituem-se mais um interessante objeto <strong>de</strong> estudo;<br />

• O Nor<strong>de</strong>ste e o Norte são as regiões que possuem maior ausência <strong>de</strong> portais e-Gov municipais;<br />

• A região Su<strong>de</strong>ste, impulsionada pelo seu estado Minas Gerais (MG), possui maior incidência <strong>de</strong><br />

cida<strong>de</strong>s com IP registrado, mas sem portal ativo; e<br />

• Sem consi<strong>de</strong>rar o Distrito Fe<strong>de</strong>ral (DF), o estado <strong>de</strong> São Paulo (SP) é o único estado da fe<strong>de</strong>ração que<br />

a maioria dos seus municípios possui portal e-Gov ativo;<br />

Nesta análise <strong>de</strong> agrupamento, o ambiente WEKA aten<strong>de</strong>u as funcionalida<strong>de</strong>s exigidas no estudo<br />

experimental, servindo como única ferramenta <strong>de</strong> web mining necessária neste projeto. O algoritmo <strong>de</strong><br />

agrupamento EM do WEKA reconheceu todos os cluster existentes nos dados.<br />

A próxima fase da pesquisa será executar o web crawler mensalmente para armazenar um histórico <strong>de</strong><br />

tempo nestas informações e eventualmente <strong>de</strong>scobrir novas informações no repositório, tais como, o<br />

comportamento dos portais (computado por cida<strong>de</strong>, estado, região) no <strong>de</strong>correr do ano (será que na época do<br />

recebimento do IPTU os portais são “inflados” pela prefeitura e no resto do ano são abandonados?). Com a<br />

construção <strong>de</strong>sta base <strong>de</strong> dados, estas e outras hipóteses po<strong>de</strong>rão ser elucidadas, trazendo <strong>de</strong>scobertas <strong>de</strong><br />

gra<strong>de</strong> valia para a comunida<strong>de</strong> em geral.<br />

Figura 8. Portais e-Gov municipais: Estatística do Brasil.<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Figura 9. Portais e-Gov municipais: Estatística por região do Brasil.<br />

81


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

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82


MSB: UNA APLICACIÓN WWW PARA GENERACIÓN DE<br />

RESÚMENES DE COMPORTAMIENTO<br />

Víctor Flores, Martín Molina<br />

Departamento <strong>de</strong> Inteligencia Artificial, <strong>Universidad</strong> Politécnica <strong>de</strong> Madrid<br />

Campus <strong>de</strong> Montegancedo s/n, 28660 Boadilla <strong>de</strong>l Monte (Madrid), España.<br />

vflores@fi.upm.es, martin.molina@upm.es<br />

RESUMEN<br />

La disponibilidad en Internet <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s volúmenes <strong>de</strong> información en los que se basan <strong>de</strong>cisiones relacionadas con el<br />

funcionamiento <strong>de</strong> sistemas dinámicos hace que cada vez sean más necesarios métodos efectivos <strong>de</strong> generación <strong>automática</strong><br />

<strong>de</strong> resumen <strong>de</strong> información <strong>de</strong> comportamiento. En este artículo se <strong>de</strong>scribe la aplicación MSB (Multimedia Summarizer<br />

of Behavior) como una herramienta software que genera presentaciones multimedia <strong>de</strong> resumen <strong>de</strong> comportamiento<br />

<strong>de</strong> sistemas dinámicos para ser presentadas en la Web. MSB usa como entrada datos <strong>de</strong> comportamiento <strong>de</strong> fuentes remotas<br />

(medidos por sensores) que pue<strong>de</strong>n estar disponibles en diferentes servidores Web. Estas fuentes <strong>de</strong> información<br />

se interpretan y resumen usando métodos <strong>de</strong>l campo <strong>de</strong> la Inteligencia Artificial simulando formas <strong>de</strong> razonamiento que<br />

realizan las personas al resumir información <strong>de</strong> interés. En el artículo se <strong>de</strong>scribe la arquitectura basada en el conocimiento<br />

<strong>de</strong>l sistema MSB y la aplicación <strong>de</strong>sarrollada en el dominio <strong>de</strong> hidrología sobre comportamiento <strong>de</strong> cuencas<br />

hidrográficas.<br />

PALABRAS CLAVE<br />

Generación <strong>automática</strong> <strong>de</strong> resumen, mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> sistema dinámico, aplicación Web, presentación multimedia.<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

En muchos centros <strong>de</strong> control don<strong>de</strong> se gestiona el comportamiento <strong>de</strong> sistemas dinámicos por medio <strong>de</strong><br />

re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sensores están interesados no sólo en las interpretaciones <strong>de</strong> la evolución <strong>de</strong> las magnitu<strong>de</strong>s físicas,<br />

sino también en los posibles <strong>de</strong>scriptores <strong>de</strong> fenómenos y evolución <strong>de</strong> éstos en el tiempo en forma <strong>de</strong> resúmenes<br />

<strong>de</strong> comportamiento <strong>de</strong> sistemas dinámicos [11]. Numerosas aplicaciones informáticas usan diariamente<br />

técnicas <strong>de</strong> generación <strong>automática</strong> <strong>de</strong> resumen <strong>de</strong> información para personalizar resultados a necesida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> usuarios. Siendo Internet una <strong>de</strong> las principales fuentes <strong>de</strong> información, es cada vez más necesaria la existencia<br />

<strong>de</strong> aplicaciones Web que generen <strong>automática</strong>mente resúmenes <strong>de</strong> comportamiento <strong>de</strong> sistemas dinámicos,<br />

para ser usados en tareas <strong>de</strong> toma <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisión. Esta <strong>de</strong>manda es aplicable a centros <strong>de</strong> control <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s<br />

(tales como gubernamentales o <strong>de</strong> protección civil) don<strong>de</strong> se monitorizan sistemas dinámicos, como por<br />

ejemplo una cuenca hidrográfica, una red <strong>de</strong> carreteras, etc. En el caso específico <strong>de</strong> una cuenca hidrográfica,<br />

el comportamiento <strong>de</strong> sus componentes a lo largo <strong>de</strong>l tiempo pue<strong>de</strong> representarse en forma <strong>de</strong> series temporales.<br />

Estos valores se obtienen con la ayuda <strong>de</strong> sensores que envían periódicamente valores cuantitativos<br />

correspondientes a lluvia, niveles <strong>de</strong> embalses, caudales <strong>de</strong> ríos, etc. Cuando la complejidad y número <strong>de</strong><br />

estas medidas es alta, pue<strong>de</strong> ser útil disponer <strong>de</strong> una forma <strong>de</strong> presentación resumida que facilite la interpretación<br />

a<strong>de</strong>cuada <strong>de</strong> estos datos a los diversos <strong>de</strong>stinatarios <strong>de</strong> la información (operadores <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> control,<br />

responsables <strong>de</strong> diversas instituciones locales o nacionales para gestión <strong>de</strong> la respuesta, etc.). Así, las<br />

herramientas automatizadas <strong>de</strong> generación <strong>de</strong> resumen y <strong>de</strong> presentación <strong>de</strong> información pue<strong>de</strong>n ayudar a<br />

minimizar los tiempos <strong>de</strong> respuesta ante la presencia <strong>de</strong> emergencias. Recientemente, los problemas <strong>de</strong> generación<br />

<strong>automática</strong> <strong>de</strong> resumen <strong>de</strong> información y <strong>de</strong> presentación <strong>de</strong> información han sido abordados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la<br />

perspectiva <strong>de</strong> la Inteligencia artificial [9], [10], [17]. En el caso particular <strong>de</strong> la generación <strong>automática</strong> <strong>de</strong><br />

resumen <strong>de</strong> información <strong>de</strong> comportamiento el problema presenta una cierta complejidad que normalmente<br />

requiere conocimiento acerca <strong>de</strong>l sistema dinámico [18].<br />

83


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

En este artículo se presenta la herramienta MSB (Multimedia Summarizer of Behavior) como una contribución<br />

a la creciente necesidad <strong>de</strong> herramientas <strong>de</strong> generación <strong>de</strong> resumen <strong>de</strong> comportamiento <strong>de</strong> un sistema<br />

dinámico en la Web. MSB ha sido <strong>de</strong>sarrollado en el Departamento <strong>de</strong> Inteligencia Artificial <strong>de</strong> la Facultad<br />

<strong>de</strong> Informática <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> Politécnica <strong>de</strong> Madrid. MSB es uno <strong>de</strong> los resultados <strong>de</strong>l proyecto EVIR-<br />

TUAL financiado por el Ministerio <strong>de</strong> Educación y Ciencia <strong>de</strong> España. MSB ha sido implementado en el<br />

dominio hidrológico y cuenta con un generador automático <strong>de</strong> presentaciones multimedia para ser mostradas<br />

en un entorno Web. MSB i<strong>de</strong>ntifica cuál es la información relevante <strong>de</strong> todos los componentes <strong>de</strong>l sistema<br />

dinámico, creando presentaciones en un lenguaje asequible y adaptado a las características <strong>de</strong>l usuario. MSB<br />

está concebido <strong>de</strong> forma que pue<strong>de</strong> recibir datos <strong>de</strong> comportamiento <strong>de</strong> diversas fuentes, locales o remotos<br />

importados <strong>de</strong> diferentes servidores Web. El resto <strong>de</strong> este artículo está organizado <strong>de</strong> la siguiente forma: en<br />

la sección 2 se <strong>de</strong>scribe <strong>de</strong> forma general la arquitectura <strong>de</strong> MSB, la sección 3 <strong>de</strong>scribe la aplicación en el<br />

dominio hidrológico y al final se presenta una discusión en don<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacan las contribuciones <strong>de</strong> la propuesta.<br />

2. ARQUITECTURA<br />

En el contexto <strong>de</strong> la gestión <strong>de</strong> sistemas dinámicos (como es por ejemplo una cuenca hidrográfica) es importante<br />

disponer <strong>de</strong> información a<strong>de</strong>cuada y a tiempo para la toma <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiones. El objetivo <strong>de</strong> la herramienta<br />

MSB es presentar información relevante acerca <strong>de</strong>l comportamiento <strong>de</strong> un sistema dinámico, en un nivel<br />

a<strong>de</strong>cuado <strong>de</strong> agregación, con información complementaria que ayu<strong>de</strong> a compren<strong>de</strong>r los hechos <strong>de</strong> interés y<br />

acor<strong>de</strong> a las necesida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> los procesos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisión. Esta información pue<strong>de</strong> presentarse <strong>de</strong> diferentes formas:<br />

texto, gráficos, imágenes 2D o animaciones 3D, y dispuesta en una página Web <strong>de</strong>l centro o en dispositivos<br />

como por ejemplo un teléfono móvil, un or<strong>de</strong>nador, fax, etc. MSB se ha diseñado siguiendo metodologías<br />

<strong>de</strong> diseño <strong>de</strong> sistemas basados en el conocimiento <strong>de</strong> forma que la arquitectura se ha concebido con un<br />

conjunto <strong>de</strong> tareas y métodos que usan conocimiento específico <strong>de</strong>l dominio [20]. En concreto, el sistema<br />

realiza dos tareas principales: (1) selección <strong>de</strong> información relevante y (2) generación <strong>de</strong>l plan <strong>de</strong> presentación.<br />

Para realizar dichas tareas el sistema dispone principalmente <strong>de</strong> dos mo<strong>de</strong>los específicos <strong>de</strong>l dominio:<br />

(1) mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l sistema dinámico y (2) mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> presentación. Seguidamente se presentan la forma cada uno<br />

<strong>de</strong> estos dos mo<strong>de</strong>los (más <strong>de</strong>talles sobre este diseño se pue<strong>de</strong>n consultar en [17] y [18]).<br />

2.1 El mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l Sistema Dinámico<br />

MSB dispone <strong>de</strong> conocimiento aproximado sobre el sistema dinámico en forma <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> la estructura y<br />

el comportamiento <strong>de</strong> dicho sistema. El diseño <strong>de</strong>l lenguaje <strong>de</strong> representación para dicho mo<strong>de</strong>lo ha sido<br />

inspirado en propuestas <strong>de</strong>l campo <strong>de</strong> la física cualitativa [2], [14] representaciones basadas en dispositivos o<br />

componentes [5] y en ontologías <strong>de</strong> sistemas dinámicos [6], [13]. La representación que maneja MSB contempla<br />

jerarquías <strong>de</strong> componentes C = {Cj}, don<strong>de</strong> cada componente posee atributos que representan magnitu<strong>de</strong>s<br />

físicas y estados cualitativos. La estructura <strong>de</strong>l sistema se establece con relaciones entre los diversos<br />

componentes (por ejemplo, relaciones <strong>de</strong>l tipo es-un, es-parte-<strong>de</strong>, etc.). En un <strong>de</strong>terminado momento un<br />

componente Cj <strong>de</strong> C presenta un estado cualitativo que pue<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>tallado con magnitu<strong>de</strong>s físicas Q1,.., Qn.<br />

El mo<strong>de</strong>lo incluye la forma en que se <strong>de</strong>termina el estado cualitativo <strong>de</strong> cada componente a partir <strong>de</strong> las<br />

magnitu<strong>de</strong>s físicas o a partir <strong>de</strong> los estados <strong>de</strong> otros componentes. Un parámetro es una tupla <strong>de</strong>l tipo P =<br />

que representa una entidad física <strong>de</strong>finida por un componente Ci, una magnitud (caudal,<br />

calor, etc.), opcionalmente una función Fi (el promedio, un máximo temporal, etc.) y una referencia<br />

temporal Ti (valores numéricos que representan un instante o intervalos que simboliza un lapso <strong>de</strong> tiempo).<br />

El mo<strong>de</strong>lo incluye también una vista simplificada <strong>de</strong>l comportamiento <strong>de</strong>l sistema representado con relaciones<br />

causales entre magnitu<strong>de</strong>s físicas <strong>de</strong> los componentes. Estas relaciones <strong>de</strong>finidas <strong>de</strong> forma similar que<br />

en [12] pue<strong>de</strong>n representar leyes físicas o características <strong>de</strong> comportamiento <strong>de</strong>l componente y pue<strong>de</strong>n incluir<br />

niveles como referencias temporales acerca <strong>de</strong> retardos causales o tipos <strong>de</strong> influencias [8]. En <strong>de</strong>talle, una<br />

relación causal entre una magnitud X <strong>de</strong>l componente C1 y otra Y <strong>de</strong>l componente C2 se representa con los<br />

predicados cause_type(C1, X, C2, Y, F) y cause(C1, X, C2, Y, R) en don<strong>de</strong> F es un tipo <strong>de</strong><br />

función (monótona creciente o <strong>de</strong>creciente) y R es el tiempo <strong>de</strong> retardo entre la causa y el efecto. Para <strong>de</strong>ter-<br />

84


minar qué eventos resultan relevantes, se maneja un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> relevancia. Se consi<strong>de</strong>ra que un hecho es<br />

relevante si produce un cambio (en el presente o en el futuro cercano) en la distancia entre el estado actual<br />

<strong>de</strong>l sistema dinámico y los estados <strong>de</strong>seados, establecidos según los objetivos <strong>de</strong> gestión <strong>de</strong>l sistema dinámico.<br />

Con el fin <strong>de</strong> evitar realizar simulaciones (lo que en la práctica requiere manejar un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l sistema<br />

más <strong>de</strong>tallado y, por tanto, <strong>de</strong> mayor coste <strong>de</strong> formulación) se utiliza un mo<strong>de</strong>lo aproximado <strong>de</strong> relevancia<br />

expresado mediante un enfoque heurístico. Se manejan criterios para establecer un or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> prioridad entre<br />

eventos relevantes, formulados como sentencias condicionales que expresan que ciertos estados <strong>de</strong> un componente<br />

son más relevantes que los estados <strong>de</strong> otros componentes cuando se cumplen ciertas condiciones<br />

sobre el estado <strong>de</strong>l sistema dinámico. Por ejemplo, en general el estado <strong>de</strong> lluvia fuerte es más prioritario que<br />

el estado <strong>de</strong> lluvia débil. Sin embargo, en el caso particular <strong>de</strong> que la lluvia fuerte se produzca aguas arriba<br />

<strong>de</strong> un embalse <strong>semi</strong>vacío <strong>de</strong> gran capacidad pue<strong>de</strong> resultar menos relevante que una situación <strong>de</strong> lluvia débil<br />

en zona <strong>de</strong>sprotegida con previsión <strong>de</strong> fuerte tormenta.<br />

La estrategia <strong>de</strong> inferencia para seleccionar y resumir la información relevante recibe como entrada datos<br />

<strong>de</strong> comportamiento expresados en series temporales <strong>de</strong> valores cuantitativos (medidos por sensores) para<br />

generar interpretaciones <strong>de</strong> comportamiento <strong>de</strong> cada componente. Después, se genera lo que se <strong>de</strong>nomina un<br />

árbol resumen que contiene una representación particular <strong>de</strong> la información más relevante. La construcción<br />

<strong>de</strong> este árbol sigue los siguientes pasos: (1) obtener el estado cualitativo <strong>de</strong> cada componente, (2) seleccionar<br />

los estados cualitativos relevantes, (3) establecer un or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> prioridad por interés <strong>de</strong> dichos estados, (4)<br />

eliminar los estados causa o efecto <strong>de</strong>l conjunto <strong>de</strong> estados <strong>de</strong> interés y (5) con<strong>de</strong>nsar mediante agregación<br />

estados <strong>de</strong> componentes sencillos para producir estados <strong>de</strong> componentes más globales. La figura 1 muestra<br />

un ejemplo <strong>de</strong> árbol resumen generado en el dominio <strong>de</strong> hidrología para expresar un estado generalizado <strong>de</strong><br />

ríos con caudales importantes en la zona <strong>de</strong>l sur <strong>de</strong> España, <strong>de</strong>jando en segundo plano otro estado generalizado<br />

<strong>de</strong> lluvias en otras regiones <strong>de</strong> España.<br />

state(río-guadalhorce,<br />

caudal-importante)<br />

state(cuenca-sur,<br />

caudal-importante-en-ríos)<br />

<strong>de</strong>talle<br />

state(río-limonero,<br />

caudal-importante)<br />

state(aforo-1-ríostate(aforo-2-ríoguadalhorce,guadalhorce, caudal-importante) caudal-importante)<br />

state(aforo-3-ríostate(aforo-2-ríolimonero,limonero, caudal-importante) caudal-importante)<br />

2.2 El Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Presentación<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

state(sur-españa,<br />

caudal-importante-en-ríos)<br />

state(cuenca-guadalquivir,<br />

caudal-importante-en-ríos)<br />

state(río-tinto, state(río-odiel,<br />

caudal-importante) caudal-importante)<br />

state(aforo-5-río-tinto,<br />

caudal-importante)<br />

state(aforo-6-río-odiel,<br />

caudal-importante)<br />

state(cuenca-júcar,<br />

lluvia-fuerte)<br />

state(area-serpis,<br />

lluvia-fuerte)<br />

state(aforo-10-río-odiel,<br />

caudal-importante)<br />

Figura 1. Ejemplo <strong>de</strong> árbol resumen en el dominio <strong>de</strong> hidrología.<br />

adicional<br />

<strong>de</strong>talle<br />

state(area-turia,<br />

lluvia-fuerte)<br />

Una vez generada la información relevante, se necesita <strong>de</strong>terminar cómo presentar la información <strong>de</strong> forma<br />

a<strong>de</strong>cuada a (1) las características <strong>de</strong>l usuario (por ejemplo, nivel técnico, usuario general, etc.) y el dispositivo<br />

<strong>de</strong> comunicación <strong>de</strong> que dispone (teléfono móvil, fax, etc.) y (2) las necesida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> información (frecuencia<br />

<strong>de</strong> reporte <strong>de</strong> información, nivel <strong>de</strong> <strong>de</strong>talle, etc.). Para este fin, MSB incluye un planificador jerárquico<br />

que <strong>de</strong>termina la forma y <strong>de</strong>talle <strong>de</strong> la presentación. La construcción <strong>de</strong>l plan se concibe como la confección<br />

<strong>de</strong> un discurso utilizando patrones en don<strong>de</strong> cada patrón es una plantilla prediseñada con parte <strong>de</strong>l discurso.<br />

La combinación <strong>de</strong> las diversas partes <strong>de</strong>l discurso se establece mediante patrones <strong>de</strong> más alto nivel que<br />

incluyen relaciones retóricas [15] (por ejemplo, <strong>de</strong>talle, contraste, causa, etc.). La totalidad <strong>de</strong> los patrones<br />

constituyen la base <strong>de</strong> conocimiento <strong>de</strong>l planificador <strong>de</strong> la presentación. Se maneja un planificador HTN<br />

(Hierarchical Task Planning) [3] en don<strong>de</strong> cada tarea correspon<strong>de</strong> a un objetivo comunicativo y cada método<br />

<strong>de</strong>l plan correspon<strong>de</strong> a un patrón <strong>de</strong> discurso. Un patrón es un conjunto <strong>de</strong> sub-objetivos comunicativos<br />

85


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

que correspon<strong>de</strong>n a las relaciones retóricas contempladas en el mo<strong>de</strong>lo. La base <strong>de</strong> conocimientos <strong>de</strong>l planificador<br />

también incluye operadores para objetivos comunicativos básicos (los que no pue<strong>de</strong>n ser subdivididos),<br />

estos operadores son implementados como primitivas <strong>de</strong> presentación en lenguaje natural y funciones<br />

especializadas para componer las animaciones 3D.<br />

frase<br />

cerca <strong>de</strong>l<br />

<strong>de</strong>sbordamiento<br />

frase_subtitular_<br />

caudal_estable<br />

frase<br />

el caudal en <br />

se mantiene<br />

estable<br />

titular_caudal_al_<br />

límite_río(I)<br />

frase_titular_<br />

caudal_al_<br />

límite_río<br />

frase_subtitular<br />

_respecto_<br />

hora_anterior<br />

frase_subtitular_<br />

caudal_aumenta<br />

frase<br />

en la última hora<br />

el caudal <strong>de</strong>l río<br />

aumenta<br />

<strong>de</strong>tallar_caudal_<br />

al_ límite_río(I)<br />

animación_<br />

caudal_al_<br />

límite_río<br />

comunicación_<br />

gráfica<br />

1.i<strong>de</strong>ntificarsituación()<br />

frase_subtitular_<br />

caudal_<br />

disminuye<br />

frase<br />

en la última hora<br />

el caudal <strong>de</strong>l río<br />

disminuye<br />

contrastar_caudal<br />

_al_ límite_río(I)<br />

frase_caudal_<br />

estable<br />

generar presentación<br />

presentación (I)<br />

presentación<br />

recursiva<br />

presentación_caudal_al_<br />

límite_río<br />

frase_<strong>de</strong>tralle<br />

_ caudal_al_<br />

límite_río<br />

frase<br />

en el río a su paso<br />

por se registra un<br />

caudal <strong>de</strong> m3/seg<br />

frase<br />

por lo que se<br />

mantiene estable<br />

respecto a la<br />

hora anterior<br />

contar_<br />

causas(I)<br />

frase_caudal_<br />

aumenta<br />

frase<br />

lo que supone<br />

un incremento<br />

<strong>de</strong> m3/<br />

seg<br />

presentación (J)<br />

frase_compara<br />

_caudal_respe<br />

cto_la_hora_a<br />

nterior<br />

contar_<br />

efectos(I)<br />

animación_frase_<strong>de</strong>talle_caudal_<br />

límite_río<br />

frase_caudal_<br />

disminuye<br />

frase<br />

lo que supone<br />

una reducción <strong>de</strong><br />

m3/seg.<br />

con respecto a la<br />

hora anterior<br />

Figura 2. Ejemplo parcial <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo HTN <strong>de</strong> patrones <strong>de</strong> discurso.<br />

contar_<br />

predicción(I)<br />

frase_caudal_<br />

contraste_habitual<br />

frase<br />

el caudal habitual en<br />

este punto <strong>de</strong>l río es<br />

m3/seg<br />

comunicación_<br />

gráfica<br />

1.asociar-conanterior<br />

(,)<br />

2.valorarsituación<br />

(,)<br />

La salida generada en esta planificación es un plan <strong>de</strong> presentación con la información <strong>de</strong> <strong>de</strong>talle <strong>de</strong> cada<br />

elemento <strong>de</strong>l árbol resumen. Este plan es construido <strong>de</strong> forma recursiva (figura 2), en cada paso se realizan<br />

dos tareas: generar texto y generar mandatos 3D. En la primera (generar texto) se seleccionan los patrones <strong>de</strong><br />

discurso a<strong>de</strong>cuados, se adiciona la información complementaria y se refina el objetivo comunicativo con subobjetivos<br />

comunicativos, usando el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l sistema conjuntamente con el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> agregación. En la<br />

segunda tarea se construye el árbol <strong>de</strong> funciones especializadas usadas en la generación <strong>de</strong> la presentación.<br />

3. LA APLICACIÓN EN EL DOMINIO HIDROLÓGICO<br />

El método antes <strong>de</strong>scrito se ha implementado para trabajar con datos <strong>de</strong> los sistemas SAIH (Sistema Automático<br />

<strong>de</strong> Información Hidrológica) <strong>de</strong> los centros <strong>de</strong> control <strong>de</strong> las Confe<strong>de</strong>raciones Hidrológicas <strong>de</strong> España.<br />

Los datos <strong>de</strong> entrada a MSB son episodios hidrológicos con una duración <strong>de</strong> T horas (por ejemplo T = 24<br />

horas) con medidas <strong>de</strong> lluvias, niveles <strong>de</strong> embalses y caudales en diferentes puntos <strong>de</strong> interés <strong>de</strong> una cuenca.<br />

En MSB el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l sistema dinámico incluye componentes básicos: estación pluviométrica, aforos <strong>de</strong><br />

ríos, embalses, don<strong>de</strong> se mi<strong>de</strong>n las magnitu<strong>de</strong>s: lluvia, caudal, nivel <strong>de</strong> llenado respectivamente. Los valores<br />

correspondientes a estas magnitu<strong>de</strong>s son recogidos por sensores y enviados <strong>automática</strong> y periódicamente a<br />

los centros <strong>de</strong> control. En un nivel más general se tienen componentes que agrupan a los anteriores: área <strong>de</strong><br />

lluvia, río y cuenca. El componente más general es la cuenca. Adicionalmente se tienen las relaciones estructurales<br />

entre estos componentes, así como relaciones causales sobre comportamientos individuales y generales.<br />

El hecho <strong>de</strong> interés más prioritario en este mo<strong>de</strong>lo correspon<strong>de</strong> a los daños. Así, <strong>de</strong> forma general, el<br />

or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> interés en fenómenos que pue<strong>de</strong>n ocurrir en la cuenca queda <strong>de</strong>terminado <strong>de</strong> la forma siguiente:<br />

86<br />

…..


daños > caudal > volumen > lluvia > previsión-<strong>de</strong>-lluvia. A<strong>de</strong>más se dispone <strong>de</strong> reglas heurísticas para expresar<br />

excepciones a este or<strong>de</strong>n general y ór<strong>de</strong>nes <strong>de</strong> prioridad <strong>de</strong> más <strong>de</strong>talle para estados particulares.<br />

Para generar el resumen, el planificador construye un discurso con las acciones comunicativas titular,<br />

contar <strong>de</strong>talle, contrastar, contar causas, contar efectos y contar predicción. El texto resumen queda estructurado<br />

con (1) un título con información agregada <strong>de</strong>l hecho más relevante y opcionalmente un subtítulo con<br />

información que complementa la anterior y (2) un cuerpo <strong>de</strong> texto con información <strong>de</strong>tallada y con información<br />

para compren<strong>de</strong>r y contextualizar dichos <strong>de</strong>talles (por ejemplo, contraste con medidas históricas, causas,<br />

efectos y predicción). Para ello, se manejan plantillas <strong>de</strong> texto con lenguaje <strong>de</strong>l área hidrológica. Cada plantilla<br />

se compone <strong>de</strong> texto fijo relativo a uno o más objetivos comunicativos y variables generales que son instanciadas<br />

con valores cuantitativos que reflejan magnitu<strong>de</strong>s físicas <strong>de</strong>l sistema. La selección <strong>de</strong> estas plantillas<br />

se produce según el proceso <strong>de</strong> búsqueda jerárquico que realiza el planificador <strong>de</strong> acuerdo con las condiciones<br />

<strong>de</strong> aplicabilidad <strong>de</strong> cada patrón <strong>de</strong> discurso. Los tipos <strong>de</strong> usuario consi<strong>de</strong>rados son general y técnico.<br />

Entre las características <strong>de</strong>l primero está el hecho <strong>de</strong> que requiere enten<strong>de</strong>r las situaciones, pero no participa<br />

en la toma <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiones, en contraparte, el usuario técnico requiere información más <strong>de</strong>tallada y con lenguaje<br />

más técnico. Esta información, unida a las impuestas por las características <strong>de</strong> los dispositivos <strong>de</strong> recepción<br />

<strong>de</strong> información (fax, teléfono móvil, or<strong>de</strong>nador, etc.) y a las particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l sistema,<br />

guían la búsqueda <strong>de</strong> operadores <strong>de</strong>l planificador. En total se han consi<strong>de</strong>rado 289 patrones <strong>de</strong> discurso (<strong>de</strong><br />

alto nivel, plantillas <strong>de</strong> texto o plantillas <strong>de</strong> animación gráfica.<br />

Para generar las presentaciones 3D, MSB contempla la comunicación con un motor <strong>de</strong> visualización propio<br />

que contiene las estrategias <strong>de</strong> presentación y una base <strong>de</strong> datos cartográfica para la generación <strong>de</strong> presentaciones<br />

3D sobre terrenos virtuales. Esta base <strong>de</strong> datos incluye mo<strong>de</strong>los digitales <strong>de</strong> elevación <strong>de</strong> terrenos,<br />

información vectorial (carreteras, puntos hidrográficos <strong>de</strong> interés, ciuda<strong>de</strong>s, etc.) y ortofotografías. En<br />

particular, tal como se muestra en la figura 3, el planificador genera el plan <strong>de</strong> presentación utilizando la base<br />

<strong>de</strong> conocimiento HTN con los patrones <strong>de</strong> discurso y lo transmite al motor gráfico quien produce la presentación<br />

haciendo uso <strong>de</strong> información geográfica que gestiona el módulo <strong>de</strong> información geográfica.<br />

Mo<strong>de</strong>lo HTN<br />

patrones <strong>de</strong><br />

discurso<br />

árbol resumen<br />

planificador <strong>de</strong><br />

presentaciones<br />

plan <strong>de</strong><br />

presentación<br />

motor gráfico<br />

presentación<br />

dinámica<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

información<br />

geográfica<br />

sistema <strong>de</strong><br />

información<br />

geográfica<br />

información<br />

<strong>de</strong> elevación<br />

imágenes<br />

información<br />

vectorial<br />

Figura 3. Módulos <strong>de</strong> presentación y ejemplo parcial <strong>de</strong> secuencia <strong>de</strong> presentación 3D generada pos MSB.<br />

La figura 4 muestra un ejemplo <strong>de</strong> la página Web en don<strong>de</strong> se presentan resultados <strong>de</strong>l proceso realizado<br />

por MSB. En la parte izquierda <strong>de</strong> la pantalla <strong>de</strong> la figura 4 se pue<strong>de</strong>n observar ejemplos <strong>de</strong> las series temporales<br />

<strong>de</strong> las magnitu<strong>de</strong>s hidrológicas medidas. Estas magnitu<strong>de</strong>s representan la entrada <strong>de</strong> datos que pue<strong>de</strong>n<br />

ser obtenidas <strong>de</strong> otros servidores Web existentes en las Confe<strong>de</strong>raciones Hidrológicas (<strong>automática</strong>mente o<br />

mediante la opción importar datos). La opción generar resumen consi<strong>de</strong>ra las preferencias especificadas<br />

(tipo <strong>de</strong> usuario y medio: fax, sms, etc.) para la difusión <strong>de</strong> la información. La región central <strong>de</strong> la página<br />

Web contiene la presentación <strong>de</strong> MSB (en texto o como animación 3D).<br />

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4. DISCUSIÓN<br />

Figura 4. Interfaz Web <strong>de</strong> MSB.<br />

Dentro <strong>de</strong>l campo <strong>de</strong> la Inteligencia Artificial existen propuestas que presentan ciertas similitu<strong>de</strong>s con la<br />

solución propuesta por la herramienta MSB. En líneas generales, uno <strong>de</strong> los temas <strong>de</strong> investigación relacionados<br />

que ha recibido interés en los últimos años es el problema <strong>de</strong> resumir textos [7]. En este caso la información<br />

<strong>de</strong> partida es un texto fuente (en uno o varios documentos) y el resultado es un texto resumido que<br />

señala los puntos más importantes <strong>de</strong> la información <strong>de</strong> partida. Las soluciones aportadas en este campo<br />

utilizan principalmente técnicas estadísticas para selección <strong>de</strong> información relevante y algoritmos específicos<br />

para resolver problemas <strong>de</strong> incoherencia y falta <strong>de</strong> homogeneidad en los resúmenes generados. En comparación<br />

con estas soluciones, MSB está especializado en comportamiento <strong>de</strong> sistemas dinámicos y utiliza un<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l dominio para generar el resumen. A diferencia <strong>de</strong> los métodos basados en enfoques estadísticos,<br />

el uso <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l dominio permite que los resúmenes generados puedan incluir agregaciones y abstracciones<br />

no presentes en los datos <strong>de</strong> partida. A<strong>de</strong>más, los datos <strong>de</strong> MSB son series temporales y los resultados<br />

son, a<strong>de</strong>más <strong>de</strong> texto, presentaciones gráficas animadas en escenarios <strong>de</strong> tres dimensiones.<br />

Se han <strong>de</strong>sarrollado también generadores <strong>de</strong> resúmenes con mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> dominio [5]. Dentro <strong>de</strong> este tipo<br />

<strong>de</strong> aplicaciones se pue<strong>de</strong>n citar propuestas específicas como por ejemplo un sistema para generar resúmenes<br />

en texto <strong>de</strong> partes meteorológicos [1] o ILEX para la <strong>de</strong>scripción en lenguaje natural <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte [19].<br />

En comparación con estas propuestas, el planteamiento <strong>de</strong> MSB es más general dado que no está comprometido<br />

con un dominio específico y no está restringido sólo a texto dado que ofrece a<strong>de</strong>más presentaciones<br />

multimedia. En esta línea, se pue<strong>de</strong> citar también el sistema SumTime [21] para generar sentencias a partir <strong>de</strong><br />

datos <strong>de</strong> series temporales. SumTime es una solución más general que se ha aplicado a dominios <strong>de</strong> meteorología,<br />

turbinas <strong>de</strong> gas y cuidado intensivo en medicina. MSB, en comparación con SumTime, genera no sólo<br />

sentencias resumen sino que incluye también <strong>de</strong>scripciones que permiten una más completa comprensión <strong>de</strong>l<br />

hecho <strong>de</strong> interés a<strong>de</strong>más <strong>de</strong> presentaciones multimedia.<br />

88


MSB presenta también similitu<strong>de</strong>s con herramientas capaces <strong>de</strong> generar explicaciones sobre comportamiento<br />

<strong>de</strong> sistemas dinámicos para ser utilizadas en aplicaciones educativas o <strong>de</strong> diagnóstico [5]. Dichas<br />

soluciones se basan principalmente en el manejo <strong>de</strong> un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>tallado <strong>de</strong>l sistema dinámico que permite<br />

realizar simulación <strong>de</strong>l comportamiento. Esto tiene el inconveniente <strong>de</strong> requerir un mayor coste en la construcción<br />

<strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l sistema. En el caso <strong>de</strong> MSB, dado que el objetivo es resumir información relevante y<br />

no diagnosticar o dar una explicación <strong>de</strong>tallada, se maneja un mo<strong>de</strong>lo aproximado <strong>de</strong>l sistema, más sencillo<br />

<strong>de</strong> construir que los sistemas que generan explicaciones, lo cual es una ventaja para ser aplicado en sistemas<br />

dinámicos <strong>de</strong> gran volumen <strong>de</strong> información con diversidad <strong>de</strong> componentes y estructuras complejas.<br />

MSB se ha construido como resultado <strong>de</strong>l proyecto <strong>de</strong> investigación EVIRTUAL que se <strong>de</strong>sarrolló durante<br />

tres años en la <strong>Universidad</strong> Politécnica <strong>de</strong> Madrid y el Centro <strong>de</strong> Estudios y Experimentación <strong>de</strong> Obras<br />

Públicas (CEDEX). La utilidad práctica <strong>de</strong> MSB se verificó mediante aplicación al dominio <strong>de</strong> hidrología<br />

<strong>de</strong>sarrollando un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ríos <strong>de</strong> cuencas españolas. La versión <strong>de</strong>sarrollada <strong>de</strong> MSB operó <strong>de</strong> forma<br />

experimental con el fin <strong>de</strong> <strong>de</strong>mostrar la vali<strong>de</strong>z <strong>de</strong> la solución propuesta. En la evaluación se manejaron<br />

conjuntos <strong>de</strong> episodios <strong>de</strong> diversas situaciones hidrológicas con medidas cuantitativas correspondientes a<br />

sensores (caudal en secciones <strong>de</strong> río, lluvia, nivel <strong>de</strong> embalses, etc.) y, mediante participación <strong>de</strong> expertos <strong>de</strong>l<br />

dominio hidrológico, se verificó que los resúmenes generados eran correctos y satisfactorios <strong>de</strong> acuerdo con<br />

los objetivos planteados.<br />

5. CONCLUSIONES<br />

La herramienta MSB que se <strong>de</strong>scribe en este artículo aporta una solución para generación <strong>automática</strong> <strong>de</strong><br />

resúmenes multimedia sobre comportamiento <strong>de</strong> un sistema dinámico haciendo uso técnicas <strong>de</strong>l campo <strong>de</strong> la<br />

Inteligencia Artificial. Entre las contribuciones principales <strong>de</strong> MSB se pue<strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar (1) la generalidad <strong>de</strong> la<br />

propuesta para ser aplicada a sistemas dinámicos complejos que pue<strong>de</strong>n enten<strong>de</strong>rse como una estructura <strong>de</strong><br />

componentes con influencias causales, (2) el menor coste <strong>de</strong> construcción <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l sistema en comparación<br />

con otras soluciones existentes en el campo <strong>de</strong> la Inteligencia Artificial para generar explicaciones <strong>de</strong>l<br />

comportamiento <strong>de</strong> sistemas dinámicos, (3) la posibilidad <strong>de</strong> generar resúmenes que se presentan en formato<br />

multimedia (texto, gráficos y animaciones sobre escenarios 3D).<br />

Las ventajas <strong>de</strong> la solución aportada por MSB hacen que sea apropiada para ser utilizada en contextos<br />

WWW para resumir gran<strong>de</strong>s volúmenes <strong>de</strong> información cuantitativa sobre sistemas complejos así como para<br />

una mejor difusión <strong>de</strong> la información a un mayor número <strong>de</strong> usuarios. Por sus características, la herramienta<br />

MSB pue<strong>de</strong> ser usada para ayudar en tareas específicas como interpretación <strong>de</strong> datos <strong>de</strong> sensores, alerta temprana<br />

y seguimiento <strong>de</strong> la evolución <strong>de</strong>l comportamiento <strong>de</strong> sistemas en situaciones <strong>de</strong> emergencia, entrenamiento<br />

<strong>de</strong> equipos humanos responsables <strong>de</strong> la gestión <strong>de</strong> sistemas complejos, divulgación <strong>de</strong> información a<br />

diferentes <strong>de</strong>stinatarios haciendo uso <strong>de</strong> lenguajes adaptados a cada tipo <strong>de</strong> usuario y análisis <strong>de</strong> resultados<br />

<strong>de</strong> simuladores <strong>de</strong> sistemas complejos para ser utilizados en toma <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiones.<br />

La versión actual <strong>de</strong> la herramienta MSB es una versión experimental que ha servido para verificar la<br />

a<strong>de</strong>cuación y utilidad la solución propuesta sobre dominios complejos (tal como es el dominio hidrológico).<br />

Como consecuencia <strong>de</strong>l resultado satisfactorio <strong>de</strong> la evaluación <strong>de</strong> la herramienta, las activida<strong>de</strong>s en este<br />

campo en el propio grupo <strong>de</strong> investigación se orientan al <strong>de</strong>sarrollo e instalación futura <strong>de</strong> la herramienta en<br />

un contexto WWW para interpretación y divulgación <strong>de</strong> información en el área medioambiental.<br />

AGRADECIMIENTOS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

El trabajo <strong>de</strong>scrito en este artículo se realizó con financiación <strong>de</strong>l Ministerio <strong>de</strong> Educación y Ciencia <strong>de</strong> España,<br />

como parte <strong>de</strong>l proyecto EVIRTUAL (REN2003-09021-C03-02), con participación <strong>de</strong> la Dirección<br />

General <strong>de</strong>l Agua <strong>de</strong>l Ministerio <strong>de</strong> Medio Ambiente <strong>de</strong> España, quien suministró información relacionada al<br />

dominio hidrológico. En este proyecto participaron también como equipos investigadores el Departamento<br />

<strong>de</strong> Ingeniería Civil: Hidráulica y Energética <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> Politécnica <strong>de</strong> Madrid y el Centro <strong>de</strong> Estudios<br />

y Experimentación <strong>de</strong> Obras Públicas (CEDEX).<br />

89


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

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90


DISEÑO DE UNA HERRAMIENTA PARA EL<br />

DESARROLLO DE APLICACIONES WEB BASADAS EN<br />

STRUTS<br />

A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> Bianchini, Ricardo Blanch, Maruja Ortega, Ascán<strong>de</strong>r Suárez<br />

Dpto. <strong>de</strong> Computación y Tecnología <strong>de</strong> la Información<br />

<strong>Universidad</strong> Simón Bolívar - Caracas, Venezuela<br />

{abianc, bricardo, mof, suarez}@ldc.usb.ve<br />

RESUMEN<br />

En este artículo se presenta una herramienta <strong>de</strong> apoyo para el diseño y <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> aplicaciones Web basadas en Struts.<br />

La herramienta se apoya en una metodología que a partir <strong>de</strong> la i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> los casos <strong>de</strong> uso conduce a la <strong>de</strong>scripción<br />

<strong>de</strong>l controlador <strong>de</strong> la aplicación mediante un grafo <strong>de</strong> control <strong>de</strong> flujo <strong>de</strong>nominado grafo Struts. Este se construye a partir<br />

<strong>de</strong> las Vistas y Acciones <strong>de</strong>finidas en Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento que <strong>de</strong>scriben los casos <strong>de</strong> Uso <strong>de</strong> la aplicación. La<br />

herramienta facilita la construcción <strong>de</strong> las JSP y las clases que implementan las Vistas y Acciones, genera a partir <strong>de</strong>l<br />

grafo Struts el servlet correspondiente al controlador <strong>de</strong> la aplicación y provee facilida<strong>de</strong>s para la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> datos<br />

vivos y datos persistentes. Adicionalmente, la herramienta genera productos que forman parte <strong>de</strong> la documentación <strong>de</strong> la<br />

aplicación.<br />

PALABRAS CLAVE<br />

Ambientes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo Web, MVC, Struts.<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

El diseño <strong>de</strong> aplicaciones Web es una tarea compleja que requiere <strong>de</strong> la integración <strong>de</strong> diferentes métodos y<br />

técnicas, e involucra una gran variedad <strong>de</strong> tecnologías. En el caso <strong>de</strong> aplicaciones basadas en Java esto<br />

incluye HTML, JSP, JavaScript, XML, Enterprise JavaBeans, Java Database Connectivity (JDBC), entre<br />

otras. Algunas <strong>de</strong> estas tecnologías son utilizadas para manejar elementos <strong>de</strong> presentación y otras para<br />

resolver lo relacionado con la funcionalidad <strong>de</strong> la aplicación. Ambos aspectos requieren <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s<br />

bastante diferentes <strong>de</strong> parte <strong>de</strong>l <strong>de</strong>sarrollador, lo que conduce a la necesidad <strong>de</strong> una separación <strong>de</strong> tareas.<br />

Esta separación <strong>de</strong> tareas es una <strong>de</strong> las principales razones por la que el patrón <strong>de</strong> diseño <strong>de</strong> arquitectura<br />

MVC (Mo<strong>de</strong>l – View – Controller) [14], se ha establecido como uno <strong>de</strong> los paradigmas más ampliamente<br />

utilizados para el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> aplicaciones en Internet. Las principales ventajas <strong>de</strong> este patrón son la clara<br />

separación entre las capas <strong>de</strong> presentación y <strong>de</strong> aplicación, lo cual facilita el hacer modificaciones a la<br />

presentación sin afectar la lógica <strong>de</strong>l negocio y viceversa, su adaptabilidad a distintos tipos <strong>de</strong> vistas y<br />

usuarios, y la posibilidad <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo por distintos equipos con diferentes habilida<strong>de</strong>s, reduciendo así costos<br />

y tiempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo.<br />

Entre las distintas implementaciones <strong>de</strong>l patrón MVC, una <strong>de</strong> las más conocidas y difundidas, es el<br />

framework o ambiente <strong>de</strong> trabajo Struts [12], <strong>de</strong>sarrollado sobre la plataforma J2EE [7]. Esta herramienta<br />

aporta una infraestructura para el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> aplicaciones Web que facilita la separación entre la<br />

presentación y la lógica <strong>de</strong> la aplicación, así como la integración entre ambas capas, <strong>de</strong>jando en manos <strong>de</strong>l<br />

programador especializado la implementación <strong>de</strong> la lógica <strong>de</strong>l negocio, almacenamiento y acceso a los datos.<br />

En una aplicación Web basada en Struts, el eje central lo constituye el controlador, siendo este elemento<br />

el encargado <strong>de</strong> recibir las solicitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> los clientes (las Vistas) y <strong>de</strong> distribuirlas a los distintos elementos <strong>de</strong><br />

la aplicación que se encargarán <strong>de</strong> dar respuesta a estas solicitu<strong>de</strong>s (las Acciones). Las Acciones establecen la<br />

conexión con los elementos que implementan la lógica <strong>de</strong>l negocio y el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> datos (el Mo<strong>de</strong>lo),<br />

obteniendo las respuestas que <strong>de</strong>be dar el sistema a los requerimientos <strong>de</strong>l usuario. Una vez obtenida la<br />

respuesta, el controlador <strong>de</strong>termina la Vista mediante la cual se mostrará la respuesta al usuario.<br />

91


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Los distintos componentes <strong>de</strong>l patrón MVC se implementan en Struts haciendo uso fundamentalmente <strong>de</strong>:<br />

• páginas JSP para implementar las Vistas,<br />

• un servlet <strong>de</strong> control (clase Java que se ejecuta en un servidor Web como capa intermedia entre<br />

una solicitud proveniente <strong>de</strong> un browser u otro cliente HTTP y una aplicación en el servidor<br />

HTTP) que controla la relación entre las Vistas y el Mo<strong>de</strong>lo,<br />

• Action Classes <strong>de</strong> Java que implementan las Acciones o puntos <strong>de</strong> entrada hacia el Mo<strong>de</strong>lo,<br />

• Form Beans, clases particulares <strong>de</strong> Java utilizadas para comunicar los datos entre el Mo<strong>de</strong>lo y<br />

las Vistas.<br />

Para representar el controlador <strong>de</strong> una aplicación, cuando se trabaja con Struts, se propone una<br />

representación gráfica mediante un grafo al estilo <strong>de</strong> los grafos utilizados en MyEclipse© [11]. Este grafo lo<br />

<strong>de</strong>nominamos “grafo Struts”, siguiendo lo propuesto en [1]. En este grafo los nodos correspon<strong>de</strong>n a las Vistas<br />

y a las Acciones, y los arcos representan la comunicación entre estos nodos, y están etiquetados con<br />

componentes <strong>de</strong> datos (formas) que establecen cómo se comunican entre sí las Vistas y las Acciones y qué<br />

tipo <strong>de</strong> información intercambia la aplicación con sus usuarios.<br />

Una vez elaborado el grafo Struts se tiene la información relevante necesaria para completar un archivo<br />

XML <strong>de</strong>nominado struts-config.xml utilizado por Struts para parametrizar el servlet que implementa el<br />

controlador.<br />

Para diseñar una aplicación Web basada en Struts se requiere <strong>de</strong> metodologías que tomen en<br />

consi<strong>de</strong>ración las características propias <strong>de</strong>l diseño para la Web, que se adapten al patrón MVC, y que<br />

aprovechen las facilida<strong>de</strong>s que brinda Struts. La metodología propuesta en [1] se ajusta a los requerimientos<br />

antes <strong>de</strong>scritos.<br />

En este trabajo se presenta el diseño <strong>de</strong> una herramienta, <strong>de</strong>sarrollada con licencia <strong>de</strong> software libre, que<br />

sirve <strong>de</strong> soporte a esta metodología, para obtener el diseño <strong>de</strong> la aplicación, expresado mediante el grafo<br />

Struts, y a partir <strong>de</strong> éste parametrizar el controlador <strong>de</strong> la misma. En otras palabras, esta herramienta está<br />

orientada a facilitar el proceso <strong>de</strong> diseño, previo al <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> la aplicación.<br />

La herramienta se está <strong>de</strong>sarrollando en ambiente web ya que, en un futuro cercano, se prevé la<br />

posibilidad <strong>de</strong> integrarle un ambiente colaborativo, <strong>de</strong> forma que los diseñadores involucrados en un diseño<br />

puedan compartir recursos, <strong>de</strong>finiciones <strong>de</strong> diagramas, formas y otros componentes. La herramienta incluye<br />

a<strong>de</strong>más otras facilida<strong>de</strong>s para apoyar la implementación <strong>de</strong> la aplicación diseñada. Igualmente es posible su<br />

combinación con distintos ambientes <strong>de</strong> trabajo existentes en el mercado, basados en Struts, entre los cuales<br />

po<strong>de</strong>mos mencionar Expresso© [6], Exa<strong>de</strong>l Struts Studio© [2], MyEclipse© [11], MDE© [10] que buscan<br />

facilitar la labor <strong>de</strong>l <strong>de</strong>sarrollador. Éstos, en general, requieren <strong>de</strong> una <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong>l controlador, y facilitan<br />

la implementación <strong>de</strong> las Vistas (páginas) así como las Acciones (clases). La herramienta que se presenta en<br />

este trabajo aporta una facilidad adicional al proveer al <strong>de</strong>sarrollador el apoyo para el diseño <strong>de</strong>l controlador<br />

que refleja la esencia <strong>de</strong> la aplicación basada en Struts.<br />

El resto <strong>de</strong>l artículo está estructurado <strong>de</strong> la siguiente forma: en la sección 2 se <strong>de</strong>scribe brevemente la<br />

metodología, en la sección 3 se <strong>de</strong>scribe la herramienta propuesta y algunos <strong>de</strong>talles <strong>de</strong> la implementación.<br />

Finalmente en la última sección se exponen las conclusiones sobre el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> la herramienta.<br />

2. DESCRIPCIÓN DE LA METODOLOGÍA<br />

La metodología <strong>de</strong>scrita en [1] está orientada al diseño <strong>de</strong> la interacción entre el usuario y el sistema en una<br />

aplicación Web implementada bajo el patrón MVC utilizando Struts. El proceso parte <strong>de</strong> la formulación <strong>de</strong>l<br />

problema planteado y conduce a la <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong> las Vistas que es necesario crear para manejar la<br />

interacción entre los usuarios y la aplicación, a una especificación <strong>de</strong> lo que <strong>de</strong>ben hacer las Acciones y<br />

finalmente a la elaboración <strong>de</strong>l grafo Struts <strong>de</strong> la aplicación. En la Figura 1 se muestran en forma<br />

esquemática los pasos <strong>de</strong> la metodología los cuales se <strong>de</strong>tallan a continuación.<br />

92<br />

Figura 1. Esquema general <strong>de</strong> la metodologia


Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

I<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> uso: es similar al <strong>de</strong> otras metodologías, por ejemplo RUP [9] para <strong>de</strong>sarrollo<br />

<strong>de</strong> sistemas y consiste en la i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> los casos <strong>de</strong> uso <strong>de</strong>l sistema, incluyendo para cada caso una<br />

<strong>de</strong>scripción textual, precondición y postcondición.<br />

Elaboración <strong>de</strong> Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento: consiste en la elaboración <strong>de</strong> diagramas que mo<strong>de</strong>lan<br />

la dinámica e interacción <strong>de</strong> los actores (usuario y sistema) para cada Caso <strong>de</strong> Uso. Estos diagramas conjugan<br />

información temporal, cursos alternos, y relaciones entre usuarios y sistema.<br />

Un diagrama <strong>de</strong> comportamiento estará compuesto por:<br />

• nodos Usuario: <strong>de</strong>scriben las acciones que <strong>de</strong>ben ejecutar los usuarios en su interacción con el sistema,<br />

• nodos Sistema: <strong>de</strong>scriben las acciones que <strong>de</strong>be ejecutar el sistema en respuesta a los requerimientos<br />

<strong>de</strong>l usuario,<br />

• flechas que representan comunicaciones entre usuario y sistema.<br />

El diagrama <strong>de</strong> comportamiento constituye un grafo bipartito, con los nodos separados en dos columnas:<br />

Usuario y Sistema. Los cursos alternos estarán reflejados por distintas flechas etiquetadas que parten <strong>de</strong> un<br />

mismo nodo.<br />

Los nodos <strong>de</strong> Usuario se completan luego con “formas”, para agrupar la información que se intercambia<br />

entre el usuario y el sistema.<br />

La <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong> una forma constará <strong>de</strong> un nombre que la i<strong>de</strong>ntifica y <strong>de</strong> una colección <strong>de</strong> campos que<br />

incluyen:<br />

• Campos <strong>de</strong> entrada, don<strong>de</strong> los datos fluyen <strong>de</strong>s<strong>de</strong> las vistas hacia el sistema.<br />

• Campos <strong>de</strong> salida, don<strong>de</strong> los datos fluyen <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el sistema hacia las vistas.<br />

• Campos <strong>de</strong> entrada-salida, don<strong>de</strong> los datos fluyen en ambas direcciones.<br />

• El nombre <strong>de</strong> un nodo Sistema correspondiente a una salida <strong>de</strong> un nodo Usuario.<br />

I<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> Vistas y Acciones: consiste en la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> los elementos <strong>de</strong>l grafo Struts. Los<br />

nodos <strong>de</strong>l grafo son <strong>de</strong> dos tipos: Vistas y Acciones. Las Vistas se obtienen <strong>de</strong> los nodos Usuario y las<br />

Acciones <strong>de</strong> los nodos Sistema, <strong>de</strong>finidos durante la elaboración <strong>de</strong> los diagramas <strong>de</strong> comportamiento. Las<br />

Vistas se construyen como páginas JSP a partir <strong>de</strong> las colecciones <strong>de</strong> formas asociadas a los nodos Usuario.<br />

Los arcos <strong>de</strong>l grafo Struts y sus etiquetas se <strong>de</strong>rivan <strong>de</strong> las flechas <strong>de</strong>l diagrama <strong>de</strong> comportamiento, <strong>de</strong> la<br />

relación entre las Vistas y los nodos Usuario y <strong>de</strong> la relación entre las Acciones y los nodos Sistema. Los<br />

arcos Vista Acción se etiquetan con el i<strong>de</strong>ntificador <strong>de</strong> la forma que contiene los datos que se transmiten a<br />

la Acción.<br />

Elaboración <strong>de</strong>l grafo Struts: se elabora con la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> las Vistas, las Acciones y los arcos entre<br />

ellas. Este grafo contiene la información relevante requerida en Struts para parametrizar el controlador <strong>de</strong> la<br />

aplicación en el archivo struts-config.xml. Igualmente, esta información es utilizada para construir<br />

las páginas JSP que implementan las Vistas, así como la parte esencial <strong>de</strong> las Action Classes que<br />

implementan las Acciones. En la Tabla 1 se muestran <strong>de</strong> forma resumida los pasos propuestos para alcanzar<br />

el diseño <strong>de</strong>l grafo Struts <strong>de</strong> una aplicación.<br />

Tabla 1. Pasos <strong>de</strong> la metodología<br />

Pasos <strong>de</strong> la Metodología<br />

1. I<strong>de</strong>ntificar los Casos <strong>de</strong> Uso <strong>de</strong>l sistema, incluyendo en cada caso una <strong>de</strong>scripción textual, precondición y postcondición <strong>de</strong><br />

cada uno.<br />

2. Elaborar los Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento asociados a cada Caso <strong>de</strong> Uso <strong>de</strong>l sistema.<br />

3. Para cada Diagrama <strong>de</strong> Comportamiento:<br />

3.1. Definir las Formas asociadas a los nodos Usuario <strong>de</strong>l Diagrama <strong>de</strong> Comportamiento. Incluir salidas.<br />

3.2. Combinar las formas obtenidas en 3.1 para producir formar compuestas, integrando incluso formas <strong>de</strong> nodos Usuario <strong>de</strong><br />

diagramas correspondientes a diferentes Casos <strong>de</strong> Uso.<br />

4. Definir los nodos Vista <strong>de</strong>l grafo Struts a partir <strong>de</strong> las formas resultantes <strong>de</strong>l paso 3.2.<br />

5. Definir los nodos Acción a partir <strong>de</strong> los nodos Sistema <strong>de</strong>l Diagrama <strong>de</strong> Comportamiento, integrando posiblemente, acciones<br />

asociadas a nodos <strong>de</strong> Sistema <strong>de</strong> Diagramas correspondientes a diferentes Casos <strong>de</strong> Uso. Agregar las salidas <strong>de</strong> los casos <strong>de</strong><br />

falla.<br />

6. Definir los arcos <strong>de</strong>l grafo Struts en base a las flechas <strong>de</strong>l Diagrama <strong>de</strong> Comportamiento, las relaciones entre las vistas y los<br />

nodos <strong>de</strong> Usuario y entre las acciones y los nodos <strong>de</strong> Sistema.<br />

7. Elaborar el grafo Struts <strong>de</strong> la aplicación en función <strong>de</strong> las Vistas, las Acciones y los arcos <strong>de</strong>finidos en los pasos 4, 5 y 6.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

3. DESCRIPCIÓN DE LA HERRAMIENTA<br />

3.1 Diseño <strong>de</strong> la Herramienta<br />

La herramienta que se presenta en este trabajo tiene como finalidad apoyar el diseño e implementación <strong>de</strong><br />

aplicaciones Web en ambiente Struts. Esta herramienta se diseñó siguiendo la metodología [1] <strong>de</strong>scrita en la<br />

sección 2, y a su vez se está <strong>de</strong>sarrollando en ambiente Web basado en Struts y haciendo uso <strong>de</strong> otras<br />

tecnologías como Hibernate© [5] para el manejo <strong>de</strong> la persistencia <strong>de</strong> datos y SVG [13] para la visualización<br />

<strong>de</strong> los diagramas requeridos en la aplicación.<br />

La primera versión, disponible a partir <strong>de</strong> julio 2007, correspon<strong>de</strong> al diseño <strong>de</strong> las funcionalida<strong>de</strong>s básicas<br />

y contiene lo necesario para: crear diseños, dividirlos en casos <strong>de</strong> uso y asociarles Diagramas <strong>de</strong><br />

Comportamiento con sus respectivos nodos usuario y sistema a cada uno <strong>de</strong> ellos, diseñar la representación<br />

persistente <strong>de</strong> los datos a utilizar, así como los datos por sesión y los datos vivos <strong>de</strong> la aplicación, asociar a<br />

cada nodo sistema la colección <strong>de</strong> datos que tiene a su disposición para cumplir con su cometido, asociar a<br />

cada nodo usuario Vistas y objetos <strong>de</strong> acceso <strong>de</strong> datos para comunicar la información entre la aplicación y<br />

sus usuarios al momento <strong>de</strong> la ejecución (ver Tabla 2).<br />

Tabla 2. Funcionalida<strong>de</strong>s básicas y complementarias<br />

Funcionalida<strong>de</strong>s básicas Funcionalida<strong>de</strong>s complementarias<br />

1. Crear y editar nuevo diseño: <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong>l problema<br />

1. Diseñar estructuras <strong>de</strong> datos persistentes lo<br />

2. Crear, editar y listar casos <strong>de</strong> uso: <strong>de</strong>sglose <strong>de</strong>l problema en casos <strong>de</strong> uso cual permite completar información entre un<br />

3. Definir Diagrama <strong>de</strong> Comportamiento: En este proceso se <strong>de</strong>stacan las<br />

nodo Sistema (Acciones) incluyendo<br />

siguientes tareas:<br />

operaciones <strong>de</strong> lectura/escritura para<br />

• Crear y Editar Nodos Usuario<br />

interactuar con el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> datos.<br />

• Crear y Editar Nodos Sistema<br />

2. Diseñar versiones más elaboradas <strong>de</strong> las<br />

• Crear y Editar conexiones entre nodos (salidas)<br />

Vistas y más facilida<strong>de</strong>s para completar el<br />

Se produce el esqueleto <strong>de</strong> la aplicación con todos los elementos, a<br />

cuerpo (código) <strong>de</strong> las Acciones.<br />

excepción <strong>de</strong> los form beans.<br />

3. Crear, modificar y eliminar variables <strong>de</strong><br />

4. Crear Formas (<strong>de</strong>finir Vistas <strong>de</strong>l grafo Struts y form beans)<br />

sesión.<br />

5. Completar el archivo struts-config.xml.<br />

4. Crear, modificar y eliminar entida<strong>de</strong>s e<br />

6. Generar el esqueleto <strong>de</strong> las acciones.<br />

interrelaciones en el Mo<strong>de</strong>lo.<br />

Como resultado <strong>de</strong>l diseño se produce el esqueleto <strong>de</strong> una aplicación Web que contiene el archivo <strong>de</strong><br />

configuración Struts, las vistas JSP, los objetos <strong>de</strong> acceso <strong>de</strong> datos, la representación <strong>de</strong> datos persistentes en<br />

Hibernate [5] para crear la base <strong>de</strong> datos y acce<strong>de</strong>r a ellos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> las acciones, los esqueletos <strong>de</strong> las acciones<br />

incluyendo el inicio y cierre <strong>de</strong> la sesión <strong>de</strong> acceso a los datos persistentes. La herramienta propuesta soporta<br />

cada uno <strong>de</strong> los pasos <strong>de</strong> la metodología para el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> una aplicación.<br />

3.2 Estado Actual <strong>de</strong> la Herramienta<br />

En esta sección se <strong>de</strong>tallan las principales características y aspectos funcionales <strong>de</strong> la herramienta, y se<br />

ilustran con algunas Vistas <strong>de</strong>l prototipo que se encuentra en <strong>de</strong>sarrollo.<br />

3.2.1 Creación <strong>de</strong> Diseños y Casos <strong>de</strong> Uso<br />

Al crearse un diseño se pue<strong>de</strong> incluir información general que se utilizará para la documentación <strong>de</strong> la<br />

aplicación e iniciar el <strong>de</strong>sglose <strong>de</strong> ésta en casos <strong>de</strong> uso. Una vez listados los casos <strong>de</strong> uso, se pue<strong>de</strong> pasar a<br />

diseñar en <strong>de</strong>talle cada uno <strong>de</strong> ellos, o editar cualquiera <strong>de</strong> los ya creados (Figura 2).<br />

3.2.2 Creación <strong>de</strong> Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento<br />

Un Diagrama <strong>de</strong> Comportamiento está asociado a un Caso <strong>de</strong> Uso. El diseño <strong>de</strong> un Diagrama <strong>de</strong><br />

Comportamiento compren<strong>de</strong> la <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong>tallada <strong>de</strong> la interacción entre el usuario y la aplicación<br />

mediante la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> nodos Usuario, los nodos Sistemas y los arcos entre ellos.<br />

Los Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento pue<strong>de</strong>n conectar nodos <strong>de</strong> diferentes casos <strong>de</strong> uso. Si bien la división<br />

en casos <strong>de</strong> uso no es estrictamente necesaria y un diseño podría realizarse con un solo caso <strong>de</strong> uso con un<br />

gran diagrama, resulta mucho más claro y práctico al momento <strong>de</strong> la implementación disponer <strong>de</strong> la<br />

estructuración lógica brindada por la división <strong>de</strong>l diseño en casos <strong>de</strong> uso específicos (Figura 3).<br />

94


Figura 2. Creación <strong>de</strong> Caso <strong>de</strong> Uso y Lista <strong>de</strong> Casos <strong>de</strong> Uso<br />

Figura 3. Diagrama <strong>de</strong> Comportamiento<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Especificación <strong>de</strong> nodos Usuario<br />

Al <strong>de</strong>tallar el diseño <strong>de</strong> los diagramas <strong>de</strong> comportamiento, se incluye la información correspondiente a los<br />

datos que la aplicación envía al usuario así como <strong>de</strong> la estructura <strong>de</strong> la información que los usuarios pue<strong>de</strong>n<br />

aportar a la aplicación.<br />

La información que la aplicación envía al usuario se especifica mediante objetos <strong>de</strong> acceso <strong>de</strong> datos. Para<br />

especificar la estructura <strong>de</strong> la información que la aplicación solicita <strong>de</strong>l usuario se utilizan formas. La<br />

herramienta dispone <strong>de</strong> mecanismos para crear estas formas en los nodos Usuario y especificar los campos<br />

que las componen. Con esta información se crea el código JSP <strong>de</strong> la Vista y el objeto <strong>de</strong> acceso <strong>de</strong> datos que<br />

permitirá utilizar en un nodo Sistema la información recopilada en la Vista. A<strong>de</strong>más <strong>de</strong> la forma, en la<br />

<strong>de</strong>finición <strong>de</strong>l nodo Usuario se incluye su nombre y datos para la documentación (Figura 4).<br />

Especificación <strong>de</strong> nodos Sistema<br />

En los nodos Sistema se realizan las Acciones <strong>de</strong> la aplicación. Para ello se dispone <strong>de</strong> datos vivos y<br />

persistentes, así como <strong>de</strong> los datos que pue<strong>de</strong>n provenir <strong>de</strong> un nodo Usuario prece<strong>de</strong>nte en el grafo. En el<br />

caso <strong>de</strong> los datos persistentes, en cada nodo Sistema se indica si los datos utilizados serán modificados o no.<br />

Como resultado <strong>de</strong> la Acción <strong>de</strong>l nodo Sistema, pue<strong>de</strong>n haberse realizado cambios en los datos o pue<strong>de</strong><br />

haberse generado una condición <strong>de</strong> error.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Figura 4. Elaboración <strong>de</strong> Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento – (Nodo Usuario – Vista – Formas)<br />

En el diseño <strong>de</strong> la aplicación, a cada nodo Sistema se le pue<strong>de</strong> especificar los datos a los que tiene acceso<br />

y pares <strong>de</strong> salidas posibles con las estructuras <strong>de</strong> datos asociadas. Otra información requerida para <strong>de</strong>finir un<br />

nodo Sistema incluye el nombre <strong>de</strong>l nodo, datos para la documentación, precondiciones y postcondiciones<br />

por salida (Figura 5).<br />

Elaboración <strong>de</strong><br />

Diagramas <strong>de</strong><br />

Comportamiento<br />

En la herramienta<br />

Paso 5 <strong>de</strong> la metodología<br />

Figura 5 - Elaboración <strong>de</strong> Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento - (Creación Nodo Sistema - Acción)<br />

Figura 5. Elaboración <strong>de</strong> Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento – (Creación Nodo Sistema - Acción)<br />

Es posible incluir el código en Java <strong>de</strong> la Acción asociada al nodo Sistema, pero en la versión inicial <strong>de</strong> la<br />

herramienta, éste es simplemente guardado como un campo <strong>de</strong> texto para su posterior inclusión en el código<br />

generado a partir <strong>de</strong>l diseño.<br />

Conexiones<br />

Para establecer las conexiones (arcos) <strong>de</strong>l diagrama <strong>de</strong> comportamiento se <strong>de</strong>be indicar en cada nodo<br />

(Usuario y/o Sistema) correspondiente al extremo inicial <strong>de</strong> un arco, los respectivos nodos terminales,<br />

96


conjuntamente con la información requerida en cada caso. En las conexiones entre distintos casos <strong>de</strong> uso se<br />

<strong>de</strong>be especificar el caso al que pertenece el nodo terminal.<br />

3.2.3 Sobre los Datos Vivos<br />

Si bien el protocolo HTTP es un protocolo "sin estado" y cada solicitud enviada por un navegador es<br />

in<strong>de</strong>pendiente <strong>de</strong> la anterior, el mecanismo <strong>de</strong> "cookies" permite respon<strong>de</strong>r a una solicitud en el contexto <strong>de</strong><br />

la solicitud anterior enviada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el mismo navegador. Para que la aplicación Web mantenga este contexto,<br />

se utilizan datos <strong>de</strong> sesión, que se mantienen mientras dure cada interacción <strong>de</strong> un usuario con la aplicación.<br />

A nivel <strong>de</strong>l diseño se pue<strong>de</strong> especificar, bajo la forma <strong>de</strong> listas <strong>de</strong> pares (nombre, clase asociada), las<br />

estructuras <strong>de</strong> datos que se mantienen durante una sesión con el usuario. Estas estructuras son creadas y<br />

utilizadas para cada diálogo que se establezca entre un usuario y la aplicación, y no trascien<strong>de</strong>n entre<br />

diferentes ejecuciones <strong>de</strong> la aplicación.<br />

Igualmente, es posible mantener estructuras <strong>de</strong> datos compartidos entre las diferentes sesiones <strong>de</strong> la<br />

aplicación que se mantienen en paralelo mediante el uso <strong>de</strong> estructuras <strong>de</strong> datos especificadas a nivel <strong>de</strong>l<br />

diseño como listas <strong>de</strong> pares (nombre, clase asociada), llamadas datos <strong>de</strong> aplicación.<br />

Los datos <strong>de</strong> sesión y <strong>de</strong> aplicación son "conceptualmente" mantenidos en la memoria viva <strong>de</strong> la<br />

aplicación, mientras ella se ejecute, y pue<strong>de</strong>n ser utilizados a conveniencia en los casos <strong>de</strong> uso.<br />

3.2.4 Sobre los Datos Persistentes<br />

En algunos casos, una aplicación Web se diseña como fachada <strong>de</strong> una aplicación existente. En ese caso,<br />

normalmente se interactúa con ella mediante una librería con las operaciones disponibles. En otros casos, la<br />

aplicación Web es también la aplicación completa, por lo que necesita <strong>de</strong>l uso y almacenamiento <strong>de</strong> datos<br />

persistentes, es <strong>de</strong>cir, <strong>de</strong> datos que son almacenados en una base <strong>de</strong> datos, y se mantienen <strong>de</strong> forma<br />

perdurable en el tiempo, para ser consultados y actualizados por la aplicación.<br />

A nivel <strong>de</strong> diseño, se pue<strong>de</strong> especificar el conjunto <strong>de</strong> colecciones <strong>de</strong> datos persistentes <strong>de</strong> la aplicación,<br />

<strong>de</strong> manera <strong>de</strong> ser utilizados en los casos <strong>de</strong> uso bajo el esquema <strong>de</strong> acceso propuesto por la herramienta<br />

Hibernate.<br />

La versión <strong>de</strong> base <strong>de</strong> la herramienta que se propone, permite <strong>de</strong>finir colecciones <strong>de</strong> datos bajo la forma<br />

<strong>de</strong> clases persistentes, asociarles una colección <strong>de</strong> campos y <strong>de</strong>finir su correspon<strong>de</strong>ncia con componentes <strong>de</strong><br />

una base <strong>de</strong> datos. Igualmente permite establecer tipos <strong>de</strong> relaciones uno-a-muchos y muchos-a-muchos entre<br />

colecciones. Otras combinaciones <strong>de</strong> representación <strong>de</strong> datos no están disponibles en esta versión <strong>de</strong> la<br />

herramienta.<br />

3.2.5 Generación <strong>de</strong> la Aplicación Prototipo<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

El diseño <strong>de</strong> los diagramas <strong>de</strong> comportamiento conduce a la generación <strong>de</strong>l archivo <strong>de</strong> configuración <strong>de</strong><br />

Struts (struts-config.xml) <strong>de</strong> la aplicación, incorporando los arcos <strong>de</strong> los diagramas <strong>de</strong><br />

comportamiento -<strong>de</strong> los casos <strong>de</strong> uso- y las formas <strong>de</strong> los nodos Usuario.<br />

El diseño <strong>de</strong> la estructura <strong>de</strong> datos persistente conlleva la generación <strong>de</strong> los archivos <strong>de</strong> configuración<br />

para que Hibernate [5] sirva <strong>de</strong> mediador con la base <strong>de</strong> datos en don<strong>de</strong> se almacenarán los datos persistentes<br />

y la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> operaciones para establecer conexiones y realizar transacciones con la base <strong>de</strong> datos.<br />

Del diseño <strong>de</strong> los nodos Usuario se generan archivos JSP con las formas correspondientes que<br />

implementan las Vistas <strong>de</strong> la aplicación. De los nodos Sistema se generan Acciones que contienen el acceso a<br />

los datos vivos, a los datos que provienen <strong>de</strong> un nodo Usuario, una conexión a la base <strong>de</strong> datos y el bloque <strong>de</strong><br />

transacción <strong>de</strong> base <strong>de</strong> datos cuando se ha indicado que habrá datos persistentes que pue<strong>de</strong>n ser modificados.<br />

En caso <strong>de</strong> haberse incluido el código Java <strong>de</strong> la Acción, éste se agrega al archivo <strong>de</strong> la Acción<br />

correspondiente.<br />

A todo esto se agregan los componentes necesarios en una aplicación Web, que incluyen entre otros, las<br />

librerías utilizadas, el archivo <strong>de</strong> configuración <strong>de</strong> la aplicación Web (web.xml) y los <strong>de</strong>scriptores <strong>de</strong> las<br />

librerías <strong>de</strong> marcas <strong>de</strong> Struts.<br />

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4. CONCLUSIONES<br />

La herramienta presentada constituye un aporte para el área <strong>de</strong> Ingeniería Web [8] al proveer mediante una<br />

interfaz gráfica y sencilla un soporte metodológico para el diseño <strong>de</strong> una aplicación en ambiente web.<br />

A<strong>de</strong>más, apoya la construcción <strong>de</strong> la aplicación basándose en los resultados <strong>de</strong>l diseño, tales como los<br />

diagramas <strong>de</strong> comportamiento, la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> las formas, <strong>de</strong> las Vistas y Acciones y el grafo Struts, que<br />

representa el controlador, a partir <strong>de</strong> los cuales se implementan los componentes <strong>de</strong> la aplicación. Si bien en<br />

el mercado existen productos comerciales que a partir <strong>de</strong> un diseño facilitan el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> aplicaciones<br />

web, la herramienta propuesta, escrita bajo licencia GNU-GPL[4], cubre la etapa <strong>de</strong> diseño y facilita el<br />

<strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> prototipos <strong>de</strong> aplicaciones web.<br />

Adicionalmente la herramienta genera productos que forman parte <strong>de</strong> la documentación <strong>de</strong> la aplicación,<br />

tales como la <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong>tallada <strong>de</strong> los casos <strong>de</strong> uso (Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento), <strong>de</strong>scripción<br />

<strong>de</strong>tallada <strong>de</strong> las formas, especificaciones <strong>de</strong> las Acciones y el grafo Struts. Todos estos productos pue<strong>de</strong>n<br />

también ser consultados a través <strong>de</strong> la herramienta. Incluye a<strong>de</strong>más un repositorio <strong>de</strong> diseños. La herramienta<br />

no da soporte directo para integrar a AJAX [3] en las Vistas, sin embargo es posible diseñar con los<br />

Diagramas <strong>de</strong> Comportamiento llamadas a realizar a través <strong>de</strong> AJAX .<br />

Entre las características que se irán incorporando a la herramienta se prevé la posibilidad <strong>de</strong> integrarle un<br />

ambiente colaborativo, <strong>de</strong> forma que los diseñadores involucrados en un diseño puedan compartir recursos,<br />

<strong>de</strong>finiciones <strong>de</strong> diagramas, formas y otros componentes. Igualmente se contempla la posibilidad <strong>de</strong> diseñar<br />

nuevas funcionalida<strong>de</strong>s a una aplicación web existente a partir <strong>de</strong> sus archivos <strong>de</strong> configuración.<br />

El <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> la herramienta se llevó a cabo utilizando la misma metodología que esta apoya, y se está<br />

implementando en J2EE, utilizando Struts, Hibernate, SVG y próximamente se utilizará AJAX.<br />

Un prototipo <strong>de</strong> la herramienta que obtenerse en http://gacela.labf.usb.ve/WebAppsWiki.<br />

RECONOCIMIENTO<br />

Este proyecto contó con el apoyo financiero <strong>de</strong>l Decanato <strong>de</strong> Investigación y Desarrollo <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong><br />

Simón Bolívar, DID-USB (Proy.IC-CAI-004-06). http://www.did.usb.ve Septiembre 2006/Septiembre 2007.<br />

REFERENCIAS<br />

Bianchini, A., Ortega, M., Suárez, A.: “Una Metodología <strong>de</strong> Diseño <strong>de</strong> Aplicaciones Web bajo el Patrón MVC”. Jornadas<br />

Chilenas <strong>de</strong> Computación - 2005. XIII Encuentro Chileno <strong>de</strong> Computación 2005. Valdivia, Chile, Noviembre 2005.<br />

Exa<strong>de</strong>l, Inc. “Exa<strong>de</strong>l Struts Studio”. http://www.exa<strong>de</strong>l.com/products_strutsstudio_professional.htm último acceso:<br />

03/2007.<br />

Garret, J. J. : “Ajax: A New Approach to Web Applications”.<br />

http://adaptivepath.com/publications/essays/archives/000385.php Último acceso: 03/2007.<br />

GNU General Public License. http://www.gnu.org/copyleft/gpl.html<br />

Hibernate: Relational Persistence for Java and .NET. http://www.hibernate.org/ Último acceso: 04/2007.<br />

Jcorporate Ltd. “Expresso Framework Project”. http://www.jcorporate.com/expresso.html Último acceso: 02/2007.<br />

J2EE: “Java 2 Platform, Enterprise Edition”. http://java.sun.com/j2ee/in<strong>de</strong>x.jsp Ultimo acceso: 04/2006<br />

Kappel, G., Próll, B., Reich, S., Retschitzegger, W.: “Web Engineering The Discipline of Systematic Development of<br />

Web Applications”. John Willey and Sons, 2006.<br />

Kruchten, P. :” The Rational Unified Process: An Introduction (2nd Edition). Addison-Wesley Professional, 2000.<br />

MDE for Struts. http://www.eclipse-plugins.info/eclipse/plugin_<strong>de</strong>tails.jsp?id=310 Último acceso: 04/2007.<br />

MyEclipse J2EE IDE – http://www.myeclipsei<strong>de</strong>.com/ Último acceso: 02/2007<br />

Struts Apache org: “The Apache Struts Web Application Framework”. http://struts.apache.org<br />

SVG: Scalable Vector Graphics (SVG). http://www.w3.org/Graphics/SVG/ Último acceso: 03/2007.<br />

Singh I., Stearns, B., Johnson, M., and the Enterprise Team: “Designing Enterprise Applications with the J2EE<br />

Platform”. http://java.sun.com/blueprints/gui<strong>de</strong>lines/<strong>de</strong>signing_enterprise_applications_2e/web-tier/web-tier.html<br />

98


UM MODELO ONTOLÓGICO PARA O CONTEXTO<br />

TURÍSTICO<br />

Salvador Lima 1<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologia e Gestão, Instituto Politécnico <strong>de</strong> Viana do Castelo<br />

Avenida do Atlântico, 4900-348 VIANA DO CASTELO<br />

salvador@estg.ipvc.pt<br />

José Moreira<br />

IEETA / Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Aveiro<br />

Campus Universitário <strong>de</strong> Santiago, 3810-193 AVEIRO<br />

jose.moreira@ua.pt<br />

RESUMO<br />

Os itinerários turísticos, como portfolio <strong>de</strong> objectos turísticos e <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>s, promovem a procura turística em<br />

resposta às necessida<strong>de</strong>s e motivações dos novos turistas da emergente socieda<strong>de</strong> “mosaico”. A web semântica é uma<br />

tecnologia emergente <strong>de</strong> múltiplas possibilida<strong>de</strong>s para melhorar a pesquisa <strong>de</strong> informação e que po<strong>de</strong> dar um importante<br />

contributo para a construção, o planeamento e a gestão <strong>de</strong> itinerários turísticos.<br />

Este artigo apresenta um mo<strong>de</strong>lo semântico para a representação <strong>de</strong> objectos turísticos baseado em três domínios<br />

complementares (temático, temporal e espacial) recorrendo à linguagem padronizada OWL. É dada especial atenção à<br />

formalização dos processos para a representação <strong>de</strong> conhecimento temporal e espacial, tendo em vista facilitar a<br />

interoperabilida<strong>de</strong> entre agentes <strong>de</strong> software e aplicação posterior <strong>de</strong> processos automáticos para auxiliar a construção <strong>de</strong><br />

itinerários turísticos.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

web semântica, turismo, ontologias, informação temporal, informação espacial.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Portugal como <strong>de</strong>stino turístico é caracterizado por um espaço territorial pequeno, dispondo, todavia, <strong>de</strong><br />

conteúdo histórico-cultural, paisagístico, climático e humano muito diversificado. Os responsáveis<br />

governamentais apostam no turismo como importante sector estratégico para o País, explorando a diversida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> condições favoráveis (clima, recursos culturais e naturais, entre outros atributos qualitativos), no sentido<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver produtos competitivos como sejam os itinerários turísticos (PENT, 2007, pp. 44-45, 62-63).<br />

No presente século, estamos a assistir a um novo processo <strong>de</strong> evolução social, cultural, económico e político<br />

a uma escala mais globalizante em que emergirão indivíduos que <strong>de</strong>sempenharão diversos papéis nos seus<br />

percursos <strong>de</strong> vida e em momentos diferentes que reflectirão no sistema turístico, dando origem a novas<br />

tipologias <strong>de</strong> turistas (SaeR, 2005, pp. 577-594).<br />

Este artigo apresenta uma contribuição para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> aplicações da web semântica orientada<br />

para a construção, o planeamento e a gestão <strong>de</strong> itinerários turísticos, aten<strong>de</strong>ndo à nova vaga <strong>de</strong> turistas mais<br />

exigentes, reivindicativos e evoluídos culturalmente. É proposto um mo<strong>de</strong>lo semântico <strong>de</strong> informação<br />

turística baseado em três dimensões: “o quê” (v.g. conteúdos museológicos dos museus, pratos típicos das<br />

populações não urbanas ou religiosida<strong>de</strong> das festivida<strong>de</strong>s), “quando” (v.g. horários <strong>de</strong> abertura dos museus e<br />

datas da realização <strong>de</strong> eventos ou festejos) e “on<strong>de</strong>” (v.g. localização dos sítios on<strong>de</strong> se realizam festivida<strong>de</strong>s<br />

religiosas ou localização das praias com ban<strong>de</strong>ira azul). Este mo<strong>de</strong>lo preten<strong>de</strong> assegurar um vocabulário<br />

comum e com uma semântica bem <strong>de</strong>finida para a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> objectos turísticos, <strong>de</strong> forma a permitir aos<br />

1 Trabalho <strong>de</strong>senvolvido no âmbito da medida 5 / acção 5.3 do PRODEP.<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

agentes <strong>de</strong> software utilizar as informações disponíveis na web <strong>de</strong> forma mais eficiente do que os sistemas <strong>de</strong><br />

busca actuais.<br />

Este artigo está organizado da seguinte forma. A secção 2 faz uma contextualização do trabalho,<br />

apresentando um exemplo <strong>de</strong> aplicação da web semântica no contexto turístico. A secção 3 apresenta o<br />

mo<strong>de</strong>lo semântico para o turismo e os principais fundamentos que estiveram na base da construção das<br />

ontologias propostas. A secção 4 apresenta uma breve discussão sobre as principais contribuições <strong>de</strong>ste<br />

trabalho relativamente a outros trabalhos relacionados. Finalmente, a secção 5 apresenta as conclusões do<br />

trabalho.<br />

2. TURISMO NO CONTEXTO DA WEB SEMÂNTICA<br />

Sendo a web semântica uma das áreas emergentes que procura, segundo Tim Berners-Lee, James Hendler e<br />

Ora Lassila (Berners-Lee, Hendler and Lassila, 2001) e Nigel Shadbolt, Tim Berners-Lee e Wendy Hall<br />

(Shadbolt, Berners-Lee and Hall, 2006), tornar a web mais usável, interoperável e consistente, como extensão<br />

da web sintáctica (actual), em que a informação é disponibilizada associada a <strong>metadados</strong> que explicitam a sua<br />

semântica promovendo a interoperabilida<strong>de</strong> entre agentes <strong>de</strong> software (machine-to-machine interoperability)<br />

sem, contudo, repercutir negativamente na facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exploração e utilização por agentes humanos<br />

(human-to-human cooperation). Actualmente, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar a web sintáctica como englobando um<br />

enorme inventário <strong>de</strong> objectos turísticos (praias, habitats naturais, potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fruição e lazer,<br />

festivida<strong>de</strong>s, artesanato, museus, entre outros) distribuídos por todo espaço que constitui a Web, sem<br />

qualquer forma <strong>de</strong> organização. Alguns objectos turísticos são mais facilmente acessíveis pelos motores <strong>de</strong><br />

busca convencionais (camada superficial da Web, <strong>de</strong>signada por surface web (Bergman, 2001) ou, ainda,<br />

in<strong>de</strong>xable web (Baeza-Yates, 2004)) enquanto que outros existirão armazenados em bases <strong>de</strong> dados e serão<br />

<strong>de</strong> acesso mais limitado <strong>de</strong>vido à dificulda<strong>de</strong> em in<strong>de</strong>xá-los (camada <strong>de</strong>ep web (Bergman, 2001) ou hid<strong>de</strong>n<br />

web (Baeza-Yates, 2004)). Quando procuramos, através dos motores <strong>de</strong> pesquisa, os nossos objectos<br />

turísticos predilectos, temos <strong>de</strong> usar a nossa estratégia humana para analisar e interpretar os documentos-web<br />

(web-pages), iteração a iteração, com vista a <strong>de</strong>scobrir, a extrair e a classificar os documentos-web mais<br />

relevantes sobre os objectos turísticos <strong>de</strong>sejados. Neste caso, as informações sobre os objectos turísticos estão<br />

escondidos nos referidos documentos-web, sendo os conteúdos estruturados por mecanismos <strong>de</strong> formatação e<br />

<strong>de</strong> visualização no formato HTML. Imaginemos o seguinte documento-web em HTML (Figura 1):<br />

Figura 1. Descrição sintáctica <strong>de</strong> uma página (HTML)<br />

O browser apresentará o texto com as especialida<strong>de</strong>s do restaurante em negrito, “Bacalhau à Margarida<br />

da Praça” e “Bacalhau à Sogra”, que é totalmente ina<strong>de</strong>quado para os agentes <strong>de</strong> software, uma vez que não<br />

existem informações adicionais capazes <strong>de</strong> ajudá-los a interpretar o sentido do texto ou das especialida<strong>de</strong>s em<br />

negrito; só, os agentes humanos dispõem da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ler e interpretar o conteúdo do documento-web.<br />

No cenário da web semântica, teremos um inventário estruturado <strong>de</strong> objectos turísticos em que cada<br />

objecto turístico está organizado <strong>de</strong> acordo com o seu enquadramento temático (museu, restaurante, romaria,<br />

praia, artesanato, entre outros temas), a sua <strong>de</strong>scritibilida<strong>de</strong> (características particulares dos objectos<br />

turísticos, por exemplo, para o restaurante temos o tipo <strong>de</strong> cozinha, as especialida<strong>de</strong>s gastronómicas, as<br />

facilida<strong>de</strong>s disponíveis para os turistas incapacitantes), a sua espacialida<strong>de</strong> (a localização geográfica do<br />

objecto turístico, a tipologia do lugar, entre outros aspectos relacionados com o espaço), a sua temporalida<strong>de</strong><br />

(horários <strong>de</strong> funcionamento, os dias da semana em que os serviços estão encerrados, entre outros aspectos<br />

temporais) e outros elementos organizacionais. Ou seja, a cada objecto turístico (documento-web) será<br />

vinculado a si um conjunto <strong>de</strong> informações adicionais não como novo conteúdo mas sim sobre o próprio<br />

conteúdo (os <strong>de</strong>nominados <strong>metadados</strong>). Para que os agentes <strong>de</strong> software, ao processar o documento-web,<br />

100


sejam capazes <strong>de</strong> reconhecer quais os conceitos e suas relações mais relevantes, teremos <strong>de</strong> adicionar o<br />

significado <strong>de</strong> restaurante (restaurant) e suas relações (hasRestaurantDescription, hasSpecialities,<br />

hasHoursOfOperation e hasLocation), <strong>de</strong> lugar (place) e <strong>de</strong> instante <strong>de</strong> tempo (instant). Assim, para o nosso<br />

exemplo do documento-web do restaurante, temos o seguinte conjunto <strong>de</strong> informações semânticas no formato<br />

RDF (Figura 2).<br />

Figura 2. Descrição semântica do conteúdo da página (RDF)<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O browser continuará a exibir o texto, <strong>de</strong>stacando as especialida<strong>de</strong>s do restaurante em negrito mas, os<br />

agentes <strong>de</strong> software, ao processar o documento-web com as informações semânticas, serão capazes <strong>de</strong><br />

enten<strong>de</strong>r que ‘Margarida da Praça’ é um restaurante e que fica no ‘Largo <strong>de</strong> 5 Outubro, 58’ da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Viana do Castelo (ou seja, enten<strong>de</strong>rão que Viana do Castelo é uma cida<strong>de</strong>), que “Bacalhau à Margarida da<br />

Praça” e “Bacalhau à Sogra” são especialida<strong>de</strong>s gastronómicas do restaurante e que o restaurante encerra ao<br />

domingo.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> associar informação semântica aos conteúdos da web sintáctica abre uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

novas vias para a exploração da Web, impulsionando o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> aplicações mais eficientes, mais<br />

modulares e mais usáveis, baseadas na interoperabilida<strong>de</strong> semântica; ou seja, uma vez criado um vocabulário<br />

comum e com semântica bem <strong>de</strong>finida, as aplicações que enten<strong>de</strong>m esse vocabulário serão capazes <strong>de</strong> se<br />

comunicar ou interoperar.<br />

A interoperabilida<strong>de</strong> semântica necessária para que os agentes <strong>de</strong> software possam usar eficientemente as<br />

informações disponíveis na Web é conseguida através das ontologias (Stu<strong>de</strong>r, Benjamins and Fensel, 1998).<br />

3. MODELO SEMÂNTICO PARA O TURISMO<br />

Os objectos turísticos (objectos <strong>de</strong> ou para o turismo) po<strong>de</strong>m ser contextualizados em três domínios <strong>de</strong><br />

informação: (i) do domínio temático, nomeadamente os valores intrínsecos e extrínsecos dos atractivos<br />

turísticos e dos <strong>de</strong>scritores turísticos; (ii) do domínio temporal tais como, os horários <strong>de</strong> funcionamento dos<br />

serviços turísticos ou a programação horária dos eventos festivos; e (iii) do domínio espacial como seja a<br />

localização geográfica dos atractivos turísticos ou o tipo <strong>de</strong> lugar on<strong>de</strong> se situam tais atractivos. Estes<br />

domínios <strong>de</strong> informação correspon<strong>de</strong>m a três dimensões semânticas das cinco propostas por Khai Truong,<br />

Gregory Abowd e Josan Brotherton (Truong, Abowd and Brotherton, 2001): (1) o quê (what), que objectos<br />

turísticos cumprem o espectro preferencial <strong>de</strong> cada turista e, também, que objectos po<strong>de</strong>m ser alternativas em<br />

situações não previsíveis <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> dos primeiros; (2) quando (when), os objectos turísticos po<strong>de</strong>m<br />

ser “consumidos” turisticamente <strong>de</strong>ntro dos seus horários previamente conhecidos ou <strong>de</strong>finidos; e (3) on<strong>de</strong><br />

(where), os objectos turísticos, não sendo transladáveis, possuem as suas localizações geográficas e as suas<br />

tipologias do lugar bem <strong>de</strong>finidas, permitindo aos turistas movimentarem-se na sua direcção. As restantes<br />

dimensões semânticas – quem (who) e como (how) −, sendo relevantes, não foram, todavia, objecto <strong>de</strong> estudo<br />

neste trabalho <strong>de</strong> investigação.<br />

Esta secção apresenta o mo<strong>de</strong>lo semântico proposto para o domínio turístico, <strong>de</strong>nominado por Semantic<br />

Mo<strong>de</strong>l for Tourism, que <strong>de</strong>screve as dimensões semânticas “o quê”, “quando” e “on<strong>de</strong>”, usando as ontologias<br />

como mecanismo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lação.<br />

O objectivo crucial da web semântica é <strong>de</strong>finir o significado dos recursos-web (nomeadamente as webpages<br />

contendo objectos turísticos) que po<strong>de</strong>mos encontrar na Web pelo que são necessárias diferentes<br />

camadas <strong>de</strong> representação, como mostra a Figura 3: (i) camada XML (estrutura dos dados das web-pages),<br />

(ii) camada RDF (significado dos dados) e (iii) camada OWL (acordo formal sobre o significado dos dados).<br />

Acrescenta-se, ainda, outras camadas não referenciadas na figura 3: camada SWRL (regras sobre os dados<br />

dotados com significado), camada SPARQL (pesquisa sobre os dados), camada proof (políticas <strong>de</strong><br />

estabelecimento <strong>de</strong> intercâmbio entre agentes) e camada trust (análise <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s sociais e questões <strong>de</strong><br />

segurança).<br />

3.1 Domínio Temático<br />

Os turistas quando escolhem um <strong>de</strong>stino turístico procuram <strong>de</strong>scodificar nos objectos turísticos das suas<br />

preferências os seus valores intrínsecos e extrínsecos e os seus impactos no meio envolvente, <strong>de</strong> forma a<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar, positivamente, novos conhecimentos e novas experiências sobre os lugares, as tradições e as<br />

gentes locais. O espectro preferencial dos turistas é muito diversificado: po<strong>de</strong>mos encontrar turistas que<br />

procuram na gastronomia, usando os saberes e os sabores, o meio <strong>de</strong> se socializar com outras gentes, nas<br />

festivida<strong>de</strong>s o modo <strong>de</strong> participar activamente nos festejos com as gentes locais, nos museus como geradores<br />

<strong>de</strong> novos conhecimentos sobre a história e as tradições do país ou da região, no artesanato como forma <strong>de</strong><br />

reviver as tradições e artes artesanais das populações locais, entre outros recursos.<br />

Para mo<strong>de</strong>lar os objectos turísticos referidos, são propostas várias ontologias para o domínio turístico: (1) handicraft<br />

ontology (trata-se <strong>de</strong> uma ontologia assente no triângulo artefacto artesanal (craft artefact), artesão (craftsman) e unida<strong>de</strong><br />

produtiva (craft production unit); o artefacto é classificado, segundo a sua matéria-prima primária (ceramics, wood,<br />

metal, entre outras categorias); o artesão possui as suas activida<strong>de</strong>s artesanais certificadas; e a unida<strong>de</strong> produtiva (local<br />

on<strong>de</strong> o artesão <strong>de</strong>senvolve a sua activida<strong>de</strong> artesanal); (2) museum ontology (procura-se nesta ontologia classificar os<br />

objectos museológicos, <strong>de</strong> acordo com as colecções temáticas permanentes e temporárias, assim como especificar o tipo<br />

102


Figura 3. data flow pipeline<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

<strong>de</strong> visitas, o horário <strong>de</strong> funcionamento e os serviços); (3) restaurant ontology (tenta-se nesta ontologia<br />

reutilizar alguns conceitos <strong>de</strong> restauração, propostos na ontologia baseada em DAML (Swoogle, 2005) e<br />

introduzir novas <strong>de</strong>finições (classificação dos restaurantes, recomendação, necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reserva, horário <strong>de</strong><br />

funcionamento, incluindo os dias <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso do pessoal, etc.); (4) festivity ontology (aborda-se nesta<br />

ontologia, classificando as festivida<strong>de</strong>s em festas cíclicas (cyclic festivities), festas cívicas (civic festivities) e<br />

festas laicas (laic popular festivities) e as suas respectivas durabilida<strong>de</strong>s (durações dos festejos); e (5) event<br />

ontology (procura-se nesta ontologia classificar os eventos (religious events, sportive events, leisure and<br />

recreation events, artistic and entretainment events, etc.) e especificar o plano <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> eventos<br />

(performance event) que po<strong>de</strong>rá incluir os artistas em cartaz e seus respectivos estilos artísticos e horários <strong>de</strong><br />

actuação).<br />

Tendo optado por uma estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento modular, foram <strong>de</strong>senvolvidas outras ontologias,<br />

isto é, outros vocabulários, para serem usados, por importação, pelas ontologias do domínio turístico,<br />

nomeadamente: hours of operation ontology (ontologia sobre o horário <strong>de</strong> funcionamento que inclui a<br />

<strong>de</strong>finição do tempo <strong>de</strong> abertura, do tempo <strong>de</strong> encerramento, do dia da semana para o <strong>de</strong>scanso do pessoal,<br />

etc.); facilities ontology (trata-se <strong>de</strong> uma ontologia que classifica as diversas facilida<strong>de</strong>s ou recursos, tais<br />

como disabled facilities, information facilities e interpretive facilities); ticket ontology (ontologia sobre o<br />

bilhete para o evento ou para o museu).<br />

3.2 Domínio Temporal<br />

As informações temporais são <strong>de</strong> extrema importância no contexto turístico, nomeadamente, para a<br />

organização, planificação e gestão <strong>de</strong> itinerários turísticos: os horários <strong>de</strong> funcionamento dos serviços <strong>de</strong><br />

alojamento, <strong>de</strong> restauração, <strong>de</strong> transporte, <strong>de</strong> assistência médica e farmacêutica, <strong>de</strong> cultura e <strong>de</strong> recreação –<br />

períodos <strong>de</strong> funcionamento, <strong>de</strong> interrupção, <strong>de</strong> férias e <strong>de</strong> encerramento –, os horários <strong>de</strong> programação dos<br />

eventos – as romarias portuguesas obe<strong>de</strong>cem a uma programação <strong>de</strong> eventos com os respectivos horários <strong>de</strong><br />

realização, nomeadamente, o horário <strong>de</strong> início dos cortejos alegóricos, dos <strong>de</strong>sfiles regionais, das touradas,<br />

dos festivais <strong>de</strong> folclore e <strong>de</strong> música popular – e as datas cronológicas históricas, pois po<strong>de</strong>mos encontrar<br />

turistas com interesses na visitação <strong>de</strong> locais com vestígios pré-históricos <strong>de</strong> um período paleolítico ou locais<br />

<strong>de</strong> azulejaria do período barroco. Tais informações do domínio temporal possuem em comum estruturas<br />

temporais, compostas por entida<strong>de</strong>s temporais (instantes e intervalos), associadas a padrões <strong>de</strong> medida<br />

temporal (ano, mês, dia, hora, minuto e segundo).<br />

Para especificar e processar tais informações temporais sobre os objectos turísticos, <strong>de</strong>senvolvemos o<br />

mo<strong>de</strong>lo temporal (time ontology), baseado fundamentalmente no trabalho <strong>de</strong> Jerry Hobbs e Feng Pan (Hobbs<br />

and Pan, 2004), no qual representamos as entida<strong>de</strong>s temporais (instantes (instant) e intervalos (interval)) e os<br />

operadores necessários para extrair os tempos presentes nos objectos turísticos. Um instante é um ponto<br />

particular do espaço temporal, sendo um intervalo <strong>de</strong> tempo, o tempo <strong>de</strong>corrido entre dois instantes distintos.<br />

Igualmente, mo<strong>de</strong>lamos as relações temporais (operadores) que estabelecem as precedências, as inclusões, as<br />

sobreposições, as coincidências, as adjacências e as igualda<strong>de</strong>s entre as entida<strong>de</strong>s temporais referidas. Marc<br />

Vilian e Henry Kautz (Vilian, Kautz and Van Beek, 1989) propuseram um conjunto <strong>de</strong> relações que existem<br />

entre instantes <strong>de</strong> tempo (before, after ou equal), enquanto que James Allen (Allen, 1983) propôs um<br />

conjunto <strong>de</strong> treze relações binárias para <strong>de</strong>screver a posição relativa entre um par <strong>de</strong> intervalos <strong>de</strong> tempo<br />

(before, meets, overlaps, starts, during, finishes, after, metBy, overlapedBy, startedBy, contains, finishedBy<br />

ou equals).<br />

3.3 Domínio Espacial<br />

Os objectos turísticos estão georreferenciados nas suas posições (longitu<strong>de</strong> e latitu<strong>de</strong>) em relação à superfície<br />

terrestre e que po<strong>de</strong>rão perfilar, em termos <strong>de</strong> ocupação <strong>de</strong> espaço, num ponto (museus, igrejas, festivida<strong>de</strong>s,<br />

ruas, entre outros objectos), numa linha (praias marítimas, percursos pe<strong>de</strong>stres temáticos, percursos fluviais<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportos náuticos, entre outras linhas) ou numa área (tais como, parques naturais, al<strong>de</strong>ias bucólicas <strong>de</strong><br />

interesse turístico). Tal ocupação <strong>de</strong> espaço (também <strong>de</strong>signada <strong>de</strong> lugar), pelos objectos turísticos, po<strong>de</strong> ser<br />

classificado, <strong>de</strong> acordo com as suas características geográficas (features geographics): spot feature (igrejas,<br />

museus, restaurantes, aeroportos, entre outros), populated place (cida<strong>de</strong>s, al<strong>de</strong>ias históricas, entre outras),<br />

104


administrative region (como por exemplo, países, distritos, freguesias), locality or area (nomeadamente,<br />

feiras, festivida<strong>de</strong>), entre outras características geográficas.<br />

Para mo<strong>de</strong>lar as informações <strong>de</strong> localização dos objectos turísticos, <strong>de</strong>senvolvemos o mo<strong>de</strong>lo espacial<br />

(space ontology). Esta proposta foi baseada nos trabalhos <strong>de</strong> Christopher Jones, Harith Alani e Douglas<br />

TudHope (Jones, Alani and Tudhope, 2001), Alia Ab<strong>de</strong>lmoty, Philip Smart, Chrstopher Jones, Gaihua Fu e<br />

David Finch (Ab<strong>de</strong>lmoty et al, 2005), Farshad Hakimpour, Boanerges Aleman-Meza, Matthew Perry e Amit<br />

Shet (Hakimpour et al, 2006), Matthew Perry, Amit Sheth e Ismailcem Arpinar (Perry, Shet and Arpinar,<br />

2006), entre outros, que <strong>de</strong>senvolveram ontologias espaciais, umas especificadas em linguagens não<br />

padronizadas pelo W3C (nomeadamente a linguagem DAML) ou em linguagens padronizadas (OWL) e<br />

outras não a<strong>de</strong>quadas ao estado actual da web semântica. Procurou-se reutilizar alguns conceitos<br />

apresentados nesses trabalhos e propor novas <strong>de</strong>finições para <strong>de</strong>senvolver uma proposta ontológica para o<br />

espaço, aplicável no contexto da web semântica e a<strong>de</strong>quada à elaboração <strong>de</strong> itinerários turísticos. O mo<strong>de</strong>lo<br />

espacial proposto permite representar as entida<strong>de</strong>s espaciais sobre a superfície terrestre (geospacial thing)<br />

com as suas áreas <strong>de</strong> influência dos lugares (geometric footprint), <strong>de</strong>terminadas pelas geometrias (centroid,<br />

polyline e polygon) e as relações espaciais entre entida<strong>de</strong>s espaciais que <strong>de</strong>screvem a adjacência (touch), a<br />

sobreposição (overlap), a incidência (cross), a igualda<strong>de</strong> (equal), a inclusão (contains), a disjunção (disjoint)<br />

e a composição ou agregação (part of).<br />

4. TRABALHOS RELACIONADOS<br />

O sistema <strong>de</strong> recomendação Intelligent Travel Recommen<strong>de</strong>r, <strong>de</strong>senvolvido no eCommerce and Tourism<br />

Research Laboratory do Istituto Trentino Cultura (Itália), permite ao turista, para além <strong>de</strong> filtrar a<br />

informação turística, seleccionar os seus objectos turísticos para organizar uma viagem que inclui os <strong>de</strong>stinos<br />

<strong>de</strong> viagem, as activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lazer e as atracções dando, assim, suporte à elaboração <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> viagem<br />

personalizado. Trata-se <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> raciocínio baseado em casos que usa uma base <strong>de</strong> dados explícita<br />

<strong>de</strong> soluções (casos) <strong>de</strong> viagens para tratar novas situações <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> viagem turística (Ricci et al, 2002).<br />

O projecto Harmonise tem como principal objectivo solucionar o problema da interoperabilida<strong>de</strong> entre<br />

sistemas <strong>de</strong> informação turística resolvida no hamonisation space que assegura a reconciliação semântica,<br />

usando uma ontologia do domínio, entre sistemas <strong>de</strong> informação dos agentes-fornecedores da indústria<br />

turística sem implicar qualquer alteração nos seus formatos proprietários <strong>de</strong> dados (Dell’Erba et al, 2002).<br />

A empresa especializada em sistemas <strong>de</strong> informação baseados na infra-estrutura tecnológica da web<br />

semântica, a Mon<strong>de</strong>ca (Mon<strong>de</strong>ca, 2007), <strong>de</strong>senvolveu um sistema proprietário Intelligent Topic Manager que<br />

é utilizado para administrar a ontologia do domínio turístico, <strong>de</strong>senvolvida a partir dos conceitos turísticos<br />

especificados no thesaurus da World Tourism Organization.<br />

Relativamente ao trabalho apresentado neste artigo, apenas as duas últimas propostas possuem como<br />

plataforma tecnológica a web semântica. O mo<strong>de</strong>lo semântico que propomos foi dividido em três domínios<br />

bem <strong>de</strong>finidos: temático, temporal e espacial. A ontologia para o domínio temporal foi construída com base<br />

na álgebra <strong>de</strong> Allen, a referência fundamental para a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> relações entre intervalos <strong>de</strong> tempo, e num<br />

trabalho posterior para a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> relações entre instantes <strong>de</strong> tempo. Estes trabalhos <strong>de</strong>finem um conjunto<br />

<strong>de</strong> relações possíveis entre instantes e intervalos <strong>de</strong> tempo, que po<strong>de</strong>m ser usadas como a base para a <strong>de</strong>dução<br />

<strong>de</strong> informações a partir das <strong>de</strong>scrições temporais dos eventos. A estratégia seguida para a ontologia do<br />

domínio espacial foi semelhante. No entanto, é importante referir que neste caso não existe uma álgebra ou<br />

cálculo standard para a representação e análise <strong>de</strong> informações espacial. Desta forma, foram seleccionadas<br />

algumas referências que pareceram ser as mais a<strong>de</strong>quadas ao contexto do planeamento <strong>de</strong> itinerários<br />

turísticos. Com a formalização da representação do conhecimento temporal e espacial sobre os objectos<br />

turísticos, preten<strong>de</strong>-se possibilitar a aplicação <strong>de</strong> mecanismos automáticos <strong>de</strong> inferência com vantagens<br />

significativas às propostas anteriores, on<strong>de</strong> o conhecimento temporal e espacial não são formalizados.<br />

5. CONCLUSÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O mo<strong>de</strong>lo semântico para o domínio turístico (Semantic Mo<strong>de</strong>l for Tourism) é um conjunto <strong>de</strong> ontologias<br />

interrelacionadas baseadas nas dimensões semânticas seleccionadas e que é composta por duas camadas: a<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

camada superior constituída pelo mo<strong>de</strong>lo em si mesmo e a camada inferior com as ontologias <strong>de</strong>senvolvidas<br />

a partir <strong>de</strong> conceitos mais específicos que herdam conceitos <strong>de</strong>finidos nas ontologias da camada superior.<br />

Esta abordagem <strong>de</strong> camadas do Semantic Mo<strong>de</strong>l for Tourism permitirá elaborar itinerários turísticos mais<br />

específicos, por exemplo, a ontologia sobre vinhos residirá na camada inferior importando conceitos da<br />

camada superior dando origem a itinerários ten<strong>de</strong>ncialmente mais personalizados.<br />

Além disso, a divisão em três domínios complementares (temático, temporal e espacial), permite um<br />

<strong>de</strong>senvolvimento modular do mo<strong>de</strong>lo semântico para o turismo. Neste momento, foram <strong>de</strong>senvolvidos alguns<br />

mo<strong>de</strong>los ontológicos para a caracterização dos objectos turísticos ao nível temático. Foram ainda<br />

<strong>de</strong>senvolvidas ontologias para a caracterização dos objectos turísticos ao nível temporal e espacial. Espera-se<br />

que as bases formais adoptadas na especificação <strong>de</strong>stas ontologias permitam, no futuro, a implementação <strong>de</strong><br />

processos automáticos capazes <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r <strong>de</strong> forma mais eficiente aos utilizadores que procuram<br />

informação na Web tendo em vista o estabelecimento <strong>de</strong> itinerários turísticos.<br />

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Report. Readings in Qualitative Reasoning about Physical Systems. San Francisco, pp. 373-381.<br />

106


INTEGRACIÓN SEMÁNTICA DE INFORMACIÓN PARA<br />

LA IDENTIFICACIÓN DE PERSONAS: UN ENFOQUE CON<br />

TECNOLOGÍAS DE LA WEB SEMÁNTICA<br />

René F. Navarro-Hernán<strong>de</strong>z<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Sonora<br />

Hermosillo, Sonora, México<br />

rnavarro@industrial.uson.mx<br />

César E. Rose Gómez<br />

Instituto Tecnológico <strong>de</strong> Hermosillo<br />

Hermosillo, Sonora, México<br />

crose@ith.mx<br />

Gilberto Gradías Enríquez<br />

Procuraduría General <strong>de</strong> Justicia <strong>de</strong>l Estado <strong>de</strong> Sonora<br />

Hermosillo, Sonora, México<br />

ggradias@pgjeson.gob.mx<br />

José A. Pacheco Sánchez<br />

Procuraduría General <strong>de</strong> Justicia <strong>de</strong>l Estado <strong>de</strong> Sonora<br />

Hermosillo, Sonora, México<br />

apacheco@pgjeson.gob.mx<br />

RESUMEN<br />

El presente artículo <strong>de</strong>scribe el diseño e implementación <strong>de</strong> una arquitectura basada en tecnologías <strong>de</strong> la Web Semántica<br />

para apoyar la i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> personas a partir <strong>de</strong> la información almacenada en bases <strong>de</strong> datos <strong>de</strong> distintas<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ncias gubernamentales <strong>de</strong>l estado <strong>de</strong> Sonora. Su finalidad es apoyar las funciones <strong>de</strong> procuración <strong>de</strong> justicia.<br />

PALABRAS CLAVES<br />

Integración Semántica <strong>de</strong> la Información, Web Semántica, Ontologías, Integración <strong>de</strong> Sistemas<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Tradicionalmente, la integración <strong>de</strong> la información compren<strong>de</strong> dos aspectos fundamentales: a) Integración <strong>de</strong><br />

los datos y b) Integración <strong>de</strong> funciones. La integración <strong>de</strong> los datos consiste en proveer acceso a fuentes <strong>de</strong><br />

datos heterogéneas a través <strong>de</strong> una interfaz común y un esquema integrado. La i<strong>de</strong>a es que los usuarios<br />

perciban que los datos se accesan <strong>de</strong>s<strong>de</strong> un único sistema <strong>de</strong> base <strong>de</strong> datos. La integración <strong>de</strong> funciones se<br />

relaciona con el problema <strong>de</strong> generar funciones accesibles localmente a partir <strong>de</strong> aplicaciones distintas en una<br />

manera uniforme. La i<strong>de</strong>a es que los usuarios perciban una colección homogénea <strong>de</strong> funciones como la base<br />

para manipular datos encapsulados por las diferentes aplicaciones.<br />

La integración semántica <strong>de</strong> la información ha adquirido una gran importancia, <strong>de</strong>bido a la disponibilidad<br />

<strong>de</strong> un número cada vez mayor <strong>de</strong> fuentes <strong>de</strong> información. En general, estas fuentes son distribuidas y<br />

heterogéneas, y en raras ocasiones, sólo están parcialmente traducidas a la nueva lingua franca <strong>de</strong> la<br />

información: XML (Tous, 2006). Esto genera dificulta<strong>de</strong>s significativas, sin embargo las aplicaciones<br />

potenciales son muchas. Los trabajos en el campo <strong>de</strong>l Web Semántico (Antoniou, 2004), (Daconta, 2003) es<br />

un ejemplo representativo. Las tecnologías <strong>de</strong>sarrolladas alre<strong>de</strong>dor <strong>de</strong> esta visión <strong>de</strong> la web pue<strong>de</strong>n<br />

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aprovecharse en las organizaciones con necesidad <strong>de</strong> combinar diversas fuentes <strong>de</strong> información. Por ejemplo,<br />

<strong>de</strong>spués <strong>de</strong> una fusión <strong>de</strong> empresas o al participar en iniciativas <strong>de</strong> e-commerce. Grupos <strong>de</strong> investigación en<br />

diversas disciplinas se encuentran con problemas <strong>de</strong> integración en dominios muy distintos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la Biología<br />

al Derecho. Asimismo en el sector gubernamental cada vez es más común el uso <strong>de</strong> diversas fuentes <strong>de</strong> datos,<br />

las cuales suelen ser heterogéneas.<br />

Entre los numerosos proyectos que se están realizando en el campo <strong>de</strong> la integración semántica se<br />

observan algunas ten<strong>de</strong>ncias claras: por un lado, el enfoque a datos expresados en XML; por otra parte, la<br />

utilización <strong>de</strong> las ontologías como el esquema global sobre el cual el usuario realiza las consultas y, en<br />

general, como la herramienta fundamental para expresar un esquema integrado conceptualmente. Pero, aparte<br />

<strong>de</strong> estas líneas generales, se encuentran gran<strong>de</strong>s divergencias tanto en las aproximaciones al problema como<br />

en la generalidad <strong>de</strong> las soluciones propuestas. En muchos casos encontramos soluciones ad hoc, variaciones<br />

<strong>de</strong> arquitecturas <strong>de</strong> recubridores (wrappers)/mediadores (mediators), o adaptaciones <strong>de</strong> técnicas provenientes<br />

<strong>de</strong> las bases <strong>de</strong> datos fe<strong>de</strong>radas (García-Molina, 2002).<br />

2. INTEGRACIÓN DE INFORMACIÓN EN EL SECTOR DE<br />

PROCURACIÓN DE JUSTICIA<br />

Un sector con evi<strong>de</strong>ntes problemas <strong>de</strong> integración <strong>de</strong> la información es el gubernamental. Un ejemplo<br />

específico son los sistemas <strong>de</strong> información <strong>de</strong> procuración <strong>de</strong> justicia o particularmente los <strong>de</strong> criminalistica.<br />

El crecimiento explosivo en la información digital mantenida en los repositorios <strong>de</strong> datos en entida<strong>de</strong>s local,<br />

estatal y fe<strong>de</strong>ral y la imperiosa necesidad <strong>de</strong> acceso interagencias a esa información ha causado problemas o<br />

dificultad en su recuperación y análisis. Un caso es la Dirección <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> Información y Política<br />

Criminal <strong>de</strong> la Procuraduría General <strong>de</strong> Justicia <strong>de</strong>l Estado <strong>de</strong> Sonora, don<strong>de</strong> se tienen diversos sistemas <strong>de</strong><br />

información que soportan la procuración <strong>de</strong> justicia. Entre estos se encuentran los sistemas para el<br />

reconocimiento e i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> personas a través <strong>de</strong> su información general y <strong>de</strong> diversas biometrías<br />

como las huellas dactilares, la voz y el rostro. Las fuentes <strong>de</strong> datos para realizar tales procesos son propias y<br />

en algunos casos externas a la institución por lo tanto son distribuidas y heterogéneas.<br />

Lo anterior ocasiona que las consultas se tienen que realizar <strong>de</strong> manera individual sobre cada base <strong>de</strong><br />

datos, lo cual no permite tener conocimiento acerca <strong>de</strong> la interrelación <strong>de</strong> los individuos en las otras bases,<br />

haciendo que el proceso <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificación sea ineficiente. Un escenario que se pue<strong>de</strong> presentar es que una<br />

persona pue<strong>de</strong> contar con nombres diferentes en cada base <strong>de</strong> bases <strong>de</strong> datos, pero sus huellas dactilares no<br />

podrán ser diferentes, por lo tanto el proceso <strong>de</strong> búsqueda es más tardado. En la siguiente sección<br />

plantearemos una posible <strong>de</strong> solución para el caso planteado.<br />

3. ARQUITECTURA DEL SISTEMA DE INTEGRACIÓN SEMÁNTICA<br />

Para <strong>de</strong>finir una arquitectura mo<strong>de</strong>lo, se han consi<strong>de</strong>rado las soluciones que se están aplicando en los<br />

proyectos existentes <strong>de</strong> integración semántica <strong>de</strong> la información (Manchado, 2002),(Xu, 2006). En general,<br />

encontramos sistemas basados en recubridores (wrappers) y mediadores, sistemas basados en esquemas<br />

fe<strong>de</strong>rados, y soluciones ad hoc. Por otro lado, hay muchos trabajos enfocados a resolver problemas más<br />

puntuales, por ejemplo las investigaciones sobre técnicas para la alineación <strong>de</strong> ontologías ó la integración a<br />

través <strong>de</strong> ontologías (Gruber,1993),(Alexiev,2005),(Tanier,2006),(Spyns,2002).<br />

Un requisito importante es que la arquitectura <strong>de</strong>be integrar <strong>de</strong> manera natural, <strong>de</strong> tal manera que se ha<br />

<strong>de</strong>cidido utilizar un mo<strong>de</strong>lo basado en la arquitectura <strong>de</strong> referencia ANSI/SPARC <strong>de</strong> tres capas (esquema<br />

físico, esquema conceptual y vistas). Esta división proporciona un marco <strong>de</strong> referencia que muestra las<br />

necesida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> un sistema <strong>de</strong> integración, proporcionando un marco claro para estudiar soluciones al<br />

problema. En esta versión adaptada, contamos con tres capas análogas a las <strong>de</strong> la arquitectura ANSI/SPARC:<br />

documentos, esquema y ontología. Esta arquitectura se muestra en la figura 1.<br />

108


Figura 1. Arquitectura<br />

• Documentos: La capa <strong>de</strong> documentos contiene los datos que se preten<strong>de</strong> integrar, en su formato nativo<br />

o bien se pue<strong>de</strong> utilizar un recubridor que efectúe la conversión necesaria hacia documentos XML,<br />

RDF u OWL (Lacy,2005).<br />

• Esquema: La capa <strong>de</strong> esquema <strong>de</strong>scribe la estructura global <strong>de</strong> los documentos que componen la capa<br />

inferior. Se tratará <strong>de</strong> <strong>de</strong>scripciones mediante DTD, o si es posible XML Schema o RDF u OWL.<br />

• Ontología: La capa <strong>de</strong> ontología proporciona una visión semánticamente coherente <strong>de</strong> la información,<br />

mediante el uso <strong>de</strong> ontologías que <strong>de</strong>scriban el dominio <strong>de</strong>l sistema. El usuario siempre interactúa<br />

con esta capa, que proporciona una visión simplificada y <strong>de</strong> alto nivel, ocultando la heterogeneidad<br />

<strong>de</strong>l sistema subyacente (Dietz,2006),(Calero,2006). La Ontología se construirá bajo OWL.<br />

4. MÓDULOS DE LA APLICACIÓN DE LA INTEGRACIÓN DE<br />

INFORMACIÓN PARA LA IDENTIFICACIÓN DE PERSONAS<br />

Usando la arquitectura <strong>de</strong>scrita previamente se ha <strong>de</strong>sarrollado una aplicación que permite llevar a cabo la<br />

integración <strong>de</strong> información para realizar la i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> personas usando bases <strong>de</strong> datos heterogéneas,<br />

esta aplicación se muestra en la figura 2.<br />

Figura 2. Aplicación <strong>de</strong> la integración <strong>de</strong> información<br />

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4.1 Ontología para I<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> Personas (OIP)<br />

Uno <strong>de</strong> los ejes principales <strong>de</strong> esta propuesta es la noción <strong>de</strong> Ontología, herramienta para representar la<br />

semántica <strong>de</strong>l dominio. Heredada <strong>de</strong> la Inteligencia Artificial, una ontología es una “especificación explicita<br />

formal <strong>de</strong> una conceptualización común”, es <strong>de</strong>cir, proporciona un mo<strong>de</strong>lo explicito obtenido por consenso y<br />

es <strong>de</strong>scrito en un lenguaje que contiene los conceptos, propieda<strong>de</strong>s y relaciones mas relevantes <strong>de</strong> un<br />

dominio. Hay diversos lenguajes para <strong>de</strong>finir ontologías. Por ejemplo, SHOE, XML, RDF, DAML, OIL,<br />

DAML+OIL y OWL.<br />

Las aplicaciones usan las ontologías como vocabulario común usado por la partes implicadas. Esto obliga<br />

a que las ontologías estén accesibles a través <strong>de</strong> la red haciendo <strong>de</strong> las aplicaciones verda<strong>de</strong>ros integradores<br />

<strong>de</strong> información distribuida (Gomez, 2004).<br />

La primera versión <strong>de</strong> la Ontología para I<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> Personas (OIP) se ha construido a partir <strong>de</strong> un<br />

simple mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> datos consistiendo <strong>de</strong> las bases <strong>de</strong> datos: RESIDES, LICENCIAS y PADRON<br />

VEHICULAR.<br />

La base <strong>de</strong> datos RESIDES contiene toda la información acerca <strong>de</strong> personas que han participado en un<br />

algún hecho <strong>de</strong>lictivo. Se mantienen datos acerca <strong>de</strong> la información general <strong>de</strong> la persona como nombre,<br />

dirección, fecha <strong>de</strong> nacimiento, curp, nacionalidad, pasaporte, etc. Asimismo se mantienen los datos acerca<br />

<strong>de</strong> la información <strong>de</strong> la media filiación y señas particulares <strong>de</strong> la persona, fotografías, etc. La base <strong>de</strong> datos<br />

LICENCIAS mantiene la información <strong>de</strong> las personas que han obtenido licencia <strong>de</strong> conducir en el Estado <strong>de</strong><br />

Sonora, esta base <strong>de</strong> datos contiene datos generales, fotografía y algunas huellas dactilares. La base <strong>de</strong> datos<br />

PADRON VEHICULAR mantiene datos acerca <strong>de</strong> la información <strong>de</strong> vehículos y <strong>de</strong> sus propietarios.<br />

OIP se ha construido y mo<strong>de</strong>lado usando la herramienta Protégé (Noy, 2001). El lenguaje seleccionado<br />

para sus representación es OWL, ya que permite la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> los conceptos, relaciones y propieda<strong>de</strong>s.<br />

OWL es un lenguaje muy expresivo que permite establecer la semántica a<strong>de</strong>cuada y es posible usarlo con el<br />

framework Jena que permite el uso <strong>de</strong> la ontología y la realización <strong>de</strong> las búsquedas para crear aplicaciones<br />

<strong>de</strong>l web semántico. Las consultas avanzadas se realizan en SPARQL, la búsqueda se explica a <strong>de</strong>talle en una<br />

sección posterior.<br />

La ontología tiene como clases básicas Persona e Imagen, a partir <strong>de</strong> las cuales se ha construido una<br />

jerarquía como se muestra en la figura 3. Asimismo se han establecido las propieda<strong>de</strong>s entre clases y las<br />

restricciones necesarias.<br />

110<br />

Figura 3. Grafo <strong>de</strong> la jerarquía <strong>de</strong> clases <strong>de</strong> OIP


4.2 Generación y Conversión <strong>de</strong> Contenidos<br />

Como se mencionó anteriormente los datos se encuentran en bases <strong>de</strong> datos relacionales, para el prototipo se<br />

usaron los siguientes esquemas:<br />

Resi<strong>de</strong>s(nombre, frontal, pizquierdo, p<strong>de</strong>recho, foto_sena)<br />

Licencia(nombre, foto, hlld)<br />

Padron(nombre)<br />

Las tablas contienen datos que serán usados como instancias <strong>de</strong> las clases <strong>de</strong> la ontología OIP, para ello<br />

se usó el lenguaje <strong>de</strong>clarativo D2R (Bizer, 2006) para <strong>de</strong>scribir los mapeos entre los esquemas <strong>de</strong> la base <strong>de</strong><br />

datos relacional y la ontología OWL. A continuación se muestra código parcial para la realización <strong>de</strong>l mapeo.<br />

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propieda<strong>de</strong>s y literales son llamadas Resource, Property y Literal respectivamente. En Jena, un grafo es<br />

llamado un mo<strong>de</strong>lo y es representado por la interfaz Mo<strong>de</strong>l.<br />

Cada arco en un Mo<strong>de</strong>lo RDF es llamado un estatuto. Cada estatuto establece un hecho acerca <strong>de</strong> un<br />

recurso. Un estatuto tiene tres partes:<br />

1. El sujeto es el recurso <strong>de</strong>l cual salen los arcos.<br />

2. El predicado es la propiedad que etiqueta el arco.<br />

3. El objeto es el recurso o literal apuntada por el arco.<br />

Un Mo<strong>de</strong>lo RDF es representado por un conjunto <strong>de</strong> estatutos. Por ejemplo, a continuación se muestran<br />

parcialmente los estatutos <strong>de</strong>l mapeo generado anteriormente.<br />

dato:I<strong>de</strong>ntificaPersona#n1 dato:I<strong>de</strong>ntificaPersona.owl#Persona_Resi<strong>de</strong>s "n1" .<br />

dato:I<strong>de</strong>ntificaPersona#n1 dato:I<strong>de</strong>ntificaPersona.owl#Frontal "f1" .<br />

dato:I<strong>de</strong>ntificaPersona#n1 dato:I<strong>de</strong>ntificaPersona.owl#Fotografia_Perfil_Izquierdo "pi1" .<br />

dato:I<strong>de</strong>ntificaPersona#n1 dato:I<strong>de</strong>ntificaPersona.owl#Fotografia_Perfil_Derecho "pd1" .<br />

dato:I<strong>de</strong>ntificaPersona#n1 dato:I<strong>de</strong>ntificaPersona.owl#Imagen_Senas "s1" .<br />

dato:I<strong>de</strong>ntificaPersona#n1 dato:I<strong>de</strong>ntificaPersona.owl#Persona_Licencia "n1" .<br />

dato:I<strong>de</strong>ntificaPersona#n1 dato:I<strong>de</strong>ntificaPersona.owl#Foto "f1" .<br />

dato:I<strong>de</strong>ntificaPersona#n1 dato:I<strong>de</strong>ntificaPersona.owl#Imagen_Huella_Dactilar "h1" .<br />

dato:I<strong>de</strong>ntificaPersona#n1 dato:I<strong>de</strong>ntificaPersona.owl#Persona_Padron "n1" .<br />

La Jena Ontology API permite construir una interfaz <strong>de</strong> programación consistente para el <strong>de</strong>sarrollador <strong>de</strong><br />

aplicaciones <strong>de</strong> web semántica, in<strong>de</strong>pendiente <strong>de</strong>l lenguaje que se esta procesando. Hay diferentes lenguajes<br />

para ontologías para representar información ontológica en la web semántica. El más expresivo <strong>de</strong> estos<br />

lenguajes es OWL y lo po<strong>de</strong>mos utilizar para construir un mo<strong>de</strong>lo ontológico para que a través Jena llevemos<br />

a cabo consultas o razonamiento sobre el mo<strong>de</strong>lo ontológico <strong>de</strong>finido. A continuación se muestra<br />

parcialmente la visualización <strong>de</strong> la ontología IOP usando Jena.<br />

Clase: http://www.owl-ontologies.com/Ontology1176766491.owl#Persona<br />

SubClase: Persona_Padron<br />

SubClase: Persona_Resi<strong>de</strong>s<br />

SubClase: Persona_Licencia<br />

Clase Disjunta: Imagen<br />

4.4 Búsqueda<br />

La navegación y la búsqueda <strong>de</strong> información se pue<strong>de</strong> llevar a cabo en los diferentes repositorios <strong>de</strong> datos<br />

usados en este sistema. Como se muestra en la figura 5 es posible realizar las consultas sobre los documentos<br />

directamente o también usando la base <strong>de</strong> datos a través <strong>de</strong> SPARQL y/o SQL. SPARQL es un lenguaje <strong>de</strong><br />

consulta y un protocolo para acce<strong>de</strong>r a documentos RDF, como lenguaje <strong>de</strong> consulta, SPARQL es orientado<br />

al dato en el sentido que solo consulta la información mantenida en los mo<strong>de</strong>los, no hay inferencia en el<br />

propio lenguaje (W3C, 2007).<br />

112<br />

Figura 5. Consultas en los diversos esquemas


SPARQL toma la <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong> lo que la aplicación requiera en forma <strong>de</strong> una consulta y regresa esa<br />

información en el forma <strong>de</strong> un conjunto <strong>de</strong> ligas o <strong>de</strong> un grafo RDF. Por ejemplo consi<strong>de</strong>re la siguiente<br />

consulta sobre la mo<strong>de</strong>lo RDF <strong>de</strong>scrito anteriormente:<br />

SELECT ?sujeto ?predicado ?objeto<br />

WHERE { ?sujeto ?predicado ?objeto }<br />

La cual nos permite obtener los estatutos que contiene este documento RDF.<br />

Las consultas consi<strong>de</strong>rando la integración <strong>de</strong> los esquemas es a través <strong>de</strong> la ontología, para ello se ha<br />

implementado un motor <strong>de</strong> búsqueda que permita establecer los parámetros para la búsqueda y se obtengan<br />

los resultados, la interfaz usada se muestra en la figura 6.<br />

Figura 6. Interfaz para la búsqueda<br />

Algunas consultas son las siguientes:<br />

1.- Obtenga todas las fotografías <strong>de</strong> la persona n1.<br />

Concepto a buscar: Imagen_Fotografia<br />

Instancia Persona: n1<br />

-----------------------Clases--------------------------<br />

SubClase Foto -------> f1 (bd:licencia.foto)<br />

SubClase Frontal -------> f1 (bd:Resi<strong>de</strong>s.frontal)<br />

SubClase Fotografia_Perfil_Derecho -------> pd1 (bd:Resi<strong>de</strong>s.p<strong>de</strong>recho)<br />

SubClase Fotografia_Perfil_Izquierdo -------> pi1 (bd:Resi<strong>de</strong>s.pizquierdo)<br />

2.- Obtenga la fotografía frontal <strong>de</strong> la persona n6.<br />

Concepto a buscar: Fotografia_Frontal<br />

Instancia Persona: n6<br />

-----------------------Clases--------------------------<br />

SubClase Frontal -------> f6 (bd:Resi<strong>de</strong>s.frontal)<br />

3.- Obtenga las personas con la fotografia frontal f1<br />

Concepto a buscar: Persona<br />

Instancia Imagen_Fotografia : f1<br />

-----------------------Clases--------------------------<br />

Persona_Resi<strong>de</strong>s -------> n1<br />

Persona_Licencia -------> n1<br />

Persona_Padron -------> n1<br />

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5. CONCLUSIONES<br />

Se ha presentado un marco <strong>de</strong> trabajo para la integración semántica <strong>de</strong> la información para la i<strong>de</strong>ntificación<br />

<strong>de</strong> personas usando tecnología <strong>de</strong> web semántica. El caso <strong>de</strong> estudio usado nos ha permitido mostrar la<br />

viabilidad <strong>de</strong> la solución <strong>de</strong>l problema <strong>de</strong> búsqueda cuando se tienen bases <strong>de</strong> datos heterogéneas y recuperar<br />

la información integrada <strong>de</strong> una persona.<br />

Como trabajo futuro se plantea la implementación <strong>de</strong> arquitectura basada en servicios web y la<br />

implementación <strong>de</strong> portales <strong>de</strong> conocimiento que accedan a estos servicios.<br />

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

Alexiev V. et al, 2005, Information Integration with Ontologies: Experiences from an Industrial Showcase, Wiley, New<br />

Jersey, USA.<br />

Antoniou, G. y F. van Harmelen, 2004, A Semantic Web Primer, The MIT Press, Cambridge, USA.<br />

Bizer, C. y Cyganiak R., 2006, D2R Server-Publishing Relational Databases on the Semantic Web. Poster at the 5th<br />

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Calero C. et al, 2006. Ontologies in Software Engineering and Software Technology, Springer, Berlin, Alemania.<br />

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Garcia-Molina, H. et al, 2002, Database Systems: The Complete Book, Prentice Hall, New Jersey, USA.<br />

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Manchado, J. et al., 2002, Heterogeneous Information Systems Integration: Organizations and Methodologies, PROFES<br />

2002, LNCS 2559, pp. 629-643.<br />

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http://www.w3.org/TR/rdf-sparql-query/<br />

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of the 2006 IEEE/WIC/ACM International Conference on Web Intelligence (WI 2006 Main Conference<br />

Proceedings).<br />

114


EN BUSCA DEL TIPO DE SERVICIO WEB SEMÁNTICO<br />

MÁS APROPIADO PARA DAR SOPORTE A LA GRID<br />

SEMÁNTICA<br />

RESUMEN<br />

Jorge Martinez-Gil, Adolfo Lozano-Tello, Antonio Polo-Marquez<br />

Dpto. <strong>de</strong> Ingeniería <strong>de</strong> Sistemas Informáticos y Telemáticos<br />

Avda. <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> s/n 10071 Cáceres (España)<br />

{jmargil. alozano,polo}@unex.es<br />

Actualmente se están llevando a cabo diversos proyectos para el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> la tecnología Grid, una tecnología que<br />

permite el uso <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> forma distribuida e in<strong>de</strong>pendiente <strong>de</strong> la localización <strong>de</strong> los mismos. En esta línea y apoyado<br />

por el auge <strong>de</strong> la Web Semántica ha surgido la Grid Semántica. Esta nueva evolución se basa en la <strong>de</strong>scripción formal <strong>de</strong><br />

los recursos disponibles en una red <strong>de</strong> área extensa (WAN), como pue<strong>de</strong> ser Internet, que permite que componentes<br />

software hagan uso <strong>de</strong> Servicios Web Semánticos (SWS) para administrar <strong>de</strong> forma inteligente y dinámica dichos<br />

recursos. Este artículo preten<strong>de</strong> enjuiciar <strong>de</strong> manera crítica qué tipo <strong>de</strong> SWS es el más apropiado para <strong>de</strong>splegar una<br />

estructura Grid con capacida<strong>de</strong>s semánticas, para ello se realizan comparativas a 4 niveles: según la madurez <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> SWS, su grado <strong>de</strong> abstracción, su a<strong>de</strong>cuación a nuevas técnicas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> software, en concreto MDA y según<br />

la naturaleza <strong>de</strong>l problema a resolver.<br />

PALABRAS CLAVES<br />

Servicios Web Semánticos, Computación en Grid, OWL-S, WSMO, WSDL-S, SWSL<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Dos <strong>de</strong> las áreas más importantes en el sector <strong>de</strong> las Tecnologías <strong>de</strong> la Información y <strong>de</strong> las Comunicaciones<br />

(TIC) y que por tanto han conseguido atraer un mayor interés, tanto por parte <strong>de</strong> la aca<strong>de</strong>mia como por parte<br />

<strong>de</strong> la industria, son: los Servicios Web [1] y la computación en Grid[8].<br />

Los Servicios Web intentan solucionar el problema <strong>de</strong> la integración entre empresas (EAI) y la<br />

integración <strong>de</strong> los procesos <strong>de</strong> negocios (BPI) para lo que aña<strong>de</strong>n un nuevo nivel <strong>de</strong> funcionalidad a la Web.<br />

Esta infraestructura sigue un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> arquitectura orientada a servicios y hace uso <strong>de</strong> protocolos tan<br />

extendidos y aceptados como HTTP [18], WSDL [19] o SOAP [20].<br />

Por otra parte, la computación en Grid persigue ofrecer la potencia computacional y la infraestructura <strong>de</strong><br />

gestión <strong>de</strong> datos necesaria para dar soporte a la colaboración entre personas, herramientas y recursos [8]. El<br />

uso más común <strong>de</strong> la Grid es la resolución <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong>l ámbito <strong>de</strong> la ciencia y <strong>de</strong> la ingeniería que<br />

requieren gran<strong>de</strong>s cantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> datos y una gran capacidad <strong>de</strong> cómputo para procesarlos. Un somero<br />

entendimiento <strong>de</strong> lo que son los Servicios Web y lo que es computación en Grid evi<strong>de</strong>ncia cómo ambas áreas<br />

tienen mucho en común: Un recurso <strong>de</strong> la Grid pue<strong>de</strong> verse como un servicio [4, 5].<br />

Alguien podría no enten<strong>de</strong>r cuáles fueron las razones por las que se eligió a los Servicios Web como<br />

soporte para la Grid en <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> otras tecnologías middleware; la Tabla 1 nos ofrece una visión <strong>de</strong> los<br />

Servicios Web como un medio estándar para la interoperabilidad <strong>de</strong> aplicaciones software in<strong>de</strong>pendiente <strong>de</strong><br />

la plataforma en que éstas estén siendo ejecutadas y el lenguaje <strong>de</strong> programación en el que han sido<br />

implementadas [6].<br />

Dicha tabla trata <strong>de</strong> recoger los factores que facilitan la labor <strong>de</strong> diseñadores <strong>de</strong> sistemas que pue<strong>de</strong>n<br />

recurrir al concepto <strong>de</strong> servicio para abstraer las fuentes <strong>de</strong> datos y los <strong>de</strong>sarrolladores que pue<strong>de</strong>n codificar y<br />

<strong>de</strong>purar sus servicios <strong>de</strong> manera in<strong>de</strong>pendiente.<br />

115


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Tecnología<br />

Nivel <strong>de</strong><br />

abstracción<br />

Tabla 1. Diferencias entre las principales tecnologías middleware<br />

Curva <strong>de</strong><br />

aprendizaje<br />

Posibilidad<br />

versionado<br />

Depen<strong>de</strong>ncia<br />

plataforma<br />

Depen<strong>de</strong>ncia<br />

lenguaje<br />

Problemas en<br />

representación<br />

<strong>de</strong> datos<br />

RPC Bajo Pronunciada No Sí No Sí<br />

CORBA Medio Pronunciada No Sí No Sí<br />

COM/DCOM Medio Pronunciada Sí Sí No No<br />

Java RMI Medio Media Sí No Sí No<br />

IBM MQ Alto Media No Sí No No<br />

Servicios Web Muy alto Ligera Sí* No No No<br />

* Hay que distinguir entre versionado sintáctico que si se ha conseguido, y versionado semántico que actualmente está siendo objeto<br />

<strong>de</strong> estudio.<br />

Los avances en Servicios Web y Grid muestran una estrecha relación entre ambas tecnologías [7, 12]. Lo<br />

que se persigue es soporte para semántica que pueda procesarse mediante computadores para que no sea<br />

necesaria la intervención humana en el <strong>de</strong>scubrimiento, la composición y la ejecución <strong>de</strong> los servicios. Y ahí<br />

es precisamente don<strong>de</strong> entran en acción los Servicios Web Semánticos (SWS) [2].<br />

A partir <strong>de</strong> ahora, el artículo se estructura <strong>de</strong> la siguiente forma:<br />

La siguiente sección hace un repaso sobre el estado <strong>de</strong>l arte <strong>de</strong> las distintos tipos <strong>de</strong> Servicios Web<br />

Semánticos con los que po<strong>de</strong>mos trabajar. La sección 3, está <strong>de</strong>stinada a comparar cualitativamente las<br />

tecnologías <strong>de</strong> servicios <strong>de</strong>scritas en la sección anterior. En la sección 4, ofreceremos los resultados que<br />

pue<strong>de</strong>n extraerse <strong>de</strong> la comparativa. Por último, <strong>de</strong>dicaremos una sección para exponer las conclusiones<br />

extraídas y las líneas <strong>de</strong> trabajo futuras.<br />

2. ESTADO DEL ARTE<br />

La Web Semántica [10] preten<strong>de</strong> la anotación semántica <strong>de</strong> los recursos disponibles en Internet para permitir<br />

el acceso a estos recursos <strong>de</strong> forma <strong>automática</strong> por parte <strong>de</strong> componentes software.<br />

Los SWS son una línea importante <strong>de</strong> la Web Semántica, que propone <strong>de</strong>scribir no sólo la información <strong>de</strong><br />

acceso a un servicio, sino <strong>de</strong>finir vocabularios <strong>de</strong> funcionalidad y procedimientos para <strong>de</strong>scribir servicios<br />

web. Tal <strong>de</strong>scripción abarca aspectos como entradas, salidas, procesos, condiciones necesarias para que se<br />

puedan ejecutar, los efectos que producen y la información para localizarlos. En la Figura 1 po<strong>de</strong>mos apreciar<br />

la arquitectura <strong>de</strong> la Web Semántica y el papel que <strong>de</strong>sempeñan los SWS <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> ella.<br />

116<br />

Figura 1. Arquitectura <strong>de</strong> la Web Semántica


En la actualidad conviven cuatro propuestas para el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> software con SWS. Estas propuestas,<br />

según el grado <strong>de</strong> madurez alcanzado, son: OWL-S [14], WSMO [15], WSDL-S [16] y SWSF [17]. En las<br />

siguientes subsecciones vamos a hacer un breve recorrido por cada una <strong>de</strong> ellas:<br />

2.1 OWL-S<br />

OWL-S (Web Ontology Language for Services) es una ontología <strong>de</strong> servicios web basada en OWL y<br />

<strong>de</strong>sarrollada por la rama <strong>de</strong> Servicios Web Semánticos <strong>de</strong>l programa DAML. Se trata <strong>de</strong> una evolución <strong>de</strong><br />

DAML-S y proporciona un conjunto esencial <strong>de</strong> constructores <strong>de</strong> lenguaje <strong>de</strong> marcado para <strong>de</strong>scribir las<br />

propieda<strong>de</strong>s y capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> los servicios web <strong>de</strong> una forma inequívoca e interpretable por las máquinas. Se<br />

le pue<strong>de</strong> <strong>de</strong>nominar como lenguaje, ya que proporciona un vocabulario estándar que pue<strong>de</strong> ser usado junto<br />

los otros aspectos <strong>de</strong>l lenguaje <strong>de</strong> <strong>de</strong>scripción OWL.<br />

El marcado <strong>de</strong> los servicios web mediante OWL-S facilita la automatización <strong>de</strong> las tareas <strong>de</strong> los mismos<br />

incluyendo el <strong>de</strong>scubrimiento <strong>de</strong> servicios, ejecución, interoperabilidad, composición y monitorización.<br />

2.2 WSMO<br />

WSMO (Web Service Mo<strong>de</strong>ling Ontology) se <strong>de</strong>fine como una ontología para <strong>de</strong>scribir aspectos<br />

relacionados con los Servicios Web Semánticos. Sin embargo, WSMO no es exactamente una ontología, sino<br />

un mo<strong>de</strong>lo conceptual que <strong>de</strong>fine la sintaxis y la semántica que tendrán los elementos que <strong>de</strong>scriben un<br />

Servicio Web Semántico [9].<br />

Sus cuatro conceptos básicos son: las ontologías que <strong>de</strong>finen la terminología usada por los <strong>de</strong>más<br />

elementos, las metas para expresar los ‘problemas’ a los que pue<strong>de</strong> hacer frente un servicio web, la<br />

<strong>de</strong>scripción <strong>de</strong> varios aspectos <strong>de</strong> un servicio web, y mediadores que resuelvan los problemas <strong>de</strong><br />

incompatibilida<strong>de</strong>s que se encuentren.<br />

La compatibilidad <strong>de</strong> WSMO con MOF[22] le hace heredar sus propieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> manejabilidad y<br />

escalabilidad, a la par que garantiza un correcto diseño <strong>de</strong> la jerarquía <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los, ya que la separación<br />

conceptual entre las capas contribuye a una mejor organización <strong>de</strong> la información representada y sus<br />

metadatos [11].<br />

2.3 WSDL-S<br />

El estándar <strong>de</strong> <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong> servicios WSDL permite conocer los requisitos <strong>de</strong>l protocolo y los formatos <strong>de</strong><br />

los mensajes necesarios para interactuar con los servicios listados en su catálogo. Este estándar pue<strong>de</strong> ser<br />

interpretado tanto por los seres humanos como por las máquinas, por lo que es muy útil en el <strong>de</strong>scubrimiento<br />

<strong>de</strong> servicios y en la composición <strong>de</strong> los mismos.<br />

Sin embargo, WSDL opera a nivel sintáctico, por lo que carece <strong>de</strong> la expresividad necesaria para<br />

representar los requisitos y capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> los servicios web [3]. Es por ello que, si se examina la <strong>de</strong>scripción<br />

WSDL <strong>de</strong> un servicio, no se pue<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar sin ambigüedad lo que hace un servicio. La semántica pue<strong>de</strong><br />

realzar significativamente este aspecto, mejorando la reutilización, <strong>de</strong>scubrimiento y composición <strong>de</strong> los<br />

servicios web.<br />

2.4 SWSL<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

El lenguaje SWSL está formado por dos sublenguajes: SWSL-FOL, un sublenguaje <strong>de</strong> lógica <strong>de</strong> primer<br />

or<strong>de</strong>n usado para <strong>de</strong>finir la especificación formal <strong>de</strong> la ontología <strong>de</strong>l servicio, y SWSL-Rules, un sublenguaje<br />

basado en reglas con semántica no monótona que pue<strong>de</strong> ser utilizado tanto como lenguaje <strong>de</strong> especificación<br />

como lenguaje <strong>de</strong> implementación.<br />

Los lenguajes basados en reglas están más adaptados a las tareas <strong>de</strong> la programación y se apoyan en la<br />

información por <strong>de</strong>fecto y en la herencia. En contraste a estos lenguajes se encuentran los basados en lógica<br />

<strong>de</strong> primer or<strong>de</strong>n, más a<strong>de</strong>cuados para especificar las ontologías <strong>de</strong>l proceso. Ambos tipos <strong>de</strong> lenguaje no<br />

pue<strong>de</strong>n ser utilizados <strong>de</strong> manera conjunta, por ello SWSL actúa como puente entre ellos proporcionando la<br />

potencia <strong>de</strong> ambos.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

3. COMPARATIVA<br />

Tanto WSMO como OWL-S consi<strong>de</strong>ran a las ontologías un elemento fundamental para hacer realidad la<br />

localización, invocación, monitorización y composición <strong>automática</strong> <strong>de</strong> servicios web. Sin embargo, a pesar<br />

<strong>de</strong> coincidir en esto, difieren en la forma que establecen para lograr la consecución <strong>de</strong> estas tareas. Mientras<br />

OWL-S <strong>de</strong>fine un conjunto <strong>de</strong> ontologías que permiten la manipulación <strong>de</strong> servicios, WSMO <strong>de</strong>fine un<br />

mo<strong>de</strong>lo conceptual <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>l cual se <strong>de</strong>ben crear las ontologías que permitan administrar los servicios web.<br />

Una <strong>de</strong> las diferencias más importantes entre estas dos alternativas es el concepto <strong>de</strong> mediadores, <strong>de</strong>finido en<br />

WSMO para resolver los posibles problemas <strong>de</strong> heterogeneidad e interoperabilidad. Los mediadores son<br />

elementos especiales cuyo objetivo es enlazar componentes heterogéneos mediante el mapeo a<strong>de</strong>cuado <strong>de</strong><br />

cada una <strong>de</strong> sus partes, las transformaciones necesarias e incluso asociaciones inteligentes o inferencias.<br />

WSMO <strong>de</strong>fine las interfaces <strong>de</strong> orquestación y coreografía para <strong>de</strong>scribir la interacción entre servicios.<br />

Sin embargo, es importante anotar que estas interfaces aún no están implementadas, por tanto no hay certeza<br />

acerca <strong>de</strong> los elementos (lenguajes u ontologías) que se van a utilizar para este fin.<br />

La Figura 2, nos muestra una clasificación <strong>de</strong> los tipos <strong>de</strong> SWS según el grado <strong>de</strong> abstracción.<br />

Figura 2. Clasificación <strong>de</strong> los Servicios Web Semánticos según su grado <strong>de</strong> abstracción<br />

En SWSL, cada uno <strong>de</strong> los sublenguajes que lo componen están estructurados en varios niveles<br />

in<strong>de</strong>pendientes entre sí. A diferencia <strong>de</strong> OWL-S, los niveles no están organizados en base al po<strong>de</strong>r expresivo<br />

y a la complejidad computacional, sino que cada uno aporta nuevas características que aumentan la potencia<br />

<strong>de</strong>l lenguaje.<br />

WSDL-S proporciona un mecanismo para anotar el servicio y sus entradas, salidas y operaciones.<br />

Adicionalmente consta <strong>de</strong> mecanismos para especificar y anotar precondiciones y efectos (expresiones<br />

representadas usando conceptos <strong>de</strong> un mo<strong>de</strong>lo semántico que, <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> la ejecución <strong>de</strong> la operación, <strong>de</strong>ben<br />

ser verdad) <strong>de</strong> los servicios web.<br />

En WSDL se asume que los mo<strong>de</strong>los semánticos relevantes para los servicios ya existen. Estos mo<strong>de</strong>los<br />

se referencian <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el documento WSDL por medio <strong>de</strong> elementos <strong>de</strong> extensibilidad. Esta aproximación<br />

ofrece varias ventajas. En primer lugar, los usuarios pue<strong>de</strong>n <strong>de</strong>scribir tanto los <strong>de</strong>talles <strong>de</strong>l nivel semántico<br />

como los <strong>de</strong>l nivel <strong>de</strong> operación en WSDL, un lenguaje con el que la comunidad <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo está<br />

familiarizada. En segundo lugar, manteniendo externos los mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> dominio semánticos, los<br />

<strong>de</strong>sarrolladores <strong>de</strong> servicios web pue<strong>de</strong>n anotar sus servicios con cualquier lenguaje ontológico. Finalmente,<br />

es relativamente fácil actualizar las herramientas relativas a la especificación WSDL para añadir esta visión<br />

semántica.<br />

118


A continuación presentamos una tabla don<strong>de</strong> se resumen las fortalezas y <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> los SWS. En la<br />

primera columna indicamos cual es el mo<strong>de</strong>lo más apropiado para el <strong>de</strong>sarrollo bajo Mo<strong>de</strong>l Driven<br />

Architectures (MDA) un nuevo paradigma para el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> software que promete buenos resultados.<br />

Tabla 2. Fortalezas y <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> los tipos <strong>de</strong> Servicios Web Semánticos<br />

Tipo MDA Apropiado Ventajas Desventajas<br />

WSMO 1ª<br />

opción<br />

WSDL‐<br />

S<br />

2ª<br />

opción<br />

OWL‐S 3ª<br />

opción<br />

SWSL 4ª<br />

opción<br />

4. RESULTADOS<br />

Coreografía<br />

Orquestación<br />

Publicación<br />

Descubrimiento<br />

Comparación<br />

Ejecución<br />

Monitorización<br />

Descripción<br />

Verificación<br />

Manejo <strong>de</strong> propied. no funcionales,<br />

ontologías importadas, precondiciones,<br />

postcondiciones y efectos<br />

In<strong>de</strong>pendiente <strong>de</strong>l lenguaje <strong>de</strong><br />

representación<br />

Orientado a <strong>de</strong>scripción, se centra en<br />

el comportamiento<br />

Usa FLOWS para representar la<br />

semántica <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Se apoya en<br />

otras dos iniciativas para su<br />

representación<br />

sintáctica y su ejecución<br />

Describe la funcionalidad pero no el<br />

comportamiento.<br />

Dificultad para añadir <strong>de</strong>talles.<br />

Necesita muy buenos agentes<br />

Requiere un mo<strong>de</strong>lo que contemple<br />

todas las situaciones.<br />

Sea T un trabajo a realizar, supongamos que dicho trabajo pue<strong>de</strong> dividirse en varios subtrabajos t,<br />

supongamos también que tenemos c or<strong>de</strong>nadores disponibles en la Grid <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nadores. Hemos resumido los<br />

resultados que se pue<strong>de</strong>n <strong>de</strong>rivar <strong>de</strong> esta situación en la Tabla 3:<br />

Tabla 3. Tabla <strong>de</strong> tareas GRID más apropiadas para cada Servicio Web Semántico<br />

Tarea a realizar Tipo <strong>de</strong> Servicio Web Semántico más apropiado<br />

T1 = {t1, t2, t3, … , tn} OWL‐S<br />

T2 = {t1 op t2 op t3 op … op tn} WSMO<br />

T3 = {t1:c1, t2:c2, t3:c3, … , tn:cn} WSDL‐S<br />

T4 = {t1 ? t2 ? t3 ? … ? tn} SWSL<br />

La interpretación <strong>de</strong> los resultados es la siguiente:<br />

• Caso T1. Cuando una tarea pueda <strong>de</strong>scomponerse en n subtareas se recomienda <strong>de</strong>sarrollar una<br />

infraestructura Grid basada en servicios OWL-S, al ser este tipo <strong>de</strong> SWS el más idóneo para la<br />

ejecución y monitorización <strong>de</strong> los servicios, por ser el más probado <strong>de</strong> los cuatros tipos y por ser los<br />

algoritmos <strong>de</strong> divi<strong>de</strong> y vencerás los más a<strong>de</strong>cuados para resolver situaciones que requieren cálculo<br />

intensivo.<br />

• Caso T2. Cuando una tarea pueda <strong>de</strong>scomponerse en una expresión matemática cuyos términos son<br />

subtareas o cuando se quieran usar técnicas <strong>de</strong> MDA para soportar una aplicación distribuida, se<br />

recomienda <strong>de</strong>sarrollar una infraestructura basada en WSMO, puesto que esta tecnología es la más<br />

a<strong>de</strong>cuada para componer y orquestar servicios.<br />

• Caso T3. Cuando una tarea pueda <strong>de</strong>scomponerse en n subtareas, pero a<strong>de</strong>más a cada subtarea le<br />

correspon<strong>de</strong> un servicio conocido <strong>de</strong> antemano, la infraestructura Grid más a<strong>de</strong>cuada es la basada en<br />

WSDL-S. De esta forma se aprovechan las ventajas <strong>de</strong> este tipo <strong>de</strong> SWS con respecto a la<br />

publicación y al <strong>de</strong>scubrimiento.<br />

• Caso T4. Cuando se tenga una tarea T que se sepa que pue<strong>de</strong> <strong>de</strong>scomponerse en n subtareas, pero<br />

no se conozca la relación existente entre ellas, la infraestructura recomendable es aquella que haga<br />

uso <strong>de</strong> servicios SWSL. Su <strong>de</strong>scripción formal, así como la capacidad <strong>de</strong> verificación, parece la<br />

idónea para trabajar con heurísticas.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Parece pues que, como ocurre a menudo en ingeniería no hay soluciones ni mejores ni peores, sino<br />

soluciones que se adaptan mejor según la situación.<br />

5. CONCLUSIONES Y TRABAJO FUTURO<br />

En este artículo se han estudiado los diferentes mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> SWS que conviven en la actualidad, haciendo<br />

especial énfasis en los <strong>de</strong>talles por los que podrían consi<strong>de</strong>rarse apropiados para dar soporte al <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong><br />

aplicaciones distribuidas que se <strong>de</strong>splegaran sobre una arquitectura Grid.<br />

Los resultados finales <strong>de</strong> nuestro trabajo han concluido que no existe un mo<strong>de</strong>lo que pueda consi<strong>de</strong>rarse<br />

mejor que los otros, sino que será la situación que se pretenda resolver la que dictamine el mo<strong>de</strong>lo más<br />

apropiado. Así para tareas que pudieran resolverse mediante esquemas <strong>de</strong> divi<strong>de</strong> y vencerás sería más<br />

a<strong>de</strong>cuado usar OWL-S, para componer y orquestar servicios, así como para trabajar con mo<strong>de</strong>los, WSMO.<br />

WSDL-S sería el más indicado cuando se posee cierta información sobre la localización <strong>de</strong> los servicios y<br />

SWSL para trabajar con heurísticas.<br />

Como trabajo futuro planteamos una última comparativa, basada en la obtención <strong>de</strong> resultados<br />

experimentales. Todo ello <strong>de</strong>bería orientarnos en el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> sistemas distribuidos basados en SWS<br />

capaces <strong>de</strong> operar sobre una arquitectura Grid. A día <strong>de</strong> hoy, el middleware más avanzado para su empleo en<br />

Grid es Globus Toolkit [21]. De hecho, su uso masivo en Norteamérica y Europa han hecho que pueda ser<br />

consi<strong>de</strong>rado como el estándar <strong>de</strong> facto para la capa intermedia <strong>de</strong> una Grid, sin embargo, ha sido <strong>de</strong>sarrollado<br />

teniendo en cuenta el paradigma clásico <strong>de</strong> Servicios Web, por lo que aunque incorpora algunas <strong>de</strong> las<br />

ventajas propias <strong>de</strong> los Servicios Web en relación a otras tecnologías middleware, no ofrece el salto<br />

cualitativo que supone trabajar con semántica, es <strong>de</strong>cir, la posibilidad <strong>de</strong> que sean los propios computadores<br />

los que realizan la mayoría <strong>de</strong> las tareas que a día <strong>de</strong> hoy tienen que hacer las personas.<br />

APÉNDICE: APIS PARA TRABAJAR CON SERVICIOS WEB SEMÁNTICOS.<br />

Mindswap OWL-S API: ofrece una API para el acceso programático a OWL-S<br />

http://www.mindswap.org/2004/owl-s/api<br />

wsmo4j: Ofrece una API para el acceso programático a WSMO<br />

http://wsmo4j.sourceforge.net/<br />

METEOR-S:<br />

Es un framework para servicios web semánticos basado en WSDL-S<br />

http://lsdis.cs.uga.edu/projects/meteor-s/<br />

1. *SWSL no tiene aún ninguna implementación estándar<br />

AGRADECIMIENTOS<br />

Este trabajo ha sido financiado por el Ministerio <strong>de</strong> Educación y Ciencia en el marco <strong>de</strong>l proyecto TIN2005-<br />

09098-C05: Perspectivas <strong>de</strong> ICARO (PICARO) TIN2005-09098-C05-05. Por el proyecto 3PR05A016 <strong>de</strong> la<br />

Junta <strong>de</strong> Extremadura y por la Acción Complementaria TIN2005-25882-E.<br />

BIBLIOGRAFÍA<br />

Libros<br />

G. Antoniou and F. van Harmelen. A Semantic Web Primer. The MIT Press, Cambridge, MA, 2004. ISBN: 0-262-<br />

012103.<br />

T. B. Passin. Explorer's Gui<strong>de</strong> to the Semantic Web. Manning Publications Co., Greenwich, CT, 2004. ISBN: 1-932394-<br />

20-6.<br />

120


Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Revistas<br />

David Bell, Sergio Cesare, Nicola Iacovelli,Mark Lycett, and Antonio Merico. A framework for <strong>de</strong>riving semantic web<br />

services. Information Systems Frontiers, 9(1):69–84, 2007.<br />

Oscar Corcho, Pinar Alper, Ioannis Kotsiopoulos, Paolo Missier, Sean Bechhofer, and Carole Goble. An overview of sogsa:<br />

A reference semantic grid architecture. Web Semantics: Science, Services and Agents on the World Wi<strong>de</strong> Web,<br />

4:102–115, 2006.<br />

Hai Zhuge. Semantic grid: scientific issues, infrastructure, and methodology. Commun. ACM, 48(4):117–119, 2005<br />

M. N. Huhns and M. P. Singh. Service-oriented computing: Key concepts and principles. IEEE Internet Computing,<br />

9(1):75-81, 2005<br />

Simon Miles, Juri Papay, Terry Payne, Michael Luck, and Luc Moreau. Towards a protocol for the attachment of<br />

metadata to grid service <strong>de</strong>scriptions and its use in semantic discovery. Sci. Program., 12(4):201–211, 2004.<br />

Carole Goble and David De Roure. The grid: an application of the semantic web. SIGMOD Rec., 31(4):65–70, 2002.<br />

D. Fensel and C. Bussler. Web services mo<strong>de</strong>ling framework WSMF. Electronic Commerce Research and Applications,<br />

1(2), 2002.<br />

T. Berners-Lee, J. Hendler, and O. Lassila. The semantic web. Scientific American, May 2001<br />

Congresos<br />

Ioan Toma, Douglas Foxvog, and Michael C. Jaeger. Mo<strong>de</strong>ling qos characteristics in wsmo. In MW4SOC ’06:<br />

Proceedings of the 1 st workshop on Middleware for Service Oriented Computing (MW4SOC 2006), pages 42–47,<br />

New York, NY, USA, 2006. ACM Press.<br />

Ioan Toma, Dumitru Roman, Kashif Iqbal, Dieter Fensel, and Stefan Decker. Towards semantic web services in grid<br />

environments. In Proceedings of the First International Conference on Semantics, Knowledge, and Grid, 2005.<br />

Laura Bocchi, Paolo Ciancarini, Rocco Moretti, Valentina Presutti, and Davi<strong>de</strong> Rossi. An owl-s based approach to<br />

express grid services coordination. In SAC ’05: Proceedings of the 2005 ACM symposium on Applied computing,<br />

pages 1661–1667, New York, NY, USA, 2005. ACM Press.<br />

Sitios Web<br />

The OWL Services Coalition. OWL-S: Semantic Markup for Web Services. Technical report, The DARPA Agent Markup<br />

Language (DAML) Program, http://www.daml.org/services/, 2004.<br />

Web Service Mo<strong>de</strong>ling Ontology (WSMO) http:// www.wsmo.org/<br />

Web Service Semantics (WSDL-S) http:// www.w3.org/Submission/WSDL-S/<br />

Semantic Web Services Language (SWSL) Committee www.daml.org/services/swsl/<br />

Simple Object Access Protocol (SOAP) Especifications http://www.w3.org/TR/soap<br />

Web Service Definition Language (WSDL) http:// www.w3.org/TR/wsdl<br />

Hypertext Transfer Protocol (HTTP) http://www.w3.org/Protocols/<br />

Globus Toolkit. http://www.globus.org/toolkit/<br />

OMG's MetaObject Facility (MOF). www.omg.org/mof/<br />

121


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

DETECCIÓN Y SEGUIMIENTO DE INTRUSOS EN REDES<br />

BLUETOOTH CORPORATIVAS<br />

Ramiro Cano<br />

Departamento <strong>de</strong> Ciencias <strong>de</strong> la Computación<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Alcalá<br />

28871 – Alcalá <strong>de</strong> Henares, Spain<br />

ramiro.cano@alu.uah.es<br />

Luis Bengochea<br />

Departamento <strong>de</strong> Ciencias <strong>de</strong> la Computación<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Alcalá<br />

28871 – Alcalá <strong>de</strong> Henares, Spain<br />

luis.bengochea@uah.es<br />

RESUMEN<br />

La computación ubicua está permitiendo que nuevos dispositivos y nuevas tecnologías se estén incorporando a las re<strong>de</strong>s<br />

corporativas, <strong>de</strong> forma que po<strong>de</strong>mos hablar, con propiedad, <strong>de</strong> la “oficina ubicua” como un entorno <strong>de</strong> trabajo en el que<br />

ha <strong>de</strong>jado <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>terminante la ubicación física o la necesidad <strong>de</strong> disponer <strong>de</strong> un or<strong>de</strong>nador como puesto <strong>de</strong> trabajo. Hoy<br />

día po<strong>de</strong>mos encontrar una gran cantidad <strong>de</strong> dispositivos diferentes conviviendo en estos entornos, - teléfonos móviles,<br />

PDAs, etc., - en los que la miniaturización y la interconexión sin cables, tienen cada vez mayor importancia. Es<br />

precisamente en la interconexión <strong>de</strong> estos dispositivos, don<strong>de</strong> encontramos una mayor heterogeneidad en tecnologías<br />

utilizadas, puesto que las necesida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> distancia, consumo o fiabilidad requeridas, varían <strong>de</strong> unos dispositivos a otros.<br />

En este ámbito, la tecnología Bluetooth ha cobrado una gran importancia como medio <strong>de</strong> intercomunicación para<br />

dispositivos portátiles que requieren un bajo consumo con un ancho <strong>de</strong> banda medio, en re<strong>de</strong>s corporativas <strong>de</strong> tipo<br />

piconet. Sin embargo, a pesar <strong>de</strong> la robustez <strong>de</strong>l estándar, existen algunos fallos ocasionados por implementaciones<br />

pobres o <strong>de</strong>scuidadas, que permiten <strong>de</strong>splegar peligrosos ataques contra dispositivos Bluetooth, capaces <strong>de</strong> comprometer<br />

todos los datos contenidos en los mismos. Dado que la implementación <strong>de</strong> la tecnología suele residir en el hardware <strong>de</strong>l<br />

dispositivo, a nivel <strong>de</strong> firmware, y que dicho código suele ser cerrado, corregir las vulnerabilida<strong>de</strong>s se convierte en tarea<br />

imposible. Por ello, la prevención ante hipotéticos atacantes es la solución más inteligente para este grave problema <strong>de</strong><br />

seguridad. El presente artículo presenta un sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>tección y monitorización <strong>de</strong> posibles atacantes malintencionados,<br />

en el ámbito <strong>de</strong> pequeñas re<strong>de</strong>s corporativas que utilicen la tecnología Bluetooth.<br />

PALABRAS CLAVES<br />

Seguridad. Bluetooth. Re<strong>de</strong>s corporativas. Oficina ubicua.<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

El fuerte auge <strong>de</strong> las tecnologías <strong>de</strong> la información ha marcado en las últimas décadas y especialmente en los<br />

últimos años el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> los entornos <strong>de</strong> trabajo. Este <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong>semboca en la creación <strong>de</strong> nuevos<br />

conceptos que necesitan <strong>de</strong> la acuñación nuevos términos para ser nombrados, como en el caso <strong>de</strong> las<br />

<strong>de</strong>nominadas oficinas ubicuas.<br />

Estas oficinas se apoyan fuertemente en las nuevas tecnologías, especialmente en las <strong>de</strong> comunicación,<br />

para establecer entornos virtuales que no se encuentren limitados por el espacio físico <strong>de</strong> un edificio, y<br />

puedan operar en el mismo ámbito que una compañía internacional. En el entorno físico tradicional <strong>de</strong> la<br />

oficina, la interconexión tiene lugar entre equipos tanto portátiles como fijos, usando tecnologías <strong>de</strong><br />

comunicación estándar que pue<strong>de</strong>n ser o no inalámbricas (como Ethernet [1] o WiFi [2]).<br />

En cambio, la verda<strong>de</strong>ra importancia <strong>de</strong> la computación ubicua radica en el uso <strong>de</strong> entornos virtuales no<br />

encasillados en sus equivalentes físicos, y la utilización <strong>de</strong> las tecnologías <strong>de</strong> comunicación pertinentes. Estas<br />

122


tecnologías <strong>de</strong> comunicación [3] permiten a los <strong>de</strong>nominados usuarios nómadas [4] utilizar terminales<br />

móviles (como or<strong>de</strong>nadores portátiles, teléfonos inteligentes (smartphones), terminales blackberry, o PDA)<br />

para <strong>de</strong>sempeñar sus tareas en entornos geográficos dispersos.<br />

Conforme la complejidad <strong>de</strong> estas tecnologías y <strong>de</strong> los terminales que las implementan crece, las<br />

posibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interacción entre los usuarios nómadas y sus oficinas remotas también lo hacen, llegando a<br />

proporcionar una eficiencia y seguridad en la interconexión cercana a la que se obtendría con enlaces físicos<br />

o <strong>de</strong>dicados. [5]<br />

En este ámbito adquiere especial importancia la tecnología Bluetooth, dadas sus características <strong>de</strong> bajo<br />

consumo y ancho <strong>de</strong> banda relativamente elevado, como medio <strong>de</strong> interconexión entre dispositivos móviles<br />

así como <strong>de</strong> sincronización <strong>de</strong> éstos con los equipos fijos <strong>de</strong> la oficina física, don<strong>de</strong> se centralizan todos los<br />

datos.<br />

2. LA TECNOLOGÍA BLUETOOTH<br />

Previamente a la existencia <strong>de</strong> la tecnología Bluetooth, la interconexión inalámbrica <strong>de</strong> pequeños dispositivos<br />

se realizaba típicamente mediante infrarrojos. Entre los distintos problemas que suponía la utilización <strong>de</strong><br />

dichas tecnologías <strong>de</strong>stacaba uno, el hecho <strong>de</strong> necesitar visibilidad directa entre emisor y receptor <strong>de</strong> la<br />

comunicación. Este problema hacía que el mantenimiento <strong>de</strong> una sesión entre dos dispositivos resultara<br />

incómodo y poco práctico.<br />

En 1998, la compañía <strong>de</strong> telecomunicaciones Ericsson promovió la creación <strong>de</strong> un grupo <strong>de</strong> trabajo que<br />

continuara el proyecto MC Link, trabajo iniciado por la propia Ericsson en 1994 para unificar las tecnologías<br />

<strong>de</strong> intercomunicación mediante radiofrecuencia. Así nació el grupo <strong>de</strong> interés especial <strong>de</strong> Bluetooth (SIG,<br />

Special Interest Group [6]), formado por un conglomerado <strong>de</strong> compañías relacionadas con las<br />

telecomunicaciones y la computación.<br />

El SIG se marcó varios objetivos para el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> la nueva tecnología, a saber: el estándar <strong>de</strong>bería ser<br />

operativo a nivel mundial, sin estar limitado por la banda <strong>de</strong> frecuencia utilizada (microondas, 2.4 GHz); el<br />

consumo <strong>de</strong>bería ser muy bajo, puesto que la tecnología se orientaba principalmente hacia dispositivos<br />

alimentados con baterías portátiles; <strong>de</strong>bía existir soporte para voz y datos simultáneos, <strong>de</strong> forma que pudieran<br />

implementarse soluciones multimedia; y el coste <strong>de</strong> implementación en hardware <strong>de</strong>bería ser lo<br />

suficientemente bajo como para facilitar su difusión (se marcaron el objetivo inicial <strong>de</strong> cinco dólares<br />

americanos por chip).<br />

Figura 1. Pila <strong>de</strong> protocolos <strong>de</strong> la tecnología Bluetooth.<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

En 1999 se obtuvieron los primeros resultados con la publicación <strong>de</strong>l estándar Bluetooth 1.0 (802.15.1<br />

[7]), y tanto la tecnología como el grupo han seguido creciendo hasta la actualidad, con la versión 2.1 <strong>de</strong> la<br />

especificación y más <strong>de</strong> treinta y cuatro mil miembros en el SIG.<br />

En el nivel técnico, Bluetooth distingue entre tres clases <strong>de</strong> dispositivos atendiendo a la potencia <strong>de</strong> los<br />

mismos: la clase 1 tiene una potencia aproximada <strong>de</strong> 100 mW (20 dBm) y un alcance <strong>de</strong> 100 metros, la clase<br />

2 tiene una potencia <strong>de</strong> 2.5 mW (4 dBm) y un rango <strong>de</strong> unos 10 metros, mientras que la clase 3 tiene una<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

potencia <strong>de</strong> tan solo 1 mW (0 dBm) y un alcance <strong>de</strong> un metro aproximadamente. No obstante, existen<br />

dispositivos <strong>de</strong> clase 1 autoamplificados capaces <strong>de</strong> obtener alcances <strong>de</strong> 150 o 200 metros, así como técnicas<br />

que permiten la recepción <strong>de</strong> microondas <strong>de</strong> dispositivos Bluetooth con un rango <strong>de</strong>l or<strong>de</strong>n <strong>de</strong>l kilómetro <strong>de</strong><br />

distancia [8].<br />

El estándar 1.2 <strong>de</strong> Bluetooth es el más extendido entre los dispositivos que implementan dicha tecnología,<br />

aunque las versiones más recientes incluyen nuevas características manteniendo la compatibilidad hacia atrás<br />

con las versiones anteriores. Entre las nuevas características encontramos un aumento en la velocidad <strong>de</strong><br />

transmisión (hasta 10 Mbps), un mayor rango <strong>de</strong> acción junto a una reducción <strong>de</strong>l consumo gracias a los<br />

nuevos integrados existentes, así como una simplificación <strong>de</strong> los escenarios multiconexión, la mejora <strong>de</strong>l<br />

sistema BER (Bit Error Rate) y la inclusión <strong>de</strong>l sistema NFC (Near Field Communication).<br />

La pila <strong>de</strong> protocolos Bluetooth está basada en el mo<strong>de</strong>lo OSI (Open Systems Interconnection [9]) <strong>de</strong> la<br />

organización <strong>de</strong> estándares internacional (ISO, International Standard Organitation), dividiendo ésta en<br />

niveles diferentes pero totalmente cohesionados entre sí.<br />

En el caso particular <strong>de</strong> la pila Bluetooth, <strong>de</strong>bemos distinguir dos niveles completamente diferentes. Por<br />

un lado tenemos el módulo Bluetooth, formado por las capas bajas <strong>de</strong>l protocolo, que se implementa en el<br />

hardware <strong>de</strong>l dispositivo y, por tanto, difiere entre fabricantes; y por el otro el anfitrión o host Bluetooth, que<br />

es implementado vía software por distintas pilas: BlueZ, Widcomm, Windows XP, Toshiba, etc. Entre ambos<br />

niveles se <strong>de</strong>fine la interfaz <strong>de</strong>l controlador <strong>de</strong> host, un sistema <strong>de</strong> interconexión que existe a caballo entre el<br />

hardware y el software, en el nivel <strong>de</strong>l firmware.<br />

3. SEGURIDAD BLUETOOTH<br />

El sistema <strong>de</strong> seguridad <strong>de</strong> la tecnología Bluetooth distingue tres niveles diferentes <strong>de</strong> confiabilidad en la<br />

interacción con dispositivos externos. El “modo 1” es el más básico e inseguro <strong>de</strong> todos, don<strong>de</strong> cualquier<br />

dispositivo pue<strong>de</strong> acce<strong>de</strong>r a los servicios ofrecidos sin mediar ningún proceso <strong>de</strong> autenticación o cifrado. En<br />

el “modo 2” <strong>de</strong> seguridad, el dispositivo establece una conexión con el canal L2CAP <strong>de</strong> la pila <strong>de</strong> protocolos,<br />

<strong>de</strong> forma que el gestor <strong>de</strong> seguridad será el encargado <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir, atendiendo a ciertos criterios, los procesos<br />

<strong>de</strong> seguridad autenticación, autorización y cifrado que resultan pertinentes. El citado gestor <strong>de</strong> seguridad es el<br />

único componente con autorización para consultar la base <strong>de</strong> datos <strong>de</strong> dispositivos y <strong>de</strong>terminar la<br />

autorización existente y su grado <strong>de</strong> seguridad.<br />

Figura 2. Esquema <strong>de</strong> seguridad <strong>de</strong> la tecnología Bluetooth.<br />

El último y más restrictivo modo <strong>de</strong> seguridad es el “modo 3”, que se aplica a nivel <strong>de</strong> capa <strong>de</strong> enlace <strong>de</strong><br />

la pila <strong>de</strong> protocolos. Este modo <strong>de</strong> seguridad es utilizado cuando se da la circunstancia <strong>de</strong> que ambos<br />

extremos <strong>de</strong> la conexión ya han establecido al menos una sesión previa, en la que llevaron a cabo el proceso<br />

<strong>de</strong> emparejamiento consistente en la generación e intercambio <strong>de</strong> las claves <strong>de</strong> emparejamiento. Así, se aplica<br />

124


para la conexión un cifrado mediante el algoritmo SAFER+ [10 y 11], a<strong>de</strong>más <strong>de</strong> un filtrado por la dirección<br />

física <strong>de</strong>l dispositivo (BD_ADDR).<br />

Esta dirección física está <strong>de</strong>finida como un número entero <strong>de</strong> 48 bits que suele representarse en notación<br />

dos puntos hexa<strong>de</strong>cimal con la forma AA:BB:CC:DD:EE:FF, don<strong>de</strong> cada dos dígitos representan un byte <strong>de</strong><br />

la dirección.<br />

Esta dirección es uno <strong>de</strong> los dos elementos más importantes utilizados en la i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> dispositivos<br />

Bluetooth, pues nos proporciona información como el fabricante <strong>de</strong>l chip, mediante las listas estándar<br />

elaboradas para los tres primeros bytes.<br />

El siguiente elemento utilizado en la i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> los dispositivos es el campo <strong>de</strong> clase <strong>de</strong> servicio y<br />

dispositivo, un número <strong>de</strong> 24 bits que suele representarse en formato hexa<strong>de</strong>cimal, y que es proporcionado<br />

por la capa HCI <strong>de</strong>l protocolo a través <strong>de</strong> los llamados “The General and DeviceSpecific Inquiry Access<br />

Co<strong>de</strong>s” (DIACs).<br />

Po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>sglosar la información <strong>de</strong>l campo <strong>de</strong> la siguiente forma: los primeros once bits contienen<br />

información sobre los servicios ofrecidos, los segundos once bits contienen el tipo general <strong>de</strong>l dispositivo<br />

(Major Device Class, 6 bits) así como el tipo particular (Minor Device Class, 5 bits), y por último los dos bits<br />

finales contienen el campo <strong>de</strong> formato.<br />

Figura 3. Información <strong>de</strong>l campo <strong>de</strong> clase <strong>de</strong> los dispositivos Bluetooth.<br />

4. VULNERABILIDADES BLUETOOTH<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Existe un gran número <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>s documentadas que afectan a diversas implementaciones <strong>de</strong> la<br />

tecnología bluetooth y, sin duda alguna, seguirán apareciendo más en el futuro. Cuando dichas<br />

vulnerabilida<strong>de</strong>s afectan a or<strong>de</strong>nadores personales, su corrección suele ser sencilla, pues si afectan al<br />

anfitrión Bluetooth bastaría con modificar el software, mientras que si afectan al módulo Bluetooth, podría<br />

cambiarse el hardware. Un ejemplo <strong>de</strong> un fallo <strong>de</strong> estas características, que afecta en este caso al controlador<br />

<strong>de</strong> software, sería el presente en la implementación <strong>de</strong> la pila <strong>de</strong> protocolos Bluetooth realizada por la<br />

compañía Widcomm para sistemas Microsoft Windows, que fue <strong>de</strong>scubierto por Kevin Finisterre (miembro<br />

<strong>de</strong>l grupo <strong>de</strong> seguridad “trifinite”) en 2005 [12].<br />

El fallo consiste en la existencia, en la instalación por <strong>de</strong>fecto <strong>de</strong>l software, <strong>de</strong> una clave <strong>de</strong>l registro <strong>de</strong><br />

Windows que habilita el acceso indiscriminado (sin necesidad <strong>de</strong> autenticación ni autorización) al perfil <strong>de</strong><br />

auriculares <strong>de</strong>l dispositivo. Esta circunstancia pue<strong>de</strong> ser aprovechada para realizar un ataque bautizado como<br />

“laptop whisperer attack” que permitiría inyectar audio en el equipo atacado, lo cual ha sido utilizado como<br />

técnica para la sustracción <strong>de</strong> equipos portátiles en aparcamientos <strong>de</strong> empresas cuyos empleados necesitan<br />

utilizar este tipo <strong>de</strong> dispositivos.<br />

Otro ejemplo <strong>de</strong> ataque a or<strong>de</strong>nadores personales (en este caso, or<strong>de</strong>nadores Apple) sería el virus <strong>de</strong>l tipo<br />

gusano InqTana, que aprovecha un fallo <strong>de</strong> seguridad <strong>de</strong>scubierto por Kevin Finisterre en 2006 para inyectar<br />

ficheros en un equipo que implemente una pila <strong>de</strong> protocolos vulnerable y, posteriormente, ejecutar un<br />

“exploit” <strong>de</strong> escalada <strong>de</strong> privilegios y enlazar un terminal remoto a un dispositivo <strong>de</strong> conexión, como un<br />

canal RFCOMM Bluetooth.<br />

Pero el mayor problema radica en la existencia <strong>de</strong> fallos en dispositivos portátiles que utilicen software<br />

embebido, como pue<strong>de</strong>n ser teléfonos móviles, dispositivos smartphone o blackberry. En este caso, un fallo<br />

<strong>de</strong>l módulo Bluetooth sería realmente complicado <strong>de</strong> resolver por el problema que supone la sustitución <strong>de</strong><br />

125


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

los componentes <strong>de</strong> este tipo <strong>de</strong> dispositivos compactos. Pero un fallo en el anfitrión Bluetooth también sería<br />

problemático <strong>de</strong> solventar, en tanto en cuanto el software se encuentra embebido en el propio dispositivo a<br />

través <strong>de</strong>l firmware, cuyo código es cerrado y propietario. Si tenemos en cuenta que gran parte <strong>de</strong> los<br />

problemas <strong>de</strong> seguridad <strong>de</strong> Bluetooth son <strong>de</strong>bidos a implementaciones <strong>de</strong>fectuosas <strong>de</strong> los propios fabricantes,<br />

y que dichos fallos obtienen muy poca publicidad en el ámbito público, más allá <strong>de</strong> los círculos<br />

especializados; nos encontramos con que los problemas relacionados con el software <strong>de</strong> los dispositivos<br />

portátiles suelen perdurar durante la vida útil <strong>de</strong> los mismos.<br />

La mayoría <strong>de</strong> los fallos Bluetooth se sirven principalmente <strong>de</strong> implementaciones erróneas o <strong>de</strong>fectuosas<br />

<strong>de</strong> los fabricantes <strong>de</strong>l dispositivo, así como <strong>de</strong> cierta dosis <strong>de</strong> ingeniería social para lograr que los usuarios <strong>de</strong><br />

dichos terminales realicen alguna acción potencialmente peligrosa sin percatarse <strong>de</strong> ello. El objetivo suele<br />

ser, en la práctica totalidad <strong>de</strong> los casos, obtener una línea <strong>de</strong> conexión RFCOMM <strong>de</strong> puerto serie virtual,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> la que pueda alcanzarse el nivel <strong>de</strong> comandos AT <strong>de</strong> la pila <strong>de</strong> protocolos. Los comandos AT, que se<br />

utilizan para el control <strong>de</strong>l dispositivo mediante ór<strong>de</strong>nes remotas, permiten literalmente obtener el dominio<br />

absoluto <strong>de</strong>l terminal en cuestión; por lo que la obtención <strong>de</strong> dicha conexión equivale al más alto nivel <strong>de</strong><br />

compromiso <strong>de</strong>l sistema posible.<br />

Así, encontramos un amplio abanico <strong>de</strong> ataques que han sido probados y <strong>de</strong>mostrados sobre una gran<br />

variedad <strong>de</strong> dispositivos comerciales: BlueBug permite obtener una conexión RFCOMM <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la que enviar<br />

comandos AT; BlueBump permite obtener una clave <strong>de</strong> emparejamiento <strong>de</strong> forma ilícita; Bluechop<br />

implementa una <strong>de</strong>negación <strong>de</strong> servicio sobre re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tipo piconet; Bluedump permite obtener las claves <strong>de</strong><br />

emparejamiento <strong>de</strong> una conexión entre terminales ajenos; Bluejacking permite enviar mensajes anónimos<br />

mediante Bluetooth; Blueline permite obtener una línea RFCOMM a través <strong>de</strong>l perfil <strong>de</strong> carga <strong>de</strong> objetos<br />

OBEX; Bluesmack permite realizar una <strong>de</strong>negación <strong>de</strong> servicio a terminales que no manejen correctamente<br />

paquetes <strong>de</strong> solicitud <strong>de</strong> eco L2CAP <strong>de</strong> tamaño elevado; Bluesnarf permite obtener <strong>de</strong>terminados ficheros <strong>de</strong>l<br />

terminal atacado <strong>de</strong> forma ilícita; Bluesnarf++ permite obtener cualquier fichero almacenado en el<br />

dispositivo o un medio <strong>de</strong> almacenamiento <strong>de</strong>l mismo; Bluespoof permite suplantar la i<strong>de</strong>ntidad <strong>de</strong> un<br />

dispositivo Bluetooth; Bluestab permite realizar una <strong>de</strong>negación <strong>de</strong> servicio sobre terminales Nokia <strong>de</strong> la<br />

serie 60 a través <strong>de</strong> la búsqueda <strong>de</strong> dispositivos; Car Whisperer permite espiar conversaciones realizadas a<br />

través <strong>de</strong> dispositivos <strong>de</strong> tipo manos libres; HeloMoto permite obtener control <strong>de</strong> terminales Motorola a<br />

través <strong>de</strong> una conexión RFCOMM obtenida mediante un fallo <strong>de</strong> visualización <strong>de</strong> la información en pantalla;<br />

Nokia OBEX DoS permite realizar una <strong>de</strong>negación <strong>de</strong> servicio a terminales que implementen un servidor <strong>de</strong><br />

ficheros OBEX...<br />

5. DETECCIÓN Y SEGUIMIENTO DE ATACANTES<br />

Un hipotético atacante que <strong>de</strong>see explotar alguna vulnerabilidad Bluetooth en el ámbito <strong>de</strong> una red<br />

corporativa, ten<strong>de</strong>rá a buscar los objetivos más fáciles en primer lugar. La primera medida <strong>de</strong> seguridad a<br />

tomar será la ocultación, siempre que sea posible, <strong>de</strong> los dispositivos lógicos Bluetooth que participen <strong>de</strong> las<br />

conexiones <strong>de</strong> la piconet. Así dificultaremos en gran medida su <strong>de</strong>tección y, por tanto, las posibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

ataque.<br />

El sistema presentado, bluepot, es un software <strong>de</strong> tipo honeypot [13] que combina características <strong>de</strong> los<br />

subtipos <strong>de</strong> baja y alta interacción, y que opera en el ámbito <strong>de</strong> las re<strong>de</strong>s Bluetooth. El software, escrito en<br />

lenguaje <strong>de</strong> programación C, correrá en uno o varios or<strong>de</strong>nadores personales -preferiblemente servidores con<br />

la potencia <strong>de</strong> proceso necesaria- que ejecuten el sistema operativo GNU/Linux, y se servirá <strong>de</strong> la pila <strong>de</strong><br />

protocolos Bluetooth implementada en el núcleo Linux, BlueZ. Mediante la API <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo proporcionada<br />

por las utilida<strong>de</strong>s BlueZ, el software es capaz <strong>de</strong> gestionar una o varias interfases físicas para proporcionar<br />

los servicios necesarios.<br />

Dichos servicios incluyen, entre otros, la falsificación <strong>de</strong> la dirección física <strong>de</strong>l dispositivo (BD_ADDR)<br />

para simular un <strong>de</strong>terminado fabricante <strong>de</strong>l módulo hardware Bluetooth, así como la construcción a medida<br />

<strong>de</strong> paquetes Bluetooth <strong>de</strong>stinados a simular un sistema -real o no- Bluetooth vulnerable. Es posible<br />

personalizar, mediante un fichero <strong>de</strong> configuración, los parámetros en que dicha simulación tendrá lugar, <strong>de</strong><br />

forma que pueda programarse qué dispositivo se está simulando, cuál será su reacción ante <strong>de</strong>terminados<br />

eventos, y en qué medida reaccionará el sistema cuando éstos tengan lugar, pudiendo alertarse al<br />

administrador <strong>de</strong> la red, así como guardar registros <strong>de</strong>tallados con la información <strong>de</strong>l atacante.<br />

126


Figura 4. Lanzamiento <strong>de</strong> la aplicación bluepot.<br />

El sistema simulará, por un lado, dispositivos confusos e incluso no existentes con el fin <strong>de</strong> <strong>de</strong>sorientar al<br />

atacante que realice una exploración SDP <strong>de</strong> la red Bluetooth, ofreciendo datos falsos en el campo <strong>de</strong> clase<br />

<strong>de</strong>l dispositivo. Por otro lado, el sistema será capaz <strong>de</strong> simular dispositivos reales con sus vulnerabilida<strong>de</strong>s<br />

correspondientes y actuar <strong>de</strong> la misma forma que lo haría el dispositivo real. De esta forma, un ataque que<br />

tenga por fin obtener una línea <strong>de</strong> conexión RFCOMM con un dispositivo <strong>de</strong> tipo smartphone, para<br />

posteriormente obtener <strong>de</strong> forma ilícita un fichero con la agenda <strong>de</strong>l mismo; obtendrá <strong>de</strong> nuestro sistema en<br />

primer lugar la línea <strong>de</strong> conexión simulada para <strong>de</strong>spués servir un fichero falso con datos preparados a tal<br />

efecto, a la vez que registrará la dirección física <strong>de</strong>l atacante y obtendrá <strong>de</strong> él tantos datos como sea posible.<br />

La finalidad <strong>de</strong>l sistema es doble: por un lado, distraer al atacante <strong>de</strong> los posibles objetivos reales con<br />

fallos <strong>de</strong> seguridad que no podamos corregir; a la par que obtener información sobre él que nos permita<br />

realizar un seguimiento: fecha y hora <strong>de</strong> los ataques, objetivos, dirección física y tipo <strong>de</strong> terminal <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el<br />

que se realiza, etcétera.<br />

El software se encuentra en fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo, y en la figura 4 po<strong>de</strong>mos observar cómo sería el<br />

lanzamiento <strong>de</strong>l <strong>de</strong>monio encargado <strong>de</strong> la monitorización <strong>de</strong>l software, que en primera instancia <strong>de</strong>tectará los<br />

dispositivos Bluetooth conectados al equipo, informando <strong>de</strong>l dispositivo lógico y la dirección física <strong>de</strong>l<br />

mismo; y posteriormente leerá el fichero <strong>de</strong> configuración, en un formato similar al seguido en otros<br />

programas <strong>de</strong>l sistema operativo GNU/Linux, para iniciar los servicios pertinentes y registrar las inci<strong>de</strong>ncias<br />

<strong>de</strong>seadas.<br />

Las pruebas realizadas con el sistema <strong>de</strong>muestran que la gran mayoría <strong>de</strong> los usuarios <strong>de</strong> las tecnologías<br />

Bluetooth ignoran por completo los aspectos relativos a la seguridad <strong>de</strong>l mismo, lo cual pue<strong>de</strong> poner en<br />

peligro la integridad <strong>de</strong> la red corporativa completa; si bien existe una minoría <strong>de</strong> usuarios con los<br />

conocimientos y habilida<strong>de</strong>s suficientes para realizar exploraciones <strong>de</strong> la red, bien sea con or<strong>de</strong>nadores<br />

personales o terminales inteligentes, pues existen gran cantidad <strong>de</strong> aplicaciones <strong>de</strong>stinadas a la auditoría <strong>de</strong><br />

estas tecnologías para sistemas operativos como GNU/Linux o Symbian OS (típico <strong>de</strong> terminales inteligentes<br />

<strong>de</strong> gama alta).<br />

Así pues, resulta casi imprescindible implementar, como mínimo, unas directivas <strong>de</strong> seguridad en el uso<br />

<strong>de</strong> este tipo <strong>de</strong> tecnologías en el ámbito <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s multiplataforma; siendo conveniente utilizar soluciones más<br />

avanzadas, como la <strong>de</strong>scrita en el presente trabajo.<br />

6. CONCLUSIONES<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

La seguridad en las mo<strong>de</strong>rnas re<strong>de</strong>s corporativas no siempre es todo lo buena que <strong>de</strong>biera, y los fabricantes y<br />

ven<strong>de</strong>dores <strong>de</strong> dispositivos ocultan importante información acerca <strong>de</strong> la seguridad <strong>de</strong> los terminales<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

necesarios para conformar una oficina ubicua actual. Así, el almacenar <strong>de</strong>terminado tipo <strong>de</strong> documentos<br />

confi<strong>de</strong>nciales en la tarjeta <strong>de</strong> memoria <strong>de</strong> un terminal <strong>de</strong> tipo smartphone podría suponer un riesgo bastante<br />

más elevado <strong>de</strong> lo que en principio podríamos suponer. La pérdida física <strong>de</strong> la información podría <strong>de</strong>tectarse<br />

y, quizá, subsanarse a tiempo; pero la sustracción <strong>de</strong> la misma, máxime cuando el hecho no es conocido,<br />

pue<strong>de</strong> resultar más dañina si cabe.<br />

Por ello, cobra vital importancia el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> nuevas herramientas que nos permitan <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong><br />

este tipo <strong>de</strong> ataques, e incluso contraatacar en el ámbito <strong>de</strong> la información, obteniendo un perfil <strong>de</strong>l atacante<br />

que nos permita llegar a i<strong>de</strong>ntificarlo físicamente y actuar en consecuencia.<br />

Mediante un sistema como el propuesto, la seguridad <strong>de</strong> una red Bluetooth corporativa don<strong>de</strong> participen<br />

una gran variedad <strong>de</strong> actores, aumenta significativamente.<br />

REFERENCIAS<br />

Grupo <strong>de</strong> trabajo <strong>de</strong>l estándar 802.3 (Ethernet). Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE). http://<br />

www.ieee802.org/3/<br />

Grupo <strong>de</strong> trabajo <strong>de</strong>l estándar 802.11 (WiFi). Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE). http://<br />

www.ieee802.org/11/<br />

Kleinrock, L.; "On some principles of nomadic computing and multiaccess communications". Communications<br />

Magazine, IEEE. Volume 38, Issue 7, July 2000 Page(s):46 50<br />

Kleinrock, L.; "Nomadic computing and smart spaces". Internet Computing, IEEE. Volume 4, Issue 1, Jan.Feb. 2000<br />

Page(s):52 – 53<br />

Bengochea,Luis; Cano, Ramiro (2006) "Secure printing of confi<strong>de</strong>ntial documents for nomadic users". I Internacional<br />

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229238<br />

Bluetooth Special Interest Group http:// www.bluetooth.com/Bluetooth/SIG/<br />

Grupo <strong>de</strong> trabajo <strong>de</strong>l estándar 802.15 (Bluetooth). Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE). http://<br />

www.ieee802.org/15/<br />

Zetter,Kim (2004) “Security Cavities Ail Bluetooth”. Wired, InfoSec News.. Fri, 6 Aug 2004<br />

Simoneau, Paul (2006) “The OSI Mo<strong>de</strong>l: Un<strong>de</strong>rstanding the Seven Layers of Computer Networks”. ©2006 Global<br />

Knowledge Training LLC.<br />

Massey, James L. (1999) “On the Optimality of SAFER+ Diffusion”. Second Advanced Encryption Standard Candidate<br />

Conference. (AES2). Rome, Italy, March 22-23, 1999.<br />

Kitsos, P.; Sklavos, N.; Koufopavlou, O. (2002). "Hardware implementation of the SAFER+ encryption algorithm for the<br />

Bluetooth system". IEEE International Symposium on Circuits and Systems, 2002. ISCAS 2002. Volume 4, 26-29<br />

May 2002. Pages:878-881<br />

Finisterre, Kevin (2005) “Widcomm BTW Bluetooth for Windows Remote Audio Eavesdropping”. ©SecurityFocus. Dec<br />

16 2005.<br />

Miller, Toby (2003) “Intelligence Gathering: Watching a Honeypot at Work”. ©SecurityFocus. January 10, 2003.<br />

128


USABILIDAD EN UN JUEGO DE MEMORAMA CON<br />

RECONOCIMIENTO DE VOZ PARA NIÑOS<br />

Carlos Miranda-Palma 1 , Reyna Camal-Uc 2 , José Cen-Magaña 3 , Cinhtia Gonzalez-Segura 4<br />

Sergio Gonzalez-Segura 5 , Michel García-García 6 , Lizzie Narvaez-Díaz 7<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>Autónoma</strong> <strong>de</strong> Yucatán, Facultad <strong>de</strong> Matemáticas, Unidad Tizimin<br />

Calle 48 A s/n x 31, 97700, Tizimín, Yucatán, México<br />

{ 1 cmiranda, 4 gsegura, 5 sgsegura, 6 michel.garcia, 7 lendiaz}@uady.mx<br />

{camaluc 2 , cmagana 3 }@tizimin.uady.mx<br />

RESUMEN<br />

Se presentan los resultados obtenidos al realizar pruebas <strong>de</strong> usabilidad con el método Thinking-aloud en un juego <strong>de</strong><br />

Memorama con reconocimiento <strong>de</strong> voz para estimular a niños en edad escolar que manifiestan problemas <strong>de</strong> lenguaje. Se<br />

<strong>de</strong>scriben las características y elementos <strong>de</strong>l juego, así como su integración con el sistema <strong>de</strong> reconocimiento <strong>de</strong> voz y los<br />

resultados obtenidos con las pruebas <strong>de</strong> usabilidad realizadas. El juego se <strong>de</strong>sarrolló utilizando el lenguaje C y las<br />

librerías gráficas SDL y los mo<strong>de</strong>los acústicos se <strong>de</strong>sarrollaron utilizando el software <strong>de</strong> reconocimiento <strong>de</strong> voz HTK.<br />

PALABRAS CLAVES<br />

Usabilidad, juego <strong>de</strong> Memorama, reconocimiento <strong>de</strong> voz, niños, HTK, problemas <strong>de</strong> lenguaje.<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

El lenguaje oral es un medio <strong>de</strong> comunicación que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> tiempos remotos ha empleado el ser humano para el<br />

intercambio <strong>de</strong> información <strong>de</strong> manera directa y eficiente. Sin embargo, existen personas con trastornos <strong>de</strong>l<br />

lenguaje, lo cual ocasiona que su comunicación resulte difícil o incluso, en ocasiones, sea imposible para<br />

ellas comunicarse por este medio.<br />

Un trastorno <strong>de</strong>l habla y lenguaje se refiere a los problemas <strong>de</strong> la comunicación u otras áreas<br />

relacionadas, tales como las funciones motoras orales. Estos atrasos y trastornos varían <strong>de</strong>s<strong>de</strong> simples<br />

sustituciones <strong>de</strong> sonido hasta la inhabilidad <strong>de</strong> compren<strong>de</strong>r o utilizar el lenguaje o mecanismo motor-oral<br />

para el habla y alimentación (NICHCY, 2004).<br />

Los trastornos <strong>de</strong> la comunicación tienen el potencial <strong>de</strong> aislar a los individuos <strong>de</strong> sus alre<strong>de</strong>dores sociales<br />

y educacionales, por lo que es necesario encontrar los mecanismos que permitan elevar la calidad <strong>de</strong> vida <strong>de</strong><br />

las personas con necesida<strong>de</strong>s especiales y puedan contribuir a mejorar nuestra sociedad.<br />

La tecnología pue<strong>de</strong> ayudar a aquellos niños cuyas condiciones físicas hacen que su comunicación sea<br />

difícil. El uso <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> comunicación electrónicos permite que la gente que no habla y las personas con<br />

severas discapacida<strong>de</strong>s físicas aumenten su calidad <strong>de</strong> vida (NICHCY, 2004).<br />

Debido a la importancia <strong>de</strong>l habla en la vida <strong>de</strong> las personas, el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> sistemas capaces <strong>de</strong> aceptar<br />

una señal <strong>de</strong> voz como entrada para realizar una <strong>de</strong>terminada función ha tomado gran interés. En la<br />

actualidad se han <strong>de</strong>sarrollado una cantidad <strong>de</strong> aplicaciones que permiten utilizar la voz humana, como en el<br />

ITESM Campus Cuernavaca que por medio <strong>de</strong> comandos vocales manipula un robot móvil (Miranda y<br />

Mayora, 2003; Miranda et al., 2004). En el IIMAS <strong>de</strong> la UNAM también se han venido <strong>de</strong>sarrollando<br />

diversos proyectos que incluyen la comunicación hablada como forma <strong>de</strong> interacción (Pineda et al., 2002;<br />

Romero, 2002).<br />

Asimismo, en los últimos años se ha incrementado el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> aplicaciones para personas con algún<br />

tipo <strong>de</strong> discapacidad, ejemplo <strong>de</strong> esto es el Proyecto Fressa (Fressa, 2007) que ha <strong>de</strong>sarrollado con mucho<br />

éxito diversas aplicaciones para diferentes tipos <strong>de</strong> discapacidad. Uno <strong>de</strong> estos programas es el “Control <strong>de</strong>l<br />

mouse mediante ór<strong>de</strong>nes <strong>de</strong> voz” fue diseñado para personas con <strong>de</strong>ficiencias motoras que no pue<strong>de</strong>n<br />

controlar el mouse <strong>de</strong> forma normal y pue<strong>de</strong>n emplear la voz en vez <strong>de</strong>l Mouse (Fressa, 2007). Otro ejemplo<br />

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<strong>de</strong> este tipo <strong>de</strong> aplicaciones es el Club <strong>de</strong> Othello (Paniagua, 2005), que se utiliza para el aprendizaje en niños<br />

con discapacidad visual y se han obtenido buenos resultados con su aplicación.<br />

En este trabajo se presentan los resultados obtenidos <strong>de</strong> aplicar pruebas <strong>de</strong> usabilidad empleando métodos<br />

<strong>de</strong>l tipo Thinking Aloud en un juego <strong>de</strong> Memorama que emplea la forma más natural <strong>de</strong> comunicación<br />

humana: el habla. El juego <strong>de</strong>scrito está diseñado para utilizarse con niños en edad escolar con problemas <strong>de</strong>l<br />

habla. Asimismo se <strong>de</strong>scriben sus características y su integración con el sistema <strong>de</strong> reconocimiento <strong>de</strong> voz.<br />

2. JUEGO DE MEMORAMA<br />

En esta sección se presenta el diseño conceptual <strong>de</strong>l Sistema Fonetix y uno <strong>de</strong> los Juegos que lo conforman:<br />

el Memorama. También se <strong>de</strong>scriben los elementos y características generales <strong>de</strong>l juego, su historia, las<br />

interfaces y sus personajes.<br />

2.1 Diseño Conceptual<br />

Al inicio <strong>de</strong> este proyecto se propuso <strong>de</strong>sarrollar aplicaciones que fueran interesantes, motivadoras y que<br />

apoyaran a niños con problemas <strong>de</strong> lenguaje. Por tal razón y conjuntamente con las maestras <strong>de</strong>l área <strong>de</strong><br />

lenguaje <strong>de</strong>l Centro <strong>de</strong> Atención Múltiple (CAM) <strong>de</strong> la ciudad <strong>de</strong> Tizimín se <strong>de</strong>cidió implementar este juego<br />

por su popularidad y lógica intuitiva. Una vez <strong>de</strong>finido el juego, se consi<strong>de</strong>raron los elementos familiares<br />

para los usuarios finales y consi<strong>de</strong>rando el contexto en esta región <strong>de</strong> México se <strong>de</strong>sarrollo una historia y un<br />

ambiente que fuera conocido para los niños Yucatecos. Esto se hizo consi<strong>de</strong>rando las reglas básicas <strong>de</strong><br />

usabilidad que consisten en respetar los patrones conocidos para el usuario final.<br />

Asimismo, para este juego se <strong>de</strong>cidió utilizar el conjunto <strong>de</strong> palabras directas e indirectas para el<br />

reconocimiento <strong>de</strong> voz. Una palabra directa esta formada por sílabas que empiezan con una consonante<br />

seguida <strong>de</strong> una vocal y una palabra indirecta esta formada por al menos una sílaba que empiece con una vocal<br />

seguida <strong>de</strong> una consonante.<br />

Como siguiente paso se <strong>de</strong>cidió que toda la historia <strong>de</strong>l juego se <strong>de</strong>sarrollaría en una casa y que el<br />

ambiente <strong>de</strong>l juego <strong>de</strong> Memorama fuera en un cuarto <strong>de</strong> la misma, asimismo se <strong>de</strong>finieron 4 personajes que el<br />

niño pue<strong>de</strong> elegir y a este personaje el niño lo ayuda a vencer los retos que un alux (personaje mitológico <strong>de</strong><br />

la cultura Maya) le pone durante la interacción con el juego.<br />

En la mitología maya, un alux es un pequeño espíritu que viaja a través <strong>de</strong> la tierra. Un alux es pequeño,<br />

un poco más alto <strong>de</strong> la rodilla, se asemeja a los mayas miniatura en la ropa tradicional, es generalmente<br />

invisible pero pue<strong>de</strong> asumir la forma física con el propósito <strong>de</strong> comunicarse con los seres humanos.<br />

De todo lo anterior nace el sistema Fonetix que en su primera etapa contiene el juego <strong>de</strong> Memorama y que<br />

reconoce por medio <strong>de</strong> la voz palabras directas e indirectas. Actualmente estamos <strong>de</strong>sarrollando dos juegos<br />

más para otros conjuntos <strong>de</strong> palabras que se utilizan en la rehabilitación <strong>de</strong> los niños.<br />

2.2 Historia <strong>de</strong>l Juego<br />

Al inicio <strong>de</strong>l juego se presenta la historia mediante una introducción animada en la cual se observa la<br />

habitación <strong>de</strong>l personaje elegido (Rafa, Tony, Luci o Migue) con los juguetes y otros artículos <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nados.<br />

La mamá entra y le advierte que si no or<strong>de</strong>na el cuarto vendrá el alux y se los llevará. El personaje no<br />

obe<strong>de</strong>ce, tal vez porque no cree en los aluxes o por ser muy flojo; sin embargo, cuando quiere abandonar el<br />

cuarto aparece el alux, quien al ver la situación <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> divertirse un rato con el niño y convierte cada objeto<br />

en una piedra. Estos objetos vuelan por el aire, <strong>de</strong>saparecen y aparecen convertidos en piedras a<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> un<br />

huacal, en el cuarto. Un huacal es un término en el lenguaje Maya que se refiere a una caja formada con tiras<br />

<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ra separadas que generalmente se emplea para transportar fruta, hortalizas o animales pequeños. El<br />

alux <strong>de</strong>saparece y <strong>de</strong>ja al personaje triste y con un montón <strong>de</strong> piedras en el huacal. Ahora le toca al niño<br />

encontrar los objetos.<br />

Esta introducción se realizó buscando <strong>de</strong>spertar el interés <strong>de</strong>l niño pues se diseñó con colores llamativos,<br />

botones gran<strong>de</strong>s, texto legible y se buscó emplear elementos visuales comunes en el software popular, para<br />

que los usuarios finales los i<strong>de</strong>ntifiquen y reconozcan <strong>automática</strong>mente. Se realizaron varias versiones<br />

retroalimentadas por el grupo <strong>de</strong> trabajo y los niños, hasta que se obtuvo la versión final.<br />

130


Al finalizar la animación introductoria se informa al personaje que si elige 2 piedras y ambas ocultan el<br />

mismo objeto, tendrá que pronunciar el nombre <strong>de</strong>l mismo; si lo hace correctamente éste regresará a su forma<br />

original y se ubicará en su lugar correspondiente <strong>de</strong> la habitación. En caso <strong>de</strong> una pronunciación incorrecta<br />

dispondrá <strong>de</strong> 3 oportunida<strong>de</strong>s para pronunciar el nombre <strong>de</strong>l objeto.<br />

2.3 Descripción <strong>de</strong>l Juego<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Memorama es el típico juego en el que se <strong>de</strong>ben encontrar las parejas que oculten el mismo objeto. El juego<br />

consta <strong>de</strong> dos pantallas: el Memorama representado con un conjunto <strong>de</strong> piedras en el interior <strong>de</strong> un huacal y<br />

la habitación <strong>de</strong>l personaje como escenario. En un principio la habitación contiene los objetos o juguetes<br />

<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nados <strong>de</strong>l personaje y posteriormente se presenta la animación <strong>de</strong> los objetos que han sido colocados<br />

en el lugar a<strong>de</strong>cuado tras la pronunciación <strong>de</strong>l nombre <strong>de</strong> cada uno <strong>de</strong> ellos.<br />

Figura 1. Imágenes <strong>de</strong> los cuartos <strong>de</strong> Tony, Luci, Migue y Rafa.<br />

El juego comienza con la selección <strong>de</strong> uno <strong>de</strong> los 4 personajes por parte <strong>de</strong>l usuario. Posteriormente, se<br />

observa la animación <strong>de</strong>scrita previamente, en la que los objetos <strong>de</strong>l cuarto son convertidos en piedras por el<br />

alux. Enseguida se observa la habitación <strong>de</strong>l personaje elegido. Se diseñó un escenario diferente para la<br />

habitación <strong>de</strong> cada personaje (Figura 1) con la intención <strong>de</strong> que cada niño se sienta i<strong>de</strong>ntificado con él. En la<br />

parte superior <strong>de</strong> la pantalla se presenta la imagen <strong>de</strong>l personaje seleccionado y la <strong>de</strong>l huacal, éste último es<br />

un vínculo para ir a la pantalla <strong>de</strong>l juego en la que están las piedras <strong>de</strong>l Memorama. La puntuación también se<br />

ubica en la parte superior <strong>de</strong> la pantalla (Figura 2).<br />

Para seleccionar una piedra el niño hace clic sobre ella con el Mouse, con lo cual la piedra toma la forma<br />

<strong>de</strong>l objeto original, y permanece así hasta que el jugador selecciona una segunda piedra (Figura 2). Si el<br />

jugador <strong>de</strong>sea ver la habitación, pue<strong>de</strong> seleccionar la imagen <strong>de</strong> la casita que se encuentra en la parte superior<br />

<strong>de</strong> la pantalla. El jugador podrá intercambiarse entre las dos pantallas las veces y en el momento en que lo<br />

<strong>de</strong>see.<br />

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Figura 2. Pantalla <strong>de</strong>l Memorama: fondo <strong>de</strong> un huacal con las piedras en su interior.<br />

Cuando el jugador selecciona un par <strong>de</strong> piedras, existen dos situaciones posibles: que los objetos<br />

correspondientes a las piedras seleccionadas coincidan o que sean diferentes. Si son diferentes, los objetos se<br />

convierten nuevamente en piedras y continúa el juego. Si los objetos son iguales, se le pi<strong>de</strong> al jugador que<br />

pronuncie el nombre <strong>de</strong>l objeto, dándole como máximo tres oportunida<strong>de</strong>s para realizarlo. Si está habilitada<br />

la opción <strong>de</strong>l sonido, el sistema primero pronunciará la palabra y luego esperará a que el jugador la<br />

pronuncie. Es importante mencionar que ésta opción <strong>de</strong> pronunciar el nombre <strong>de</strong>l objeto resultó ser muy útil<br />

para los niños que no saben leer y también para aquellos que necesitan ejercitar su audición.<br />

Si el jugador logra pronunciar correctamente el nombre <strong>de</strong>l objeto, el sistema le otorga una puntuación<br />

que va <strong>de</strong> los 400 a los 100 puntos, <strong>de</strong>pendiendo el número <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s que empleó para hacerlo.<br />

A<strong>de</strong>más <strong>de</strong> la puntuación, como estímulo adicional, el jugador pue<strong>de</strong> observar en la pantalla <strong>de</strong>l cuarto una<br />

animación <strong>de</strong>l objeto pronunciado, en caso <strong>de</strong> hacerlo correctamente (Figura 3). De lo contrario, el sistema le<br />

otorgará la puntuación mínima (100 puntos) y no se le presentará la animación <strong>de</strong>l objeto.<br />

Figura 3. Animación <strong>de</strong>l objeto pronunciado correctamente.<br />

En cualquiera <strong>de</strong> los 2 casos anteriores (pronunciar correcta o incorrectamente), si los objetos coinci<strong>de</strong>n<br />

ambas piedras seleccionadas <strong>de</strong>saparecen <strong>de</strong> la pantalla. El juego termina cuando todos los objetos han sido<br />

encontrados, es <strong>de</strong>cir, ya no quedan más piedras en el huacal y todos los objetos están en el lugar que les<br />

correspon<strong>de</strong> en la habitación, dando la apariencia <strong>de</strong> un cuarto bien or<strong>de</strong>nado.<br />

Una vez terminado el juego, se presenta una pantalla que contiene la tabla <strong>de</strong> posiciones en la que se<br />

muestran las 10 mejores puntuaciones y sus tiempos. Las primeras posiciones las ocupan los jugadores que<br />

obtienen la mayor puntuación en el menor tiempo posible.<br />

Finalmente, se presenta una pantalla informando al usuario que tiene la oportunidad <strong>de</strong> jugar en el<br />

siguiente nivel o <strong>de</strong> salir <strong>de</strong>l juego. El juego cuenta con tres niveles <strong>de</strong> complejidad (número <strong>de</strong> palabras<br />

directas o indirectas a pronunciar): en el primer nivel son 4 palabras, en el segundo nivel son 8 palabras y en<br />

el tercer nivel son 12 palabras.<br />

2.4 Personajes<br />

En esta sección se presentan a los personajes <strong>de</strong>l juego, los cuales fueron diseñados con ciertas características<br />

<strong>de</strong> su entorno, con el propósito <strong>de</strong> que los niños se i<strong>de</strong>ntifiquen con ellos. Los nombres <strong>de</strong> los personajes<br />

132


fueron asignados <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> realizar una votación con los niños <strong>de</strong>l Centro <strong>de</strong> Atención Múltiple <strong>de</strong> la ciudad<br />

<strong>de</strong> Tizimin, Yucatán. Fueron ellos mismos quienes propusieron los nombres.<br />

El primero <strong>de</strong> ellos es Tony, es el más <strong>de</strong>portista, le gusta trabajar en equipo y prefiere los <strong>de</strong>portes que se<br />

juegan en grupo (Figura 4a). El segundo <strong>de</strong> ellos es Rafa, es muy estudioso, le gusta leer y ayudar a los<br />

<strong>de</strong>más con sus tareas (Figura 4b).<br />

Figura 4. Personajes <strong>de</strong>l juego<br />

El tercer personaje es Luci, ella es romántica, le gusta escuchar música y leer poemas (Figura 4c). El<br />

último <strong>de</strong> ellos es Migue, es el travieso, es hermanito <strong>de</strong> Luci, le gustan las caricaturas y coleccionar insectos.<br />

De gran<strong>de</strong> quiere ser vaquero como su papá (Figura 4d).<br />

3. SISTEMA DE RECONOCIMIENTO DE VOZ<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

El sistema <strong>de</strong> reconocimiento <strong>de</strong> voz utiliza tres mo<strong>de</strong>los principales:<br />

• Un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>l lenguaje que está basado en una gramática <strong>de</strong> estados finitos. En esta gramática se<br />

<strong>de</strong>finen todas las palabras directas e indirectas que se utilizan en el juego <strong>de</strong> Memorama. Con esta<br />

gramática se reconocen 54 palabras, estas palabras se <strong>de</strong>finieron en conjunto con las maestras <strong>de</strong><br />

lenguaje <strong>de</strong>l CAM, algunos ejemplos son: ardilla, aspiradora, espada, escoba, vaso, zapato, dado,<br />

corona, cepillo, basura, espejo, hamaca, lupa, goma, galleta, payaso, bate, jirafa, camisa, antifaz,<br />

ovni, etc.<br />

• Un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> pronunciación formado por el vocabulario necesario para <strong>de</strong>finir las palabras <strong>de</strong> la<br />

gramática, don<strong>de</strong> la pronunciación se representa como la secuencia <strong>de</strong> fonemas correspondiente a<br />

cada palabra. El vocabulario <strong>de</strong> este juego esta formado con 54 palabras directas e indirectas.<br />

• Un mo<strong>de</strong>lo acústico basado en mo<strong>de</strong>los ocultos <strong>de</strong> Markov que fue entrenado con un corpus <strong>de</strong><br />

voz diseñado con un contenido lingüístico basado en oraciones formadas con frases con<br />

significado lingüístico que contenían a la mayoría <strong>de</strong> los fonemas <strong>de</strong>l español hablado en México,<br />

este mo<strong>de</strong>lo acústico fue creado y utilizado en (Miranda, 2003). El mo<strong>de</strong>lo acústico fue entrenado<br />

con un corpus <strong>de</strong> voz formado por 40 personas (23 hombres y 17 mujeres) provenientes <strong>de</strong><br />

diferentes estados <strong>de</strong> la República Mexicana cuya lengua materna es el español hablado en<br />

México (Miranda et al., 2004). El mo<strong>de</strong>lo fonético es in<strong>de</strong>pendiente <strong>de</strong>l contexto e i<strong>de</strong>ntifica los<br />

fonemas <strong>de</strong>l Español hablado en México. Para su entrenamiento se usaron las librerías <strong>de</strong>l Hid<strong>de</strong>n<br />

Markov Tool Kit, HTK (Young, 2002).<br />

4. INTEGRACIÓN ENTRE EL JUEGO DE MEMORAMA Y EL SISTEMA<br />

DE RECONOCIMIENTO DE VOZ<br />

El juego <strong>de</strong> Memorama fue <strong>de</strong>sarrollado en el Lenguaje C con las librerías gráficas SDL. Las funciones que<br />

utiliza el sistema <strong>de</strong> reconocimiento <strong>de</strong> voz también fueron <strong>de</strong>sarrolladas en el Lenguaje C, estas funciones<br />

contienen scripts que utilizan comandos <strong>de</strong> HTK. El juego electrónico con reconocimiento <strong>de</strong> voz se ejecuta<br />

bajo el ambiente Linux.<br />

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La interacción entre ambos sistemas inicia al seleccionar dos piedras con objetos iguales, en el proceso <strong>de</strong><br />

reconocimiento <strong>de</strong> voz el jugador tiene tres oportunida<strong>de</strong>s para pronunciar <strong>de</strong> manera correcta el nombre <strong>de</strong>l<br />

objeto. Las palabras son <strong>de</strong>tectadas a través <strong>de</strong> un micrófono.<br />

En cada oportunidad se realiza el reconocimiento <strong>de</strong> la palabra <strong>de</strong>tectada, lo cual se hace mediante las<br />

siguientes activida<strong>de</strong>s:<br />

1. Almacenar en un archivo la entrada <strong>de</strong> audio en un formato propio <strong>de</strong> HTK.<br />

2. Utilizar el comando HVite <strong>de</strong> HTK, el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> lenguaje, el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> pronunciación, los<br />

mo<strong>de</strong>los acústicos y el archivo <strong>de</strong>l paso anterior. El comando HVite genera y almacena el<br />

archivo con las 5 palabras con mayor probabilidad <strong>de</strong> haberse pronunciado y posteriormente se<br />

genera un archivo que contiene las 5 palabras reconocidas, las cuales almacena en otro archivo.<br />

3. Buscar las palabras candidatas pronunciadas en el archivo <strong>de</strong> palabras que pue<strong>de</strong>n ser parte <strong>de</strong>l<br />

juego, según se <strong>de</strong>finieron para el Memorama<br />

4. Retornar la palabra reconocida al juego <strong>de</strong> Memorama para continuar con la ejecución.<br />

Finalmente si la palabra que se reconoció es la palabra correspondiente al objeto encontrado en el juego<br />

entonces al jugador se le asigna los puntos ganados.<br />

5. PRUEBAS DE USABILIDAD<br />

Al redactar este documento, está a punto <strong>de</strong> ser liberada la versión final <strong>de</strong>l juego <strong>de</strong> Memorama con<br />

reconocimiento <strong>de</strong> voz para ser utilizado por los niños con problemas <strong>de</strong> lenguaje <strong>de</strong>l Centro <strong>de</strong> Atención<br />

Múltiple (CAM) <strong>de</strong> la ciudad <strong>de</strong> Tizimín, Yucatán, México. Una vez realizada la implementación, se planea<br />

que las maestras <strong>de</strong>l CAM empleen el software durante 4 ó 5 meses en forma continua con los niños para<br />

po<strong>de</strong>r verificar su utilidad en la rehabilitación <strong>de</strong> los mismos. Como parte <strong>de</strong>l proceso <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> este<br />

proyecto se realizaron pruebas <strong>de</strong> usabilidad con una versión beta <strong>de</strong>l software. En esta sección se presentan<br />

los resultados obtenidos con estas pruebas.<br />

En primera instancia, se realizaron pruebas con personas <strong>de</strong>l centro <strong>de</strong> trabajo que no formaron parte <strong>de</strong>l<br />

<strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong>l software. En esta primera etapa, entrevistando a los usuarios <strong>de</strong>l sistema, se pudieron <strong>de</strong>tectar<br />

varios aspectos que posteriormente fueron corregidos, entre los que se encuentran:<br />

• El aspecto visual <strong>de</strong> las pantallas. Se buscó homogeneizar el estilo y los tonos <strong>de</strong> colores <strong>de</strong> las<br />

pantallas <strong>de</strong>l juego.<br />

• El tamaño <strong>de</strong> los elementos <strong>de</strong> interacción, como son: el cursor, los botones, las piedras y los<br />

personajes.<br />

• Se agregó sonido a las introducción inicial <strong>de</strong>l juego, para hacerla más llamativa.<br />

Una vez corregidos los <strong>de</strong>talles <strong>de</strong>tectados en esta primera etapa, se llevó el software para ser evaluado<br />

por quienes serán los usuarios finales <strong>de</strong>l sistema. Las pruebas se realizaron con el 100% <strong>de</strong> la población <strong>de</strong><br />

niños <strong>de</strong>l CAM en edad escolar con diferentes grados <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> lenguaje y que tenían únicamente este<br />

problema (ningún otro <strong>de</strong> los que también se presentan en los niños que acu<strong>de</strong>n al CAM).<br />

Los instrumentos que se utilizaron son tres y con ellos se pretendía medir:<br />

1. La familiaridad <strong>de</strong>l niño con una computadora.<br />

2. La facilidad <strong>de</strong> realizar <strong>de</strong>terminadas activida<strong>de</strong>s durante el juego.<br />

3. La aceptación <strong>de</strong>l juego a través <strong>de</strong>: su facilidad <strong>de</strong> interacción (mouse y teclado), su ambiente y<br />

la motivación <strong>de</strong> jugar con él.<br />

Todas las interacciones <strong>de</strong> los niños con el juego fueron grabadas en la computadora, con lo cual se<br />

pudieron evaluar algunos aspectos que no fueron <strong>de</strong>tectados al momento <strong>de</strong> realizar las pruebas. Los<br />

resultados que se obtuvieron con estas pruebas se resumen en la Tabla 1 y son los siguientes:<br />

• Al aplicarse el instrumento para medir la familiaridad <strong>de</strong>l niño con una computadora, se <strong>de</strong>tectó<br />

que los niños no están familiarizados con el uso <strong>de</strong> la misma, por lo que se sugirió realizar con<br />

ellos un entrenamiento previo al uso <strong>de</strong>l juego, para interactuar con el mouse y el teclado,<br />

solamente el 25% <strong>de</strong> los niños había utilizado una computadora para jugar, editar texto (Word) y/o<br />

editar imágenes (Paint).<br />

• Al aplicarse el instrumento para medir la facilidad <strong>de</strong> realizar <strong>de</strong>terminadas activida<strong>de</strong>s durante el<br />

juego, se obtuvo que en aquellas activida<strong>de</strong>s que involucraba el uso <strong>de</strong>l mouse (seleccionar a los<br />

personajes y seleccionar las piedras) les fue complicado a los niños por el manejo <strong>de</strong>l mismo, ya<br />

134


Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

que como se mencionó anteriormente los niños no están muy familiarizados con el manejo <strong>de</strong> una<br />

computadora. Sin embargo, a pesar <strong>de</strong> lo anterior, pudieron seleccionar los objetos y botones<br />

<strong>de</strong>seados, lo cual permite concluir que la ubicación, tamaño y color <strong>de</strong> los mismos es el a<strong>de</strong>cuado.<br />

• Al aplicarse el instrumento para medir la aceptación <strong>de</strong>l juego, se observó que el juego tiene un<br />

ambiente atractivo pues los niños muestran mucho interés por el juego ya que la temática les<br />

resulta fácil y familiar, a<strong>de</strong>más <strong>de</strong> los colores, imágenes y la motivación a pronunciar palabras por<br />

la animación graciosa que realizan los objetos. Esto se pudo comprobar al tener en un salón a 5<br />

niños que son consi<strong>de</strong>rados por sus maestras como muy inquietos y que al usar el software, éste<br />

lograba captar su atención y la <strong>de</strong> sus compañeros.<br />

• En las grabaciones se observó que el juego es un reto a vencer, ya que los niños se esforzaban por<br />

pronunciar correctamente las palabras, incluso elevaban la voz o repetían la palabra varias veces.<br />

• Finalmente, se obtuvo un reconocimiento <strong>de</strong> voz satisfactorio, ya que se probó en niños con<br />

diversos grados <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> lenguaje, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> niños con un nivel <strong>de</strong> pronunciación aceptable<br />

hasta en niños con frenillos o con un nivel bajo, en la mayoría <strong>de</strong> los casos el sistema reconoció<br />

satisfactoriamente muchas <strong>de</strong> las palabras pronunciadas.<br />

Tabla 1. Resultados obtenidos al evaluar la usabilidad <strong>de</strong>l Memorama.<br />

Aspecto observado Sí No<br />

Experiencia con el uso <strong>de</strong> la computadora 25% 75%<br />

Selección <strong>de</strong> objetos y botones <strong>de</strong>seados 100% 0%<br />

Interés observado hacia el juego 90% 10%<br />

Como se mencionó anteriormente estos resultados se obtuvieron observando y aplicando tres<br />

instrumentos a niños <strong>de</strong> ambos sexos al interactuar con el juego y los resultados <strong>de</strong> los instrumentos<br />

aplicados fueron reafirmados por los comentarios <strong>de</strong> las 3 maestras <strong>de</strong> lenguaje <strong>de</strong>l CAM, a partir <strong>de</strong> lo cual<br />

se obtuvieron los resultados presentados.<br />

Algunos <strong>de</strong> los comentarios hechos por los niños son los siguientes:<br />

1. No es que no me guste, lo que pasa es que esta muy dificil, se parece al que juego con la maestra<br />

y por eso está bonito, pero no me gusta por que no se usar el ratón<br />

2. Es difícil mover la mano (el ratón) para agarrar las piedras.<br />

3. Me gusta ver como se mueven los muñecos, sobre todo el gato, por eso quiero pronunciar bien la<br />

palabra.<br />

4. Es lo mismo que hacemos a veces con la maestra pero en papel, esta más bonito así en la<br />

computadora.<br />

5. Me gusta ver que se muevan los muñecos, pero me cuesta trabajo <strong>de</strong>cir sus nombres.<br />

6. Me gusta porque me divierto y así no tengo clase.<br />

Algunas observaciones realizadas por los evaluadores son las siguientes:<br />

• Es difícil para el niño jugar por la falta <strong>de</strong> experiencia con el uso <strong>de</strong> la computadora<br />

• No sabe leer y requiere ayuda con los textos<br />

• El juego le fastidió<br />

• Le <strong>de</strong>sespera el movimiento <strong>de</strong>l ratón, tiene poco control<br />

• Aprendió a usar el ratón rápidamente y pudo jugar sin problemas<br />

• El niño quería seguir jugando<br />

• Los niños sonreían al jugar<br />

Los resultados obtenidos con este primer juego <strong>de</strong>l sistema están permitiendo mejorar los aspectos <strong>de</strong><br />

usabilidad en los dos juegos siguientes: gravedad y rescate. Al finalizar los tres juegos <strong>de</strong>l sistema, se<br />

realizarán nuevamente estas y otras pruebas con el fin <strong>de</strong> mejorar los aspectos <strong>de</strong>tectados respecto a la<br />

usabilidad <strong>de</strong>l sistema.<br />

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6. CONCLUSIONES<br />

En este trabajo se <strong>de</strong>scribieron las características, historia y personajes <strong>de</strong> un juego <strong>de</strong> Memorama con<br />

reconocimiento <strong>de</strong> voz, así como la manera <strong>de</strong> interactuar con él.<br />

El sistema <strong>de</strong> reconocimiento <strong>de</strong> voz reconoce los fonemas <strong>de</strong>l Español mexicano, estos se mo<strong>de</strong>laron<br />

acústicamente utilizando el tipo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lado in<strong>de</strong>pendiente <strong>de</strong>l contexto y se entrenaron utilizando los<br />

mo<strong>de</strong>los ocultos <strong>de</strong> Markov. Este sistema <strong>de</strong> reconocimiento <strong>de</strong> voz continua en español es multilocutor y<br />

maneja un vocabulario <strong>de</strong> 54 palabras (entre directas e indirectas) que se utilizan en la rehabilitación <strong>de</strong> niños<br />

con problemas <strong>de</strong> lenguaje.<br />

Se presentó la manera en que se integró el juego <strong>de</strong> Memorama con el sistema <strong>de</strong> reconocimiento <strong>de</strong> voz.<br />

Asimismo, se presentaron los resultados obtenidos al aplicar tres instrumentos para medir: la familiaridad<br />

<strong>de</strong>l niño con una computadora, la facilidad <strong>de</strong> realizar <strong>de</strong>terminadas activida<strong>de</strong>s durante el juego y la<br />

aceptación <strong>de</strong>l juego. Los resultados que se obtuvieron son: el juego tiene un ambiente atractivo, jugar con el<br />

es un reto a vencer y el reconocimiento <strong>de</strong> voz en niños con problemas <strong>de</strong> lenguaje fueron satisfactorios. Una<br />

acción que se preten<strong>de</strong> implementar como resultado <strong>de</strong> estas pruebas es que antes <strong>de</strong> que se utilice <strong>de</strong> manera<br />

cotidiana el juego <strong>de</strong> Memorama en el CAM, las maestras planean llevar a los niños a que interactúen con<br />

computadoras <strong>de</strong> la misma escuela para habilitarlos en el manejo <strong>de</strong>l mouse y <strong>de</strong>l teclado.<br />

Finalmente, se preten<strong>de</strong> que el software <strong>de</strong>sarrollado sea una herramienta entretenida, divertida y menos<br />

tediosa para los niños al repetir palabras en su proceso <strong>de</strong> rehabilitación y evaluación. Por lo pronto las<br />

maestras <strong>de</strong>l CAM consi<strong>de</strong>ran que esta herramienta resultará <strong>de</strong> mucha utilidad en su labor con los niños.<br />

AGRADECIMIENTOS<br />

Agra<strong>de</strong>cemos al CONACYT y al Gobierno <strong>de</strong>l Estado <strong>de</strong> Yucatán todas las facilida<strong>de</strong>s, apoyos y recursos<br />

para el logro <strong>de</strong> nuestras activida<strong>de</strong>s. Este proyecto es financiado por los Fondos Mixtos CONACYT –<br />

Gobierno <strong>de</strong>l Estado <strong>de</strong> Yucatán con clave YUC-2004-C03-028.<br />

REFERENCIAS<br />

Fressa, P., 2007. Educación Especial. [En línea]. España, disponible en: http://www.xtec.es/~jlagares/f2kesp.htm<br />

Jenny-Preece, et al, 1994. Human-Computer Interaction. Addison-Wesley Longman, New York, USA.<br />

Miranda-Palma, C., 2003. Sistema <strong>de</strong> navegación robótica por medio <strong>de</strong> comandos vocales con <strong>de</strong>tección <strong>automática</strong> <strong>de</strong><br />

obstáculos. Tesis <strong>de</strong> Maestría, ITESM, Campus Cuernavaca, Maestría en Ciencias Computacionales.<br />

Miranda-Palma, C. and Mayora-Ibarra, O., 2003, Robotic Remote Navigation by Speech Commands with Automatic<br />

Obstacles Detection. Proceedings of IASTED International Conference on Robotics and Applications (RA 2003).<br />

Salzburg, Austria, pp. 53-57. ISBN: 0-88986-357-1, ISSN: 1027-264X. Editorial ACTA Press.<br />

Miranda-Palma C. et al, 2004. Interfaz con reconocimiento <strong>de</strong> Voz para la Manipulación Robótica. Proceedings <strong>de</strong>l<br />

Workshop Interacción Humano-Computadora (ENC 2004), Avances en la Ciencia <strong>de</strong> la Computación. Colima,<br />

México, pp.72-78. ISBN: 970-692-170-2.<br />

National Dis<strong>semi</strong>nation Center for Children with Disabilities (NICHCY). 2004. Trastornos <strong>de</strong>l Habla y Lenguaje. [En<br />

Línea]. USA, disponible en: http://www.nichcy.org/pubs/spanish/fs11stxt.htm.<br />

Paniagua J. et al, 2005. Club <strong>de</strong> Othello, Aprendizaje Entretenido para Niños con Discapacidad Visual.<br />

http://www.tise.cl/archivos/tise2005/03.pdf<br />

Pineda L.A. et al, 2002. The DIME project. MICAI 2002: Mexican International Conference on Artificial Intelligence.<br />

Lecture Notes in Artificial Intelligence. Vol. 2313. pp 166-175.<br />

Romero, L., 2002. Impulsa el IIMAS la investigación en Cómputo. Gaceta UNAM, No. 3569. Publicado el 2 <strong>de</strong><br />

septiembre <strong>de</strong> 2002. ISBN 0188-5138. http://www.unam.mx/gaceta<br />

Young, S., 2002. The HTK Book. Cambridge University Engineering Department.<br />

136


DEFINIENDO UNA ESTRUCTURA DE EVALUACIÓN<br />

PARA MEDIR LA USABILIDAD DE SITIOS WEB<br />

EDUCATIVOS<br />

María E. Alva Obeso, Ana B. Martínez Prieto, María <strong>de</strong>l C. Suárez Torrente,<br />

Hernán Sagástegui Chigne, y Juan M. Cueva Lovelle<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Oviedo, Departamento <strong>de</strong> Informática,<br />

Oviedo, España, 33007<br />

{malva360, belenmp,macamen,hsagastegui,cueva}@uniovi.es<br />

RESUMEN<br />

Este artículo presenta una base para la obtención <strong>de</strong> los requisitos <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong> usabilidad mediante un mecanismo<br />

llamado árbol <strong>de</strong> requisitos, aplicado al campo <strong>de</strong> sitios Web educativos. El esquema propuesto es una plantilla general a<br />

partir <strong>de</strong> la cual se obtiene una estructura <strong>de</strong> evaluación (árbol <strong>de</strong> requisitos) necesario para evaluar cada tipo <strong>de</strong> sitio<br />

educativo, en función <strong>de</strong> una audiencia específica agrupada en base a la edad <strong>de</strong>l usuario (niño, joven, adulto y adulto<br />

mayor). La estructura <strong>de</strong> evaluación presentada en este artículo da soporte a la evaluación <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la perspectiva <strong>de</strong>l<br />

usuario <strong>de</strong> la metodología <strong>de</strong> evaluación y medición <strong>de</strong> la usabilidad <strong>de</strong> sitios web educativos (ME-USitE)[3] , ya que, en<br />

base al árbol establecido, <strong>de</strong>fine un cuestionario configurado a la audiencia que permite <strong>de</strong>tectar el mayor número <strong>de</strong><br />

problemas <strong>de</strong> usabilidad <strong>de</strong>l sitio <strong>de</strong> manera más objetiva y confiable. Este enfoque <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong> usuario pue<strong>de</strong><br />

contribuir a un mejor entendimiento <strong>de</strong> las características <strong>de</strong> una aplicación educativa y su impacto contextual en<br />

evaluaciones <strong>de</strong> usuarios.<br />

PALABRAS CLAVE<br />

Usabilidad, evaluación, parámetros <strong>de</strong> medición, criterios, métricas, atributos, árbol <strong>de</strong> requisitos, audiencia.<br />

1. INTRODUCCION<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Los estudios realizados muestran que la ausencia <strong>de</strong> parámetros (también conocidos como criterios,<br />

parámetros, métricas, etc., <strong>de</strong>pendiendo <strong>de</strong> los diferentes autores) estandarizados <strong>de</strong> evaluación genera<br />

muchas dificulta<strong>de</strong>s a la hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar los más a<strong>de</strong>cuados para la evaluación <strong>de</strong> la usabilidad <strong>de</strong> un sitio<br />

web. Estas dificulta<strong>de</strong>s estriban principalmente en la carencia <strong>de</strong> una estandarización que los especifique en<br />

<strong>de</strong>talle, tal y como señalan Newman [19] y Dillon et. al. [7] en estudios realizados. Este hecho ha llevado a<br />

que cada autor <strong>de</strong>fina sus propios parámetros [22] a la hora <strong>de</strong> realizar una evaluación o simplemente a<br />

utilizar los ya utilizados por otros (aunque no sean <strong>de</strong>finidos estrictamente para la Web), sin que se haya<br />

logrado un consenso en el uso <strong>de</strong> éstos.<br />

El estándar ISO 9241-11 [14] <strong>de</strong>fine la usabilidad y contempla aspectos genéricos a tener en cuenta en su<br />

evaluación pudiéndose, según refiere, <strong>de</strong>finir el nivel <strong>de</strong> <strong>de</strong>talle <strong>de</strong> acuerdo a los objetivos, sin señalar como<br />

lograrlo. Por otro lado, el estándar ISO 9126 [15] trata a la usabilidad como uno <strong>de</strong> los componentes <strong>de</strong> la<br />

calidad <strong>de</strong>l software <strong>de</strong>finiendo una serie <strong>de</strong> características que pue<strong>de</strong>n ser evaluadas, sin <strong>de</strong>finir las<br />

subcaracterísticas en las que estas pue<strong>de</strong>n ser divididas para optimizar la evaluación <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la perspectiva <strong>de</strong>l<br />

producto software. Aunque actualmente se esta trabajando en el estándar ISO/AWI 23973 [12] relativo a la<br />

usabilidad en aplicaciones Web, no se conoce ningún estándar que haya <strong>de</strong>tallado realmente las<br />

características y subcaracterísticas <strong>de</strong> usabilidad a evaluar y no se han encontrado acuerdo entre autores<br />

respecto al tema.<br />

Para llevar a cabo con éxito un proceso <strong>de</strong> evaluación es necesario <strong>de</strong>finir con claridad y <strong>de</strong>talle aquellas<br />

características que se <strong>de</strong>sean evaluar <strong>de</strong> acuerdo con los objetivos perseguidos. En este trabajo se muestra un<br />

mo<strong>de</strong>lo que sirva <strong>de</strong> estándar para la evaluación <strong>de</strong> sitios Web, en el que las características <strong>de</strong> evaluación se<br />

presentarán en forma <strong>de</strong> árbol <strong>de</strong> requisitos <strong>de</strong> usabilidad utilizada como plantilla general para seleccionar los<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

parámetros más a<strong>de</strong>cuados a los propósitos <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong> sitios Web. Esta plantilla ha sido elaborada en<br />

base a una estructura jerárquica <strong>de</strong> tres niveles (criterios, métricas y atributos) para lograr un mayor <strong>de</strong>talle <strong>de</strong><br />

requisitos a evaluar.<br />

El enfoque presentado está orientado a un proceso <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la perspectiva <strong>de</strong>l usuario (niño,<br />

joven, adulto o adulto mayor) para <strong>de</strong>terminar en que medida la evaluación <strong>de</strong>l usuario es <strong>de</strong>pendiente <strong>de</strong> las<br />

características <strong>de</strong>l sistema por lo que, <strong>de</strong>pendiendo <strong>de</strong>l grupo, las características <strong>de</strong> evaluación a consi<strong>de</strong>rar<br />

pue<strong>de</strong>n variar en función <strong>de</strong> la importancia que tengan para el grupo en estudio. Es <strong>de</strong>cir, si bien es cierto que<br />

el árbol <strong>de</strong> requisitos <strong>de</strong> evaluación será general para todos los grupos, no todos los parámetros consi<strong>de</strong>rados<br />

en él se incluirán en el proceso <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong>l sitio <strong>de</strong>finido y para un grupo <strong>de</strong> usuarios <strong>de</strong>terminado; es<br />

más, los parámetros incluidos no afectarán <strong>de</strong>l mismo modo la usabilidad <strong>de</strong>l sitio. De hecho, un mismo<br />

grupo <strong>de</strong> parámetros <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong> usabilidad pue<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado esencial (si su presencia es<br />

consi<strong>de</strong>rada obligatoria para garantizar la usabilidad <strong>de</strong>l sitio), <strong>de</strong>seable (si su presencia pue<strong>de</strong> mejorar la<br />

usabilidad <strong>de</strong>l sitio) u opcional (si su presencia no afecta <strong>de</strong> manera significativa la usabilidad <strong>de</strong>l sitio)<br />

<strong>de</strong>pendiendo <strong>de</strong>l grupo <strong>de</strong> usuarios para el cual el sitio ha sido <strong>de</strong>sarrollado, por lo que la plantilla permite<br />

ajustar no solo la lista <strong>de</strong> parámetros a incluir en una evaluación sino a<strong>de</strong>más señalar con precisión el tipo<br />

correspondiente en función <strong>de</strong> la audiencia. El enfoque para la obtención <strong>de</strong> los requisitos <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong><br />

usabilidad <strong>de</strong>scrito forma parte <strong>de</strong>l esquema <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la perspectiva <strong>de</strong>l usuario <strong>de</strong> la metodología<br />

ME-USitE [3].<br />

Este trabajo esta organizado <strong>de</strong> la manera siguiente: En la sección 2 se presenta una breve <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong><br />

la metodología <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> la que se encuentra enmarcado este trabajo. En la sección 3, se presenta el proceso<br />

<strong>de</strong> selección <strong>de</strong> los parámetros <strong>de</strong> medición. En la sección 4 se <strong>de</strong>scribe el enfoque utilizado para <strong>de</strong>finir el<br />

árbol <strong>de</strong> requisitos <strong>de</strong> usabilidad para una audiencia específica. Finalmente, las conclusiones se presentan en<br />

la sección 5.<br />

2. METODOLOGÍA ME_USitE<br />

ME-USitE (Metodología <strong>de</strong> Evaluación <strong>de</strong> la Usabilidad <strong>de</strong> Sitios web Educativos)[3] es una metodología<br />

propuesta para medir y evaluar la usabilidad <strong>de</strong> sitios Web educativos. El enfoque presentado complementa<br />

la evaluación <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la perspectiva <strong>de</strong>l usuario, utilizando el método <strong>de</strong> indagación y <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la perspectiva <strong>de</strong>l<br />

experto, utilizando métodos <strong>de</strong> inspección. Los objetivos principales que persigue ME-USitE son los<br />

siguientes:<br />

Evaluación múltiple. Está enmarcada en dos evaluaciones principales: evaluación <strong>de</strong> expertos y<br />

evaluación <strong>de</strong> usuarios. La evaluación <strong>de</strong> expertos, involucra a varios expertos realizando una inspección<br />

global <strong>de</strong> la aplicación [20] en las diferentes etapas <strong>de</strong>l ciclo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo. La inspección pue<strong>de</strong><br />

realizarse seleccionado o combinando los métodos <strong>de</strong> inspección [20] más a<strong>de</strong>cuados al tipo <strong>de</strong> sitio a<br />

evaluar (heurísticas, estándares, guías o consistencia) <strong>de</strong> acuerdo a la experiencia <strong>de</strong>l especialista. La<br />

evaluación <strong>de</strong> usuarios, por su parte, es una evaluación <strong>de</strong> indagación [16] en la que usuarios reales,<br />

mientras realizan tareas en el sitio Web, <strong>de</strong>scubren los problemas que les dificultan alcanzar sus<br />

objetivos. Esta evaluación involucra la utilización <strong>de</strong> usuarios finales representativos <strong>de</strong> la audiencia<br />

objetivo para usar el sistema y completar un cuestionario que permita medir el cumplimiento <strong>de</strong> un<br />

conjunto <strong>de</strong> requisitos <strong>de</strong> usabilidad.<br />

Combinación <strong>de</strong> métodos. Se combinan los métodos <strong>de</strong> inspección y <strong>de</strong> indagación <strong>de</strong> manera<br />

complementaria para <strong>de</strong>scubrir problemas que pue<strong>de</strong>n ser pasados por alto por uno <strong>de</strong> ellos y viceversa<br />

[14]. El combinar las inspecciones <strong>de</strong> usabilidad y la evaluación <strong>de</strong> indagación tiene como objetivo<br />

proporcionar un proceso <strong>de</strong> evaluación más eficiente (optimizando los recursos humanos-materiales para<br />

completar la evaluación) y eficaz (la exactitud y completitud con que se logra la evaluación) [13]. Surge<br />

como una propuesta alternativa a la evaluación <strong>de</strong> usabilidad basada en pruebas <strong>de</strong> laboratorio, cuya<br />

ejecución resulta costosa y a veces los resultados obtenidos no son los esperados <strong>de</strong>bido a los escenarios<br />

artificiales usados.<br />

Configuración <strong>de</strong> los métodos <strong>de</strong> inspección. Debido a que los expertos están familiarizados<br />

generalmente con uno o varios métodos, parece lógico que la inspección se vea beneficiada si el experto<br />

pue<strong>de</strong> aplicar dichos métodos. Es por eso que consi<strong>de</strong>ramos un requisito para la metodología la<br />

posibilidad <strong>de</strong> seleccionar por parte <strong>de</strong>l experto los métodos con los que está más familiarizado.<br />

138


Consi<strong>de</strong>ración <strong>de</strong> la audiencia. Nuestra metodología persigue evaluar el grado <strong>de</strong> usabilidad que ofrece<br />

el sitio Web educativo a sus usuarios, teniendo en cuenta que cada sitio es diseñado y <strong>de</strong>sarrollado para<br />

una audiencia específica y que ésta pue<strong>de</strong> diferir en nivel <strong>de</strong> experiencia <strong>de</strong>bido precisamente a la<br />

naturaleza dispersa <strong>de</strong>l medio <strong>de</strong> transmisión <strong>de</strong> conocimiento utilizado (Internet).<br />

Extensión <strong>de</strong> la evaluación a las fases <strong>de</strong> análisis y diseño. Algunas <strong>de</strong> las metodologías <strong>de</strong> evaluación<br />

existentes fijan el proceso <strong>de</strong> evaluación en la etapa <strong>de</strong> prueba o bien cuando el producto ya está en uso.<br />

Esto acarrea dos problemas principales: el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> un producto poco usable, que no cubre las<br />

necesida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>l usuario un incremento en el costo a consecuencia <strong>de</strong> que las modificaciones que haya<br />

que realizar sobre el producto acabado siempre serán más complejas. Es por eso que la metodología<br />

pue<strong>de</strong> aplicarse para la evaluación <strong>de</strong> usabilidad <strong>de</strong>s<strong>de</strong> las etapas <strong>de</strong> diseño y <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong>l producto [3]<br />

e incluso <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el análisis basado en prototipos (existen ya herramientas para ello [6])<br />

Configuración <strong>de</strong> los parámetros <strong>de</strong> medición. Teniendo en cuenta que las necesida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> usabilidad<br />

difieren <strong>de</strong> un tipo <strong>de</strong> sitio Web a otro es necesario establecer los parámetros <strong>de</strong> evaluación más<br />

a<strong>de</strong>cuados al tipo <strong>de</strong> sitio y tipo <strong>de</strong> usuarios, ya que, aunque los criterios <strong>de</strong> usabilidad consi<strong>de</strong>rados sean<br />

los mismos, estos no afectarán <strong>de</strong> la misma manera la usabilidad global <strong>de</strong> un sitio u otro. Por lo tanto es<br />

necesario establecer los parámetros más a<strong>de</strong>cuados y para ello se ha <strong>de</strong>finido una lista general <strong>de</strong><br />

parámetros <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong> usabilidad en una estructura jerárquica <strong>de</strong> tres niveles <strong>de</strong> parámetros<br />

(criterios, métricas y atributos) <strong>de</strong> los que se seleccionan los más a<strong>de</strong>cuados a la audiencia <strong>de</strong>l sitio.<br />

Aplicación <strong>de</strong> un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> puntuación. Los parámetros <strong>de</strong>finidos en la estructura jerárquica serán la<br />

base para el cálculo <strong>de</strong> la puntuación global <strong>de</strong>l sitio. Para ello se hará uso <strong>de</strong> un conjunto <strong>de</strong> funciones<br />

<strong>de</strong> agregación apropiadamente establecidas que se encargan <strong>de</strong> calcular la puntuación partiendo <strong>de</strong> los<br />

parámetros <strong>de</strong> más bajo nivel (los atributos) hasta los <strong>de</strong> más alto nivel (criterios)<br />

3. SELECCIÓN DE LOS PARÁMETROS DE MEDICIÓN<br />

En el mo<strong>de</strong>lo propuesto en este trabajo se ha establecido una lista general <strong>de</strong> parámetros obtenida a partir <strong>de</strong><br />

los estándares ISO 9241 [13] e ISO 9126 [15] y <strong>de</strong> las aportaciones realizadas por González [9] y Boklaschuk<br />

[4] como se verá en <strong>de</strong>talle en la sección 3.2.<br />

A partir <strong>de</strong> esta lista general <strong>de</strong> parámetros se seleccionarán aquellos más representativos para las<br />

diferentes audiencias <strong>de</strong>l sitio. A la hora <strong>de</strong> clasificar la audiencia se ha optado por el criterio <strong>de</strong> la edad por<br />

ser un criterio importante a la hora <strong>de</strong> diseñar sitios web, tal como señalan los estudios realizados por [5],<br />

[21] y en particular para los sitios web educativos [8]. Para po<strong>de</strong>r seleccionar los parámetros <strong>de</strong> evaluación,<br />

será necesario establecer la audiencia a la que correspon<strong>de</strong>n los usuarios que van a participar en la<br />

evaluación, a fin <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r configurar los parámetros <strong>de</strong> medición para ésta. En tal sentido se han establecido<br />

cuatro grupos <strong>de</strong> audiencia por eda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> los cuales <strong>de</strong>berá estar enmarcado el sitio a evaluar: niños<br />

(entre 10 y 15 años), jóvenes (entre 16 y 23 años), adultos (entre 24 y 60 años) y adulto mayor (mayor <strong>de</strong> 60<br />

años).<br />

3.1 Árbol <strong>de</strong> Requisitos<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Para llevar a cabo el proceso <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la perspectiva <strong>de</strong>l usuario, se ha consi<strong>de</strong>rado conveniente<br />

<strong>de</strong>finir una estructura <strong>de</strong> evaluación llamada árbol <strong>de</strong> requisitos. Los componentes <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong> este<br />

árbol son <strong>de</strong>finidos en base a un mo<strong>de</strong>lo jerárquico, e incluye criterios, métricas y atributos (Figura 1). El<br />

propósito principal al diseñar el árbol <strong>de</strong> requisitos es lograr <strong>de</strong>scomponer los parámetros <strong>de</strong> evaluación en<br />

elementos más sencillos que faciliten la asignación <strong>de</strong> pesos y el cálculo <strong>de</strong> puntuaciones, por ello <strong>de</strong>ben<br />

incluir los aspectos más relevantes en función a la audiencia objetivo y tratando <strong>de</strong> que sea lo más pequeño<br />

posible.<br />

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Figura 1. Mo<strong>de</strong>lo jerárquico <strong>de</strong> evaluación<br />

3.2 Parámetros <strong>de</strong> Primer Nivel: Definición <strong>de</strong> los Criterios <strong>de</strong> Evaluación<br />

Los criterios constituyen los parámetros para la evaluación <strong>de</strong> la usabilidad <strong>de</strong> más alto nivel (ver Figura 1).<br />

La utilización <strong>de</strong> criterios está referida al uso <strong>de</strong> un conjunto <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificadores estandarizados, que permiten<br />

examinar <strong>de</strong> manera crítica un sitio Web educativo durante sus ciclos <strong>de</strong> implementación y uso, con el<br />

propósito <strong>de</strong> garantizar la usabilidad <strong>de</strong>l mismo [18]. Los criterios <strong>de</strong> evaluación consi<strong>de</strong>rados en este trabajo<br />

están basados, como se ha señalado anteriormente, en los estándares ISO 9241 [13] e ISO 9126 [15] y los<br />

indicadores <strong>de</strong> evaluación tratados en [9] y [4], consi<strong>de</strong>rando a<strong>de</strong>más la evaluación <strong>de</strong>s<strong>de</strong> dos perspectivas<br />

principales:<br />

• La evaluación <strong>de</strong>l sitio como tal. En este caso se evalúan los siguientes criterios:<br />

- Operabilidad. Las métricas que valoran si el usuario pue<strong>de</strong> operar y controlar la navegación <strong>de</strong>l<br />

sitio.<br />

- Atractividad. Las métricas que evaluar el aspecto estético y visual <strong>de</strong> las páginas <strong>de</strong>l sitio.<br />

- Satisfacción. Se refiere a la evaluación subjetiva <strong>de</strong> la comodidad <strong>de</strong> uso, familiaridad, etc.<br />

También tratan <strong>de</strong> medir los problemas <strong>de</strong> salud que se generen durante su uso.<br />

• La evaluación <strong>de</strong>l sitio <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el punto <strong>de</strong> vista pedagógico. En este caso los criterios a evaluar son:<br />

- Aprendizaje. Incluye las métricas empleadas para medir el tiempo que consumen los usuarios en<br />

apren<strong>de</strong>r a usar funciones específicas <strong>de</strong>l sitio, la facilidad con que lo hacen y la eficacia <strong>de</strong> los<br />

sistemas <strong>de</strong> documentación y ayuda.<br />

- Contenido. Se incluyen las métricas que <strong>de</strong>terminan el nivel <strong>de</strong> a<strong>de</strong>cuación <strong>de</strong> los contenidos a<br />

los objetivos científicos, pedagógicos y socio-culturales.<br />

- Comunicación. Incluye las métricas que tratan <strong>de</strong> evaluar las posibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicación que<br />

ofrece el sitio para el usuario.<br />

- Método. Las métricas incluidas en este criterio mi<strong>de</strong>n la estructura, forma <strong>de</strong> exposición y<br />

organización <strong>de</strong> materiales, metodología <strong>de</strong> estudio a seguir, etc.<br />

3.3 Parámetros <strong>de</strong> Segundo Nivel: Definición <strong>de</strong> las Métricas <strong>de</strong> Evaluación<br />

Las métricas constituyen los parámetros <strong>de</strong> segundo nivel y no son medibles directamente. En éste contexto<br />

<strong>de</strong>finimos métrica [11] como una función <strong>de</strong> dos tipos <strong>de</strong> argumentos: atributo y medida <strong>de</strong>l atributo, tal<br />

como se muestra a continuación.<br />

= f ( atributo , medida ), i = 1,<br />

m;<br />

j = 1,<br />

n<br />

Métrica i<br />

j<br />

j<br />

medidai representa el valor numérico <strong>de</strong>l atributo, cuya magnitud se <strong>de</strong>sea valorar en función <strong>de</strong> una<br />

escala concreta. La lista <strong>de</strong> métricas consi<strong>de</strong>radas también se ha obtenido en base al estándar ISO/IEC 9126,<br />

a las propuestas por [9] y [4]. La tabla 1 presenta un resumen <strong>de</strong> estas las métricas.<br />

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Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Tabla 1. Métricas seleccionadas por autor para el mo<strong>de</strong>lo propuesto por ME-USitE<br />

Criterio Métrica ISO 9126 Boklaschuk González Otros<br />

Facilidad <strong>de</strong> aprendizaje √ √<br />

Aprendizaje Ayuda √<br />

Documentación √<br />

Eficacia √<br />

Audiencia √<br />

Credibilidad √<br />

Contenido Exactitud √<br />

Objetividad √<br />

Alcance √<br />

Contenido pedagógico √<br />

Comunicación Control y sentido <strong>de</strong> la comunicación √<br />

Forma <strong>de</strong>l mensaje √<br />

Métodos Organización √<br />

Adaptabilidad √<br />

Facilidad <strong>de</strong> navegación √<br />

Accesibilidad √<br />

Operabilidad Facilidad <strong>de</strong> uso √<br />

Tolerancia al error √<br />

Personalización √<br />

Entendibilidad √<br />

Atractividad Atractividad <strong>de</strong> la interfaz √<br />

Personalización √<br />

Satisfacción<br />

Confiabilidad<br />

Satisfacción física<br />

√<br />

√<br />

Aceptabilidad √<br />

3.4 Parámetros <strong>de</strong> Tercer Nivel: Definición <strong>de</strong> Los Atributos <strong>de</strong> Evaluación<br />

Tal como hemos señalado en el apartado anterior las métricas no son directamente medibles sino que<br />

requieren <strong>de</strong> la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> atributos que sí lo son. Estos atributos son los parámetros <strong>de</strong> tercer nivel y<br />

<strong>de</strong>ben <strong>de</strong>clararse <strong>de</strong> manera que puedan ser medidos <strong>de</strong> forma cualitativa o preferentemente cuantitativa. La<br />

lista <strong>de</strong> atributos ha sido elaborada en base a las métricas establecidas. Algunos <strong>de</strong> ellos (criterio<br />

Aprendizaje) son mostrados en la tabla 2.<br />

Tabla 2. Atributos seleccionados para los requisitos <strong>de</strong> usabilidad <strong>de</strong>l criterio <strong>de</strong> Aprendizaje<br />

Métrica Atributo ISO 9126 Boklaschuk Otros<br />

Eficacia<br />

Permite completar la tarea<br />

Permite ejecutar la tarea sin ayuda/documentación<br />

√<br />

√<br />

Minimiza los enlaces rotos √<br />

Es predictivo √<br />

Facilidad <strong>de</strong> aprendizaje Es sintetizable √<br />

Es familiar √<br />

Es consistente √<br />

Existe relación entre la cantidad/calidad <strong>de</strong> ayuda √<br />

Ayuda<br />

La ayuda es útil para el logro <strong>de</strong>l objetivo √<br />

La ayuda es sensible al contexto √<br />

La ayuda es fácil <strong>de</strong> leer √<br />

Ofrece acceso a documentación/tutorial √<br />

Documentación<br />

La documentación tiene relación con la tarea<br />

La documentación permite completar la tarea<br />

√<br />

√<br />

La cantidad ofrecida es suficiente e informativa √<br />

La documentación es explicativa y breve √<br />

El uso <strong>de</strong> una estructura jerárquica <strong>de</strong> evaluación permite no sólo facilitar el proceso <strong>de</strong> evaluación<br />

subdividiendo los parámetros en tres niveles sino que, a<strong>de</strong>más, en algunos casos consi<strong>de</strong>ra que un parámetro<br />

pueda afectar a más <strong>de</strong> un nivel superior sin necesidad <strong>de</strong> re<strong>de</strong>finirlo. La figura 2, muestra la estructura<br />

jerárquica <strong>de</strong>l subárbol Aprendizaje, estableciendo las relaciones con los otros dos niveles (métricas y<br />

atributos).<br />

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Figura 2. Estructura jerárquica <strong>de</strong> los parámetros <strong>de</strong>l subárbol aprendizaje<br />

Conviene <strong>de</strong>stacar que los parámetros <strong>de</strong>l subárbol aprendizaje correspon<strong>de</strong>n a la plantilla general <strong>de</strong><br />

parámetros <strong>de</strong>finida, los cuales sin embargo, <strong>de</strong>ben ser seleccionados y clasificados para la evaluación <strong>de</strong> la<br />

usabilidad <strong>de</strong> un sitio para una audiencia específica.<br />

4. Árbol <strong>de</strong> Requisitos <strong>de</strong> Usabilidad<br />

Una vez <strong>de</strong>finida la lista general <strong>de</strong> parámetros para medir los requisitos <strong>de</strong> usabilidad <strong>de</strong> sitios Web<br />

educativos, se <strong>de</strong>berán seleccionar aquellos que sean los más a<strong>de</strong>cuados para la audiencia <strong>de</strong>terminada. Para<br />

lograr este objetivo se ha aplicado la técnica Delphi [17].<br />

4.1 Árbol <strong>de</strong> Requisitos para una Audiencia Específica<br />

En el trabajo se utilizó la técnica Delphi [17] para seleccionar los parámetros (criterios, métricas y atributos)<br />

más relevantes a incluir en un árbol <strong>de</strong> requisitos <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong> usabilidad para una audiencia <strong>de</strong>terminada<br />

(niños, jóvenes, adulto y adulto mayor) utilizando como elemento <strong>de</strong> selección la puntuación asignada por los<br />

participantes <strong>de</strong> acuerdo a sus opiniones y criterios. Asimismo, la técnica ha sido adaptada (para obtener la<br />

frecuencia <strong>de</strong> selección <strong>de</strong> los tipos <strong>de</strong> parámetro) con el fin <strong>de</strong> realizar la clasificación <strong>de</strong> los parámetros en<br />

esencial (es <strong>de</strong>terminante en la usabilidad <strong>de</strong>l sitio), <strong>de</strong>seable (que afecta parcialmente la usabilidad) u<br />

opcional (cuya ausencia no es trascen<strong>de</strong>ntal).<br />

Para po<strong>de</strong>r aplicar la técnica Delphi se invito a participar a un grupo <strong>de</strong> personas, consi<strong>de</strong>rando algunos<br />

criterios <strong>de</strong> selección: el conocimiento o experiencia en las materias relacionadas con la usabilidad y con el<br />

<strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> aplicaciones educativas en la Web. Respecto al número <strong>de</strong> participantes, se invito a un total <strong>de</strong><br />

diez, pero finalmente fueron cinco los que participaron en el proceso. En un primer contacto, se proporcionó<br />

a los participantes información sobre los objetivos y naturaleza <strong>de</strong>l proceso, la técnica, las características<br />

generales <strong>de</strong> los participantes y duración aproximada <strong>de</strong>l proceso.<br />

Para llevar a cabo el proceso se utilizaron cuestionarios que incluían dos listas <strong>de</strong> parámetros. La primera<br />

<strong>de</strong> las listas se empleó para seleccionar los parámetros en función <strong>de</strong> la audiencia. La segunda para establecer<br />

el tipo <strong>de</strong> estos parámetros (esencial, <strong>de</strong>seable u opcional). Estos cuestionarios fueron enviados a los<br />

participantes, solicitándoles que indicasen su opinión acerca <strong>de</strong>l grado <strong>de</strong> acuerdo o <strong>de</strong>sacuerdo usando una<br />

escala <strong>de</strong> 7 puntos (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1 = “Totalmente en <strong>de</strong>sacuerdo” hasta 7 =“Totalmente <strong>de</strong> acuerdo”) sobre la<br />

inclusión <strong>de</strong> los parámetros listados (criterios, métricas, atributos) en un proceso <strong>de</strong> evaluación para cada<br />

audiencia y su opinión respecto a la clasificación <strong>de</strong> los mismos (E: para esencial, D: para <strong>de</strong>seable y O: para<br />

opcional). A<strong>de</strong>más se entregó a cada participante la <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong> los parámetros incluidos para aclarar<br />

cualquier duda.<br />

Para completar la selección <strong>de</strong>finitiva <strong>de</strong> los criterios <strong>de</strong> evaluación [17] se calculó el promedio <strong>de</strong> las<br />

medianas <strong>de</strong> las dos iteraciones (los autores <strong>de</strong> la técnica no establecen cuantas son la i<strong>de</strong>al sin embargo, si<br />

142


señalan que con dos pue<strong>de</strong> ser suficiente), seleccionándose aquellos parámetros cuyo promedio estaba por<br />

encima <strong>de</strong>l valor 4 (al que se <strong>de</strong>nominó <strong>de</strong> indiferencia). Para ratificar esta selección se calculó, a<strong>de</strong>más, el<br />

grado <strong>de</strong> correlación alcanzado entre las dos iteraciones realizadas, el cual fue <strong>de</strong> 0.9009, por lo que estos<br />

resultados fueron aceptados. La tabla 3 muestra los parámetros seleccionados finalmente para las distintas<br />

audiencias. Para la clasificación <strong>de</strong> los tipos <strong>de</strong> parámetros se utilizó la misma técnica evaluando la<br />

frecuencia <strong>de</strong> tipo asignado por el equipo <strong>de</strong> trabajo, evaluando la frecuencia <strong>de</strong> selección y las medianas<br />

cuyos resultados son mostrados en la tabla. Se procedió <strong>de</strong> manera similar para los parámetros <strong>de</strong> segundo<br />

(métricas) y <strong>de</strong> tercer (atributos) nivel.<br />

Tabla 3. Parámetros seleccionados por audiencia<br />

Alternativa<br />

Audiencia <strong>de</strong> evaluación<br />

Niño (10-15) Joven (16-23) Adulto (24-60) Adulto mayor<br />

Satisfacción √ √ √<br />

Aprendizaje √ √ √ √<br />

Operabilidad √ √ √ √<br />

Atractividad √ √<br />

Contenido √ √ √ √<br />

Comunicación √ √ √ √<br />

Método √<br />

Tabla 4: Clasificación <strong>de</strong> parámetros por audiencia<br />

Alternativa<br />

Audiencia <strong>de</strong> evaluación<br />

Niño (10-15) Joven (16-23) Adulto (24-60) Adulto mayor<br />

Satisfacción E E D<br />

Aprendizaje E E E E<br />

Operabilidad E E E E<br />

Atractividad E D<br />

Contenido E E E E<br />

Comunicación D D D E<br />

Método D<br />

5. CONCLUSIONES<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Se <strong>de</strong>fine una estructura <strong>de</strong> evaluación a través <strong>de</strong> una plantilla general para la evaluación <strong>de</strong> sitios Web<br />

educativos <strong>de</strong> manera que, a partir <strong>de</strong> la misma, puedan obtenerse plantillas específicas <strong>de</strong>pendiendo <strong>de</strong>l<br />

grupo <strong>de</strong>l usuario y su perfil. El mo<strong>de</strong>lo planteado permite, por un lado, establecer un árbol general <strong>de</strong><br />

requisitos <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong> usabilidad (plantilla general) <strong>de</strong> tres niveles, a través <strong>de</strong> la cual sea posible<br />

seleccionar un subconjunto <strong>de</strong> ellos (aquellos parámetros más relevantes a cada grupo <strong>de</strong> audiencia: niños,<br />

jóvenes, adultos, adultos mayores) que permitan realizar una evaluación más objetiva.<br />

La técnica Delphi ha sido utilizada para permitir seleccionar, en base a la plantilla general <strong>de</strong> parámetros<br />

<strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong> usabilidad, aquellos más a<strong>de</strong>cuados para cada grupo <strong>de</strong> audiencia establecido en nuestro<br />

estudio, consi<strong>de</strong>rando también el dominio <strong>de</strong>l sitio y los propósitos <strong>de</strong> evaluación. A<strong>de</strong>más, también ha<br />

podido ser adaptada para la obtención <strong>de</strong>l tipo <strong>de</strong> parámetro en función <strong>de</strong> la frecuencia <strong>de</strong> selección por<br />

parte <strong>de</strong> los participantes. Esta técnica pue<strong>de</strong> ser extendida para aplicarse a diferentes criterios <strong>de</strong> selección o<br />

características <strong>de</strong> audiencia.<br />

De acuerdo a lo señalado, el mo<strong>de</strong>lo empleado en la obtención <strong>de</strong>l árbol <strong>de</strong> requisitos <strong>de</strong> evaluación<br />

permite obtener como resultado un marco general <strong>de</strong> requisitos y su tipificación para la evaluación <strong>de</strong> los<br />

sitios Web educativos, configurables en función a la audiencia.<br />

Por otro lado el mo<strong>de</strong>lo permitirá conjuntamente con la selección <strong>de</strong> parámetros, señalar el tipo <strong>de</strong> cada<br />

uno <strong>de</strong> ellos (esencial, <strong>de</strong>seable u opcional) en función a la audiencia a fin <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar el efecto que<br />

tendrán en la evaluación. De está manera será posible obtener un cuestionario <strong>de</strong> evaluación ajustado a las<br />

características <strong>de</strong>l usuario final <strong>de</strong>l sitio.<br />

Finalmente, con el enfoque presentado será posible obtener un árbol <strong>de</strong> requisitos configurado a la<br />

audiencia que permita como resultado una gran cantidad <strong>de</strong> datos <strong>de</strong> las necesida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> usabilidad <strong>de</strong> las<br />

diferentes audiencias , a<strong>de</strong>más <strong>de</strong> otras consi<strong>de</strong>raciones como perfil <strong>de</strong>l usuario [3], evaluación por grupo <strong>de</strong><br />

edad, sexo, etc. que facilitan el análisis <strong>de</strong> los datos recolectados.<br />

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ISO 9241: Ergonomic requirements for office work with visual display terminals (1993).<br />

ISO 9241-11: Guiadance on usability (1998)<br />

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Kapoun, J.: Teachng un<strong>de</strong>rgrads Web evaluation: A Gui<strong>de</strong> for Library Instruction. AC&RL News, July/August 1998.<br />

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HCI. Human-Computer Interaction, 15(2/3), 75-106. (2000)<br />

144


EXPERIÊNCIA NA CUSTOMIZAÇÃO DE UM MODELO DE<br />

PROCESSO DE SOFTWARE PARA DESENVOLVIMENTO<br />

DE APLICATIVO PARA WEB UTILIZANDO OO<br />

RESUMO<br />

Marla Teresinha Barbosa Geller 1 e Rodrigo Quites Reis 2<br />

1 Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Engenharia Elétrica – Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará - Brasil<br />

geller_marla@hotmail.com<br />

2 Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Engenharia Elétrica – Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará – Brasil<br />

2 Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Ciências da Computação – Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará - Brasil<br />

quites@computer.org<br />

Este trabalho apresenta o relato <strong>de</strong> uma experiência com a customização <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> software para sistemas<br />

baseados na Web, a partir da adaptação e combinação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los existentes. Para ilustrar o trabalho, o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

processo é instanciado guiando o <strong>de</strong>senvolvimento do projeto <strong>de</strong> um portal Web para aten<strong>de</strong>r empresas do ramo<br />

imobiliário que oferecem seus produtos (imóveis) via Internet. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> processo proposto utiliza tecnologia<br />

Orientada a Objetos, enquanto que o estudo <strong>de</strong> caso o aplica na condução do uso com um conjunto <strong>de</strong> ferramentas <strong>de</strong><br />

software <strong>de</strong> apoio (Banco <strong>de</strong> dados Caché – para o armazenamento, Dreamweaver – para criação das páginas, e a<br />

ferramenta CASE Rational Rose – para mo<strong>de</strong>lagem).<br />

PALAVRAS CHAVE<br />

Desenvolvimento <strong>de</strong> Sistemas Web, Customização <strong>de</strong> Processos, Mo<strong>de</strong>lagem Navegacional, Extensões UML.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A evolução no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos e serviços no setor <strong>de</strong> Tecnologia da Informação implica em<br />

uma crescente preocupação com a qualida<strong>de</strong> do trabalho e tecnologia <strong>de</strong>senvolvidos. No que diz respeito ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> software <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, há gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> trabalhos que auxiliem na <strong>de</strong>finição e<br />

melhoria dos processos usados pelas organizações. Mais recentemente, a Engenharia <strong>de</strong> Processos <strong>de</strong><br />

Software surgiu como uma área multidisciplinar, envolvendo questões técnicas, administrativas e<br />

metodológicas na concepção, adaptação e instanciação <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> software para diferentes contextos e<br />

organizações.<br />

Por sua vez, a utilização da Internet como meio <strong>de</strong> disponibilização <strong>de</strong> serviços cresce incessantemente e<br />

a <strong>de</strong>manda por sistemas cada vez mais complexos e especializados baseados na World Wi<strong>de</strong> Web tornou-se<br />

preocupação relevante para a Engenharia <strong>de</strong> Software. A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> processos para guiar o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> software para a Web é um trabalho atual que lida com <strong>de</strong>safios adicionais por se tratar <strong>de</strong><br />

um tema dinâmico e cuja experiência freqüentemente não é <strong>de</strong>scrita com gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe. Assim, o trabalho<br />

<strong>de</strong> conceber um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> software ou adaptar um existente para este contexto <strong>de</strong>ve<br />

consi<strong>de</strong>rar as características específicas dos sistemas e seus ambientes operacionais, os cenários e<br />

multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> usuários, e o tipo, experiência e conhecimento das pessoas envolvidas no processo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento [12].<br />

Um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> projetos objetiva <strong>de</strong>screver mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> processo para orientar aplicações Web,<br />

po<strong>de</strong>ndo-se citar: HDM (Hypermedia Design Mo<strong>de</strong>l) [6], OOHDM (Object Oriented Hypertext Design<br />

Mo<strong>de</strong>l) [11], UPHD (Hypermedia Systems Development base on the Unified Process) [8], WebPraxis [1],<br />

WebML (Web Mo<strong>de</strong>ling Language) [3], entre outros. Gran<strong>de</strong> parte das propostas é baseada em adaptações do<br />

Unified Process (UP) [12], utilizando como ponto <strong>de</strong> partida a Web Application Extension (WAE) [4].<br />

145


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Com base no exposto acima, este trabalho tem como objetivo propor um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> software<br />

<strong>de</strong>senvolvido a partir <strong>de</strong> adaptações <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los existentes, tendo como opção norteadora o uso do paradigma<br />

<strong>de</strong> Orientação a Objetos em todas as fases relacionadas com a arquitetura do software.<br />

Deve-se observar, entretanto, que a proposta aqui apresentada é um esforço inicial neste tema que não<br />

tem a pretensão <strong>de</strong> se tornar uma referência balizadora para todos os trabalhos na área. Ao contrário, é<br />

objetivo estabelecer uma condição <strong>de</strong> contorno específica on<strong>de</strong> os resultados da experiência po<strong>de</strong>m ser<br />

avaliados, enriquecendo a discussão sobre a influência do processo na qualida<strong>de</strong> do software.<br />

O trabalho está organizado como segue. A seção 2 apresenta consi<strong>de</strong>rações gerais sobre o sistema. A<br />

seção 3 <strong>de</strong>screve o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> processo proposto. A seção 4 apresenta uma análise do mo<strong>de</strong>lo e<br />

contribuições. Na última seção, são apresentadas as consi<strong>de</strong>rações finais e sugestões para trabalhos futuros.<br />

2. CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA<br />

Nessa seção são feitas algumas consi<strong>de</strong>rações sobre o projeto i<strong>de</strong>alizado para melhor contextualização <strong>de</strong><br />

todo o trabalho e <strong>de</strong>terminação dos seus objetivos.<br />

O estudo <strong>de</strong> caso proposto para ilustração do trabalho é a criação <strong>de</strong> um Portal <strong>de</strong> Imóveis <strong>de</strong> Santarém<br />

(PA), que aten<strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> empresas imobiliárias instaladas na cida<strong>de</strong>. O sistema disponibiliza via Web<br />

serviços <strong>de</strong> atendimento aos clientes, que po<strong>de</strong>m visualizar os imóveis através <strong>de</strong> imagens e obter<br />

informações <strong>de</strong>talhadas como localização, preço, <strong>de</strong>scrição, entre outros.<br />

Este trabalho visa <strong>de</strong>monstrar a utilização do Unified Process com algumas adaptações para aplicações<br />

Web. Como proposta <strong>de</strong> adaptações segue-se o método UPHD proposto por Nora Koch[8][9] e também o<br />

método WAE que é a proposta <strong>de</strong> Conallen [4] para <strong>de</strong>senvolvimento Web. O estudo <strong>de</strong> processos para<br />

aplicações Web a partir <strong>de</strong> processos já existentes i<strong>de</strong>ntifica que as fases que os diferenciam mais<br />

significativamente são as fases <strong>de</strong> análise e projeto [2], sendo <strong>de</strong>sta forma as fases mais <strong>de</strong>talhadas nesse<br />

trabalho.<br />

O paradigma da Orientação a Objetos é utilizado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Análise <strong>de</strong> Requisitos ao Armazenamento dos<br />

Dados - obtido com um SGBDOO – <strong>de</strong>ssa forma o trabalho evolui em torno <strong>de</strong>sta condição <strong>de</strong><br />

homogeneida<strong>de</strong>. Assim, esta é uma característica importante <strong>de</strong> diferenciação <strong>de</strong>ste trabalho, pois apresenta<br />

uma experiência prática que utiliza um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Banco <strong>de</strong> Dados Orientado a Objetos no processo <strong>de</strong><br />

software.<br />

3. MODELO DE PROCESSO ADOTADO<br />

Essa seção contém a <strong>de</strong>scrição do processo proposto. Este mo<strong>de</strong>lo foi concebido a partir da espinha dorsal do<br />

Unified Process, dividindo-se em quatro fases principais, a saber: Concepção, Elaboração, Construção e<br />

Transição[12]. O material aqui apresentado tem seu enfoque principal nas fases <strong>de</strong> Concepção e Elaboração,<br />

com os fluxos <strong>de</strong> trabalho (workflows) mais significativos para cada fase sendo especificados através dos<br />

operadores (neste caso o analista <strong>de</strong>senvolvedor e o projetista web), ativida<strong>de</strong>s e artefatos (especificados na<br />

figura 1).<br />

Através do Diagrama <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s apresentado na figura 1, tem-se uma visão do fluxo <strong>de</strong> controle da<br />

proposta <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. A notação agrupa as ativida<strong>de</strong>s em iterações e fasespadrão.<br />

Os artefatos produzidos por cada workflow são representados como objetos.<br />

Nesta proposta, a Fase <strong>de</strong> Concepção é realizada em duas iterações. A primeira iteração inclui as<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os usuários do sistema, elucidar informações e a navegação necessária, i<strong>de</strong>ntificar<br />

atores e casos <strong>de</strong> uso e <strong>de</strong>finir vocabulário comum. Na segunda iteração, os casos <strong>de</strong> uso são refinados e<br />

priorizados e as necessida<strong>de</strong>s para as interfaces dos usuários são <strong>de</strong>finidas.<br />

A Fase <strong>de</strong> Elaboração é realizada em (pelo menos 1 ) três iterações, sendo que na primeira iteração é feita<br />

uma análise dos casos <strong>de</strong> uso priorizados. O projeto conceitual, a <strong>de</strong>finição da arquitetura, o projeto<br />

navegacional e o projeto <strong>de</strong> apresentação finalizam essa iteração. A segunda iteração inclui o mo<strong>de</strong>lo<br />

1 Um número maior <strong>de</strong> iterações é possível quando houver necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratar alguns elementos com um maior nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe ainda<br />

<strong>de</strong>ntro da mesma fase.<br />

146


temporal e o <strong>de</strong>talhamento das classes. A terceira iteração <strong>de</strong>ssa fase faz o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> implementação através<br />

da i<strong>de</strong>ntificação dos componentes necessários. O conteúdo das páginas do website é especificado e a estrutura<br />

do hiperespaço é <strong>de</strong>finida também nessa iteração. A atualização do mo<strong>de</strong>lo, a implementação das interfaces e<br />

um planejamento para a Fase <strong>de</strong> Construção finalizam a Fase <strong>de</strong> Elaboração.<br />

4. ANÁLISE DO PROCESSO E PROPOSTAS PARA CUSTOMIZAÇÃO<br />

Esta seção apresenta uma Análise do Processo e faz sugestão para adaptá-lo conforme as necessida<strong>de</strong>s do<br />

sistema <strong>de</strong>senvolvido.<br />

4.1 Análise dos Processos - Base<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Após estudos feitos para conhecimento <strong>de</strong> alguns processos existentes que tratam das especificida<strong>de</strong>s para<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> aplicações Web, fez-se a opção pelo processo proposto por Nora Koch [8] com a<br />

utilização <strong>de</strong> recursos da WAE, proposta por Conallen [4]. Tal escolha se <strong>de</strong>ve ao fato <strong>de</strong> que UPHD e WAE<br />

possuem algumas similarida<strong>de</strong>s e diversida<strong>de</strong>s, mas ao mesmo tempo são complementares. Ambos<br />

<strong>de</strong>screvem um processo para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> aplicações Web utilizando extensões UML para<br />

mo<strong>de</strong>lagem. O WAE é baseado no RUP e <strong>de</strong>screve o processo através <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los enquanto que o UPHD<br />

utiliza as fases do UP mostrando como as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada workflow po<strong>de</strong>m ser mo<strong>de</strong>ladas através <strong>de</strong><br />

extensões UML.<br />

A complementarida<strong>de</strong> dos dois métodos acentua-se pelo fato <strong>de</strong> que o UPHD aten<strong>de</strong> aos aspectos <strong>de</strong><br />

navegação e <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong> aplicações Web não atendidas pelo método WAE. Por outro lado o método<br />

WAE <strong>de</strong>fine estereótipos para aspectos relevantes não encontrados no UPHD, como páginas Web.<br />

Os dois processos utilizados como base fazem a especificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes para mo<strong>de</strong>lar sistemas<br />

direcionados para Web. Os recursos <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem sugeridos pelo UPHD são em alguns casos <strong>de</strong>talhados<br />

minuciosamente, o que po<strong>de</strong> ocasionar um bom resultado se a interpretação for também cuidadosa. Por outro<br />

lado exige uma atenção e rigi<strong>de</strong>z na interpretação dos mo<strong>de</strong>los que po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sestimular o <strong>de</strong>senvolvedor.<br />

Como exemplo, po<strong>de</strong>-se verificar os Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Apresentação Estático e Dinâmico sugeridos que incluem<br />

muitos estereótipos semelhantes.<br />

Uma diferença estrutural entre os dois processos é evi<strong>de</strong>nciada no mo<strong>de</strong>lo navegacional. No UPHD,<br />

KOCH refere-se ao mo<strong>de</strong>lo navegacional <strong>de</strong> classes e mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> estrutura navegacional como sendo parte do<br />

projeto navegacional no workflow <strong>de</strong> Análise e Projeto. No WAE, Conallen, acrescenta o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

“eXperiência do Usuário” (ou mo<strong>de</strong>lo UX) que especifica características das telas na visão do usuário, bem<br />

como a navegação entre as classes. Conallen criou um conjunto <strong>de</strong> estereótipos para esse mo<strong>de</strong>lo, bastante<br />

sugestivo.<br />

O <strong>de</strong>talhamento minucioso das ativida<strong>de</strong>s e artefatos produzidos por cada workflow que são sugeridos<br />

pelo UPHD [8] facilita sobremaneira o <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho. Porém, a <strong>de</strong>scrição do método UPHD<br />

quando utiliza os três workflows principais – Levantamento <strong>de</strong> requisitos, Análise e Projeto e Implementação<br />

sem mencionar as fases, dificulta a divisão <strong>de</strong> tarefas <strong>de</strong> cada fase e a <strong>de</strong>finição do nível <strong>de</strong> abstração,<br />

principalmente quando é referido o workflow <strong>de</strong> Implementação on<strong>de</strong> Elaboração e Construção estão sem<br />

uma linha <strong>de</strong>finida.<br />

As extensões propostas pelos dois métodos para expressar um projeto <strong>de</strong> aplicação Web têm como ponto<br />

positivo a integração entre os elementos específicos para Web e o restante dos elementos do sistema.<br />

147


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

1a. iteração da Fase <strong>de</strong><br />

Concepção, workf low <strong>de</strong><br />

Levantamento <strong>de</strong><br />

Requisitos<br />

I<strong>de</strong>ntificar<br />

Usuários<br />

Perfil do<br />

Usuário<br />

Elucidar Inf ormações<br />

Necessárias<br />

Elucidar Navegação<br />

necessária<br />

Encontrar atores<br />

e Casos <strong>de</strong> Uso<br />

Levantamento<br />

do vocabulário<br />

Concepção(1a. iteração)<br />

Descrição do<br />

Conteúdo<br />

Cenários<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Casos <strong>de</strong><br />

Uso<br />

Glossário<br />

Concepção(2a. Iteração)<br />

2a. iteração da Fase <strong>de</strong><br />

Concepção, workf low <strong>de</strong><br />

Levantamento <strong>de</strong> Requisitos<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> CSU<br />

<strong>de</strong>talhado<br />

Refinar Casos<br />

<strong>de</strong> uso<br />

Priorizar Casos<br />

<strong>de</strong> Uso<br />

Def inir necessida<strong>de</strong>s<br />

para Interf aces<br />

Def inição da<br />

arquitetura<br />

Descrição das<br />

Interfaces<br />

Elaboração (1a. Iteração)<br />

1a. iteração da Fase <strong>de</strong><br />

Elaboração, workf low <strong>de</strong><br />

Análise e Projeto<br />

Análise dos<br />

Casos <strong>de</strong> uso<br />

Projeto Conceitual e<br />

Def inição da Arquitetura<br />

Projeto<br />

Navegacional<br />

Diagramas <strong>de</strong><br />

Seqüência<br />

Mo<strong>de</strong>lo Conceitual<br />

Mo<strong>de</strong>lo<br />

Navegacional<br />

Projeto <strong>de</strong><br />

Apresentação<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

Apresentação<br />

Elaboração (2a. Iteração)<br />

2a. iteração da Fase <strong>de</strong><br />

Elaboração, workf low <strong>de</strong><br />

Análise e Projeto<br />

Mo<strong>de</strong>lo Temporal<br />

Detalhamento das<br />

Classes<br />

Classes<br />

Detalhadas<br />

3a. iteração da Fase <strong>de</strong><br />

Elaboração, worlf low <strong>de</strong><br />

implementação<br />

I<strong>de</strong>ntif icar<br />

Componentes<br />

Prover o<br />

Conteúdo<br />

Implementar estrutura<br />

do Hiperespaço<br />

Atualizar o<br />

Mo<strong>de</strong>lo<br />

Implementar<br />

Interfaces<br />

Planejamento para<br />

Fase <strong>de</strong> Construção<br />

Elaboração (3a. Iteração)<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Componentes<br />

Conteúdo<br />

Classes<br />

Persistentes<br />

Links Principis<br />

Mo<strong>de</strong>lo<br />

Atualizado<br />

Protótipo <strong>de</strong><br />

Interfaces<br />

Plano <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong><br />

para Construção<br />

Figura 1. Fluxo <strong>de</strong> controle das ativida<strong>de</strong>s do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento proposto – Fase <strong>de</strong> Concepção e <strong>de</strong><br />

Elaboração.<br />

4.2 Proposta <strong>de</strong> customização<br />

Algumas experiências têm sido <strong>de</strong>scritas [5] [7] para sugerir estratégias e regras que <strong>de</strong>vem ser seguidas para<br />

customização <strong>de</strong> processos. Das observações importantes po<strong>de</strong>-se realçar como preocupação comum o fato<br />

<strong>de</strong> que para o sucesso <strong>de</strong> uma customização é necessário conhecimento sólido do processo escolhido como<br />

base e cuidadosa análise do problema para o qual <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>senvolvido o sistema. Após estudo dos<br />

processos <strong>de</strong> Conallen [4] e Koch [8] e com alguma experiência no problema envolvido o resultado da<br />

aplicação do processo com as adaptações necessárias é <strong>de</strong>scrito a seguir.<br />

A proposta sugerida é baseada na característica <strong>de</strong> complementarida<strong>de</strong> entre os dois processos base.<br />

Assim, utilizam-se para mo<strong>de</strong>lar os aspectos navegacionais do sistema, os recursos do UPHD e para <strong>de</strong>talhar<br />

elementos que caracterizam sistemas Web, como páginas, formulários, quadros, utiliza-se o método <strong>de</strong><br />

Conallen (WAE). Esse é um ponto importante da customização que faz com que as <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong> um<br />

processo sejam supridas pelo outro.<br />

O processo UPHD sugere a participação <strong>de</strong> diferentes operadores como arquiteto, analista <strong>de</strong> hipermídia,<br />

engenheiro <strong>de</strong> hipermídia, projetista <strong>de</strong> interfaces, entre outros, para cumprir as ativida<strong>de</strong>s. Em um projeto <strong>de</strong><br />

pequeno porte como o que é apresentado neste trabalho essas ativida<strong>de</strong>s são realizadas por dois operadores: o<br />

analista-<strong>de</strong>senvolvedor e o projetista web (web <strong>de</strong>signer).<br />

No processo utilizado para o presente trabalho faz-se uma adaptação para separar as ativida<strong>de</strong>s do<br />

workflow <strong>de</strong> Implementação <strong>de</strong>vido à dificulda<strong>de</strong> já <strong>de</strong>scrita. As ativida<strong>de</strong>s do workflow <strong>de</strong> Implementação<br />

foram separadas para ativida<strong>de</strong>s na fase <strong>de</strong> Elaboração que consta basicamente do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> implementação,<br />

<strong>de</strong>finição do conteúdo, inclusão dos principais links, construção das classes persistentes e esboço das<br />

interfaces principais do usuário. As ativida<strong>de</strong>s que constituem a Fase <strong>de</strong> Construção foram mencionadas em<br />

um Plano <strong>de</strong> Construção para trabalhos futuros.<br />

É importante que pontos <strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong> do processo sejam explicitados dando origem, no trabalho aqui<br />

apresentado, em um tabela <strong>de</strong>scritiva <strong>de</strong>sses pontos, dos quais po<strong>de</strong>-se ressaltar: o número <strong>de</strong> iterações em<br />

cada workflow que po<strong>de</strong>m se a<strong>de</strong>quar ao tamanho e complexida<strong>de</strong> do projeto; em sistemas maiores também<br />

po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidas ativida<strong>de</strong>s específicas para outros tipos <strong>de</strong> operadores como o arquiteto, analista <strong>de</strong><br />

148


hipermídia, projetista <strong>de</strong> interface entre outros; em projetos maiores o Mo<strong>de</strong>lo Navegacional utilizado po<strong>de</strong><br />

ser dividido em classes <strong>de</strong> persistência, controle e domínio evitando a sobrecarga no mo<strong>de</strong>lo; entre outros.<br />

Observa-se também que o estudo aqui apresentado, não inclui ativida<strong>de</strong>s importantes para projetos <strong>de</strong><br />

sistemas Web, como o levantamento <strong>de</strong> requisitos não funcionais, citando entre os principais a<br />

Escalabilida<strong>de</strong>, a Heterogeneida<strong>de</strong> e a Segurança. Essa questão <strong>de</strong>ve ser tratada na fase <strong>de</strong> Concepção e não<br />

po<strong>de</strong> ser capturada através <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los, <strong>de</strong>ssa forma <strong>de</strong>ve ser apresentada através <strong>de</strong> uma lista textual. Tendo<br />

como principal objetivo a customização <strong>de</strong> um processo, tratando principalmente da adaptação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los,<br />

esse trabalho não inclui a <strong>de</strong>finição dos requisitos não funcionais através <strong>de</strong> texto.<br />

A utilização da Orientação a Objetos em todo o <strong>de</strong>senvolvimento em especial no processo <strong>de</strong><br />

armazenamento, é também parte da experiência <strong>de</strong> adaptação <strong>de</strong> novas tecnologias <strong>de</strong> implementação com o<br />

processo e constatação das facilida<strong>de</strong>s/dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ssa tecnologia.<br />

4.3 Exemplo <strong>de</strong> Artefatos Produzidos Para o “Portal <strong>de</strong> Imóveis <strong>de</strong> Santarém”<br />

Como complemento do trabalho faz-se uma apresentação <strong>de</strong> alguns artefatos produzidos através do processo<br />

proposto.<br />

4.3.1 Casos <strong>de</strong> Uso<br />

Consi<strong>de</strong>rado o artefato mais importante no levantamento dos requisitos, o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Casos <strong>de</strong> Uso é<br />

responsável por apresentar as funções pretendidas pelo sistema. Os aspectos dinâmicos e estáticos mo<strong>de</strong>lados<br />

posteriormente serão também orientados pelos casos <strong>de</strong> uso. Com base na análise do sistema estudado são<br />

i<strong>de</strong>ntificados três atores – administrador, usuário da imobiliária e cliente - porém para simplificação dos<br />

exemplos é feita a análise dos casos <strong>de</strong> uso para o ator usuário da imobiliária.<br />

4.3.2 Mo<strong>de</strong>lo Conceitual<br />

Usuario<br />

Imobiliaria<br />

Manter Regras Locação<br />

Manter Imoveis<br />

Consultar Imobiliaria<br />

<br />

<br />

<br />

Figura 2. Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> uso<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Validar acesso<br />

Esse mo<strong>de</strong>lo constrói a estrutura das classes com os objetos envolvidos na interação entre usuários e a<br />

aplicação. Os principais elementos <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo utilizados no mo<strong>de</strong>lo conceitual são as classes, as associações<br />

e os pacotes. O mo<strong>de</strong>lo da figura três traz o conjunto <strong>de</strong> classes que dão suporte ao sistema do Portal <strong>de</strong><br />

Imóveis <strong>de</strong> Santarém<br />

149


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Administrador<br />

(from Imob)<br />

LoginAdm : %String = ""<br />

SenhaAdm : %String = ""<br />

Oferta<br />

(from Imob)<br />

FimAcordo : %Date = ""<br />

InicioAcordo : %Date = ""<br />

0..1<br />

faz referência a<br />

Imovel<br />

(from Imob)<br />

Descricao : %String = ""<br />

Dorm : %Integer = ""<br />

Tipo : %String = ""<br />

Estado : %Boolean<br />

Disponibilida<strong>de</strong> : %String<br />

Preco : %Float<br />

4.3.3 Mo<strong>de</strong>lo Navegacional<br />

1..*<br />

0..*<br />

pertence<br />

possui<br />

RegraLocacao<br />

(from Imob)<br />

Clausula : %Stream = ""<br />

ListaDoc : %String = ""<br />

Obs : %String = ""<br />

Imobiliaria<br />

(from Imob)<br />

Cnpj : %Integer = ""<br />

Creci : %String = ""<br />

NomeFantasia : %String = ""<br />

RazaoSocial : %String = ""<br />

Estado : %Boolean<br />

Vi<strong>de</strong>o<br />

Vi<strong>de</strong>o : %Stream<br />

utiliza<br />

possui<br />

En<strong>de</strong>reco<br />

(from Imob)<br />

Bairro : %String = ""<br />

Cep : %String = ""<br />

Cida<strong>de</strong> : %String = ""<br />

Complemento : %String = ""<br />

Logradouro : %String = ""<br />

Num : %Integer = ""<br />

Uf : %String = ""<br />

0..*<br />

Conteudo<br />

Titulo : %String<br />

Foto<br />

Foto : %Stream<br />

Fone<br />

CodArea : %Integer<br />

Numero : %Integer<br />

dispõe<br />

possui<br />

1..*<br />

1..*<br />

Email<br />

En<strong>de</strong>reco : %String<br />

Contato<br />

(from I...<br />

1..*<br />

possui<br />

Aten<strong>de</strong>nte<br />

TipoAten<strong>de</strong>nte : %String<br />

Horario : %String<br />

NomeAten<strong>de</strong>nte : %String<br />

Usuario<br />

LoginUsuario : %String<br />

SenhaUsuario : %String<br />

Habilitado : %Boolean<br />

Figura 3. Mo<strong>de</strong>lo conceitual para o “Portal <strong>de</strong> Imóveis <strong>de</strong> Santarém”<br />

Representar a navegabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um sistema baseado na Web é objetivo primordial <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo. Para<br />

representar as classes navegacionais <strong>de</strong> uma aplicação Web, é mostrado no quadro 1 abaixo os principais<br />

estereótipos da extensão UML propostos por Conallen[5] e utilizados no formato ícone <strong>de</strong> <strong>de</strong>coração nesse<br />

mo<strong>de</strong>lo. Para melhor entendimento do mo<strong>de</strong>lo navegacional, o diagrama é apresentado conforme as<br />

funcionalida<strong>de</strong>s dos casos <strong>de</strong> uso i<strong>de</strong>ntificados na seção 4.3.1 que são Manter Imóveis, Manter Regras para<br />

Locação e Consultar Imobiliária.<br />

A navegação entre as classes é através dos mecanismos como build (quando uma classe construtora dá<br />

origem à uma página- classe cliente) , inclu<strong>de</strong> (uma classes construtora usa outra classe do servidor), submit<br />

(quando em uma classe construtora, há um formulário que <strong>de</strong>ve ser submetido ao servidor) e link (representa<br />

as ligações entre as páginas do servidor com a página cliente ou vice-versa).<br />

150<br />

Tabela 1: Estereótipos <strong>de</strong> classes utilizadas no mo<strong>de</strong>lo navegacional<br />

Ícone <strong>de</strong> <strong>de</strong>coração Descrição<br />

Pagina <strong>de</strong> serv idor<br />

Pagina do cliente<br />

Formulario<br />

Representa uma página Web dinâmica que contém o conteúdo no servidor<br />

sempre que é solicitado. Interage com o banco <strong>de</strong> dados, lógica do negócio,<br />

sistemas externos através <strong>de</strong> scripts executados no servidor.<br />

São páginas Web formatadas em HTML, apresentadas pelos navegadores <strong>de</strong><br />

clientes. Po<strong>de</strong>m conter scripts que sejam interpretados pelo navegador.<br />

Um formulário é uma coleção <strong>de</strong> campos <strong>de</strong> entrada que fazem parte <strong>de</strong> uma<br />

página <strong>de</strong> cliente. Um formulário não possui operações, quaisquer operações<br />

que interajam com o formulário, serão proprieda<strong>de</strong>s da página cliente que o<br />

contém.


In<strong>de</strong>x.csp<br />

Imovel.cls<br />

<br />

Imovel.csp<br />

<br />

PaginaImoveis<br />

Imoveis_form<br />

PaginaAbertura<br />

<br />

ManterImovel<br />

<br />

ListaDeImoveis<br />

<br />

Imobiliaria.csp<br />

<br />

ValidarAcesso<br />

<br />

<br />

PaginaImobiliaria<br />

<br />

DadosImobiliaria.csp<br />

<br />

PaginaDadosImob<br />

As classes com extensão cl s<br />

são classes persistentes do<br />

banco <strong>de</strong> dados Caché<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

<br />

ResultManterRegLoc<br />

Regraslocacao.csp<br />

<br />

PaginaRegLocacao<br />

RegrasLocacao_form<br />

<br />

ManterRegrasLoc<br />

RegrasLocacao.cls<br />

Figura 4. Mo<strong>de</strong>lo navegacional para os casos <strong>de</strong> uso i<strong>de</strong>ntificados na seção 4.3.1<br />

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E TRABALHOS FUTUROS<br />

A certeza <strong>de</strong> que o projeto para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas computacionais necessita <strong>de</strong> um Processo <strong>de</strong><br />

Software é unanimida<strong>de</strong> entre os <strong>de</strong>senvolvedores, porém a prática do uso <strong>de</strong>sses processos causa<br />

preocupações e críticas. A analogia feita por Osterweil em [10] <strong>de</strong> que “Processo <strong>de</strong> software é também<br />

software”, aproxima a teoria <strong>de</strong> processos e a prática, enten<strong>de</strong>ndo que a adoção <strong>de</strong> um processo no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong>ve ser facilitada com recursos <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem e ferramentas apropriadas,<br />

resultando em melhor qualida<strong>de</strong> do software.<br />

A proposta aqui apresentada para utilização <strong>de</strong> processos já existentes como base para <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> uma aplicação Web é resultado da constatação <strong>de</strong> que esses sistemas necessitam <strong>de</strong> recursos para<br />

especificar características particulares. No entanto, não se po<strong>de</strong> afirmar que esses sistemas <strong>de</strong>vam ser<br />

consi<strong>de</strong>rados acentuadamente diferentes dos sistemas tradicionais. Para ambos a escolha <strong>de</strong> um processo<br />

a<strong>de</strong>quado é extremamente importante, e a adaptação principalmente nas fases <strong>de</strong> Análise e Projeto do<br />

processo para especificar características <strong>de</strong> um sistema Web já é objeto <strong>de</strong> estudo e conclusões bastante<br />

<strong>de</strong>finidas. O que se po<strong>de</strong> constatar é que adaptações são necessárias em todo processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento,<br />

por mais <strong>de</strong>finido e especificado que seja o processo, há sempre a subjetivida<strong>de</strong> do próprio sistema, da<br />

interpretação do <strong>de</strong>senvolvedor, e das características da organização. A constatação da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

explicitar os pontos <strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong> do processo customizado tem origem nessas características, colocando<br />

essa contribuição como tema <strong>de</strong> discussão para melhoria da qualida<strong>de</strong> do processo.<br />

Como contribuição da experiência relatada po<strong>de</strong>-se citar: O processo resultante contribui com a prática da<br />

customização <strong>de</strong> processos, utilizando <strong>de</strong> forma inédita, a complementarida<strong>de</strong> entre o UPHD e WAE;<br />

construção <strong>de</strong> uma tabela relacionando os pontos <strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong> do processo para torná-lo flexível,<br />

estimulando o <strong>de</strong>senvolvedor à pratica da adaptação sem <strong>de</strong>scaracterizar o processo; processo resultante<br />

extremamente <strong>de</strong>talhado com fases e fluxos bem <strong>de</strong>finidos; utilização <strong>de</strong> extensões UML na mo<strong>de</strong>lagem para<br />

sistemas Web contemplando as características específicas <strong>de</strong>sses sistemas; fases críticas para sistemas Web<br />

são Concepção e Elaboração, portando as mais <strong>de</strong>talhadas no processo proposto; requisitos não funcionais<br />

não incluídos na análise, constituindo um ponto a ser discutido no workflow <strong>de</strong> Análise e Projeto da Fase <strong>de</strong><br />

Construção; facilida<strong>de</strong> na criação das classes com o SGGBDOO, partindo dos mo<strong>de</strong>los, não necessitando<br />

mapeá-las em tabelas.<br />

151


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Para avaliação do processo proposto, um sistema real foi mo<strong>de</strong>lado e como conseqüência obteve-se um<br />

protótipo do “Portal <strong>de</strong> Imóveis <strong>de</strong> Santarém”. O estudo <strong>de</strong> caso completo (disponível em<br />

http://labes.ufpa.br/marla/estudo) é um experimento <strong>de</strong> pequeno porte que valida alguns dos elementos do<br />

processo proposto. Observa-se, porém, que o enfoque do artigo (e do projeto <strong>de</strong> pesquisa associado) é a<br />

<strong>de</strong>scrição da experiência com a customização do processo instanciado para o sistema proposto. A análise das<br />

características e dos atributos do software produzido é relevante como resultado final, porém não é <strong>de</strong>scrita<br />

no presente trabalho por não fazer parte <strong>de</strong> seu escopo.<br />

A seqüência do trabalho seguindo o planejamento para a Fase <strong>de</strong> Construção, apresentado como último<br />

artefato no workflow <strong>de</strong> implementação, é objetivo <strong>de</strong> trabalhos futuros, bem como a aplicação do processo<br />

em sistemas para Web com variação significativa no escopo e complexida<strong>de</strong>.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

ALVARES, P. 2001. WebPraxis – Um processo personalizado para projetos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento para Web. Dissertação<br />

<strong>de</strong> Mestrado, UFMG.<br />

ARAÚJO, A. 2001. Framework <strong>de</strong> Análise e Projeto Baseado no RUP para o Desenvolvimento <strong>de</strong> Aplicações WEB.<br />

Dissertação <strong>de</strong> Mestrado, UFPE, Centro <strong>de</strong> informática.<br />

CERI, S., FRATERNALI, P. BONGIO, A. 2005. Web Mo<strong>de</strong>ling Language (WebML): a mo<strong>de</strong>ling language for <strong>de</strong>signing<br />

Web sites. Disponível em http://www9.org/w9cdrom/177/177.html. Acessado em outubro <strong>de</strong> 2005.<br />

CONALLEN, J. 2003 Desenvolvendo Aplicações Web com UML. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Campus, 2003.<br />

FITZGERALD, B., RUSSO, N., O’KANE, T. 2004. Software Development Method Tailoring at Motorola.<br />

Comunications of <strong>de</strong> ACM. Vol. 46, (Abril 2004) No. 4.<br />

GARZOTTO, F.; PAOLINI, P.; SCHWABE, D. 1993. HDM – A Mo<strong>de</strong>l-based Approach to Hypertext Application<br />

Design. TOIS 11(1) , pp1-26.<br />

KENAN, F. 2004. Agile Process Tailoring and Problem Analysis. In Proceedings of 26 th International Conference on<br />

Software Engeneering (ICSE’04).<br />

KOCH, N. 2000. Hypermedia Systems Development based on the Unified Process. Technical Report 0003, Ludwig-<br />

Maximilians – Universitty Munich.<br />

KOCH, N.; KRAUS, A. 2005. The Expressive Power of UML – based Web Engineering. Disponível em:<br />

http://www.pst.informatik.uni-muenchen.<strong>de</strong>/personen/kochn. Acesso em outubro <strong>de</strong> 2005.<br />

OSTERWEIL, L. 1997. Software Process Are Software Too, Revisited. An Invited Talk on the Most Influential Paper of<br />

ICSE 9. University of Massachusetts. Boston, USA..<br />

SCHWABE, D.; ROSSI, G. 1998. An Object Oriented Approach to Web-Based Application Design. Theory and Practice<br />

of Object Systems. Wiley.<br />

SCOTT, K. 2003. O Processo Unificado Explicado. Porto Alegre: Bookman.<br />

152


ALGORITMOS PARA TOKENS DE AUTENTICAÇÃO<br />

Gustavo Yamasaki Martins Vieira , Wilson Vicente Ruggiero<br />

LARC-PCS-POLI-USP<br />

Av. Prof. Luciano Gualberto, trav. 3 - 158, sala C2-46, Cida<strong>de</strong> Universitária, São Paulo - SP - Brasil<br />

gymv@larc.usp.br , wilson@larc.usp.br<br />

RESUMO<br />

A autenticação é a primeira etapa no acesso à página web <strong>de</strong> qualquer instituição financeira. Nela o usuário apresenta a<br />

sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> digital e os servidores conce<strong>de</strong>m acesso se a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> é válida no sistema. Com o crescente ataque <strong>de</strong><br />

phishing, scams e spywares na internet, este texto propõe o uso <strong>de</strong> autenticação <strong>de</strong> múltiplos fatores, através do emprego<br />

<strong>de</strong> um dispositivo <strong>de</strong>dicado porém construído em cima <strong>de</strong> um hardware <strong>de</strong> baixo custo e algoritmos <strong>de</strong> criptografia<br />

conhecidos por todos. Aqui são analisados dois algoritmos: CMAC e HMAC. Não apenas autenticação <strong>de</strong> usuário é<br />

consi<strong>de</strong>rada, mas também a autenticação <strong>de</strong> transações on-line.<br />

PALAVRAS CHAVE<br />

Segurança, autenticação, token, CMAC, HMAC<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A autenticação é a primeira etapa no acesso à página web <strong>de</strong> qualquer instituição financeira. Nela, o usuário<br />

apresenta sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> digital e os servidores conce<strong>de</strong>m acesso se a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> é válida no sistema.<br />

Atualmente a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> digital é verificada com o uso <strong>de</strong> autenticação baseada em conhecimento, isto é,<br />

o usuário é autenticado se conhece o seu login e a senha no sistema. Entretanto, ataques como phishing,<br />

scams e spywares, hoje freqüentes na internet, têm como objetivo obter os dados <strong>de</strong> login e senha, e<br />

conseqüentemente a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> digital dos usuários.<br />

Com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> impedir esses ataques surgiram estudos que empregam objetos em conjunto com<br />

senhas para autenticar os usuários. Os objetos, conhecidos como tokens, são utilizados para gerar OTPs (onetime<br />

passwords), isto é, senhas utilizadas uma única vez e então <strong>de</strong>scartadas. Desta forma, a cada<br />

autenticação, não basta para um atacante obter apenas a senha, mas também é preciso conhecer a OTP que<br />

será escolhida para a sessão.<br />

Existem trabalhos que propõe o uso <strong>de</strong> celulares como token que recebem mensagens <strong>de</strong> SMS como<br />

forma <strong>de</strong> enviar as OTP ao cliente (Claessens, Preneel et al. 2002). Isso é interessante por utilizar canais<br />

separados, e por isso mais difíceis <strong>de</strong> serem controlados por um atacante, no entanto isso representa um custo<br />

adicional para cada autenticação.<br />

Há trabalhos que aproveitam a capacida<strong>de</strong> computacional <strong>de</strong> dispositivos como PDAs, celulares e mais<br />

recentemente smartphones para fazer o papel do objeto na autenticação. Programas em Java, por exemplo,<br />

rodando nesses ambientes são responsáveis por gerar as OTP para o usuário (Me, Pirro et al. 2006).<br />

Freqüentemente eles se baseiam na hipótese <strong>de</strong> que esses dispositivos são consi<strong>de</strong>rados isolados do<br />

computador, isto é, seguros para serem adotados como tokens. Entretanto o <strong>de</strong>scuido <strong>de</strong> seus usuários (Hong<br />

2005) e pragas como vírus (Terra 2006) e cavalos-<strong>de</strong>-tróia (IDG 2006) em plataformas móveis vêm surgindo<br />

e com o maior emprego dos mesmos haverá uma tendência natural (Felitti 2006) <strong>de</strong> surgirem ataques para<br />

tais ambientes.<br />

Uma alternativa para manter a isolação é a adoção <strong>de</strong> dispositivos <strong>de</strong>dicados a essa função. Este artigo<br />

apresenta rapidamente a base <strong>de</strong> um dispositivo <strong>de</strong> baixo custo <strong>de</strong> produção através do uso <strong>de</strong> componentes<br />

<strong>de</strong> prateleira, ou seja, com produção em larga escala. A seguir foca-se no uso <strong>de</strong> algoritmos <strong>de</strong> código aberto.<br />

É mostrado como algoritmos para <strong>geração</strong> <strong>de</strong> OTP e autenticação <strong>de</strong> transações po<strong>de</strong>m ser empregados e o<br />

153


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

<strong>de</strong>sempenho dos mesmos no ambiente <strong>de</strong> baixo custo. Esses algoritmos são baseados em MAC (message<br />

authentication co<strong>de</strong>) e duas alternativas são analisadas: o CMAC-AES128 e HMAC-SHA1.<br />

A seção 2 faz uma <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> token e <strong>de</strong>staca os blocos mais importantes a serem consi<strong>de</strong>rados no<br />

projeto <strong>de</strong> um token. Dando continuida<strong>de</strong>, a seção 3 mostra o hardware utilizado para analisar os algoritmos<br />

<strong>de</strong> MAC e então fala-se brevemente <strong>de</strong> algoritmos <strong>de</strong> <strong>de</strong>safio-resposta na seção 4. A seção 5 mostra como os<br />

algoritmos foram utilizados para OTP e autenticação e a análise <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho do CMAC e do HMAC no<br />

ambiente <strong>de</strong> baixo custo. O artigo se encerra com conclusões do trabalho.<br />

2. AUTENTICAÇÃO DE MÚLTIPLOS FATORES<br />

Tradicionalmente a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> digital é verificada através <strong>de</strong> “algo que o usuário sabe”, ou seja, é baseada<br />

em conhecimento. Nesse método, o usuário é autenticado quando o sistema atesta que o usuário tem o<br />

conhecimento <strong>de</strong> um segredo previamente combinado. Outros métodos, ou fatores, empregados para efetuar<br />

autenticação são “algo que o usuário possui”, isto é, baseada em objetos e “algo que o usuário é”, ou seja,<br />

baseada em biometria (O'Gorman 2003).<br />

O uso simultâneo <strong>de</strong> diferentes fatores é conhecido como autenticação <strong>de</strong> múltiplos fatores. A<br />

combinação <strong>de</strong> diferentes fatores resulta em uma atenuação mútua <strong>de</strong> suas vulnerabilida<strong>de</strong>s e, em<br />

conseqüência, um método mais seguro <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>.<br />

A verificação da posse do token é feita através <strong>de</strong> algoritmos <strong>de</strong> <strong>de</strong>safio-resposta. O servidor propõe um<br />

<strong>de</strong>safio ao usuário e o usuário entra com esse <strong>de</strong>safio no token. O token respon<strong>de</strong> o <strong>de</strong>safio e o usuário po<strong>de</strong><br />

se autenticar no sistema. O <strong>de</strong>safio possui duas funções. A primeira é verificar a posse do token. A segunda é<br />

servir como uma senha <strong>de</strong> uso único, ou OTP. A cada nova execução do protocolo <strong>de</strong> autenticação um novo<br />

<strong>de</strong>safio é empregado, resultando em uma nova OTP a cada acesso.<br />

Apesar <strong>de</strong> ser comumente utilizado na autenticação <strong>de</strong> usuários, um token também po<strong>de</strong> ser empregado<br />

na autenticação <strong>de</strong> transações. Seja qual for o uso, a gran<strong>de</strong> vantagem <strong>de</strong> um dispositivo externo <strong>de</strong><br />

autenticação é a sua isolação. A chave <strong>de</strong> criptografia, os algoritmos, a entrada <strong>de</strong> dados bem como exibição<br />

<strong>de</strong> dados não estão sujeitos aos ataques realizados no computador com a função <strong>de</strong> roubar dados. Tanto as<br />

operações quanto os dados críticos ficam isolados do computador do usuário. Assim mesmo um sistema<br />

executando um spyware ainda po<strong>de</strong> ser utilizado para autenticação sem o comprometimento da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

digital do usuário. Além da isolação, o roubo do dispositivo físico se torna mais um fator a ser consi<strong>de</strong>rado<br />

por um adversário atacante.<br />

Blocos Funcionais<br />

A apresenta os quatro blocos mais importantes no projeto e construção <strong>de</strong> um token:<br />

Construção do hardware<br />

Escolha do tipo <strong>de</strong> algoritmo <strong>de</strong>safio-resposta<br />

Software para o controle do token: é como se fosse um sistema operacional para controlar o<br />

hardware do sistema e os programas que executam o sistema.<br />

Escolha <strong>de</strong> um algoritmo <strong>de</strong> criptografia<br />

Esse artigo tem como foco principal a análise <strong>de</strong> algoritmos para a <strong>geração</strong> <strong>de</strong> OTP e autenticação <strong>de</strong><br />

transações, porém antes <strong>de</strong> chegar a esse ponto será rapidamente apresentado o hardware do token para que<br />

se possa contextualizar o ambiente adotado.<br />

154<br />

Software <strong>de</strong> Controle<br />

Hardware<br />

Tipo <strong>de</strong> Desafio<br />

Algoritmo <strong>de</strong> Cripotografia<br />

Figura 1. Blocos funcionais <strong>de</strong> um token


3. PLATAFORMA<br />

Como token <strong>de</strong> baixo custo consi<strong>de</strong>rou-se que o custo <strong>de</strong> produção fosse inferior a cinco dólares por unida<strong>de</strong>.<br />

Dentro <strong>de</strong>sse requisito, foi empregado um microcontrolador como a unida<strong>de</strong> responsável por executar os<br />

algoritmos <strong>de</strong> criptografia. Um microcontrolador é um circuito integrado que possui em uma única pastilha<br />

processador para uso geral, memória e periféricos como, por exemplo, porta serial ou controladores <strong>de</strong> LCD.<br />

Devido a essa flexibilida<strong>de</strong> e por ser produzido em gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s, um microcontrolador se tornou um<br />

candidato natural para esse sistema.<br />

O microcontrolador consi<strong>de</strong>rado foi o PIC18F65J90 (Microchip 2007). O dispositivo é capaz <strong>de</strong> controlar<br />

LCD, tem portas para fazer interface com um teclado matricial (tipo <strong>de</strong> teclado utilizado em calculadoras<br />

portáteis) sem componentes adicionais, possui oscilador interno tornando a gerência <strong>de</strong> energia mais fácil,<br />

pois é possível acelerar ou reduzir a velocida<strong>de</strong> do sistema conforme o tipo <strong>de</strong> operação executada. O<br />

dispositivo ainda apresenta memória suficiente para armazenar o algoritmo <strong>de</strong> criptografia e os <strong>de</strong>mais<br />

programas para gerenciar as funções do microcontrolador.<br />

A interface do sistema é constituída <strong>de</strong> um display numérico e um teclado, sendo muito semelhante a<br />

calculadoras portáteis. Como o microcontrolador possui periféricos para controlar ambos os elementos eles<br />

po<strong>de</strong>m ser diretamente conectados ao microcontrolador.<br />

Mais da meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> todo o custo do sistema se dá pela presença do microcontrolador, sendo o mesmo<br />

cotado no site <strong>de</strong> seu fabricante a US$ 2,65. Os <strong>de</strong>mais custos são atenuados <strong>de</strong>vido à presença <strong>de</strong> muitos<br />

periféricos no próprio microcontrolador, minimizando hardware e conexões externas e por conseqüência o<br />

custo final.<br />

Naturalmente outros aspectos do hardware po<strong>de</strong>m ser discutidas nesse ponto, como por exemplo<br />

a<strong>de</strong>quação ao FIPS 140-2 (NIST 2001), porém essa seção tem como objetivo apenas mostrar em que tipo <strong>de</strong><br />

equipamento os algoritmos são executados e ao mesmo tempo dar uma idéia <strong>de</strong> como a interface do token<br />

po<strong>de</strong> ser concebida.<br />

Não será mostrado nesse artigo porém o token baseado nesse ambiente po<strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r vários dos requisitos<br />

do FIPS 140-2. Requisitos não atendidos incluem ambiente operacional (verificação <strong>de</strong> integrida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

memória) e prevenção a ataques <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> energia e análise <strong>de</strong> tempo. Os <strong>de</strong>mais requisitos po<strong>de</strong>m ser<br />

atendidos até o nível 2. Não foi verificado se o custo <strong>de</strong> tornar o dispositivo tamper-evi<strong>de</strong>nt po<strong>de</strong> ser atendido<br />

e ainda assim manter o custo <strong>de</strong> produção inferior a 5 dólares.<br />

4. ALGORITMOS DESAFIO-RESPOSTA<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A verificação <strong>de</strong> posse <strong>de</strong> um token é feita através <strong>de</strong> algoritmos <strong>de</strong>safio-resposta. Nesses algoritmos o<br />

servidor propõe um <strong>de</strong>safio que apenas o cliente é capaz <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r através do uso <strong>de</strong> seu token. Esses<br />

<strong>de</strong>safios po<strong>de</strong>m ser implícitos ou explícitos (Menezes, Oorschot et al. 2001):<br />

Desafio baseado em tempo: Utiliza a hora atual como entrada para o <strong>de</strong>safio. O servidor não<br />

precisa enviar o <strong>de</strong>safio, porém necessita que o relógio do token e do servidor estejam<br />

sincronizados.<br />

Desafio baseado em eventos: Utiliza uma seqüência numérica como <strong>de</strong>safio e é incrementada a<br />

cada uso. Também po<strong>de</strong> apresentar problemas <strong>de</strong> sincronismo pois o cliente po<strong>de</strong> gerar <strong>de</strong>safios<br />

no token e não utilizá-los.<br />

Desafio explícito: O servidor passa um <strong>de</strong>safio que o usuário <strong>de</strong>ve digitar no token. Não<br />

apresenta problemas <strong>de</strong> sincronismo porém a interface é mais complicada por <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> um<br />

método <strong>de</strong> entrada, como um teclado.<br />

Para esse sistema foi utilizado o algoritmo <strong>de</strong> <strong>de</strong>safio-resposta baseado em <strong>de</strong>safios explícitos, para evitar<br />

preocupações com sincronismo. Apesar disso, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do tipo <strong>de</strong> algoritmo, o hardware e o uso do<br />

algoritmo <strong>de</strong> criptografia são muito semelhantes em todos os casos. O <strong>de</strong>safio baseado em tempo ainda<br />

exigiria um cristal externo para minimizar o erro <strong>de</strong> sincronismo dos relógios com o passar do tempo.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

5. ALGORIMOS DE CRIPTOGRAFIA<br />

O token baseado em microcontrolador <strong>de</strong>ve executar um algoritmo <strong>de</strong> criptografia que atenda a critérios <strong>de</strong><br />

baixo consumo <strong>de</strong> memória e pouca necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento.<br />

Além dos critérios <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, selecionou-se algoritmos conhecidos e públicos para que qualquer um<br />

que <strong>de</strong>seje implementar o sistema conheça o seu funcionamento e ao mesmo tempo evitar que<br />

vulnerabilida<strong>de</strong>s conhecidas estejam presente em seu código. Isso também o torna livre do pagamento <strong>de</strong><br />

royalties e o seu uso não pesa no custo final do sistema.<br />

Algoritmos Avaliados<br />

Foi avaliado o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> dois algoritmos <strong>de</strong> MAC para realizar autenticação. O primeiro foi o CMAC-<br />

AES128 e o outro algoritmo verificado foi o HMAC-SHA1.<br />

O CMAC é baseado em cifras <strong>de</strong> blocos sendo <strong>de</strong>scrito originalmente com o nome <strong>de</strong> OMAC em (Iwata<br />

and Kurosawa 2003). Seu nome foi oficializado em (NIST 2005). Este projeto utilizou como cifra <strong>de</strong> blocos<br />

o AES com chave e blocos <strong>de</strong> 128 bits. O HMAC utiliza funções <strong>de</strong> hash para calcular o MAC. Sua <strong>de</strong>scrição<br />

po<strong>de</strong> ser encontrada em (NIST 2002) e a implementação aqui utilizada é baseada no SHA1. Ambos foram<br />

escolhidos por serem funções autenticação <strong>de</strong> mensagens recomendadas em (NIST 2001).<br />

Uso dos Algoritmos<br />

Neste trabalho os algoritmos <strong>de</strong> MAC são utilizados para garantir integrida<strong>de</strong> e prover autenticação<br />

unilateral. Como os dados <strong>de</strong>vem ser digitados por uma pessoa, por razões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m prática, é preciso utilizar<br />

um MAC reduzido, isto é, o valor <strong>de</strong> MAC truncado. Tanto o tamanho do <strong>de</strong>safio quanto o tamanho da<br />

resposta po<strong>de</strong>m ser configurados e foram escolhidos <strong>de</strong> forma a balancear segurança e facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso. Por<br />

isso foi <strong>de</strong>finido que tanto <strong>de</strong>safio quanto resposta po<strong>de</strong>m assumir 10 6 valores diferentes, isto é, um número<br />

<strong>de</strong>cimal <strong>de</strong> 6 dígitos.<br />

O valor do <strong>de</strong>safio é um número <strong>de</strong> 9 dígitos <strong>de</strong>cimais sendo composto por 6 dígitos aleatórios. Os outros<br />

3 dígitos são o MAC reduzido dos outros 6 dígitos com o intuito <strong>de</strong> que o cliente possa fazer verificação <strong>de</strong><br />

integrida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>tectar erros <strong>de</strong> digitação. O valor da resposta é dada pelos 6 últimos dígitos do MAC <strong>de</strong>safio<br />

enviado. Como se tratam <strong>de</strong> dígitos <strong>de</strong>cimais, o MAC calculado é convertido para o seu formato <strong>de</strong>cimal. O<br />

resultado é então truncado <strong>de</strong> forma a apresentar o número <strong>de</strong> dígitos necessários em cada um dos usos.<br />

Como tanto <strong>de</strong>safio quanto resposta nascem a partir do MAC <strong>de</strong> 6 dígitos, a distinção entre ambos é feita<br />

através <strong>de</strong> um sal anexado aos 6 primeiros dígitos do <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> forma transparente ao usuário. O sal do<br />

<strong>de</strong>safio é 0xFF e o sal da resposta é 0x01.<br />

A escolha dos bits a serem utilizados no MAC reduzido foi feita <strong>de</strong> forma arbitrária já que os algoritmos<br />

garantem que os bits aparecem <strong>de</strong> forma equiprovável <strong>de</strong>ntro do valor do MAC. Em (M'Raihi, Bellare et al.<br />

2005) é utilizada uma forma diferente para escolha <strong>de</strong> um MAC reduzido.<br />

Uma característica importante nas OTP é que uma OTP anterior não apresente relação com a OTP atual.<br />

Para verificar essa proprieda<strong>de</strong>, foi feito o teste <strong>de</strong> qui-quadrado (Montgomery and Runger 2003) para<br />

diferentes chaves on<strong>de</strong> se geravam 1000 OTP por chave. Os testes apontaram para uma distribuição<br />

uniforme, indicativo <strong>de</strong> pouca relação entre as OTP geradas.<br />

A Tabela 1 apresenta como as mensagens são trocadas entre o usuário e o token e entre o usuário e o<br />

servidor.<br />

156


Tabela 1. Uso dos algoritmos <strong>de</strong> MAC para OTP<br />

Cliente Servidor Descrição<br />

1 Gera RND O servidor gera um número aleatório <strong>de</strong> 6 dígitos (RND)<br />

Calcula INT: Servidor calcula o CMAC <strong>de</strong> 0xFF (sal) concatenado com RND.<br />

2<br />

INT = CMAC(0xFF | Pega-se os 3 últimos algarismos do CMAC para se gerar o código<br />

RND)<br />

<strong>de</strong> integrida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>safio (INT).<br />

3 Cliente<br />

<br />

Desafio<br />

Desafio =<br />

(RND | INT)<br />

O <strong>de</strong>safio enviado ao cliente é composto <strong>de</strong> 9 dígitos: RND e<br />

INT.<br />

4 Cliente<br />

(Token Desafio)<br />

O cliente digita o <strong>de</strong>safio no token.<br />

5 Token:<br />

INT=CMAC(RND)?<br />

O token verifica se INT correspon<strong>de</strong> ao RND e pára o processo<br />

em caso <strong>de</strong> erro.<br />

6 Token:<br />

RSP=CMAC(0x01 | RND)<br />

O token utiliza o 0x01 (sal) concatenado com RND como entrada<br />

para um novo CMAC, gerando RSP.<br />

7 Token: RSP<br />

O token pega os 6 últimos algarismos <strong>de</strong> RSP e exibe o resultado<br />

para o usuário.<br />

8 Cliente<br />

<br />

RSP<br />

Servidor<br />

O usuário envia os dados para o servidor.<br />

9<br />

CMAC(0x01 | RND)<br />

= RSP?<br />

O servidor verifica RSP e finaliza a autenticação se o valor estiver<br />

correto.<br />

* O uso da chave está implícito nas chamadas do MAC<br />

Mesmo com o uso <strong>de</strong> autenticação <strong>de</strong> múltiplos fatores, um sistema <strong>de</strong> autenticação ainda po<strong>de</strong> ser<br />

burlado como apresentado em (Schneier 2005) e por isso não basta o token gerar OTP, mas também<br />

autenticar cada transação consi<strong>de</strong>rada crítica, como transferências <strong>de</strong> dinheiro, executadas no ambiente da<br />

internet.<br />

O processo <strong>de</strong> autenticação <strong>de</strong>ve ser tal que o usuário digite as transações no token <strong>de</strong> forma que ele seja<br />

capaz <strong>de</strong> associar a transação com o que está sendo efetivamente digitado. Abaixo se tem o exemplo <strong>de</strong> como<br />

seria uma possível transação financeira e a forma como ela po<strong>de</strong>ria ser digitada no token. Primeiro <strong>de</strong>ve-se<br />

notar que qualquer transação po<strong>de</strong> ser representada facilmente apenas por números:<br />

Favorecido: João da Silva<br />

Tipo <strong>de</strong> transação: 8 (Depósito)<br />

Banco: 034<br />

Conta Corrente: 0197<br />

Valor: $ 1.500,00<br />

Data: 03/04/2007<br />

Nonce: 1<br />

INT: 2914 (Código <strong>de</strong> integrida<strong>de</strong>)<br />

Para esta transação, po<strong>de</strong>-se ter o número <strong>de</strong>stacado na Tabela 2.<br />

Tabela 2. Exemplo <strong>de</strong> autenticação <strong>de</strong> transações<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Transação Banco Conta Valor Data (dia/mês/ano) Nonce INT<br />

8 034 0197 1500 0304 2007 1 2914<br />

No exemplo anterior, "favorecido" não é necessário para autenticação, pois banco e conta já i<strong>de</strong>ntificam o<br />

cliente, assim, o i<strong>de</strong>ntificador da transação (TRS) que <strong>de</strong>ve ser digitado no token é 8 034 0197 1500 0304<br />

2007 1 2914. A informação foi dividida em blocos <strong>de</strong> no máximo 4 dígitos para facilitar a entrada no token.<br />

Com a informação visualmente clara para o usuário, ele po<strong>de</strong> ter certeza da informação que está sendo<br />

autenticada. O valor INT funciona como um MAC reduzido para que o token possa verificar a integrida<strong>de</strong> da<br />

transação e assim o cliente tem a certeza <strong>de</strong> estar autenticando a transação a<strong>de</strong>quada. Além <strong>de</strong>sses números,<br />

associar hora e data e/ou algum número único à transação é importante para evitar ataques do tipo replay.<br />

O algoritmo <strong>de</strong> OTP anterior foi empregado modificando-se o sal da transação <strong>de</strong> 0xFF para 0xFE e na<br />

autenticação <strong>de</strong> 0x01 para 0x02. Assim a mesma chave não irá gerar números válidos para uma OTP. O<br />

algoritmo é <strong>de</strong>scrito na Tabela 3. O tamanho do código <strong>de</strong> autenticação da transação ainda é <strong>de</strong> 6 dígitos.<br />

157


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

1<br />

2<br />

Tabela 3. Uso dos algoritmos <strong>de</strong> MAC para autenticação<br />

Cliente Servidor Descrição<br />

Recebe TRS<br />

O servidor recebe a solicitação <strong>de</strong> uma transação (TRS)<br />

3 Cliente<br />

4 Cliente<br />

(Token TRSI)<br />

5 Token:<br />

INT=CMAC(0xFE | TRS)?<br />

6 Token:<br />

RSP=CMAC(0x02 | TRS)<br />

7 Token: RSP<br />

<br />

TRSI<br />

Calcula INT:<br />

INT = CMAC(0xFE |<br />

TRS)<br />

TRSI = TRS | INT<br />

8 Cliente<br />

<br />

RSP Servidor<br />

9<br />

CMAC(0x02 | TRS)<br />

= RSP?<br />

* O uso da chave está implícito nas chamadas do CMAC<br />

Desempenho<br />

Servidor calcula o CMAC <strong>de</strong> 0xFE (sal) concatenado com TRS.<br />

Pega-se os 4 últimos algarismos do CMAC para se gerar o código<br />

<strong>de</strong> integrida<strong>de</strong> da transação (INT).<br />

A transação é formatada <strong>de</strong> forma que o cliente associe a<br />

transação com o número que será digitado.<br />

O cliente digita a transação no token.<br />

O token verifica se INT correspon<strong>de</strong> ao TRS e pára o processo em<br />

caso <strong>de</strong> erro.<br />

O token calcula CMAC <strong>de</strong> 0x02 (sal) concatenado com TRS.<br />

Pega-se os 6 últimos algarismos do CMAC (RSP) e exibe o<br />

resultado para o usuário.<br />

O usuário envia o código <strong>de</strong> autenticação para o servidor.<br />

O servidor verifica RSP e autentica a transação se o valor estiver<br />

correto.<br />

Ambos os algoritmos foram implementados no PIC18F65J90 e foram analisados sob dois aspectos: tempo <strong>de</strong><br />

execução percebido pelo usuário (não se avaliou apenas o algoritmo, mas o tempo entre o usuário terminar <strong>de</strong><br />

digitar o <strong>de</strong>safio e o tempo para o token exibir alguma resposta) e consumo da memória <strong>de</strong> programa do<br />

microcontrolador.<br />

Como critérios para consi<strong>de</strong>rar um algoritmo a<strong>de</strong>quado foi exigido que o algoritmo fosse capaz <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>volver uma resposta em no máximo três segundos para evitar <strong>de</strong>sconforto no uso diário <strong>de</strong> um token e que<br />

ele coubesse <strong>de</strong>ntro da memória disponível do dispositivo adotado (no caso 32 Kbytes).<br />

O HMAC consumiu quase 16 kbytes <strong>de</strong> memória <strong>de</strong> programa do microcontrolador e para obter uma<br />

resposta <strong>de</strong>ntro dos critérios adotados, o processador funcionou a 4 MHz para verificar a valida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>safio e gerar a resposta do mesmo.<br />

O CMAC ocupou menos <strong>de</strong> 2 kbytes da memória <strong>de</strong> programa do microcontrolador. Rodando a 1 MHz<br />

para verificar a valida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um <strong>de</strong>safio e gerar a resposta do mesmo, foram necessários pouco menos <strong>de</strong> 2<br />

segundos.<br />

A tabela a seguir compara o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> dois algoritmos apresentando exatamente os valores obtidos.<br />

A partir <strong>de</strong>la po<strong>de</strong>-se afirmar que, para o caso <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> chaves simétricas, um algoritmo seguro é<br />

suficientemente rápido (<strong>de</strong>ntro do critério <strong>de</strong> três segundos adotado) para ser executado em um<br />

microcontrolador sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> hardware <strong>de</strong>dicado para essa função.<br />

Tabela 4. Comparação HMAC x CMAC em ambiente <strong>de</strong> 8 bits<br />

Algoritmo Tempo <strong>de</strong> Execução Memória<br />

HMAC 2,84±0,04s (4 MHz) 16.056 bytes<br />

CMAC 1,52±0,05s (1 MHz) 1.674 bytes<br />

Observações CMAC 7,4 vezes mais rápido CMAC 9,5 vezes menor<br />

Ao comparar os números é preciso ter em mente que os testes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho foram realizados <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

uma plataforma <strong>de</strong> 8 bits. Enquanto o SHA1 é otimizado para ser executado em plataformas <strong>de</strong> 32-bits, o<br />

AES po<strong>de</strong> ser implementado <strong>de</strong> forma a aproveitar a característica <strong>de</strong> diversas plataformas, inclusive a<br />

adotada aqui nesse comparativo. O SHA1 ainda apresenta carries em suas somas que não aparecem no AES.<br />

Além do problema da plataforma, é preciso lembrar que SHA1 foi enfraquecido por ataques em (Wang, Yin<br />

et al. 2005). Apesar dos ataques, o algoritmo não po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado “quebrado”.<br />

Como apresentado na Tabela 4, o CMAC tem um melhor <strong>de</strong>sempenho e sugere-se o seu uso para o<br />

propósito aqui <strong>de</strong>scrito. Apesar disso, o HMAC ainda é uma alternativa viável dado que o mesmo ainda<br />

aten<strong>de</strong> aos requisitos apresentados inicialmente. Isso é possível pois o microcontrolador escolhido tem a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> variar a sua velocida<strong>de</strong> em tempo <strong>de</strong> execução, isto é, tarefas que necessitem <strong>de</strong> pouco po<strong>de</strong>r<br />

158


<strong>de</strong> processamento são executadas em baixas velocida<strong>de</strong>s, por exemplo 250KHz, e quando necessário<br />

executar o algoritmo <strong>de</strong> criptografia alterna-se para um modo mais veloz sem gran<strong>de</strong> impacto na vida útil da<br />

bateria do sistema.<br />

6. CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS<br />

A autenticação <strong>de</strong> dois fatores tem se mostrado como uma alternativa para tornar a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> digital <strong>de</strong><br />

usuário mais difícil <strong>de</strong> ser roubada através <strong>de</strong> ataques comuns na internet como phishing e o spywares. Nesse<br />

contexto, o artigo apresentou brevemente o hardware para um token <strong>de</strong> baixo custo e focou em algoritmos<br />

para a <strong>geração</strong> <strong>de</strong> OTP.<br />

Como outros trabalhos já mostraram, apenas a autenticação <strong>de</strong> usuário não é suficiente <strong>de</strong>vido a ataques<br />

man-in-the-middle. Por isso apresentou-se também uma alternativa <strong>de</strong> uso do token para que ele também<br />

execute autenticação <strong>de</strong> transações.<br />

A seguir dois algoritmos <strong>de</strong> código aberto são avaliados para fornecer o suporte a esses serviços. Verificase<br />

nessa análise tempo <strong>de</strong> execução dos algoritmos e consumo <strong>de</strong> memória. A partir <strong>de</strong>ssa análise mostrou-se<br />

que é possível implementar um MAC <strong>de</strong>ntro do ambiente <strong>de</strong> baixo custo apresentado com tempo <strong>de</strong> resposta<br />

aceitável.<br />

Naturalmente, os algoritmos não precisam se limitam apenas à plataforma apresentada e po<strong>de</strong>m ser<br />

adotados em outras situações como smartphones.<br />

Este trabalho po<strong>de</strong> ainda ser expandindo <strong>de</strong>talhando-se a implementação do hardware do token e dos<br />

programas para suporte do mesmo e como ele po<strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r a requisitos <strong>de</strong> nível 2 do FIPS140-2. A<br />

explicação do funcionamento do lado do servidor do sistema também seria <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor.<br />

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Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

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159


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

ÉTICA, PRIVACIDADE E SEGURANÇA EM SISTEMAS<br />

HIPERMÍDIA ADAPTATIVOS PARA EDUCAÇÃO<br />

BASEADA EM WEB<br />

Sandra Gavioli Puga<br />

Escola Politécnica - Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (EPUSP) e Faculda<strong>de</strong> IBTA<br />

São Paulo - SP – Brasil<br />

sandrapuga@uol.com.br<br />

Maria Alice Grigas Varella Ferreira<br />

Escola Politécnica - Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (EPUSP)<br />

São Paulo - SP – Brasil<br />

maria.alice.ferreira@poli.usp.br<br />

RESUMO<br />

Os Sistemas Hipermídia Adaptativos (SHA) para Educação Baseada em Web (EBW) compreen<strong>de</strong>m um conjunto <strong>de</strong><br />

recursos disponibilizados ao usuário “aluno”, através da Web. Por meio <strong>de</strong>stes recursos, o sistema <strong>de</strong>ve facilitar o<br />

processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem e mediar o processo comunicativo entre grupos <strong>de</strong> alunos e entre o aluno e o professor.<br />

A adaptação <strong>de</strong> tais sistemas <strong>de</strong>ve ocorrer <strong>de</strong> maneira <strong>automática</strong> e transparente ao usuário, seja ele aluno ou professor.<br />

Como o processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem é dinâmico, o sistema precisa monitorar as interações que ocorrem, criando um<br />

Mo<strong>de</strong>lo do Usuário, on<strong>de</strong> as características <strong>de</strong> cada usuário são armazenadas e utilizadas na adaptação. Neste contexto,<br />

surgem questões sobre ética, privacida<strong>de</strong> e segurança dos dados, sobre as quais os vários usuários do sistema <strong>de</strong>vem ser<br />

conscientizados. Este trabalho discute algumas <strong>de</strong>ssas questões, caracterizando quando e on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve-se interagir com o<br />

usuário quanto a esses assuntos.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Ética. Privacida<strong>de</strong>. Segurança. Mo<strong>de</strong>lo do Usuário. Sistemas Hipermídia Adaptativos. Educação Baseada em Web.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

A Web, cujo aparecimento se <strong>de</strong>u por volta <strong>de</strong> 1995, tornou-se rapidamente um gran<strong>de</strong> repositório <strong>de</strong><br />

informações sobre os mais diversos assuntos e <strong>de</strong> interesse do mais variado público. Ao longo <strong>de</strong>sses anos,<br />

ela evoluiu, entretanto, para algo muito mais dinâmico, oferecendo as mais diferentes ferramentas,<br />

componentes e serviços aos projetistas e usuários. Uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicações, originalmente voltadas aos<br />

serviços <strong>de</strong> <strong>de</strong>sktop, evoluíram ou estão prestes a evoluir para esse ambiente, uma vez que se po<strong>de</strong> comunicar<br />

ou colaborar através <strong>de</strong>le.<br />

A maioria das aplicações atuais oferecem suporte a indivíduos, pequenos ou gran<strong>de</strong>s negócios ou<br />

comunida<strong>de</strong>s (Jazayeri, 2007). Segundo ele, humanos e máquinas <strong>de</strong>verão conviver cada vez mais em um<br />

ambiente automatizado. Assim, “com interações cada vez mais próximas, humanos se tornam,<br />

frequentemente, participantes nesses processos automatizados. A universalização da Web significa que<br />

aplicações Web bem sucedidas po<strong>de</strong>m ter implicações sociais enormes e algumas vezes não pretendidas”.<br />

Entre as inúmeras implicações que po<strong>de</strong>m ocorrer, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>parar com uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> problemas<br />

relativos à Ética, Segurança e Privacida<strong>de</strong>. Inicialmente consi<strong>de</strong>rados pouco importantes e, geralmente,<br />

negligenciados pelos usuários, hoje eles estão se tornando cada vez mais o foco <strong>de</strong> interesse dos projetistas <strong>de</strong><br />

software e, <strong>de</strong>vido às inúmeras perturbações que vêm causando, também do “público” da Web, que começa a<br />

perceber as implicações inerentes ao uso <strong>de</strong>ssa mídia.<br />

Uma das áreas em que as aplicações para a Web começam a ganhar força são os sistemas <strong>de</strong>stinados à<br />

aprendizagem (LMS – Learning Management Systems) em suas inúmeras vertentes: administração<br />

160


acadêmica, distribuição <strong>de</strong> material <strong>de</strong> aprendizagem e auxílio ao aprendizado. Esse trabalho procura discutir<br />

um pouco <strong>de</strong>sses tópicos nesse ambiente, empregando para isso um dos novos aplicativos que estão sendo<br />

pesquisados nessa área: os Sistemas Hipermídia Adaptativos (SHA). SHAs estão sendo construídos para fins<br />

<strong>de</strong> Educação a Distância (EAD), com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorar o processo <strong>de</strong> interação entre o professor e o<br />

aluno.<br />

A idéia central dos SHAs é fornecer ao usuário um ambiente a<strong>de</strong>quado às suas necessida<strong>de</strong>s, preferências<br />

e/ou características individuais e que se adapte, dinamicamente, a essas necessida<strong>de</strong>s. Para isso, o sistema<br />

<strong>de</strong>ve ser concebido em torno <strong>de</strong> um Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Usuário (MU) capaz <strong>de</strong> armazenar os atributos necessários à<br />

formatação do ambiente, conforme ilustrado na Figura 1. O Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Usuário é assim uma base <strong>de</strong> dados,<br />

especialmente estruturada para armazenar as características dos usuários utilizadas para a adaptação.<br />

A Figura 1 representa uma visão macro do processo <strong>de</strong> <strong>geração</strong> do MU. Nesta figura, o usuário está<br />

interagindo com um Sistema Hipermídia Adaptativo. Para permitir a adaptabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse sistema, o<br />

componente MU, alimenta e é alimentado pelo SHA, através do processo <strong>de</strong> interação com o usuário.<br />

Durante esse processo, o usuário <strong>de</strong>ve estar ciente <strong>de</strong> que essa captura <strong>de</strong> dados a seu respeito está sendo<br />

efetuada e, também, <strong>de</strong> como estas informações serão utilizadas pelo sistema.<br />

Figura 1. Processo <strong>de</strong> Adaptação em SHA<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A Educação Baseada na Web (EBW) é uma extensão da EAD atual, no sentido <strong>de</strong> ser um mo<strong>de</strong>lo<br />

educacional on<strong>de</strong> a comunicação é mediada por computador, fornecendo respostas <strong>automática</strong>s e um portal<br />

<strong>de</strong> acesso aos recursos da instituição <strong>de</strong> ensino (Taylor, 2001). Esse processo educacional está fortemente<br />

apoiado em SHA. Nesses sistemas, os dados dos usuários (principalmente, dos “alunos”) precisam ser<br />

capturados e armazenados no Mo<strong>de</strong>lo do Usuário (MU), para que possam fornecer dados aos agentes<br />

responsáveis pela adaptativida<strong>de</strong>. Os agentes são entida<strong>de</strong>s virtuais, concebidas para atuar nos bastidores do<br />

sistema entre a interface e o MU.<br />

As características individuais <strong>de</strong> cada aluno, armazenadas no MU po<strong>de</strong>m ser, entre outras: preferências,<br />

estilos <strong>de</strong> aprendizagem, experiência em interação humano-computador e conhecimento prévio sobre o<br />

domínio da aplicação (curso ou disciplina).<br />

Uma vez <strong>de</strong>finidas as características do usuário que <strong>de</strong>verão ser armazenadas no MU, <strong>de</strong>ve-se <strong>de</strong>finir uma<br />

maneira para capturá-las, e garantir que sejam constantemente atualizadas, uma vez que, à medida que o<br />

usuário evolui, suas características sofrem alterações. Por exemplo, espera-se que num sistema voltado à<br />

aprendizagem, o conhecimento do aluno sobre o domínio aumente com o uso do sistema. Esse processo<br />

envolve a captura <strong>de</strong> dados obtidos através da interação do usuário com o sistema, tais como: percurso <strong>de</strong><br />

navegação, itens selecionados e evolução no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Desta maneira, o aluno <strong>de</strong>ve<br />

ser claramente informado <strong>de</strong> como e quando estes dados serão coletados, armazenados e utilizados. Estas<br />

questões estão intimamente relacionadas aos aspectos <strong>de</strong> ética, privacida<strong>de</strong> e segurança dos dados.<br />

Neste artigo propõe-se um framework para elucidação <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong> e segurança <strong>de</strong> dados<br />

no contexto da EBW, bem como princípios éticos <strong>de</strong>vem ser aplicados. Para isso, na seção 2 serão discutidos<br />

os aspectos éticos que permeiam a captura e armazenamento <strong>de</strong> dados, a disponbilização <strong>de</strong> mensagens e<br />

informações aos diferentes tipos <strong>de</strong> usuários-alunos. Na seção 3 são apresentados os aspectos <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong>,<br />

e um breve levantamento sobre o tratamentos legal que está sendo conferido às questões <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong> online.<br />

Na seção 4 é abordado o aspecto da segurança. Na seção 5 é, finalmente, apresentado o ensaio do<br />

framework <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong> e segurança <strong>de</strong> dados para SHA-EBW (Sistema Hipermídia<br />

Adaptativo para Ensino Baseado na Web). Nessa seção, é inicialmente apresentado o contexto para captura e<br />

armazenamento <strong>de</strong> dados do SHA proposto, discutindo-se os itens que compõem a política <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong> e<br />

segurança proposta. Na seção 6, são apresentadas as conclusões do trabalho.<br />

161


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

2. ÉTICA<br />

De acordo com Houaiss (2007), a Ética é “a parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios<br />

que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo a respeito da essência<br />

das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realida<strong>de</strong> social; é ainda o conjunto <strong>de</strong><br />

regras e preceitos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m valorativa e moral <strong>de</strong> um indivíduo, <strong>de</strong> um grupo social ou <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong>.”<br />

Em termos populares, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>finir Ética como aquilo que é correto em um contexto sócio cultural e <strong>de</strong><br />

acordo com os padrões morais da comunida<strong>de</strong> envolvida. Os aspectos éticos relacionados a Sistemas<br />

Hipermídia Adaptativos <strong>de</strong>stinados à Educação Baseada em Web, envolvem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a concepção da interface<br />

até captura e armazenamento dos dados dos seus usuários.<br />

Dzendzik et al. (2005) discutem a Ética na Web sob o prisma da concepção da interface, <strong>de</strong>stacando<br />

questões importantes como a apresentação <strong>de</strong> imagens, textos e a organização da interface. Apesar <strong>de</strong><br />

geralmente se estar voltado às necessida<strong>de</strong>s e características <strong>de</strong> alunos, estes aspectos envolvem também o<br />

professor. As necessida<strong>de</strong>s do professor, entretanto, po<strong>de</strong>m ser ligeiramente diferentes das dos aluno, uma<br />

vez que não existe a preocupação marcante com as necessida<strong>de</strong>s cognitivas, relativas ao conteúdo disciplinar<br />

envolvido. A apresentação <strong>de</strong> textos e imagens envolve questões <strong>de</strong> autoria, direito <strong>de</strong> uso e confiabilida<strong>de</strong>.<br />

Esta preocupação é <strong>de</strong>stacada no código <strong>de</strong> Ética proposto, em 1999, pela ACM e IEEE-CS apud Masiero<br />

(2000, p. 74), princípio 3.13: “Ser cuidadoso em usar somente dados precisos, obtidos por meios éticos e<br />

legais e usá-los <strong>de</strong> maneira autorizada”.<br />

Rosini e Palmisano (2006) apresentam alguns outros princípios básicos, contemplados pelo Código <strong>de</strong><br />

Ética <strong>de</strong>finido pela ACM, <strong>de</strong>ntre os quais foram <strong>de</strong>stacados:<br />

• Ser honesto e digno <strong>de</strong> confiança.<br />

• Ser justo e agir <strong>de</strong> forma a não discriminar.<br />

• Honrar os direitos <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>, incluindo direitos autorais e patentes.<br />

• Respeitar a privacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terceiros.<br />

• Honrar a confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong>.<br />

• Ter acesso a recursos <strong>de</strong> computação e comunicação apenas quando for autorizado para tal.<br />

Pressman (2006) cita como responsabilida<strong>de</strong>s do Engenheiro <strong>de</strong> Software, ainda, os seguinte princípios,<br />

que po<strong>de</strong>m se prestar muito bem a aplicações baseadas na Web, não somente quanto à ética, mas também<br />

envolvendo privacida<strong>de</strong>:<br />

• Nunca roubar dados para ganho pessoal.<br />

• Nunca <strong>de</strong>struir maliciosamente ou modificar programas, arquivos ou dados <strong>de</strong> outra pessoa.<br />

• Nunca violar a privacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um indivíduo, grupo ou organização.<br />

• Nunca invadir um sistema por esporte ou lucro.<br />

• Nunca criar ou dissiminar vírus ou verme <strong>de</strong> computador.<br />

• Nunca usar tecnologia <strong>de</strong> computação para facilitar a discriminação ou o assédio.<br />

De acordo com Queiroz et al. (2006) a ética, a cultura e os valores morais são inseparáveis. Desta<br />

maneira, a aparência da interface, que contempla mensagens e recursos <strong>de</strong> interação entre os usuários e o<br />

sistema, está associada a questões éticas, consi<strong>de</strong>rando-se que aspectos sociais e culturais estão envolvidos<br />

na apresentação <strong>de</strong> conteúdos; por exemplo, temos o uso <strong>de</strong> cores ou signos, que em uma <strong>de</strong>terminada região<br />

estão associadas a símbolos religiosos ou culturais; é o caso do número 13, que para a cultura chinesa,<br />

representa “mau agouro”, sendo, inclusive evitado até mesmo na numeração <strong>de</strong> imóveis.<br />

Outro aspecto relacionado com a apresentação das mensagens na interface diz respeito à<br />

comunicabilida<strong>de</strong> entre o <strong>de</strong>signer e o usuário, isto é, o <strong>de</strong>signer da interface realiza, por meio dos recursos<br />

<strong>de</strong> interação, estáticos ou dinâmicos, uma comunicação unidirecional com o usuário. Esta comunicação po<strong>de</strong><br />

transmitir ao usuário, informações sobre a realização <strong>de</strong> uma tarefa, sobre o status do sistema, um sinal <strong>de</strong><br />

alerta, uma funcionalida<strong>de</strong> do sistema, entre outras. Uma boa comunicabilida<strong>de</strong> é fator prepon<strong>de</strong>rante para<br />

orientar o aluno, em um SHA-EBW.<br />

É por meio das mensagens que o professor será representado ao longo da utilização <strong>de</strong> um recurso <strong>de</strong><br />

aprendizagem. Desta maneira, uma atenção especial <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>dicada à implementação <strong>de</strong> tais mensagens,<br />

consi<strong>de</strong>rando que a comunicabilida<strong>de</strong> envolve aspectos éticos, que <strong>de</strong>vem estar imbuidos em sua essência.<br />

Os aspectos éticos relacionados à captura e armazenamento <strong>de</strong> informações dizem respeito à clareza <strong>de</strong><br />

como isso é realizado. O usuário <strong>de</strong>ve ser informado que seus dados serão capturados, armazenados e<br />

162


utilizados pelo sistema, e <strong>de</strong> como isso está sendo feito, preservando-se a utilização <strong>de</strong>stes dados somente<br />

para os fins propostos.<br />

3. PRIVACIDADE<br />

Seguindo novamente as <strong>de</strong>finições disponíveis em Houaiss (2007), po<strong>de</strong>-se afirmar que privacida<strong>de</strong> é “aquilo<br />

que é particular; o que pertence ao indivíduo, pessoa natural ou jurídica; algo restrito, reservado a quem <strong>de</strong><br />

direito; confi<strong>de</strong>ncial, íntimo, pessoal”.<br />

Para que adaptação <strong>de</strong> um SHA seja realizada, é necessário que características individuais sejam<br />

conhecidas pelo sistema. Em se tratando <strong>de</strong> SHA para EBW, também são requeridas informações <strong>de</strong> caráter<br />

pessoal, como dados <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação, dados sobre o processo <strong>de</strong> aprendizado, entre outros.<br />

Masiero (2000, p. 62) apud Alves (2005, p.74) aborda o código <strong>de</strong> ética da ACM, on<strong>de</strong> é <strong>de</strong>stacado o<br />

princípio “Respeitar a privacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terceiros”, que <strong>de</strong>fine que “apenas a quantida<strong>de</strong> necessária <strong>de</strong><br />

informações pessoais seja coletada em um sistema, que períodos para a retenção e <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong>ssas<br />

informações sejam claramente <strong>de</strong>finidos e fiscalizados, e que informações pessoais coletadas para um<br />

propósito específico não sejam usadas para outros propósitos sem o consentimento do(s) usuário(s).”<br />

De acordo com Lorenzetti (2001, p. 445), “a Fe<strong>de</strong>ral Tra<strong>de</strong> Commission norte americana publicou uma<br />

informação a respeito da ‘intimida<strong>de</strong> on-line’, na qual se <strong>de</strong>screve como são obtidos os dados pessoais dos<br />

usuários que visitam os websites comerciais das empresas americanas, e realiza a análise da política das<br />

mesmas no tocante à informação ao usuário sobre a coleta <strong>de</strong> tais dados”.<br />

Lorenzetti (2001), explica que nesse contexto, a privacida<strong>de</strong> não é apenas a reserva do direito <strong>de</strong> estar só,<br />

mas também um problema <strong>de</strong> comunicação no que diz respeito à utilização <strong>de</strong> dados, sem consentimento<br />

para <strong>de</strong>finição do perfil do usuário.<br />

3.1 Privacida<strong>de</strong> no Contexto Brasileiro<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O artigo 5 o . da Constituição Fe<strong>de</strong>ral do Brasil, do ano <strong>de</strong> 1988, prevê o direito à privacida<strong>de</strong>, à medida que<br />

garante a inviolabilida<strong>de</strong> da intimida<strong>de</strong>, vida privada, honra e imagem <strong>de</strong> cada cidadão, a saber (apud<br />

Fernando e Fernan<strong>de</strong>s (2003, p. 8)):<br />

Artigo 5º. - Todos são iguais perante a lei, sem distinção <strong>de</strong> qualquer natureza, garantindo-se aos<br />

brasileiros e aos estrangeiros resi<strong>de</strong>ntes no País a inviolabilida<strong>de</strong> do direito à vida, à liberda<strong>de</strong>, à igualda<strong>de</strong>, à<br />

segurança e à proprieda<strong>de</strong>, nos termos seguintes:<br />

[...]<br />

X - são invioláveis a intimida<strong>de</strong>, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a<br />

in<strong>de</strong>nização pelo dano material ou moral <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> sua violação;<br />

[...]<br />

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, <strong>de</strong> dados e das<br />

comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por or<strong>de</strong>m judicial, nas hipóteses e na forma que a lei<br />

estabelecer para fins <strong>de</strong> investigação criminal ou instrução processual penal;<br />

O projeto da lei brasileira n o . 84, <strong>de</strong> 1999, dispõe, entre outros assuntos, sobre os crimes cometidos na<br />

área <strong>de</strong> informática. O capítulo 2 trata do uso <strong>de</strong> informações disponíveis em re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> computadores; <strong>de</strong>ntre<br />

os artigos apresentados, os <strong>de</strong> maior relevância ao assunto privacida<strong>de</strong> são:<br />

Artigo 5 o . - A coleta, o processamento e a distribuição, com finalida<strong>de</strong>s comerciais, <strong>de</strong> informações<br />

privadas ficam sujeitas à prévia aquiescência da pessoa a que se referem, que po<strong>de</strong>rá ser tornada sem efeito a<br />

qualquer momento, ressalvando-se o pagamento <strong>de</strong> in<strong>de</strong>nizações a terceiros, quando couberem.<br />

§ 1º. - A toda pessoa cadastrada dar-se-á conhecimento das informações privadas armazenadas e das<br />

respectivas fontes.<br />

Artigo 6 o . Os serviços <strong>de</strong> informações ou <strong>de</strong> acesso a bancos <strong>de</strong> dados não distribuirão informações<br />

privadas referentes, direta ou indiretamente, à origem racial, opinião pública, filosófica, religiosa ou <strong>de</strong><br />

orientação sexual, e <strong>de</strong> filiação a qualquer entida<strong>de</strong>, única ou privada, salvo autorização expressa do<br />

interessado (apud Corrêa (2000, p. 110-111)).<br />

163


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

3.2 Privacida<strong>de</strong> no Contexto Norte Americano<br />

Nos Estados Unidos, com o objetivo <strong>de</strong> proteger o interesse dos norte americanos com relação à privacida<strong>de</strong><br />

on-line, o “Framewok for Global Eletronic Commerce”, estabelece os três valores que compõem os<br />

princípios da privacida<strong>de</strong> on-line: informação privada, integrida<strong>de</strong> da informação e qualida<strong>de</strong> da informação.<br />

De acordo com Lopes (2001), o FTC (Fe<strong>de</strong>ral Tra<strong>de</strong> Comission) e os legisladores americanos<br />

impulsionaram projetos e leis para regulamentação e proteção da privacida<strong>de</strong> on-line, <strong>de</strong>ntre os quais<br />

<strong>de</strong>stacam-se: "Child Online Protection Act'', "Consumer Internet Privacy Enhancement Act", "Consumer<br />

Privacy Protection Act", "Online Privacy Protection Act of 2000", "Personal Privacy Protection Act", "Notice<br />

of Electronic Monitoring Act" e "The Unsolicited Commercial Electronic Mail Act of 2001". Nessa última é<br />

tratada a questão do spam através do marketing <strong>de</strong> permissão.<br />

3.3 Privacida<strong>de</strong> no Contexto Europeu<br />

A preocupação com a privacida<strong>de</strong> é observada no contexto da Comunida<strong>de</strong> Européia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995, quando em<br />

24 <strong>de</strong> Outubro, o Parlamento e o Conselho Europeu formulou a Diretiva 95/45/CE. Lopes (2001), explica que<br />

esta diretiva é relativa à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento <strong>de</strong> dados pessoais<br />

e à circulação <strong>de</strong>sses dados. Segundo ele, essa legislação comunitária representou um gran<strong>de</strong> passo na<br />

regulamentação do conceito <strong>de</strong> dados pessoais (critério <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificável ou i<strong>de</strong>ntificado), na forma <strong>de</strong><br />

tratamento, nos seus princípios fundamentais, na finalida<strong>de</strong>, no direito <strong>de</strong> acesso, na segurança, na<br />

confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong> dos dados pessoais que estão diretamente vinculados com a questão da privacida<strong>de</strong>.<br />

Lopes (2001) acrescenta ainda que, prevendo uma maior contemplação legal sobre assunto, que<br />

compreen<strong>de</strong>sse as questões ligadas às telecomunicações, em 15 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1997, o Parlamento e o<br />

Conselho Europeu promulgaram a Diretiva 97/66/CE, relativa ao tratamento <strong>de</strong> dados pessoais e à proteção<br />

da privacida<strong>de</strong> no setor <strong>de</strong> telecomunicações, por meio da qual são tratadas questões envolvendo a segurança,<br />

a confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong> das comunicações, o tráfego <strong>de</strong> dados e os seus respectivos aspectos econômicos e as<br />

listas <strong>de</strong> assinantes.<br />

Os Estados Membros da Comunida<strong>de</strong> Européia vêm incorporando, ao direito interno tais diretivas; como<br />

exemplos Lopes (2001) cita:<br />

• Itália (LEGGE 31, dicembre 1996, n. 675 - Tutela <strong>de</strong>lle persone e di altri soggetti rispetto al<br />

trattamento <strong>de</strong>i dati personali),<br />

• Espanha (Ley Orgánica 15/99 <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> Diciembre <strong>de</strong> Protección <strong>de</strong> Datos <strong>de</strong> Carácter Personal),<br />

• Inglaterra (The Telecommunications - Data Protection and Privacy - Direct Marketing Regulations<br />

1998),<br />

• Portugal (Lei da Protecção <strong>de</strong> Dados Pessoais Lei nº 67/98, <strong>de</strong> 26/10).<br />

4. SEGURANÇA<br />

A segurança <strong>de</strong> informações, tem como principais objetivos garantir a integrida<strong>de</strong>, confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong>,<br />

autenticida<strong>de</strong> e disponibilida<strong>de</strong> das informações processadas pela organização, aspectos estes que estão<br />

relacionados com o controle <strong>de</strong> acesso às informações. O controle <strong>de</strong> acesso <strong>de</strong>fine como e quem, terá acesso<br />

aos dados armazenados.<br />

A integrida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações está associada à conformida<strong>de</strong> entre os dados armazenados com as<br />

operações para manipulação <strong>de</strong> dados, inserção, atualização, exclusão e recuperação <strong>de</strong> dados. A<br />

confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações está associada às políticas <strong>de</strong> acesso aos dados, isto é, <strong>de</strong>ve garantir que<br />

pessoas não autorizadas não tenham acesso aos dados. A autenticida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve garantir que informações<br />

armazenadas sejam legítimas. A disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações <strong>de</strong>ve garantir que os dados estejam<br />

acessíveis aos usuários autorizados sempre que forem requeridos.<br />

164


5. FRAMEWORK PARA DOCUMENTAÇÃO DE UMA POLÍTICA DE<br />

PRIVACIDADE PARA SHAS EM EBW<br />

Uma política <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong> é uma exigência legal, que <strong>de</strong>ve estar disponível aos usuários, <strong>de</strong>finindo como<br />

os dados serão coletados, armazenados e <strong>de</strong>scartados e a finalida<strong>de</strong> para a qual se <strong>de</strong>stinam.<br />

O World Wi<strong>de</strong> Web Consortium (W3C) <strong>de</strong>senvolveu um protocolo chamado <strong>de</strong> “Platform for Privacity<br />

Preferences” (P3P), que tem como principal objetivo implementar métodos para <strong>de</strong>finir políticas <strong>de</strong><br />

privacida<strong>de</strong> padronizadas, os quais po<strong>de</strong>m ser compreendidos e processados por computadores (W3C, 2002).<br />

Quando um cliente visita um website, a P3P é executada e verifica quais informações ele <strong>de</strong>seja compartilhar<br />

com o site, criando assim a política <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong>.<br />

Nos SHAs para EBW faz-se necessária a captura e armazenamento <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> seus usuários-alunos<br />

provenientes do monitoramento das interações do usuário-aluno com o sistema. Desta maneira, <strong>de</strong>finir os<br />

critérios para realização <strong>de</strong>ste procedimento, bem como, apresentá-lo aos usuários é uma questão ética.<br />

Nas subseções seguintes apresentam-se os itens da Política <strong>de</strong> Segurança e Privacida<strong>de</strong> para SHA para<br />

EBW do sistema SHA-EBW, que consiste em <strong>de</strong>finir os critérios para acesso ao sistema, captura <strong>de</strong> dados e<br />

acesso aos dados. Para tanto <strong>de</strong>screve-se inicialmente, na subseção 5.1, o contexto <strong>de</strong> tal sistema.<br />

5.1 O Sistema SHA-EBW<br />

SHA-EBW utiliza uma fase <strong>de</strong> sondagem do usuário, on<strong>de</strong> se procura capturar as suas características<br />

cognitivas e perceptivas, com base na teoria das Inteligências Múltiplas (IM), proposta por Gardner (1994,<br />

1995). Segundo essa teoria, todo indivíduo possui algum tipo <strong>de</strong> inteligência mais <strong>de</strong>senvolvido, que lhe<br />

confere facilida<strong>de</strong>s cognitivas associadas a algum tipo específico <strong>de</strong> mídia: imagens, sons, texto etc. Esta<br />

sondagem <strong>de</strong>stina-se à investigação do estilo <strong>de</strong> aprendizagem mais conveniente ao aluno.<br />

Também são consi<strong>de</strong>radas informações fornecidas durante a efetivação da matrícula pelo aluno em uma<br />

<strong>de</strong>terminada disciplina ou curso, o que já permite uma pré-seleção do conteúdo. O processo <strong>de</strong> adaptabilida<strong>de</strong><br />

ocorre <strong>de</strong> acordo com o diagrama ilustrado na Figura 2. Quando o aluno realiza o login no SHA-EBW, o<br />

sistema i<strong>de</strong>ntifica se é o seu primeiro acesso; se o resultado for verda<strong>de</strong>iro, solicita que o aluno responda a<br />

algumas questões que têm como objetivo a investigação das IM. As IM são, então, classificadas e o resultado<br />

obtido é armazenado e é feito um cruzamento com dados <strong>de</strong>correntes da matrícula do aluno e do<br />

planejamento do curso ou disciplina em questão. O perfil do aluno é gerado e a adaptação é promovida e<br />

mantida constante durante o período da sessão corrente. Nesse período, os dados <strong>de</strong> navegação, interação e<br />

evolução <strong>de</strong> aprendizagem são registrados pelo sistema e permitirão adaptação dinâmica do perfil do aluno a<br />

cada sessão <strong>de</strong> que ele participa.<br />

5.1.1 Acesso ao Sistema<br />

Nessa etapa, expõem-se ao usuário as políticas <strong>de</strong> acesso ao sistema, procurando informá-lo “sobre o que” se<br />

preten<strong>de</strong> com a captura <strong>de</strong> dados.<br />

O acesso ao sistema será realizado por meio <strong>de</strong> login e senha individuais, armazenados em formato<br />

criptografado. Isso não é diferente do que ocorre na mioria dos sistemas existentes na Web. Os sites <strong>de</strong><br />

comércio eletrônico, normalmente, utilizam políticas similares, on<strong>de</strong> se solicita a concordância do usuário com<br />

a política, para que a compra possa ser efetivada. Nesse caso, entretanto, <strong>de</strong>ve-se expor ao usuário que o sistema<br />

preten<strong>de</strong> auxiliá-lo em sua aprendizagem e que para isso alguns dados sobre seu “tipo <strong>de</strong> inteligência” serão<br />

coletados na próxima etapa.<br />

5.1.2 Captura dos Dados<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O propósito <strong>de</strong>sta etapa é elucidar ao usuário sobre “quais” dados serão capturados, a peridiocida<strong>de</strong> e a<br />

ocasião em que ocorrerá. Uma mensagem como a que se segue será exposta:<br />

O sistema irá capturar alguns dados sobre você, para que o sistema possa direcionar a<br />

adaptação da interface e do conteúdo com o objetivo <strong>de</strong> tornar o ambiente <strong>de</strong> ensinoaprendizagem<br />

mais agradável e eficiente ao seu perfil.<br />

165


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

autenticar<br />

usuário<br />

Verificar 1o<br />

acesso<br />

Consultar<br />

Perfil<br />

Não<br />

Gerar<br />

adaptação<br />

Sim<br />

Respon<strong>de</strong>r<br />

questionário<br />

Para isso, os dados a serem armazenados foram divididos da seguinte maneira:<br />

• Estilos <strong>de</strong> Aprendizagem: o usuário-aluno <strong>de</strong>verá respon<strong>de</strong>r um questionário, cujo objetivo é a<br />

i<strong>de</strong>ntificação dos estilos <strong>de</strong> aprendizagem mapeados <strong>de</strong> acordo com a teoria das IM. Peridiocida<strong>de</strong>:<br />

Uma vez, no primeiro acesso ao sistema.<br />

• Dados sobre a navegação: tempo <strong>de</strong> permanência em uma página, páginas acessadas ou percurso<br />

realizado (quando o percurso for livre) e links visitados. Peridiocida<strong>de</strong>: em todos os acessos<br />

(in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, portanto, do bloco <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão ter como resposta “sim” ou “não”.<br />

• Dados sobre o acompanhamento do curso: ativida<strong>de</strong>s realizadas e <strong>de</strong>sempenho. Peridiocida<strong>de</strong>: <strong>de</strong><br />

acordo com as normas institucionais. Neste estudo não se discute a realização <strong>de</strong> testes ou outros<br />

aspectos <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> aprendizado.<br />

• Dados acadêmicos: número <strong>de</strong> matrícula, curso ou disciplina. Peridiocida<strong>de</strong>: pré-condição para o<br />

primeiro acesso, efetuado, portanto, durante a inserção do aluno na disciplina.<br />

• Dados pessoais: nome, localida<strong>de</strong> ou região <strong>de</strong> acesso, data <strong>de</strong> nascimento, nacionalida<strong>de</strong> e<br />

naturalida<strong>de</strong>. Peridiocida<strong>de</strong>: se não forem informados em Dados Acadêmicos (âmbito da<br />

instituição <strong>de</strong> ensino) serão soliciados no primeiro acesso ao sistema. Po<strong>de</strong>m ser inserido, também,<br />

automaticamente na inserção do aluno no curso.<br />

5.1.3 O Acesso aos Dados<br />

Armazenar<br />

as respostas<br />

Classificar<br />

as IM<br />

Armazenar a<br />

classificação<br />

das IM<br />

Figura 2. Fluxo para sondagem das IM do aluno<br />

Cruzar IM<br />

com outros<br />

dados<br />

Gerar Perfil<br />

Através <strong>de</strong>sse acesso, preten<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>finir as políticas para acesso aos dados armazenados e <strong>de</strong>finir os perfis<br />

dos usuários do sistema. O acesso aos dados do sistema será concedido aos usuários autorizados, <strong>de</strong> acordo<br />

com visões, extraídas <strong>de</strong> maneira <strong>automática</strong>, e disponibilizadas <strong>de</strong> acordo com o perfil do usuário<br />

autorizado. Por exemplo, o professor po<strong>de</strong>rá:<br />

• Visualizar o resultado da avaliação das Inteligências Múltiplas do aluno.<br />

• Visualizar o mapa <strong>de</strong> navegação <strong>de</strong> aluno.<br />

Esses dados serão acessados sempre que se fizer necessária a adaptação da interface, porém, <strong>de</strong>ve-se ter<br />

em mente que essa adaptação é feita no instante em que o aluno entra no sistema pela primeira vez e<br />

respon<strong>de</strong> o questionário, ou então quando se <strong>de</strong>termina que o perfil já foi capturado e ele preten<strong>de</strong> utilizar o<br />

sistema.<br />

166


6. CONCLUSÃO<br />

A especificação <strong>de</strong> um código <strong>de</strong> ética e <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> segurança e privacida<strong>de</strong> são questões muito<br />

importantes para proteger e orientar os usuários que fazem uso <strong>de</strong> recursos disponbilizados na Web. Em<br />

SHAs para EBW estas questões não po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser tratadas. Apesar das legislações e políticas<br />

educacionais que orientam os processos e registros acadêmicos, elucidar aos usuários que seus acessos ao<br />

sistema estãos sendo monitorados e que seus dados estão sendo armazenados, é uma questão <strong>de</strong> ética <strong>de</strong>ixálas<br />

explícitas, informando-as aos usuários sempre que eles assim solicitarem. Desta forma garante-se a<br />

transparência no processo, além <strong>de</strong> tranqüilizar o usuário quanto à finalida<strong>de</strong> do monitoramento e captura dos<br />

dados e segurança aos mesmos.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Alves, C.R.C. Conceitos e aplicação <strong>de</strong> personalização na navegação em ambientes web – Sistema Argo. 2005. 218 p.<br />

Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, 2005.<br />

Correa, G.T. Aspectos Jurídicos da Internet. São Paulo, Saraiva. 2000. 135p.<br />

Dzendzik, I.T., Becceneri, J.C., Ferreira, M.G.V. Princípios e conceitos sobre a ética e uma proposta <strong>de</strong> uso no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> interfaces <strong>de</strong> Web sites. CINTED-UFRGS. 2005. Disponível em<br />

www.cinted.ufrgs.br/renote/maio2005/artigos/a7_eticaweb_revisado.pdf. Acesso em 13/05/2007.<br />

Fernan<strong>de</strong>s, C.H., Filho, F.M.<strong>de</strong> O. A Privacida<strong>de</strong> na Socieda<strong>de</strong> da Informação. 2003. 10p. Disponível em<br />

http://www.linux.ime.usp.br/~carloshf/0302-mac339/fase2/privacida<strong>de</strong>.pdf. Acesso em 10/05/2007.<br />

Gardner, H. and Walters, J. (1995) “Uma Versão Aperfeiçoada”. In: Inteligências Múltiplas – A Teoria na Prática.<br />

Tradução <strong>de</strong> Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes Médicas. 257 p.<br />

Gardner, H. (1994) “Estruturas da Mente - A Teoria das Inteligências Múltiplas”. Porto Alegre: Artmed, 1994. 340 p.<br />

Houaiss Dicionário eletrônico (2007). Disponível em http://houaiss.uol.com.br. Acesso em 15/05/2007.<br />

Jazayeri, M. Some Trends in Web Application Development. Future of Software Engineering – FOSE’07, 23-25 <strong>de</strong> maio<br />

<strong>de</strong> 2007. pp. 199-213. Consultado: 21-07-2007. Disponível online:<br />

http://ieeexplore.ieee.org/xpl/tocresult.jsp?isnumber=4221601&isYear=2007<br />

Lopes, Antonio Ludovino.2001. Privacida<strong>de</strong> online: cenários nacionais, internacionais e alternatives. disponível em<br />

www.www.www.com.br pp. 10<br />

Lorenzetti, R.L. Informática, Cyberlaw, E-commerce. In Direito & Internet – Aspectos Jurídicos relevantes. Lucca, N. <strong>de</strong><br />

e SIMÃO FILHO, A (coor<strong>de</strong>nadores). Bauro, SP. EDIPRO, 2001. 512p.<br />

Masiero, P.C. Ética em computação. São Paulo: Edusp, 2000. 224p.<br />

Queiroz, A, A. et al. , Ética e responsabilida<strong>de</strong> social nos negócios. Coor<strong>de</strong>nação ASHLELY, P.A. São Paulo, Saraiva.<br />

2006. 340p<br />

Pressman, R. S. Engenharia <strong>de</strong> Software. 6a. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2006.<br />

Rosini, A., Palmisano, A. Administração <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> Informação e a Gestão do Conhecimento. São Paulo: Pioneira,<br />

Thompson Learning. 2006. 219p.<br />

Taylor, J.C.. Automating e-Learning: The Future of Higher Education. Keynote address presented at the International<br />

Conference on Emerging Telecommunications Applications (ICETA), Kosice, Slovakia, 17-19 October, 2001.<br />

http://www.usq.edu.au/users/taylorj/publications_presentations/2001ICETA-Slovakia.ppt Acesso em 18/04/2007.<br />

W3C – World Wi<strong>de</strong> Web Consortium (2002). Disponível em http://www.w3.org/P3P/. Acesso em 18/05/2007.<br />

167


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

CRITÉRIOS PARA A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS<br />

RECURSOS E DA INFORMAÇÃO DISPONÍVEL NA<br />

INTERNET<br />

Catarina Costa<br />

ISCTE<br />

Av. das Forças Armadas 1649-026 Lisboa, Portugal<br />

ccosta<strong>de</strong>signer@gmail.com<br />

Bráulio Alturas<br />

ADETTI/ISCTE<br />

Av. das Forças Armadas 1649-026 Lisboa, Portugal<br />

Braulio.Alturas@iscte.pt<br />

RESUMO<br />

Sendo a web consi<strong>de</strong>rada um dos maiores repositórios <strong>de</strong> informação do mundo contemporâneo e dada a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

publicar neste ambiente, torna-se necessário dotar os utilizadores <strong>de</strong>sta informação <strong>de</strong> conhecimentos que lhes permitam<br />

avaliar a sua qualida<strong>de</strong>.<br />

As competências para avaliar a qualida<strong>de</strong> dos recursos e da informação disponíveis na Internet assumem um papel<br />

relevante na literacia da informação, <strong>de</strong>finida enquanto capacida<strong>de</strong> dos indivíduos para localizar, avaliar e utilizar a<br />

informação <strong>de</strong> forma efectiva. Com vista a facilitar a aquisição <strong>de</strong> conhecimentos que permitam proce<strong>de</strong>r a esta avaliação<br />

tem sido divulgado um número significativo <strong>de</strong> listas <strong>de</strong> critérios e <strong>de</strong> estratégias, em diversos serviços <strong>de</strong> acesso à<br />

informação e por diversas entida<strong>de</strong>s e autores.<br />

Nesta comunicação, preten<strong>de</strong>-se apresentar e discutir, com base numa revisão da literatura, os principais critérios e<br />

estratégias para avaliar a qualida<strong>de</strong> dos recursos e da informação disponível na Internet.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Qualida<strong>de</strong>, avaliação, informação, Internet, literacia, «subject gateways».<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

A web é um dos maiores repositórios <strong>de</strong> informação do mundo contemporâneo (Leitão, 2004). Contudo, nem<br />

toda a informação que circula na Internet tem efectivamente valor para o conhecimento. Torna-se portanto<br />

evi<strong>de</strong>nte a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar a qualida<strong>de</strong> dos recursos e da informação disponibilizada neste ambiente.<br />

Os directórios, os motores <strong>de</strong> pesquisa, os portais ou subject gateways e os metamotores são alguns dos<br />

serviços <strong>de</strong> acesso à Internet que surgiram com vista a facilitar o acesso à informação, facilitando os<br />

processos <strong>de</strong> navegação e a localização das crescentes fontes disponíveis na Internet (Place, 1999; Leitão,<br />

2004). Entre estes, os portais temáticos ou subject gateways são o serviço que apresenta maior exigência ao<br />

nível da selecção, avaliação e organização do acervo <strong>de</strong> conhecimento disponível na re<strong>de</strong> (Place, 1999;<br />

Leitão, 2004). Neste serviço, a preocupação não é a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação disponibilizada mas sim a<br />

qualida<strong>de</strong> da informação, visando os portais temáticos ou subject gateways reunir informação que responda<br />

às reais necessida<strong>de</strong>s dos utilizadores e protegê-los da superabundância <strong>de</strong> informação recuperada por<br />

exemplo pelos motores <strong>de</strong> pesquisa (Leitão, 2004). A recuperação da informação nestes serviços é<br />

conseguida essencialmente por duas vias: através <strong>de</strong> pesquisas por palavras-chave na metainformação e/ou<br />

por estruturas temáticas organizadas por linguagens <strong>de</strong> assunto (geralmente com origem em classificações,<br />

thesaurus ou listas <strong>de</strong> cabeçalhos) (Leitão, 2004). Para organizar a informação no ambiente web e, para a<br />

tornar acessível, é necessário <strong>de</strong>screvê-la com recurso a linguagens <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> estruturadas, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo o<br />

sucesso das pesquisas dos utilizadores da qualida<strong>de</strong> do assunto e das <strong>de</strong>scrições (Place, 1999; Leitão, 2004).<br />

168


Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A utilização <strong>de</strong>stes serviços no que respeita à localização da informação apresenta uma outra característica: o<br />

facto <strong>de</strong> utilizarem diferentes metodologias para pesquisar e extrair documentos para as suas bases <strong>de</strong> dados,<br />

o que significa que nenhum dos serviços recupera toda a informação disponível na Internet nem in<strong>de</strong>xa os<br />

mesmos documentos (Leitão, 2004).<br />

A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> critérios para avaliar a informação começa no momento da sua recuperação. O facto <strong>de</strong><br />

qualquer pessoa po<strong>de</strong>r publicar informação na Internet é, segundo Smith (1997), outro factor que coloca em<br />

risco a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação disponibilizada neste ambiente.<br />

Com vista a facilitar a tarefa <strong>de</strong> selecção e avaliação da informação disponível na Internet aos<br />

profissionais da informação, investigadores, professores, estudantes entre outros utilizadores, são<br />

disponibilizadas, por um número significativo <strong>de</strong> autores e entida<strong>de</strong>s, listas <strong>de</strong> critérios para a avaliação da<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes recursos.<br />

Sendo referido por autores como Place (1999) e Leitão (2004) que os portais ou subject gateways são os<br />

serviços <strong>de</strong> acesso à informação que adoptam políticas <strong>de</strong> selecção, avaliação e organização da informação<br />

mais exigentes, foram seleccionadas para análise e contraposição os critérios adoptados por dois dos<br />

primeiros gateways criados no âmbito da RDN (Resource Discovery Network), o SOSIG (Social Science<br />

Information Gateway) e o BIOME (your gui<strong>de</strong> to Internet resources in the health and life sciences) e também<br />

os critérios apresentados por alguns autores e universida<strong>de</strong>s.<br />

2. A AVALIAÇÃO DA INFORMAÇÃO ENQUANTO COMPETÊNCIA DA<br />

LITERACIA DA INFORMAÇÃO<br />

A literacia esteve sempre muito associada às competências <strong>de</strong> leitura e <strong>de</strong> escrita (Calixto, 2004). Contudo, o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento social e tecnológico induziu a novos conhecimentos e competências, maioritariamente<br />

associadas à proliferação das novas Tecnologias <strong>de</strong> Informação e Comunicação (TIC), (Markauskaite, 2006).<br />

A capacida<strong>de</strong> para utilizar as TIC tornou-se um factor fundamental para a prosperida<strong>de</strong> social, económica e<br />

educacional, po<strong>de</strong>ndo as TIC ser <strong>de</strong>finidas como a aplicação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> processamento e transmissão <strong>de</strong><br />

informação na socieda<strong>de</strong> (Markauskaite, 2006).<br />

Para <strong>de</strong>finir as competências <strong>de</strong> utilização das TIC têm sido utilizados inúmeros termos como “literacia<br />

das TIC”, “literacia digital” ou “literacia da informação” (Markauskaite, 2006). Segundo a American Library<br />

Association (ALA), a literacia da informação é <strong>de</strong>finida pelas competências dos indivíduos para reconhecer<br />

uma necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação e para a localizar, avaliar e utilizar <strong>de</strong> forma efectiva (Campbell, 2004).<br />

O papel das bibliotecas no processo <strong>de</strong> literacia da informação é fundamental, sendo este um espaço<br />

neutro e acessível com a missão <strong>de</strong> assegurar a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso ao conhecimento e a serviços<br />

relacionados com a socieda<strong>de</strong> da informação (Hakari, 2006). Segundo Hakari (2006), o termo literacia digital<br />

cobre as competências básicas para utilizar os computadores, a informação disponibilizada na Internet e a<br />

capacida<strong>de</strong> para avaliar criticamente os resultados encontrados; sublinhando a relevância <strong>de</strong> conseguir<br />

encontrar a informação e <strong>de</strong> distinguir a que é realmente necessária.<br />

A lógica da leitura convencional foi quebrada com a utilização dos recursos disponíveis no ambiente web,<br />

<strong>de</strong>vendo neste ambiente os utilizadores assumir um papel mais activo (Hakari, 2006). As escolas e as<br />

bibliotecas <strong>de</strong>vem portanto trabalhar no sentido <strong>de</strong> ajudar os estudantes e os cidadãos em geral a tirar partido<br />

da informação disponibilizada na Internet, habilitando-os a (Williams & Zald, 1997):<br />

a) Saber quando necessitam <strong>de</strong> informação<br />

b) I<strong>de</strong>ntificar a informação que necessitam para um <strong>de</strong>terminado tema<br />

c) Encontrar a informação necessária<br />

d) Avaliar a informação<br />

e) Organizar a informação<br />

f) Usar <strong>de</strong> forma efectiva a informação<br />

No âmbito restrito da literatura consultada sobre este tópico é consensual o reconhecimento da avaliação<br />

da informação enquanto competência integrante da literacia da informação.<br />

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3. METODOLOGIA<br />

O objectivo principal <strong>de</strong>ste estudo é aferir os principais critérios <strong>de</strong> avaliação da qualida<strong>de</strong> dos recursos e da<br />

informação disponível na Internet.<br />

Os métodos utilizados são a análise comparativa dos critérios propostos nos subject gateways do SOSIG<br />

(Social Science Information Gateway) e do BIOME (your gui<strong>de</strong> to Internet resources in the health and life<br />

sciences), complementada pela revisão da literatura profissional e científica disponibilizada no sítio da IFLA<br />

(International Fe<strong>de</strong>ration of Library Associations) e na publicação periódica electrónica Information<br />

Research, respectivamente.<br />

Como fonte secundária para a revisão da literatura foi também utilizado o catálogo <strong>de</strong> recursos web<br />

BUBL LINK do Centro para a Investigação em Bibliotecas Digitais (Centre for Digital Library Research),<br />

da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Strathcly<strong>de</strong>. No âmbito nacional foi consi<strong>de</strong>rada a tese <strong>de</strong> mestrado em Estudos <strong>de</strong><br />

Informação e Bibliotecas Digitais <strong>de</strong> Paulo Leitão, sobre a organização da informação em subject gateways<br />

na medida em que revê e discute critérios no âmbito da avaliação da qualida<strong>de</strong> dos recursos disponíveis na<br />

Internet.<br />

4. CRITÉRIOS PARA A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS RECURSOS<br />

E DA INFORMAÇÃO DISPONÍVEL NA INTERNET<br />

Schee<strong>de</strong>r (2005) consi<strong>de</strong>ra que existe uma crise na qualida<strong>de</strong> da informação proveniente do novo<br />

comportamento <strong>de</strong> procura e das novas tendências <strong>de</strong> publicação. A autora sublinha os muitos exemplos em<br />

que jornalistas e <strong>de</strong>cisores políticos (dos quais se espera um maior cuidado quanto ao tratamento da<br />

informação) foram “apanhados” em plágios, investigações falsificadas ou erros nas notícias e na escrita.<br />

Schee<strong>de</strong>r (2005) consi<strong>de</strong>ra que po<strong>de</strong>m ser implementadas as seguintes estratégias, no sentido <strong>de</strong> utilizar esta<br />

crise para criar vantagens competitivas quanto à informação disponibilizada pelas bibliotecas frente a outros<br />

provedores <strong>de</strong> informação:<br />

a) Estabelecer normas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para a informação que disponibilizam aos seus utilizadores<br />

b) Publicar essas normas nos seus sítios web <strong>de</strong> forma a clarificar o que torna a sua informação diferente<br />

das dos restantes provedores<br />

c) Trabalhar conjuntamente para chegar a um acordo quanto a um conjunto <strong>de</strong> normas para a qualida<strong>de</strong><br />

da informação<br />

d) Trabalhar conjuntamente para preservar materiais nascidos digitais relevantes<br />

São muitos os autores que têm escrito sobre os critérios a adoptar para a avaliação da qualida<strong>de</strong> dos<br />

recursos e da informação disponível na Internet. Também algumas universida<strong>de</strong>s, bibliotecas digitais e<br />

serviços <strong>de</strong> acesso à Internet como os gateways disponibilizam as suas políticas no que respeita a este<br />

assunto.<br />

Um dos conceitos comummente encontrados nas listas <strong>de</strong> critérios disponibilizadas para a avaliação dos<br />

recursos <strong>de</strong> informação é o <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>. Segundo Schee<strong>de</strong>r (2005), para consi<strong>de</strong>rar os recursos <strong>de</strong> Internet<br />

fi<strong>de</strong>dignos é necessário apurar se eles constituem o resultado <strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong>senvolvido por especialistas.<br />

Schee<strong>de</strong>r (2005) sublinha que é da responsabilida<strong>de</strong> do profissional da informação verificar/confirmar a<br />

credibilida<strong>de</strong> e veracida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um recurso que se afirma oficial.<br />

O SOSIG (The Social Science Information Gateway) disponibiliza as políticas que adopta para a<br />

avaliação <strong>de</strong>stes recursos no próprio gateway e <strong>de</strong>termina que a avaliação <strong>de</strong>ve ser feita segundo três gran<strong>de</strong>s<br />

grupos <strong>de</strong> critérios: o conteúdo, a forma e o processo. Neste caso, a autorida<strong>de</strong> é apresentada enquanto um<br />

dos tópicos a avaliar quanto ao conteúdo dos recursos. O SOSIG <strong>de</strong>termina critérios para a avaliação da<br />

autorida<strong>de</strong> mais <strong>de</strong>talhadamente do que Shee<strong>de</strong>r (2005), sendo alguns dos critérios <strong>de</strong>finidos pelo SOSIG<br />

comuns aos <strong>de</strong>finidos por Smith (1997), pela University of Oregon Libraries e pela University of Southern<br />

Maine, que adoptam como critérios: o apuramento da reputação da organização ou especialista responsável<br />

pelo recurso; a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> verificar a veracida<strong>de</strong> e integrida<strong>de</strong> da informação disponível; a verificação<br />

das competências profissionais do autor e, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o contactar para esclarecimentos. O SOSIG,<br />

contudo, não conclui a sua lista <strong>de</strong> critérios para a avaliação da autorida<strong>de</strong> com estes pontos, acrescentandolhes<br />

ainda a verificação da origem do documento; a avaliação do URL (no sentido <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r a que<br />

entida<strong>de</strong> pertence); a confirmação da existência <strong>de</strong> outros trabalhos conhecidos do autor e da sua citação por<br />

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Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

parte <strong>de</strong> outros autores credíveis; a verificação da submissão do recurso à avaliação pelos pares (peer review)<br />

e, finalmente, a verificação da genuinida<strong>de</strong> do recurso.<br />

O BIOME (your gui<strong>de</strong> to Internet resources in the health and life sciences), também informa no seu<br />

gateway quanto às políticas que adopta na avaliação dos recursos <strong>de</strong> Internet. A sua abordagem aos critérios a<br />

adoptar para a avaliação <strong>de</strong>stes recursos difere bastante das apresentadas anteriormente. O BIOME divi<strong>de</strong> a<br />

tarefa da avaliação da informação em seis passos distintos: Passo 1: seguir hiperligações para procurar todas<br />

as informações possíveis sobre o recurso; passo 2: analisar o URL (Uniform Resource Locator); passo 3:<br />

analisar a informação do recurso; passo 4: consi<strong>de</strong>rar a acessibilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sign e layout e facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso do<br />

recurso; passo 5: obter informações adicionais e, passo 6: comparar o recurso com outros materiais<br />

semelhantes. Embora o BIOME não atribua a nenhum dos passos o nome autorida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>screve algumas<br />

acções semelhantes às apresentadas por Schee<strong>de</strong>r (2005), pelo SOSIG, por Smith (1997), pela University of<br />

Oregon Libraries e pela University of Southern Maine no que respeita à sua avaliação; nos passos 1, 2 e 5.<br />

No passo 1 o BIOME inclui, entre outros, o critério da verificação do responsável pela informação, a origem<br />

dos recursos e a disponibilização para esclarecimentos e dúvidas; no passo 2 a avaliação do URL e no passo<br />

5 a verificação das habilitações do responsável pela informação.<br />

Outro critério comummente utilizado para a avaliação da qualida<strong>de</strong> dos recursos e da informação<br />

disponibilizada na Internet é o da exactidão. Contudo, os critérios adoptados para avaliar a exactidão diferem<br />

bastante <strong>de</strong> autor para autor. Segundo Harris (1997), o objectivo <strong>de</strong>ste critério é verificar se a informação está<br />

correcta, actualizada, se é factual, <strong>de</strong>talhada e abrangente. Shee<strong>de</strong>r (2005), por sua vez, <strong>de</strong>termina que este<br />

critério visa apurar a precisão da informação e a sua sujeição a peer review. Por outro lado, Smith (1997)<br />

<strong>de</strong>fine que para apurar a exactidão se <strong>de</strong>ve verificar se ela não é ten<strong>de</strong>nciosa (por motivos políticos ou<br />

i<strong>de</strong>ológicos, por exemplo). Uma outra perspectiva quanto à avaliação <strong>de</strong>ste tópico é apresentada pelo SOSIG<br />

que <strong>de</strong>termina que quanto à exactidão <strong>de</strong>ve ser verificada a disponibilização <strong>de</strong> bibliografia e <strong>de</strong> referências<br />

e, que <strong>de</strong>ve ser também avaliada a correcta utilização da gramática e da linguagem, assim como confirmada a<br />

inexistência <strong>de</strong> erros ortográficos.<br />

A objectivida<strong>de</strong> é também um critério muito utilizado no processo <strong>de</strong> avaliação. Segundo Shee<strong>de</strong>r (2005),<br />

a informação <strong>de</strong>ve apresentar factos. A University of Oregon Libraries <strong>de</strong>fine que, quanto a este tópico, se<br />

<strong>de</strong>ve verificar se o autor ou outro responsável pelo recurso ou informação estabelece e informa quanto às<br />

suas metas (por exemplo se são educativas, comerciais ou informativas). Harris (1997), por seu turno,<br />

contrariamente a Smith (1997), consi<strong>de</strong>ra que é neste tópico que se <strong>de</strong>ve verificar se a informação não é<br />

ten<strong>de</strong>nciosa.<br />

Um outro conceito muito associado à avaliação dos recursos da Internet é o <strong>de</strong> actualida<strong>de</strong>. Este tópico é<br />

muitas vezes substituído pelo <strong>de</strong> actualização ou intemporalida<strong>de</strong>, muito embora todos eles tenham<br />

significados diferentes. Shee<strong>de</strong>r (2005), sublinha a importância <strong>de</strong> verificar a actualida<strong>de</strong> da informação,<br />

enquanto Harris (1997), que apresenta como gran<strong>de</strong> tópico não a actualida<strong>de</strong> mas sim a intemporalida<strong>de</strong>, faz<br />

a distinção entre a literatura que não é actualizada porque assenta em informação histórica ou teorias, por<br />

exemplo, e a literatura efémera. Smith (1997), por sua vez, escolhe como gran<strong>de</strong> tópico a actualização da<br />

informação, associando-a à correcta manutenção dos recursos e à sua “estabilida<strong>de</strong>”.<br />

A adaptação ao público-alvo é outro dos critérios adoptados para a avaliação da qualida<strong>de</strong> dos recursos e<br />

da informação da Internet. Segundo Shee<strong>de</strong>r (2005), este tópico consiste na avaliação da relevância da<br />

informação para o seu público-alvo. Outros autores como Harris (1997) e Smith (1997), <strong>de</strong>signam este tópico<br />

por propósito e audiência, no qual se <strong>de</strong>ve apurar, segundo ambos e como o nome indica, a quem se <strong>de</strong>stina o<br />

recurso e qual o seu propósito.<br />

O critério da avaliação do <strong>de</strong>sign e layout e facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso é ignorado nas listas <strong>de</strong> critérios<br />

apresentadas por alguns autores, como por exemplo Shee<strong>de</strong>r (2005) e Harris (1997). O BIOME, embora<br />

<strong>de</strong>signe, nas suas políticas para a avaliação <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> Internet, o passo 4 por: consi<strong>de</strong>rar a acessibilida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>sign e layout e facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso do recurso, subdivi<strong>de</strong> as consi<strong>de</strong>rações a fazer em cada um <strong>de</strong>stes tópicos.<br />

Segundo o BIOME, quanto à acessibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve verificar-se se o recurso está sempre disponível ou se se<br />

verificam algumas “falhas”; se são utilizados elementos que inibam o acesso; se existem muitas restrições ao<br />

acesso; se é necessário software ou hardware especial para ace<strong>de</strong>r ao recurso; caso seja necessário um registo<br />

para ace<strong>de</strong>r à informação, qual é o grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> do seu preenchimento; em que línguas é possível<br />

consultar o recurso e se o recurso está em domínio público ou sujeito a restrições <strong>de</strong> copyright. Quanto à<br />

facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso, tanto o BIOME como Smith (1997), <strong>de</strong>finem como critério a disponibilização <strong>de</strong><br />

informação <strong>de</strong> ajuda para a utilização dos recursos. O SOSIG, por sua vez, apresenta as questões relacionadas<br />

com a interface divididas nos seguintes pontos: facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> navegação e estética. Quanto à facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

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navegação, segundo o SOSIG, <strong>de</strong>ve verificar-se, para além do grau <strong>de</strong> facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso à informação, se é<br />

necessário passar por muitos links até encontrar informação interessante; se os links funcionam e se é fácil<br />

compreen<strong>de</strong>r o percurso que <strong>de</strong>screvem; se é possível avançar ou retroce<strong>de</strong>r na pesquisa a qualquer<br />

momento; se é fácil encontrar a informação sem utilizar continuamente o scroll; se os sons, gráficos e ví<strong>de</strong>os<br />

são i<strong>de</strong>ntificados <strong>de</strong> forma clara e se as páginas ou excertos do documento po<strong>de</strong>m ser impressas<br />

separadamente. Quanto ao <strong>de</strong>sign e ao layout do recurso, o SOSIG e o BIOME <strong>de</strong>finem que <strong>de</strong>ve verificar-se<br />

se são seguidos os princípios do <strong>de</strong>sign e se a interface é amigável. O SOSIG, o BIOME e Smith (1997),<br />

<strong>de</strong>finem também como critérios para a avaliação do <strong>de</strong>sign, a verificação <strong>de</strong> aspectos como a disposição da<br />

informação tendo em conta o equilíbrio entre a utilização <strong>de</strong> imagens e texto e preocupações com a<br />

uniformida<strong>de</strong> da formatação e com o tamanho, cor e animação das imagens e a sua relevância para o<br />

tema/recurso. A disponibilização <strong>de</strong> mecanismos ou <strong>de</strong> engenhos que facilitem a procura da informação, são<br />

apresentados pelo SOSIG enquanto critérios para a avaliação da facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> navegação e, pelo BIOME<br />

enquanto critérios para a avaliação do <strong>de</strong>sign e layout.<br />

Sendo os critérios utilizados para a avaliação da qualida<strong>de</strong> dos recursos e da informação disponível na<br />

Internet essencialmente os já apresentados, existem muitos outros como por exemplo os apresentados no<br />

passo 1 (seguir hiperligações para procurar todas as informações possíveis sobre o recurso) das políticas<br />

adoptadas pelo BIOME, que sugerem outros mecanismos para a avaliação da qualida<strong>de</strong> dos recursos,<br />

igualmente úteis. Neste caso, por exemplo, o BIOME sublinha a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar a informação<br />

disponível na Internet, e recomenda que os utilizadores comecem por procurar links para o ficheiro <strong>de</strong> ajuda,<br />

para o <strong>de</strong> perguntas frequentes (FAQ) ou para a newsletter no sentido <strong>de</strong> procurarem informações sobre o<br />

âmbito e público-alvo do recurso e informações sobre as actualizações, entre outros <strong>de</strong>talhes.<br />

São ainda utilizados outros critérios como: a valida<strong>de</strong>, o alcance, a integrida<strong>de</strong> da informação, do sítio<br />

web ou do sistema utilizados por exemplo pelo SOSIG; o critério da consistência utilizado por Harris (1997);<br />

os critérios da cobertura e da relevância adoptados, por exemplo, pela University of Oregon Libraries, ou<br />

ainda o do âmbito utilizado, por exemplo pela University of Southern Maine. Contudo, estes critérios que<br />

aparecem nestes casos como gran<strong>de</strong>s tópicos para a avaliação da qualida<strong>de</strong> da informação disponível na<br />

Internet, são muitas vezes apresentados como sub tópicos <strong>de</strong> outros.<br />

Na tabela 1 estão sintetizados os principais critérios e estratégias <strong>de</strong> avaliação da qualida<strong>de</strong> dos recursos e<br />

informação disponíveis na Internet, <strong>de</strong> acordo com a análise efectuada.<br />

Tabela 1. Critérios e estratégias para a avaliação da informação disponível na Internet.<br />

Critérios Estratégias<br />

Valida<strong>de</strong><br />

Autorida<strong>de</strong> e reputação<br />

Substancialida<strong>de</strong><br />

Exactidão<br />

Alcance<br />

Actualida<strong>de</strong><br />

Composição e organização<br />

Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> navegação<br />

Ajuda ao utilizador<br />

Utilização <strong>de</strong> standards<br />

Uso apropriado da tecnologia<br />

Estética<br />

Integrida<strong>de</strong> da informação<br />

Integrida<strong>de</strong> do sítio web<br />

Integrida<strong>de</strong> do sistema<br />

Seguir hiperligações para procurar todas as informações possíveis sobre o recurso<br />

Analisar o URL (Uniform Resource Locator)<br />

Verificar a existência <strong>de</strong> bibliografia e referências<br />

Analisar a correcção gramatical<br />

Analisar a acessibilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sign e layout e facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso do recurso<br />

Obter informações adicionais<br />

Comparar o recurso com outros materiais semelhantes<br />

5. CRITÉRIOS, ESTRATÉGIAS E LITERACIA<br />

A literatura revista permitiu i<strong>de</strong>ntificar e listar critérios e estratégias gerais para avaliar os recursos e a<br />

informação disponíveis na Internet (resumidas na tabela 1 da secção anterior).<br />

Apesar dos critérios e estratégias revistos constituírem uma ajuda valiosa para os processos <strong>de</strong> avaliação dos<br />

recursos e da informação disponível neste ambiente, afiguram-se extensos e com um grau <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong><br />

relativamente elevado. Talvez por este motivo a tarefa da avaliação seja referida tantas vezes como uma<br />

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Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

competência dos profissionais da informação. Contudo, uma das principais características da Internet e uma<br />

das suas principais mais valias é fornecer acesso livre a gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação. As listas<br />

apresentadas na literatura revista são, provavelmente, instrumentos difíceis <strong>de</strong> utilizar pela generalida<strong>de</strong> dos<br />

utilizadores da Internet, cujos perfis e graus <strong>de</strong> competências ao nível da literacia na sua dupla assunção,<br />

“tradicional” e <strong>de</strong> “informação” certamente diferirão. Para além dos problemas relacionados com a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> critérios e estratégias e com o nível <strong>de</strong> “literacias” necessárias para a sua aplicação estas listas<br />

apresentam ainda problemas relacionados com a incoerência da <strong>de</strong>signação dos critérios e com o seu âmbito,<br />

que po<strong>de</strong>m constituir mais um factor <strong>de</strong> <strong>de</strong>smotivação para a sua utilização.<br />

Na literatura <strong>de</strong> algumas áreas mais específicas como é o caso da saú<strong>de</strong>, é possível encontrar um leque<br />

vasto <strong>de</strong> textos que se <strong>de</strong>dicam ao tema da avaliação da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação sobre saú<strong>de</strong> disponível na<br />

Internet. Neste contexto, dada a natureza da informação, é atribuída uma gran<strong>de</strong> importância à dotação <strong>de</strong><br />

competências <strong>de</strong> avaliação aos utilizadores da Internet. O nível da importância atribuída a esta tarefa é visível<br />

pela quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> literatura <strong>de</strong>dicada à apresentação <strong>de</strong> critérios e avaliação <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> avaliação<br />

<strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> informação. Esta é uma área na qual têm sido <strong>de</strong>senvolvidos esforços no sentido <strong>de</strong> reduzir a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> critérios apresentados em instrumentos <strong>de</strong> avaliação que, segundo Bernstam et al (2004), para<br />

que cumpram a sua missão <strong>de</strong>verão ter, no mínimo, quatro características: estarem disponíveis para os<br />

utilizadores; requererem um número limitado <strong>de</strong> elementos a avaliar; requererem elementos que sejam<br />

avaliáveis e serem legíveis.<br />

6. CONCLUSÕES E IMPLICAÇÕES DA INVESTIGAÇÃO<br />

Os novos serviços <strong>de</strong> informação, associados às Tecnologias <strong>de</strong> Informação e Comunicação permitiram a<br />

proliferação da disponibilização <strong>de</strong> recursos e <strong>de</strong> informação em re<strong>de</strong>s como a Internet. O alargamento do<br />

uso <strong>de</strong>stes serviços, da natureza da informação neles disponibilizada, e a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> publicar neste<br />

ambiente conduziram ao questionamento da sua qualida<strong>de</strong> e credibilida<strong>de</strong>. Com vista a respon<strong>de</strong>r à<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong>stes recursos e informação são disponibilizadas, por um vasto leque <strong>de</strong> serviços<br />

<strong>de</strong> informação, entida<strong>de</strong>s e autores, listas <strong>de</strong> critérios e <strong>de</strong> estratégias que visam facilitar esta tarefa.<br />

Embora a utilização <strong>de</strong> listas <strong>de</strong> critérios para a avaliação da qualida<strong>de</strong> da informação disponível na<br />

Internet seja <strong>de</strong> extrema utilida<strong>de</strong> para o processo <strong>de</strong> literacia da informação, a literatura revista permite<br />

concluir que a sua correcta aplicação exige por si só um nível <strong>de</strong> literacia (na sua dupla assunção<br />

“tradicional” e <strong>de</strong> “informação”) elevado, convocando competências muito específicas. Estas listas<br />

apresentam ainda outros problemas. São pautadas por diferenças terminológicas e conceptuais e apresentam<br />

uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> critérios. Estes factos justificam que os profissionais <strong>de</strong> informação e os<br />

professores assumam um papel activo no sentido <strong>de</strong> incluir a literacia da informação no currículo dos<br />

utilizadores da Internet (HEPWORTH, 1999). Impõem-se, contudo, outras questões relacionadas com a<br />

re<strong>de</strong>finição do papel dos profissionais da informação no que respeita à educação para a literacia da<br />

informação e também com as competências dos professores no que respeita à utilização das novas<br />

Tecnologias <strong>de</strong> Informação e Comunicação. Será que estes profissionais estão aptos para assumir novas<br />

responsabilida<strong>de</strong>s na socieda<strong>de</strong> da informação?<br />

É certo que na socieda<strong>de</strong> da informação, é <strong>de</strong>sejável que sejam adquiridas novas competências <strong>de</strong> forma<br />

rápida e eficaz, contudo a lista <strong>de</strong> critérios apresentada exige competências específicas para a sua aplicação<br />

que continuam a ser objecto <strong>de</strong> um conhecimento especializado por parte <strong>de</strong> uma quantida<strong>de</strong> limitada <strong>de</strong><br />

comunida<strong>de</strong>s académicas e dos profissionais da informação, numa altura em que essas competências<br />

<strong>de</strong>veriam estar integradas num conceito <strong>de</strong> literacia alargado a todos os utilizadores da informação disponível<br />

na Internet.<br />

Parece-nos, numa consi<strong>de</strong>ração meramente pessoal, que embora a utilização <strong>de</strong>stes recursos seja muito<br />

frequente, existe ainda um longo caminho a percorrer até que se possa consi<strong>de</strong>rar a literacia da informação<br />

uma competência comum.<br />

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http://sosig.esrc.bris.ac.uk/<strong>de</strong>sire/ecrit.html.<br />

Standler, R., 2004. Evaluating credibility of information on the internet. Consultado em 6 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2006, disponível na<br />

www em http://www.rbs0.com/credible.pdf.<br />

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<strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2006, disponível na www em http://libweb.uoregon.edu/gui<strong>de</strong>s/findarticles/credibility.html.<br />

University of Southern Maine, 2006. Checklist for evaluating web resources. Consultado em 6 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2006,<br />

disponível na www em http://library.usm.maine.edu/research/researchgui<strong>de</strong>s/webevaluating.html#.<br />

Williams, H., Zald, A., 1997. Re<strong>de</strong>fining roles librarians as partners in information literacy education. Information<br />

Research. Consultado em 6 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2006, disponível na www em http://informationr.net/ir/3-1/paper24.html.<br />

174


EVOLUCIÓN DE LA TOPOLOGÍA DE INTERNET A NIVEL<br />

DE SISTEMAS AUTÓNOMOS BASADO EN EL PROYECTO<br />

ROUTEVIEWS<br />

José Luis Gahete Díaz<br />

Departamento <strong>de</strong> Sistemas Informáticos<br />

Escuela Técnica Superior <strong>de</strong> Ingeniería (ICAI) <strong>Universidad</strong> P. Comillas<br />

Alberto Aguilera, 25. 28015 Madrid - SPAIN<br />

jlgahete@dsi.icai.upcomillas.es<br />

Natalia Fernán<strong>de</strong>z Gallego<br />

Deloitte<br />

Pza. Pablo Ruiz Picasso, 1 Torre Picasso. 28020 Madrid - SPAIN<br />

n fernan<strong>de</strong>zgallego@<strong>de</strong>loitte.es<br />

Ana María Garzo Ortega<br />

Departamento <strong>de</strong> Tecnología<br />

O-kyaku Europe Consulting<br />

c/ Ferraz 78. 28008 Madrid - SPAIN<br />

ana.garzo@o-kyaku.com<br />

Gonzalo Martín Villaescusa<br />

Accenture<br />

Ramirez <strong>de</strong> Arellano, 35. 28043 Madrid - SPAIN<br />

gonzalomvp@hotmail.com<br />

RESUMEN<br />

En este trabajo presentamos la evolución que ha sufrido Internet en los últimos 10 años <strong>de</strong>s<strong>de</strong> un punto <strong>de</strong> vista<br />

macroscópico. Para ello, a partir <strong>de</strong> las tablas <strong>de</strong> encaminamiento generadas por el protocolo Bor<strong>de</strong>r Gateway Protocol, se<br />

<strong>de</strong>duce la topología <strong>de</strong> Internet, calculando el número existente <strong>de</strong> dominios administrativos (Sistemas Autónomos), el<br />

grado medio, mínimo y máximo <strong>de</strong> los mismos, el número <strong>de</strong> rutas <strong>de</strong> cada tabla BGP, tiempo <strong>de</strong> ejecución, etc. También<br />

se analiza una técnica utilizada por algunos administradores <strong>de</strong> los Sistemas Autónomos conocida con el nombre <strong>de</strong><br />

prepend o hinchado <strong>de</strong> rutas que tiene por objeto penalizar algunas rutas en las que está presente el AS para tratar <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sviar el tráfico <strong>de</strong> tránsito. Por último se muestra los 20 Sistemas Autónomos con mayor grado así como la<br />

organización y lugar geográfico don<strong>de</strong> se ubican.<br />

PALABRAS CLAVES<br />

Encaminamiento. Internet. Sistemas Autónomos. Optimización.<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Internet es una red mundial formada por millones <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> diversos tipos y plataformas, conectados<br />

entre sí por medio <strong>de</strong> equipos <strong>de</strong> comunicación cuya función principal es la <strong>de</strong> localizar, seleccionar, e<br />

intercambiar información <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el lugar en don<strong>de</strong> se encuentra hasta aquel don<strong>de</strong> haya sido solicitada,<br />

utilizando un mismo conjunto <strong>de</strong> protocolos <strong>de</strong> comunicaciones llamado TCP/IP [Socolofsky, 1991].<br />

Internet se pue<strong>de</strong> caracterizar <strong>de</strong> manera diferente en función <strong>de</strong>l nivel <strong>de</strong> <strong>de</strong>scripción utilizado. Des<strong>de</strong> un<br />

punto <strong>de</strong> vista administrativo, en la actualidad, Internet se encuentra dividida en más <strong>de</strong> 20.000 Sistemas<br />

Autónomos (en a<strong>de</strong>lante AS)[Hawkinson, 1996], don<strong>de</strong> por AS se entien<strong>de</strong> un conjunto <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s IP<br />

175


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

interconectadas por routers y que conforman una entidad administrativa. Estos AS tienen como objetivo el<br />

interactuar para coordinar la entrega <strong>de</strong>l tráfico IP. La administración <strong>de</strong> un AS recae típicamente en una sola<br />

organización, como una <strong>Universidad</strong>, una compañía o un proveedor <strong>de</strong> Internet (ISP).<br />

El protocolo <strong>de</strong> comunicaciones utilizado en Internet por los routers cabecera o frontera <strong>de</strong> los distintos<br />

AS´s es el Bor<strong>de</strong>r Gateway Protocol (BGP) y permite direccionar como máximo hasta 65000 AS. En la<br />

figura 1 se muestra el esquema <strong>de</strong> interconexiones en Internet. Los círculos grises representan AS’s, es <strong>de</strong>cir,<br />

unida<strong>de</strong>s administrativas. Como pue<strong>de</strong> verse en la figura, los AS’s intercambian información <strong>de</strong><br />

encaminamiento mediante BGP. Asimismo, cada AS está formado por diferentes subre<strong>de</strong>s conectadas entre<br />

routers que utilizarán el protocolo intradominio elegido por el administrador.<br />

Figura 1. Esquema simplificado <strong>de</strong> Internet.<br />

Como ya hemos mencionado, el protocolo BGP permite a los administradores <strong>de</strong> los AS’s configurar<br />

manualmente las políticas <strong>de</strong> encaminamiento en los routers bor<strong>de</strong> (ver figura 1). Estas políticas<br />

administrativas permiten tomar <strong>de</strong>cisiones relativas a la selección, anuncio y recepción <strong>de</strong> las rutas.<br />

En este trabajo se presenta la evolución que ha sufrido Internet en los últimos años así como el análisis <strong>de</strong><br />

distintas métricas, tales como el grado o número <strong>de</strong> vecinos <strong>de</strong> los AS, grado medio o número <strong>de</strong> vecinos <strong>de</strong><br />

media que tiene cada nodo, etc.<br />

2. ORIGEN DE LOS DATOS UTILIZADOS<br />

La <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Oregón <strong>de</strong>sarrolló el proyecto Routeviews (en a<strong>de</strong>lante RV), tratando <strong>de</strong> aglutinar en un<br />

único fichero el mayor número <strong>de</strong> rutas <strong>de</strong> Internet. El proyecto RV obtiene, cada dos horas, múltiples vistas<br />

<strong>de</strong> la tabla <strong>de</strong> encaminamiento global que permitirá a los routers <strong>de</strong> RV disponer <strong>de</strong> una completa<br />

información <strong>de</strong> encaminamiento gracias a la interacción con distintos AS´s distribuidos por todo el mundo.<br />

Básicamente estos datos dan la información completa sobre las rutas empleadas, en la realidad, para alcanzar<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> un nodo origen un nodo <strong>de</strong>stino, manejando para ello millones <strong>de</strong> rutas.<br />

Cada línea <strong>de</strong>l fichero contiene, entre otros, un campo <strong>de</strong>nominado Path que es el conjunto <strong>de</strong> AS´s que<br />

se <strong>de</strong>be atravesar para llegar a la red <strong>de</strong>stino (mostrada en el campo network). Cada par <strong>de</strong> AS´s mostrados en<br />

este atributo está, implícitamente, reflejando una relación <strong>de</strong> vecindad<br />

Hemos <strong>de</strong>sarrollado una aplicación en el lenguaje JAVA que obtiene las tablas BGP <strong>de</strong> un repositorio<br />

público <strong>de</strong> datos proporcionado por el proyecto Routeviews. En este almacén <strong>de</strong> datos se encuentran todos<br />

ficheros (tablas BGP) generados cada dos horas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el año 1997.<br />

176


3. ADQUISICIÓN DE DATOS<br />

3.1 Descripción <strong>de</strong> las Estructuras Utilizadas<br />

El protocolo BGP utiliza para codificar el número <strong>de</strong> AS´s dos bytes (rango 0-65535), aunque en la<br />

actualidad Internet está compuesto por más <strong>de</strong> 20.000 AS´s numerados no consecutivamente.<br />

Para reflejar las relaciones <strong>de</strong> vecindad <strong>de</strong> los distintos AS´s se suele utilizar una matriz <strong>de</strong> adyacencia.<br />

Dadas las dimensiones <strong>de</strong> ésta (65535x65535) se ha optado para almacenar la misma información un array.<br />

En la siguiente figura se muestra cómo es la estructura resultante <strong>de</strong> la matriz <strong>de</strong> adyacencia. En esta<br />

estructura se almacenan todos los datos necesarios para llevar a cabo todos los análisis requeridos.<br />

1<br />

2<br />

…<br />

i<br />

65600<br />

…<br />

AS<br />

…<br />

Vecinos<br />

Figura 2. Estructura <strong>de</strong> la matriz <strong>de</strong> adyacencias<br />

Cada elemento <strong>de</strong>l array representa un AS y guarda toda la información relacionada con él. Los atributos<br />

son:<br />

Num: Número <strong>de</strong> AS<br />

Grado: Número <strong>de</strong> vecinos que posse<br />

Vecinos: Una lista <strong>de</strong> todos los AS vecinos.<br />

Prep: Indica si dicho AS realiza o no prepend.<br />

La estructura orientada a objetos <strong>de</strong>l código permite crear una serie <strong>de</strong> atributos relacionados con las<br />

métricas que son:<br />

El tiempo que tarda en crearse la matriz <strong>de</strong> adyacencias a partir <strong>de</strong>l fichero routeviews (tiempoC)<br />

El número <strong>de</strong> rutas válidas <strong>de</strong>l fichero (numregs)<br />

El número <strong>de</strong> filas <strong>de</strong>l fichero <strong>de</strong>scartadas por no ser correctas (<strong>de</strong>scartadas)<br />

El grado máximo, mínimo y medio <strong>de</strong> los grados <strong>de</strong> los distintos ASs (gMax, gMin, gMed)<br />

El número <strong>de</strong> Sistemas Autónomos (numas)<br />

El número <strong>de</strong> Sistemas Autónomos que hacen prepend (prep)<br />

El Top 20 con los ASs <strong>de</strong> mayor grado almacenado en forma <strong>de</strong> array (top20)<br />

Dado el volumen <strong>de</strong> datos, es crítica la manera en que se hace la adquisición <strong>de</strong> datos para componer la<br />

matriz <strong>de</strong> adyacencia<br />

3.2 Descripción <strong>de</strong>l algoritmo utilizado<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

703 j 400<br />

Elemento equivalente a Matriz [i,j]<br />

En primer lugar el algoritmo <strong>de</strong>scarta las primeras líneas <strong>de</strong>l fichero, correspondientes a la cabecera <strong>de</strong> la<br />

tabla y más información no necesaria. (En total, se <strong>de</strong>scartan 48 líneas <strong>de</strong> cabecera)<br />

A continuación, el algoritmo va leyendo una a una cada línea <strong>de</strong>l fichero. Debido a la propia estructura <strong>de</strong><br />

una tabla BGP, en cada línea hay una serie <strong>de</strong> campos previos a la ruta con los números <strong>de</strong> AS. Esa<br />

información se <strong>de</strong>scarta, ya que sólo nos interesa la referente a las rutas. Para no tener en cuenta dicha<br />

177


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

información, <strong>de</strong> cada línea cogemos a partir <strong>de</strong>l carácter 61, que es don<strong>de</strong> empieza el path (camino) que nos<br />

interesa. Las líneas que no superen esta longitud <strong>de</strong> 61 caracteres como mínimo, no se analizan.<br />

Las últimas líneas, que conforman el pie <strong>de</strong>l fichero, son también <strong>de</strong>scartadas por el programa al no<br />

alcanzar los 61 caracteres como mínimo que se ha comentado anteriormente.<br />

Se han tenido en cuenta una serie <strong>de</strong> excepciones a este funcionamiento <strong>de</strong> leer línea a línea, ya que hay<br />

algunas que no cumplen el formato estándar.<br />

Estas excepciones son las siguientes:<br />

Hay algunas entradas <strong>de</strong> la tabla que ocupan más <strong>de</strong> una línea <strong>de</strong>l fichero <strong>de</strong>bido a que algunos <strong>de</strong><br />

los campos que tiene antes <strong>de</strong> llegar a la ruta ocupan más <strong>de</strong> lo estándar. Para solventarlo, si se lee<br />

una línea cuya longitud es menor a los 61 caracteres que se <strong>de</strong>scartan, dicha línea no se tiene en<br />

cuenta, y la siguiente se coge <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el principio. Se coge <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el principio porque es ahí don<strong>de</strong><br />

empieza exactamente la ruta en estos casos.<br />

En ciertas rutas hay una serie <strong>de</strong> ASs que aparecen entre llaves. Esto indica que es un grupo <strong>de</strong> AS<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>l cual la ruta que va a seguirse no se conoce, sólo se sabe que pasará por una serie <strong>de</strong> ellos.<br />

Nuestro programa <strong>de</strong>scarta las rutas que contienen estos grupos <strong>de</strong> ASs. La forma <strong>de</strong> hacerlo es ver<br />

si aparece el símbolo “{“ <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> la línea. Si es así, se <strong>de</strong>scarta dicha línea.<br />

Para cada ruta leída se van cogiendo a pares los números <strong>de</strong> ASs consecutivos. Lo primero que se hace es<br />

comprobar que ambos AS no son el mismo (cosa que suce<strong>de</strong> a menudo en las rutas, en las que se repiten<br />

números <strong>de</strong> AS por cuestiones <strong>de</strong> gestión (prepend)) Si los dos ASs fueran el mismo, se contabiliza como<br />

repetición <strong>de</strong>bida al prepend. Para guardar dicha repetición, se va contando cuántas veces se repite el mismo<br />

AS (esto se hace sumando uno cada vez que se coge el siguiente par <strong>de</strong> ASs y sigue siendo el mismo). Si los<br />

ASs son distintos, <strong>de</strong> cada par se coge el primer número, y se acce<strong>de</strong> al registro <strong>de</strong>l vector con ese índice. Si<br />

el registro está vacío se crea el nuevo objeto AS y se aña<strong>de</strong> a la lista <strong>de</strong> los ASs vecinos el segundo <strong>de</strong> los AS<br />

<strong>de</strong>l par que se está analizando (con esto se indica que entre ambos hay una relación). Si el objeto estuviera ya<br />

creado, se recorre la lista <strong>de</strong> vecinos <strong>de</strong>l mismo para ver si el número <strong>de</strong>l otro AS <strong>de</strong>l par está ya en ella o no.<br />

Sólo se aña<strong>de</strong> en caso <strong>de</strong> no estar ya, para evitar repeticiones.<br />

Cada vez que se aña<strong>de</strong> un nuevo vecino a una lista <strong>de</strong> adyacentes, se suma uno al atributo que registra el<br />

grado <strong>de</strong>l AS al que pertenece dicha lista. Con esto se lleva un registro actualizado <strong>de</strong>l grado <strong>de</strong> cada AS en<br />

todo momento.<br />

Este proceso se repite para todos los pares posibles (y en or<strong>de</strong>n) <strong>de</strong> la ruta que se está analizando.<br />

Una vez analizados todos los pares <strong>de</strong> esa ruta, se proce<strong>de</strong> a hacer el mismo proceso con cada uno <strong>de</strong> los<br />

path <strong>de</strong>l fichero.<br />

Una vez creada la matriz <strong>de</strong> adyacencias, se imprime la misma en un fichero, don<strong>de</strong> pue<strong>de</strong> verse cada AS<br />

con su número, su grado y la lista <strong>de</strong> AS vecinos (adyacentes).<br />

Como resultado <strong>de</strong>l algoritmo anterior, la matriz queda almacenada en memoria para su posterior uso y<br />

análisis.<br />

Tabla 1. Algunos datos obtenidos tras aplicar el algoritmo<br />

Número AS Grado Adyacentes<br />

AS32 7 174 2152 2153 3671 3561 22196 71<br />

AS33 7 6461 2497 6939 4513 8075 60795650<br />

AS34 2 174 10466<br />

AS35 2 209 5691<br />

AS37 2 668 721<br />

AS38 6 29322335 7228 698 63251224<br />

178


4. MÉTRICAS CALCULADAS<br />

Todo los cálculos [Willinger, 2002] [Pastor-Satorras, 2004] a los que se hace referencia en este apartado están<br />

calculadas a partir <strong>de</strong>l fichero generado el día 3 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2006 a las 16:17 horas. Hay una serie <strong>de</strong> métricas<br />

que se calculan a la vez que se crea la matriz <strong>de</strong> adyacencias. Sin embargo, para calcular otras se <strong>de</strong>be<br />

recorrer <strong>de</strong> nuevo la matriz.<br />

Se ha calculado el tiempo que tarda el programa en recorrer el fichero y crear la matriz <strong>de</strong> adyacencias a<br />

partir <strong>de</strong> las distintas rutas que va leyendo. Este tiempo no incluye el tiempo <strong>de</strong> ejecución empleado en<br />

calcular las métricas y datos posteriores a la creación <strong>de</strong> la matriz y correspondientes a su análisis. La<br />

segunda entrada <strong>de</strong> la tabla muestra el número <strong>de</strong> AS´s distintos que aparecen en el el fichero. Las siguientes<br />

dos métricas hacen relación al grado o número <strong>de</strong> vecinos <strong>de</strong> los AS´s. Por último se muestra el número <strong>de</strong><br />

AS´s que por alguna <strong>de</strong>cisión administrativa tratan <strong>de</strong> evitar el tráfico <strong>de</strong> tránsito hinchando artificialmente el<br />

path (camino)<br />

A continuación se muestra una tabla resumen con los resultados <strong>de</strong> la métricas. Para la realización <strong>de</strong> los<br />

cálculos se ha usado un Pentium IV a 2,8 MHz.<br />

Tabla 2. Métricas obtenidas tras el análisis <strong>de</strong> datos <strong>de</strong>l año 2006<br />

Tiempo <strong>de</strong> carga <strong>de</strong> la matriz 172 segundos<br />

Número <strong>de</strong> AS´s 22.108<br />

Número <strong>de</strong> rutas <strong>de</strong>l fichero BGP 8.688.406<br />

Grado máximo 2.393<br />

Grado medio 4<br />

Número <strong>de</strong> As´s que hacen prepend 957<br />

En la tabla adjunta se muestra un ejemplo con la información <strong>de</strong>l Top 20 (AS´s más gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Internet)<br />

obtenida a partir <strong>de</strong> los ficheros <strong>de</strong> datos <strong>de</strong> la tabla 1.<br />

Tabla 3. Top 20 <strong>de</strong> Internet en el año 2006<br />

Posición Nº AS<br />

Nombre<br />

Grado País<br />

Registro<br />

<strong>de</strong><br />

Internet<br />

1 701 UUNET Technologies, Inc 2393 US ARIN<br />

2 7018 AT&T WorldNet Services 2015 US ARIN<br />

3 1239 Sprint 1734 US ARIN<br />

4 3356 Level 3 Communications, 1300 US ARIN<br />

LLC<br />

5 174 Cogent Communications 1213 US ARIN<br />

6 209 Qwest 1155 US ARIN<br />

7 3549 Global Crossing 732 US ARIN<br />

8 4323 Time Warner Telecom,<br />

Inc.<br />

722 US ARIN<br />

9 6461 Abovenet Communications, 699 US ARIN<br />

Inc<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

10 7132 SBC Internet Services 656 US ARIN<br />

11 3303 Swisscom Solutions Ltd 591 Switzerland RIPE<br />

12 702 UUNET Technologies, Inc. 552 US ARIN<br />

13 3561 Savvis 550 US ARIN<br />

14 4513 Globix Corporation 538 US ARIN<br />

15 6939 Hurricane Electric 513 US ARIN<br />

16 2828 XO Communications 485 US ARIN<br />

17 2914 NTT America, Inc. 460 US ARIN<br />

18 8220 COLT Telecommunications 421 UK RIPE<br />

19 6395 Broadwing Communications<br />

Services, Inc.<br />

406 US ARIN<br />

20 1299 TeliaNet Global Network 395 Swe<strong>de</strong>n<br />

RIPE<br />

179


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5. COMPARATIVAS<br />

En este apartado se analiza la evolución <strong>de</strong> las métricas a través <strong>de</strong> los años. Para ello se han elegido los<br />

ficheros recogidos en la tabla 4. A continuación se muestra en una tabla conjunta los resultados obtenidos, a<br />

modo <strong>de</strong> comparación inicial. Después se muestran las tablas con la información <strong>de</strong>l Top 20 y <strong>de</strong> las distintas<br />

métricas para los distintos ficheros ejecutados en la comparativa.<br />

Tabla 4. Ficheros utilizados en el análisis <strong>de</strong> la evolución <strong>de</strong> las métricas<br />

Fecha Nombre <strong>de</strong>l fichero<br />

17 <strong>de</strong> Noviembre <strong>de</strong> 1997 oix-full-1997-11-17-1040.dat<br />

12 <strong>de</strong> Junio <strong>de</strong> 1998 oix-full-1998-06-12-0940.dat<br />

14 <strong>de</strong> Marzo <strong>de</strong> 1999 oix-full-1999-03-14-1040.dat<br />

28 <strong>de</strong> Octubre <strong>de</strong> 2000 oix-full-snapshot-2000-10-28-0840.dat<br />

3 <strong>de</strong> Julio <strong>de</strong> 2001 oix-full-snapshot-2001-07-03-0200.dat<br />

2 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2002 oix-full-snapshot-2002-08-02-0800.dat<br />

13 <strong>de</strong> Julio <strong>de</strong>l 2003 oix-full-snapshot-2003-07-13-1000.dat<br />

21 <strong>de</strong> Mayo <strong>de</strong>l 2004 oix-full-snapshot-2004-05-21-2200.dat<br />

15 <strong>de</strong> Enero <strong>de</strong>l 2005 oix-full-snapshot-2005-01-15-0600.dat<br />

Métricas<br />

Tiempo en crear<br />

la matriz<br />

(en segundos)<br />

Nº <strong>de</strong> AS<br />

Nº <strong>de</strong> rutas<br />

<strong>de</strong>l fichero<br />

(en miles)<br />

Nº <strong>de</strong> filas<br />

<strong>de</strong>scartadas<br />

Tabla 5 Comparativa <strong>de</strong> las distintas métricas entre el año 1997 y 2006<br />

Año <strong>de</strong>l Fichero<br />

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006<br />

6.8 8.5 12.15 27.68 82.7 109.2 132 137 160 198 sg<br />

3.042 3.745 4.776 9.068 11.432 13.769<br />

15.67<br />

5<br />

17.610 19.006 22.108<br />

440 586 830 1.602 4.105 5.577 5.838 6.996 7.179 8.688<br />

330 390 465 172 317 291 1.775 1.564 1.531 2.125<br />

Grado Medio 3 4 3 3 4 4 4 4 4 4<br />

Grado Máximo 597 818 1.080 1.976 2.407 2.636 2.682 2.377 2.375 2.393<br />

Grado Mínimo 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1<br />

Nº AS que hacen<br />

prepend<br />

120 172 247 418 531 621 715 811 871 957<br />

El la siguiente tabla se muestra la evolución <strong>de</strong>l top 20 utilizando la heurística propuesta por Lixing<br />

Gao[Gao, L. 2001] <strong>de</strong> que el tamaño <strong>de</strong> un AS es proporcional a su grado en el grafo. Se ha <strong>de</strong>tallado alguno<br />

<strong>de</strong> los Top 20 <strong>de</strong> los años más recientes, para comparar y hacer observaciones con el <strong>de</strong>l año 2006 que<br />

teníamos.<br />

180


6. CONCLUSIONES<br />

Tabla 6. Evolución <strong>de</strong>l Top 20 <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el año 2003<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Año 2003 Año 2004 Año 2005 Año 2006<br />

Pos AS Grado País AS Grado País AS Grado País AS Grado País<br />

1 701 2682 US 701 2377 US 701 2375 US 701 2393 US<br />

2 1239 1972 US 1239 1778 US 7018 1949 US 7018 2015 US<br />

3 7018 1849 US 7018 1729 US 1239 1729 US 1239 1734 US<br />

4 3561 1286 US 3356 1082 US 3356 1238 US 3356 1300 US<br />

5 1 879 US 209 1069 US 209 1110 US 174 1213 US<br />

6 209 863 US 3549 640 US 174 711 US 209 1155 US<br />

7 3356 756 US 2914 625 US 2914 634 US 3549 732 US<br />

8 3549 621 US 6461 578 US 3549 626 US 4323 722 US<br />

9 2914 559 US 174 549 US 3561 604 US 6461 699 US<br />

10 702 555 US 4513 519 US 6461 591 US 7132 656 US<br />

11 6461 511 US 702 517 US 702 560 US 3303 591 Swit<br />

zerl<br />

and<br />

12 4513 476 US 7132 486 US 7132 551 US 702 552 US<br />

13 4323 342 US 3303 476 US 3303 549 Switz<br />

erlan<br />

d<br />

3561 550 US<br />

14 1663<br />

1<br />

314 US 4323 442 US 4513 543 US 4513 538 US<br />

15 3205<br />

7<br />

298 US 3561 432 US 4323 495 US 6939 513 US<br />

16 8220 290 UK 8220 382 UK 2828 451 US 2828 485 US<br />

17 7132 286 US 3246 336 Finl 8220 426 UK 2914 460 US<br />

18 6347 285 US 2828 303 US 6939 408 US 8220 421 UK<br />

19 2516 269 JAPA 3786 291 CORE 3491 322 US 6395 406 US<br />

N<br />

A<br />

20 3786 265 CORE 2516 288 JAPA 6395 321 US 1299 395 Swed<br />

A<br />

N<br />

en<br />

Lo más interesante <strong>de</strong> este estudio y el mensaje que queremos transmitir es la heterogeneidad <strong>de</strong> Internet.<br />

Esto se ve claramente analizando el grado <strong>de</strong> conectividad. Mientras que el grado medio es <strong>de</strong> 4 enlaces,<br />

existen AS´s con más <strong>de</strong> mil enlaces. Por otra parte, analizando la evolución <strong>de</strong> estas métricas se observa que<br />

el grado medio siempre es 4 vecinos, mientras que el mínimo es 1 (lógico, ya que el que menos tiene, estará<br />

al menos conectado a un AS vecino) Los que tienen grado uno son los AS correspondientes a los Clientes,<br />

que sólo pi<strong>de</strong>n información, no la dirigen.<br />

El grado máximo fue mucho mayor en 2003 (pue<strong>de</strong> ser que <strong>de</strong>bido a la burbuja <strong>de</strong> internet que hubo)<br />

mientras que el resto <strong>de</strong> los años es menor, y creciente con los años, por la razón anterior <strong>de</strong>l crecimiento<br />

general <strong>de</strong> Internet. No obstante es interesante ver como el grado no crece con el número <strong>de</strong> AS´s. De alguna<br />

manera el alto grado <strong>de</strong> conectividad en estos Top 20 da soporte al creciente número <strong>de</strong> AS´s conectados. A<br />

esto hay que sumar que, como se observa, el menor <strong>de</strong> los grados que aparece en la tabla Top 20 va<br />

creciendo con los años. Es <strong>de</strong>cir, <strong>de</strong>bido a que cada año hay mayor número <strong>de</strong> ASs, eso hace que cada vez el<br />

número <strong>de</strong> vecinos <strong>de</strong> cada uno sea mayor, con lo que en el Top 20 los grados tien<strong>de</strong>n a ser mayores. El<br />

grado <strong>de</strong>l que mayor grado tiene experimenta una crecida inferior que el resto <strong>de</strong> AS, ya que ya está<br />

conectado con muchos <strong>de</strong> ellos y la ten<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong> Internet es a diversificar las rutas más que a concentrarlas<br />

en un solo punto.<br />

Esta diversificación conlleva que la Internet sea una red cada vez más robusta y por tanto menos<br />

vulnerable a ataques dirigidos.<br />

Otro dato interesante que se observa es que los tres primeros AS <strong>de</strong>l Top 20 <strong>de</strong> los distintos años son los<br />

mismos, el 701, el 7018 y el 1239 (el primero siempre es el 701, y los otros dos cambian el or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> un año a<br />

otro) y que una serie <strong>de</strong> ASs siempre aparecen en los distintos Top 20, ya sea en una u otra posición. Algunos<br />

<strong>de</strong> ellos son el 702, el 8220, el 209, etc. que se ubican geográficamente en EEUU como cabría esperar<br />

181


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Des<strong>de</strong> un punto <strong>de</strong> vista práctico, el tiempo <strong>de</strong> ejecución cada vez es mayor porque cada año el tamaño<br />

<strong>de</strong>l fichero crece <strong>de</strong>bido a que cada vez hay más ASs y, con ello, más rutas para alcanzar los distintos<br />

<strong>de</strong>stinos. Con esto, a<strong>de</strong>más <strong>de</strong> crecer el tiempo que tarda, crece el número <strong>de</strong> ASs, el número <strong>de</strong> rutas <strong>de</strong>l<br />

fichero, el número <strong>de</strong> filas <strong>de</strong>scartadas y el número <strong>de</strong> ASs que hacen prepend, ya que todo está relacionado.<br />

El que aumente el número <strong>de</strong> AS <strong>de</strong>bido al propio crecimiento <strong>de</strong> Internet ya afecta al crecimiento <strong>de</strong> todas<br />

esas métricas.<br />

REFERENCIAS<br />

Gao, L. 2001, On inferring autonomous system relationships in the internet. In Proceedings IEEE/ACM Transactions on<br />

Networking 9(6):733-745.<br />

Hawkinson, J, y Bates, T., 1996. Gui<strong>de</strong>lines for creation, selection, and registration of an Autonomous System (AS).<br />

Requests For Comments 1930.<br />

Oregon, University of, Proyecto Route Views, 1997 (http://routeviews.org)<br />

Pastor-Satorras, R, y Vespignani, A. “Evolution and Structure of the Internet: A Statistical Physics Approach” ,<br />

Cambridge, 2004.<br />

Socolofsky, T, y Kale, C., 1991. A TCP/IP Tutorial. Requests For Comments 1180.<br />

Willinger, W., Govindan, R., Jamin, S., Paxson, V. y Shenker S. “ Scaling phenomena in the Internet: Critically<br />

examining criticaly, in Proceedings of the National Aca<strong>de</strong>my of Sciences of the United States of America, Febrero <strong>de</strong><br />

2002.<br />

182


INTERNET COMO CANAL DE COMPRA: RESPUESTAS<br />

DE CONSUMO ANTE DIFERENTES ESTÍMULOS WEB 1<br />

Carlota Lorenzo Romero<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Castilla-La Mancha<br />

Facultad <strong>de</strong> Ciencias Económicas y Empresariales<br />

Plaza <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong>, 1. 02071 Albacete (España)<br />

Carlota.Lorenzo@uclm.es<br />

Alejandro Mollá Descals<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Valencia<br />

Facultad <strong>de</strong> Economía<br />

Avenida <strong>de</strong> los Naranjos, s/n. 46022 Valencia (España)<br />

Alejandro.Molla@uv.es<br />

Miguel Ángel Gómez Borja<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Castilla-La Mancha<br />

Facultad <strong>de</strong> Ciencias Económicas y Empresariales<br />

Plaza <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong>, 1. 02071 Albacete (España)<br />

MiguelAngel.GBorja@uclm.es<br />

RESUMEN<br />

Una parte importante <strong>de</strong> la literatura se ha centrado en el estudio <strong>de</strong> los efectos <strong>de</strong> la atmósfera <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> un entorno <strong>de</strong><br />

compra físico o convencional. Sin embargo, el importante <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> las nuevas tecnologías <strong>de</strong> información y<br />

comunicación y, en especial <strong>de</strong> Internet, ha motivado el estudio en profundidad <strong>de</strong> los factores que conforman el diseño<br />

<strong>de</strong> los puntos <strong>de</strong> venta minoristas virtuales y su impacto sobre el consumidor. Al respecto, algunos estudios postulan que<br />

pese a que las cualida<strong>de</strong>s instrumentales o elementos utilitarios <strong>de</strong> la compra online (e.g., facilidad y conveniencia) son<br />

importantes predictores <strong>de</strong> las actitu<strong>de</strong>s y comportamientos <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> los consumidores, los aspectos hedónicos que<br />

el medio web ofrece, juegan un papel igualmente importante en la configuración <strong>de</strong> dichos comportamientos. Este estudio<br />

analiza los efectos <strong>de</strong> las señales utilitarias y hedónicas <strong>de</strong> la atmósfera web, en concreto la música como estímulo<br />

hedónico y la estructura <strong>de</strong> navegación como estímulo utilitario, sobre las respuestas emocionales y conductuales <strong>de</strong> los<br />

compradores <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> un entorno <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> ropa online. Para contrastar las hipótesis propuestas hemos partido <strong>de</strong> un<br />

diseño experimental entre sujetos, mediante la creación <strong>de</strong> un portal <strong>de</strong> venta elaborado para tal fin. A<strong>de</strong>más, hemos<br />

<strong>de</strong>sarrollado una metodología integrada que nos ha permitido la simulación, seguimiento y grabación <strong>de</strong>l comportamiento<br />

<strong>de</strong> los sujetos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> un entorno <strong>de</strong> compra online, bajo diferentes condiciones <strong>de</strong> la atmósfera web.<br />

PALABRAS CLAVES<br />

Webmosphere, motivaciones utilitarias y hedónicas, entorno <strong>de</strong> compra online, estímulos internos y respuestas <strong>de</strong> compra<br />

<strong>de</strong>l consumidor en Internet.<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

El entorno físico <strong>de</strong> los tradicionales minoristas brick-and-mortar influye <strong>de</strong> manera relevante sobre los<br />

estados emocionales y conductas <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> los individuos (e.g., Mehrabian y Russell, 1974; Donovan y<br />

Rossiter, 1982; Baker, 1986; Bitner, 1990, 1992; Donovan et al., 1994; Sherman et al., 1997; Turley y<br />

Milliman, 2000; Baker et al., 2002). Sin embargo, la literatura no ha puesto <strong>de</strong>masiada atención en la<br />

1 Este trabajo se enmarca <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>l proyecto <strong>de</strong> investigación con referencia SEJ2005-06105 financiado por el Ministerio <strong>de</strong> Educación<br />

y Ciencia, 2005-2008. Dicho proyecto también está patrocinado por la Consellería <strong>de</strong> Empresa, <strong>Universidad</strong> y Ciencia <strong>de</strong> la Generalitat<br />

Valenciana.<br />

183


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

naturaleza y efectividad <strong>de</strong> los formatos minoristas virtuales, y concretamente, en el papel que las<br />

características <strong>de</strong>l entornos online pue<strong>de</strong> suponer para la configuración <strong>de</strong> las respuestas <strong>de</strong>l internauta. En<br />

efecto, algunos trabajos se han centrado en el estudio <strong>de</strong> la naturaleza y características <strong>de</strong>l medio web (e.g.,<br />

Hoffman y Novak, 1996), así como, en el procesamiento <strong>de</strong> la información por parte <strong>de</strong> los usuarios <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong>l entorno virtual (e.g., Schlosser, 2003), <strong>de</strong>jando por tanto <strong>de</strong> lado el estudio <strong>de</strong> la influencia <strong>de</strong> las señales<br />

que conforman la webmosphere o atmósfera web sobre las respuestas <strong>de</strong>l consumidor.<br />

Partiendo <strong>de</strong> las anteriores premisas, en el presente trabajo nos planteamos como principal objetivo<br />

analizar los efectos que producen las señales <strong>de</strong> la atmósfera web sobre los estados internos y conductuales<br />

<strong>de</strong> los sujetos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> un entorno <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> ropa virtual. En concreto, hemos consi<strong>de</strong>rado dos tipos <strong>de</strong><br />

estímulos web: La estructura <strong>de</strong> navegación como señal que proporciona utilidad y funcionalidad <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>l<br />

entorno web tal y como postulan ciertos autores como Dailey (2004) y la música como señal que proporciona<br />

sensaciones placenteras o hedónicas tal y como señalan trabajos relacionados con contextos <strong>de</strong> compra<br />

virtual (e.g., Crawford, 1996; Nielsen, 2000; Chil<strong>de</strong>rs et al., 2001; Eroglu et al., 2001, 2003; A<strong>de</strong>laar et al.,<br />

2003; Constantini<strong>de</strong>s, 2004; Vrechopoulos et al., 2004; Constantini<strong>de</strong>s y Geurts, 2006).<br />

Para la consecución <strong>de</strong> tal objetivo y contraste <strong>de</strong> nuestras hipótesis procedimos a <strong>de</strong>sarrollar un diseño<br />

experimental entre sujetos, sirviéndonos para ello <strong>de</strong> la creación <strong>de</strong> un portal <strong>de</strong> venta <strong>de</strong> ropa virtual<br />

específicamente creado para tal fin. El <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> tal herramienta web nos ha permitido analizar el<br />

seguimiento conductual <strong>de</strong> los sujetos experimentales. Asimismo, un cuestionario online fue cumplimentado<br />

por los individuos una vez finalizada su visita en el sitio web, que nos permitió obtener información sobre sus<br />

estados emocionales tras su experiencia <strong>de</strong> compra a través <strong>de</strong> la Red.<br />

2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS: LA ATMÓSFERA WEB<br />

El término “aspectos estéticos” hace referencia a la “evaluación <strong>de</strong> las propieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>l diseño visual”<br />

(Tractinsky y Lowengart, 2007). Dailey (2004) <strong>de</strong>fine atmósfera web (también <strong>de</strong>nominada por Chil<strong>de</strong>rs et<br />

al., 2001, como webmosphere) como “el diseño <strong>de</strong>liberado <strong>de</strong> entornos web cuyo objetivo consiste en la<br />

creación <strong>de</strong> efectos positivos (e.g., afectivos y cognitivos) sobre los usuarios con el fin <strong>de</strong> incrementar<br />

favorablemente sus respuestas <strong>de</strong> consumo (e.g., inspección <strong>de</strong> la tienda, regreso al punto <strong>de</strong> venta, etc.).<br />

Cuando los comerciantes diseñan <strong>de</strong>terminados elementos web que animan y captan la atención <strong>de</strong>l<br />

consumidor, se entien<strong>de</strong> que están utilizando alteraciones web que configuran el diseño o atmósfera <strong>de</strong>l punto<br />

<strong>de</strong> venta virtual”.<br />

Dentro <strong>de</strong>l paradigma Estímulo-Organismo-Respuesta (i.e. Stimulus-Organismic-Response, S-O-R mo<strong>de</strong>l)<br />

aplicado a un contexto minorista online, el estímulo se <strong>de</strong>fine como “la suma total <strong>de</strong> señales que son visibles<br />

y audibles para el comprador online” (Mehrabian y Russell, 1974). En nuestra investigación incluimos la<br />

dimensión auditiva puesto que está llegando a ser una característica estándar <strong>de</strong> los or<strong>de</strong>nadores en los<br />

últimos años. Sin embargo, el entorno minorista virtual carece <strong>de</strong> algunas dimensiones presentes en un<br />

entorno real, tales como la temperatura, el olor y la textura (que configuran tres <strong>de</strong> los cinco sentidos <strong>de</strong>l ser<br />

humano) (Baker, 1986; Bitner, 1992), compensando esta carencia mediante la potenciación <strong>de</strong> otras<br />

propieda<strong>de</strong>s tales como la flexibilidad <strong>de</strong> tiempo y espacio que pue<strong>de</strong> ofrecer el medio web. Con el fin <strong>de</strong><br />

ilustrar la influencia <strong>de</strong> la atmósfera web sobre los consumidores, la mayoría <strong>de</strong> los autores utilizan el<br />

paradigma S-O-R y sugieren que las señales atmosféricas influyen sobre los consumidores mediante la<br />

alteración <strong>de</strong> sus estados afectivos y cognitivos, los cuales en último término afectan a sus comportamientos<br />

(i.e., acercamiento/rechazo) con respecto a la compra en la tienda virtual. Esos comportamientos incluyen la<br />

inspección o no <strong>de</strong>l sitio web, el regreso o no en un futuro a ese mismo portal <strong>de</strong> venta, etc. (e.g., Eroglu et<br />

al., 2003; Dailey, 1999).<br />

Al igual que en los formatos brick-and-mortar, aunque en menor medida, el trabajo empírico realizado en<br />

esta área <strong>de</strong> investigación se ha ocupado <strong>de</strong> analizar algunas señales <strong>de</strong> la atmósfera web <strong>de</strong> forma específica,<br />

principalmente en entornos se compra <strong>de</strong> servicios. Por ejemplo, algunos investigadores han enfocado su<br />

investigación en el estudio individual <strong>de</strong> algunas señales <strong>de</strong> la atmósfera web como la estructura <strong>de</strong><br />

navegación (e.g., O’Cass y Fenech, 2003; Dailey, 1999, 2004; Flavián et al., 2004), la tangibilidad <strong>de</strong>l<br />

servicio (Koernig, 2003), los sonidos en la web (e.g., Crawford, 1996; Nielsen, 2000), la presentación <strong>de</strong> los<br />

productos (e.g., Dahn y Srinivasan, 2000; Dahn y Hauser, 2001; A<strong>de</strong>laar et al., 2003; Hong et a., 2004;<br />

Sundar y Kalyanaraman, 2004; Choura y Saber, 2005), etc.<br />

184


3. HIPÓTESIS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

En esta investigación se propone que una “estructura <strong>de</strong> navegación libre” <strong>de</strong>l sitio web hace referencia a que<br />

el consumidor podrá moverse libremente a lo largo <strong>de</strong>l sitio web pudiendo hacer uso <strong>de</strong> barras <strong>de</strong> navegación<br />

suficientes y el mismo número <strong>de</strong> links para tener la posibilidad <strong>de</strong> acce<strong>de</strong>r a toda la información <strong>de</strong> la página<br />

web <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cualquier sitio en que se encuentre <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> la tienda (i.e., el usuario no será controlado por el<br />

comerciante a través <strong>de</strong> barras <strong>de</strong> navegación restrictiva). Por otra parte, en un sitio web con “estructura <strong>de</strong><br />

navegación guiada” el usuario únicamente tendrá acceso a las barras <strong>de</strong> navegación “atrás” y “a<strong>de</strong>lante” <strong>de</strong>l<br />

navegador para po<strong>de</strong>r moverse por el sitio web, sin la posibilidad <strong>de</strong> disponer a<strong>de</strong>más <strong>de</strong> los links ofrecidos<br />

en la página <strong>de</strong> inicio a lo largo <strong>de</strong> todas las páginas <strong>de</strong>l sitio web (i.e., el usuario estará expuesto a barras <strong>de</strong><br />

navegación restrictiva, controladas por el comerciante web). Si bien, aquella tecnología orientada hacia una<br />

perspectiva que intente transmitir la compra interactiva como un sistema frío <strong>de</strong> información más que como<br />

un entorno que produzca experiencias <strong>de</strong> compra agradables, está expuesta a un rotundo fracaso<br />

principalmente para productos con fuertes atributos hedónicos, como pue<strong>de</strong> ser el caso <strong>de</strong> la ropa (Chil<strong>de</strong>rs et<br />

al., 2001). Este aspecto, analizado empíricamente por Eroglu et al. (2003), pone <strong>de</strong> manifiesto que elementos<br />

los elementos consi<strong>de</strong>rados como innecesarios para la consecución <strong>de</strong> la tarea <strong>de</strong> compra (i.e., “señales <strong>de</strong><br />

baja relevancia” o “low task relevant environment”), junto con los atributos funcionales <strong>de</strong>l sitio web,<br />

mejoran consi<strong>de</strong>rablemente los estados emocionales <strong>de</strong> los usuarios, procurándoles una experiencia <strong>de</strong><br />

compra más agradable, lo cual repercute favorablemente en sus respuestas <strong>de</strong> compra finalmente realizadas<br />

en la tienda virtual. En concreto, la música, consi<strong>de</strong>rada como “señal <strong>de</strong> baja relevancia” por Eroglu et al.<br />

(2001, 2003) y utilizada por algunos autores (Chil<strong>de</strong>rs et al., 2001; A<strong>de</strong>laar et al., 2003; Nielsen, 2000;<br />

Crawford, 1996) para el estudio <strong>de</strong> su efecto sobre el comportamiento <strong>de</strong> compra (aunque en la mayoría <strong>de</strong><br />

los casos, <strong>de</strong> manera combinada con el resto <strong>de</strong> señales atmosféricas), llega a provocar respuestas positivas<br />

anteriormente apuntadas sobre el comprador, incrementando en consecuencia los beneficios <strong>de</strong>l comerciante.<br />

Por tanto, en nuestra investigación y como segunda señal <strong>de</strong> la atmósfera web objeto <strong>de</strong> análisis, haremos uso<br />

<strong>de</strong> música <strong>de</strong> fondo acor<strong>de</strong> con el perfil <strong>de</strong> los individuos experimentales, aspecto que compararemos con la<br />

ausencia <strong>de</strong> la misma, con el objeto <strong>de</strong> analizar si realmente la música afecta significativa y positivamente en<br />

los estados afectivos <strong>de</strong>l e-shopper, tal y como así obtienen los trabajos sobre los cuales basamos nuestra<br />

investigación.<br />

Así pues, a partir <strong>de</strong> lo anteriormente apuntado sugerimos en primer lugar las siguientes hipótesis<br />

relacionadas con los estados afectivos <strong>de</strong>l individuo, consi<strong>de</strong>rando <strong>de</strong> manera separada cada uno <strong>de</strong> los<br />

estímulos objeto <strong>de</strong> manipulación:<br />

H1/H2: Los usuarios expuestos a un entorno <strong>de</strong> compra online con estructura <strong>de</strong> navegación libre/música<br />

mostrarán respuestas afectivas más positivas que aquellos individuos expuestos a estructura <strong>de</strong><br />

navegación guiada/ausencia <strong>de</strong> música <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>l sitio web.<br />

Dentro <strong>de</strong> un entorno <strong>de</strong> compra online, los estados cognitivos hacen referencia a la forma en que los<br />

usuarios interpretan la información proveniente <strong>de</strong> la pantalla para po<strong>de</strong>r elegir cualquier alternativa o<br />

producto que <strong>de</strong>see. En los trabajos que estudian este elemento que forma parte <strong>de</strong> los estados internos <strong>de</strong>l<br />

individuo, obtienen que conforme mejoran tanto la funcionalidad (e.g., Chil<strong>de</strong>rs et al., 2001; Eroglu et al.,<br />

2003; Dailey, 2004; Flavián et al., 2004) como los elementos <strong>de</strong> entretenimiento <strong>de</strong>l sitio web (e.g., Chil<strong>de</strong>rs<br />

et al., 2001; Eroglu et al., 2003; A<strong>de</strong>laar et al, 2003; Kellaris y Mantell, 1994 (música)), los estados<br />

cognitivos se ven favorecidos por el uso <strong>de</strong> dichos estímulos. Por tanto, en relación a las respuestas<br />

cognitivas <strong>de</strong>l individuo planteamos en nuestra investigación las siguientes hipótesis:<br />

H3/H4: Los usuarios expuestos a un entorno <strong>de</strong> compra online con estructura <strong>de</strong> navegación libre/música<br />

mostrarán respuestas afectivas más favorables que aquellos individuos expuestos a estructura <strong>de</strong><br />

navegación guiada/ausencia <strong>de</strong> música <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>l sitio web.<br />

La satisfacción se consi<strong>de</strong>ra como un estado afectivo <strong>de</strong>l consumidor resultante <strong>de</strong> una evaluación global<br />

<strong>de</strong> todos los aspectos que constituyen una relación. La literatura distingue entre satisfacción actitudinal y<br />

comportamental (Dick y Basu, 1994). En nuestra investigación nos hemos <strong>de</strong>cantado por la perspectiva<br />

actitudinal <strong>de</strong> la satisfacción <strong>de</strong>bido principalmente a que esta visión presenta una relación más directa con la<br />

intención <strong>de</strong>l compra <strong>de</strong>l individuo (Shankar et al., 2003). En concreto, satisfacción se pue<strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r como<br />

una evaluación global o actitud experimentada por el consumidor resultante <strong>de</strong> la relación existente entre la<br />

tienda y el individuo. Por esta razón, en nuestra investigación consi<strong>de</strong>raremos la satisfacción como un estado<br />

interno <strong>de</strong>l individuo que, como tal, se verá afectado tanto por la usabilidad o facilidad <strong>de</strong> uso <strong>de</strong>l sitio web<br />

185


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

como por otras señales <strong>de</strong> la atmósfera (e.g., música) (e.g., Eroglu et al., 2003; Chil<strong>de</strong>rs et al., 2001; Bigné y<br />

Andreu, 2004, etc.). De ahí que propongamos las siguientes hipótesis:<br />

H5/H6: Los usuarios expuestos a un entorno <strong>de</strong> compra online con estructura <strong>de</strong> navegación libre/música<br />

mostrarán mayor satisfacción que aquellos individuos expuestos a estructura <strong>de</strong> navegación<br />

guiada/ausencia <strong>de</strong> música <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>l sitio web.<br />

Como respuestas conductuales <strong>de</strong>l sujeto hemos utilizado dos variables <strong>de</strong> medida: lealtad (e.g., Zeithaml<br />

et al., 1996) y comportamientos <strong>de</strong> acercamiento/rechazo hacia el sitio web tras haber sido realizada la visita<br />

a la tienda online por parte <strong>de</strong>l usuario (e.g. Eroglu et al., 2003). Lealtad se <strong>de</strong>fine como una promesa<br />

comportamental relacionada con el bien o servicio lo cual conducirá a la realización <strong>de</strong> compras futuras o,<br />

por el contrario, al cambio <strong>de</strong> tienda o marca por parte <strong>de</strong>l consumidor. Jacoby y Chestnut (1987) analizan la<br />

lealtad a través <strong>de</strong> tres tipos <strong>de</strong> categorías: actitudinal (e.g., Opperman, 2000), comportamental (e.g.,<br />

O’Mally, 1998; Nilsson y Olsen, 1995) y categorías mixtas (e.g., Selin et al., 1988). Flavián et al. (2004)<br />

utilizan escalas comportamentales para medir la lealtad hacia el sitio web <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>l cual los consumidores<br />

experimentan su actividad <strong>de</strong> compra. Obtienen un efecto positivo entre la usabilidad y lealtad hacia el sitio<br />

web (mediado por la satisfacción y confianza al sitio). De hecho, <strong>de</strong>bido a que la lealtad se consi<strong>de</strong>ra como<br />

una consecuencia <strong>de</strong> la satisfacción (e.g., Zeithaml et al., 1996; Bigné y Andreu, 2004; Flavián et al., 2004) y<br />

<strong>de</strong>bido a que la mayoría <strong>de</strong> los trabajos postulan que las señales hedónicas <strong>de</strong> la atmósfera web afectan<br />

positivamente a la lealtad <strong>de</strong>l comprador hacia la tienda (e.g., Chil<strong>de</strong>rs et al., 2001; A<strong>de</strong>laar et al., 2003), en<br />

nuestra investigación hemos optado por orientar el estudio <strong>de</strong> la lealtad hacia la tienda <strong>de</strong> ropa virtual por<br />

parte <strong>de</strong>l comprador tras su visita a la tienda con variables tales como la posibilidad <strong>de</strong> regreso futuro y la<br />

recomendación a otras personas, planteando en consecuencia las siguientes hipótesis:<br />

H7/H8: Los usuarios expuestos a un entorno <strong>de</strong> compra online con estructura <strong>de</strong> navegación libre/música<br />

mostrarán mayor lealtad que aquellos individuos expuestos a estructura <strong>de</strong> navegación<br />

guiada/ausencia <strong>de</strong> música <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>l sitio web.<br />

Las respuestas <strong>de</strong> acercamiento/rechazo están basadas en el paradigma S-O-R. Los comportamientos <strong>de</strong><br />

acercamiento se refieren a todas aquellas acciones positivas que el individuo podría <strong>de</strong>sarrollar en el sitio<br />

web, como por ejemplo, la intención <strong>de</strong> permanecer más tiempo e la tienda, inspeccionar con más <strong>de</strong>talle el<br />

sitio, utilizar los elementos web <strong>de</strong> afiliación que ofrece el establecimiento virtual, etc., mientras que los<br />

comportamientos <strong>de</strong> rechazo se refieren totalmente a lo contrario (Mehrabian y Russell, 1974; Bitner, 1992).<br />

Tanto en entornos online caracterizados por el uso <strong>de</strong> elementos utilitarios como aquellos caracterizados por<br />

el uso <strong>de</strong> estímulos hedónicos, los comportamientos <strong>de</strong> acercamiento/rechazo se ven influidos<br />

favorablemente en el caso <strong>de</strong> la utilización a<strong>de</strong>cuada (i.e., mejor usabilidad y uso <strong>de</strong> elementos que<br />

favorezcan el entretenimiento) <strong>de</strong> este tipo e estímulos (e.g., A<strong>de</strong>laar et al., 2003; Eroglu et al., 2003; Dailey,<br />

2004, etc.). Así pues, partiendo <strong>de</strong> estas premisas proponemos las siguientes hipótesis:<br />

H9/H10: Los usuarios expuestos a un entorno <strong>de</strong> compra online con estructura <strong>de</strong> navegación libre/música<br />

mostrarán más respuestas <strong>de</strong> acercamiento hacia el sitio web que aquellos individuos expuestos a<br />

estructura <strong>de</strong> navegación guiada/ausencia <strong>de</strong> música <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> la tienda.<br />

4. PROCEDIMIENTO METODOLÓGICO<br />

Proponemos un mo<strong>de</strong>lo inicial basado en el paradigma S-O-R sugerido y empíricamente testado por Eroglu<br />

et al. (2003), tal y como mostramos en la figura 1. No obstante, en nuestro mo<strong>de</strong>lo introducimos tres<br />

modificaciones en relación al mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Eroglu et al. (2003): (a) la inclusión <strong>de</strong>l aprendizaje y conocimiento<br />

como variables que constituyen los estados cognitivos <strong>de</strong>l individuo; (b) el reconocimiento <strong>de</strong> la satisfacción<br />

como un estado interno <strong>de</strong>l individuo y (c) la introducción <strong>de</strong> la lealtad como una variable adicional a la<br />

respuesta comportamental <strong>de</strong>l sujeto.<br />

186


SEÑALES DE LA WEBMOSPHERE<br />

Dimensión utilitaria<br />

ESTRUCTURA DE<br />

NAVEGACIÓN<br />

Dimensión hedónica<br />

MÚSICA EN LA WEB<br />

Figura 1. Influencia <strong>de</strong> estímulos funcionales y hedónicos sobre las respuestas <strong>de</strong>l consumidor en Internet<br />

Se hizo uso <strong>de</strong> un diseño experimental 2x2 entre sujetos para contrastar las hipótesis planteadas en<br />

nuestra investigación. Con el fin <strong>de</strong> eliminar los efectos <strong>de</strong> una experiencia previa se procedió a la creación<br />

<strong>de</strong> una tienda <strong>de</strong> ropa ficticia (sin marca conocida), específicamente <strong>de</strong>sarrollada para esta investigación.<br />

Dentro <strong>de</strong> este marco <strong>de</strong> referencia, tal y como hemos podido observar a lo largo <strong>de</strong>l presente trabajo,<br />

hemos introducido dos condiciones ambientales: Estructura <strong>de</strong> navegación libre/guiada; música/ausencia <strong>de</strong><br />

música en el sitio web. Como resultado, <strong>de</strong>sarrollamos cuatro sitios web distintos en cuanto a estímulos<br />

atmosféricos se refiere, sin embargo el contenido (i.e., productos, servicios, política <strong>de</strong> pedido, forma <strong>de</strong><br />

pago…) <strong>de</strong> todos ellos era exactamente el mismo. Finalmente, la herramienta web utilizada para esta<br />

investigación incluía un proceso <strong>de</strong> seguimiento automático basado en un software que grababa los clicks<br />

realizados por los individuos a lo largo <strong>de</strong> su visita en la web a<strong>de</strong>más <strong>de</strong> los tiempos utilizados en cada una <strong>de</strong><br />

las páginas que conformaban la tienda virtual.<br />

En el test experimental finalmente <strong>de</strong>sarrollado obtuvimos una muestra total <strong>de</strong> 112 personas que fueron<br />

aleatoriamente asignadas en cada uno <strong>de</strong> los cuatro grupos experimentales objeto <strong>de</strong> estudio. Cada grupo<br />

presentaba similares características en cuanto a su familiaridad con Internet, frecuencia <strong>de</strong> compra por<br />

Internet (escasa en todos los casos) y características <strong>de</strong>mográficas como sexo y edad.<br />

Respecto a las variables <strong>de</strong> medida, como variables <strong>de</strong>pendientes, en nuestra investigación hemos<br />

consi<strong>de</strong>rado tanto los estados internos <strong>de</strong>l individuo (i.e., afectividad, cognición y satisfacción), como las<br />

respuestas conductuales (i.e., lealtad y respuestas <strong>de</strong> acercamiento/rechazo) hacia la tienda virtual. Para ello,<br />

se ha hecho uso <strong>de</strong> la escala pleasure-arousal-dominance <strong>de</strong> Mehrabian y Russell (2974), escala likert, escala<br />

SUMMI, escalas likert para variables como satisfacción y lealtad, y registros web para respuestas <strong>de</strong><br />

acercamiento.<br />

5. RESULTADOS<br />

H1/H2<br />

H3/H4<br />

H7/H8<br />

H5/H6<br />

H9/H10<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

RESPUESTAS DEL CONSUMIDOR<br />

Estados internos<br />

Estados afectivos<br />

Estados cognitivos<br />

Satisfacción<br />

Respuestas comportamentales<br />

Lealtad<br />

Comportamiento <strong>de</strong> acercamiento/rechazo<br />

Para contrastar las hipótesis planteadas en la presente investigación procedimos a utilizar un análisis<br />

multivariante <strong>de</strong> la varianza (MANOVA), generalmente utilizado para el estudio experimental entre sujetos<br />

objeto <strong>de</strong> análisis en nuestro trabajo (Hair et al., 1999; Iacobucci, 1994).<br />

a. Efectos <strong>de</strong> los estímulos utilitarios y hedónicos <strong>de</strong> la atmósfera web sobre los estados<br />

internos <strong>de</strong> los usuarios: afectividad, cognición y satisfacción<br />

En general, los resultados obtenidos tras la aplicación <strong>de</strong>l MANOVA muestran que los estímulos<br />

utilitarios (i.e., estructura <strong>de</strong> navegación) afecta significativamente sobre los estados cognitivos <strong>de</strong> los<br />

sujetos, mientras que en el caso <strong>de</strong> los estímulos hedónicos (i.e., música) existen diferencias significativas<br />

entre grupos en relación a las variables internas afectividad y satisfacción.<br />

En concreto, el test multivariante (tabla 1) muestra que los usuarios expuestos a entornos <strong>de</strong> compra<br />

online con fácil estructura <strong>de</strong> navegación presentan respuestas cognitivas más favorables que los individuos<br />

187


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

expuestos a un sitio web <strong>de</strong> difícil navegación. A<strong>de</strong>más, los usuarios <strong>de</strong>stacan la i<strong>de</strong>a <strong>de</strong> que los elementos<br />

navegacionales les ayudan a moverse <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> la tienda online.<br />

Por otro lado, los usuarios expuestos a un entorno <strong>de</strong> compra virtual con música muestran estados<br />

afectivos y <strong>de</strong> satisfacción diferentes frente a los grupos <strong>de</strong> individuos no expuestos a tal estímulo<br />

atmosférico. No obstante, pese a lo que en principio habíamos hipotetizado, tanto los estados afectivos como<br />

la satisfacción mostrada por el individuo resultan más positivas en el caso <strong>de</strong> realizar la compra en un entorno<br />

sin música. Pensamos que esto podría <strong>de</strong>berse, por un lado, a que el tipo <strong>de</strong> música utilizado en nuestro<br />

experimento no haya resultado <strong>de</strong>l agrado <strong>de</strong> los sujetos (i.e., o <strong>de</strong>masiado clásica o <strong>de</strong>masiado mo<strong>de</strong>rna,<br />

<strong>de</strong>masiado rápida o <strong>de</strong>masiado lenta…), pese al análisis previo realizado <strong>de</strong>l perfil <strong>de</strong> los mismos e<br />

implementación <strong>de</strong>l estilo musical posiblemente preferido por ellos. A<strong>de</strong>más, la implicación con la compra<br />

<strong>de</strong> ropa y el riesgo percibido hacia la compra <strong>de</strong> ropa online son dos factores mo<strong>de</strong>radores que pue<strong>de</strong>n afectar<br />

a los estados internos <strong>de</strong>l individuo (Eroglu et al., 2003), los cuales no se han incluido en nuestro mo<strong>de</strong>lo.<br />

Asimismo, los estados afectivos y cognitivos <strong>de</strong> los usuarios también afectan directamente a la<br />

satisfacción como factores mediadores entre las señales atmosféricas y los resultados <strong>de</strong> compra (e.g., Eroglu<br />

et al., 2001, 2003; Bigné y Andreu, 2004), aspecto que no es contemplado en nuestro mo<strong>de</strong>lo. Como aspecto<br />

adicional, hemos <strong>de</strong> señalar que <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> un entrono <strong>de</strong> compra en el cual la implicación, el riesgo percibido<br />

y otras características personales <strong>de</strong>l individuo, así como el estudio combinado <strong>de</strong> estímulos ambientales<br />

pue<strong>de</strong>n afectar a sus estados internos, la música por sí sola podría ser un elemento irrelevante para el<br />

consumidor y, en consecuencia, no afectar significativamente a su afectividad y satisfacción.<br />

En conclusión, las motivaciones o estímulos funcionales afectan <strong>de</strong> manera más relevante sobre los<br />

estados cognitivos <strong>de</strong> los individuos, y los estímulos auditivos sobre los estados afectivos y la satisfacción<br />

con la salvedad apuntada anteriormente.<br />

Tabla 1. Estados internos y respuestas comportamentales ante diferentes diseños en Internet<br />

Variables Efectos<br />

Lambda <strong>de</strong><br />

Wilks<br />

F Significación<br />

Afectividad<br />

NAVEGACIÓN<br />

MÚSICA<br />

0,964<br />

0,909<br />

0,650<br />

1,716<br />

0,690<br />

0,125 (**)<br />

Cognición<br />

NAVEGACIÓN<br />

MÚSICA<br />

0,951<br />

0,992<br />

2,759<br />

0,441<br />

0,068 (*)<br />

0,644<br />

Satisfacción<br />

NAVEGACIÓN<br />

MÚSICA<br />

0,951<br />

0,923<br />

1,075<br />

1,746<br />

0,378<br />

0,131 (**)<br />

Lealtad<br />

NAVEGACIÓN<br />

MÚSICA<br />

0,977<br />

0,978<br />

1,242<br />

1,231<br />

0,293<br />

0,296<br />

Respuestas <strong>de</strong><br />

NAVEGACIÓN 0,873 3,017 0,014 (*)<br />

acercamiento/rechazo MÚSICA 0,887 2,637 0,028 (*)<br />

(*) Computado usando alfa = 0,1 (**) Computado usando alfa = 0,15<br />

b. Efectos <strong>de</strong> los estímulos utilitarios y hedónicos <strong>de</strong> la atmósfera web sobre las respuestas<br />

comportamentales <strong>de</strong> los usuarios: lealtad y respuestas <strong>de</strong> acercamiento/rechazo<br />

En general, el test multivariante (tabla 1) refleja que los usuarios expuestos a una condición <strong>de</strong> fácil<br />

navegación muestran más respuestas <strong>de</strong> acercamiento al sitio web (i.e., tiempo y dinero gastado, productos<br />

comprados, etc.) que los expuestos a una estructura <strong>de</strong> navegación menos controlable por parte <strong>de</strong>l individuo.<br />

En relación a la dimensión hedónica relacionada con la música, al igual que ocurría en el caso anterior,<br />

curiosamente hemos observado en contra <strong>de</strong> las previsiones planteadas, que pese a que se produzca una<br />

diferencia significativa entre los grupos experimentales, los sujetos expuestos a un entorno sin música<br />

muestran más respuestas <strong>de</strong> acercamiento hacia el sitio web que los expuestos a una experiencia <strong>de</strong> compra<br />

con música <strong>de</strong> fondo. Las posibles causas <strong>de</strong> esta controversia en los resultados pue<strong>de</strong> <strong>de</strong>berse, como hemos<br />

apuntado anteriormente, a que el tipo <strong>de</strong> música no haya sido el apropiado para los sujetos experimentales,<br />

que la música por sí sola no sea un elemento atmosférico <strong>de</strong>terminante como suce<strong>de</strong> en el caso <strong>de</strong> entornos<br />

físicos, o bien que el efecto mediador <strong>de</strong> los estímulos internos (efecto no incluido en nuestro mo<strong>de</strong>lo) sea el<br />

causante <strong>de</strong> estos resultados.<br />

188


Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

En cuanto a la variable lealtad al sitio web señalar que no existen diferencias significativas entre los<br />

grupos expuestos a las manipulaciones utilitarias y hedónicas. La estructura <strong>de</strong> navegación utilizada por otras<br />

tiendas <strong>de</strong> ropa online en las cuales los usuarios han tenido alguna experiencia podría ser la causa <strong>de</strong> los<br />

efectos no significativos que al respecto hemos obtenido en nuestro experimento. A<strong>de</strong>más, los estados<br />

internos como la satisfacción, median la relación entre la atmósfera online (i.e., usabilidad) y la lealtad<br />

(Flavián et al., 2004). Esto último también podría ser la causa <strong>de</strong> nuestros resultados no significativos <strong>de</strong>bido<br />

a que no hemos medido en nuestro mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> manera directa ambos constructos. Asimismo, uno <strong>de</strong> los<br />

factores más importante que causan la lealtad a la tienda, principalmente en entornos <strong>de</strong> compra online, es<br />

precisamente la marca <strong>de</strong>l producto. En este tipo <strong>de</strong> entornos, la lealtad a la marca es más fuerte que en el<br />

caso <strong>de</strong> entornos físicos. A<strong>de</strong>más, la lealtad a la marca es mayor en aquellos productos que poseen atributos<br />

más sensoriales (Cebollada, 2004) como pue<strong>de</strong> ser el caso <strong>de</strong> la ropa. En nuestro experimento, por el hecho<br />

<strong>de</strong> haber utilizado una marca ficticia (i.e., e-fashion) con el objeto <strong>de</strong> prevenir una posible lealtad a la marca<br />

por parte <strong>de</strong> unos individuos y no por otros, pue<strong>de</strong> haber causado estos efectos no significativos en nuestros<br />

resultados. Sin embargo, pensamos que el hecho <strong>de</strong> haber introducido una marca concreta en nuestro<br />

experimento podría haber disuadido o potenciado la intención <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> los usuarios, in<strong>de</strong>pendientemente<br />

<strong>de</strong> la existencia o no <strong>de</strong> música y <strong>de</strong> diferentes condiciones <strong>de</strong> navegación <strong>de</strong>l sitio web.<br />

6. CONCLUSIONES, LIMITACIONES Y FUTURA INVESTIGACIÓN<br />

La conclusión más importante que po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar <strong>de</strong> este trabajo es que la atmósfera online, al igual que<br />

suce<strong>de</strong> en el entorno físico, afecta a los estados internos los cuales afectan positivamente a las respuestas<br />

conductuales <strong>de</strong> los sujetos como la lealtad hacia la tienda (Flavián et al., 2004) y las respuestas <strong>de</strong><br />

acercamiento al punto <strong>de</strong> venta (Chil<strong>de</strong>rs et al., 2001; Eroglu et al., 2003; Dailey, 2004…). A<strong>de</strong>más, <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> estos entornos <strong>de</strong> compra online, las variables psicológicas y la experiencia previa con Internet también<br />

afectan a la intención <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> ropa a través <strong>de</strong> la Red (Yoh et al., 2003).<br />

En nuestro trabajo hemos obtenido que las dos dimensiones manipuladas afectan significativamente a las<br />

respuestas <strong>de</strong> compra <strong>de</strong>l individuo, lo cual supone una información relevante para los comerciantes puesto<br />

que realmente son ellos los que tienen que diseñar sus tiendas <strong>de</strong> tal forma que atraigan a la gente <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

la tienda. Sin embargo, no hemos podido obtener resultados completamente significativos, <strong>de</strong>bido<br />

principalmente a una serie <strong>de</strong> limitaciones con las que nos hemos encontrado. Por un lado, únicamente hemos<br />

enfocado nuestra investigación en el análisis <strong>de</strong> las relaciones directas entre las señales atmosféricas<br />

manipuladas y las respuestas <strong>de</strong> los sujetos (tanto internas como conductuales). Esto es una limitación<br />

importante puesto que, <strong>de</strong> acuerdo con la literatura, la relación entre atmósfera y respuestas conductuales <strong>de</strong>l<br />

sujeto no es directa. Los estados internos median dicha relación. A<strong>de</strong>más, en nuestro mo<strong>de</strong>lo no hemos<br />

consi<strong>de</strong>rado ningún factor mo<strong>de</strong>rador que, <strong>de</strong> acuerdo con la literatura, mo<strong>de</strong>ra la relación entre la atmósfera<br />

web y los estados internos <strong>de</strong>l individuo (i.e., implicación, receptividad ante el medio, riesgo percibido).<br />

Aparte <strong>de</strong> eso, aspectos tales como el tipo <strong>de</strong> música y el tempo musical, podrían causar sensaciones<br />

diferentes sobre los consumidores y, en consecuencia, diferentes estados afectivos en cada uno <strong>de</strong> ellos.<br />

A<strong>de</strong>más, las medidas incluidas en el cuestionario, pese a que han sido testadas por algunos autores, podrían<br />

haber sido interpretadas por los sujetos <strong>de</strong> manera distinta a la realmente interesante para el investigador.<br />

Finalmente, también es <strong>de</strong> nuestro interés remarcar la i<strong>de</strong>a <strong>de</strong> que nuestra investigación se ha centrado<br />

concretamente en el estudio <strong>de</strong> dos señales específicas <strong>de</strong> todas aquellas que componen la atmósfera web.<br />

Quizás, las señales por nosotros escogidas no resultan realmente significativas como elementos atmosféricos<br />

individuales con suficiente po<strong>de</strong>r como para alterar por sí solas las respuestas <strong>de</strong>l consumidor, necesitando<br />

ser combinadas con otras <strong>de</strong> similares características para potenciar sus efectos (e.g., Chil<strong>de</strong>rs et al., 2001;<br />

Eroglu et al., 2003…).<br />

Por último, proponemos como línea futura <strong>de</strong> investigación mejorar las limitaciones arriba indicadas y<br />

realizar estudios individuales o combinados <strong>de</strong> estas y otras alteraciones atmosféricas (e.g., animaciones <strong>de</strong><br />

los productos, color <strong>de</strong>l sitio web…) que puedan dar mayor significación. A<strong>de</strong>más, sería muy apropiado en<br />

nuestro caso complementar este estudio con un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ecuaciones estructurales (Bagozzi y Yi, 1989;<br />

Jöreskog y Sörbom, 1993) con el objeto <strong>de</strong> analizar las relaciones <strong>de</strong> influencia entre los constructos.<br />

189


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

PRINCIPALES REFERENCIAS 2<br />

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Baker, et al. 2002.<br />

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Flavián C. et al. 2004. Análisis empírico <strong>de</strong> la influencia ejercida por la usabilidad percibida, la satisfacción y la<br />

confianza <strong>de</strong>l consumidor sobre la lealtad a un sitio web, Actas <strong>de</strong>l XVI Encuentro <strong>de</strong> Profesores Universitarios <strong>de</strong><br />

Marketing, Alicante, pp. 209-226.<br />

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46.<br />

2 Para obtener información sobre más referencias, comunicarse con los autores por e-mail.<br />

190


USO DA INTERNET NO TURISMO: UMA PESQUISA<br />

EMPÍRICA COM TURISTAS INTERNACIONAIS EM UM<br />

DESTINO NO BRASIL<br />

Leilianne Michelle Trinda<strong>de</strong> da Silva<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte<br />

Msc. Mabel Simone <strong>de</strong> Araújo Bezerra Guardia<br />

Faculda<strong>de</strong> Câmara Cascudo<br />

Dra. Anatália Saraiva Martins Ramos<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte<br />

Msc.Sérgio Ramiro Rivero Guardia<br />

Universida<strong>de</strong> Potiguar<br />

RESUMO<br />

O artigo <strong>de</strong>screve o perfil <strong>de</strong> adoção da Internet para acessar e comprar serviços turísticos on-line. Foi realizada uma<br />

pesquisa <strong>de</strong>scritiva, do tipo levantamento <strong>de</strong> dados, aplicada junto a 60 turistas internacionais, em visita à cida<strong>de</strong> do<br />

Natal-RN, nor<strong>de</strong>ste do Brasil. O instrumento <strong>de</strong> pesquisa coletou a percepção do turista quanto à facilida<strong>de</strong>, utilida<strong>de</strong>,<br />

diversão, segurança e benefícios do uso da Internet, tendo como base a experiência <strong>de</strong> adoção da re<strong>de</strong> para compras e<br />

pesquisas. A maior parte dos turistas acessa a Internet diariamente, principalmente <strong>de</strong> casa e do trabalho. Quase 60% dos<br />

entrevistados utilizam a Internet freqüentemente para pesquisar e planejar suas viagens, mas apenas a meta<strong>de</strong> compra<br />

com a mesma freqüência pela Internet. As informações mais pesquisadas são sobre as cida<strong>de</strong>s, os meios <strong>de</strong> hospedagem e<br />

as opções <strong>de</strong> lazer, enquanto os serviços mais adquiridos via Internet são as passagens aéreas e os meios <strong>de</strong> hospedagem.<br />

De forma geral, os turistas apresentaram percepções bastante positivas sobre a utilida<strong>de</strong> e importância da Internet,<br />

i<strong>de</strong>ntificando-a como um mecanismo <strong>de</strong> prazer e diversão. Ao analisar a compra <strong>de</strong> serviços turísticos pela Internet, em<br />

comparação com a compra em agências <strong>de</strong> viagens, os turistas apontaram como vantagens o baixo custo, a comodida<strong>de</strong>, a<br />

facilida<strong>de</strong>, a rapi<strong>de</strong>z e a privacida<strong>de</strong>. Como <strong>de</strong>svantagens, eles indicaram a falta <strong>de</strong> segurança e <strong>de</strong> confiança. Mas, em<br />

resumo, consi<strong>de</strong>raram a compra pela Internet melhor que a compra em agências. A contribuição <strong>de</strong>sse estudo é a <strong>de</strong><br />

propiciar um maior conhecimento do atual uso da Internet no turismo e dos aspectos ligados à difusão <strong>de</strong> serviços on-line.<br />

São apresentadas algumas implicações gerenciais para esta indústria.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Adoção <strong>de</strong> Tecnologia da Informação; Internet; Turismo.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A Internet teve sua origem na área militar e, com o passar do tempo, seu uso se expandiu para outros setores<br />

do governo, para organizações não-governamentais, como universida<strong>de</strong>s e institutos <strong>de</strong> pesquisa, para<br />

finalmente tornar-se acessível para a comunida<strong>de</strong> empresarial e o público em geral (O’Connor, 2001). A<br />

dis<strong>semi</strong>nação <strong>de</strong>sta re<strong>de</strong> ao redor do mundo refletiu em mudanças comportamentais, que afetaram também as<br />

relações <strong>de</strong> compra e venda <strong>de</strong> produtos e serviços. Com o surgimento do comércio eletrônico, a Internet tem<br />

gran<strong>de</strong>s chances <strong>de</strong> constituir-se no principal meio <strong>de</strong> transações comerciais (Pinho, 2000).<br />

Para Guizzo (2002), milhões <strong>de</strong> pessoas em mais <strong>de</strong> cem países do globo já acessam a re<strong>de</strong>. De acordo<br />

com a Computer Industry Almanac (2006), o crescimento da Internet tem sido rápido, cerca <strong>de</strong> 84% da<br />

população mundial têm acesso à re<strong>de</strong>, mas a distribuição <strong>de</strong>ste número não é equilibrada, pois a África, por<br />

exemplo, tem apenas 3% da população com acesso a re<strong>de</strong>.<br />

191


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Em matéria do jornal brasileiro Folha <strong>de</strong> São Paulo (Folha Online, 2006), citando a pesquisa do instituto<br />

<strong>de</strong> pesquisa Ibope/NetRatings, informou-se que a estimativa é que haja no Brasil mais <strong>de</strong> 22 milhões <strong>de</strong><br />

usuários <strong>de</strong> Internet, sendo cerca <strong>de</strong> 14,1 milhões <strong>de</strong> internautas domésticos no país. Os internautas<br />

domésticos brasileiros ficaram em média 19 horas e 24 minutos conectados e, com freqüência, li<strong>de</strong>ram o<br />

ranking mundial <strong>de</strong> acesso. O E-Consulting e a Câmara Brasileira <strong>de</strong> Comércio Eletrônico, em anúncio sobre<br />

o índice <strong>de</strong> varejo online (VOL®) registrado no mercado brasileiro <strong>de</strong> 2005, dizem que “a soma dos volumes<br />

<strong>de</strong> transações <strong>de</strong> automóveis, turismo e bens <strong>de</strong> consumo (lojas virtuais e leilões para pessoa física), atingiu,<br />

em 2005, cerca <strong>de</strong> 5 bilhões <strong>de</strong> dólares – valor 32% maior do que o movimentado no ano anterior, e<br />

correspon<strong>de</strong>nte a 3,43% do varejo total no país” (Camara-E.Net, 2006). O <strong>de</strong>staque da notícia é que foi<br />

exatamente o Turismo On-line que impulsionou as vendas do comércio eletrônico em 2005.<br />

Diante dos avanços tecnológicos, do <strong>de</strong>senvolvimento da comunicação e dos hábitos emergentes, as<br />

viagens foram crescendo, sofisticando-se e a<strong>de</strong>quando-se às novida<strong>de</strong>s globais. As transações comerciais no<br />

setor turístico também passaram por gran<strong>de</strong>s modificações para aten<strong>de</strong>r às novas <strong>de</strong>mandas dos<br />

consumidores e para tirar melhor proveito das novas oportunida<strong>de</strong>s que surgiam (Arruda; Pimenta, 2005).<br />

Neste contexto, o presente trabalho se propõe a <strong>de</strong>linear a utilização da Internet por turistas estrangeiros,<br />

buscando i<strong>de</strong>ntificar os fatores que os influenciam a usarem ou não a Internet para pesquisar <strong>de</strong>stinos<br />

turísticos e adquirir serviços.<br />

2. REFERENCIAL TEÓRICO<br />

São abordados os assuntos fundamentais relacionados ao estudo, com <strong>de</strong>staque para: adoção da Internet e<br />

aplicações no turismo, e características do consumo <strong>de</strong> produtos e serviços online.<br />

Adoção da Internet no Turismo<br />

Estudos sobre adoção <strong>de</strong> TI vêm avançando há décadas, partindo da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> observar as<br />

influências <strong>de</strong> sua adoção e uso por parte <strong>de</strong> indivíduos e organizações. Des<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 80, pesquisadores<br />

na área <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> Informação (SI) têm publicado trabalhos e testes com mo<strong>de</strong>los que auxiliam a prever<br />

a adoção <strong>de</strong> tecnologias e sistemas <strong>de</strong> informação (Bueno et al., 2004). Vários estudos focalizando a<br />

problemática da adoção da Internet revelam a importância <strong>de</strong>sta temática e têm possibilitado melhorias e<br />

adaptações <strong>de</strong>ssa tecnologia <strong>de</strong> acordo com o mercado usuário.<br />

O produto turístico possui características muito particulares, citadas por diversas fontes: Cooper et al<br />

(2001), Vaz (1999), Sharpley e Forster (2003), Gouvêa e Yamauchi (1999). Dentre as principais, po<strong>de</strong>-se<br />

citar que esse produto é intangível, pois não po<strong>de</strong> ser visto, tocado ou experimentado antes da compra;<br />

perecível, já que não po<strong>de</strong> ser estocado; inseparável, uma vez que a produção e o consumo ocorrem ao<br />

mesmo tempo; inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, porque cada equipamento e cada serviço <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m um do outro; estático,<br />

visto que são os turistas que têm que se <strong>de</strong>slocar até o produto; heterogêneo, pois, por ser oferecido por<br />

pessoas e para pessoas, é impossível a padronização total, ou seja, nenhum serviço será exatamente igual a<br />

outro.<br />

Diante <strong>de</strong>ssas características ressalta-se a necessida<strong>de</strong> dos turistas <strong>de</strong> ter acesso a informações precisas,<br />

confiáveis e relevantes, para que possam fazer uma escolha apropriada e que corresponda às suas<br />

expectativas. Frente à exigência da pesquisa e do planejamento para a garantia <strong>de</strong> sucesso <strong>de</strong> uma viagem, a<br />

informação assume gran<strong>de</strong> importância no turismo. Desta forma, a Internet tornou-se um excelente local para<br />

planejar, explorar e organizar qualquer tipo <strong>de</strong> viagem (Turban et al, 2004). Nos Estados Unidos, maior<br />

mercado mundial, os gastos on-line dos consumidores com viagens alcançaram a expressiva cifra <strong>de</strong> cerca<br />

<strong>de</strong> 70 bilhões <strong>de</strong> dólares (Hotelflow, 2006). Esse é um mercado promissor também para o Brasil, que está no<br />

ranking mundial dos 10 maiores usuários <strong>de</strong> Internet e que ten<strong>de</strong> a crescer cada vez mais, segundo dados da<br />

Computer Industry Almanac (2006).<br />

As informações sobre os serviços turísticos, tais como disponibilida<strong>de</strong> e tarifas, mudam freqüentemente e<br />

a informação <strong>de</strong>ve fluir <strong>de</strong> forma rápida e precisa entre clientes, intermediários e empresas turísticas. Logo,<br />

vê-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um método eficiente e eficaz <strong>de</strong> comunicação. A informação na forma <strong>de</strong> meios<br />

impressos, comumente utilizados pelas empresas, não aten<strong>de</strong> a essa necessida<strong>de</strong> por sua característica<br />

estática. Assim, a TI surge como uma solução que “permite que a informação seja gerenciada <strong>de</strong> forma mais<br />

efetiva e transportada pelo mundo todo quase imediatamente” (O’Connor, 2001, p. 15).<br />

192


Além das já citadas facilida<strong>de</strong>s proporcionadas pela Internet, o comércio eletrônico também surge como<br />

uma boa oportunida<strong>de</strong> para o turismo. Para O’Connor (2001), um dos motivos resi<strong>de</strong> na própria característica<br />

do produto turístico, que leva os clientes a uma maior <strong>de</strong>pendência por informação e se a<strong>de</strong>qua mais a esse<br />

ambiente. Um outro motivo se refere ao perfil dos usuários da Internet, os quais gostam <strong>de</strong> viajar, possuem<br />

alto nível <strong>de</strong> instrução e gastam quantias acima da média com entretenimento, configurando-se como um<br />

mercado i<strong>de</strong>al para produtos relacionados a viagens. Assim, um número cada vez maior <strong>de</strong> empresas<br />

turísticas está se voltando para a Internet em virtu<strong>de</strong> dos benefícios obtidos pela utilização <strong>de</strong>ssa tecnologia.<br />

Segundo a Organização Mundial <strong>de</strong> Turismo (2003, p. 84).<br />

Apesar <strong>de</strong> a Internet possibilitar a venda direta, esse tipo <strong>de</strong> transação ainda não atingiu o seu potencial<br />

total e os intermediários, a exemplo dos agentes <strong>de</strong> viagens, não <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> exercer a sua função básica: a<br />

<strong>de</strong> facilitar o processo <strong>de</strong> compra. Ao contrário do que se esperava, as informações disponíveis na Web estão<br />

provocando uma sobrecarga, que acaba levando os turistas a buscarem a ajuda dos agentes na localização e<br />

seleção das informações que eles realmente precisam (O’Connor, 2001). Apesar <strong>de</strong> não ter mudado a função<br />

básica das agências, estas tiveram que se reestruturar, oferecendo reservas on-line, venda <strong>de</strong> passagens e<br />

informação personalizada aos clientes através da Internet (Flecha; Costa, 2004). Neste novo cenário,<br />

Longhini e Borges (2005) afirmam que os agentes <strong>de</strong> viagens mudaram o enfoque <strong>de</strong> atuação junto aos<br />

clientes, surgindo o consultor <strong>de</strong> viagens.<br />

Características do consumo <strong>de</strong> produtos e serviços on-line<br />

As ativida<strong>de</strong>s diretamente envolvidas em obter e consumir produtos e serviços por meios eletrônicos,<br />

incluindo os processos <strong>de</strong>cisórios que antece<strong>de</strong>m e suce<strong>de</strong>m estas ações, caracterizam o comportamento do<br />

consumo on-line. Swarbrooke e Horner (2002) afirmam que estudar o comportamento do consumidor é<br />

fascinante e difícil, principalmente quando o cliente é o ”turista”, pois a aquisição dos serviços relacionados<br />

ao turismo muitas vezes tem um significado emocional que implica dispêndios.<br />

O consumidor, caracterizado como turista neste estudo, hoje é mais exigente e informado. A Organização<br />

Mundial do Turismo - OMT (2003, p. 18) afirma que “o perfil do usuário irá se modificar”. Marin (2004)<br />

endossa a afirmação da OMT, quando <strong>de</strong>fine que o perfil do viajante do século XXI se refere a uma pessoa<br />

experiente, informada, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e muito crítica sobre a prestação <strong>de</strong> serviços.<br />

Mudanças <strong>de</strong> estilos <strong>de</strong> vida resultantes da evolução e globalização fizeram com que fosse adotada uma<br />

nova forma <strong>de</strong> comércio. As alterações são as mais variadas: ênfase do lazer (crescimento do turismo em<br />

todo mundo), aumento <strong>de</strong> serviços e conveniências, associados às mais diversas ofertas. Estacionamentos<br />

congestionados e inapropriados, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>spreparo do pessoal <strong>de</strong> vendas, são alguns dos problemas comuns<br />

na forma convencional <strong>de</strong> compras (Miranda; Arruda, 2004). A utilização do comércio eletrônico permitiu<br />

eliminar ou reduzir parte <strong>de</strong>sses problemas. Fazer compras, solicitar orçamentos e pedidos através da Internet<br />

é uma prática comum, atualmente. Essa mudança <strong>de</strong> estilo teve um crescimento no mundo inteiro (Miranda;<br />

Arruda, 2004).<br />

O uso <strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> informação para a entrega <strong>de</strong> serviços para os turistas e viajantes viabilizou uma<br />

redução <strong>de</strong> custos que acaba interferindo no preço final do produto, bem como trazendo uma maior<br />

comodida<strong>de</strong> ao consumidor que não precisa mais sair <strong>de</strong> casa para obter informações sobre sua viagem e<br />

mesmo realizar transações e interagir on-line. Existe uma forte tendência do aumento do uso do comércio<br />

eletrônico, visto que as compras on-line estão se tornando mais fáceis, convenientes e seguras.<br />

Tendo em vista esta contextualização teórica, neste artigo a adoção da Internet é estudada como uma<br />

ferramenta que auxilia a fase <strong>de</strong> busca do serviço turístico, avaliação das alternativas oferecidas e escolha do<br />

cliente, <strong>de</strong>limitando assim o universo <strong>de</strong> pesquisa com relação à adoção da TI.<br />

3. ASPECTOS METODOLÓGICOS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Por se tratar <strong>de</strong> uma abordagem ainda pouco estudada no Brasil, na área <strong>de</strong> turismo, o presente trabalho<br />

consiste em um estudo exploratório, com o objetivo <strong>de</strong> investigar o perfil <strong>de</strong> utilização da Internet pelos<br />

turistas e os fatores que influenciam esse uso.<br />

A população <strong>de</strong>sta pesquisa engloba os visitantes <strong>de</strong> Natal, no Estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte (RN),<br />

nor<strong>de</strong>ste do Brasil, para o mês <strong>de</strong> julho e correspon<strong>de</strong> a 8.482 os turistas <strong>de</strong> vôos internacionais. A escolha da<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Natal se <strong>de</strong>ve ao menor custo <strong>de</strong> aplicação do instrumento <strong>de</strong> pesquisa, mas justifica-se também<br />

pelo fato <strong>de</strong> possuir um dos maiores índices <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda turística no Brasil, cerca <strong>de</strong> 15% ao<br />

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ano, segundo a Secretaria Especial <strong>de</strong> Comércio, Indústria e Turismo do estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte<br />

(SECTUR, 2004).<br />

Na pesquisa, os turistas <strong>de</strong> vôos internacionais são os estrangeiros ou os brasileiros que moram no<br />

exterior, portanto consi<strong>de</strong>ra-se o país <strong>de</strong> residência permanente. A amostra é composta por 60 respon<strong>de</strong>ntes e<br />

caracteriza-se como aleatória simples. Apesar da amostra pequena, o estudo lança luz a um perfil que ainda<br />

não foi pesquisado no Brasil.<br />

A pesquisa foi realizada usando um questionário em inglês e espanhol no período compreendido entre 25<br />

e 30 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2006. Os dados primários da pesquisa foram coletados através <strong>de</strong> survey, com aplicação <strong>de</strong><br />

questionários aos turistas <strong>de</strong> vôos internacionais que embarcavam no Aeroporto Internacional Augusto<br />

Severo, principal portão <strong>de</strong> entrada para a cida<strong>de</strong> do Natal, no Brasil.<br />

O questionário, composto por 19 questões abertas e fechadas, foi validado por especialistas. Aborda o<br />

perfil dos turistas, as características <strong>de</strong> utilização da Internet pelos mesmos e algumas opiniões sobre o uso da<br />

Internet, focalizando variáveis como percepção <strong>de</strong> facilida<strong>de</strong> do uso da Internet, <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> da Internet, <strong>de</strong><br />

divertimento e <strong>de</strong> segurança na sua utilização. Neste artigo, serão apresentados alguns resultados das<br />

questões fechadas, com enfoque <strong>de</strong>scritivo.<br />

4. RESULTADOS<br />

Perfil dos turistas da amostra<br />

De acordo com os dados dos 60 turistas entrevistados, houve uma predominância <strong>de</strong> turistas do sexo<br />

masculino (66,7%). A média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> dos entrevistados é <strong>de</strong> 35 anos, variando entre 16 e 58 anos. A maioria<br />

é <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong> espanhola (18,3%). Na seqüência, estão os holan<strong>de</strong>ses (16,7%), os italianos (13,3%) e os<br />

portugueses (13,3%). Os <strong>de</strong>mais países do continente europeu somam 13,2% e os países <strong>de</strong> outros<br />

continentes representam 25,2%. A maioria <strong>de</strong>stes (66,7%) nunca tinha visitado Natal antes (Tabela 1).<br />

Corroborando com os dados estatísticos divulgados pela Embratur (Brasil, 2007), a Europa se constitui um<br />

dos principais mercados emissores para o turismo do estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte. Com relação ao fluxo<br />

<strong>de</strong> turista europeu no Nor<strong>de</strong>ste, o estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte <strong>de</strong>sponta como o segundo maior pólo<br />

receptivo da região, per<strong>de</strong>ndo apenas para a Bahia.<br />

Tabela 1. Características dos turistas da amostra<br />

Amostra Porcentagem<br />

Sexo<br />

Masculino<br />

Feminino<br />

66,7%<br />

33,3%<br />

Ida<strong>de</strong> Média (em anos) 35,24<br />

Espanha 18,3%<br />

Holanda 16,7%<br />

País <strong>de</strong> origem<br />

Itália<br />

Portugal<br />

13,3%<br />

13,3%<br />

Demais países europeus 13,2%<br />

Outros países não europeus 25,2%<br />

Ensino fundamental completo 8,5%<br />

Grau <strong>de</strong> instrução<br />

Ensino médio completo<br />

Ensino superior completo<br />

30,5%<br />

35,6%<br />

Pós-graduação completa 25,4%<br />

Profissional liberal 27,1%<br />

Assalariado 27,1%<br />

Ocupação profissional<br />

Empresário 25,4%<br />

Estudante 18,6%<br />

Desempregado 1,7%<br />

Já conhecia Natal<br />

Sim<br />

Não<br />

33,3%<br />

66,7%<br />

No que concerne ao grau <strong>de</strong> instrução, mais da meta<strong>de</strong> dos turistas, 61%, possuem ensino superior, dos<br />

quais 25,4% já concluíram algum curso <strong>de</strong> pós-graduação. Uma parcela consi<strong>de</strong>rável, 30,5%, apresenta<br />

ensino médio e apenas 8,5% só possuem o ensino fundamental. Essa boa formação acadêmica reflete no<br />

194


enquadramento profissional dos entrevistados. Quanto à ocupação profissional, 54,2% atuam como<br />

profissionais liberais ou assalariados (27,1% cada) e 25% <strong>de</strong> empresários. Os que não estão trabalhando<br />

encontram-se estudando (18,6%) e apenas um caso (1,7%) não possuía ocupação no momento.<br />

Características da utilização da internet pelos turistas<br />

A Tabela 2 ilustra <strong>de</strong> forma geral o contato que os turistas têm com a Internet. Numa escala <strong>de</strong> 1 a 6, on<strong>de</strong><br />

1 significa “Nunca” e 6 “Diariamente”, a média <strong>de</strong> respostas foi <strong>de</strong> 5,65, o que indica que gran<strong>de</strong> parte dos<br />

turistas acessa a Internet todos os dias e alguns <strong>de</strong>les o fazem uma vez por semana.<br />

Tabela 2. Contato dos turistas com a Internet<br />

Características Média<br />

Freqüência com que utiliza a Internet 1 5,65<br />

Tempo que utiliza a Internet (em anos) 7,73<br />

Habilida<strong>de</strong> com relação à Internet 2 3,07<br />

1<br />

A freqüência foi avaliada numa escala <strong>de</strong> 1 a 6, on<strong>de</strong> 1 = Nunca, 2 = Raramente, 3 = Mensalmente, 4 = Quinzenalmente, 5 =<br />

Semanalmente e 6 = Diariamente.<br />

2<br />

A habilida<strong>de</strong> foi medida numa escala <strong>de</strong> 1 a 4, on<strong>de</strong> 1 = Pouca, 2 = Razoável, 3 = Boa e 4 = Excelente.<br />

Com relação ao tempo <strong>de</strong> contato, os turistas utilizam a Internet, em média, há 7,73 anos, variando <strong>de</strong> 2<br />

até 20 anos. A gran<strong>de</strong> diferença entre o tempo máximo e o mínimo <strong>de</strong> uso po<strong>de</strong> acompanhar as oscilações <strong>de</strong><br />

ida<strong>de</strong> dos entrevistados. A habilida<strong>de</strong> dos turistas com relação à Internet foi mensurada numa escala <strong>de</strong> 1 a 4,<br />

on<strong>de</strong> 1 correspon<strong>de</strong> a “Pouca” e 4 a “Excelente”. A média alcançou o nível <strong>de</strong> 3,07, sugerindo que a<br />

habilida<strong>de</strong> dos turistas encontra-se entre boa e excelente.<br />

A maioria dos turistas, 83,1%, costuma acessar a Internet da sua própria casa. Uma boa parte <strong>de</strong>les,<br />

66,1%, também acessa do local <strong>de</strong> trabalho. O Cybercafé foi indicado por apenas 10,2% e alguns turistas,<br />

3,4%, afirmaram que acessam a Internet <strong>de</strong> vários locais através do uso <strong>de</strong> um laptop habilitado com o<br />

sistema wireless (Tabela 3).<br />

Tabela 3. Local <strong>de</strong> acesso da Internet<br />

Local Porcentagem*<br />

Casa 83,1%<br />

Trabalho 66,1%<br />

Cybercafé 10,2%<br />

Wireless 3,4%<br />

* A soma das porcentagens ultrapassa os 100% pois a questão é <strong>de</strong> múltipla escolha.<br />

No que diz respeito ao uso da Internet para realização <strong>de</strong> pesquisas sobre viagens e turismo, 57,6% dos<br />

entrevistados afirmaram que pesquisam frequentemente, 39% raramente pesquisam e apenas 3,4% nunca<br />

utilizaram a Internet para fazer pesquisas <strong>de</strong>sta natureza (Tabela 4). Logo, vê-se que a maioria dos turistas já<br />

a<strong>de</strong>riu a este recurso para auxiliar o planejamento <strong>de</strong> suas viagens.<br />

Tabela 4. Freqüência <strong>de</strong> utilização da Internet para pesquisar sobre viagens<br />

Freqüência Porcentagem<br />

Freqüentemente 57,6%<br />

Raramente 39%<br />

Nunca 3,4%<br />

Os visitantes também foram questionados sobre o tipo <strong>de</strong> informações turísticas que eles buscavam na<br />

Internet ao planejar uma viagem. Po<strong>de</strong>-se constatar na Tabela 5 que gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>les (71,2%) tem a<br />

curiosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> procurar informações sobre as cida<strong>de</strong>s que irão visitar. Muitos (66,1%) também buscam<br />

informações sobre os meios <strong>de</strong> hospedagem e uma boa parcela (44,1%) gosta <strong>de</strong> se informar sobre as opções<br />

<strong>de</strong> lazer que o <strong>de</strong>stino oferece. Uma pequena parte (18,6%) pesquisa sobre as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aluguel <strong>de</strong><br />

carro e algumas pessoas (13,6%) citaram outros tipos <strong>de</strong> pesquisa, tais como informações sobre vôos.<br />

Tabela 5. Informações pesquisadas ao viajar<br />

Informações Porcentagem *<br />

Destinações 71,2%<br />

Meios <strong>de</strong> hospedagem 66,1%<br />

Opções <strong>de</strong> lazer 44,1%<br />

Aluguel <strong>de</strong> carro 18,6%<br />

Outros 13,6%<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

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* A soma das porcentagens ultrapassa os 100% porque cada respon<strong>de</strong>nte po<strong>de</strong> ter citado mais <strong>de</strong> um local.<br />

Apesar <strong>de</strong> a maioria dos turistas utilizarem a Internet como fonte <strong>de</strong> pesquisas, uma quantida<strong>de</strong> menor a<br />

utiliza para efetivar compras. A maior parte, 45,8%, afirmou que raramente compra pela Internet. Uma<br />

parcela consi<strong>de</strong>rável, 30,5%, faz compras com freqüência, enquanto 23,7% nunca compraram pela Internet,<br />

dos quais 6,8% ainda preten<strong>de</strong>m comprar no futuro e 16,9% afirmam que nunca comprarão (Tabela 6).<br />

Tabela 6. Freqüência <strong>de</strong> compra via Internet<br />

Freqüência Porcentagem<br />

Frequentemente compra 30,5%<br />

Raramente compra 45,8%<br />

Nunca comprou, mas ainda comprará 6,8%<br />

Nunca comprou e nunca comprará 16,9%<br />

Com relação ao tipo <strong>de</strong> serviços turísticos que eles já adquiriram através da Internet, a Tabela 7 mostra<br />

que mais da meta<strong>de</strong> dos turistas já compraram passagens aéreas (77,8%) e meios <strong>de</strong> hospedagem (53,3%).<br />

Um menor grupo (28,9%) já utilizou a Internet para alugar carros e um número menos relevante (9,5%)<br />

utilizou para comprar passeios.<br />

Tabela 7. Serviços turísticos adquiridos através da Internet<br />

Serviços Porcentagem *<br />

Passagens aéreas 77,8%<br />

Meios <strong>de</strong> hospedagem 53,3%<br />

Aluguel <strong>de</strong> carro 28,9%<br />

Passeios 9,5%<br />

*A soma das porcentagens ultrapassa os 100% pois cada respon<strong>de</strong>nte po<strong>de</strong> ter citado mais <strong>de</strong> um local.<br />

Para i<strong>de</strong>ntificar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> os turistas, numa próxima viagem, utilizarem a Internet para adquirir<br />

serviços turísticos, foi dada uma escala <strong>de</strong> 1 a 3, on<strong>de</strong> 1 equivale a “Não”, 2 a “Talvez” e 3 equivale a “Sim”.<br />

Conforme a Tabela 8, os serviços <strong>de</strong> transporte aéreo e <strong>de</strong> hospedagem receberam as maiores médias, 2,25 e<br />

2,05, respectivamente. Isso ilustra que a maior parte dos turistas respon<strong>de</strong>u entre talvez e sim, ou seja, é<br />

bastante provável que eles comprem passagens aéreas e diárias <strong>de</strong> hotel através da Internet na próxima<br />

viagem.<br />

Os <strong>de</strong>mais serviços receberam média inferior a 2, pois a maioria dos respon<strong>de</strong>ntes disse que não os<br />

comprará ou que talvez os compre via Internet no futuro. Dessa forma, é menos provável que os turistas<br />

aluguem carro (1,94) ou comprem passeios (1,90) e ingressos para espetáculos (1,85) através da Internet na<br />

próxima viagem.<br />

Tabela 8. Intenções <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> serviços turísticos via Internet na próxima viagem<br />

Serviços Turísticos Média *<br />

Passagens aéreas 2,25<br />

Meios <strong>de</strong> hospedagem 2,05<br />

Aluguel <strong>de</strong> carro 1,94<br />

Passeios 1,90<br />

Ingressos para espetáculos 1,85<br />

Avaliação dos Turistas sobre o Uso da Internet<br />

Para mensurar a utilida<strong>de</strong> e importância das informações disponibilizadas na Internet, os turistas<br />

atribuíram valores a algumas afirmações numa escala 1 a 4, on<strong>de</strong> 1 correspon<strong>de</strong> a “Discordo totalmente” e 4<br />

correspon<strong>de</strong> a “Concordo totalmente”. Assim, com média 3,16, po<strong>de</strong>-se inferir que a maioria dos turistas<br />

concorda que as informações disponíveis na Internet são muito úteis (Tabela 9).<br />

As médias próximas <strong>de</strong> 3 representam que boa parte dos turistas consi<strong>de</strong>ra o uso da Internet prazeroso<br />

(2,98) e divertido (2,95) e acreditam que as informações turísticas são fáceis <strong>de</strong> ser encontradas na Internet<br />

(2,86). Por outro lado, com médias inferiores a 2, eles ten<strong>de</strong>m a discordar que é necessário possuir<br />

experiência para utilizar a Internet (1,96), que as informações turísticas são difíceis <strong>de</strong> ser encontradas na<br />

re<strong>de</strong> (1,77) e que a mesma não é uma fonte segura para compras ou pesquisas (1,70). Desta forma, po<strong>de</strong>-se<br />

constatar que os turistas vêem o uso da Internet <strong>de</strong> forma muito positiva, concordando com as afirmações que<br />

apontam suas possíveis qualida<strong>de</strong>s e discordando das afirmações negativas.<br />

196


Tabela 9. Opinião dos turistas sobre a utilida<strong>de</strong> e importância das informações disponibilizadas na Internet<br />

Afirmações Média *<br />

As informações disponibilizadas na Internet são muito úteis 3,16<br />

Utilizar a Internet é muito prazeroso 2,98<br />

Eu me divirto muito quando utilizo a Internet 2,95<br />

As informações disponíveis na Internet sobre os serviços turísticos são fáceis <strong>de</strong> ser encontradas 2,86<br />

Utilizar a Internet <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> muita experiência 1,96<br />

As informações disponíveis na Internet sobre os serviços turísticos são difíceis <strong>de</strong> ser encontradas 1,77<br />

A Internet não é uma fonte segura para compras ou pesquisas 1,70<br />

*Os turistas atribuíram valores numa escala <strong>de</strong> 1 a 4, on<strong>de</strong> 1 = Discordo totalmente, 2 = Discordo, 3 = Concordo e 4 = Concordo<br />

totalmente.<br />

A Tabela 10 revela a opinião dos turistas sobre a compra <strong>de</strong> serviços turísticos pela Internet, quando<br />

comparada à compra em agências <strong>de</strong> viagens. Na avaliação, foram atribuídos valores a diversas<br />

características numa escala semântica, utilizada para qualificar as variáveis <strong>de</strong> comparação da compra pela<br />

Internet em relação à compra tradicional.<br />

Tabela 10. Opinião dos turistas sobre comprar serviços turísticos pela Internet em comparação com a compra em agências<br />

<strong>de</strong> viagens<br />

Características Média *<br />

Preço 6,46<br />

Rapi<strong>de</strong>z 6,28<br />

Comodida<strong>de</strong> 5,92<br />

Facilida<strong>de</strong> 5,83<br />

Privacida<strong>de</strong> 5,30<br />

Confiabilida<strong>de</strong> 4,51<br />

Segurança 4,50<br />

* Média obtida a partir <strong>de</strong> uma escala semântica que compreendia <strong>de</strong> 1 a 9.<br />

Po<strong>de</strong>-se observar que os turistas acreditam que comprar pela Internet é mais barato (6,46), mais rápido<br />

(6,28), mais cômodo (5,92), mais fácil (5,83) e mais privado (5,30) que comprar em agências <strong>de</strong> viagens.<br />

Entretanto, ainda existe certo temor, pois eles consi<strong>de</strong>ram a compra via Internet mais duvidosa (4,51) e mais<br />

perigosa (4,50). Apesar disso, po<strong>de</strong>-se dizer que as qualida<strong>de</strong>s superam os <strong>de</strong>feitos, pois, <strong>de</strong> forma geral, eles<br />

avaliaram a compra <strong>de</strong> serviços turísticos através da Internet melhor (5,65) que a compra em agências <strong>de</strong><br />

viagens.<br />

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Os turistas internacionais que visitam Natal são, em sua maioria, do sexo masculino, com média <strong>de</strong> 35 anos,<br />

europeus, com nível superior completo e se divi<strong>de</strong>m entre autônomos, assalariados e empresários. A maior<br />

parte dos turistas acessa a Internet diariamente, principalmente <strong>de</strong> casa e do trabalho. Quase 60% dos<br />

entrevistados utilizam a Internet freqüentemente para pesquisar e planejar suas viagens, mas apenas a meta<strong>de</strong><br />

compra com a mesma freqüência pela Internet. As informações mais pesquisadas são sobre as cida<strong>de</strong>s, os<br />

meios <strong>de</strong> hospedagem e as opções <strong>de</strong> lazer, enquanto os serviços mais adquiridos via Internet são as<br />

passagens aéreas e os meios <strong>de</strong> hospedagem.<br />

De forma geral, os turistas apresentaram percepções bastante positivas sobre a utilida<strong>de</strong> e importância da<br />

Internet, i<strong>de</strong>ntificando-a como um mecanismo <strong>de</strong> prazer e diversão. Ao analisar a compra <strong>de</strong> serviços<br />

turísticos pela Internet, em comparação com a compra em agências <strong>de</strong> viagens, os turistas apontaram como<br />

vantagens o baixo custo, a comodida<strong>de</strong>, a facilida<strong>de</strong>, a rapi<strong>de</strong>z e a privacida<strong>de</strong>. Como <strong>de</strong>svantagens, eles<br />

indicaram a falta <strong>de</strong> segurança e <strong>de</strong> confiança. Mas, em resumo, consi<strong>de</strong>raram a compra pela Internet melhor<br />

que a compra em agências.<br />

Apesar da amostra pequena, espera-se que este estudo possa contribuir no sentido <strong>de</strong> propiciar um maior<br />

conhecimento para os executivos <strong>de</strong> turismo sobre como po<strong>de</strong>m utilizar a Internet, bem como apresentar um<br />

cenário propício para a difusão <strong>de</strong> serviços turísticos online.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

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198


SIMULADOR DO SERVIDOR DE HABILITAÇÃO DE<br />

LOCALIZAÇÃO EM SISTEMA LBS<br />

Leonardo Batista <strong>de</strong> Queiroz 1 , Fernanda Maria Ribeiro Alencar 2<br />

1 Centro Avançado <strong>de</strong> Engenharia e Serviços do Recife – CAESER<br />

leonardo.queiroz@caeser.org.br<br />

2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco - Departamento <strong>de</strong> Eletrônica e Sistemas<br />

Rua Acadêmico Hélio Ramos s/n – Brasil<br />

CEP:50-740-530<br />

fmra@ufpe.br<br />

RESUMO<br />

A utilização <strong>de</strong> dispositivos móveis como ferramenta <strong>de</strong> localização é uma das áreas <strong>de</strong> pesquisa que vêm se <strong>de</strong>stacando<br />

no setor <strong>de</strong> telecomunicações. Foi utilizada como referência uma plataforma LBS real. Para validar as aplicações externas<br />

e agregar valor ao sistema real, foi <strong>de</strong>senvolvida uma ferramenta que simula a localização <strong>de</strong> um dispositivo móvel.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

LBS, Localização, Location Based System, Tecnologias <strong>de</strong> Posicionamento.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Nas últimas décadas, com o estabelecimento <strong>de</strong>finitivo da telefonia celular em todas as camadas da<br />

socieda<strong>de</strong>, o foco <strong>de</strong> boa parte das pesquisas, em torno dos setores <strong>de</strong> telecomunicações, esteve voltado para<br />

o provimento <strong>de</strong> soluções que agregam valor e praticida<strong>de</strong> aos dispositivos móveis. Os estudos têm<br />

englobado o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas tecnologias, o aperfeiçoamento das tecnologias existentes para<br />

acompanhar as necessida<strong>de</strong>s dos usuários e o fornecimento <strong>de</strong> novos serviços associados aos dispositivos.<br />

Uma das linhas <strong>de</strong> pesquisa que vem se <strong>de</strong>stacando, volta-se a soluções que buscam empregar o dispositivo<br />

móvel como parte <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> posicionamento <strong>de</strong> seu usuário. Isso não só facilita a própria localização<br />

física do usuário, mas também a disponibiliza as informações quanto aos possíveis pontos <strong>de</strong> interesses que<br />

estejam na localida<strong>de</strong>. Vários fabricantes <strong>de</strong>senvolveram suas chamadas plataformas <strong>de</strong> localização <strong>de</strong> modo<br />

a oferecer esse tipo <strong>de</strong> serviço e suas variantes. Todas as soluções <strong>de</strong>senvolvidas baseiam-se no princípio <strong>de</strong><br />

que o dispositivo móvel é capaz <strong>de</strong> funcionar como uma ferramenta <strong>de</strong> localização bastante precisa <strong>de</strong> seu<br />

usuário.<br />

Os serviços proporcionados pelas plataformas <strong>de</strong> localização são enquadrados hoje nos chamados<br />

Sistemas Baseados em Localização (Location-Based Systems – LBS). Uma característica comum <strong>de</strong>sses<br />

sistemas é o emprego das Tecnologias <strong>de</strong> Posicionamento [Smith et al. 2007]. Neste artigo é apresentado o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um simulador para um dos componentes <strong>de</strong> uma plataforma <strong>de</strong> localização, o Servidor<br />

<strong>de</strong> Habilitação <strong>de</strong> Localização (Location Enabling Server - LES). O LES é o elemento que serve como<br />

interface entre a plataforma <strong>de</strong> localização e as aplicações externas que solicitam as informações do<br />

posicionamento dos usuários às operadoras. Os protocolos <strong>de</strong> comunicação entre as aplicações externas e o<br />

LES são respeitados pelo simulador. Essa documentação trata <strong>de</strong> uma interface <strong>de</strong> programação pública que o<br />

sistema LBS disponibiliza para os <strong>de</strong>senvolvimentos <strong>de</strong> aplicativos externos.<br />

Na seção 2, são introduzidos conceitos sobre as tecnologias <strong>de</strong> posicionamento; na seção 3, é apresentado<br />

o simulador; na seção 4, aborda-se a implementação do aplicativo, <strong>de</strong>talhando-se seu funcionamento. Uma<br />

comparação entre o simulador e o sistema real é realizada na seção 5. Por fim, são apresentados os principais<br />

resultados obtidos e limitações na seção 6.<br />

199


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

2. TECNOLOGIAS DE POSICIONAMENTO<br />

Com a utilização das plataformas <strong>de</strong> localização não apenas a localização do usuário é possível, mas,<br />

também, outros serviços, tais como: rastreamento; entretenimento; negócios; serviços <strong>de</strong> navegação; e<br />

segurança. As tecnologias <strong>de</strong> posicionamento têm sua a<strong>de</strong>quada aplicação quando são empregadas <strong>de</strong> acordo<br />

com a característica dos vários ambientes. Na prática, esses ambientes estão divididos em quatro<br />

possibilida<strong>de</strong>s: internos, urbanos, suburbanos e rurais.<br />

Os ambientes internos são aqueles em que o usuário encontra-se no interior <strong>de</strong> prédios e/ou construções,<br />

<strong>de</strong> modo a não permitir uma visada direta (sem obstáculos) entre o dispositivo móvel e a antena receptora.<br />

Os ambientes chamados urbanos são aqueles no qual existe uma visada direta entre o usuário e a antena<br />

receptora, porém a concentração <strong>de</strong> dispositivos móveis e <strong>de</strong> edificações, naquela área, é consi<strong>de</strong>rada<br />

bastante alta.<br />

Com relação aos ambientes suburbanos, esses se caracterizam por possuir uma baixa concentração <strong>de</strong><br />

edificações e <strong>de</strong> dispositivos móveis, em relação às áreas urbanas. Já os ambientes classificados como rurais<br />

apresentam uma baixa concentração, tanto <strong>de</strong> edificações quanto <strong>de</strong> dispositivos móveis. Nessas condições,<br />

as operadoras utilizam menor concentração <strong>de</strong> estações-base para sua cobertura.<br />

Depen<strong>de</strong>ndo da característica <strong>de</strong> cada ambiente, o comportamento <strong>de</strong> uma tecnologia po<strong>de</strong>rá ser melhor<br />

ou pior em comparação a outras. GPS [Trueposition 2007], UMTS [Kaaranen et al. 2001], Cell-ID<br />

[Schiller&Voisard 2004] e Angle of Arrival [Schiller&Voisard 2004], <strong>de</strong>ntre outras e suas variantes, são<br />

algumas das tecnologias que po<strong>de</strong>m ser utilizadas nas plataformas <strong>de</strong> localização. Cada uma <strong>de</strong>las possui<br />

características próprias, bem como custos <strong>de</strong> implantação.<br />

Desta forma, muitas das plataformas <strong>de</strong> localização procuram utilizar tecnologias que proporcionem<br />

resultados mais uniformes, nos mais variados ambientes, ou empregam soluções híbridas, no intuito <strong>de</strong><br />

atingir os objetivos estabelecidos em sua implantação.<br />

O sistema <strong>de</strong> LBS consi<strong>de</strong>rado neste trabalho é projetado para trabalhar com Cell-ID, mas possibilita o<br />

uso <strong>de</strong> uma solução híbrida através da utilização <strong>de</strong> um equipamento externo chamado <strong>de</strong> Centro Servidor <strong>de</strong><br />

Localização Móvel (Serving Mobile Location Center - SMLC) [Trueposition 2007]. Esse servidor po<strong>de</strong>rá<br />

utilizar qualquer outra tecnologia <strong>de</strong> posicionamento para suprir as <strong>de</strong>ficiências do Cell-ID inerente à<br />

plataforma.<br />

3. O SIMULADOR<br />

O aplicativo <strong>de</strong>senvolvido simula o serviço básico do sistema LBS provendo informação da localização<br />

geográfica do dispositivo simulado. Essa localização é calculada a partir <strong>de</strong> algumas informações inseridas,<br />

previamente, em uma base <strong>de</strong> dados, pelo <strong>de</strong>senvolvedor. Esse simulador tem o propósito <strong>de</strong> validar o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> aplicativos voltados para usuários finais, sem que haja a necessida<strong>de</strong> dos<br />

<strong>de</strong>senvolvedores possuírem um sistema LBS real.<br />

Com base na documentação e no sistema LBS real disponíveis em laboratório, foram <strong>de</strong>finidas a<br />

funcionalida<strong>de</strong> e a as limitações do simulador. Na figura 1, tem-se uma visão geral sobre o funcionamento do<br />

simulador.<br />

200<br />

Internet<br />

Conexões Externas<br />

Aplicações<br />

Remotas<br />

Conexão Externa<br />

Simulador<br />

Figura 1. Visão Geral do Funcionamento do Simulador


Todas as conexões externas com o simulador serão através <strong>de</strong> sua interface WEB. Assim, o simulador é<br />

uma aplicação que estará em funcionamento em um servidor. As aplicações remotas <strong>de</strong> LBS, que necessitam<br />

da informação <strong>de</strong> localização do dispositivo móvel para executar alguma tarefa específica, <strong>de</strong>vem estar<br />

conectadas, via Internet, ao simulador. Isso é necessário para que o mesmo comunique-se com essas<br />

aplicações através <strong>de</strong> requisições/respostas em XML [Altova 2007], disponibilizando a localização dos<br />

dispositivos móveis <strong>de</strong> interesse.<br />

Uma das limitações do simulador, em relação ao sistema real, está no fato do sistema projetado apenas<br />

fornecer a informação <strong>de</strong> localização do dispositivo móvel <strong>de</strong>sejado. Essa informação é composta do par<br />

Latitu<strong>de</strong>/Longitu<strong>de</strong>, em graus, minutos e segundos.<br />

A arquitetura do simulador apresenta-se dividida em três módulos distintos: i) a interface <strong>de</strong><br />

gerenciamento; ii) a interface externa HTTP/HTTPS (Web); e iii) a base <strong>de</strong> dados. Cada um <strong>de</strong>sses módulos<br />

po<strong>de</strong> ser visualizado na figura 2, que ilustra o diagrama em blocos do sistema completo do simulador. Os<br />

módulos componentes do simulador têm suas tarefas específicas.<br />

3.1 Interface <strong>de</strong> Gerenciamento<br />

Interface Externa HTTP/HTTPS (WEB)<br />

Servidor <strong>de</strong><br />

Conexão<br />

Porta /<br />

Protocolo<br />

Interface <strong>de</strong><br />

Gerenciamento<br />

Resposta<br />

XML<br />

Interpretador<br />

XML<br />

I<strong>de</strong>ntificação<br />

dos parâmetros<br />

Configuração dos parâmetros<br />

dos dispositivos<br />

Interface <strong>de</strong><br />

Cálculo<br />

Interface da<br />

Base <strong>de</strong><br />

Base <strong>de</strong><br />

Dados<br />

Figura 2. Diagrama em Blocos do Sistema Completo<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A interface <strong>de</strong> gerenciamento é o elemento pelo qual o usuário interage com o simulador. Trata-se <strong>de</strong> um<br />

módulo que se apresenta como uma janela e possui três áreas, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ser: i) inserida as informações <strong>de</strong><br />

registro do dispositivo móvel; ii) editos os parâmetros dos dispositivos inseridos; e iii) configurados os<br />

atalhos (labels) para alguns pontos estratégicos, que simplificam a configuração das rotas dos dispositivos.<br />

A principal função é gerenciar o funcionamento do simulador a partir <strong>de</strong> informações que serão<br />

armazenadas em uma base <strong>de</strong> dados e utilizadas para simular a localização dos dispositivos móveis. Cada<br />

informação <strong>de</strong> localização tem como base um conjunto das configurações possíveis, que é composto por: i)<br />

i<strong>de</strong>ntificação dos dispositivos móveis; ii) pontos da rota em que cada dispositivo móvel percorre; e iii)<br />

parâmetros <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento.<br />

Na figura 3, vê-se o fluxograma relativo ao salvamento das configurações do dispositivo móvel, através<br />

da interface <strong>de</strong> gerenciamento. A partir da i<strong>de</strong>ntificação do dispositivo, o usuário <strong>de</strong>ve informar se o mesmo<br />

está em <strong>de</strong>slocamento ou parado. Caso o dispositivo esteja em <strong>de</strong>slocamento (existe rota), <strong>de</strong>vem-se<br />

<strong>de</strong>terminar quais os pontos que serão percorridos e, em seguida, os parâmetros <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento: a velocida<strong>de</strong><br />

ou o tempo <strong>de</strong> percurso. Todos as informações da rota e i<strong>de</strong>ntificação do dispositivo, então serão<br />

armazenadas. Os parâmetros serão, posteriormente, empregados nos cálculos <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação da posição do<br />

dispositivo. Caso o dispositivo simulado não esteja em <strong>de</strong>slocamento, a informação <strong>de</strong> que está parado, além<br />

da i<strong>de</strong>ntificação do dispositivo, também é armazenada na base <strong>de</strong> dados.<br />

201


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

I<strong>de</strong>ntificação do Dispositivo<br />

Não<br />

Existe Rota?<br />

Armazenar na Base <strong>de</strong><br />

Dados<br />

Sim<br />

Figura 3. Fluxograma <strong>de</strong> Configuração Simples<br />

As informações das rotas obe<strong>de</strong>cem ao algoritmo <strong>de</strong>finido para simular os <strong>de</strong>slocamentos dos<br />

dispositivos. Esse algoritmo prevê que uma rota possui trechos compostos <strong>de</strong> um ponto inicial e um ponto<br />

final. O ponto inicial é composto por latitu<strong>de</strong>, longitu<strong>de</strong> e instante inicial. O segundo ponto do trecho é<br />

configurado, inicialmente, com suas coor<strong>de</strong>nadas. Para completar a configuração, um parâmetro <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong>ve ser informado: velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento ou instante final da rota. Dada a velocida<strong>de</strong> é<br />

possível se calcular o tempo <strong>de</strong> percurso, através <strong>de</strong> manipulação matemática simples, e vice-versa,<br />

simulando um movimento uniforme.<br />

3.2 Interface externa HTTP/HTTPS (WEB)<br />

Pontos da Rota<br />

Parâmetros <strong>de</strong><br />

Deslocamento<br />

Para que o simulador se comunique com as aplicações remotas, a interface externa possibilita essa<br />

comunicação através da Internet (Figura 1). Assim, a interface WEB (Interface externa HTTP/HTTPS)<br />

proporciona ao simulador o recebimento <strong>de</strong> requisições e o envio <strong>de</strong> respostas às solicitações através do<br />

padrão XML. Caso a requisição seja através <strong>de</strong> tráfego HTTP [W3 Schools 2007], a aplicação externa <strong>de</strong>verá<br />

se conectar ao simulador através da porta 705; caso seja através do tráfego HTTPS [W3 Schools 2007], <strong>de</strong>ve<br />

utilizar a porta 703. Optou-se por utilizar XML por ser um padrão especificado para tornar simples a troca <strong>de</strong><br />

documentos estruturados através da Internet. A qualquer momento, o simulador po<strong>de</strong> receber uma requisição<br />

XML para i<strong>de</strong>ntificar um ou mais dispositivos configurados (ou dispositivos simulados), apresentando sua<br />

posição geográfica simulada em função do par latitu<strong>de</strong>/longitu<strong>de</strong>.<br />

Na figura 4 po<strong>de</strong> ser vista a seqüência <strong>de</strong> requisições e respostas entre o simulador e as aplicações<br />

remotas, que <strong>de</strong>sejam solicitar alguma informação acerca da localização <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado dispositivo.<br />

Todas essas conexões externas se darão através da interface WEB do simulador. Nesse procedimento, a<br />

aplicação remota inicialmente solicita o estabelecimento <strong>de</strong> uma conexão com o simulador (1). Após receber<br />

a resposta que a conexão foi aceita (2), essa aplicação remota está apta a enviar a requisição XML <strong>de</strong><br />

localização <strong>de</strong> dispositivo (3). Ao receber essa requisição, o simulador interpreta a solicitação; busca as<br />

informações necessárias na base <strong>de</strong> dados; efetua os cálculos necessários; e, retorna a resposta para o<br />

solicitante (4). Nessa mesma figura, também po<strong>de</strong> ser visualizado o mecanismo <strong>de</strong> recebimento das<br />

requisições XML, o qual é inicializado e finalizado com o recebimento e a entrega das mensagens XML no<br />

servidor <strong>de</strong> conexão, respectivamente, etapas (3) e (4) da figura 4. A direção das setas, na figura 2, percorre a<br />

seqüência <strong>de</strong> sub-módulos que uma requisição <strong>de</strong> localização po<strong>de</strong> passar, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua interpretação até a<br />

montagem da resposta XML e seu envio ao requerente. A interface Web é composta por cinco sub-módulos<br />

que executam funções que se complementam: i) servidor <strong>de</strong> conexão; ii) interpretador XML; iii) interface da<br />

base <strong>de</strong> dados; iv) interface <strong>de</strong> cálculo; e v) resposta XML.<br />

Na seção 4 ter-se-á maiores <strong>de</strong>talhes do funcionamento <strong>de</strong>sses sub-módulos, quando da apresentação da<br />

implementação da ferramenta.<br />

202


3.3 Base <strong>de</strong> Dados<br />

Internet<br />

Aplicação<br />

Remota<br />

Simulador<br />

(1) Requisição <strong>de</strong> Conexão<br />

(2) Conexão Aceita<br />

(3) Requisição XML<br />

(4) Resposta XML<br />

Figura 4. Seqüência <strong>de</strong> comunicação entre uma aplicação remota e o simulador<br />

Devido à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> todo o conjunto <strong>de</strong> configuração dos dispositivos que serão<br />

simulados, o simulador <strong>de</strong>ve operar em conjunto com uma base <strong>de</strong> dados. O banco <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>sta aplicação<br />

tem a estrutura composta <strong>de</strong> três tabelas, <strong>de</strong>nominadas: Main, Rote e Location.<br />

Todas as informações são inseridas pelo usuário do simulador através da interface <strong>de</strong> gerenciamento,<br />

conforme po<strong>de</strong> ser visto no diagrama <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> uso simplificado da figura 5. Esse diagrama ilustra o<br />

relacionamento existente entre o usuário (Usermngr) e o sistema, observando-se que o usuário atua<br />

diretamente na base <strong>de</strong> dados, por meio da interface <strong>de</strong> gerenciamento.<br />

ConfigDevices<br />

UserMngr<br />

ConfigLocationsLabels<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

DataBase<br />

Figura 5. Diagrama Use Case simples do gerenciamento do simulador<br />

A tabela Main é o elemento que é utilizado para armazenar as informações estáticas <strong>de</strong> simulação. Nessa<br />

tabela o simulador insere a i<strong>de</strong>ntificação do dispositivo móvel que está sendo simulado (MSISDN - Mobile<br />

Station International Subscriber Directory Number), e alguns parâmetros <strong>de</strong> simulação do dispositivo, como<br />

a indicação <strong>de</strong> dispositivo parado ou “percorrendo” uma rota. Nessa tabela também é <strong>de</strong>finida a precisão em<br />

que a resposta <strong>de</strong>ve ser retornada à aplicação solicitante.<br />

Caso o dispositivo esteja percorrendo uma rota, os <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong>ssa informação são salvos na tabela Rote.<br />

Ela armazena a(s) rota(s) específica(s) <strong>de</strong> um ou mais dispositivos que serão simulados. Além disso, <strong>de</strong>ve<br />

informar também se a rota existente é recursiva ou não, isso é, o dispositivo está percorrendo essa trajetória<br />

indo e voltando in<strong>de</strong>finidamente.<br />

A tabela Location é uma tabela <strong>de</strong> apoio na qual ficarão armazenadas as informações <strong>de</strong> localizações préestabelecidas,<br />

bem como suas coor<strong>de</strong>nadas e um i<strong>de</strong>ntificador (label). Ela serve <strong>de</strong> ajuda para simplificar a<br />

configuração das rotas dos dispositivos. Com esse artifício, o usuário po<strong>de</strong> indicar os pontos iniciais e finais<br />

dos trechos <strong>de</strong> uma rota pelos labels ao invés <strong>de</strong> informar suas coor<strong>de</strong>nadas geográficas diretamente.<br />

Na próxima seção serão vistos aspectos relativos à implementação <strong>de</strong>sse simulador.<br />

203


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4. IMPLEMENTAÇÃO<br />

Após <strong>de</strong>finir o escopo <strong>de</strong> cada módulo do simulador, sua implementação foi realizada, <strong>de</strong> modo a<br />

proporcionar a troca <strong>de</strong> requisições e respostas XML entre este e as aplicações remotas. Nesta sessão é<br />

apresentada, em maiores <strong>de</strong>talhes, a implementação dos procedimentos realizados durante essa comunicação.<br />

A figura 6 apresenta um diagrama que representa a <strong>de</strong>composição do caso <strong>de</strong> uso ConfigDevices (Figura<br />

5). Esse diagrama informa que existe um relacionamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>composição do caso <strong>de</strong> uso especificado. Isso<br />

significa que a tarefa (ConfigDevices), realizada pelo usuário na configuração dos dispositivos, po<strong>de</strong> ser<br />

<strong>de</strong>composta em sub-tarefas (citar nomes), que incluem a i<strong>de</strong>ntificação do mesmo e a configuração <strong>de</strong> seus<br />

parâmetros.<br />

Figura 6: Decomposição <strong>de</strong> ConfigDevices<br />

Essas sub-tarefas são conhecidas como controles <strong>de</strong> simulação. A partir da interface <strong>de</strong> gerenciamento, é<br />

possível criar, apagar ou alterar um dispositivo a ser simulado e suas informações: seu i<strong>de</strong>ntificador MSISDN<br />

(SetMSISDN); posição geográfica (SetGeoLocation); rota <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento (SetPathRote); velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>slocamento (SetVelocity); tempos na rota (SetInstant); e privacida<strong>de</strong> do usuário (SetPrivacy).<br />

A funcionalida<strong>de</strong> principal do simulador é alimentar aplicações externas, baseadas em posicionamento,<br />

com informações geográficas previamente configuradas pelo usuário, através do mecanismo <strong>de</strong> requisições e<br />

respostas XML. A seqüência das tarefas executadas a partir da chegada <strong>de</strong> uma requisição XML é<br />

apresentada nas três sub-seções seguintes. Todos os elementos que serão mencionados encontram-se<br />

apresentados no diagrama <strong>de</strong> blocos do sistema como um todo (Figura 2).<br />

4.1 I<strong>de</strong>ntificação Porta / Protocolo<br />

Ao receber a requisição, a tarefa inicial do simulador é i<strong>de</strong>ntificação da porta e, conseqüentemente do<br />

protocolo que foi empregado para o envio da mensagem. Essa tarefa é realizada pelo servidor <strong>de</strong> conexão da<br />

interface WEB. Existem duas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação entre o simulador e as aplicações remotas. Uma<br />

<strong>de</strong>las é através do protocolo HTTP, que utiliza a porta 705. A outra é através do protocolo HTTPS, via porta<br />

703. Essa informação não necessitará <strong>de</strong> armazenamento no banco <strong>de</strong> dados e será utilizada para que a<br />

resposta seja enviada nos mesmos padrões que a requisição <strong>de</strong> localização, isto é, a partir da porta <strong>de</strong><br />

recebimento da requisição e do protocolo empregado, será encaminhada a resposta à aplicação remota.<br />

4.2 I<strong>de</strong>ntificação da Natureza da Requisição<br />

Após i<strong>de</strong>ntificar qual a porta/protocolo, o simulador interpretará qual a natureza da mensagem, isto é, o que<br />

está sendo requerido ao sistema, i<strong>de</strong>ntificando qual ou quais os dispositivos móveis serão localizados. É<br />

papel do interpretador <strong>de</strong> XML, localizado na interface externa HTTP/HTTPS (Figura 2), ler e interpretar<br />

toda a informação que está contida na mensagem.<br />

4.3 Respostas às Requisições<br />

SetMSISDN SetPrivacy<br />

SetPathRote<br />

ConfigDevices<br />

SetInstant<br />

Ao i<strong>de</strong>ntificar que a mensagem está requisitando a posição <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado dispositivo móvel, o<br />

simulador procura em sua base <strong>de</strong> dados, através da interface da base <strong>de</strong> dados, localizada na interface<br />

externa HTTP/HTTPS (Figura 2), a existência <strong>de</strong> registro do referido dispositivo. Caso não obtenha nenhum<br />

204


etorno (número <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do dispositivo móvel não encontrado), isso significa que o sistema está<br />

simulando um aparelho móvel <strong>de</strong>sligado ou fora da área <strong>de</strong> cobertura da operadora. Assim, o simulador<br />

<strong>de</strong>verá enviar uma mensagem <strong>de</strong> alerta, no formato XML <strong>de</strong> resposta, <strong>de</strong> localização <strong>de</strong> dispositivo,<br />

indicando a falha <strong>de</strong> localização (location action failure). Caso contrário, as <strong>de</strong>mais informações do<br />

dispositivo <strong>de</strong>sejado, armazenadas na base <strong>de</strong> dados do simulador, são selecionadas. O simulador ao analisar<br />

o registro e localizar a informação específica <strong>de</strong>sejada (por exemplo, em que trecho <strong>de</strong> sua rota encontra-se o<br />

dispositivo naquele instante), através da interface <strong>de</strong> cálculo, localizada na interface externa HTTP/HTTPS<br />

(Figura 2), obtém qual a posição atual do dispositivo simulado. De posse <strong>de</strong>ssa informação específica, o<br />

simulador monta a resposta XML e solicita ao servidor <strong>de</strong> comunicação que a envie para o requerente.<br />

Assim, ao receber uma solicitação para localizar um <strong>de</strong>terminado dispositivo, o simulador primeiro<br />

i<strong>de</strong>ntifica o dispositivo <strong>de</strong>sejado em sua base <strong>de</strong> dados. A seguir verifica qual atual posição do mesmo, <strong>de</strong><br />

acordo com os <strong>de</strong>mais dados armazenados, e retorna ao solicitante a informação <strong>de</strong>sejada. Nas seções<br />

anteriores foram mencionadas algumas comparações entre o simulador <strong>de</strong>senvolvido e o sistema real.<br />

A precisão da informação retornada simula a tecnologia <strong>de</strong> posicionamento empregada. O simulador<br />

apenas respon<strong>de</strong> requisições <strong>de</strong> localização do usuário, através <strong>de</strong> seu par <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas latitu<strong>de</strong>/longitu<strong>de</strong>,<br />

simulando a ação <strong>de</strong> localização padrão imediata (Standard Location Immediate - SLI) do sistema da<br />

Siemens. Na seção seguinte, é apresentada uma comparação mais <strong>de</strong>talhada entre o simulador e o sistema<br />

LBS real.<br />

5. COMPARAÇÕES COM A PLATAFORMA REAL<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Uma das funcionalida<strong>de</strong>s extras que foi implementada nesse simulador foi possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> uma<br />

seqüência <strong>de</strong> números <strong>de</strong> telefones se <strong>de</strong>slocando, intermitentemente, em uma área previamente estabelecida.<br />

Isso correspon<strong>de</strong>, na plataforma real, ao conjunto <strong>de</strong> assinantes armazenados na base <strong>de</strong> dados da operadora e<br />

utilizando sua re<strong>de</strong>. Inicialmente, a proposta foi simular uma operadora cujo número <strong>de</strong> assinantes cresce na<br />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 50 mil clientes. A criação da seqüência, no simulador, possibilita ter uma base <strong>de</strong> dispositivos da<br />

mesma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za da base <strong>de</strong> clientes <strong>de</strong> uma operadora real. Assim, é possível comparar o<br />

<strong>de</strong>sempenho das respostas do simulador, em localizar um ou mais dispositivos, com a plataforma real.<br />

O LES (Location Enabling Server) do sistema LBS real é projetado para trabalhar em um servidor numa<br />

estação Sun, com o Solaris 8. A configuração trial/Single Entry, existente em laboratório, utiliza uma Sun<br />

Fire 280R 2x Sparc III 750 MHz, 1 GB <strong>de</strong> RAM. O simulador está projetado para trabalhar em uma máquina<br />

Pentium IV, 2GHz, 512MB <strong>de</strong> RAM, com sistema operacional Windows XP ou Linux. Nessa configuração,<br />

o sistema real está preparado para manusear até 45.000 transações por hora e suportar até 1 milhão <strong>de</strong><br />

dispositivos. Por sua vez, nos testes <strong>de</strong> carga efetuados com o simulador, verificou-se que ele consegue<br />

manusear até 30.000 transações por hora, com uma base <strong>de</strong> dados com os mesmos 1 milhão <strong>de</strong> dispositivos.<br />

Esse resultado mostrou-se bastante aceitável para o intuito <strong>de</strong> validar as aplicações remotas que estejam<br />

sendo <strong>de</strong>senvolvidas para operar com o sistema real.<br />

No sistema LBS real, existe a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que o usuário do dispositivo móvel autorize ou não a<br />

informação da sua localização. Para simular esta opcão, o simulador <strong>de</strong>senvolvido utiliza um controle <strong>de</strong><br />

simulação chamado <strong>de</strong> parâmetro <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong> do dispositivo simulado. Configurar esse parâmetro é uma<br />

das sub-tarefas que compõem o caso <strong>de</strong> uso ConfigDevices (SetPrivacy, Figura 6). Assim, ao verificar, em<br />

sua base <strong>de</strong> dados, que um <strong>de</strong>terminado dispositivo possui seu parâmetro <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong> habilitado, a<br />

ferramenta simula um usuário que não está autorizando a disponibilização <strong>de</strong> sua localização.<br />

Em uma operadora <strong>de</strong> telefonia móvel, a lista <strong>de</strong> dispositivos móveis cadastrados em sua re<strong>de</strong> GSM<br />

[Chiaradia et al. 2004] é obtida pela plataforma a partir <strong>de</strong> uma solicitação a um dos elementos da sua<br />

arquitetura, o HLR (Home Location Register). Esse elemento é que possui a informação <strong>de</strong> todos os<br />

dispositivos que estão utilizando a re<strong>de</strong> da operadora. Para simular o HLR da re<strong>de</strong> GSM, o simulador utiliza a<br />

sua base <strong>de</strong> dados, que tem o papel <strong>de</strong> lhe prover essa informação do mesmo modo que o HLR o faz para a<br />

operadora. Esse banco <strong>de</strong> dados po<strong>de</strong> estar localizado na mesma máquina ou em uma outra, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que haja a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consulta remota a mesma.<br />

O simulador foi <strong>de</strong>senvolvido para trabalhar com o MySQL [MySql 2007] ou o PostgreSQL [PostgreSql<br />

2007]. Essa escolha foi feita por se tratar <strong>de</strong> sistemas gratuitos e com boa performance <strong>de</strong> armazenamento e<br />

205


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

leitura. Durante a instalação do simulador é solicitada à <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>sse banco <strong>de</strong> dados, para que as<br />

configurações necessárias sejam automaticamente realizadas.<br />

6. CONCLUSÕES<br />

Por se tratar <strong>de</strong> uma área <strong>de</strong> pesquisa que está atraindo as atenções do mundo das telecomunicações, os<br />

sistemas baseados em localização estão em constante <strong>de</strong>senvolvimento e já atingem um alto grau <strong>de</strong><br />

progresso <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua concepção. O avanço nos estudos das tecnologias <strong>de</strong> posicionamento possibilita às<br />

plataformas <strong>de</strong> localização se tornarem mais precisas e rápidas. Devido à vasta quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong><br />

posicionamento <strong>de</strong>senvolvida, houve a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> flexibilização <strong>de</strong>ssas plataformas, através do emprego<br />

<strong>de</strong> soluções híbridas. Muitas plataformas possuem um custo elevado <strong>de</strong> aquisição, em torno <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong><br />

milhares <strong>de</strong> dólares, tornando inviável a sua compra por parte dos <strong>de</strong>senvolvedores <strong>de</strong> aplicativos baseados<br />

em localização. O simulador do LES, ora apresentado, visa proporcionar a esse <strong>de</strong>senvolvedor uma maneira<br />

mais econômica <strong>de</strong> utilizar o recurso <strong>de</strong> localização <strong>de</strong> dispositivos da plataforma <strong>de</strong> LBS, através da<br />

utilização <strong>de</strong> uma estação <strong>de</strong> trabalho simples. Assim, as aplicações <strong>de</strong>senvolvidas para essa plataforma<br />

po<strong>de</strong>m ser testadas e validadas através das transações XML entre o aplicativo e o simulador. Isso possibilita<br />

aos <strong>de</strong>senvolvedores baratear os custos <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> suas aplicações, bem como facilitar esses<br />

<strong>de</strong>senvolvimentos através da liberação da ferramenta <strong>de</strong> simulação.<br />

Em contrapartida a essas vantagens, o simulador <strong>de</strong>senvolvido reproduz apenas a funcionalida<strong>de</strong> básica<br />

<strong>de</strong> localização <strong>de</strong> dispositivo da plataforma LBS, através <strong>de</strong> suas coor<strong>de</strong>nadas geográficas. O sistema real<br />

possui várias outras funcionalida<strong>de</strong>s, que possibilitam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> serviços avançados <strong>de</strong> localização até a<br />

administração <strong>de</strong> clientes e suas preferências, <strong>de</strong>ntre outras.<br />

Atualmente, o simulador <strong>de</strong>senvolvido já se encontra em uso por parte dos <strong>de</strong>senvolvedores parceiros e<br />

seu uso está correspon<strong>de</strong>ndo às expectativas dos usuários e da empresa. Como propostas <strong>de</strong> trabalhos futuros,<br />

a complementação das funcionalida<strong>de</strong>s do simulador po<strong>de</strong> ser estudada e implementada em uma segunda<br />

versão. Isso proporciona a completa abordagem da API 2 do LES, envolvendo serviços avançados <strong>de</strong><br />

localização (especificamente voltados para os seguimentos <strong>de</strong> emergência e rastreamento), geo-referenciados,<br />

<strong>de</strong> navegação, busca e <strong>de</strong> mapeamento.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

Agra<strong>de</strong>cemos ao Centro Avançado <strong>de</strong> Engenharia e Serviços do Recife e à Siemens, por possibilitarem o<br />

trabalho <strong>de</strong> pesquisa no referido sistema <strong>de</strong> localização.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Altova. Disponível em http://www.altova.com/<strong>de</strong>v_portal_learn_xml.html. Último acesso: Julho <strong>de</strong> 2007.<br />

Chiaradia, D. L., Murakami, M., Mello, P.A.M., da Cruz, Z. D. Evolução das Re<strong>de</strong>s Móveis Celulares. Monografia <strong>de</strong><br />

conclusão do Curso <strong>de</strong> Especialização em Gestão em Telecomunicações da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco,<br />

2004.<br />

Kaaranen, H., Ahtiainen, A., Laitinen, L., Naghian, S., Niemi, V., UMTS Networks: Architecture, Mobility and Services,<br />

John Wiley & Sons Ltda. 2001.<br />

MySQL. Disponível em http://<strong>de</strong>v.mysql.com/. Último acesso: Julho <strong>de</strong> 2007.<br />

PostgreSQLl. Disponível em http://www.postgresql.org/, acessado em Julho <strong>de</strong> 2007.<br />

Schiller, J., Voisard, A., Location-Based Services, Morgan Kaufmann Publisher, 2004.<br />

Smith, J., Kealy, A. & Williamson, I. P. (2001), ‘Location Based Services - the un<strong>de</strong>rlying technology’, Disponível em:<br />

http://www.geom.unimelb.edu.au/research/publications/IPW/4_01Smith.pdf. Último acesso: Julho <strong>de</strong> 2007.<br />

Trueposition, An Examination of U-TDOA and Other Wireless Location Technologies: Their Evolution and Their Impact<br />

on Today’s Wireless Market, Whitepaper, Disponível em: http://www.trueposition.com/trueposition_wp_us.pdf.<br />

Último acesso: Julho <strong>de</strong> 2007.<br />

W3 Schools. Disponível em http://www.w3schools.com/tcpip/tcpip_protocols.asp Último acesso: Julho <strong>de</strong> 2007.<br />

206


ANALISE DE DESEMPENHO DE PROTOCOLOS DE<br />

CRIPTOGRAFIA EM REDES SEM FIO<br />

Camila Suzin<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caxias do Sul (UCS) - Campus <strong>de</strong> Vacaria<br />

Av. Dom Frei Cândido Maria Bampi, 2800 - CEP 95200-000 – Vacaria, RS – Brasil<br />

camilasuzin@yahoo.com.br<br />

Walter Priesnitz Filho<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caxias do Sul (UCS) - Campus <strong>de</strong> Vacaria<br />

Av. Dom Frei Cândido Maria Bampi, 2800 - CEP 95200-000 – Vacaria, RS – Brasil<br />

wpfilho@ucs.br<br />

Maria Emilia Camargo<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caxias do Sul (UCS) - Campus <strong>de</strong> Vacaria<br />

Av. Dom Frei Cândido Maria Bampi, 2800 - CEP 95200-000 – Vacaria, RS – Brasil<br />

kamargo@terra.com.br<br />

Resumo<br />

À medida que o uso <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s sem fio e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas tecnologias aumenta, aumenta também a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> mais segurança, já que esta relação também se aplica às frau<strong>de</strong>s e espionagens na re<strong>de</strong>. Entretanto, a implementação <strong>de</strong><br />

técnicas <strong>de</strong> segurança acabam por interferir, e muitas vezes <strong>de</strong>gradar o <strong>de</strong>sempenho da re<strong>de</strong>, uma vez que tais<br />

procedimentos requerem maior po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> processamento das máquinas, maior largura <strong>de</strong> banda, entre outros. Neste<br />

trabalho foi analisado o <strong>de</strong>sempenho dos principais protocolos <strong>de</strong> criptografia para re<strong>de</strong>s sem fio (WEP e WPA), no que<br />

diz respeito à sobrecarga introduzida na re<strong>de</strong> pela utilização <strong>de</strong> diferentes tamanhos <strong>de</strong> chaves criptográficas.<br />

Palavras-Chave:<br />

Desempenho, Wireless, Criptografia<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Atualmente, sabe-se que a implementação <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> segurança acabam por interferir, e muitas<br />

vezes <strong>de</strong>gradar o <strong>de</strong>sempenho da re<strong>de</strong>, uma vez que tais procedimentos requerem maior po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

processamento das máquinas, maior largura <strong>de</strong> banda, entre outros. Desta forma, quantificar esta sobrecarga<br />

introduzida pelos mecanismos <strong>de</strong> segurança, bem como o <strong>de</strong>sempenho obtido pelas re<strong>de</strong>s, é essencial para a<br />

i<strong>de</strong>ntificação das técnicas mais apropriadas, aumentando a qualida<strong>de</strong> dos serviços e a satisfação dos usuários.<br />

De acordo com Nakamura e Geus (2002) "a segurança é necessária, porém sua estratégia <strong>de</strong> implementação<br />

<strong>de</strong>ve ser bem <strong>de</strong>finida, medindo-se custos e benefícios, já que a segurança total não é possível".<br />

Assim, neste trabalho realizou-se o estudo dos protocolos criptográficos específicos para implementação<br />

em re<strong>de</strong>s sem fio, bem como a análise <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho dos mesmos, através <strong>de</strong> parâmetros que estabelecem<br />

relações entre segurança e <strong>de</strong>sempenho.<br />

Este artigo está organizado da seguinte forma: na seção 2 são apresentados os padrões <strong>de</strong> criptografia<br />

utilizados nos testes (WEP e WPA). A seção 3 é <strong>de</strong>stinada às questões e avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, bem<br />

como a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>talhada do andamento dos testes realizados. A seção 4 é reservada às consi<strong>de</strong>rações<br />

finais.<br />

207


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

2. CRIPTOGRAFIA EM REDES SEM FIO<br />

Em ambientes <strong>de</strong> re<strong>de</strong> que utilizam tecnologias sem fio, as questões relativas à segurança tornam-se críticas,<br />

uma vez que os dados e informações trafegam pelo ar, e não por um meio guiado. Assim, tais ambientes<br />

possuem uma necessida<strong>de</strong> maior <strong>de</strong> mecanismos que venham a prover segurança no acesso à re<strong>de</strong><br />

propriamente dita, <strong>de</strong>ntre os quais, <strong>de</strong>stacam-se os mecanismos <strong>de</strong> criptografia.<br />

Dentre os padrões <strong>de</strong> criptografia adotados pelo IEEE 802.11, tem-se o WEP (Wired Equivalency<br />

Privacy) e o WPA (Wi-Fi Protected Acccess), apresentados a seguir.<br />

2.1 WEP (Wired Equivalency Privacy)<br />

Atualmente, o WEP é o padrão <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong>senvolvido para todos os padrões 802.11, e seu objetivo é<br />

prover o mesmo nível <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> cabeada a uma re<strong>de</strong> sem fio.<br />

O WEP opera na camada <strong>de</strong> enlace <strong>de</strong> dados para autenticar e criptografar os dados entre o cliente e o<br />

access point. É baseado no método criptográfico RC4 da RSA Security, utilizando um vetor <strong>de</strong> inicialização<br />

(VI) <strong>de</strong> 24 bits e uma chave secreta compartilhada (secret shared key) <strong>de</strong> 40 ou 104 bits, a qual po<strong>de</strong> ser<br />

utilizada pelo access point para realizar a autenticação do cliente (Park e Dicoi, 2003).<br />

O VI, juntamente com a chave, servem <strong>de</strong> entrada para um gerador <strong>de</strong> números pseudo-aleatórios (PRNG<br />

– Pseudorandom Number Generator), utilizado para formar uma chave <strong>de</strong> 64 ou 128 bits que é usada para<br />

criptografar o texto plano através <strong>de</strong> uma operação XOR. Além disso, o texto a ser criptografado é<br />

concatenado com o resultado do processo <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> integrida<strong>de</strong> dos dados (ICV – Integrity Check<br />

Value), realizado a partir do algoritmo <strong>de</strong> checagem <strong>de</strong> redundância CRC-32 (Cyclic Redundancy Check).<br />

O resultado da operação XOR é concatenado com o VI e enviado ao receptor, sendo utilizado, juntamente<br />

com a chave secreta compartilhada, para gerar a mesma seqüência do PRNG e <strong>de</strong>criptografar o texto cifrado.<br />

Após, aplica-se o CRC-32, comparando-o com o ICV para checar a integrida<strong>de</strong> da mensagem recebida<br />

(Junior et at, 2003).<br />

De acordo com Longjun et al (2003), atualmente o protocolo WEP não atinge seus objetivos, uma falha<br />

atribuída a seus <strong>de</strong>senvolvedores, que utilizaram incorretamente o algoritmo RC4. O autor enfatiza ainda que,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 2000, pesquisadores e hackers já haviam <strong>de</strong>scoberto várias falhas no protocolo, o que o torna<br />

muito limitado no que diz respeito à segurança.<br />

Segundo Veríssimo (2001), o RC4 foi implementado <strong>de</strong> forma equivocada no WEP, uma vez que a ca<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> bits que é a chave para o RC4 é composta da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> bits que é a chave para o WEP, mais um vetor <strong>de</strong><br />

inicialização. Este é uma ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> 24 bits que o padrão WEP não especificou a forma como, se, ou qual a<br />

freqüência em que <strong>de</strong>veria ser alterada. Com isso, nas implementações, parte da chave do RC4 se repete <strong>de</strong><br />

tempos em tempos. Para o autor, “o RC4 é um algoritmo para gerar ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> bits pseudo-aleatórias<br />

excepcionalmente simples e <strong>de</strong> extrema eficiência. Os ataques aconteceram graças a <strong>de</strong>feitos na arquitetura<br />

do WEP”.<br />

2.2 WPA (Wi-Fi Protected Access)<br />

Em função das falhas <strong>de</strong> segurança encontradas no protocolo WEP, foi organizada uma comissão para tentar<br />

solucioná-las, dando início à elaboração do padrão IEEE 802.11i. Este grupo criou um padrão chamado RSN<br />

(Robust Security Network), incluindo duas partes: o AES (Advanced Encryption Standard) para criptografia<br />

do tráfego das WLANs; e o IEEE 802.1X (Padrão <strong>de</strong> Autenticação baseado em Portas na Re<strong>de</strong>) para<br />

autenticação <strong>de</strong> usuário e gerenciamento da chave criptográfica (Amaral e Maestrelli, 2005).<br />

Neste contexto, em 2003, foi lançada a primeira <strong>geração</strong> do WPA, produzido pela Wi–Fi Alliance, como<br />

estratégia para suprir as <strong>de</strong>ficiências do protocolo WEP, seu antecessor, sendo <strong>de</strong>senvolvido para prover<br />

segurança a todas as versões do padrão 802.11.<br />

De acordo com Heikkila (2005), o padrão utiliza um esquema <strong>de</strong> criptografia <strong>de</strong>nominado TKIP<br />

(Temporal Key Integrity Protocol), o qual embaralha todos os frames utilizando um algoritmo <strong>de</strong> hash, on<strong>de</strong>,<br />

a cada 10.000 pacotes, a chave <strong>de</strong> criptografia é modificada. Ainda, provê autenticação através do uso do<br />

protocolo 802.1X, juntamente com um dos padrões EAP (Extensible Authentication Protocol), o qual<br />

i<strong>de</strong>ntifica usuários através <strong>de</strong> certificados digitais. O padrão EAP é <strong>de</strong>scrito na RFC 3748, <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2004.<br />

Há um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> padrões com implementações EAP, entre eles <strong>de</strong>stacam-se:<br />

208


• EAP-TLS – EAP Transport Layer Security;<br />

• EAP-TTLS – EAP Tunneled Transport Layer Security;<br />

• PEAP – Protected EAP;<br />

Segundo a Wi-Fi Alliance (2005), utilizando o EAP, o 802.1X cria um framework on<strong>de</strong> as estações<br />

autenticam-se mutuamente com o servidor. Estas autenticações previnem que os usuários se conectem<br />

aci<strong>de</strong>ntalmente a access points proibidos, e ainda garantem que os usuários são quem dizem ser. Quando um<br />

usuário solicita acesso à re<strong>de</strong>, o cliente envia as cre<strong>de</strong>nciais do usuário ao servidor <strong>de</strong> autenticação, através<br />

do access point. Se o servidor aceitar tais cre<strong>de</strong>nciais, uma chave TKIP é enviada ao cliente e ao access<br />

point, completando o processo <strong>de</strong> autenticação.<br />

A partir daí, o servidor <strong>de</strong> autenticação utiliza o protocolo 802.1X para gerar uma chave mestra para a<br />

sessão, a qual é distribuída ao cliente e ao access point pelo protocolo TKIP, senda utilizada para gerar<br />

dinamicamente chaves únicas <strong>de</strong> criptografia <strong>de</strong> pacotes.<br />

A Figura 1 apresenta um comparativo, quanto ao nível <strong>de</strong> segurança, entre os algoritmos AES, TKIP e<br />

WEP, <strong>de</strong> acordo com Amaral e Maestrelli (2004).<br />

Figura 1. Comparativo entre protocolos <strong>de</strong> criptografia<br />

O WPA utiliza ainda o MIC (Message Integrity Check), também conhecido como “Michael”, que previne<br />

contra a perda <strong>de</strong> pacotes, através <strong>de</strong> funções matemáticas que comparam os dados do emissor e receptor.<br />

3. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO<br />

Apesar <strong>de</strong> algumas questões relativas a <strong>de</strong>sempenho estarem relacionadas à camada <strong>de</strong> re<strong>de</strong>, a qual é<br />

responsável pelo roteamento dos pacotes e controle <strong>de</strong> congestionamento, é na camada <strong>de</strong> transporte que<br />

surgem os maiores problemas, uma vez que realiza a comunicação fim a fim entre os hosts.<br />

Para realizar esta comunicação, a camada <strong>de</strong> transporte faz uso <strong>de</strong> alguns protocolos <strong>de</strong> transporte, sendo<br />

que os mais utilizados são o TCP (Transmission Control Protocol) e o UDP (User Datagram Protocol).<br />

3.1 Metodologia<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O método <strong>de</strong> pesquisa científica, utilizado do ponto <strong>de</strong> vista da natureza e da forma <strong>de</strong> abordagem do<br />

problema, foi o método Estatístico, o qual permite a redução <strong>de</strong> fenômenos a termos quantitativos e a<br />

209


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

manipulação estatística, permitindo comprovar as relações dos fenômenos entre si, e obter generalizações<br />

sobre sua natureza, ocorrência ou significado (Lakatos e Marconi, 1991).<br />

3.2 Métricas<br />

As métricas, ou parâmetros, são critérios utilizados para analisar o <strong>de</strong>sempenho do sistema ou componentes<br />

do mesmo, sob diferentes aspectos. Abaixo são apresentadas algumas <strong>de</strong>las, as quais foram utilizadas neste<br />

artigo:<br />

• Média <strong>de</strong> atraso: é a média <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> retardo no envio dos pacotes;<br />

• Jittter – é a variação <strong>de</strong> tempo entre a chegada dos pacotes;<br />

• Throughput – também chamada <strong>de</strong> vazão, é o número (taxa) <strong>de</strong> itens processados por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

tempo (bits por segundo);<br />

3.3 Equipamentos<br />

Os equipamentos utilizados para a realização dos testes foram:<br />

• 1 access point, padrão 802.11g, configurado como tal;<br />

• 1 access point, padrão 802.11g, configurado como access point cliente;<br />

• 1 microcomputador Pentium IV, 2.4GHz, 256 MB RAM, Interface <strong>de</strong> Re<strong>de</strong> 10/100 mbps;<br />

• 1 microcomputador notebook Centrino 1.8GHz, 1GB RAM, Interface <strong>de</strong> Re<strong>de</strong> 10/100 mbps.<br />

3.4 Softwares<br />

Foram utilizados os softwares Ru<strong>de</strong> e Cru<strong>de</strong> Versão 0.62 para a realização dos testes. Ambos pertencem ao<br />

mesmo pacote, sendo que o Ru<strong>de</strong> é o responsável pela <strong>geração</strong> do tráfego UDP na re<strong>de</strong>; e o Cru<strong>de</strong> é o<br />

responsável pela recepção do tráfego gerado, elaborando arquivos <strong>de</strong> logs, on<strong>de</strong> constam informações acerca<br />

dos testes realizados, tais como número <strong>de</strong> pacotes recebidos e perdidos, número <strong>de</strong> bytes recebidos, número<br />

<strong>de</strong> pacotes fora <strong>de</strong> seqüência, entre outros.<br />

A <strong>geração</strong> <strong>de</strong> tráfego pelo Ru<strong>de</strong> é realizada <strong>de</strong> acordo com um arquivo <strong>de</strong> configuração (script), on<strong>de</strong> são<br />

informados parâmetros para a <strong>geração</strong> do tráfego, como tempo <strong>de</strong> duração <strong>de</strong> cada teste, tamanho dos pacotes<br />

e taxa <strong>de</strong> transmissão, en<strong>de</strong>reço <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino, e portas <strong>de</strong> origem e <strong>de</strong>stino.<br />

O sistema operacional utilizado em ambas as máquinas utilizadas, foi o Linux, distribuição Fedora Core<br />

6.<br />

3.5 Cenário dos Testes<br />

Os equipamentos <strong>de</strong>scritos anteriormente foram organizados da seguinte maneira: Access point conectado por<br />

re<strong>de</strong> cabeada ethernet a um microcomputador que recebe o fluxo <strong>de</strong> dados. Do outro lado, um access point<br />

cliente conectado por re<strong>de</strong> cabeada ethernet ao gerador do fluxo <strong>de</strong> dados. Este esquema po<strong>de</strong> ser visualizado<br />

na Figura 2.<br />

Para que os testes obtivessem total precisão, as duas máquinas utilizadas na <strong>geração</strong> e coleta <strong>de</strong> dados<br />

foram conectadas a um servidor NTP (Network Time Protocol), sincronizando os relógios dos equipamentos,<br />

a partir <strong>de</strong> uma referência UTP (Universal Time Coordinated), conhecida como relógio <strong>de</strong> referência. Além<br />

disso, foi necessário <strong>de</strong>sabilitar o firewall da re<strong>de</strong>, para que o Cru<strong>de</strong> pu<strong>de</strong>sse receber o tráfego gerado pelo<br />

Ru<strong>de</strong>, do contrário, o mesmo seria bloqueado.<br />

210


Figura 2. Cenário dos testes<br />

No Quadro 1 é apresentado o arquivo <strong>de</strong> configuração para o Ru<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> são estabelecidos os parâmetros<br />

para a <strong>geração</strong> do tráfego.<br />

START NOW<br />

## Fluxo 1: (flow ID = 10)<br />

## Inicia o fluxo imediatamente apos o START com os seguintes parâmetros:<br />

## 256 pacotes/segundo, cada pacote com 108 bytes<br />

## On<strong>de</strong>:<br />

## TI -> Tempo <strong>de</strong> início do fluxo<br />

## IF -> I<strong>de</strong>ntificador do Fluxo<br />

## Destino: Porta -> En<strong>de</strong>reço IP:Porta <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino do fluxo<br />

## Pct -> Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pacotes por segundo<br />

## Tam -> Tamanho dos pacotes gerados<br />

#TI IF Destino:Porta Pct Tam<br />

0000 0010 ON 3001 192.168.0.54:10001 CONSTANT 256 108<br />

60000 0010 OFF<br />

## Após 1 minuto, o fluxo é parado<br />

Quadro 1. Arquivo <strong>de</strong> configuração do Ru<strong>de</strong>, nomeado script_ru<strong>de</strong>.cfg<br />

A inicialização do Ru<strong>de</strong> e do Cru<strong>de</strong> é feita a partir do prompt <strong>de</strong> comando do Linux, através dos seguintes<br />

comandos:<br />

# ru<strong>de</strong> -s script_ru<strong>de</strong>.cfg<br />

# cru<strong>de</strong> -p 10001 -s 10<br />

Foram gerados fluxos <strong>de</strong> 256 pacotes por segundo, cada qual com 108 bytes cada, ou seja, um tráfego <strong>de</strong><br />

27648 bytes por segundo na re<strong>de</strong>. Além disso, os testes foram realizados com duração <strong>de</strong> 1, 2 e 4 minutos.<br />

3.6 Resultados Obtidos<br />

Para comparar, e analisar o <strong>de</strong>sempenho, foram realizados testes com os seguintes protocolos:<br />

• Sem criptografia;<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

211


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

• WEP, com criptografia <strong>de</strong> 64 bits;<br />

• WEP, com criptografia <strong>de</strong> 128 bits;<br />

• WEP, com criptografia <strong>de</strong> 152 bits;<br />

• WPA-PSK (Pré-Shared Key), com criptografia padrão;<br />

Uma vez que cada protocolo foi testado três vezes (1, 2 e 4 min), foram gerados 15 arquivos <strong>de</strong> logs, os<br />

quais foram estudados a partir <strong>de</strong> análises estatísticas, através do software Statística 5, avaliando-se as<br />

métricas: média <strong>de</strong> atraso, jitter médio, jitter máximo e throughput. As Tabela 1, 2 e 3 apresentam a média e<br />

o <strong>de</strong>svio padrão entre os protocolos para os três tempos, respectivamente.<br />

Tabela 1. Média, Desvio Padrão e Variância entre os protocolos para 1 minuto<br />

Métricas Média Desvio Padrão<br />

Média <strong>de</strong> Atraso -0,32623940 0,11738666<br />

Jitter Médio 0,00027920 0,00019811<br />

Jitter Máximo 0,02304600 0,03948515<br />

Throughput 27654,5000 0,12247449<br />

Tabela 2. Média, Desvio Padrão e variância entre os protocolos para 2 minutos<br />

Métricas Média Desvio Padrão<br />

Média <strong>de</strong> Atraso -0,33898080 0,11656913<br />

Jitter Médio 0,00022100 0,00001056<br />

Jitter Máximo 0,00588260 0,00248127<br />

Throughput 27653,5400 0,05477226<br />

Tabela 3. Média, Desvio Padrão e variância entre os protocolos para 4 minutos<br />

Métricas Média Desvio Padrão<br />

Média <strong>de</strong> Atraso -0,35937080 0,11598259<br />

Jitter Médio 0,00022580 0,00000996<br />

Jitter Máximo 0,01417500 0,01923353<br />

Throughput 27653,02000 0,04472136<br />

Inicialmente, foi realizada a análise <strong>de</strong> variância não paramétrica <strong>de</strong> Kruskal-Wallis (Siegel, 1977), entre<br />

os cinco algoritmos, nos três tempos <strong>de</strong> coleta, revelando que para p


Média <strong>de</strong> atraso<br />

Jitter Médio<br />

Níveis<br />

-0.15<br />

-0.20<br />

-0.25<br />

-0.30<br />

-0.35<br />

-0.40<br />

-0.45<br />

-0.50<br />

-0.55<br />

0.0007<br />

0.0006<br />

0.0005<br />

0.0004<br />

0.0003<br />

0.0002<br />

0.0001<br />

0.0000<br />

0.55<br />

0.50<br />

0.45<br />

0.40<br />

0.35<br />

0.30<br />

0.25<br />

0.20<br />

0.15<br />

0.10<br />

0.05<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

1 min. 2 min. 4 min.<br />

Tempos<br />

Figura 3. Média <strong>de</strong> atraso para os cinco algoritmos<br />

1 min. 2 min. 3 min.<br />

Tempos<br />

Figura 4. Jitter Médio para os cinco algoritmos<br />

Open Wep64 Wep128<br />

Algorítmos<br />

Wep152 WPA_PSK<br />

Open<br />

WEP 64<br />

WEP 128<br />

WEP 152<br />

WPA-PSK<br />

Open<br />

WEP 64<br />

WEP 128<br />

WEP 152<br />

WPA-PSK<br />

Insegurança<br />

Atras o<br />

Figura 5. Representação da relação entre os níveis <strong>de</strong> insegurança e os níveis <strong>de</strong> atraso<br />

213


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Através dos testes realizados, constatou-se que a utilização <strong>de</strong> um protocolo <strong>de</strong> criptografia mais robusto,<br />

como o WPA, <strong>de</strong>manda um maior po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> processamento e largura <strong>de</strong> banda da re<strong>de</strong>, em função do nível <strong>de</strong><br />

segurança requerido. Cabe mencionar, ainda, que os testes realizados mediram o nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho nas<br />

extremida<strong>de</strong>s (hosts), uma vez que foi utilizado um cenário <strong>de</strong> teste estável.<br />

Desta forma, em qualquer situação, é preciso analisar com atenção os requisitos e especificações do<br />

ambiente em questão, tais como qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço, proteção <strong>de</strong> ativos, confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados;<br />

avaliando a melhor relação custo X benefício.<br />

Como sugestão para trabalhos futuros, po<strong>de</strong>-se ampliar o rol <strong>de</strong> protocolos utilizados nos testes, bem<br />

como os ambientes <strong>de</strong> re<strong>de</strong>, diversificando os cenários <strong>de</strong> testes e aumentando a inserção <strong>de</strong> tráfego. Po<strong>de</strong>-se,<br />

ainda, avaliar outros mecanismos <strong>de</strong> segurança, abordados neste trabalho, como o WPA2 e 802.11X, e<br />

sistemas <strong>de</strong> autenticação RADIUS.<br />

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

AMARAL, Bruno Marques; MAESTRELLI, Marita. Segurança em Re<strong>de</strong>s Wireless 802.11. 2004. Disponível em<br />

http://mesonpi.cat.cbpf.br/cbpfin<strong>de</strong>x/publication_pdfs/ nt00204.20060130225107.pdf . Acesso em 28/09/2006.<br />

HEIKKILA, Faith M.. SecureWorld Expo 2005. IEEE Computer Society, 2005.<br />

JUNIOR, Paulo D. M.; NUNES, Bruno A. A.; CAMPOS, Carlos A. V.; MORAES, Luis Felipe M. <strong>de</strong>. Avaliando a<br />

sobrecarga introduzida nas Re<strong>de</strong>s 802.11 pelos mecanismos <strong>de</strong> segurança WEP e VPN/IPSec. Rio <strong>de</strong> janeiro, 2003.<br />

Disponível em http://www.ravel.ufrj.br/arquivosPublicacoes/WSeg2003_Sobrecarga_80211_WEP_VPN_IPSec.pdf.<br />

Acesso em 30/10/2006.<br />

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1991.<br />

LOGJUN, Zhang; WEI, Han; DONG, Zheng; KEFEI, Chen. A Security Solution of WLAN Based on Public Key<br />

Cryptosystem. Proceedings of the 2005 11 th International Conference on Parallel and Distributed Systems<br />

(ICPADS´05) 0-7695-2281-5/05. IEEE Computer Society, 2005.<br />

NAKAMURA, Emílio Tissato; GEUS, Paulo Lício <strong>de</strong>. Segurança <strong>de</strong> Re<strong>de</strong>s em Ambientes Cooperativos. São Paulo:<br />

Berkeley Brasil, 2002.<br />

PARK, Joon S.; DICOI, Derrick. WLAN Security: Current and Future. Security Track. IEEE Computer Society, 2003.<br />

SIEGEL, S. Estatística não-paramétrica para as ciências do comportamento. Mc Graw-Hill do Brasil, São Paulo, 1977.<br />

VERISSIMO, Fernando. Em <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> Rivest. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2001. Disponível em http://www.cos.ufrj.br/<br />

~ferver/<strong>de</strong>frivest.pdf. Acesso em 10/11/06.<br />

Wi-Fi Alliance. Deploying Wi-Fi Protected Access (WPA) and (WPA2) in the Enterprise. Wi-Fi Alliance, 2005.<br />

Disponível em http://www.wi-fi.org/files/uploa<strong>de</strong>d_files/wp_9 WPA-WPA2%20Implementation_2-27-05.pdf.<br />

Acesso em 15/11/2006.<br />

214


aAUTOMATOR: HERRAMIENTA FLEXIBLE PARA LA<br />

EXTRACCIÓN DE INFORMACIÓN EN SITIOS WEB<br />

BIOINFORMÁTICOS<br />

Daniel Glez-Peña, José R. Mén<strong>de</strong>z, Florentino F<strong>de</strong>z-Riverola<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Vigo<br />

E.S. <strong>de</strong> Ingeniería Informática, Edificio Politécnico, As Lagoas s/n, 32004, Ourense, España<br />

{dgpena | moncho.men<strong>de</strong>z | riverola}@uvigo.es<br />

RESUMEN<br />

En este artículo se presenta aAUTOMATOR, una herramienta para el <strong>de</strong>sarrollo fácil y rápido <strong>de</strong> agentes software a<br />

medida <strong>de</strong>stinados a la extracción <strong>de</strong> información <strong>de</strong> la Web. Estas aplicaciones, <strong>de</strong>nominadas robots, recorren y analizan<br />

las páginas web extrayendo y combinando la información existente según el formato especificado por el usuario.<br />

aAUTOMATOR se compone <strong>de</strong> una herramienta visual para el diseño y ejecución <strong>de</strong> robots que evita la necesidad <strong>de</strong><br />

disponer <strong>de</strong> conocimientos avanzados <strong>de</strong> lenguajes <strong>de</strong> programación, y <strong>de</strong> una API que permite que los robots puedan ser<br />

integrados en nuevos <strong>de</strong>sarrollos in<strong>de</strong>pendientes <strong>de</strong> aAUTOMATOR como aplicaciones web o aplicaciones <strong>de</strong> escritorio.<br />

PALABRAS CLAVE<br />

recuperación <strong>de</strong> información, web crawling, web semántica, bioinformática<br />

1. INTRODUCCIÓN Y MOTIVACIÓN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

En la última década, la Web se ha convertido en el recurso <strong>de</strong> información más rico, libre, accesible,<br />

participativo, útil y, en <strong>de</strong>finitiva, <strong>de</strong> mayor relevancia <strong>de</strong> la Historia. A través <strong>de</strong> la WWW no sólo es posible<br />

acce<strong>de</strong>r a información <strong>de</strong> cualquier ámbito, sino que también es factible comprar, ven<strong>de</strong>r, publicitarse,<br />

comunicarse audiovisualmente, formar comunida<strong>de</strong>s, realizar operaciones bancarias, trámites con las<br />

administraciones y un largo etcétera. En ciertos ámbitos, sobre todo científicos, la Web se presenta como la<br />

fuente <strong>de</strong> información y <strong>de</strong> herramientas más importante, a<strong>de</strong>más <strong>de</strong> ser el principal canal <strong>de</strong> transferencia <strong>de</strong><br />

conocimiento.<br />

Concretamente, en el campo <strong>de</strong> la bioinformática y la biología computacional cabe <strong>de</strong>stacar la amplia<br />

disponibilidad <strong>de</strong> recursos en-línea en cuanto a: (i) publicaciones con información biológica y médica<br />

(bibliome) in<strong>de</strong>xadas por la base <strong>de</strong> datos PubMed (Pubmed, 2007) con más <strong>de</strong> 16 millones <strong>de</strong> abstracts y<br />

publicaciones científicas, y (ii) bases <strong>de</strong> datos genómicas, proteómicas y metabólicas <strong>de</strong> gran tamaño<br />

accesibles a través <strong>de</strong> interfaces y servicios web (Baxenavis and Ouellete, 2004). En este sentido, la Web es<br />

el medio que posibilita el acceso al nuevo conocimiento generado por diferentes grupos <strong>de</strong> investigación <strong>de</strong><br />

todo el mundo y que, sin embargo, continúa presentando importantes retos relacionados con el acceso y la<br />

extracción <strong>de</strong> información útil. Entre otros, cabe mencionar los siguientes inconvenientes:<br />

• Elevada cantidad <strong>de</strong> información. Las interfaces web <strong>de</strong> acceso a información genómica suelen<br />

generar como resultado datos <strong>de</strong> elevada dimensionalidad y nivel <strong>de</strong> <strong>de</strong>talle que, si bien en muchos<br />

casos es lo buscado, en otros únicamente resulta <strong>de</strong> interés una parte reducida <strong>de</strong>l resultado.<br />

• Múltiples formatos <strong>de</strong> presentación. El aspecto y estructura <strong>de</strong> los resultados es diferente en función<br />

<strong>de</strong> la fuente <strong>de</strong> información a la que se acce<strong>de</strong>.<br />

• Información distribuida en diferentes lugares. Suele ser muy habitual que la información buscada no<br />

se encuentre únicamente en un lugar, sino que sea necesario el acceso a múltiples fuentes <strong>de</strong><br />

información realizando búsquedas y copiando/pegando resultados que se dirigirán <strong>de</strong> forma manual<br />

hacia nuevas búsquedas en otros lugares. Este último reto es <strong>de</strong> especial relevancia y reinci<strong>de</strong>ncia en<br />

este campo.<br />

215


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

En este contexto, suele ser frecuente que la solución adoptada implique el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> aplicaciones<br />

software que acce<strong>de</strong>n a las páginas web seleccionando, formateando y combinando la información extraída<br />

con el fin <strong>de</strong> generar una versión personalizada que cumpla los requisitos. Sin embargo, la Web no ha sido<br />

diseñada para ser interpretada por agentes software, sino por personas. En todo caso, la WWW continúa<br />

mejorando no sólo cuantitativamente, sino <strong>de</strong> un modo cualitativo. En los últimos años han surgido<br />

tecnologías para formatear, estructurar e in<strong>de</strong>xar dicha información (RDF, OWL, SPARQL, Servicios Web<br />

SOAP/WSDL, etc.), siendo a<strong>de</strong>más accesible e interpretable por agentes software. Todo este tipo <strong>de</strong><br />

tecnologías da soporte a lo que se ha dado en llamar Web Semántica (Davies, 2006).<br />

Esta nueva generación <strong>de</strong> tecnologías permite la creación <strong>de</strong> programas que durante su ejecución pue<strong>de</strong>n<br />

acce<strong>de</strong>r a servicios y/o extraer información <strong>de</strong> múltiples sitios Web. No obstante, el uso <strong>de</strong> estas herramientas<br />

dista todavía <strong>de</strong> ser algo generalizado (Baumgartner, 2001) <strong>de</strong>bido sobre todo a la antigüedad <strong>de</strong> las webs o a<br />

que no ha sido consi<strong>de</strong>rado su acceso por parte programas software. Este inconveniente se presenta también<br />

en muchos sitios <strong>de</strong> acceso a bases <strong>de</strong> datos bioinformáticas. En estos casos, la única alternativa para la<br />

creación <strong>de</strong> este tipo <strong>de</strong> agentes software implica un esfuerzo a mayores durante la fase <strong>de</strong> extracción <strong>de</strong><br />

información, que se basa en el análisis <strong>de</strong>l código HTML en busca <strong>de</strong> patrones <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>nas <strong>de</strong> texto. A<br />

mayores, se hacen necesarios conocimientos <strong>de</strong> programación para la construcción <strong>de</strong> este tipo <strong>de</strong> “robots”,<br />

tanto si se utilizan tecnologías <strong>de</strong> la web semántica, como si se analiza texto HTML.<br />

El presente artículo presenta aAUTOMATOR, una herramienta altamente flexible que permite la creación<br />

visual <strong>de</strong> agentes software (en a<strong>de</strong>lante robots) para la extracción <strong>de</strong> información en sitios web. Mediante<br />

aAUTOMATOR un usuario sin conocimientos <strong>de</strong> programación pue<strong>de</strong> crear sus propios robots con un bajo<br />

esfuerzo, y éstos acce<strong>de</strong>rán a webs, extraerán texto, lo dirigirán a otros portales, <strong>de</strong>scargarán imágenes,<br />

ficheros, combinarán resultados e incluso podrán generar como salida una página HTML personalizada.<br />

El artículo se ha estructurado como sigue. La sección 2 <strong>de</strong>talla la arquitectura <strong>de</strong> aAUTOMATOR,<br />

<strong>de</strong>scribiendo la estructura, componentes internos y almacenamiento <strong>de</strong> un robot. A continuación la sección 3<br />

presenta la herramienta visual para el diseño <strong>de</strong> robots. Posteriormente, la sección 4 propone un ejemplo <strong>de</strong><br />

utilización real implementando un caso práctico. Finalmente la sección 5 expone las conclusiones y el trabajo<br />

futuro a realizar.<br />

2. ARQUITECTURA DE aAUTOMATOR<br />

aAUTOMATOR ha sido <strong>de</strong>sarrollado en Java utilizando la versión 1.5 <strong>de</strong>l JDK y haciendo uso <strong>de</strong> la<br />

plataforma <strong>de</strong> programación AIBench (AIBench, 2007). Su arquitectura se muestra en la Figura 1.<br />

216<br />

Figura 1. Arquitectura <strong>de</strong> aAUTOMATOR.<br />

Tal y como muestra la Figura 1, aAUTOMATOR se compone <strong>de</strong> dos bloques principales:<br />

• Herramienta <strong>de</strong> edición y ejecución <strong>de</strong> robots. Aplicación que permite el diseño y la ejecución <strong>de</strong><br />

robots en un entorno visual y amigable. El objetivo <strong>de</strong> esta herramienta es la creación <strong>de</strong> robots sin<br />

conocimientos <strong>de</strong> programación, una <strong>de</strong> las características clave <strong>de</strong>l trabajo llevado a cabo.


• aAUTOMATOR API. Librería en la que se basa la herramienta anterior y que a<strong>de</strong>más permite la<br />

creación, instanciación y ejecución <strong>de</strong> robots a nivel <strong>de</strong> programación <strong>de</strong>s<strong>de</strong> otras aplicaciones, lo<br />

que supone un segundo e interesante enfoque en el uso <strong>de</strong> este software.<br />

Tanto la creación <strong>de</strong> robots (parte 1 en la Figura 1) como su ejecución (parte 2 en la Figura 1), pue<strong>de</strong>n ser<br />

llevadas a cabo por la herramienta visual o por el API. A<strong>de</strong>más, la ejecución en sí pue<strong>de</strong> realizarse <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

otras aplicaciones como, por ejemplo, herramientas <strong>de</strong> escritorio o incluso aplicaciones web basadas en Java.<br />

En este sentido, aAUTOMATOR pue<strong>de</strong> verse como un software que ayuda a construir una parte <strong>de</strong> otro<br />

<strong>de</strong>sarrollo mayor. Un ejemplo ilustrativo <strong>de</strong> ese caso sería una aplicación web que dada una ca<strong>de</strong>na <strong>de</strong><br />

búsqueda pudiese generar resultados a partir <strong>de</strong> la consulta y extracción <strong>de</strong> otros sitios web, siendo un robot<br />

creado con aAUTOMATOR el que realizase dicha extracción <strong>de</strong> información.<br />

2.1 Estructura <strong>de</strong> un Robot<br />

Un robot se compone <strong>de</strong> piezas atómicas, <strong>de</strong>nominadas transformadores, que realizan una función simple y<br />

bien <strong>de</strong>finida. Un transformador recibe como entrada un vector <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>nas <strong>de</strong> texto, realiza una operación<br />

(normalmente en función <strong>de</strong> la entrada) y <strong>de</strong>vuelve otro vector <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>nas <strong>de</strong> texto como salida. Los<br />

transformadores se interconectan entre sí en serie o en paralelo para formar el robot final. Ejemplo <strong>de</strong><br />

transformadores son la conversión <strong>de</strong> URLs a su contenido HTML, búsqueda <strong>de</strong> patrones en el texto entrante<br />

y <strong>de</strong>volución <strong>de</strong> las coinci<strong>de</strong>ncias, reemplazo <strong>de</strong> texto, etc.<br />

La estructura lógica <strong>de</strong> un robot está compuesta por un grafo acíclico dirigido en el que los nodos son los<br />

transformadores y las aristas indican que los resultados <strong>de</strong> un transformador se dirigen a otro. Sin embargo, la<br />

disposición interna <strong>de</strong> los transformadores tiene forma <strong>de</strong> árbol n-ario, <strong>de</strong> modo que cada transformador<br />

realiza primero su operación con el vector <strong>de</strong> entrada, a continuación le pasa los resultados a sus hijos y,<br />

finalmente la información que ellos <strong>de</strong>vuelvan se combina para obtener el resultado. Se ha optado por una<br />

representación en árbol, y no en grafo, para centralizar el control <strong>de</strong> las bifurcaciones y <strong>de</strong> las<br />

recombinaciones <strong>de</strong> los resultados en el nodo padre <strong>de</strong> la bifurcación. Esta estrategia facilita la representación<br />

posterior <strong>de</strong>l robot en XML. Por lo tanto, un robot tiene dos vistas: una en árbol y otra lógica, tal y como<br />

muestra la Figura 2.<br />

Figura 2. Vista en árbol y lógica <strong>de</strong> un robot.<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Para establecer el flujo <strong>de</strong> información (es <strong>de</strong>cir, si los datos se pasan en serie o se bifurcan) y el modo en<br />

que se recombinan los resultados <strong>de</strong> una bifurcación, se utilizan los siguientes parámetros:<br />

• BRANCH TYPE. Indica cómo se pasan los resultados <strong>de</strong> un transformador padre a sus hijos. Con este<br />

parámetro se controla la conexión en serie o en paralelo. Existen tres opciones:<br />

217


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

o CASCADE. La información se pasa únicamente al primer hijo y lo que éste <strong>de</strong>vuelva al<br />

segundo, y así sucesivamente. El resultado generado por el último hijo será el resultado <strong>de</strong>l<br />

robot padre. Esto supone la conexión en serie <strong>de</strong> los transformadores.<br />

o BRANCH-DUPLICATED. La información se pasa a todos los hijos (una copia a cada uno).<br />

o BRANCH-SCATTERED. La información se pasa a los hijos <strong>de</strong> forma repartida, es <strong>de</strong>cir, el<br />

vector <strong>de</strong> resultados generado por el padre es dividido <strong>de</strong> forma que la posición 1 le<br />

correspon<strong>de</strong> al primer hijo, la 2 al segundo, y así sucesivamente, volviendo al primer hijo en<br />

caso <strong>de</strong> que el tamaño <strong>de</strong>l vector fuese mayor que el número <strong>de</strong> hijos.<br />

• MERGE MODE. En caso <strong>de</strong> que el valor <strong>de</strong>l primer parámetro no fuese CASCADE, este parámetro<br />

permite indicar cómo se unirán los resultados que <strong>de</strong>vuelva cada hijo tras la bifurcación con el fin <strong>de</strong><br />

construir el resultado <strong>de</strong>l padre. Existen tres opciones:<br />

o ORDERED. El resultado <strong>de</strong>l padre será un único vector que contiene las ca<strong>de</strong>nas <strong>de</strong> los<br />

vectores <strong>de</strong> todos sus hijos correspondiendo las primeras posiciones al primer hijo, las<br />

segundas al segundo y así sucesivamente.<br />

o SCATTERED. Funciona igual que ORDERED, salvo que se toman las ca<strong>de</strong>nas <strong>de</strong> los hijos<br />

<strong>de</strong> forma alternada, es <strong>de</strong>cir, en primer lugar se colocarán las primeras posiciones <strong>de</strong> los<br />

vectores resultantes <strong>de</strong> cada hijo, luego las segundas y así sucesivamente.<br />

o COLLAPSED. El resultado <strong>de</strong>l padre es un vector con una única posición resultado <strong>de</strong><br />

concatenar todas y cada una <strong>de</strong> las ca<strong>de</strong>nas <strong>de</strong> los vectores resultantes <strong>de</strong> los hijos.<br />

Otra característica interesante <strong>de</strong> los transformadores es que posibilitan la implementación <strong>de</strong> bucles.<br />

Aunque por <strong>de</strong>finición actúan sobre un vector <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>nas <strong>de</strong> texto (lo que ya les confiere un carácter<br />

iterativo), es posible a<strong>de</strong>más que un transformador vuelva a ejecutarse cíclicamente en función <strong>de</strong> lo que<br />

<strong>de</strong>vuelva el primero <strong>de</strong> sus hijos. Para ello se utiliza el parámetro LOOP, <strong>de</strong> tipo booleano, presente en todos<br />

los transformadores. Si un transformador padre es un bucle, funcionará <strong>de</strong>l siguiente modo:<br />

• Primero actúa sobre la entrada y trabaja con los hijos <strong>de</strong> forma normal haciendo uso <strong>de</strong> los<br />

parámetros <strong>de</strong> interconexión vistos anteriormente, salvo para el caso <strong>de</strong>l primer hijo. A este hijo<br />

siempre se le pasa el resultado parcial que genera el padre y su salida no se consi<strong>de</strong>ra como tal, si no<br />

que será utilizada por el padre para el control <strong>de</strong>l bucle.<br />

• El padre recoge la salida <strong>de</strong> todos sus hijos, excepto <strong>de</strong>l primero. Las salidas se acumulan en cada<br />

iteración <strong>de</strong>l bucle, <strong>de</strong> forma que al final habrá una o varias posiciones en el vector resultante por<br />

cada iteración efectuada (una posición por cada iteración si MERGE MODE es COLLAPSED).<br />

• El padre examina la salida <strong>de</strong> su primer hijo. Si no <strong>de</strong>vuelve ningún resultado, el bucle termina, en<br />

caso contrario, se utiliza <strong>de</strong> nuevo la salida <strong>de</strong>l hijo como entrada.<br />

Un ejemplo ilustrativo <strong>de</strong> la utilidad <strong>de</strong> las capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> iteración se pue<strong>de</strong> ver en el análisis <strong>de</strong> sitios<br />

web, cuyos resultados se <strong>de</strong>vuelven en varias páginas (p. ej. Google). Mediante los bucles se pue<strong>de</strong> hacer que<br />

el robot vaya buscando los enlaces que permiten pasar a la siguiente página, <strong>de</strong> modo que se puedan alcanzar<br />

dichas páginas y continuar con la extracción <strong>de</strong> información.<br />

2.2 Transformadores<br />

aAUTOMATOR proporciona un conjunto <strong>de</strong> transformadores básicos para la creación <strong>de</strong> robots, tal y como<br />

se muestra en la Tabla 1. Algunos <strong>de</strong> estos transformadores pue<strong>de</strong>n recibir parámetros adicionales para<br />

controlar su funcionamiento. Es preciso <strong>de</strong>stacar que el API <strong>de</strong> aAUTOMATOR ha sido diseñado <strong>de</strong> tal<br />

forma que se contempla la posibilidad <strong>de</strong> añadir más transformadores en el futuro, instalables fácilmente<br />

mediante un sistema <strong>de</strong> plugins.<br />

218<br />

Tabla 1. Transformadores disponibles actualmente en aAUTOMATOR.<br />

Transformador (clase Java) Descripción Parámetros<br />

SimpleTransformer La entrada es igual a la salida Ninguno<br />

URLRetriever Cada ca<strong>de</strong>na <strong>de</strong> texto <strong>de</strong> la entrada se<br />

interpreta como una URL y se convierte<br />

en su correspondiente texto HTML<br />

accediendo a Internet<br />

Ninguno


URLDownloa<strong>de</strong>r Cada ca<strong>de</strong>na <strong>de</strong> texto <strong>de</strong> la entrada se<br />

interpreta como una URL y su contenido<br />

se guarda en un fichero<br />

PatternMatcher Busca un patrón dado mediante una<br />

expresión regular estilo Perl (Habibi,<br />

2003). Se <strong>de</strong>be usar una captura para<br />

indicar cuál es la parte <strong>de</strong>l patrón que se<br />

quiere extraer. Lo que se <strong>de</strong>vuelve, por<br />

tanto, son las ca<strong>de</strong>nas capturadas<br />

Decorator Concatena a cada ca<strong>de</strong>na <strong>de</strong> texto <strong>de</strong> la<br />

entrada un texto antes y otro <strong>de</strong>spués<br />

Replacer Reemplaza todas las apariciones <strong>de</strong> un<br />

texto por otro en todas las ca<strong>de</strong>nas <strong>de</strong><br />

texto <strong>de</strong> la entrada<br />

Merger Se concatenan todas las ca<strong>de</strong>nas <strong>de</strong> texto<br />

<strong>de</strong> la entrada en una sola. Este<br />

transformador sólo <strong>de</strong>vuelve una<br />

posición en su vector <strong>de</strong> salida<br />

2.3 Almacenamiento <strong>de</strong> Robots<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

downloadPath: directorio don<strong>de</strong><br />

guardar los ficheros<br />

overwrite: sobreescribir ficheros ya<br />

existentes<br />

regexp: expresión regular estilo Perl<br />

que <strong>de</strong>be contener una captura.<br />

Ej: <strong>de</strong>volvería todas<br />

las URLs <strong>de</strong> los enlaces presentes en<br />

un texto HTML<br />

head: Texto a añadir antes.<br />

tail: Texto a añadir <strong>de</strong>spués<br />

search: Texto a reemplazar.<br />

replace: Texto <strong>de</strong> reemplazo<br />

Ninguno<br />

Los robots construidos con aAUTOMATOR pue<strong>de</strong>n ser almacenados en formato XML. Los ficheros son un<br />

fiel reflejo <strong>de</strong> la estructura en árbol <strong>de</strong>l robot y fácilmente editables. La <strong>de</strong>scripción completa <strong>de</strong> un robot<br />

mediante XML es la vía para instanciar y ejecutar robots <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> otras aplicaciones, ya que el API <strong>de</strong><br />

aAUTOMATOR permite la lectura <strong>de</strong> este tipo <strong>de</strong> ficheros. El aspecto <strong>de</strong>l fichero XML que representa al<br />

robot creado en la sección 4 se muestra a continuación.<br />

<br />

<br />

SimpleTransformer<br />

SimpleTransformer<br />

<br />

Decorator<br />

Decorator<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

URLRetriever<br />

URLRetriever<br />

<br />

<br />

PatternMatcher<br />

PatternMatcher<br />

false<br />

<br />

<br />

<br />

Decorator<br />

Decorator<br />

http://www.genecards.org/cgi-bin/carddisp.pl?gene=<br />

<br />

<br />

219


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<br />

URLRetriever<br />

URLRetriever<br />

<br />

<br />

PatternMatcher<br />

PatternMatcher<br />

false<br />

(.+?)


Los robots se van construyendo directamente en el árbol <strong>de</strong> la parte izquierda <strong>de</strong> la herramienta, es <strong>de</strong>cir,<br />

el diseño se lleva a cabo trabajando con la estructura en árbol <strong>de</strong> los robots, tal y como ha presentado en el<br />

apartado 2.1. Partiendo <strong>de</strong> un transformador raíz, se van añadiendo transformadores hijos recursivamente,<br />

para lo cual la aplicación muestra diálogos similares al que se pue<strong>de</strong> ver en la parte 1 <strong>de</strong> la Figura 4 (en el<br />

que se va a crear un transformador tipo PatternMatcher).<br />

Figura 4. Diseño y configuración <strong>de</strong> transformadores.<br />

En la Figura 4, los dos primeros parámetros <strong>de</strong>l diálogo son propios <strong>de</strong>l transformador PatternMatcher,<br />

mientras que los cuatro últimos son comunes a cualquier transformador. A<strong>de</strong>más se permite la (re-<br />

)configuración <strong>de</strong> las propieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada transformador una vez creado, tal y como muestra la parte 2 <strong>de</strong> la<br />

Figura 4.<br />

4. EJEMPLO DE UTILIZACIÓN<br />

En este apartado se <strong>de</strong>scribe un ejemplo centrado en bioinformática, en el que se <strong>de</strong>tallan las partes <strong>de</strong> un<br />

robot diseñado para acce<strong>de</strong>r al portal GeneCards (GeneCards, 2007), recurso que permite la búsqueda <strong>de</strong><br />

genes relacionados con una enfermedad. A<strong>de</strong>más, para cada gen este recurso pue<strong>de</strong> mostrar una página con<br />

gran cantidad <strong>de</strong> información.<br />

Concretamente, se <strong>de</strong>sea construir un robot que reciba como entrada un nombre <strong>de</strong> una enfermedad y<br />

<strong>de</strong>vuelva el conjunto <strong>de</strong> sondas <strong>de</strong> microarray (Affymetrix, 2007) que mi<strong>de</strong>n los genes relacionados con la<br />

patología. Dicha información se pue<strong>de</strong> obtener mediante GeneCards, pero no directamente. En primer lugar<br />

se <strong>de</strong>be realizar una consulta por enfermedad, obteniéndose todos los genes relacionados con ella a<strong>de</strong>más <strong>de</strong><br />

un enlace a información específica y ampliada <strong>de</strong> cada gen. Siguiendo cada enlace, se obtiene una página<br />

don<strong>de</strong> las sondas <strong>de</strong> microarray buscadas se encuentran en una tabla inmersa entre toda la información<br />

mostrada para el gen. El robot propuesto agilizaría por lo tanto el acceso repetitivo a la página <strong>de</strong> cada gen,<br />

a<strong>de</strong>más <strong>de</strong> filtrar todo el contenido que no es <strong>de</strong> interés.<br />

Para alcanzar los objetivos <strong>de</strong>l robot es suficiente una estructura en serie, es <strong>de</strong>cir, la salida <strong>de</strong> cada<br />

transformador <strong>de</strong>l robot se pasa al siguiente. Los transformadores que componen el robot se muestran en la<br />

Tabla 2.<br />

Tabla 2. Transformadores <strong>de</strong> un robot <strong>de</strong> consulta a GeneCards.<br />

Paso Transformador Parámetros<br />

Dado el nombre <strong>de</strong> una<br />

enfermedad (entrada), crear la<br />

URL <strong>de</strong> consulta para<br />

GeneCards don<strong>de</strong> se obtienen<br />

los genes relacionados<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Decorator head: http://www.genecards.org/cgibin/listdiseasecards.pl?type=pattern&search=<br />

tail:<br />

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Realizar la consulta. Para ello<br />

se recupera el contenido a partir<br />

<strong>de</strong> la URL creada en el paso<br />

anterior<br />

Buscar el i<strong>de</strong>ntificador <strong>de</strong> los<br />

genes. Éstos se encuentran<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> sus propios enlaces<br />

Crear la URL hacia la<br />

información ampliada <strong>de</strong> cada<br />

gen a partir <strong>de</strong> los<br />

i<strong>de</strong>ntificadores <strong>de</strong>l paso anterior<br />

Recuperar el contenido a partir<br />

<strong>de</strong> las URLs <strong>de</strong>l paso anterior.<br />

Extraer los i<strong>de</strong>ntificadores <strong>de</strong><br />

sonda <strong>de</strong> microarray <strong>de</strong> las<br />

tablas don<strong>de</strong> se encuentren<br />

URLRetriever Ninguno<br />

PatternMatcher regexp:


MODELO DE QUALIDADE DE COMPONENTES DE<br />

SOFTWARE<br />

Regina Maria Thienne Colombo, Ana Cervigni Guerra, Maria Teresa Villalobos Aguayo, Darley<br />

Rosa Peres<br />

Divisão <strong>de</strong> Qualificação em Software – Centro <strong>de</strong> Pesquisas Renato Archer (CenPRA)<br />

Rod. Dom Pedro I, km.143,6 – 13082-120 – Campinas – SP – Brazil<br />

Regina.thienne@cenpra.gov.br<br />

Ana.guerra@cenpra.gov.br<br />

mariateresavillalobos@yahoo.com.br<br />

darleyperes@ig.com.br<br />

RESUMO<br />

Este artigo apresenta um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para Componentes <strong>de</strong> Software bem como os critérios <strong>de</strong> admissibilida<strong>de</strong><br />

para um repositório. Estes dois assuntos servirão <strong>de</strong> base para avaliação <strong>de</strong> produtos que estarão a disposição no<br />

repositório para serem utilizados no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas baseado em componentes. Com vistas a certificação <strong>de</strong><br />

componentes é necessário um processo bem <strong>de</strong>finido para avaliação <strong>de</strong>sses elementos, consi<strong>de</strong>rando também que<br />

componente <strong>de</strong> software po<strong>de</strong> ser um produto <strong>de</strong> software. A partir <strong>de</strong>ssa nova tecnologia, as empresas passaram a se<br />

preocupar com a qualida<strong>de</strong> dos componentes, para auxiliar na busca dos elementos que irão compor o Software como<br />

produto final. A base para o mo<strong>de</strong>lo aqui especificado, consi<strong>de</strong>rando as características do DBC, foi a Norma ISO 14598-1<br />

que <strong>de</strong>fine ativida<strong>de</strong>s para analisar requisitos da avaliação, especificar, projetar e executar e concluir ações <strong>de</strong> avaliação<br />

<strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> produto <strong>de</strong> software.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Componentes <strong>de</strong> Software, Desenvolvimento Baseado em Componentes, Reuso, Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Componentes, Repositório<br />

<strong>de</strong> Componentes, Avaliação da Qualida<strong>de</strong>.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> criar um repositório <strong>de</strong> Componentes <strong>de</strong> Software compartilhado, distribuído e confiável,<br />

que possa ser adotado por diversas empresas e instituições, interessadas em empregar metodologias e<br />

processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> software baseado em componentes, é proposto um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

para componentes <strong>de</strong> software. Assim como os critérios <strong>de</strong> admissibilida<strong>de</strong> aos elementos candidatos ao<br />

repositório. O <strong>de</strong>senvolvimento da maioria dos produtos <strong>de</strong> software disponíveis no mercado são baseados<br />

em uma abordagem <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> blocos monolíticos, formados por um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> partes<br />

inter-relacionadas, on<strong>de</strong> esses relacionamentos estão, na maioria das vezes, implícitos. Este estudo vem<br />

sendo cada vez mais importante, pois existe uma <strong>de</strong>manda crescente por sistemas <strong>de</strong> software maiores e mais<br />

complexos, assim como a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se construir sistemas em prazos pequenos e sem prejuízo da<br />

qualida<strong>de</strong> do processo e do produto. Dessa forma torna-se útil e necessária a utilização <strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Baseado em Componentes – DBC [Alvaro,2005]. Os critérios para aceitação <strong>de</strong> um<br />

componente <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um repositório estão baseados nas normas ISO/IEC 9126[ISO/IEC 9126,2001] e<br />

ISO/IEC 12119[ISO/IEC 12119,1994] e nos requisitos específicos <strong>de</strong> Componentes <strong>de</strong> Software proposto por<br />

Bertoa [Bertoa,2002a] e po<strong>de</strong>rão ser utilizados tanto pelos <strong>de</strong>senvolvedores <strong>de</strong> componentes, como forma <strong>de</strong><br />

guiar um <strong>de</strong>senvolvimento voltado para a qualida<strong>de</strong>, quanto por adquirentes e usuários <strong>de</strong> componentes como<br />

uma base para a aquisição e aceitação dos mesmos. Este artigo está organizado da seguinte maneira: na seção<br />

2, uma revisão sobre o Desenvolvimento Baseado em Componentes - DBC; na seção 3, uma proposta para<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Componentes <strong>de</strong> Software; e, na seção 4, a conclusão.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

2. DESENVOLVIMENTO BASEADO EM COMPONENTES - DBC<br />

O DBC surgiu como uma nova perspectiva para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> software, com o objetivo <strong>de</strong> “quebrar”<br />

os blocos monolíticos em componentes interoperáveis, reduzindo a complexida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>senvolvimento, assim<br />

como o custo, através da reutilização <strong>de</strong>sses componentes que, em princípio, seriam a<strong>de</strong>quados para serem<br />

utilizados em outras aplicações. O DBC tem seu foco em técnicas e práticas usadas para construir sistemas <strong>de</strong><br />

software a partir <strong>de</strong> componentes previamente existentes, sejam comprados <strong>de</strong> terceiros ou implementados<br />

pelos próprios <strong>de</strong>senvolvedores do sistema. Componentes <strong>de</strong> software são blocos <strong>de</strong> construção para a<br />

estrutura <strong>de</strong> um sistema, compostos por entida<strong>de</strong>s lógicas como classes, funções e enumerações, sendo o<br />

encapsulamento das informações o princípio básico para a construção do seu núcleo. Um componente possui<br />

interfaces contratualmente especificadas que provê acesso a seus serviços e informações. Os componentes em<br />

geral funcionam como caixa preta, escon<strong>de</strong>ndo os <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> implementação dos usuários, os quais precisam<br />

apenas conhecer as funções disponíveis em suas interfaces para a utilização do componente [Preiss,2002].O<br />

foco da engenharia <strong>de</strong> software que era especificação e construção <strong>de</strong> sistemas, muda para i<strong>de</strong>ntificação,<br />

qualificação, adaptação, integração e atualização <strong>de</strong> componentes <strong>de</strong> software. Para que aconteça a<br />

construção <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> software pela composição <strong>de</strong> componentes, é necessário que existam componentes<br />

reutilizáveis <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e confiáveis nos repositórios e bibliotecas <strong>de</strong> componentes. As características<br />

particulares no DBC indicam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alterações no ciclo <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> software <strong>de</strong><br />

modo a incorporar ativida<strong>de</strong>s próprias <strong>de</strong>sta abordagem, consi<strong>de</strong>rando duas perspectivas: <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

componentes e <strong>de</strong>senvolvimento com componentes, as quais são <strong>de</strong>scritas sucintamente a seguir: A primeira<br />

perspectiva, engloba as ativida<strong>de</strong>s envolvidas na concepção e implementação <strong>de</strong> um componente, existindo a<br />

preocupação em gerar a documentação necessária para que o componente possa ser posteriormente<br />

reutilizado. As ativida<strong>de</strong>s relacionadas ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> componentes envolvem ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

especificação e implementação do componente, on<strong>de</strong> métodos/técnicas/processos po<strong>de</strong>m ser empregadas<br />

para ajudar na qualida<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. A segunda perspectiva, consi<strong>de</strong>ra a existência <strong>de</strong><br />

componentes e relaciona as ativida<strong>de</strong>s necessárias para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> software pela composição<br />

<strong>de</strong>stes. Desta forma, é importante para esta perspectiva que já existam componentes <strong>de</strong> software<br />

implementados e que estejam disponíveis para serem selecionados e reutilizados na composição dos sistemas.<br />

As ativida<strong>de</strong>s essenciais para o <strong>de</strong>senvolvimento com componentes, são: 1) encontrar componentes com<br />

potencial para serem usados no <strong>de</strong>senvolvimento da aplicação; 2) selecionar componentes que atendam aos<br />

requisitos <strong>de</strong> uma aplicação específica; 3) realizar adaptações; 4) realizar a composição dos componentes, e;<br />

5) atualizar os componentes. As cinco ativida<strong>de</strong>s apresentadas <strong>de</strong>screvem possíveis etapas no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> software com componentes. Entretanto, não existe uma or<strong>de</strong>m para sua realização ou<br />

mesmo a obrigação <strong>de</strong> sua realização. As etapas necessárias, bem como a importância e o esforço<br />

empregados em cada uma correspon<strong>de</strong>m a uma <strong>de</strong>cisão relacionada ao processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento com<br />

componentes específico a uma aplicação. Quando a maior parte dos aspectos funcionais <strong>de</strong>sta disciplina<br />

começam a estar bem <strong>de</strong>finidos, a atenção da comunida<strong>de</strong> científica começa a focar nos aspectos extrafuncionais<br />

e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, como um passo para uma verda<strong>de</strong>ira engenharia. Por um lado, os requisitos extrafuncionais<br />

– por sua natureza global – po<strong>de</strong>m afetar varias partes do sistema, e por isso terão priorida<strong>de</strong> se<br />

entrarem em conflito com os requisitos funcionais. Além disso, uma cuidadosa análise dos atributos <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> melhorar o processo <strong>de</strong> discriminação dos componentes candidatos que cumprirem o núcleo<br />

<strong>de</strong> requisitos funcionais. Por exemplo, se dois componentes implementarem a mesma funcionalida<strong>de</strong>, seus<br />

atributos extra-funcionais po<strong>de</strong>m ser o critério <strong>de</strong>cisivo no processo <strong>de</strong> seleção [Bertoa,2002a].<br />

2.1 Caracterização <strong>de</strong> Componente <strong>de</strong> Software<br />

Foi consi<strong>de</strong>rado no contexto <strong>de</strong>ste trabalho, como <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Componentes <strong>de</strong> Software: “São artefatos<br />

autocontidos, claramente i<strong>de</strong>ntificáveis, que <strong>de</strong>screvem ou realizam uma função específica e têm interfaces<br />

claras em conformida<strong>de</strong> com um dado mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> arquitetura <strong>de</strong> software, documentação apropriada e um<br />

grau <strong>de</strong> reutilização <strong>de</strong>finido”. Para um melhor entendimento, Sametinger [Sametinger,1997] realiza uma<br />

discussão mais aprofundada dos termos citados na <strong>de</strong>finição: a) Autocontido: característica <strong>de</strong> componentes<br />

que po<strong>de</strong>m ser reusáveis sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incluir/<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> outros componentes (caso exista alguma<br />

<strong>de</strong>pendência, todo o conjunto <strong>de</strong>ve ser visto como o componente reutilizável); b) I<strong>de</strong>ntificação: componentes<br />

<strong>de</strong>vem ser facilmente i<strong>de</strong>ntificados, ou seja, <strong>de</strong>vem estar reunidos em um único local (repositório); c)<br />

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Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Funcionalida<strong>de</strong>: componentes <strong>de</strong>vem ter funcionalida<strong>de</strong> clara e específica do que realizam e/ou <strong>de</strong>screvem.<br />

Componentes po<strong>de</strong>m realizar funções ou po<strong>de</strong>m ser simplesmente <strong>de</strong>scrições <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s, por<br />

exemplo, artefatos do ciclo <strong>de</strong> vida; d) Interface: componentes <strong>de</strong>vem ter interfaces claras, que indicam como<br />

po<strong>de</strong>m ser reusados e conectados a outros componentes, e <strong>de</strong>vem ocultar os <strong>de</strong>talhes que não são necessários<br />

para o reuso; e) Documentação: a existência <strong>de</strong> documentação é indispensável para o reuso. O tipo <strong>de</strong><br />

componente e sua complexida<strong>de</strong> irão indicar a conveniência do tipo <strong>de</strong> documentação; e f) Condição <strong>de</strong><br />

reuso: componentes <strong>de</strong>vem ser mantidos <strong>de</strong> modo a preservar o reuso sistemático e a condição <strong>de</strong> reuso<br />

compreen<strong>de</strong> diferentes informações como, por exemplo, quem é o proprietário, quem <strong>de</strong>ve ser contatado em<br />

caso <strong>de</strong> problema, qual é a situação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>[Sanches,2005], entre outras. A certificação é um conjunto<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas por um organismo in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da relação comercial com o objetivo <strong>de</strong> atestar<br />

publicamente, que <strong>de</strong>terminado produto, processo ou serviço está em conformida<strong>de</strong> com os requisitos<br />

especificados. Estes requisitos po<strong>de</strong>m ser: nacionais ou internacionais. As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> certificação po<strong>de</strong>m<br />

envolver: análise <strong>de</strong> documentação, auditorias/inspeções na empresa que <strong>de</strong>senvolve o produto, coleta e<br />

ensaios <strong>de</strong> produtos no mercado e/ou na fábrica, com o objetivo <strong>de</strong> avaliar a conformida<strong>de</strong> e sua manutenção.<br />

A certificação é um processo que se inicia com a conscientização da necessida<strong>de</strong> da qualida<strong>de</strong> para a<br />

manutenção da competitivida<strong>de</strong> e conseqüente permanência no mercado, passando pela utilização <strong>de</strong> normas<br />

técnicas e pela difusão do conceito <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> por todos os setores da empresa, abrangendo seus aspectos<br />

operacionais internos e o relacionamento com a socieda<strong>de</strong> e o ambiente[Certsoft,2006].<br />

3. PROPOSTA DO MODELO DE QUALIDADE PARA COMPONENTES<br />

DE SOFTWARE<br />

Esta seção apresenta a proposta <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para certificação <strong>de</strong> componentes <strong>de</strong> software.<br />

Bertoa [Bertoa,2002a] consi<strong>de</strong>ra que a construção <strong>de</strong> uma aplicação <strong>de</strong> software baseada em componentes<br />

SBC (Sistema Desenvolvido com Base em Componentes) se converte na busca e acoplamento <strong>de</strong> elementos<br />

pré-fabricados, <strong>de</strong>senvolvidos por terceiros, cujo código não po<strong>de</strong> ser modificado. Sob esta perspectiva,<br />

existe interesse especial nos processos <strong>de</strong> busca e seleção dos componentes a<strong>de</strong>quados para construção das<br />

aplicações. A tecnologia <strong>de</strong> componentes oferece soluções robustas para muitos dos problemas que aparecem<br />

na construção <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> software, assim, existem na literatura diversas classificações: <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os fatores<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> propostos por McCall [McCall,1977], até o método MEDEPROS ® [Rego1996] com sua última<br />

versão em 2006, baseado nas normas internacionais ISO/IEC 9126 e ISO/IEC-14598[ISO/IEC-14598,1999],<br />

que apresenta uma lista <strong>de</strong> atributos para valoração do mo<strong>de</strong>lo COTS (Commercial Off-The-Shelf). Porém,<br />

ainda existe a omissão da valoração dos requisitos extra-funcionais <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> que não existe um<br />

consenso na <strong>de</strong>finição das características ou atributos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>vem ser medidos. Bertoa<br />

[Bertoa,2002a], na procura <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para componentes <strong>de</strong> software COTS, assumiu a<br />

terminologia do mo<strong>de</strong>lo para qualida<strong>de</strong> externa <strong>de</strong> produto <strong>de</strong> software da norma ISO9126. Assim, foi<br />

consi<strong>de</strong>rado que componentes COTS quando é utilizado na construção <strong>de</strong> um produto ou SBC é um<br />

componente. Os principais usuários i<strong>de</strong>ntificados são os arquitetos <strong>de</strong> software, que precisam avaliar os<br />

componentes COTS que serão parte <strong>de</strong> suas aplicações. Esse estudo tem foco nas interfaces programáticas<br />

dos componentes e nas interfaces <strong>de</strong> usuário que ficam num segundo plano. Seguindo estas consi<strong>de</strong>rações,<br />

adaptou as <strong>de</strong>finições das características <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> software para componentes COTS (principalmente<br />

as <strong>de</strong> usabilida<strong>de</strong>), e as organizou em dois grupos: aquelas que afetam a execução e aquelas que afetam o<br />

ciclo <strong>de</strong> vida do SBC. A saber: a) Características para tempo <strong>de</strong> execução: Funcionalida<strong>de</strong>, com a<br />

subcaracterística: Acurácia; Confiabilida<strong>de</strong>, com a subcaracterística: Recuperabilida<strong>de</strong>; Eficiência, com as<br />

subcaracterísticas: Comportamento com relação ao tempo e Utilização <strong>de</strong> recursos, e; b) Características para<br />

ciclo <strong>de</strong> vida: Funcionalida<strong>de</strong>, com as subcaracterísticas: A<strong>de</strong>quação, Interoperabilida<strong>de</strong> e Conformida<strong>de</strong>;<br />

Confiabilida<strong>de</strong>, com a subcaracterística: Maturida<strong>de</strong>; Usabilida<strong>de</strong>, com as subcaracterísticas: Inteligibilida<strong>de</strong>,<br />

Apreensibilida<strong>de</strong> e Operacionalida<strong>de</strong>; Manutenibilida<strong>de</strong>, com as subcaracterísticas: Modificabilida<strong>de</strong> e<br />

Testabilida<strong>de</strong>; e Portabilida<strong>de</strong>, com a subcaracterística: Capacida<strong>de</strong> para substituir outro software. Como<br />

resultado, Bertoa foca a qualida<strong>de</strong> do componente, não mais <strong>de</strong> forma isolada, e sim a qualida<strong>de</strong> e suas<br />

relações durante o ciclo <strong>de</strong> vida do sistema <strong>de</strong> software ao qual ele foi incorporado.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

3.1 O Mo<strong>de</strong>lo Proposto<br />

O mo<strong>de</strong>lo aqui proposto foi inspirado na visão da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produto <strong>de</strong> software no ciclo <strong>de</strong> vida<br />

apresentada pela Norma ISO/IEC 9126-1, bem como nos trabalhos <strong>de</strong> Bertoa, e na experiência do CenPRA<br />

adquirida no <strong>de</strong>senvolvimento do método para avaliação da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produto <strong>de</strong> software -MEDE-PROS.<br />

A Figura 1 mostra os relacionamentos entre qualida<strong>de</strong> interna, externa e em uso <strong>de</strong> qualquer produto <strong>de</strong><br />

software. Consi<strong>de</strong>rando que o contexto <strong>de</strong> uso do componente é o ambiente <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento com<br />

componentes, i.e.: Contexto <strong>de</strong> uso = {arquiteto, usuário final, ambiente DBC, tarefas = {busca, avaliação,<br />

adaptação, integração}, operação} e Resultados do uso = {Qualida<strong>de</strong> da saída, efeito no DBC, efeito no SBC,<br />

efeito no ambiente do SBC}.<br />

processo produto <strong>de</strong> software<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

do<br />

processo<br />

Medidas<br />

<strong>de</strong> processo<br />

influencia influencia<br />

influencia<br />

Atributos<br />

Atributos<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

interna<br />

externa<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Medidas<br />

internas<br />

Medidas<br />

externas<br />

efeitos do<br />

produto <strong>de</strong> software<br />

Atributos<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

em uso<br />

Medidas <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> em uso<br />

Figura 1. Visão da Qualida<strong>de</strong> no ciclo <strong>de</strong> Vida (fonte: ISO/IEC 9126-1).<br />

Contextos<br />

<strong>de</strong> uso<br />

A qualida<strong>de</strong> em uso do componente po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sdobrada, em mo<strong>de</strong>los da qualida<strong>de</strong> do componente <strong>de</strong><br />

software e do SBC, e na qualida<strong>de</strong> em uso do SBC. A Figura 2 mostra da esquerda para direita o mo<strong>de</strong>lo da<br />

qualida<strong>de</strong> do componente <strong>de</strong> software e do SBC sendo: a Qualida<strong>de</strong> do Processo <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong><br />

Componentes, a Qualida<strong>de</strong> Interna e Externa do Componente, a Qualida<strong>de</strong> em Uso do Componente, on<strong>de</strong> se<br />

consi<strong>de</strong>ra que o contexto <strong>de</strong> uso é o processo <strong>de</strong> DBC (ciclo <strong>de</strong> vida do SBC), a Qualida<strong>de</strong> Interna e a<br />

Qualida<strong>de</strong> Externa do SBC. São preservados os relacionamentos <strong>de</strong> influência e <strong>de</strong>pendência entre as<br />

diversas visões da qualida<strong>de</strong> e são consi<strong>de</strong>rados novos relacionamentos <strong>de</strong> influência e <strong>de</strong>pendência entre<br />

Qualida<strong>de</strong> Externa do Componente e Qualida<strong>de</strong> Externa do SBC. Um componente <strong>de</strong> software tem as<br />

seguintes questões para serem <strong>de</strong>cididas: serão vendidos ou licenciados ao público em geral; serão mantidos<br />

e atualizados pelo próprio ven<strong>de</strong>dor, quem <strong>de</strong>tém os direitos da proprieda<strong>de</strong> intelectual; estarão disponíveis<br />

em forma <strong>de</strong> múltiplas cópias, todas serão idênticas entre si; e seu código não po<strong>de</strong>rá ser modificado pelo<br />

usuário. A sugestão é que os componentes tenham características <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> software COTS e <strong>de</strong>ssa<br />

forma consi<strong>de</strong>radas apenas as qualida<strong>de</strong>s externas do componente.<br />

processo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento<br />

do componente<br />

Qualida<strong>de</strong> do<br />

PD <strong>de</strong><br />

Componente<br />

Visões da Qualida<strong>de</strong>do Componente <strong>de</strong> Software e<br />

do Sistema Baseado em Componentes - SBC<br />

componente <strong>de</strong><br />

software<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

interna do<br />

Componente<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

externa do<br />

Componente<br />

influencia<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Qualida<strong>de</strong><br />

no<br />

DBC<br />

(cv do SBC)<br />

contextos <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> um<br />

componente <strong>de</strong> software:<br />

DBC<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

interna<br />

SBC<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

externa<br />

SBC<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

em uso<br />

SBC<br />

adaptado da<br />

NBR ISO/IEC 9126-1<br />

pelo CenPRA<br />

Figura 2. Visões da qualida<strong>de</strong> do Componente <strong>de</strong> Software e do Sistema Baseado em Componente - SBC.<br />

Ainda, na representação da Qualida<strong>de</strong> em Uso do componente <strong>de</strong> software no DBC, <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada<br />

cada uma das ativida<strong>de</strong>s fundamentais assinaladas por Bertoa: a) Busca <strong>de</strong> componentes que satisfaçam os<br />

requisitos tanto do cliente como pela arquitetura da aplicação; b) Avaliação dos componentes candidatos para<br />

seleção; c) Adaptação e/ou extensão dos componentes selecionados visando os requisitos anteriores; d)<br />

226


Integração, configuração e interconexão <strong>de</strong> tais componentes para construção da aplicação final. A Figura 3<br />

mostra a visão da qualida<strong>de</strong> do produto <strong>de</strong> SBC que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos componentes existentes no mercado.<br />

Visões da Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Sistema Baseado em Componentes - SBC<br />

componentes <strong>de</strong> SW<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

externa do<br />

Componente<br />

1<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

externa do<br />

Componente<br />

2<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

externa do<br />

Componente<br />

n<br />

Atributos externos que influenciam<br />

Atributos externos<br />

na execução<br />

que<br />

do SDBC<br />

influenciam no DBC<br />

Qualida<strong>de</strong> no DBC<br />

busca<br />

avaliação<br />

adaptação<br />

integração<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

influencia<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Qualida<strong>de</strong><br />

interna<br />

SBC<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

externa<br />

SBC<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

em uso<br />

SBC<br />

adaptado da<br />

NBR ISO/IEC 9126-1<br />

pelo CenPRA<br />

Figura 3. Representação da influência da qualida<strong>de</strong> externa <strong>de</strong> Componentes COTS na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> SBC.<br />

As duas visões da qualida<strong>de</strong> dos componentes: 1) Atributos externos que influenciam no DBC, também<br />

chamado <strong>de</strong> "ciclo <strong>de</strong> vida", e 2) Atributos externos que influenciam na execução do SBC, também chamado<br />

<strong>de</strong> "em tempo <strong>de</strong> execução" por Bertoa et al.[Bertoa,2002]. Assim, propõe-se que no Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong><br />

Externa, sejam chamados <strong>de</strong> atributos externos aqueles que influenciam no DBC e aqueles que influenciam<br />

na execução do SBC. São i<strong>de</strong>ntificados os artefatos que influenciam essas instâncias e <strong>de</strong> acordo com sua<br />

natureza, e os requisitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejados. A seguir os artefatos i<strong>de</strong>ntificados e os requisitos <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificados para o DBC e para o SBC. Para o DBC, temos que o componente <strong>de</strong>ve apresentar: 1)<br />

Um documento <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrição, o qual <strong>de</strong>ve conter as informações que permitam avaliar a a<strong>de</strong>quação do<br />

componente para o SBC. Este documento <strong>de</strong>ve seguir uma adaptação dos requisitos do documento <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> produto <strong>de</strong> software da norma ISO/IEC 12119. 2) Uma documentação para o DBC, que <strong>de</strong>ve<br />

conter as informações necessárias, com grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhamento. O foco principal <strong>de</strong>sta documentação <strong>de</strong>ve ser<br />

as informações para a adaptação e integração do componente no DBC, on<strong>de</strong> seja <strong>de</strong>scrito suas características<br />

e funcionalida<strong>de</strong>s, as quais po<strong>de</strong>m ser: gerência <strong>de</strong> interfaces, interfaces providas e requeridas, eventos<br />

recebidos e enviados, bem como as proprieda<strong>de</strong>s e as interfaces <strong>de</strong> acesso às proprieda<strong>de</strong>s quando estas<br />

forem internas. Caso o componente tenha funções <strong>de</strong> interface com o usuário, estas também <strong>de</strong>verão estar<br />

<strong>de</strong>scritas. A documentação para o DBC <strong>de</strong>ve observar, os requisitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> das normas ISO/IEC 12119<br />

e IEEE 1063[IEEE 1063,1987]. 3) A qualida<strong>de</strong> externa do componente, <strong>de</strong>ve ser a<strong>de</strong>quada para permitir a<br />

utilização do mesmo no DBC. O componente <strong>de</strong>ve conter tanto características funcionais quanto não<br />

funcionais mas que sejam observáveis ou medidas durante o ciclo <strong>de</strong> vida do <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

componente. A qualida<strong>de</strong> externa do componente que influencia no DBC <strong>de</strong>ve seguir, os requisitos <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> da norma ISO/IEC 9126-1, e, pensando na qualida<strong>de</strong> interna do SBC, os requisitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

interna, com métricas <strong>de</strong> acordo com a norma ISO/IEC 9126-3. Para o SBC, consi<strong>de</strong>ra-se que o componente<br />

<strong>de</strong>ve apresentar: 4) Atributos da qualida<strong>de</strong> externa influenciando na execução do SBC. Os requisitos <strong>de</strong>vem<br />

observar, quando aplicáveis, os requisitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da norma ISO/IEC 9126-1.<br />

3.2 Atributos da Qualida<strong>de</strong> Externa <strong>de</strong> Componentes <strong>de</strong> Software<br />

A partir das consi<strong>de</strong>rações da seção anterior, obtém-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para componentes, como<br />

mostra a Figura 4: A seguir são apresentados alguns dos atributos aplicados nos artefatos, características e<br />

subcaracterísticas da Figura 4. Artefato: Descrição do Componente Descrição <strong>de</strong> componente é um<br />

documento que <strong>de</strong>screve as proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sse componente, com objetivo <strong>de</strong> auxiliar os potenciais<br />

compradores/usuários na avaliação da a<strong>de</strong>quação do componente antes <strong>de</strong> sua aquisição (adaptado da<br />

ISO/IEC 12119). Existência: Disponibilida<strong>de</strong> da Descrição do Componente. Existe um documento (ou<br />

página) <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrição do componente disponibilizado no repositório? I<strong>de</strong>ntificação e Indicação:<br />

I<strong>de</strong>ntificação dos Serviços ou Funcionalida<strong>de</strong>s do Componente. Documento <strong>de</strong> Descrição do Componente<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

i<strong>de</strong>ntifica: os serviços ou funcionalida<strong>de</strong>s fornecidos pelo componente? os serviços ou funcionalida<strong>de</strong>s<br />

requeridos pelo componente?<br />

Mo<strong>de</strong>lo da Qualida<strong>de</strong> para Componente <strong>de</strong> Software<br />

Descrição do Componente<br />

(busca e avaliação)<br />

( ISO/IEC12119)<br />

Completitu<strong>de</strong><br />

I<strong>de</strong>ntificador<br />

Declarações<br />

Decl. Funcionalida<strong>de</strong><br />

Decl. Confiabilida<strong>de</strong><br />

Decl. Usabilida<strong>de</strong><br />

Decl. Eficiência<br />

Decl. Manutenibilida<strong>de</strong><br />

Decl. Portabilida<strong>de</strong><br />

Decl. Qualid. Uso<br />

Conteúdo<br />

Aval. A<strong>de</strong>quação<br />

Consistência<br />

Termos Técnicos<br />

Decl. Corretas<br />

Decl. Testáveis<br />

atributos externos que influenciam<br />

no DBC<br />

Documentação para DBC<br />

( ISO/IEC12119 e IEEE1063)<br />

Funcionalida<strong>de</strong><br />

Completitu<strong>de</strong><br />

Usabilida<strong>de</strong><br />

Inteligibilida<strong>de</strong><br />

Apreensibilida<strong>de</strong><br />

adaptado <strong>de</strong><br />

Bertoa et ali<br />

e do MEDE-PROS<br />

pelo CenPRA<br />

Mo<strong>de</strong>lo da Qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Componentes <strong>de</strong> Software<br />

Componente no DBC<br />

(adaptação e integração)<br />

( ISO/IEC9126-1 e 3)<br />

Funcionalida<strong>de</strong><br />

A<strong>de</strong>quação<br />

Interoperabilida<strong>de</strong><br />

Conformida<strong>de</strong><br />

Confiabilida<strong>de</strong><br />

Maturida<strong>de</strong><br />

Usabilida<strong>de</strong><br />

Operacionalida<strong>de</strong><br />

Manutenibilida<strong>de</strong><br />

Modificabilida<strong>de</strong><br />

Testabilida<strong>de</strong><br />

Portabilida<strong>de</strong><br />

Cap. p/substituir<br />

atributos externos que influenciam<br />

na execução do SBC<br />

Componente integrado no<br />

SBC<br />

(ISO/IEC9126-1 e 2)<br />

Funcionalida<strong>de</strong><br />

Acurácia<br />

Segur. Acesso<br />

Confiabilida<strong>de</strong><br />

Recuperabilida<strong>de</strong><br />

Eficiência<br />

Figura 4. Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para Componentes <strong>de</strong> software COTS.<br />

Rel. Tempo<br />

Rel. Recursos<br />

Declaração: Declaração sobre funcionalida<strong>de</strong>. A Descrição do componente contém: <strong>de</strong>claração dos<br />

serviços oferecidos pelo componente? <strong>de</strong>claração dos serviços requeridos pelo componente? <strong>de</strong>claração <strong>de</strong><br />

valores-limite (Caso o uso do componente seja limitado por eles)? Caso o componente apresente recursos <strong>de</strong><br />

segurança <strong>de</strong> acesso aos serviços e dados (aci<strong>de</strong>ntal ou intencional), a <strong>de</strong>scrição do componente os <strong>de</strong>screve?<br />

<strong>de</strong>claração sobre a generalida<strong>de</strong> e aplicabilida<strong>de</strong> do componente? <strong>de</strong>claração sobre o comportamento do<br />

componente em relação ao tempo? <strong>de</strong>claração sobre o comportamento do componente em relação aos<br />

recursos? Artefato: Documentação para DBC Documentação para DBC é o conjunto <strong>de</strong> documentos que<br />

contém todas as informações necessárias sobre o componente, com grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhamento a<strong>de</strong>quado. São<br />

documentos como: manuais <strong>de</strong> implantação, configuração e manutenção, entre outros. O objetivo é conduzir<br />

<strong>de</strong> modo eficientemente o reuso do componente consi<strong>de</strong>rando sua adaptação e integração. O público alvo da<br />

documentação são engenheiros, arquitetos ou integradores <strong>de</strong> software que atuam no <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

SBC. Existência: Existência da Documentação do Componente. Existe uma documentação do componente<br />

que o acompanha? Quais? Completitu<strong>de</strong> - I<strong>de</strong>ntificação e Indicação: Especificação dos Requisitos<br />

Tecnológicos e Arquiteturais. Na documentação do componente: está especificado o padrão e/ou estilo<br />

arquitetural que o componente está em conformida<strong>de</strong>? está especificado qual é o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> componente<br />

adotado? estão especificadas as ferramentas <strong>de</strong> software para auxiliar na utilização do componente no DBC?<br />

(ex. Ant, Eclipse, Delphi, entre outros.) Usabilida<strong>de</strong>: Apreensibilida<strong>de</strong>. A documentação do componente,<br />

possui recursos que auxiliam em sua compreensão (com exemplos, ilustrações) facilitando o entendimento e<br />

uso do componente no DBC? Quais? Operacionalida<strong>de</strong>. A documentação do componente possui recursos que<br />

auxiliam no seu manuseio? (Índice Geral, Remissivo, Referência Cruzada) Quais? Funcionalida<strong>de</strong> –<br />

A<strong>de</strong>quação: Informações Gerais na documentação para o DBC. A documentação para o DBC contém, Status<br />

do reuso com respeito a testes, manutenção, finanças, entre outros? Artefato: Componente no DBC<br />

Componente é um artefato autocontido, claramente i<strong>de</strong>ntificável, que <strong>de</strong>screve ou realiza uma função<br />

específica e têm interfaces claras em conformida<strong>de</strong> com um dado mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> arquitetura <strong>de</strong> software,<br />

documentação apropriada e um grau <strong>de</strong> reutilização <strong>de</strong>finido [Villela,2000]. Esta etapa está focada nas<br />

características do componente que influenciam no processo <strong>de</strong> DBC. Funcionalida<strong>de</strong> – A<strong>de</strong>quação:<br />

A<strong>de</strong>quação Funcional. Quão a<strong>de</strong>quada são as funcionalida<strong>de</strong>s avaliadas do componente? Completitu<strong>de</strong> da<br />

Implementação Funcional. Quão completa é a implementação das funcionalida<strong>de</strong>s do componente <strong>de</strong> acordo<br />

com a especificação dos requisitos? Cobertura da Implementação Funcional. Quão correta e total é a<br />

228


implementação das funcionalida<strong>de</strong>s do componente? Confiabilida<strong>de</strong> – Maturida<strong>de</strong>: Volatilida<strong>de</strong>. Qual é o<br />

tempo médio <strong>de</strong> vida entre as versões do componente? Evolução entre versões. Qual a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> versões<br />

lançadas do componente? Remoção <strong>de</strong> falhas. Qual a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> erros reparados em uma dada versão do<br />

componente? Cobertura <strong>de</strong> testes. Quanto dos casos <strong>de</strong> testes disponíveis foram executados durante os testes<br />

do componente? Usabilida<strong>de</strong> – Inteligibilida<strong>de</strong>: Cobertura <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstração. Os serviços do componente<br />

são <strong>de</strong>monstrados através <strong>de</strong> um programa exemplo? Integrida<strong>de</strong> da especificação do componente. Qual a<br />

proporção <strong>de</strong> serviços da interface (ou tipos <strong>de</strong> serviços) que é entendido <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ler a especificação do<br />

componente? Inteligibilida<strong>de</strong> dos serviços. Qual a proporção dos serviços do componente que o usuário é<br />

capaz <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r corretamente? Serviços com entradas e saídas compreensíveis. Os usuários conseguem<br />

enten<strong>de</strong>r nos serviços do componente o quê é requerido como dados <strong>de</strong> entrada e o quê é provido como<br />

saída? Manutenibilida<strong>de</strong> – Analisabilida<strong>de</strong>: Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> auditar o erro. O usuário (integrador) consegue<br />

encontrar facilmente a operação específica do componente que causou a falha? Suporte a funções <strong>de</strong><br />

diagnósticos: Quão capazes são as funções <strong>de</strong> diagnósticos em dar suporte a análise <strong>de</strong> causas? Capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> análise <strong>de</strong> falha. O usuário (integrador) consegue encontrar facilmente causas <strong>de</strong> falha? Portabilida<strong>de</strong> –<br />

Capacida<strong>de</strong> para ser implantado: Esforço <strong>de</strong> implantação. O usuário necessita <strong>de</strong> um esforço <strong>de</strong><br />

implantação do componente, maior do que o <strong>de</strong>scrito em seu manual <strong>de</strong> implantação? Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

implantação. O componente oferece os arquivos necessários para fazer a implantação do componente ou um<br />

arquivo para realizar uma auto-implantação? Artefato: Componente integrado no SBC. Esta etapa está<br />

focada nas características do componente integrado, ou seja, que influenciam na execução do sistema como<br />

um todo. Funcionalida<strong>de</strong> – Segurança <strong>de</strong> Acesso: Histórico <strong>de</strong> Acesso. Quão completo é o histórico <strong>de</strong><br />

acesso do componente <strong>de</strong> acordo com o que foi especificado? Auditabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Acesso. Quão completa é a<br />

auditoria <strong>de</strong> rastreamento com respeito aos acessos realizados no componente e dados? Controlabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Acesso. Quão controlável é o acesso aos serviços providos pelo componente? Criptografia dos Dados. Qual é<br />

o nível <strong>de</strong> criptografia que o componente lida para proteger os dados que ele manipula? Confiabilida<strong>de</strong> –<br />

Tolerância <strong>de</strong> falha: Prevenção <strong>de</strong> operações incorretas. O componente possui funções que são<br />

implementadas com a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prevenir operações incorretas? Eficiência – Comportamento em<br />

relação ao tempo: Tempo <strong>de</strong> resposta. Qual o tempo gasto <strong>de</strong> um serviço a partir <strong>de</strong> um pedido recebido, até<br />

que uma resposta seja emitida? Taxa <strong>de</strong> transferência. Quantas tarefas po<strong>de</strong>m ser executadas com sucesso sob<br />

um dado período <strong>de</strong> tempo?<br />

3.3 Critérios <strong>de</strong> Admissibilida<strong>de</strong><br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Para que um componente seja armazenado em um repositório para reutilização, ele necessita ter requisitos<br />

mínimos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e também estar acompanhado <strong>de</strong> informações relevantes quanto a sua funcionalida<strong>de</strong>,<br />

qualida<strong>de</strong> e utilização tornando o componente confiável. À esses requisitos mínimos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> chamamos<br />

<strong>de</strong> critérios <strong>de</strong> admissibilida<strong>de</strong>. É comum entre os <strong>de</strong>senvolvedores <strong>de</strong> sistemas que utilizam componentes<br />

questões do tipo – O componente é a<strong>de</strong>quado para trabalhar em uma certa aplicação? O componente foi<br />

testado <strong>de</strong> forma relevante para uma utilização especifica? O componente já foi reutilizado em aplicações<br />

semelhantes com sucesso? O componente possui funcionalida<strong>de</strong>s a<strong>de</strong>quadas as necessida<strong>de</strong>s especificas? O<br />

componente foi testado numa varieda<strong>de</strong> suficiente <strong>de</strong> situações? O componente foi projetado para ter um<br />

<strong>de</strong>sempenho eficiente numa varieda<strong>de</strong> razoável <strong>de</strong> contextos? Tomando como base as Normas ISO/IEC<br />

9126-1 e ISO/IEC 12119 foram <strong>de</strong>finidos 19 critérios <strong>de</strong> admissibilida<strong>de</strong> para serem utilizados pelos<br />

<strong>de</strong>senvolvedores e fornecedores <strong>de</strong> componentes, como requisitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>vem ser levados em<br />

consi<strong>de</strong>ração, quando estão <strong>de</strong>senvolvendo componentes para reuso, tornando-os confiáveis. Os critérios<br />

po<strong>de</strong>m ser organizados em 7 características importantes para a qualida<strong>de</strong> do componente que <strong>de</strong>vem ser<br />

observadas e avaliadas tanto pelo <strong>de</strong>senvolvedor/fornecedor quanto pelo usuário/adquirente. São elas:<br />

documentação, funcionalida<strong>de</strong>, confiabilida<strong>de</strong>, usabilida<strong>de</strong>, eficiência, manutenibilida<strong>de</strong> e portabilida<strong>de</strong>. Os<br />

critérios <strong>de</strong> admissibilida<strong>de</strong> ou requisitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para componentes <strong>de</strong> software reutilizáveis<br />

apresentados aqui além <strong>de</strong> ser pontos chaves para apoiar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> componentes com foco na<br />

qualida<strong>de</strong>, também po<strong>de</strong>m ser utilizados para a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>s para componentes cada<br />

vez mais completos, entendidos e aceitos pela comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> DBC. Esses critérios aparecem nos trabalhos<br />

<strong>de</strong> Bertoa[Bertoa,2002], Simão[Simão,2002] e Alvaro[Alvaro,2005]o que <strong>de</strong> certa forma validam a<br />

praticida<strong>de</strong> e utilida<strong>de</strong> dos mesmos.<br />

229


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4. CONCLUSÃO<br />

Para o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> componentes, foram i<strong>de</strong>ntificadas algumas abordagens comuns em várias<br />

referências pesquisadas no que diz respeito aos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> componentes. O mo<strong>de</strong>lo da Norma<br />

ISO/IEC 9126-1 é uma base para qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> componentes <strong>de</strong> software com as <strong>de</strong>vidas adaptações nas<br />

características, subcaracterísticas e atributos. Bem como a Norma ISO/IEC 12119 como complemento uma<br />

vez que se consi<strong>de</strong>ra que os componentes no DBC <strong>de</strong>vem ter características <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> software COTS.<br />

Quanto a certificação, a <strong>de</strong>finição adotada no momento é <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas por um<br />

organismo in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da relação comercial com o objetivo <strong>de</strong> atestar publicamente, que <strong>de</strong>terminado<br />

produto, processo ou serviço está em conformida<strong>de</strong> com os requisitos especificados. É importante salientar<br />

que, esta metodologia precisa ser aplicada à um conjunto mínimo <strong>de</strong> componentes para que se possa validar a<br />

metodologia, fazer os ajustes necessários, se for o caso, e finalmente avaliar os componentes submetidos ao<br />

repositório. Po<strong>de</strong>rá ser aplicada a novos guias <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> para domínios e aplicações específicas. A criação<br />

<strong>de</strong> métricas para medição po<strong>de</strong> ser útil no contexto <strong>de</strong> repositórios. Na qualida<strong>de</strong> dos produtos está à<br />

qualida<strong>de</strong> dos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, do tipo DBC; assim sendo será preciso investigar ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> nesses processos, estabelecendo ativida<strong>de</strong>s, artefatos e critérios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> a serem<br />

utilizados em cada etapa do <strong>de</strong>senvolvimento. Investigar melhor a característica Usabilida<strong>de</strong> no contexto <strong>de</strong><br />

componentes, tanto individualmente como no conjunto, será <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia para área <strong>de</strong> software como um<br />

todo.<br />

REFERÊNCIAS<br />

[Alvaro,2005]Alvaro A., Almeida E. S.,Meira S. R. L; Software Component Certification - A Survey, 2005<br />

[Bertoa,2002]Bertoa, M. F., Troya, J.M., Vallecillo, A., Aspectos <strong>de</strong> la Calidad en el Desarrollo <strong>de</strong> Software Basado en<br />

Componentes, Capítulo do livro: Calidad en el <strong>de</strong>sarrollo y mantenimiento <strong>de</strong>l software. RA-MA, 2002.<br />

[Bertoa,2002a]Bertoa, M.F., Vallecillo, A., 2002. Quality attributes for COTS components. I+D Computación 1 (2), 128-<br />

144. Bertoa, M. e Vallecillo, A., 2002, Atributos <strong>de</strong> Calidad para Componentes COTS, Proceedings of the IDEAS<br />

2002, La Habana, Cuba, April, pp. 352-367.<br />

[Certsoft,2006]CERTSOFT06 An International Workshop on Software Certification McMaster University August 26 -<br />

27, 2006<br />

[IEEE 1063,1987]IEEE 1063. AMERICAN NATIONAL STANDARDS INSTITUTE. ANSI/IEEE Std 1063-1987,<br />

Standard for software user documentation. New York : IEEE Computer Society, 1987.<br />

[ISO/IEC 9126,2001]ISO 9126, “Information Technology – Product Quality – Part1: Quality Mo<strong>de</strong>l”, International<br />

Standard ISO/IEC 9126, International Standard Organization, June, 2001.<br />

[ISO/IEC 12119,2001]ISO/IEC 12119. INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION ISO/IEC<br />

12119, Information Technology - Software packages - Quality requirements and testing; 16 p. Geneve ISO Oct / 1994<br />

[ISO/IEC 14598,1999]ISO/IEC 14598-1. INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION ISO/IEC<br />

14598-1 Information Technology - Software product evaluation - Part 1: General Overview; Geneve ISO Abril 1999<br />

[McCall,1977]McCall,J.A; Richards, P.K.; Walters, G. F. Factors in Software Quality Griffits Air Base, Nova York,<br />

Rome air Development Center (RADC) System Command TR –77-369 Vol I,II, e III, 1977.<br />

[Preiss,2002]Preiss, O. e Wegmann, A., 2002, A System Perspective on the Quality Description of Software<br />

Components, Proceedings of the 6th World Multiconference on Systemics, Cybernetics and Informatics, Orlando,<br />

July, Vol. VII, pp. 250-255.<br />

[Rêgo,1996]Rêgo, C. M., et al., 1996. MEDE-PROS® – Método <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Produtos <strong>de</strong> Software,<br />

versão 1.0. Patente junto à Fundação Biblioteca Nacional sob número <strong>de</strong> registro 135.620, livro 216, folha 84. Pedido<br />

<strong>de</strong> registro <strong>de</strong> marca junto ao INPI sob número 820166243. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brazil<br />

[Sametinger,1997]Sametinger, J., 1997. “Software Engineering with Reusable Components”, New York: Springer, 271p.<br />

[Sanches,2005]Sanches, M. G. 2005 “Um Estudo Sobre os Riscos Inerentes à Implantação do Reuso <strong>de</strong> Componentes no<br />

Processo <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Software” Mestrado Profissional Unicamp, Instituto <strong>de</strong> Computação.<br />

[Simão,2002]Simão R. P. e Belchior A. D.; Uma Avaliação das Características <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> para Componentes <strong>de</strong><br />

Interface, Negócio, Dados e Infra-estrutura. Dissertação <strong>de</strong> Mestrado, UNIFOR – 2002.<br />

[Villela,2000]Villela, R. M. R., 2000. Busca e Recuperação <strong>de</strong> Componentes em Ambientes <strong>de</strong> Reutilização <strong>de</strong> Software,<br />

Tese <strong>de</strong> Doutorado, UFRJ-COPPE, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil.<br />

230


UTILIZACIÓN DE GOOGLE SEARCH APPLIANCE PARA<br />

LA BÚSQUEDA Y PLANIFICACIÓN DE INFORMACIÓN<br />

GEOGRÁFICA A TRAVÉS DE UN PROTOTIPO Y SU<br />

POSIBLE UTILIZACIÓN EN DISPOSITIVOS GPS<br />

Rubén Gonzalez-Crespo 1<br />

Javier Parra-Fuente 2<br />

Oscar Sanjuan-Martínez 1<br />

Luis Joyanes-Aguilar 1<br />

1 Pontifical University of Salamanca in Madrid<br />

Paseo Juan XXIII, 3. 28040 Madrid, Spain<br />

{ruben.gonzalez, oscar.sanjuan, luis.joyanes}@upsam.net<br />

2 University of Oxford<br />

Jenkin Building, Parks Road, OX13PJ Oxford, United Kingdom<br />

javier.parra@eng.ox.ac.uk<br />

RESUMEN<br />

El crecimiento <strong>de</strong> los Sistemas <strong>de</strong> Información Geográficos y la imposibilidad <strong>de</strong> encontrar información <strong>de</strong> este tipo a<br />

través <strong>de</strong> los diversos motores <strong>de</strong> búsqueda existentes en el mercado, ponen <strong>de</strong> manifiesto las carencias actuales a la hora<br />

organizar la información geográfica y hacerla universalmente accesible y útil. Este problema se incrementa si se<br />

establecen <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ncias con el formato digital en el que se encuentra almacenada la información o no existen metadatos<br />

que faciliten la in<strong>de</strong>xación <strong>de</strong> los datos geográficos. Este documento presenta un prototipo que aporta al GSA (Google<br />

Search Appliance) la capacidad <strong>de</strong> realizar búsquedas geográficas y su posterior visualización <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> la interfaz clásica<br />

<strong>de</strong> Google, así como su utilización para visualización <strong>de</strong> los resultados en dispositivos GPS, para dar soporte a empresas,<br />

con <strong>de</strong>partamentos comerciales, que tienen como objetivo facilitar la labor <strong>de</strong> ubicar y planificar rutas <strong>de</strong> clientes físicos,<br />

pertenecientes a los almacenes <strong>de</strong> datos que consulta el GSA.<br />

PALABRAS CLAVES<br />

Google, GIS, GSA, GPS, Motor <strong>de</strong> Búsqueda, Sistemas <strong>de</strong> Información.<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Una <strong>de</strong> las herramientas fundamentales <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>l ámbito <strong>de</strong> la Gestión <strong>de</strong>l Conocimiento y en concreto,<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> los Sistemas <strong>de</strong> Información, son aquellas que nos facilitan la búsqueda <strong>de</strong> información. Han sido<br />

muy diversas las técnicas que se han <strong>de</strong>sarrollado a lo largo <strong>de</strong> la historia <strong>de</strong> la computación para llevar a<br />

cabo este tipo <strong>de</strong> aplicaciones, sin embargo, son los buscadores basados en interfaces ligeros, ejecutados en<br />

un navegador web, los que como Google, Google Desktop o Google Search Appliance, tienen mayor éxito en<br />

la actualidad. Este tipo <strong>de</strong> herramientas cuya búsqueda está basada en el contenido <strong>de</strong> la información,<br />

perfeccionan cada vez más sus algoritmos y ofertan al usuario nuevas soluciones que, junto con las<br />

capacida<strong>de</strong>s hardware existentes, han reducido drásticamente el tiempo <strong>de</strong> acceso a dicha información. El<br />

caso Google, que más a<strong>de</strong>lante comentaremos, es un ejemplo claro <strong>de</strong> la ten<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong>l mercado, ofreciendo<br />

soluciones que se escapan <strong>de</strong>l i<strong>de</strong>al para el cual fue creado este buscador.<br />

La capacidad <strong>de</strong> búsqueda <strong>de</strong> estas herramientas crece rápidamente. Hace pocos años sólo éramos capaces<br />

<strong>de</strong> buscar información <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> archivos <strong>de</strong> texto y en el mejor <strong>de</strong> los casos imágenes y actualmente el GSA<br />

está capacitado para buscar 220 tipos <strong>de</strong> archivos diferentes (Google, 2007a). Sin embargo, el éxito todavía<br />

no ha llegado cuando se trata <strong>de</strong> buscar información geográfica almacenada en formatos <strong>de</strong>stinados para ello,<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

como, por ejemplo, los ficheros SHP, DBF, SHX (ESRI shapefile) que, siendo, un formato vectorial <strong>de</strong><br />

almacenamiento digital, guardan la localización <strong>de</strong> los elementos geográficos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> un mapa y los<br />

atributos asociados a ellos (Esri, 1998). Este tipo <strong>de</strong> búsquedas pue<strong>de</strong>n ser realmente interesantes, ya que,<br />

ante una consulta en la que se <strong>de</strong>sean obtener la ubicación <strong>de</strong> los clientes en un ámbito geográfico, podríamos<br />

tener un i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> respuesta como la situación <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> un mapa geográfico, con posibles rutas <strong>de</strong> acceso.<br />

Por ello, este documento, preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>finir un prototipo <strong>de</strong> búsqueda <strong>de</strong> archivos con información<br />

geográfica a nivel empresarial, utilizando el GSA como servidor y herramienta <strong>de</strong> búsqueda.<br />

2. EL CASO GOOGLE<br />

La justificación para utilizar Google como motor <strong>de</strong> búsqueda y el resto <strong>de</strong> hardware y software propietario,<br />

se pue<strong>de</strong> sostener directamente con el impacto social existente. Des<strong>de</strong> su creación en 1997 (Google, 2007b),<br />

han sido muchos los cambios que ha experimentado; su crecimiento y expansión se pue<strong>de</strong> ver en el número<br />

<strong>de</strong> productos que tiene disponibles y en los proyectos <strong>de</strong> investigación que está <strong>de</strong>sarrollando, tal y como<br />

po<strong>de</strong>mos ver en el laboratorio <strong>de</strong>stinado para ello.<br />

Actualmente, el algoritmo <strong>de</strong> búsqueda <strong>de</strong> Google, Pagerank (Vise, 2005), sigue siendo uno <strong>de</strong> los más<br />

optimizados y frente a los problemas que presenta, es ya una realidad la existencia <strong>de</strong> su sustituto, Trustrank<br />

(Google, 2007b) es cuál hace frente al spam <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> estas herramientas y a las granjas <strong>de</strong> páginas web.<br />

Tal y como hemos mencionado en la introducción, este prototipo va dirigido a resolver consultas a nivel<br />

empresarial, utilizando la información almacenada en las fuentes <strong>de</strong> información propias <strong>de</strong> la empresa. Por<br />

ello, aprovechando la potencia <strong>de</strong> Google, en todos los sentidos, y el GSA, va a resultar más sencillo<br />

conseguir la in<strong>de</strong>xación planteada y el resultado esperado.<br />

3. ESRI SHAPEFILE<br />

El prototipo que vamos a <strong>de</strong>sarrollar va a trabajar con el formato <strong>de</strong> archivos <strong>de</strong> ESRI, ya que poseyendo más<br />

<strong>de</strong> un 40% <strong>de</strong> cuota <strong>de</strong> mercad (Esri, 2007), se ha convertido en formato estándar por la importancia que los<br />

productos ESRI tienen en el mercado SIG.<br />

Dentro <strong>de</strong> los formatos geográficos, el formato ESRI Shapefile (SHP), <strong>de</strong>sarrollado por la compañía<br />

ESRI, es un formato cerrado <strong>de</strong> datos espaciales. ESRI comercializa aplicaciones para Sistemas <strong>de</strong><br />

Información Geográfica como Arc/Info o ArcGIS.<br />

Este formato <strong>de</strong> archivos almacena la localización <strong>de</strong> elementos geográficos y los atributos relacionados;<br />

carece <strong>de</strong> información topológica almacenada, entendiendo topología por las relaciones espaciales entre los<br />

diferentes elementos gráficos (cerca <strong>de</strong>, entre, adyacente a, etc.) y su posición en el mapa (Torres, 2003).<br />

Estas relaciones, que para el ser humano pue<strong>de</strong>n ser obvias a simple vista, el software las <strong>de</strong>be establecer<br />

mediante un lenguaje y unas reglas <strong>de</strong> geometría matemática.<br />

Un shapefile está compuesto por varios archivos, siendo necesarios como mínimo tres (Esri, 2007):<br />

.shp: archivo que almacena las entida<strong>de</strong>s geométricas <strong>de</strong> los archivos.<br />

.shx: archivo que almacena el índice <strong>de</strong> las entida<strong>de</strong>s geométricas.<br />

.dbf: base <strong>de</strong> datos que almacena la información <strong>de</strong> los atributos <strong>de</strong> los objetos.<br />

A<strong>de</strong>más <strong>de</strong> estos tres, opcionalmente, se pue<strong>de</strong>n incorporar hasta un total <strong>de</strong> ocho más para mejorar el<br />

funcionamiento <strong>de</strong> las operaciones <strong>de</strong> consulta a la base <strong>de</strong> datos, tales como metadatos o información sobre<br />

proyección geográfica para facilitar el traslado <strong>de</strong> meridianos y paralelos a superficies planas (Esri, 2007).<br />

.sbn y .sbx: almacena el índice espacial <strong>de</strong> las entida<strong>de</strong>s.<br />

.fbn y .fbx: almacena el índice espacial <strong>de</strong> las entida<strong>de</strong>s para los shapefiles que son <strong>de</strong> solo lectura.<br />

.ain y .aih: almacena el índice <strong>de</strong> atributo <strong>de</strong> los campos activos en una tabla.<br />

.prj: almacena información referida a sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas.<br />

.shp.xml: almacena los metadatos <strong>de</strong>l shapefile.<br />

232


Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

4. CONECTOR GIS PARA GOOGLE SEARCH APPLIANCE Y SU<br />

POSTERIOR VISUALIZACIÓN EN UN DISPOSITIVO GPS<br />

Como primera aproximación se establecen los siguientes requisitos funcionales específicos:<br />

In<strong>de</strong>xación <strong>de</strong> Contenido Geográfico:<br />

El conector GIS para GSA, <strong>de</strong>berá ser capaz <strong>de</strong> in<strong>de</strong>xar datos y metadatos geográficos. Aunque este<br />

conector <strong>de</strong>berá ser in<strong>de</strong>pendiente <strong>de</strong>l formato geográfico, en esta primera versión, estará limitado al<br />

tratamiento <strong>de</strong> ficheros shape y metadatos en XML. En fases posteriores el conector <strong>de</strong>berá:<br />

In<strong>de</strong>xar otros tipos <strong>de</strong> ficheros: Geomedia, Mapinfo, CAD, etc.<br />

In<strong>de</strong>xar contenido almacenado en ArcSDE y Oracle Spatial.<br />

Como entradas recibirá información gráfica en formato shape e información alfanumérica en formato<br />

texto, metadatos en XML con especificaciones ISO 19115 y NEM.<br />

La salida generada ante una consulta <strong>de</strong> un usuario final pue<strong>de</strong> generar dos posibles escenarios:<br />

Escenario 1: Existencia <strong>de</strong> metadatos. En este caso, el usuario recibirá una página <strong>de</strong> salida en la que se<br />

especificará, el autor, la fecha <strong>de</strong> creación, un pequeño resumen <strong>de</strong>l contenido y un puntero a la ubicación<br />

física <strong>de</strong>l shape.<br />

Escenario 2: Inexistencia <strong>de</strong> metadatos. En este caso, el usuario recibirá una página <strong>de</strong> salida en la que se<br />

especificará el nombre <strong>de</strong>l fichero y un puntero a la ubicación física <strong>de</strong>l fichero shape.<br />

Visualización <strong>de</strong>l contenido geográfico:<br />

Una vez que el GSA presenta la página <strong>de</strong> resultados, el usuario <strong>de</strong>be ser capaz <strong>de</strong> visualizar el contenido<br />

<strong>de</strong>l fichero en un visualizador GIS open source. Para esta primera fase, los requisitos funcionales mínimos<br />

son: acercar, alejar, pan e i<strong>de</strong>ntificar. En fases posteriores el visualizador <strong>de</strong>berá:<br />

Permitir cargar más <strong>de</strong> un fichero (Shape, Geomedia, CAD, etc.).<br />

Ser un cliente ArcSDE y Oracle Spatial.<br />

Permitir “arrastrar y soltar” el fichero ArcMAP.<br />

Como entrada tendrá una página <strong>de</strong> resultados que incluye un puntero a uno o varios ficheros shape.<br />

Como salida obtendremos la visualización <strong>de</strong>l contenido <strong>de</strong>l shape en un visualizador GIS open source<br />

con las herramientas <strong>de</strong> acercar, alejar, pan e i<strong>de</strong>ntificar.<br />

Utilización <strong>de</strong> la información resultante en un dispositivo GPS:<br />

De igual manera, una vez que el GSA presenta la página <strong>de</strong> resultados, <strong>de</strong>berá <strong>de</strong> estar contemplada la<br />

posibilidad <strong>de</strong> ubicar las coor<strong>de</strong>nadas geográficas en un dispositivo GPS, con software <strong>de</strong> navegación y<br />

planificación <strong>de</strong> rutas, con el fin <strong>de</strong> dar soporte a las búsquedas que se realicen <strong>de</strong>s<strong>de</strong> terminales tipo PDA,<br />

para cubrir el objetivo <strong>de</strong> dar soporte a empresas, con <strong>de</strong>partamentos comerciales con clientes físicos. Para<br />

tratar esta solución se utilizará el TOM TOM SDK (Tomtom, 2004).<br />

4.1 Definición <strong>de</strong> la Arquitectura <strong>de</strong> la Aplicación.<br />

La arquitectura <strong>de</strong> la aplicación, basada en J2EE, está compuesta por los siguientes elementos (figura 1):<br />

GSA - Google Search Appliance, sobre el que lanzaremos las peticiones <strong>de</strong> información.<br />

Interfaz GSA: Interfaz estándar, mostrado por el GSA, a través <strong>de</strong>l cuál el usuario introduce la ca<strong>de</strong>na <strong>de</strong><br />

texto que <strong>de</strong>sea buscar.<br />

Página <strong>de</strong> resultados: Página en la que se muestran todos los enlaces que contienen información tipo<br />

shape, según las especificaciones establecidas en el escenario 1 o escenario 2 y acor<strong>de</strong> con la interfaz gráfica<br />

<strong>de</strong> Google.<br />

Visualizador Gráfico: Applet firmado encargado <strong>de</strong> mostrar gráficamente el shapefile, con las<br />

funcionalida<strong>de</strong>s anteriormente especificadas.<br />

GIS Connector: Servlet encargado <strong>de</strong> toda la lógica <strong>de</strong> negocio <strong>de</strong> la aplicación. Redirige la petición <strong>de</strong><br />

información <strong>de</strong>l usuario al GSA, recupera la respuesta tras diversas negociaciones, muestra el resultado a<br />

través <strong>de</strong> la interfaz <strong>de</strong> Google <strong>de</strong> acuerdo con los requisitos mencionados, recupera la selección <strong>de</strong>l usuario y<br />

redirige al applet la URL necesaria para mostrar la información gráfica pedida.<br />

PDA con software <strong>de</strong> navegación: para mostrar la ruta planificada esperada por el cliente.<br />

233


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Figura 1. Arquitectura General Conector GIS<br />

El GSA está capacitado para realizar búsquedas <strong>de</strong> ficheros DBF y SHP, pero no está capacitado para<br />

acce<strong>de</strong>r al contenido <strong>de</strong>l mismo. Si el fichero se llama asturias.dbf y buscamos información <strong>de</strong> Asturias, no<br />

habrá problema, lo encontrará; sin embargo, si buscamos información <strong>de</strong> Asturias en un fichero <strong>de</strong>nominado<br />

españa.dbf, no va a ser capaz <strong>de</strong> encontrar nada ya que no pue<strong>de</strong> averiguar el contenido <strong>de</strong>l shapefile. Por<br />

ello es necesario que el servlet creado recupere la información <strong>de</strong>l fichero in<strong>de</strong>pendientemente <strong>de</strong>l nombre<br />

que este tenga, y analice datos relacionados con la búsqueda.<br />

A continuación vamos a <strong>de</strong>scribir cómo funcionan el control, la interfaz, el applet y la pda<br />

in<strong>de</strong>pendientemente.<br />

4.1 Control y Lógica <strong>de</strong> Negocio<br />

En la figura 2 se muestra el esquema <strong>de</strong>l flujo <strong>de</strong> trabajo. Para mejorar la explicación, en la figura se ha<br />

omitido el módulo que trasforma el xml estándar <strong>de</strong>l GSA en HTML. A continuación trataremos el módulo.<br />

Explicación <strong>de</strong>l flujo <strong>de</strong> trabajo:<br />

1. El browser envía una solicitud http request con el método GET al GIS Connector.<br />

2. El GIS Connector modifica la solicitud <strong>de</strong>l cliente <strong>de</strong> manera que el GSA conteste con un xml y<br />

así pueda buscar en los ficheros dbf.<br />

3. El GSA contesta al GIS Connector con un xml que contiene los datos <strong>de</strong> la búsqueda.<br />

4. El GIS Connector estudia el xml y crea una nueva query que envía al GSA para verificar que el<br />

dbf está realmente asociado a un fichero shape.<br />

5. El GSA vuelve a contestar con un xml.<br />

6. Se envía al browser los datos buscados contenidos en el último xml.<br />

234


Figura 2. Control y Lógica <strong>de</strong> Negocio Conector GIS<br />

Sintaxis <strong>de</strong> las consultas enviadas al GSA:<br />

Como se ha indicado en la explicación <strong>de</strong>l flujo <strong>de</strong> trabajo el GIS Connector hace dos consultas contra el<br />

GSA. La estructura sintáctica <strong>de</strong> las dos es la siguiente:<br />

• La primera consulta tiene el objetivo <strong>de</strong> encontrar los ficheros .dbf que contengan la información<br />

que el usuario quiere buscar: InformacionDeseada filetype:dbf. Por supuesto el usuario introduce<br />

sólo la InformacionDeseada y la palabra reservada filetype se aña<strong>de</strong> directamente en el GIS<br />

Connector. De esta forma el GSA nos <strong>de</strong>vuelve un fichero xml que contiene los enlaces y los<br />

metadatos encontrados en cada fichero .dbf con la InformacionDeseada contenida.<br />

• Analizando el documento xml <strong>de</strong>vuelto por el GSA, se forma una segunda consulta, que tiene el<br />

objetivo <strong>de</strong> verificar si existe por cada fichero .dbf buscado, un fichero .shp. La sintaxis es la<br />

siguiente: q=filedbf_1|filedbf_2|…..|filedbf_n filetype:shp, don<strong>de</strong> filedbf_* son los basename <strong>de</strong> los<br />

ficheros .dbf encontrados en la primera consulta, | indica el operador logico “OR” y filetype:shp<br />

<strong>de</strong>vuelve sólo los ficheros .shp.<br />

Tecnología empleada:<br />

• Lenguaje <strong>de</strong> programación: java Standard Edition (build 1.4.2_11-b06)<br />

• API añadida: jDom 1.0. Como es necesario analizar el xml que <strong>de</strong>vuelve el GSA, se elige jDom<br />

porque es open source y sobre todo porque permite tratar el documento con filosofa SAX y DOM.<br />

4.2 Interfaz Gráfica<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

La interfaz gráfica <strong>de</strong> la aplicación consta <strong>de</strong> dos pantallas HTML, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la primera (figura 3), se realizan las<br />

búsquedas sobre el GSA, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la segunda (figura 4), se muestran los resultados <strong>de</strong> dicha búsqueda. El<br />

resultado <strong>de</strong> las búsquedas se <strong>de</strong>vuelven en un archivo XML, por lo que este <strong>de</strong>be ser tratado y transformado<br />

a HTML, para su visualización en un navegador web. Este tratamiento se realiza <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>l GIS Connector.<br />

Buscando la in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ncia entre significado y aspecto en las interfaces gráficas, se ha optado por,<br />

realizarlas en XHTML, permitiéndonos cambiar totalmente el aspecto <strong>de</strong> la pagina web sin tocar una sola<br />

línea <strong>de</strong>l archivo html, a través <strong>de</strong> las hojas <strong>de</strong> estilo CSS.<br />

Dentro <strong>de</strong>l área 1 (figura 3), se encuentran unos links, que pue<strong>de</strong>n cambiar según las necesida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>l<br />

cliente, o simplemente se pue<strong>de</strong>n eliminar. Dentro <strong>de</strong>l área 2 (figura 3), se encuentra la cabecera <strong>de</strong> la página<br />

web, la imagen con el logo <strong>de</strong> Google, se pue<strong>de</strong> cambiar por cualquier otra imagen, dando otro aspecto al<br />

proyecto. Dentro <strong>de</strong>l área 3 (figura 3), se encuentra una sección específica para los <strong>de</strong>sarrollos <strong>de</strong> la<br />

aplicación, haciendo más cómoda, <strong>de</strong> esta forma, la prueba <strong>de</strong> distintos parámetros a la hora <strong>de</strong> hacer<br />

búsquedas. Añadir que en la versión final, esta zona no será mostrada, y los campos que ahora se muestran<br />

irán incluidos <strong>de</strong> forma oculta a través <strong>de</strong> campos hid<strong>de</strong>n.<br />

La parte inferior <strong>de</strong> la página, muestra <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>l área 4 (figura 3), información propia <strong>de</strong>l cliente.<br />

Tecnología empleada:<br />

• Lenguaje <strong>de</strong> programación: java Standard Edition (build 1.4.2_11-b06)<br />

• API añadida: SAX (Simple API for XML). Este API permite realizar la traducción <strong>de</strong> XML a<br />

HTML, para mostrar finalmente los resultados como se observa en la figura 4. La justificación para<br />

utilizar SAX frente a XSL (eXtensible Stylesheet Language), se basa en mejorar la rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sarrollo y sobre todo, mantener intacta la estructura <strong>de</strong>vuelta por el GSA.<br />

235


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

4.3 Visualizador Gráfico<br />

Figura 3. Interfaz inicial Figura 4. Interfaz <strong>de</strong> resultado<br />

Esta parte <strong>de</strong>l proyecto tiene como objetivo <strong>de</strong>sarrollar un visualizador que permita el <strong>de</strong>spliegue <strong>de</strong> datos<br />

geográficos en formato vectorial, con objeto <strong>de</strong> que un usuario pueda visualizar el archivo shape resultante <strong>de</strong><br />

la búsqueda. Para ello se ha realizado primero un análisis <strong>de</strong> diferentes herramientas freeware:<br />

• Shape Viewer – herramienta que se pue<strong>de</strong> usar para visualizar ESRI shapefiles. (Shapeviewer,<br />

2007)<br />

• TatukGIS Viewer – Permite abrir y leer archivos shape, a<strong>de</strong>más <strong>de</strong> un gran número <strong>de</strong> formatos<br />

raster y vector. (TatukGIS, 2007)<br />

• GeoVisu – Software para la visualización <strong>de</strong> datos geográficos. (Geovisu, 2007)<br />

• Diva-Gis – herramienta gratuita para trabajar con información geográfica. (Divagis, 2007)<br />

• CartoMap Viewer – Visor <strong>de</strong> mapas gratuito <strong>de</strong> Microsoft Windows. (Cartomapviewer, 2007)<br />

No todas las herramientas freeware citadas arriba se han podido ejecutar correctamente con shapefiles,<br />

a<strong>de</strong>más ninguna <strong>de</strong> ellas es open source, con lo que no disponemos <strong>de</strong>l API para po<strong>de</strong>r añadir o eliminar<br />

características.<br />

Por otro lado evaluamos las principales dos herramientas open source para manejar información<br />

geográfica: GeoTools (Geotools, 2007) y OpenMap (Openmap, 2007) ya que, el po<strong>de</strong>r crear nosotros un<br />

visor capaz <strong>de</strong> cumplir las funcionalida<strong>de</strong>s pedidas y a<strong>de</strong>más con la posibilidad <strong>de</strong> hacerlo a medida para<br />

adaptarlo fácilmente a nuestra arquitectura ha hecho que se <strong>de</strong>scarten las anteriores.<br />

La primera evaluación se realiza con OpenMap (Openmap, 2007), herramienta open source para la<br />

visualización geoespacial basada en Sun Java Beans. Ofrece un amplio abanico <strong>de</strong> métodos y clases que<br />

permiten acce<strong>de</strong>r a la información geográfica y manipularla. En particular para los shapefiles, ofrece un API<br />

para manejar toda la información disponible en los .shp, .dbf y .shx. A<strong>de</strong>más dispone <strong>de</strong> un sencillo applet,<br />

con las funcionalida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> zoom, pan, superposición <strong>de</strong> capas, i<strong>de</strong>ntificación, etc. Mediante un<br />

fichero “properties” OpenMap carga las propieda<strong>de</strong>s iniciales que se <strong>de</strong>sea que posea el visor: capa, shape,<br />

latitud, etc.<br />

El applet realizado con OpenMap funciona correctamente, sin embargo, abre sólo los shapefiles que<br />

tienen sus geometrías <strong>de</strong>finidas en grados <strong>de</strong>cimales <strong>de</strong> latitud y longitud. Si la geometría <strong>de</strong> un shapefile está<br />

<strong>de</strong>finida en términos <strong>de</strong> metros, OpenMap no es capaz <strong>de</strong> mostrarlo. Esta situación <strong>de</strong>scarta <strong>automática</strong>mente<br />

el visor, ya que parcializaría notablemente la utilización <strong>de</strong> la herramienta.<br />

La segunda evaluación se realiza con GeoTools (Geotools, 2007). Gracias a esta herramienta es posible<br />

construir un marco que es capaz <strong>de</strong> proporcionar herramientas básicas <strong>de</strong> visualización y capaz <strong>de</strong> contener<br />

cualquier tipo <strong>de</strong> shape, puntos, líneas, polígonos.<br />

236


Figura 5. Visualizador OpenMap Figura 6. Visualizador GeoTools<br />

El applet creado “extien<strong>de</strong>” <strong>de</strong> JApplet. Actualmente consta <strong>de</strong> un método init que inicializa el applet<br />

dón<strong>de</strong> se crea un contenedor sobre el que se aña<strong>de</strong> el panel <strong>de</strong>l mapa por <strong>de</strong>fecto que soportará un estilo<br />

<strong>de</strong>terminado. Mediante un nuevo método, se acce<strong>de</strong> al shapefile indicado mediante una url específica (que<br />

posteriormente correspon<strong>de</strong>rá con la ubicación <strong>de</strong>l fichero shape <strong>de</strong>vuelto en la búsqueda). Accediendo al<br />

shapefile se obtiene la geometría <strong>de</strong>l fichero y según sea punto, línea o polígono, se inicializa el estilo para<br />

permitir su visualización <strong>de</strong> forma óptima, y al mismo tiempo se obtienen las características <strong>de</strong>l shapefile:<br />

basándonos en el estilo y en las características se crea una capa que es añadida al panel <strong>de</strong> mapa inicial.<br />

Se utiliza una componente swing para visualizar características geográficas; esta clase nos permite utilizar<br />

el ratón y el teclado para hacer zoom y movernos por el mapa. Pulsando el botón <strong>de</strong>recho <strong>de</strong>l ratón sobre el<br />

mapa se obtiene un menú con las funcionalida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> zoom y pan sobre el mapa.<br />

Tecnología empleada:<br />

• Lenguaje <strong>de</strong> programación: java Standard Edition (build 1.4.2_11-b06)<br />

• Utilida<strong>de</strong>s para firmar el applet; keytool lo usaremos para generar los certificados; jarsigner lo<br />

usaremos para firmar el applet con el certificado que hemos generado.<br />

4.4 Conexión GSA – PDA<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

El objetivo que cubrirá esta parte <strong>de</strong>l proyecto, puesto que todavía no está implementado, será el <strong>de</strong><br />

establecer la conexión entre el GSA y terminal móvil tipo PDA. Para ello utilizaremos la respuesta número 5<br />

que da el GSA en la lógica <strong>de</strong> negocio. En esta respuesta se obtienen, entre otros y gracias a los ficheros<br />

.shp.xml y .dbf, los parámetros, ciudad, calle, número y código geográfico.<br />

Con estos parámetros se pue<strong>de</strong> llamar a la función <strong>de</strong>l TOM TOM Navigator, en el caso <strong>de</strong> que este fuese<br />

el software planificador que utilizamos, NT Geoco<strong>de</strong>V01( LPCTSTR aCity, LPCTSTR aStreet,<br />

LPCTSTR aHouseNr, TGeoco<strong>de</strong>InfoV01& aGeoco<strong>de</strong>Info), don<strong>de</strong>, LPCTSTR aCity: nombre <strong>de</strong> la<br />

ciudad, LPCTSTR aStreet: nombre <strong>de</strong> la calle, LPCTSTR aHouseNr: número <strong>de</strong> casa, TGeoco<strong>de</strong>InfoV01&<br />

aGeoco<strong>de</strong>Info: información <strong>de</strong> código geográfico. El código quedaría <strong>de</strong> la siguiente manera:<br />

237


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

TGeoco<strong>de</strong>InfoV01 info;<br />

INT error = CTomTomNavigatorCom::Geoco<strong>de</strong>V01(_T("Zwanenburg"),<br />

_T("Julianalaan"),<br />

_T("12"), info);<br />

if (error)<br />

{::AfxMessageBox(TEXT("Geoco<strong>de</strong> failed"));}<br />

else if (info.iStatus != CTomTomNavigatorCom::KGeoco<strong>de</strong>Failure)<br />

{error = CTomTomNavigatorCom::NavigateToCoordinate(info.iLongitu<strong>de</strong>,<br />

info.iLatitu<strong>de</strong>,<br />

_T("Julianalaan,<br />

12"));<br />

if (error)<br />

{::AfxMessageBox(TEXT("Failed to navigate to address"));}}<br />

else<br />

{::AfxMessageBox(TEXT("Address not found"));<br />

}<br />

Una vez obtenido el <strong>de</strong>stino al cual nos queremos dirigir, será el software <strong>de</strong> planificación <strong>de</strong> rutas el que<br />

se encargue <strong>de</strong> elegir el itinerario a seguir. De esta manera la arquitectura <strong>de</strong> esta parte sería la siguiente:<br />

5. TRABAJO FUTURO<br />

Figura 6. Conexión GSA - PDA<br />

Actualmente, el conector pue<strong>de</strong> trabajar con shapefiles y metadatos XML. En futuras versiones, se preten<strong>de</strong><br />

que la aplicación sea in<strong>de</strong>pendiente <strong>de</strong>l formato <strong>de</strong>l contenido geográfico y que a<strong>de</strong>más sea capaz <strong>de</strong>:<br />

• In<strong>de</strong>xar otro tipo <strong>de</strong> ficheros: Geomedia, Mapinfo, CAD, etc.<br />

• In<strong>de</strong>xar contenido almacenado en ArcSDE y Oracle Spatial.<br />

El visor también será capaz <strong>de</strong>:<br />

• Ser un cliente <strong>de</strong> ARCSDE y Oracle Spatial<br />

• Cortar y pegar ficheros ARCMAP<br />

6. CONCLUSIÓN<br />

Las principales contribuciones <strong>de</strong> esta herramienta son:<br />

238<br />

• Buscar información GIS en el GSA in<strong>de</strong>pendientemente <strong>de</strong>l navegador que se utilice. El<br />

conector GIS se encarga <strong>de</strong> que el GSA entienda la petición <strong>de</strong> información.<br />

• Devolver correctamente la información GIS <strong>de</strong>spués <strong>de</strong>l trabajo realizado por el conector.<br />

• Mostrar los resultados en un nuevo visor con multitud <strong>de</strong> operaciones: zoom, pan, etc.<br />

• Visualizar el resultado en dispositivos GPS, para dar soporte a empresas.


REFERENCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

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Gemawhat, S. et al. 2003. The Google File System. 19th ACM Symposium on Operating Systems Principles. Lake<br />

George. NY. Pp 29-34.<br />

Parra-Fuente J., 2007, A Middleware to Integrate the Geographic Component in the GSA. PDPTA 2007 - Parallel and<br />

Distributed Processing Techniques and Applications. Las Vegas, Estados Unidos, Vol. 2, pp. 663-668.<br />

Córcoles, J.E, 2007, Search on the web with spatial criterions. Improving a Search Engine with Spatial Queries, WEBIST<br />

2007 - 3rd International Conference on Web Information Systems and Technologies. Barcelona, Spain.<br />

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www.esri.com/library/whitepapers/pdfs/shapefile.pdf. [Consultado el 10 <strong>de</strong> Junio <strong>de</strong> 2007]<br />

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disponible en: http://labs.google.com/. [Consultado el 1 <strong>de</strong> Junio <strong>de</strong> 2007]<br />

Vise, D. and M. Malseed, 2005, The Google Story, Nueva York, Estados Unidos, Primera Edición, Delacorte Press.<br />

Esri, 2007. “ESRI, The GIS Software Lea<strong>de</strong>r”. ESRI [En línea]. Madrid, España, disponible en: http://www.esri.com/<br />

[Consultado el 10 <strong>de</strong> Junio <strong>de</strong> 2007]<br />

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http://www.shapeviewer.com [Consultado el 5 <strong>de</strong> Junio <strong>de</strong> 2007]<br />

TatukGIS, 2007. “TatukGIS Viewer”. TatukGIS [En línea]. Gdynia, Polonia, disponible en:<br />

http://www.tatukgis.com/products/viewer/viewer.aspx [Consultado el 5 <strong>de</strong> Junio <strong>de</strong> 2007]<br />

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Divagis, 2007. “Diva Gis Materials. Mapping and analysis of spatial data”. Diva-Gis [En línea]. Estados Unidos,<br />

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Cartomapviewer, 2007. “CartoMap Viewer”. CartoWorld [En línea]. Sandton, Johannesburgo, disponible en:<br />

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Geotools, 2007. “GeoTools Developers Gui<strong>de</strong>”. GeoTools [En línea]. Estados Unidos, disponible en:<br />

http://docs.co<strong>de</strong>haus.org/display/GEOT/Home [Consultado el 8 <strong>de</strong> Junio <strong>de</strong> 2007]<br />

Openmap, 2007. “OpenMap Api Documentation”. OpenMao [En línea]. Cambridge, Reino Unido, disponible en:<br />

http://www.openmap.org [Consultado el 8 <strong>de</strong> Junio <strong>de</strong> 2007]<br />

Tomtom, 2007. “TomTom Navigator SDK”. TomTom [En línea]. Leipzig, Alemania, disponible en: http://<br />

www.tomtom.com/lib/doc/ttnavsdk3_manual.pdf [Consultado el 18 <strong>de</strong> Junio <strong>de</strong> 2007]<br />

239


Artigos Curtos


EMOÇÕES COMO PARTE DE UM AMBIENTE VIRTUAL<br />

DE APRENDIZAGEM<br />

Annabell D.R. Tamariz<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual do Norte Fluminense (UENF), Universida<strong>de</strong> Candido Men<strong>de</strong>s - Campos (UCAM)<br />

Campos dos Goytacazes. Rio <strong>de</strong> Janeiro. Brasil<br />

annabell@uenf.br / annabell_brasil@yahoo.es<br />

Sahudy Montenegro González<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual do Norte Fluminense (UENF), Universida<strong>de</strong> Candido Men<strong>de</strong>s - Campos (UCAM)<br />

Campos dos Goytacazes. Rio <strong>de</strong> Janeiro. Brasil<br />

sahudy@uenf.br<br />

Cinthia B. Pessanha<br />

Universida<strong>de</strong> Candido Men<strong>de</strong>s - Campos (UCAM)<br />

Campos dos Goytacazes. Rio <strong>de</strong> Janeiro. Brasil. cindy_cefet@yahoo.com.br<br />

Edson C. Braga<br />

Universida<strong>de</strong> Candido Men<strong>de</strong>s - Campos (UCAM)<br />

Campos dos Goytacazes. Rio <strong>de</strong> Janeiro. Brasil. edson_brag@yahoo.com.br<br />

RESUMO<br />

A realização <strong>de</strong>ste trabalho envolveu o estudo <strong>de</strong> metodologias da computação afetiva que aju<strong>de</strong>m na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> perfis<br />

dos alunos e sua inserção <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um Ambiente Virtual <strong>de</strong> Aprendizagem para o ensino <strong>de</strong> lógica que foi anteriormente<br />

<strong>de</strong>senvolvido (HALYEN). Foi necessário a <strong>de</strong>finição dos eventos possíveis gerados na utilização do ambiente, assim<br />

como as regras <strong>de</strong> inferência das emoções dos alunos. O HALYEN consta <strong>de</strong> uma arquitetura com agentes inteligentes,<br />

capaz <strong>de</strong> inferir o estado emocional do aluno, assim como seu perfil, objetivando incentivá-lo a persistir nas ativida<strong>de</strong>s<br />

propostas pelo ambiente nos momentos em que ele sentir-se <strong>de</strong>smotivado, <strong>de</strong> forma que a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sistência diminua e o<br />

nível <strong>de</strong> aprendizado aumente. Sendo assim, baseando-se nas duas características principais do aluno (perfil e estado<br />

emocional) mapeadas pelo software, o ambiente encarregar-se-á <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver uma estratégia pedagógica <strong>de</strong> ensino<br />

a<strong>de</strong>quada para o aluno que o utiliza.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Ensino e Aprendizagem, Estados Emocionais, Ambiente Virtual <strong>de</strong> Aprendizagem, Mo<strong>de</strong>lo OCC.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A educação é um dos alicerces mais importantes na formação <strong>de</strong> um indivíduo. Através <strong>de</strong>la, a pessoa é<br />

capaz <strong>de</strong> aplicar os conhecimentos adquiridos durante a vida escolar à carreira escolhida. No caso específico<br />

dos estudantes <strong>de</strong> computação, o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio consiste em <strong>de</strong>senvolver habilida<strong>de</strong>s relacionadas ao<br />

raciocínio lógico. Tal habilida<strong>de</strong> é requisito fundamental para que os alunos sejam capazes <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />

outros aspectos pertinentes ao curso no <strong>de</strong>correr da vida acadêmica. No entanto, <strong>de</strong>senvolver tal capacida<strong>de</strong><br />

nos alunos é uma árdua tarefa, o que vem causando gran<strong>de</strong> evasão dos cursos <strong>de</strong> computação ainda nos<br />

primeiros anos da faculda<strong>de</strong>. O aluno sente-se <strong>de</strong>smotivado por não obter os resultados esperados e acaba por<br />

<strong>de</strong>sistir <strong>de</strong> seguir adiante. A causa das <strong>de</strong>sistências consiste na falta <strong>de</strong> cuidado com os aspectos emocionais<br />

<strong>de</strong> cada aluno. Segundo o pesquisador da área <strong>de</strong> psicologia na educação, Henry Wallon [Wallon, 1986], o<br />

estado emocional <strong>de</strong> um aluno afeta diretamente seu <strong>de</strong>sempenho no processo <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong> qualquer<br />

disciplina [Dourado,2000]. Este fato, muitas vezes, não é consi<strong>de</strong>rado da maneira correta, levando o aluno a<br />

243


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

<strong>de</strong>smotivar-se logo nas primeiras disciplinas da faculda<strong>de</strong>, principalmente aquelas que exigem um raciocínio<br />

um pouco diferente, como é o caso da disciplina <strong>de</strong> lógica <strong>de</strong> programação [Silva, 2006].<br />

Neste contexto, propomos uma estrutura capaz <strong>de</strong> inferir a emoção do aluno, <strong>de</strong> acordo com seu<br />

<strong>de</strong>sempenho em ativida<strong>de</strong>s específicas, a serem incluídas no Ambiente Virtual <strong>de</strong> Aprendizagem (AVA)<br />

<strong>de</strong>senvolvido por [González,2007], <strong>de</strong>nominado HALYEN. O ambiente possui a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolher uma<br />

estratégia pedagógica diferente para cada tipo <strong>de</strong> usuário, <strong>de</strong> acordo com seu estado emocional e perfil<br />

<strong>de</strong>finido, <strong>de</strong> forma a evitar que o mesmo sinta-se <strong>de</strong>smotivado e <strong>de</strong>sista <strong>de</strong> prosseguir seus estudos. No<br />

entanto, para que isso seja possível, é indispensável que haja interativida<strong>de</strong> no AVA, visto que tal<br />

característica permitirá a participação do aluno efetivamente, rompendo velhos mo<strong>de</strong>los pedagógicos que<br />

contemplam apenas a comunicação professor-aluno, ou seja, privilegia o professor, <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rando as<br />

particularida<strong>de</strong>s do aluno. A intenção não é abolir o sistema <strong>de</strong> ensino tradicional, mas sim usar esta<br />

modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino como uma alternativa ou um apoio a esse aprendizado, através da utilização <strong>de</strong> AVAs,<br />

ou seja, gerar uma ferramenta <strong>de</strong> auxílio ao aprendizado, on<strong>de</strong> estejam disponíveis recursos necessários para<br />

<strong>de</strong>senvolver o conhecimento do aluno sobre <strong>de</strong>terminado assunto. Este trabalho é uma complementação do<br />

trabalho [González, 2007].<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento do HALYEN não se limitou apenas a arquitetura do sistema, mas também na<br />

adaptação <strong>de</strong> jogos <strong>de</strong> lógica matemática disponibilizados na ferramenta. Tais jogos foram <strong>de</strong>senvolvidos e<br />

apresentados em [Rosa, 2006], e foram consi<strong>de</strong>rados a<strong>de</strong>quados ao nosso ambiente por fornecer alta<br />

usabilida<strong>de</strong> e interativida<strong>de</strong>, o que é <strong>de</strong> suma importância em um ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem<br />

[Laplane,2000].<br />

2. ESTADOS EMOCIONAIS NO AVA<br />

Nosso trabalho visa à análise e incorporação <strong>de</strong> estados emocionais no AVA <strong>de</strong>senvolvido em [González,<br />

2007] para o ensino <strong>de</strong> lógica matemática, o qual consta <strong>de</strong> uma arquitetura baseada em agentes inteligentes.<br />

A proposta encontra-se atualmente em fase <strong>de</strong> Treinamento e faz parte <strong>de</strong> um projeto final do curso <strong>de</strong><br />

ciência da computação da Universida<strong>de</strong> Candido Men<strong>de</strong>s. No primeiro acesso do aluno ao ambiente, é<br />

apresentado o formulário que avalia sua orientação e tenta <strong>de</strong>finir o perfil do aluno que utiliza o ambiente.<br />

A inferência das emoções (alegria, tristeza, satisfação e frustração) é feita através <strong>de</strong> regras estruturadas<br />

do tipo IF-THEN [Orthony, 1988], efetuando cálculos relacionados a dois aspectos: Potencial <strong>de</strong> <strong>geração</strong> <strong>de</strong><br />

uma emoção e Cálculo da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma emoção. Estes valores são obtidos a partir da interação do<br />

aluno com o ambiente, analisados nas seções seguintes.<br />

2.1 Arquitetura do HALYEN<br />

O ambiente HALYEN é suportado por uma arquitetura baseada em agentes inteligentes. Optou-se por essa<br />

abordagem diante da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar o aluno sob diversos aspectos, não somente o seu estado<br />

emocional ao interagir com o ambiente, como também avaliar a melhor abordagem <strong>de</strong> motivação ao aluno.<br />

Sendo assim, é possível constatar que este trabalho é apenas uma parte <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senvolvimento mais amplo,<br />

que compreen<strong>de</strong> a arquitetura <strong>de</strong> agentes inteligentes [González(a), 2007] e um mo<strong>de</strong>lo cognitivo que ainda<br />

encontra-se em fase <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem. O projeto como um todo consiste na elaboração <strong>de</strong> um ambiente, capaz<br />

<strong>de</strong> inferir a emoção do aluno e, <strong>de</strong> acordo com o estado emocional do mesmo em um <strong>de</strong>terminado momento,<br />

o mo<strong>de</strong>lo cognitivo avaliará a melhor estratégia <strong>de</strong> motivação, <strong>de</strong> forma que o aluno não <strong>de</strong>sista <strong>de</strong><br />

permanecer interagindo com o ambiente. Todas essas abordagens são suportadas pela arquitetura baseada em<br />

agentes inteligentes, os quais são responsáveis por fazer com que todos os aspectos <strong>de</strong>scritos estejam em<br />

plena comunicação.<br />

A figura 1 mostra a arquitetura final do HALYEN. É possível observar que o Mo<strong>de</strong>lo do Aluno acopla<br />

toda a estrutura do sistema relacionada a emoções. O agente aprendiz é justamente aquele que efetua a<br />

elicitação <strong>de</strong> informações acerca do perfil do aluno e seu respectivo estado emocional, e fornece-as para<br />

outros agentes do sistema, <strong>de</strong> forma que seja possível motivar o aluno para que este prossiga seus estudos,<br />

aumentando a taxa <strong>de</strong> aprendizagem. Maiores <strong>de</strong>talhes em [González_2, 2007].<br />

244


2.2 I<strong>de</strong>ntificação dos Eventos<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Figura 1. Arquitetura do ambiente HALYEN<br />

De acordo com os jogos escolhidos para fazerem parte do ambiente, foram i<strong>de</strong>ntificados alguns eventos, vi<strong>de</strong><br />

Tabela 1, que são prepon<strong>de</strong>rantes para efetuar a inferência da emoção do aluno, no momento que ele os<br />

dispara.<br />

Tabela 1. Eventos agrupados <strong>de</strong> acordo com a emoção associada<br />

Emoção Eventos<br />

Alegria -Ganhar jogo<br />

-Tempo <strong>de</strong> realização menor que a média<br />

-Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> partidas menor que a média<br />

Tristeza -Per<strong>de</strong>r jogo<br />

-Tempo <strong>de</strong> realização menor que a média<br />

-Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> partidas menor que a média<br />

Satisfação -Ganhar jogo<br />

-Tempo <strong>de</strong> realização menor que a média<br />

-Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> partidas menor que a média<br />

-Cancelou jogada menos vezes que a média<br />

-Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> passos igual ao número mínimo (solução<br />

ótima)<br />

-Pediu ajuda (aluno voltado à aprendizagem)<br />

Frustração -Per<strong>de</strong>r jogo<br />

-Tempo <strong>de</strong> realização menor que a média<br />

-Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> partidas menor que a média<br />

-Saiu do jogo<br />

-Cancelou jogada mais vezes que a média<br />

-Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> passos maior que o necessário<br />

-Pediu ajuda (aluno voltado a <strong>de</strong>sempenho)<br />

Vale ressaltar que o evento “pediu ajuda” possui valores diferentes <strong>de</strong> acordo com o objetivo do aluno,<br />

po<strong>de</strong>ndo este ser orientado a aprendizagem (o aluno preocupa-se em apren<strong>de</strong>r o conteúdo), ou orientado a<br />

<strong>de</strong>sempenho (o aluno preocupa-se em ter uma boa média para impressionar os colegas, pais, professores,<br />

etc). As médias mencionadas correspon<strong>de</strong>m a valores obtidos a partir <strong>de</strong> experiência real. Ou seja, os jogos<br />

245


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

foram disponibilizados a uma turma que está em processo <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong> programação. Desta forma,<br />

cada evento acima possui um valor associado. Este valor varia <strong>de</strong> acordo com o objetivo do aluno e do tipo<br />

<strong>de</strong> emoção. Além disso, esses valores serão prepon<strong>de</strong>rantes para o cálculo <strong>de</strong> manifestação <strong>de</strong> cada emoção.<br />

2.2.1 Fase <strong>de</strong> Treinamento<br />

A etapa <strong>de</strong> treinamento teve como objetivo disponibilizar o HALYEN para alunos do terceiro período <strong>de</strong><br />

turmas do curso superior <strong>de</strong> matemática e física da Universida<strong>de</strong> Estadual do Norte Fluminense (UENF). A<br />

elaboração do referido ambiente visa disponibilizar jogos interativos voltados a estimular o raciocínio lógico<br />

<strong>de</strong> um aluno. Sendo assim, foram disponibilizados dois jogos no ambiente com tais características.<br />

Este primeiro momento foi <strong>de</strong> suma importância para que fossem obtidos os limiares mínimos <strong>de</strong><br />

aceitação das quatro emoções em questão. No entanto, para que fosse possível efetuar o cálculo <strong>de</strong>sse limiar,<br />

foi necessária a adaptação dos jogos, através da inserção <strong>de</strong> telas <strong>de</strong> questionamento quanto à emoção sentida<br />

pelo usuário no momento da ocorrência <strong>de</strong> um evento i<strong>de</strong>ntificado. Desta forma, os resultados obtidos<br />

correspon<strong>de</strong>m à realida<strong>de</strong> do aluno no exato momento em que um evento importante aconteceu.<br />

As emoções iniciais analisadas foram frustração e satisfação. Por exemplo, ao aluno per<strong>de</strong>r pela primeira<br />

vez um jogo, o agente po<strong>de</strong> mostrar uma caixa <strong>de</strong> diálogo perguntando para o aluno se está sentindo<br />

frustração ou satisfação e qual o grau da emoção nesse instante. Se o aluno respon<strong>de</strong>r que está sentindo<br />

frustração, mas nem tanto (por exemplo, grau 2), a interpretação do sistema será: emoção frustração com<br />

grau <strong>de</strong> pertinência 0.2.<br />

Na Figura 2 apresentamos uma primeira pergunta ao aluno em relação com a emoção que ele po<strong>de</strong> sentir<br />

em relação a ganhar o jogo (Jogo da Sobrevivência), sem ter jogado ainda. Ressalta-se que existem cinco<br />

níveis <strong>de</strong> diferenciação quanto à emoção sentida pelo aluno. Estes valores, assim como a resposta dada pelo<br />

aluno, serão armazenados em uma estrutura <strong>de</strong> banco <strong>de</strong> dados, e serão utilizadas na <strong>de</strong>finição do limiar<br />

mínimo <strong>de</strong> manifestação <strong>de</strong> cada emoção assim como na <strong>de</strong>finição da emoção sentida pelo aluno no jogo.<br />

Figura 2. Tela <strong>de</strong> questionamento inicial em relação ao jogo.<br />

Na Tabela 2 apresentamos em forma resumida, todas as perguntas feitas ao aluno durante a utilização do<br />

ambiente (interação com os jogos) na fase <strong>de</strong> treinamento e o momento exato em que ocorre a pergunta,<br />

assim como o evento que provocou a pergunta. Questionou-se também a intensida<strong>de</strong> da emoção sentida pelo<br />

aluno, com valores variante entre 1 e 5.<br />

Tabela 2: Tabela <strong>de</strong> eventos e <strong>de</strong> questionamentos, assim como o momento escolhido para o aparecimento da tela.<br />

Evento Pergunta Quando perguntar<br />

Ganhar jogo O quanto ganhar o jogo é importante<br />

para você?<br />

Antes do começo do jogo<br />

Per<strong>de</strong>r jogo O quanto per<strong>de</strong>r o jogo é frustrante<br />

para você?<br />

Antes do começo do jogo<br />

Pedir ajuda Como você se sente tendo que pedir Toda vez que for pressionado o botão<br />

ajuda?<br />

<strong>de</strong> ajuda<br />

Cancelar escolha Como você se sente tendo que A cada duas vezes em que o botão<br />

cancelar outra vez sua escolha? cancelar for pressionado<br />

246


Sair do jogo Como você se sente saindo do jogo?<br />

(<strong>de</strong>sistência)<br />

Tempo <strong>de</strong> realização Como você se sente sabendo que<br />

levou x tempo para finalizar o jogo?<br />

Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> partidas Como você se sente sabendo que<br />

precisou <strong>de</strong> x partidas para conseguir<br />

ganhar o jogo?<br />

Transportar personagens Como você se sente sabendo que<br />

realizou mais movimentos que o<br />

necessário?<br />

3. CONCLUSÃO<br />

Toda vez que o aluno sair do jogo<br />

antes do término<br />

Toda vez que o aluno terminar <strong>de</strong><br />

jogar, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> ter perdido ou<br />

ganhado.<br />

Toda vez que o aluno chegar à tela <strong>de</strong><br />

vitória<br />

Ao final <strong>de</strong> cada partida<br />

É indiscutível a influência do estado emocional no processo <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong> qualquer aluno. Muitas<br />

vezes, em um ambiente <strong>de</strong> ensino a distância, tratar esse aspecto não é levado em consi<strong>de</strong>ração, o que <strong>de</strong> fato<br />

po<strong>de</strong> vir a comprometer a taxa <strong>de</strong> aprendizado dos alunos que cursam disciplinas nesta modalida<strong>de</strong>.<br />

O projeto encontra-se em finalização da fase <strong>de</strong> treinamento. Posteriormente, far-se-á a análise dos<br />

valores armazenados na base <strong>de</strong> dados, e a obtenção dos limiares <strong>de</strong>sejados. A fase seguinte é a <strong>de</strong><br />

implementação, na qual as regras serão implementadas, já consi<strong>de</strong>rando os limiares mínimos ajustados na<br />

fase <strong>de</strong> treinamento.<br />

Sendo assim, esta proposta torna-se apropriada, pois visa trazer benefícios para as atuais arquiteturas <strong>de</strong><br />

AVAs, <strong>de</strong> forma a aumentar consi<strong>de</strong>ravelmente a taxa <strong>de</strong> aprendizado e diminuir o percentual <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sistências. Este produto po<strong>de</strong>rá ser utilizado nos cursos <strong>de</strong> graduação ou especialização que possuam<br />

computação/programação como parte da gra<strong>de</strong> curricular. Atualmente, está sendo testado em turmas <strong>de</strong><br />

licenciatura em matemática e física da UENF, com bons resultados <strong>de</strong> aceitação e utilização.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

Os autores agra<strong>de</strong>cem o apoio financeiro da Fundação <strong>de</strong> Amparo a Pesquisa do Estado <strong>de</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

(FAPERJ), com bolsas <strong>de</strong> Iniciação Científica (E-26/150.927/2006), para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Adamatti, Diana F. AFRODITE - Ambiente <strong>de</strong> Simulação Baseado em Agentes com Emoções. UFRGS, Fevereiro 2003.<br />

Campestrini, Bernadétte B.; Martins, Janae G.; Fialho, Francisco A.P. Education for thinking and distance education:<br />

Learnings that cross by themselves. World Congress on Computer Science, Engineering and Technology Education<br />

(WCCSETE). Itanháem, Brasil. Março 2006.<br />

Costa, Raimundo J.M. Jogar e Apren<strong>de</strong>r: A Informática no Ensino <strong>de</strong> Álgebra elementar. Tese <strong>de</strong> mestrado, UFRJ. 2004.<br />

Dourado, Ione C.P. Concepção <strong>de</strong> Afetivida<strong>de</strong> segundo uma professora <strong>de</strong> oitava série. Tese <strong>de</strong> Mestrado – PUCSP.<br />

Novembro 2000.<br />

González, S.M. et al, HALYEN: Ambiente Virtual para o Ensino <strong>de</strong> Lógica. Proceedings of CISCI. Florida, EUA. 2007.<br />

González, S.M. et al (a), Agentes Inteligentes no <strong>de</strong>senvolvimento do Ambiente Virtual <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> Lógica HALYEN.<br />

Aceito nos Proceedings of IADIS WWW/Internet. Vila Real, Portugal. 2007.<br />

Laplane, Adriana Friszman <strong>de</strong>. Interação e silêncio na sala <strong>de</strong> aula. Ijuí: Editora Unijuí, 2000.<br />

Orthony, A.; Clore G.; Collins, A. The Cognitive structure of Emotions. Cambridge University Press. 1988.<br />

Rosa, N.S. et al., Jogos Educacionais como ferramentas para o ensino <strong>de</strong> programação. Anais do XXVI Congresso da<br />

SBC, WEI – XIV Workshop sobre Educação em Computação. Campo Gran<strong>de</strong>, MS. Julho 2006.<br />

Silva, Júlia M.C.da. Análise da Influência <strong>de</strong> parâmetros afetivos em um sistema computacional <strong>de</strong> apoio a aprendizagem<br />

<strong>de</strong> algoritmos. Monografia apresentada a Universida<strong>de</strong> do Vale do Itajaí. Dezembro <strong>de</strong> 2006.<br />

Wallon, Henry. Psicologia. São Paulo, Ática. 1986.<br />

247


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

ADAPTACIÓN DE UN LMS OPEN SOURCE. APLICACIÓN<br />

DE CONTROL ESTADÍSTICO PARA MOODLE<br />

Miguel Ángel Con<strong>de</strong> 1 , Carlos Muñoz 1 , Alberto Velasco 1 , Francisco José García 2<br />

1 Departamento <strong>de</strong> I+D+i Clay Formación Internacional, C/Hoces <strong>de</strong>l Duratón, 57, 37008 Salamanca, España<br />

{miguelangel, carlos, a.velasco}@clayformacion.com<br />

2 Departamento <strong>de</strong> Informática y Automática-<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Salamanca, Facultad <strong>de</strong> Ciencias, Plaza <strong>de</strong> los Caídos<br />

S/N, 37008 Salamanca, España<br />

fgarcia@usal.es<br />

RESUMEN<br />

En el presente artículo se refleja la posibilidad <strong>de</strong> llevar a cabo <strong>de</strong>sarrollos <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas aplicaciones a medida, que<br />

sean funcionales sobre plataformas LMS, con objeto <strong>de</strong> a<strong>de</strong>cuar las mismas a los requerimientos específicos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminadas empresas e instituciones. Particularmente, se <strong>de</strong>scribe el caso <strong>de</strong> la herramienta ACEM, diseñada y<br />

construida para la <strong>de</strong>finición y elaboración <strong>de</strong> informes a nivel <strong>de</strong> curso o <strong>de</strong> plataforma, al mismo tiempo que posibilita<br />

la generación <strong>automática</strong> <strong>de</strong> diplomas y certificados para los alumnos matriculados en <strong>de</strong>terminado curso, todo ellos<br />

sobre la plataforma LMS Moodle.<br />

PALABRAS CLAVES<br />

Learning Management System, eLearning, Moodle, aplicación <strong>de</strong> control estadístico, Content Management System,<br />

Learning Content Management System.<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Actualmente es cada vez más frecuente que las diferentes instituciones, tanto públicas como privadas,<br />

apuesten por soluciones eLearning para cubrir sus necesida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formación las cuales, in<strong>de</strong>pendientemente<br />

<strong>de</strong> su modalidad <strong>de</strong>ben contar con un soporte tecnológico lo suficientemente completo y flexible, es <strong>de</strong>cir, un<br />

Learning Management System (a partir <strong>de</strong> ahora LMS).<br />

En el mercado pue<strong>de</strong>n encontrarse diferentes LMS, <strong>de</strong> pago y <strong>de</strong> libre distribución. Los primeros,<br />

generalmente, ofrecen un mayor nivel <strong>de</strong> a<strong>de</strong>cuación a necesida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> particulares. Dentro <strong>de</strong> los LMS <strong>de</strong><br />

libre distribución <strong>de</strong>be mencionarse Moodle, proyecto <strong>de</strong> software libre diseñado para dar soporte a un marco<br />

<strong>de</strong> educación social constructivista (Comezaña & Garcia, 2005), que actualmente es uno <strong>de</strong> los LMS más<br />

extendidos, poseyendo una gran comunidad <strong>de</strong> usuarios y <strong>de</strong>sarrolladores.<br />

El problema surge ante la necesidad particular <strong>de</strong>l Centro Internacional <strong>de</strong> Tecnologías Avanzadas (CITA<br />

a partir <strong>de</strong> ahora), perteneciente a la Fundación Germán Sánchez Ruipérez, <strong>de</strong> tener una más óptima gestión<br />

<strong>de</strong> las calificaciones y un sistema que permitiera generar <strong>de</strong> forma <strong>automática</strong> diplomas y certificados para<br />

Moodle. Para resolver la necesidad expuesta se propone la creación <strong>de</strong> ACEM (Aplicación <strong>de</strong> Control<br />

Estadístico <strong>de</strong> Moodle), que será una aplicación in<strong>de</strong>pendiente <strong>de</strong> Moodle que proporciona la funcionalidad<br />

<strong>de</strong>seada sin necesidad <strong>de</strong> alterar los datos obtenidos en cualquier instalación <strong>de</strong>l citado LMS.<br />

2. PLATAFORMAS ACTUALES Y SUS LIMITACIONES<br />

De la experiencia en el uso <strong>de</strong> plataformas <strong>de</strong> gestión <strong>de</strong>l conocimiento y <strong>de</strong> contenidos, surgen necesida<strong>de</strong>s<br />

que los actuales sistemas no son capaces <strong>de</strong> solventar.<br />

La primera limitación <strong>de</strong> las plataformas LMS es su propia <strong>de</strong>finición. Son sistemas <strong>de</strong> gestión <strong>de</strong>l<br />

aprendizaje sin más, que en ocasiones no incorporan otros aspectos interesantes como una a<strong>de</strong>cuada gestión<br />

<strong>de</strong> los contenidos y, en general, funcionalida<strong>de</strong>s atribuidas a los CMS (Content Management System). A<br />

248


efecto <strong>de</strong> solventar esta separación, surgen los <strong>de</strong>nominados LCMS (Learning Content Management System),<br />

pero su extensión, aparte <strong>de</strong> escasa, se reduce básicamente a herramientas propietarias para usos específicos<br />

(Rengarajan, 2001).<br />

Otra <strong>de</strong> las limitaciones que presentan generalmente las plataformas LMS es la ausencia <strong>de</strong> la<br />

implementación <strong>de</strong> estándares que permitan la migración <strong>de</strong> objetos <strong>de</strong> aprendizaje entre plataformas <strong>de</strong> una<br />

manera sencilla (Maurer, 2004).<br />

En base a las características propias <strong>de</strong> cualquier sistema Web, otra <strong>de</strong> las lagunas que presentan las<br />

plataformas LMS es la ausencia <strong>de</strong> funcionalidad relativa a la gestión <strong>de</strong> la interfaz <strong>de</strong> usuario. A<strong>de</strong>más, no<br />

es habitual encontrar plataformas que cuenten con un amplio elenco <strong>de</strong> estadísticas referentes a su utilización,<br />

apoyadas por representaciones gráficas que ayu<strong>de</strong>n a la toma <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiones.<br />

Teniendo en cuenta las diferentes fases <strong>de</strong>l proceso <strong>de</strong> aprendizaje, muchas <strong>de</strong> las plataformas LMS <strong>de</strong>l<br />

mercado no son capaces <strong>de</strong> abarcar el proceso completo, <strong>de</strong>bido fundamentalmente a la carencia <strong>de</strong> métodos<br />

<strong>de</strong> certificación o generación <strong>de</strong> documentación que acredite la adquisición <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado conocimiento.<br />

3. EL CASO DE MOODLE<br />

Moodle es un tipo <strong>de</strong> plataforma LMS <strong>de</strong>stinada fundamentalmente a proporcionar un conjunto <strong>de</strong><br />

herramientas y estructuras que permitan implementar un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> aprendizaje online.<br />

Como consecuencia <strong>de</strong> la propia naturaleza <strong>de</strong> las plataformas LMS y <strong>de</strong> Moodle en particular, la<br />

carencia <strong>de</strong> una comunicación directa entre el profesor y los alumnos, o incluso, entre los propios alumnos,<br />

hace que, sobre el propio sistema, al actuar <strong>de</strong> intermediario, recaigan responsabilida<strong>de</strong>s que en el caso <strong>de</strong><br />

otros tipos <strong>de</strong> enseñanza son dadas por la propia interacción personal.<br />

Para lograr este objetivo, las técnicas a emplear se basan en métodos estadísticos <strong>de</strong> recopilación <strong>de</strong><br />

información referente a las calificaciones <strong>de</strong> los alumnos. Sin embargo, aunque Moodle proporciona<br />

funcionalida<strong>de</strong>s para la evaluación <strong>de</strong> las diferentes activida<strong>de</strong>s que se pue<strong>de</strong>n plantear, no proporciona<br />

estadísticas relevantes acerca <strong>de</strong> la evolución <strong>de</strong> los alumnos en base a dichas calificaciones u otras medidas<br />

que pue<strong>de</strong>n ser consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> utilidad para la resolución <strong>de</strong> estas responsabilida<strong>de</strong>s que tienen asignadas.<br />

A<strong>de</strong>más <strong>de</strong> esta problemática, el sistema <strong>de</strong> gestión <strong>de</strong> las calificaciones <strong>de</strong> Moodle tiene sus propias<br />

lagunas. La pon<strong>de</strong>ración que lleva a cabo pue<strong>de</strong> arrojar resultados no esperados si no son correctamente<br />

interpretados. La plataforma no pon<strong>de</strong>ra las calificaciones siempre, <strong>de</strong>biendo pon<strong>de</strong>rarse para obtener los<br />

resultados a<strong>de</strong>cuados, pudiendo llevar a error a los usuarios que lo utilicen.<br />

A<strong>de</strong>más, la organización grupal <strong>de</strong> las materias no se extien<strong>de</strong> a la categorización <strong>de</strong> los alumnos y no se<br />

proporcionan informes <strong>de</strong> calificaciones teniendo en cuenta esta separación (Castro, 2007). Así mismo, tanto<br />

la posibilidad <strong>de</strong> generar <strong>de</strong>terminados informes referentes a los logros <strong>de</strong> los alumnos, en base a sus<br />

calificaciones, como la opción <strong>de</strong> generar certificados para cada uno <strong>de</strong> ellos, están ausentes en la plataforma.<br />

Es notable señalar la existencia <strong>de</strong> un sistema, <strong>de</strong>nominado GISMO (Mazza & Milani, 2004), que se<br />

<strong>de</strong>fine como un sistema <strong>de</strong> monitorización gráfico e interactivo <strong>de</strong> estudiantes, que permite la generación <strong>de</strong><br />

informes en referencia a dicha monitorización pero que carece, en cualquier caso, <strong>de</strong> un sistema <strong>de</strong><br />

generación <strong>de</strong> diplomas y certificados.<br />

4. EL MODELO DE DESARROLLO EN MOODLE<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

El <strong>de</strong>sarrollo en Moodle pue<strong>de</strong> abordarse <strong>de</strong> diferentes formas, en función <strong>de</strong>l grado <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ncia<br />

<strong>de</strong>seada en el software a <strong>de</strong>sarrollar respecto a la plataforma. Estas formas son:<br />

• Aplicaciones externas: supone <strong>de</strong>finir una aplicación que utilice la BBDD <strong>de</strong> la plataforma sin<br />

que tenga que realizarse ningún tipo <strong>de</strong> integración con la interfaz <strong>de</strong> la misma.<br />

• Desarrollo <strong>de</strong> Módulos: consiste en la construcción <strong>de</strong> nuevos módulos que puedan integrarse<br />

en la plataforma. Dicha integración supone <strong>de</strong>finir una instalación en la base <strong>de</strong> datos e inclusión<br />

en la interfaz <strong>de</strong> Moodle.<br />

La opción que se toma en el <strong>de</strong>sarrollo es la primera en base a la elección <strong>de</strong>l cliente, proponiéndose dos<br />

arquitecturas candidatas que son <strong>de</strong>scritas a continuación.<br />

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4.1 Arquitecturas Propuestas<br />

En primer lugar, se propone una solución basada en una aplicación separada <strong>de</strong> Moodle que acce<strong>de</strong> a su base<br />

<strong>de</strong> datos. La arquitectura <strong>de</strong> esta solución se muestra en la figura 1.<br />

Figura 1. Arquitectura 1 – ACEM como aplicación in<strong>de</strong>pendiente<br />

En esta solución se propone la creación <strong>de</strong> la aplicación <strong>de</strong> una forma externa a Moodle que acceda<br />

directamente a su base <strong>de</strong> datos. La aplicación se estructuraría en las siguientes capas:<br />

• Capa <strong>de</strong> acceso y consultas a Moodle DB: Conjunto <strong>de</strong> funciones <strong>de</strong> acceso a datos <strong>de</strong> Moodle<br />

• Capa <strong>de</strong> funciones <strong>de</strong> control estadístico: Esta capa utilizará las funciones <strong>de</strong> la Capa <strong>de</strong> acceso y<br />

consultas a Moodle DB para realizar el control estadístico.<br />

• GUI: Interfaz gráfica para la aplicación.<br />

La segunda arquitectura propone una aplicación ligada a Moodle que utilice las nuevas características <strong>de</strong><br />

acceso a base <strong>de</strong> datos que propone la versión 1.7 con soporte total para la versión 1.6. El acceso a la base <strong>de</strong><br />

datos se realiza a través <strong>de</strong> la nueva API que Moodle provee en su versión 1.7, Moodle DML Library y<br />

Moodle DDL Library (Lafuente & Hunt, 2007). Proporcionando acceso a la base <strong>de</strong> datos <strong>de</strong> Moodle 1.6.<br />

De las dos opciones <strong>de</strong>scritas el cliente opta por la primera.<br />

4.2 Obtención <strong>de</strong>l Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Datos<br />

El <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> software basado en Moodle supone ciertas dificulta<strong>de</strong>s. Una <strong>de</strong> las más representativas es el<br />

poco conocimiento que se tiene <strong>de</strong> la BBDD <strong>de</strong> dicha plataforma. Moodle no publica el mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> datos ni<br />

las tablas que utiliza, con lo que éstos <strong>de</strong>ben obtenerse mediante métodos <strong>de</strong> ingeniería inversa (Hainaut,<br />

Tonneau, Joris & Chan<strong>de</strong>lon, 1993).<br />

Consi<strong>de</strong>rando ya el mo<strong>de</strong>lo obtenido, <strong>de</strong>be realizarse un estudio <strong>de</strong>l mismo <strong>de</strong> forma que se pueda<br />

<strong>de</strong>terminar cómo maneja Moodle las tablas correspondientes a cada uno <strong>de</strong> los elementos a analizar. Algunas<br />

<strong>de</strong> las tablas consultadas serán las relativas a usuarios, recursos, activida<strong>de</strong>s calificables, activida<strong>de</strong>s no<br />

calificables y tablas relativas a los cursos:<br />

Una vez <strong>de</strong>finidas las necesida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> información y la forma <strong>de</strong> recuperarla, <strong>de</strong>ben estudiarse las<br />

diferentes situaciones que pue<strong>de</strong>n implicar la actualización <strong>de</strong> los datos en dichas tablas.<br />

La actualización <strong>de</strong> las estadísticas requiere conocer el momento en el que las calificaciones <strong>de</strong> un curso<br />

son modificadas, implementándose un mecanismo <strong>de</strong> touch que automatiza esta tarea, consistente en la<br />

autenticación <strong>automática</strong> en cada curso, accediéndose a la página <strong>de</strong> calificaciones (gra<strong>de</strong>s.php) <strong>de</strong> forma<br />

transparente al usuario, si bien sea <strong>de</strong>mostrado como no eficiente al causar muchos retardos, trabajándose<br />

actualmente en su mejora<br />

250


5. El Generador <strong>de</strong> Informes, Diplomas y Certificados<br />

A continuación se <strong>de</strong>scriben la funcionalidad obtenida en el generador <strong>de</strong> informes, sus elementos<br />

fundamentales y las dificulta<strong>de</strong>s encontradas en el <strong>de</strong>sarrollo.<br />

5.1 Funcionalidad Abarcada<br />

ACEM surge como una aplicación para cubrir la necesidad <strong>de</strong> un <strong>de</strong>terminado cliente, pero posteriormente se<br />

consi<strong>de</strong>ra su utilización como un componente <strong>de</strong> valor añadido para Moodle.<br />

La aplicación realizada abarca las siguientes funcionalida<strong>de</strong>s principales:<br />

• Generación <strong>de</strong> informes a nivel <strong>de</strong> plataforma: constituido por datos genéricos <strong>de</strong> la plataforma,<br />

tales como datos genéricos sobre alumnos, cursos, categorías, recursos y activida<strong>de</strong>s publicadas<br />

(figuras 2 y 3), pudiéndose obtener los resultados en un documento en formato PDF, HTML o .doc.<br />

Figura 2. Gráfico <strong>de</strong> sectores<br />

Figura 3. Tabla <strong>de</strong> información <strong>de</strong>l informe<br />

• Generación <strong>de</strong> informes a nivel <strong>de</strong> curso: permite obtener datos estadísticos relativos a un curso<br />

<strong>de</strong>terminado previamente tales como el número <strong>de</strong> alumnos <strong>de</strong>l curso, los recursos y activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>l<br />

mismo y las calificaciones. A<strong>de</strong>más, el informe muestra las calificaciones <strong>de</strong> cada alumno<br />

<strong>de</strong>sglosadas por asignaturas. La visualización es similar al caso anterior y también será exportable.<br />

• Generación <strong>de</strong> diplomas y certificados: la herramienta proporciona también la posibilidad <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>finir certificados y diplomas personalizables para los alumnos <strong>de</strong> un curso <strong>de</strong>terminado.<br />

5.2 Algunos Componentes <strong>de</strong> la Aplicación<br />

En la arquitectura <strong>de</strong>finida en la figura 1 se distinguen las diferentes capas que constituyen la aplicación. Uno<br />

<strong>de</strong> los elementos mencionados es la interfaz gráfica <strong>de</strong> usuario (GUI), elemento fundamental en cualquier<br />

aplicación, otros componentes no reflejados en el diagrama pero que se van a comentar a continuación son el<br />

componente <strong>de</strong> autenticación y el <strong>de</strong> instalación.<br />

• GUI. Se ha tratado <strong>de</strong> buscar una interfaz lo más eficiente, ligera, amigable y funcional posible,<br />

utilizándose para su <strong>de</strong>finición HTML, PHP y hojas <strong>de</strong> estilo.<br />

• Autenticación. Se <strong>de</strong>fine un componente <strong>de</strong> autenticación que va a comprobar si el usuario que<br />

intenta acce<strong>de</strong>r al sistema está autenticado correctamente.<br />

• Instalación. Se comprobará la existencia <strong>de</strong> un archivo <strong>de</strong>nominado config.php y, en caso <strong>de</strong> que no<br />

exista, se mostrará la configuración básica <strong>de</strong> la aplicación.<br />

5.3 Dificulta<strong>de</strong>s y Pruebas<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

El <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> cualquier aplicación software supone una serie <strong>de</strong> dificulta<strong>de</strong>s, provenientes en este caso <strong>de</strong><br />

la necesidad <strong>de</strong> estudio <strong>de</strong> diferentes bibliotecas PHP y la mejora <strong>de</strong> la eficiencia <strong>de</strong> la aplicación.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Dos <strong>de</strong> las bibliotecas utilizadas son php_plot para la generación <strong>de</strong> gráficos y fpdf para la generación <strong>de</strong><br />

informes, certificados y diplomas en PDF. Para esta última tarea se estudiaron otras opciones como dompdf<br />

que permite pasar <strong>de</strong> HTML a PDF con facilidad, pero no resulta tan eficiente para documentos gran<strong>de</strong>s.<br />

En cuanto a la generación <strong>de</strong> documentos .doc se estudiaron varias bibliotecas, pero ninguna <strong>de</strong> ellas<br />

funcionaba a<strong>de</strong>cuadamente, por lo que se <strong>de</strong>cidió generar un HTML y cambiar su extensión. Actualmente<br />

Word convierte HTML a .doc manteniendo prácticamente intacta la estructura <strong>de</strong>l documento.<br />

Otra <strong>de</strong> las dificulta<strong>de</strong>s es el aumento <strong>de</strong> tiempo por la cantidad <strong>de</strong> consultas que se <strong>de</strong>ben realizar. En<br />

primer lugar se realizó una batería <strong>de</strong> consultas, pero los tiempos eran excesivos, con lo que se refinaron las<br />

consultas y se <strong>de</strong>finió un pequeña caché <strong>de</strong> resultados para evitar aquéllas innecesarias. Con ello se redujo el<br />

tiempo a una cuarta parte <strong>de</strong>l original, y aún se continúa trabajando en este campo.<br />

Pr último se ha planteado un conjunto <strong>de</strong> pruebas utilizando un elevado número <strong>de</strong> alumnos, recursos y<br />

activida<strong>de</strong>s. En el CITA se ha podido comprobar su eficiencia para cursos complejos y más <strong>de</strong> 150 alumnos.<br />

6. Conclusiones y Líneas <strong>de</strong> Trabajo Futuro<br />

Se <strong>de</strong>be consi<strong>de</strong>rar que se ha <strong>de</strong>sarrollado una herramienta que aporta un valor añadido a un LMS utilizando<br />

tecnologías web y que actualmente se encuentra en explotación por parte <strong>de</strong> un cliente.<br />

Observando los diferentes LMS, se obtiene que, en la mayor parte <strong>de</strong> ellos, no se proporciona suficiente<br />

información gráfica acerca <strong>de</strong> la actividad <strong>de</strong> los alumnos ni sistemas para la generación <strong>de</strong> certificados.<br />

Se han consi<strong>de</strong>rado las diferentes opciones <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo sobre la plataforma existente y en función <strong>de</strong> las<br />

necesida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>l cliente se ha <strong>de</strong>finido una aplicación externa a Moodle que va a permitir obtener información<br />

en forma <strong>de</strong> documentos, representaciones gráficas y diplomas, fundamental para la gestión <strong>de</strong> titulaciones.<br />

En cuanto a las posibles evoluciones <strong>de</strong> la herramienta, son varios las opciones que se plantean: nuevos<br />

métodos <strong>de</strong> representación gráfica (Rohrer & Swing, 1997), mejora en la generación <strong>de</strong> documentos Word,<br />

reducción en los tiempos <strong>de</strong> generación <strong>de</strong> informes, inclusión <strong>de</strong> nuevas activida<strong>de</strong>s a calificar, adaptación a<br />

las nuevas versiones <strong>de</strong> Moodle existentes y la construcción <strong>de</strong> ACEM como un módulo en Moodle.<br />

REFERENCIAS<br />

Castro, E. (2007). Moodle: Manual <strong>de</strong>l profesor. http://moodle.org/file.php/11/manual_<strong>de</strong>l_profesor/Manual-profesor.pdf<br />

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evaluación y seguridad (Tech Rep. DPTOIA-IT-2005-001). España, Salamanca: <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Salamanca,<br />

Departamento <strong>de</strong> Informática y Automática.<br />

Gándara, M. (1995). La interfaz con el usuario: una introducción para educadores. Alvarez-Manilla and Bañuelos (Ed.),<br />

Usos educativos <strong>de</strong> la computadora. México: CISE/UNAM.<br />

Hainaut, J., Tonneau, C., Joris, M. & Chan<strong>de</strong>lon, M. (1993). Transformation based database reverse engineering. In R.<br />

Elmasri, V. Kouramajian, and B. Thalheim (Ed.), Conference on Entity Relationship Approach held in Texas, pp.<br />

364-375. Springer.<br />

Lafuente, E. & Hunt, T. (2007). Development: XMLDB Documentation,<br />

http://docs.moodle.org/en/Development:XMLDB_Documentation<br />

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Mazza, R. & Milani, (2004).C. GISMO: a Graphical Interactive Stu<strong>de</strong>nt Monitoring Tool for Course Management<br />

Systems. In: T.E.L.'04 Technology Enhanced Learning '04 International Conference. Milan, 18-19 November.<br />

Rengarajan, R. (2001). LCMS and LMS: Taking advantage of tight integration. Click 2 Learn. http://www.elearn.cz/soubory/lcms_and_lms.pdf.<br />

Rohrer, R.M. & Swing, E. (1997). Web-based Information Visualization. Computer Graphics and Applications, IEEE,<br />

v17, I(4) , pp. 52-59.<br />

252


CONTEXTUALIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM DA<br />

PROGRAMAÇÃO: ESTUDO EXPLORATÓRIO NO<br />

SECOND LIFE®<br />

Micaela Esteves, Ricardo Antunes<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologia e Gestão <strong>de</strong> Leiria, Apartado 4163, 2411-901 Leiria, Portugal<br />

micaela@estg.ipleiria.pt; antunes@estg.ipleiria.pt<br />

Leonel Morgado, Paulo Martins<br />

GECAD – Grupo <strong>de</strong> Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Dep. Engenharias, Apartado 1013, 5001-801 Vila Real, Portugal<br />

leonelm@utad.pt; pmartins@utad.pt<br />

Benjamim Fonseca<br />

CETAV – Centro <strong>de</strong> Estudos Tecnológicos do Ambiente e da Vida<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Dep. Engenharias, Apartado 1013, 5001-801 Vila Real, Portugal<br />

benjaf@utad.pt<br />

RESUMO<br />

Apren<strong>de</strong>r a programar é um processo difícil e ser um bom programador exige vários tipos <strong>de</strong> aptidões. A generalida<strong>de</strong><br />

dos alunos quando começa a estudar programação sente muitas dificulda<strong>de</strong>s, resultando num elevado índice <strong>de</strong><br />

reprovações às disciplinas da área. A falta da contextualização da aprendizagem tem sido apontada como uma das razões<br />

para este insucesso. Face a esta situação pensámos utilizar o ambiente virtual Second Life para contextualizar a<br />

aprendizagem da programação.<br />

Propusemos a dois grupos <strong>de</strong> alunos a realização <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> programação no Second Life, utilizando a linguagem <strong>de</strong><br />

scripting LSL do Second Life, como forma alternativa <strong>de</strong> aprendizagem, para po<strong>de</strong>rmos observar as capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste<br />

software no ensino-aprendizagem da programação. Neste artigo, damos conta <strong>de</strong> até que ponto este ambiente virtual<br />

permitiu motivar e <strong>de</strong>spertar nos alunos o interesse pela aprendizagem da programação. Apresentamos ainda alguns<br />

aspectos das observações realizadas, em termos das dificulda<strong>de</strong>s por parte <strong>de</strong> alunos e docentes, quer no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

dos projectos, quer no acompanhar das activida<strong>de</strong>s durante as aulas.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Ambientes virtuais colaborativos; aprendizagem da programação; mundos virtuais; MMOG; contexto.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Apren<strong>de</strong>r a programar é um processo difícil e exigente. Para se tornarem bons programadores os alunos têm<br />

<strong>de</strong> adquirir um conjunto <strong>de</strong> conhecimentos que vão muito além <strong>de</strong> conhecer a sintaxe e a semântica <strong>de</strong> uma<br />

linguagem <strong>de</strong> programação (Gomes, 2000; Takahashi, 1998).Os alunos necessitam <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a resolver<br />

problemas e elaborar algoritmos, o que dificulta a aprendizagem da programação. De facto, muitos alunos<br />

sentem dificulda<strong>de</strong>s na aprendizagem da programação, o que resulta num elevado índice <strong>de</strong> insucesso às<br />

disciplinas <strong>de</strong> programação que surgem, na generalida<strong>de</strong>, no início dos cursos <strong>de</strong> Engenharia Informática e<br />

áreas afins. Na literatura encontram-se referências a vários estudos cujo objectivo é investigar as causas <strong>de</strong>ste<br />

insucesso (Gray, 1993; Jenkins, 2002; Lahtinen et al., 2005). Uma das causas apontadas é a falta <strong>de</strong><br />

contextualização do conteúdo (Figueiredo, 2006). É necessário consi<strong>de</strong>rar a importância <strong>de</strong> se criar contextos<br />

<strong>de</strong> aprendizagem plenos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> interacções e <strong>de</strong> ambientes sociais culturalmente ricos<br />

(Figueiredo, 2000).<br />

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Tendo em conta estas consi<strong>de</strong>rações, pensámos que a utilização do mundos virtual tridimensionais<br />

Second Life (SL), po<strong>de</strong>ria contextualizar a aprendizagem da programação. O SL é um mundo com uma forte<br />

componente visual on<strong>de</strong> os utilizadores po<strong>de</strong>m visualizar directamente os objectos por eles construídos e os<br />

resultados visuais dos programas a eles associados, i<strong>de</strong>alizado por Philip Rosedale em 1991 e disponibilizado<br />

publicamente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2003, gerido pela empresa Lin<strong>de</strong>n Research Inc. (Rymaszewski et al., 2007). É um<br />

mundo social e culturalmente rico on<strong>de</strong> os utilizadores são participantes activos dispostos a ajudar os<br />

utilizadores menos experientes e a partilhar os conhecimentos adquiridos (Bettencourt & Aba<strong>de</strong>, 2007).<br />

Para explorar a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes ambientes, levámos a cabo durante o segundo semestre do ano lectivo<br />

2006/2007 activida<strong>de</strong>s lectivas <strong>de</strong> programação com alunos do ensino superior. Sob nossa coor<strong>de</strong>nação e<br />

acompanhamento, <strong>de</strong>senvolveram-se no SL em conjunto com os alunos activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino-aprendizagem<br />

<strong>de</strong> programação (vd. secção 3.1), em lugar <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s em ambientes mais clássicos, como C, C++ ou C#.<br />

Na próxima secção <strong>de</strong>screvemos mais <strong>de</strong>talhadamente a importância da contextualização da<br />

aprendizagem. Na terceira secção expomos a experiência realizada assim como a análise dos resultados<br />

obtidos. Por último apresentamos as conclusões.<br />

2. CONTEXTUALIZAÇÃO<br />

“Parte da actual crise da aprendizagem <strong>de</strong>ve-se ao choque entre uma visão mecanicista da educação e uma<br />

civilização cada vez mais relacional e <strong>de</strong> contextos.” (Figueiredo & Afonso, 2006)<br />

O recurso inteligente a novos media torna possível a contextualização do ensino-aprendizagem, a<br />

construção <strong>de</strong> saberes pelos próprios apren<strong>de</strong>ntes, em ambientes activos e culturalmente ricos, ambientes que<br />

raramente existem no contexto escolar. Por exemplo, um dos alunos que <strong>de</strong>senvolveu o projecto <strong>de</strong> uma<br />

equipa <strong>de</strong> robôs no SL, <strong>de</strong>scrito na secção 4, ao passear com os seus robôs por esse mundo foi abordado por<br />

outro utilizador que se interessou pelo trabalho e quis comprar os robôs. Eis uma situação impensável <strong>de</strong><br />

acontecer quando se apren<strong>de</strong> a programar nos ambientes mais clássicos e que para o aluno é um estimulo,<br />

pois <strong>de</strong>monstra-lhe o reconhecimento e interesse externo do seu trabalho.<br />

O SL, além <strong>de</strong> ambiente virtual tridimensional on-line, apresenta também a característica <strong>de</strong> permitir ter<br />

vários utilizadores em simultâneo no mesmo espaço que po<strong>de</strong>m interagir e colaborar. Neste mundo, os alunos<br />

têm a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r fazendo e ver imediatamente o resultado da sua programação, por exemplo<br />

um aluno que esteja a apren<strong>de</strong>r as estruturas <strong>de</strong> repetição po<strong>de</strong> criar uma bola e <strong>de</strong>senvolver um programa<br />

que a faça mudar <strong>de</strong> cor a cada iteração do ciclo, isto é feito em poucos segundos, com um esforço mínimo, o<br />

mesmo já não se po<strong>de</strong> dizer se utilizasse um ambiente clássico. Esta transparência na representação do<br />

conhecimento permite ao aprendiz ter uma experiência não simbólica e na primeira pessoa <strong>de</strong> alguns<br />

conceitos, assim como a aquisição <strong>de</strong> saberes com aplicação visível.<br />

3. ACTIVIDADE DESENVOLVIDA<br />

Estas activida<strong>de</strong>s exploratórias <strong>de</strong>correram ao longo do segundo semestre do ano lectivo 2006/2007 e<br />

envolveram 9 alunos da Licenciatura em Informática da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />

(UTAD), nas disciplinas Laboratório I, do 1º ano curricular (LabI) e Laboratório III, do 2º ano (LabIII).<br />

Os alunos pu<strong>de</strong>ram <strong>de</strong>senvolver livremente os projectos no horário e local que acharam mais a<strong>de</strong>quado.<br />

No entanto, professores e alunos reuniam-se <strong>de</strong>ntro do SL uma vez por semana, durante duas horas, para<br />

acompanhar o <strong>de</strong>senvolvimento dos projectos e trocarem i<strong>de</strong>ias e sugestões.<br />

3.1 Caracterização dos Alunos<br />

Os alunos <strong>de</strong> LabI estavam numa fase muito inicial do estudo da programação: a disciplina <strong>de</strong> LabI funciona<br />

em paralelo com a disciplina <strong>de</strong> Metodologias <strong>de</strong> Programação I, a primeira do currículo integralmente<br />

<strong>de</strong>dicada à programação, embora no semestre anterior, aspectos introdutórios da programação sejam<br />

abordados em cerca <strong>de</strong> 30% <strong>de</strong> duas disciplinas (vd. tabela 1). Para estes alunos, o projecto em LSL<br />

constituiu o primeiro exercício <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> um projecto <strong>de</strong> programação próprio.<br />

254


Os alunos <strong>de</strong> LabIII estavam numa fase mais avançada da aprendizagem da programação: além do<br />

contacto com a programação <strong>de</strong> projectos no ano curricular anterior (em C), apren<strong>de</strong>ram no 1º semestre do<br />

ano 2006/2007 conceitos <strong>de</strong> programação orientada a objectos em C++ e nesse mesmo semestre<br />

<strong>de</strong>senvolveram um segundo projecto prático (em C++, vd. tabela 1). Estavam numa fase que, embora inicial,<br />

visava já a autonomização do uso e estudo da programação por parte dos alunos.<br />

Tabela 1. N.º <strong>de</strong> alunos envolvidos na experiência e respectivas linguagens <strong>de</strong> programação já estudadas ou em estudo.<br />

Disciplinas Ano Número <strong>de</strong> alunos Linguagens <strong>de</strong> programação Liguagens <strong>de</strong> programação<br />

curricular envolvidos anteriormente estudadas<br />

em estudo<br />

LabI 1º 5 C<br />

LabIII 2º 4 C, C++ C#<br />

3.2 Projectos Propostos<br />

Os projectos foram <strong>de</strong>finidos previamente por escrito pelos professores e consistiram no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

objectos (e ligação <strong>de</strong>stes para formar objectos mais complexos) utilizando o editor visual do SL, e na<br />

programação do comportamento <strong>de</strong>sses objectos em LSL, a linguagem <strong>de</strong> scripting do SL.<br />

O projecto atribuído aos alunos <strong>de</strong> LabI consistiu na criação <strong>de</strong> um cão que recebesse or<strong>de</strong>ns do dono e as<br />

executasse, <strong>de</strong>vendo também segui-lo, comportamentos que os alunos <strong>de</strong>veriam programar e atribuir ao<br />

objecto criado. Neste projecto os alunos colocam em prática conceitos <strong>de</strong> variável, <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e<br />

<strong>de</strong> repetição, <strong>de</strong> funções, <strong>de</strong> evento, <strong>de</strong> estado e <strong>de</strong> comunicação entre objectos.<br />

Os alunos <strong>de</strong> LabIII foram divididos em dois grupos, cada qual com um projecto diferente. Num caso,<br />

consistiu na criação <strong>de</strong> 4 robôs; noutro, <strong>de</strong> um comboio e respectivas estações. Em ambos os casos,<br />

preten<strong>de</strong>u-se que os alunos <strong>de</strong>senvolvessem autonomamente um projecto mais complexo que o <strong>de</strong> LabI.<br />

Consoante as mensagens recebidas, cada objecto <strong>de</strong>via comportar-se <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada forma. Preten<strong>de</strong>u-se<br />

também que houvesse envio <strong>de</strong> mensagens para fora do SL através <strong>de</strong> e-mails. Os alunos teriam também <strong>de</strong><br />

rever conceitos básicos <strong>de</strong> programação, em particularmente explorando a técnica <strong>de</strong> canais <strong>de</strong> comunicação,<br />

mas também o uso <strong>de</strong> temporizadores e <strong>de</strong> sensores virtuais, e a manipulação <strong>de</strong> listas <strong>de</strong> dados.<br />

3.3 Análise das Observações<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Os alunos, quer <strong>de</strong> LabI, quer <strong>de</strong> LabIII, sentiram algumas dificulda<strong>de</strong>s na utilização do editor do SL. Por<br />

exemplo: como ligar objectos entre si, criar cópias <strong>de</strong> objectos ou alinhar objectos entre si. Os alunos <strong>de</strong><br />

LabI, sem hábitos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento autónomo <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> computador, necessitaram <strong>de</strong> um<br />

acompanhamento mais intenso da parte dos professores. Acabámos por ter <strong>de</strong> partir <strong>de</strong> exemplos simples que<br />

os alunos experimentaram, tentaram modificar <strong>de</strong> acordo com os objectivos dos seus projectos e, em caso <strong>de</strong><br />

dificulda<strong>de</strong>, dar uma explicação sobre o que cada parte do código fazia. Observou-se que os alunos<br />

conseguiram compreen<strong>de</strong>r o que estes pequenos programas faziam e qual o objectivo <strong>de</strong> cada um. Quer<br />

através da nossa experiência pessoal como docentes <strong>de</strong> programação, quer através da literatura da área (e.g.,<br />

Men<strong>de</strong>s et al., 2005), sabemos que esta situação é difícil <strong>de</strong> alcançar quando o aluno está a apren<strong>de</strong>r a<br />

programar em ambientes tradicionais, como por exemplo compiladores <strong>de</strong> C para linha <strong>de</strong> comandos, em que<br />

os alunos geralmente sentem gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> em perceber o objectivo da programação.<br />

Os alunos <strong>de</strong> LabIII não tiveram gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s em perceber como funciona o LSL. Embora já<br />

tivessem trabalhado com eventos, nunca tinham estudado nem conheciam o conceito <strong>de</strong> máquina <strong>de</strong> estados,<br />

nem contacto com programação segundo este conceito. A maior dificulda<strong>de</strong> sentida por estes alunos,<br />

contudo, consistiu na selecção das funções a utilizar para uma <strong>de</strong>terminada funcionalida<strong>de</strong>. Neste caso, o<br />

papel dos professores foi orientar e mostrar outras formas <strong>de</strong> criar o mesmo comportamento nos objectos, <strong>de</strong><br />

modo a que o aluno reflectisse sobre qual seria a mais a<strong>de</strong>quada.<br />

Um aspecto particularmente importante no ensino da programação é a reacção dos alunos aos erros <strong>de</strong><br />

compilação (Gomes, 2000; Esteves, 2004), inevitáveis para quem está a apren<strong>de</strong>r. Neste aspecto, os alunos <strong>de</strong><br />

LabIII conseguiram frequentemente corrigi-los sem a ajuda dos professores, enquanto que os <strong>de</strong> LabI ficaram<br />

muitas vezes sem saber o porquê do erro e sem saber como corrigi-lo.<br />

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Quando os alunos tinham alguma dificulda<strong>de</strong> em relação ao código que estavam a <strong>de</strong>senvolver,<br />

partilhavam o código com os professores e estes observavam-no, viam o que estava mal e davam indicações<br />

para que os alunos o conseguissem corrigir.<br />

Já os erros <strong>de</strong> execução ocorriam mais vezes aos alunos <strong>de</strong> LabIII, que por sua iniciativa testavam mais<br />

programas e constatavam mais frequentemente que estes não funcionavam como esperavam. Não se<br />

observou que os alunos ficassem <strong>de</strong>smotivados por isto acontecer, antes pelo contrário: corrigiam os<br />

programas, até que os objectos em questão fizessem o pretendido.<br />

3.4 Resultado das Observações<br />

A primeira dificulda<strong>de</strong> sentida no acompanhamento dos alunos foi gerir a comunicação. No SL esta é feita<br />

via chat textual; quando estávamos numa aula com vários alunos, com pessoas a escrever em simultâneo,<br />

tornava-se difícil ler e respon<strong>de</strong>r a várias solicitações em simultâneo. O processo adoptado foi solicitar que<br />

nas mensagens se incluisse sempre o nome do aluno para o qual a mensagem se dirigia. Desta forma, cada<br />

mensagem tinha sempre a i<strong>de</strong>ntificação do autor, colocada pelo SL, mas também do receptor da mensagem,<br />

evitando-se ambiguida<strong>de</strong> sobre o <strong>de</strong>stinatário.<br />

À medida que os alunos <strong>de</strong>senvolviam as activida<strong>de</strong>s em aula, constatou-se que quando o professor estava<br />

a tirar dúvidas a um aluno (ou seja, focado num aluno ou grupo), perdia a noção do que os outros estavam a<br />

fazer, das dificulda<strong>de</strong>s que estavam a ter, se tinham necessitado <strong>de</strong> alguma explicação, etc. Sentiu-se a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algum processo <strong>de</strong> chamada <strong>de</strong> atenção, sem ser por chat, para que o professor se aperceba<br />

visualmente <strong>de</strong> que um aluno ou grupo também precisa <strong>de</strong> ajuda (ainda não implementámos tal processo).<br />

Outra dificulda<strong>de</strong> foi a disposição espacial dos grupos <strong>de</strong> alunos no mundo virtual. Cada grupo tem <strong>de</strong><br />

estar disperso para po<strong>de</strong>r construir objectos e trocar i<strong>de</strong>ias entre si, pelo que os professores têm <strong>de</strong> se <strong>de</strong>slocar<br />

periodicamente para o espaço específico no SL on<strong>de</strong> cada trabalho está a ser <strong>de</strong>senvolvido.<br />

Fora das sessões <strong>de</strong> acompanhamento semanal, os alunos iam <strong>de</strong>senvolvendo os trabalhos; na aula<br />

seguinte expunham aos professores as dificulda<strong>de</strong>s sentidas e a evolução. Para melhor acompanhamento,<br />

seria útil aos professores ter um mecanismo que informe, via e-mail ou outro sistema exterior ao SL, o que os<br />

alunos fizeram ao longo da semana, as dificulda<strong>de</strong>s sentidas e as tentativas efectuadas para as ultrapassar.<br />

Para os docentes testarem os trabalhos, o SL permite a partilha <strong>de</strong> objectos e scripts através <strong>de</strong> um<br />

conjunto <strong>de</strong> permissões que <strong>de</strong>vem ser dadas a cada trabalho. Constatámos a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerir a atribuição<br />

<strong>de</strong>stes privilégios pelos docentes, levando a situações que impe<strong>de</strong>m resolução imediata (por ex., um aluno<br />

que envia ao professor um objecto sem lhe conferir permissões <strong>de</strong> acesso aos scripts).<br />

4. CONCLUSÕES<br />

As observações indiciam que a utilização do Second Life estimula o interesse dos alunos e motiva-os.<br />

Conseguimos também i<strong>de</strong>ntificar algumas características importantes para o processo ensino-aprendizagem<br />

da programação neste ambiente. Achamos relevante efectuar mais estudos e experiências, para <strong>de</strong>terminar <strong>de</strong><br />

que forma se po<strong>de</strong>m utilizar e/ou a<strong>de</strong>quar este <strong>de</strong> tipo <strong>de</strong> ambiente virtua ao ensino-aprendizagem da<br />

programação. Foi notória a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> diversos mecanismos tecnológicos <strong>de</strong> suporte<br />

ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

Agra<strong>de</strong>cemos à Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro e aos professores <strong>de</strong> Laboratório I,<br />

Laboratório III da mesma Universida<strong>de</strong> por nos terem proporcionado as condições que viabilizaram a<br />

realização <strong>de</strong>stas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investigação. Agra<strong>de</strong>cemos ainda aos alunos que participaram nesta<br />

experiência por prontamente terem aceite o <strong>de</strong>safio que lhes foi proposto num ambiente que lhes era<br />

<strong>de</strong>sconhecido.<br />

256


REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

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257


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

ESPECIFICAÇÃO DE PERSONAS PARA EDUCAÇÃO<br />

BASEADA NA WEB COM FOCO NOS ESTILOS DE<br />

APRENDIZAGEM DO ALUNO<br />

Sandra Gavioli Puga<br />

Escola Politécnica - Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (EPUSP) e Faculda<strong>de</strong> IBTA<br />

São Paulo - SP – Brasil<br />

sandrapuga@uol.com.br<br />

Maria Alice Grigas Varella Ferreira<br />

Escola Politécnica - Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (EPUSP)<br />

São Paulo - SP – Brasil<br />

maria.alice.ferreira@poli.usp.br<br />

RESUMO<br />

Em Educação a Distância, a interação entre professor e alunos não é fácil, porque o professor não sabe muito bem quem<br />

são os seus alunos; ele/ela não sabe também quais são as suas preferências, habilida<strong>de</strong>s ou <strong>de</strong>ficiências. Assim, os<br />

sistemas <strong>de</strong> hipermídia empregados no acompanhamento dos estudantes em suas tarefas necessitam adaptar os materiais<br />

<strong>de</strong> aprendizado às características dos estudantes para facilitar a cognição. Este trabalho <strong>de</strong>screve um conjunto <strong>de</strong> personas<br />

que foram concebidas para serem utilizadas em um Sistema <strong>de</strong> Gerenciamento Educacional, promovendo a<br />

adaptabilida<strong>de</strong> às características dos seus usuários e que estão alinhadas com as Inteligências Múltiplas <strong>de</strong> Gardner.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Inteligências Múltiplas. Personas. Sistemas Hipermídia Adaptativos. Educação Baseada em Web. Estilos <strong>de</strong><br />

Aprendizagem. Mo<strong>de</strong>lo do Usuário.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

A Educação Baseada na Web (EBW) é classificada como mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Educação a Distância (EAD) <strong>de</strong> quarta<br />

<strong>geração</strong>, ou Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Aprendizagem Flexível, no dizer <strong>de</strong> Taylor (2001). Nesse mo<strong>de</strong>lo, <strong>de</strong>ve-se oferecer<br />

multimídia interativa on-line, acesso à Web baseada em recursos e comunicação mediada por computador. Já,<br />

quando implementada por meio <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> Hipermídia Adaptativos (SHA), po<strong>de</strong> ser classificada como um<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> quinta <strong>geração</strong>, ou Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Aprendizagem Flexível e Inteligente, que <strong>de</strong>ve utilizar todos os<br />

recursos da quarta <strong>geração</strong>, complementando a comunicação mediada por computador com sistemas <strong>de</strong><br />

respostas <strong>automática</strong>s e adicionando um portal para acesso aos recursos e processos da instituição <strong>de</strong> ensino.<br />

Nesse sentido, a adaptabilida<strong>de</strong> do sistema às características dos usuários “alunos” e, em especial, aos seus<br />

estilos <strong>de</strong> aprendizagem é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para tornar o ambiente também agradável e estimulador. A<br />

adaptação <strong>de</strong>ve ser feita <strong>de</strong> forma <strong>automática</strong>, através <strong>de</strong> técnicas inteligentes.<br />

Num contexto educacional <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong>, o interesse pela investigação das Inteligências<br />

Múltiplas <strong>de</strong> Gardner (1994), para <strong>geração</strong> <strong>de</strong> personas, voltadas ao direcionamento da adaptabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

SHAs, é motivado pela conceituação <strong>de</strong> que cada indíviduo tem um estilo particular para apren<strong>de</strong>r e<br />

apreen<strong>de</strong>r. Se a técnica <strong>de</strong> ensino adotada estiver <strong>de</strong> acordo com este estilo, o aprendizado tornar-se-á mais<br />

fácil. No ensino presencial, tais características po<strong>de</strong>m ser percebidas pelo professor através das interações do<br />

aluno em sala <strong>de</strong> aula, com o seu grupo <strong>de</strong> colegas e com o professor.<br />

Dessa maneira, o professor, após preparar previamente o conteúdo a ser ensinado, ao longo da aula,<br />

aten<strong>de</strong> às diferentes <strong>de</strong>mandas, esclarecendo dúvidas, complementando explicações, selecionando recursos<br />

apropriados para explanação <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado conteúdo. Esses recursos po<strong>de</strong>m ser: uma música, um<br />

258


<strong>de</strong>bate, um exemplo gráfico <strong>de</strong>senhado na lousa, uma animação, um ví<strong>de</strong>o etc. Já no ambiente <strong>de</strong> EBW, esta<br />

percepção é prejudicada pela distância, fazendo-se necessária a utilização <strong>de</strong> outras estratégias para<br />

minimizar tal <strong>de</strong>ficiência.<br />

Personas são arquétipos hipotéticos <strong>de</strong> usuários do mundo real, apresentadas por Blomkvist (2002) como<br />

um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> usuário (MU), com objetivo <strong>de</strong> possibilitar a personalização <strong>de</strong> um artefato – geralmente, a<br />

interface humano-computador - a uma categoria <strong>de</strong> usuários. Mas, uma persona não é um usuário real <strong>de</strong> fato.<br />

Ela representa o usuário embuído <strong>de</strong> algum “objetivo”; no caso <strong>de</strong> um sistema educacional, para o usuário<br />

“aluno” este objetivo é a execução <strong>de</strong> tarefas que possibilitem o aprendizado. Originalmente, personas foram<br />

i<strong>de</strong>alizadas por Cooper (1999), com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> facilitar o projeto <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> software [Cooper 1999<br />

apud Blomkvist 2002]. Uma outra <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> persona a apresenta como um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> usuário que serve<br />

como repositório <strong>de</strong> todas as preferências do usuário num sistema particular, apresentando as seguintes<br />

características: a) encerra todas as preferências e <strong>de</strong>cisões importantes do usuário; b) contém referências a todos<br />

os componentes do sistema escolhidos pelo usuário e c) é portável [Reynolds 1997]. Essa última <strong>de</strong>finição<br />

mostra-se bastante atraente às finalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sistemas adaptativos.<br />

Neste trabalho, a proposta foi i<strong>de</strong>ntificar um conjunto <strong>de</strong> personas, cujas características <strong>de</strong> usuário<br />

“aluno” fossem compatíveis com o seu estilo <strong>de</strong> aprendizagem, po<strong>de</strong>ndo, <strong>de</strong>sta maneira, suprir o banco <strong>de</strong><br />

dados que orienta o SHA nas tarefas <strong>de</strong> adaptação. Além das características comumente utilizadas, como<br />

dados pessoais e acadêmicos, características <strong>de</strong> navegação e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho no curso, agregam-se as<br />

particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estilos <strong>de</strong> aprendizagem, conforme seu repertório <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s e sua cultura.<br />

Na próxima seção essas personas são <strong>de</strong>talhadas e na terceira seção apresentam-se as conclusões do<br />

estudo efetuado.<br />

2. INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS E PERSONAS<br />

Um SHA para EBW é constituído por um conjunto <strong>de</strong> nós, ou documentos hipertexto, que são conectados por<br />

meio <strong>de</strong> links. De acordo com Palazzo (2002), “a Hipermídia Adaptativa (HA) estuda o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

sistemas capazes <strong>de</strong> promover a adaptação <strong>de</strong> conteúdos e recursos hipermídia, vindos <strong>de</strong> qualquer fonte<br />

(bancos <strong>de</strong> dados, Internet, serviços etc.) e apresentados em qualquer formato (texto, áudio, ví<strong>de</strong>o, etc.) e suas<br />

combinações, adaptados ao perfil do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> seus usuários”. A Figura 1 <strong>de</strong>staca o SHA e seu repositório MU.<br />

Figura 1. Processo <strong>de</strong> Adaptação<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A teoria das IM propostas por Gardner (1994), é uma alternativa para avaliação da inteligência <strong>de</strong> um ser<br />

humano <strong>de</strong> maneira individualizada. Para ele, cada indivíduo tem um repertório <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s para resolver<br />

diferentes tipos <strong>de</strong> problemas; estas capacida<strong>de</strong>s são utilizadas <strong>de</strong> acordo com o repertório que cada um<br />

possui e com os aspectos culturais relacionados.<br />

Segundo ele, a “inteligência” não é única, como uma faculda<strong>de</strong> humana reitificada, que é convocada,<br />

literalmente, em qualquer colocação <strong>de</strong> problema. Sua teoria é fundamentada nas raízes biológicas da<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolver problemas. Para <strong>de</strong>finir as inteligências, uma capacida<strong>de</strong> também <strong>de</strong>ve ser vinculada<br />

ao estímulo cultural nesse domínio; Gardner (1994, p. 21) exemplifica “ [...] a linguagem, uma capacida<strong>de</strong><br />

universal, po<strong>de</strong> manifestar-se particularmente como escrita em uma cultura, como oratória em outra, e como<br />

a linguagem secreta dos anagramas numa terceira”.<br />

As personas, aqui propostas, estão baseadas em Antunes (2001), o qual fornece, <strong>de</strong> maneira bastante<br />

simples, um roteiro para a aplicação do conceito das IM à i<strong>de</strong>ntificação do estilo <strong>de</strong> aprendizagem dos<br />

alunos. Para isso, os alunos <strong>de</strong>vem respon<strong>de</strong>r a um questionário, disponível em:<br />

.<br />

Nesta primeira versão das personas foram consi<strong>de</strong>radas as inteligências múltiplas <strong>de</strong> maneira<br />

individualizada, gerando um conjunto <strong>de</strong> sete personas. Nesse conjunto, não se consi<strong>de</strong>rou as inteligências<br />

Naturalista e Existencial, essa última pelo fato <strong>de</strong> ainda não ter sido cientificamente comprovada, e não se<br />

259


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

consi<strong>de</strong>rou a inteligência Naturalista pelo fato <strong>de</strong> estar um pouco distante do conjunto <strong>de</strong> alunos aos quais se<br />

pretendia aplicar o teste. Em princípio, os testes <strong>de</strong> classificação, não consi<strong>de</strong>ram o cruzamento das IM mais<br />

<strong>de</strong>senvolvidas para <strong>geração</strong> <strong>de</strong> personas com múltiplas características. Este trabalho está ainda em<br />

<strong>de</strong>senvolvimento.<br />

• Nome: Zuca<br />

Características: Pessoas com Inteligências Lingüística ou Verbal.<br />

Descrição: É uma pessoa que gosta muito <strong>de</strong> ler. Sempre que está sem ter algo a fazer, procura algo para<br />

ler, não importa o quê. Às vezes, tem interesse por algum assunto em especial. Gosta <strong>de</strong> falar e admira<br />

pessoas que falam bem. Aprecia as letras das músicas e costuma gostar <strong>de</strong> poesia. É falante; às vezes, até<br />

<strong>de</strong>mais.<br />

Recursos <strong>de</strong> interação com o SHA: O material <strong>de</strong> aprendizado po<strong>de</strong> ser apresentado em formato textual<br />

ou verbal. As ativida<strong>de</strong>s para este tipo <strong>de</strong> aluno envolvem a leitura e interpretação <strong>de</strong> textos, músicas,<br />

palestras ou <strong>semi</strong>nários, por exemplo.<br />

• Nome: Darcy<br />

Características: Pessoas com Inteligência Espacial.<br />

Descrição: É uma pessoa que gosta <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhar; mesmo que não seja um bom <strong>de</strong>senhista sempre está<br />

rabiscando. Aprecia arte, tem o hábito <strong>de</strong> combinar coisas (roupas, objetos etc.). Admira a <strong>de</strong>coração dos<br />

ambientes e observa cada <strong>de</strong>talhe. Tem senso estético e, muitas vezes, gosta <strong>de</strong> carnaval muito mais pelas<br />

alegorias e pela beleza, do que pelo próprio ritmo. Possui bom senso <strong>de</strong> orientação, caminha por locais<br />

estranhos com <strong>de</strong>senvoltura, mantém a referência da entrada, saída e caminhos percorridos. Possui<br />

habilida<strong>de</strong> para realização <strong>de</strong> tarefas manuais.<br />

Recursos <strong>de</strong> interação com o SHA: Po<strong>de</strong>-se a esses aprendizes, oferecer liberda<strong>de</strong> para navegação entre<br />

os nós da aplicação. A apresentação do conteúdo po<strong>de</strong> ser originada a partir da combinação <strong>de</strong> diferentes<br />

mídias (som, imagem, texto).<br />

• Nome: Merlin<br />

Características: Pessoas com Inteligência Intrapessoal.<br />

Descrição: É uma pessoa com elevada auto-estima e raramente fica chateada com uma crítica,<br />

consi<strong>de</strong>rando sempre os seus aspectos positivos. É tolerante consigo mesma e reconhece suas limitações.<br />

Não fica aborrecida quando está sozinha e, às vezes, conversa consigo mesma, realizando reflexões sobre<br />

sua vida <strong>de</strong> um modo geral. Gosta <strong>de</strong> trabalhar com pessoas mas, não necessariamente, realizar tarefas em<br />

grupo. Valoriza a privacida<strong>de</strong>.<br />

Recursos <strong>de</strong> interação com o SHA: A apresentação do conteúdo po<strong>de</strong> ser originada a partir da<br />

combinação <strong>de</strong> diferentes mídias (som, imagem, texto). Não é recomendada a obrigatorieda<strong>de</strong> da<br />

realização <strong>de</strong> trabalhos em grupos ou a participação em fóruns ou chats.<br />

• Nome: Milcar<br />

Características: Pessoas com Inteligência Lógico-Matemática.<br />

Descrição: É uma pessoa que não aprecia atrasos por parte <strong>de</strong> outras pessoas, gosta <strong>de</strong> números, cálculos<br />

e compreen<strong>de</strong>m com facilida<strong>de</strong> os gráficos e expressões matemáticas. É pragmática, gosta <strong>de</strong> música.<br />

Tem prazer em assistir a filmes <strong>de</strong> mistério e adora adiantar-se às histórias antecipando a trama e enredo.<br />

Costuma gostar <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios.<br />

Recursos <strong>de</strong> interação com o SHA: A apresentação do conteúdo <strong>de</strong>ve priorizar uma apresentação<br />

sintética, com possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> complemento, selecionado pelo próprio usuário. O material <strong>de</strong>ve ser<br />

apresentado usando graus <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> crescentes.<br />

• Nome: Star<br />

Características: Pessoas com Inteligência Interpessoal<br />

Descrição: É uma pessoa que gosta <strong>de</strong> se envolver com as causas alheias e sempre procura ajudar a<br />

outras pessoas, mesmo que não as conheça. Envolve-se com facilida<strong>de</strong> em causas humanitárias, gosta <strong>de</strong><br />

alegrar e estimular as pessoas próximas. Muitas vezes, divi<strong>de</strong>m suas próprias coisas. Gosta <strong>de</strong> ler,<br />

sobretudo biografias ou histórias que relatem a vida <strong>de</strong> pessoas que se <strong>de</strong>dicaram a gran<strong>de</strong>s causas.<br />

Apreciam filmes, novelas e seriados. Normalmente, costumam analisar o perfil dos personagens, tentando<br />

compreen<strong>de</strong>r as causas que o levam a um <strong>de</strong>terminado comportamento.<br />

Recursos <strong>de</strong> interação com o SHA: A apresentação do conteúdo po<strong>de</strong> ser originada a partir da<br />

combinação <strong>de</strong> diferentes mídias (som, imagem, texto). É recomendada a realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

colaborativas.<br />

260


• Nome: Tom<br />

Características: Pessoas com Inteligência Sonora<br />

Descrição: É uma pessoa que gosta <strong>de</strong> música e dança, mesmo que não sendo habilidosas. Apreciam<br />

compositores, sabem diferenciar os sons dos instrumentos e têm boa percepção auditiva.<br />

Recursos <strong>de</strong> interação com o SHA: A apresentação dos recursos <strong>de</strong> interação e conteúdo <strong>de</strong>ve priorizar<br />

a inclusão <strong>de</strong> sons; por exemplo, sinais sonoros <strong>de</strong> alerta, explicações orais, músicas, entre outros, serão<br />

sempre a<strong>de</strong>quados.<br />

• Nome: Jô<br />

Características: Pessoas com Inteligência Cinestésico-Corporal<br />

Descrição: É uma pessoa que se comunica, facilmente, por meio <strong>de</strong> gestos e tem mais facilida<strong>de</strong> para<br />

apren<strong>de</strong>r algo quando realiza ativida<strong>de</strong>s práticas. Gosta <strong>de</strong> esportes e dança, realiza ativida<strong>de</strong>s motoras<br />

(que envolvem o corpo, ou parte <strong>de</strong>le) com facilida<strong>de</strong>.<br />

Recursos <strong>de</strong> interação com o SHA: O SHA <strong>de</strong>ve priorizar o oferecimento <strong>de</strong> um tutorial para orientar o<br />

usuário a cada nova ativida<strong>de</strong> prática.<br />

3. CONCLUSÕES<br />

O estudo das IM po<strong>de</strong> orientar a especificação <strong>de</strong> personas, contribuindo <strong>de</strong>sta maneira para o processo <strong>de</strong><br />

adaptabilida<strong>de</strong> em Sistemas Hipermídia para Educação Baseada na Web. Observou-se que a aplicação<br />

individualizada das características inerentes a uma única inteligência po<strong>de</strong> não refletir as reais características<br />

<strong>de</strong> um usuário, uma vez que as inteligências funcionam <strong>de</strong> maneira articulada e, muitas vezes,<br />

complementares [Gardner 1994; Gardner and Walters 1995; Gardner 2005; Antunes 2005]. Por exemplo: um<br />

aluno com Inteligência Lingüística-Verbal po<strong>de</strong> também apresentar igualmente a Inteligência Cinestésico-<br />

Corporal, e como resultado tem-se uma pessoa com alto po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> expressão verbal, oral e escrita e que se<br />

expressa também por meio <strong>de</strong> gestos. Em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong>ste fato, estão sendo realizados testes para i<strong>de</strong>ntificar<br />

individualmente o percentual <strong>de</strong> cada inteligência e a correlação entre elas. O teste para isso foi<br />

disponibilizado no site da Internet citado na seção 2, e preten<strong>de</strong>-se, através <strong>de</strong>le estudar melhor como esses<br />

fatores se correlacionam, orientando a criação <strong>de</strong> novas personas.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Antunes, C. (2001). Como i<strong>de</strong>ntificar em você e em seus alunos as inteligências múltipla. Petrópolis, RJ: Vozes. 5ª.<br />

Edição. 37 p.<br />

Antunes, C. (2005). Educador explica os conceitos <strong>de</strong> inteligência múltipla <strong>de</strong> Howard Garner”. In: Revista Educação.<br />

Disponível em: http://revistaeducacao.uol.com.br. Acesso em: 15/02/2007.<br />

Blomkvist, S. (2002) Persona – An overview. Disponível em www.it.uu.se/edu/course/homepage/hcidist/v04/Personaoverview.pdf.<br />

Acesso em: 27/06/2007.<br />

Cooper, A. (1999). The inmates are running the asylum. Indianapolis, IA:SAMS/Macmillan.<br />

Gardner, H. and Walters, J. (1995). Uma Versão Aperfeiçoada. In: Inteligências Múltiplas – A Teoria na Prática.<br />

Tradução <strong>de</strong> Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes Médicas. 257 p.<br />

Gardner, H. (1994). Estruturas da Mente - A Teoria das Inteligências Múltiplas. Porto Alegre: Artmed, 1994. 340 p.<br />

Gardner, H. (2005). Múltiplas perspectivas. In: Viver – Mente e Cérebro. São Paulo: Ed. Duetto. Ed. Especial –<br />

Inteligência, no. 1. p. 16-21.<br />

Palazzo, L.A.M. (2002). Sistemas <strong>de</strong> Hipermídia Adaptativa. Minicurso apresentado na XXI Jornada <strong>de</strong> Atualização em<br />

Informática (JAI2002), em 18 e 19/07/2002. Florianópolis, SC. Disponível em:<br />

http://ia.ucpel.tche.br/~lpalazzo/sha/sha.htm. Acesso em 10/04/2007.<br />

Reynolds, C. (1997) “A Critical Examination of Separable User Interface Management Systems”. ACM SIGCHI, v. 27,<br />

n. 3, July.<br />

Taylor, J. C. (2001). Automating e-Learning: The Future of Higher Education. Keynote address presented at the<br />

International Conference on Emerging Telecommunications Applications (ICETA), Kosice, Slovakia, 17-19 Oct.<br />

2001. Disponível em: http://www.usq.edu.au/users/taylorj/publications_presentations/ 2001ICETA-Slovakia.ppt.<br />

Acesso em: 18/04/2007.<br />

261


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

AVANCE: UM AMBIENTE DE ENSINO E<br />

APRENDIZAGEM BASEADO NA WEB 2.0<br />

Maurício Nunes da Costa Bomfim<br />

Instituto <strong>de</strong> Matemática / Núcleo <strong>de</strong> Computação Eletrônica<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Caixa Postal 68.530 – 21.945-970 – Rio <strong>de</strong> Janeiro – RJ – Brasil<br />

mauricio@nce.ufrj.br<br />

João Sérgio dos Santos Assis<br />

Núcleo <strong>de</strong> Computação Eletrônica<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Caixa Postal 68.530 – 21.945-970 – Rio <strong>de</strong> Janeiro – RJ – Brasil<br />

joao@nce.ufrj.br<br />

Fabio Ferrentini Sampaio<br />

Instituto <strong>de</strong> Matemática / Núcleo <strong>de</strong> Computação Eletrônica<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Caixa Postal 68.530 – 21.945-970 – Rio <strong>de</strong> Janeiro – RJ – Brasil<br />

ffs@nce.ufrj.br<br />

RESUMO<br />

Este artigo apresenta as principais idéias da Web 2.0 e suas possibilida<strong>de</strong>s educacionais. Em seguida <strong>de</strong>screve <strong>de</strong> forma<br />

sucinta o ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem AvaNCE on<strong>de</strong> o professor e o aluno não ficam restritos a um conjunto <strong>de</strong><br />

funcionalida<strong>de</strong>s preexistentes, sendo possível incorporar novas aplicações a partir <strong>de</strong> serviços disponíveis na Internet.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Web 2.0, E-learning 2.0, Ensino a distância.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

A utilização <strong>de</strong> ambientes virtuais <strong>de</strong> aprendizagem (AVAs) como ferramentas <strong>de</strong> apoio ao ensino e<br />

aprendizado é cada vez mais freqüente, uma vez que promove um aumento da qualida<strong>de</strong> da aprendizagem,<br />

estimulando o apren<strong>de</strong>r a apren<strong>de</strong>r. Embora estas ferramentas, na sua maioria, já tenham sido concebidas à<br />

luz das teorias construtivistas e o resultado <strong>de</strong> sua utilização seja, em geral, muito positivo, existem<br />

limitações como a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> agregar novos serviços.<br />

A nova <strong>geração</strong> <strong>de</strong> aplicativos da Web, assim como os recursos, tecnologias e conceitos que permitem um<br />

maior grau <strong>de</strong> interativida<strong>de</strong> e colaboração na utilização da Internet, conhecida como Web 2.0 (O’Reilly,<br />

2005), tem influenciado, um número cada vez maior <strong>de</strong> serviços disponíveis na Internet. Tais conceitos, se<br />

incorporados aos AVAs, po<strong>de</strong>riam permitir ganhos no processo <strong>de</strong> aprendizado, uma vez que vão ao<br />

encontro das idéias construtivistas e sócio-interacionistas (Moreira, 1999), on<strong>de</strong> o conhecimento é obtido<br />

através <strong>de</strong> uma construção contínua, como fruto <strong>de</strong> interações entre os objetos do meio e o sujeito. Segundo<br />

Downes (2005), esta evolução é tão significativa que permite a adoção <strong>de</strong> um novo nome para i<strong>de</strong>ntificá-la:<br />

E-Learning 2.0.<br />

Diferentes trabalhos são encontrados na literatura <strong>de</strong>screvendo possíveis utilizações <strong>de</strong>stas idéias.<br />

Ferramentas e serviços como Blogs, Wikis, Re<strong>de</strong>s Sociais, Podcasts e sindicação, têm sido utilizados cada<br />

vez mais para aumentar a colaboração e a participação entre os aprendizes (An<strong>de</strong>rson, 2007; Feldstein, 2006;<br />

Downes, 2004).<br />

262


Este trabalho <strong>de</strong>screve o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um ambiente <strong>de</strong> E-learning 2.0 para a UFRJ (AvaNCE) que<br />

permitirá a incorporação <strong>de</strong> novas ferramentas a partir <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> pesquisa que explorem aspectos<br />

específicos do processo <strong>de</strong> aprendizado. Assim, o AvaNCE vem sendo concebido como um laboratório <strong>de</strong><br />

pesquisa, fazendo com que futuros trabalhos possibilitem o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos módulos, que possam<br />

ser incorporados ao próprio ambiente, transformando-se num programa <strong>de</strong> pesquisa-ação a distância<br />

conforme proposto por Elia e Sampaio (2001).<br />

2. CARACTERÍSTICAS DE UM AMBIENTE DE E-LEARNING 2.0<br />

A seguir, i<strong>de</strong>ntificamos algumas características que <strong>de</strong>vem estar presentes num ambiente <strong>de</strong>ste tipo.<br />

Difusão <strong>de</strong> conteúdos. A sindicação é uma tecnologia que permite que um sítio ofereça continuamente<br />

através <strong>de</strong> um formato padronizado (normalmente RSS ou Atom), as alterações mais recentes em seus<br />

conteúdos. Isso faz com que a informação vá ao usuário antes que este a procure.<br />

Adaptabilida<strong>de</strong> e personalização. Uma das bases da Web 2.0 é o incentivo à produção in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

diversos tipos <strong>de</strong> conteúdo e à fácil integração <strong>de</strong>stes num só ambiente. O uso <strong>de</strong>sta técnica permite a<br />

personalização do ambiente <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong> forma que este possa ser adaptado para as diferentes<br />

necessida<strong>de</strong>s dos estudantes que o utilizarão.<br />

Uso <strong>de</strong> ferramentas externas. A internet dispõe <strong>de</strong> inúmeras ferramentas que po<strong>de</strong>m ser utilizadas no<br />

contexto educacional. O ambiente não <strong>de</strong>ve obrigar seus usuários a utilizar suas próprias soluções.<br />

A<strong>de</strong>rência a padrões. Novas ferramentas têm sido <strong>de</strong>senvolvidas a cada momento. A a<strong>de</strong>são da<br />

plataforma aos padrões existentes permite a incorporação e o aproveitamento <strong>de</strong> novas ferramentas <strong>de</strong><br />

aprendizado ao ambiente <strong>de</strong> ensino.<br />

Exploração da inteligência coletiva. Os próprios usuários <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong> categorizar e i<strong>de</strong>ntificar<br />

informações através do uso <strong>de</strong> palavras chaves – conhecidas como tags – cuja <strong>de</strong>finição é realizada a partir<br />

do linguajar natural da comunida<strong>de</strong> que a utiliza. Entre suas principais utilida<strong>de</strong>s estão: a ajuda para<br />

encontrar novamente algo que já foi encontrado antes, e o fato <strong>de</strong> promover efeitos sociais <strong>de</strong>correntes do<br />

agrupamento informal <strong>de</strong> pessoas que passam a utilizar uma <strong>de</strong>terminada palavra-chave.<br />

Em consonância com estas idéias, Wilson et al. (2006) propõem a <strong>de</strong>finição dos Ambientes Pessoais <strong>de</strong><br />

Aprendizagem. Estes ambientes permitem que o aluno conduza seu próprio processo <strong>de</strong> aprendizado, da<br />

forma que consi<strong>de</strong>rar mais conveniente, <strong>de</strong>finindo inclusive seus próprios objetivos. Além disso, eles<br />

baseiam-se fortemente na integração do aprendizado formal com o aprendizado informal, no uso <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s<br />

sociais que atravessem os limites institucionais <strong>de</strong> forma a permitir a comunicação entre aprendizes <strong>de</strong><br />

diferentes cursos ou instituições.<br />

Recentemente, algumas soluções tentando incorporar estas características têm sido propostas. O<br />

Elgg/EduSpaces (http://elgg.org/) é uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> relacionamentos que permite a agregação <strong>de</strong> conteúdos<br />

através <strong>de</strong> blogs e portfolios. O L2 (Pitner e Drasil, 2006) é um protótipo que tenta ir além das<br />

funcionalida<strong>de</strong>s oferecidas pelo Elgg, facilitando a integração <strong>de</strong> outros recursos XML disponíveis na<br />

Internet e permitindo sua personalização através <strong>de</strong> anotações.<br />

3. O AMBIENTE AVANCE<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Enquanto as implementações citadas anteriormente são voltadas para a difusão <strong>de</strong> conhecimento <strong>de</strong> uma<br />

forma ampla, explorando o aprendizado possibilitado pelas relações sociais, nosso maior interesse é a<br />

utilização das tecnologias da Web 2.0 <strong>de</strong> forma a permitir a incorporação dinâmica <strong>de</strong> novas funcionalida<strong>de</strong>s<br />

para a promoção do aprendizado. A idéia do ambiente AvaNCE aqui apresentado é, portanto, dar ao usuário<br />

(professor e/ou aluno) o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> escolher ferramentas que melhor se adaptem aos seus objetivos<br />

educacionais. A figura 1 ilustra a utilização do fórum <strong>de</strong> discussão integrado ao ambiente AvaNCE.<br />

263


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Figura 1. Relação <strong>de</strong> tópicos <strong>de</strong> um fórum no ambiente AvaNCE.<br />

Como escolha tecnológica, optou-se por utilizar a linguagem Java/J2EE para o <strong>de</strong>senvolvimento dos<br />

serviços Web, <strong>de</strong> acordo com a arquitetura REST. De forma a permitir a rápida difusão <strong>de</strong>stas idéias, o<br />

software <strong>de</strong>senvolvido segue os preceitos das licenças <strong>de</strong> software livre, produzindo um ambiente que<br />

possibilite a futura investigação <strong>de</strong> como a apropriação <strong>de</strong>stas novas tecnologias po<strong>de</strong> favorecer o processo<br />

<strong>de</strong> aprendizagem.<br />

Uma das características do AvaNCE é o fato <strong>de</strong>ste utilizar protocolos e padrões abertos como REST<br />

(http://www.ics.uci.edu/~fielding/pubs/dissertation/top.htm), RSS (http://www.rss-specifications.com/rssspecifications.htm),<br />

Atom (http://ietfreport.isoc.org/idref/draft-ietf-atompub-protocol/), XForms<br />

(http://www.w3.org/MarkUp/Forms/) e XSLT (http://www.w3.org/TR/xslt), facilitando a integração <strong>de</strong><br />

outros serviços já existentes ao núcleo <strong>de</strong>senvolvido. Por exemplo, um blog que disponibilize seu conteúdo<br />

na forma <strong>de</strong> RSS ou Atom (diversos servidores <strong>de</strong> blog atualmente já fazem isso) po<strong>de</strong> ser incorporado ao<br />

ambiente virtual <strong>de</strong> um curso.<br />

A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma API REST no acesso às suas ferramentas permite que outras aplicações Web 2.0<br />

externas possam utilizar estes serviços. Além disso, os dados retornados pelas chamadas a API são<br />

disponibilizados em formatos padronizados, atualmente em RSS ou Atom e futuramente em JSON<br />

(http://www.json.org/), facilitando sua interpretação e utilização em aplicações específicas ou até mesmo em<br />

leitores genéricos <strong>de</strong> feeds.<br />

O AvaNCE é constituído <strong>de</strong> um núcleo (figura 2), responsável entre outras ações, por gerenciar a<br />

autenticação dos usuários e oferecer alguns serviços gerais. As chamadas do núcleo às <strong>de</strong>mais aplicações são<br />

feitas através <strong>de</strong> requisições assíncronas realizadas com AJAX. O núcleo é ainda o responsável pela<br />

interpretação <strong>de</strong> alguns formatos padrão como RSS, Atom e XForms.<br />

XHTML<br />

REST ATOM<br />

Blog<br />

Roller<br />

Interface Ajax<br />

REST<br />

Forum<br />

RSS +<br />

XFORMS<br />

REST<br />

RSS<br />

RSS ou ATOM<br />

Figura 2. Arquitetura da plataforma AvaNCE.<br />

Núcleo AvaNCE<br />

Autenticação<br />

Proxy<br />

Blog Externo<br />

A implementação do ambiente iniciou-se com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um mecanismo <strong>de</strong> autenticação<br />

através do qual os usuários pu<strong>de</strong>ssem ser validados. Um fórum <strong>de</strong> discussão foi implementado para<br />

<strong>de</strong>monstrar a facilida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma ferramenta <strong>de</strong>ntro do ambiente e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua<br />

utilização fora <strong>de</strong>ste, uma vez que é possível acessá-la através <strong>de</strong> um leitor <strong>de</strong> RSS externo. Posteriormente,<br />

foi realizada a adaptação do servidor <strong>de</strong> Blog Apache Roller (http://www.rollerweblogger.org), <strong>de</strong> forma a<br />

<strong>de</strong>monstrar a facilida<strong>de</strong> da incorporação <strong>de</strong> ferramentas já existentes.<br />

264


4. CONCLUSÕES<br />

A proposta Web 2.0 é frequentemente associada a dois aspectos: um social e outro tecnológico. O aspecto<br />

social refere-se a um grupo <strong>de</strong> aplicações que permitem um maior grau <strong>de</strong> interativida<strong>de</strong> e colaboração, on<strong>de</strong><br />

todos os usuários são capazes <strong>de</strong> produzir conteúdo. Sua incorporação nos ambientes <strong>de</strong> aprendizagem<br />

possibilita a adoção <strong>de</strong> práticas pedagógicas que visam o aumento da colaboração e da participação dos<br />

alunos. Já o aspecto tecnológico permite a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um ambiente <strong>de</strong> aprendizagem componível on<strong>de</strong> o<br />

professor e o aluno não ficam restritos a um conjunto <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s preexistentes, sendo possível<br />

incorporar novas aplicações a partir <strong>de</strong> serviços disponíveis na Internet.<br />

Este trabalho <strong>de</strong>screve <strong>de</strong> forma sucinta o ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem AvaNCE, baseado nestes<br />

conceitos. Este ambiente visa dar continuida<strong>de</strong> ao projeto <strong>de</strong> pesquisa realizado por esta instituição, quando<br />

do <strong>de</strong>senvolvimento da PII - Plataforma Interativa para a Internet (http://pii.nce.ufrj.br), realizado pelo<br />

GINAPE do Núcleo <strong>de</strong> Computação Eletrônica da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

No próximo estágio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do projeto estaremos implementando a classificação <strong>de</strong> conteúdo<br />

por parte dos usuários e disponibilizando a ferramenta para testes em situações <strong>de</strong> ensino. Também está<br />

prevista a incorporação <strong>de</strong> novas aplicações como wiki, compartilhamento <strong>de</strong> favoritos, repositório <strong>de</strong><br />

arquivos e chat, além da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferecer uma alternativa JSON como retorno <strong>de</strong> dados das funções<br />

implementadas pelo ambiente.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

APLICACIÓN DE UN ÍNDICE DE EVALUACIÓN DE<br />

CALIDAD EN SITIOS WEB DE GOBIERNOS LOCALES EN<br />

ESPAÑA.<br />

Dr. Antonio Paños Álvarez<br />

Profesor Titular <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Organización <strong>de</strong> Empresas<br />

Facultad Economía y Empresa. <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Murcia<br />

E-mail: apalvar@um.es<br />

RESUMEN<br />

Internet sigue creciendo y ofreciendo más información y servicios a los ciudadanos <strong>de</strong> todo el mundo. Las<br />

Administraciones públicas son conscientes <strong>de</strong> esta oportunidad y vienen <strong>de</strong>sarrollando políticas <strong>de</strong> integración y<br />

prestación <strong>de</strong> sus servicios a través <strong>de</strong> la Red. La Administración Española, tanto gubernamental como local, no ajena a<br />

esta realidad, viene <strong>de</strong>sarrollando políticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> sus servicios a través <strong>de</strong> Internet. En este escenario, los<br />

Ayuntamientos poseen un papel importante, pues prestan servicios administrativos <strong>de</strong> forma directa a sus ciudadanos.<br />

Estos servicios pue<strong>de</strong>n ser mejorados a través <strong>de</strong> sitios web en Internet. Ahora bien, al tratarse <strong>de</strong> inversiones públicas<br />

<strong>de</strong>ben <strong>de</strong> asumir niveles <strong>de</strong> calidad a<strong>de</strong>cuados y ajustados a los estándares <strong>de</strong> la Red.<br />

El objetivo <strong>de</strong>l presente trabajo es <strong>de</strong>finir un índice <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong> calidad para estos sitios web municipales,<br />

aplicándolo <strong>de</strong>spués a un estudio <strong>de</strong> casos en una muestra representativa <strong>de</strong> los ayuntamientos <strong>de</strong> la Región <strong>de</strong> Murcia. El<br />

estudio, tras una revisión <strong>de</strong> trabajos realizados, <strong>de</strong>fine un índice pon<strong>de</strong>rado. Como conclusiones cabe <strong>de</strong>stacar la<br />

i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> fortalezas y <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> las webs analizadas, su jerarquización según el índice y una relación entre el<br />

tamaño <strong>de</strong>l municipio y la calidad <strong>de</strong>l sitio web.<br />

PALABRAS CLAVES<br />

Internet, sitios web, Administración Pública Local, evaluación <strong>de</strong> calidad.<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Internet como fenómeno asociado a la Sociedad <strong>de</strong> la Información sigue su curso imparable <strong>de</strong> crecimiento.<br />

Así lo <strong>de</strong>muestran los datos publicados recientemente, que señalan como en Estados Unidos, un 69% <strong>de</strong> la<br />

población son usuarios <strong>de</strong> Internet (Internet World Stats, 2007). En Europa dicho porcentaje roza el 40%. En<br />

España, la VIII Encuesta <strong>de</strong> usuarios <strong>de</strong> Internet, señala que algo más <strong>de</strong>l 34% <strong>de</strong> ciudadanos mayores <strong>de</strong> 14<br />

años utilizan habitualmente Internet y <strong>de</strong> ellos el 94.6% lo hacen para navegar por la Red (AIMC, 2006).<br />

Conscientes <strong>de</strong> este fenómeno y <strong>de</strong> las oportunida<strong>de</strong>s que ofrece Internet en la mejora <strong>de</strong> prestación <strong>de</strong><br />

servicios a los ciudadanos, los gobiernos plantean políticas que fomenten su integración en la vida social, en<br />

el mundo empresarial y en la Administración Pública (OECD, 2003; eEurope 2005). Esta ten<strong>de</strong>ncia ha<br />

experimentado también un empuje en los últimos años en las Administración Pública Española (MAP, 2000)<br />

que se viene materializando en planes <strong>de</strong> actuación como Conecta 2004-2007, que integra actuaciones como<br />

eDNI, Ciudadano.es o Map.es, o el Plan Mo<strong>de</strong>rniza 2006-2008 o el Plan eMo<strong>de</strong>l <strong>de</strong> Proyectos <strong>de</strong><br />

Mo<strong>de</strong>rnización <strong>de</strong> las Administraciones Locales mediante las tecnologías <strong>de</strong> la información e Internet y otros<br />

complementarios (Moya, 2003; MAP, 2007). Recientemente los Ministerios <strong>de</strong> Administraciones Públicas e<br />

Industria han publicado que <strong>de</strong>stinarán 6 millones <strong>de</strong> euros para impulsar los servicios públicos electrónicos a<br />

través <strong>de</strong> Internet a nivel estatal y local (AUI, 2007).<br />

Los Ayuntamientos tienen un papel importante en este contexto, pues prestan servicios administrativos<br />

locales directamente a los ciudadanos. Internet y el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> sitios web parece la herramienta más idónea<br />

para no estancarse en este proceso <strong>de</strong> innovación tecnológica que facilite servicios <strong>de</strong> más calidad. La<br />

Administración Pública murciana apoya el uso <strong>de</strong> Internet en las relaciones con sus ciudadanos y ha<br />

fomentado el <strong>de</strong>sarrollo intensivo <strong>de</strong> webs municipales que mejoren el acceso a los servicios <strong>de</strong> la<br />

266


Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

administración. Sin embargo, el acierto y éxito en la presentación y prestaciones <strong>de</strong> tales servicios ha sido<br />

<strong>de</strong>sigual en cuando a niveles <strong>de</strong> calidad.<br />

El Objetivo Principal <strong>de</strong>l presente trabajo es <strong>de</strong>finir un índice <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong> la calidad aplicable a los<br />

sitios web <strong>de</strong> la administración local o municipal don<strong>de</strong> se prestan servicios administrativos a los ciudadanos,<br />

aplicándolo <strong>de</strong>spués a una muestra representativa <strong>de</strong> los ayuntamientos <strong>de</strong> la Región <strong>de</strong> Murcia.<br />

2. DEFINICIÓN DEL ÍNDICE DE EVALUACIÓN DE LA CALIDAD DE<br />

SITIOS WEB DE LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA LOCAL<br />

Des<strong>de</strong> la aparición <strong>de</strong> Internet a finales <strong>de</strong> los 80 se ha producido un incremento espectacular <strong>de</strong>l número <strong>de</strong><br />

sitios web. Así por ejemplo, en 1999, OCLC estimaba que existían más <strong>de</strong> 3,6 millones <strong>de</strong> sitios web en la<br />

Red. En 2003 la media comunitaria en la Unión Europea era <strong>de</strong> 37 direcciones web por cada millar <strong>de</strong><br />

ciudadanos (Europa Press). Estadísticas más recientes señalan que existen más <strong>de</strong> 400 millones <strong>de</strong> dominios<br />

web en Internet (ISC, 2007). Sin embargo, el crecimiento en número <strong>de</strong> webs no parece haber ido ligado a su<br />

valoración cualitativa. De hecho el <strong>de</strong>bate sobre la calidad <strong>de</strong> los sitos web ha estado presente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> hace<br />

mucho tiempo (Christopher, 1997). Diversos estudios han tratado <strong>de</strong> profundizar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la perspectiva<br />

empresarial (Huizingh, 2000; Ivory y Hearst, 2002) o <strong>de</strong> la administración pública o e-goverment (Accenture,<br />

2004; Grant y Chau, 2005) en los criterios <strong>de</strong> calidad, en la importancia <strong>de</strong> contar con un método <strong>de</strong><br />

evaluación que nos permita conocer la posición que ocupa nuestro sitio web, cuáles son sus fortalezas y<br />

cuáles sus <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>s.<br />

A este respecto, se han <strong>de</strong>sarrollado diversas propuestas para evaluar el contenido y estructura <strong>de</strong> un sitio<br />

web, referenciados en diversos trabajos (Buenadicha et al., 2002; Moraga et al., 2003; o Benjamín et al.,<br />

2007), aunque la mayoría están específicamente diseñados para evaluar sitios comerciales o <strong>de</strong> negocio (Selz<br />

y Schubert, 1997; Evans y King, 1999; Bauer y Scharl, 2000). Para <strong>de</strong>terminar los parámetros <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong><br />

diseño y contenidos <strong>de</strong> las webs municipales se han analizado y valorado diversos estudios aparecidos<br />

cronológicamente. Kapoun (1998) establece como elementos <strong>de</strong> calidad la autoridad, objetividad, actualidad<br />

y cobertura. Auer (1999) basándose en estudios previos señala 5 parámetros: autoría, cobertura, objetividad,<br />

exactitud y actualidad. Alexan<strong>de</strong>r y Tate (1999) establecen los parámetros <strong>de</strong> autoridad, exactitud,<br />

objetividad, actualidad, cobertura y <strong>de</strong>stinatarios. Cooke (1999) señala hasta diez parámetros muy<br />

relacionados con los anteriores. Olsina et al. (1999) propone un mo<strong>de</strong>lo menos empresarial que i<strong>de</strong>ntifica<br />

como elementos <strong>de</strong> calidad: la funcionalidad (mecanismos <strong>de</strong> búsqueda, facilidad <strong>de</strong> navegación, contenidos,<br />

etc.), facilidad <strong>de</strong> uso (estructura, datos, actualización, direcciones, etc.), eficiencia (acceso a información y<br />

velocidad <strong>de</strong> acceso) y fiabilidad. Trabajos posteriores como los <strong>de</strong> Codina (2000) y Olsina (2001)<br />

establecen un mayor número <strong>de</strong> parámetros más pormenorizados que se integran en categorías y que han<br />

dado lugar a propuestas como los mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> categorías <strong>de</strong> Morago, Calero y Piattini (2003, 2005), Hassan<br />

(2003), Moya (2003), Sureda y Comas (2004), Ayuso y Martínez (2005) y que se han aplicado en la práctica<br />

en España, como los trabajos <strong>de</strong> Fundación Auna (2005) o Fundación Integra (2006).<br />

Los Parámetros <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong>finidos en el presente estudio, que tienen su origen en un trabajo anterior<br />

(Paños y Soler, 2006), integran las propuestas <strong>de</strong> los trabajos mencionados y mejorando cuatro aspectos: 1)<br />

se <strong>de</strong>fine un conjunto <strong>de</strong> categorías indicadoras <strong>de</strong> calidad, medibles por observación y pertinentes al tipo <strong>de</strong><br />

web (administraciones locales); 2) se <strong>de</strong>fine <strong>de</strong> forma pormenorizada el conjunto <strong>de</strong> variables que integra<br />

cada categoría; 3) se ha <strong>de</strong>finido en profundidad el parámetro <strong>de</strong> contenidos <strong>de</strong> servicios web completando<br />

así estudios anteriores; y 4) se establece una pon<strong>de</strong>ración <strong>de</strong> las categorías. Como señalan Buenadicha et al.<br />

(2002), todo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong>be contener cuatro componentes básicos: categorías, elementos o<br />

factores <strong>de</strong> cada categoría, pon<strong>de</strong>raciones <strong>de</strong> cada categoría y puntuaciones <strong>de</strong> cada factor. Así, primero<br />

i<strong>de</strong>ntificamos las categorías a evaluar y los factores que la integran, indicando la pon<strong>de</strong>ración que estimamos<br />

a<strong>de</strong>cuada a cada categoría y que afectará al conjunto <strong>de</strong> sus factores. Así nuestro índice <strong>de</strong> valoración <strong>de</strong><br />

calidad se configura por los siguientes parámetros o categorías (símbolo i<strong>de</strong>ntificativo) que se integran por<br />

una serie <strong>de</strong> factores (tabla 1) y con la pon<strong>de</strong>ración asignada (tabla 2).<br />

Las categorías <strong>de</strong>finidas son: Accesibilidad (A) <strong>de</strong>finida como la capacidad <strong>de</strong> la web para ser localizado<br />

<strong>de</strong> la manera más fácil y rápida); Navegabilidad (N), <strong>de</strong>finida como la capacidad <strong>de</strong> la web para permitir una<br />

navegación simple e intuitiva <strong>de</strong> utilizar. Empatía (E) <strong>de</strong>finida como la capacidad <strong>de</strong> la web para<br />

proporcionar atención individualizada y ayuda; Aseguramiento (AS) <strong>de</strong>finida como la capacidad <strong>de</strong> la web<br />

para transmitir veracidad y confianza; Servicios <strong>de</strong>l Ayuntamiento (SA) e Información <strong>de</strong>l Municipio (IM).<br />

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Se han <strong>de</strong>finido teniendo en cuenta la carta <strong>de</strong> servicios digitales <strong>de</strong>terminados en estudios sobre webs <strong>de</strong><br />

diversos ayuntamientos españoles, como los <strong>de</strong> Madrid (http://www.munimadrid.es), Barcelona<br />

(http://www.bcn.es), Andalucía (http://www.guadalinfo.net) o bien estudios como Equal (2003) u otro<br />

anterior en Murcia financiado por la Fundación Integra (2006).<br />

Tabla 1. Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> sito web <strong>de</strong> gobierno local<br />

Categoría o parámetro <strong>de</strong><br />

Factores <strong>de</strong> cada categoría<br />

calidad<br />

Accesibilidad (A)<br />

A.1.- Facilidad <strong>de</strong> localización <strong>de</strong> la página web en buscadores habituales A.2.- La rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong><br />

carga <strong>de</strong> la página.. A.3.- Presentación <strong>de</strong> la Información <strong>de</strong> la Web en varios idiomas<br />

Navegabilidad (N)<br />

N.1.- Presencia en la web. N.2.- Mapa <strong>de</strong> la Web. Es la presencia <strong>de</strong> un Árbol Esquemático <strong>de</strong><br />

todos los Elementos y Links que aparecen en la Página. N.3.- La aparición <strong>de</strong> ENLACES <strong>de</strong><br />

fácil comprensión para usuarios experimentados o no. N.4.- Presencia <strong>de</strong> BARRAS <strong>de</strong><br />

HERRAMIENTAS, DIBUJOS o ICONOS representativos. N.5.- Aparición <strong>de</strong> GIFS<br />

ANIMADOS, FLASH, VIDEO, VISITAS VIRTUALES, etc.). N.6.- Presencia <strong>de</strong><br />

BUSCADORES <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> la Página. N.7.- La Aparición en su Página<br />

Empatía (E)<br />

E.1.- Atención en línea. E.2.- Buzón <strong>de</strong>l ciudadano (posibilidad <strong>de</strong> MODIFICAR y<br />

PERSONALIZAR la Web<br />

Aseguramiento (AS) AS.1.- Nº Total <strong>de</strong> VISITAS. AS.2.- FECHA <strong>de</strong> su última Actualización. AS.3.- CONFIANZA<br />

<strong>de</strong> la Web (en algunas Web aparecen símbolos que verifican la confianza <strong>de</strong>l sitio web: IQUA,<br />

VERISIGN, i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong>l propietario <strong>de</strong> la página o similares<br />

Servicios <strong>de</strong>l<br />

Ayuntamiento (SA)<br />

Información <strong>de</strong>l<br />

Municipio(IM)<br />

268<br />

SA.1.- Presencia <strong>de</strong> PLANOS URBANÍSTICOS; SA.2.- Agenda <strong>de</strong> Impuestos; SA.3.-<br />

DESCARGA <strong>de</strong> Impresos; SA.4.- Listado <strong>de</strong> Tarifas <strong>de</strong> Impuestos; SA.5.- Pagos <strong>de</strong>l IBI.<br />

SA.6.- Pagos <strong>de</strong>l IAE; SA.7.- Pagos <strong>de</strong>l Impuesto Vehículos; SA.8.- Pago otros Impuestos.;<br />

SA.9.- Posible Alta, Baja o Modificación <strong>de</strong>l PADRÓN <strong>de</strong> HABITANTES; SA.10.- Posible<br />

Alta, Baja o Modificación <strong>de</strong>l IBI; SA.11.- Posible Alta, Baja o Modificación <strong>de</strong>l Impuesto <strong>de</strong><br />

Vehículos; SA.12.- Posible Alta, Baja o Modificación <strong>de</strong>l IAE; SA.13.- Tramitar un CAMBIO<br />

<strong>de</strong> DOMICILIO. (empadronamiento en el 9); SA.14.- Domiciliación <strong>de</strong> IMPUESTOS; SA.15.-<br />

Cursos <strong>de</strong> FORMACIÓN; SA.16.- Oferta LABORAL (Bolsa <strong>de</strong> trabajo, Convocatorias,<br />

Oposiciones, subvenciones, etc.); SA.17.- NOTICIAS.; SA.18.- Transmisión Televisiva <strong>de</strong><br />

PLENOS; SA.19.- Acce<strong>de</strong>r a las Actas <strong>de</strong> PLENOS; SA.20.- Información actualizada <strong>de</strong> los<br />

miembros <strong>de</strong> GOBIERNO, CONCEJALES, PARTIDOS POLÍTICOS. Etc.; SA.21.-<br />

Activida<strong>de</strong>s MUJER.<br />

SA.22.- Activida<strong>de</strong>s JUVENTUD; SA.23.- Activida<strong>de</strong>s PERSONAS MAYORES; SA.24.-<br />

Activida<strong>de</strong>s INFANTILES; SA.25.- Atención al CONSUMIDOR; SA.26.- BUZÓN <strong>de</strong> Quejas<br />

y Sugerencias <strong>de</strong>l Ciudadano. En don<strong>de</strong> el Ciudadano pueda dar su punto <strong>de</strong> vista al alcal<strong>de</strong> o a<br />

los distintos Departamentos <strong>de</strong>l Ayuntamiento; SA.27.- Presencia <strong>de</strong> la DIRECCIÓNES y<br />

TELEFONOS <strong>de</strong> los Servicios <strong>de</strong>l Ayuntamiento.<br />

SA.28.- TELEFONOS y DIRECCIONES <strong>de</strong> Interés para el Ciudadano; SA.29.- Normativas<br />

Municipales.<br />

IM.1.- HISTORIA <strong>de</strong>l Municipio; IM.2.- Nº <strong>de</strong> HABITANTES; IM.3.- HERÁLDICA <strong>de</strong>l<br />

Municipio; IM.4.- FOTOS <strong>de</strong>l Municipio; IM.5.- Presencia <strong>de</strong> CALLEJERO; IM.6.-<br />

SITUACIÓN GEOGRÁFICA- ¿Cómo llegar?; IM.7.- CLIMA; IM.8.- TRANSPORTES <strong>de</strong>l<br />

Municipio. (horarios); IM.9.- Información sobre las FIESTAS; IM.10.- Información <strong>de</strong> Interés<br />

para el Visitante ( HOSPEDAJE, MUSEOS, VISITAS TURÍSTICAS, RESTAURANTES,<br />

etc.); IM.11.- Actividad FERIAL. ( Calendario, Programa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, etc.); IM.12.- Listado<br />

<strong>de</strong> EMPRESAS <strong>de</strong>l Municipio, separadas por Sectores.; IM.13.- MERCADOS Y PLAZAS;<br />

IM.14.- Información sobre CASAS DE CULTURA, BIBLIOTECAS, ARCHIVOS. (Horarios<br />

<strong>de</strong> Atención al Público); IM.15.- Agenda <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s Culturales (Teatro, Música, Danza,<br />

Toros, Exposiciones, Jornadas, Conferencias, etc.); IM.16.- CENTROS DE SALUD; IM.17.-<br />

Información sobre FARMACIAS; IM.18.- CENTROS ESCOLARES; IM.19.- Campamentos<br />

<strong>de</strong> VERANO; IM.20.- Instalaciones, Competiciones DEPORTIVAS; IM.21.- SEGURIDAD<br />

CIUDADANA: Bomberos, Policía, Guardia Civil, Protección Civil, etc.; IM.22.- Activida<strong>de</strong>s<br />

MEDIOAMBIENTALES; IM.23.- Asociaciones <strong>de</strong> Interés: AMAS DE CASA, MUJER, 3ª<br />

EDAD<br />

Tabla 2. Pon<strong>de</strong>ración <strong>de</strong> cada categoría o parámetro<br />

Categoría o parámetro <strong>de</strong> calidad Pon<strong>de</strong>ración asignada<br />

Accesibilidad (A) 15<br />

Navegabilidad (N) 15<br />

Empatía (E) 5<br />

Aseguramiento (AS) 5<br />

Servicios <strong>de</strong>l Ayuntamiento (SA) 30<br />

Información <strong>de</strong>l Municipio(IM) 30


La valoración <strong>de</strong> cada uno <strong>de</strong> los elementos o factores <strong>de</strong> cada categoría se ha puntuado con 1 o 0<br />

respectivamente, <strong>de</strong>pendiendo <strong>de</strong> si se observaba o no la presencia <strong>de</strong> cada factor. Esta metodología <strong>de</strong><br />

valoración ha sido aplicada en trabajos anteriores como los <strong>de</strong> Olsina (2001), Moraga y otros (2003), Silocal<br />

(2003), Buendía y otros (2004), o Fundación Auna (2005) y Fundación Integra (2006). Posteriormente cada<br />

puntuación se ha visto afectada por su pon<strong>de</strong>ración y se ha relativizado con respecto a la puntuación máxima.<br />

3. POBLACIÓN Y MUESTRA<br />

La población está formada por las web municipales <strong>de</strong> la Región <strong>de</strong> Murcia y para la muestra, dado que se<br />

trata <strong>de</strong> un estudio cualitativo <strong>de</strong> casos, seleccionamos una muestra manejable <strong>de</strong> 15 ayuntamientos sobre los<br />

47 municipios totales existentes. El criterio utilizado para seleccionar la muestra fue el tamaño <strong>de</strong> habitantes.<br />

Según este criterio, se eligieron las webs <strong>de</strong> los diez ayuntamientos con mayor número <strong>de</strong> habitantes (<strong>de</strong> los<br />

cuales los ocho primeros superan la media <strong>de</strong> 27.267 habitantes), los 2 últimos ayuntamientos por número <strong>de</strong><br />

habitantes y 3 municipios <strong>de</strong> la mitad <strong>de</strong> la tabla <strong>de</strong> especial importancia social y económica.<br />

4. CONTRASTACIÓN EMPÍRICA Y ANÁLISIS DE LOS RESULTADOS<br />

En el capítulo <strong>de</strong> la accesibilidad, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar que solamente las webs <strong>de</strong> San Javier, Cartagena y<br />

Mula, presentan la opción <strong>de</strong> acce<strong>de</strong>r a la página en varios idiomas, hecho que se pue<strong>de</strong> relacionar con la<br />

incorporación creciente <strong>de</strong> ciudadanos comunitarios a dichos municipios. Con relación a la navegabilidad,<br />

cabe <strong>de</strong>stacar que ninguna <strong>de</strong> las 15 webs analizadas está adaptada a usuarios discapacitados. Otro elemento<br />

a <strong>de</strong>stacar es que solamente los Ayuntamientos <strong>de</strong> Lorca, Aledo y Ulea, presentan en su página inicial la<br />

totalidad <strong>de</strong> su información, sin necesidad <strong>de</strong> tener que utilizar sus barras <strong>de</strong> herramientas para su visionado<br />

completo. En general en cuanto a la apariencia <strong>de</strong> la web, presencia <strong>de</strong> enlaces fáciles, barras <strong>de</strong><br />

herramientas, iconos, gifs, ví<strong>de</strong>o, etc., hemos podido observar que más <strong>de</strong> la mitad <strong>de</strong> la muestra contiene<br />

todo este tipo <strong>de</strong> elementos. En cuanto a la empatía solo la web <strong>de</strong>l ayuntamiento <strong>de</strong> Murcia presenta una<br />

atención en línea para el navegante, mientras que casi la mitad <strong>de</strong> las webs municipales analizadas presentan<br />

un servicio <strong>de</strong> buzón <strong>de</strong>l ciudadano o similar. El capítulo <strong>de</strong> aseguramiento es prácticamente nulo en las webs<br />

analizadas, salvo para el caso <strong>de</strong>l ayuntamiento <strong>de</strong> Cartagena. Con relación a servicios e información,<br />

<strong>de</strong>bemos <strong>de</strong>stacar la web <strong>de</strong>l Ayuntamiento <strong>de</strong> Cartagena ofrece la posibilidad <strong>de</strong> la <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> planos<br />

urbanísticos y <strong>de</strong> todo tipo <strong>de</strong> impresos que pudieran <strong>de</strong>mandar los usuarios. El resumen <strong>de</strong> la aplicación <strong>de</strong>l<br />

índice <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> las webs analizadas se muestra la tabla 3. La puntuación máxima<br />

alcanzable por una web sería <strong>de</strong> 6 puntos. La web <strong>de</strong>l Ayuntamiento <strong>de</strong> Cartagena ha obtenido la mayor<br />

puntuación.<br />

Tabla 3. Resumen <strong>de</strong> la evaluación <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> los sitios web analizados.<br />

PARÁMETROS<br />

Ayto. Murcia<br />

Ayto. Cartagena<br />

Ayto. Lorca<br />

Ayto. Molina Segura<br />

Ayto. Alcantarilla<br />

Ayto. Cieza<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Accesibilidad 0,67 1 0,67 0,67 0,67 0,33 0,67 0,33 0,33 0,67 0 0,67 0,33 0 0,33<br />

Navegabilidad 0,63 0,75 0,88 0,75 0,63 0,38 0,63 0,5 0,13 0,75 0,63 0,5 0,25 0,63 0,63<br />

Empatía 1 0,5 0,5 0,5 0 0,5 0 0,5 0 0 0 0 0,5 0 0<br />

Aseguramiento 0 1 0 0,33 0,67 0,67 0 0,67 1 0,33 0,67 0,33 0 0,67 0,33<br />

Servicios Ayunt. 0,9 0,97 0,52 0,52 0,41 0,59 0,79 0,41 0,31 0,31 0,24 0,31 0,21 0,07 0,03<br />

Información Municipio 0,91 1 0,87 0,87 0,65 0,87 0,57 0,74 0,78 0,7 0,7 0,65 0,39 0,39 0,22<br />

TOTALES<br />

(A+N+E+AS+SA+IM) 4,11 5,22 3,44 3,64 3,03 3,34 2,66 3,15 2,55 2,76 2,24 2,46 1,68 1,76 1,54<br />

Ayto. Yecla<br />

Ayto. Águilas<br />

Ayto. Torre Pacheco<br />

Ayto. Totana<br />

Ayto. Jumilla<br />

Ayto. San Javier<br />

Ayto. Mula<br />

Ayto. Aledo<br />

Ayto. Ulea<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Para terminar, se comparó el listado <strong>de</strong> Web’s por número <strong>de</strong> habitantes, con el listado obtenido según la<br />

puntuación <strong>de</strong> los parámetros <strong>de</strong> calidad. En tal sentido, cabe <strong>de</strong>stacar que Sólo Murcia bajaría un puesto en<br />

su puntuación por parámetros. La Web <strong>de</strong> Alcantarilla, si sufre una valoración más baja en su medición por<br />

parámetros <strong>de</strong> calidad, bajando al puesto 8. La Web <strong>de</strong> Torre Pacheco, también ha <strong>de</strong>scendido y se encuentra<br />

tres puestos más abajo. Ahora bien, en ambos casos se trata <strong>de</strong> webs <strong>de</strong> reciente creación.<br />

5. CONCLUSIONES<br />

En el presente estudio se <strong>de</strong>fine un índice <strong>de</strong> evaluación <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> sitios web pertenecientes a la<br />

administración pública local o <strong>de</strong> carácter municipal, que integra aportaciones <strong>de</strong> estudios anteriores y<br />

recomendaciones <strong>de</strong> otros estudios <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la perspectiva empresarial o general. El mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>fine 6 categorías<br />

<strong>de</strong> calidad que integran 68 factores o elementos y que han sido oportunamente pon<strong>de</strong>rados para mejorar la<br />

eficiente <strong>de</strong> medida <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo. Estas dimensiones son: accesibilidad, navegabilidad, empatía,<br />

aseguramiento, servicios <strong>de</strong>l ayuntamiento e información <strong>de</strong>l municipio. La eficiencia científica <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo<br />

queda <strong>de</strong>mostrada a través <strong>de</strong> su aplicación empírica al estudio <strong>de</strong> las 15 web´s analizadas, ya que permite<br />

establecer diferencias significativas entre ellas, sobre todo, entre los dos primeros sitios web por or<strong>de</strong>n <strong>de</strong><br />

puntuación, a saber, Cartagena y Murcia y con respecto al resto. A<strong>de</strong>más el estudio ha permitido <strong>de</strong>terminar<br />

fortalezas y <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> las webs analizadas. Ninguna <strong>de</strong> ellas llega a la puntuación máxima. Des<strong>de</strong> una<br />

perspectiva más pragmática, el estudio empírico muestra una serie <strong>de</strong> conclusiones que <strong>de</strong> forma resumida<br />

comentamos a continuación. Tras la aplicación <strong>de</strong> los 68 Parámetros <strong>de</strong> Calidad a las 15 Web’s <strong>de</strong> nuestra<br />

muestra, hemos podido comprobar excepto en casos concretos como son en Alcantarilla y Torre Pacheco,<br />

que el número <strong>de</strong> habitantes es un dato relacionado positivamente con la calidad <strong>de</strong>l sitio web municipal<br />

(coeficiente correlación Pearson = 0,9587). Otro hecho a <strong>de</strong>stacar es que el Ayuntamiento <strong>de</strong> Murcia a pesar<br />

<strong>de</strong> tener el doble <strong>de</strong> población que Cartagena, ofrece a través <strong>de</strong> la red menor número <strong>de</strong> servicios on-line.<br />

También cabe <strong>de</strong>stacar que son muy pocos los ayuntamientos que hoy día ofrecen servicios <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong><br />

documentos a través <strong>de</strong> la red. Para finalizar, cabe <strong>de</strong>stacar que preten<strong>de</strong>mos en un futuro inmediato aplicar<br />

el índice <strong>de</strong> evaluación propuesto a una muestra mayor <strong>de</strong> web´s, que nos permita un estudio empírico <strong>de</strong><br />

carácter cuantitativo que corrobore las conclusiones <strong>de</strong>l actual y contraste la vali<strong>de</strong>z <strong>de</strong> la pon<strong>de</strong>ración<br />

estimada.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

GESTÃO DO ACOMPANHAMENTO DE ACTIVIDADES DE<br />

ALUNOS EM MUNDOS VIRTUAIS: ESTUDO<br />

EXPLORATÓRIO NO SECOND LIFE®<br />

Ricardo Antunes<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologia e Gestão <strong>de</strong> Leiria, Morro do Lena-Alto do Vieiro, Apartado 4163, 2411-901 Leiria,<br />

Portugal<br />

antunes@estg.ipleiria.pt<br />

Leonel Morgado; Paulo Martins<br />

GECAD – Grupo <strong>de</strong> Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Dep. Engenharias, Apartado 1013, 5001-801 Vila Real, Portugal<br />

leonelm@utad.pt; pmartins@utad.pt<br />

Benjamim Fonseca<br />

CETAV – Centro <strong>de</strong> Estudos Tecnológicos, do Ambiente e da Vida<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto douro, Dep. Engenharias, Apartado 1013,5001-801 Vila Real, Portugal<br />

benjaf@utad.pt<br />

RESUMO<br />

Os sistemas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> aprendizagem utilizados pelas instituições <strong>de</strong> ensino para gerir o processo <strong>de</strong> ensinoaprendizagem<br />

dispõem <strong>de</strong> várias funcionalida<strong>de</strong>s que permitem a gestão e apoio às activida<strong>de</strong>s dos alunos. Este apoio é<br />

distinto consoante as activida<strong>de</strong>s sejam realizadas no próprio sistema <strong>de</strong> gestão, on<strong>de</strong> é efectuado um registo das acções<br />

dos alunos (permitindo um acompanhamento mais próximo <strong>de</strong> cada um), ou fora do sistema <strong>de</strong> gestão.<br />

Um local fora do sistema <strong>de</strong> gestão que tem <strong>de</strong>spertado o interesse dos investigadores são os mundos virtuais. As<br />

activida<strong>de</strong>s neles realizadas não são registadas nos sistemas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> aprendizagem, mas a sê-lo permitiriam o<br />

respectivo acompanhamento, consi<strong>de</strong>rado essencial para uma educação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. De modo a conhecer melhor as<br />

características das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> programação realizadas em mundos virtuais passíveis <strong>de</strong> registo e gestão pelos<br />

ambientes <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> aprendizagem propôs-se a vários alunos a realização <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> programação num mundo<br />

virtual - o Second Life®. Neste artigo apresentamos resultados <strong>de</strong> observações realizadas relativamente às dificulda<strong>de</strong>s<br />

sentidas pelos docentes no acompanhamento dos alunos e apresentamos algumas propostas técnicas para a sua resolução.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Ambientes virtuais colaborativos; mundos virtuais; ambientes virtuais <strong>de</strong> aprendizagem.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Os sistemas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> aprendizagem (SGA), como por exemplo o Moodle (Moodle, 2007) ou o<br />

Blackboard (Blackboard Inc., 2007), tradicionalmente utilizados pelas instituições <strong>de</strong> ensino para gerir e<br />

apoiar o processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem, dispõem <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s que permitem o acompanhamento<br />

das activida<strong>de</strong>s e acções dos alunos para possibilitar aos professores um acompanhamento mais <strong>de</strong>las e<br />

diagnosticar problemas que possam surgir <strong>de</strong> forma a tomar medidas apropriadas (Mazza e Dimitrova, 2004).<br />

Por exemplo, no Moodle é efectuado o registo automático <strong>de</strong>talhado das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada alunos, tornando<br />

possível saber quem esteve ligado no sistema, o que fez e a respectiva data (Rice IV, 2006).<br />

Este tipo <strong>de</strong> registo só é efectuado no caso das activida<strong>de</strong>s dos alunos serem realizadas <strong>de</strong>ntro do SGA.<br />

Quando as activida<strong>de</strong>s são realizadas fora <strong>de</strong>le (por ex., a realização <strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong> programação), este<br />

po<strong>de</strong> ser utilizado para gerir os grupos <strong>de</strong> alunos e os ficheiros necessários à sua realização (por ex., o<br />

enunciado e ficheiros <strong>de</strong> recursos) e po<strong>de</strong> ainda registar as acções dos alunos <strong>de</strong>ntro do SGA (como o acesso<br />

272


ao enunciado ou a submissão do ficheiro final do trabalho), mas não são efectuados automaticamente<br />

quaisquer registos das acções realizadas fora do SGA que permitam ao professor o acompanhamento das<br />

activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sempenhadas pelos alunos. No entanto, o acompanhamento pelos professores das activida<strong>de</strong>s<br />

dos alunos é essencial para uma educação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> (Cotton, 1988; Zinn e Scheuer, 2006).<br />

Um dos locais externos ao SGA on<strong>de</strong> os alunos po<strong>de</strong>m realizar activida<strong>de</strong>s educativas são os mundos<br />

virtuais, área que tem vindo a <strong>de</strong>spertar o interesse <strong>de</strong> vários investigadores (Dickey, 2003; Janzen, 2007).<br />

Estes são espaços tridimensionais povoados por representações virtuais dos seus utilizadores, <strong>de</strong>nominadas<br />

“avatares”. Através dos avatares, os utilizadores realizam acções no espaço virtual: comunicar, criar e<br />

manipular objectos, mover-se pelo mundo virtual, e interagir com objectos ou outros utilizadores.<br />

Os mundos virtuais que oferecem aos utilizadores a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar o próprio conteúdo interactivo e<br />

suportam o uso <strong>de</strong> programação para <strong>de</strong>senvolver comportamentos e soluções automatizadas internas são<br />

particularmente interessantes para a realização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino da programação no ensino superior<br />

(Antunes et al., 2006; Esteves et al., 2006). Neste sentido, os ambientes <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> aprendizagem po<strong>de</strong>rão<br />

ser úteis para efectuar a gestão dos recursos disponibilizados bem como o registo das acções dos alunos<br />

durante a realização das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro dos mundos virtuais (Antunes et al., 2006).<br />

Para conhecer melhor as características das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> programação realizadas em mundos virtuais<br />

passíveis <strong>de</strong> serem registadas e geridas pelos ambientes <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> aprendizagem, com vista a uma<br />

posterior ligação entre estes dois tipos <strong>de</strong> sistemas, foi realizado durante o segundo semestre do ano lectivo<br />

2006/2007 um estudo exploratório on<strong>de</strong> foi proposto a um grupo <strong>de</strong> alunos a realização <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong><br />

programação no mundo virtual Second Life.<br />

Na próxima secção apresentamos o estudo exploratório realizado e a análise dos resultados obtidos. Por<br />

último são apresentadas as conclusões e indicadas propostas para resolução dos problemas encontrados.<br />

2. ESTUDO EXPLORATÓRIO<br />

As activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos alunos <strong>de</strong>correram ao longo do segundo semestre do ano lectivo<br />

2006/2007 e envolveram 9 alunos do curso <strong>de</strong> Informática da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />

(UTAD), das disciplinas <strong>de</strong> Laboratório I, do 1º ano curricular e Laboratório III, do 2º ano curricular.<br />

Os alunos <strong>de</strong>senvolveram livremente os seus projectos <strong>de</strong> acordo com as suas disponibilida<strong>de</strong>s horárias e<br />

nos locais que acharam mais convenientes, reunindo-se com os professores durante duas horas por semana<br />

<strong>de</strong>ntro do SL. Nessas sessões semanais os professores constataram os <strong>de</strong>senvolvimentos entretanto<br />

alcançados pelos alunos, esclareceram as dúvidas dos alunos e acompanharam o <strong>de</strong>senvolvimento dos<br />

projectos no tempo restante <strong>de</strong> cada sessão.<br />

2.1 Projectos Propostos<br />

No início do semestre foram <strong>de</strong>finidos três projectos distintos pelos professores para <strong>de</strong>senvolvimento por<br />

grupos <strong>de</strong> 2 alunos. Um projecto, <strong>de</strong>stinado aos alunos <strong>de</strong> Laboratório I, consistiu na criação <strong>de</strong> um animal <strong>de</strong><br />

estimação (um cão) capaz <strong>de</strong> seguir o dono e executar as suas or<strong>de</strong>ns. Dois projectos que os alunos pu<strong>de</strong>ram<br />

escolher, <strong>de</strong>stinados aos alunos <strong>de</strong> Laboratório III, foram a criação <strong>de</strong> 4 robôs capazes <strong>de</strong> comunicar entre si e<br />

executar or<strong>de</strong>ns do dono, e a construção <strong>de</strong> um comboio e respectivas estações, on<strong>de</strong> as estações<br />

comunicavam com o comboio para efectuar pedidos <strong>de</strong> vários tipos <strong>de</strong> recursos e o comboio <strong>de</strong>slocava-se<br />

entre as várias estações para satisfazer os pedidos.<br />

Em todos os projectos propostos os alunos criaram os objectos no Second Life e programaram os<br />

comportamentos através da linguagem <strong>de</strong> script suportada – o LSL (LSL Wiki, s.d.).<br />

2.2 Observações Efectuadas<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Do acompanhamento realizado, constataram-se duas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> índole geral: disponibilizar aos alunos<br />

no inicio do semestre os enunciados dos projectos; e registar as presenças dos alunos nas sessões semanais.<br />

Os alunos menos habituados a <strong>de</strong>senvolvimento autónomo necessitaram <strong>de</strong> acompanhamento mais próximo e<br />

à <strong>de</strong>composição dos projectos em etapas: os professores forneceram exemplos que os alunos tentaram<br />

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compreen<strong>de</strong>r e adaptar a cada etapa (por ex., por um objecto a mover-se). Nesta <strong>de</strong>composição, seria útil um<br />

mecanismo <strong>de</strong> gestão e do fornecimento <strong>de</strong> exemplos, e informação sobre a etapa em que cada aluno se situa.<br />

No processo <strong>de</strong> acompanhamento próximo surgiram algumas dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação entre os<br />

alunos e professores no esclarecimento <strong>de</strong> dúvidas através do chat suportado pelo SL. Como este canal é<br />

partilhado entre os utilizadores e os objectos criados para mostrar mensagens, um utilizador ao <strong>de</strong>senvolver<br />

um script facilmente inundar este canal <strong>de</strong> comunicação com mensagens in<strong>de</strong>sejadas misturando-as com as<br />

dúvidas colocadas por outros utilizadores. Por exemplo, na figura 1 po<strong>de</strong>m ver-se algumas mensagens<br />

originadas por objectos (Object, ALF2, White) juntamente com outras mensagens dos utilizadores. Este<br />

problema po<strong>de</strong> ser minimizado através do mecanismo do SL que permite ignorar as mensagens <strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>terminado emissor, no entanto seria <strong>de</strong>sejável que as mensagens pu<strong>de</strong>ssem ser armazenadas para uma<br />

consulta posterior. Desta forma po<strong>de</strong>riam ser consultadas por alunos com dúvidas idênticas e permitiriam a<br />

análise posterior dos outputs dos programas <strong>de</strong>senvolvidos. De igual modo po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar útil criar uma<br />

forma <strong>de</strong> registo das acções que os alunos efectuam durante as activida<strong>de</strong>s, para posterior reprodução,<br />

possibilitando assim aos docentes observar o percurso seguido pelos alunos e assim ter uma melhor<br />

percepção das dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas e actuar em conformida<strong>de</strong>.<br />

Como os alunos pu<strong>de</strong>ram <strong>de</strong>senvolver os seus trabalhos fora das sessões semanais <strong>de</strong> acompanhamento,<br />

apenas na sessão seguinte é que expunham aos professores as dificulda<strong>de</strong>s sentidas e o que já tinham feito.<br />

Para um melhor acompanhamento por parte dos professores seria útil dispor <strong>de</strong> um mecanismo que<br />

informasse o que os alunos fizeram ao longo da semana (por ex., em qual ou quais etapas o aluno esteve a<br />

trabalhar), e, como referido anteriormente, efectuasse o registo das acções <strong>de</strong>sempenhadas em cada etapa<br />

(por ex., objectos criados, scripts <strong>de</strong>senvolvidos).<br />

Figura 1. Exemplo <strong>de</strong> uma sessão <strong>de</strong> acompanhamento e janela <strong>de</strong> diálogos.<br />

Para a entrega dos trabalhos dos alunos, o SL não dispõe da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exportar os objectos para<br />

ficheiros externos. Neste caso, os professores têm <strong>de</strong> consultar os trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos <strong>de</strong>ntro do SL<br />

sendo necessário os alunos indicarem qual o objecto que correspon<strong>de</strong> ao estado actual do seu trabalho. Na<br />

figura 2 po<strong>de</strong> observar-se a existência <strong>de</strong> vários trabalhos dos alunos espalhados pelo chão reflectindo várias<br />

tentativas <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> um projecto.<br />

274


Figura 2. Exemplo da construção <strong>de</strong> objectos pelos alunos.<br />

Para além da indicação do objecto do trabalho é necessário que cada grupo partilhe com os professores os<br />

seus objectos e scripts. Esta tarefa é realizada através <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> permissões que <strong>de</strong>vem ser dadas a<br />

cada trabalho pelos autores. Constatámos a dificulda<strong>de</strong> no ambiente SL <strong>de</strong> gerir a atribuição <strong>de</strong>stes<br />

privilégios por parte dos professores. Por esse motivo existiram várias situações em que foi necessário alertar<br />

os alunos para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> configurar correctamente as permissões impossibilitando a sua resolução<br />

imediata pelos professores (por ex., um aluno que envia ao professores um objecto mas não lhe confere<br />

permissões <strong>de</strong> acesso aos scripts impossibilitando-os <strong>de</strong> ver o código pretendido).<br />

Para ultrapassar este último problema foi implementada uma caixa <strong>de</strong> entrega <strong>de</strong> trabalhos (vd figura 3).<br />

Esta caixa verifica automaticamente se as permissões dadas aos trabalhos pelos alunos estão correctas: em<br />

caso negativo rejeita a entrega e informa a causa ao aluno, e em caso afirmativo, guarda o trabalho e efectua<br />

o registo da i<strong>de</strong>ntificação do trabalho, do aluno, e da data <strong>de</strong> entrega num servidor Web exterior ao SL.<br />

Esta implementação permitiu-nos ainda testar e implementar a comunicação do SL com o exterior através<br />

do protocolo HTTP, como primeiro passo no sentido <strong>de</strong> alcançar a interligação com os SGA para<br />

implementação <strong>de</strong> soluções que permitam dar resposta aos problemas encontrados.<br />

Figura 3. Caixa <strong>de</strong> entrega <strong>de</strong> trabalhos dos alunos.<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

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3. CONCLUSÕES E TRABALHO FUTURO<br />

Este estudo exploratório permitiu i<strong>de</strong>ntificar alguns aspectos no processo ensino-aprendizagem que po<strong>de</strong>m<br />

ser geridos pelos SGA nomeadamente: a disponibilização <strong>de</strong> enunciados e ficheiros <strong>de</strong> apoio às activida<strong>de</strong>s; a<br />

gestão dos grupos <strong>de</strong> alunos e a sua assiduida<strong>de</strong>; e a gestão das etapas dos projectos que se revelaram<br />

necessárias para os alunos iniciantes.<br />

Foi sentida ainda a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> efectuar o registo tanto dos <strong>de</strong>senvolvimentos dos alunos (objectos e<br />

scripts) e das mensagens envolvidas no seu <strong>de</strong>senvolvimento (mensagens trocadas entre utilizadores e<br />

mensagens geradas pelos objectos) <strong>de</strong> modo a permitir a análise da evolução dos alunos e a i<strong>de</strong>ntificar<br />

possíveis dificulda<strong>de</strong>s sentidas pelos alunos para que seja possível um melhor acompanhamento e apoio.<br />

Após este estudo consi<strong>de</strong>ra-se importante efectuar outros que permitam, não só, reforçar as observação<br />

efectuadas, como i<strong>de</strong>ntificar outras relevantes para o acompanhamento dos alunos.<br />

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437-451<br />

276


PROJECTO DE APLICAÇÃO EM INTERNET PARA APOIO<br />

À DECISÃO NA REGA POR GRAVIDADE<br />

André Pereira Muga<br />

Centro <strong>de</strong> Estudos <strong>de</strong> Engenharia Rural (CEER)<br />

Instituto Superior <strong>de</strong> Agronomia, Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa (ISA/UTL), 1349-017 Lisboa<br />

apmuga@apmuga.com<br />

José Manuel Gonçalves<br />

Centro <strong>de</strong> Estudos <strong>de</strong> Engenharia Rural,<br />

ISA/UTL, 1349-017 Lisboa<br />

Escola Superior Agrária <strong>de</strong> Coimbra, 3040-316 Coimbra<br />

jmmg@esac.pt<br />

RESUMO<br />

Foi <strong>de</strong>senvolvido e aplicado em diversos países um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão baseado numa aplicação cliente-servidor,<br />

intitulado SADREG para apoiar agricultores, técnicos e gestores. O carácter stand-alone da aplicação actual limita o seu<br />

uso, surgindo a aplicação pela Internet como uma via <strong>de</strong> disponibilização eficiente da aplicação para um alargado número<br />

<strong>de</strong> utilizadores, em especial nas áreas do globo menos <strong>de</strong>senvolvidas e <strong>de</strong> maior escassez <strong>de</strong> água. Apresenta-se um<br />

projecto <strong>de</strong> concepção da aplicação para Internet <strong>de</strong>screvendo-se a estratégia e os procedimentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Será constituída por dois módulos, a aplicação Web e o motor <strong>de</strong> simulação. O <strong>de</strong>senvolvimento será realizado utilizando<br />

a Framework .Net da Microsoft, permitindo um alto reaproveitamento do código já existente. Nas bases <strong>de</strong> dados<br />

operacionais e <strong>de</strong> simulação será utilizado o SQLServer permitindo concorrência entre os vários utilizadores em ligação<br />

simultânea. O sistema disponiliza também uma interface WebService para integração com outros sistemas e uma interface<br />

Web reduzida para uso em sistemas portáveis e limitados, como PDA, para um uso prático no terreno.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão; rega por gravida<strong>de</strong>; aplicação para Internet no projecto <strong>de</strong> rega.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Os sistemas <strong>de</strong> rega por gravida<strong>de</strong> são usados em muitos países, principalmente nas áreas tradicionais da<br />

prática do regadio, a qual compreen<strong>de</strong> à escala global mais <strong>de</strong> 90% da área regada. O <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>stes<br />

sistemas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> diversos factores, tais como a infiltrabilida<strong>de</strong> do solo, o nivelamento <strong>de</strong> terras, a<br />

dimensão e <strong>de</strong>clive das parcelas, o sistema <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> água, a frequência das regas e os caudais<br />

aplicados. A varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aspectos que <strong>de</strong>terminam o <strong>de</strong>sempenho dos sistemas torna o projecto da rega num<br />

processo algo complexo em que a experiência e conhecimento dos agricultores frequentemente não permite<br />

solucionar eficazmente os problemas. Esta complexida<strong>de</strong> torna os problemas a<strong>de</strong>quados para aplicar análise<br />

multicritério na selecção das alternativas, quando se preten<strong>de</strong> poupar água e incrementar a sua produtivida<strong>de</strong>,<br />

respeitando critérios económicos e ambientais. Foi <strong>de</strong>senvolvido um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão (SAD),<br />

baseado numa aplicação cliente-servidor, para o projecto e planeamento <strong>de</strong> rega por gravida<strong>de</strong>, intitulado<br />

SADREG (Gonçalves et al. 2006a; 2007), para apoiar agricultores, técnicos e gestores, alargando o leque <strong>de</strong><br />

soluções em análise e aprofundando a sua avaliação através do recurso a base <strong>de</strong> dados e a mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

simulação matemática. Este sistema foi testado e aplicado em diversos países e para uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

métodos e práticas, em diversas condições económicas e ambientais.<br />

O carácter stand-alone da aplicação informática actual limita o seu uso, surgindo a aplicação pela Internet<br />

como uma via <strong>de</strong> disponibilização eficiente duma aplicação informática que se reveste <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> interesse<br />

prático. Os potenciais utilizadores são agricultores e técnicos agrícolas responsáveis no âmbito <strong>de</strong> estudos <strong>de</strong><br />

277


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

mo<strong>de</strong>rnização do regadio, em planeamento e projecto agrícola, e responsáveis pela gestão da água em<br />

empreendimentos colectivos <strong>de</strong> distribuição, em especial nas áreas do globo menos <strong>de</strong>senvolvidas e <strong>de</strong> maior<br />

escassez <strong>de</strong> água. A aplicação em Internet permite disponibilizar o SAD através das suas bases <strong>de</strong> dados e <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> simulação, facilitando a partilha <strong>de</strong> informação. O objectivo <strong>de</strong>sta comunicação é apresentar um<br />

projecto <strong>de</strong> concepção duma aplicação informática para colocar o SADREG na Internet, <strong>de</strong>screvendo a<br />

estratégia e os procedimentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. E também uma proposta dos procedimentos para a<br />

implementação e manutenção <strong>de</strong>sta aplicação e o apoio aos utilizadores.<br />

2. SISTEMA DE APOIO À DECISÃO E APLICAÇÃO EM INTERNET<br />

O SADREG é aplicado a parcelas <strong>de</strong> terreno rectangulares, com solo uniforme e on<strong>de</strong> se pratica uma<br />

qualquer cultura. Compreen<strong>de</strong> uma componente <strong>de</strong> concepção, que aplica os dados <strong>de</strong> base relativos à área <strong>de</strong><br />

aplicação e gera alternativas segundo uma directriz estabelecida pelo utilizador, através <strong>de</strong> opções <strong>de</strong> projecto<br />

e <strong>de</strong> nivelamento <strong>de</strong> terras, e efectua a respectiva avaliação <strong>de</strong> impactes; e uma componente <strong>de</strong> selecção,<br />

baseada numa análise multicritério, integrando diferentes pontos <strong>de</strong> vista na apreciação das alternativas,<br />

nomeadamente socio-económicos e ambientais. O utilizador, o agente <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, participa em todas as fases<br />

do processo, como um projectista na fase <strong>de</strong> concepção, <strong>de</strong>finindo opções <strong>de</strong> cálculo, e como gestor na <strong>de</strong><br />

selecção, expressando preferências e priorida<strong>de</strong>s. Foi aplicado no Baixo-Mon<strong>de</strong>go, Portugal (Gonçalves et<br />

al., 1999), num estudo <strong>de</strong> avaliação e optimização das condições <strong>de</strong> rega nas áreas beneficiadas pelo<br />

emparcelamento, e na bacia do Rio Amarelo, China (Gonçalves et al. 2003), num projecto para poupança <strong>de</strong><br />

água e <strong>de</strong> conservação do solo <strong>de</strong>vido ao problema da salinização. Foi aplicado na Bacia do Mar <strong>de</strong> Aral,<br />

vale <strong>de</strong> Fergana, no Uzbequistão (Gonçalves et al., 2005a) para efeito <strong>de</strong> formulação e avaliação <strong>de</strong> cenários<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento do regadio, numa área on<strong>de</strong> é prioritária a poupança da água na agricultura, sendo<br />

feita uma ligação a um sistema <strong>de</strong> informação geográfica (Gonçalves et al., 2005b). Finalmente, foi também<br />

aplicado na bacia do Rio Eufrates, Síria (Darouich et al. 2007), num programa <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento rural e <strong>de</strong><br />

melhoria das condições <strong>de</strong> regadio.<br />

A actual versão do SADREG (stand alone) aplica uma arquitectura por camadas, incluindo i) a interface<br />

com o utilizador, a qual está separada da aplicação lógica e apenas responsável pela interacção com o<br />

utilizador; ii) a lógica e <strong>de</strong> simulação, responsável pelos processos <strong>de</strong> lógica da aplicação, fazendo também a<br />

ligação com o motor <strong>de</strong> simulação; iii) a base <strong>de</strong> dados, responsável pelo armazenamento e consulta dos<br />

dados, concentrando toda a informação necessária e criada pela aplicação. A in<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong>stas três<br />

camadas permite alterar a base e o motor <strong>de</strong> dados sem alterar a aplicação. É utilizada tecnologia ODBC<br />

aplicando o Microsoft Access sempre que o volume <strong>de</strong> dados seja reduzido, ou o Microsoft SqlServer quando<br />

este volume for muito elevado, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes pretendido no registo da simulação. A base<br />

<strong>de</strong> dados é relacional e foi normalizada até à terceira forma normal. Na codificação optou-se por uma<br />

metodologia <strong>de</strong> simulação orientada ao evento. Em primeiro lugar faz-se a inicialização do motor <strong>de</strong><br />

simulação. Após criar-se uma lista <strong>de</strong> acções a realizar, entra-se num ciclo que irá ocorrer enquanto houver<br />

eventos para tratar, ou até um instante preestabelecido para tal. O processo terminará quando estiverem<br />

satisfeitas as condições <strong>de</strong> fecho do ciclo. É usado o Microsoft Visual Basic 6 para o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

interface gráfico e do simulador e o Microsoft Visual C++ 6 em alguns módulos <strong>de</strong> cálculo.<br />

A passagem da aplicação actual para operar na Internet implica uma alteração <strong>de</strong> raiz da arquitectura<br />

actual dado adoptar-se um paradigma diferente. Enquanto que na aplicação stand alone o software<br />

(<strong>de</strong>signado como Rich-Client) controla os passos e as interacções do utilizador, numa aplicação orientada<br />

para a Internet (usando um Thin-Client, como o exemplo do navegador Internet Explorer), em que a<br />

aplicação é instalada no servidor, o software é controlado pelo cliente não havendo garantia <strong>de</strong> que o<br />

utilizador segue o fluxo <strong>de</strong> operações como seria esperado. Neste caso, a aplicação <strong>de</strong>senvolvida para a<br />

Internet fica alojada num servidor. Tal facto leva a que seja necessário pré-estabelecer do lado do cliente uma<br />

lista or<strong>de</strong>nada <strong>de</strong> tarefas para enviar ao servidor. Este processa as tarefas, pela or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> chegada, isolado <strong>de</strong><br />

possíveis erros <strong>de</strong> ligação ou <strong>de</strong> operação do utilizador. Após finalizados os cálculos, o servidor armazena os<br />

resultados na base <strong>de</strong> dados e notifica o utilizador da disponibilida<strong>de</strong> dos mesmos por intermédio <strong>de</strong> uma<br />

aplicação Web a consulta do resultado. De referir que a informação apresentada ao utilizador está<br />

armazenada na base <strong>de</strong> dados, pelo que uma quebra <strong>de</strong> ligação ao servidor não implica a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nova<br />

simulação.<br />

278


No <strong>de</strong>senvolvimento para a Internet há um notável ganho <strong>de</strong> flexibilida<strong>de</strong>, permitindo alargar o universo<br />

<strong>de</strong> utilizadores do SAD. Os benefícios da sua utilização po<strong>de</strong>rão ser alargados, nomeadamente por técnicos<br />

<strong>de</strong> rega <strong>de</strong> diversos países, sendo portanto um contributo para uma melhor prática da rega por gravida<strong>de</strong>,<br />

através da melhoria dos procedimentos <strong>de</strong> projecto. A utilização <strong>de</strong> um servidor para alojar a aplicação e a<br />

base <strong>de</strong> dados tem duas vantagens principais: o utilizador ao simular o seu projecto enriquece a base <strong>de</strong> dados<br />

com nova informação; e permite cruzar informação entre diferentes utilizadores. Isto acresce a potencialida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> o utilizador po<strong>de</strong>r comparar o seu projecto com projectos <strong>de</strong>senvolvidos por outros utilizadores para<br />

condições semelhantes. O uso da Web para o projecto <strong>de</strong> rega facilita a obtenção <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> projecto a<br />

fontes alternativas disponibilizadas por diversas instituições (por exemplo, dados climáticos fornecidos pelo<br />

SNIRH (http://snirh.pt/)) ou <strong>de</strong> outras aplicações (Mateus et al, 2007; Branco et al, 2005).<br />

3. CONCEPÇÃO DE APLICAÇÃO PARA INTERNET<br />

A aplicação SADREG para Internet, actualmente em fase <strong>de</strong> projecto, será constituída por dois módulos, a<br />

aplicação Web e o motor <strong>de</strong> simulação. A aplicação Web será a interface visível pelo utilizador, recolhendo<br />

dados, mostrando resultados (numéricos e gráficos) e servindo <strong>de</strong> interface com o motor <strong>de</strong> simulação. Este<br />

terá como base componentes da versão actual SADREG, utilizando a sua base <strong>de</strong> conhecimento e <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />

matemáticos, embora com as necessárias alterações para po<strong>de</strong>r correr como servidor (ver Figura 1).<br />

Figura 1. Arquitectura abstracta do sistema.<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O utilizador não interage directamente com o motor <strong>de</strong> simulação já que este po<strong>de</strong> <strong>de</strong>morar algum tempo<br />

para completar as operações requeridas. O utilizador lança um pedido <strong>de</strong> simulação, que fica registado numa<br />

lista <strong>de</strong> espera. Assim que o motor <strong>de</strong> simulação tiver disponibilida<strong>de</strong>, retira o pedido da lista <strong>de</strong> espera e<br />

processa-o. Quando concluído, são registado os resultados na base <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> simulação, sendo o utilizador<br />

notificado do resultado, passando os resultados disponíveis na aplicação Web. O <strong>de</strong>senvolvimento será<br />

realizado utilizando a Framework .Net da Microsoft, permitindo um alto reaproveitamento do código já<br />

existente. Nas bases <strong>de</strong> dados operacionais e <strong>de</strong> simulação será utilizado o SQLServer permitindo<br />

concorrência entre os vários utilizadores em ligação simultânea. O sistema disponibiliza também uma<br />

interface WebService para integração com outros sistemas e uma versão da aplicação Web reduzida para uso<br />

em sistemas portáveis e limitados, como PDA, para um uso prático no terreno.<br />

O servidor será constituído por quatro módulos (Comunicações, Lógica, Simulação e Abstracção <strong>de</strong><br />

dados). O módulo <strong>de</strong> Comunicação que será responsável pela interface com as aplicações Web utilizando<br />

TCP/IP como meio <strong>de</strong> transporte, o módulo <strong>de</strong> abstracção <strong>de</strong> dados para isolar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> dados <strong>de</strong><br />

optimizações e alterações, o módulo <strong>de</strong> Lógica responsável pelo controlo <strong>de</strong> execução e respectivo fluxo <strong>de</strong><br />

dados e o módulo <strong>de</strong> Simulação responsável pela computação dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> simulação. Cada módulo do<br />

servidor será criado por reflexão, uma funcionalida<strong>de</strong> da Framework .Net, que permite inserções e<br />

actualizações dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> simulação sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alteração e compilação do restante código.<br />

O plano <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento inicia-se pela criação do motor <strong>de</strong> simulação. Assim que esteja estabilizado<br />

e <strong>de</strong>finida a respectiva interface, inicia-se o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da aplicação Web que servirá <strong>de</strong><br />

suporte para testes e validações do motor <strong>de</strong> simulação. Neste ponto teremos um sistema funcional,<br />

permitindo assim passar para a versão reduzida dos utilizadores, como também a interface Webservice que<br />

279


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

servirá <strong>de</strong> suporte para integração com outros sistemas. Serão instalados serviços adicionais tais como<br />

informações sobre equipamentos <strong>de</strong> rega e sobre boas práticas para a gestão da rega.<br />

4. CONCLUSÃO<br />

A aplicação SADREG em Internet, em fase <strong>de</strong> projecto, será constituída por dois módulos, a aplicação Web e<br />

o motor <strong>de</strong> simulação. O <strong>de</strong>senvolvimento será realizado utilizando a Framework .Net da Microsoft,<br />

permitindo um alto reaproveitamento do código já existente. Nas bases <strong>de</strong> dados operacionais e <strong>de</strong> simulação<br />

será utilizado o SQLServer permitindo concorrência entre os vários utilizadores em ligação simultânea. O<br />

sistema disponibiliza também uma interface WebService para integração com outros sistemas e uma versão<br />

da aplicação Web reduzida para uso em sistemas portáteis e limitados, como PDA, para um uso prático no<br />

terreno. A abordagem adoptada permite uma maior qualida<strong>de</strong> na oferta do serviço aos utilizadores, evitando<br />

processos <strong>de</strong> instalação morosos e uma maior versatilida<strong>de</strong> e integração com futuras aplicações e serviços.<br />

AGRADECIMENTO<br />

Agra<strong>de</strong>ce-se a colaboração do Eng. Rui Branco e Eng. Pedro Mateus, do Centro <strong>de</strong> Estudos <strong>de</strong> Engenharia<br />

Rural (ISA/UTL), pelas sugestões e revisão do texto.<br />

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C. Boglioti, M. Todorovic, A. Scardigno (Eds.) Water Saving in Mediterranean Agriculture & Future Research<br />

Needs, Options Mediterranéennes, Série B, 56, vol.I: 303-317.<br />

Thuan L. T. & Hoang, L., 2003. .NET Framework Essentials. O'Reilly.<br />

280


AQUISIÇÃO E TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO DE<br />

LOCALIZAÇÃO PARA SUPORTE A APLICAÇÕES<br />

SENSÍVEIS AO CONTEXTO<br />

Edgar Silva, Marco Liberato, Hugo Pare<strong>de</strong>s, Alberto Vasconcelos, António Costa<br />

UTAD – Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />

Dep. Engenharias, Quinta <strong>de</strong> Prados, Apartado 1013, 5001-801 Vila Real, Portugal<br />

centoe100@hotmail.com, edgarfsilva@portugalmail.com, {hpare<strong>de</strong>s, albertov, acosta}@utad.pt<br />

João Barroso, Paulo Martins<br />

GECAD – Grupo <strong>de</strong> Investigação em Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão<br />

Dep. Engenharias – UTAD, Quinta <strong>de</strong> Prados, Apartado 1013, 5001-801 Vila Real, Portugal<br />

{jbarroso, pmartins}@utad.pt<br />

RESUMO<br />

A diversida<strong>de</strong> nas fontes <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> informação <strong>de</strong> localização, bem como um tratamento a<strong>de</strong>quado, são actualmente<br />

uma necessida<strong>de</strong> crescente para o suporte consistente a aplicações sensíveis ao contexto, nas quais a informação <strong>de</strong><br />

localização dos utilizadores <strong>de</strong>sempenha um papel <strong>de</strong>terminante. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> plataformas <strong>de</strong> localização e a<br />

optimização e carregamento dinâmico <strong>de</strong> algoritmos <strong>de</strong> localização permitem a criação <strong>de</strong> serviços muito úteis,<br />

nomeadamente a localização <strong>de</strong> utilizadores numa re<strong>de</strong> Wi-Fi, acarretando enormes benefícios para o nosso dia-a-dia.<br />

Este tipo <strong>de</strong> ferramentas, dão-nos a hipótese <strong>de</strong> localizar utilizadores numa <strong>de</strong>terminada infra-estrutura coberta por<br />

diferentes tipos <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s, assim como, numa fase mais evoluída, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inserir utilizadores no ambiente que os<br />

ro<strong>de</strong>ia. De forma a po<strong>de</strong>rmos interagir <strong>de</strong> modo mais imediato e directo com a localização <strong>de</strong> utilizadores foi criada uma<br />

infra-estrutura <strong>de</strong> testes <strong>de</strong> apoio e uma plataforma que apesar <strong>de</strong> genérica, está neste momento em fase <strong>de</strong> testes para<br />

re<strong>de</strong>s Wi-Fi. Esta infra-estrutura é composta por um servidor que confere tanto autenticação como segurança aos<br />

utilizadores da re<strong>de</strong>, através da implementação da norma 802.1x. A plataforma criada sobre esta infra-estrutura, não só é<br />

capaz <strong>de</strong> fornecer serviços <strong>de</strong> localização em vários ambientes assim como a sua concepção permite dar resposta <strong>de</strong><br />

forma eficiente a questões como segurança dos dados, políticas <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong> dos utilizadores e modularida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

expansão em relação a diversos adaptadores <strong>de</strong> entrada <strong>de</strong> informação no sistema. O facto da tecnologia criada ser<br />

adaptável a qualquer ambiente é <strong>de</strong> extrema importância, já que é pouco viável para qualquer organização mudar os seus<br />

hábitos e meios físicos para po<strong>de</strong>r implementar uma solução <strong>de</strong>ste tipo.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Wi-Fi, Serviços <strong>de</strong> Localização<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma plataforma <strong>de</strong> localização <strong>de</strong> utilizadores sobre a infra-estrutura física da re<strong>de</strong><br />

Wi-Fi da UTAD (Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro), no âmbito <strong>de</strong> um projecto anterior<br />

[Martins, 2006], <strong>de</strong>u-nos a possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> explorar novas capacida<strong>de</strong>s nomeadamente, na criação <strong>de</strong> novos<br />

adaptadores que permitem a aquisição <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> outras fontes além das já implementadas assegurando<br />

<strong>de</strong>ste modo a obtenção <strong>de</strong> mais informação <strong>de</strong> localização.<br />

Sabendo-se que a plataforma <strong>de</strong>senvolvida anteriormente permite obter alguns resultados <strong>de</strong> localização,<br />

em particular o AP (Access Point) ao qual um <strong>de</strong>terminado utilizador está ligado. Neste âmbito, foi<br />

<strong>de</strong>senvolvida uma infra-estrutura <strong>de</strong> testes, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da re<strong>de</strong> Wi-Fi da UTAD, para a optimização <strong>de</strong><br />

algoritmos <strong>de</strong> localização, incluindo técnicas <strong>de</strong> tracking <strong>de</strong> utilizadores quando estes se encontram em<br />

roaming.<br />

281


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Para tal, a infra-estrutura <strong>de</strong> testes <strong>de</strong>senvolvida recentemente é composta por: um servidor, on<strong>de</strong> foi<br />

implementada a norma 802.1x [FCCN, 2004], que assegura a segurança e autenticação dos utilizadores, e<br />

APs através dos quais os utilizadores ace<strong>de</strong>m à re<strong>de</strong>.<br />

A plataforma <strong>de</strong>senvolvida, permitirá a recolha <strong>de</strong> informação que po<strong>de</strong>rá ser utilizada na localização <strong>de</strong><br />

utilizadores na re<strong>de</strong> e no suporte a aplicações que forneçam ao utilizador um conjunto <strong>de</strong> recursos<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do meio em que se encontra num <strong>de</strong>terminado momento, ou seja, a titulo <strong>de</strong> exemplo, a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um utilizador <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um museu po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>slocar-se com um PDA (Personal Digital<br />

Assistant) e sempre que chega perto <strong>de</strong> uma obra é-lhe apresentada informação respeitante à obra com base<br />

na localização <strong>de</strong>sse utilizador.<br />

A informação é obtida através <strong>de</strong> adaptadores que alimentam a plataforma e posteriormente fornecem<br />

dados às aplicações que funcionarão sobre ela, atingindo o principal objectivo que passa pela localização dos<br />

utilizadores na re<strong>de</strong> em que estão inseridos.<br />

Este artigo está organizado da seguinte forma: na Secção 2 é apresentada a arquitectura do sistema <strong>de</strong><br />

localização <strong>de</strong> utilizadores, expondo resumidamente os componentes do sistema e a sua estão organização; na<br />

Secção 3 introduz-se a infra-estrutura <strong>de</strong> testes <strong>de</strong>senvolvida evi<strong>de</strong>nciando as suas características,<br />

nomeadamente a sua adaptabilida<strong>de</strong> a diversas infra-estruturas e com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adquirir os dados dos<br />

utilizadores ligados através dos APs; na Secção 4 é introduzida a optimização e carregamento dinâmico <strong>de</strong><br />

algoritmos <strong>de</strong> localização, com a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> em qualquer momento sabermos a localização <strong>de</strong> utilizadores<br />

e mesmo a sua movimentação pela re<strong>de</strong>; na Secção 5 são apresentadas as conclusões <strong>de</strong>ste trabalho e as<br />

melhorias possíveis a <strong>de</strong>senvolver em trabalho futuro.<br />

2. PLATAFORMA DE LOCALIZAÇAO<br />

A plataforma <strong>de</strong> localização <strong>de</strong>senvolvida é capaz <strong>de</strong> fornecer serviços <strong>de</strong> localização <strong>de</strong> utilizadores num<br />

ambiente coberto por uma <strong>de</strong>terminada re<strong>de</strong>, como por exemplo, o caso mais usual como é a re<strong>de</strong> Wi-Fi.<br />

Po<strong>de</strong>rá fornecer informação relacionada com a localização <strong>de</strong> utilizadores a outras aplicações cliente sob a<br />

forma <strong>de</strong> serviços. A plataforma foi projectada para dar resposta <strong>de</strong> forma eficiente a questões como<br />

segurança dos dados, políticas <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong> dos utilizadores, modularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expansão em relação a<br />

diversos adaptadores <strong>de</strong> entrada <strong>de</strong> informação no sistema (Wi-Fi, RFID, GSM, GPS, etc.) [Adailton, 2004]<br />

[Caetano] e por último a diversos algoritmos <strong>de</strong> precisão <strong>de</strong> localização [Martins, 2006].<br />

282<br />

Figura 1. Estrutura da arquitectura do sistema<br />

Como se po<strong>de</strong> ver na Figura 1, a plataforma <strong>de</strong> localização é constituída por três grupos:<br />

1. Adaptadores <strong>de</strong> Aquisição <strong>de</strong> dados:<br />

• São responsáveis pela aquisição <strong>de</strong> informação relativa à localização <strong>de</strong> utilizadores e seus<br />

dispositivos.<br />

2. Plataforma <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> localização:<br />

• É on<strong>de</strong> está todo o processamento, armazenamento <strong>de</strong> dados e a disponibilização <strong>de</strong> serviços<br />

que po<strong>de</strong>m ser acedidos por aplicações cliente;<br />

• Inclui filtragem <strong>de</strong> informação <strong>de</strong>snecessária;


• Inclui políticas <strong>de</strong> autenticação e segurança <strong>de</strong> acesso à mesma;<br />

• Armazenamento <strong>de</strong> dados para utilização <strong>de</strong> aplicações cliente;<br />

• Diferentes serviços disponíveis sob a forma <strong>de</strong> Web Services.<br />

3. Aplicações Cliente:<br />

• Ace<strong>de</strong>m apenas aos serviços disponibilizados através <strong>de</strong> Web Services.<br />

Por fim, tendo em conta que a localização é explícita, ou seja, é feita na plataforma e não no dispositivo, a<br />

informação resultante dos dispositivos localizáveis é centralizada, sendo necessário a adopção <strong>de</strong> politicas e<br />

medidas <strong>de</strong> modo a salvaguardar a privacida<strong>de</strong> dos utilizadores e o acesso á informação por parte <strong>de</strong> pessoas<br />

cre<strong>de</strong>nciadas para tal.<br />

3. INFRA-ESTRUTURA DE TESTES<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A infra-estrutura <strong>de</strong> testes implementada foi pensada <strong>de</strong> modo a ser arquitecturalmente similar à re<strong>de</strong> Wi-Fi<br />

da UTAD, mas operando in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong>sta. A infra-estrutura <strong>de</strong> testes é composta por um servidor<br />

que confere tanto autenticação como segurança aos utilizadores da re<strong>de</strong>, através da implementação da norma<br />

802.1x. Nesta re<strong>de</strong> foram também colocados APs <strong>de</strong> modo a permitir a ligação dos utilizadores e o respectivo<br />

roaming <strong>de</strong> dispositivos wireless, ou seja, um utilizador que esta ligado à re<strong>de</strong> ao <strong>de</strong>slocar-se, ocorrerá a<br />

associação <strong>automática</strong> do seu dispositivo wireless ao AP mais próximo sem que a ligação termine. Esta infraestrutura<br />

permite testar e trabalhar <strong>de</strong> forma mais concreta com ligações reais <strong>de</strong> utilizadores na re<strong>de</strong>, tal<br />

como acontece em qualquer outra re<strong>de</strong> wireless.<br />

Esta re<strong>de</strong>, sendo in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, confere a possibilida<strong>de</strong> efectuar vários testes, nomeadamente testes <strong>de</strong><br />

autenticação e segurança, verificando a veracida<strong>de</strong> das ligações (se o utilizador está autorizado a ace<strong>de</strong>r aos<br />

serviços) garantindo a protecção dos seus dados ao longo do tempo em que se encontra conectado. Por outro<br />

lado, dá-nos a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rmos escolher o nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe <strong>de</strong> logs das informações provenientes<br />

dos APs, ou seja, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados a extrair que dizem respeito aos utilizadores e dispositivos, po<strong>de</strong>ndo<br />

aumentar ou não o nível <strong>de</strong> logs com objectivo <strong>de</strong> adquirir novos dados necessários para a optimização e<br />

concepção <strong>de</strong> algoritmos <strong>de</strong> localização cada vez mais precisos.<br />

Por fim, <strong>de</strong> forma a po<strong>de</strong>rmos adquirir dados dos utilizadores ligados necessitamos <strong>de</strong> adaptadores, para o<br />

caso <strong>de</strong> utilizadores estáticos e para o caso <strong>de</strong> utilizadores em roaming. Na situação em que os utilizadores se<br />

encontram em roaming, utilizamos o syslog e o netstruct. O syslog permite que os APs <strong>de</strong>bitem informação<br />

dos utilizadores ligados para o servidor periodicamente, isto é, <strong>de</strong>bitam informação em intervalos <strong>de</strong> tempo<br />

<strong>de</strong>finidos. Caso os APs não suportem tal tecnologia, mas suportem SNMP (Simple Network Management<br />

Protocol) [Cisco], é possível o débito <strong>de</strong> informação do AP através do netstruct. Ao contrário do syslog,<br />

neste caso, o AP só <strong>de</strong>bita informação quando inquirido para tal, isto é, há um pedido <strong>de</strong> informação<br />

referente aos dados dos utilizadores ao AP por parte do netstruct.<br />

4. OPTIMIZAÇÃO E CARREGAMENTO DINÂMICO DE ALGORITMOS<br />

DE LOCALIZAÇÃO<br />

Com a implementação da infra-estrutura <strong>de</strong> testes e a plataforma, o objectivo passa pela implementação <strong>de</strong><br />

algoritmos <strong>de</strong> localização po<strong>de</strong>ndo através <strong>de</strong>les obter uma localização mais específica <strong>de</strong> on<strong>de</strong> o utilizador<br />

está situado na re<strong>de</strong>. Estes algoritmos serão adaptáveis a qualquer infra-estrutura e serão carregados assim<br />

que o utilizador aceda ao serviço <strong>de</strong> localização.<br />

Umas das hipóteses <strong>de</strong> localização básica dos utilizadores na infra-estrutura em que ele está inserido<br />

po<strong>de</strong>rão passar pela localização através do AP a que o utilizador está ligado, mas como o utilizador não tem<br />

que estar necessariamente ligado ao AP mais próximo, nem ao que tem maior potência, esta hipótese <strong>de</strong>nota<br />

algumas limitações, nomeadamente em que não nos é dado <strong>de</strong> forma exacta a localização precisa do<br />

utilizador em questão, isto é, por exemplo, ele po<strong>de</strong> estar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma <strong>de</strong> várias salas <strong>de</strong> aula e estar ligado<br />

a um AP <strong>de</strong> um corredor e logo a informação que nos será fornecida é que esse utilizador se encontra no<br />

corredor e não na sala <strong>de</strong> aula.<br />

283


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Uma hipótese viável será o triangulação <strong>de</strong> APs, em que a posição do utilizador nos vai ser dada através<br />

da localização dos APs que o cobrem, isto é, o utilizador po<strong>de</strong> estar num <strong>de</strong>terminado sítio e receber o sinal<br />

<strong>de</strong> um, dois ou mesmo três APs, sendo esses APs i<strong>de</strong>ntificados em função da potência do sinal que o<br />

utilizador recebe. Depois <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificados os APs que dão cobertura ao utilizador, a localização será feita<br />

baseada na posição física <strong>de</strong>sses APs, posições essas que se encontram disponíveis na plataforma permitindo<br />

posteriormente ao algoritmo <strong>de</strong> localização calcular a posição do utilizador na infra-estrutura.<br />

O algoritmo permitirá também <strong>de</strong>tectar o movimento dos utilizadores ao longo da re<strong>de</strong> (roaming) através<br />

do cruzamento <strong>de</strong> informação provenientes dos APs, por exemplo se um utilizador se mover (sempre ligado à<br />

re<strong>de</strong>) do bar até a uma sala <strong>de</strong> aulas <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado edifício, passará por diversos APs e após o<br />

tratamento a<strong>de</strong>quado da informação <strong>de</strong>bitada por esses APs é-nos permitido “traçar” a rota que o utilizador<br />

tomou. Através do triangulamento e cruzamento <strong>de</strong> informação é então possível saber em qualquer momento,<br />

mesmo movimentando-se, em que AP o utilizador está ligado e logo a sua posição específica. Obviamente<br />

que para po<strong>de</strong>r ser calculado o caminho que o utilizador tomou é necessário primeiramente que a plataforma<br />

possua as possíveis rotas a tomar nos edifícios on<strong>de</strong> esta será usada. Uma das maneiras possíveis po<strong>de</strong>rá ser<br />

através do armazenamento em memória da planta da infra-estrutura em causa, on<strong>de</strong> estarão assinalados os<br />

locais dos APs dando assim a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conseguir <strong>de</strong>finir com exactidão a posição do utilizador nessa<br />

infra-estrutura ou edifícios.<br />

Alguns sistemas <strong>de</strong> localização conhecidos apresentam erros <strong>de</strong> localização muito aceitáveis, que<br />

permitem já localizar com uma certa exactidão a localização específica dos utilizadores [RADAR, 2000]<br />

[Horus, 2005] [Ekahau, 2007]. Alguns exemplos <strong>de</strong>sses sistemas e os seus erros <strong>de</strong> localização são mostrados<br />

na Tabela 1.<br />

Tabela 1. Sistemas <strong>de</strong> localização e sua exactidão<br />

Sistema Erro <strong>de</strong> localização<br />

RADAR 2,37m<br />

Horus 1,4m<br />

Ekahau


com a perspectiva <strong>de</strong> manter a plataforma actual, dotando-a da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhar a evolução das<br />

tecnologias <strong>de</strong> re<strong>de</strong>.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

[Adailton, 2004] Adailton J. S. Silva, 2004 - As Tecnologias <strong>de</strong> Re<strong>de</strong>s Wireless. www.rnp.br/newsgen/9805/wireless.html,<br />

15 (Maio <strong>de</strong> 1998)<br />

[Caetano] Miguel Caetano- Como instalar uma re<strong>de</strong> local sem fios.<br />

www.pmelink.pt/pmelink_public/EC/0,1655,1005_43337- 3_41103--View_429,00.html, (ultima visualização, 15 <strong>de</strong><br />

Junho 2007)<br />

[Cisco] Simple Network Management Protocol. http://www.cisco.com/univercd/cc/td/doc/cisintwk/ito_doc/snmp.htm, 12<br />

(Outubro <strong>de</strong> 2006)<br />

[Ekahau, 2007] Ekahau. http://www.ekahau.com, 2007.<br />

[FCCN, 2004] FCCN. www.fccn.pt , 2004<br />

[Horus, 2005] The Horus WLAN Location Determination System. Youssef M. and Agrawala A.. MobiSys '05 3rd<br />

International Conference on Mobile Systems, Applications, and Services, 6-8 Junho, 2005.<br />

[Martins, 2006] Martins, P. et al., 2006. User Location Services for Wi-Fi Networks. Proceedings of EUNIS 2006 – 12 th<br />

International Conference of European University Information Systems. Tartu, Estónia, pp. 454-458.<br />

[RADAR, 2000] RADAR: An inbuilding RF-based user location and tracking system. Bahl P. and Padmanabhan V. In<br />

INFOCOM 2000, Março 2000, pp 775-784.<br />

285


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

UMA ARQUITECTURA PARA A COMPOSIÇÃO<br />

DINÂMICA DE SERVIÇOS DEPENDENTES DO<br />

CONTEXTO<br />

João Paulo Sousa<br />

Assistente do 2º Triénio<br />

Campus <strong>de</strong> Santa Apolónia - Apartado 1038 - 5301-854 BRAGANÇA<br />

jpaulo@ipb.pt<br />

Eurico Carrapatoso<br />

Professor Auxiliar<br />

Rua Dr. Roberto Frias, s/n 4200-465 Porto<br />

emc@fe.up.pt<br />

Benjamim Fonseca<br />

Professor Auxiliar<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro - Apartado 1013, 5001-801 Vila Real<br />

benjaf@utad.pt<br />

RESUMO<br />

A difusão das ligações sem fios nos locais <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong> lazer e mesmo em casa, juntamente com a proliferação dos<br />

dispositivos móveis abrem novos cenários para o fornecimento <strong>de</strong> serviços aos utilizadores. Além dos serviços<br />

tradicionais <strong>de</strong> Internet <strong>de</strong>vem por isso, ser disponibilizados novos serviços que <strong>de</strong> uma forma transparente se a<strong>de</strong>qúem e<br />

se adaptem ao contexto do utilizador. Os utilizadores teriam ainda mais flexibilida<strong>de</strong> e escolha se, para além do<br />

fornecimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>stes serviços, lhes fosse dada a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> eles próprios comporem novos serviços com base em<br />

serviços já existentes. Este artigo discute os componentes essenciais <strong>de</strong> um sistema context-aware que permite a<br />

composição dinâmica <strong>de</strong> serviços sensíveis ao contexto e propõe uma arquitectura possível para implementação <strong>de</strong>sses<br />

serviços.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Contexto, Serviços, Composição, Dispositivos móveis, Web Services, OWL-S.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

É previsível que num futuro próximo o ambiente <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s móveis venha a ser caracterizado por interacções<br />

entre serviços, que po<strong>de</strong>rão aparecer e <strong>de</strong>saparecer, disponibilizando-se aos utilizadores <strong>de</strong> uma forma<br />

dinâmica e transparente. Por outro lado são cada vez mais os mecanismos <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> informação<br />

contextual, que fornecem informações como a localização, activida<strong>de</strong> corrente, informação horária e<br />

características dos dispositivos. Alguns mais avançados po<strong>de</strong>rão fornecer parâmetros biológicos do<br />

utilizador, entre outros. Esta informação contextual tem, cada vez mais, um papel fundamental na<br />

simplificação da interacção entre os humanos e o mundo digital. Estes novos serviços, que <strong>de</strong>verão ser fáceis<br />

<strong>de</strong> utilizar e acrescidos <strong>de</strong>sta informação contextual, po<strong>de</strong>rão tornar-se num motor da evolução dos<br />

dispositivos móveis e das re<strong>de</strong>s sem fios. Na gran<strong>de</strong> maioria das situações o utilizador assume apenas o papel<br />

<strong>de</strong> consumidor dos serviços disponibilizados por terceiros. A esses utilizadores é-lhes disponibilizado um<br />

gran<strong>de</strong> conjunto <strong>de</strong> serviços e informação <strong>de</strong> enorme utilida<strong>de</strong>, mas também <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> abrangência <strong>de</strong><br />

mercado, ficando <strong>de</strong> fora todos os utilizadores que pretendam beneficiar <strong>de</strong> serviços e <strong>de</strong> informações mais<br />

personalizáveis. Deste modo, propomos criar uma infra-estrutura aberta para que, num ambiente <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s<br />

móveis, um utilizador possa receber no seu dispositivo móvel (e.g., PDA, portátil) informação<br />

286


contextualizada (e.g.. com base no local, na hora, na vizinhança, etc.) e ter à sua disposição um conjunto <strong>de</strong><br />

serviços úteis, também baseados no seu contexto actual. Ao utilizador, ser-lhe-á ainda possível fazer a<br />

composição <strong>de</strong>sses serviços em tempo real para a criação <strong>de</strong> um novo serviço com novas funcionalida<strong>de</strong>s,<br />

utilizá-lo/partilhá-lo sempre que necessário.<br />

Este artigo está estruturado em seis secções. Inicialmente são <strong>de</strong>scritos alguns trabalhos relacionados,<br />

posteriormente são abordados dois conceitos fundamentais para a criação <strong>de</strong>sta arquitectura: o contexto e a<br />

composição <strong>de</strong> serviços. De seguida é <strong>de</strong>scrita a arquitectura proposta e cada um dos seus principais<br />

componentes. Por último são apresentadas as conclusões e é discutido o trabalho futuro.<br />

2. TRABALHOS RELACIONADOS<br />

Com o propósito <strong>de</strong> introduzir uma perspectiva global e mais concreta das arquitecturas que proporcionem a<br />

oferta <strong>de</strong> serviços sensíveis ao contexto para dispositivos móveis, são focados alguns exemplos <strong>de</strong><br />

arquitecturas mais significativas e também que se aproximam mais dos objectivos que se preten<strong>de</strong> alcançar<br />

com esta arquitectura.<br />

Em (Kjeldskov et al. 2005) é proposto um sistema <strong>de</strong> informação móvel baseado em contexto que facilita<br />

a socialização em espaços públicos entre grupos <strong>de</strong> utilizadores. Em (Chakraborty et al. 2005) os autores<br />

propõem uma arquitectura e protocolos associados para a composição <strong>de</strong> serviços em ambientes móveis,<br />

consi<strong>de</strong>rando aspectos como a mobilida<strong>de</strong>, a mudança da topologia da re<strong>de</strong> e os recursos dos dispositivos<br />

móveis. Noutro dos trabalhos (Kobylarz 2004), o autor apresenta um estudo em que aborda os requisitos para<br />

que a composição <strong>de</strong> serviços em dispositivos móveis tenha sucesso. Existem ainda várias soluções, (e.g.<br />

(Panagiotakis et al. 2006), que apresentam aplicações gráficas para a composição <strong>de</strong> serviços baseados em<br />

Web services. Porém, verificamos que os trabalhos anteriormente referidos não reúnem todas as<br />

características que a arquitectura que aqui apresentamos preten<strong>de</strong> suportar. Não as consi<strong>de</strong>ramos por isso<br />

como soluções para utilizadores que pretendam ter ao seu dispor um conjunto <strong>de</strong> serviços móveis baseados<br />

em contexto, em que juntamente com algumas regras ad-hoc lhe seja permitido a criação <strong>de</strong> um novo serviço<br />

<strong>de</strong> valor acrescentado. A esse novo serviço será ainda possível guardá-lo/partilha-lo e utilizá-lo sempre que<br />

necessário.<br />

3. O QUE É O CONTEXTO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> arquitecturas que utilizem informações <strong>de</strong> contexto requer a percepção do que é o<br />

significado <strong>de</strong> contexto e <strong>de</strong> como po<strong>de</strong> ser usado. Um dos fenómenos que se observam quando se questiona<br />

alguém sobre o que é o contexto, é que implicitamente a maior parte das pessoas sabe do que se trata, no<br />

entanto, sentem dificulda<strong>de</strong>s em o explicar (Abowd et al. 1999). Por isso muitas vezes as <strong>de</strong>finições <strong>de</strong><br />

contexto são feitas através <strong>de</strong> citações <strong>de</strong> exemplos ou escolhendo sinónimos para contexto.<br />

Quem introduziu pela primeira vez o termo <strong>de</strong> context-aware foram Schilit et al. (1994), referindo-se ao<br />

contexto como a localização, i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas e objectos na vizinhança e alterações a esses objectos.<br />

Em (Brown 1996), os autores <strong>de</strong>finem contexto como localização, i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> das pessoas na vizinhança do<br />

utilizador, a hora do dia e a temperatura, entre outros. Em (Ryan et al. 1998), contexto é <strong>de</strong>finido como sendo<br />

a localização do utilizador, ambiente, i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e informação horária. Já Abowd et al (1999) <strong>de</strong>finiram<br />

contexto como: “Contexto é qualquer informação que po<strong>de</strong> ser usada para caracterizar a situação <strong>de</strong> uma<br />

entida<strong>de</strong>. Uma entida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser uma pessoa, lugar, ou objecto que é consi<strong>de</strong>rado relevante para a interacção<br />

entre um utilizador e uma aplicação”. Lieberman et al. em (2000) apresentaram outro entendimento <strong>de</strong><br />

contexto, eles <strong>de</strong>finem-no como sendo tudo o que afecta a computação excepto as entradas e saídas explícitas<br />

<strong>de</strong> dados. Existem ainda mais <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> contexto, umas <strong>de</strong>scritas através <strong>de</strong> exemplos, outras <strong>de</strong> uma<br />

forma mais genérica e outras ainda ten<strong>de</strong>m a caracterizar o contexto <strong>de</strong> uma forma mais específica. Assim,<br />

po<strong>de</strong> dizer-se que um sistema é sensível ao contexto se faz uso <strong>de</strong> informação capturada <strong>de</strong> forma não<br />

explícita e se utiliza essa informação para criar regras dinâmicas que alteram a forma como são<br />

disponibilizados os serviços e informação a um actor. Esse actor po<strong>de</strong> ser um humano ou um agente <strong>de</strong><br />

software.<br />

287


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

4. COMPOSIÇÃO DE SERVIÇOS<br />

A composição <strong>de</strong> serviços permite aos programadores ou utilizadores criar novos serviços ou aplicações<br />

numa arquitectura orientada aos serviços e que tenha as capacida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrição, <strong>de</strong>scoberta e<br />

comunicação. Os serviços seleccionados para compor um novo serviço são chamados serviços componentes.<br />

Um serviço componente po<strong>de</strong> ser um serviço que não po<strong>de</strong> ser dividido em dois ou mais serviços (e.g. por<br />

exemplo, informação <strong>de</strong> localização); outro serviço composto com uma funcionalida<strong>de</strong> mais específica.<br />

No espaço temporal a composição <strong>de</strong> serviços po<strong>de</strong> ser i<strong>de</strong>ntificável como composição pró-activa ou<br />

reactiva. A primeira refere-se à composição em off-line <strong>de</strong> serviços disponíveis <strong>de</strong> modo a criar novos<br />

serviços. Este tipo <strong>de</strong> serviços são compilados antes do utilizador ter feito um pedido para executar esse<br />

serviço. Um exemplo <strong>de</strong> composição pró-activa <strong>de</strong> serviços, é o que se utiliza em sistemas <strong>de</strong> reserva on-line<br />

<strong>de</strong> voos das companhias aéreas. A composição reactiva refere-se ao processo <strong>de</strong> criar dinamicamente um<br />

serviço em tempo <strong>de</strong> execução (“on the fly”) (Chakraborty et al. 2001). Serviços <strong>de</strong>ste tipo são criados apenas<br />

quanto existe um pedido <strong>de</strong> um cliente para a utilização <strong>de</strong>sses serviços. No entanto, a composição <strong>de</strong><br />

serviços reactiva traz consigo um conjunto <strong>de</strong> problemas, tais como a validação da composição do serviço, a<br />

segurança e a verificação do correcto funcionamento (e.g. <strong>de</strong>adlocks, ciclos infinitos, etc.) que os diferentes<br />

tipos <strong>de</strong> metodologias <strong>de</strong> composição <strong>de</strong> serviços tentam resolver. Os serviços po<strong>de</strong>m ainda ser obrigatórios<br />

ou opcionais. A composição <strong>de</strong> serviços obrigatórios refere-se à classe <strong>de</strong> serviços compostos em que todos<br />

os seus sub-componentes têm que participar para a execução <strong>de</strong>vida e resultado correcto. A composição <strong>de</strong><br />

serviços opcionais não necessita da participação <strong>de</strong> todos sub-componentes para o correcto funcionamento.<br />

5. ARQUITECTURA PARA A COMPOSIÇÃO DINÂMICA DE SERVIÇOS<br />

DEPENDENTES DO CONTEXTO<br />

A arquitectura para a composição dinâmica <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do contexto é dividida em duas<br />

componentes principais: a parte do cliente e a parte do servidor, como se po<strong>de</strong> ver na figura 1.<br />

Figura 1. Arquitectura que suporta a composição dinâmica <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do contexto.<br />

O lado do cliente lida com apresentação <strong>de</strong> informação e serviços ao utilizador e fornece um IDE “dragand-drop”<br />

para a composição <strong>de</strong> serviços. Este IDE <strong>de</strong>verá permitir <strong>de</strong> forma fácil e rápida a composição <strong>de</strong><br />

novos serviços, para lidar com utilizadores sem conhecimentos técnicos. Do lado do servidor existem quatro<br />

componentes principais: context-aware engine, composition engine, profile management e data context.<br />

Profile management tem como objectivo suportar a criação <strong>de</strong> serviços móveis personalizados. Enten<strong>de</strong>se<br />

por personalização a adaptação do conteúdo do serviço, baseada nos perfis do utilizador e nas preferências<br />

adquiridas com as experiências. Esta função é composta por dois componentes, o <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> perfis e<br />

preferências e o componente <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong> perfis. Os perfis po<strong>de</strong>m incluir dados do utilizador,<br />

enquanto que as preferências po<strong>de</strong>m incluir configurações <strong>de</strong> parâmetros <strong>de</strong> serviços e interesses do<br />

288


utilizador. O componente <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> perfil e preferências permite a criação, modificação, remoção e<br />

recuperação implícita e explícita, <strong>de</strong> preferências e interesses acumulados do utilizador. O componente<br />

aprendizagem <strong>de</strong> perfis tem como função apren<strong>de</strong>r com base no contexto e fornecer recomendações ou<br />

alterar preferências, através <strong>de</strong> algoritmos <strong>de</strong> aprendizagem.<br />

Context-aware engine recolhe dados das várias fontes <strong>de</strong> contexto como dispositivos <strong>de</strong> localização,<br />

sensores, objectos colaborativos na vizinhança do utilizador e preferências pessoais. Fazem parte <strong>de</strong>sta<br />

função vários componentes relacionados com o contexto: um histórico e armazenamento <strong>de</strong> informação<br />

contextual, um interpretador <strong>de</strong> contexto para obter informação e um componente information <strong>de</strong>cision para<br />

fazer recomendações ao utilizador. A informação será apresentada ao utilizador após ser seleccionada e<br />

adaptada pelo componente context information selection.<br />

Composition engine suporta todas as funcionalida<strong>de</strong>s relativas aos serviços. Entre essas funcionalida<strong>de</strong>s<br />

estão a <strong>de</strong>scoberta, o registo, a publicação, o aprovisionamento, a operação, a alteração, a remoção e a<br />

apresentação <strong>de</strong> serviços baseados no contexto do utilizador. Disponibiliza o armazenamento <strong>de</strong> serviços<br />

compostos por utilizadores com o objectivo os partilhar na sua re<strong>de</strong> e permite a composição <strong>de</strong> serviços<br />

através da Semantic Markup for Web Services (OWL-S), uma ontologia para <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> serviços. A<br />

marcação OWL-S para Web services facilita a automatização <strong>de</strong> tarefas com Web services, incluindo a<br />

<strong>de</strong>scoberta, execução, composição e inter-operação (W3C, 2007).<br />

Data context é responsável por recolher os diversos fragmentos <strong>de</strong> contexto provenientes <strong>de</strong> várias fontes.<br />

Po<strong>de</strong> ainda ser responsável por agregar esses dados caso se possam relacionar entre eles.<br />

6. CONCLUSÕES E TRABALHO FUTURO<br />

Este artigo apresentou um novo método <strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong> serviços aos utilizadores que é apropriado para a<br />

futura era da computação sensível ao contexto. Para especificar esta arquitectura foi feito um estudo dos suas<br />

principais componentes: o contexto, a composição <strong>de</strong> serviços e o <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> interfaces, para dispositivos<br />

móveis. Futuramente preten<strong>de</strong>mos implementar esta arquitectura e testá-la através <strong>de</strong> um cenário <strong>de</strong> estudo<br />

num campus universitário, on<strong>de</strong> está a ser <strong>de</strong>senvolvido um serviço <strong>de</strong> localização baseado em informações<br />

da re<strong>de</strong> sem fios. Neste cenário, irá paralelamente ser estudado o modo como as tecnologias móveis baseadas<br />

em contexto po<strong>de</strong>rão ser usadas <strong>de</strong> forma a melhorar as condições pedagógicas e a interacção sociopedagógica<br />

dos diversos utilizadores (alunos, docentes, funcionários, visitantes, etc.) existentes num campus<br />

universitário.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Abowd, G., et al., 1999. Towards a Better Un<strong>de</strong>rstanding of Context and Context-Awareness. HUC '99: Proceedings of<br />

the 1st international symposium on Handheld and Ubiquitous Computing<br />

Brown, P. J., 1996. The Stick-e Document: a Framework for Creating Context-aware Applications. Proceedings of<br />

EP'96, Palo Alto<br />

Chakraborty, D., et al. (2001). Dynamic service composition: State-of-the-art and research directions.<br />

Chakraborty, D., et al., 2005. Service Composition for Mobile Environments. Mobile Networks and Applications, 10 (4),<br />

435-451.<br />

Kjeldskov, J., et al., 2005. Just-for-us: a context-aware mobile information system facilitating sociality. MobileHCI '05:<br />

Proceedings of the 7th international conference on Human computer interaction with mobile <strong>de</strong>vices \& services<br />

Kobylarz, T., 2004. Beyond 3G: Compound Wireless Services. IEEE Computer, 37 (9), 23-28.<br />

Lieberman, H., et al., 2000. Out of context: computer systems that adapt to, and learn from, context. IBM Syst. J., 39 (3-<br />

4), 617-632.<br />

Panagiotakis, S., et al., 2006. Context-Aware Composition of Mobile Services. IT Professional, 08 (4), 38-43.<br />

Ryan, N. S., et al., 1998. Enhanced Reality Fieldwork: the Context-aware Archaeological Assistant. Computer<br />

Applications in Archaeology 1997<br />

Schilit, B., et al., 1994. Context-aware computing applications. Mobile Computing Systems and Applications, 1994.<br />

Proceedings.<br />

289


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

DISEÑO, IMPLEMENTACIÓN Y PRUEBA DE UN<br />

PROTOCOLO DE TRANSFERENCIA DE DATOS<br />

Marco-Antonio Bal<strong>de</strong>ras Cepeda<br />

Depto. Ciencias <strong>de</strong> la Computación e Inteligencia Artificial<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Granada<br />

Granada 18071, España<br />

mbald@correo.ugr.es<br />

Manuel Aguirre Bortoni<br />

Depto. Investigación y Postgrado<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>Autónoma</strong> <strong>de</strong> Tamaulipas<br />

Cd. Victoria 87149, México<br />

maguirre@uat.edu.mx<br />

Martín Vogel Vázquez<br />

U.A.M. Agronomía y Ciencias<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>Autónoma</strong> <strong>de</strong> Tamaulipas<br />

Cd. Victoria 87149, México<br />

mvogel@uat.edu.mx<br />

RESUMEN<br />

Los protocolos <strong>de</strong> comunicación han probado ser herramientas con potencia suficiente para mantener en funcionamiento<br />

re<strong>de</strong>s tan gran<strong>de</strong>s como la red Internet. Sin embargo, a pesar <strong>de</strong> la amplia gama <strong>de</strong> protocolos y <strong>de</strong> productos para bases<br />

<strong>de</strong> datos actuales, existen algunas limitaciones <strong>de</strong> aplicabilidad en tareas específicas como la migración <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong><br />

información en ambientes <strong>de</strong> cómputo heterogéneos. El objetivo principal con el Protocolo <strong>de</strong> Transferencia <strong>de</strong> Datos<br />

(PTD) es introducir un método sencillo <strong>de</strong> transferir relaciones <strong>de</strong> datos y metadatos entre ambientes <strong>de</strong> red/cómputo<br />

heterogéneos, con la finalidad <strong>de</strong> proporcionar una interfaz <strong>de</strong> comunicación común a los <strong>de</strong>sarrolladores <strong>de</strong> aplicaciones,<br />

que a<strong>de</strong>más facilite el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> aplicaciones en el entorno <strong>de</strong> Internet. El Protocolo <strong>de</strong> Transferencia <strong>de</strong> Datos<br />

propuesto en este documento representa el tipo <strong>de</strong> herramienta que el usuario podría buscar cuando se trabaja con<br />

relaciones <strong>de</strong> datos en ambientes heterogéneos <strong>de</strong> software/hardware. El interés <strong>de</strong> esta propuesta se ilustra mediante un<br />

caso concreto <strong>de</strong> trabajo.<br />

PALABRAS CLAVE<br />

Protocolo, metadatos, bases <strong>de</strong> datos, internet, protocolo <strong>de</strong> transferencia <strong>de</strong> datos, aplicaciones TCP/IP<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

La principal causa <strong>de</strong> popularidad <strong>de</strong> los protocolos es que pue<strong>de</strong>n trabajar eficazmente en ambientes <strong>de</strong><br />

red/cómputo heterogéneo. Han sido aplicados extensamente en áreas tales como en sistemas manejadores <strong>de</strong><br />

bases <strong>de</strong> datos o en la transferencia <strong>de</strong> datos entre re<strong>de</strong>s y or<strong>de</strong>nadores.<br />

Estas aplicaciones han sido posibles <strong>de</strong>bido al <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> protocolos especializados en transferir<br />

archivos (Postel y Reynolds, 1985) en proporcionar direcciones <strong>de</strong> red para la comunicación (Deering y<br />

Hin<strong>de</strong>n, 1998) en proporcionar acceso a documentos enlazados (Fielding et al., 1999). Y recientemente al<br />

<strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> aplicaciones <strong>de</strong> usuario tales como las P2P (Peer-to-Peer) que han promovido la adopción <strong>de</strong>l<br />

<strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> protocolos para un amplio rango <strong>de</strong> aplicaciones informáticas.<br />

Una <strong>de</strong>sventaja <strong>de</strong> los sistemas <strong>de</strong> base <strong>de</strong> datos don<strong>de</strong> se apoyan los sistemas <strong>de</strong> información es que son<br />

<strong>de</strong> arquitectura propietaria y los productos para interconectar bases <strong>de</strong> datos son complejos y/o costosos.<br />

290


Sistema<br />

<strong>de</strong><br />

Archivos<br />

Protocolo<br />

Servidor<br />

Servidor<br />

Flujo <strong>de</strong><br />

Datos<br />

Conexión<br />

Comandos<br />

Conexión<br />

Datos<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Utilizar una interfaz o producto específico orientará inequívocamente (y tal vez irreversiblemente) el resto<br />

<strong>de</strong>l trabajo con las bases <strong>de</strong> datos y con los diversos sistemas <strong>de</strong> información.<br />

El objetivo principal con el Protocolo <strong>de</strong> Transferencia <strong>de</strong> Datos (PTD) es introducir un método sencillo<br />

<strong>de</strong> transferir relaciones <strong>de</strong> datos y metadatos entre ambientes <strong>de</strong> red/cómputo homogéneos o heterogéneos,<br />

con la finalidad <strong>de</strong> proporcionar una interfaz <strong>de</strong> comunicación común a los <strong>de</strong>sarrolladores <strong>de</strong> aplicaciones.<br />

Contemplando el concepto <strong>de</strong> ambiente heterogéneo como la combinación entre; bases <strong>de</strong> datos con<br />

diferentes formatos, diferentes gestores, diferentes plataformas <strong>de</strong> implementación, diferentes sistemas<br />

operativos y diferentes entornos <strong>de</strong> red. El PTD proporcionará vistas unificadas <strong>de</strong> datos en ambientes <strong>de</strong><br />

cómputo heterogéneos. Pero antes <strong>de</strong> introducirnos en la propuesta, <strong>de</strong>bemos notar brevemente que existen<br />

diversas tecnologías para el trabajo en entorno heterogéneo que pue<strong>de</strong>n relacionarse con la migración <strong>de</strong><br />

sistemas <strong>de</strong> información y bases <strong>de</strong> datos.<br />

La especificación <strong>de</strong>l protocolo FTP (Postel y Reynolds, 1985) está orientada a la transferencia eficiente<br />

<strong>de</strong> archivos. Existen aplicaciones como CuteFTP, SmartFTP, etc. que implementan la especificación FTP<br />

orientándose al usuario final <strong>de</strong> Internet. Otras especificaciones <strong>de</strong> protocolo pue<strong>de</strong>n combinarse como es el<br />

caso <strong>de</strong>l protocolo HTTP (Fielding et al., 1999) y el eXtensible Markup Language (Bray et al., 2006).<br />

Existen entornos <strong>de</strong> trabajo específicos como; MS SQL Server y ODBC u Oracle Database y Java entre otros,<br />

sin embargo, tienen limitaciones o en algunos casos pue<strong>de</strong>n ser soluciones costosas.<br />

El resto <strong>de</strong>l documento se organiza <strong>de</strong> la siguiente forma. La sección 2 introduce <strong>de</strong> modo general la<br />

<strong>de</strong>finición <strong>de</strong>l PTD. La sección 3 proporciona información sobre la implementación y la aplicación <strong>de</strong>l PTD<br />

en un caso concreto <strong>de</strong> trabajo. La sección 4 presenta las conclusiones y señala los siguientes temas <strong>de</strong><br />

profundización e investigación con el PTD.<br />

2. DEFINICIÓN DEL PROTOCOLO DE TRANSFERENCIA DE DATOS<br />

Para la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong>l protocolo se observaron los trabajos <strong>de</strong> Clark (1988), acerca <strong>de</strong> la filosofía general y la<br />

evolución <strong>de</strong> los protocolos <strong>de</strong> Internet, se consi<strong>de</strong>ró el trabajo <strong>de</strong> Holzmann (1991), como una referencia<br />

general sobre el diseño <strong>de</strong> protocolos y se consi<strong>de</strong>raron las recomendaciones <strong>de</strong> Tom et al. (2003), para<br />

realizar un diseño <strong>de</strong> protocolo <strong>de</strong>fensivo.<br />

Cuando se hace referencia a relaciones <strong>de</strong> datos es en el sentido tradicional (Codd, 1979). El PTD pue<strong>de</strong><br />

trabajar con archivos basados en texto (CSV) con las limitaciones implícitas <strong>de</strong>l formato.<br />

En la figura 1 se ilustra el diagrama <strong>de</strong> operación general <strong>de</strong>l PTD, se utiliza el popular paradigma clienteservidor.<br />

Se dividió la comunicación entre cliente-servidor en canales diferentes; uno exclusivo para el<br />

control y otros exclusivos para la transferencia <strong>de</strong> cada relación <strong>de</strong> datos.<br />

En el diseño <strong>de</strong>l PTD se <strong>de</strong>finieron funciones para la apertura <strong>de</strong> canal <strong>de</strong> comunicación, transferencia <strong>de</strong><br />

relaciones y metadatos, tratamiento automático <strong>de</strong> códigos <strong>de</strong> control y recuperación <strong>de</strong> condiciones <strong>de</strong> error.<br />

A<strong>de</strong>más, se proporciona la posibilidad para el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> interfaces gráficas <strong>de</strong> usuario y la posibilidad <strong>de</strong><br />

extensión hacia tecnologías complementarias como XML.<br />

Interfaz <strong>de</strong><br />

Cliente<br />

Protocolo<br />

Cliente<br />

Cliente<br />

Flujo <strong>de</strong><br />

Datos<br />

Figura 1. Diagrama general <strong>de</strong> la operación <strong>de</strong>l Protocolo <strong>de</strong> Transferencia <strong>de</strong> Datos<br />

Usuario<br />

Sistema<br />

<strong>de</strong><br />

Archivos<br />

291


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

2.1 Conexiones y Comandos<br />

Únicamente la conexión <strong>de</strong> datos es unidireccional; <strong>de</strong>l servidor al cliente. El servidor <strong>de</strong>be cerrar la<br />

conexión <strong>de</strong> datos cuando; el servidor ha terminado <strong>de</strong> enviar la relación <strong>de</strong> datos solicitada, el tiempo <strong>de</strong><br />

espera finalizó sin recibir confirmación <strong>de</strong> conexión <strong>de</strong>l host cliente, el servidor recibió un comando ABORT<br />

<strong>de</strong>l cliente, el cliente abandonó la conexión <strong>de</strong> datos, una condición <strong>de</strong> error no recuperable se ha establecido.<br />

En la tabla 1 se listan los comandos actuales <strong>de</strong>l PTD y se mo<strong>de</strong>lan mediante diagrama <strong>de</strong> estado parcial.<br />

El diagrama <strong>de</strong> estado mostrado comienza en el estado <strong>de</strong> inicio (I), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> don<strong>de</strong> se envía un comando y se<br />

llega al estado inequívoco <strong>de</strong> espera (W), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> ahí po<strong>de</strong>mos obtener tres posibles respuestas; condición <strong>de</strong><br />

error (E), completado (C) y error total (F), los números que acompañan indican los códigos <strong>de</strong> respuesta<br />

lanzados que son comunes a otros protocolos como el FTP.<br />

Tabla 1. Comandos <strong>de</strong>l PTD y diagrama parcial <strong>de</strong> estado <strong>de</strong> los comandos.<br />

Comando Descripción Diagrama <strong>de</strong> Estado<br />

HELLO Solicita la i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong>l servidor.<br />

RELATIONS Solicita las relaciones <strong>de</strong> datos<br />

(i<strong>de</strong>ntificadores) disponibles, el resultado<br />

pue<strong>de</strong> ser multilínea.<br />

STRUCT (*) Solicita la estructura <strong>de</strong> la relación <strong>de</strong> datos<br />

METADATA (*) Solicita información adicional <strong>de</strong> la<br />

relación <strong>de</strong> datos<br />

TCP Establece el modo <strong>de</strong> transferencia a TCP<br />

UDP Establece el modo <strong>de</strong> transferencia a UDP<br />

HELP Muestra en pantalla los comandos<br />

disponibles<br />

BYE Solicita la <strong>de</strong>sconexión <strong>de</strong>l canal <strong>de</strong> control<br />

ABORT (*) Solicita que se aborte la conexión <strong>de</strong> datos<br />

GET (*) Descargar la base <strong>de</strong> datos solicitada<br />

I W C<br />

3. IMPLEMENTACIÓN, APLICACIÓN Y DISCUSIÓN DEL PTD<br />

La implementación <strong>de</strong>l PTD se realizó como proceso <strong>de</strong> usuario en lenguaje <strong>de</strong> programación Java. El sitio<br />

<strong>de</strong> pruebas se ubicó en el entorno <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> información <strong>de</strong> la red local escolar. En la figura 2 se ilustra<br />

la aplicación <strong>de</strong> prueba <strong>de</strong>l PTD. Los sistemas A, B y C representan los antiguos servidores y sus respectivas<br />

aplicaciones con base <strong>de</strong> datos. El sistema D representa el nuevo centro <strong>de</strong> base <strong>de</strong> datos preparado para la<br />

función <strong>de</strong> centralizar todas las bases <strong>de</strong> datos <strong>de</strong> la institución escolar. El sistema E representa a los<br />

<strong>de</strong>sarrolladores <strong>de</strong> un nuevo sistema <strong>de</strong> información general para la institución escolar.<br />

Como se ilustra en la figura 2, los administradores <strong>de</strong>l sistema D tuvieron acceso a datos y metadatos <strong>de</strong><br />

las bases <strong>de</strong> datos dispersas en los sistemas A, B y C. Permitiendo dos características importantes; mo<strong>de</strong>lar<br />

las nuevas bases <strong>de</strong> datos y transferir las bases <strong>de</strong> datos dispersas A, B y C hacia el sistema E.<br />

Los <strong>de</strong>sarrolladores <strong>de</strong> aplicaciones tuvieron acceso a datos y metadatos en los sistemas A, B, C y D para<br />

facilitar el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> los nuevos sistemas <strong>de</strong> información.<br />

En la tabla 2 se presentan características importantes para la migración <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> información y para<br />

la transferencia <strong>de</strong> datos en re<strong>de</strong>s TCP/IP. En general el PTD propuesto tiene acceso universal a DBMS<br />

siempre que algún controlador JDBC, ODBC u otro, pueda ser utilizado. El acceso universal a DBMS es<br />

<strong>de</strong>pendiente <strong>de</strong>l fabricante <strong>de</strong>l sistema <strong>de</strong> base <strong>de</strong> datos y <strong>de</strong> los controladores que se proporcionan.<br />

292<br />

1,<br />

2<br />

5<br />

E<br />

F


Sistema B:<br />

Entorno:<br />

Windows/Access DB<br />

PTD: Servidor<br />

Red Ethernet con TCP/IP<br />

Sistema C:<br />

Entorno: Windows/SQL<br />

Server 6.5<br />

PTD: Servidor<br />

Sistema A:<br />

Entorno: Linux /MySQL<br />

PTD: Servidor<br />

Sistema D<br />

Nuevo Centro <strong>de</strong> Datos:<br />

Sistema: Windows/SQL<br />

Server 2000<br />

PTD: Cliente/Servidor<br />

Sistema E<br />

Desarrollador:<br />

Sistema: Windows<br />

PTD: Cliente<br />

Figura 2. Entorno <strong>de</strong> prueba <strong>de</strong>l Protocolo <strong>de</strong> Transferencia <strong>de</strong> Datos<br />

El acceso a datos recientes en la migración <strong>de</strong> sistemas es una característica positiva porque se trabaja con<br />

información reciente y se <strong>de</strong>sarrollan las nuevas aplicaciones con los datos actualizados. El PTD proporcionó<br />

acceso inmediato y simultáneo a datos recientes. Las transferencias simultáneas <strong>de</strong> archivos <strong>de</strong> datos sólo<br />

están soportadas por algunos servidores y clientes <strong>de</strong> FTP.<br />

Tabla 2. Comparativa empírica entre algunas características <strong>de</strong>l PTD y FTP.<br />

Tarea FTP PTD<br />

Transferencia <strong>de</strong> archivos <strong>de</strong> datos sí sí<br />

Transferencia <strong>de</strong> relaciones resi<strong>de</strong>ntes<br />

en DBMS<br />

no sí<br />

Acceso universal a DBMS no sí<br />

Acceso inmediato a datos actualizados no sí<br />

Posibilida<strong>de</strong>s API y extensibilidad sí sí<br />

Transferencia simultánea (sí) sí<br />

Con relación a las facilida<strong>de</strong>s otorgadas por el PTD en la migración <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> información y la<br />

noción subjetiva implícita. Se observó que la ayuda obtenida por el uso <strong>de</strong>l protocolo-aplicación PTD fue<br />

importante, consi<strong>de</strong>ramos que se redujo el tiempo para reunir y mantener actualizadas las relaciones <strong>de</strong> datos<br />

necesarias para los nuevos <strong>de</strong>sarrollos <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> información.<br />

4. CONCLUSIÓN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

En este documento, se presentaron situaciones que un usuario/<strong>de</strong>sarrollador en ambiente <strong>de</strong> Internet pue<strong>de</strong><br />

afrontar. El Protocolo <strong>de</strong> Transferencia <strong>de</strong> Datos ha probado ser <strong>de</strong> valiosa ayuda, representa el tipo <strong>de</strong><br />

herramienta que el usuario podría buscar cuando se trabaja con relaciones <strong>de</strong> datos en ambientes <strong>de</strong> cómputo<br />

heterogéneo. El PTD mo<strong>de</strong>la una solución <strong>de</strong> transferencia <strong>de</strong> datos, habilita canales <strong>de</strong> comunicación para<br />

exten<strong>de</strong>r aplicaciones existentes y en general, contribuye a obtener mayor utilidad <strong>de</strong> la conectividad <strong>de</strong> red.<br />

Se <strong>de</strong>sarrolló una implementación eficiente para trabajar con diversas plataformas. La implementación<br />

fue apropiada para trabajar con gran<strong>de</strong>s relaciones <strong>de</strong> datos que resi<strong>de</strong>n en DBMS o en archivos <strong>de</strong> texto <strong>de</strong>l<br />

sistema operativo. El enfoque presentado aquí pue<strong>de</strong> probar su utilidad en tareas como la migración <strong>de</strong><br />

relaciones <strong>de</strong> datos entre DBMS <strong>de</strong> plataforma heterogénea o para compartir (mediante Internet) con colegas<br />

datos recién obtenidos.<br />

Se plantea <strong>de</strong>sarrollar pruebas sobre el rendimiento <strong>de</strong>l PTD y comparativas frente a otras herramientas <strong>de</strong><br />

bases <strong>de</strong> datos como las incluidas en los gestores <strong>de</strong> Oracle System, Microsoft SQL Server, etc. Se plantea<br />

293


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

también exten<strong>de</strong>r y experimentar con nuestra propuesta en el entorno <strong>de</strong> los dispositivos móviles e Internet.<br />

Planeamos incorporar un enfoque <strong>de</strong>l estilo XML para flexibilizar la intercomunicación entre cliente y<br />

servidor.<br />

AGRADECIMIENTOS<br />

Agra<strong>de</strong>cemos las facilida<strong>de</strong>s prestadas para esta investigación a la Unidad Académica Multidisciplinaria<br />

Agronomía y Ciencias <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> <strong>Autónoma</strong> <strong>de</strong> Tamaulipas, México.<br />

REFERENCIAS<br />

Bray T. et al., 2006. Extensible Markup Language (XML) 1.0. http://www.w3.org/TR/2006/REC-xml-20060816<br />

Clark D., 1988. The <strong>de</strong>sign philosophy of the DARPA internet protocols. Symposium proceedings on Communications<br />

architectures and protocols. ACM Press, Stanford, California, United States.<br />

Codd E. F., 1979. Extending the database relational mo<strong>de</strong>l to capture more meaning, ACM Trans. Database Syst., 4, 397-<br />

434.<br />

Deering, S. and Hin<strong>de</strong>n, R., 1998. Internet Protocol version 6. RFC-2460. Internet RFC/STD/FYI/BCP Archive.<br />

Fielding R. et al., 1999. Hypertext Transfer Protocol – HTTP 1.1. RFC-2616. Internet RFC/STD/FYI/BCP Archive.<br />

Holzmann G., 1991. Design and validation of computer protocols. Prentice Hall, N.J. USA.<br />

Postel, J. and Reynolds, J., 1985. File Transfer Protocol (FTP). RFC-959. Internet RFC/STD/FYI/BCP Archive.<br />

Tom, A., Scott, S., Ion, S. and David, W., 2003. Design gui<strong>de</strong>lines for robust Internet protocols, SIGCOMM Comput.<br />

Commun. Rev., 33, 125-130.<br />

294


APLICANDO CONCEPTOS DE TEORÍA DE LA<br />

INFORMACIÓN PARA EL FILTRADO DE CORREO SPAM<br />

José R. Mén<strong>de</strong>z, Ignacio Cid, Daniel Glez-Peña, Florentino F<strong>de</strong>z-Riverola<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Vigo<br />

Escuela Superior <strong>de</strong> Ingeniería Informática, Edificio Politécnico, Campus Universitario As Lagoas s/n,<br />

32004, Ourense, España<br />

{moncho.men<strong>de</strong>z | icgomez | dgpena | riverola}@uvigo.es<br />

RESUMEN<br />

En los últimos años, <strong>de</strong>bido a la proliferación <strong>de</strong> gran cantidad <strong>de</strong> mensajes spam en Internet, la utilidad <strong>de</strong> los sistemas<br />

<strong>de</strong> correo electrónico se ha visto gravemente afectada. Durante estos años, se han logrado gran<strong>de</strong>s avances en la<br />

investigación para la creación <strong>de</strong> filtros antispam, como la construcción <strong>de</strong> filtros capaces <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar spam en imágenes o<br />

la creación <strong>de</strong>l sistema SPAMHUNTING. Este trabajo presenta un estudio preliminar sobre la viabilidad <strong>de</strong> aplicar<br />

conceptos pertenecientes a la teoría <strong>de</strong> la información propuesta por Shannon, con el objetivo <strong>de</strong> mejorar la precisión <strong>de</strong><br />

los filtros actuales. La propuesta se evalúa empleando como base el sistema SPAMHUNTING, llegando a la conclusión <strong>de</strong><br />

que es posible, en ciertos casos, mejorar el comportamiento <strong>de</strong> los filtros existentes.<br />

PALABRAS CLAVES<br />

filtros antispam, teoría <strong>de</strong> la información, SpamHunting,<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

El fenómeno <strong>de</strong>l spaming consiste en el envío indiscriminado <strong>de</strong> mensajes publicitarios y/o molestos a<br />

usuarios <strong>de</strong> correo electrónico y nuevos medios <strong>de</strong> comunicación. La mensajería instantánea, los foros <strong>de</strong><br />

noticias, los blogs y los mensajes a móviles son ejemplos <strong>de</strong> servicios comúnmente afectados por los envíos<br />

spam. La inmensa mayoría <strong>de</strong> los productos ofertados en estos mensajes son fraudulentos o incluso ilegales,<br />

y se anuncian empleando estos medios <strong>de</strong>bido a los bajos costes <strong>de</strong> este tipo <strong>de</strong> envíos. El empleo <strong>de</strong> Internet<br />

(una gran red financiada por todos sus usuarios) como infraestructura <strong>de</strong> comunicaciones y el pago <strong>de</strong><br />

cantida<strong>de</strong>s importantes <strong>de</strong> dinero a profesionales <strong>de</strong> la red (ComputerWorld, 2007) son el secreto <strong>de</strong> la<br />

viabilidad <strong>de</strong> este floreciente negocio.<br />

La forma más habitual <strong>de</strong> spam consiste en el envío <strong>de</strong> mensajes <strong>de</strong> correo electrónico basura. De hecho,<br />

gran parte <strong>de</strong>l volumen <strong>de</strong> mensajes enviados por Internet son spam, limitando la funcionalidad que ofrece<br />

este servicio a los usuarios finales. A<strong>de</strong>más, este tipo <strong>de</strong> actividad ilicita provoca problemas <strong>de</strong> privacidad <strong>de</strong>l<br />

correo electrónico (una vez que un spammer posee una dirección <strong>de</strong> correo electrónico <strong>de</strong> un usuario <strong>de</strong><br />

Internet, ya no cesará <strong>de</strong> enviarle mensajes spam), mayores costes económicos para los proveedores <strong>de</strong><br />

servicios <strong>de</strong> Internet y usuarios finales, así como una pérdida importante <strong>de</strong> tiempo para estos usuarios.<br />

Finalmente, el spam constituye un canal importante para la publicidad <strong>de</strong> drogas y productos ilegales, así<br />

como para la captación <strong>de</strong> personas con la finalidad <strong>de</strong> realizar activida<strong>de</strong>s ilícitas.<br />

La teoría <strong>de</strong> la información (Shannon, 1997) proporciona una nueva perspectiva para evaluar los sistemas<br />

<strong>de</strong> información, cuyo objetivo primario es obtener una medida cuantitativa <strong>de</strong> información contenida en un<br />

cierto dato o conocimiento. Para evaluar la información obtenida por un filtro antispam al conocer el valor <strong>de</strong><br />

una cierta variable (término o palabra), se consi<strong>de</strong>ra especialmente la probabilidad asociada a sus valores. En<br />

este sentido, los valores que tienen una menor probabilidad <strong>de</strong> aparición aportan una mayor cantidad <strong>de</strong><br />

información.<br />

Este trabajo presenta un estudio acerca <strong>de</strong> la viabilidad <strong>de</strong> aplicar conceptos relacionados con la teoría <strong>de</strong><br />

la información <strong>de</strong> Shannon, con el objetivo <strong>de</strong> mejorar el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> filtros antispam. Como base <strong>de</strong> esta<br />

investigación se ha escogido un mo<strong>de</strong>lo híbrido <strong>de</strong> Inteligencia Artificial conocido con el nombre <strong>de</strong><br />

295


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

SPAMHUNTING (F<strong>de</strong>z-Riverola et al., 2007). Este mo<strong>de</strong>lo se basa en el paradigma establecido por los<br />

sistemas <strong>de</strong> Razonamiento Basado en Casos (CBR, Case-Based Reasoning) (Watson y Marir, 1994).<br />

El resto <strong>de</strong> este trabajo se estructura como sigue: el siguiente apartado contextualiza e introduce el<br />

funcionamiento básico <strong>de</strong> SPAMHUNTING, un conocido filtro antispam, indicando cómo sacar partido <strong>de</strong> los<br />

conceptos relacionados con la teoría <strong>de</strong> la información. A continuación, en el tercer apartado se proporciona<br />

una <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong>l protocolo experimental diseñado para comprobar la utilidad <strong>de</strong> las mejoras, así como los<br />

resultados obtenidos mediante su ejecución. Finalmente, se incorpora un apartado en el que figuran las<br />

conclusiones principales y las líneas <strong>de</strong> trabajo futuro.<br />

2. APLICANDO LA TEORÍA DE LA INFORMACIÓN DE SHANNON<br />

En este apartado se presenta brevemente el proceso <strong>de</strong> clasificación llevado a cabo por el sistema<br />

SPAMHUNTING, introduciendo al mismo tiempo los cambios oportunos que permitan la aplicación <strong>de</strong><br />

conceptos <strong>de</strong> la teoría <strong>de</strong> la información para mejorar su rendimiento global.<br />

Recientemente se <strong>de</strong>sarrolló SPAMHUNTING (F<strong>de</strong>z-Riverola et al., 2007), un sistema <strong>de</strong> filtrado basado en<br />

la reutilización <strong>de</strong> conocimiento generado durante experiencias anteriores. En este sentido, cuando<br />

SPAMHUNTING recibe un nuevo mensaje es capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar sus términos más relevantes (Mén<strong>de</strong>z et al.,<br />

2006). Estos términos <strong>de</strong>terminan la temática <strong>de</strong>l correo <strong>de</strong> tal forma que, mediante su utilización, es posible<br />

la búsqueda <strong>de</strong> otros mensajes previamente clasificados similares al correo objetivo (fase <strong>de</strong> recuperación).<br />

Los mensajes así obtenidos son empleados en la generación <strong>de</strong> una solución para el correo a clasificar (fase<br />

<strong>de</strong> reutilización) así como una medida <strong>de</strong> fiabilidad <strong>de</strong> la respuesta proporcionada (fase <strong>de</strong> revisión).<br />

Finalmente, el mensaje junto con su solución se almacena en la memoria <strong>de</strong>l sistema con la finalidad <strong>de</strong> que<br />

pueda ser empleado en el futuro para la clasificación <strong>de</strong> nuevos correos (fase <strong>de</strong> aprendizaje). Como se pue<strong>de</strong><br />

ver en el trabajo <strong>de</strong> F<strong>de</strong>z-Riverola et al. (2007) los resultados generados mediante la herramienta son muy<br />

prometedores, superando con creces a los obtenidos empleando otro tipo <strong>de</strong> aproximaciones.<br />

En este trabajo se realiza una evaluación <strong>de</strong>l impacto <strong>de</strong> la utilización <strong>de</strong> una medida <strong>de</strong> longitud <strong>de</strong> las<br />

palabras, como complemento al proceso <strong>de</strong> selección <strong>de</strong> términos relevantes usada en SPAMHUNTING<br />

(Mén<strong>de</strong>z et al., 2006). El mo<strong>de</strong>lo actual se basa en el empleo <strong>de</strong> una medida capaz <strong>de</strong> evaluar la aportación<br />

<strong>de</strong> información (AI) obtenida cuando un término, t, se emplea para representar un e-mail, e. El cálculo <strong>de</strong> esta<br />

medida se muestra en la siguiente expresión:<br />

⎡ P( spam) ⋅P( t ∧ spam) − P( legitimate) ⋅P( t ∧legitimate)<br />

⎤<br />

AI (, t e) = P( t ∧e) ⋅<br />

⎢<br />

⎣ Pt ()<br />

⎥<br />

⎦<br />

don<strong>de</strong> P(t ∧ e) representa la frecuencia <strong>de</strong>l término t <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>l mensaje e, P(spam) y P(legitimate)<br />

representan respectivamente la probabilidad <strong>de</strong> mensajes spam y legítimos, P(t ∧ spam) y P(t ∧ legitimate)<br />

representan la probabilidad <strong>de</strong> encontrar mensajes spam y legítimos que contengan el término t y, finalmente,<br />

P(t) representa la probabilidad <strong>de</strong> encontrar un mensaje con el término t.<br />

Como se pue<strong>de</strong> ver, el cálculo <strong>de</strong> la aportación <strong>de</strong> información <strong>de</strong> cada término implica el empleo <strong>de</strong><br />

conocimiento extraído <strong>de</strong>l propio mensaje, P(t, e), así como información relativa a la capacidad <strong>de</strong> los<br />

términos para distinguir entre las dos clases <strong>de</strong> correos, estimada a través <strong>de</strong> los mensajes almacenados en la<br />

memoria <strong>de</strong>l sistema. Los términos seleccionados para la representación <strong>de</strong> cada mensaje, se escogen en<br />

función <strong>de</strong> la medida <strong>de</strong> aportación <strong>de</strong> información expuesta. En este sentido, para cada mensaje se<br />

seleccionará el conjunto mínimo que contenga los términos que aporten una mayor cantidad <strong>de</strong> información,<br />

tal que la suma <strong>de</strong> las aportaciones <strong>de</strong> información <strong>de</strong> los términos sea mayor que un <strong>de</strong>terminado porcentaje.<br />

Según la teoría <strong>de</strong> información <strong>de</strong> Shannon, las palabras que tienen un mayor número <strong>de</strong> caracteres<br />

aportan mayor cantidad <strong>de</strong> información en los procesos <strong>de</strong> minería <strong>de</strong> texto por el hecho <strong>de</strong> ser menos<br />

frecuentes. La siguiente expresión muestra cómo pue<strong>de</strong> ser modificado el cálculo <strong>de</strong> la información adquirida<br />

(AI), para incorporar información relativa a la longitud <strong>de</strong> los términos <strong>de</strong>l mensaje:<br />

⎡ 1 ⎤<br />

AI'( t, e) = 1<br />

⋅<br />

⎢ − ⎥ AI( t, e)<br />

⎣ length() t ⎦<br />

don<strong>de</strong> length(t) representa el número <strong>de</strong> caracteres (letras) <strong>de</strong>l término t.<br />

Tomando como marco <strong>de</strong> referencia el proceso <strong>de</strong> cálculo <strong>de</strong> la información adquirida mediante el uso <strong>de</strong><br />

un término (<strong>de</strong>finido según las expresiones anteriores), se llevó a cabo un <strong>de</strong>sarrollo experimental para<br />

296


comprobar la posibilidad <strong>de</strong> mejorar el sistema SPAMHUNTING, incorporando en el proceso información<br />

sobre la longitud <strong>de</strong> las palabras. En el siguiente apartado se <strong>de</strong>scribe el procedimiento experimental<br />

diseñado, así como los resultados obtenidos.<br />

3. EXPERIMENTACIÓN REALIZADA<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

En este apartado se presenta el protocolo experimental diseñado para comparar las dos aproximaciones<br />

expuestas con anterioridad. Este protocolo incluye la selección <strong>de</strong> un corpus <strong>de</strong> prueba, el procedimiento <strong>de</strong><br />

selección <strong>de</strong> mensajes que se emplearán para las fases <strong>de</strong> aprendizaje y prueba, así como las medidas y<br />

técnicas seleccionadas para la evaluación <strong>de</strong> los resultados.<br />

Los experimentos realizados se han ejecutado empleando los corpus LingSpam (Androutsopoulos et al.,<br />

2000a) y SpamAssassin (Mason, 2005). Con respecto a la utilización <strong>de</strong> parte <strong>de</strong> los mensajes para<br />

entrenamiento y otra para prueba, estas fueron ejecutadas siguiendo un esquema <strong>de</strong> validación cruzada <strong>de</strong> 10<br />

pares (Kohavi, 1995), garantizando así la vali<strong>de</strong>z <strong>de</strong> los resultados obtenidos.<br />

La comparativa se realizó empleando las siguientes medidas estándar en el campo <strong>de</strong>l filtrado <strong>de</strong> correo<br />

spam (Androutsopoulos et al., 2000b): (i) porcentaje <strong>de</strong> aciertos, falsos positivos y falsos negativos, (ii)<br />

recall y precision, (iii) f-score y balanced f-score con valores <strong>de</strong> β igual a 1.5 y 2 y (iv) TCR (Total Cost<br />

Ratio) con valores <strong>de</strong> λ igual a 1, 9 e 999. La Tabla 1 <strong>de</strong>talla los resultados obtenidos en la evaluación <strong>de</strong>l<br />

sistema.<br />

Tabla 1. Resultados <strong>de</strong> la ejecución <strong>de</strong> los experimentos sobre SPAMHUNTING.<br />

SpamAssassin LingSpam<br />

AI AI' AI AI'<br />

%OK 97,75 97,91 97,37 97,37<br />

%FP 0,05 0,80 0,00 0,03<br />

%FN 2,20 2,00 2,63 2,59<br />

Recall 0,91 0,92 0,84 0,84<br />

Precision 1,00 1,00 1,00 1,00<br />

f-score 0,95 0,96 0,91 0,91<br />

balanced f-score β=1.5 0,97 0,97 0,94 0,94<br />

balanced f-score β=2 0,98 0,98 0,96 0,96<br />

TCR λ=1 11,72 12,60 6,96 7,25<br />

TCR λ=9 10,08 10,20 6,96 6,79<br />

TCR λ=999 6,87 6,63 6,96 6,45<br />

Según los datos <strong>de</strong> porcentajes mostrados en la Tabla 1 resultado <strong>de</strong> la ejecución <strong>de</strong> las pruebas<br />

realizadas, el empleo <strong>de</strong> la longitud <strong>de</strong> las palabras pue<strong>de</strong> mejorar el número <strong>de</strong> mensajes correctamente<br />

clasificados. Sin embargo, el número <strong>de</strong> falsos positivos se incrementa <strong>de</strong> forma importante. Este hecho se<br />

presenta <strong>de</strong> forma más evi<strong>de</strong>nte en las pruebas realizadas con el corpus SpamAssassin.<br />

Por otro lado, y confirmando lo anterior, la precisión es ligeramente inferior para el caso <strong>de</strong> emplear la<br />

longitud <strong>de</strong> las palabras (mayor cantidad <strong>de</strong> falsos positivos), aunque la medida <strong>de</strong> recall se presenta más alta<br />

cuando se pon<strong>de</strong>ran los resultados <strong>de</strong> la métrica con información sobre la longitud <strong>de</strong> las palabras (el sistema<br />

es capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar mayor cantidad <strong>de</strong> mensajes spam). El análisis <strong>de</strong> balanced f-score indica que cuando se<br />

consi<strong>de</strong>ra más importante la reducción <strong>de</strong> la cantidad <strong>de</strong> faltos positivos, es recomendable no emplear la<br />

longitud <strong>de</strong> las palabras. Finalmente, los datos <strong>de</strong> TCR indican que no se <strong>de</strong>be emplear la longitud <strong>de</strong> las<br />

palabras con la salvedad <strong>de</strong> que la pérdida <strong>de</strong> un mensaje legítimo no resulte crítica. Desgraciadamente, esta<br />

situación no es la más habitual para la mayor parte <strong>de</strong> los usuarios finales <strong>de</strong> correo electrónico.<br />

Una vez presentados los resultados <strong>de</strong> la evaluación para las dos propuestas, en el siguiente apartado se<br />

presentan las conclusiones obtenidas <strong>de</strong> la realización <strong>de</strong> este trabajo, así como las principales líneas <strong>de</strong><br />

trabajo futuro que surgen a partir <strong>de</strong> la elaboración <strong>de</strong> esta contribución.<br />

297


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

4. CONCLUSIONES Y TRABAJO FUTURO<br />

En este trabajo se ha evaluado la posibilidad <strong>de</strong> emplear conceptos <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> la teoría <strong>de</strong> la información<br />

para mejorar el funcionamiento <strong>de</strong> los filtros antispam. Durante las pruebas realizadas, se mostró la<br />

efectividad <strong>de</strong> la modificación llevada a cabo <strong>de</strong> cara a la reducción <strong>de</strong> la cantidad <strong>de</strong> errores cometidos por<br />

los clasificadores. Para ello se emplearon dos <strong>de</strong> los corpus más conocidos en el campo <strong>de</strong>l filtrado <strong>de</strong> correo<br />

spam.<br />

Aunque los resultados obtenidos utilizando conceptos <strong>de</strong> teoría <strong>de</strong> la información resultan a<strong>de</strong>cuados para<br />

reducir la cantidad global <strong>de</strong> errores cometidos por el clasificador analizado, las modificaciones realizadas<br />

sobre este no parecen a<strong>de</strong>cuadas cuando la pérdida <strong>de</strong> mensajes legítimos resulta crítica para el usuario final.<br />

Por lo tanto, <strong>de</strong>pendiendo <strong>de</strong>l perfil <strong>de</strong> los usuarios <strong>de</strong>l sistema, se <strong>de</strong>be escoger entre aplicar o no la mejora<br />

propuesta.<br />

De cara a lograr erradicar el corro spam, la investigación se <strong>de</strong>be encaminar hacia la utilización <strong>de</strong><br />

tesauros para incorporar información semántica en el proceso <strong>de</strong> filtrado, así como la elaboración <strong>de</strong> filtros<br />

específicos para la i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> imágenes spam.<br />

AGRADECIMIENTOS<br />

Este trabajo ha sido financiado en parte por el proyecto <strong>de</strong> investigación <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Vigo titulado<br />

SAEICS: sistema adaptativo con etiquetado inteligente para correo spam.<br />

REFERENCIAS<br />

Androutsopoulos, I. et al., 2000a. Corpus Ling Spam (online).<br />

http://www.iit.<strong>de</strong>mokritos.gr/~ionandr/lingspam_public.tar.gz. Consultado el 21.07.2007.<br />

Androutsopoulos, I. et al., 2000b. An evaluation of Naïve Bayesian anti-spam filtering. Proceedings of the Workshop on<br />

Machine Learning in the New Information Age, 11th European Conference on Machine Learning. Barcelona, Spain,<br />

pp. 9-17.<br />

ComputerWorld, 2007. Former spammer: 'I know I'm going to hell' (online).<br />

http://www.computerworld.com.au/in<strong>de</strong>x.php/id;1762205842;fp;2;fpid;1. Consultado en: 21.07.07.<br />

F<strong>de</strong>z-Riverola, F. et al., 2007. SpamHunting: An Instance-Based Reasoning System for Spam Labelling and Filtering. In<br />

Decission Support Systems. Vol. 43, No. 3, pp. 722-736.<br />

Kohavi, R., 1995. A Study of Cross-validation and Bootstrap for Accuracy Estimation and Mo<strong>de</strong>l Selection. In<br />

Proceedings of the 14th International Joint Conference on Artificial Intelligence, IJCAI-1995. Montreal, Canada, pp.<br />

1137-1143.<br />

Mason, J., 2005. The Apache SpamAssassin Project (online). http://spamassassin.apache.org/. Consultado el 25.05.2007.<br />

Mén<strong>de</strong>z, J. R. et al., 2006. Tracking Concept Drift at Feature Selection Stage in SpamHunting: an Anti-Spam Instance-<br />

Based Reasoning System. In Proceedings of the 8th European Conference on Case-Based Reasoning.<br />

Ölü<strong>de</strong>niz/Fethiye, Turkey, pp. 504-518.<br />

Shannon, C. E., 1997. The mathematical theory of communication. In Bell Syst. Tech. J, Vol. 27, pp. 379–423 and 623–<br />

656.<br />

Watson, I., y Marir, F., 1994. Case-based reasoning: A review. In The knowledge Engineering Review, Vol. 9, No. 4, pp.<br />

327-354.<br />

298


EXTRACCIÓN DE PERFILES BASADA EN<br />

AGRUPAMIENTO GENETICO PARA RECOMENDACIÓN<br />

DE CONTENIDO<br />

Sandra Patricia Tocarruncho Tocarruncho<br />

Ingeniería <strong>de</strong> Sistemas y Computación – <strong>Universidad</strong> Pedagógica y Tecnológica <strong>de</strong> Colombia<br />

tt_sandra@yahoo.com<br />

Fredy Andrés Aponte Novoa<br />

Ingeniería <strong>de</strong> Sistemas y Computación – <strong>Universidad</strong> Pedagógica y Tecnológica <strong>de</strong> Colombia<br />

fredy_aponte@yahoo.com<br />

Arturo Tocarruncho Tocarruncho<br />

Licenciatura en Informática Educativa- <strong>Universidad</strong> Pedagógica y Tecnológica <strong>de</strong> Colombia<br />

atocarruncho@tunja.uptc.edu.co<br />

RESUMEN<br />

Los sistemas <strong>de</strong> recomendación son estrategias <strong>de</strong> personalización utilizadas para sugerir productos y/o contenido a los<br />

visitantes <strong>de</strong> sitios Web a partir <strong>de</strong> sus preferencias. El comportamiento <strong>de</strong> navegación que presentan los usuarios es un<br />

indicador <strong>de</strong> estos gustos y es la base para extraer patrones <strong>de</strong> uso frecuente, también llamados perfiles <strong>de</strong> usuario. En<br />

este documento se explica el proceso <strong>de</strong> generación <strong>de</strong> perfiles <strong>de</strong> usuario aplicando dos técnicas <strong>de</strong> agrupamiento: k-<br />

Means y Agrupamiento Genético. Los resultados obtenidos muestran un mejor <strong>de</strong>sempeño <strong>de</strong>l agrupamiento genético<br />

frente a k-Means, evaluados por medio <strong>de</strong> las métricas Recall y Precision.<br />

PALABRAS CLAVE<br />

Agrupamiento, Perfil <strong>de</strong> usuario, Sistema <strong>de</strong> recomendación<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

La evolución e importancia que ha tomado Internet como medio <strong>de</strong> información y comunicación global, ha<br />

originado un interés general por personalizar el entorno Web, es <strong>de</strong>cir, ofrecer sitios adaptativos en los cuales<br />

los usuarios reciben servicios e información <strong>de</strong> acuerdo con sus preferencias. Bajo este mismo principio y<br />

enmarcados en el área <strong>de</strong> la minería <strong>de</strong>l uso web, surgen los sistemas <strong>de</strong> recomendación que se basan en la<br />

información particular <strong>de</strong> cada individuo para construir patrones <strong>de</strong> comportamiento <strong>de</strong> navegación que<br />

conlleven a sugerencias <strong>de</strong> contenido, productos, servicios, que sean <strong>de</strong> interés para los usuarios. Para esto,<br />

ha sido necesaria la construcción <strong>de</strong> los perfiles <strong>de</strong> usuario con base en el comportamiento <strong>de</strong> navegación que<br />

presentan los mismos cuando visitan el sitio web. El objetivo es fragmentar los datos e i<strong>de</strong>ntificar grupos<br />

homogéneos <strong>de</strong> sesiones, <strong>de</strong> tal forma que se pueda asociar un usuario particular a uno <strong>de</strong> los perfiles creados<br />

y ofrecer una recomendación apropiada. Algunos autores han aplicado varias técnicas para generar perfiles<br />

<strong>de</strong> usuarios, como en [Nas99] que utilizan el algoritmo <strong>de</strong> aglomeración competitiva, en [Sar00] usan el<br />

método <strong>de</strong>l vecindario agregado, en [Sha05] utilizan clustering sustractivo difuso relacional y en [Lab03] los<br />

perfiles son generados aplicando el algoritmo AntClust. En este documento utilizamos dos técnicas para<br />

realizar el agrupamiento: k-Means y Agrupamiento Genético para datos con formas no esféricas.<br />

El documento está organizado como sigue: en la sección 2 se explican las tareas ejecutadas para realizar<br />

el preprocesamiento <strong>de</strong> los datos; la sección 3 <strong>de</strong>scribe las técnicas k-Means y Agrupamiento Genético<br />

aplicadas sobre las sesiones <strong>de</strong> usuario para generar los perfiles; la sección 4 muestra el algoritmo<br />

299


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

implementado para generar recomendaciones; en la sección 5 se muestran los resultados obtenidos al aplicar<br />

las dos técnicas <strong>de</strong> agrupamiento. Finalmente, en la sección 6 se exponen las conclusiones.<br />

2. LIMPIEZA Y TRANSFORMACIÓN DE DATOS<br />

La limpieza <strong>de</strong> datos esta basada en los siguientes aspectos:<br />

Eliminación <strong>de</strong> accesos por Robots: Las solicitu<strong>de</strong>s en las cuales es registrado el nombre <strong>de</strong> un robot en<br />

el campo cs(User-Agent) son eliminadas.<br />

Eliminación <strong>de</strong> registros basado en el código <strong>de</strong> estado http: Las solicitu<strong>de</strong>s que presentan código 4xx<br />

(error <strong>de</strong> servidor) y 5xx (error <strong>de</strong>l cliente) en el campo sc-status son eliminadas.<br />

Eliminación <strong>de</strong> duplicidad: Eliminación <strong>de</strong> las solicitu<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>notan redundancia en los recursos como<br />

imágenes, hojas <strong>de</strong> estilo, archivos js, frames, entre otros.<br />

El siguiente paso es la i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> sesiones <strong>de</strong> usuario. Cada sesión S es representada como un<br />

vector binario <strong>de</strong> la forma S = (1,0,1,1,.., f( i),..,1) don<strong>de</strong><br />

f () i = 1<br />

si la i-ésima pagina fue visitada o 0 en caso<br />

contrario.<br />

3. GENERACIÓN DE PERFILES DE USUARIO<br />

Un perfil está compuesto por sesiones <strong>de</strong> usuario similares entre sí, que representan un comportamiento <strong>de</strong><br />

navegación específico <strong>de</strong> acuerdo con las páginas que fueron visitadas en cada una <strong>de</strong> las sesiones. Para este<br />

caso se aplicó uno <strong>de</strong> los mo<strong>de</strong>los más utilizados en la literatura <strong>de</strong> la minería <strong>de</strong> datos: el agrupamiento. Este<br />

mo<strong>de</strong>lo es empleado para reunir elementos con características similares en grupos, <strong>de</strong> tal forma que los<br />

elementos <strong>de</strong> un grupo tienen alta similitud entre ellos, y baja con respecto a elementos <strong>de</strong> otros grupos<br />

[Kan03]. Las técnicas K-Means y Agrupamiento Genético son empleadas en este trabajo para fragmentar los<br />

datos e i<strong>de</strong>ntificar grupos homogéneos <strong>de</strong> sesiones.<br />

3.1 Método K-Means<br />

El método más simple y comúnmente usado para generar particiones <strong>de</strong> datos consiste en:<br />

a) Dado el conjunto total <strong>de</strong> datos S (en este caso, el conjunto <strong>de</strong> sesiones extraídas), se selecciona <strong>de</strong><br />

forma aleatoria k sesiones que se convertirán en los centros <strong>de</strong> los k grupos o clusters.<br />

b) Cada una <strong>de</strong> las sesiones restantes <strong>de</strong>l conjunto S es asignada a un grupo; para ésto se calcula la<br />

similitud entre la sesión y cada uno <strong>de</strong> los centros <strong>de</strong> cluster asignándola al grupo con mayor similitud.<br />

c) El centroi<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada grupo es recalculado.<br />

d) Las sesiones son reasignadas a los grupos teniendo en cuenta los nuevos centros como en el paso b.<br />

e) Los pasos b, c y d se repiten hasta que los nuevos centros <strong>de</strong> los clusters no se muevan <strong>de</strong> forma<br />

significativa con respecto a los anteriores centros, es <strong>de</strong>cir, la distancia entre el anterior y el nuevo centro no<br />

sea mayor <strong>de</strong> un ε, por ejemplo ε=0.0001<br />

El método k-Means ofrece muy buenos resultados si los grupos son compactos, <strong>de</strong> forma esférica y están<br />

bien separados en el espacio, pero presenta el inconveniente que el usuario <strong>de</strong>be especificar el número <strong>de</strong><br />

grupos que <strong>de</strong>ben conformarse <strong>de</strong> forma inicial.<br />

3.2 Algoritmo <strong>de</strong> Agrupamiento Genético para Datos con Formas no Esféricas<br />

Este algoritmo creado en el año 1999 por Lin Yu Tseng y Shiueng Bien Yang intenta suplir las limitaciones<br />

que presenta el algoritmo k-Means. El agrupamiento genético encuentra <strong>automática</strong>mente el número óptimo<br />

<strong>de</strong> grupos y asigna los datos a éstos <strong>de</strong> forma simultánea, a la vez que tiene la capacidad <strong>de</strong> generar grupos <strong>de</strong><br />

formas no esféricas [Tse99]. Se divi<strong>de</strong> principalmente en 2 etapas:<br />

Etapa 1: Obtención <strong>de</strong> clusters o grupos iniciales<br />

Se calcula la matriz <strong>de</strong> distancias para los datos <strong>de</strong>l conjunto S (como en el método k-Means, los datos<br />

representan las sesiones). La matriz M es <strong>de</strong> tamaño n x n, don<strong>de</strong> n es el número <strong>de</strong> sesiones. Para cada<br />

300


sesión Si se encuentra la distancia con su vecino más cercano, es <strong>de</strong>cir, la menor distancia calculada con otras<br />

sesiones.<br />

dmin = min sj − si<br />

,<br />

don<strong>de</strong> s j − si<br />

=<br />

( si, si)<br />

i<br />

2 2<br />

(( s )( s ))<br />

∑<br />

Se calcula el promedio <strong>de</strong> las menores distancias halladas.<br />

∑ ∑<br />

i i i i<br />

1 n<br />

d = ∑ d s<br />

n =<br />

Se construye la matriz <strong>de</strong> adyacencia A como sigue:<br />

( )<br />

prom min i<br />

i 1<br />

⎧1<br />

Aij<br />

= ⎨<br />

⎩ 0<br />

si S j − Si en otro caso<br />

< d<br />

don<strong>de</strong> d = u × d y u = seleccionado <strong>de</strong> forma empirica<br />

prom<br />

Encontrar los componentes conectados <strong>de</strong> la matriz. Cada componente es tomado como un cluster.<br />

Etapa 2: Aplicación <strong>de</strong>l Algoritmo Genético<br />

Inicialización: se generan <strong>de</strong> forma aleatoria una población <strong>de</strong> N ca<strong>de</strong>nas. El tamaño <strong>de</strong> las ca<strong>de</strong>nas es<br />

igual al número <strong>de</strong> grupos creados en la Etapa 1. Cada ca<strong>de</strong>na representa un subconjunto <strong>de</strong> grupos. Si, por<br />

ejemplo, el grupo 5 pertenece al subconjunto Ri, entonces la posición 5 <strong>de</strong> la ca<strong>de</strong>na tendrá un valor <strong>de</strong> 1.<br />

Para cada ca<strong>de</strong>na, se calcula Ui y Ui´ así:<br />

U i = { j La j − esim a posición <strong>de</strong> Ri si valor = 1}<br />

U ′ i = { j La j − esim a posición <strong>de</strong> Ri si valor = 0}<br />

Esto es, Ui es el conjunto <strong>de</strong> índices <strong>de</strong> las posiciones con valor 1 y Ui´ es el conjunto <strong>de</strong> índices <strong>de</strong> las<br />

posiciones con valor <strong>de</strong> 0 en la ca<strong>de</strong>na Ri.<br />

Posteriormente se calcula las distancias inter e intra <strong>de</strong> los clusters. La distancia intra se usa para medir la<br />

cercanía entre clusters que pertenecen a un mismo subconjunto, mientras que distancia inter es utilizada para<br />

medir la separación entre un subconjunto y los <strong>de</strong>más clusters.<br />

d ( R ) = max min k − j<br />

int ra i<br />

d ( R ) = min k − j<br />

int er i<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Fase <strong>de</strong> Reproducción: se calcula la función objetivo o fitness para cada ca<strong>de</strong>na <strong>de</strong> la siguiente forma:<br />

j∈U i<br />

j∈U i<br />

k ∈ Ui′ k∈U i<br />

k≠j fitness( R ) = d ( R ) ∗w−d( R )<br />

i inter i intra i<br />

don<strong>de</strong> w es un factor que <strong>de</strong>termina cual <strong>de</strong> las distancias, la distancia intra o la distancia inter,<br />

es más importante.<br />

Fase <strong>de</strong> Cruce: se seleccionan dos puntos <strong>de</strong> forma aleatoria <strong>de</strong> 1 hasta n. Para cada una <strong>de</strong> las ca<strong>de</strong>nas se<br />

selecciona una ca<strong>de</strong>na padre con la cual intercambia los valores presentes entre los dos puntos.<br />

Fase <strong>de</strong> Mutación: para cada ca<strong>de</strong>na o cromosoma, se selecciona <strong>de</strong> forma aleatoria un número <strong>de</strong> 1 hasta<br />

N, el cual indica la posición <strong>de</strong>l cromosoma que tendrá un cambio <strong>de</strong> valor. Si el valor es <strong>de</strong> 0, le asigna un 1<br />

o viceversa. Se <strong>de</strong>fine un valor <strong>de</strong> probabilidad igual a 0.1 para la asignación <strong>de</strong> 1s.<br />

Unión <strong>de</strong> grupos: este paso se aplica <strong>de</strong>spués <strong>de</strong>l cálculo <strong>de</strong>l fitness para cada ca<strong>de</strong>na. Inicialmente, se<br />

or<strong>de</strong>nan las ca<strong>de</strong>nas <strong>de</strong> mayor a menor fitness. La ca<strong>de</strong>na con mayor fitness es seleccionada con el fin <strong>de</strong><br />

unir los grupos que contiene. Luego se toma la siguiente ca<strong>de</strong>na en la lista or<strong>de</strong>nada y se verifica que ninguno<br />

<strong>de</strong> los grupos que se encuentran en ésta, hayan sido unidos en el paso anterior. Si algún grupo ya fue unido,<br />

se <strong>de</strong>scarta la ca<strong>de</strong>na, <strong>de</strong> lo contrario, se unen los grupos. Este paso <strong>de</strong> unión <strong>de</strong> grupos finaliza cuando ha<br />

sido recorrida toda la lista.<br />

301


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

4. RECOMENDACIÓN DE CONTENIDO<br />

La generación <strong>de</strong> recomendaciones inicia cuando un usuario entra al sitio; <strong>de</strong> forma <strong>automática</strong> se crea una<br />

sesión <strong>de</strong> usuario don<strong>de</strong> se van guardando las páginas a las que acce<strong>de</strong> mientras permanece en el sitio. Cada<br />

vez que es agregada una página a la sesión, se calcula la similitud entre dicha sesión y los centros <strong>de</strong> los<br />

grupos generados en la etapa anterior, con el fin <strong>de</strong> establecer cual grupo o perfil <strong>de</strong>finen mejor el<br />

comportamiento <strong>de</strong> navegación <strong>de</strong>l usuario. Cuanto mayor sea el número <strong>de</strong> páginas visitadas por el usuario,<br />

más apropiado será el perfil con el cuál se vincule. Una vez se ha <strong>de</strong>terminado el grupo, se realiza el cálculo<br />

<strong>de</strong> los elementos más frecuentes [Sar00]. Cada grupo es un conjunto <strong>de</strong> sesiones similares entre sí por lo que<br />

los elementos más frecuentes serán las páginas con mayor número <strong>de</strong> visitas. La recomendación <strong>de</strong> contenido<br />

que el usuario recibe correspon<strong>de</strong> a las primeras N páginas que presentan mayor frecuencia <strong>de</strong> visita.<br />

5. PRUEBAS Y RESULTADOS<br />

5.1 Conjunto <strong>de</strong> Datos<br />

Los datos utilizados para realizar las pruebas fueron obtenidos <strong>de</strong> archivos log <strong>de</strong> acceso <strong>de</strong>l sitio<br />

www.zonaoracle.com <strong>de</strong>dicado a la publicación <strong>de</strong> contenido didáctico relacionado con bases <strong>de</strong> datos<br />

Oracle. Los archivos log fueron tomados aproximadamente <strong>de</strong> un período <strong>de</strong> 15 días, con 248557 solicitu<strong>de</strong>s<br />

realizadas al servidor. Después <strong>de</strong> realizada la limpieza y transformación <strong>de</strong> los datos, se obtuvieron 1360<br />

sesiones <strong>de</strong> usuario y 238 dominios <strong>de</strong> páginas diferentes.<br />

5.2 Perfiles Obtenidos<br />

Tabla 1. Perfiles generados al aplicar los algoritmos k-Means y Agrupamiento Genético<br />

PERFILES OBTENIDOS CON<br />

PERFILES OBTENIDOS CON AGRUPAMIENTO<br />

K-MEANS<br />

GENÉTICO<br />

Integración <strong>de</strong> datawarehouse, OLAP y Data Mining Introducción a Oracle Warehouse Buil<strong>de</strong>r 10g<br />

Implementación <strong>de</strong> un Datawarehouse Metodología para el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> datawarehouses<br />

Metodología para el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> datawarehouses Implementación <strong>de</strong> un Datawarehouse<br />

Como <strong>de</strong>be ser un CRM completo? Integración <strong>de</strong> datawarehouse, OLAP y Data Mining<br />

Implementando un datawarehouse Implementando un datawarehouse -<br />

Cree su primer aplicación en j<strong>de</strong>veloper El concepto datawarehouse -<br />

Desarrollo <strong>de</strong> aplicaciones empresariales con oracle Listar las sentencias SQL <strong>de</strong> una sesión<br />

ADF Data warehousing con Discoverer -<br />

Introducción a Business Component - Parte I<br />

Data Warehousing con Discoverer<br />

Introducción a Business Component - Parte I -<br />

Introducción a Business Component – Parte II<br />

qué es Oracle Web Db? -<br />

Los 4 principios <strong>de</strong>l datawarehouse -<br />

Desarrollar aplicaciones con j<strong>de</strong>veloper<br />

Cree su primer aplicación en j<strong>de</strong>veloper -<br />

Introducción a Business Component - Parte II -<br />

J<strong>de</strong>veloper - Construir una lista <strong>de</strong> valores con ADF Desarrollar aplicaciones con j<strong>de</strong>veloper -<br />

Desarrollo <strong>de</strong> aplicaciones empresariales con oracle ADF -<br />

Desarrollando Componentes JavaBeans con Oracle Introducción a Business Component - Parte I -<br />

J<strong>de</strong>veloper 10g J<strong>de</strong>veloper - Construir una lista lista <strong>de</strong> valores con ADF -<br />

5.3 Evaluación <strong>de</strong> los Perfiles<br />

Las métricas Recall y Precisión utilizadas en el área <strong>de</strong> recuperación <strong>de</strong> información [Sar00] fueron utilizadas<br />

para evaluar los perfiles obtenidos por k-Means como por Agrupamiento Genético. El recall es una medida<br />

que correspon<strong>de</strong> al porcentaje <strong>de</strong> ítems que son correctamente recomendados, mientras que la precisión mi<strong>de</strong><br />

la calidad promedio <strong>de</strong> una recomendación individual [Sha05]. Para efectuar la evaluación, el conjunto <strong>de</strong><br />

302


datos fue dividido en conjunto <strong>de</strong> entrenamiento y en conjunto <strong>de</strong> prueba con el 70 y 30 % <strong>de</strong> los datos,<br />

respectivamente.<br />

Tabla 2. Valores <strong>de</strong> Recall y Precisión para K-Means y Agrupamiento Genético<br />

RECALL PRECISION<br />

k u w<br />

5 10 15 20 5 10 15 20<br />

30 - - 0.3819 0.4084 0.4240 0.4315 0.5566 0.5487 0.5436 0.5391<br />

- 15 3 0.3685 0.4152 0.4284 0.4459 0.3963 0.3747 0.3734 0.3741<br />

La tabla 2 muestra los valores <strong>de</strong> recall y precisión para el algoritmo k-Means y agrupamiento genético<br />

cuando se varían el número <strong>de</strong> elementos o páginas a recomendar. Los valores presentados hacen referencia<br />

a los mejores resultados obtenidos con los dos métodos. Se pue<strong>de</strong> observar que los valores <strong>de</strong> recall tanto<br />

para el agrupamiento genético como para k-Means, mejoran a medida que el número <strong>de</strong> elementos a<br />

recomendar crece, en contraste con los valores <strong>de</strong> precisión, los cuales disminuyen. Aunque los valores <strong>de</strong><br />

recall para el agrupamiento genético mejoran levemente con respecto a k-Means, se pue<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar que el<br />

algoritmo <strong>de</strong> agrupamiento genético ofrece mejores resultados reflejados en la buena <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> perfiles,<br />

como consecuencia <strong>de</strong> un número apropiado <strong>de</strong> grupos generados que contienen sesiones con alto grado <strong>de</strong><br />

similitud.<br />

6. CONCLUSIONES<br />

A pesar que el tiempo <strong>de</strong> ejecución <strong>de</strong>l algoritmo <strong>de</strong> Agrupamiento Genético es mayor con respecto al<br />

utilizado por el método k-Means, los resultados que se obtienen con el primero, en cuanto a <strong>de</strong>finición <strong>de</strong><br />

perfiles, son mejores. Esto se <strong>de</strong>be a que el algoritmo encuentra <strong>de</strong> forma <strong>automática</strong> el número apropiado <strong>de</strong><br />

grupos y los construye basándose en una fuerte similitud entre sesiones y no, como en el caso <strong>de</strong> k-Means,<br />

basándose en el centro.<br />

El preprocesamiento <strong>de</strong> los datos es una etapa fundamental en las tareas <strong>de</strong> minería por cuanto <strong>de</strong> una<br />

a<strong>de</strong>cuada limpieza y representación <strong>de</strong> los datos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> la calidad <strong>de</strong>l conocimiento que se obtenga en<br />

etapas posteriores. No en vano, esta etapa generalmente abarca entre un 60 y 80% <strong>de</strong>l proceso <strong>de</strong> minería.<br />

REFERENCIAS BIBILIOGRÁFICAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

[Coo99] COOLEY Robert, et al. Data Preparation for Mining World Wi<strong>de</strong> Web Browsing Patterns. Knowledge and<br />

Information Systems, Volumen 1 , pp 5-32.<br />

[Eir03] EIRINAKI Magdalini, et al, 2003, Web Mining for web personalization. ACM Transactions on Internet<br />

Technology. New Cork, USA.<br />

[Lab03] LABROCHE Nicolas, et al, 2003. Web sessions Clustering with artificial ants colonies. The Twelfth<br />

International World Wi<strong>de</strong> Web Conference, Budapest, Hungría.<br />

[ [Sar00] SARWAR Badrul, et al, 2000. Analysis of Recommendation Algorithms for E-Commerce. Proceedings of the<br />

2nd ACM conference on Electronic comerce, Minneapolis, Minnesota, USA.<br />

[Sha05] SHANKAR Bhushan , et al, 2005. Incremental Relational Fuzzy Subtractive Clustering for Dynamic Web<br />

Usage Profiling. Proceedings of the WEBKDD Workshop on Taming Evolving, Expanding and Multi-faceted Web<br />

Clickstreams, Chicago, USA.<br />

[Tse99] TSENG Lin Yu, et al, 1999. A genetic clustering algorithm for data with non-spherical-shape clusters. Pattern<br />

Recognition, Vol. 33, No.7, pp 1251-1259.<br />

303


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

A UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS NO PROCESSO<br />

CRIATIVO ARQUITETÔNICO: UMA ANÁLISE SOBRE AS<br />

SUAS INFLUÊNCIAS E POSSÍVEIS MUDANÇAS<br />

Luciana Dalfollo Ferreira<br />

Pós-graduanda, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Arquitetura, Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul - PUCRS<br />

Campus Central, Avenida Ipiranga 6681,prédio 09 – Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

luciana.dalfollo@pucrs.br<br />

Me. Paulo Horn Regal<br />

Orientador, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Arquitetura, Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul - PUCRS<br />

Campus Central, Avenida Ipiranga 6681,prédio 09 – Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

regal@pucrs.br<br />

Dra. Leda Lísia Franciosi Portal<br />

Orientadora, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação, Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul - PUCRS<br />

Campus Central, Avenida Ipiranga 6681,prédio 15 – Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

llfp@pucrs.br<br />

RESUMO<br />

Essa pesquisa investiga a utilização <strong>de</strong> tecnologias no processo criativo arquitetônico tendo como objetivo apontar os<br />

recursos tecnológicos que já vêm e que po<strong>de</strong>rão vir a ser aplicados no processo criativo, analisando suas possíveis<br />

influências e ou modificações significativas nas diferentes etapas da criação. Versa também i<strong>de</strong>ntificar possíveis<br />

alterações na forma final do objeto projetado. A pesquisa é enriquecida com dois estudos <strong>de</strong> caso, o pavilhão freshH2O<br />

eXPO e a D-Tower do grupo Nox, que procuram explicar a suposição do nascimento <strong>de</strong> uma nova arquitetura<br />

potencialmente digital. A pesquisa busca propiciar pontos <strong>de</strong> referência para os cursos <strong>de</strong> formação e para os próprios<br />

profissionais em exercício na arquitetura, no sentindo <strong>de</strong> <strong>de</strong>svelar as contribuições da utilização das tecnologias como<br />

alternativas no processo criativo.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Tecnologia, virtualida<strong>de</strong>, processo criativo arquitetônico, influência, arquiteturas não-padronizadas.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Durante as décadas <strong>de</strong> 70 e 80 do século XX, presenciamos o computador gradualmente se introduzir em<br />

nosso cotidiano, mudando a rotina dos escritórios <strong>de</strong> Arquitetura. Na década <strong>de</strong> 90, surgem as Re<strong>de</strong>s, tendo<br />

no ano <strong>de</strong> 1995 como o ingresso oficial do Brasil na Internet. O preço do computador <strong>de</strong>cresce e, ao mesmo<br />

tempo, há oferta <strong>de</strong> uma imensa varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> softwares para <strong>de</strong>senho com interfaces e preços mais<br />

acessíveis. A década <strong>de</strong> 90 foi um marco, a representação e a comunicação sofreram mudanças que atingiram<br />

não somente a Arquitetura e áreas afins, mas muitas outras áreas, ocasionando alterações nas relações.<br />

Tendo como base a temática <strong>de</strong>ssa pesquisa, foram traçados como objetivos a investigação das<br />

tecnologias que são e po<strong>de</strong>rão vir a ser utilizadas no processo criativo arquitetônico, analisando suas<br />

possíveis influências nas diferentes etapas do processo criativo utilizado pelos arquitetos. Conseqüentemente,<br />

são analisadas se as influências pontuais ou em conjunto estão gerando mudanças significativas<br />

(enriquecimento, melhoria da qualida<strong>de</strong>) no processo criativo ou mesmo propiciando um novo processo.<br />

Esse estudo preten<strong>de</strong> servir como ponto <strong>de</strong> referência para os profissionais da Arquitetura, no sentido <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>svelar a influência da utilização das tecnologias, para que eles possam enten<strong>de</strong>r suas implicações ao utilizá-<br />

304


Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

las, fazendo assim uma escolha a<strong>de</strong>quada. O fato <strong>de</strong> as pesquisas sobre novas tecnologias serem pontuais<br />

ocasionou a falta <strong>de</strong> uma análise mais profunda das suas utilizações no processo criativo como um todo.<br />

Em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses objetivos, surgiram as seguintes questões norteadoras: Como se <strong>de</strong>senvolve o processo<br />

criativo na elaboração <strong>de</strong> um projeto? Quais são as tecnologias que estão sendo empregadas na Arquitetura?<br />

Quais são as influências geradas no processo criativo pela utilização <strong>de</strong> tecnologias? Como estas influências<br />

alteram ou modificam algumas das diferentes fases do processo criativo arquitetônico? Que influências e/ou<br />

possíveis modificações po<strong>de</strong>m alterar a forma final do objeto projetado? Como se explicaria a pressuposição<br />

<strong>de</strong> que está nascendo uma “nova” arquitetura, arquitetura “digital”?<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sse trabalho <strong>de</strong>u-se por meio da abordagem qualitativa bibliográfica com o<br />

enriquecimento <strong>de</strong> dois estudos <strong>de</strong> caso. O trabalho conclui que a utilização <strong>de</strong> tecnologias po<strong>de</strong> influenciar o<br />

processo criativo, na maioria dos casos a partir da fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do projeto. O processo criativo<br />

sofre modificação quando, em busca <strong>de</strong> novos resultados, arquitetos utilizam-se das tecnologias em todo o<br />

seu processo como meio indissociavel e nãos mais como ferramenta. Estas mutações, são refletidas também<br />

na forma final das edificações, nas técnicas construtivas e nas equipes e comunicação dos escritórios.<br />

2. O IMAGINÁRIO TECNOLÓGICO NA ERA DAS TECNOLOGIAS<br />

As tecnologias têm provocado mudanças na socieda<strong>de</strong> cada vez mais velozes e impactantes, atingindo tanto<br />

as relações humanas como a produção. Hoje, um bilhão <strong>de</strong> pessoas estão conectadas à internet e a previsão é<br />

que em <strong>de</strong>z anos seja a meta<strong>de</strong> da população mundial. Eisenman, em ensaio publicado na revista Domus em<br />

1992, aponta uma mudança <strong>de</strong> paradigma ocorrida durante os cinqüenta anos após o final da Segunda Guerra<br />

Mundial: a substituição do paradigma mecânico pelo eletrônico. Para Domingues (2003, p.13) “em seus<br />

aspectos produtivos, é um fato incontestável que no momento contemporâneo a vida se alimenta das<br />

tecnologias e configura estreitas interfaces criativas e técnicas... com a presença <strong>de</strong> sistemas artificiais que<br />

provocam mudanças e mo<strong>de</strong>lam outras formas <strong>de</strong> viver marcadas por relações sociais que subvertem<br />

princípios vigentes em socieda<strong>de</strong>s anteriores”. Hoje o imaginário tecnológico é capaz <strong>de</strong> produzir efeitos<br />

tangíveis na maneira como pensamos, produzimos socialmente, mediamos tecnicamente, pois a virtualização<br />

presente é um dos pontos-chave <strong>de</strong>sse imaginário. O virtual, para Lévy (1996, p.12), “é um modo <strong>de</strong> ser<br />

fecundo e po<strong>de</strong>roso que põe em jogo processos <strong>de</strong> criação, abre futuros, perfura poços <strong>de</strong> sentido sob a<br />

planitu<strong>de</strong> da presença física imediata”. O imaginário tecnológico é uma conseqüência das mudanças das<br />

técnicas, da economia e dos costumes, tendo a tecnologia também como espécie <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ologia.<br />

3. UM BREVE HISTÓRICO DAS TECNOLOGIAS E REPRESENTAÇÕES<br />

O <strong>de</strong>senho, arquitetônico ou não, é produto <strong>de</strong> uma época na qual os valores culturais, as formas <strong>de</strong><br />

organização social e a tecnologia disponível estão diretamente relacionadas a ele. O Renascimento humanista<br />

foi um período <strong>de</strong> eclosão das artes e das ciências inspiradas na Antiguida<strong>de</strong> Clássica greco-romana em que<br />

houve a busca <strong>de</strong> uma nova representação do mundo. O equipamento visual humano foi consi<strong>de</strong>rado o<br />

instrumento perfeito para aquisição <strong>de</strong> conhecimento das leis da natureza. Fillipo Brunelleschi (1377-1446) é<br />

reconhecido com o inventor da perspectiva científica. O <strong>de</strong>senho e a pintura uniram-se para auxiliar a<br />

compreensão da realida<strong>de</strong>, tendo como exemplo os <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> Leonardo da Vinci (1492-<br />

1519). O barateamento do papel, advindo do <strong>de</strong>senvolvimento da imprensa, permitiu aos artistas o luxo <strong>de</strong><br />

realizar ensaios para seus trabalhos. No período Barroco houve gran<strong>de</strong>s avanços nas técnicas <strong>de</strong><br />

representação com o progresso do cientificismo cartesiano e a evolução das projeções geométricas. No final<br />

do século XVIII, Garpard Monge (1746-1818) enuncia fundamentos da geometria <strong>de</strong>scritiva. Aparece na<br />

França a unida<strong>de</strong> metríca e o sistema <strong>de</strong> escala <strong>de</strong> redução e ampliação.<br />

O Movimento Mo<strong>de</strong>rno, com seu racionalismo técnico e filosófico, faz a Arquitetura e a ciência incidirem<br />

sobre o mundo, e não mais apenas o representarem. Na segunda meta<strong>de</strong> do século XX acontece uma<br />

oposição ao pensamento mo<strong>de</strong>rno com uma nova concepção do <strong>de</strong>senho arquitetônico, que ganha caráter<br />

autoral. A revolução mais radical vem acontecendo da década <strong>de</strong> 70 em diante, compreen<strong>de</strong>ndo um salto a<br />

partir da década <strong>de</strong> 90, com a utilização do computador e outras tecnologias. Os instrumentos tradicionais <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senho e maquete começam a apresentar muitas limitações. O projeto sempre foi algo virtual, mas o<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da precisão através <strong>de</strong> softwares aliados a outras tecnologias como a Internet abriu<br />

possibilida<strong>de</strong>s para o arquiteto <strong>de</strong> visualização do objeto, virtual no computador e não matéria no croqui.<br />

3.1 Tecnologias Contemporâneas Aplicadas à Arquitetura<br />

O mercado nos oferece hoje uma gama variada <strong>de</strong> tecnologias específicas e indiretamente relacionadas às<br />

profissões projetuais. As tecnologias contemporâneas po<strong>de</strong>m ser compreendidas em quatro gran<strong>de</strong>s grupos:<br />

softwares, equipamentos, realida<strong>de</strong> virtual e Internet. Desenvolvidos visando à área projetual, existem<br />

softwares para as mais específicas necessida<strong>de</strong>s. Po<strong>de</strong>mos dividi-los em setores como: o <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho<br />

mo<strong>de</strong>lagem e animação;o <strong>de</strong> simulação como o <strong>de</strong> luminotécnica; e o <strong>de</strong> gráfica e edição <strong>de</strong> imagens.<br />

Também existem os Knowledge Based Systems (KBS) <strong>de</strong>senvolvidos por pesquisas, que visam à criação ou<br />

auxílio <strong>de</strong> soluções. Entre os equipamentos que po<strong>de</strong>rão <strong>de</strong> alguma forma influenciar ou modificar a nossa<br />

maneira <strong>de</strong> projetar e visualizar se <strong>de</strong>stacam: a caneta digital; mesa digitalizadora e Tablet PC; o scanner<br />

3D; e o televisor em 3D. Um exemplo <strong>de</strong> aplicação foi o restauro da escultura Davi (1501) <strong>de</strong> Michelangelo<br />

(1475-1564) realizado entre 1999 e 2000 realizado através do scanner 3D da Cyberware. Esse trabalho foi<br />

realizado por uma equipe da Stanford University juntamante com a University of Washington. A realida<strong>de</strong><br />

virtual faz com que o usuário tenha a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interagir, criando um percurso e “caminhando” <strong>de</strong>ntro<br />

do projeto, causando sensações anteriormente impossíveis com o <strong>de</strong>senho estável.<br />

Dentre os serviços disponibilizados na Internet vários po<strong>de</strong>m influenciar o ofício do arquiteto. Serviços<br />

como portais <strong>de</strong> Arquitetura <strong>de</strong>stinados à divulgação como o site Greatbuildings e sites para discussões como<br />

o Vitruvius. Nos sites dos museus importantes, como o Louvre, é possível fazer um tour online. Mapas <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> altíssima são disponibilizados no Google Earth. Através das networks os mundos virtuais e as<br />

comunida<strong>de</strong>s on-line estão se difundindo com gran<strong>de</strong> rapi<strong>de</strong>z, gerando novas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> criação<br />

artísticas através da interativida<strong>de</strong>. Um exemplo são os MUDs, Multi-Users Domains como o Projeto<br />

Desertesejo <strong>de</strong> Gilbertto Prado. Outro potencial da Internet é dar suporte as network <strong>de</strong> trabalho colaborativo,<br />

como os conhecidos sistemas extranet <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> projetos. A forma tradicional <strong>de</strong> comunicação,<br />

um para um, passa a ser um para muitos. Esse <strong>de</strong>senvolvimento traz efeitos fundamentais nos profissionais,<br />

pois agora todos os colaboradores <strong>de</strong> um projeto estão conectados entre si. Um exemplo é o SISPRO,<br />

<strong>de</strong>senvolvido pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora. Ele dá apoio e interação às diversas etapas do<br />

projeto, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a concepção até a sua entrega final ao cliente. É composto por vários módulos como o <strong>de</strong><br />

ambiente colaborativo, que possui salas <strong>de</strong> chat, vi<strong>de</strong>oconferência, e o módulo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

projeto arquitetônico que possui biblioteca virtual, etc.. Através <strong>de</strong>sse sistema é possível trabalhar com uma<br />

equipe em que os integrantes residam em diferentes países, pois não se faz mais necessário uma relação<br />

presencial, revolucionando assim os sistemas <strong>de</strong> trabalho na maneira <strong>de</strong> interagir.<br />

4. CONCEPÇÃO, ELABORAÇÃO E REFINAMENTO: EM QUAL FASE?<br />

O processo criativo arquitetônico é o caminho o qual o arquiteto utilizou para concretizar as suas soluções<br />

(projeto) para <strong>de</strong>terminado problema (programa). O processo criativo arquitetônico, simplificando o processo<br />

criador <strong>de</strong> Gomes (2001), possui um momento <strong>de</strong> investigação que prece<strong>de</strong> e embasa as três principais fases:<br />

a concepção, a elaboração e o refinamento. Na concepção é <strong>de</strong>senvolvida uma síntese das soluções,<br />

<strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> partido. Após <strong>de</strong>finido, inicia-se a fase <strong>de</strong> elaboração que <strong>de</strong>senvolve o partido através <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senhos com maior precisão. À medida que os <strong>de</strong>senhos são ampliados o grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição é cada vez<br />

maior, exigindo tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões constantes. A última fase, o refinamento, compreen<strong>de</strong> o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da elaboração. Os <strong>de</strong>senhos alcançam a precisão necessária para execução. Em qual etapa<br />

da criação se fará presente o uso <strong>de</strong> tecnologias e em qual intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá do arquiteto, pois apesar dos<br />

processos criativos possuírem etapas comuns, seus <strong>de</strong>senvolvimentos são muitos particulares. As<br />

peculiarida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rão da formação do arquiteto, da sua familiarização com as tecnologias, dos seus<br />

gostos pessoais,... Po<strong>de</strong>mos distinguir três gran<strong>de</strong>s grupos quando estudamos a aplicação das tecnologias no<br />

processo criativo.<br />

O primeiro grupo, aqui chamado <strong>de</strong> manual, realiza a concepção e a elaboração com <strong>de</strong>senhos à mão<br />

livre, no refinamento po<strong>de</strong>rão ser utilizadas tecnologias. O processo criativo utiliza na concepção o croqui,<br />

rafe, como mediador da idéia para sua externalização. O <strong>de</strong>senho a mão-livre é <strong>de</strong>fendido por McKim (1980)<br />

306


como o caminho <strong>de</strong> soluções <strong>de</strong> problemas. Somente após uma exaustiva elaboração com <strong>de</strong>senhos<br />

arquitetônicos à mão, o projeto se encaminha para a fase <strong>de</strong> refinamento, em que po<strong>de</strong>rão ser empregadas<br />

tecnologias. Po<strong>de</strong>mos encontrar estas características no processo <strong>de</strong> trabalho do arquiteto espanhol Emili<br />

Donato. Os híbridos, <strong>de</strong>nominação do segundo grupo, utilizam o <strong>de</strong>senho à mão livre somente na concepção,<br />

as tecnologias aparecem na elaboração e no refinamento. Po<strong>de</strong>mos analisar o processo criativo do arquiteto<br />

cana<strong>de</strong>nse Frank Gehry como exemplo expoente. Na fase <strong>de</strong> investigação é realizada uma maquete do<br />

entorno para posteriormente realizar um estudo com blocos. Com a análise dos volumes, o arquiteto faz uma<br />

gama <strong>de</strong> croquis. Os croquis são passados para o arquiteto chefe do projeto que realizará maquetes <strong>de</strong> estudos<br />

que evocam esses croquis. O próximo passo é a digitalização das maquetes. O projeto realizado para o Museu<br />

Guggenheim <strong>de</strong> Bilbao, Espanha, entre 1991 e 1997 é um expoente. Neste caso, as tecnologias não foram<br />

inseridas na concepção, mas são fatores essenciais do projeto, pois sem o scanner 3D e o software <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>lagem utilizado Catia, seria praticamente inviável calcular e conseqüentemente construir a edificação. O<br />

terceiro e último, o grupo digital, utiliza as tecnologias <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a concepção até o refinamento. A exposição<br />

Non Standart Architectures, realizada entre <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2003 a março <strong>de</strong> 2004 no Centro Pompidou em<br />

Paris, foi a precursora <strong>de</strong>ste grupo, apresentando os trabalhos <strong>de</strong> doze escritórios internacionais. Segundo sua<br />

própria publicação, a proposta foi mostrar ao gran<strong>de</strong> público as “mutações fundamentais que a arquitetura<br />

atualmente sofreu, tanto em sua concepção como em sua realização: a utilização da informática pelos<br />

escritórios <strong>de</strong> arquitetura em todas as fases,...que vai muito mais além da simples adoção <strong>de</strong> algum<br />

programa <strong>de</strong> CAD… O uso generalizado <strong>de</strong> aplicações baseadas nos sistemas algoritmos supõe a<br />

transformação das ferramentas habituais <strong>de</strong> concepção, produção e conseqüentemente representação”.<br />

Conforme os arquitetos non stardards, a utilização em peso da tecnologia numérica na arquitetura implica<br />

tranformações importantes nos métodos, teorias, práticas, modalida<strong>de</strong>s, etapas e representações. A arquitetura<br />

non standart enfrenta uma nova linguagem transferida <strong>de</strong> outros campos da ciência e da tecnologia.<br />

4.1 Um pouco da Non Standart Architectures: grupo Nox<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O grupo holandês NOX, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da década <strong>de</strong> 90, pesquisa as relações entre arquitetura e computação.<br />

O projeto freshH2O eXPO, Pavilhão da Água Doce (1994-1997), é um pavilhão <strong>de</strong>senvolvido para o<br />

programa <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> águas da Holanda. Foi concebido com a integração da arquitetura, geometria<br />

e instalação, a exibição faz parte da forma final. Utilizou-se do conceito <strong>de</strong> arquitetura líquida <strong>de</strong> Marcos<br />

Novak, uma referência ao espaço interconectado à Internet, tendo como características a liqui<strong>de</strong>z,<br />

interativida<strong>de</strong>, mutabilida<strong>de</strong> e imaterialida<strong>de</strong>. O edifício não possui aberturas externas sendo o piso, o forro e<br />

as pare<strong>de</strong>s uma superfície única. Esse aspecto fluído e interativo é intensificado com elementos móveis<br />

ativados pelos visitantes através <strong>de</strong> pequenas alavancas ou pelos sensores, sensíveis ao toque ou pela<br />

presença, espalhados ao longo do espaço. O campo visual perceptivo muda, e a proporcionalida<strong>de</strong> se<br />

modifica no eixo horizontal pela modificação da referência <strong>de</strong> corpo. O projeto da D-Tower, começado em<br />

1998 e executado em 2005, é um híbrido <strong>de</strong> diferentes mídias em cuja arquitetura é apenas uma parte <strong>de</strong> um<br />

gran<strong>de</strong> sistema interativo <strong>de</strong> relações. Três partes constituem a D-Tower: um website; um questionário<br />

disponível; e a torre, sendo os três componentes interativos entre si. O edifício é diretamente conectado no<br />

website que traz perguntas que lidam com emoções do dia-a-dia como ódio, amor, alegria e medo. Essas<br />

emoções <strong>de</strong>terminam a cor da iluminação da torre entre quatro cores: ver<strong>de</strong>, vermelho, azul e amarelo. É um<br />

exemplo claro <strong>de</strong> arquitetura interativa em que não apenas o participante, mas sim a Internet tem um papel<br />

importante no resultado final: a digitalização está presente na própria arquitetura.<br />

Figura 1 e 2. Projeto e vista interna do pavilhão freshH2O eXPO e D-Tower, sentimento alegria .<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

A busca <strong>de</strong> mutações na arquitetura necessitou mudanças no processo criativo, tanto na morfologia,<br />

espaço líquido, fluído como na percepção, em que aparecem conceitos <strong>de</strong> interativida<strong>de</strong> e transformação do<br />

espaço que <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser estático. Nesses dois projetos, o software MAYA, utilizado para mo<strong>de</strong>lagem e<br />

animação do programa arquitetônico, foi empregado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fase <strong>de</strong> concepção, configurando os espaços a<br />

partir <strong>de</strong> superfícies topológicas, e não euclidianas. O ato <strong>de</strong> projetar virtualmente em 3D, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a concepção,<br />

possibilita uma visão global do objeto projetado que proporcionou ao autor uma percepção diferente,<br />

influênciando a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões ao longo do processo. A transição da fase <strong>de</strong> concepção para elaboração<br />

é uma linha tênue , praticamente imperceptível, pois a síntese e elaboração se fun<strong>de</strong>m em uma mesma<br />

investigação.<br />

5. CONCLUSÃO<br />

No primeiro grupo, o uso <strong>de</strong> tecnologias possivelmente não influenciará o processo criativo, pois a sua<br />

utilização, na maioria das vezes, se limita à chamada “prancheta eletrônica”. Analisando o segundo grupo,<br />

po<strong>de</strong>mos concluir que a utilização <strong>de</strong> tecnologias po<strong>de</strong>rá influenciar o processo criativo, principalmente no<br />

que diz respeito ao <strong>de</strong>senvolvimento do projeto. As novas técnicas auxiliam a visualização, simulação,<br />

análise e execução, sendo facilitadoras e algumas vezes imprescindíveis, mas o processo tradicional <strong>de</strong><br />

projeto não muda. A utilização <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho colaborativo também po<strong>de</strong>rá influenciar o processo<br />

criativo, pois <strong>de</strong>manda do arquiteto o conhecimento e familiarização <strong>de</strong> softwares extranet além <strong>de</strong> necessitar<br />

que os produtos do <strong>de</strong>senvolvimento do objeto projetado sejam digitais. A mudança da comunicação abre<br />

portas para novas experiências e organizações do processo <strong>de</strong> projeto. O terceiro grupo, digital, rompe com<br />

parâmetros tradicionais advindos do Renascimento, como o processo <strong>de</strong> projeto e da morfologia da<br />

edificação. A atual mudança <strong>de</strong> nosso imaginário para tecnológico, cuja virtualização presente é um dos<br />

pontos chave, é refletido na arquitetura e conseqüentemente na sua criação.No processo <strong>de</strong> projeto há a<br />

libertação da co-presença renascentista, mudando assim conceitos <strong>de</strong> presencialida<strong>de</strong> e proporcionalida<strong>de</strong>.<br />

Outros conceitos importantes como <strong>de</strong>smaterialização, <strong>de</strong>sconstrutivismo, digitalização e virtualização são<br />

incorporados.<br />

A busca <strong>de</strong> mutações na Arquitetura tem como conseqüência mudanças no processo criativo, que utiliza<br />

as tecnologias não apenas como ferramentas, e sim como meio virtualizado. Mudanças tanto na maneira do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma fase como na fusão das mesmas, explicitada nos Knowledge Based Systems. Essas<br />

mutações são também refletidas na linguagem da edificação finalizada. Esse grupo po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado uma<br />

vanguarda <strong>de</strong> uma nova vertente, a arquitetura digital. As mutações também são refletidas nas estruturas e<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> trabalho dos escritórios, on<strong>de</strong> agora gerenciadores <strong>de</strong> sistemas e <strong>de</strong>signers paramétricos fazem<br />

parte da equipe. Há também reflexos na indústria, pois atualmente materiais construtivos não são capazes <strong>de</strong><br />

assumirem as exigências <strong>de</strong>ssas geometrias complexas.<br />

O estudo alerta para tensões frente aos <strong>de</strong>safios a serem enfrentados, exigindo investimento na<br />

capacitação <strong>de</strong> profissionais e alunos da área para que possam incluir os recursos tecnológicos em suas<br />

ativida<strong>de</strong>s com maior clareza e qualida<strong>de</strong>. Ao encontrar novas formas <strong>de</strong> explorar as possibilida<strong>de</strong>s<br />

oferecidas pela tecnologia, intensificando e multiplicando os seus usos, po<strong>de</strong>remos torná-las cada vez mais<br />

úteis, possibilitando, pelo seu conhecimento, tirar <strong>de</strong>las o máximo <strong>de</strong> proveito, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma perspectiva<br />

humanista.<br />

REFERÊNCIAS<br />

_________, 2003. Architectures Non Standard. Centro Pompidou, Paris, França.<br />

Colomina, Beatriz, 2003. Una conversación com Frank Gehry. El proceso <strong>de</strong>l proyecto. El croquis, No. 117, pp. 07-16.<br />

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Peter. Visões que se <strong>de</strong>sdobram: a arquitetura na era da mídia eletrônica. Cosacnaify, São Paulo, Brasil.<br />

308


PORTAIS WEB: ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL<br />

António Jorge Gonçalves <strong>de</strong> Gouveia<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />

Vila Real<br />

jgouveia@utad.pt<br />

Paula Cristina Oliveira<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />

Vila Real<br />

poliveir@utad.pt<br />

João Eduardo Quintela Varajão<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />

Vila Real<br />

jvarajao@utad.pt<br />

RESUMO<br />

Os conceitos relativos aos Portais Web, apesar <strong>de</strong>stes serem hoje instrumentos fundamentais para a organização e<br />

pesquisa <strong>de</strong> informação na WWW, ainda não são totalmente consensuais. Vários autores, ao longo dos últimos anos,<br />

foram apresentando várias <strong>de</strong>finições e classificações para Portais Web, o que resultou numa gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

perspectivas e em alguma confusão conceptual. Procurando contribuir para a clarificação <strong>de</strong> conceitos, neste artigo são<br />

abordados e discutidos diversos aspectos fundamentais, através da apresentação e análise <strong>de</strong> várias <strong>de</strong>finições e distinções<br />

mais comummente aceites no que concerne a Portais Web.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

portal, transaccional, informativo, privado, público, vertical, horizontal.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Nos últimos anos, a Internet e, muito particularmente, a World Wi<strong>de</strong> Web (WWW), tem-se expandido<br />

continuamente, em termos da tecnologia utilizada e em termos <strong>de</strong> dimensão, tornando-se um meio essencial<br />

para a realização <strong>de</strong> negócios. Deste crescimento, resultaram vários instrumentos <strong>de</strong> pesquisa e organização<br />

da informação, no contexto dos quais os Portais Web têm particular <strong>de</strong>staque.<br />

O rápido crescimento da WWW e a importância reconhecida aos Portais Web, levou a em poucos anos se<br />

verificasse o aparecimento <strong>de</strong> inúmeros portais, muitas vezes com características significativamente<br />

diferentes entre si. Consequentemente, diversos autores propuseram <strong>de</strong>finições distintas, muitas vezes para o<br />

mesmo objecto <strong>de</strong> interesse.<br />

Hoje a terminologia ainda não está consolidada e os termos Portal ou Portal web ainda não estão <strong>de</strong>finidos<br />

<strong>de</strong> uma forma clara (Zirpins et al., 2001). Sendo uma palavra que surgiu nos últimos anos, foi usada com<br />

gran<strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> semântica para <strong>de</strong>finir uma gama muito abrangente <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong> websites.<br />

Segundo o Dicionário <strong>de</strong> Língua Portuguesa da Porto Editora (Costa and Melo, 1995), um portal é a<br />

“porta principal <strong>de</strong> um edifício; portada; átrio”. Um Portal web será então, e por analogia, a porta principal<br />

para um conjunto <strong>de</strong> recursos e serviços na Internet. A webopedia (Webopedia, 2006) <strong>de</strong>fine exactamente um<br />

portal web como sendo “um website que oferece um conjunto <strong>de</strong> recursos e serviços, tais como e-mail,<br />

fóruns, motores <strong>de</strong> pesquisa e compras on-line”. De uma maneira simples, po<strong>de</strong>mos dizer que os portais<br />

Internet fornecem um acesso versátil, configurável e personalizado a informação, baseado no interesse e<br />

estatísticas <strong>de</strong> preferências <strong>de</strong> cada indivíduo (Maltz, 2005). Um portal Internet é uma solução tecnológica<br />

aplicada a <strong>de</strong>terminadas necessida<strong>de</strong>s funcionais existentes nas organizações ou em sectores <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>. A<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

informação nos portais web aparece, na maioria das vezes, sob a forma <strong>de</strong> hiper-ligações e canais<br />

relacionados a áreas <strong>de</strong> interesse, aplicações, eventos, fóruns <strong>de</strong> discussão, pesquisa, entre outros. Sendo um<br />

termo relativamente recente, traz alguns problemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição, dado que <strong>de</strong>ixa diversas questões em aberto<br />

(Katz, 2000). Não obstante, há um conjunto <strong>de</strong> características que po<strong>de</strong>m ser i<strong>de</strong>ntificadas e que todos os<br />

portais têm que reunir <strong>de</strong> modo a po<strong>de</strong>rem ser consi<strong>de</strong>rados como tal. Aspectos, como o público-alvo e os<br />

serviços oferecidos, ajudam a <strong>de</strong>finir diversas categorias <strong>de</strong> portais.<br />

Neste artigo são abordados diversos conceitos <strong>de</strong> portais, fazendo-se a distinção entre portais<br />

transaccionais e portais informativos, portais privados e portais públicos e, finalmente, portais horizontais e<br />

portais verticais.<br />

2. CLASSIFICAÇÃO DOS PORTAIS WEB<br />

O termo Portal é muito abrangente e po<strong>de</strong> abarcar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o simples catálogo on-line até a soluções complexas<br />

<strong>de</strong> intranet. Contudo, uma característica comum é o seu papel <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> partida para algo, oferecendo uma<br />

entrada para a utilização <strong>de</strong> serviços na Internet (Zirpins et al., 2001).<br />

Os conceitos, como é natural, vão evoluindo conforme a evolução da socieda<strong>de</strong> e, neste caso, com a<br />

evolução tecnológica e a evolução dos serviços possíveis <strong>de</strong> disponibilizar. A primeira classificação<br />

apareceu, tendo em atenção os interesses dos utilizadores e os serviços oferecidos (Schumacher and<br />

Schwickert, 1999). Em 2001, tendo em atenção que a maioria dos portais estava centrado no consumidor,<br />

Christian Zirpins classificava os portais em duas classes distintas: portais verticais e portais horizontais<br />

(Zirpins et al., 2001). Este autor referia que <strong>de</strong>ntro dos portais verticais (vortals), portais <strong>de</strong>dicados a<br />

comunida<strong>de</strong>s ou domínios específicos, existem vários tipos <strong>de</strong> portais. Os mais comuns são: EIP, Enterprise<br />

Information Portals, também conhecidos como “Corporate Portals” e funcionam como entrada na Internet<br />

tanto para clientes como empregados <strong>de</strong> uma empresa. Outra subclasse dos portais verticais referida por<br />

Zirpins é a dos Portais Intranet. Este tipo <strong>de</strong> portal reúne um conjunto <strong>de</strong> aplicações que visam servir todas as<br />

unida<strong>de</strong>s funcionais <strong>de</strong> negócios <strong>de</strong> uma empresa. Por último, este autor refere o recente aparecimento dos<br />

chamados portais industriais ou portais B2B (business-to-business), que proporcionam um ambiente virtual<br />

para trocas <strong>de</strong> informação e, talvez mais importante, um ambiente privilegiado que favoreça as trocas<br />

comerciais.<br />

Steinbrenner, também em 2001, <strong>de</strong>fendia que os portais <strong>de</strong>veriam ser divididos em três classes distintas:<br />

portais públicos, que reuniriam informações e serviços <strong>de</strong> interesse geral, portais verticais, focalizados numa<br />

industria ou comunida<strong>de</strong> com interesses específicos e portais empresariais, orientados para uma só<br />

organização, como por exemplo, uma universida<strong>de</strong> (Steinbrenner, 2001).<br />

Também Strauss, em 2002, referia ser útil dividir os portais em dois grupos: portais horizontais, portais<br />

do consumidor, Hortals ou HEPs (Horizontal Enterprise Portals, também chamados <strong>de</strong> mega portais), e os<br />

portais verticais, Vortals ou VEPs (Vertical Enterprise Portals) (Strauss, 2002).<br />

O aparecimento <strong>de</strong> páginas dinâmicas, a utilização <strong>de</strong> bases <strong>de</strong> dados, a facilida<strong>de</strong> no acesso à tecnologia,<br />

entre outros, veio dar uma nova dimensão ao conceito <strong>de</strong> portal. Deste modo, em 2003, Clarke e Flaherty<br />

acrescentam duas novas dimensões a esta classificação: para além da abrangência <strong>de</strong> conteúdos (horizontal<br />

e/ou vertical), consi<strong>de</strong>raram também o objectivo do portal (transacção e/ou informação) e o leque <strong>de</strong><br />

utilizadores a que se <strong>de</strong>stina (publico e/ou privado). Todos os portais apresentam características <strong>de</strong> cada uma<br />

<strong>de</strong>stas dimensões em variados graus (Clarke and Flaherty, 2003). É neste mo<strong>de</strong>lo que nos apoiamos para<br />

<strong>de</strong>senvolver os diferentes conceitos <strong>de</strong> Portal.<br />

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Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Figura 1. Características dos portais web segundo três dimensões. Fonte: (Clarke and Flaherty, 2003).<br />

Portais Transaccionais vs Portais Informativos<br />

Os portais po<strong>de</strong>m ser ferramentas dinâmicas <strong>de</strong> divulgação <strong>de</strong> informação e/ou <strong>de</strong> transacções <strong>de</strong> várias<br />

naturezas. O objectivo <strong>de</strong> um portal <strong>de</strong> transacções é proporcionar uma plataforma que possibilite a venda <strong>de</strong><br />

produtos e serviços on-line (Clarke and Flaherty, 2003). Estes portais permitem aos clientes recolher<br />

informação, comparar preços, questionar sobre produtos e, principalmente, comprar on-line. Um exemplo<br />

<strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> portal é o Pitman.com (www.pitman.com).<br />

Figura 2. Exemplo <strong>de</strong> Portal Transaccional - Pitman.com (www.pitman.com, consultado em 19/02/2007).<br />

Os portais informativos são portais fornecedores <strong>de</strong> conteúdos que disponibilizam uma gran<strong>de</strong><br />

diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação aos visitantes.<br />

A chave para o sucesso <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> portal está no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> conteúdos relevantes que possam<br />

atrair o máximo <strong>de</strong> visitantes possível e, assim, gerar o máximo <strong>de</strong> receitas. O objectivo é oferecer, ao<br />

utilizador, acesso fácil a informação, <strong>de</strong>scrita como sendo a mais relevante. Os portais informativos <strong>de</strong>vem<br />

fornecer este tipo <strong>de</strong> informação <strong>de</strong> uma forma superior àquela que seria proporcionada pelos motores <strong>de</strong><br />

pesquisa tradicionais (Clarke and Flaherty, 2003).<br />

Muitas empresas adoptaram a i<strong>de</strong>ia dos portais informativos através do uso <strong>de</strong> EIPs (Enterprise<br />

Information Portal). Os portais empresariais proporcionam acesso a aplicações <strong>de</strong> software e informação da<br />

empresa através <strong>de</strong> um browser. Este tipo <strong>de</strong> portais está disponível para empregados da empresa assim<br />

como, em certas situações, aos seus clientes e fornecedores. O rendimento do investimento neste tipo <strong>de</strong><br />

estruturas é dado pelo aumento <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>.<br />

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Figura 3. Exemplo <strong>de</strong> Portal Informativo - FoodService.com (www.foodservice.com, consultado em 19/02/2007).<br />

Portais Privados vs Portais Públicos<br />

Os portais também po<strong>de</strong>m ser classificados como públicos ou privados, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do nível <strong>de</strong> acesso<br />

proporcionado pelo site.<br />

Figura 4. Classificação por níveis <strong>de</strong> acesso.<br />

Um Portal Público está disponível para qualquer utilizador da Internet e não tem restrições <strong>de</strong> acesso. Um<br />

exemplo <strong>de</strong> portal público é o AutoPortal (www.autoportal.iol.pt). Este portal <strong>de</strong>dica-se ao sector automóvel<br />

e fornece todas as informações sobre o mercado <strong>de</strong> carros novos e usados, <strong>de</strong>sporto, ensaios e testes,<br />

comparativo <strong>de</strong> preços, entre outros.<br />

Figura 5. Exemplo <strong>de</strong> portal público: AutoPortal (www.autoportal.iol.pt, consultado em 19/02/2007).<br />

Ao contrário dos portais públicos, os portais privados são frequentemente <strong>de</strong> acesso restrito a um grupo<br />

<strong>de</strong> utilizadores <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma organização (i.e. uma intranet). Este tipo <strong>de</strong> portal também po<strong>de</strong> ser restrito a<br />

312


Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

grupos <strong>de</strong> utilizadores externos às empresas, tais como distribuidores ou outro tipo <strong>de</strong> parceiro qualquer,<br />

tornando-se assim uma extranet.<br />

Portais Horizontais vs Portais Verticais<br />

Os portais horizontais são sites públicos que tentam fornecer aos seus utilizadores todos os serviços <strong>de</strong><br />

que eles necessitam (Strauss, 2002). São exemplo <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> portais o Clix (www.clix.pt), Oninet<br />

(www.oninet.pt) e o AOL (www.aol.com) .<br />

O objectivo <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> portal é fazer com que os utilizadores o adoptem como homepage, ou seja,<br />

como a sua página <strong>de</strong> entrada na internet, disponibilizando para isso uma gama variada <strong>de</strong> informação,<br />

serviços e outros recursos. Por norma, nas características <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> portal incluem-se a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

pesquisa, catálogos <strong>de</strong> produtos, serviço <strong>de</strong> mensagens, e-mail, compras on-line e alojamento <strong>de</strong> páginas<br />

pessoais.<br />

Os portais horizontais não fornecem acesso a conteúdos e serviços que grupos específicos <strong>de</strong> pessoas<br />

preten<strong>de</strong>m. Eles <strong>de</strong>dicam-se a disponibilizar informação, aplicações e outros recursos, através <strong>de</strong> múltiplas<br />

categorias <strong>de</strong> utilizadores, procurando atingir todos os membros <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> (Maltz, 2005).<br />

Os portais verticais, também <strong>de</strong>signados e-Vortals, constituem a segunda categoria básica <strong>de</strong> portais,<br />

oferecendo conteúdos e serviços vocacionados para um domínio ou comunida<strong>de</strong> específica. Os e-Vortals<br />

po<strong>de</strong>m estar centrados em comunida<strong>de</strong>s profissionais ou com interesses comuns (Zirpins et al., 2001).<br />

Figura 6. xemplo <strong>de</strong> portal horizontal: América online (www.aol.com, consultado em 19/02/2006).<br />

Segundo um relatório publicado em Janeiro <strong>de</strong> 2005, os motores <strong>de</strong> busca cobrem apenas uma parte muito<br />

pequena da web: apenas em cerca <strong>de</strong> 17% dos casos o utilizador encontra sempre o que procura, utilizando<br />

um motor <strong>de</strong> busca generalista (Fallows, 2005). Consi<strong>de</strong>rando-se essa dificulda<strong>de</strong>, ou quase impossibilida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> se pesquisar na web por palavra-chave com eficácia, observa-se uma nova tendência no que concerne à<br />

elaboração <strong>de</strong> sites para públicos específicos: um fenómeno <strong>de</strong> verticalização, ou seja, a construção <strong>de</strong> sites<br />

com características <strong>de</strong> portal especializados num assunto ou área <strong>de</strong> interesse específico. Um modo <strong>de</strong> reduzir<br />

o tamanho do portal, sem omitir conteúdo relevante, é <strong>de</strong>senvolver um Vortal - um serviço restrito a um<br />

mercado vertical (o "v" em vortal) - preferencialmente restrito a um mercado atraente aos anunciantes (por<br />

exemplo, sectores empresariais específicos ou áreas <strong>de</strong> interesse bem <strong>de</strong>finidas). Ao contrário do que<br />

acontece nos motores <strong>de</strong> busca generalistas, os portais verticais possuem ferramentas <strong>de</strong> pesquisa que<br />

utilizam estratégias e terminologia a<strong>de</strong>quadas e direccionadas para o mercado visado (Me<strong>de</strong>iros et al., 2000).<br />

Um e-Vortal é um portal vertical para uma indústria, mercado ou grupo específico na Internet. Vortal,<br />

portal vertical em português, é uma contracção lexical <strong>de</strong> "vertical portal", e refere-se a um sítio na re<strong>de</strong> que<br />

agrega conteúdo e serviços <strong>de</strong> interesse para uma indústria específica e os disponibiliza para os membros<br />

<strong>de</strong>ssa indústria. Ao passo que um portal atrai um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> "netizens" (os cidadãos da Internet)<br />

oferecendo uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conteúdos e ligações (hiper-ligações) para outros locais como o<br />

Yahoo! ou o AOL, os portais verticais têm uma abrangência mais restrita e visam uma indústria específica,<br />

um tema, um local ou uma i<strong>de</strong>ia.<br />

~<br />

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Figura 7.Tipos <strong>de</strong> portais verticais. Fonte: (Vortalbuilding, 2005b)<br />

O conceito <strong>de</strong> portal vertical é baseado na premissa <strong>de</strong> ligar clientes e fornecedores num ambiente<br />

focalizado.<br />

Este ambiente fornece informações e ferramentas que encorajam os membros registados a manterem-se<br />

<strong>de</strong>ntro das fronteiras do portal vertical. Os Vortals são também vistos como semelhantes a comunida<strong>de</strong>s<br />

business-to-business (b2b) ou comunida<strong>de</strong>s business-to-consumer (b2c) (Vortalbuilding, 2005b).<br />

Empresas e indivíduos que partilham os mesmos interesses po<strong>de</strong>m juntar-se para interagir, colaborar e<br />

transaccionar num mercado digital. Essa necessida<strong>de</strong> existe para certos sectores como se prova, em Portugal,<br />

com o aparecimento, nos últimos tempos, <strong>de</strong> portais para indústrias ou áreas específicas. São exemplos: econstroi<br />

(www.econstroi.com) portal da construção e o e-financas (www.e-financas.gov.pt) – portal das<br />

finanças.<br />

3. CONCLUSÃO<br />

No que concerne a Portais Web, a terminologia ainda não está consolidada. Os termos Portal ou Portal Web,<br />

ainda não estão <strong>de</strong>finidos <strong>de</strong> uma forma clara. Sendo uma palavra, ou expressão, que surgiu nos últimos anos,<br />

foi usada com gran<strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> semântica para <strong>de</strong>finir uma gama muito abrangente <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong> websites.<br />

Apesar <strong>de</strong>ste ser um termo recente e <strong>de</strong> largo espectro, há um conjunto <strong>de</strong> características comuns nos<br />

portais que po<strong>de</strong>m ser i<strong>de</strong>ntificadas e que todos os portais têm que reunir para ser consi<strong>de</strong>rados como tal.<br />

Procurando contribuir para uma clarificação do termo Portal Web, apresentamos neste artigo diversos<br />

conceitos fundamentais, em conjunto com uma tipologia para a sua classificação em portais<br />

informativos/transaccionais, públicos/privados e horizontais/verticais.<br />

REFERÊNCIAS<br />

CLARKE, I. & FLAHERTY, T. B. (2003) Web-based B2B portals. Industrial Marketing Management, 15-23.<br />

COSTA, J. A. & MELO, A. S. (1995) Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora.<br />

FALLOWS, D. (2005) Search Engine Users. IN PEW/INTERNET (Ed.), Pew Internet & American Life Project.<br />

KATZ, R. N. (2000) It's a Bird. It's a Plane. It's a ... Portal? Educause Quarterly, 10-11.<br />

MALTZ, L. (2005) Portals: A Personal Door to the Information Enterprises. Educause Quarterly.<br />

MEDEIROS, R. S., MUNIZ, J. S. & VARELA, L. B. (2000) Portal, Vortal ou Hortal? IN FLUMINENSE, U. F. (Ed.)<br />

Informe NDC Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense.<br />

SCHUMACHER, M. & SCHWICKERT, A. (1999) Web-Portable Stand und Entwicklungsten<strong>de</strong>nzen. Arbeitspapiere,<br />

4/99.<br />

STEINBRENNER, K. (2001) Envolving Tecnology Committees. Educause Quarterly.<br />

STRAUSS (2002) Web Portals and Higher Educations. Tecnologies to Make IT Personal. Educause Quarterly, 32-40.<br />

VORTALBUILDING (2005b) What is a vortal?<br />

WEBOPEDIA (2006).<br />

ZIRPINS, C., WEINREICH, H., BARTELT, A. & LAMERSDORF, W. (2001) Advanced Concepts for Next Generation<br />

Portals. University of Hamburg, Department of Informatics, Distributed Systems Group (VSYS).<br />

314


SOCIALIZACIÓN DE LA WEB SEMÁNTICA<br />

Jorge Morato, Anabel Fraga, Sonia Sánchez-Cuadrado<br />

Dpto. Informática, <strong>Universidad</strong> Carlos III. Av. <strong>Universidad</strong>, 30 -Leganés<br />

[jorge, afraga, ssanchec]@ie.inf.uc3m.es<br />

Jose Antonio Moreiro<br />

Dpto. Biblioteconomía y Documentación, <strong>Universidad</strong> Carlos III. c/Madrid, 126- Getafe<br />

jamore@bib.uc3m.es<br />

RESUMEN<br />

La Web 2.0 y la Web Semántica son planteamientos que preten<strong>de</strong>n la mejora <strong>de</strong> la Web mediante la optimización <strong>de</strong> los<br />

mecanismos para compartir información y recursos. En este documento se argumenta que la Web 2.0 no es un estadio<br />

inmaduro <strong>de</strong> la Web Semántica sino una dimensión ortogonal <strong>de</strong> otra dimensión <strong>de</strong> la Web, la semántica. De esta manera<br />

se muestra un modo <strong>de</strong> representar gráficamente ambas dimensiones para caracterizar un sistema. Por último, se discuten<br />

varios parámetros críticos en la integración <strong>de</strong> ambas Webs para formar la Web Semántica Social.<br />

PALABRAS CLAVES<br />

Web 2.0, Web Semántica, Web Semántica Social, Dimensiones <strong>de</strong> la Web, usabilidad<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

La Web 2.0 y la Web Semántica (WS) son tecnologías con un gran potencial para la red y por en<strong>de</strong>, para los<br />

usuarios finales. Ambas intentan mejorar los mecanismos para compartir información y recursos.<br />

Frecuentemente, se ha señalado a la Web 2.0 como una etapa intermedia hacia la Web 3.0, es <strong>de</strong>cir hacia la<br />

Web Semántica. Esta apreciación entra en aparente contradicción con el análisis <strong>de</strong> las características <strong>de</strong> una<br />

frente a la otra, <strong>de</strong>tectándose planteamientos contradictorios. En este documento se argumenta que ambas<br />

Webs respon<strong>de</strong>n en realidad a necesida<strong>de</strong>s diferentes <strong>de</strong> la Web.<br />

Los siguientes apartados muestran una somera <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong> ambas Webs, se analizarán las<br />

características diferenciadoras más relevantes para, a continuación, proponer una visión integradora. Por<br />

último, se muestran posibles soluciones, y se exponen las conclusiones así como los trabajos futuros.<br />

1.1 La Web 2.0<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Dale Dougherty perteneciente a O’Reilly Media fue la persona que creó el término Web 2.0 en una<br />

conferencia con Craig Cline <strong>de</strong> MediaLive. Durante la charla sobre la evolución <strong>de</strong> Internet se percataron que<br />

habían surgido numerosos servicios caracterizados por un grado <strong>de</strong> colaboración y la voluntad <strong>de</strong> compartir<br />

recursos por parte <strong>de</strong> los usuarios. El término se afianzó en la Conferencia Web 2.0 en el 2004, <strong>de</strong> forma que<br />

en un año el término Web 2.0 ya había 10 millones <strong>de</strong> citas en Google, aunque su significado permanecía<br />

difuso. A diferencia <strong>de</strong> la Web Semántica su aparición no respon<strong>de</strong> a un esfuerzo planificado y coordinado si<br />

no a la constatación por parte <strong>de</strong> los expertos <strong>de</strong> que la Web estaba evolucionando <strong>de</strong> forma autónoma hacía<br />

este tipo <strong>de</strong> propuestas. La Web 2.0 presenta al usuario como el principal centro <strong>de</strong> atención (O’Really,<br />

2006), el usuario <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> qué usar y cómo usarlo. Aplicaciones como Flick o YouTube muestran la gran<br />

aceptación y vitalidad <strong>de</strong> esta propuesta. El planteamiento se basa en la implicación y colaboración <strong>de</strong> los<br />

usuarios en la gestión <strong>de</strong> los recursos, lo cual requiere <strong>de</strong> interfaces amigables y diseños usables. A diferencia<br />

<strong>de</strong> la Web Semántica, esta Web prescin<strong>de</strong> <strong>de</strong> una autoridad centralizada que la organice y estandarice, lo cual<br />

impi<strong>de</strong> un procesamiento pre<strong>de</strong>terminado genérico por parte <strong>de</strong> las aplicaciones informáticas.<br />

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1.2 La Web Semántica<br />

Tim Berners-Lee creó este concepto al proponer una red en la que los or<strong>de</strong>nadores fueran capaces <strong>de</strong> analizar<br />

todos los datos <strong>de</strong> la Web. La Web Semántica que podría hacer esto esta emergiendo, cuando lo haga se dará<br />

un salto cualitativo en la interconexión entre múltiples repositorios, el comercio electrónico, las búsquedas<br />

semánticas y los sistemas <strong>de</strong> pregunta respuesta, y la eficacia <strong>de</strong> los agentes inteligentes (Berners-Lee, 1999).<br />

La Web Semántica cuenta con casi una década <strong>de</strong> trabajo tras <strong>de</strong> sí y un gran esfuerzo invertido para su<br />

<strong>de</strong>sarrollo por parte <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s privadas y académicas, aunque sus resultados son hoy en día escasos.<br />

Sin embargo, dos factores hacen atractiva la Web Semántica como solución, estos son la interoperabilidad<br />

y la creación <strong>de</strong> recursos semánticos con el conocimiento común <strong>de</strong> un dominio:<br />

Interoperabilidad: uno <strong>de</strong> los objetivos <strong>de</strong> la Web Semántica es ser un mediador universal para el<br />

intercambio <strong>de</strong> información. Es <strong>de</strong>cir, se trata <strong>de</strong> convertir la Web en una gran base <strong>de</strong> datos. La<br />

interoperabilidad entre los documentos se sustenta mediante RDF (Resource Description Framework)<br />

(W3C, 2005), un lenguaje que es <strong>de</strong> hecho un subconjunto <strong>de</strong> XML. Las ventajas <strong>de</strong> obtener esta<br />

interoperabilidad son obvias para consulta en múltiples repositorios, la reutilización <strong>de</strong> conocimiento, la<br />

navegación conceptual y la fusión <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> Organización <strong>de</strong>l Conocimiento (KOS).<br />

Recursos semánticos: la Web Semántica necesita que el conocimiento semántico sea expresado en<br />

documentos escritos en un lenguaje Web orientado al mo<strong>de</strong>lado <strong>de</strong> conocimiento como RDF. Estos<br />

documentos mo<strong>de</strong>lan KOS e instancias <strong>de</strong> los mismos. Los KOS, p.e. las ontologías, tienen un rol<br />

importante en la Web Semántica porque soportan el conocimiento semántico. Los KOS <strong>de</strong>finen los<br />

términos utilizados para <strong>de</strong>scribir y representar un área <strong>de</strong> conocimiento. Estos recursos son utilizados<br />

por personas, bases <strong>de</strong> datos y aplicaciones que necesitan compartir información sobre <strong>de</strong>terminado<br />

dominio, entendiendo por dominio la especificación <strong>de</strong> un área <strong>de</strong> conocimiento, como la medicina,<br />

propieda<strong>de</strong>s inmobiliarias, gestión comercial, etc.). Los KOS incluyen <strong>de</strong>s<strong>de</strong> listados <strong>de</strong> conceptos y<br />

algún tipo <strong>de</strong> relación entre los mismos, hasta las ontologías formales (heavyweight ontologies), que<br />

incluyen <strong>de</strong>finiciones procesables por los or<strong>de</strong>nadores como con axiomas y reglas <strong>de</strong> inferencia.<br />

1.3 Comparación <strong>de</strong> la Web 2.0 y la Web Semántica<br />

Algunas <strong>de</strong> las características <strong>de</strong> ambos enfoques ponen <strong>de</strong> manifiesto que se trata <strong>de</strong> dos visiones con<br />

planteamientos no acor<strong>de</strong>s. De entre los mismos cabe <strong>de</strong>stacar los expuestos en la siguiente tabla (tabla 1):<br />

Tabla 1. Algunas diferencias entre la Web 2.0 y la Web Semántica<br />

Web 2.0 Web Semántica<br />

Origen Constatación <strong>de</strong> la evolución natural <strong>de</strong> la Web Por Tim Berners para evolucionar la Web<br />

Implantación Muy alta Escasa (Palacios et al, 2006)<br />

Coordinación No existe Centralizada, sobre todo por el W3C<br />

Foco Personas Aplicaciones informáticas<br />

Primeras menciones 2003, primera conferencia 2004 1999 (Berners-Lee, 1999)<br />

Expresión Lenguaje libre (folksonomías) las palabras clave Lenguaje controlado, con lenguajes <strong>de</strong> expresión<br />

Algunas<br />

características<br />

(tags), con problemas <strong>de</strong> sinonimia y poli<strong>semi</strong>a<br />

• Descripción que mejora navegabilidad<br />

• Se comparte conocimiento y <strong>de</strong>sarrollos<br />

• Arquitectura <strong>de</strong> colaboración<br />

• Usabilidad alta<br />

• Un recurso es más útil cuanto más uso tenga<br />

<strong>de</strong> ontologías, KOS y vocabularios <strong>de</strong> metadatos<br />

• Utilización <strong>de</strong> un lenguaje estandarizado con<br />

sintaxis uniforme y semántica no ambigua<br />

• Interoperabilidad: Intercambio <strong>de</strong> información<br />

entre cualquier repositorio<br />

• Usabilidad escasa<br />

Así parece que ambos, la Web 2.0 y la Web Semántica podrían estar en contradicción a primera vista.<br />

Pero también se podría plantear como dos aspectos complementarios <strong>de</strong> la Web, que operando <strong>de</strong> forma<br />

sinérgica pue<strong>de</strong>n aumentar el potencial <strong>de</strong>l mismo.<br />

316


1.4 Dimensiones <strong>de</strong> la Web 2.0 y la Web Semántica<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Como se ha visto en la anterior sección, las diferencias entre las dos perspectivas parecen <strong>de</strong>mostrar que<br />

existe un nicho común para su coexistencia. La incompatibilidad entre ambos podría ser menor si se plantea<br />

como diferentes dimensiones para la gestión <strong>de</strong> la Web, que lejos <strong>de</strong> ser antagonistas se complementan<br />

incrementando su potencial. Consi<strong>de</strong>remos por tanto que estamos en un espacio <strong>de</strong>nominado la Web, que<br />

tiene, al menos, dos dimensiones, una que mi<strong>de</strong> el grado <strong>de</strong> contacto con el usuario y otra que muestra el<br />

grado <strong>de</strong> semántica utilizado para expresar y organizar la información en <strong>de</strong>terminado sistema. Ambas<br />

dimensiones son representadas en la figura 1 como las abscisas y las or<strong>de</strong>nadas respectivamente.<br />

La implicación <strong>de</strong> los usuarios en la creación y uso <strong>de</strong> documentos semánticos es mayor cuando la<br />

dimensión <strong>de</strong> contacto está más próxima al extremo positivo, caso <strong>de</strong> la Web 2.0. Este es en realidad el nivel<br />

superior <strong>de</strong> esta dimensión <strong>de</strong>bido a que el usuario expresa mediante las folksonomías el sentido final <strong>de</strong>l<br />

recurso, al contrario, cuanto más próxima al lado negativo menos implicación <strong>de</strong>l usuario, así resulta evi<strong>de</strong>nte<br />

que la Web Semántica no se convertirá en una realidad en tanto no se mejore la usabilidad para expresar<br />

formalmente los documentos semánticos con OWL. Hay que hacer notar que la dimensión <strong>de</strong> contacto no<br />

engloba solamente el aspecto <strong>de</strong> usabilidad y los interfaces, si no también otros como grado en que el usuario<br />

percibe como rentable el esfuerzo por mejorar un recurso, o el grado en que el sistema promueve la<br />

colaboración, entre otros.<br />

La dimensión vertical muestra la proximidad al usuario. La dimensión horizontal es necesaria para<br />

asegurar intoperabilidad y expresar el sentido común. Por lo tanto ambas perspectivas pue<strong>de</strong>n sobrevivir<br />

juntas, y la Web idónea será la integración <strong>de</strong> uno en el otro, entorno <strong>de</strong>nominado Web Semántica Social.<br />

La dimensión semántica (la Web semántica) podría ser trasladada en la dimensión vertical <strong>de</strong> la<br />

dimensión <strong>de</strong> contacto con el usuario (Web 2.0), y esta dimensión se podría trasladar a lo largo <strong>de</strong>l eje<br />

horizontal que representa la dimensión semántica. El punto <strong>de</strong> cruce <strong>de</strong> ambas dimensiones indicará el grado<br />

<strong>de</strong> semántica y proximidad al usuario, <strong>de</strong>pendiendo <strong>de</strong> la proximidad al extremo positivo o negativo.<br />

La formulación expuesta pue<strong>de</strong> ser extendida con más conceptos que involucran la Web Semántica y la<br />

Web 2.0 para enfatizar otros aspectos relevantes. Por ejemplo, cuestiones tales como: ¿cuál es la<br />

funcionalidad final?, ¿qué se persigue en la implantación <strong>de</strong> un sistema? o ¿cuántos elementos <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lado<br />

son necesarios para crear la ontología bajo <strong>de</strong>terminado paradigma?<br />

Como se ha mencionado, estas dimensiones parecen no ser completamente in<strong>de</strong>pendientes. Sin duda los<br />

Sistemas <strong>de</strong> Organización <strong>de</strong>l Conocimiento (KOS) poco formalizados (Light ontologies), mejoran la<br />

usabilidad, gestión y comprensión por parte <strong>de</strong>l usuario, algo evi<strong>de</strong>nte cuando se observa la popularidad <strong>de</strong><br />

los tags <strong>de</strong> la Web 2.0 (<strong>de</strong>nominadas también folksonomías) para <strong>de</strong>scribir los recursos multimedia <strong>de</strong> la<br />

Web Invisible. Pero, mediante el planteamiento <strong>de</strong> estrategias orientadas a mejorar la usabilidad, la fiabilidad<br />

y el empleo <strong>de</strong> recursos semánticos por parte <strong>de</strong> los usuarios, se pue<strong>de</strong> apreciar la ortogonalidad <strong>de</strong> las<br />

variables. En la próxima sección se discuten algunas <strong>de</strong> estas medidas.<br />

2. MEDIDAS PARA CONSEGUIR LA WEB SEMÁNTICA SOCIAL<br />

Para conseguir una Web Semántica Social quedan aún algunas consi<strong>de</strong>raciones pendientes. A continuación se<br />

muestran ocho elementos con los que se podría mejorar la dimensión <strong>de</strong> contacto respecto a la semántica:<br />

1. Analizar cuales son en la actualidad los documentos <strong>de</strong> la Web Semántica Social: Posiblemente,<br />

en la actualidad, el enfoque más próximo a la Web Semántica Social son los documentos RSS. Estos<br />

documentos, que se cuentan por millones en Internet, aúnan la sindicación <strong>de</strong> contenidos (un objetivo típico<br />

<strong>de</strong> la Web 2.0) con la expresión <strong>de</strong> dicha sindicación en RDF (en el caso <strong>de</strong> RSS 1.0) o XML (en el caso <strong>de</strong><br />

RSS 2.0). Sin duda, como en el caso <strong>de</strong>l vocabulario Dublín Core (DCMI, 2007), el éxito se ha basado en dos<br />

factores: la aparición <strong>de</strong> lectores usables dirigidos al usuario final y la simplicidad <strong>de</strong>l vocabulario <strong>de</strong><br />

metadatos subyacente. Las etiquetas Meta <strong>de</strong> HTML y los Microformatos son dos soluciones que tienen<br />

respaldo popular, si bien son poco ambiciosos para crear la Web Semántica, muestran que la solución para<br />

implantar esta Web <strong>de</strong>be ser simple.<br />

2. Promover la creación <strong>de</strong> ontologías <strong>de</strong> dominio por usuarios expertos: La creación <strong>de</strong> ontologías<br />

<strong>de</strong> forma colaborativa es un tema complejo, ya que las ontologías se basan en el consenso para <strong>de</strong>terminar los<br />

conceptos e interrelaciones relevantes entre los mismos, y este consenso se dificulta a medida que aumenta el<br />

317


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

número <strong>de</strong> usuarios. Por otra parte, cuanto más específico sea el dominio más complicado es i<strong>de</strong>ntificar<br />

expertos dispuestos a colaborar. Una posible solución es que los organismos públicos incentiven y financien<br />

la creación <strong>de</strong> estos recursos. La opción <strong>de</strong> que exista capital privado para crearlos no parece realista, ya que<br />

el resultado <strong>de</strong>berá ser un producto gratuito y reutilizable por terceros.<br />

Figura. 1. Las dimensiones <strong>de</strong> contacto con el usuario y semántica basada en el espectro <strong>de</strong> las ontologías (Daconta,<br />

2003)<br />

3. Centralizar los documentos semánticos en un repositorio común y eliminar duplicida<strong>de</strong>s:<br />

Actualmente existen al menos cuatro vocabularios <strong>de</strong> metadatos para expresar un KOS tipo tesauro. El<br />

SKOS-Core <strong>de</strong>l W3C, los PSI <strong>de</strong> los Topic Maps, Zthes y MADS. La duplicidad para crear <strong>de</strong> forma<br />

<strong>de</strong>scontrolada vocabularios controlados provoca la <strong>de</strong>sconfianza y confusión <strong>de</strong>l usuario que no sabe cuál es<br />

el vocabulario idóneo o más generalizado.<br />

4. Mejorar la dimensión <strong>de</strong> contacto en la utilización <strong>de</strong> documentos RDF-OWL: La dificultad <strong>de</strong><br />

uso <strong>de</strong> algunos lenguajes como OWL no anima a los usuarios a colaborar. Según Gómez-Pérez (2004) la<br />

validación <strong>de</strong> la ontología OWL por los expertos es uno <strong>de</strong> los cuellos <strong>de</strong> botella en la creación <strong>de</strong> ontologías.<br />

El problema ha sido atajado en anteriores ocasiones con algunas propuestas como es el caso <strong>de</strong> la Wikipedia<br />

en el que las mejoras se realizan mediante diferentes perfiles para crear, editar o validar los nuevos<br />

contenidos, pero bajo un interface amigable, o como pueda ser la creación <strong>de</strong> Wikis <strong>de</strong> noticias mediante tags<br />

que sean codificados en RDF <strong>de</strong> forma transparente (Fuentes, 2007). Algunas aplicaciones <strong>de</strong> Altova<br />

(SemanticWorks) y Microsoft (InfoPath) o los ya mencionados formularios para edición <strong>de</strong> RSS facilitan la<br />

incorporación <strong>de</strong> instancias en RDF. Otro problema relativo a este punto es la mejora <strong>de</strong> los interfaces para<br />

navegar por estos documentos, algo que intenta realizar el proyecto Tabulator.<br />

5. Conversión <strong>de</strong> las folksonomías en KOS más complejos: Algunos recursos Web están siendo motivo<br />

<strong>de</strong> análisis para su evolución hacía KOS complejos, un ejemplo son las folkontology (Damme, 2007), que<br />

estudian mecanismos <strong>de</strong> evolución a partir <strong>de</strong> una folksonomía. Otro ejemplo, sobre esta evolución se da en<br />

la Wikipedia. Sin duda, la incorporación <strong>de</strong> las nubes <strong>de</strong> tags con herramientas lingüísticas y estadísticas<br />

pue<strong>de</strong> ayudar en este proceso. Un ejemplo, <strong>de</strong> cómo se podría hacer es Piggy Bank, que es una aplicación que<br />

captura localmente las etiquetas <strong>de</strong> los RDF visitados, para organizarlo en una ontología local, y que pue<strong>de</strong><br />

ser compartida en el Semantic Bank.<br />

6. Promover una arquitectura <strong>de</strong> colaboración con la implicación <strong>de</strong> los usuarios: El usuario <strong>de</strong>be<br />

tener claro que su colaboración para mejorar el recurso no implicará la obligación <strong>de</strong> pagar un sobreprecio<br />

para su futuro uso <strong>de</strong>l recurso mejorado. A<strong>de</strong>más, el usuario <strong>de</strong>be ser consciente <strong>de</strong> los beneficios que la Web<br />

Semántica le supondrá a corto plazo.<br />

7. Establecer mecanismos que hagan peligrar la fiabilidad <strong>de</strong> las búsquedas: Se <strong>de</strong>berán habilitar<br />

técnicas para que a diferencia <strong>de</strong> las etiquetas meta <strong>de</strong> HTML no se utilicen para hacer spam semántico.<br />

8. Reducir la <strong>de</strong>sconfianza <strong>de</strong> las empresas: Si las empresas exportan los datos bajo el mismo mo<strong>de</strong>lo<br />

y vocabulario <strong>de</strong> metadatos, se incrementará la interoperabilidad para consultar distintos repositorios, lo cual<br />

318


facilitara la comparación <strong>de</strong> precios y servicios y su automatización. Si una empresa no normaliza sus datos<br />

quedaría relegada fuera <strong>de</strong>l mercado.<br />

3. CONCLUSIONES<br />

La Web 2.0 y la Web Semántica tienen ambas un gran potencial para crear una Web más potente para los<br />

usuarios finales. La Web 2.0 se ha presentado frecuentemente como una etapa intermedia hacia la Web<br />

Semántica. Las diferencias entre ambas Webs son: la Web 2.0, se centra en personas, mientras que la Web<br />

Semántica en aplicaciones; para lo que la primera emplea un lenguaje libre y la otra un lenguaje controlado.<br />

Las folksonomías <strong>de</strong> la Web 2.0 tienen un bajo coste, los lengujes controlados lo tienen alto. La Web2.0<br />

preten<strong>de</strong> dar a los usuarios una semántica legible y usable y la Web Semántica resalta la interpretación<br />

correcta <strong>de</strong> la semántica por parte <strong>de</strong> las aplicaciones informáticas en <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> la legibilidad. Sin<br />

embargo, tras preguntarse la razón <strong>de</strong> la existencia <strong>de</strong> ambos enfoques y por qué la Web 2.0 o Web Social ha<br />

tenido tanto éxito en comparación con la Web Semántica, se evi<strong>de</strong>ncia que se trata <strong>de</strong> dos necesida<strong>de</strong>s<br />

in<strong>de</strong>pendientes pero igualmente indispensables. En este artículo, se presenta como novedad la interpretación<br />

<strong>de</strong> la Web 2.0 y la Web Semántica como dos dimensiones in<strong>de</strong>pendientes pero imprescindibles para el<br />

<strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> la Web, estando lejos ambas <strong>de</strong> ser tecnologías irreconciliables o sucesivas. Así se muestra un<br />

medio visual para interpretar el grado en que ambas dimensiones son alcanzadas por <strong>de</strong>terminado sistema.<br />

Difícilmente podrá haber un gran volumen <strong>de</strong> documentos semánticos si no se implica a los usuarios en<br />

su creación y utilización. Esta implicación no se podrá lograr si no se cuidan aspectos como la legibilidad,<br />

usabilidad e implicación en la gestión <strong>de</strong> estos documentos, ya que actualmente, la falta <strong>de</strong> estas<br />

características frena su popularidad. Es <strong>de</strong>cir se trata <strong>de</strong> socializar la Web Semántica para lograr una Web<br />

Semántica Social. Así, se han señalado varios factores críticos que pue<strong>de</strong>n incidir en la solución <strong>de</strong> esta<br />

problemática. Como <strong>de</strong>sarrollos futuros se analizarán dos aspectos, la <strong>de</strong>scomposición <strong>de</strong> ambas dimensiones<br />

en un espacio que incluya otros aspectos relevantes como la finalidad <strong>de</strong>l sistema. Y la creación <strong>de</strong> una<br />

métrica que permita medir el grado en que ambas dimensiones son satisfechas para un sistema <strong>de</strong>terminado.<br />

REFERENCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

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Berners-Lee, T. and Fischetti, M. 1999 Weaving the web. 1st edition. Harper, San Francisco.<br />

Daconta, M. et al., 2003. The Semantic Web. A gui<strong>de</strong> to the future of XML, Web Services, and KM. Wiley, Indianapolis<br />

Damme, C. et al., 2007. Ontology: An Integrated Approach for Turning Folksonomies into Ontologies<br />

http://www.heppnetz.<strong>de</strong>/files/vandammeheppsiorpaes-folksontology-semnet2007-crc.pdf<br />

DCMI, 2007. Dublin Core Metadata Initiative http://es.dublincore.org/<br />

Fuentes, D. et al., 2007. CoolWikNews:More than meets the eye in the XXI century journalism. Emerging technologies<br />

form semantic work environments: techniques, methods, and applications. I<strong>de</strong>a group, Germany<br />

Gómez-Pérez, A. et al., 2004. Ontological Engineering. Springer, London<br />

Harvesting Wiki Consensus - Using Wikipedia Entries citeseer.ist.psu.edu/747700.html<br />

Informacion <strong>de</strong> Producto <strong>de</strong> Infopath 2003 http://www.microsoft.com/spain/office/products/infopath/<strong>de</strong>fault.mspx<br />

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O’Reilly, T, 2006.What Is Web 2.0.O’Reill y dot com www.oreillynet.com/pub/a/oreilly/tim/news/2005/09/30/<br />

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Palacios, V. et al., 2006. Indicadores Web sobre utilización <strong>de</strong> ontologías. CISTI 2006. Ofir (Portugal). 21-23 junio 2006.<br />

Actas da 1ª Conferência Ibérica <strong>de</strong> Sistemas e Tecnologias <strong>de</strong> Informação. Vol. II, pp. 199-214<br />

Published Subject Indicators For Mo<strong>de</strong>lling Thesaurii http://www.techquila.com/psi/thesaurus/<br />

SIMILE- My Piggy Bank http://simile.mit.edu/wiki/Piggy_Bank<br />

SKOS Core Gui<strong>de</strong> http://www.w3.org/TR/2005/WD-swbp-skos-core-gui<strong>de</strong>-20050510/<br />

Tabulator: Async Javascript and Semantic Web http://dig.csail.mit.edu/2005/ajar/release/tabulator/0.8/tab.html<br />

W3C, 2005. Primer: Getting into RDF & Semantic Web using N3. http://www.w3.org/2000/10/swap/Primer<br />

Wikipedia: RSS http://es.wikipedia.org/wiki/RSS<br />

Zthes - specifications for thesaurus representation, access and navigation http://zthes.z3950.org/<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

UMA IMPLEMENTAÇÃO DE BAM - BUSINESS ACTIVITY<br />

MONITORING NO GOVERNO BRASILEIRO<br />

Fernando José Travassos Vieira, M.<br />

Serviço Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong> Dados<br />

SGAN Quadra 601 Módulo V – 70836-900 - Brasília – DF - Brasil<br />

fernando.travassos-vieira@serpro.gov.br<br />

RESUMO<br />

Este artigo discorre a respeito do conceito <strong>de</strong> Business Activity Monitoring - BAM e <strong>de</strong> seus benefícios para a melhoria da<br />

gestão <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> tecnologia <strong>de</strong> informação e comunicação – TIC complexos. Trata-se <strong>de</strong> um Estudo <strong>de</strong> Caso, que<br />

<strong>de</strong>screve uma prova <strong>de</strong> conceito criada para uma solução <strong>de</strong> software <strong>de</strong>senvolvida para o governo brasileiro. Menciona<br />

as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> implementação na situação em que não foi encontrada uma metodologia que orientasse a adoção do<br />

conceito, <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dos fornecedores <strong>de</strong> TIC.<br />

KEYWORDS<br />

Business Activity Monitoring. Monitoração <strong>de</strong> serviços. Indicadores-chave. Acompanhamento <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> negócio.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Business Monitoring Activity ou Monitoração das Ativida<strong>de</strong>s do Negócio, em português, é um conceito<br />

cunhado no mundo empresarial para o monitoramento em tempo real <strong>de</strong> indicadores-chave do negócio.<br />

Muito embora a automação <strong>de</strong> processos e o monitoramento dos recursos computacionais sejam exemplos <strong>de</strong><br />

monitoramento em tempo real, o conceito subjacente ao BAM é <strong>de</strong> que níveis mais consolidados <strong>de</strong><br />

indicadores <strong>de</strong>vem ser continuamente monitorados. Assim, os processos mais representativos dos negócios<br />

finalísticos bem como indicadores-chave das corporações po<strong>de</strong>m ser acompanhados, medidos e avaliados, <strong>de</strong><br />

acordo com este conceito.<br />

Apesar <strong>de</strong> haver alguma publicação gerada por fornecedores, aplicações <strong>de</strong> BAM voltadas<br />

verda<strong>de</strong>iramente para a monitoração <strong>de</strong> processos-fim das empresas são pouco documentadas ou difundidas,<br />

sobretudo por órgãos <strong>de</strong> governo. A experiência relatada no presente artigo mostra como o conceito foi<br />

implementado <strong>de</strong> modo a permitir que serviços possam ser acompanhados num painel <strong>de</strong>senvolvido com a<br />

linguagem <strong>de</strong> negócios ao invés da visão tradicional <strong>de</strong> recursos.<br />

2. SUPORTE CONCEITUAL<br />

No mundo acadêmico, o escopo assumido para o tema Inteligência Organizacional apresenta diferentes<br />

contornos, <strong>de</strong> acordo com os pontos <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> quem se manifesta. Tarapanoff (2001) inclui neste tema<br />

assuntos tais como a monitoração do mercado e da concorrência (também chamado monitoração ambiental<br />

ou inteligência competitiva), o fornecimento <strong>de</strong> indicadores corporativos para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e também<br />

os mecanismos para o monitoramento das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio. Adotado este ponto <strong>de</strong> vista, BAM po<strong>de</strong>ria<br />

ser consi<strong>de</strong>rado assunto coerente com o tema Inteligência Organizacional.<br />

Barbieri (2001), autor da área da Ciência da Computação, admite que a Inteligência <strong>de</strong> Negócios ou BI<br />

(sigla para a expressão Business Intelligence, em inglês), conforme o autor emprega, po<strong>de</strong> contemplar várias<br />

linhas <strong>de</strong> conceitos que incluem Inteligência Competitiva, Gerência <strong>de</strong> Conhecimentos, Internet Business<br />

Intelligence e, finalmente, pesquisa e análise <strong>de</strong> mercado (BARBIERI, 2001, p. xx). Ainda na mesma obra<br />

citada BI – Business Intelligence, o autor fornece a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empregar BI em sistemas internos. Nas<br />

320


palavras do autor, BI teria como um dos objetivos “criar estoques <strong>de</strong> fatos e dados que suportem processos<br />

<strong>de</strong>cisórios fundamentais” (BARBIERI, 2001, p. 5). Os pontos <strong>de</strong> convergência entre business intelligence e<br />

BAM ocorrem na interpretação <strong>de</strong> dados para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Diferentemente <strong>de</strong> BI, BAM adota<br />

processamento em tempo real, o que permite o monitoramento na razão em que os eventos ocorrem.<br />

Há algumas divergências a respeito dos conceitos continentes e conceitos conteúdos entre autores da<br />

Ciência da Computação e da Ciência da Informação. CARVALHO (2001), por exemplo, autora da área da<br />

Ciência da Informação, restringe BI como sendo uma ferramenta (ou metodologia) que é empregada para o<br />

tratamento da informação coletada para fins <strong>de</strong> análise e dis<strong>semi</strong>nação posterior.<br />

Moresi (2001), também autor da área da Ciência da Informação, ao discorrer sobre monitoramento<br />

ambiental, mostra a importância da interpretação <strong>de</strong> eventos para a produção <strong>de</strong> “significados” nas<br />

organizações. No mo<strong>de</strong>lo discutido por Moresi, as ações corporativas <strong>de</strong>correm da interpretação <strong>de</strong> dados<br />

coletados numa etapa <strong>de</strong> monitoramento. Destaca o autor: “...interpretação é o processo <strong>de</strong> traduzir esses<br />

eventos, <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver mo<strong>de</strong>los para o entendimento, <strong>de</strong> produzir significados e <strong>de</strong> construir esquemas<br />

conceituais entre os principais gerentes” (MORESI, 2001). Também neste escopo po<strong>de</strong>-se perceber o encaixe<br />

conceitual para BAM.<br />

Em que pese a ocorrência <strong>de</strong> algumas contradições entre os autores, o que se percebe <strong>de</strong> comum é a interrelação<br />

dos conceitos inteligência competitiva, monitoramento externo (ou ambiental) e monitoramento<br />

interno. Para fins <strong>de</strong>ste artigo, consi<strong>de</strong>rar-se-á BAM como uma solução voltada para o monitoramento<br />

interno como conceito pertencente à inteligência corporativa.<br />

Sob a sigla BAM o conceito <strong>de</strong> monitoração em tempo real está mais associado ao mundo das empresas<br />

fornecedoras <strong>de</strong> soluções <strong>de</strong> TIC e às consultorias do que ao mundo acadêmico propriamente dito (HP, 2006;<br />

Gartner Group, 2005). No mundo corporativo, tal como as <strong>de</strong>mais buzzwords, o contorno para BAM varia <strong>de</strong><br />

acordo com o fornecedor <strong>de</strong> soluções <strong>de</strong> TIC, po<strong>de</strong>ndo incluir ferramentas para gerenciamento <strong>de</strong> processos,<br />

BI e ferramentas <strong>de</strong> apresentação e correlação <strong>de</strong> dados (dashboards).<br />

3. O SERPRO E O EMPREGO DE BAM<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O Serviço Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong> Dados - SERPRO (www.serpro.gov.br) é a maior empresa pública <strong>de</strong><br />

prestação <strong>de</strong> serviços em tecnologia da informação do Brasil. Foi criado por uma Lei fe<strong>de</strong>ral brasileira em<br />

1964 com o objetivo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnizar e dar agilida<strong>de</strong> a setores estratégicos da administração pública. É uma<br />

empresa vinculada ao Ministério da Fazenda do Brasil e cresceu <strong>de</strong>senvolvendo serviços na área <strong>de</strong> TIC que<br />

permitiram maior controle e transparência sobre a receita e os gastos públicos. O SERPRO está fisicamente<br />

distribuído em <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s brasileiras e emprega 10.000 pessoas, aproximadamente. Do ponto <strong>de</strong><br />

vista organizacional, possui unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio que são voltadas para os clientes, que <strong>de</strong>senvolvem os<br />

sistemas <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> dados; e também unida<strong>de</strong>s internas, que prestam serviços <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

comunicação, <strong>de</strong> consultoria e <strong>de</strong> provimento <strong>de</strong> infra-estrutura <strong>de</strong> servidores, que viabilizam a operação dos<br />

sistemas <strong>de</strong>senvolvidos. As unida<strong>de</strong>s internas são contratadas pelas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> clientes.<br />

Em 1999 o SERPRO criou uma nova área administrativa cujo objetivo era o <strong>de</strong> integrar as unida<strong>de</strong>s<br />

internas, com o foco <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> serviços. Esta nova unida<strong>de</strong> tinha como meta avançar com a maturida<strong>de</strong><br />

dos processos <strong>de</strong> gestão, migrando o foco do gerenciamento <strong>de</strong> recursos para o gerenciamento <strong>de</strong> serviços. O<br />

<strong>de</strong>safio era o <strong>de</strong> unificar as informações provenientes das diferentes unida<strong>de</strong>s internas <strong>de</strong> produção. A partir<br />

<strong>de</strong> 2004, o SERPRO passou a adotar, <strong>de</strong> modo corporativo, os conceitos do ITIL – Information Technology<br />

Library, com o objetivo <strong>de</strong> conduzir o aumento da maturida<strong>de</strong> na administração dos recursos <strong>de</strong> TIC.<br />

Muito embora o SERPRO possua uma única experiência na visualização <strong>de</strong> indicadores-chave <strong>de</strong> negócio<br />

(no caso da entrega das <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> imposto <strong>de</strong> renda), esta experiência não está dis<strong>semi</strong>nada nem fez uso<br />

<strong>de</strong> uma base conceitual sólida, passível <strong>de</strong> estendê-la a outras unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> clientes.<br />

A forma <strong>de</strong> o SERPRO monitorar os serviços prestados sempre foi a <strong>de</strong> acompanhar cada recurso físico<br />

(ou item <strong>de</strong> configuração, na linguagem do ITIL), individualmente. Deste modo, o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> estabeleceremse<br />

indicadores-chave para negócios representou uma dificulda<strong>de</strong> adicional, qual seja, a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

natureza da cultura da organização, <strong>de</strong> se adotar um conceito novo, por meio do qual os serviços seriam<br />

acompanhados não mais por meio <strong>de</strong> seus recursos físicos, mas sim, por meio <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> negócio. Do<br />

ponto <strong>de</strong> vista da implementação, o <strong>de</strong>safio foi o <strong>de</strong> se <strong>de</strong>scobrir o modo <strong>de</strong> se implementar os conceitos,<br />

traduzindo-se o negócio (no nível mais alto da hierarquia) em recursos computacionais (nível mais baixo da<br />

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mesma hierarquia). Na época em que se iniciou a prova <strong>de</strong> conceito, nenhuma metodologia foi encontrada<br />

além daquelas apresentadas por fornecedores <strong>de</strong> soluções específicas.<br />

Processos e mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> negócio. A forma <strong>de</strong> se <strong>de</strong>screver uma empresa ou mesmo um negócio<br />

específico por meio <strong>de</strong> processos se opõe à visão funcional, tradicional nas empresas e também no SERPRO.<br />

A adoção <strong>de</strong> uma visão por processos po<strong>de</strong> requerer um gerenciamento que trata processos como ativos<br />

empresariais. “Os elementos-chave <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo por processos são eventos que disparam ações, seqüências<br />

<strong>de</strong> passos e regras <strong>de</strong> negócio usados (...) para suportar a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e o fluxo <strong>de</strong> execução”<br />

(GARTNER, 2006). A visão por processos permite que um negócio seja representado <strong>de</strong> um modo mais<br />

intuitivo para o usuário e é mais facilmente inteligível por todas as <strong>de</strong>mais partes interessadas. Nesta<br />

representação do negócio, os indicadores-chave <strong>de</strong> cada processo se tornam mais visíveis. Estes indicadoreschave<br />

se constituem na razão <strong>de</strong> ser <strong>de</strong> empregar-se BAM e <strong>de</strong>correm <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem do<br />

negócio.<br />

A esse respeito, pesquisadores da IBM <strong>de</strong>finem o processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem como sendo uma “capacida<strong>de</strong><br />

primordial que ajuda na obtenção dos processos <strong>de</strong> negócio críticos tais como as políticas <strong>de</strong> negócio, os<br />

indicadores-chave (<strong>de</strong> performance), os eventos <strong>de</strong> negócio e as situações em que ocorrem, <strong>de</strong> modo a<br />

respon<strong>de</strong>r a inci<strong>de</strong>ntes e otimizar a performance” (BALLARD et al., 2006). Sem mencionar explicitamente o<br />

conceito BAM, o artigo da IBM retro citado afirma que o processo <strong>de</strong> monitoramento permite a visualização<br />

<strong>de</strong> problemas em tempo real, alinhando objetivos e priorida<strong>de</strong>s entre a infra-estrutura <strong>de</strong> TIC e o negócio<br />

propriamente dito (BALLARD et al., 2006).<br />

A opção feita pelo SERPRO foi a <strong>de</strong> se criar uma prova <strong>de</strong> conceito a partir da mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> um negócio<br />

real <strong>de</strong> clientes do SERPRO e que pu<strong>de</strong>sse adotar o conceito <strong>de</strong> BAM na plataforma <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong><br />

serviços disponível, que é o HP OpenView.<br />

Implementação do Conceito. Como base para a i<strong>de</strong>ntificação dos processos <strong>de</strong> negócio, partiu-se do<br />

contrato <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviço entre o cliente e o SERPRO. O pressuposto adotado foi o <strong>de</strong> que os itens <strong>de</strong><br />

contrato possibilitariam a i<strong>de</strong>ntificação dos indicadores-chave sob a ótica do cliente. É praxe do SERPRO<br />

acordar com seus clientes níveis para cada serviço, mencionando-os no contrato firmado para a prestação do<br />

serviço. Para fins da prova <strong>de</strong> conceito, os itens <strong>de</strong> um contrato específico foram <strong>de</strong>sdobrados<br />

sucessivamente. O resultado obtido foi o <strong>de</strong> uma hierarquia em que itens do contrato com o cliente foram<br />

traduzidos em processos <strong>de</strong> negócio e estes em processos <strong>de</strong> níveis menores. Estes processos foram<br />

<strong>de</strong>sdobrados em serviços e estes, em serviços <strong>de</strong> hierarquia menor até, finalmente, chegar-se aos recursos<br />

“elementares”, que são os itens <strong>de</strong> configuração do ITIL.<br />

Como recurso <strong>de</strong> documentação para as hierarquias assim estabelecidas foi criada uma “árvore <strong>de</strong><br />

serviços”. A analogia com uma árvore <strong>de</strong>corre da estrutura tronco – galhos – galhos menores- folha, que se<br />

adapta à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> representação <strong>de</strong> uma hierarquia. Num dos extremos encontra-se o tronco, que é o<br />

processo <strong>de</strong> negócio “principal”, que <strong>de</strong>verá ter seus indicadores-chave monitorados; no extremo oposto<br />

encontram-se as folhas, que são cada um dos recursos (itens <strong>de</strong> configuração) necessários à execução dos<br />

processos e serviços que compõem o processo <strong>de</strong> negócio. Os itens <strong>de</strong> configuração, no caso do SERPRO, se<br />

constituíram dos recursos <strong>de</strong> hardware e também dos serviços <strong>de</strong> software básico e <strong>de</strong> software aplicativo<br />

<strong>de</strong>senvolvidos para a solução. Para o <strong>de</strong>senho <strong>de</strong>sta árvore foi utilizada a técnica <strong>de</strong> mapa mental,<br />

materializada num software específico cuja interface, amigável, permitiu a manipulação <strong>de</strong> ramos inteiros da<br />

árvore, durante o trabalho <strong>de</strong> mapeamento e <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem dos processos. Para dar mais consistência ao<br />

mo<strong>de</strong>lo, foram incorporados ao time <strong>de</strong> trabalho empregados especialistas em re<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação, em<br />

arquitetura <strong>de</strong> servidores e em suporte em re<strong>de</strong>s locais que tornaram o esboço original das hierarquias numa<br />

árvore propriamente dita.<br />

Esta árvore foi reproduzida na ferramenta <strong>de</strong> monitoração que é utilizada pelo SERPRO – que é o HP<br />

OpenView, cuja interface pô<strong>de</strong> reproduzir com fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>, o mapa mental originalmente traçado. Foram<br />

instalados agentes <strong>de</strong> software nos servidores, cuja responsabilida<strong>de</strong> é a <strong>de</strong> informar condições internas dos<br />

equipamentos. Neste particular, são empregados, pelos agentes, o conceito <strong>de</strong> limiares, que são valores<br />

preestabelecidos para algumas das variáveis acompanhadas pelos agentes <strong>de</strong>ntro dos servidores em que são<br />

instalados. Além dos agentes, foram <strong>de</strong>senvolvidos robôs que simulam acessos a <strong>de</strong>terminados serviços. A<br />

maior parte dos robôs <strong>de</strong>senvolvidos visou verificar a disponibilida<strong>de</strong> (e integrida<strong>de</strong>) <strong>de</strong> processos<br />

complexos. Os robôs são executados a partir <strong>de</strong> outros servidores. Finalmente, um conjunto <strong>de</strong> regras foi<br />

estabelecido <strong>de</strong> modo que a disponibilida<strong>de</strong> dos equipamentos passou a ser tarefa <strong>de</strong> verificação dos <strong>de</strong>mais<br />

equipamentos a ele conectados. Além dos agentes e robôs, os aplicativos (itens <strong>de</strong> software) incorporaram<br />

processos <strong>de</strong> auto-diagnóstico com o objetivo <strong>de</strong> informar sua integrida<strong>de</strong> na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> item <strong>de</strong><br />

322


configuração vinculado à solução. Os componentes que fizeram parte da solução incluem um produto para<br />

monitoração <strong>de</strong> recursos da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação (Network No<strong>de</strong> Manager), robôs (OV Internet Services) e<br />

implementações nas aplicações <strong>de</strong> software. Foi implementada uma integração entre a plataforma HP e a<br />

solução <strong>de</strong> workflow adotada em todo o SERPRO para a abertura <strong>de</strong> tíquetes quando da ocorrência <strong>de</strong><br />

problemas.<br />

O <strong>de</strong>safio subseqüente o foi o <strong>de</strong> se estabelecer regras para a propagação <strong>de</strong> eventos. Uma falha numa<br />

“folha” da árvore <strong>de</strong>veria ter uma regra clara <strong>de</strong> propagação em direção aos galhos e tronco <strong>de</strong> modo que um<br />

indicador-chave a ela vinculado pu<strong>de</strong>sse ter o reflexo <strong>de</strong>vido. A interface do HP OpenView permite que cada<br />

recurso presente na solução monitorada seja representado por um ícone cuja cor <strong>de</strong> fundo é indicativa do<br />

estado do recurso. Assim, num caso em que o recurso está configurado e disponível, a cor do ícone será<br />

ver<strong>de</strong>. Analogamente, caso haja eventos (alarmes ou indisponibilida<strong>de</strong>), o ícone terá sua cor alterada <strong>de</strong><br />

acordo com regras pré-estabelecidas (amarelo ou vermelho). Mais ainda, uma regra <strong>de</strong> propagação <strong>de</strong> eventos<br />

específica para aquele recurso po<strong>de</strong>rá fazer com que galhos acima do recurso (serviços, na convenção<br />

adotada neste artigo) também tenham suas cores alteradas. Assim, a regra <strong>de</strong> propagação altera valores dos<br />

indicadores-chave <strong>de</strong> tal modo que uma indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recurso – um problema numa folha da árvore <strong>de</strong><br />

serviços - é imediatamente traduzida na alteração <strong>de</strong> um indicador <strong>de</strong> negócio, num ramo “grosso” da mesma<br />

árvore.<br />

O estágio em que a prova <strong>de</strong> conceito se encontrava à época em que este artigo foi escrito era o <strong>de</strong><br />

estabelecer uma “sintonia fina” nos componentes. Por se tratar <strong>de</strong> um ambiente complexo, muito esforço<br />

precisa ser <strong>de</strong>spendido <strong>de</strong> modo a que as regras estabelecidas retratem, <strong>de</strong> fato, a situação encontrada.<br />

4. CONCLUSÃO<br />

A prova <strong>de</strong> conceito <strong>de</strong>senvolvida mostrou que BAM é mais do que uma solução comercial e sim um<br />

conceito passível <strong>de</strong> ser empregado no amadurecimento do processo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> serviços. Do ponto <strong>de</strong> vista<br />

dos clientes, é a tradução <strong>de</strong> eventos pontuais para a linguagem <strong>de</strong> seu entendimento. Muito embora não<br />

tenha sido encontrado um método ou mesmo um roteiro para a implementação do conceito, a equipe<br />

multidisciplinar acabou por fazer usos <strong>de</strong> ferramentas tradicionais da Administração, tais como a mo<strong>de</strong>lagem<br />

do negócio, o mapeamento <strong>de</strong> processos e a representação por meio <strong>de</strong> estruturas hierárquicas. Como<br />

trabalho futuro, a intenção do grupo que <strong>de</strong>senvolveu o trabalho relatado neste Estudo <strong>de</strong> Caso é o <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sdobrar o painel <strong>de</strong> indicadores-chave para o cliente, levantando-se suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> modo a<br />

<strong>de</strong>senvolver uma visão específica (gráfica, por meio do dashboard) em que os recursos computacionais –<br />

itens <strong>de</strong> configuração – não sejam, necessariamente, apresentados mas que os eventos <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong><br />

possam ser traduzidos para o cliente, numa perspectiva <strong>de</strong> negócio.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Ballard et al, 2006. Business performance management meets business intelligence. IBM RedBook SG24-6340-00.<br />

Disponível em . Acesso em 02 jul. 2007.<br />

Barbieri, Carlos, 2001. BI - Business intelligence: mo<strong>de</strong>lagem & tecnologia. Axcel Books, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil.<br />

Carvalho, Kátia. Dis<strong>semi</strong>nação da informação e informação <strong>de</strong> inteligência organizacional. In: DataGramaZero -<br />

Revista <strong>de</strong> Ciência da Informação - v.2 n.3 jun/01. Disponível em .<br />

Acesso em 07 jun. 2006.<br />

Gartner Group, 2005. Business activity monitoring. X Conferência Anual Gartner Group, São Paulo, Brasil.<br />

HP - Hewlett-Packard Development Company. HP OpenView Business Process Insight: Concepts Gui<strong>de</strong> Version: 1.0.<br />

HP, EUA.<br />

________. Gartner’s position on business process management. Note number: G00136533. Disponível em<br />

. Acesso em 09 mai.2006.<br />

Moresi, Eduardo, 2001. Monitoramento ambiental. In: Inteligência Organizacional e Competitiva, p.93-109. Editora<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília, Brasília, Brasil.<br />

Tarapanoff, Kira, 2001. Monitoramento ambiental. In: Inteligência organizacional e competitiva. Editora Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Brasília, Brasília, Brasil.<br />

323


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

NOVOS DESAFIOS E OPORTUNIDADES DE<br />

INVESTIGAÇÃO NA ÁREA DA GESTÃO DE PROJECTOS<br />

DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE<br />

INFORMAÇÃO<br />

Dulce Gonçalves<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologia e Gestão, Instituto Politécnico <strong>de</strong> Leiria<br />

Campus 2, Morro do Lena – Alto do Vieiro, Apartado 4163, 2411-901 Leiria, Portugal<br />

dulce.goncalves@estg.ipleiria.pt<br />

Rui Rijo<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologia e Gestão, Instituto Politécnico <strong>de</strong> Leiria<br />

Campus 2, Morro do Lena – Alto do Vieiro, Apartado 4163, 2411-901 Leiria, Portugal<br />

rui.rijo@estg.ipleiria.pt<br />

Ramiro Gonçalves<br />

Departamento <strong>de</strong> Engenharias, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />

Quinta dos Prados, Apartado 1013, 5001-801 Vila Real, Portugal<br />

ramiro@utad.pt<br />

José Bulas Cruz<br />

Departamento <strong>de</strong> Engenharias, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />

Quinta dos Prados, Apartado 1013, 5001-801 Vila Real, Portugal<br />

jcruz@utad.pt<br />

João Varajão<br />

Departamento <strong>de</strong> Engenharias, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />

Quinta dos Prados, Apartado 1013, 5001-801 Vila Real, Portugal<br />

jvarajao@utad.pt<br />

RESUMO<br />

Ao longo dos últimos anos tem-se assistido a inúmeros casos <strong>de</strong> insucesso <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas<br />

<strong>de</strong> informação, o que tem suscitado a preocupação dos grupos <strong>de</strong> investigadores nesta área. A importância crescente da<br />

gestão <strong>de</strong> projectos verificada ao longo dos tempos promove <strong>de</strong> forma clara a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigação e contribuição<br />

neste campo, pontuando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reexaminar o relacionamento entre a investigação e a prática da gestão <strong>de</strong><br />

projectos. Apresentamos neste artigo, num primeiro momento, um enquadramento teórico da gestão <strong>de</strong> projectos para,<br />

num segundo momento, i<strong>de</strong>ntificar vários <strong>de</strong>safios e oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investigação que actualmente existem nesta<br />

importante área do conhecimento.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Gestão, projectos, <strong>de</strong>senvolvimento, sistemas, informação<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

A evolução das organizações é hoje pautada por uma crescente necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> projectos<br />

em Tecnologias <strong>de</strong> Informação (TI) e Sistemas <strong>de</strong> Informação (SI). Deparamo-nos, no entanto, com os<br />

sucessivos fracassos <strong>de</strong> projectos que não cumprem os seus objectivos, sendo muitas vezes os erros<br />

cometidos bastante semelhantes. O facto do insucesso dos projectos em TI ser ainda significativo (Group<br />

324


2004) e <strong>de</strong> se conseguirem i<strong>de</strong>ntificar aspectos chave como causas das suas falhas, levam a que a<br />

investigação prossiga na procura <strong>de</strong> metodologias, métodos, técnicas e ferramentas com vista a melhorar a<br />

concepção, a construção, a implementação, e o <strong>de</strong>corrente sucesso dos projectos, com o objectivo <strong>de</strong> dar<br />

resposta às necessida<strong>de</strong>s particulares e específicas da Gestão <strong>de</strong> Projectos (GP) em TI.<br />

Neste artigo efectuamos uma reflexão sobre a realida<strong>de</strong> actual da GP, caracterizando conceitos e<br />

instrumentos referenciais na área, e i<strong>de</strong>ntificando <strong>de</strong>safios, problemas e oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investigação.<br />

Na secção 2 é abordado o problema do insucesso da GP, o qual constitui uma motivação para a<br />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> novos <strong>de</strong>safios e oportunida<strong>de</strong>s na GP. Na secção 3 são apresentados conceitos referenciais<br />

da GP e i<strong>de</strong>ntificadas as principais áreas <strong>de</strong> GP. Finalmente, na secção 4, são i<strong>de</strong>ntificados novos <strong>de</strong>safios e<br />

oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investigação na área da GP.<br />

2. O INSUCESSO EM PROJECTOS DE DESENVOLVIMENTO DE<br />

SOFTWARE<br />

Durante um período <strong>de</strong> 20 anos, a tecnologia do hardware e do software utilizada no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

sistemas <strong>de</strong> informação mudou radicalmente. Nos anos 80, com base na evolução do hardware, o custo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um novo sistema transferiu-se do hardware para o software. Deste modo os métodos<br />

aplicados na engenharia <strong>de</strong> sistemas concentraram-se no software (Horowitz and Lambert 2006).<br />

Nas últimas décadas os projectos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> software atingiram índices <strong>de</strong> elevado insucesso.<br />

No entanto, medir o sucesso dos projectos é complexo <strong>de</strong>vido às várias <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> sucesso. De uma forma<br />

simplista, sucesso po<strong>de</strong> ser medido em termos <strong>de</strong> satisfação <strong>de</strong> prazos, orçamentos e funcionalida<strong>de</strong>s ou<br />

serviços entregues (Group, 1998).<br />

A análise do relatório Chaos do Standish Group realizado ao longo dos últimos anos mostra uma melhoria<br />

significativa nos aspectos <strong>de</strong> entrega <strong>de</strong> projecto “<strong>de</strong>ntro do orçamento e <strong>de</strong> acordo com a especificação”. O<br />

número <strong>de</strong> falhas também foi reduzido significativamente, principalmente se for consi<strong>de</strong>rado que o número<br />

<strong>de</strong> projectos duplicou em oito anos <strong>de</strong> pesquisa. Contudo, quase meta<strong>de</strong> dos projectos mantém-se no estado<br />

“challenged” conforme mostra a Tabela 1. De acordo com o Standish Group, isto significa que à data estes<br />

projectos ultrapassavam o tempo, o orçamento ou estavam sub-especificados (Group, 2004).<br />

Tabela 1. Coligido a partir dos Relatórios do Standish Group e adaptado <strong>de</strong> (Susan Brock et al, 2003)<br />

1994<br />

1996<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Succee<strong>de</strong>d 16% 27% 26% 28% 34%<br />

Failed 31% 40% 28% 23% 15%<br />

Challenged 53% 33% 46% 49% 51%<br />

O sucesso dos projectos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> software <strong>de</strong>ve também ser medido em termos do valor<br />

proporcionado aos accionistas da empresa e da sua contribuição para que a empresa atinja os seus objectivos<br />

estratégicos (Shenhar, 1996). Outras perspectivas sobre falha e sucesso foram alvo <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> Linberg<br />

(Linberg, 1999), que aponta como relevante a gestão das expectativas.<br />

Apesar <strong>de</strong>stas visões mais abrangentes sobre a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> sucesso e falha dos projectos, os técnicos e os<br />

gestores sentiram (e sentem) a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> respostas específicas para as realida<strong>de</strong>s dos projectos <strong>de</strong><br />

software (Hughes and Cotterell, 2002). Surgiu então a área do Software Project Management (SPM). Existem<br />

diversas abordagens standard <strong>de</strong> GP que são aplicáveis a diferentes áreas do SPM, tais como PMBok (PMI,<br />

2000), PRINCE2 (Commerce, 2005) e BS6079 (Institute, 2000).<br />

1998<br />

2000<br />

2002<br />

325


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

3. CONCEITOS DA GESTÃO DE PROJECTOS<br />

Em seguida são apresentados os principais conceitos utilizados no domínio do estudo da GP. As <strong>de</strong>finições<br />

utilizadas provêm do PMBok (PMI, 2000) e <strong>de</strong> Kathy Schwalbe (Schwalbe, 2002). As <strong>de</strong>finições baseadas<br />

nestas referências dão o contexto necessário para as secções seguintes.<br />

Um projecto é um esforço ou empreendimento temporário levado a efeito com o objectivo <strong>de</strong> realizar um<br />

produto, serviço ou resultado único (PMI, 2004).<br />

Os projectos distinguem-se das tarefas operacionais habituais no sentido em que são temporários, são<br />

únicos, tem um objectivo específico, têm uma data <strong>de</strong> início e <strong>de</strong> fim (PMI, 2000).<br />

Decididos quais os projectos que uma organização po<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver (Laudon and Laudon, 2006), é<br />

necessário concretizá-los efectuando a gestão <strong>de</strong> cada projecto. A Figura 1 apresenta um framework que<br />

contém os elementos principais da GP: os Actores do projecto, as Áreas <strong>de</strong> Conhecimento e as ferramentas e<br />

técnicas utilizadas.<br />

Actores: Necessida<strong>de</strong>s e Expectativas<br />

Áreas <strong>de</strong> Conhecimento<br />

Gestão<br />

do<br />

Âmbito<br />

Gestão<br />

dos<br />

Recursos<br />

Humanos<br />

Funções Base<br />

Gestão<br />

do<br />

Tempo<br />

Gestão<br />

da<br />

Comunicação<br />

Gestão<br />

do<br />

Custo<br />

Gestão<br />

do<br />

Risco<br />

Gestão<br />

da<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

Gestão da Integração<br />

Funções Facilitadoras<br />

Gestão<br />

<strong>de</strong><br />

Compras<br />

Figura 1. Framework <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Projectos (adaptado <strong>de</strong> (Schwalbe 2002))<br />

Ferramentas<br />

Técnicas e<br />

Sucesso<br />

do<br />

Projecto<br />

Os Actores são as pessoas envolvidas ou afectadas, positiva ou negativamente pelo projecto e pelas<br />

activida<strong>de</strong>s do projecto, tais como o patrocinador do projecto, a equipa do projecto, pessoal <strong>de</strong> suporte,<br />

clientes, utilizadores, fornecedores e até mesmo oponentes ao projecto. Na figura 1, as Áreas <strong>de</strong><br />

Conhecimento <strong>de</strong>screvem as competências chave que os Gestores <strong>de</strong> Projecto <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>senvolver. No centro<br />

estão as nove áreas da Gestão <strong>de</strong> Projecto segundo o PMBok (PMI, 2000) e Kathy Schwalbe (Schwalbe,<br />

2002). As quatro áreas consi<strong>de</strong>radas como áreas base, uma vez que levam à concretização <strong>de</strong> objectivos<br />

específicos do projecto, são:<br />

• A Gestão do Âmbito, que consiste na <strong>de</strong>finição e na gestão <strong>de</strong> todo o trabalho necessário para a<br />

realização, com sucesso, do projecto.<br />

• A Gestão do Tempo, que envolve estimar a duração do projecto, <strong>de</strong>senvolver um calendário do projecto<br />

e assegurar a conclusão a tempo do projecto.<br />

• A Gestão do Custo, que procura garantir que o projecto é completado <strong>de</strong>ntro do orçamento aprovado.<br />

• A Gestão da Qualida<strong>de</strong>, que tem por gran<strong>de</strong> objectivo assegurar que o projecto satisfaz as necessida<strong>de</strong>s<br />

que levaram à sua realização da forma em que foram requeridas. A <strong>de</strong>finição do significado <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

é algo <strong>de</strong> difícil obtenção. Segundo a International Organization for Standardization (ISO) qualida<strong>de</strong> é “a<br />

totalida<strong>de</strong> das características <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> que permitem satisfazer necessida<strong>de</strong>s explícitas ou<br />

implicadas”.<br />

326


Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

As restantes quatro Áreas <strong>de</strong> Conhecimento são consi<strong>de</strong>radas como áreas facilitadoras porque são os<br />

meios através dos quais os objectivos do projecto são atingidos: A Gestão <strong>de</strong> Recursos Humanos preocupa-se<br />

em tornar efectiva a participação das pessoas envolvidas no projecto. A Gestão da Comunicação num<br />

projecto tem por objectivo garantir a recolha, o armazenamento, a <strong>geração</strong> apropriada e a tempo, a<br />

dis<strong>semi</strong>nação e a disponibilida<strong>de</strong> da informação. A Gestão do Risco tem por finalida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar, analisar e<br />

respon<strong>de</strong>r ao risco ao longo da vida <strong>de</strong> um projecto, com o objectivo <strong>de</strong> atingir os objectivos do projecto. A<br />

Gestão <strong>de</strong> Aquisições inclui os processos necessários para a aquisição <strong>de</strong> bens e/ou serviços que se<br />

encontram fora da organização. A Gestão da Integração é a área que afecta e é afectada por todas as outras<br />

áreas <strong>de</strong> conhecimento.<br />

4. NOVAS ABORDAGENS E OPORTUNIDADES DE INVESTIGAÇÃO NA<br />

ÁREA DA GP<br />

De acordo com estudos efectuados (Standish Group, 1996; Demarco, 1997; Group, 1998; Yetton, Martin et<br />

al., 2000; Kolenso, 2001; Allan, 2002; Ewusi-Mensah, 2003), os principais aspectos que aumentam a<br />

probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> falhas dos projectos <strong>de</strong> TI são:<br />

• Falta <strong>de</strong> especificação e visão clara dos requisitos;<br />

• Expectativas irrealistas <strong>de</strong>vido à má estimativa e a constrangimentos políticos nas organizações;<br />

• Falta <strong>de</strong> <strong>de</strong>composição do projecto: ou seja, o nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe em que o projecto é <strong>de</strong>composto não é o<br />

suficiente para se realizar uma boa estimativa <strong>de</strong> âmbito, duração, recursos necessários e custos<br />

associados;<br />

• Má gestão <strong>de</strong> recursos humanos e <strong>de</strong> conflitos;<br />

• Falta <strong>de</strong> apoio e <strong>de</strong> focus no projecto por parte dos actores do projecto;<br />

• Falta <strong>de</strong> focus estratégico e <strong>de</strong> apoio da gestão <strong>de</strong> topo.<br />

O facto do insucesso dos projectos <strong>de</strong> TI ser ainda significativo e <strong>de</strong> se conseguirem i<strong>de</strong>ntificar aspectos<br />

chave como causas das suas falhas levam a que a investigação prossiga na procura <strong>de</strong> metodologias,<br />

frameworks, métodos, técnicas e ferramentas com vista a melhorar o <strong>de</strong>senho, a implementação e, em última<br />

instância, o sucesso dos projectos, com o objectivo <strong>de</strong> dar resposta às necessida<strong>de</strong>s particulares e específicas<br />

da GP <strong>de</strong> projectos em TI.<br />

Neste contexto, surge, na área da análise e especificação <strong>de</strong> requisitos, uma nova área <strong>de</strong> estudo, a<br />

Requirements Interaction Management (RIM) (Robinson, Pawlowski, Volkov, 2003), que procura analisar se<br />

um sistema po<strong>de</strong> satisfazer um <strong>de</strong>terminado conjunto <strong>de</strong> requisitos em simultâneo. A satisfação <strong>de</strong> um<br />

requisito po<strong>de</strong> invalidar a satisfação <strong>de</strong> outros (Lamsweer<strong>de</strong>, 2000). Dada a dimensão dos projectos <strong>de</strong> TI e<br />

reconhecendo-se que os erros <strong>de</strong> concepção são os mais difíceis <strong>de</strong> rectificar é relevante i<strong>de</strong>ntificar e gerir,<br />

aquando da análise e especificação <strong>de</strong> requisitos, as relações críticas que existem entre eles e que não são<br />

óbvias sem a ajuda <strong>de</strong> métodos específicos.<br />

Na área das estimativas <strong>de</strong> recursos existem novas abordagens, como um mo<strong>de</strong>lo causal proposto por<br />

(Norman Fenton et al, 2004) que permite incorporar não só dados <strong>de</strong> histórico <strong>de</strong> projectos como ainda a<br />

experiência <strong>de</strong> peritos. Deste modo é possível ultrapassar os mo<strong>de</strong>los baseados no cálculo da dimensão do<br />

problema (como os métodos do número das linhas <strong>de</strong> código e, mais tar<strong>de</strong>, o dos pontos <strong>de</strong> função) que não<br />

tinham em conta factores como as pessoas (e as suas competências) e os processos.<br />

A gestão <strong>de</strong> expectativas e a<strong>de</strong>quação das competências às novas práticas implementadas para controlo <strong>de</strong><br />

projectos surge também como um <strong>de</strong>safio.<br />

Os aspectos da gestão <strong>de</strong> recursos humanos têm sido objecto <strong>de</strong> inúmeros estudos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a vertente da<br />

gestão <strong>de</strong> conflitos (Barki and Hartwick, 2001) até à vertente da diversida<strong>de</strong> da constituição das equipas<br />

(Klein, Jiang, Tesch, 2002) e da suas relações pessoais (Aiken, 2004), em ambos os casos <strong>de</strong> modo a reduzir<br />

o risco dos projectos. Nesse sentido é importante que os Gestores <strong>de</strong> Projecto percebam como os vários tipos<br />

<strong>de</strong> riscos afectam os resultados dos projectos (Wallace and Keil, 2004).<br />

Com o objectivo <strong>de</strong> incorporar os aspectos estratégicos e <strong>de</strong> focus, quer da gestão <strong>de</strong> topo quer dos<br />

actores do projecto, surgem novas abordagens como, por exemplo, a aplicação dos conceitos <strong>de</strong> Balanced<br />

Scorecard (CIO, 2002), utilizadas na gestão estratégica e do <strong>de</strong>sempenho das organizações, à GP <strong>de</strong> TI<br />

(Susan Brock et al, 2003)<br />

327


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Surge, então, a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver novas práticas com a missão <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reçar os <strong>de</strong>safios<br />

estratégicos para uma gestão mais eficaz e adaptada às novas necessida<strong>de</strong>s.<br />

Tradicionalmente os projectos <strong>de</strong> TI eram concretizados pela equipa <strong>de</strong> projecto e restantes actores do<br />

projecto numa única localização geográfica e com elementos culturalmente próximos. Contudo, <strong>de</strong>vido à<br />

globalização e aos avanços nas tecnologias da computação, esta realida<strong>de</strong> alterou-se, sendo actualmente<br />

<strong>de</strong>senvolvidos e entregues em ambientes distribuídos e colaborativos. Isto significa que os tradicionais<br />

métodos <strong>de</strong> GP não respon<strong>de</strong>m às complexida<strong>de</strong>s adicionais que se encontram num sistema distribuído.<br />

Tornam-se necessários níveis elevados <strong>de</strong> colaboração, inter<strong>de</strong>pendência entre tarefas e distribuição ao longo<br />

do tempo, espaço e tecnologia (Nienaber and Cloete, 2003). Estes novos <strong>de</strong>safios, <strong>de</strong>rivados da globalização<br />

e dos avanços da tecnologia e da sua diversida<strong>de</strong> levam ao a que surjam ferramentas baseadas em agentes <strong>de</strong><br />

software (Krupansky, 2003; Nienaber and Cloete, 2003) <strong>de</strong> suporte aos processos da GP, <strong>de</strong> novos estudos<br />

sobre a gestão <strong>de</strong> recursos humanos em ambientes virtuais (Beise, 2004) e da gestão <strong>de</strong> configurações<br />

(Estublier et al., 2005; Nguyen, Munson, Boyland, 2005).<br />

Um dos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios da actualida<strong>de</strong> situa-se na GP em que se exige a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> equipas<br />

provenientes <strong>de</strong> diferentes áreas tecnológicas e <strong>de</strong> várias práticas.<br />

A evolução das tecnologias levou ainda a que o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos sistemas <strong>de</strong><br />

informação evoluísse do <strong>de</strong>senvolvimento à medida para a agregação <strong>de</strong> componentes off-the-shelf (COTS –<br />

Commercial off-the-shelf software). Esta mudança reduziu <strong>de</strong> uma forma significativa os custos e tempos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento em projectos <strong>de</strong> e-business (Horowitz and Lambert, 2006). Trouxe, no entanto, novos riscos<br />

e novos <strong>de</strong>safios à GP. Os métodos, as técnicas, a gestão <strong>de</strong> recursos humanos, <strong>de</strong> comunicação e todos os<br />

aspectos relacionados com a GP, são totalmente diferentes dos projectos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> software tal<br />

como os conhecíamos (Horowitz and Lambert, 2006).<br />

5. CONCLUSÃO<br />

A evolução tecnológica e a crescente competitivida<strong>de</strong> aliadas aos insucessos na implementação <strong>de</strong> projectos<br />

<strong>de</strong> software potencia uma crescente pressão na adopção <strong>de</strong> melhores práticas <strong>de</strong> GP conducentes a uma<br />

melhoria efectiva dos projectos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> software. Exige-se um maior rigor na aferição do<br />

sucesso do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> software. É assim primordial assegurar o alinhamento da GP e<br />

das estratégias adoptadas com o efectivo sucesso dos projectos <strong>de</strong>senvolvidos, que é um factor crítico do<br />

investimento em TI. Os tradicionais métodos <strong>de</strong> GP não respon<strong>de</strong>m às complexida<strong>de</strong>s adicionais que<br />

surgiram como consequência da globalização e do avanço tecnológico, como, por exemplo, é o caso <strong>de</strong><br />

projectos <strong>de</strong>senvolvidos e entregues em sistemas distribuídos e colaborativos.<br />

Novos <strong>de</strong>safios surgem como consequência da evolução e da complexida<strong>de</strong> crescente dos projectos como,<br />

por exemplo, novas abordagens na área da análise e especificação <strong>de</strong> requisitos, a evolução <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los na<br />

área <strong>de</strong> estimativa <strong>de</strong> recursos, a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> aspectos da gestão <strong>de</strong> recursos humanos por forma a reduzir<br />

o risco do projecto, a incorporação <strong>de</strong> aspectos estratégicos para o projecto através da aplicação à GP <strong>de</strong><br />

conceitos utilizados na gestão estratégica e do <strong>de</strong>sempenho das organizações. Surge, então a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolver novas práticas com a missão <strong>de</strong> alinhar os <strong>de</strong>safios estratégicos com uma gestão <strong>de</strong> projectos<br />

mais eficaz e adaptada às novas necessida<strong>de</strong>s.<br />

Preten<strong>de</strong>u-se com este artigo contextualizar historicamente a GP, referenciando algumas das correntes<br />

mais marcantes nesta área, efectuar uma revisão dos principais conceitos da GP e respectivas áreas <strong>de</strong><br />

conhecimento, e i<strong>de</strong>ntificar novos <strong>de</strong>safios e oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investigação na área da GP.<br />

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329


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

MODELOS DE MATURIDADE DO COMÉRCIO<br />

ELECTRÓNICO<br />

Elisabete Paulo Morais<br />

ESTGM – Instituto Politécnico <strong>de</strong> Bragança<br />

Rua João Sarmento Pimentel, 5370-326, Miran<strong>de</strong>la<br />

beta@ipb.pt<br />

Ramiro Gonçalves<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />

5001-801, Vila Real<br />

ramiro@utad.pt<br />

José Adriano Pires<br />

ESTiG – Instituto Politécnico <strong>de</strong> Bragança<br />

5301-857 Bragança<br />

adriano@ipb.pt<br />

RESUMO<br />

O comércio electrónico tem alterado a forma <strong>de</strong> fazer negócios, contribuindo para uma melhoria da eficiência nos<br />

processos <strong>de</strong> negócio e criando um novo tipo <strong>de</strong> relacionamento entre consumidores e parceiros <strong>de</strong> negócio. Existem<br />

inúmeras <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> comércio electrónico, tal como existem muitos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio para o comércio electrónico, e<br />

muitos mais são criados regularmente, sendo a sua quantida<strong>de</strong> limitada somente pela imaginação humana. Sendo o<br />

comércio electrónico uma activida<strong>de</strong> que tem tido uma evolução acentuada torna-se premente estudar/<strong>de</strong>senvolver<br />

mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quados, <strong>de</strong> modo a que as organizações possam saber em que estádio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento se<br />

encontram e qual a evolução que po<strong>de</strong>m ter, tal como as barreiras que po<strong>de</strong>rão encontrar.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Comércio Electrónico; Negócio Electrónico; Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Maturida<strong>de</strong>; Estádios <strong>de</strong> Crescimento.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Uma das principais implicações da Socieda<strong>de</strong> da Informação é ao nível das activida<strong>de</strong>s económicas. Com a<br />

Economia Digital, o ambiente competitivo das empresas está a mudar e, como tal, é necessário que estas<br />

estejam preparadas para actuar neste novo espaço [Morais et al, 2000].<br />

A WWW (World Wi<strong>de</strong> Web) permite às pessoas em todo o mundo participar em activida<strong>de</strong>s comerciais<br />

sem limites temporais ou espaciais.<br />

Segundo Laudon e Traver (2006) existem sete características únicas da dimensão tecnologia do comércio<br />

electrónico: ubiquida<strong>de</strong>, alcance global, normas universais, riqueza, interactivida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação<br />

e personalização. Compreen<strong>de</strong>r o comércio electrónico na sua totalida<strong>de</strong> é uma tarefa difícil, porque existem<br />

inúmeras facetas associadas ao fenómeno. Não existe uma única área que abarque o comércio electrónico<br />

como um todo. É útil pensar no comércio electrónico envolvendo três temas interrelacionados [Laudon e<br />

Traver, 2006]: tecnologia, negócio e socieda<strong>de</strong>. Não <strong>de</strong>verá existir uma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> importância, todavia, tal<br />

como em revoluções comerciais anteriores conduzidas pela tecnologia, existe uma história <strong>de</strong> progressão. As<br />

tecnologias <strong>de</strong>senvolvem-se primeiro, <strong>de</strong>pois do seu <strong>de</strong>senvolvimento são exploradas comercialmente. Só<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> começar a exploração comercial surgem as questões sociais, culturais e políticas.<br />

330


O objectivo <strong>de</strong>ste artigo é i<strong>de</strong>ntificar os vários mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio associados ao comércio electrónico<br />

assim como fazer uma revisão dos principais mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> orientados à gestão e planeamento do SI<br />

(Sistema <strong>de</strong> Informação) e ao comércio electrónico.<br />

2. COMÉRCIO ELECTRÓNICO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Em termos históricos, po<strong>de</strong>mos dividir o comércio electrónico em dois períodos: o período <strong>de</strong> 1995-2000 e o<br />

período pós 2001 [Gonçalves, 2005].<br />

O período entre 1995 e 2000, além <strong>de</strong> ter sido um dos tempos mais eufóricos da história do comércio<br />

mundial, foi também o tempo em que os conceitos fundamentais do comércio electrónico foram<br />

<strong>de</strong>senvolvidos e explorados. Foi um período conduzido em gran<strong>de</strong> parte por visões <strong>de</strong> vencer a partir <strong>de</strong> uma<br />

nova tecnologia, com o objectivo <strong>de</strong> alcançar rapidamente uma visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado muito elevada. A<br />

i<strong>de</strong>ologia do período enfatizava o carácter <strong>de</strong>sgovernado da WWW e o sentimento <strong>de</strong> que os governos e<br />

tribunais possivelmente não po<strong>de</strong>riam limitar ou regular a Internet [Gonçalves, 2005].<br />

O colapso ocorrido durante o ano <strong>de</strong> 2000 nas bolsas <strong>de</strong> valores mundiais para as empresas dot.com<br />

constituiu o ponto <strong>de</strong> viragem na forma <strong>de</strong> ver o comércio electrónico.<br />

A tabela 1 sumaria algumas das diferenças mais importantes entre o comércio electrónico hoje e o<br />

período inicial do comércio electrónico.<br />

Tabela 1. Primeiros anos do comércio electrónico comparado com o comércio electrónico actual (adaptada <strong>de</strong> [Laudon e<br />

Traver, 2006])<br />

Primeiros anos do comércio electrónico Comércio electrónico hoje<br />

Conduzido pela tecnologia Conduzido pelo negócio<br />

Ênfase no crescimento das receitas Ênfase nos lucros e salários<br />

Financiamento <strong>de</strong> capital <strong>de</strong> risco Financiamento tradicional<br />

Desregulamentado Regulamentação mais forte<br />

Empresarial Gran<strong>de</strong>s empresas tradicionais<br />

Desintermediação Fortalecimento dos intermediários<br />

Mercados perfeitos Mercados imperfeitos, marcas e efeitos <strong>de</strong> re<strong>de</strong><br />

Estratégias puramente on-line Estratégias integradas, múltiplos canais<br />

Vantagens <strong>de</strong> ser o primeiro Força <strong>de</strong> seguidor estratégico<br />

2.1 Definição <strong>de</strong> Comércio Electrónico e Negócio Electrónico<br />

Os termos comércio electrónico e negócio electrónico são por vezes utilizados <strong>de</strong> forma contraditória.<br />

Há inúmeras <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> Comércio Electrónico. Segundo Silva (2003), existe a <strong>de</strong>finição fraca e forte<br />

<strong>de</strong> comércio electrónico. Segundo a <strong>de</strong>finição fraca, comércio electrónico é qualquer sistema tecnológico e<br />

económico que potencia ou facilita a activida<strong>de</strong> comercial <strong>de</strong> um conjunto variado <strong>de</strong> participantes através <strong>de</strong><br />

mecanismos electrónicos. Na <strong>de</strong>finição forte, comércio electrónico é qualquer sistema tecnológico e<br />

económico que potencia ou facilita a activida<strong>de</strong> comercial <strong>de</strong> um conjunto variado <strong>de</strong> participantes e que<br />

inclua o suporte à generalida<strong>de</strong> das próprias transacções comerciais.<br />

Uma <strong>de</strong>finição mais geral foi dada por Wigand, sugerindo que “o comércio electrónico é a aplicação das<br />

Tecnologias <strong>de</strong> Informação e Comunicação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a origem até ao <strong>de</strong>stino, com os processos <strong>de</strong> negócio<br />

conduzidos electronicamente ao longo da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor <strong>de</strong> modo a acompanhar os objectivos do negócio.<br />

Os processos po<strong>de</strong>m ser parciais ou completos” [Wigand, 1997].<br />

Segundo Turban, comércio electrónico é o processo <strong>de</strong> comprar, ven<strong>de</strong>r, transferir, ou trocar produtos,<br />

serviços e/ou informação através <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> computadores, incluindo a Internet [Turban et al., 2006].<br />

Segundo Laudon e Traver (2006) o comércio electrónico é o que utiliza a Internet e a WWW como infraestrutura<br />

no sentido <strong>de</strong> promover e realizar negócios, focando-se nas transacções comerciais proporcionadas<br />

digitalmente entre organizações e indivíduos. As transacções proporcionadas digitalmente incluem todas as<br />

transacções mediadas pela tecnologia digital. As transacções comerciais envolvem troca <strong>de</strong> valor (e. g.<br />

dinheiro) através da fronteira organizacional ou individual em troca <strong>de</strong> produtos e/ou serviços. A troca <strong>de</strong><br />

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valor é importante para compreen<strong>de</strong>r os limites do comércio electrónico. Sem uma troca <strong>de</strong> valor não ocorre<br />

comércio [Laudon e Traver, 2006].<br />

Sewell e McCarthey (2001) i<strong>de</strong>ntificam negócio electrónico como negócio facilitado pelas Tecnologias<br />

<strong>de</strong> Informação e Comunicação. Outros argumentam, que o negócio electrónico compreen<strong>de</strong> todas as<br />

activida<strong>de</strong>s realizadas electronicamente quer sejam internas ou externas [Kalakota e Robinson, 2003]. No<br />

âmbito <strong>de</strong>ste artigo comércio electrónico é um subconjunto <strong>de</strong> negócio electrónico.<br />

2.2 Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Negócio do Comércio Electrónico<br />

Existem muitos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio <strong>de</strong> comércio electrónico, e outros estão a ser criados diariamente. A<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes mo<strong>de</strong>los é limitada somente pela imaginação humana [Laudon e Traver, 2006]. Todavia,<br />

não obstante a abundância <strong>de</strong> potenciais mo<strong>de</strong>los, é possível i<strong>de</strong>ntificar os tipos <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los mais genéricos<br />

que foram <strong>de</strong>senvolvidos para o comércio electrónico. Utilizando uma classificação <strong>de</strong> acordo com os<br />

diferentes sectores, po<strong>de</strong>mos i<strong>de</strong>ntificar para o caso do B2C (Business to Consumer) os tipos: Portal,<br />

Fornecedor <strong>de</strong> Conteúdos, Corrector <strong>de</strong> Transacções, Potenciador <strong>de</strong> Mercado, Fornecedor <strong>de</strong> Serviços e<br />

Fornecedor <strong>de</strong> Comunida<strong>de</strong>s. No caso do B2B (Business to Business) os seguintes tipos: Distribuidor<br />

Electrónico, Aquisição Electrónica, Troca, Consórcios Industriais e Re<strong>de</strong>s Industriais Privadas. Existem<br />

também mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio em áreas emergentes tais como: mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio C2C (Consumer to<br />

Consumer), Peer-to-Peer e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio <strong>de</strong> comércio móvel [Laudon e Traver, 2006].<br />

3. MODELOS DE MATURIDADE<br />

Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> fundamentam-se na premissa <strong>de</strong> que o processo <strong>de</strong> planeamento, <strong>de</strong>senvolvimento<br />

ou adopção, uso e gestão <strong>de</strong> TI/SI pelas organizações, evolui através <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> aprendizagem que<br />

po<strong>de</strong> avançar através <strong>de</strong> estádios <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong>. Se esses estádios (e as suas características associadas)<br />

pu<strong>de</strong>rem ser i<strong>de</strong>ntificados, então po<strong>de</strong>m ser usados para <strong>de</strong>senvolver um plano para o SI e fornecer linhas<br />

orientadoras <strong>de</strong> acção para a progressão or<strong>de</strong>nada ao longo <strong>de</strong> vários estádios a partir da cultura corrente da<br />

organização [Singh, 1993].<br />

A adopção e utilização <strong>de</strong> TI/SI (Tecnologias <strong>de</strong> Informação/Sistemas <strong>de</strong> Informação) pelas organizações<br />

é um processo evolucionário porque envolve aprendizagem organizacional, <strong>de</strong>vendo por isso seguir um<br />

padrão, ou conjunto <strong>de</strong> estádios bem <strong>de</strong>terminados. Esse conjunto <strong>de</strong> estádios e as características a ele<br />

associadas <strong>de</strong>vem ser utilizadas como mo<strong>de</strong>lo para orientar a organização numa correcta utilização das TI/SI<br />

e para a orientar na correcta progressão através dos diversos estádios [Amaral, 1994].<br />

Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> são uns dos instrumentos disponíveis para avaliar a ao mesmo tempo orientar<br />

as organizações em direcção a melhores políticas e estratégias no que respeita à área dos SI [Rocha, 2000].<br />

3.1 Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Maturida<strong>de</strong> Orientados à Gestão e Planeamento <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong><br />

Informação<br />

Antes da emergência do comércio electrónico, os estádios <strong>de</strong> crescimento ou maturida<strong>de</strong>, já eram estudados<br />

por investigadores tais como Nolan (1973), Gibson e Nolan (1974), McFalan (1983), Hirshheim et al. (1996),<br />

Galliers e Sutherland (1991). As teorias dos estádios <strong>de</strong> crescimento eram estudadas, para melhorar a<br />

importância dos SI nas organizações.<br />

Nolan é consi<strong>de</strong>rado o primeiro investigador a fornecer um mo<strong>de</strong>lo para explicar a evolução dos SI nas<br />

organizações. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Nolan teve várias melhorias e foi apresentado sob diversas formas e versões. O<br />

mo<strong>de</strong>lo original consistia em quatro fases (Início, Contágio, Controlo e Integração). Mais tar<strong>de</strong>, o mo<strong>de</strong>lo<br />

inicial foi alterado para incluir duas novas fases: Gestão <strong>de</strong> Dados e Maturida<strong>de</strong>.<br />

De acordo com Galliers e Sutherland (1991), o maior inconveniente do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Nolan (1979),<br />

relaciona-se com a falta <strong>de</strong> ênfase em aspectos <strong>de</strong> gestão e <strong>de</strong> organização, e com a cobertura simplista e<br />

associações subjectivas nas quais o mo<strong>de</strong>lo se baseia. Mais importante ainda, o mo<strong>de</strong>lo disponibiliza pouca<br />

ajuda ao gestor <strong>de</strong> PD (Processamento <strong>de</strong> Dados) na criação <strong>de</strong> uma função <strong>de</strong> sucesso <strong>de</strong>ntro da<br />

organização.<br />

332


3.2 Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Maturida<strong>de</strong> para o Comércio Electrónico/Negócio Electrónico<br />

Novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong>, melhor adaptados à realida<strong>de</strong> do Comércio Electrónico/Negócio Electrónico,<br />

têm sido <strong>de</strong>senvolvidos por outros investigadores. Investigações recentes, nos estádios <strong>de</strong> crescimento do<br />

Comércio Electrónico/Negócio Electrónico têm mostrado a utilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes mo<strong>de</strong>los na <strong>de</strong>scrição do<br />

posicionamento das organizações em termos <strong>de</strong> Comércio Electrónico/Negócio Electrónico e do seu possível<br />

<strong>de</strong>senvolvimento no futuro [McKay et al., 2000], [Earl, 2000], [Prananto et al., 2001], [Rayport and<br />

Jaworsky, 2002] e [Rao et al., 2003].<br />

Entre os mo<strong>de</strong>los mais recentes, po<strong>de</strong>m ser mencionados os seguintes: o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> do<br />

comércio electrónico [KPMG, 1997], o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Grant [Grant, 1999], o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> McKay et al [McKay,<br />

2000], o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Earl (2000), o mo<strong>de</strong>lo SOG-e [Prananto et al., 2001], o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Rayport e Jaworski<br />

(2002), o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Rao et al. (2003) e o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Chan e Swatman (2004)<br />

3.2.1 Comparação entre os Mo<strong>de</strong>los<br />

Utilizando o framework <strong>de</strong> Jones et al. (2006) para comparar mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Comércio<br />

Electrónico/Negócio Electrónico, apresentado na tabela 2, ressalta que a maior diferença entre os mo<strong>de</strong>los é a<br />

perspectiva, que nuns casos é mais orientada para o negócio e noutros mais para a tecnologia. O número <strong>de</strong><br />

estádios varia entre 3 e 6, a maior parte dos mo<strong>de</strong>los têm origem académica e todos eles têm um<br />

<strong>de</strong>senvolvimento linear. Mas, com a utilização <strong>de</strong>ste framework ressalta também que nenhum dos mo<strong>de</strong>los,<br />

na sua essência prevê a existência <strong>de</strong> barreiras ao <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Tabela 2. Comparação entre os vários mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> para o Comércio Electrónico/Negócio Electrónico segundo<br />

o framework <strong>de</strong> Jones et al. (2006)<br />

Mo<strong>de</strong>lo Perspectiva Desenvolvimento<br />

Ênfase Verificação Barreiras Foco Origem Estádios<br />

KPMG Negócio Linear Não Não Não Comércio Sector 3<br />

Especifica<br />

Electrónico Privado<br />

Mo<strong>de</strong>lo Negócio Linear SME Sim Não Negócio Aca<strong>de</strong>mia 5<br />

<strong>de</strong> Grant<br />

Electrónico<br />

Mo<strong>de</strong>lo Tecnologia Linear Não Não Não Negócio Aca<strong>de</strong>mia 6<br />

<strong>de</strong> McKay<br />

Especifica<br />

Electrónico<br />

Mo<strong>de</strong>lo Negócio Linear Não Não Não Negócio Aca<strong>de</strong>mia 6<br />

<strong>de</strong> Earl<br />

Especifica<br />

Electrónico<br />

Mo<strong>de</strong>lo Tecnologia Linear Não Sim Não Negócio Aca<strong>de</strong>mia 6<br />

SOG-e<br />

Especifica<br />

Electrónico<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Tecnologia Linear Não Não Não Negócio Aca<strong>de</strong>mia 4<br />

Rayport e<br />

Jaworski<br />

Especifica<br />

Electrónico<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Tecnologia Linear Não Não Não Negócio Aca<strong>de</strong>mia 4<br />

Rao<br />

Especifica<br />

Electrónico<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Negócio Linear Não Sim Não Negócio Aca<strong>de</strong>mia 4<br />

Chan e<br />

Swatman<br />

Especifica<br />

Electrónico<br />

4. CONCLUSÕES<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Apesar <strong>de</strong> ter uma história recente o comércio electrónico já tem uma história.<br />

Antes da emergência do comércio electrónico, os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> estádios <strong>de</strong> crescimento ou maturida<strong>de</strong>, já<br />

eram estudados no âmbito da gestão e planeamento dos sistemas <strong>de</strong> informação. Com o advento da Internet e<br />

do Comércio Electrónico surgiram novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio e como consequência novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

maturida<strong>de</strong> melhor adaptados a esta nova realida<strong>de</strong>. No entanto, em nossa opinião, estes mo<strong>de</strong>los ainda<br />

po<strong>de</strong>m ser melhorados, em vez <strong>de</strong> serem somente mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong>scritivos, que quando aplicados posicionam a<br />

organização num <strong>de</strong>terminado estádio <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>veriam ser também prescritivos, ou seja, dar<br />

333


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indicação do que <strong>de</strong>ve ser feito para passar ao estádio seguinte e quais as barreiras/dificulda<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>rão<br />

ser encontradas na passagem entre estádios e formas <strong>de</strong> as contornar.<br />

De forma a obter respostas a estas questões e po<strong>de</strong>r contribuir para uma melhor utilida<strong>de</strong> dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

maturida<strong>de</strong>, preten<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>senvolver um estudo, no âmbito das 500 maiores organizações portuguesas.<br />

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Wigand R. T., Electronic Commerce: Definition, Theory and Context, The Information Society, 1997, vol. 13, pp. 1-16.<br />

334


PANORÁMICA Y SITUACIÓN DEL ESTÁNDAR EBXML<br />

Mario Antonio Triguero y Roberto Barchino<br />

Dpto. <strong>de</strong> Ciencias <strong>de</strong> la Computación<br />

ETS Ingeniería Informática<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Alcalá.<br />

28871 Alcalá <strong>de</strong> Henares. Madrid<br />

mario.triguero@uah.es, roberto.barchino@uah.es<br />

RESUMEN<br />

Las tecnologías <strong>de</strong> comunicación e Internet se han convertido en un pilar fundamental <strong>de</strong> nuestra sociedad. En concreto,<br />

el comercio electrónico ha sido y es uno <strong>de</strong> los motores <strong>de</strong> la innovación en Internet. Para promover, fomentar y<br />

consolidar los trabajos que se realizan al respecto, numerosas iniciativas privadas y gubernamentales tratan <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir<br />

elementos comunes y estandarizados. Una <strong>de</strong> dichas iniciativas más amplia y mayor importancia es la <strong>de</strong>nominada<br />

ebXML - Electronic Business using eXtensible Markup Language. En el siguiente artículo se trata <strong>de</strong> explicar los<br />

aspectos más importantes <strong>de</strong> este estándar así como otra serie <strong>de</strong> iniciativas relacionadas con el mismo para así obtener<br />

una visión general <strong>de</strong> ebXML.<br />

PALABRAS CLAVES<br />

Comercio electrónico, Internet, ebXML, B2B<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Des<strong>de</strong> la irrupción <strong>de</strong> Internet, nuestros hábitos han cambiado <strong>de</strong> forma profunda en muchos aspectos. Uno<br />

<strong>de</strong> los ámbitos en los que Internet se empezó a <strong>de</strong>sarrollar y difundir <strong>de</strong> forma más exponencial fue el <strong>de</strong>l<br />

comercio electrónico. Este <strong>de</strong>sarrollo ha llevado a surgir diferentes mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> organización <strong>de</strong> dicho<br />

comercio como son el B2B (Business to Business), B2C (Business to Consumer), C2C (Consumer to<br />

Consumer), G2C (Government to Citizen), etc.<br />

Uno <strong>de</strong> los mo<strong>de</strong>los anteriormente citados que más han hecho avanzar las diferentes tecnologías<br />

relacionadas con el mismo ha sido el B2B, comercio electrónico entre empresas. Todos los mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

comercio, y en particular el B2B <strong>de</strong> forma más exhaustiva, se basan en un intercambio <strong>de</strong> información<br />

organizado en un protocolo <strong>de</strong> actuación.<br />

Ese intercambio así como su organización ha ido sufriendo variaciones con el tiempo y ha ido basándose<br />

en diferentes estándares que han evolucionado <strong>de</strong> forma más o menos exitosa, según la iniciativa, etc. Hoy en<br />

día, uno <strong>de</strong> los estándares más <strong>de</strong>sarrollados, sino el que más, <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lado e intercambio <strong>de</strong> información <strong>de</strong><br />

los negocios/comercios electrónicos es el <strong>de</strong>nominado ebXML [ebXML, 2007].<br />

A lo largo <strong>de</strong> este artículo, se va a tratar <strong>de</strong> plasmar la importancia <strong>de</strong> este estándar, sus aportaciones más<br />

importantes así como algunos aspectos que están aún por <strong>de</strong>sarrollar. Para ello, se realizará una introducción<br />

al propio estándar ebXML don<strong>de</strong> se expondrán sus elementos básicos y una breve <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong>l proceso<br />

general <strong>de</strong> funcionamiento, a<strong>de</strong>más <strong>de</strong> proponer otras iniciativas relacionadas. A continuación se<br />

mencionarán una serie <strong>de</strong> trabajos e iniciativas basadas en ebXML. Por último, se presentarán una serie <strong>de</strong><br />

conclusiones obtenidas tras la realización <strong>de</strong> este trabajo.<br />

2. ESTÁNDAR EBXML<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

En 1999 se inició el proyecto “Electronic Business XML” (ebXML) con el ambicioso objetivo <strong>de</strong> crear un<br />

mercado global electrónico único. Una iniciativa patrocinada por el United Nations Centre for Trading<br />

335


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Facilitation en Electronic Business [UN/CEFACT, 2007] y la Organization for the Advancement of<br />

Structured Information Standards [OASIS, 2007], aportando el UN/CEFACT su experiencia sobre procesos<br />

<strong>de</strong> estandarización ya que son los autores <strong>de</strong>l estándar B2B EDIFACT y OASIS su know-how sobre XML,<br />

estándar <strong>de</strong> intercambio <strong>de</strong> información sobre el cual todo gira actualmente [XML, 2007] Está claro que<br />

organizar el intercambio <strong>de</strong> información <strong>de</strong> negocios no es precisamente trivial y requiere una cuidadosa<br />

preparación. Una solución completa <strong>de</strong>be especificar qué información concreta es necesario intercambiar y<br />

cómo estructurarla, un reto difícil si tenemos en cuenta el alto grado <strong>de</strong> heterogeneidad que presentan los<br />

procesos y documentos <strong>de</strong> las empresas.<br />

2.1 Elementos Básicos <strong>de</strong>l ebXML<br />

La organización interna que plantea el ebXML, y la cual refleja el estándar, se basa en tres pilares<br />

fundamentales:<br />

• Una forma común <strong>de</strong> intercambiar la información, mensajes, etc.,<br />

• Un mecanismo para <strong>de</strong>finir el “negocio” a realizar, y<br />

• Por último, una forma <strong>de</strong> darse a conocer (y po<strong>de</strong>r buscar) los servicios <strong>de</strong> negocio que se ofrezcan<br />

(o que se necesiten).<br />

Para un intercambio <strong>de</strong> información seguro y fiable, en el protocolo se <strong>de</strong>finió el “ebXML Messaging<br />

Service” como servicio que resuelve la problemática <strong>de</strong>l intercambio <strong>de</strong> datos entre las partes con las<br />

características necesarias para un entorno <strong>de</strong> intercambios comerciales.<br />

Pero la funcionalidad anterior ya existía en otros estándares como el anteriormente citado EDIFACT u<br />

otros. La característica fundamental que ofrece ebXML es una forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>scribir la interacción entre las<br />

partes: qué tipo <strong>de</strong> mensajes han <strong>de</strong> intercambiarse y <strong>de</strong> qué manera.<br />

A ello respon<strong>de</strong> el Collaboration Protocol Profile (CPP) y el Collaboration Protocol Agreement (CPA)<br />

[CPA, 2001]. El CPP es la <strong>de</strong>scripción que una empresa realiza sobre los datos necesarios (formato, mensajes<br />

a intercambiar, etc.) para entablar negocios con ella. El CPA es el convenio que las partes <strong>de</strong>l negocio tienen<br />

que establecer para po<strong>de</strong>r intercambiar datos.<br />

Pero si una empresa quiere saber si existe un proveedor en Internet que le pueda ofrecer el producto que<br />

necesita, ¿cómo lo sabe?. La solución a esta encrucijada es la existencia <strong>de</strong> un elemento central en el que las<br />

diversas empresas puedan acudir para obtener la información <strong>de</strong> interés sobre potenciales socios <strong>de</strong> negocio.<br />

Este elemento central, <strong>de</strong>finido en el estándar, es el “ebXML Registry”: un repositorio en el cual se pue<strong>de</strong>n<br />

poner a disposición <strong>de</strong> los interesados cualquier tipo <strong>de</strong> información ebXML como por ejemplo la <strong>de</strong>finición<br />

<strong>de</strong> facturas, or<strong>de</strong>nes <strong>de</strong> compra, catálogos, etc.<br />

2.2 Descripción General <strong>de</strong>l Proceso<br />

El esquema típico <strong>de</strong> funcionamiento <strong>de</strong> un nuevo participante en un intercambio <strong>de</strong> información vía ebXML<br />

podría ser el siguiente:<br />

336<br />

• Cuando una empresa A quiere participar en un e-business basado en ebXML, primero <strong>de</strong>bería<br />

adaptar su infraestructura <strong>de</strong> aplicativos corporativos al intercambio en dicho estándar.<br />

• Posteriormente, <strong>de</strong>bería especificar las operaciones que <strong>de</strong>sea realizar (Ej.: la compra <strong>de</strong> material X<br />

y la venta <strong>de</strong>l producto A) mediante la especificación CPP. En dicha especificación se indican los<br />

formatos <strong>de</strong> mensajes a intercambiar o bien que formatos ya existentes se van a utilizar. De esta<br />

forma se consolida un entorno ebXML para un mayor número <strong>de</strong> participantes.<br />

• Una vez publicada dicha información en un ebXML registry, otras empresas interesadas en dicho<br />

negocio podrán interactuar con ella. El proceso inverso sería cuando la citada empresa <strong>de</strong>seara<br />

comprar o ven<strong>de</strong>r productos a una empresa ya existente en el registro ebXML.<br />

• El caso <strong>de</strong> que dos participantes no coincidan en un CPP concreto no implica una imposibilidad <strong>de</strong><br />

participación conjunta. En dicho caso, se establece una negociación entre ambas partes para llegar<br />

a un acuerdo entre los subconjuntos <strong>de</strong> mensajes compatibles, las transformaciones necesarias entre


los mensajes distintos, etc. Este acuerdo, se ve plasmado en un protocolo <strong>de</strong> colaboración<br />

<strong>de</strong>sarrollado mediante la especificación CPA.<br />

2.3 Otros Elementos <strong>de</strong>l Estándar<br />

En los apartados anteriores se mostraron los elementos principales para la <strong>de</strong>finición y el intercambio <strong>de</strong><br />

información entre las diferentes partes y cómo <strong>de</strong>jarlo reflejado en acuerdos. A<strong>de</strong>más <strong>de</strong> dichos<br />

componentes, existen otros elementos <strong>de</strong> una infraestructura ebXML muy necesarios también para la correcta<br />

realización <strong>de</strong> los negocios esperados en un entorno fiable, seguro, robusto, transparente, etc.<br />

2.3.1 Protocolos <strong>de</strong> Mensajería<br />

Tan importante es saber qué mensajes hay que intercambiar como el cómo intercambiarlos. Un buen<br />

protocolo <strong>de</strong> intercambio <strong>de</strong> mensajes es muy importante, pues <strong>de</strong>berá soportar todas aquellas características<br />

que se le solicite <strong>de</strong> una forma fácil y flexible.<br />

Para ello, en ebXML se <strong>de</strong>finió el servicio <strong>de</strong> mensajería como el responsable <strong>de</strong>l transporte, enrutado y<br />

empaquetado <strong>de</strong> la información. Este servicio (<strong>de</strong>nominado ebMS) está basado en una ampliación <strong>de</strong> SOAP<br />

1.1, protocolo ampliamente difundido y que funciona sobre otros protocolos básicos añadiéndoles nuevas<br />

funcionalida<strong>de</strong>s. De esta forma, ebXML pue<strong>de</strong> utilizar la infraestructura <strong>de</strong> Internet mediante la utilización<br />

<strong>de</strong> SOAP sobre HTTP, SMTP, etc.<br />

El servicio ebMS también cubre las cuestiones relativas a la seguridad. Los llamados Security Services<br />

(servicios <strong>de</strong> seguridad) abarcan la generación y verificación <strong>de</strong> firmas digitales, la autenticidad y<br />

autorización relativa a un mensaje, etc. cuestiones todas ellas básicas en un intercambio <strong>de</strong> información<br />

seguro.<br />

2.3.2 Core Components, Componentes <strong>de</strong> Negocio Reutilizables<br />

Para facilitar la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> protocolos <strong>de</strong> colaboración (CPP) e intentar evitar los acuerdos particularizados<br />

(CPA) lo más importante es la utilización en la medida <strong>de</strong> lo posible <strong>de</strong> términos y <strong>de</strong>finiciones ya existentes.<br />

Si dichos términos son lo suficientemente básicos y comunes, es más que probable que sirvan para mucho <strong>de</strong><br />

los participantes que los necesiten. En caso contrario se <strong>de</strong>berían modificar dichas <strong>de</strong>finiciones o bien crear<br />

nuevos tipos válidos.<br />

Para ayudar en este aspecto, ebXML <strong>de</strong>fine la existencia <strong>de</strong> una serie <strong>de</strong> componentes básicos, Core<br />

Components, con diferentes niveles <strong>de</strong> complejidad. En el nivel más básico son comparables con el concepto<br />

informático <strong>de</strong> tipo <strong>de</strong> datos (Ej.: ca<strong>de</strong>na <strong>de</strong> caracteres alfanuméricos). Los componentes simples podrán ser<br />

utilizados como elementos <strong>de</strong> otros componentes o estructuras <strong>de</strong> nivel más complejo, como una dirección o<br />

una cuenta bancaria. Los componentes disponen <strong>de</strong> información <strong>de</strong> contexto que se refiere precisamente a<br />

dón<strong>de</strong> se engloban y qué papel representan, para <strong>de</strong> esta manera ser agregados en objetos <strong>de</strong> mayor<br />

complejidad.<br />

De esta forma, es más sencillo estandarizar tipos <strong>de</strong> documentos <strong>de</strong> mayor nivel <strong>de</strong> complejidad si sus<br />

componentes básicos se encuentran estandarizados.<br />

La i<strong>de</strong>a fundamental <strong>de</strong> estos Core Components es promover y maximizar la reutilización <strong>de</strong> elementos<br />

pre<strong>de</strong>finidos y llegar así a un compromiso óptimo entre las necesida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> personalización que requiere una<br />

relación comercial entre empresas y el esfuerzo requerido para <strong>de</strong>finirla. Así se pue<strong>de</strong> llegar a tener bien<br />

<strong>de</strong>finidos todos los documentos, elementos, mensajes, etc. relativos a un sector industrial, mercantil, etc.<br />

2.4 Otras Iniciativas Relacionadas<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

En una conferencia en el año 2.001, en Viena, fue aprobado el trabajo inicial <strong>de</strong> creación <strong>de</strong> ebXML.<br />

Posteriormente, en el año 2.004 la International Organization for Standardization (ISO) lo adoptó como su<br />

estándar para el comercio electrónico <strong>de</strong>nominándolo ISO/TS 15000.<br />

Sin embargo, y <strong>de</strong>s<strong>de</strong> entonces, han surgido otras iniciativas que tratan <strong>de</strong> presentarse como una<br />

alternativa a ebXML en su totalidad o bien intentando cubrir ciertos aspectos parciales. Lo sorpren<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

estos nuevos proyectos o iniciativas es que muchos <strong>de</strong> ellos están promovidos por los mismos creadores <strong>de</strong>l<br />

estándar ebXML (a saber, OASIS y UN/CEFACT) así como por empresas que en su momento participaron<br />

337


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

en el grupo <strong>de</strong> trabajo <strong>de</strong> su <strong>de</strong>sarrollo. A continuación se presentarán brevemente dichos proyectos o<br />

iniciativas:<br />

• Business Process Execution Language [BPEL, 2007]: lenguaje <strong>de</strong> alto nivel basado en XML<br />

diseñado para proporcionar métodos <strong>de</strong> <strong>de</strong>finición y soporte para flujos <strong>de</strong> trabajo y procesos <strong>de</strong><br />

negocio, basándose para ello en la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> procesos que interactúan con entida<strong>de</strong>s externas<br />

mediante operaciones <strong>de</strong> un Servicio Web. Desarrollado por gran<strong>de</strong>s empresas como Oracle,<br />

Microsoft, Sun Microsystems, etc.<br />

• Universal Business Language [UBL, 2003]: lenguaje <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lización que trata <strong>de</strong> estandarizar<br />

una serie <strong>de</strong> Core Components básicos existentes en la mayoría <strong>de</strong> los negocios. Define por un lado<br />

una serie <strong>de</strong> librerías <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong> datos, Type Libraries, que <strong>de</strong>scriben elementos (como una<br />

dirección) y por otro lado <strong>de</strong>fine una serie <strong>de</strong> documentos estandarizados para <strong>de</strong>scribir<br />

documentos <strong>de</strong>l estilo <strong>de</strong> ór<strong>de</strong>nes <strong>de</strong> compra, facturas, etc. Ha sido <strong>de</strong>finido por OASIS.<br />

• Web Services Interoperability [WS-I, 2007]: iniciativa <strong>de</strong> crear una serie <strong>de</strong> especificaciones<br />

para promover la interoperabilidad <strong>de</strong> los Servicios Web a través <strong>de</strong> diferentes plataformas,<br />

aplicaciones y lenguajes <strong>de</strong> programación. En concreto, promueve y apoya protocolos genéricos<br />

para el intercambio <strong>de</strong> mensajes <strong>de</strong> interoperabilidad entre Servicios Web. Esta iniciativa está<br />

siendo li<strong>de</strong>rada por gran<strong>de</strong>s empresas como Oracle, Microsoft, IBM, Sun Microsystems, etc.<br />

• Core Component Message Assembly [CCMA, 2007]: iniciativa li<strong>de</strong>rada por el UN/CEFACT<br />

para <strong>de</strong>sarrollar una especificación <strong>de</strong> semántica <strong>de</strong> ensamblaje <strong>de</strong> mensajes <strong>de</strong> negocio. Esta<br />

especificación está basada en la metodología <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lado <strong>de</strong>sarrollada por el UN/CEFACT<br />

(UMM) y los Core Components <strong>de</strong> ebXML (CCTS).<br />

• ebXML Business Process Specification Schema [BPSS, 2001]: el objetivo <strong>de</strong> la ebXML BPSS<br />

es facilitar un nexo <strong>de</strong> unión entre el mo<strong>de</strong>lado <strong>de</strong> los procesos <strong>de</strong> negocio y la <strong>de</strong>finición y/o<br />

parametrización <strong>de</strong> los componentes software que soporten dicho proceso. Facilita los elementos<br />

para <strong>de</strong>scribir el comportamiento que los sistemas software <strong>de</strong>ben cumplir para soportar los<br />

procesos <strong>de</strong> negocio <strong>de</strong>finidos en sistemas software <strong>de</strong>sarrollados mediante herramientas acor<strong>de</strong>s<br />

con esta especificación.<br />

3. CONCLUSIONES<br />

Como se ha podido ver a lo largo <strong>de</strong> este artículo, el estándar ebXML trata <strong>de</strong> fomentar el comercio<br />

electrónico, los negocios electrónicos basados en Internet ofreciendo un marco <strong>de</strong> referencia genérico y<br />

neutral y una serie <strong>de</strong> especificaciones que permitan a las empresas y a la industria el apostar por una<br />

estrategia sólida, ampliable y fiable.<br />

A pesar <strong>de</strong> haberse convertido en un estándar internacional, tras más <strong>de</strong> cinco años <strong>de</strong> su nacimiento la<br />

implantación a nivel mundial no se ha logrado. Aunque existen pequeños proyectos que <strong>de</strong>muestran la<br />

viabilidad y ventajas obtenidas [DBKK, 2007] y muchos gobiernos apuestan por él (la iniciativa IDABC <strong>de</strong><br />

la Unión Europea es un claro ejemplo) no consigue tener el éxito <strong>de</strong>seado.<br />

Quizás los motivos <strong>de</strong> esa falta <strong>de</strong> difusión pue<strong>de</strong>n agruparse en dos grupos: sociales y tecnológicos.<br />

Los motivos sociales podrían resumirse en dos líneas principales: por un lado una heterogénea difusión<br />

<strong>de</strong>l comercio electrónico a nivel mundial (incluso <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> las socieda<strong>de</strong>s occi<strong>de</strong>ntales no se encuentra<br />

igualmente apoyado), y por otro lado las múltiples dificulta<strong>de</strong>s para que estas iniciativas calen en el mediano<br />

y pequeño comercio (principalmente sólo las gran<strong>de</strong>s compañías pue<strong>de</strong>n invertir en este tipo <strong>de</strong> proyectos).<br />

Des<strong>de</strong> el punto <strong>de</strong> vista tecnológico también se pue<strong>de</strong> apreciar que existen ciertas problemáticas que<br />

perjudican su expansión: el mantenimiento bicéfalo <strong>de</strong> dicho estándar (OASIS y UN/CEFAT) provoca una<br />

duplicidad <strong>de</strong> trabajo y una <strong>de</strong>scoordinación nada buenas, y por otra parte un apoyo diversificado <strong>de</strong> las<br />

gran<strong>de</strong>s empresas <strong>de</strong> la industria a múltiples iniciativas relacionadas con el comercio electrónico, que no hace<br />

otra cosa que crear más confusión sobre la idoneidad <strong>de</strong>l estándar.<br />

338


Ante este panorama, esperemos que en un futuro próximo la situación <strong>de</strong> las diferentes iniciativas,<br />

proyectos, estándares, etc. se clarifique y la adopción <strong>de</strong> un marco único <strong>de</strong> comercio electrónico permita<br />

resolver otras problemáticas <strong>de</strong> tipo social.<br />

REFERENCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

[ebXML, 2007] Electronic Business using eXtensible Markup Language. http://www.ebxml.org/<br />

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Partners. http://ebxml.xml.org/no<strong>de</strong>/357<br />

339


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

REENGENHARIA DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE<br />

APOIO AO ENSINO UNIVERSITÁRIO PARA A CRIAÇÃO<br />

DE RESULTADOS ESTATÍSTICOS<br />

Pedro Branco, Sónia Santos, Luís Barbosa, Ramiro Gonçalves<br />

UTAD – Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />

Dep. Engenharias, Quinta <strong>de</strong> Prados, Apartado 1013, 5001-801 Vila Real, Portugal<br />

pedro-branco@hotmail.com, sonja_santos@hotmail.com, {lfb, ramiro}@utad.pt<br />

RESUMO<br />

A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação que as Universida<strong>de</strong>s produzem tem vindo a aumentar progressivamente e a velocida<strong>de</strong> com<br />

que ela circula intensificou-se. Com a introdução e o contínuo crescimento da utilização das Tecnologias da Informação e<br />

Comunicação no Ensino, apareceu como inevitável o seu aproveitamento para a gestão da informação que cresce<br />

rapidamente no seio das mesmas.<br />

A Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, possui um Sistema <strong>de</strong> Informação <strong>de</strong> Apoio ao Ensino, o SIDE, com<br />

suporte WEB, que tem como principal objectivo disponibilizar o acesso à informação <strong>de</strong>corrente da vida académica dos<br />

vários cursos leccionados na universida<strong>de</strong>. Isto, traz gran<strong>de</strong>s benefícios, quer em termos pedagógicos, quer em termos<br />

funcionais e <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão, permitindo partilhar a informação interna e melhorando <strong>de</strong>sta forma, a comunicação<br />

entre os vários intervenientes.<br />

Preten<strong>de</strong>-se no presente artigo apresentar o processo <strong>de</strong> reengenharia dos serviços <strong>de</strong>stinados à Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Curso<br />

<strong>de</strong>senvolvidos no SIDE, com objectivo <strong>de</strong> seguir uma metodologia <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> abstracção. Para tal, efectuou-se a sua<br />

percepção, especificaram-se os requisitos e, propôs-se uma solução <strong>de</strong> reengenharia com vista à sua implementação.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Sistema <strong>de</strong> Informação, Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Curso, Processo <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Software, Reengenharia, Abstracção.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

A Reengenharia, também conhecida como renovação, é a observação e a alteração <strong>de</strong> um sistema para a<br />

reconstrução do mesmo, numa nova forma. A Reengenharia geralmente inclui um pouco <strong>de</strong> Reverse<br />

Engineering para conseguir uma <strong>de</strong>scrição mais abstracta, seguida <strong>de</strong> um pouco <strong>de</strong> renovação ou<br />

reestruturação (Forward Engineering). Isto po<strong>de</strong> incluir algumas modificações a respeito <strong>de</strong> novos requisitos<br />

que não eram necessários no sistema original [Chikofsky and Cross, 1990].<br />

O principal objectivo da Reengenharia <strong>de</strong> Software é gerar um novo sistema, <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> sistema<br />

alvo, a partir <strong>de</strong> um sistema já existente, que possui as mesmas proprieda<strong>de</strong>s como sistemas criados através<br />

<strong>de</strong> métodos mo<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> software. Estas características <strong>de</strong> software envolvem:<br />

mainability, portability, confiability, reusability, quality of documentation, testability e usability.<br />

Efectuar um processo <strong>de</strong> reengenharia num sistema, po<strong>de</strong> realmente melhorá-lo. [Sneed and Jandrasics,<br />

1990] Os métodos mo<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> software ten<strong>de</strong>m a trazer proprieda<strong>de</strong>s eficientes para<br />

novos sistemas <strong>de</strong> software. Saber como acompanhar estas proprieda<strong>de</strong>s para um sistema é o maior <strong>de</strong>safio<br />

da reengenharia [Haugh, 1991]. No entanto, para <strong>de</strong>senvolver técnicas <strong>de</strong> sucesso, é necessário perceber o<br />

problema da reengenharia [Colbrook et al, 1990]. Compreen<strong>de</strong>r como o sistema <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Curso foi<br />

<strong>de</strong>senvolvido, ajuda a perceber como se po<strong>de</strong> aplicar um processo <strong>de</strong>sta filosofia ao sistema. O conceito <strong>de</strong><br />

níveis <strong>de</strong> abstracção é a base, tanto <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, como <strong>de</strong> um <strong>de</strong> reengenharia. Este é<br />

usado para mo<strong>de</strong>lar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> software com uma sequência <strong>de</strong> fases, on<strong>de</strong> cada fase correspon<strong>de</strong><br />

a um nível <strong>de</strong> abstracção. A Figura 1 mostra essas camadas <strong>de</strong> abstracção [Byrne, 1992].<br />

No <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> software o objectivo <strong>de</strong> cada fase é <strong>de</strong>finir certas características do sistema, <strong>de</strong><br />

modo a <strong>de</strong>terminar o grau para o qual o sistema mostra uma proprieda<strong>de</strong> particular.<br />

340


Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Figura 1. Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> abstracção (adaptado <strong>de</strong> [Byrne, 1992])<br />

No mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> abstracção, a camada mais alta é a conceptual, nível este <strong>de</strong> elevada abstracção. Aqui, as<br />

características funcionais <strong>de</strong> um sistema são <strong>de</strong>scritas em termos gerais. No nível <strong>de</strong> requisitos, as<br />

características funcionais são <strong>de</strong>scritas <strong>de</strong>talhadamente. Nestas duas camadas não são mencionados <strong>de</strong>talhes<br />

internos do sistema. No nível <strong>de</strong>sign é realizada a <strong>de</strong>scrição das características <strong>de</strong> estrutura <strong>de</strong> dados e da<br />

arquitectura, componentes do sistema, interfaces entre os componentes e procedimentos algorítmicos a<br />

<strong>de</strong>finir. Por fim, o nível <strong>de</strong> implementação é a camada mais baixa. Neste, a <strong>de</strong>scrição do sistema centra-se nas<br />

características da implementação (programação) e é representado por uma linguagem que o computador<br />

compreen<strong>de</strong>. Neste mo<strong>de</strong>lo cada fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento produz a representação do sistema e o software é<br />

<strong>de</strong>senvolvido através <strong>de</strong> uma sequência <strong>de</strong> fases, assim um sistema po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scrito por diversos níveis <strong>de</strong><br />

abstracção [Byrne, 1992].<br />

2. SISTEMA ACTUAL DE COORDENAÇÃO DE CURSO<br />

O SIDE é um sistema <strong>de</strong> informação programado em linguagem <strong>de</strong> programação estável e <strong>de</strong><br />

multiplataforma, que é o PERL. Visa processar e disponibilizar o acesso à informação relativa aos vários<br />

cursos leccionados pela UTAD (Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro).<br />

Os recursos informativos disponibilizados pelo sistema po<strong>de</strong>m ser acedidos mediante autenticação. Assim<br />

sendo, existem utilizadores que se distinguem pelos privilégios estabelecidos no sistema, como<br />

Administradores do Sistema, Docentes, Alunos, Funcionários, Coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> Curso. É uma aplicação que<br />

permite armazenar, divulgar, gerir informação, usando as tecnologias <strong>de</strong> informação, para o apoio ao ensino.<br />

Possibilita a monitorização e visa fornecer aos órgãos <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>partamental informação suficiente, que<br />

sirva <strong>de</strong> apoio à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. Também visa ser flexível e modular, permitindo facilmente incorporar<br />

componentes e serviços adicionais ajustados às necessida<strong>de</strong>s dos cursos, bem como disponibilizar diversos<br />

tipos <strong>de</strong> recursos multimédia.<br />

Os alunos utilizam as novas tecnologias para ace<strong>de</strong>r à informação relativa ao curso. Este utilizador po<strong>de</strong><br />

ace<strong>de</strong>r à informação das diversas disciplinas do curso que frequenta e dispõe <strong>de</strong> uma área, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong> efectuar<br />

diversos serviços. A inscrição numa avaliação, consultar as classificações obtidas, consultar a assiduida<strong>de</strong> a<br />

uma <strong>de</strong>terminada disciplina, bem como ace<strong>de</strong>r a qualquer outro tipo <strong>de</strong> informação das disciplinas ou do<br />

curso que frequenta.<br />

Os docentes usam também este sistema para disponibilizar informação <strong>de</strong> apoio aos alunos da sua<br />

disciplina, bem como qualquer outro tipo <strong>de</strong> informação relativa à sua docência.<br />

Qualquer outro tipo <strong>de</strong> utilizador po<strong>de</strong> gerir, armazenar e consultar dados relativos ao curso, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

tenha um nível <strong>de</strong> permissão para tal ou que lhe tenham sido <strong>de</strong>legados para efectuar tal tarefa.<br />

Para obter um maior conhecimento sobre o funcionamento do sistema e as funcionalida<strong>de</strong>s disponíveis<br />

neste, foi feita a sua observação. Isto, porque se preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver uma análise do sistema <strong>de</strong><br />

Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Curso implementado no SIDE <strong>de</strong> forma a propor uma remo<strong>de</strong>lação das funcionalida<strong>de</strong>s<br />

existentes e novas funcionalida<strong>de</strong>s para a criação <strong>de</strong> resultados estatísticos, criando assim uma nova proposta<br />

a implementar. Desta forma, foi observado o sistema na perspectiva do utilizador Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Curso e<br />

exteriormente as suas funções exercidas na sua activida<strong>de</strong>.<br />

A Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Curso é um órgão <strong>de</strong> gestão e representação do curso nos respectivos órgãos da<br />

Universida<strong>de</strong>, em todas as iniciativas a ele respeitantes, bem como na dinamização da cooperação entre o<br />

curso e as Or<strong>de</strong>ns e/ou Associações Profissionais respectivas. Este órgão é composto, essencialmente, por um<br />

Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Curso e um Vice-Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> curso. Em que o Vice-Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> curso <strong>de</strong>verá<br />

exercer as funções do Coor<strong>de</strong>nador quando este se encontrar impossibilitado <strong>de</strong> o fazer [UTAD, 2006].”<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

O órgão <strong>de</strong> gestão e representação do curso <strong>de</strong>ve zelar pela actualização curricular e programática, com a<br />

finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> garantir os objectivos do curso. Sendo a Coor<strong>de</strong>nação um meio <strong>de</strong> gestão, <strong>de</strong>verá dar o parecer<br />

sobre o perfil dos docentes a contratar ou a convidar para a leccionação das aulas do curso. Deve dar o<br />

parecer sobre os horários <strong>de</strong>finidos para o curso, <strong>de</strong>finir o calendário <strong>de</strong> exames, tratar <strong>de</strong> processos <strong>de</strong><br />

equivalências e planos <strong>de</strong> estudo. O bom nível pedagógico do curso, levar ao cumprimento das normas<br />

pedagógicas em vigor, manter dossiers actualizados, a elaboração do relatório anual do funcionamento do<br />

curso e presidir às reuniões do conselho <strong>de</strong> curso, são funções que a Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong>verá também<br />

<strong>de</strong>sempenhar. Portanto, é obrigado a conhecer e a cumprir as normas do regulamento pedagógico da<br />

universida<strong>de</strong>.<br />

A Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Curso relaciona-se com três entida<strong>de</strong>s fundamentais, <strong>de</strong> mediação e informação,<br />

relativamente ao curso respectivo, como se po<strong>de</strong> visualizar na<br />

Figura 2. Essas entida<strong>de</strong>s são: os Alunos, principal alvo <strong>de</strong> garantia dos objectivos <strong>de</strong>finidos para o seu<br />

perfil; os Docentes, formadores com perfil didáctico que asseguram a leccionação programática aos alunos; o<br />

Curso, entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ligação entre os alunos e os docentes, cuja gestão e funcionamento do curso são<br />

garantidos pela Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Curso. Generalizando, um Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Curso <strong>de</strong>verá controlar o<br />

<strong>de</strong>sempenho dos alunos, a leccionação do serviço docente e intervir na gestão do curso.<br />

Figura 2. Enquadramento da Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> curso com as suas entida<strong>de</strong>s fundamentais<br />

A parte do sistema <strong>de</strong> informação em estudo (Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Curso) contém informação sobre as três<br />

principais áreas <strong>de</strong> intervenção da Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Curso. Esta informação é disponibilizada através <strong>de</strong><br />

funcionalida<strong>de</strong>s existentes nos diversos menus (Principal, Gestão, Serviços, Calendário, Disciplinas, Horários<br />

e Exames) <strong>de</strong> navegação do sistema. As opções dos menus “Principal”, “Calendário”, “Disciplinas”,<br />

“Horários” e “Exames” são comuns a todo o tipo <strong>de</strong> utilizadores do SIDE.<br />

No âmbito do utilizador Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Curso, é necessário centrarmo-nos nas opções do menu<br />

“Serviços/ Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> curso” e “Gestão/ Gestão do curso”, pois estas são, segundo os responsáveis pelo<br />

Sistema <strong>de</strong> Informação em estudo, essenciais a um Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Curso.<br />

As funcionalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> “Gestão <strong>de</strong> curso” são serviços herdados automaticamente do administrador,<br />

po<strong>de</strong>ndo intervir nestas <strong>de</strong> uma forma indirecta, uma vez que existem outros utilizadores responsáveis para<br />

tal efeito. O conjunto <strong>de</strong>ssas funcionalida<strong>de</strong>s, são opções <strong>de</strong> configuração, que permitem gerir o sistema do<br />

curso, mas que também <strong>de</strong>sempenham um cariz informativo para os Coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> Curso. As opções são<br />

as seguintes: Gerir Turmas, Gerir Horários, Gerir Avisos/TV, Gerir Calendário, Gerir Ano Lectivo, Gerir<br />

Serviço Docente, Gerir Exames, Gerir Inscrições, Gerir Disciplinas e Gerir Justificação <strong>de</strong> Faltas.<br />

O menu “Serviços/ Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> curso” é um conjunto <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s, que possibilita visualizar a<br />

informação relativa ao curso. É composto pelas seguintes funcionalida<strong>de</strong>s: Consultar informação <strong>de</strong><br />

disciplinas, Pesquisar alunos, Consultar programa/ relatório final, Consultar sumários, Consultar ocupação<br />

das salas e Consultar inscrições nas turmas.<br />

3. SISTEMA PROPOSTO<br />

De modo a continuar o processo <strong>de</strong> Reengenharia é crucial ter em conta os requisitos apontados pela fase<br />

anterior. A informação do sistema não é somente recuperada, mas também alterada e reconstituída num<br />

esforço <strong>de</strong> aperfeiçoar a sua qualida<strong>de</strong>.<br />

Tendo em vista a solução a propor para as Coor<strong>de</strong>nações <strong>de</strong> Curso, foi efectuada a análise <strong>de</strong> requisitos<br />

do novo sistema. Uma vez que os Coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> Curso necessitam <strong>de</strong> informação estatística e directa<br />

para tomarem <strong>de</strong>cisões, houve necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entrevistar alguns, <strong>de</strong> forma a obter uma mais valia na solução<br />

a propor. Efectuaram-se oito entrevistas <strong>semi</strong>-estruturadas, nas quais se recolheram requisitos importantes e<br />

342


significativos para a elaboração <strong>de</strong>sta proposta. Foi possível compreen<strong>de</strong>r que funcionalida<strong>de</strong>s um<br />

coor<strong>de</strong>nador necessita para auxiliar as suas funções com sucesso e quais os aspectos pretendidos para a<br />

implementação do novo sistema.<br />

Consi<strong>de</strong>rando a análise <strong>de</strong> requisitos efectuada, para uma melhor percepção do sistema proposto,<br />

continuou-se, iniciando o terceiro nível <strong>de</strong> abstracção. Sendo assim, <strong>de</strong>senvolveu-se um protótipo gráfico <strong>de</strong><br />

uma possível implementação <strong>de</strong> todas as funcionalida<strong>de</strong>s do sistema.<br />

Após a autenticação no sistema, o utilizador, po<strong>de</strong>rá distinguir facilmente a sua activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Docente ou<br />

<strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Curso (pois o utilizador po<strong>de</strong> ter os dois cargos simultaneamente). Através da criação <strong>de</strong><br />

um só menu, “Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Curso”, e mantendo o “Serviço <strong>de</strong> Docentes” nos “Serviços” a distinção da<br />

sua activida<strong>de</strong> é possível. A página principal do sistema será dividida em duas partes, uma para os avisos e<br />

notícias do curso (página do sistema actual) e outra contendo um sistema <strong>de</strong> alertas da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Curso. Na Figura 3, é apresentada a página inicial do sistema.<br />

Figura 3. Página principal da solução proposta<br />

Deverá ser possível conseguir monitorizar as acções do curso, do aluno e do docente, através <strong>de</strong>ste<br />

sistema <strong>de</strong> alertas. É uma opção que permite emitir avisos sempre que existir uma situação crítica ou estiver<br />

disponível informação estatística no sistema.<br />

O conjunto <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s que estarão presentes no menu “Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Curso”, foram pensadas<br />

<strong>de</strong> forma a ficarem agrupadas consoante a sua natureza prática, estarem dispostas <strong>de</strong> acordo com a natureza<br />

das suas características, sejam elas <strong>de</strong> cariz informativo, <strong>de</strong> manipulação ou <strong>de</strong> exploração. Foram<br />

i<strong>de</strong>ntificados quatro subconjuntos: “Gestão interna do Curso”, “Serviços <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação”, “Informação do<br />

Curso” e “Estatísticas do Curso”.<br />

A “Gestão Interna do Curso” contém cinco funcionalida<strong>de</strong>s, “Gestão <strong>de</strong> Disciplinas”, “Gestão <strong>de</strong><br />

Turmas”, “Gestão <strong>de</strong> Serviço Docente”, “Gestão <strong>de</strong> Ano Lectivo” e a “Gestão <strong>de</strong> Horários”. Estas<br />

funcionalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m umas das outras <strong>de</strong> uma forma hierárquica. Estas opções são funcionalida<strong>de</strong>s<br />

necessárias para que o sistema mostre informação, pois sem estas não se po<strong>de</strong>ria obter qualquer tipo <strong>de</strong><br />

dados. Po<strong>de</strong>m-se comparar ao menu “Tabelas” num programa <strong>de</strong> gestão.<br />

O menu “Serviços <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação”, disponibiliza algumas funcionalida<strong>de</strong>s essenciais para o<br />

processamento <strong>de</strong> informação. Este grupo terá as opções: “Justificação <strong>de</strong> Faltas”, “Gestão <strong>de</strong> Avisos/TV”,<br />

“Gestão <strong>de</strong> Exames”, “Gestão <strong>de</strong> Inscrições”, “Inserir Horário <strong>de</strong> Atendimento”, “Atribuir Representantes<br />

dos Alunos”, “Validar Informação das Disciplinas”, “Marcação <strong>de</strong> Conselho <strong>de</strong> Curso” e “Gestão <strong>de</strong><br />

Monitorização <strong>de</strong> Alertas”. Esta é a área em que o coor<strong>de</strong>nador po<strong>de</strong> manipular os dados, como por exemplo,<br />

submeter avisos, marcar datas <strong>de</strong> exames, gerir as inscrições nas turmas, entre outras.<br />

As funcionalida<strong>de</strong>s que permitem visualizar a informação disponível para consulta, encontram-se no<br />

menu “Informação <strong>de</strong> Curso” do sistema. As funcionalida<strong>de</strong>s disponíveis são: “Informação das Disciplinas”,<br />

“Informação dos Alunos”, “Consultar Representantes dos Alunos”, “Horários do Curso” e “Informação dos<br />

Docentes”. A <strong>de</strong>scrição das funcionalida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong> ser visualizada na Tabela 1 e em qualquer uma <strong>de</strong>stas<br />

po<strong>de</strong>rá ser gerado um documento <strong>de</strong> impressão.<br />

Tabela 1. Funcionalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> “Informação <strong>de</strong> Curso”<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Funcionalida<strong>de</strong> Descrição<br />

Informação das Disciplinas Consultar: os sumários, inscrições nas turmas, horários, avaliações, as presenças dos<br />

alunos (ocupação <strong>de</strong> salas), o programa / relatório final.<br />

Informação dos Alunos Listar alunos do curso. Pesquisar alunos. Consultar: horário, currículo académico,<br />

matrícula no SIDE, dados pessoais e assiduida<strong>de</strong> nas disciplinas.<br />

Informação dos Docentes Listar docentes do curso por disciplina ou por docente. Pesquisar docente. Consultar:<br />

horário do docente, horário <strong>de</strong> atendimento do docente, dados pessoais e disciplinas <strong>de</strong><br />

leccionação.<br />

Horários do Curso Consultar: horários das disciplinas e horários das turmas.<br />

Representantes dos Alunos Consultar representantes dos alunos.<br />

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Todo o tratamento <strong>de</strong> informação estatística, encontra-se na área “Estatísticas do Curso”. As<br />

funcionalida<strong>de</strong>s presentes neste nível, permitem disponibilizar gráficos, relatórios e mapas <strong>de</strong> natureza<br />

estatística, essenciais para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões e acompanhamento do funcionamento das áreas <strong>de</strong><br />

intervenção da Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Curso. Algumas das funcionalida<strong>de</strong>s encontram-se i<strong>de</strong>ntificadas na Tabela 2.<br />

Tabela 2. Funcionalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> “Estatísticas <strong>de</strong> Curso”<br />

Descrição: Disponibilizar tabelas, gráficos e relatórios, por ano, semestre, disciplina, épocas <strong>de</strong> exames, alunos e docentes. Gerar<br />

documentos <strong>de</strong> impressão consoante o objectivo da funcionalida<strong>de</strong>.<br />

Funcionalida<strong>de</strong>s<br />

Pesquisa Avançada. Consultar preenchimento da informação da disciplina. Mapas<br />

<strong>de</strong>: justificações <strong>de</strong> faltas, assiduida<strong>de</strong>, alunos inscritos/frequência nas disciplinas,<br />

aproveitamento escolar, preenchimento <strong>de</strong> sumários, <strong>de</strong>talhe das avaliações por<br />

disciplina, <strong>de</strong>sempenho dos alunos, datas <strong>de</strong> exames, …<br />

Através do mapa do preenchimento da informação da disciplina e do sistema <strong>de</strong> alertas, o Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong><br />

Curso consegue saber o que está disponível e o que está em falta nas páginas das disciplinas. Assim<br />

conseguirá controlar as obrigações dos Docentes responsáveis das disciplinas.<br />

O controlo das faltas <strong>de</strong> um aluno, ou <strong>de</strong> um docente, é fundamental para que um Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Curso<br />

tome conhecimento sobre possíveis situações no curso, por exemplo, as faltas consecutivas <strong>de</strong> um Docente.<br />

Por fim, a última fase do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> abstracção, a implementação, encontra-se em <strong>de</strong>senvolvimento e visa<br />

a construção do código necessário, baseado na mo<strong>de</strong>lação efectuada e nas referências propostas na activida<strong>de</strong><br />

do projecto.<br />

4. CONCLUSÃO<br />

A inovação e adaptação do Sistema <strong>de</strong> Informação <strong>de</strong> Apoio ao Ensino para a Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Curso resi<strong>de</strong>m<br />

no facto dado à sua aplicação concreta ao exercício da sua activida<strong>de</strong>. Na realida<strong>de</strong>, verificou-se que o SIDE<br />

não está adaptado a um sistema <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões por parte dos serviços e gestão <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong><br />

Curso.<br />

O SIDE actualmente em funcionamento foi estudado e foram realizadas diversas entrevistas <strong>semi</strong>estruturadas<br />

a membros das diversas Coor<strong>de</strong>nações <strong>de</strong> Curso, tendo por objectivo i<strong>de</strong>ntificar alterações a<br />

efectuar ao sistema actual, com vista a torna-lo num sistema <strong>de</strong> apoio à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões por parte das<br />

Coor<strong>de</strong>nações <strong>de</strong> Curso.<br />

Foram i<strong>de</strong>ntificadas um conjunto <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias inovadoras e constatou-se muita vonta<strong>de</strong> por parte dos actores<br />

em alterar o sistema <strong>de</strong> forma a este produzir novos resultados <strong>de</strong> auxílio à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Para tal,<br />

adoptou-se um processo <strong>de</strong> reengenharia do sistema actual, com o objectivo <strong>de</strong>, implementar um Sistema <strong>de</strong><br />

Informação capaz <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r às reais necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação da Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Curso.<br />

Actualmente, a solução apresentada cumpre os três níveis <strong>de</strong> abstracção (conceptual, requisitos e <strong>de</strong>sign)<br />

do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> reengenharia seguido e encontra-se em realização o último nível <strong>de</strong>ste mo<strong>de</strong>lo, a<br />

implementação.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Byrne, Eric. November 1992. A conceptual foundation for software re-engineering. In Proceedings of the Conference on<br />

Software Maintenance. IEEE Computer Society Press, pp. 226-235.<br />

Chikofsky, E. and Cross, J., 1990. Reverse Engineering and Design Recovery: A Taxonomy. IEEE Software, Vol. 7, No.<br />

1, pp. 13-17.<br />

Colbrook, A. et al, November 26-29, 1990. Data Abstraction in a software Re-engineering reference mo<strong>de</strong>l. Conference<br />

on software maintenance. San Diego, EUA, pp. 2-11.<br />

Haugh, J., March 25-27, 1991. A Survey of Technology Related To Software Re-engineering. Second Annual Systems<br />

Reengineering Workshop. Silver Spring, Maryland, Naval Surface Warfare Center, pp. 9-20.<br />

Sneed, H. and Jandrasics, G., November 26-29, 1990. Inverse Transformations of Software maintainability. Conference<br />

on software maintenance. San Diego, EUA, pp. 91-99.<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, 2006. Normas Pedagógicas: Regulamento do Conselho Pedagógico. Vila<br />

Real, Portugal.<br />

344


MATERIALIZAÇÃO DE VANTAGENS COMPETITIVAS<br />

MEDIANTE A ADOÇÃO DE SISTEMAS ERP<br />

RESUMO<br />

Ana Carolina Sousa <strong>de</strong> Almeida<br />

União Metropolitana <strong>de</strong> Educação e Cultura<br />

ascajcs@hotmail.com<br />

Ana Flávia Silva Simões<br />

União Metropolitana <strong>de</strong> Educação e Cultura<br />

flavinhaster@gmail.com<br />

Denise <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Ribeiro<br />

União Metropolitana <strong>de</strong> Educação e Cultura<br />

<strong>de</strong>niserib@gmail.com<br />

Sílvio Van<strong>de</strong>rlei Araújo Sousa<br />

União Metropolitana <strong>de</strong> Educação e Cultura<br />

suan<strong>de</strong>r@gmail.com<br />

O presente trabalho tem como objetivo principal avaliar o âmbito <strong>de</strong> sustentação <strong>de</strong> estratégias competitivas mediante a<br />

adoção <strong>de</strong> sistemas ERP (Enterprise Resource Planning). A revisão do referencial teórico trata das vertentes <strong>de</strong> estudos<br />

sobre a compreensão das estratégias competitivas e seus atributos <strong>de</strong> sustentação. Apresentam-se as noções sobre<br />

alinhamento estratégico da tecnologia da informação como mecanismo <strong>de</strong> entendimento da materialização <strong>de</strong> estratégias<br />

competitivas mediadas pela inserção <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> informação na organização. Dessa forma, este trabalho<br />

caracteriza-se por apresentar uma natureza exploratória-<strong>de</strong>scritiva. Para a obtenção dos resultados aplicou-se<br />

questionários estruturados com escala valorada, cuja análise do Coeficiente Alfa apresentou o resultado final <strong>de</strong> 0,7581,<br />

<strong>de</strong>notando significativa consistência interna do construto. Como resultado do trabalho, verificou-se que a adoção <strong>de</strong> um<br />

sistema ERP promove impactos positivos mais relevantes relacionados às áreas <strong>de</strong> finanças, gestão <strong>de</strong> fornecedores e<br />

produção, em <strong>de</strong>trimento dos aspectos relacionados à área <strong>de</strong> marketing cuja sustentação <strong>de</strong> vantagens competitivas é<br />

menos expressiva.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Vantagens Competitivas; Sistemas <strong>de</strong> Gestão; Sistemas ERP.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A busca por ferramentas que contribuam para a sustentação <strong>de</strong> vantagens competitivas está se tornando um<br />

dos principais focos das organizações que primam pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> soluções inovadoras, redução <strong>de</strong><br />

custos e criação <strong>de</strong> valor para seus colaboradores e clientes.<br />

Com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar valor e promover a sustentabilida<strong>de</strong> organizacional, é importante manter o<br />

alinhamento do sistema <strong>de</strong> informação (SI) com a estratégia competitiva, para que os sistemas funcionem<br />

como armas na sustentação <strong>de</strong> uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> vantagens competitivas (SORDI e CONTADOR, 2004).<br />

Os sistemas <strong>de</strong> informação po<strong>de</strong>m ser utilizados em todas as áreas organizacionais, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do ramo<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> que a empresa atua. Em sua maioria são utilizados para dar suporte às funções do negócio e,<br />

para que isso ocorra, existe uma série <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informações que apóiam as funções organizacionais <strong>de</strong><br />

finanças, marketing, administração <strong>de</strong> materiais, administração <strong>de</strong> recursos humanos, entre outros<br />

(REZENDE, 2005).<br />

345


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Logo, dar conta da explicação sobre a sustentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estratégias competitivas por meio da adoção <strong>de</strong><br />

um sistema <strong>de</strong> informação envolve a compreensão sobre: a abrangência e utilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong><br />

informação; e a percepção sobre o âmbito do impacto da adoção <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação na organização.<br />

As estratégias <strong>de</strong>finidas pelas organizações têm como principal objetivo criar diretrizes que as levem ao<br />

alcance <strong>de</strong> suas metas. Para que isso ocorra é imprescindível que haja a criação <strong>de</strong> compatibilida<strong>de</strong> e<br />

integração entre as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> todas as áreas que compõem a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor da empresa (PORTER, 1999).<br />

Em conseqüência, enten<strong>de</strong>-se que um estudo sobre o impacto da adoção <strong>de</strong> um sistema ERP se mostra como<br />

uma excelente oportunida<strong>de</strong> para o entendimento do âmbito <strong>de</strong> influência <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> informação na<br />

competitivida<strong>de</strong> empresarial, pois trata-se da integração funcional das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma organização.<br />

Nesse contexto, o objetivo principal <strong>de</strong>ste estudo é i<strong>de</strong>ntificar o nível <strong>de</strong> sustentação <strong>de</strong> vantagens<br />

competitivas mediante a adoção <strong>de</strong> sistemas ERP. Para isto, têm-se os seguintes objetivos específicos:<br />

caracterizar a abrangência organizacional <strong>de</strong> um Sistema ERP; avaliar o impacto da adoção <strong>de</strong> Sistema ERP<br />

no <strong>de</strong>sempenho organizacional; i<strong>de</strong>ntificar as Vantagens Competitivas sustentadas por um sistema ERP.<br />

2. REFERENCIAL TEÓRICO<br />

2.1 Estratégias Competitivas<br />

Estratégia po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida como uma arte <strong>de</strong> planejar e executar movimentos e operações que envolvam<br />

pessoas para alcançar ou manter posições relativas e potenciais favoráveis a futuras ações táticas<br />

organizacionais. Para Mintzberg (2006) uma estratégia po<strong>de</strong> ser entendida como um padrão ou plano que<br />

integra as principais metas, políticas e seqüências <strong>de</strong> ações da organização com coesão e racionalida<strong>de</strong>.<br />

Já o conceito <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> é <strong>de</strong>finido como sendo a capacida<strong>de</strong> da empresa <strong>de</strong> formular e<br />

implementar estratégias que direcionem ao crescimento ou manutenção sustentável <strong>de</strong> suas posições no<br />

mercado. As empresas po<strong>de</strong>m ser bem-sucedidas por meio <strong>de</strong> vantagens <strong>de</strong> custos, diferenciação <strong>de</strong> produtos,<br />

responsiveness ou inovativida<strong>de</strong> (COUTINHO e FERRAZ, 1994; PORTER, 1989). Vantagem <strong>de</strong> custo seria<br />

a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma empresa <strong>de</strong> projetar, produzir e comercializar um produto comparável com mais<br />

eficiência do que seus competidores. A diferenciação é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proporcionar ao comprador um valor<br />

excepcional e superior, em termos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do produto, características especiais ou serviços <strong>de</strong><br />

assistência (PORTER, 1989).<br />

Outra fonte <strong>de</strong> vantagem competitiva é a estratégia <strong>de</strong> responsiveness, a qual se concebe associada a<br />

aspectos relacionados à flexibilida<strong>de</strong> produtiva. Geralmente praticada em indústrias que atuam em mercados<br />

bastante segmentados, contempla uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> esforços empresariais voltados para a rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> entrega<br />

e a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> servir o mercado. No que se refere aos requisitos <strong>de</strong> capacitação, <strong>de</strong>stacam-se aqueles<br />

relacionados à gestão, principalmente na eficiência <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> técnicas organizacionais.<br />

Adicionalmente, a participação em re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> empresas horizontais e verticais conce<strong>de</strong> uma relevante<br />

vantagem competitiva.<br />

As estratégias baseadas em inovação são as fontes <strong>de</strong> vantagens competitivas predominantes nos setores<br />

<strong>de</strong> alta intensida<strong>de</strong> tecnológica. As empresas mais competitivas que atuam nesses setores geralmente<br />

necessitam empreen<strong>de</strong>r gran<strong>de</strong>s esforços em P&D, realizando investimentos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m física e humana.<br />

Também se torna necessário o estabelecimento do aprendizado tecnológico, que requer a implantação <strong>de</strong><br />

mecanismos <strong>de</strong> interação e <strong>de</strong> difusão tecnológica, que possibilitem aumento <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> na adoção <strong>de</strong><br />

inovações.<br />

2.2 Sistemas ERP<br />

Segundo Hicks (1997, p. 24) o ERP é uma arquitetura <strong>de</strong> software que facilita o fluxo <strong>de</strong> informação entre<br />

todas as funções <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma companhia, tendo como as principais áreas <strong>de</strong> aplicação, a logística, as<br />

finanças e aos recursos humanos. É uma tecnologia modulada e integrada, ou seja, as informações inseridas<br />

em seus bancos <strong>de</strong> dados não precisam ser replicadas em cada módulo. Desta forma, permite-se uma visão<br />

completa <strong>de</strong> toda a empresa, ou mesmo do grupo <strong>de</strong> empresas, seus <strong>de</strong>sempenhos e resultados.<br />

Para Oliveira (2004, p. 55), um Sistema <strong>de</strong> Informação po<strong>de</strong> abranger as seguintes áreas funcionais:<br />

marketing, produção, administração financeira, administração <strong>de</strong> materiais, administração <strong>de</strong> recursos<br />

346


humanos, administração <strong>de</strong> serviços e gestão empresarial. As áreas funcionais básicas <strong>de</strong> uma empresa<br />

po<strong>de</strong>m ser classificadas a partir das suas funções e ativida<strong>de</strong>s, conhecidas como áreas funcionais-fim e áreas<br />

funcionais-meio. Nas áreas funcionais-fim encontram-se as funções e ativida<strong>de</strong>s ligadas ao ciclo <strong>de</strong><br />

transformação <strong>de</strong> recursos em produtos e serviços, isto é, a área <strong>de</strong> marketing e produção. Já nas áreas<br />

funcionais-meio agrupam-se funções e ativida<strong>de</strong>s utilizadas como meio para que aconteça a transformação,<br />

são as áreas <strong>de</strong> administração financeira, <strong>de</strong> materiais, <strong>de</strong> recursos humanos, <strong>de</strong> serviços e gestão empresarial.<br />

A estrutura típica <strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong> um sistema ERP po<strong>de</strong> ser representada por uma base <strong>de</strong> dados<br />

central que será manipulada por diversos módulos integrados e possui gran<strong>de</strong> abrangência funcional. Logo,<br />

um ERP proporciona às organizações operações com processos <strong>de</strong> negócios integrados que abrangem todas<br />

as funções tradicionais, combinando os benefícios do conhecimento <strong>de</strong> cada funcionário com agilida<strong>de</strong>,<br />

eficiência e qualida<strong>de</strong> na integração dos processos (SOUZA e ZWICKER, 2001).<br />

De acordo com Porter (1999), a integração à organização ocorre através da a<strong>de</strong>quação das informações<br />

mantidas nos Sistemas <strong>de</strong> Informação às estratégias competitivas, contribuindo assim para a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />

novas oportunida<strong>de</strong>s baseadas em soluções <strong>de</strong> TI para a obtenção <strong>de</strong> vantagens competitivas. A dimensão<br />

alinhamento estratégico <strong>de</strong> SI (BRODBECK, 2001), que é o foco principal <strong>de</strong>ste trabalho, consi<strong>de</strong>ra a<br />

a<strong>de</strong>quada integração funcional e informacional entre os componentes dos planos <strong>de</strong> negócio e <strong>de</strong> TI durante<br />

as etapas do processo <strong>de</strong> PE e ao longo <strong>de</strong> todo o seu horizonte. Os elementos do alinhamento <strong>de</strong> SI se<br />

constituem <strong>de</strong>: A<strong>de</strong>quação estratégica entre os componentes <strong>de</strong> negócio e <strong>de</strong> TI; Integração funcional através<br />

da representação do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócio nos SI; Integração informacional, ou seja, consistência entre os<br />

objetivos planejados e as informações dos SI para suporte ao monitoramento dos mesmos durante a sua<br />

execução. Por estas, percebe-se que a avaliação do alinhamento estratégico <strong>de</strong> um SI se daria a priori ante a<br />

percepção da sustentação das estratégias competitivas.<br />

3. PROCEDIMENTOS DE PESQUISA<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A busca por um entendimento sobre a existência <strong>de</strong> uma possível concordância entre as funcionalida<strong>de</strong>s do<br />

sistema ERP e a estratégia competitiva adotada pela organização, direcionou esforços para a realização <strong>de</strong><br />

uma pesquisa com a natureza exploratória-<strong>de</strong>scritiva. A escolha do tipo <strong>de</strong> estudo exploratório-<strong>de</strong>scritivo<br />

(COOPER e SCHINDLER, 2003) a<strong>de</strong>qua-se ao objetivo <strong>de</strong>sta pesquisa, pois ao mesmo tempo em que se<br />

preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>screver a situação da população-alvo, busca-se mais informações sobre o contexto das mesmas.<br />

Como se trata <strong>de</strong> uma abordagem exploratória, a avaliação do impacto da sustentação <strong>de</strong> estratégias foi<br />

elaborada seguindo três ações: i – I<strong>de</strong>ntificação dos atributos <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> que sustentam as estratégias<br />

competitivas; ii – Avaliação dos respon<strong>de</strong>ntes da pesquisa sobre a influência da adoção do ERP nos atributos<br />

<strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> (os respon<strong>de</strong>ntes são os usuários finais <strong>de</strong> sistemas ERP); e iii – Avaliação da sustentação<br />

das estratégias com base no resultado médio das respostas dos entrevistados. Para sustentar tais ações, a<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> análise adotada neste estudo se constitui <strong>de</strong> empresas privadas que utilizam Sistemas ERP.<br />

Admitindo-se que a adoção <strong>de</strong> uma TI esteja em sinergia com a estratégia competitiva, espera-se que o<br />

sistema ERP apresente subsídios para a melhoria da performance das empresas analisadas (REZENDE,<br />

2005).<br />

Sendo assim, ainda é perceptível a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> esforços para se mensurar o grau <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência da<br />

tecnologia empregada ao atributo <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>. A solução para essa questão se concentra, portanto, no<br />

estabelecimento e percepção da importância <strong>de</strong> atributos <strong>de</strong> avaliação do alinhamento entre a tecnologia e a<br />

estratégia competitiva, que neste trabalho se dará mediante o entendimento dos respon<strong>de</strong>ntes da pesquisa<br />

sobre as questões relacionadas a Marketing, Finanças, Produção e Fornecedores.<br />

O instrumento <strong>de</strong> pesquisa utilizado se constituiu <strong>de</strong> questionário estruturado com respostas baseadas em<br />

escala valorada <strong>de</strong> 0 a 4 pontos (escala Likert), cujas perguntas foram elaboradas <strong>de</strong> acordo com a influência<br />

da adoção do sistema ERP nos atributos <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> observados neste trabalho.<br />

Para a validação do construto foi aplicado o Teste Alfa, cujo resultado calculado se estabelecera em<br />

0,4621 para o conjunto inicial <strong>de</strong> preposições adotadas. Com a avaliação <strong>de</strong>ste resultado foi possível<br />

i<strong>de</strong>ntificar que a adoção do sistema ERP exerce influência praticamente insignificante numa série <strong>de</strong> atributos<br />

<strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>. Removendo-se aqueles atributos que impactavam negativamente no valor do alfa, foi<br />

realizada nova avaliação com o valor calculado em 0,7581. Este valor <strong>de</strong>nota significante consistência interna<br />

do construto ao ponto <strong>de</strong> dar continuida<strong>de</strong> ao trabalho (MALHOTRA, 2001). Na seção <strong>de</strong> resultados<br />

347


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

apresentada no próximo capítulo serão listados todos os atributos tomados inicialmente e i<strong>de</strong>ntificados<br />

aqueles que influenciaram a redução do alfa.<br />

A amostra contemplada neste estudo constitui-se <strong>de</strong> 4 empresas <strong>de</strong> diferentes segmentos que fazem uso <strong>de</strong><br />

sistemas ERP, totalizando 60 respon<strong>de</strong>ntes. Os respon<strong>de</strong>ntes se constituíram <strong>de</strong> funcionários que são usuários<br />

finais <strong>de</strong> sistemas ERP. No quadro abaixo encontram-se as características <strong>de</strong> cada empresa participante da<br />

pesquisa, bem como o ramo <strong>de</strong> atuação, quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> funcionários, faturamento, tempo <strong>de</strong> atuação no<br />

mercado, <strong>de</strong> implantação do sistema e a sua forma <strong>de</strong> adoção.<br />

Quadro 1. Caracterização das organizações participantes da pesquisa<br />

Org. Ramo <strong>de</strong> atuação Qt<strong>de</strong> funcion. Tempo oper. Forma <strong>de</strong> adoção Qt<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>ntes<br />

A Indústria química 450 funcionários 25 anos Desenv. Interno 10<br />

B Telefonia móvel 320 funcionários 8 anos Pacote 40<br />

C Indústria <strong>de</strong> tecidos 135 funcionários Não inform. Pacote 5<br />

D Gases industriais 300 funcionários 60 anos Pacote 5<br />

TOTAL 60<br />

4. A MATERIALIZAÇÃO DE VANTAGENS COMPETITIVAS<br />

MEDIANTE A ADOÇÃO DE SISTEMAS ERP<br />

O propósito <strong>de</strong> aplicar questionários em empresas usuárias <strong>de</strong> sistemas ERP proporcionou um maior<br />

entendimento sobre os benefícios e vantagens que provém da sua utilização. A apresentação do resultado da<br />

pesquisa <strong>de</strong>monstra e ressalta os pontos mais importantes na sustentação <strong>de</strong> vantagens competitivas<br />

<strong>de</strong>correntes da adoção <strong>de</strong>ssa tecnologia <strong>de</strong> informação.<br />

Na dimensão Marketing, o conjunto <strong>de</strong> atributos alcançou um resultado médio <strong>de</strong> 106 pontos, sendo<br />

consi<strong>de</strong>rado menos relevante para a adoção do sistema ERP. É possível observar na Tabela 01, que somente<br />

o atributo referente ao atendimento das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> clientes apresentou resultado satisfatório. Enten<strong>de</strong>-se<br />

que isso tenha ocorrido <strong>de</strong>vido à agilida<strong>de</strong> percebida pelos respon<strong>de</strong>ntes, na busca <strong>de</strong> informações para<br />

aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s dos clientes. Por outro lado a análise do coeficiente alfa implicou no <strong>de</strong>scarte dos<br />

atributos relacionados à satisfação do cliente, ao aumento do número <strong>de</strong> clientes, à agilida<strong>de</strong> em<br />

comunicação, ao relacionamento com clientes, à redução dos custos <strong>de</strong> marketing e à antecipação das<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> clientes.<br />

Tabela 1. Atributos utilizados para medir o impacto da adoção <strong>de</strong> ERP na área <strong>de</strong> marketing<br />

Atributo Média Média<br />

Melhora no atendimento aos clientes 3,2 Melhora na recuperação <strong>de</strong> informações sobre clientes 1,7<br />

O sistema ERP contribui para o aumento das vendas 2,3 Melhora na antecipação das necessida<strong>de</strong>s do cliente 1,3<br />

Melhora da satisfação do cliente 1,8 Aumento do número <strong>de</strong> clientes 1,2<br />

Melhora na comunicação / negociação 1,8 Redução do custo <strong>de</strong> marketing na organização 1,0<br />

Os indicadores selecionados para avaliar a dimensão Finanças, mostraram relevância e um resultado<br />

médio <strong>de</strong> 174. Com isso, é possível concluir que o sistema contribui para o aumento da eficiência por<br />

empregado, <strong>de</strong>vido não somente a diminuição <strong>de</strong> trabalhos repetitivos, como também os próprios<br />

respon<strong>de</strong>ntes conseguem i<strong>de</strong>ntificar que houve um aumento no faturamento por empregados, o custo <strong>de</strong><br />

unida<strong>de</strong> produzida diminuiu assim como os custos administrativos foram reduzidos, conforme apresentado na<br />

Tabela 02.<br />

Tabela 2. Atributos utilizados para medir o impacto da adoção <strong>de</strong> ERP na área <strong>de</strong> finanças<br />

Atributo Média Média<br />

Redução dos custos administrativos da empresa 3,3 Redução do custo marginal 3,0<br />

Aumento no faturamento por empregados 3,0 Aumento do faturamento da empresa 2,3<br />

Na Tabela 03, é apresentado o resultado obtido para a dimensão Produção, permitindo analisar que os<br />

fatores relacionados ao custo <strong>de</strong> produção, ao aumento da produtivida<strong>de</strong> por funcionário, à rapi<strong>de</strong>z na<br />

348


execução das tarefas, à implantação <strong>de</strong> novos produtos e à redução <strong>de</strong> estoque <strong>de</strong> produtos acabados são os<br />

mais relevantes quando confrontados com os indicadores proposto no Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Análise. Além disso,<br />

impactos positivos foram obtidos através do teste alfa, apresentando influências positivas na adoção <strong>de</strong><br />

sistemas ERP.<br />

Quando perguntado aos respon<strong>de</strong>ntes se o faturamento aumentou relativamente à quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

funcionários, observou-se que os respon<strong>de</strong>ntes não validam essa questão, isso ocorreu <strong>de</strong>vido aos benefícios<br />

proporcionados pelo sistema, que oferece agilida<strong>de</strong>, eficiência e qualida<strong>de</strong> da integração dos processos, sem a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elevar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra. Também foi possível observar que essa dimensão é<br />

consi<strong>de</strong>rada relevante entre os <strong>de</strong>mais indicadores, com uma média <strong>de</strong> 2,5 por respon<strong>de</strong>ntes e um peso total<br />

<strong>de</strong> 146. Entretanto, o item que trata da diminuição da taxa <strong>de</strong> falhas não foi consi<strong>de</strong>rado relevante pelos<br />

respon<strong>de</strong>ntes, impactando negativamente no cálculo do coeficiente alfa.<br />

Tabela 3. Atributos utilizados para medir o impacto da adoção <strong>de</strong> ERP na área <strong>de</strong> produção<br />

Atributo Média Média<br />

Maior rapi<strong>de</strong>z na execução das tarefas 3,4 Ajuda na Implantação <strong>de</strong> novos 2,5<br />

Redução do estoque <strong>de</strong> produtos acabados 3,4 Redução do tempo <strong>de</strong> parada da planta 2,2<br />

Aumento da produtivida<strong>de</strong> por funcionário 3,1 Redução da taxa <strong>de</strong> falhas do equipamento 0,7<br />

Redução dos custos <strong>de</strong> produção 2,8<br />

Os atributos utilizados para medir o impacto da adoção do sistema ERP na dimensão Fornecedores,<br />

permitiram concluir que o sistema contribui com a redução do tempo <strong>de</strong> recebimento <strong>de</strong> materiais, a redução<br />

da margem <strong>de</strong> erros <strong>de</strong> pedidos dos clientes aos fornecedores, melhorou a qualida<strong>de</strong> da negociação e a<br />

política <strong>de</strong> crédito. Portanto, esses indicadores são viáveis e po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados como um dos pontos<br />

fortes na implantação <strong>de</strong>sse sistema, conforme <strong>de</strong>monstrado na Tabela 04. Já os itens referentes à seleção <strong>de</strong><br />

fornecedores e à celebração <strong>de</strong> parcerias não foram consi<strong>de</strong>rados significativos no estudo, o que também<br />

implicou na redução do coeficiente alfa.<br />

Tabela 4. Atributos utilizados para medir o impacto da adoção <strong>de</strong> ERP na área <strong>de</strong> fornecedores<br />

Atributo Média Média<br />

Redução do tempo <strong>de</strong> recebimento <strong>de</strong> materiais 3,1 Maior crédito com fornecedores 2,8<br />

Redução do erro <strong>de</strong> pedidos aos fornecedores 3,0 Melhoria no prazo <strong>de</strong> entrega <strong>de</strong> produtos 2,1<br />

Dinamismo na negociação com fornecedores 2,9 Melhoria na seleção <strong>de</strong> fornecedores 1,6<br />

Cabe ainda uma observação sobre os resultados em análise. Observe-se que os resultados obtidos para os<br />

atributos que tratam <strong>de</strong> aspectos relacionados ao marketing <strong>de</strong> uma forma geral representam algo previsível<br />

uma vez que o sistema ERP não tem como objetivo principal sustentar tais ativida<strong>de</strong>s. Os benefícios gerados<br />

às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> marketing advêm <strong>de</strong> fatores intangíveis que não po<strong>de</strong>m ser diretamente mensurados. Por<br />

outro lado, os atributos que se referem às ativida<strong>de</strong>s ligadas à produção apresentaram resultados mais<br />

significativos, o que se justifica pelo próprio objetivo <strong>de</strong> um sistema ERP.<br />

A sustentação <strong>de</strong> vantagens <strong>de</strong> custos também merece um ressalva: Apesar dos resultados se mostrarem<br />

os mais significativos, atente-se para o fato da adoção <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> informação introduzir um conjunto<br />

<strong>de</strong> custos <strong>de</strong> administração da tecnologia. Custos relacionados à manutenção da base <strong>de</strong> dados, aquisição <strong>de</strong><br />

licenças, analistas <strong>de</strong> sistemas e suporte, adaptação da tecnologia, entre outros, po<strong>de</strong>m minar as vantagens <strong>de</strong><br />

custos provi<strong>de</strong>nciadas pelo ERP (TURBAN, 2004).<br />

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A análise dos resultados <strong>de</strong>monstrou que somente a dimensão marketing teve uma pontuação inferior a 144 e<br />

as <strong>de</strong>mais dimensões tiveram a pontuação maior que 144, logo o sistema <strong>de</strong> informação ERP tem impactos<br />

positivos nas áreas <strong>de</strong> finanças, produção e fornecedores, conseqüentemente estará suportando as estratégias<br />

que possuem um planejamento com foco nessas áreas (Figura 1).<br />

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Marketing<br />

Produção<br />

Fornecedores<br />

Finanças<br />

106<br />

146<br />

161<br />

174<br />

0 50 100 150 200<br />

Figura 1. Média total do peso por dimensões<br />

Embora tenha se apresentado um conjunto consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> atributos dispostos e organizados segundo a<br />

forma apresentada na seção 4, não se preten<strong>de</strong> que aquela proposta seja tomada em absoluto como única,<br />

po<strong>de</strong>ndo é claro ser dispostos <strong>de</strong> acordo com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada estudo.<br />

Logo, enten<strong>de</strong>-se que ainda restam inúmeros esforços para se esgotar completamente a compreensão do<br />

alinhamento entre a estratégia competitiva e a adoção <strong>de</strong> um sistema ERP. Aqui, <strong>de</strong>ixa-se um conjunto <strong>de</strong><br />

sugestões <strong>de</strong> futuros trabalhos para aten<strong>de</strong>r a esta necessida<strong>de</strong>: Esgotar a proposição <strong>de</strong> indicadores mediante<br />

o entendimento da estratégia organizacional e as áreas da organização contempladas pelo ERP; Aprofundar o<br />

estudo dos impactos organizacionais provenientes da adoção do ERP, inclusive com a ampliação da amostra;<br />

e esclarecer os aspectos que constituem o ponto crítico para a mudança ou a <strong>de</strong>scontinuação <strong>de</strong> um ERP.<br />

REFERÊNCIAS<br />

BRODBECK, A. F. Alinhamento estratégico entre os planos <strong>de</strong> negócio e <strong>de</strong> tecnologia <strong>de</strong> informação: um mo<strong>de</strong>lo<br />

operacional para a implementação. Tese (Doutorado em Administração). Porto Alegre: UFRGS, 2001.<br />

COOPER, D. R.; SCHINDLER, P. S. Métodos <strong>de</strong> pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman, 2003.<br />

COUTINHO, L. FERRAZ, J. C. Estudo da competitivida<strong>de</strong> da indústria brasileira. São Paulo: Papirus, 1994.<br />

HICKS, D. A. The manager’s gui<strong>de</strong> to supply chain and logistics problem-solving tools and techniques. IIIE Solutions,<br />

Vol. 29, Iss.10, p. 24-29, 1997.<br />

MINTZBERG, H. et alli. O processo da estratégia. Porto Alegre: Bookman, 2006.<br />

MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa <strong>de</strong> marketing: uma orientação aplicada. Porto Alegre: Bookman, 2001.<br />

OLIVEIRA, D. P. R. Sistema <strong>de</strong> informações gerenciais: estratégicas, tácitas, operacionais. São Paulo: Atlas, 2004.<br />

PORTER, Michael E. A Vantagem competitiva das nações. 14 ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Campus, 1989.<br />

______. Competição = On competition estratégias competitivas essenciais. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Campus, 1999.<br />

REZENDE, Denis A. Engenharia <strong>de</strong> Software e sistema <strong>de</strong> informação. 3 ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Brasport, 2005.<br />

SOUZA C. A. e ZWICKER R. Big-bang, small-gangs ou fases. RAC. V.7, n. 4, Out/Dez. 2003: 09-31<br />

TURBAN, Efraim. Tecnologia da Informação para a gestão. Porto Alegre: Bookman, 2004.<br />

350


CATEGORIZAÇÃO AUTOMÁTICA DE DOCUMENTOS<br />

PDF PARA BIBLIOTECAS DIGITAIS<br />

Geórgia R. Rodrigues Gomes 1 , Igor Primo Curttis 1 , Erlon Márcio Couto Alves 1 ,<br />

Sahudy Montenegro González 1 , Annabell Del Real Tamariz 1<br />

1 Universida<strong>de</strong> Candido Men<strong>de</strong>s-Campos - NPD- Núcleo <strong>de</strong> Pesquisa e Desenvolvimento<br />

Campos dos Goytacazes – RJ – Brasil<br />

georgia@ucam-campos.br,igorcurttis@gmail.com,erlonmarcio@yahoo.com.br,<br />

sahudy@ucam-campos.br, annabell@ucam-campos.br<br />

RESUMO<br />

Existe um aumento significativo no numero <strong>de</strong> bibliotecas digitais e conseqüentemente nos documentos digitais<br />

armazenados nas mesmas, e ao mesmo tempo cresce a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> meios que possam prover <strong>de</strong> forma rápida e<br />

eficiente a organização <strong>de</strong> tais documentos, facilitando assim o acesso aos mesmos. Nas bibliotecas digitais, existe a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma ferramenta que possa categorizar automaticamente os documentos, visto que o processo <strong>de</strong><br />

categorização ainda é feito <strong>de</strong> forma manual, isto torna-se mais lento e dispendioso.<br />

Este trabalho apresenta o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma ferramenta que classifica automaticamente documentos digitais <strong>de</strong><br />

bibliotecas digitais, em categorias pré-estabelecidas, on<strong>de</strong> cada documento pertencerá a uma ou mais categorias <strong>de</strong><br />

acordo com seu conteúdo, tornando assim, mais eficaz e rápido a classificação dos documentos.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Bibliotecas Digitais, Mineração <strong>de</strong> Texto, Categorização.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Na última década, as pesquisas na área <strong>de</strong> extração <strong>de</strong> conhecimento a partir <strong>de</strong> dados eram focadas nos<br />

dados do tipo estruturado, utilizando um conjunto <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong>nominada Mineração <strong>de</strong> Dados (Data<br />

Mining). Porém, há alguns anos, essas pesquisas se voltaram para os dados do tipo <strong>semi</strong> ou não estruturados,<br />

e conseqüentemente foram <strong>de</strong>senvolvidas técnicas <strong>de</strong> Mineração <strong>de</strong> Texto(Text Mining), para que esses tipos<br />

<strong>de</strong> dados pu<strong>de</strong>ssem ser manipulados (Tan, 1999). Desta forma, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ferramentas baseadas<br />

nestas técnicas, que extraiam conhecimento <strong>de</strong> uma forma <strong>automática</strong> são <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia. A categorização<br />

<strong>automática</strong> é uma <strong>de</strong>ssas técnicas que proporciona uma melhor organização dos documentos.<br />

A cada dia que passa, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> documentos digitalizados que são disponibilizados na Web<br />

aumentam exponencialmente. Segundo (Bastos, 2005), as bibliotecas digitais dispõem <strong>de</strong> uma quantida<strong>de</strong><br />

enorme <strong>de</strong> documentos digitalizados como artigos, teses, dissertações, e tais documentos são separados em<br />

categorias que já são pré-<strong>de</strong>finidas e pertencem a um padrão adotado pela maioria das bibliotecas digitais<br />

existentes. Desta forma, torna-se imprescindível que utilize técnicas apropriadas para que tais documentos<br />

sejam organizados e separados em suas respectivas categorias <strong>de</strong> modo que uma possível busca futura seja<br />

feita <strong>de</strong> uma maneira mais rápida e eficiente. Entretanto, a organização <strong>de</strong> tais documentos em suas<br />

categorias ainda é feita <strong>de</strong> forma manual.<br />

Levando em consi<strong>de</strong>ração que as bibliotecas digitais utilizam um padrão já estabelecido <strong>de</strong> categorias,<br />

este trabalho consiste em realizar a categorização <strong>automática</strong> <strong>de</strong> documentos digitais das bibliotecas digitais<br />

<strong>de</strong> acordo com categorias pré-<strong>de</strong>finidas, on<strong>de</strong> cada documento <strong>de</strong>verá pertencer a uma ou mais categorias <strong>de</strong><br />

acordo com seu conteúdo.<br />

Para fazer esta categorização <strong>automática</strong>, será utilizada técnicas <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong> textos, hoje muito<br />

pesquisada. Em (Almeida,2004), (Galho, 2004), (Honrado, 2000), (Lam, 1999), (Lopes, 2004), (Silva, 2002)<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

po<strong>de</strong>-se verificar as aplicações <strong>de</strong>stas técnicas em diferentes áreas, sendo que em bibliotecas digitais é uma<br />

área <strong>de</strong> aplicação recente.<br />

Este trabalho tem o foco sobre documentos em formato PDF, pois esse formato <strong>de</strong> arquivo po<strong>de</strong> ser<br />

consi<strong>de</strong>rado o formato padrão <strong>de</strong> documentos digitais disponibilizados nas bibliotecas digitais.<br />

Na seção 2, é feita a preparação dos dados textuais e envolve alguns passos – preparação da lista <strong>de</strong><br />

stopwords, <strong>de</strong>finição dos termos referentes às categorias, recuperação da informação, remoção <strong>de</strong> stopwords,<br />

case folding e obtenção <strong>de</strong> um formato padrão. Na seção 3 é apresentado o protótipo da ferramenta, e<br />

finalmente a seção 4 é conclusão do artigo.<br />

2. CATEGORIZAÇÃO DE DOCUMENTOS DE BIBLIOTECAS DIGITAIS<br />

Na Figura 1 são apresentadas as etapas que compõe o trabalho <strong>de</strong>senvolvido, com o objetivo <strong>de</strong> classificar<br />

automaticamente em categorias os documentos pertencentes a uma biblioteca digital, a primeira etapa para a<br />

realização da categorização é a seleção do documento a ser categorizado, esses documentos estão<br />

armazenados na base <strong>de</strong> dados da biblioteca digital.<br />

Figura 1. Etapas da Ferramenta<br />

Selecionados alguns documentos para a realização do trabalho, a próxima etapa é o tratamento dos<br />

documentos PDF, pois no trabalho foram processados documentos neste formato, por serem os mais<br />

utilizados.<br />

Após o tratamento do documento PDF, a próxima etapa é o pré-processamento, on<strong>de</strong> a priori foi <strong>de</strong>finida<br />

um a lista <strong>de</strong> stopwords, para que o documento contivesse apenas palavras <strong>de</strong> maior importância. Neste<br />

trabalho, a etapa <strong>de</strong> pré-processamento foi composta <strong>de</strong> duas partes: case folding e remoção <strong>de</strong> stopwords,<br />

que após executadas geram o formato padrão para o passo seguinte que é a categorização. Nesta etapa é<br />

necessário que os termos que pertençam as categorias já estejam <strong>de</strong>finidos para que as comparações<br />

necessárias possam ser executadas e um documento possa ser associado a uma ou mais categorias <strong>de</strong> acordo<br />

com o seu conteúdo.<br />

Após a categorização ter sido finalizada, é feita a avaliação e interpretação dos resultados obtidos, on<strong>de</strong><br />

será levada em consi<strong>de</strong>ração a porcentagem dos documentos que foram corretamente associados às<br />

categorias e os que não foram. Caso os resultados não sejam satisfatórios, ou seja, se uma parte consi<strong>de</strong>rável<br />

<strong>de</strong> documentos forem erroneamente categorizados uma ou mais mudanças são estudadas e implementadas e o<br />

processo se repete <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início até que os resultados tenham a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejada.<br />

Neste trabalho foi <strong>de</strong>senvolvida consulta por categorias, mas essas consultas seriam realizadas com o<br />

intuito <strong>de</strong> avaliar os resultados obtidos, ou seja, localmente. A disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> consulta por<br />

parte dos usuários <strong>de</strong> uma biblioteca digital fica como responsabilida<strong>de</strong> da própria biblioteca.<br />

Na seção a seguir, <strong>de</strong>monstraremos como foi <strong>de</strong>senvolvida o protótipo da ferramenta.<br />

352


3. PROTÓTIPO<br />

No protótipo da ferramenta foi levado em consi<strong>de</strong>ração o acesso aos documentos armazenados no banco<br />

<strong>de</strong> dados da biblioteca digital, por isto, é necessário o conhecimento prévio do mo<strong>de</strong>lo da base <strong>de</strong> dados on<strong>de</strong><br />

os documentos estão armazenados. Vale ressaltar que o conhecimento sobre o banco <strong>de</strong> dados da biblioteca<br />

digital <strong>de</strong>ve ser adquirido para que a aplicação seja corretamente implementada.<br />

Na figura 2, é apresentado o esquema do banco <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>finido para o <strong>de</strong>senvolvimento do protótipo,<br />

aon<strong>de</strong> se tem as classes categorias, categorizados e documentos. A classe categoria, será armazenada as<br />

categorias pré-estabelecidas e os termos equivalentes as mesmas, na classe categorizados tem-se os<br />

documentos já categorizados e as categorias correspon<strong>de</strong>ntes e na classe documentos tem-se os documentos<br />

da biblioteca digital.<br />

categorias<br />

nome<br />

termos<br />

categorizados<br />

nome_categoria<br />

cod_documento<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Figura 2. Esquema do Banco <strong>de</strong> Dados<br />

documentos<br />

codigo_doc<br />

titulo<br />

autor<br />

documento<br />

Na figura 3, é apresentada a interface do protótipo, on<strong>de</strong> são visualizadas duas tabelas, a primeira<br />

disponibiliza o título e o autor dos documentos <strong>de</strong> acordo com a categoria selecionada. Já a segunda tabela<br />

disponibiliza o título e o autor dos documentos ainda não categorizados. É possível criar, alterar e excluir<br />

categorias.<br />

Figura 3. Interface da Aplicação<br />

353


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

A linguagem <strong>de</strong> programação utilizada foi o Java (Date, 2000), (Gamma, 2000) e o bando <strong>de</strong> dados<br />

implementado para simular um banco <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> uma biblioteca digital foi o MySQL. Inicialmente foram<br />

<strong>de</strong>finidos os termos para 3 categorias.<br />

Primeiramente o documento é recuperado e a informação contida nele é extraída, sendo armazenada em<br />

uma string. O segundo passo é a realização do pré-processamento on<strong>de</strong> todo o conteúdo armazenado na<br />

string é convertido para maiúsculo, as stopwords são retiradas e um formato padrão é gerado. Esse formato<br />

padrão nada mais é do que um vetor com as palavras-chave do documento e a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vezes que cada<br />

uma ocorreu.<br />

Finalmente, é feita uma comparação dos termos referentes a <strong>de</strong>terminada categoria com as palavras-chave<br />

do documento. Nessa comparação levou-se em consi<strong>de</strong>ração quantas palavras pertencentes ao conjunto <strong>de</strong><br />

palavras-chave do documento também pertencem ao conjunto <strong>de</strong> termos da categoria à qual o documento<br />

po<strong>de</strong> ou não pertencer, bem como a quantida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong>ssas palavras no documento. A<br />

princípio, após alguns testes realizados, chegamos a conclusão <strong>de</strong> que para um documento pertencer a uma<br />

categoria é preciso que sejam obe<strong>de</strong>cidas duas regras: que o documento contenha no mínimo 25% dos termos<br />

referentes a categoria e que tenha uma ocorrência média <strong>de</strong> 5 ou mais termos iguais ou diferentes por página.<br />

Por exemplo, para um documento com 100 páginas pertencer a uma categoria com 160 termos <strong>de</strong>finidos,<br />

pelo menos 40 termos referentes a categoria <strong>de</strong>vem ser encontrados no conjunto <strong>de</strong> palavras-chave <strong>de</strong>sse<br />

documento e cada página do documento <strong>de</strong>ve conter, em média, 5 ou mais <strong>de</strong>stes termos que foram comuns<br />

ao documento e a categoria.<br />

Foram <strong>de</strong>finidos termos para três categorias: Informática, Física e Direito, além <strong>de</strong> duas sub-categorias da<br />

categoria Informática: Re<strong>de</strong>s e Programação. Cinqüenta documentos foram selecionados para serem<br />

categorizados e a ferramenta obteve um percentual <strong>de</strong> acerto <strong>de</strong> 84,6%. Para avaliar os resultados obtidos foi<br />

utilizada a métrica <strong>de</strong> precisão (Gomes, 2006):<br />

Precisão = Número <strong>de</strong> Itens Corretamente Classificados<br />

Número Total <strong>de</strong> Itens<br />

Na seção a seguir será <strong>de</strong>scrita a conclusão do trabalho.<br />

4. CONCLUSÃO<br />

O presente trabalho tem por objetivo classificar documentos digitais automaticamente utilizando<br />

categorias pré-estabelecidas das bibliotecas digitais. Esta classificação <strong>automática</strong>, contribuirá para que as<br />

classificações sejam mais rápidas e eficientes. Este trabalho esta em fase <strong>de</strong> teste. Os resultados obtidos até<br />

então foram satisfatórios, porém a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> termos para mais categorias e sub-categorias<br />

se faz necessária, além da realização <strong>de</strong> testes com uma quantida<strong>de</strong> mais elevada <strong>de</strong> documentos para que se<br />

possa avaliar melhor os resultados obtidos pela ferramenta.<br />

De acordo com o mo<strong>de</strong>lo da ferramenta e com a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> termos para mais categorias e subcategorias,<br />

bem como a realização <strong>de</strong> testes mais amplos, novas avaliações dos resultados serão feitas e<br />

mudanças po<strong>de</strong>rão ser realizadas visando melhorar a aplicação até que seja realizada a integração com uma<br />

biblioteca digital para que o processo seja realizado em um ambiente real.<br />

A biblioteca está num momento <strong>de</strong> transição, passando <strong>de</strong> uma organização totalmente ligada ao material<br />

impresso para outra em que tudo, ou quase tudo, será armazenado sob a forma digital (Cunha, 1999).<br />

O que percebemos hoje é uma necessida<strong>de</strong> cada vez maior <strong>de</strong> ferramentas para organizar a enorme<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> documentos digitalizados. No caso específico <strong>de</strong> uma biblioteca digital (Pereira, 2002), o<br />

processo <strong>de</strong> categorização é feito manualmente, ou seja, o bibliotecário ou responsável <strong>de</strong>ve acessar o<br />

conteúdo do documento e associá-lo a uma <strong>de</strong>terminada categoria. Muitas vezes este processo manual po<strong>de</strong><br />

ser realizado <strong>de</strong> forma errada, pois na maioria das vezes o profissional da área <strong>de</strong> biblioteca que categoriza o<br />

documento, não tem o conhecimento necessário sobre o assunto o qual o documento realmente trata. É<br />

justamente esse problema que a ferramenta <strong>de</strong>senvolvida se propõe a resolver, realizando <strong>de</strong> forma<br />

<strong>automática</strong> a associação <strong>de</strong> um documento a uma ou mais categorias e/ou sub-categorias.<br />

354


REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Almeida, L. M., 2004. Categorização <strong>de</strong> mensagens <strong>de</strong> texto para ambi-entes <strong>de</strong> aprendizado colaborativo. Centro<br />

Universitário Luterano <strong>de</strong> Palmas – Palmas, Brasil.<br />

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aplicabilida<strong>de</strong> das teorias macroestruturais para categorização <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> assunto. Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista,<br />

Campus <strong>de</strong> Marília - Marília, SP, Brasil.<br />

Cunha, M. B., 1999. Desafios na construção <strong>de</strong> uma biblioteca digital. Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília; Departamento <strong>de</strong><br />

Ciência da Informação e Documentação – Brasília, DF, Brasil.<br />

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Brasil.<br />

Galho, T. S.; Moraes, S. M. W., 2004 .Categorização Automática <strong>de</strong> Documentos <strong>de</strong> Texto Utilizando Lógica Difusa,<br />

Universida<strong>de</strong> Luterana do Brasil (ULBRA) – Gravataí, RS, Brasil.<br />

Gamma, E. et al, 2000. Padrões <strong>de</strong> projeto: soluções reutilizáveis <strong>de</strong> software orientado a objetos. Bookman, Porto<br />

Alegre-Brasil.<br />

Gomes, G. R. R.; 2006. Integração <strong>de</strong> repositórios <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> Bibliotecas Digitais e <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> Aprendizagem.<br />

Tese (Doutorado em Informática)-Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Honrado, A., Leon et al, 2000. A Word Stemming Algorithm for the Spanish Language. In Proceedings of the Seventh<br />

International Symposium on String Processing Information Retrieval (SPIRE'00), A Coruña, Spain, September 27 –<br />

29.<br />

Lam, S.L., Lee, D.L., 1999. Feature reduction for neural network based test categorization. In: Proceedings of DASFAA-<br />

99, 6th IEEE International Conference on Database Advanced Systems for Advanced Applications, 195-202,<br />

Hsinchu, Taiwan.<br />

Lopes, M. C. S., 2004. Mineração <strong>de</strong> Dados Textuais Utilizando Técnicas <strong>de</strong> Clustering para o Idioma Português,<br />

COPPE/UFRJ, D.SC.,Engenharia Civil – Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

Pereira, G. L., Magalhães, K. A., 2002. Digital Knowledge: Projeto <strong>de</strong> uma Biblioteca Digital, Centro <strong>de</strong> Ciências Exatas<br />

e Tecnologiada Universida<strong>de</strong> da Amazônia – Belém, PA, Brasil.<br />

Silva, C. F., 2004. Uso <strong>de</strong> informações lingüísticas na etapa <strong>de</strong> pré-processamento em mineração <strong>de</strong> textos, Centro <strong>de</strong><br />

Ciências Exatas e Tecnológicas da UNISINOS – São Leopoldo, RS, Brasil.<br />

Tan, A.,1999. Text mining: the state of the art and the challenges. Pacific-Asia Workshop on Knowledge Discovery from<br />

Advanced Databaseses, Beijing, 1999. Lecture Notes in Computer Science v.1574, Springer-Verlag.<br />

355


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

INTERFACES PARA APRENDIZAGEM DE TAREFAS<br />

COLABORATIVAS ESPACIAIS<br />

Filipe Santos<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Educação - Instituto Politécnico <strong>de</strong> Leiria<br />

Campus 1, Rua Dr. João Soares, Apartado 4045,2411-901 Leiria - Portugal<br />

fsantos@esel.ipleiria.pt<br />

Leonel Morgado; Paulo Martins<br />

GECAD – Grupo <strong>de</strong> Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Dep. Engenharias, Apartado 1013, 5001-801 Vila Real, Portugal<br />

leonelm@utad.pt; pmartins@utad.pt<br />

Benjamim Fonseca<br />

CETAV – Centro <strong>de</strong> Estudos Tecnológicos, do Ambiente e da Vida<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto douro, Dep. Engenharias, Apartado 1013,5001-801 Vila Real, Portugal<br />

benjaf@utad.pt<br />

RESUMO<br />

O presente artigo, referente a um estudo em curso, apresenta uma proposta <strong>de</strong> ferramenta tecnológica baseada em<br />

Mundos Virtuais, que visa ser um apoio para activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negociação da configuração do espaço escolar envolvendo<br />

professores e alunos do 1º ciclo do ensino básico. Descrevemos vários elementos funcionais da interface <strong>de</strong>ssa<br />

ferramenta, ligando-os aos requisitos obtidos por contacto com professores e alunos <strong>de</strong> uma escola do primeiro ciclo.<br />

Desta forma, preten<strong>de</strong>-se ultrapassar algumas das dificulda<strong>de</strong>s inerentes as estes processos, reflectidas nos requisitos.<br />

Esta ferramenta <strong>de</strong>stina-se a contextos educativos com mo<strong>de</strong>los curriculares e práticas pedagógicas enquadrados pela<br />

nova cultura <strong>de</strong> infância, sob a qual a criança tem um papel activo nos espaços on<strong>de</strong> vive e, assim, on<strong>de</strong> se procura<br />

<strong>de</strong>senvolver estratégias para a ajudar nos processos <strong>de</strong> negociação e tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão da configuração <strong>de</strong>sses espaços,<br />

como é o caso do mo<strong>de</strong>lo pedagógico do Movimento da Escola Mo<strong>de</strong>rna Portuguesa.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Colaboração, Groupware, Interfaces, Estratégias <strong>de</strong> Ensino e Aprendizagem, Mundos Virtuais, OpenCroquet.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Nas últimas décadas tem-se assistido a uma re<strong>de</strong>finição da cultura <strong>de</strong> infância, do que é ser criança e <strong>de</strong> qual<br />

<strong>de</strong>ve ser o seu papel na socieda<strong>de</strong>. A cultura <strong>de</strong> infância assente no pressuposto <strong>de</strong> que a criança só po<strong>de</strong>ria<br />

participar activamente na socieda<strong>de</strong> quando se tornasse um adulto tem vindo a ser substituída por outra, a da<br />

criança competente, on<strong>de</strong> se lhe reconhece a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construir significados do mundo que a ro<strong>de</strong>ia e<br />

<strong>de</strong>senvolver uma autonomia que lhe permite tomar <strong>de</strong>cisões (Lourenço, 2002). À luz <strong>de</strong>sta nova forma <strong>de</strong> ver<br />

a criança, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>-se que uma forma <strong>de</strong> levar as crianças a serem participantes activos na socieda<strong>de</strong> é<br />

envolvê-las nos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> implementação dos espaços e infra-estruturas em que habitam ou<br />

on<strong>de</strong> passam a maior parte do seu tempo, como as escolas e os respectivos espaços <strong>de</strong> brincar (Sarmento &<br />

Marques, 2006; UNICEF, 2006).<br />

Um dos locais on<strong>de</strong> este envolvimento po<strong>de</strong> tomar lugar é o da própria escola, po<strong>de</strong>ndo os professores<br />

enquadrar esta activida<strong>de</strong> e processo na sua metodologia <strong>de</strong> trabalho. Ainda hoje se verifica que, em geral, os<br />

professores promovem um processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem assente na dicotomia professor activo / aluno<br />

passivo (Sarmento & Marques, 2006) mas cada vez mais surgem espaços escolares que reflectem mo<strong>de</strong>los<br />

educativos que dão gran<strong>de</strong> ênfase ao trabalho colaborativo e assentam nesta i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> criança competente.<br />

Exemplos <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los pedagógicos <strong>de</strong>sta natureza são o do Movimento da Escola Mo<strong>de</strong>rna Portuguesa (Niza,<br />

356


1998) e o da Pedagogia Institucional (Vasquez & Oury, 1977), nos quais as activida<strong>de</strong>s em sala <strong>de</strong> aula<br />

requerem uma participação activa dos alunos, seja nos processos <strong>de</strong> negociação e tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, seja<br />

noutros (ver por ex., Grave-Resen<strong>de</strong>s & Soares, 2002).<br />

No entanto, dinamizar uma activida<strong>de</strong> em sala <strong>de</strong> aula on<strong>de</strong> o professor possa promover a participação<br />

das crianças nos processos <strong>de</strong> negociação e tomada <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>cisão não é uma tarefa fácil e encontra<br />

dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> várias naturezas.<br />

Os ambientes virtuais tridimensionais multi-utilizador, também conhecidos por Mundos Virtuais,<br />

pareceram-nos suporte viável para estas tarefas colaborativas, uma vez que possibilitam a simulação<br />

tridimensional <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong> física e permitem a vários utilizadores interagir com essa simulação em<br />

simultâneo. Sendo alguns <strong>de</strong>stes mundos um suporte informático programável, consi<strong>de</strong>rámos que po<strong>de</strong>riam<br />

possibilitar a implementação <strong>de</strong> mecanismos para que os utilizadores possam gerir mais eficientemente o<br />

processo <strong>de</strong> negociação on<strong>de</strong> se encontram envolvidos.<br />

Este artigo apresenta um trabalho em curso on<strong>de</strong> são i<strong>de</strong>ntificadas algumas das dificulda<strong>de</strong>s que o<br />

professor encontra na dinamização <strong>de</strong>stas activida<strong>de</strong>s em sala <strong>de</strong> aula. Propomos alguns requisitos para que<br />

um ambiente virtual tridimensional multi-utilizador possa ser usado como ferramenta <strong>de</strong> apoio a estas<br />

activida<strong>de</strong>s em contexto <strong>de</strong> 1º ciclo bem como elementos <strong>de</strong> uma tal ferramenta.<br />

2. DIFICULDADES NUMA NEGOCIAÇÃO<br />

Negociar a configuração <strong>de</strong> um espaço escolar é uma activida<strong>de</strong> colaborativa que apresenta um gran<strong>de</strong><br />

conjunto <strong>de</strong> problemas aos seus intervenientes. Apresentamos três <strong>de</strong>sses problemas e, subsequentemente,<br />

indicamos para cada um as razões que nos levam a achar que a mediação do processo através uma solução<br />

tecnológica baseada em mundos virtuais po<strong>de</strong> contribuir para a resolução <strong>de</strong>sses problemas, sugerindo<br />

formas <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> interface que parecem promissoras.<br />

O primeiro problema relaciona-se com a organização da discussão promovida pelo professor no âmbito<br />

<strong>de</strong> uma negociação: qualquer que seja o método escolhido pelo professor (<strong>de</strong>finir uma or<strong>de</strong>m pela qual cada<br />

criança intervém na discussão, pedir à criança que quer participar para “levanta a mão” quando quer falar,<br />

etc.), a eficiência nunca é total, uma vez que as crianças facilmente interrompem uma discussão (não<br />

esperando a sua vez) para apresentar ou <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o seu ponto <strong>de</strong> vista.<br />

Um segundo problema relaciona-se com as limitações <strong>de</strong> reconfiguração física dos materiais<br />

auxiliares que o professor usa neste processo (como os <strong>de</strong>senhos, plantas, medições ou maquetes) que po<strong>de</strong><br />

dificultar alguns aspectos <strong>de</strong>ssa colaboração.<br />

O terceiro problema relaciona-se com o egocentrismo característico do estádio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

cognitivo em que os actores envolvidos (as crianças) se encontram, impossibilitando uma plena colaboração<br />

pela falta <strong>de</strong> algumas competências necessárias para os processos <strong>de</strong> negociação e <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />

Apesar das crianças conseguirem distinguir entre a própria perspectiva e a dos outros, elas não percebem<br />

totalmente, contudo, que as relações envolvem “dar e receber”, encarando os pontos <strong>de</strong> vista e as<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma forma unilateral (Selman & Selman, 1979).<br />

3. ABORDAGEM AO DESIGN<br />

Tendo em conta os problemas atrás mencionados, propomos agora elementos específicos a implementar<br />

numa ferramenta baseada em mundos virtuais, com vista a minimizar esses problemas.<br />

As imagens apresentadas foram produzidas com a plataforma <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento OpenCroquet, baseada<br />

na linguagem <strong>de</strong> programação Squeak/Smalltalk e que suporta a criação e distribuição <strong>de</strong> aplicações 3D<br />

multiutilizador colaborativas (OpenCroquet, 2007).<br />

3.1 Organização da Discussão<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O problema da organização da discussão mencionado no ponto anterior também encontra paralelo nas<br />

activida<strong>de</strong>s realizadas nos mundos virtuais: num mundo virtual, on<strong>de</strong> todos os alunos têm presença síncrona e<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

privilégios <strong>de</strong> edição, po<strong>de</strong>r-se-á dar o caso <strong>de</strong> dois ou mais alunos alterarem simultaneamente a posição <strong>de</strong><br />

diferentes objectos no espaço o que po<strong>de</strong>rá dificultar aos alunos a percepção daquilo que foi a contribuição<br />

<strong>de</strong> cada um (do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> cada criança, a sua contribuição e as contribuições dos outros). Nestas<br />

situações, também o professor fica, em certa medida, sem noção da sequência em que se <strong>de</strong>ram as<br />

intervenções. Estas situações po<strong>de</strong>m gerar alguma confusão no processo ou, levadas ao extremo, à anarquia<br />

do mesmo. Há assim que abordar este problema criando um mecanismo que permita a noção <strong>de</strong> sequência do<br />

processo <strong>de</strong> negociação do espaço. Uma forma <strong>de</strong> consegui-lo é evitar a concorrência <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> edição.<br />

As abordagens que propomos são inspiradas num contexto <strong>de</strong> programação com objectos físicos (fig. 1b),<br />

on<strong>de</strong> havia problemas semelhantes (Montemayor et al., 2004). Colocando no mundo virtual um objecto que<br />

sirva <strong>de</strong> testemunho (uma varinha mágica, por ex.), só terá privilégios <strong>de</strong> edição o aluno que o possuir num<br />

dado momento. Assim, o contributo pessoal que cada aluno faz ao ambiente virtual (a sua configuração) são<br />

todas as alterações feitas nesse mundo entre o momento em que agarra o testemunho e o momento em que o<br />

liberta, ficando disponível para outro aluno. Este objecto será uma metaforização do “levantar a mão” para<br />

falar/participar quando esta tarefa colaborativa se dá em sala <strong>de</strong> aula numa reunião (fig. 1a).<br />

a) b)<br />

Figura 1. a) O utilizador com o raio <strong>de</strong> luz ver<strong>de</strong> (em primeiro plano) é o que tem presentemente direitos <strong>de</strong> alteração da<br />

configuração espacial. b) Varinha mágica do sistema Physical Programming (Montemayor et al., 2004).<br />

3.2 Limitações <strong>de</strong> Reconfiguração Física dos Materiais Auxiliares<br />

Algumas das limitações dos materiais auxiliares que o professor usa no processo <strong>de</strong> negociação po<strong>de</strong>m ser<br />

atenuadas pelos mundos virtuais. Por exemplo, a tradicional maqueta é um material que o professor po<strong>de</strong><br />

utilizar para promover a discussão mas on<strong>de</strong> cada criança, ao propor a sua configuração, altera a<br />

configuração feita pela criança anterior, <strong>de</strong>struindo assim a ‘visão’ do aluno que trabalhara sobre a maqueta<br />

antes <strong>de</strong> si. Neste sentido, cada criança po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> acreditar que <strong>de</strong>u um contributo para o processo ao ver<br />

apenas a configuração final – possivelmente muito diferente da sua – e o sentimento que se lhe preten<strong>de</strong> dar –<br />

o da criança competente que dá um contributo activo para a configuração do seu espaço – po<strong>de</strong> ficar<br />

comprometido. Evi<strong>de</strong>ntemente, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar a utilização <strong>de</strong> meios físicos ou digitais complementares<br />

para diminuir este problema, mas <strong>de</strong> forma limitada quando contrastada com as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um<br />

ambiente virtual: po<strong>de</strong>-se, por exemplo, fotografar as várias configurações espaciais feitas na maqueta –<br />

tendo assim registos visuais <strong>de</strong> várias configurações - mas existirá a limitação <strong>de</strong> só se po<strong>de</strong>r abordar as<br />

configurações mais antigas sob o ângulo <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se tirou as fotos. Não é possível viajar no tempo e ir ver um<br />

aspecto da maqueta que não se fotografou, nem recuperar uma versão anterior e trabalhar a partir <strong>de</strong>la.<br />

Uma i<strong>de</strong>ia que se nos afigura com possibilida<strong>de</strong>s interessantes para contrariar este problema é a <strong>de</strong><br />

disponibilizar um mundo virtual com um histórico <strong>de</strong> configurações da realida<strong>de</strong> que é alterada<br />

sequencialmente no tempo. Um mundo virtual assim munido não eliminaria configurações anteriores, antes<br />

as guardaria num histórico. Assim, todas as configurações espaciais propostas coexistiriam nesse espaço só<br />

tendo cada uma, no entanto, realida<strong>de</strong> objectiva num dado momento no tempo.<br />

Uma estratégia que o professor po<strong>de</strong> usar com tal ferramenta para auxiliar o processo <strong>de</strong> negociação é,<br />

por exemplo, a <strong>de</strong> se começar com a configuração inicial, indo os vários intervenientes, por uma or<strong>de</strong>m<br />

sequencial temporal, sugerindo pequenas alterações a essa configuração. Estas alterações sucessivas<br />

358


constituiriam novas versões sequenciais (2ª versão, 3ª, 4ª…) havendo tantas iterações quantas forem<br />

necessárias num processo negociado. A negociação acabaria quando se chegasse a um consenso que, nesta<br />

perspectiva, é a versão última, final, do espaço a configurar (e que foi construída através <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong><br />

discussão construtivo e colaborativo no tempo).<br />

É assim necessário que a interface dê a professor e alunos um acesso imediato a qualquer configuração<br />

para que se possa promover uma discussão em relação às várias soluções propostas. A solução que propomos<br />

é a da existência <strong>de</strong> portais no mundo virtual on<strong>de</strong> professores e alunos são levados a novas “dimensões”<br />

(configurações espaciais antigas), ilustrada na fig. 2. Nesta figura, vemos um mundo virtual com um portal <strong>de</strong><br />

acesso a outro mundo. Esta noção <strong>de</strong> “portal para outro mundo” (uma das funcionalida<strong>de</strong>s do ambiente <strong>de</strong><br />

programação OpenCroquet) po<strong>de</strong> ser usada para transportar o utilizador para outra configuração (“versão”)<br />

do mesmo mundo, proposta por uma criança num ponto anterior à discussão. Os vários portais são assim<br />

portas <strong>de</strong> acesso a uma mesma realida<strong>de</strong> que sofre alterações no tempo.<br />

3.3 Egocentrismo<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Figura 2. Um Mundo Virtual, representando Marte, com um portal <strong>de</strong> acesso a outro mundo.<br />

Negociar é uma tarefa que implica o domínio <strong>de</strong> diversas competências como o saber argumentar, saber<br />

discutir, saber escutar, e saber respeitar pontos <strong>de</strong> vista diferentes. Assim, se o objectivo final é chegar a um<br />

consenso não será boa estratégia discutir uma solução colocando cada aluno a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o seu ponto <strong>de</strong> vista.<br />

Para que um consenso seja atingido o aluno tem <strong>de</strong> se afastar da sua forma pessoal <strong>de</strong> ver o mundo (afastar<br />

do seu egocentrismo) e saber fazer concessões nas tarefas on<strong>de</strong> é necessária uma tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> grupo.<br />

Figura 3. Um aluno navega simultaneamente em 2 mundos, referentes ao mesmo espaço, mas em dois momentos<br />

diferentes.<br />

Este facto requer que o ambiente virtual tridimensional multi-utilizador possua uma ferramenta que<br />

permita ou facilite a colaboração e negociação pelo confronto <strong>de</strong> versões. Ou seja, que além <strong>de</strong> permitir criar<br />

várias versões da realida<strong>de</strong> ofereça ao professor um mecanismo que permita que os alunos tenham uma<br />

discussão construtiva quando, por exemplo, duas versões da mesma realida<strong>de</strong> entram em conflito.<br />

Criar um comparador <strong>de</strong> versões po<strong>de</strong>rá ser uma forma a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> auxiliar o professor a colocar<br />

alunos a discutir pontos fortes e fracos <strong>de</strong> duas configurações sugeridas (vd. fig. 3). Fazendo a comparação<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

entre duas versões, o professor po<strong>de</strong> conduzir o processo no sentido <strong>de</strong> incentivar os alunos a observar – e<br />

comparar – duas versões particulares <strong>de</strong> um espaço <strong>de</strong> forma a promover uma discussão construtiva.<br />

4. REFLEXÕES FINAIS<br />

As configurações espaciais, sendo uma activida<strong>de</strong> que, muitas vezes, <strong>de</strong>ve ser levada a cabo pelos futuros<br />

utilizadores do espaço a configurar, constituem um tipo <strong>de</strong> tarefa colaborativa que envolve negociação e<br />

tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Neste artigo i<strong>de</strong>ntificámos algumas das dificulda<strong>de</strong>s sentidas quando este processo se dá<br />

no contexto escolar e sugerimos como um mundo virtual <strong>de</strong>vidamente configurado po<strong>de</strong> ajudar o professor a<br />

gerir melhor o processo, on<strong>de</strong> ele e as crianças cooperarem em prol <strong>de</strong> um objectivo comum, ao<br />

disponibilizar um método claro <strong>de</strong> comparação <strong>de</strong> diferentes configurações que foram sugeridas durante o<br />

processo.<br />

Como complemento a este esforço estamos também a iniciar um estudo para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma<br />

ferramenta em OpenCroquet que permita criar e mo<strong>de</strong>lar novos objectos no espaço. Preten<strong>de</strong>mos assim criar<br />

uma melhor simulação do processo <strong>de</strong> colaboração aqui mencionado oferecendo às crianças a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> introduzir e discutir a introdução <strong>de</strong> novos elementos no espaço virtual (não se limitando assim à<br />

discussão das coor<strong>de</strong>nadas espaciais dos objectos no espaço).<br />

No caso <strong>de</strong>sta ferramenta se revelar útil no contexto escolar acreditamos que po<strong>de</strong> igualmente dar um<br />

contributo relevante noutros contextos on<strong>de</strong> a negociação <strong>de</strong> uma configuração 3D seja necessária. Dois<br />

exemplos possíveis são a reconstrução <strong>de</strong> edifícios históricos <strong>de</strong>struídos (pela cooperação <strong>de</strong> historiadores,<br />

arqueólogos e pessoas com memória viva do edifício) e a participação dos munícipes nos processos <strong>de</strong><br />

tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão relativamente a uma infra-estrutura proposta por uma Câmara Municipal. Apesar <strong>de</strong> cada<br />

contexto possuir problemas específicos face aos processos <strong>de</strong> negociação utilizados, acreditamos que esta<br />

ferramenta ou uma variante da mesma i<strong>de</strong>ia po<strong>de</strong>rá ser uma mediadora útil para auxiliar tais processos.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Grave-Resen<strong>de</strong>s, L. & Soares, J., 2002. Diferenciação Pedagógica. Lisboa, Universida<strong>de</strong> Aberta.<br />

Lourenço, O., 2002. Psicologia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento cognitivo (2ª ed.). Coímbra, Almedina.<br />

Montemayor, J.,Druin, A.,Chipman, G.,Farber, A.,Leigh Guha, M., 2004. Tools for children to create physical interactive<br />

storyrooms. Computers in Entertainment 2(1), 12-36<br />

Niza, S.,1998. O Mo<strong>de</strong>lo Curricular <strong>de</strong> Educação Pré-Escolar da Escola Mo<strong>de</strong>rna Portuguesa. In Mo<strong>de</strong>los Curriculares<br />

para a Educação <strong>de</strong> Infância, Júlia Oliveira Formosinho (ed.), (2ªed.) , pp. 137-159, Porto, Porto Editora.<br />

OpenCroquet, 2007. http://opencroquet.org/in<strong>de</strong>x.php/Main_Page. Consultada a 1 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2007<br />

Sarmento, T. & Marques, J., 2006. A Participação das Crianças nas Práticas <strong>de</strong> Relação das Famílias com as Escolas.<br />

Interacções 2, 59-86.<br />

Selman, R. & Selman, A., 1979. Children’s i<strong>de</strong>as about friendship: a new theory, Psychology Today, October, 71-114.<br />

UNICEF Innocenti Research Centre, 2006. Cities with children - Child friendly cities in Italy, Innocenti Research Centre.<br />

Vasquez, A. & Oury, F., 1977. Da classe cooperativa à pedagogia institucional II. Lisboa, Editorial Estampa Lda.<br />

360


UMA ARQUITETURA TOLERANTE A FALHAS PARA<br />

PROCESSOS DE NEGÓCIO BASEADOS EM SERVIÇOS<br />

WEB<br />

Diego Zuquim Guimarães Garcia, Maria Beatriz Felgar <strong>de</strong> Toledo<br />

Instituto <strong>de</strong> Computação – Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas<br />

Caixa Postal 6176 – 13.084-971 – Campinas – SP – Brasil<br />

diego.garcia@ic.unicamp.br , beatriz@ic.unicamp.br<br />

RESUMO<br />

Sistemas <strong>de</strong> Gerência <strong>de</strong> Processos <strong>de</strong> Negócio (SGPN’s) apóiam a realização <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> negócio. Serviços Web<br />

estão sendo indicados como a tecnologia mais a<strong>de</strong>quada para SGPN’s. Conseqüentemente, a incorporação <strong>de</strong> tolerância a<br />

falhas na arquitetura <strong>de</strong> serviços Web é essencial para a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processos. O objetivo <strong>de</strong>ste artigo é propor uma<br />

arquitetura <strong>de</strong> serviços Web tolerante a falhas para utilização com SGPN’s. Ela emprega camadas <strong>de</strong> mediação e<br />

monitoramento, e provê transparência, interoperabilida<strong>de</strong> e privacida<strong>de</strong>. As principais contribuições <strong>de</strong>ste artigo são: uma<br />

abordagem para oferecer tolerância a falhas para serviços Web consi<strong>de</strong>rando SGPN’s e uma arquitetura baseada na<br />

abordagem proposta.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Serviços Web, Sistemas <strong>de</strong> Gerência <strong>de</strong> Processos <strong>de</strong> Negócio, tolerância a falhas.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Tipicamente, Sistemas <strong>de</strong> Gerência <strong>de</strong> Processos <strong>de</strong> Negócio (SGPN’s) são utilizados para ativida<strong>de</strong>s críticas<br />

por diversas organizações. Recentemente, serviços Web estão se tornando componentes importantes para<br />

SGPN’s. Dessa forma, a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um SGPN passa a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r da disponibilida<strong>de</strong> dos serviços Web<br />

utilizados ao longo do processo <strong>de</strong> negócio.<br />

Garantia <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> é um requisito essencial para sistemas críticos. Entretanto, não existe<br />

atualmente padrão para tolerância a falhas em serviços Web, como existe em outras tecnologias como, por<br />

exemplo, CORBA (Common Object Request Broker Architecture) [Object Management Group 2004].<br />

Tendo em vista tal <strong>de</strong>ficiência, propostas para tolerância a falhas em serviços Web estão sendo<br />

<strong>de</strong>senvolvidas. Entretanto, nos trabalhos, serviços Web não são consi<strong>de</strong>rados como tecnologia para SGPN’s e<br />

requisitos importantes não são tratados, tais como, transparência <strong>de</strong> tolerância a falhas para clientes,<br />

simplicida<strong>de</strong>, privacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados, autonomia e compatibilida<strong>de</strong> com os padrões <strong>de</strong> serviços Web.<br />

Este artigo foca na área <strong>de</strong> tolerância a falhas para serviços Web. O objetivo é propor uma arquitetura que,<br />

ao garantir alta disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços, ofereça a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processos mesmo em presença <strong>de</strong><br />

falhas.<br />

A arquitetura esten<strong>de</strong> a arquitetura tradicional <strong>de</strong> serviços Web e incorpora dois componentes. O<br />

componente Mediador é responsável por interagir com o repositório <strong>de</strong> serviços Web e gerenciar réplicas. O<br />

componente Monitor é encarregado <strong>de</strong> monitorar serviços e <strong>de</strong>tectar erros.<br />

Na arquitetura proposta, SGPN’s permitem a utilização <strong>de</strong> serviços Web em processos <strong>de</strong> negócio para<br />

apoiar a cooperação entre organizações. Além disso, ela utiliza mecanismos da arquitetura básica <strong>de</strong> serviços<br />

Web para garantir simplicida<strong>de</strong> e compatibilida<strong>de</strong> com os padrões <strong>de</strong> serviços Web.<br />

Outras características da arquitetura incluem o apoio a autonomia organizacional, transparência <strong>de</strong><br />

tolerância a falhas e privacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados. Tais características são oferecidas pela <strong>de</strong>finição da arquitetura,<br />

que engloba monitoramento do lado cliente e mediação remota ao cliente.<br />

361


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

A seguir, na Seção 2 são introduzidos conceitos básicos, incluindo Sistemas <strong>de</strong> Gerência <strong>de</strong> Processos <strong>de</strong><br />

Negócio, Serviços Web e Tolerância a Falhas. Em seguida, a abordagem proposta para uma arquitetura<br />

tolerante a falhas para SGPN’s baseados em serviços Web é apresentada na Seção 3. A Seção 4 <strong>de</strong>screve a<br />

arquitetura baseada na abordagem proposta. A Seção 5 expõe trabalhos <strong>de</strong> pesquisa na área. Finalmente,<br />

conclusões e trabalhos futuros são apresentados na Seção 6.<br />

2. CONCEITOS BÁSICOS<br />

2.1 Sistemas <strong>de</strong> Gerência <strong>de</strong> Processos <strong>de</strong> Negócio<br />

Consi<strong>de</strong>rando o contexto <strong>de</strong> negócio atual, Sistemas <strong>de</strong> Gerência <strong>de</strong> Processos <strong>de</strong> Negócio (SGPN’s) foram<br />

introduzidos com o objetivo <strong>de</strong> prover controle para <strong>de</strong>finir e coor<strong>de</strong>nar a execução <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> negócio.<br />

Diferentemente dos Sistemas <strong>de</strong> Gerência <strong>de</strong> Workflow (SGWf’s) tradicionais, os SGPN’s enfatizam<br />

processos que cruzam fronteiras organizacionais e o aspecto da dinamicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processos [Hollingsworth<br />

2004].<br />

SGPN’s apóiam a automatização <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> negócio. O ciclo <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> automatização inicia com a<br />

<strong>de</strong>finição do processo. Em seguida, a <strong>de</strong>finição é registrada em um SGPN. Para executar um processo, o<br />

sistema cria uma instância <strong>de</strong> processo e, então, coor<strong>de</strong>na, monitora e registra sua execução. O registro po<strong>de</strong><br />

ser analisado, po<strong>de</strong>ndo gerar uma <strong>de</strong>finição aprimorada do processo [van <strong>de</strong>r Aalst et al. 2003].<br />

2.2 Serviços Web<br />

Um serviço Web é um tipo <strong>de</strong> serviço eletrônico, i<strong>de</strong>ntificado por um URI (Uniform Resource I<strong>de</strong>ntifier), que<br />

expõe funcionalida<strong>de</strong>s accessíveis através da Internet ou <strong>de</strong> intranets, e cuja <strong>de</strong>scrição e transporte utilizam<br />

padrões da Web abertos [Alonso et al. 2004] [Booth et al. 2004].<br />

Os principais padrões empregados no âmbito da tecnologia <strong>de</strong> serviços Web são <strong>de</strong>scritos a seguir:<br />

• Web Services Description Language (WSDL): é um formato eXtensible Markup Language (XML)<br />

que proporciona uma <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> serviço compreensível por computador [Chinnici et al. 2005];<br />

• Universal Description Discovery & Integration (UDDI): provê um repositório XML <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrições<br />

<strong>de</strong> serviço Web [Clement et al. 2004];<br />

• SOAP: é um protocolo XML que possibilita a comunicação entre serviços Web [Mitra 2003].<br />

2.3 Tolerância a Falhas<br />

Segurança no funcionamento (do inglês <strong>de</strong>pendability) <strong>de</strong> um sistema é a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> evitar <strong>de</strong>feitos <strong>de</strong><br />

serviço que são mais freqüentes e graves do que é aceitável.<br />

Segurança no funcionamento indica a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço oferecida pelo sistema e envolve os seguintes<br />

atributos: disponibilida<strong>de</strong>, confiabilida<strong>de</strong>, segurança crítica (do inglês safety), integrida<strong>de</strong> e manutenibilida<strong>de</strong><br />

[Avizienis et al. 2004].<br />

Tolerância a falhas é um dos meios para alcançar segurança no funcionamento e significa evitar <strong>de</strong>feitos<br />

<strong>de</strong> serviço na presença <strong>de</strong> falhas. Redundância é aplicada para implementar técnicas <strong>de</strong> tolerância a falhas.<br />

Para um sistema ser capaz <strong>de</strong> tolerar uma falha, uma forma <strong>de</strong> redundância <strong>de</strong>ve ser empregada [Gartner<br />

1999].<br />

Técnicas <strong>de</strong> tolerância a falhas po<strong>de</strong>m ser classificadas <strong>de</strong> acordo com as fases <strong>de</strong> aplicação: <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong><br />

erro, confinamento, recuperação <strong>de</strong> erro e tratamento <strong>de</strong> falha [An<strong>de</strong>rson and Lee 1981].<br />

3. ABORDAGEM<br />

Nesta seção a abordagem proposta para uma arquitetura para SGPN’s (Seção 2.1) é apresentada. A<br />

arquitetura é baseada na tecnologia <strong>de</strong> serviços Web (Seção 2.2). Ela oferece aspectos fundamentais para<br />

SGPN’s, tais como, cooperação, autonomia organizacional e tolerância a falhas (Seção 2.3) transparente para<br />

clientes.<br />

362


Os passos para <strong>de</strong>scoberta e execução <strong>de</strong> serviços são apresentados na Figura 1. A seguir, eles são<br />

<strong>de</strong>scritos.<br />

Figura 1. Abordagem para serviços Web tolerantes a falhas para utilização com SGPN’s<br />

O Mediador é um componente remoto e, assim como o Repositório UDDI, uma quantida<strong>de</strong> variada <strong>de</strong><br />

Mediadores po<strong>de</strong> ser utilizada e instalada em diversos locais, por exemplo, junto com Monitores,<br />

Repositórios UDDI ou em máquinas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. Essa característica garante a autonomia organizacional<br />

em relação à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir e executar processos e empregar Mediadores.<br />

SGPN’s permitem a utilização <strong>de</strong> serviços Web como ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> processos. Em tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />

processo, mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m correspon<strong>de</strong>r a serviços Web, referenciando tipos <strong>de</strong> serviços por<br />

meio do conceito <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>lo Técnico (tMo<strong>de</strong>l) do padrão UDDI [Clement et al. 2004]. Em tempo <strong>de</strong><br />

execução <strong>de</strong> processo, quando ativida<strong>de</strong>s realizadas por serviços Web são atingidas, SGPN’s solicitam a<br />

Mediadores, via Monitores, instâncias <strong>de</strong> serviços correspon<strong>de</strong>ntes às ativida<strong>de</strong>s (Passos 1 e 2 na Figura 1).<br />

Mediadores localizam instâncias dos tipos <strong>de</strong> serviços solicitados em Repositórios UDDI (Passo 3) e<br />

executam testes para a seleção <strong>de</strong> serviços Web (Passo 4). Em seguida, retornam en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> serviços Web a<br />

Monitores (Passo 5). SGPN’s po<strong>de</strong>m então consumir serviços por meio dos pontos <strong>de</strong> acesso retornados.<br />

Em tempo <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, Monitores verificam o andamento <strong>de</strong> execuções <strong>de</strong> serviços (Passo<br />

6). Caso ocorram erros, Mediadores são contatados para que réplicas <strong>de</strong> serviços Web possam ser utilizadas<br />

(Passo 7). Concluídas as execuções <strong>de</strong> serviços, resultados gerados são retornados (Passo 8).<br />

4. ARQUITETURA<br />

Esta seção trata da arquitetura que oferece a abordagem proposta para serviços Web tolerantes a falhas (Seção<br />

3). Os componentes que constituem a arquitetura e suas interações são <strong>de</strong>scritos enfocando as alterações<br />

incorporadas à arquitetura <strong>de</strong> serviços Web atual.<br />

A arquitetura <strong>de</strong> tolerância a falhas é composta <strong>de</strong> elementos que são responsáveis por funções <strong>de</strong><br />

gerência <strong>de</strong> réplicas (serviços Web com funcionalida<strong>de</strong> idêntica), <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> erros e confinamento.<br />

O estágio <strong>de</strong> configuração envolve a publicação <strong>de</strong> serviços Web. Estruturas do UDDI são utilizadas por<br />

provedores para registrar réplicas. Além disso, a API (Application Program Interface) do UDDI é utilizada<br />

para fornecer os dados necessários para o registro <strong>de</strong> réplicas <strong>de</strong> serviços Web no repositório.<br />

No estágio <strong>de</strong> execução, o Mediador é utilizado para <strong>de</strong>scobrir grupos <strong>de</strong> réplicas <strong>de</strong> serviços, durante a<br />

fase <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> serviços. Após a criação <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> réplicas, ele realiza testes para <strong>de</strong>terminar qual<br />

serviço será utilizado.<br />

O Mediador interage com o Monitor, configurando-o para a verificação do estado do serviço durante a<br />

sua execução. Nesse estágio, o Monitor é responsável pela <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> erros. Caso isso ocorra, ele interage<br />

com o Mediador para a obtenção <strong>de</strong> uma réplica do serviço.<br />

4.1 Monitor<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O componente Monitor é responsável pela <strong>de</strong>tecção e notificação <strong>de</strong> erros e confinamento. Esse componente<br />

foi estabelecido como uma camada <strong>de</strong> interceptação localizada no lado do cliente.<br />

363


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Ele monitora a execução <strong>de</strong> serviços Web, realiza testes <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> e limite <strong>de</strong> tempo, e analisa<br />

respostas processadas para <strong>de</strong>tectar erros nos serviços. Se um serviço Web apresentar um erro durante sua<br />

invocação ou execução, por exemplo, se ele não aceitar uma requisição, não completar a execução ou<br />

finalizar com uma exceção, o Monitor notifica o Mediador. Em casos <strong>de</strong> erros <strong>de</strong> serviços após a seleção dos<br />

mesmos pelo Mediador, o Monitor po<strong>de</strong> transferir requisições para réplicas obtidas por meio do Mediador, a<br />

fim <strong>de</strong> garantir a não-interrupção do processo.<br />

O componente Monitor, ao intermediar as interações do cliente com o Mediador e o provedor <strong>de</strong> serviço<br />

Web, garante transparência <strong>de</strong> tolerância a falhas e privacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados críticos para o cliente. Ele é<br />

encarregado <strong>de</strong> obter do cliente o tipo <strong>de</strong> serviço Web <strong>de</strong>sejado, juntamente com o método a ser executado e<br />

os parâmetros exigidos para sua execução. Além disso, esse componente invoca o Mediador para realizar o<br />

mapeamento do tipo <strong>de</strong> serviço em uma instância <strong>de</strong> serviço Web disponível.<br />

4.2 Mediador<br />

O componente Mediador é responsável pela gerência <strong>de</strong> réplicas. Ele cria grupos <strong>de</strong> réplicas <strong>de</strong> serviços Web<br />

utilizando o conceito <strong>de</strong> tMo<strong>de</strong>l do padrão UDDI. Serviços Web diversos são agregados por meio do<br />

compartilhamento <strong>de</strong> especificações, incluindo <strong>de</strong>scrições <strong>de</strong> interface WSDL [Clement et al. 2004]. Grupos<br />

são estabelecidos dinamicamente, refletindo a própria dinamicida<strong>de</strong> típica do ambiente Web, em que novos<br />

serviços são continuamente oferecidos e ofertas são interrompidas.<br />

Proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gerência <strong>de</strong> réplicas po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidas no Mediador. Por exemplo, é possível <strong>de</strong>finir a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> réplicas que compõem um grupo, tanto em relação ao número <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> provedores<br />

diferentes quanto em relação ao número <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> acesso <strong>de</strong> um serviço <strong>de</strong> um mesmo provedor. Os tipos<br />

<strong>de</strong> teste que serão aplicados para a seleção <strong>de</strong> réplicas também po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidos. O Mediador também é<br />

responsável por testar serviços Web durante a fase <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> serviços.<br />

5. TRABALHOS RELACIONADOS<br />

Esta seção apresenta trabalhos sobre tolerância a falhas em serviços Web. Em gran<strong>de</strong> parte dos trabalhos a<br />

idéia <strong>de</strong> utilizar mediação na arquitetura <strong>de</strong> serviços Web é compartilhada. Entretanto, eles empregam<br />

técnicas e mecanismos variados <strong>de</strong> tolerância a falhas. Em geral, nesses trabalhos, alguns requisitos <strong>de</strong><br />

SGPN’s não são consi<strong>de</strong>rados, tais como, interoperabilida<strong>de</strong>, transparência, autonomia e privacida<strong>de</strong>.<br />

Em [Dialani et al. 2002], é discutida a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicações <strong>de</strong> gra<strong>de</strong> computacional e <strong>de</strong><br />

computação distribuída serem projetadas com tolerância a falhas para alcançar robustez. Entretanto, a<br />

comunida<strong>de</strong> Web não tem focado nesse aspecto. Essa <strong>de</strong>ficiência influenciou a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> modificações na<br />

camada SOAP com o objetivo <strong>de</strong> oferecer tolerância a falhas por mecanismos <strong>de</strong> checkpointing e rollback. A<br />

arquitetura para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> serviços tolerantes a falhas proposta foca em recuperação <strong>de</strong> erros e,<br />

diferentemente da abordagem apresentada neste artigo, não trata <strong>de</strong> gerência <strong>de</strong> múltiplas cópias <strong>de</strong> serviços.<br />

Assim como na abordagem proposta neste trabalho, a técnica <strong>de</strong> replicação passiva também é explorada<br />

em [Liang et al. 2003]. Para alcançar tolerância a falhas, são propostas alterações nos padrões WSDL e<br />

SOAP para permitir, respectivamente, a especificação <strong>de</strong> réplicas <strong>de</strong> serviços Web e o direcionamento <strong>de</strong><br />

requisições <strong>de</strong> serviços. A proposta aqui apresentada emprega a camada <strong>de</strong> mediação na arquitetura <strong>de</strong><br />

serviços Web, que oferece as funcionalida<strong>de</strong>s necessárias para a gerência <strong>de</strong> réplicas e, portanto, não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> alterações na linguagem para <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> interface e no protocolo para intercâmbio <strong>de</strong> mensagem <strong>de</strong><br />

serviços Web.<br />

Em [Santos et al. 2005], a técnica <strong>de</strong> replicação ativa é adotada. A arquitetura possui um componente<br />

central <strong>de</strong>spachante que contém os mecanismos responsáveis pela gerência <strong>de</strong> réplicas e atua como um<br />

mediador entre clientes e provedores, assim como proposto na arquitetura apresentada neste artigo. Para<br />

tratar do ponto <strong>de</strong> falha representado pelo <strong>de</strong>spachante, a arquitetura possui um componente <strong>de</strong>spachante<br />

backup. Na arquitetura aqui proposta, o Mediador é implementado como um serviço Web, permitindo ao<br />

cliente utilizar diferentes mediadores, do mesmo modo como po<strong>de</strong> utilizar qualquer outro serviço Web. Além<br />

disso, diferentemente da abordagem adotada aqui, que utiliza tMo<strong>de</strong>ls do padrão UDDI para o<br />

estabelecimento <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> réplicas <strong>de</strong> serviços, o componente <strong>de</strong>spachante contém um sistema <strong>de</strong><br />

configuração para a criação <strong>de</strong> grupos.<br />

Uma implementação do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> N-versões para serviços Web é apresentada em [Looker et al. 2005].<br />

364


Nesse mo<strong>de</strong>lo, com o intuito <strong>de</strong> evitar erros proporcionados, por exemplo, por problemas <strong>de</strong> especificação e<br />

implementação, réplicas são <strong>de</strong>senvolvidas como diferentes versões. Na proposta, o stub cliente é<br />

incrementado para permitir ao cliente fornecer uma lista <strong>de</strong> serviços. Da mesma forma que a proposta<br />

apresentada neste artigo, réplicas são <strong>de</strong>finidas por serviços <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong> equivalente, e a exigência <strong>de</strong><br />

N-versões é sustentada pela característica <strong>de</strong> fraco acoplamento da tecnologia <strong>de</strong> serviços Web. Entretanto,<br />

diferentemente da abordagem aqui proposta, a implementação do mo<strong>de</strong>lo apresentada exige que o próprio<br />

cliente obtenha o estado do serviço.<br />

6. CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS<br />

Neste artigo, uma arquitetura <strong>de</strong> serviços Web tolerante a falhas para utilização com SGPN’s foi <strong>de</strong>scrita. A<br />

abordagem que orientou o projeto da arquitetura foi <strong>de</strong>talhada. A abordagem po<strong>de</strong> ser incorporada à<br />

arquitetura tradicional <strong>de</strong> serviços Web com alterações mínimas. A continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> negócio é<br />

garantida pela tolerância a falhas oferecida pela arquitetura.<br />

As principais contribuições <strong>de</strong>ste artigo são uma proposta <strong>de</strong> abordagem para prover tolerância a falhas<br />

para serviços Web consi<strong>de</strong>rando SGPN’s e uma arquitetura <strong>de</strong> serviços Web orientada pela abordagem<br />

sugerida.<br />

Restrições da abordagem e possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalhos futuros são apresentadas a seguir:<br />

• Erros <strong>de</strong> um mesmo serviço Web são <strong>de</strong>tectados antes <strong>de</strong> transferir a requisição para uma réplica.<br />

Um serviço <strong>de</strong> gerência <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço po<strong>de</strong> ser incorporado à arquitetura para que<br />

serviços incorretos possam ser <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rados;<br />

• Um fator que contribui para <strong>de</strong>sestabilizar o sistema é a falta <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> redirecionamento<br />

<strong>de</strong> requisições. Um mecanismo <strong>de</strong> balanceamento <strong>de</strong> carga po<strong>de</strong> ser empregado para evitar que<br />

vários clientes sejam direcionados para uma mesma réplica.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Alonso, G. et al, 2004. Web Services: Concepts, Architectures and Applications. Springer-Verlag, Germany.<br />

An<strong>de</strong>rson, T. and Lee, P. A., 1981. Fault tolerance - principles and practice. Prentice-Hall, UK.<br />

Avizienis, A. et al, 2004. Basic concepts and taxonomy of <strong>de</strong>pendable and secure computing. In IEEE Transactions on<br />

Dependable and Secure Computing, Vol. 1, No. 1, pp. 11–33.<br />

Booth, D. et al, 2004. Web services architecture, W3C working group note, 11-Feb-2004, W3C.<br />

http://www.w3.org/TR/2004/NOTE-ws-arch-20040211/, accessed on 06/2007.<br />

Chinnici, R. et al, 2005. Web services <strong>de</strong>scription language, part 1: core language, version 2.0, W3C working draft, 10-<br />

May-2005, W3C. http://www.w3.org/TR/2005/WD-wsdl20-20050510/, accessed on 06/2007.<br />

Clement, L. et al, 2004. UDDI, version 3.0.2, UDDI spec technical committee draft, 19-Oct-2004, OASIS.<br />

http://uddi.org/pubs/uddi-v3.0.2-20041019.htm, accessed on 06/2007.<br />

Dialani, V. et al, 2002. Transparent fault tolerance for Web services based architectures. Proceedings of the 8th<br />

International Euro-Par Conference on Parallel Processing. London, UK, pp. 889–898.<br />

Gartner, F. C., 1999. Fundamentals of fault-tolerant distributed computing in asynchronous environments. In ACM<br />

Computing Surveys, Vol. 31, No. 1, pp. 1–26.<br />

Hollingsworth, D., 2004. The workflow reference mo<strong>de</strong>l 10 years on. In Workflow Handbook 2004. WfMC, Winchester,<br />

UK.<br />

Liang, D. et al, 2003. Fault tolerant Web service. Proceedings of the Tenth Asia-Pacific Software Engineering<br />

Conference. Washington, USA, pp. 310–319.<br />

Looker, N. et al, 2005. Increasing Web service <strong>de</strong>pendability through consensus voting. Proceedings of the 29th Annual<br />

International Computer Software and Applications Conference Volume 2. Washington, USA, pp. 66–69.<br />

Mitra, N., 2003. SOAP, part 0: primer, version 1.2, W3C recommendation, 24-Jun-2003, W3C.<br />

http://www.w3.org/TR/2003/REC-soap12-part0-20030624/, accessed on 06/2007.<br />

Object Management Group, 2004. Common object request broker architecture: core spec., version 3.0.3, 12-Mar-2004,<br />

OMG. http://www.omg.org/cgi-bin/apps/doc?formal/04-03-12.pdf, accessed on 06/2007.<br />

Santos, G. T. et al, 2005. FtWeb: A fault tolerant infrastructure for Web services. Proceedings of the Ninth IEEE<br />

International EDOC Enterprise Computing Conference. Washington, USA, pp. 95–105.<br />

van <strong>de</strong>r Aalst, W. M. P. et al, 2003. Business process management: A survey. Proceedings of the 1st International<br />

Conference on Business Process Management. Berlin, Germany, pp. 1–12.<br />

365


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

CLASIFICACIÓN DE DOCUMENTOS XML SEGÚN<br />

CRITERIOS DE CALIDAD DE DATOS<br />

Eugenio Verbo, Ismael Caballero<br />

Departamento <strong>de</strong> Investigación y Desarrollo<br />

Indra Software Factory, SLU<br />

Centro Mixto <strong>de</strong> Investigación y Desarrollo UCLM-Indra<br />

Ronda <strong>de</strong> Toledo s/n – 13004 Ciudad Real, España<br />

{emverbo, icaballerom}@indra.es<br />

Coral Calero, Mario Piattini<br />

Grupo <strong>de</strong> Investigación Alarcos<br />

Departamento <strong>de</strong> Tecnologías y Sistemas <strong>de</strong> Información<br />

Centro Mixto <strong>de</strong> Investigación y Desarrollo UCLM-Indra<br />

Paseo <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> 4 – 13071 Ciudad Real, España<br />

{Coral.Calero, Mario.Piattini}@uclm.es<br />

RESUMEN<br />

En los últimos años, XML se ha distinguido como la tecnología preferida para el intercambio <strong>de</strong> datos. Potenciada por las<br />

Arquitecturas Orientadas a Servicios (SOA), su uso ha permitido simplificar el acceso y distribución <strong>de</strong> fuentes<br />

heterogéneas <strong>de</strong> datos. Si bien una <strong>de</strong> sus gran<strong>de</strong>s ventajas es el alto grado <strong>de</strong> interoperabilidad que permite, esta<br />

característica se pue<strong>de</strong> convertir en un inconveniente en caso <strong>de</strong> que se acceda <strong>de</strong> forma incontrolada a las fuentes <strong>de</strong><br />

datos. Para disminuir este riesgo es necesario aplicar principios <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> datos para valorar los orígenes <strong>de</strong> datos y<br />

seleccionar los que mejor se adapten a los requisitos <strong>de</strong> los usuarios que utilizan el sistema. Nuestra propuesta consiste en<br />

la aplicación <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> softcomputing para la valoración <strong>de</strong> características <strong>de</strong> las fuentes <strong>de</strong> datos y, en base a ellas,<br />

clasificarlas <strong>de</strong> acuerdo a una jerarquía <strong>de</strong> criterios pre<strong>de</strong>terminada. De esta forma, sólo los documentos XML que<br />

superen el umbral <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> datos requerido serán usados por el sistema, mejorando la calidad <strong>de</strong>l producto final.<br />

PALABRAS CLAVES<br />

XML, datos <strong>semi</strong>estructurados, calidad <strong>de</strong> datos, lógica difusa.<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

La popularización <strong>de</strong> las Arquitecturas Orientadas a Servicios ha propiciado el auge <strong>de</strong> XML como<br />

tecnología <strong>de</strong> intercambio <strong>de</strong> datos para conseguir la máxima interoperabilidad entre sistemas distribuidos y<br />

heterogéneos. El éxito <strong>de</strong> este tipo <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> fuertemente <strong>de</strong> la calidad <strong>de</strong> los datos que manejen.<br />

En (Strong et al., 1997) se exponen y justifican los diez principales tipos <strong>de</strong> problemas relacionados con la<br />

falta <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> datos. Dos <strong>de</strong> ellos se dan principalmente en sistemas distribuidos: a) múltiples orígenes<br />

<strong>de</strong>l mismo dato producen diferentes valores y b) sistemas distribuidos heterogéneos conducen a la<br />

inconsistencia <strong>de</strong> <strong>de</strong>finiciones, formatos y valores. Ello motiva la necesidad <strong>de</strong> contar con documentos XML<br />

que tengan la suficiente calidad en los datos que se almacenan y comparten. Muchas veces los documentos<br />

vienen <strong>de</strong> fuentes con las que ya se ha tratado, por lo que pue<strong>de</strong> ser posible pre<strong>de</strong>cir la calidad que van a<br />

tener los datos que lleguen. Para ello se hace imprescindible disponer <strong>de</strong> técnicas y herramientas que<br />

permitan una clasificación <strong>automática</strong> <strong>de</strong> un documento XML antes <strong>de</strong> ser utilizado. Esta clasificación se<br />

basará en una serie <strong>de</strong> reglas que <strong>de</strong>berán ser inferidas tras la evaluación <strong>de</strong> numerosos documentos<br />

provenientes <strong>de</strong> la misma fuente. Nuestra contribución consiste en una metodología que permita la<br />

elaboración <strong>de</strong> semejante sistema <strong>de</strong> reglas para la clasificación <strong>de</strong> documentos XML según los criterios o<br />

dimensiones <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> datos elegidos por las diferentes partes interesadas. Para establecer este sistema <strong>de</strong><br />

reglas se necesitan medidas cuantitativas y cualitativas sobre la calidad <strong>de</strong> datos que tiene un documento<br />

366


XML. Para la elaboración <strong>de</strong> este sistema <strong>de</strong> reglas se pue<strong>de</strong> necesitar <strong>de</strong> la opinión <strong>de</strong> muchos expertos.<br />

Dado que estas opiniones son subjetivas, se introduce la imprecisión. Para gestionar estas imprecisiones se<br />

<strong>de</strong>be utilizar la lógica difusa, que permite la agregación <strong>de</strong> diferentes opiniones.<br />

En muchas ocasiones, para po<strong>de</strong>r tener valoraciones <strong>de</strong> datos almacenados en un documento XML es<br />

necesario aportar una serie <strong>de</strong> metadatos que complementen el significado <strong>de</strong> los datos con respecto a la<br />

dimensión <strong>de</strong> calidad que cada parte interesada <strong>de</strong>sempeñando un rol específico necesite evaluar. En (Verbo<br />

et al., 2007) se propone una estructura <strong>de</strong> datos basada en XML Schema, DQXSD, para almacenar<br />

conjuntamente los datos junto con sus correspondientes metadatos.<br />

El resto <strong>de</strong>l artículo sigue la siguiente estructura: en la sección 2 se hace una pequeña introducción al<br />

concepto <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> datos, en la sección 3 se explica el enfoque propuesto para la clasificación difusa <strong>de</strong><br />

documentos XML, y en la sección 4 se presentan una serie <strong>de</strong> conclusiones y líneas <strong>de</strong> trabajo futuro.<br />

2. CONCEPTO Y DIMENSIONES DE CALIDAD DE DATOS<br />

La <strong>de</strong>finición más aceptada <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> datos es “a<strong>de</strong>cuación para su uso” (“fitness for use”): los datos<br />

tienen calidad si sirven para el propósito que se necesita. A la vista <strong>de</strong> esta <strong>de</strong>finición, se <strong>de</strong>duce que la<br />

calidad <strong>de</strong> datos es un concepto subjetivo (<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong>l uso que vaya a hacer cada persona) y<br />

multidimensional (es factible enten<strong>de</strong>r la calidad <strong>de</strong>s<strong>de</strong> distintos puntos <strong>de</strong> vista – al estilo <strong>de</strong>l software con<br />

ISO 9126). A los diferentes puntos <strong>de</strong> vista se les llama dimensiones <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> datos. Estas dimensiones<br />

son ampliamente discutidas y explicadas en la literatura (Lee et al., 2006).<br />

Para po<strong>de</strong>r hacer una gestión a<strong>de</strong>cuada <strong>de</strong> la calidad <strong>de</strong> los datos, es necesario <strong>de</strong>finir medidas para cada una<br />

<strong>de</strong> las dimensiones requeridas para un escenario. La forma en la que se <strong>de</strong>finen las medidas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

fuertemente <strong>de</strong>l método <strong>de</strong> medición que cada parte interesada necesite emplear según sus necesida<strong>de</strong>s: así<br />

una misma dimensión <strong>de</strong> calidad pue<strong>de</strong> tener tantas medidas diferentes como partes interesadas haya en un<br />

escenario. En cualquier caso, las medidas <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> los conjuntos <strong>de</strong> datos pue<strong>de</strong>n clasificarse como<br />

orientadas al mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> datos (suelen ser objetivas) o las orientadas a los propios datos (pue<strong>de</strong>n requerir<br />

metadatos que complementen el significado <strong>de</strong>l dato con respecto a la dimensión <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> datos según la<br />

parte interesada). En (Lee et al., 2006) y en (Batini and Scannapieco, 2006) se dan indicaciones oportunas<br />

sobre cómo <strong>de</strong>finir estas medidas. Estas medidas serán la base para la creación <strong>de</strong>l sistema <strong>de</strong> reglas.<br />

3. CLASIFICACIÓN DIFUSA DE DOCUMENTOS XML<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

El objetivo <strong>de</strong> nuestra propuesta es la construcción <strong>de</strong> un sistema que permita clasificar documentos XML <strong>de</strong><br />

acuerdo a la calidad <strong>de</strong> los datos que contiene. Puesto que la evaluación <strong>de</strong> la calidad <strong>de</strong> datos es un proceso<br />

muy <strong>de</strong>pendiente <strong>de</strong>l dominio <strong>de</strong> aplicación y <strong>de</strong> una subjetividad inherente, <strong>de</strong>be ser capaz <strong>de</strong> manejar<br />

imprecisión y ser configurable para cada contexto en el que se quiera implantar. Las técnicas <strong>de</strong><br />

softcomputing dan soporte a estas necesida<strong>de</strong>s ya que la imprecisión es uno <strong>de</strong> sus principios básicos.<br />

En concreto, para nuestra propuesta nos hemos basado en la técnica <strong>de</strong> tablas <strong>de</strong> repositorios difusos,<br />

propuesta en (Castro-Sánchez et al., 2001) y que ha sido aplicada con éxito en distintos dominios como la<br />

adquisición <strong>de</strong> conocimiento y sistemas <strong>de</strong> ayuda a la <strong>de</strong>cisión. Esta técnica se basa en la utilización <strong>de</strong><br />

opiniones <strong>de</strong> expertos para extraer las características <strong>de</strong>finitorias <strong>de</strong> los documentos que están siendo<br />

clasificados. Después <strong>de</strong> varias iteraciones y mediante el uso <strong>de</strong> la tabla <strong>de</strong> repositorios difusos, explicada<br />

más a<strong>de</strong>lante, se obtiene un sistema <strong>de</strong> reglas que permite diferenciar los documentos utilizados como entrada<br />

<strong>de</strong>l sistema. En nuestro enfoque, estos documentos serán ficheros XML sobre los que se realizarán una serie<br />

<strong>de</strong> mediciones tras las que, <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> aplicar el sistema <strong>de</strong> reglas obtenido anteriormente, se podrá <strong>de</strong>volver<br />

como resultado el nivel <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> datos asignado al documento XML.<br />

El proceso <strong>de</strong> clasificación se divi<strong>de</strong> en las etapas que se <strong>de</strong>scriben a continuación. Para explicar mejor<br />

este proceso, en cada uno <strong>de</strong> estos pasos se dará un ejemplo teórico:<br />

1. I<strong>de</strong>ntificar los niveles <strong>de</strong> calidad en los que se <strong>de</strong>sean dividir los documentos XML, usando por<br />

ejemplo una escala Likert en la que se podrían dividir en documentos <strong>de</strong> calidad “alta”, “media” y<br />

“baja”.<br />

367


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2. Proporcionar casos <strong>de</strong> estudio controlados para el aprendizaje <strong>de</strong>l sistema <strong>de</strong> reglas. Ello requiere<br />

formar un conjunto <strong>de</strong> documentos XML <strong>de</strong> muestra en el que haya al menos dos documentos<br />

para cada nivel <strong>de</strong> calidad. El nivel <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> datos <strong>de</strong> estos documentos se establecerá <strong>de</strong><br />

acuerdo a la experiencia previa <strong>de</strong> los expertos implicados en el proceso, <strong>de</strong> forma que el uso <strong>de</strong><br />

los documentos haya permitido revelar su utilidad para el fin requerido. En nuestro ejemplo<br />

teórico, se podría tener un conjunto <strong>de</strong> muestra formado por seis elementos: dos documentos <strong>de</strong><br />

alta calidad, D1 y D2; dos <strong>de</strong> calidad media, D3 y D4; y dos <strong>de</strong> baja calidad, D5 y D6.<br />

3. Seleccionar un subconjunto aleatorio <strong>de</strong> tres elementos <strong>de</strong> los elementos <strong>de</strong>l conjunto <strong>de</strong> muestra<br />

que todavía no hayan sido distinguidos. Por ejemplo, {D1, D4, D5}.<br />

4. I<strong>de</strong>ntificar una dimensión <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> datos común a los tres documentos <strong>de</strong>l subconjunto que<br />

permita distinguir cada uno <strong>de</strong> ellos, es <strong>de</strong>cir, que el valor <strong>de</strong> la medida <strong>de</strong> la dimensión sea<br />

distinto para cada documento. En (Castro-Sánchez et al., 2001) se propone que esta <strong>de</strong>cisión<br />

que<strong>de</strong> a juicio <strong>de</strong> un experto en el dominio <strong>de</strong> aplicación. No obstante no <strong>de</strong>ja <strong>de</strong> ser un juicio<br />

subjetivo difícil <strong>de</strong> revisar. Para disminuir el grado <strong>de</strong> subjetividad, se propone el uso <strong>de</strong> algunas<br />

<strong>de</strong> las medidas referidas en (Verbo et al., 2007)o. Sin embargo, no se pue<strong>de</strong> obviar la alta<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ncia respecto al dominio <strong>de</strong> aplicación que tiene el criterio a utilizar. Así, por ejemplo,<br />

una noticia <strong>de</strong>portiva pue<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> gran relevancia para un sistema que procese información<br />

<strong>de</strong>portiva, pero tener importancia nula para un sistema <strong>de</strong> análisis bursátil. De esta forma, también<br />

resulta necesario introducir en este paso características <strong>de</strong>pendientes <strong>de</strong>l contexto como, por<br />

ejemplo, el grado <strong>de</strong> fiabilidad <strong>de</strong> una <strong>de</strong>terminada fuente <strong>de</strong> datos.<br />

Como resultado se obtiene la tabla <strong>de</strong> valores para esa característica, que muestra sus distintos<br />

valores difusos. En la Tabla 1 se pue<strong>de</strong>n ver los rangos <strong>de</strong> valores <strong>de</strong>finidos para la medida GCD<br />

(bajo, medio y alto) mientras que en la Figura 1 se pue<strong>de</strong> ver su representación gráfica. La medida<br />

GCD se utiliza para calcular el grado <strong>de</strong> completitud <strong>de</strong> un documento y su <strong>de</strong>finición, que queda<br />

fuera <strong>de</strong>l alcance <strong>de</strong> este artículo, pue<strong>de</strong> ser consultada en (Verbo et al., 2007) junto con las<br />

<strong>de</strong>finiciones <strong>de</strong> otras medidas interesantes para el propósito <strong>de</strong> esta técnica.<br />

Tabla 1. Valores <strong>de</strong> la variable GCD<br />

Bajo Medio Alto<br />

a 0 0,5 0,8<br />

b 0 0,6 0,9<br />

c 0,5 0,8 -<br />

d 0,6 0,9 -<br />

Figura 1. Representación gráfica <strong>de</strong> los valores <strong>de</strong> la variable GCD<br />

Los valores <strong>de</strong> a, b, c y d <strong>de</strong>finen la función trapezoidal habitualmente utilizada para representar valores<br />

difusos. Siendo v el valor continuo <strong>de</strong> la variable a calificar, esta función trapezoidal se <strong>de</strong>fine <strong>de</strong> la siguiente<br />

forma:<br />

368<br />

⎧ 0<br />

⎪(<br />

v − a)<br />

⎪ ( b − a)<br />

⎪<br />

∏(<br />

v;<br />

a,<br />

b,<br />

c,<br />

d)<br />

⎨ 1<br />

⎪(<br />

d − v)<br />

⎪ ( d − c)<br />

⎪<br />

⎩ 0<br />

v < a,<br />

a ≤ v ≤ b,<br />

b ≤ v ≤ c,<br />

c ≤ v ≤ d,<br />

v > d.<br />

(1)


5. Aplicar las medidas sobre cada uno <strong>de</strong> los documentos <strong>de</strong>l conjunto <strong>de</strong> muestra y, en función <strong>de</strong>l<br />

resultado obtenido, asignarles un valor difuso para la característica escogida. Este resultado se<br />

almacena en la tabla <strong>de</strong>l repositorio difuso (Tabla 2).<br />

Tabla 2. Tabla <strong>de</strong>l repositorio difuso tras la introducción <strong>de</strong> la primera variable<br />

D1 D2 D3 D4 D5 D6<br />

GDC Alto Alto Medio Alto Medio Bajo<br />

6. Calcular la distancia entre los distintos elementos <strong>de</strong>l conjunto <strong>de</strong> muestra. Esta distancia consiste<br />

en una función que pue<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida por el propio usuario o también se pue<strong>de</strong> utilizar alguna<br />

otra como la propuesta en (Castro-Sánchez et al., 2001). Aquellos documentos que superen un<br />

umbral pre<strong>de</strong>terminado, serán consi<strong>de</strong>rados diferentes. Los que no lo superen, se consi<strong>de</strong>rarán<br />

similares. El resultado obtenido es la matriz <strong>de</strong> distinciones, que muestra las distancias entre los<br />

resultados obtenidos para cada documento. En la Tabla 3 se pue<strong>de</strong> ver un ejemplo en el que los<br />

pares <strong>de</strong> documentos {D1, D6}, {D2, D6} y {D4, D6} tienen una distancia igual a 1 que es<br />

representada en la tabla con la nomenclatura C1(1), es <strong>de</strong>cir, los documentos <strong>de</strong> cada par son<br />

totalmente diferentes respecto a la medida utilizada que, en este caso, ha sido GCD.<br />

7. Repetir los pasos 3 y 4 hasta que se hayan distinguido todos los documentos.<br />

8. Extraer una serie <strong>de</strong> reglas que mo<strong>de</strong>len el comportamiento <strong>de</strong>l sistema. Son reglas <strong>de</strong>l tipo sientonces.<br />

Por ejemplo, supóngase que se tienen dos medidas, Grado <strong>de</strong> Compleción <strong>de</strong>l<br />

Documento (GCD) y Profundidad Media <strong>de</strong>l Árbol <strong>de</strong> Datos <strong>de</strong> Calidad (DQDT), ambas<br />

<strong>de</strong>finidas en (Verbo et al., 2007), entonces se podría enunciar la siguiente regla:<br />

• SI GCD es alto y DQDT es 4, ENTONCES el documento es <strong>de</strong> calidad “alta”.<br />

Tabla 3. Matriz <strong>de</strong> distinciones <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> la introducción <strong>de</strong> la primera variable<br />

D1 D2 D3 D4 D5 D6<br />

D1 Nil Nil Nil Nil Nil C1(1)<br />

D2 Nil Nil Nil Nil Nil C1(1)<br />

D3 Nil Nil Nil Nil Nil Nil<br />

D4 Nil Nil Nil Nil Nil C1(1)<br />

D5 Nil Nil Nil Nil Nil Nil<br />

D6 C1(1) C1(1) Nil C1(1) Nil Nil<br />

Derivando un conjunto <strong>de</strong> reglas se pue<strong>de</strong> construir un sistema que se encargue <strong>de</strong> clasificar documentos<br />

XML, según las dimensiones <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> datos elegidas como las más significativas para los usuarios.<br />

4. CONCLUSIONES Y TRABAJO FUTURO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

En este trabajo se ha propuesto una metodología para la clasificación <strong>automática</strong> <strong>de</strong> documentos XML según<br />

su calidad <strong>de</strong> datos asociada. Para ello, se han aplicado principios <strong>de</strong> softcomputing para manejar la<br />

imprecisión <strong>de</strong> las características <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> cada documento. Habitualmente, estas técnicas se aplican a<br />

partir <strong>de</strong>l juicio <strong>de</strong> un experto. A pesar <strong>de</strong> que los conocimientos <strong>de</strong>l experto en el campo <strong>de</strong> aplicación son<br />

amplios, éstos no <strong>de</strong>jan <strong>de</strong> ser subjetivos. En la solución propuesta se trata <strong>de</strong> minimizar esta subjetividad<br />

mediante el uso <strong>de</strong> medidas que se aplican sobre los documentos utilizados para diseñar el sistema. No<br />

obstante, la intervención <strong>de</strong> los expertos sigue siendo imprescindible pues es necesaria para la elaboración <strong>de</strong><br />

los rangos difusos <strong>de</strong> las medidas.<br />

Las líneas <strong>de</strong> trabajo futuro se dirigen en primer lugar, a la validación <strong>de</strong>l algoritmo propuesto sobre<br />

documentos reales en distintos contextos <strong>de</strong> uso. Más a<strong>de</strong>lante, por un lado se proce<strong>de</strong>rá a la i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong><br />

las dimensiones <strong>de</strong> calidad <strong>de</strong> datos con mayor impacto en la clasificación, y, por otro, a un refinamiento <strong>de</strong><br />

la metodología mediante su aplicación al mayor número <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> estudio posibles. Aparte <strong>de</strong>l<br />

refinamiento, se preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar los límites <strong>de</strong> los conjuntos difusos usados en el proceso <strong>de</strong><br />

clasificación. Asimismo, posterior a la obtención <strong>de</strong>l conjunto <strong>de</strong> reglas iniciales, sería recomendable<br />

generalizar el conjunto <strong>de</strong> reglas resultante mediante la aplicación <strong>de</strong>l algoritmo propuesto en (Castro et al.,<br />

1999).<br />

369


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

AGRADECIMIENTOS<br />

Esta investigación es parte <strong>de</strong> los proyectos FAMOSO (FIT-340000-2007-71) subvencionado por el<br />

Ministerio <strong>de</strong> Industria, Turismo y Comercio, ESFINGE (TIN2006-15175-C05-05) y CALIPSO (TIN 2005-<br />

24055-E), subvencionados por el Ministerio of Educación y Ciencia.<br />

REFERENCIAS<br />

Batini, C. & Scannapieco, M. n., 2006. Data Quality: Concepts, Methodologies and Techniques, Berlin, Springer-Verlag<br />

Berlin Hei<strong>de</strong>lberg.<br />

Castro-Sánchez, J. J., Castro, J. L. & Zurita, J. M., 2001. Fuzzy Repertory Table: A Method for Acquiring Knowledge<br />

About Input Variables to Machine Learning Algorithm. IEEE Transactions on Fuzzy Systems, 12, 123-139.<br />

Castro, J. L., Castro-Sánchez, J. J. & Zurita, J. M., 1999. Learning maximal structure rules in fuzzy logic for knowledge<br />

acquisition in expert systems. Fuzzy Sets and Systems, 101, 331-342.<br />

Lee, Y. W., Pipino, L. L., Funk, J. D. & Wang, R. Y., 2006. Journey to Data Quality, Cambridge, MA, USA,<br />

Massachussets Institute of Technology.<br />

Strong, D. M., Lee, Y. W. & Wang, R. Y., 1997. 10 Potholes in the Road to Information Quality. IEEE Computer.<br />

Verbo, E., Caballero, I., Fernán<strong>de</strong>z-Medina, E. & Piattini, M., 2007. Data Quality in XML Databases. A Methodology for<br />

Semi-Estructured Database Design Supporting Data Quality Issues. Artículo aceptado para 2th International<br />

Conference on Software and Data Technologies (ICSOFT). Barcelona, Spain.<br />

370


UMA PROPOSTA PARA O DESENVOLVIMENTO DE<br />

MATERIAL DIDÁTICO BASEADO NO PERFIL DO<br />

USUÁRIO<br />

Patrícia B. Scherer Bassani<br />

Centro Universitário Feevale<br />

patriciab@feevale.br<br />

Marine Bello Flores<br />

Centro Universitário Feevale<br />

marine@feevale.br<br />

Marcelo Ritzel<br />

Centro Universitário Feevale<br />

ritzel@feevale.br<br />

Regina <strong>de</strong> Oliveira Heidrich<br />

Centro Universitário Feevale<br />

rheidrich@feevale.br<br />

RESUMO<br />

Este estudo se insere nas pesquisas que vêm sendo realizadas na área <strong>de</strong> educação a distância, enfocando o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> material instrucional para Web, a fim <strong>de</strong> contemplar sujeitos com diferentes necessida<strong>de</strong>s visuais,<br />

auditivas e cognitivas. Busca articular as pesquisas nas áreas <strong>de</strong> Inteligência Artificial e Web Semântica, <strong>de</strong> forma a<br />

propor uma ontologia que oriente a ação <strong>de</strong> um agente capaz <strong>de</strong> perceber as interações entre usuário e o ambiente,<br />

possibilitando a i<strong>de</strong>ntificação do perfil do aluno a distância, especialmente no que se refere a navegabilida<strong>de</strong>, interface e<br />

cognição.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

educação a distância, ontologias, agentes, acessibilida<strong>de</strong><br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O Design Universal (Universal Design), também conhecido como Design para Todos, orienta o <strong>de</strong>sign <strong>de</strong><br />

produtos e <strong>de</strong> ambientes, <strong>de</strong> forma que estes possam ser utilizados pela maioria das pessoas, sem a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação ou <strong>de</strong>sign especializado.<br />

Dos sete (7) princípios básicos do Design Universal, enten<strong>de</strong>-se que alguns <strong>de</strong>vem ser contemplados no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> softwares/ambientes educacionais, que são:<br />

a) uso eqüitativo: refere-se ao fato do software ser útil e po<strong>de</strong>r ser utilizado por pessoas com diversas<br />

capacida<strong>de</strong>s. Deve-se verificar se o software proporciona a mesma forma <strong>de</strong> utilização a todos os usuários<br />

(idêntica sempre que possível; equivalente se necessário) e se ele e evita segregar ou estigmatizar quaisquer<br />

usuários;<br />

b) flexibilida<strong>de</strong> no uso: envolve a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolher a forma da utilização, como, por exemplo,<br />

acesso e uso ao <strong>de</strong>stro ou canhoto, e adaptabilida<strong>de</strong> ao ritmo do usuário;<br />

c) uso simples e intuitivo: o software <strong>de</strong>ve apresentar facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso e fácil compreensão,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da experiência, do conhecimento, das capacida<strong>de</strong>s lingüísticas ou do atual nível <strong>de</strong><br />

concentração do usuário. Sendo assim, torna-se importante eliminar a complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong>snecessária, sendo<br />

coerente com as expectativas e a intuição do usuário, acomodando um amplo leque <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s<br />

371


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

lingüísticas e níveis <strong>de</strong> instrução, além da informação estar organizada <strong>de</strong> forma coerente com a sua<br />

importância;<br />

d) informação perceptível: aborda a questão da comunicação eficaz ao usuário, apresentando a<br />

informação necessária, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente das suas capacida<strong>de</strong>s sensoriais ou das condições ambientais.<br />

Para tanto, po<strong>de</strong> envolver diferentes modos para apresentar informação essencial (pictográfico, verbal, táctil);<br />

maximiza a “legibilida<strong>de</strong>” <strong>de</strong> informação essencial, diferencia os elementos em formas que possam ser<br />

<strong>de</strong>scritas (fazer com que seja fácil dar instruções ou orientações) e é compatível com a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

técnicas ou equipamentos utilizados por pessoas com limitações sensoriais.<br />

Os estudos e normatizações da W3C apontam, que a avaliação da acessibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve perpassar todo o<br />

projeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um ambiente computacional. A implementação <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong><br />

em ambientes colaborativos na Web ampliam as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> “acesso à informação e a interação <strong>de</strong><br />

pessoas portadoras <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s especiais <strong>de</strong> forma inédita”.<br />

As técnicas <strong>de</strong> Inteligência Artificial (IA) têm se constituído em objeto <strong>de</strong> crescente investigação por<br />

parte dos pesquisadores da área <strong>de</strong> informática aplicada à educação, <strong>de</strong>vido, principalmente, às suas<br />

potencialida<strong>de</strong>s, no que se refere ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ambientes <strong>de</strong> ensino-aprendizagem inteligentes.<br />

Ambientes <strong>de</strong> ensino-aprendizagem inteligentes são sistemas que, na interação com o aluno, modificam<br />

suas bases <strong>de</strong> conhecimento através das percepções feitas. Possuem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r e adaptar<br />

estratégias <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> acordo com o <strong>de</strong>sempenho do aluno, e se caracterizam, sobretudo, por construir um<br />

Mo<strong>de</strong>lo Cognitivo <strong>de</strong>sse aluno, através da interação, da formulação e da comprovação <strong>de</strong> hipóteses sobre seu<br />

conhecimento. Possui, contudo, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quar estratégias <strong>de</strong> ensino-aprendizagem ao aluno e à<br />

situação atual (Viccari, 1990). Sendo assim, estes ambientes computacionais têm um gran<strong>de</strong> potencial para<br />

uso pedagógico, uma vez que envolve o usuário/aluno no processo, potencializando alto grau <strong>de</strong> interação.<br />

Por outro lado, enten<strong>de</strong>-se que os estudos na área <strong>de</strong> Web Semântica, especialmente no que se refere a<br />

ontologias, apresentam uma nova proposta <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem, que busca representar e <strong>de</strong>screver a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

um <strong>de</strong>terminado domínio do conhecimento. As ontologias são consi<strong>de</strong>radas um componente fundamental na<br />

Web Semântica, por promoverem padrões <strong>de</strong> estruturação e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> significado dos termos <strong>de</strong> um<br />

domínio do conhecimento e ainda gerarem um meio para <strong>de</strong>screver a semântica <strong>de</strong> documentos Web,<br />

permitindo às aplicações e aos agentes inteligentes fazerem uso <strong>de</strong>ssa semântica (Novello, 2002).<br />

Nesta perspectiva, este estudo busca uma articulação entre as pesquisas nas áreas <strong>de</strong> Inteligência Artificial<br />

e Web Semântica, <strong>de</strong> forma a propor uma ontologia, criando uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecimentos, que oriente a ação<br />

<strong>de</strong> um agente capaz <strong>de</strong> perceber as interações entre usuário e ambiente, <strong>de</strong> forma a i<strong>de</strong>ntificar o perfil do<br />

aluno a distância. Este perfil envolve aspectos relacionados à navegabilida<strong>de</strong>, interface e cognição, <strong>de</strong> forma<br />

a contemplar sujeitos com diferentes necessida<strong>de</strong>s visuais, auditivas e cognitivas.<br />

Este artigo apresenta os resultados parciais <strong>de</strong> um estudo em <strong>de</strong>senvolvimento e busca contribuir com<br />

pontos referenciais para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> material instrucional adaptativo para cursos a distância.<br />

2. WEB SEMÂNTICA E ONTOLOGIAS<br />

Berners-Lee et al. (2001), propõe uma Web em que a informação seja filtrada não só por humanos, mas<br />

também pelas máquinas; uma Web que seja uma extensão da Web atual, a chamada Web Semântica, on<strong>de</strong> as<br />

informações estejam organizadas <strong>de</strong> forma que as máquinas possam, <strong>de</strong> maneira inteligente, integrar<br />

recursos.<br />

Atualmente, a Web está organizada com recursos que não facilitam a busca <strong>de</strong> informações, <strong>de</strong>ixando<br />

para humanos a tarefa <strong>de</strong> filtrá-las. Para melhor filtrar as informações, o W3C (World Wi<strong>de</strong> Web<br />

Consortium), prevê um conjunto <strong>de</strong> padrões que permite, às aplicações, trocarem informações <strong>de</strong> forma<br />

automatizada e inteligente.<br />

Estes padrões po<strong>de</strong>m ser representados em camadas, on<strong>de</strong> cada camada subseqüente esten<strong>de</strong> a<br />

funcionalida<strong>de</strong> e a expressivida<strong>de</strong> das camadas anteriores. A camada <strong>de</strong> ontologia serve para estabelecer um<br />

vocabulário comum e compartilhado, sendo possível trocar informações entre os objetos.<br />

O termo ontologia advindo da filosofia e utilizado por Aristóteles para <strong>de</strong>signar o estudo do ser enquanto<br />

ser, é sugerido por Sowa (2000), para categorizar o que existe ou po<strong>de</strong> existir num <strong>de</strong>terminado domínio do<br />

conhecimento.<br />

372


Atualmente, o termo ontologia vem sendo empregado largamente em Ciência da Computação e, segundo<br />

sua aplicabilida<strong>de</strong>, sua <strong>de</strong>finição assume algumas variantes. Em Inteligencia Artificial (IA) ele foi<br />

apresentado pela primeira vez por Neches et al. (1991): “An ontology <strong>de</strong>fines the basic terms and relations<br />

comprising the vocabulary of a topic area, as well as the rules for combining terms and relations to <strong>de</strong>fine<br />

extensions to the vocabulary”. A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> ontologia mais conhecida foi aquela dada por Gruber (1993):<br />

“An ontology is an explicit specification of a conceptualization”. Já Uschold e Gruninger (1996), a <strong>de</strong>finem<br />

da seguinte maneira: “An ontology is a shared un<strong>de</strong>rstanding of some domain of interest”.<br />

Generalizando, po<strong>de</strong>-se dizer que as ontologias constituiem-se <strong>de</strong> conceitos que associam nomes <strong>de</strong><br />

entida<strong>de</strong>s representando o conhecimento <strong>de</strong>clarativo <strong>de</strong> um domínio. Assim, as ontologias po<strong>de</strong>m ser<br />

utilizadas como uma teoria lógica <strong>de</strong> um domínio <strong>de</strong> conhecimento.<br />

As linguagens <strong>de</strong> representação <strong>de</strong> ontologias são diversas, entre elas <strong>de</strong>staca-se a OWL (Web Ontology<br />

Language), oriunda da linguagem DAML + OIL. OWL permite <strong>de</strong>screver ontologias segundo as normas<br />

<strong>de</strong>finidas pelo W3C, possibilitando a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> classes, relacionamentos e restrições <strong>de</strong><br />

interpretação por meio <strong>de</strong> axiomas. A OWL caracteriza-se por sua robustez ao possuir mais facilida<strong>de</strong>s para<br />

expressar significados e semânticas do que XML, RDF e RDF Schema, embora seja baseada em RDF e RDF<br />

Schema e utilize a sintaxe XML. A OWL é i<strong>de</strong>al no uso <strong>de</strong> aplicações que necessitem processar o conteúdo<br />

<strong>de</strong> informações, ao invés <strong>de</strong> somente apresentar a visualização <strong>de</strong>stas informações. A OWL é dividida em<br />

três sub-linguagens:<br />

a) OWL Lite, que se caracteriza por ser uma linguagem que dá suporte aos usuários que necessitam <strong>de</strong><br />

uma hierarquia <strong>de</strong> classificação e funcionalida<strong>de</strong>s com restrições simples. Ela possui algumas limitações nos<br />

recursos oferecidos, entre eles o uso <strong>de</strong> cardinalida<strong>de</strong>, que apesar <strong>de</strong> estar disponível é restrita a obter<br />

somente os valores 0 ou 1. A OWL Lite torna-se mais fácil <strong>de</strong> ser implementada e faz com que a transição <strong>de</strong><br />

outros mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> vocabulários e taxonomias para OWL seja mais rápida (OWL, 2004);<br />

b) OWL-DL é uma linguagem que dá suporte aos usuários que necessitam <strong>de</strong> um pouco mais <strong>de</strong><br />

expressivida<strong>de</strong> na formalização <strong>de</strong> ontologias (OWL, 2004). A OWL-DL além <strong>de</strong> oferecer todos os recursos<br />

apresentados pela OWL Lite, oferece também outros mecanismos <strong>de</strong> linguagem, como impor algumas<br />

restrições quanto ao uso <strong>de</strong> recursos tais como, uma classe não ser instância e proprieda<strong>de</strong> ao mesmo tempo<br />

(OWL, 2004);<br />

c) OWL Full é a mais expressiva, pois além <strong>de</strong> oferecer todos os vocabulários disponíveis pela linguagem<br />

OWL, não impõe restrição ao uso dos recursos (OWL, 2004), não impondo restrição aos valores das classes,<br />

proprieda<strong>de</strong>s, instâncias e dados (OWL, 2004). Na OWL Full existe a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma classe ser tratada<br />

ao mesmo tempo como instância <strong>de</strong> classe.<br />

A camada <strong>de</strong> ontologias, na Web Semântica, tem como finalida<strong>de</strong> fornecer um padrão bem <strong>de</strong>finido e<br />

estruturado da informação. As ontologias, por serem um conjunto <strong>de</strong> vocábulos estruturados que permitem<br />

explicar a relação entre os diferentes termos evitando ambigüida<strong>de</strong>s, são utilizadas na representação <strong>de</strong><br />

conhecimento. Desta forma, permitem consultas baseadas em conceitos e relacionamentos <strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>terminado domínio do conhecimento.<br />

Neste trabalho, utiliza-se a OWL-DL, uma vez que é suficiente para o domínio a ser formalizado e,<br />

principalmente, por impor restrições quanto ao uso <strong>de</strong> recursos.<br />

3. AGENTES<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Enten<strong>de</strong>-se que um agente é uma entida<strong>de</strong> que trabalha <strong>de</strong> forma autônoma e sem interrupção em um<br />

sistema/ambiente. Segundo Ferreira e Bercht (2000), “agente é uma entida<strong>de</strong> real ou virtual, inserida em um<br />

ambiente sobre on<strong>de</strong> é capaz <strong>de</strong> atuar, dispondo <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> percepção e <strong>de</strong> representação parcial<br />

<strong>de</strong>ste ambiente, po<strong>de</strong>ndo se comunicar com outros agentes e possuindo um comportamento autônomo,<br />

conseqüência <strong>de</strong> suas observações, <strong>de</strong> seu conhecimento e <strong>de</strong> suas intenções com outros agentes. Um agente<br />

raciocina sobre o ambiente, sobre os outros agentes e <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>, racionalmente, qual objetivo <strong>de</strong>ve perseguir e<br />

qual ação <strong>de</strong>ve tomar”.<br />

Um agente <strong>de</strong>ve representar as seguintes características: Autonomia: operar sem intervenção direta <strong>de</strong><br />

humanos, e tem controle sobre suas ações e seu próprio estado interno; Mobilida<strong>de</strong>: locomoção para outros<br />

ambientes; Continuida<strong>de</strong> temporal: funcionar continuamente; Adaptabilida<strong>de</strong>; e Comportamento ou<br />

habilida<strong>de</strong> social: interagir com outros agentes ou humanos.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Entretanto, é importante mencionar outras características ditas mais complexas, como: Reativida<strong>de</strong><br />

(percepção): perceber o ambiente on<strong>de</strong> está, <strong>de</strong>tectando alterações, e respon<strong>de</strong>r em tempo hábil as mudanças<br />

nesse ambiente; Pró-ativida<strong>de</strong>: comportamento encaminhado à objetivos, tomando a iniciativa <strong>de</strong> ação para<br />

cumprir suas metas; Emoção; Processamento <strong>de</strong> linguagem natural.<br />

É importante que se tenha em mente que não é possível representar o conhecimento <strong>de</strong> modo completo e<br />

imutável, o que leva a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se capacitar os agentes com habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r.<br />

Alguns autores (Wooldridge, 1997), divi<strong>de</strong>m tradicionalmente os agentes em três gêneros: agentes<br />

<strong>de</strong>liberativos ou cognitivos, agentes reativos e agentes híbridos.<br />

Os agentes <strong>de</strong>liberativos utilizam a abordagem simbólica da IA e possuem como componentes básicos um<br />

mo<strong>de</strong>lo simbólico do ambiente, uma especificação simbólica das ações disponíveis e um algoritmo <strong>de</strong><br />

planejamento. Um agente tem cognição quando possui uma representação simbólica do mundo e toma suas<br />

<strong>de</strong>cisões consi<strong>de</strong>rando essa representação. Assim, esses agentes são capazes <strong>de</strong> raciocinar a respeito <strong>de</strong> suas<br />

intenções e conhecimentos, criar planos <strong>de</strong> ação e executá-los. Possuem mo<strong>de</strong>los explícitos do mundo<br />

externo, estruturas <strong>de</strong> memória que o permitem manter um histórico <strong>de</strong> ações passadas e fazer previsões <strong>de</strong><br />

ações futuras, e um sistema <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong> cooperação e comunicação.<br />

Os agentes reativos baseiam-se em uma hierarquia reativa, on<strong>de</strong> os agentes são projetados como um<br />

conjunto <strong>de</strong> tarefas executadas <strong>de</strong> forma comportamental. Apesar <strong>de</strong> simples isoladamente, os agentes<br />

reativos têm sua força no trabalho em grupo, o que possibilita que realizem tarefas impossíveis<br />

individualmente (Alvares, 1997). Eles não usam raciocínio simbólico complexo, estruturas <strong>de</strong> memória e<br />

uma representação interna explícita do conhecimento. Assim, não possuem um histórico <strong>de</strong> ações passadas, e<br />

não po<strong>de</strong> haver previsões <strong>de</strong> atos futuros. Esse agente po<strong>de</strong>, apenas, perceber o ambiente externo e, baseado<br />

nos estímulos recebidos, reagir <strong>de</strong> forma pre<strong>de</strong>terminada.<br />

Os agentes híbridos fazem parte <strong>de</strong> uma arquitetura mais recente, que busca conciliar as técnicas<br />

empregadas nos reativos e nos <strong>de</strong>liberativos.<br />

De uma forma geral, os agentes reativos, possuem uma base (tabela) <strong>de</strong> referência para respon<strong>de</strong>r às<br />

ações do sistema, executando-as <strong>de</strong> forma pre<strong>de</strong>terminada, e os agentes cognitivos/<strong>de</strong>liberativos, são vistos<br />

como sistemas <strong>de</strong> intenção, ou seja, possuem estados mentais <strong>de</strong> informação e manipulam o conhecimento.<br />

Enten<strong>de</strong>-se como estados mentais: crença, <strong>de</strong>sejo, conhecimento, intenção, etc., que são representados<br />

internamente nos agentes.<br />

Os agentes po<strong>de</strong>m ser hierarquizados <strong>de</strong> acordo com a principal ativida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>sempenham no sistema.<br />

Algumas das <strong>de</strong>nominações mais comuns para os agentes são agentes colaborativos, agentes <strong>de</strong> interface,<br />

agentes assistentes, agentes <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> informação, e outros.<br />

Po<strong>de</strong>-se notar que, durante o <strong>de</strong>senrolar das ações em um ambiente computacional voltado ao ensino,<br />

tanto o usuário quanto os outros agentes, <strong>de</strong>vem estar cientes das mudanças no espaço do ambiente ao seu<br />

redor, o que caracteriza sua acessibilida<strong>de</strong>.<br />

Os agentes, em geral, têm um conjunto <strong>de</strong> ações que po<strong>de</strong>m ser executadas para modificar o ambiente. A<br />

questão chave é <strong>de</strong>cidir qual ação executar para alcançar os objetivos planejados, dadas <strong>de</strong>terminadas précondições.<br />

No caso <strong>de</strong> um agente puramente reativo, as suas ações são <strong>de</strong>terminadas unicamente pelo estado<br />

atual do ambiente. Outros tipos <strong>de</strong> agente baseiam-se em seu próprio estado interno, além das impressões do<br />

ambiente para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.<br />

Esta pesquisa envolve o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um agente do tipo <strong>de</strong>liberativo. Sua base <strong>de</strong> conhecimentos<br />

tem origem a partir da ontologia proposta. No entanto, a ontologia proposta parte <strong>de</strong> uma base conceitual<br />

elaborada a partir <strong>de</strong> estudos teóricos, para ser ampliada a medida que o agente atua no ambiente, percebendo<br />

novas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interação. Nesta perspectiva, as interações percebidas a partir dos agentes são causa e<br />

conseqüência, buscam na ontologia orientação para suas <strong>de</strong>cisões, bem como as alimentam com percepções<br />

feitas a partir das interações.<br />

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Seguindo as novas tendências das ferramentas <strong>de</strong> informação e comunicação da Web Semântica, os sistemas<br />

<strong>de</strong> ensino Web estão cada vez mais adaptados aos perfis dos usuários (Razmerita, 2003). Na personalização<br />

<strong>de</strong>stes, as ontologias passam a ser cada vez mais utilizadas (Dolog, 2004a, 2004b, 2004c). Em consonância<br />

com a proposta da Web Semântica proposta por Berners-Lee et al. (2001), neste projeto <strong>de</strong> pesquisa<br />

374


propomos o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma ontologia que oriente a ação <strong>de</strong> agentes, <strong>de</strong> forma a contemplar as<br />

interações entre usuários e material instrucional digital, potencializando a usabilida<strong>de</strong> para usuários com<br />

necessida<strong>de</strong>s especiais. Na mo<strong>de</strong>lização <strong>de</strong>sta ontologia será utilizada a linguagem <strong>de</strong> ontologias OWL-DL,<br />

através da ferramenta <strong>de</strong> <strong>geração</strong> <strong>de</strong> ontologias Protégé.<br />

Tendo em vista a construção <strong>de</strong> um sistema que envolve agentes que trocam informações sobre as formas<br />

<strong>de</strong> interação dos usuários, po<strong>de</strong>-se fazer uso <strong>de</strong> uma camada semântica (Visser, 2000), que promova a<br />

comunicação entre os agentes, possibilitando a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> diferenças entre os diversos modos <strong>de</strong><br />

interação dos usuários.<br />

Nesta perspectiva, enten<strong>de</strong>-se que a proposição <strong>de</strong> uma ontologia que oriente a ação <strong>de</strong> um agente capaz<br />

<strong>de</strong> perceber as interações que se constituem entre sujeito-usuário e o meio, constitui importante elemento<br />

para i<strong>de</strong>ntificar o perfil do aluno usuário e possibilita novos referenciais para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> material<br />

instrucional adaptativo <strong>de</strong> forma a contemplar sujeitos com diferentes necessida<strong>de</strong>s físicas (por exemplo:<br />

tamanho <strong>de</strong> letra, leitor <strong>de</strong> tela) e/ou cognitivas. A próxima etapa <strong>de</strong>ste estudo consiste em realizar a<br />

observação dos modos <strong>de</strong> interação dos usuários no uso <strong>de</strong> softwares educacionais, registrando-as e<br />

posteriormente coletando os conceitos que formarão o núcleo da ontologia.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

ALVARES, Luís Otávio Campos; SICHMAN, Jaime Simão, 1997. Introdução aos Sistemas Multiagentes. In: XVI<br />

Jornada <strong>de</strong> Atualização em Informática. Brasilia/DF, Brasil.<br />

BERNERS-LEE, T., HENDLER, J. e LASSILA, O., 2001. The Semantic Web. In: Scientific American. Maio.<br />

COSTA, Marcello Thiry Comicholi da. Uma Arquitetura Baseada em Agentes para Suporte ao Ensino a Distância. Tese<br />

<strong>de</strong> Doutorado. PPGEP, UFSC. Florianópolis/SC, Brasil.<br />

DOLOG, P.; HENZE, N.; NEJDL, W. e Sintek, M., 2004a. Personalization in Distributed e-Learning Environments. In<br />

Proc. of WWW2004 - The Thirteenth International World Wi<strong>de</strong> Web Conference. Maio.<br />

DOLOG, P.; HENZE, N. e NEJDL, W., 2004b. Reasoning and Ontologies for Personalized E-Learning.To appear in<br />

Educational Technology & Society.<br />

DOLOG, P., HENZE, N. NEJDL, W. e SINTEK, M., 2004c. The Personal Rea<strong>de</strong>r: Personalizing and Enriching Learning<br />

Resources using Semantic Web Technologies. In Proc. of AH2004 - International Conference on Adaptive<br />

Hypermedia and Adaptive Web-Based Systems, August, Eindhoven, The Netherlands. Springer Verlag.<br />

FERREIRA, L. F. & BERCHT, M., 2000. Agentes pedagógicos como apoio à avaliação <strong>de</strong> competência técnica em<br />

educação e prática médica em ambientes <strong>de</strong> realida<strong>de</strong> virtual. In: XI Simpósio Brasileiro <strong>de</strong> Informática na Educação.<br />

Maceió/Al, Brasil. Novembro.<br />

GRUBER, T., 1993. A Translation Approach to Portable Ontology Specifications. Knowledge Acquisition, 5(2), 199-<br />

220.<br />

NECHES, R.; FIKES, R. E.; FININ, T.; GRUBER, T R.; PATIL, R.; SENATOR, T. e Swartout, W. R., 1991. Enabling<br />

technology for knowledge sharing. AI Magazine, 12, 35-56.<br />

OWL, 2004. OWL Web Ontology Language Gui<strong>de</strong> < http://www.w3.org/ TR/2004/REC-owl-gui<strong>de</strong>-20040210/#<br />

OwlVarieties> Accesso em: 02 abril. 2007.<br />

NOVELLO, Taisa Carla, 2003. “Ontologias, Sistemas baseados em Conhecimento e Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Banco <strong>de</strong> Dados”.<br />

Disponível em http://www.inf.ufrgs.br/clesio/cmp151/cmp15120021/artigo_taisa.pdf. Acesso : 6/05/2003.<br />

RAZMERITA, L. V., 2003. Modèle Utilisateur et Modélisation Utilisateur dans les Systèmes <strong>de</strong> Gestion <strong>de</strong>s<br />

Connaissances: une Approche fondée sur les Ontologies. l’IRIT Toulouse, France. Tese <strong>de</strong> Doutorado.<br />

SOWA, J., F., 2000. Knowledge Representation: Logical, Philosophical, and Computational. Foundations. Brooks Cole<br />

Publishing Co., Pacific Grove, CA.<br />

VICCARI, Rosa Maria, 1990. Um tutor inteligente para a programação em Lógica – I<strong>de</strong>alização, Projeto e<br />

Desenvolvimento. Coimbra, Portugal. Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra. Tese <strong>de</strong> Doutorado.<br />

VISSER, U.; STUCKENSCHMIDT, H.; VOGELE, T., 2000. Enabling techinologies for interoperability. In U. Visser<br />

and Pundt (EDs): Workshop on the 14th International Symposium of Computer Science for Environmental Protection,<br />

p. 35-46.<br />

WOOLDRIDGE, M., 1997. Agent-Based Computing. Baltzer Journals, September 29, 1997<br />

375


Artigos <strong>de</strong> Reflexão


MERCHANDISING EN INTERNET: NUEVAS TENDENCIAS<br />

DEL MARKETING EN EL PUNTO DE VENTA 1<br />

Carlota Lorenzo Romero<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Castilla-La Mancha<br />

Plaza <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong>, 1. 02071 Albacete (España)<br />

Carlota.Lorenzo@uclm.es<br />

Juan Antonio Mondéjar Jiménez<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Castilla-La Mancha<br />

Facultad <strong>de</strong> Ciencias Sociales<br />

Avenida <strong>de</strong> los Alfares, 44. 16071 Cuenca (España)<br />

JuanAntonio.Mon<strong>de</strong>jar@uclm.es<br />

José Mondéjar Jiménez<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Castilla-La Mancha<br />

Facultad <strong>de</strong> Ciencias Sociales<br />

Avenida <strong>de</strong> los Alfares, 44. 16071 Cuenca (España)<br />

Jose.Mon<strong>de</strong>jar@uclm.es<br />

RESUMEN<br />

La aplicación <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> merchandising comúnmente utilizadas en contextos minoristas convencionales se trasladan<br />

al entorno virtual, con el fin <strong>de</strong> atraer al usuario y proporcionarle una visita cómoda, rápida y entretenida, persiguiendo<br />

como objetivo último incrementar los resultados <strong>de</strong> venta <strong>de</strong> los comerciantes web. En este trabajo se ofrece un estudio<br />

exploratorio sobre la evolución experimentada por las técnicas <strong>de</strong> venta implementadas por los comerciantes en sus<br />

puntos <strong>de</strong> venta físicos tras la aparición y <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> Internet como canal <strong>de</strong> comercio electrónico, dando lugar a la<br />

aparición y <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong>l <strong>de</strong>nominado merchandising virtual o e-merchandising. Partiendo <strong>de</strong> la literatura relacionada<br />

con esta línea <strong>de</strong> investigación, los resultados obtenidos en este estudio indican una perfecta a<strong>de</strong>cuación entre los<br />

elementos que conforman los instrumentos utilizados por el minorista <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> su tienda convencional para atraer al<br />

consumidor y proporcionarle una compra más atractiva, y los elementos que constituyen cada uno <strong>de</strong> los patrones web<br />

que dan lugar a un diseño <strong>de</strong>l punto <strong>de</strong> venta virtual que busca como objetivos una visita rápida, entretenida y usable para<br />

el consumidor que realiza sus compras a través <strong>de</strong> Internet.<br />

PALABRAS CLAVES<br />

Merchandising, e-merchandising, comportamiento <strong>de</strong>l consumidor, patrones web.<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

1. DEL MERCHANDISING AL E-MERCHANDISING: TRASLACIÓN<br />

DEL MARKETING DEL PUNTO DE VENTA AL ENTORNO<br />

INTERNET<br />

Las tiendas virtuales son el máximo exponente <strong>de</strong>l autoservicio, don<strong>de</strong> la ausencia <strong>de</strong> un ven<strong>de</strong>dor físico es<br />

una realidad, por lo cual resulta aún más necesario en este caso el <strong>de</strong>sarrollo intensivo <strong>de</strong> estrategias <strong>de</strong><br />

comunicación capaces <strong>de</strong> persuadir y seducir a los cibercompradores mediante el <strong>de</strong>nominado emerchandising<br />

(Martínez, 2005). El e–merchandising consiste, por tanto, en la integración <strong>de</strong> todas las<br />

acciones <strong>de</strong> comunicación persuasiva y marketing que se <strong>de</strong>sarrollan en el punto <strong>de</strong> venta virtual y que tienen<br />

1 Este trabajo se enmarca <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>l proyecto <strong>de</strong> investigación <strong>de</strong> referencia TC20070056 financiado por el Vicerrectorado <strong>de</strong><br />

Investigación <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Castilla-La Mancha, 2007.<br />

379


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

como objetivo la maximización <strong>de</strong> la rentabilidad a través <strong>de</strong> la generación <strong>de</strong> valor en los clientes y la<br />

gestión <strong>de</strong> la información (Martínez, 2004). Autores como López y López (2001) se refieren al<br />

merchandising virtual entendido como “el conjunto <strong>de</strong> métodos y técnicas que pue<strong>de</strong>n ser utilizados para<br />

optimizar el espacio <strong>de</strong> venta en un entorno <strong>de</strong> realidad virtual”.<br />

Merchandising y e-merchandising conviven, compiten y se complementan. Los consumidores continúan<br />

disfrutando <strong>de</strong> la dimensión social <strong>de</strong> ir físicamente <strong>de</strong> compras y, al mismo tiempo, el atractivo <strong>de</strong> las<br />

tiendas <strong>de</strong> la Red genera nuevas experiencias. En este sentido, cabe preguntarnos sobre las posibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

evolución <strong>de</strong>l autoservicio virtual en comparación con el <strong>de</strong>sarrollo que está experimentando el<br />

merchandising en los puntos <strong>de</strong> venta tradicionales. Por tanto, al igual que se ha experimentado una<br />

progresiva evolución <strong>de</strong>l merchandising en contextos reales <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sus orígenes hasta la actualidad, también<br />

po<strong>de</strong>mos diferenciar distintas etapas evolutivas en el contexto virtual, pese a su reciente resurgimiento<br />

(Martínez, 2005): Merchandising <strong>de</strong> presentación virtual, merchandising <strong>de</strong> gestión virtual, merchandising <strong>de</strong><br />

seducción virtual y merchandising <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lización virtual.<br />

El medio <strong>de</strong> comunicación en sí plantea <strong>de</strong>terminadas limitaciones al <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> la oferta a través <strong>de</strong> la<br />

Red, lo cual dificulta poner en práctica algunas técnicas tradicionales <strong>de</strong> merchandising (cuadro 1). En efecto,<br />

la bidimensionalidad <strong>de</strong> la pantalla, ofrece un espacio limitado para la exposición a la información, a<strong>de</strong>más<br />

<strong>de</strong> per<strong>de</strong>rse ciertas dimensiones reales (e.g., volumen, peso, textura, etc.), que constituyen pistas cognitivas<br />

para el consumidor y puntos <strong>de</strong> referencia en la toma <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiones <strong>de</strong> compra. Asimismo, la tienda virtual<br />

presenta otro tipo <strong>de</strong> limitaciones en comparación con la tienda convencional (Li et al., 1999): Reducción <strong>de</strong>l<br />

impacto <strong>de</strong> la marca cuando la información <strong>de</strong>l producto se presenta en la Red; localización directa hacia las<br />

secciones <strong>de</strong>seadas evitando las distracciones que provoca el merchandising convencional, perdiendo fuerza<br />

por tanto la compra por impulso y la prueba <strong>de</strong> nuevas marcas; dificultad en la percepción <strong>de</strong> ciertos<br />

estímulos sensoriales fácilmente perceptibles en un entorno físico.<br />

Diseño exterior <strong>de</strong>l<br />

establecimiento<br />

Diseño interior <strong>de</strong>l<br />

establecimiento<br />

Merchandising <strong>de</strong> gestión<br />

Cuadro 1. Elementos <strong>de</strong>l merchandising en entornos físicos y virtuales<br />

Elementos <strong>de</strong>l merchandising Elementos <strong>de</strong>l merchandising<br />

convencional<br />

en un establecimiento virtual<br />

Rótulo Nombre <strong>de</strong> dominio<br />

Enlaces con el establecimiento<br />

Entrada al establecimiento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> infomediarios y otras se<strong>de</strong>s<br />

virtuales<br />

Escaparate Escaparate virtual<br />

Trazados y disposición interna <strong>de</strong>l<br />

establecimiento<br />

Estructura <strong>de</strong>l sitio<br />

Disposición y presentación <strong>de</strong>l<br />

surtido<br />

Diseño <strong>de</strong>l catálogo electrónico<br />

Ambientación <strong>de</strong>l punto <strong>de</strong> venta<br />

Técnicas <strong>de</strong> animación<br />

Publicidad en el punto <strong>de</strong> venta<br />

Selección y análisis <strong>de</strong>l surtido<br />

Selección y análisis <strong>de</strong> los<br />

componentes <strong>de</strong>l catálogo<br />

Gestión <strong>de</strong>l espacio <strong>de</strong>l lineal<br />

Organización <strong>de</strong>l catálogo<br />

electrónico<br />

Fuente: Adaptado <strong>de</strong> Rodríguez (2002)<br />

No obstante, como contrapartida existen otros elementos que cobran especial importancia en las<br />

<strong>de</strong>cisiones <strong>de</strong> merchandising en las tiendas virtuales, en concreto:<br />

(1) Diseño exterior <strong>de</strong>l establecimiento<br />

El nombre <strong>de</strong> dominio asignado al establecimiento, constituye un elemento clave para la captación <strong>de</strong><br />

visitantes puesto que es el nombre asignado al establecimiento comercial en la Red, y <strong>de</strong> su notoriedad y<br />

recuerdo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> buena parte <strong>de</strong>l éxito comercial.<br />

De hecho, los hiperenlaces establecidos para acce<strong>de</strong>r a la tienda <strong>de</strong>s<strong>de</strong> otros espacios, así como la difusión<br />

el nombre <strong>de</strong>l dominio <strong>de</strong>ntro y fuera <strong>de</strong> la Red influyen sobremanera en atracción <strong>de</strong> público hacia el<br />

establecimiento, en la imagen que ser creará <strong>de</strong>l mismo y en su posicionamiento.<br />

(2) Diseño interior <strong>de</strong>l establecimiento<br />

Las <strong>de</strong>cisiones a este respecto, que incluyen la ubicación <strong>de</strong> las secciones, la orientación <strong>de</strong> la circulación<br />

<strong>de</strong> los clientes en la tienda, la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> los contenidos a ofrecer y su presentación y diseño en<br />

380


documentos electrónicos, influyen en la imagen que transmite el establecimiento virtual y condicionan el<br />

itinerario <strong>de</strong> navegación <strong>de</strong> los clientes, la velocidad <strong>de</strong> circulación y el tiempo <strong>de</strong> permanencia en la tienda.<br />

Un aspecto a tener en cuenta, es la velocidad en la recuperación <strong>de</strong> los documentos, lo cual constituye un<br />

factor crítico en la presentación <strong>de</strong> la oferta, ya que, <strong>de</strong> acuerdo con las expectativas <strong>de</strong>positadas por los<br />

usuarios en este sistema <strong>de</strong> venta, éste <strong>de</strong>be ofrecerse como un medio rápido, cómodo y ahorrador <strong>de</strong> tiempo.<br />

(3) Merchandising <strong>de</strong> gestión<br />

Tal y como hemos reseñado con anterioridad en relación a este tipo <strong>de</strong> merchandising, hemos <strong>de</strong> remarcar<br />

en este punto que la gestión <strong>de</strong>l surtido en Internet incluye la selección <strong>de</strong> los productos ofrecidos, su<br />

organización en forma <strong>de</strong> catálogo electrónico, el análisis <strong>de</strong> la actividad <strong>de</strong>l servidor que distribuye la<br />

información, la gestión <strong>de</strong>l catálogo y su integración con otros procesos <strong>de</strong> negocio.<br />

Por tanto, teniendo en cuenta este tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiones, el comerciante proce<strong>de</strong> al diseño <strong>de</strong> su<br />

establecimiento virtual para conseguir captar la atención <strong>de</strong>l usuario web a la vez que diferenciarse <strong>de</strong>l resto<br />

<strong>de</strong> empresas que le hacen competencia en la Red, con el objetivo principal <strong>de</strong> provocar estados emocionales<br />

positivos en los individuos que le lleven a permanecer más tiempo en su tienda, recomendarla a otras<br />

personas y, en el mejor <strong>de</strong> los casos, comprar algún producto.<br />

Dentro <strong>de</strong> esta línea <strong>de</strong> investigación, Consolación y Carrió (2005), realizan una recensión bibliográfica<br />

para analizar el concepto <strong>de</strong> merchandising, su evolución y relación con la tecnología, así como la<br />

importancia <strong>de</strong> utilizar sus elementos no solamente en los establecimientos físicos sino también en los<br />

virtuales. Asimismo, valiéndose <strong>de</strong>l caso <strong>de</strong> Caprabo, tratan <strong>de</strong> explicar cómo trasladar las técnicas <strong>de</strong> venta<br />

utilizadas en el contexto físico al entorno online. En este caso, se prima que el proceso <strong>de</strong> compra y la<br />

pasarela <strong>de</strong> pago sean muy sencillos (i.e. i<strong>de</strong>ntificarse como usuario, seleccionar artículos y pasar por caja).<br />

Es preferible un funcionamiento fácil e intuitivo a llamativas presentaciones en flash o funciones<br />

espectaculares. Al respecto, la traslación <strong>de</strong> algunos <strong>de</strong> los elementos que conforman el punto <strong>de</strong> venta físico<br />

al contexto virtual, pue<strong>de</strong> verse <strong>de</strong> manifiesto en el cuadro 2.<br />

Cuadro 2. Traslación <strong>de</strong> los elementos <strong>de</strong> la tienda tradicional a la tienda online<br />

TIENDA TRADICIONAL TIENDA ONLINE<br />

El establecimiento resulta atractivo. El web es vistoso.<br />

El acceso es cómodo, parking, escaleras…<br />

El acceso es rápido y fácil. El registro sencillo y corto.<br />

Tengo ganas <strong>de</strong> permanecer en el establecimiento. El<br />

tiempo se me pasa rápido.<br />

Música.<br />

Circulación por el punto <strong>de</strong> venta.<br />

Disposición <strong>de</strong> los productos.<br />

Información, carteles.<br />

Situar en las cajas los productos <strong>de</strong> compra impulsiva.<br />

No hay colas en caja.<br />

2. CONCLUSIONES<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Me lo paso bien “circulando”.<br />

La tecnología permite incorporar música mientras se<br />

realiza la compra.<br />

El paso por las distintas familias <strong>de</strong> productos es<br />

rápido, y la i<strong>de</strong>ntificación <strong>de</strong> éstas es rápida.<br />

Los productos están dispuestos por categorías y<br />

or<strong>de</strong>nados.<br />

Iconos con información adicional que se activan <strong>de</strong><br />

forma voluntaria.<br />

Antes <strong>de</strong> cerrar la compra visualizar pantalla<br />

recordatorio <strong>de</strong> productos <strong>de</strong> compra impulsiva que se<br />

puedan incorporar a la cesta.<br />

Sistemas <strong>de</strong> pago rápidos con diferentes alternativas.<br />

Fuente: Consolación y Carrió (2005)<br />

A modo <strong>de</strong> conclusión, hemos <strong>de</strong> remarcar la importancia que el diseño <strong>de</strong>l punto <strong>de</strong> venta virtual presenta en<br />

la actualidad. El comerciante virtual cuenta con varias herramientas <strong>de</strong> e-merchandising que ha <strong>de</strong> conjugar<br />

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<strong>de</strong> manera apropiada para crear diseños web que permitan ofrecer al usuario no sólo una navegación cómoda<br />

y rápida sino también entretenida y motivadora, que le produzca experiencias <strong>de</strong> compra satisfactorias que<br />

provoquen comportamientos positivos hacia ese portal <strong>de</strong> venta y, en consecuencia, mejoren los resultados<br />

<strong>de</strong>l comerciante web.<br />

Seguridad, precio, comodidad y rapi<strong>de</strong>z, parecen ser las claves para mantener un establecimiento virtual<br />

en Internet. El mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> establecimiento virtual <strong>de</strong>be mostrar <strong>de</strong> forma clara el objetivo <strong>de</strong> la tienda,<br />

<strong>de</strong>scribir las opciones fundamentales, permitir la orientación intuitiva y, por último, incluir sencillez en los<br />

procesos <strong>de</strong> búsqueda, selección y pago. Y, por supuesto, darse a conocer (Cristóbal, 2006).<br />

Con el fin <strong>de</strong> conseguir un web <strong>de</strong> fácil manejo, en lo que respecta a requerimientos <strong>de</strong> funcionalidad,<br />

usabilidad y diseño gráfico, el establecimiento virtual no sólo ha <strong>de</strong> tener en cuenta los requerimientos<br />

técnicos que supone la elaboración <strong>de</strong>l sitio web, sino que ha <strong>de</strong> nutrirse <strong>de</strong> tal información a través <strong>de</strong> la<br />

experiencia propia <strong>de</strong> los responsables <strong>de</strong> Marketing <strong>de</strong> la empresa, <strong>de</strong> las sugerencias <strong>de</strong> los clientes<br />

obtenidas a través <strong>de</strong> las encuestas telefónicas periódicas <strong>de</strong> satisfacción, benchmarking internacional,<br />

brainstorming y focus group. Una vez recogida toda esta información, es el Departamento <strong>de</strong> Sistemas quien<br />

<strong>de</strong>sarrollará todo el contenido tecnológico necesario para hacer el sitio web (Consolación y Carrió, 2005).<br />

En <strong>de</strong>finitiva, el diseño y la imagen <strong>de</strong> una tienda online pue<strong>de</strong>n ser elementos <strong>de</strong> diferenciación clave<br />

respecto al resto <strong>de</strong> establecimientos virtuales, con el fin <strong>de</strong> proporcionar al usuario la confianza necesaria<br />

para realizar una compra segura, cómoda y fácil. Si bien es cierto, la confianza viene dada en muchas<br />

ocasiones porque el usuario pue<strong>de</strong> acce<strong>de</strong>r previamente a la tienda física, lo cual supone una potenciación <strong>de</strong><br />

la merca, transmisión <strong>de</strong> la imagen <strong>de</strong>l entorno físico al virtual, aprovechamiento <strong>de</strong> los recursos <strong>de</strong><br />

distribución, entre otros. No hemos <strong>de</strong> olvidar al respecto que, a la hora <strong>de</strong> diseñar una tienda online, han <strong>de</strong><br />

tenerse en cuenta otros medios altamente <strong>de</strong>sarrollados en la actualidad y con gran perspectiva <strong>de</strong><br />

crecimiento como por ejemplo, la telefonía móvil con la incorporación cada vez más avanzada <strong>de</strong> Internet en<br />

cada uno <strong>de</strong> los terminales, la televisión digital terrestre, los asistentes personales…lo cual provocará un<br />

incremento sobredimensionado <strong>de</strong>l número <strong>de</strong> usuarios conectados a Internet.<br />

En <strong>de</strong>finitiva, un buen diseño por sí sólo no asegura el éxito rotundo al comerciante virtual, ni tan siquiera<br />

una excelente comunicación con el usuario, pues variables como la confianza, seguridad, entrega <strong>de</strong>l<br />

producto, interactividad, son aspectos especialmente valorados por el consumidor en el momento <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidirse<br />

por realizar finalmente una compra.<br />

REFERENCIAS<br />

Consolación, C. y Carrió, J. 2005. Merchandising tradicional y virtual, Mk Marketing + Ventas, Nº 207, noviembre, pp.<br />

16-20.<br />

Cristóbal, E. 2006. El merchandising en el establecimiento virtual: Una aproximación al diseño y usabilidad, ESIC-<br />

Market, Vol. Enero-abril, pp. 139-163.<br />

Li, H. et al. 1999. The impact of perceived channel utilities, shopping orientations, and <strong>de</strong>mographics on the consumer's<br />

virtual buying behaviour, Journal of Computer Mediated Communication, Vol. 5 Nº 2, pp. 1–20.<br />

López, L. y López, J. 2001. Merchandising virtual: Un reto en la relación entre producto y comprador, Esic Market, Nº<br />

enero-abril, pp. 57–71.<br />

Martínez, I.J. 2004. E-Merchandising. (Citado en Martínez, I.J., 2005).<br />

Martínez, I.J. 2005. La comunicación en el punto <strong>de</strong> venta. Estrategias <strong>de</strong> comunicación en el comercio real y virtual,<br />

ESIC, Madrid.<br />

Rodríguez, I. 2002. Marketing.com y comercio electrónico en la sociedad <strong>de</strong> la información. Pirámi<strong>de</strong> y ESIC, Madrid.<br />

382


E_ReInAc: ELEARNING_REUSABILIDAD,<br />

INTEROPERATIVIDAD Y ACCESIBLIDAD WEB:<br />

ASPECTOS TECNOPEDAGÓGICOS<br />

Mariluz Cacheiro González<br />

Dpto. <strong>de</strong> Didáctica – Facultad <strong>de</strong> Educación – UNED<br />

Covadonga Rodrigo San Juan<br />

Dpto. <strong>de</strong> Lenguajes y Sistemas Informáticos – E.T.S.I. Informática – UNED<br />

Miguel Rodríguez Artacho<br />

Dpto. <strong>de</strong> Lenguajes y Sistemas Informáticos – E.T.S.I. Informática - UNED<br />

RESUMEN<br />

La investigación sobre e-learning ofrece diversidad <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los para el diseño <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> aprendizaje online basados<br />

en criterios <strong>de</strong> reusabilidad, interoperatividad y accesibilidad web. Los trabajos en marcha sobre cada uno <strong>de</strong> estos<br />

aspectos aporta luz en el complejo campo <strong>de</strong>l diseño tecnoeducativo en el que están inmersos los equipos<br />

interdisciplinares en el ámbito académico y profesional <strong>de</strong>l e-learning. La UNED viene promoviendo proyectos <strong>de</strong><br />

innovación docente en los que se preten<strong>de</strong> diseñar escenarios <strong>de</strong> aprendizaje a distancia que cumplan los requisitos que<br />

marcan los estándares internacionales <strong>de</strong> calidad en el e-learning.<br />

PALABRAS CLAVE<br />

e-learning; reusabilidad, interoperatividad, usabilidad, aprendizaje online, formación virtual, diseño pedagógico.<br />

1. PROYECTOS DE INVESTIGACIÓN EN E-LEARNING<br />

A continuación se <strong>de</strong>sglosan los antece<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> este trabajo, los cuales son las activida<strong>de</strong>s y proyectos <strong>de</strong><br />

investigación en los que participa la UNED.<br />

1.1 Proyecto Campus Virtual Avicenna<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

“Avicenna Campus Virtual” [http://avicenna.unesco.org.] es un proyecto <strong>de</strong> cooperación internacional en el<br />

ámbito educativo auspiciado por la UNESCO, financiado por la Comisión Europea <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> la convocatoria<br />

EUMEDIS-sector 5. Su objetivo principal es establecer un campus <strong>de</strong> enseñanza y aprendizaje a distancia a<br />

través <strong>de</strong> e-learning entre 14 instituciones universitarias <strong>de</strong>l área euro-mediterránea, ayudando y favoreciendo<br />

la implantación <strong>de</strong> las nuevas Tecnologías <strong>de</strong> la Informática y las Comunicaciones.<br />

Entre las tareas asumidas por la UNED <strong>de</strong>staca la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> un mo<strong>de</strong>lo pedagógico para el <strong>de</strong>sarrollo<br />

<strong>de</strong> cursos online (Figura 1); y el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong>l prototipo <strong>de</strong> repositorio <strong>de</strong> recursos pedagógicos reutilizables<br />

basado en el estándar LOM v.1.0. (Figura 2).<br />

383


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

CURSO<br />

Estrategias <strong>de</strong> enseñanza Estrategias <strong>de</strong> diseño <strong>de</strong> contenidos<br />

Estrategias <strong>de</strong> aprendizaje<br />

Motivación<br />

Seguimiento<br />

Orientación<br />

Enseñar a apren<strong>de</strong>r<br />

Evaluación<br />

MÓDULOS<br />

Escenarios<br />

Objetivos<br />

Teorías<br />

Activida<strong>de</strong>s<br />

Evaluación<br />

UNIDADES DE<br />

APRENDIZAJE<br />

Intereses<br />

Dedicación<br />

I<strong>de</strong>as para reflexionar<br />

Apren<strong>de</strong>r a apren<strong>de</strong>r<br />

Estudios <strong>de</strong> casos<br />

Activida<strong>de</strong>s<br />

Figura 1. Mo<strong>de</strong>lo Pedagógico Avicenna<br />

Figura 2. Librería Virtual Avicenna<br />

La estructura común propuesta para el diseño <strong>de</strong> las sesiones <strong>de</strong> aprendizaje se ha concretado en los<br />

siguientes apartados y secciones (Figura 3) <strong>de</strong>l interfaz <strong>de</strong> aprendizaje:<br />

I. Introducción: Vi<strong>de</strong>o <strong>de</strong> presentación > Objetivos <strong>de</strong> aprendizaje > Conocimientos previos.<br />

II. Sesiones: Cronograma <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s > Ejercicios resueltos > Tareas > Recursos.<br />

III. Recursos: Contenidos multimedia > Guía <strong>de</strong> estudio > Enlaces a bibliografía y webgrafía<br />

IV. Evaluación: Pretest > Portfolio <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s y tareas > Evaluación <strong>de</strong>l curso<br />

1.2 Entornos Interactivos <strong>de</strong> Enseñanza y Aprendizaje<br />

El Departamento <strong>de</strong> Lenguajes y Sistemas Informáticos <strong>de</strong> la UNED viene trabajando en la configuración <strong>de</strong><br />

entornos interactivos <strong>de</strong> enseñanza y aprendizaje y trabajo colaborativo en el marco <strong>de</strong>l Lenguaje PALO para<br />

la especificación <strong>de</strong> material educativo en línea y actualmente en funcionamiento en la UNED para el soporte<br />

<strong>de</strong> Cursos <strong>de</strong> Enseñanza Abierta en dicho <strong>de</strong>partamento. También, en el ámbito <strong>de</strong> la investigación en<br />

entornos cooperativos, se mejoró la propuesta inicial <strong>de</strong> PALO con la creación <strong>de</strong> plantillas para la<br />

configuración <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s colaborativas y la integración <strong>de</strong> recursos y herramientas (Figura 3).<br />

Figura 3. Práctica interactiva <strong>de</strong> apoyo al laboratorio<br />

Esto se ha hecho en el marco <strong>de</strong> proyecto DiViLAB para el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> un entorno virtual para la<br />

realización <strong>de</strong> prácticas simuladas <strong>de</strong> laboratorio y <strong>de</strong> una base <strong>de</strong> datos <strong>de</strong> compuestos, espectros y fórmulas<br />

(Rodríguez-Artacho y Ver<strong>de</strong>jo, 2004).<br />

384


2. MODELO TECNOPEDAGÓGICO DE SESIONES DE APRENDIZAJE<br />

VIRTUAL<br />

Al diseñar sesiones <strong>de</strong> aprendizaje on-line planteamos <strong>de</strong>sarrollar una metodología <strong>de</strong> diseño<br />

tecnopedagógico basado en la combinación <strong>de</strong> contenidos clave, activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizaje, recursos, tareas,<br />

prácticas <strong>de</strong> seguimiento y sistemas <strong>de</strong> evaluación continua y final que permita optimizar los servicios que<br />

ofrecen las plataformas e-learning (Figura 3).<br />

Figura 3. Funcionalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>l entorno <strong>de</strong> aprendizaje <strong>de</strong>l estudiante<br />

Se preten<strong>de</strong> facilitar a profesores, tutores y estudiantes una integración a<strong>de</strong>cuada <strong>de</strong> los recursos<br />

educativos en la dinámica <strong>de</strong>l aprendizaje virtual.<br />

Como señala la Guía Metodológica para el análisis y calidad <strong>de</strong>l aprendizaje a distancia (ADEIT,2002) la<br />

calidad <strong>de</strong> la oferta educativa a distancia no <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> solo <strong>de</strong> los productos, como el material <strong>de</strong> aprendizaje o<br />

los servicios (feedback permanente), sino también <strong>de</strong> la interacción <strong>de</strong>l estudiante con los contenidos, tareas,<br />

tutores y otros estudiantes.<br />

De esta forma el estudiante pue<strong>de</strong> iniciar sesiones con distintos propósitos: trabajar los contenidos<br />

básicos; realizar tareas que requieren su comprensión y aplicación para la consecución <strong>de</strong> las mismas;<br />

solicitar consejo sobre las posibles vías para iniciar su proceso <strong>de</strong> aprendizaje, etc.<br />

Entre las sugerencias para favorecer una navegación constructiva, (Notess, 2006) propone seleccionar<br />

activida<strong>de</strong>s que no puedan completarse sin aplicación, análisis, síntesis y evaluación.<br />

Los servicios <strong>de</strong> comunicación como los foros proporcionan el escenario para un intercambio y<br />

enriquecimiento permanente cuyos contenidos pue<strong>de</strong>n a<strong>de</strong>más incorporarse en la base <strong>de</strong> recursos a través <strong>de</strong><br />

plataformas <strong>de</strong> gestión <strong>de</strong>l conocimiento.<br />

Cabe <strong>de</strong>stacar como otro <strong>de</strong> los aspectos tecnopedagógicos <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo el equipo <strong>de</strong> diseño se ha centrado<br />

en la usabilidad educativa en estrecha relación con el interfaz <strong>de</strong> aprendizaje <strong>de</strong> sitios web. Como señala<br />

Mayes (1992:18) un objetivo <strong>de</strong>l interfaz es que éste llegue a ser invisible <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el punto <strong>de</strong> vista cognitivo.<br />

Esta facilidad <strong>de</strong> uso permite po<strong>de</strong>r familiarizarse con su funcionamiento básico <strong>de</strong> cara a centrarse en los<br />

contenidos y en la navegación.<br />

Los criterios contemplados por Muelas (2004) en su estudio exploratorio <strong>de</strong> usabilidad web en el área<br />

pedagógica señala: Configuración <strong>de</strong>l aprendizaje (individual y colaborativo); Tipo <strong>de</strong> actividad (<strong>de</strong>clarativa,<br />

procedimental y <strong>de</strong>cisional); y Tipo <strong>de</strong> interacción (simple, compleja y uso <strong>de</strong> herramientas en línea).<br />

3. CONCLUSIONES<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

La enseñanza a través <strong>de</strong> e-learning sigue ofreciendo un campo en constante evolución tecnológica y<br />

pedagógica que requiere <strong>de</strong>l trabajo conjunto <strong>de</strong> los distintos expertos en informática y en educación, para<br />

ofrecer mo<strong>de</strong>los tecnoeducativos para el diseño, <strong>de</strong>sarrollo y evaluación <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> aprendizaje que<br />

logren los objetivos propuestos en los cursos online. En el mo<strong>de</strong>lo tecnopedagógico propuesto los contenidos<br />

se convierten en recursos que <strong>de</strong>ben ser gestionados aprovechando las posibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> los agentes e<br />

385


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

institución participante. Para que estas funcionalida<strong>de</strong>s pedagógicas cumplan su objetivo se requiere que el<br />

interfaz <strong>de</strong> aprendizaje sea a<strong>de</strong>cuado a distintas preferencias <strong>de</strong> estilos <strong>de</strong> enseñanza y aprendizaje.<br />

Entre los proyectos <strong>de</strong> investigación en esta área <strong>de</strong>stacan los centrados en el diseño, <strong>de</strong>sarrollo y<br />

evaluación <strong>de</strong> objetos <strong>de</strong> aprendizaje (González-Arechabaleta, 2005) por parte <strong>de</strong> equipos <strong>de</strong> trabajo<br />

tecnoeducativos. Otra <strong>de</strong> las líneas <strong>de</strong> investigación en marcha es el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> criterios <strong>de</strong> calidad<br />

específicos <strong>de</strong> e-Learning (Pawlowski, 2006).<br />

REFERENCIAS<br />

ADEIT (2002) Meca-ODL-Methodological Gui<strong>de</strong> for the analysis of quality of open and distance learning <strong>de</strong>livered via<br />

internet. Valencia: Fundación <strong>Universidad</strong> Empresa-ADEIT. Proyecto Minerva. http://www.a<strong>de</strong>it.uv.es/mecaodl<br />

[18/07/2007]<br />

González-Arechabaleta, M. (2005). “Cómo <strong>de</strong>sarrollar contenidos para la formación on line basados en objetos <strong>de</strong><br />

aprendizaje”. RED. Revista <strong>de</strong> Educación a Distancia. Número monográfico III.<br />

http://www.um.es/ead/red/M3/gonzalez14.pdf [18/07/2007]<br />

Mayes, J.T.(1992). "The 'M- Word ': Multimedia Interfaces & their role in Interactive Learning System", Edwards,<br />

A.D.N. & Holland, S. (Ed.) Multimedia Interface Design in Education. Berlin: Springer-Verlag. Nato Asi Series F<br />

Vol. 76.<br />

Muelas, E.N. (2004). “Guía <strong>de</strong> usabilidad para sitios web educativos”; en E.N. Muelas: Estudio exploratorio <strong>de</strong> las<br />

condiciones <strong>de</strong> usabilidad <strong>de</strong> sitios web educativos en idioma español <strong>de</strong> acceso libre en Iberoamérica. Madrid:<br />

UNED. Tesis doctoral; pp. 551-560.<br />

Notess, M. (2006) "Deep" Thoughts. Do mandatory online activities help stu<strong>de</strong>nts leave surface-learning behind?; en En<br />

eLearn Magazine. Education and Technology in Perspective<br />

http://www.elearnmag.org/subpage.cfm?section=opinion&article=75-1 [18/07/2007]<br />

Pawlowski, J.M. (2006): ISO/IEC 19796-1: How to Use the New Quality Framework for Learning, Education, and<br />

Training. White Paper, Essen, Germany, 2006. http://cms.eun.org/shared/data/pdf/iso19796-1_summary.pdf<br />

Rodríguez-Artacho, M. y Ver<strong>de</strong>jo, F. (2004) “Mo<strong>de</strong>lling Educational Content: The cognitive Approach of the PALO<br />

Language”; Journal of Educational Technology & Society (vol. 7#3, 2004).<br />

386


BIBLIOTECAS DIGITALES: CONCEPTOS<br />

Gomes, N. F<br />

Departamento <strong>de</strong> Engenharia Informática<br />

Instituto Politécnico da Guarda<br />

6300 Guarda, Portugal<br />

ngomes@ipg.pt<br />

RESUMEN<br />

Las Tecnologías <strong>de</strong> Información y Comunicación (TIC) han revolucionado, a lo largo <strong>de</strong> estas últimas cuatro décadas, el<br />

modo como los hombres se disponen a crear, distribuir y acce<strong>de</strong>r a la información. La tecnología digital está<br />

transformando profundamente el mundo <strong>de</strong> la comunicación, educación, salud y diversión, entre otros. Esta nueva era<br />

está construyendo una nueva sociedad, una sociedad en que el acceso a la información y al conocimiento pasa<br />

obligatoriamente por las re<strong>de</strong>s digitales y sus servicios. Un nuevo mundo que permite que, al alcance <strong>de</strong> un clic, se<br />

acceda a un mundo <strong>de</strong> información. El presente trabajo aborda el tema <strong>de</strong> las bibliotecas digitales y su importancia como<br />

recurso y acceso a la información. Este trabajo tiene como principal objetivo el <strong>de</strong> fomentar el estudio y la<br />

implementación <strong>de</strong> este tipo <strong>de</strong> bibliotecas en las Universida<strong>de</strong>s, analizando sus potencialida<strong>de</strong>s y oportunida<strong>de</strong>s.<br />

PALAVRAS CLAVE<br />

Bibliotecas Digitales; Información, Sociedad <strong>de</strong> Información.<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

La información asume, en los días <strong>de</strong> hoy, un valor y un papel crucial, siendo consi<strong>de</strong>rada agente principal <strong>de</strong><br />

la revolución <strong>de</strong>l siglo XXI. Esta, constituye una materia-prima a partir <strong>de</strong> la cual se crea un producto útil<br />

para las organizaciones, un factor <strong>de</strong> competitividad. La capacidad <strong>de</strong> generar, tratar y transmitir<br />

información, a partir <strong>de</strong> las TIC, es en los días <strong>de</strong> hoy, la primera etapa <strong>de</strong> una ca<strong>de</strong>na <strong>de</strong> difusión que se<br />

completa con su aplicación en el proceso <strong>de</strong> agregación <strong>de</strong> valor a productos y servicios. Las TIC establecen<br />

nuevas oportunida<strong>de</strong>s, creando más competitividad, relaciones sociales sin fronteras e infraestructuras que<br />

permiten el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> los países, posibilitando una competitividad internacional ofreciendo, instrumentos<br />

útiles para las comunicaciones personales y <strong>de</strong> trabajo, para el acceso a base <strong>de</strong> datos y a bibliotecas digitales,<br />

en suma, a todo el tipo <strong>de</strong> información que se encuentre distribuida en las re<strong>de</strong>s digitales. Po<strong>de</strong>mos afirmar<br />

que gran parte <strong>de</strong>l éxito <strong>de</strong> la implementación <strong>de</strong> la Sociedad <strong>de</strong> Información (SI) se <strong>de</strong>be a Internet y toda su<br />

infraestructura, esta red universal abrió las puertas a la difusión <strong>de</strong> la información, en que uno <strong>de</strong> sus<br />

servicios más importantes es el World Wi<strong>de</strong> Web. Las instituciones <strong>de</strong> enseñanza, en cuanto elemento clave,<br />

<strong>de</strong>ben contribuir como entida<strong>de</strong>s dinamizadoras <strong>de</strong> la utilización <strong>de</strong> las re<strong>de</strong>s digitales utilizándolas como<br />

medio <strong>de</strong> transmisión <strong>de</strong> conocimiento científico y cultural. El potencial que las TIC ofrecen a las escuelas<br />

permite y contribuye para una mejora en la calidad <strong>de</strong> la enseñanza, en la preparación para la vida activa,<br />

generalizando la utilización <strong>de</strong> los or<strong>de</strong>nadores y el acceso a las re<strong>de</strong>s electrónicas <strong>de</strong> información. La Unión<br />

Europea ha <strong>de</strong>finido a lo largo <strong>de</strong> los años varias iniciativas <strong>de</strong> apoyo al <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> la SI, atribuyendo<br />

diversas cuantías a programas <strong>de</strong> Investigación y Desarrollo. La iniciativa i2010 es el nuevo marco<br />

estratégico <strong>de</strong> la Comisión Europea por el que se <strong>de</strong>terminan las orientaciones políticas generales <strong>de</strong> la SI y<br />

los medios <strong>de</strong> comunicación. Esta nueva política promueve una economía digital abierta y competitiva. Esta<br />

iniciativa tiene como objetivo trabajar por un enfoque integrado <strong>de</strong> las políticas <strong>de</strong> SI y medios audiovisuales<br />

en la UE. La iniciativa i2010 integra el punto bibliotecas digitales [3] y resulta <strong>de</strong> un pedido efectuado, en el<br />

año <strong>de</strong> 2005, por seis Jefes <strong>de</strong> Estado o <strong>de</strong> Gobierno a la Presi<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong>l Consejo y a la Comisión, para la<br />

creación <strong>de</strong> una biblioteca virtual europea que permitiera hacer accesible a todo el mundo el patrimonio<br />

cultural y científico <strong>de</strong> Europa. La iniciativa sobre bibliotecas digitales propone que los recursos <strong>de</strong><br />

información europeos resulten más fáciles e interesantes <strong>de</strong> utilizar en línea. Esta iniciativa, en suma,<br />

387


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

preten<strong>de</strong> crear una biblioteca digital europea que se centraría en principio en el material <strong>de</strong> dominio público y<br />

que, a nivel <strong>de</strong> la Unión, haría posible que las bibliotecas digitales fuesen una realidad en toda Europa.<br />

2. BIBLIOTECAS DIGITALES<br />

La distribución <strong>de</strong> la información empezó a partir <strong>de</strong> la existencia <strong>de</strong>l hombre en la tierra por la capacidad y<br />

voluntad que éste tiene en comunicar. Primero a través <strong>de</strong> pinturas en pare<strong>de</strong>s, suelos y rocas y<br />

posteriormente, hace cinco mil años, gracias a los sumerios que empezaron a escribir en tablillas <strong>de</strong> arcilla,<br />

los eruditos en rollos y los egipcios en papiros. De acuerdo con [7], el acceso a documentos escritos floreció<br />

en la época <strong>de</strong> la <strong>de</strong>mocracia y <strong>de</strong> la cultura griega; es ahí, según el mismo autor, don<strong>de</strong> encontramos noticias<br />

sobre las primeras bibliotecas. Pero es verda<strong>de</strong>ramente en el siglo XV cuando se <strong>de</strong>sarrolla la imprenta a<br />

través <strong>de</strong> Gutenberg y en la segunda mitad <strong>de</strong>l siglo XVII cuando apareció un nuevo tipo <strong>de</strong> texto impreso.<br />

Complementando al papel, la aparición <strong>de</strong> la imprenta significaría un cambio tecnológico <strong>de</strong> gran<br />

consecuencia, permitiendo, según cita [6], producir libros en cantida<strong>de</strong>s antes nunca previstas y <strong>de</strong> esta<br />

manera dar un paso muy gran<strong>de</strong> en la ten<strong>de</strong>ncia hacia la <strong>de</strong>mocratización <strong>de</strong> la lectura. La Enciclopedia<br />

Británica refiere, según aparece citado en [6], un dato muy importante sobre la evolución <strong>de</strong>l número <strong>de</strong><br />

libros manuscritos en Europa antes <strong>de</strong> la imprenta, que apenas en 50 años y <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> inventada, la<br />

imprenta, ya había más <strong>de</strong> 9 millones <strong>de</strong> libros. La expansión en la producción <strong>de</strong> libros, y según mismo<br />

autor, así como el nuevo interés por los clásicos grecorromanos, comenzará a partir <strong>de</strong>l siglo XII,<br />

especialmente por el papel que entonces empezaban a jugar las universida<strong>de</strong>s, comenzando entonces a<br />

formarse importantes bibliotecas. Según el sitio Web Proyecto Guttenberg, [4], fue en 1971 que Michael Hart<br />

empezó uno <strong>de</strong> los proyectos más conocidos en todo el mundo digital, el proyecto Guttenberg, con una red <strong>de</strong><br />

apenas 32 or<strong>de</strong>nadores, creando la Biblioteca <strong>de</strong> Alejandría en formato digital.<br />

2.1 Biblioteca Digital versus Biblioteca Tradicional<br />

Las bibliotecas, dichas tradicionales, empezaron por utilizar la tecnología <strong>de</strong> los or<strong>de</strong>nadores para mejorar<br />

sus servicios básicos como la catalogación y organización. Con la proliferación <strong>de</strong> las TIC, Internet y re<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> or<strong>de</strong>nadores, estas instituciones pasaron a tener acceso a base <strong>de</strong> datos organizados, dinamizando así la<br />

información disponible. Algunos autores creen que las bibliotecas tradicionales van a <strong>de</strong>jar <strong>de</strong> tener<br />

importancia en un futuro próximo. Los más radicales anuncian el <strong>de</strong>saparecimiento <strong>de</strong> las bibliotecas físicas<br />

y tradicionales y su substitución por un nuevo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> biblioteca, la biblioteca digital. No obstante existe<br />

un otro grupo, conservador, séptico y fuertemente moldado por las tradicionales bibliotecas que se muestran<br />

reluctantes a este nuevo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> biblioteca, rebatiendo su utilidad y eficacia y valorizando la importancia<br />

<strong>de</strong>l libro y <strong>de</strong>l impreso en la transmisión <strong>de</strong>l saber. Varias cuestiones surgen en relación a este tema: ¿Es<br />

posible que las bibliotecas tradicionales vayan a <strong>de</strong>saparecer y darán lugar a un nuevo paradigma <strong>de</strong><br />

biblioteca?; ¿Que será <strong>de</strong>l conocimiento guardado entre las “cuatro” pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> una biblioteca?; ¿Será el<br />

conocimiento redistribuido en formato digital por las nuevas bibliotecas?; ¿Las bibliotecas digitales encarnan<br />

un mo<strong>de</strong>lo nuevo <strong>de</strong> transmisión <strong>de</strong>l saber o apenas representan un nuevo estadio en la evolución <strong>de</strong> las<br />

bibliotecas tradicionales?. Varias serán las respuesta a esta cuestiones; no obstante, una cosa está clara, las<br />

TIC posibilitan la distribución <strong>de</strong>l conocimiento y las bibliotecas digitales no son más que un servicio<br />

asociado a las tecnologías que permiten que esa distribución sea hecha <strong>de</strong> una forma más cómoda y rápida. El<br />

tiempo dirá lo que pasará con las bibliotecas digitales y todo lo que está relacionado con ellas. El II Plan<br />

Estratégico 2007-2010 REBIUN, [8], afirma que el Espacio Europeo <strong>de</strong> Educación Superior <strong>de</strong>be<br />

proporcionar bibliotecas digitales conectadas con el “campus virtual” <strong>de</strong> la universidad <strong>de</strong> forma a apoyar el<br />

<strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> los créditos ECTS en los nuevos estudios <strong>de</strong> grado y postgrado.<br />

2.1.1 Biblioteca Digital Conceptos<br />

Según la Comisión Europea [3] las bibliotecas digitales son colecciones organizadas <strong>de</strong> contenidos digitales<br />

que se ponen a disposición <strong>de</strong>l público. Pue<strong>de</strong>n contener materiales digitalizados, tales como ejemplares<br />

digitales <strong>de</strong> libros y otro material «físico» proce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> bibliotecas y archivos, o basarse en información<br />

producida directamente en formato digital. De acuerdo con el sitio Web sobre bibliotecas digitales, [1],<br />

<strong>de</strong>bemos tener claro qué “no es una biblioteca digital”: no es una biblioteca convencional que dispone <strong>de</strong>l<br />

388


catálogo en línea, aunque este elemento sea imprescindible para el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> una biblioteca digital; no es<br />

una biblioteca convencional que ha digitalizado toda la colección; no es una Intranet; no es la versión<br />

electrónica <strong>de</strong> revistas disponibles en CDROM; no es un catálogo <strong>de</strong> recursos Web. Según la misma fuente,<br />

una biblioteca digital es: una colección organizada <strong>de</strong> datos multimedia que, con métodos <strong>de</strong> gestión, nos<br />

presenta los datos como información y conocimiento; permite el acceso a materiales que pue<strong>de</strong>n ser<br />

manipulados y distribuidos en formatos que la versión original <strong>de</strong>l material no admitiría; es un foro para la<br />

unión <strong>de</strong> colecciones, servicios y gentes que colaboran en el ciclo <strong>de</strong> creación, di<strong>semi</strong>nación, uso y<br />

preservación <strong>de</strong> los datos e información; es una herramienta que nos ayudará a ofrecer servicios a nuestros<br />

usuarios y a organizar nuestra información interna, cuestión crucial para el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> nuestros centros; es<br />

aquélla que aborda la digitalización en función <strong>de</strong> unas necesida<strong>de</strong>s concretas; es, en <strong>de</strong>finitiva, una red <strong>de</strong><br />

datos multimedia y servicios <strong>de</strong> información construida por una organización generadora <strong>de</strong> conocimiento.<br />

La Digital Library Fe<strong>de</strong>ration [2] <strong>de</strong>fine las bibliotecas digitales como las organizaciones que proporcionan<br />

los recursos, por lo que cuentan con el personal especializado para seleccionar, estructurar, ofrecer el acceso,<br />

interpretar, distribuir, preservar la integridad y asegurar la preservación <strong>de</strong> las colecciones digitales, <strong>de</strong><br />

manera que estén disponibles, fácil y económicamente, para el uso <strong>de</strong> una comunidad <strong>de</strong>finida o un conjunto<br />

<strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s.<br />

Una biblioteca digital pue<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida como un repositorio <strong>de</strong> información, don<strong>de</strong> todos sus elementos<br />

se encuentran en formato digital, posibilitando una fácil y rápida consulta. Sus servicios y recursos se<br />

encuentran <strong>de</strong>bidamente organizados, con el objetivo <strong>de</strong> seleccionar, organizar y distribuir información <strong>de</strong><br />

forma eficiente, siendo que la integridad <strong>de</strong> los documentos <strong>de</strong>be ser siempre conservada. Una biblioteca<br />

digital presenta varias ventajas, tales como funcionamiento 24 horas al día, permitiendo el acceso a distancia,<br />

acceso en simultáneo <strong>de</strong> un gran número <strong>de</strong> utilizadores, costes <strong>de</strong> adquisición reducidos, facilidad <strong>de</strong> acceso<br />

a personas con <strong>de</strong>ficiencias físicas, entre muchas otras. Según [5] las razones que pue<strong>de</strong>n llevar una<br />

institución a implementar una biblioteca digital son: cambiar la comunicación <strong>de</strong> las comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

escolares; aumentar la visibilidad institucional; acentuar los talentos <strong>de</strong> individuos; mejor acceso; hacer<br />

conexiones entre recursos; preservar los recursos; aumentar la colaboración.<br />

2.1.2 Bibliotecas Digitales: Propieda<strong>de</strong>s<br />

Para que la utilización <strong>de</strong> las bibliotecas digitales sea posible, y según la Comisión Europea [3], éstas <strong>de</strong>ben<br />

tener la capacidad <strong>de</strong> generalizar y facilitar el acceso a la información a través <strong>de</strong> tres vías principales:<br />

accesibilidad en línea, condición previa para optimizar los beneficios que pue<strong>de</strong>n extraer <strong>de</strong> la información<br />

los ciudadanos, los investigadores y las empresas; digitalización <strong>de</strong> colecciones analógicas para ampliar su<br />

uso en la SI; preservación y almacenamiento para garantizar que las generaciones futuras puedan acce<strong>de</strong>r al<br />

material digital y evitar la pérdida <strong>de</strong> contenidos preciosos. Uno <strong>de</strong> los principales puntos a tener en cuenta<br />

para la creación <strong>de</strong> las bibliotecas digitales es <strong>de</strong>finir claramente ¿A quiénes se dirige?; ¿Cual el propósito<br />

cuando se preten<strong>de</strong> construir una biblioteca digital?; ¿Quien son los usuarios <strong>de</strong> la biblioteca digital (personal<br />

docente, personal investigador, personal <strong>de</strong> administración y servicios, alumnado, usuarios en general,<br />

externos a la Institución, otros)? La creación <strong>de</strong> una biblioteca digital necesita diversos recursos: equipo<br />

tecnológico a<strong>de</strong>cuado; financiamiento; contenidos en diversos soportes; y software. En suma, todas las<br />

instituciones que preten<strong>de</strong>n crear una biblioteca digital <strong>de</strong>berán especificar/planificar claramente los<br />

siguientes puntos: el porqué <strong>de</strong> la biblioteca; ¿quién es el responsable por su manutención?; ¿quiénes son sus<br />

posibles usuarios?; ¿cuáles son los recursos tecnológicos <strong>de</strong> soporte a la biblioteca que se van a utilizar?;<br />

¿qué tipo <strong>de</strong> software va a permitir la gestión <strong>de</strong> las correcciones <strong>de</strong> la biblioteca?; ¿quién o quiénes serán los<br />

responsables por gestionar y crear las colecciones <strong>de</strong> la biblioteca? Según [5] en la implantación <strong>de</strong> una<br />

biblioteca digital es también fundamental que sean <strong>de</strong>finidas políticas locales que permitan establecer:<br />

precisión y distribución <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s; estructura <strong>de</strong>l archivo; control <strong>de</strong>l contenido; <strong>de</strong>finición <strong>de</strong><br />

comunida<strong>de</strong>s, colecciones y usuarios; remisión: quién, cómo, por cuánto tiempo; estándares <strong>de</strong> metadatos;<br />

compromiso institucional; <strong>de</strong>rechos <strong>de</strong> autor y permisos. Una <strong>de</strong> las gran<strong>de</strong>s ventajas <strong>de</strong> la biblioteca digital<br />

es que la información asociada a éstas pue<strong>de</strong> ser diversificada, es <strong>de</strong>cir, una biblioteca digital pue<strong>de</strong> contener<br />

texto, datos numéricos, ilustraciones, fotografías, sonido, ví<strong>de</strong>o, diapositivas, etcétera.<br />

2.1.3 Bibliotecas Digitales: Aspectos Legales<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Existen algunos puntos, aún no mencionados y esenciales según algunos autores, [9] y [3], primordiales para<br />

el correcto funcionamiento <strong>de</strong> una biblioteca digital, los aspectos legales, siendo posiblemente éstos uno <strong>de</strong><br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

los mayores obstáculos para su <strong>de</strong>sarrollo, por lo que es importante que reflexionemos sobre los mismos:<br />

originalidad <strong>de</strong> la información; <strong>de</strong>rechos <strong>de</strong> autor. Digitalizar o copiar pue<strong>de</strong> plantear problemas en el<br />

contexto <strong>de</strong> los <strong>de</strong>rechos <strong>de</strong> propiedad intelectual. La Directiva 2001/29/CE, relativa a la armonización <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminados aspectos <strong>de</strong> los <strong>de</strong>rechos <strong>de</strong> autor y <strong>de</strong>rechos afines a los <strong>de</strong>rechos <strong>de</strong> autor en la SI, prevé una<br />

excepción para los actos específicos <strong>de</strong> reproducción efectuados por bibliotecas, centros <strong>de</strong> enseñanza,<br />

museos accesibles al público o archivos. Con arreglo a la actual legislación comunitaria y a los acuerdos<br />

internacionales, el material resultante <strong>de</strong> la digitalización sólo pue<strong>de</strong> ofrecerse en línea si es <strong>de</strong> dominio<br />

público o si se cuenta con el consentimiento expreso <strong>de</strong> los titulares <strong>de</strong> los <strong>de</strong>rechos.<br />

3. CONCLUSIONES<br />

El mundo digital continúa siendo una puerta abierta <strong>de</strong> nuevas oportunida<strong>de</strong>s en todas las áreas. Su evolución<br />

vertiginosa permite que las personas conquisten nuevos conocimientos <strong>de</strong> una forma más fácil y rápida. Cabe<br />

a las Universida<strong>de</strong>s ayudar en el proceso <strong>de</strong> creación y di<strong>semi</strong>nación <strong>de</strong> la información, el uso <strong>de</strong> las TICs, la<br />

adaptación a la SI y la adquisición <strong>de</strong>l conocimiento. Es <strong>de</strong> tal or<strong>de</strong>n reconocida la relevancia <strong>de</strong> la<br />

información que en todo el mundo se están movilizando fuerza para que el acceso a la información sea libre,<br />

Acceso Libre. En los días <strong>de</strong> hoy el movimiento <strong>de</strong> acceso libre al conocimiento y a la cultura se ha<br />

convertido en un movimiento <strong>de</strong> dimensión mundial con seguidores en diferentes sectores <strong>de</strong> la sociedad,<br />

permitiendo crear en estas últimas décadas nuevos conceptos y movimientos. Movimientos esos que<br />

correspon<strong>de</strong> fundamentalmente al acceso <strong>de</strong> la información y a todo el valor que <strong>de</strong> este pueda crear. Los<br />

repositorios <strong>de</strong> información, como son las bibliotecas digitales, son cada vez más consi<strong>de</strong>rados fuentes <strong>de</strong><br />

enriquecimiento personal y comunitario. Las bibliotecas digitales permiten fácilmente, y <strong>de</strong> una forma<br />

organizada, acce<strong>de</strong>r a través <strong>de</strong> las TICs a un valioso conjunto <strong>de</strong> información. Ejemplo <strong>de</strong> esto es el anuncio<br />

<strong>de</strong> la iniciativa <strong>de</strong> Google <strong>de</strong> digitalizar 15 millones <strong>de</strong> libros conservados en cuatro gran<strong>de</strong>s bibliotecas <strong>de</strong><br />

Estados Unidos y una <strong>de</strong> Europa, lo que ha venido a subrayar la importancia <strong>de</strong> las bibliotecas digitales. Si se<br />

lleva a la práctica según lo previsto, esta iniciativa superará con mucho los esfuerzos emprendidos a nivel<br />

nacional en cualquiera <strong>de</strong> los Estados miembros. También en otras partes <strong>de</strong>l mundo se están acelerando los<br />

trabajos <strong>de</strong> digitalización. En India y China, por ejemplo, existen ambiciosos programas <strong>de</strong> digitalización<br />

referidos a material en distintas lenguas. Tenemos por lo tanto que referir que cuando hablamos <strong>de</strong> una<br />

biblioteca digital po<strong>de</strong>mos hablar <strong>de</strong> la transformación/adaptación <strong>de</strong> una biblioteca física en una biblioteca<br />

digital, con todo lo que esto envuelve (digitalizar libros, convertir los recursos humanos, etc.) o en la creación<br />

<strong>de</strong> una biblioteca digital, repositorio <strong>de</strong> información, que tiene como objetivo gestionar los trabajos <strong>de</strong><br />

investigación <strong>de</strong> sus investigadores y alumnos.<br />

REFERENCIAS<br />

BD (2006), “Biblioteca Digital”. Extraído el 23/03/06 <strong>de</strong>l sitio Web http://www.biblioteca-digital.org/pages/1fr.htm<br />

DLF (2006), “Digital libraries”. Consultado el 10/01/07 <strong>de</strong> sitio Web <strong>de</strong> la Fe<strong>de</strong>ración Digital <strong>de</strong> Bibliotecas<br />

www.diglib.org/<br />

EU (2007), “i2010: a socieda<strong>de</strong> da informação e os media ao serviço do crescimento e do emprego”. Consultado el<br />

01/02/07 <strong>de</strong>l sitio Web http://europa.eu/scadplus/leg/pt/cha/c11328.htm<br />

Gutenberg (2006), “The History and Philosophy of Project Gutenberg by Michael Hart”, Guttenberg Project in<br />

http://www.guttenberg.org<br />

Hixson, C. (2006) “Los repositorios institucionales: una oportunidad para la difusión <strong>de</strong>l conocimiento” Servicio <strong>de</strong><br />

Biblioteca Digital y Metadatos - University of Oregon Libraries. Consultado el 20/11/06 <strong>de</strong>l sitio Web<br />

https://scholarsbank.uoregon.edu/dspace/handle/1794/2998<br />

Pare<strong>de</strong>s, J. (2003) “Libro y lectura en la era digital. El gran <strong>de</strong>safío <strong>de</strong> la educación actual”. Consultado el 12/11/06 <strong>de</strong>l<br />

sitio Web Monografías http://www.monografias.com/trabajos13/librylec/librylec.shtml<br />

Quirós, G.; Martín, K. (2006), “El templo <strong>de</strong>l saber: Hacia la biblioteca digital universal”, Ediciones Deusto, Barcelona.<br />

REBIUN (2007), “Red <strong>de</strong> Bibliotecas Universitarias”. Consultado el 10/01/07 <strong>de</strong>l sitio Web Red <strong>de</strong> Bibliotecas<br />

Universitarias Españolas www.crue.org/rebiun/PlanEstrategico.pdf<br />

Rodrigues, E. (2006), “Poniendo en práctica el acceso libre a la literatura científica: El repositorio Institucional y la<br />

política <strong>de</strong> auto-archivo <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> do Minho”, 3as Jornadas Bibliotecas <strong>de</strong>l CSIC: Las bibliotecas científicas<br />

en el entorno digital. Consultado el 02/01/2007 <strong>de</strong>l sitio Web Repositório <strong>Universidad</strong> do Minho:<br />

https://repositorium.sdum.uminho.pt/<br />

390


ESTRATEGIA COLABORATIVA Y DE CONOCIMIENTO<br />

PARA LA IGUALDAD DE GÉNERO<br />

Prof. Dr. Fernando Giner<br />

Área Dirección <strong>de</strong> Empresas. Facultad <strong>de</strong> Ciencias Económicas y Empresariales.<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Alcalá. Madrid.<br />

RESUMEN. Las TIC, en especial las que componen la Web 2.0 han revelado su eficacia como instrumentos para<br />

fomentar la colaboración y el intercambio <strong>de</strong> conocimiento. Aportamos un trabajo <strong>de</strong> investigación y <strong>de</strong>sarrollo que tiene<br />

como objetivo favorecer la igualdad <strong>de</strong> género en las mujeres mediante la creación <strong>de</strong> una estrategia colaborativa que se<br />

articula en torno a un “parque virtual empresarial”. El conjunto <strong>de</strong> necesida<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ntificadas, en las fases <strong>de</strong> análisis y<br />

benchmarking, llevaron a diseñar, para luego implantar con tecnología Microsoft, 7 funcionalida<strong>de</strong>s colaborativas y 6<br />

funcionalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transmisión <strong>de</strong> conocimiento. No se pue<strong>de</strong>n aportar conclusiones <strong>de</strong>finitivas respecto al modo y forma<br />

en el que el espacio virtual ha mejorado la colaboración y la transmisión <strong>de</strong>l conocimiento, y en consecuencia favorecido<br />

la igualdad <strong>de</strong> género, toda vez que el proyecto se encuentra en fase <strong>de</strong> implantación.<br />

PALABRAS CLAVE: igualdad <strong>de</strong> género, estrategia, conocimiento, Web 2.0, colaboración, plataforma colaborativa<br />

1. ANTECEDENTES<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

El objeto <strong>de</strong>l trabajo es trasmitir la experiencia, en un proyecto <strong>de</strong> investigación y posterior <strong>de</strong>sarrollo e<br />

implantación, para mejorar la colaboración y transmisión <strong>de</strong>l conocimiento en favor <strong>de</strong> la igualdad <strong>de</strong> género.<br />

El objetivo <strong>de</strong>l proyecto es crear un espacio colaborativo y <strong>de</strong> transmisión <strong>de</strong>l conocimiento para 250<br />

mujeres que componen la Fe<strong>de</strong>ración Española <strong>de</strong> Mujeres Directivas, Ejecutivas, Profesionales y<br />

Empresarias (FEDEPE. http://www.mujeresdirectivas.es/)<br />

Se entendió, que las nuevas tecnologías podían ser un medio eficaz para incrementar la colaboración y<br />

transferencia <strong>de</strong>l conocimiento, tanto entre las mujeres asociadas como en aquellas otras que aún no lo eran,<br />

pero estaban en el mundo laboral o se iban a incorporar al mismo.<br />

La figura 1 presenta las 6 fases <strong>de</strong>l plan <strong>de</strong> proyecto, las activida<strong>de</strong>s principales que se realizan en cada<br />

una <strong>de</strong> ellas y los resultados previstos a obtener.<br />

Figura 1. Plan <strong>de</strong> proyecto, activida<strong>de</strong>s principales y resultados a obtener<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Los resultados <strong>de</strong> las fases 1 y la 2 arrojaron la conveniencia <strong>de</strong> crear un PARQUE EMPRESARIAL<br />

VIRTUAL DE LAS MUJERES, adoptándose una estrategia <strong>de</strong> portales para favorecer los procesos <strong>de</strong><br />

colaboración e intercambio <strong>de</strong>l conocimiento en favor <strong>de</strong> la igualdad <strong>de</strong> género. El proyecto, iniciado en<br />

noviembre 2006, se encuentra en la fase 4, con un 68% <strong>de</strong> avance y concluirá en noviembre 2007.<br />

2. RESULTADOS DE LA FASE 1. ANÁLISIS SITUACIÓN Y<br />

NECESIDADES<br />

Para i<strong>de</strong>ntificar las necesida<strong>de</strong>s no atendidas se realizó una encuesta a las 250 mujeres asociadas a FEDEPE.<br />

La encuesta <strong>de</strong>bía encontrar los “huecos” para crear un nuevo entorno virtual colaborativo (Parque<br />

Empresarial Virtual <strong>de</strong> las Mujeres).La encuesta se diseño en la primera semana <strong>de</strong> noviembre 2006, con 32<br />

preguntas, 17 <strong>de</strong> las cuales eran cerradas y el resto abiertas Se realizó la labor <strong>de</strong> campo entre el 20.11.2007 y<br />

el 15.01.2008. Se recibieron 73 respuestas, un 29,20% <strong>de</strong> las encuestadas.<br />

El resultado <strong>de</strong>l análisis así como el impacto estimado queda reflejado en la tabla número 1.<br />

Tabla 1. Resultados encuesta<br />

%<br />

COINCIDENCIA<br />

RESULTADO IMPACTO<br />

73 Ausencia <strong>de</strong> espacios colaborativos on Dificulta el intercambio, la interacción y la<br />

line<br />

realización <strong>de</strong> trabajos en colaboración<br />

82 Ausencia espacios <strong>de</strong> contacto on line Dificulta el intercambio <strong>de</strong> opinión o ayuda on line<br />

95 Ausencia espacios <strong>de</strong> auxilio on line Dificulta la petición ayuda urgente<br />

87 Ausencia escaparate productos on line Imposibilita mostrar productos o servicios al exterior<br />

91 Ausencia escaparate profesional on<br />

line<br />

Dificulta el “exteriorizar” logros profesionales<br />

97 Ausencia canal empleo on line Facilitaría el reclutamiento <strong>de</strong> profesionales<br />

98 Falta <strong>de</strong> espacios virtuales para Dificulta el aprendizaje<br />

localizar conocimiento<br />

En síntesis, se pue<strong>de</strong> afirmar que las necesida<strong>de</strong>s manifestadas como no cubiertas eran <strong>de</strong> dos tipos.<br />

Ausencia <strong>de</strong> espacios virtuales <strong>de</strong> colaboración y ausencia <strong>de</strong> espacios virtuales en los que compartir y<br />

transferir el conocimiento. Estas ausencias tenían un fuerte impacto en la interacción, intercambio y<br />

aprendizaje llevado a cabo por parte <strong>de</strong> las mujeres.<br />

3. RESULTADOS DE LA FASE 2. BENCHMARKING PORTALES<br />

Simultáneamente con la fase anterior, y en similar periodo, se procedió analizar lo qué ofrecían los portales<br />

<strong>de</strong> mujeres en castellano. Se encontraron seis portales dignos <strong>de</strong> análisis. El resultado <strong>de</strong> dicho análisis se<br />

presenta en la tabla número 2.<br />

El benchmarking realizado arroja las siguientes conclusiones:<br />

• Los 6 portales presentan información hacia afuera. Permiten por lo tanto el acceso <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el exterior.<br />

No lo restringen a las asociadas.<br />

• Solo 2 portales ofrecen herramientas colaborativas dignas <strong>de</strong> interés. Universia y el <strong>de</strong> Mujeres<br />

Argentinas, Iberoamericanas y Mercosur.<br />

• Todos, salvo el portal <strong>de</strong> Mujeres Empren<strong>de</strong>doras, ofrecen abundante información sobre temas <strong>de</strong><br />

actualidad relacionados con la igualdad <strong>de</strong> género, pero no constituyen bases <strong>de</strong>l conocimiento.<br />

• Solo el portal <strong>de</strong> Mujer y Negocio tiene directorio <strong>de</strong> empresas.<br />

• El portal <strong>de</strong> Red <strong>de</strong> Empresarias es el único que ofrece un directorio <strong>de</strong> servicios y productos.<br />

• Ninguno <strong>de</strong> ellos contiene una base <strong>de</strong>l conocimiento que proporcione información, almacenada y<br />

clasificada, en torno a los temas que puedan interesar a las mujeres (tanto profesionales como no) y<br />

sobre la igualdad <strong>de</strong> género.<br />

392


PORTAL Portal <strong>de</strong>l Instituto <strong>de</strong> la<br />

Mujer<br />

URL http://www.soyempresaria.com<br />

/aplicacion/AF.php?clave_f=so<br />

yemp<br />

ANÁLISIS<br />

RESULTA<br />

DO<br />

Hacia afuera, informativo, poco<br />

colaborativo y con poco<br />

contenido formativo. Sin<br />

directorio empresas. Si con guía<br />

empresas. Zona privada oferta<br />

servicios.<br />

PORTAL Portal <strong>de</strong> mujer y negocio<br />

URL http://www.mujerynegocios.co<br />

m/<strong>de</strong>fault1.htm<br />

ANÁLISIS Hacia afuera, bien estructurado.<br />

RESULTA Sin elementos colaborativos.<br />

DO Bastante información. Si<br />

directorio <strong>de</strong> empresas<br />

4. MODELO PROPUESTO<br />

Portal Universia<br />

http://www.mujeres.universia<br />

.es/<br />

Hacia afuera, bien<br />

estructurado, ofrece elementos<br />

colaborativos e informativos.<br />

Proporciona noticias. No<br />

ofrece directorio <strong>de</strong> empresas<br />

Red <strong>de</strong> empresarias<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

http://www.re<strong>de</strong>mpresarias.c<br />

om/ecm.php<br />

Hacia afuera. Es directorio<br />

servicios y productos. Sin<br />

contenido formativo. Si con<br />

noticias. Sin elementos<br />

colaborativos<br />

Tabla 2. Resultados benchmarking portales colaborativos mujeres<br />

Portal <strong>de</strong> las mujeres<br />

argentinas, iberoamericanas y<br />

Mercosur<br />

http://www.agenda<strong>de</strong>lasmujeres.com<br />

.ar<br />

Hacia afuera, relativamente<br />

estructurado, ofrece elementos<br />

colaborativos y abundante<br />

información. No ofrece directorio <strong>de</strong><br />

empresas<br />

Mujeres Empren<strong>de</strong>doras<br />

http://www.3ie.cl/Inicio/Noticia/Ve<br />

rNoticia/82<br />

Hacia afuera. Informa <strong>de</strong> i<strong>de</strong>as<br />

innovadoras. Poca colaboración. Sin<br />

contenidos formativos. Sin noticias<br />

Al objeto <strong>de</strong> favorecer una estrategia que aumentasen sensiblemente las acciones colaborativas y <strong>de</strong><br />

conocimiento entre mujeres, y a la vista <strong>de</strong> los resultados <strong>de</strong> la encuesta a las 250 asociadas y <strong>de</strong>l<br />

benchmarking sobre seis portales, se propueso el mo<strong>de</strong>lo que recoge la figura 2. El mo<strong>de</strong>lo que refleja la<br />

mencionada figura es el resultado <strong>de</strong> la fase 3 (diseño <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo portal –parque empresarial virtual-) que se<br />

realizó entre el 5.02.2007 y el 25.04.2007.<br />

El parque empresarial virtual se estructura como un espacio <strong>de</strong> colaboración, intercambio y <strong>de</strong><br />

conocimiento. Tiene 5 partes totalmente diferenciadas:<br />

• La <strong>de</strong> cabecera. Destinada a logos, lemas y buscador <strong>de</strong>l site.<br />

• La izquierda. Contempla todo lo colaborativo (blog, foro, chat, s.o.s, la tienda, premios Fe<strong>de</strong>pe, bolsa<br />

trabajo).<br />

• La superior. Destinada al intercambio <strong>de</strong>l conocimiento acumulado y organizado (formación, legal,<br />

financiación, igualdad <strong>de</strong> género, mejores prácticas y empren<strong>de</strong>r en femenino).<br />

• La central. Destinada a dar visibilidad a las profesionales y a sus empresas, mediante los directorios.<br />

• La inferior. Se reserva para banners publicitarios o empresas colaboradoras.<br />

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Con respecto a los permisos y accesos se configuran dos zonas diferentes. Zona <strong>de</strong> visionado libre, tanto<br />

para asociadas a FEDEPEDE como no asociadas: blog, tienda, premios FEDEPE, bolsa trabajo, formación,<br />

legal, financiación, igualdad <strong>de</strong> género, mejores prácticas, empren<strong>de</strong>r en femenino, directorio empresas. Se<br />

produce con ello un espacio virtual colaborativo y <strong>de</strong> conocimiento amplio que extien<strong>de</strong> la experiencia y<br />

comparte con el exterior. Y zona restringida a asociadas a FEDEPE: tienda (incorporar ofertas) y publicar<br />

contenidos en: blog, foro, chat, s.o.s., formación, legal, financiación, igualdad <strong>de</strong> género, mejores prácticas,<br />

empren<strong>de</strong>r en femenino, premios Fe<strong>de</strong>pe, directorio empresas, directorio empresarias y directorio directivas y<br />

profesionales. De esta forma la gestión <strong>de</strong> contenidos queda en manos <strong>de</strong> las asociadas a FEDEPE, pero el<br />

visionado y la colaboración es “libre” abierta al universo mujeres.<br />

Figura 2. Portal propuesto para favorecer estrategias <strong>de</strong> colaboración e intercambio conocimiento<br />

El portal en construcción <strong>de</strong>s<strong>de</strong> primeros <strong>de</strong> mayo con los productos tecnológicos: Microsoft Windows<br />

Server 2003 como infraestructura <strong>de</strong> base y administrador <strong>de</strong> usuarios, Microsoft SQL Server 2005 como<br />

base <strong>de</strong> datos, Microsoft Share Point Portal Server 2007 como software <strong>de</strong> colaboración y gestión <strong>de</strong><br />

contenidos, Microsoft Internet Explorer 6 o superior como entorno <strong>de</strong> navegación y Microsoft Visual Studio<br />

2005 como entorno <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo.<br />

5. CONCLUSIONES<br />

Aún no habiendo podido evaluar la satisfacción final <strong>de</strong> las clientas, el Parque Empresarial Virtual viene a<br />

cubrir un hueco significativo importante en el ámbito <strong>de</strong> la:<br />

• Colaboración y la interactuación entre las mujeres que concurran al espacio virtual. Hay 7 espacios<br />

<strong>de</strong>dicado a ello.<br />

• Intercambio <strong>de</strong> conocimiento. Las mujeres que concurran al espacio virtual podrán encontrar<br />

bibliotecas <strong>de</strong> conocimiento acumulado en torno a la igualdad <strong>de</strong> género y progreso <strong>de</strong> la mujer. Hay<br />

6 espacios virtuales <strong>de</strong>dicados a ello.<br />

Significar que el Parque Empresarial Virtual crecerá en la medida en que las mujeres que concurran al<br />

mismo lo hagan crecer. Aporten interacción, información y conocimiento. En este proyecto hemos puesto<br />

tecnología.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

Giner <strong>de</strong> la Fuente, Fernando. Los sistemas <strong>de</strong> información en la sociedad <strong>de</strong>l conocimiento. Ed. ESIC 2004.<br />

Herranz Gómez. Yolanda. Igualdad bajo sospecha. El po<strong>de</strong>r transformador <strong>de</strong> la educación. Ed. Narcea 2006.<br />

Pablos Here<strong>de</strong>ro, Carmen <strong>de</strong> et al. Dirección y gestión <strong>de</strong> los sistemas <strong>de</strong> información en la empresa. Una visión<br />

integradora. 2º edición. Ed. ESIC 2006.<br />

Sieber, Sandra; Valor, Josep y Porta, Valentín. Los sistemas <strong>de</strong> información en la empresa actual. Aspectos estratégicos y<br />

alternativas tácticas. McGraw Hill 2006.<br />

394


E-MERCADOS MEDIANTE P2P: UN NUEVO MARCO<br />

PARA LAS PYMES<br />

Josef Ignacio Hötz Ordoño, Mª Teresa Ariza Gómez<br />

Escuela Superior <strong>de</strong> Ingenieros<br />

Departamento <strong>de</strong> Ingeniería <strong>de</strong> Sistemas y Automática (Área Telemática)<br />

<strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Sevilla<br />

C/ <strong>de</strong> los Descubrimientos S/N – 41092 Sevilla (SPAIN)<br />

{josefignaciohoetzordono@hotmail.com, matere@trajano.us.es}<br />

RESUMEN<br />

Las PYMEs han permanecido alejadas frecuentemente <strong>de</strong>l <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong>l e-comercio, por razones como los altos costes<br />

iniciales o el <strong>de</strong>sconocimiento tecnológico. Con el crecimiento y abaratamiento <strong>de</strong> Internet en los últimos años, muchas<br />

empresas han podido potenciar su presencia en el panorama B2B a través <strong>de</strong> e-mercados, frecuentemente controlados por<br />

consorcios verticales o gran<strong>de</strong>s empresas que imponen la presencia <strong>de</strong> terceros mediadores en las transacciones<br />

comerciales. A partir <strong>de</strong> un breve análisis <strong>de</strong> la situación en el sector aeronáutico como ejemplo representativo, en este<br />

artículo se propone la adopción <strong>de</strong> un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negocio par-a-par (P2P) basado en comunida<strong>de</strong>s para fomentar la<br />

participación <strong>de</strong> las PYMEs en un e-mercado global y sin intermediarios, y que permita una aproximación más natural y<br />

económica al e-comercio.<br />

PALABRAS CLAVES<br />

e-comercio, e-mercado, B2B, P2P, PYME<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Una PYME (Pequeña y Mediana Empresa) pue<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida como la empresa con menos <strong>de</strong> 250<br />

trabajadores y con un volumen <strong>de</strong> negocios anual menor <strong>de</strong> 50 millones <strong>de</strong> euros (UE, 2003). Se estima que<br />

aportan el 80% <strong>de</strong>l crecimiento económico global y que en Europa constituyen el 99% <strong>de</strong> negocios (Jutla,<br />

2002). Sin embargo, mientras que las gran<strong>de</strong>s empresas han sido las gran<strong>de</strong>s impulsoras y usuarias <strong>de</strong>l ecomercio<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> EDI hasta la actualidad, las PYMEs han estado tradicionalmente alejadas <strong>de</strong> estas nuevas<br />

tecnologías, <strong>de</strong>bido a factores como falta <strong>de</strong> estándares, incomprensión tecnológica, integración con la<br />

ca<strong>de</strong>na <strong>de</strong> suministro, presupuestos reducidos, poco apoyo <strong>de</strong>l sector, etc. (Stockdale, 2004).<br />

Un ejemplo representativo <strong>de</strong> la situación lo constituye el sector aeronáutico. Las PYMEs <strong>de</strong> este sector<br />

son altamente especializadas en <strong>de</strong>terminadas tecnologías, y muy <strong>de</strong>pendientes <strong>de</strong> las empresas <strong>de</strong>nominadas<br />

tractoras, cuyo número es muy reducido, mientras que las PYMEs contituyen una gran población. La forma<br />

preferida <strong>de</strong> e-comercio B2B es el e-mercado (Kuller, 2007), don<strong>de</strong> suelen abundar mercados <strong>de</strong> consorcio<br />

(Exostar para Boeing, Lockheed, BAE, Raytheon y Northrop) y privados (Sup@AirWorld para Airbus), <strong>de</strong><br />

forma que cada tractora impone el uso <strong>de</strong> su propio mercado cautivo a la PYME. Estas plataformas mejoran<br />

la calidad <strong>de</strong> la ca<strong>de</strong>na <strong>de</strong> suministro <strong>de</strong> la empresa tractora, pero no así <strong>de</strong> la PYME, ya que no le aporta<br />

valor añadido a su propia ca<strong>de</strong>na. Para solucionar estos problemas, han surgido numerosas iniciativas en<br />

Europa, como el proyecto e-PME en Francia para implementar el estándar vertical BoostAero (UE, 2005) o<br />

la Fundación Hélice en Andalucía para implementar una gestión <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>na <strong>de</strong> suministro interoperable entre<br />

PYMEs y empresa tractora (F Hélice, -). La situación en este sector es paradigmática y aplicable a otros en la<br />

actualidad.<br />

El propósito <strong>de</strong> este artículo es aplicar un nuevo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negocio, <strong>de</strong>nominado PB2B, al entorno<br />

empresarial <strong>de</strong> la PYME y po<strong>de</strong>r superar las barreras que impi<strong>de</strong>n la adopción masiva <strong>de</strong> los sistemas <strong>de</strong> ecomercio.<br />

En la sección 2.1 se <strong>de</strong>fine PB2B y se repasa su evolución; la sección 2.2 introduce el concepto <strong>de</strong><br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

comunidad como elemento clave para la adopción <strong>de</strong> PB2B en las PYMEs, mientras que el apartado 2.3<br />

resume las principales ventajas que este mo<strong>de</strong>lo aporta.<br />

2. E-MERCADOS Y PB2B<br />

2.1 PB2B: un Nuevo Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> e-Negocio<br />

Formalmente, P2P se refiere a un mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> computación en el que los recursos son compartidos, la<br />

comunicación se hace directamente entre sus pares integrantes y la computación en sí se realiza en la frontera<br />

<strong>de</strong> la red (Barkai, 2001). Este paradigma ha sido ampliamente usado en aplicaciones <strong>de</strong> compartición <strong>de</strong><br />

archivos, y más recientemente en voIP, juegos, y otros. Esta arquitectura <strong>de</strong> red pue<strong>de</strong> ser también<br />

interpretada como un nuevo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negocio entre iguales (Briz, 2001), perfectamente aplicable a las<br />

relaciones B2B (Lehman, 2001). El término PB2B (Peered Business-to-Business) reúne ambos conceptos,<br />

implicando que los procesos <strong>de</strong> negocio <strong>de</strong>ben cooperar e intercambiar información directamente entre ellos,<br />

y no a través <strong>de</strong> concentradores externos (Bond, 2001).<br />

El proyecto TradingNetwork presentó un diseño inicial <strong>de</strong> e-mercado con inteligencia propia <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisión<br />

sobre una red P2P (McLaren, 2001). Posteriormente han aparecido simultáneamente varios trabajos don<strong>de</strong> se<br />

exploran las posibilida<strong>de</strong>s que ofrece la convergencia entre P2P y B2B: Androutsellis-Theotokis (2004)<br />

propuso un diseño preliminar y un análisis <strong>de</strong> requisitos; el proyecto Venezia-Gondola enuncia una lista<br />

completa <strong>de</strong> posibles servicios que una aplicación PB2B pue<strong>de</strong> ofrecer, así como el marco <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo<br />

(Gao, 2004); el programa ComercioP2P presenta una primera implementación <strong>de</strong> un sistema <strong>de</strong> e-comercio<br />

PB2B en el que los pares realizan transacciones basadas en el estándar cXML (Hötz, 2004), mientras que<br />

CatálogoP2P ofrece la gestión <strong>de</strong> e-catálogos y posterior búsqueda <strong>de</strong> productos en la red. Por último, el<br />

proyecto LAURA presenta una arquitectura PB2B para implementar organizaciones virtuales bajo <strong>de</strong>manda<br />

que aprovechen oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negocio <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> un contexto PYME (Svirskas, 2004). Todos estos<br />

trabajos implementan protocolos <strong>de</strong> e-comercio distintos, pero coinci<strong>de</strong>n en el uso <strong>de</strong> la tecnología JXTA<br />

(JXTA, -) como framework P2P.<br />

2.2 El e-Mercado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el Punto <strong>de</strong> Vista <strong>de</strong> PB2B: la Comunidad<br />

El mo<strong>de</strong>lo PB2B constituye una aproximación natural al mercado tradicional, don<strong>de</strong> los integrantes<br />

colaboran directamente entre sí para comprar y ven<strong>de</strong>r productos en un entorno cambiante y basado en la<br />

oportunidad. En base a esto, proponemos un e-mercado basado en comunida<strong>de</strong>s como clara alternativa para<br />

una población <strong>de</strong> PYMEs. Definimos una comunidad como el conjunto dinámico <strong>de</strong> n pares agrupados bajo<br />

un mismo interés y con un repertorio preestablecido <strong>de</strong> posibles interacciones. En el plano B2B, una<br />

comunidad sería una agrupación <strong>de</strong> varias empresas pertenecientes a un mismo sector vertical, un consorcio,<br />

o cualquier otra forma <strong>de</strong> agrupación, <strong>de</strong> forma que cada comunidad constituye un e-mercado en sí misma.<br />

Cada par representa a una PYME o una organización <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> ésta.<br />

El dinamismo <strong>de</strong> una comunidad está relacionado con el aprovechamiento <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negocio:<br />

una PYME pue<strong>de</strong> estar interesada temporalmente en unirse a una comunidad y sin embargo pertenecer<br />

históricamente a otra. Esto provoca numerosas adhesiones y bajas en las comunida<strong>de</strong>s, que pue<strong>de</strong>n<br />

reconfigurarse continuamente y <strong>de</strong> forma óptima gracias a los mecanismos inherentes a una red P2P, <strong>de</strong><br />

forma que incluso un par-PYME pue<strong>de</strong> pertenecer a varias comunida<strong>de</strong>s a la vez. La agrupación por áreas <strong>de</strong><br />

interés pue<strong>de</strong> ser estática (por sectores verticales) o dinámica (por nuevas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negocio,<br />

consorcios temporales, etc.). El repertorio <strong>de</strong> interacciones se refiere al conjunto <strong>de</strong> servicios (subastas,<br />

catálogos, etc.) y protocolos <strong>de</strong> e-comercio (ebXML, UBL, sectoriales, etc.) que se van a emplear en cada<br />

comunidad, por lo que <strong>de</strong>be ser establecido mediante un manifiesto en la creación <strong>de</strong> la comunidad. Cuando<br />

un par-PYME quiera unirse a una comunidad, <strong>de</strong>be conocer el manifiesto e implementar al menos uno <strong>de</strong> los<br />

requisitos para una correcta interacción con los otros pares.<br />

Existe una comunidad especial, la fundamental, que es el grupo raíz <strong>de</strong>l que <strong>de</strong>rivan todas las<br />

comunida<strong>de</strong>s. Cualquier par-PYME <strong>de</strong>l e-mercado pertenece <strong>automática</strong>mente a esta comunidad, por lo que<br />

constituye un verda<strong>de</strong>ro mercado horizontal global. La pertenencia a la comunidad fundamental implica que<br />

396


se han adoptado los requisitos mínimos <strong>de</strong> interacción <strong>de</strong>clarados en su manifiesto, por lo que cualquier par<br />

pue<strong>de</strong> realizar un conjunto básico <strong>de</strong> interacciones con cualquier otro par, sin importar el sector vertical al<br />

que pertenezcan. Este hecho permite la integración <strong>de</strong> los mercados verticales con los horizontales.<br />

Aunque el objetivo <strong>de</strong> este artículo está referido al contexto PYME, este mo<strong>de</strong>lo no excluye en absoluto<br />

la participación <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empresas que, a diferencia <strong>de</strong> otras arquitecturas centralizadas, juegan aquí en<br />

igualdad <strong>de</strong> condiciones frente a las PYMEs.<br />

2.3 Ventajas<br />

La adopción <strong>de</strong>l mo<strong>de</strong>lo PB2B introduce numerosas ventajas en el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong>l e-comercio (Hötz, 2004b),<br />

pero es con la introducción <strong>de</strong> las comunida<strong>de</strong>s don<strong>de</strong> se alcanzan máximos beneficios, especialmente para<br />

los pequeños integrantes (PYMEs):<br />

• Organización autónoma: el e-mercado se organiza <strong>automática</strong>mente y en tiempo real según los<br />

requisitos <strong>de</strong> las comunida<strong>de</strong>s, ya que éstas se crean y <strong>de</strong>struyen dinámicamente. No existe la<br />

necesidad <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicar servidores especializados para la gestión <strong>de</strong> la red, aunque el mo<strong>de</strong>lo P2P<br />

también lo admite.<br />

• Alta escalabilidad: en re<strong>de</strong>s centralizadas, alcanzar una masa crítica supone sobrecarga en los<br />

servidores y bajadas en la calidad <strong>de</strong>l servicio. Las re<strong>de</strong>s P2P suelen prestar mejores resultados<br />

cuanto mayor sea el número <strong>de</strong> integrantes, por lo que se ajusta perfectamente a la gran población <strong>de</strong><br />

PYMEs.<br />

• Lenguaje nativo: <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> una comunidad, los pares pue<strong>de</strong>n dialogar mediante protocolos <strong>de</strong> ecomercio<br />

distintos a los empleados en otras comunida<strong>de</strong>s, permitiendo así el empleo <strong>de</strong> estándares<br />

específicos en cada sector vertical.<br />

• Búsquedas eficientes: las re<strong>de</strong>s P2P son bien conocidas por permitir búsquedas complejas <strong>de</strong><br />

ficheros sobre una red extensa y cambiante. El mismo concepto pue<strong>de</strong> ser aplicado en PB2B: un par<br />

pue<strong>de</strong> buscar un producto (o servicio) <strong>de</strong>ntro o fuera <strong>de</strong> su comunidad <strong>de</strong> forma extremadamente<br />

eficiente (Mei, 2004).<br />

• Integración <strong>de</strong> mercados: bajo un mismo sistema pue<strong>de</strong>n interoperar mercados verticales con<br />

horizontales. Un par-PYME pertenece a una o varias comunida<strong>de</strong>s verticales, pero siempre es<br />

miembro <strong>de</strong> la comunidad fundamental (horizontal).<br />

• Implementación <strong>de</strong> múltiples servicios <strong>de</strong> e-comercio: los miembros <strong>de</strong> una comunidad pue<strong>de</strong>n<br />

interactuar mediante transacciones simples, subastas, subastas inversas, e-catálogos, búsquedas, etc,<br />

lo que ofrece múltiples oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negocio a las PYMEs.<br />

• Reducidos costes <strong>de</strong> implantación y mantenimiento: no hay necesidad <strong>de</strong> implementar Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

Valor Añadido ni <strong>de</strong> mantenimiento por terceros. Todas las transacciones pue<strong>de</strong>n ser ejecutadas<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> un simple PC a través <strong>de</strong> una conexión básica a Internet, por lo que el ROI (retorno <strong>de</strong> la<br />

inversión) es elevado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el principio.<br />

• Seguridad: <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada comunidad se pue<strong>de</strong>n imponer distintos mecanismos <strong>de</strong> seguridad. Las<br />

re<strong>de</strong>s P2P permiten la implantación <strong>de</strong> potentes sistemas <strong>de</strong> autenticación, no repudio, reputación,<br />

autorización y confi<strong>de</strong>ncialidad (Datta, 2003) que aseguren la libre competencia.<br />

3. CONCLUSION<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

El paradigma PB2B constituye una clara alternativa a los sistemas tradicionales y centralizados <strong>de</strong> ecomercio<br />

actuales, especialmente en el ámbito <strong>de</strong> las PYMEs. Estas organizaciones no suelen contar con los<br />

recursos tecnológicos ni financieros <strong>de</strong> las empresas tractoras, por lo que tradicionalmente han sido excluidas<br />

<strong>de</strong> las nuevas tecnologías. Un e-mercado implementado mediante el mo<strong>de</strong>lo PB2B supone un marco <strong>de</strong><br />

integración global <strong>de</strong> mercados horizontales y verticales don<strong>de</strong> cualquier empresa pue<strong>de</strong> interactuar con otras<br />

<strong>de</strong> forma directa y sin intermediarios. Este nuevo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> e-negocio es perfectamente aplicable al contexto<br />

<strong>de</strong> la PYME (gran población con bajos presupuestos, esperanzas elevadas <strong>de</strong> ROI, y frecuente sometimiento<br />

a e-comercio no participativo), ya que permite el establecimiento <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s verticales y virtualmente<br />

autónomas, cuyos miembros interactúan entre sí con los protocolos propios <strong>de</strong> su sector. A<strong>de</strong>más, las<br />

397


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

comunida<strong>de</strong>s pue<strong>de</strong>n interactuar entre ellas creando así un gran mercado horizontal. Este escenario posibilita<br />

la eliminación <strong>de</strong> varias <strong>de</strong> las barreras que tradicionalmente han frenado la adopción <strong>de</strong>l e-comercio por<br />

parte <strong>de</strong> las PYMEs, y permite la creación <strong>de</strong> un verda<strong>de</strong>ro mercado global, abierto e in<strong>de</strong>pendiente.<br />

AGRADECIMIENTOS<br />

Se agra<strong>de</strong>ce al grupo <strong>de</strong> investigación <strong>de</strong> Ingeniería Telemática <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Sevilla el apoyo<br />

prestado.<br />

REFERENCIAS<br />

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ISBN: 972-98947-8-7<br />

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Peer-to-Peer Computing. Linköpings, Suecia, pp.13 – 28.<br />

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Datta, A. et al. 2003. Beyond “web of trust”: Enabling P2P E-commerce. Proceedings of the IEEE International<br />

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Www/Internet 2004. Madrid, Spain. Iadis Press. p. 429-432. ISBN: 972-99353-0-0<br />

Hötz, J. y Ariza, T. 2004. P2P: a New Approach to B2B. Iadis International Conference e-Commerce. Lisbon, Portugal.<br />

Iadis Press. p. 482-486. ISBN: 972-98947-8-7<br />

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Lehman, C. 2001. P2P in B2B. ITManagement. [online] http://itmanagement.earthweb.com/ent<strong>de</strong>v/article.php/794631<br />

McLaren, B. et al. 2001. Intelligent Trading Networks: Peer-to-Peer Trading in a Distribution Marketplace. International<br />

Conference on Internet Computing, Las Vegas, Nevada.<br />

Mei, H. Y Chang, S. 2004. PP-COSE: A P2P Community Search Scheme. Proceedings of the Fourth International<br />

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Stockdale, R. y Standing C. 2004. Benefits and barriers of electronic marketplace participation. The Journal of Enterprise<br />

Information Management, Vol 17, Number 4, pp. 301–311.<br />

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dynamic virtual enterprises of European SMEs. XML Europe 2004 Proceedings. Amsterdam, Países Bajos.<br />

UE. 2003. Recomendación <strong>de</strong> la Comisión <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> mayo <strong>de</strong> 2003 sobre la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> microempresas, pequeñas y<br />

medianas empresas. Diario Oficial <strong>de</strong> la Unión Europea.<br />

UE. 2005. ICT and Electronics Business in the Aeronautics Industry. E-business Watch: Sector Report nº7. European<br />

Commision.<br />

398


O CONTRIBUTO DAS TIC PARA O DESENVOLVIMENTO<br />

SUSTENTADO DO PATRIMÓNIO<br />

Natália Botica<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Arqueologia da Universida<strong>de</strong> do Minho<br />

Avenida Central, 39 - , 4710 228, Braga, Portugal<br />

nb@uaum.uminho.pt<br />

Luís Fontes<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Arqueologia da Universida<strong>de</strong> do Minho<br />

Avenida Central, 39 - , 4710 228, Braga, Portugal<br />

lfontes@uaum.uminho.pt<br />

Ana Roriz<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Arqueologia da Universida<strong>de</strong> do Minho<br />

Avenida Central, 39 - , 4710 228, Braga, Portugal<br />

anaroriz@gmail.com<br />

RESUMO<br />

O caso <strong>de</strong> estudo aqui apresentado tem por base o inventário do património arqueológico e arquitectónico <strong>de</strong> Vieira do<br />

Minho, um projecto que envolveu a Universida<strong>de</strong> do Minho e o Município <strong>de</strong> Vieira do Minho, explorando as suas<br />

competências científicas, culturais e tecnológicas. Realizaram-se trabalhos <strong>de</strong> recolha e estudo da informação, tendo-se<br />

utilizado a tecnologia que se julgou mais a<strong>de</strong>quada à gestão e divulgação <strong>de</strong>ssa informação.<br />

Foi <strong>de</strong>senhado um sistema <strong>de</strong> informação capaz <strong>de</strong> gerir o exaustivo inventário <strong>de</strong> património i<strong>de</strong>ntificado, promovendo a<br />

elaboração <strong>de</strong> memórias científicas, a gestão fundamentada do or<strong>de</strong>namento do território, a elaboração <strong>de</strong> Cartas<br />

Arqueológicas e a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma política patrimonial capaz <strong>de</strong> impulsionar o turismo cultural na região.<br />

PALAVRAS CHAVE<br />

Património cultural, Tecnologias <strong>de</strong> informação, Sistema <strong>de</strong> informação.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

O inventário do património arqueológico e arquitectónico <strong>de</strong> Vieira do Minho e o sistema <strong>de</strong> informação<br />

<strong>de</strong>senhado tiveram subjacentes três objectivos básicos: o <strong>de</strong> fornecer informação a nível municipal, numa<br />

perspectiva <strong>de</strong> gestão dos bens patrimoniais, o <strong>de</strong> fornecer informação <strong>de</strong> forma a proporcionar o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projectos e o <strong>de</strong> divulgar o património ao público em geral.<br />

Alinhada com as estratégias nacionais e internacionais <strong>de</strong> valorização e <strong>de</strong> preservação do património, o<br />

município <strong>de</strong> Vieira do Minho perspectiva o património cultural como um recurso a conservar para garantir o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento regional, não só do ponto <strong>de</strong> vista económico, na perspectiva do turismo cultural, mas<br />

também do ponto <strong>de</strong> vista da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, educação e aprendizagem das populações resi<strong>de</strong>ntes e dos<br />

visitantes.<br />

2. DIVULGAÇÃO DA INFORMAÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O projecto <strong>de</strong> inventário do património arqueológico e arquitectónico <strong>de</strong> Vieira do Minho visa<br />

essencialmente a i<strong>de</strong>ntificação exaustiva e rigorosa do património da região. No entanto, o património não foi<br />

399


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

encarado apenas do ponto <strong>de</strong> vista científico (Missikoff – 2005). Consi<strong>de</strong>rou-se que o património cultural é<br />

também:<br />

• um fornecedor <strong>de</strong> conteúdos interessantes e apelativos para as aplicações multimédia, como os jogos<br />

e guias turísticos;<br />

• um factor <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento socio-económico, permitindo que países pobres tenham apostado no<br />

turismo cultural, apresentando-se como uma industria rentável e em franco <strong>de</strong>senvolvimento;<br />

• potenciador do multiculturalismo, uma vez que a cultura constitui um meio muito efectivo <strong>de</strong> ajudar<br />

pessoas <strong>de</strong> diferentes países a conhecerem-se e enten<strong>de</strong>rem-se melhor;<br />

• um elemento que fomenta a construção <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> mais forte.<br />

Consi<strong>de</strong>rando o valor multidimensional do património, seria interessante fazer uma divulgação à escala<br />

nacional e internacional. A Internet foi assim a plataforma <strong>de</strong> ampla divulgação escolhida para este projecto.<br />

Não sendo o único meio a utilizar para a divulgação do património cultural, uma vez que serão feitos DVD’s,<br />

brochuras e folhetos, foi, no entanto, um meio privilegiado porque permite promover a <strong>de</strong>mocratização da<br />

cultura, dando acesso imediato à informação e divulgando-a a todos <strong>de</strong> uma forma atractiva e apelativa.<br />

As preocupações que estiveram na base da concepção <strong>de</strong>sta aplicação foram:<br />

• Definir uma interface gráfica, com uma navegação simples, apelativa e <strong>de</strong> percepção imediata para<br />

os utilizadores;<br />

• Oferecer conteúdos <strong>de</strong> elevado interesse e qualida<strong>de</strong>;<br />

• Visualizar <strong>de</strong> forma integrada o património do Concelho/Freguesia;<br />

• Utilizar uma linguagem simples e acessível, liberta dos habituais termos técnicos que só são<br />

entendidos pelos especialistas na matéria;<br />

• Fornecer informação que promova o conhecimento e a salvaguarda dos sítios arqueológicos e <strong>de</strong><br />

artefactos. Valoriza-se sempre mais aquilo que conhecemos melhor e que compreen<strong>de</strong>mos;<br />

• Promover o turismo cultural.<br />

A aplicação <strong>de</strong>senvolvida (Figura 1) foi estruturada em três níveis distintos: um primeiro nível on<strong>de</strong> se<br />

visualiza toda a carta do concelho, um segundo nível on<strong>de</strong> está georeferênciado o património por freguesia,<br />

permitindo a sua visualização por Tipo <strong>de</strong> Sítio/Monumento, por Estilo Artístico ou por Período Cronológico<br />

e um terceiro nível on<strong>de</strong> se fornece informação <strong>de</strong>talhada sobre <strong>de</strong>terminado sítio seleccionado.<br />

A navegação é feita utilizando os menus disponíveis na aplicação ou por selecção directa sobre a cartografia<br />

disponibilizada.<br />

Figura 1. Ecrãs da aplicação WEB<br />

A visão integrada do património do concelho, combinada com o seu contexto geográfico, rodoviário e <strong>de</strong><br />

outras infra-estruturas existentes proporcionou ainda a elaboração <strong>de</strong> percursos tipo, on<strong>de</strong> os visitantes<br />

po<strong>de</strong>m colher sugestões <strong>de</strong> itinerários possíveis por tipo <strong>de</strong> sítio (Arte Rupestre, Al<strong>de</strong>ias, Fojos e Cabanas,<br />

Moinhos, Santuários, Solares e Paços, Via Romana, Povoamento Pré-histórico ou Castrejo).<br />

400<br />

2


3. SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO E<br />

ARQUITECTÓNICO<br />

Definiu-se o sistema <strong>de</strong> informação <strong>de</strong> forma a reunir, guardar, processar e facultar dados relevantes para a<br />

concretização dos objectivos <strong>de</strong>finidos e que fosse também fonte <strong>de</strong> dados para outros estudos, para a criação<br />

<strong>de</strong> uma página na Internet, para a produção <strong>de</strong> conteúdos multimédia ou para a elaboração <strong>de</strong> folhetos <strong>de</strong><br />

divulgação <strong>de</strong> património e <strong>de</strong> roteiros culturais.<br />

O Sistema <strong>de</strong> Informação do Património Arqueológico e Arquitectónico assenta numa Base <strong>de</strong> Dados<br />

Relacional, <strong>de</strong>finida para funcionar numa arquitectura cliente-servidor.<br />

Base <strong>de</strong> dados<br />

A Base <strong>de</strong> Dados foi estruturada para armazenar dados <strong>de</strong> caracterização da entida<strong>de</strong> patrimonial,<br />

nomeadamente a sua i<strong>de</strong>ntificação e proprieda<strong>de</strong>, a localização geográfica, através da especificação das<br />

coor<strong>de</strong>nadas geográficas do local, bem como dos acessos existentes, do estado <strong>de</strong> conservação e<br />

potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> valorização. Foi também feita a caracterização do contexto ambiental, <strong>de</strong>signadamente no<br />

que se refere à orografia, geologia, edafologia, hidrografia, cobertura vegetal, uso <strong>de</strong> solo, vias naturais <strong>de</strong><br />

trânsito, visibilida<strong>de</strong> e paisagem.<br />

Proce<strong>de</strong>u-se ainda ao registo gráfico do património na Base <strong>de</strong> Dados, armazenando fotos, <strong>de</strong>senhos e a<br />

carta topográfica do local associado ao respectivo bem patrimonial. Todas as fontes bibliográficas,<br />

documentais e mesmo informações orais associadas ao património são <strong>de</strong>vidamente registadas e armazenadas<br />

(Figura 2).<br />

Caracterização<br />

Entida<strong>de</strong><br />

Conservação Contexto<br />

Localização Ilustração<br />

Valorização Ambiental<br />

Figura 2. Estrutura simplificada da Base <strong>de</strong> dados<br />

Recolha, Tratamento e Visualização da Informação<br />

Fontes<br />

Referências<br />

Para armazenamento e gestão dos dados do inventário do património arqueológico e arquitectónico <strong>de</strong> Vieira<br />

do Minho foram <strong>de</strong>senvolvidas duas aplicações, a funcionar num círculo restrito <strong>de</strong> utilizadores autorizados.<br />

Uma <strong>de</strong> Back Office, utilizada para introdução e manutenção da informação e uma outra aplicação <strong>de</strong> Front<br />

Office, para visualização <strong>de</strong> dados quer para efeitos <strong>de</strong> análise e gestão, quer para fazer a ponte com outras<br />

aplicações, nomeadamente <strong>de</strong> gestão territorial, elaboração <strong>de</strong> planos directores ou ainda para divulgação<br />

turística.<br />

Uma parte <strong>de</strong>sta informação é <strong>de</strong> interesse público, divulgada através do site http://online.cmvminho.pt/patrimonio/<br />

, tendo sido <strong>de</strong>senvolvida uma aplicação dinâmica, com acesso a uma Base <strong>de</strong> Dados<br />

Mysql que contém um subconjunto dos dados globais, alojada num servidor Web (Figura 3).<br />

Público<br />

em geral<br />

Internet<br />

ISP<br />

Aplicação<br />

WEB<br />

BD_VM_WWW<br />

Património Arqueológico<br />

e Arquitectónico <strong>de</strong><br />

Vieira do Minho<br />

Aplicação<br />

BD_VM<br />

intranet<br />

Utilizadores<br />

autorizados<br />

Figura 3. Estrutura <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> dados e aplicações<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

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Preten<strong>de</strong>u-se com a visualização dos dados (interna e externa) caracterizar o património oferecendo:<br />

• informação <strong>de</strong>talhada dos bens patrimoniais;<br />

• uma visão global e integrada do património;<br />

• acesso diferenciado aos dados, através da criação <strong>de</strong> perfis;<br />

• know how para a criação <strong>de</strong> roteiros temáticos e produtos multimédia.<br />

4. ANÁLISE DA INFORMAÇÃO<br />

Os gran<strong>de</strong>s repositórios <strong>de</strong> dados que se constituem sempre que se faz, por exemplo, um inventário do<br />

património são, como já foi abordado neste artigo, uma mais-valia no que respeita à salvaguarda da<br />

informação e à sua divulgação. No entanto, o seu valor não se resume a estas activida<strong>de</strong>s, havendo muita<br />

informação que po<strong>de</strong> ainda ser estudada a partir da análise <strong>de</strong>stes dados (Botica et al – 2003).<br />

Vamos a seguir apresentar alguns exemplos <strong>de</strong> análise dos dados, usando a ferramenta <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong><br />

conhecimento em Bases <strong>de</strong> dados – Clementine (SPSS – 1999), aplicadas ao Inventário do Património<br />

Arqueológico e Arquitectónico <strong>de</strong> Vieira do Minho e que po<strong>de</strong>rão evoluir para a construção <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />

preditivos <strong>de</strong> património na região.<br />

O princípio que está na base <strong>de</strong>sta <strong>geração</strong> <strong>de</strong> tecnologias é o <strong>de</strong> apoiar <strong>de</strong> forma inteligente e, o mais<br />

<strong>automática</strong> possível, o processo <strong>de</strong> navegar e analisar os dados para extrair informação útil, ou seja,<br />

conhecimento (Jiawei – 2001).<br />

A partir dos dados armazenados iniciou-se a fase <strong>de</strong> transformação e <strong>de</strong> exploração dos dados, utilizando<br />

algumas das técnicas disponíveis no Clementine, nomeadamente os Web No<strong>de</strong>s. Esta forma <strong>de</strong> apresentação<br />

gráfica permite uma fácil interpretação dos relacionamentos existentes entre os dados.<br />

Estes gráficos permitem i<strong>de</strong>ntificar algumas relações interessantes entre dois ou mais atributos<br />

simbólicos. As ligações são expressas graficamente, através <strong>de</strong> pontos, linhas e linhas sombreadas. As<br />

relações mais fortes são <strong>de</strong>senhadas a traço contínuo mais carregado, passando a tracejada quando estamos<br />

perante relações fracas. Dados não ligados indicam que não foi i<strong>de</strong>ntificada qualquer relação entre eles.<br />

Na Figura 4 apresenta-se à esquerda o Web no<strong>de</strong> que relaciona o Tipo <strong>de</strong> sítio arqueológico com a<br />

Freguesia on<strong>de</strong> está localizado. A leitura do grafo permite-nos ver a distribuição geográfica mais marcante<br />

dos sítios. Realça-se apenas que os tipos <strong>de</strong> sítios mais frequentes no concelho são os Espigueiros e<br />

Moinhos, com uma forte concentração nas freguesias <strong>de</strong> Rossas e Ruivães. As Cabanas <strong>de</strong> Pastor<br />

aparecem em várias freguesias, mais marcadamente em Ruivães, logo seguida por Anjos. As Epigrafes<br />

estão mais localizadas na freguesia <strong>de</strong> Ruivães, havendo uma incidência mais reduzida em Pinheiro,<br />

Rossas, Salamon<strong>de</strong> e Vilar Chão.<br />

Figura 4. Web no<strong>de</strong>s que relacionam o Tipo <strong>de</strong> sítio com a Freguesia e com o Estado <strong>de</strong> conservação e Factor <strong>de</strong> risco<br />

Na imagem da direita relacionam-se o Tipo <strong>de</strong> sítio com o Estado <strong>de</strong> Conservação e o Factor <strong>de</strong> Risco.<br />

Po<strong>de</strong> observar-se que os sítios mais <strong>de</strong>gradados são os Espigueiros, Moinhos e Epígrafes, embora existam<br />

também outros sítios do mesmo tipo com um bom e muito bom Estado <strong>de</strong> Conservação. Po<strong>de</strong>mos ainda<br />

402<br />

4


<strong>de</strong>stacar que o Abandono, a Erosão Fluvial e Climática são os factores <strong>de</strong> risco que mais contribuem para<br />

a <strong>de</strong>gradação dos sítios.<br />

5. CONCLUSÃO<br />

A forte pressão urbanística actual provoca o achado ocasional <strong>de</strong> sítios que estavam ocultos e que, muitas<br />

vezes, são irremediavelmente <strong>de</strong>struídos. No sistema legislativo e nas recomendações, nomeadamente da<br />

Convenção Europeia, ressaltam algumas linhas <strong>de</strong> acção quanto à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se proce<strong>de</strong>r ao inventário<br />

dos valores arqueológicos. Só conhecendo bem o património visível se po<strong>de</strong> ter uma actuação não só<br />

reactiva, mas também pró-activa no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar e preservar património ainda não visível.<br />

Espera-se com este trabalho contribuir para a inventariação do património arqueológico e arquitectónico,<br />

para fomentar a investigação arqueológica e a sua divulgação, o que, hoje em dia, constitui um imperativo<br />

para a salvaguarda dos vestígios do passado e da nossa memória colectiva. A arqueologia <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> estar<br />

focada apenas na prospecção e escavação, passando a ser a base para analisar os múltiplos aspectos das<br />

socieda<strong>de</strong>s humanas, nomeadamente as estratégias económicas, a territorialida<strong>de</strong> ou crenças religiosas<br />

(Sanjuán – 2005).<br />

O Património cultural apresenta-se ainda como um recurso <strong>de</strong> elevado potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

socio-económico. É uma área on<strong>de</strong> os profissionais, para além <strong>de</strong> uma sólida formação <strong>de</strong> base nas áreas <strong>de</strong><br />

história, arqueologia e artística, lidam ainda com conceitos <strong>de</strong> múltiplas disciplinas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Geografia até à<br />

Informática (Baena – 1997). O Património cultural precisa <strong>de</strong> combinar conteúdos com tecnologia e gestão, e<br />

<strong>de</strong> implementar novas iniciativas <strong>de</strong> divulgação do património e adoptar as soluções tecnológicas mais<br />

a<strong>de</strong>quadas. A sua salvaguarda passa por uma completa inventariação, uma a<strong>de</strong>quada gestão, pela sua<br />

valorização e divulgação e, também, pela utilização <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los preditivos <strong>de</strong> património arqueológico para<br />

prevenir a sua <strong>de</strong>struição quando ainda é <strong>de</strong>sconhecido.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Baena, Javier, Blasco Concepción e Quesada, Ferenando, 1997.Los S.I.G. y el análisis espacial en Arqueolgía. UAM<br />

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Tecnologias <strong>de</strong> Informação”, I Congresso Internacional <strong>de</strong> Investigação e Desenvolvimento Sócio-Cultural. 23 a 25<br />

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Han, Jiawei e Micheline Kamber, 2001. Data Mining: Concepts and Techniques, Morgan Kaufmann Publishers.<br />

Missikoff, Oleg, Luiss, 2005. Assessing the role of cultural resources as a key product for sócio-economic <strong>de</strong>velopment.<br />

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Sanjuán, Leonardo García, 2005. Introducción al Reconocimiento y Análisis Arqueológico <strong>de</strong>l Territorio. Ariel<br />

Prehistoria., Espanha.<br />

SPSS, Clementine, 1999. User Gui<strong>de</strong>,Versão 5.2, SPSS Inc..<br />

403


Posters


UNA ONTOLOGÍA DE VINOS ESPAÑOLES<br />

Óscar Gil, Ana- Belén Gil, Francisco José García<br />

Dpto. <strong>de</strong> Informática y Automática, <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Salamanca<br />

Plaza <strong>de</strong> la Merced s/n, Salamanca,37008, Spain<br />

oscargilgonzalo@hotmail.com; {abg, fgarcia}@usal.es<br />

RESUMEN<br />

El artículo <strong>de</strong>scribe los pasos seguidos en el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> una ontología <strong>de</strong> vinos españoles <strong>de</strong>sarrollada en OWL,<br />

tomando como referencia una versión previa y menos exhaustiva <strong>de</strong> la ontología <strong>de</strong>sarrollada con anterioridad en DAML-<br />

OIL. Dicha ontología partía <strong>de</strong> la ontología <strong>de</strong> vinos <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Stanford es adaptada y extendida a las<br />

particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>l mundo vitivinícola español; para su utilización en la herramienta iSumiller. Para su <strong>de</strong>sarrollo se ha<br />

seguido la metodología <strong>de</strong> construcción <strong>de</strong> ontologías, METHONTOLOGY<br />

PALABRAS CLAVES<br />

Ontologías, METHONTOLOGY, Sumiller electrónico, recomendación <strong>de</strong> vinos españoles, OWL.<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

El objetivo principal es <strong>de</strong>sarrollar el concepto <strong>de</strong> agente <strong>de</strong> consulta <strong>de</strong> vinos, iniciado en la <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong><br />

Stanford [1], y adaptarlo al dominio español. Dicho agente, parte <strong>de</strong> una ontología que relaciona ciertos tipos<br />

<strong>de</strong> alimentos preparados con características <strong>de</strong>l vino (grado <strong>de</strong> azúcar, color, etc.). Se aplica entonces un<br />

algoritmo <strong>de</strong> razonamiento, permitiendo obtener vinos, contenidos en la ontología, que verifican esas<br />

propieda<strong>de</strong>s y que por tanto son los más a<strong>de</strong>cuados para consumir con los platos seleccionados.<br />

Partiendo <strong>de</strong> esa i<strong>de</strong>a básica, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Salamanca se ha querido <strong>de</strong>sarrollar un sumiller 1<br />

electrónico, que maneje vinos españoles, proporcionando información <strong>de</strong> cata sobre dichos vinos, junto con<br />

información adicional como pue<strong>de</strong>n ser los datos <strong>de</strong> contacto <strong>de</strong> las bo<strong>de</strong>gas <strong>de</strong> producción o características<br />

<strong>de</strong> las uvas con las que están producidos.<br />

Para el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> la ontología, se tomó como referencia inicial la ontología <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong><br />

Stanford, incluyendo los conceptos en español, equivalentes a los representados en dicha ontología, como por<br />

ejemplo Vino (Wine), Bo<strong>de</strong>ga (Winery) o Dulzor (WineSugar). Dicha ontología presentaba ciertas<br />

<strong>de</strong>ficiencias con respecto al dominio <strong>de</strong> vinos españoles que sin duda es muy extenso y rico, resultando<br />

necesaria la incorporación <strong>de</strong> múltiples conceptos y relaciones relativos a los procedimientos y calificaciones<br />

<strong>de</strong> cata, propias <strong>de</strong>l territorio español (tipos <strong>de</strong> uva españoles, <strong>de</strong>nominaciones <strong>de</strong> origen, añadas,<br />

características particulares <strong>de</strong> los vinos, regiones geográficas, etc.).<br />

En lo relativo a la relación entre los vinos y los platos preparados, se han <strong>de</strong>sarrollado dos ontologías<br />

adicionales, una que representa una clasificación <strong>de</strong> platos preparados y otra que representa las relaciones<br />

concretas entre un plato (pasta, carnes, pescados, etc.) y ciertas propieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> los vinos. Se ha partido <strong>de</strong> las<br />

relaciones utilizadas en Stanford, agregando otras muchas que se han consi<strong>de</strong>rado importantes por su<br />

relevancia en la clasificación <strong>de</strong> los vinos españoles, tales como su categoría (Joven, Crianza, Reserva y Gran<br />

Reserva), que indica los meses en los que el vino está almacenado en cuba, etc.<br />

Las ontologías <strong>de</strong>sarrolladas se utilizarán, como soporte <strong>de</strong> la aplicación iSumiller, software basado en el<br />

concepto <strong>de</strong> los servicios web que ofrece una interfaz gráfica (Web, Móvil, PDA) para la interacción con el<br />

usuario, <strong>de</strong> modo que pueda proporcionar toda la información relativa al vino en cuestión así como emitir<br />

sugerencias <strong>de</strong> vinos según el menú y la posibilidad <strong>de</strong> mantener y exten<strong>de</strong>r la base <strong>de</strong> conocimiento<br />

mediante razonamiento en el dominio.<br />

1 En los gran<strong>de</strong>s hoteles, restaurantes, etc., persona encargada <strong>de</strong>l servicio <strong>de</strong> licores. [RAE, Real Aca<strong>de</strong>mia Española]<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

El artículo, que se centra fundamentalmente en el aspecto <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> la ontología basado en la<br />

metodología <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo, comienza introduciendo los principales objetivos perseguidos con la elaboración<br />

<strong>de</strong> la ontología así como los conceptos y referencias <strong>de</strong> partida en el dominio consi<strong>de</strong>rado. Los siguientes<br />

apartados presentan la formalización <strong>de</strong>l proceso <strong>de</strong> construcción <strong>de</strong> la ontología así como una presentación<br />

<strong>de</strong> la funcionalidad <strong>de</strong> la herramienta iSumiller. El artículo finaliza con unas conclusiones y las referencias<br />

utilizadas.<br />

2. LA ONTOLOGÍA DE VINOS: FORMALIZACIÓN<br />

El objetivo <strong>de</strong> la ontología <strong>de</strong> vinos presentada es la <strong>de</strong> contener conceptos propios <strong>de</strong> los vinos españoles,<br />

representando principalmente las propieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cata <strong>de</strong>l mismo y una simple <strong>de</strong>scripción <strong>de</strong> estos conceptos<br />

para aquellos usuarios profanos en este campo.<br />

La base <strong>de</strong> esta ontología es la conocida Wine Ontology[4] <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Stanford. Esta ontología<br />

representa una serie vaga <strong>de</strong> conceptos principales pero muy generales relativos al vino, incluyendo una<br />

categorización <strong>de</strong> vinos americanos y franceses. Debido a la riqueza <strong>de</strong>l sector en España, se optó por<br />

exten<strong>de</strong>r y modificar los conceptos contenidos en dicha ontología y representar vinos españoles con <strong>de</strong>talles,<br />

relacionados con las particulares <strong>de</strong> la cultura vitivinícola española.<br />

Figura 1. Tareas <strong>de</strong> METHONTOLOGY<br />

El <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> la ontología se ha basado en la reutilización <strong>de</strong>l conocimiento <strong>de</strong>l dominio <strong>de</strong> los vinos<br />

contenidos en distinta documentación tal como distintos sitios web (intervinos.com 2 o vino.com 3 , etc.) y guías<br />

<strong>de</strong> cata muy difundidas tales como la Guía Campsa 2007 4 , o la prestigiosa Guía Peñin 5 .<br />

2 http://www.intervinos.com<br />

3 http://www.elvino.com<br />

4 Guía publicada anualmente por el grupo petrolero Campsa con información sobre cata <strong>de</strong> vinos, bo<strong>de</strong>gas, <strong>de</strong>nominaciones <strong>de</strong><br />

origen así como información <strong>de</strong> alojamiento y restauración.<br />

5 Guía <strong>de</strong> referencia por excelencia sobre vinos españoles publicada por José Peñin.<br />

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Como procedimiento <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> ontologías se ha <strong>de</strong>cidido utilizar la metodología<br />

METHONTOLOGY [2], <strong>de</strong>sarrollada en el grupo <strong>de</strong> web semántica <strong>de</strong> la <strong>Universidad</strong> Politécnica <strong>de</strong> Madrid<br />

y que resume la figura 1. Como herramienta <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lado, se ha utilizado el editor Protégé [7], que dispone<br />

<strong>de</strong> una interfaz gráfica que facilita la representación y navegación por las ontologías. Como lenguaje <strong>de</strong><br />

representación <strong>de</strong> las ontologías se ha elegido OWL [6] (concretamente OWL-DL), traduciendo la versión<br />

anterior que se tenía <strong>de</strong> la ontología y que estaba expresada en DAML-OIL. Una vez construida la ontología<br />

se ha procedido a validarla, utilizando como razonador <strong>de</strong> ontologías Pellet [5].<br />

Analizaremos a continuación los aspectos relativos en las once tareas que <strong>de</strong>talla la metodología<br />

METHONTOLOGY seguida en la construcción <strong>de</strong> nuestra ontología, aludiendo a cuestiones prácticas que<br />

cabe señalar:<br />

1. El principal término a consi<strong>de</strong>rar en el dominio en el que trabajamos sería Vino que representa un<br />

vino concreto distinguido por sus características <strong>de</strong> cata, entre otras, como son el Aspecto, Aroma y<br />

Gusto/Boca, que se correspon<strong>de</strong>n con otros conceptos <strong>de</strong> la ontología. Cada uno <strong>de</strong> estos <strong>de</strong>talles<br />

están representados por otros términos como son Calidad, Carácter, Intensidad <strong>de</strong>l Aroma, etc.<br />

2. Para la construcción <strong>de</strong> la taxonomía se <strong>de</strong>berían consi<strong>de</strong>rar, según METHONTOLOGY, las<br />

relaciones Subclase-Of, Disjoint-Decomposition, Exhaustive-Decomposition y Partition que son las<br />

relaciones taxonómicas <strong>de</strong>finidas en la Frame Ontology[9] y OKBC Ontology[8] .<br />

3. En nuestro caso las relaciones se establecen principalmente entre el concepto Vino y el resto <strong>de</strong> los<br />

conceptos que representan propieda<strong>de</strong>s o información relativa a él, sobre las bo<strong>de</strong>gas <strong>de</strong> origen,<br />

añada en la que se engloba o tipos <strong>de</strong> uva con las que ha sido fabricado.<br />

4. En el diccionario <strong>de</strong> conceptos se indican las propieda<strong>de</strong>s y relaciones que <strong>de</strong>scriben cada concepto<br />

<strong>de</strong> la taxonomía. Este contiene sus instancias y las clases e instancias <strong>de</strong> sus atributos.<br />

5. Por ejemplo, el concepto Bo<strong>de</strong>ga, que representa un fabricante <strong>de</strong> vino, tiene asociado una relación<br />

zona-vitivinícola-slot que hace referencia a la zona vitivinícola o <strong>de</strong>nominación <strong>de</strong> origen <strong>de</strong> vino en<br />

la que se enmarca esta bo<strong>de</strong>ga. La cardinalidad es como mínimo 1, existiendo la posibilidad <strong>de</strong> que<br />

una misma bo<strong>de</strong>ga esté adscrita a más <strong>de</strong> una Denominación <strong>de</strong> Origen.<br />

6. En la tarea <strong>de</strong> <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> los atributos <strong>de</strong> instancia, se <strong>de</strong>sea obtener una tabla que representa<br />

todos los atributos <strong>de</strong> instancia incluidos en el diccionario.<br />

7. El proceso para <strong>de</strong>finir los atributos <strong>de</strong> clase será similar al <strong>de</strong> los atributos <strong>de</strong> instancia, <strong>de</strong> modo<br />

que cada fila <strong>de</strong> la tabla contendrá el nombre <strong>de</strong>l atributo, el nombre <strong>de</strong>l concepto, el tipo <strong>de</strong>l valor,<br />

los valores posibles <strong>de</strong> este atributo, la cardinalidad, etc.<br />

8. En la ontología existen múltiples constantes relativas a los valores utilizados para representar la<br />

información <strong>de</strong> cata <strong>de</strong> un vino o, por ejemplo, los diferentes tipos <strong>de</strong> uva posibles. Las uvas se<br />

clasifican en tintas y blancas y <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> estas categorías existen valores representados por<br />

constantes tales como por ejemplo Tempranillo, Merlot, Garnacha, Sauvignon blanc, etc.<br />

9. En nuestro caso particular no existen reglas pero si ciertos axiomas que aseguran la corrección <strong>de</strong> la<br />

ontología construida. Así por ejemplo se indican los valores posibles que pue<strong>de</strong> tomar una<br />

<strong>de</strong>terminada clase o concepto. En el caso <strong>de</strong> Categoría este clase solo podrá tomar valores Joven,<br />

Reserva, Gran Reserva y Crianza, que son representados como instancias <strong>de</strong> dicho concepto.<br />

10. Finalmente se <strong>de</strong>finen las instancias relativas a los conceptos representados en la ontología, para<br />

asignar valores a las propieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dichos conceptos y los relacionados con ellos.<br />

3. HERRAMIENTA I-SUMILLER<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

La herramienta <strong>de</strong>nominada i-Sumiller tiene como funcionalidad básica el aconsejar al usuario sobre el vino<br />

español más a<strong>de</strong>cuado para un plato preparado [10]. Hace uso <strong>de</strong> la ontología <strong>de</strong> vinos españoles presentada<br />

sobre la que se realiza razonamiento para recomendación <strong>de</strong> vinos a los usuarios, disponiendo <strong>de</strong> una interfaz<br />

gráfica basada en web en su versión inicial y permitiendo distintos roles <strong>de</strong> acceso.<br />

En la actualidad la herramienta está siendo ampliada realizando su implementación con una arquitectura<br />

<strong>de</strong> Servicios Web. En esta arquitectura el proceso <strong>de</strong> razonamiento e inferencia sobre la ontología se ha<br />

agrupado en un servicio web que recibirá como entrada un tipo <strong>de</strong> plato preparado, sobre el cual se <strong>de</strong>sea la<br />

sugerencia, y que está representado en una <strong>de</strong> las ontologías manejadas. A partir <strong>de</strong> las relaciones<br />

representadas en estas ontologías, se realizará el procesamiento necesario para obtener el vino más a<strong>de</strong>cuado<br />

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en función <strong>de</strong> sus cualida<strong>de</strong>s. Esta información se proporcionará al usuario a través <strong>de</strong> alguna <strong>de</strong> las<br />

interfaces (Web, Móvil o PDA) habilitadas para tal efecto. De esta forma el servicio web podrá ser accesible<br />

bien a través <strong>de</strong> la página web <strong>de</strong>sarrollada a tal efecto o bien a través <strong>de</strong> otro servicio web o aplicación que<br />

pueda acce<strong>de</strong>r a la <strong>de</strong>finición <strong>de</strong> su interfaz.<br />

4. CONCLUSION<br />

Este artículo <strong>de</strong>scribe el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> una ontología <strong>de</strong> vinos españoles con una gran representación <strong>de</strong><br />

información relativa a la cata <strong>de</strong> vinos y a las singularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> un campo tan <strong>de</strong>sarrollado y rico como el<br />

vitivinícola en España. Toda esta información será proporcionada al usuario cuando haga una consulta sobre<br />

el vino que más se a<strong>de</strong>cua a una comida a través <strong>de</strong> una herramienta <strong>de</strong>sarrollada en una primera versión y<br />

<strong>de</strong>nominada iSumiller y que contiene la representación <strong>de</strong> los conceptos y propieda<strong>de</strong>s necesarios relativos al<br />

maridaje en función <strong>de</strong> características <strong>de</strong>l vino español y a una gran variedad <strong>de</strong> alimentos y comidas<br />

elaboradas, <strong>de</strong> modo que genera el razonamiento necesario para proporcionar el mejor vino <strong>de</strong><br />

acompañamiento en una <strong>de</strong>terminada comida.<br />

El artículo aquí expuesto se ha centrado en la <strong>de</strong>scripción breve <strong>de</strong>l proceso seguido en la elaboración <strong>de</strong><br />

la ontología, basándose en la metodología METHONTOLOGY <strong>de</strong>tallando aspectos <strong>de</strong> la información que se<br />

quiere representar con ella <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>l dominio vitivinícola español.<br />

AGRADECIMIENTOS<br />

Este trabajo ha sido parcialmente financiado por el Ministerio <strong>de</strong> Educación y Ciencias así como por el<br />

proyecto FEDER Keops (TSI2005-00960) y el proyecto <strong>de</strong> la Junta <strong>de</strong> Castilla y León con referencia<br />

SA056A07.<br />

REFERENCIAS<br />

Wine Agent. (http://www.ksl.stanford.edu/people/dlm/webont/wineAgent/)<br />

Fernán<strong>de</strong>z-López, M., et al., 1997. METHONTOLOGY: From Ontological Art Towards Ontological Engineering. Spring<br />

Symposium on Ontological Engineering of AAAI. Stanford University, California, pp. 33-40.<br />

Gómez-Pérez, A.et al.2003. Ontological Engineering. Ed. Springer, España.<br />

Ontología <strong>de</strong> Vinos <strong>de</strong> Stanford. (http://www.w3.org/TR/2002/WD-owl-gui<strong>de</strong>-20021104/food.owl).<br />

Razonador OWL Pellet (http://www.mindswap.org/2003/pellet/in<strong>de</strong>x.shtml).<br />

OWL. (http://www.w3.org/TR/2003/CR-owl-features-20030818/).<br />

Protégé. (http://protege.stanford.edu).<br />

Chaudhri VK, et al., 1998. Open Knowledge Base Connectivity 2.0.3, Technical Report<br />

http://www.air.sri.com/~okbc/okbc-2-0-3.pdf<br />

Farquhar A, Fikes R, Rice J (1997) The Ontolingua Server: A Tool for Collaborative Ontology Construction.<br />

International Journal of Human Computer Studies 46(6): 707-727.<br />

Gil, A.B., et al., 2005. Ontología <strong>de</strong> Vinos Españoles. Proceedings <strong>de</strong>l VI Congreso Interacción Persona-Or<strong>de</strong>nador<br />

(INTERACCIÓN’2005). Dentro <strong>de</strong>l I Congreso Español <strong>de</strong> Informática (CEDI 2005). Ed. Thomson ISBN: 84-9732-<br />

436-6. Granada, España, pp. 149-152.<br />

410


FACTORES CRÍTICOS DA ADESÃO DAS PME´S<br />

NACIONAIS, FORNECEDORAS DE MATERIAIS DE<br />

ESCRITÓRIO AO PROCEDIMENTO AQUISITIVO<br />

PÚBLICO EM PORTUGAL: UMA PROPOSTA DE<br />

INVESTIGAÇÃO<br />

Paulo Pereira<br />

Universida<strong>de</strong> Aberta, Lisboa, Portugal<br />

paampereira@sapo.pt<br />

Bráulio Alturas<br />

ADETTI/ISCTE, Lisboa, Portuga<br />

Braulio.Alturas@iscte.pt<br />

RESUMO<br />

Nesta comunicação, preten<strong>de</strong>-se apresentar um trabalho <strong>de</strong> investigação em curso, com o qual se preten<strong>de</strong> estudar o<br />

relacionamento das compras electrónicas públicas com as PME’s portuguesas que comercializam materiais <strong>de</strong> escritório,<br />

analisando factores críticos da a<strong>de</strong>são das PME’s ao procedimento aquisitivo público e qual o seu impacto no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento nacional. Apesar <strong>de</strong> se verificar que um número crescente <strong>de</strong> organismos públicos em todo o mundo,<br />

tem vindo a i<strong>de</strong>ntificar as compras electrónicas (e-procurement) como uma priorida<strong>de</strong>, a investigação académica do eprocurement<br />

apresenta ainda muitas lacunas, sendo actualmente um relevante tema <strong>de</strong> estudo, pelo que se preten<strong>de</strong> com<br />

este trabalho contribuir para uma melhor compreensão do fenómeno das compras electrónicas e suas consequências.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Compras electrónicas; e-procurement; e-marketplace; Administração pública.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O Governo enten<strong>de</strong>u ser necessário acelerar a adopção dos procedimentos electrónicos no procedimento<br />

aquisitivo público tendo em consi<strong>de</strong>ração a importância da matéria e a <strong>de</strong>svantagem <strong>de</strong> Portugal face a outros<br />

Estados Membros da União Europeia, dado que a maioria dos países europeus criou unida<strong>de</strong>s nacionais <strong>de</strong><br />

compras nos anos 90 (UMIC, 2005).<br />

Deste modo, o PNCM – Programa Nacional <strong>de</strong> Compras Electrónicas (RCM 111/2007 <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Agosto)<br />

faz parte integrante do plano <strong>de</strong> Acção para o Governo Electrónico (RCM 108/2003 <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Agosto). O<br />

PNCM será o principal instrumento <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação estratégica e operacional das políticas do Governo para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento das compras electrónicas em Portugal. Preten<strong>de</strong> promover a eficiência do processo<br />

aquisitivo público, gerando ganhos e poupanças estruturais, facilitando e alargando o acesso das empresas ao<br />

mercado <strong>de</strong> compras públicas e aumentando a transparência e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços prestados e também<br />

criar dinâmicas <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização junto dos agentes económicos, promovendo a sua competitivida<strong>de</strong> e<br />

introduzindo a adopção <strong>de</strong> novas práticas <strong>de</strong> comércio electrónico a nível nacional (UMIC, 2005).<br />

Tendo-se verificado que a investigação académica do e-procurement na Administração Pública apresenta<br />

ainda muitas lacunas, sendo actualmente um relevante tema <strong>de</strong> estudo, preten<strong>de</strong>-se com este trabalho<br />

contribuir para uma melhor compreensão do fenómeno das compras electrónicas e suas consequências,<br />

através da <strong>de</strong>terminação dos factores críticos da a<strong>de</strong>são das PME´s nacionais, fornecedoras <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong><br />

escritório ao procedimento aquisitivo público em Portugal, sendo que, para o efeito, preten<strong>de</strong>-se utilizar uma<br />

metodologia <strong>de</strong> investigação simultaneamente qualitativa e quantitativa.<br />

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2. E-PROCUREMENT E E-PROCUREMENT ADAPTADO À<br />

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA<br />

O e-procurement é a utilização <strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação, nomeadamente a Internet, para<br />

implementar algumas ou todas as etapas do processo <strong>de</strong> aprovisionamento (Croom & Brandon-Jones, 2004).<br />

O business case <strong>de</strong>finido para o e-procurement, em termos gerais, é igualmente aplicado ao procurement<br />

público, embora com especificida<strong>de</strong>s próprias, como seria <strong>de</strong> esperar.<br />

Na Administração Pública, o e-procurement assume particular relevância, uma vez que esta entida<strong>de</strong><br />

como um todo é a maior compradora a nível nacional.<br />

Neste mo<strong>de</strong>lo, a entida<strong>de</strong> compradora reúne num sistema sob o seu controlo e num único catálogo, a<br />

informação <strong>de</strong> múltiplos fornecedores e sobre a qual realiza as suas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> e-procurement, com a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração com o seu ERP (Amaral e al, 2003).<br />

3. O CONCEITO DE EMPRESA DE PEQUENA E MEDIA DIMENSÃO<br />

(PME)<br />

O conceito <strong>de</strong> PME abrange um leque muito vasto <strong>de</strong> empresas, com características bem diferenciadas. Entre<br />

os vários critérios <strong>de</strong>limitadores <strong>de</strong>ste<br />

conceito, a <strong>de</strong>finição europeia, actualizada<br />

no início <strong>de</strong> 2005, segundo a<br />

Recomendação da Comissão Europeia<br />

2003/351/CE, <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2003, é a<br />

mais consensual e susceptível <strong>de</strong> melhor<br />

comparabilida<strong>de</strong> das realida<strong>de</strong>s dos<br />

diferentes países da U.E. Segundo este<br />

critério, classificam-se como Pequenas e<br />

Médias Empresas (PME) aquelas que<br />

apresentam as seguintes características<br />

(Russo, 2005):<br />

4. RELEVÂNCIA DO ESTUDO<br />

Quando comparadas com as gran<strong>de</strong>s empresas, as PME’s (pequenas e médias empresas) têm menos recursos<br />

financeiros, menores perícias técnicas e fracos conhecimentos em termos <strong>de</strong> gestão (Blili & Raymond, 1993).<br />

As PME’s são 99,5% do tecido empresarial nacional, empregam três em cada quatro trabalhadores do<br />

sector privado e representam sete em cada <strong>de</strong>z euros produzidos no país. Daqui se retira que elas são a<br />

verda<strong>de</strong>ira economia real, nem sempre tendo a expressão <strong>de</strong>vida em termos <strong>de</strong> exposição pública, <strong>de</strong> apoio e<br />

<strong>de</strong> informação (http://www.pme.online.pt/ 23/06/2006 – 16H20).<br />

Nesta perspectiva é fundamental qualquer estudo relacionado com as compras electrónicas Públicas<br />

analisando factores críticos das PME´s Portuguesas com o procedimento aquisitivo público e qual o impacto<br />

no <strong>de</strong>senvolvimento Nacional. Para o presente estudo consi<strong>de</strong>ram-se como factores críticos: os elementos<br />

sobre os quais vão incidir prioritariamente as estratégias <strong>de</strong> concorrência, os que farão a diferença entre as<br />

empresas com bom <strong>de</strong>sempenho e as outras (Strategor, 1988).<br />

5. METODOLOGIA<br />

Consiste em: Fazer uma revisão <strong>de</strong> literatura no âmbito do e-procurement, marketplaces e das compras<br />

governamentais em Portugal; Descrever os processos utilizados no Procedimento Aquisitivo Público em<br />

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Portugal, utilizando entrevistas; e Aplicar um questionário às PME’s Nacionais que comercializam materiais<br />

da categoria <strong>de</strong> “Material <strong>de</strong> Escritório”<br />

6. IMPLICAÇÕES DA<br />

INVESTIGAÇÃO<br />

O projecto <strong>de</strong> investigação em curso apresentase<br />

como bastante relevante para as PME’s<br />

nacionais, que pretendam ser fornecedoras da<br />

administração pública, uma vez que po<strong>de</strong> dar<br />

importantes indicações sobre quais as melhores<br />

estratégias <strong>de</strong> venda para os organismos<br />

públicos. Por outro lado as conclusões também<br />

po<strong>de</strong>rão ser úteis para os organismos públicos <strong>de</strong> maneira a adaptarem os seus procedimentos <strong>de</strong> compras<br />

electrónicas <strong>de</strong> forma a servirem com maior economicida<strong>de</strong>, eficiência e eficácia os serviços.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Amaral, L.; Teixeira, C. & Oliveira, J. (2003). E-procurement: Uma reflexão sobre a situação actual em Portugal.<br />

Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Informação. Departamento <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong><br />

Informação. Universida<strong>de</strong> do Minho.<br />

Blili, S. & Raymond, L.(1993) “IT: threats and opportunities for small and medium-sized enterprises”. International<br />

Journal of Information Management 13(6), 439-448.<br />

Croom, Simon R. & Brandon-Jones, Alistair (2005). “Key issues in e-procurement: procurement implementation and<br />

operation in the public sector”. Journal of Public Procurement, 5, 3, 367-387.<br />

Russo, J. (2005). Formulação e implementação <strong>de</strong> estratégias nas pequenas e médias empresas (PME) portuguesas.<br />

Artigo publicados na Revista n.º 30 da Or<strong>de</strong>m dos Revisores oficiais <strong>de</strong> contas - Julho a Setembro.<br />

Strategor (1988). Strategor: Stratégie, structure, décision, i<strong>de</strong>ntité. InterEditions, Paris.<br />

UMIC (2005). Comprar Melhor na Administração Pública. Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Missão Inovação e Conhecimento, UMIC.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

REPOSITÓRIO CIENTÍFICO DIGITAL – UTAD<br />

Orlando Carvalho, Guilherme Saraiva, Jorge Godinho, Hugo Pare<strong>de</strong>s<br />

UTAD – Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Departamento <strong>de</strong> Engenharias<br />

Quinta <strong>de</strong> Prados, Apartado 1013, 5001-911 Vila Real, Portugal<br />

orlandocroccia@gmail.com, pimentelsaraiva@hotmail.com, {jgsantos, hpare<strong>de</strong>s}@utad.pt<br />

João Barroso<br />

GECAD – Grupo <strong>de</strong> Investigação em Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão<br />

Dep. Engenharias – UTAD, Quinta <strong>de</strong> Prados, Apartado 1013, 5001-801 Vila Real, Portugal<br />

jbarroso@utad.pt<br />

RESUMO<br />

Hoje em dia, é quase impossível tentar conceber qualquer tipo <strong>de</strong> iniciativa sem o recurso a tecnologias digitais. Devido a<br />

este facto, o suporte digital está a ser utilizado por todo o mundo e as instituições produzem cada vez mais material <strong>de</strong><br />

trabalho neste suporte. Os repositórios digitais foram <strong>de</strong>senvolvidos <strong>de</strong> forma a respon<strong>de</strong>r ao aumento da utilização do<br />

suporte digital para dis<strong>semi</strong>nar o trabalho científico, facilitando e acelerando o processo. A UTAD encontra-se a<br />

<strong>de</strong>senvolver um repositório digital para divulgar todo o trabalho científico produzido na universida<strong>de</strong>. O nosso trabalho<br />

focou-se no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema que torne possível a interacção entre o repositório e os serviços electrónicos<br />

<strong>de</strong> apoio aos docentes e alunos já implementados na universida<strong>de</strong> tornando o cruzamento <strong>de</strong> dados entre o repositório e<br />

esses mesmos serviços em algo possível e extremamente útil.<br />

PALAVRAS CHAVE<br />

Repositório, Digital, Integração <strong>de</strong> sistemas.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Na actualida<strong>de</strong> é-nos muito difícil, senão impossível, tentar conceber qualquer tipo <strong>de</strong> iniciativa competente<br />

sem o recurso a tecnologias digitais. Devido a este facto, o suporte digital está massificado por todo o mundo<br />

e o material suportado por este é variadíssimo e imenso. Como membros integrantes da nossa socieda<strong>de</strong>, as<br />

instituições produzem cada vez mais material sob este suporte. Como resposta a esta tendência, os<br />

repositórios científicos digitais surgem como uma opção válida integrados na Iniciativa <strong>de</strong> Arquivos Abertos<br />

[1] e o Movimento <strong>de</strong> Acesso Livre Informação Científica os quais têm como objectivo acelerar os avanços,<br />

a nível internacional, <strong>de</strong> modo a que os artigos científicos <strong>de</strong> todas as áreas estejam disponíveis na Internet.<br />

Os repositórios institucionais e outros recursos tais como bibliotecas digitais ou periódicos <strong>de</strong> acesso Livre<br />

estão a provocar uma mudança nas práticas <strong>de</strong> trabalho dos membros da comunida<strong>de</strong> científica e ao mesmo<br />

tempo requerendo dos mesmos a sua participação no esforço conjunto e global para <strong>de</strong>finir e classificar o<br />

resultado dos seus trabalhos segundo um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> comunicação científica. Des<strong>de</strong> 1998 que algumas<br />

instituições vêm criando os seus próprios repositórios digitais, mas sem possuírem normas para o seu<br />

<strong>de</strong>senvolvimento nem para a criação <strong>de</strong> parcerias com outras. A UTAD implementou um repositório<br />

científico digital para po<strong>de</strong>r divulgar todo o trabalho científico realizado na instituição, por parte dos<br />

docentes e investigadores. O nosso trabalho centrou-se no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma sistema que possibilite a<br />

interacção do repositório com os serviços electrónicos já existentes na universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma a po<strong>de</strong>r efectuar<br />

o cruzamento <strong>de</strong> dados entre estes.<br />

414


2. REPOSITÓRIOS DIGITAIS<br />

Um repositório digital, é uma forma <strong>de</strong> armazenar material digital, que terá a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preservar e gerir<br />

o seu conteúdo por longos períodos <strong>de</strong> tempo e provi<strong>de</strong>nciar a acessibilida<strong>de</strong> apropriada. Tal foi conseguido<br />

<strong>de</strong>vido à queda nos preços <strong>de</strong> armazenamento em servidores, pela utilização <strong>de</strong> protocolos para a colheita <strong>de</strong><br />

<strong>metadados</strong> que a Iniciativa dos Arquivos Abertos (OAI-PMH), e graças aos <strong>de</strong>senvolvimentos no campo dos<br />

padrões <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> que suportam a interacção e comunicação nos arquivos abertos. No âmbito global, a<br />

distribuição <strong>de</strong> informação científica levou à criação <strong>de</strong> novas parcerias e ao incentivo no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

científico em regiões mais <strong>de</strong>sfavorecidas. Através da partilha <strong>de</strong> <strong>metadados</strong>, os autores que queiram<br />

disponibilizar o seu trabalho abertamente verão o seu objectivo conseguido uma vez que estes serão<br />

compartilhados com outras instituições. Esta ‘lufada’ na metodologia <strong>de</strong> publicação científica teve início com<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> repositórios digitais temáticos, tendo o conceito evoluído e amadurecido<br />

proporcionando assim o aparecimento <strong>de</strong> repositórios sob a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instituições centradas na<br />

produção científica [2].<br />

3. DSPACE<br />

A plataforma Dspace foi a seleccionada para implementar o repositório digital, a qual [3] é vocacionada para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> repositórios institucionais digitais e nasceu da parceria formada pelo Massachusetts<br />

Institute of Technology (MIT) e a Hewlett Packard (HP), estando-se a afirmar cada vez mais como uma das<br />

opções mais utilizadas para este fim.<br />

Actualmente esta plataforma está <strong>de</strong>vidamente apoiada por conjunto um <strong>de</strong> serviços, e comunida<strong>de</strong>s já<br />

constituídas.<br />

Para a comunicação entre repositórios, através da colheita <strong>de</strong> <strong>metadados</strong> <strong>de</strong> outros sistemas, o Dspace<br />

utiliza o protocolo Open Arquives Iniciative – Protocol for Metadata Harvesting (OAI-PMH). O Dspace<br />

possui diversas características entre as quais se <strong>de</strong>stacam:<br />

• Ser Open Source. O Dspace e todo o conjunto <strong>de</strong> ferramentas necessárias para a sua instalação<br />

estão disponíveis para download para qualquer pessoa ou instituição;<br />

• Possui uma arquitectura tradicional constituída por camadas relativamente simples e bastante<br />

eficiente;<br />

• Utiliza componentes apoiados em tecnologia <strong>de</strong> ponta <strong>de</strong>vido a estarem em constante<br />

actualização;<br />

Como tem vindo a ser explicado até aqui, esta plataforma está direccionada para repositórios <strong>de</strong> acesso<br />

livre, consequentemente está direccionado propositadamente para o livre acesso. O objectivo do projecto<br />

Dspace pren<strong>de</strong>-se assim com o estudo dos repositórios institucionais, em várias frentes como o acesso a estes,<br />

direitos <strong>de</strong> autor, versões digitais <strong>de</strong> documentos noutros formatos, recuperação (retrieval) <strong>de</strong> trabalhos<br />

arquivados, receptivida<strong>de</strong> pela comunida<strong>de</strong> académica <strong>de</strong>stas soluções, e as suas diversas funcionalida<strong>de</strong>s<br />

para publicação [4].<br />

4. INTEGRAÇÃO ENTRE SISTEMAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Visibilida<strong>de</strong> – Integração das principais publicações com serviços electrónicos<br />

da UTAD<br />

Com este projecto, preten<strong>de</strong>-se atingir dois gran<strong>de</strong>s objectivos os quais visam a integração e comunicação do<br />

repositório institucional da UTAD com serviços já existentes, mais particularmente com a home page da<br />

UTAD e com o serviço <strong>de</strong> Intranet!<br />

Através da home page da UTAD, preten<strong>de</strong>-se atingir uma integração orientada ao <strong>de</strong>partamento, mais<br />

especificamente, preten<strong>de</strong>-se dotar a página com uma nova área constituída por toda a publicação científica<br />

<strong>de</strong> cada <strong>de</strong>partamento. Por outro lado, através do serviço <strong>de</strong> Intranet, o objectivo é fornecer uma integração<br />

415


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

orientada ao docente, isto é, o fornecimento <strong>de</strong> uma área on<strong>de</strong> cada docente possa visualizar toda a sua<br />

produção científica.<br />

O repositório digital da UTAD será a fonte <strong>de</strong> tais informações e o Search and Retrieve web service [5]<br />

será o veículo <strong>de</strong> comunicação sendo através <strong>de</strong>le que os dados serão extraídos. Esta comunicação terá início<br />

num pedido HTTP GET URL efectuado por um utilizador, sendo enviado e processado pelo SRW, o qual,<br />

seguidamente, irá pesquisar e retornar os dados referentes ao pedido.<br />

Após os resultados serem apresentados nas áreas respectivas dos serviços electrónicos, será<br />

disponibilizada a possibilida<strong>de</strong> dos mesmos po<strong>de</strong>rem ser impressos com uma estrutura em que os diversos<br />

itens estão agrupados por colecções, as quais dizem respeito à natureza dos documentos (teses, artigos<br />

científicos, entre outros...)<br />

5. CONCLUSÃO<br />

A progressiva utilização <strong>de</strong> repositórios digitais como novo meio <strong>de</strong> dis<strong>semi</strong>nação e preservação <strong>de</strong> material<br />

institucional leva a que sejam <strong>de</strong>senvolvidas soluções <strong>de</strong> forma a provi<strong>de</strong>nciar novas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

interacção com estes. A partir <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> pensamento foi proposto o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong><br />

interacção com este tipo <strong>de</strong> repositórios para que todos os docentes na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e<br />

Alto Douro pu<strong>de</strong>ssem <strong>de</strong>positar e ace<strong>de</strong>r ao seu trabalho científico po<strong>de</strong>ndo por exemplo imprimir uma lista<br />

com todo o seu trabalho estruturado por categorias, tendo os objectivos sido atingidos.<br />

REFERÊNCIAS<br />

The Open Archives Initiative Protocol for Metadata Harvesting, 2004. Disponível em:<br />

http://www.openarchives.org/OAI/openarchivesprotocol.html<br />

Café, L.; Már<strong>de</strong>ro Arellano, M. A.; Barboza, E. M. F.; Melo, B. A.; Nunes, E. M. A., 2003. Repositórios Institucionais:<br />

nova estratégia <strong>de</strong> publicação científica na re<strong>de</strong>. ENDOCOM. Belo Horizonte, Brasil.<br />

Smith, M., Bass, M., McClellan, G., Tansley, R., Barton, M., Branschofsky, M., Stuve, D., Walker, J.H, 2003. DSpace:<br />

an open source dynamic digital repository. D-Lib Mag. Vol. 9 No.1.<br />

Barton, M. R.; Walker, J. H., 2003. Building a business plan for DSpace, MIT Libraries’ Digital Institutional Repository,<br />

Journal of Digital Information Vol. 4, No. 2.<br />

SRW: Search/Retrieve Web Service. Disponível em: http://www.oclc.org/research/software/srw/<strong>de</strong>fault.htm<br />

416


ESPECIFICAÇÃO DE UMA APLICAÇÃO PARA A<br />

CRIAÇÃO E MANUTENÇÃO DE CURRÍCULOS VITAE<br />

USANDO TÉCNICAS UML<br />

Ana Rodrigues<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />

Quinta <strong>de</strong> Prados, Apartado 202, 5000-911 Vila Real, Portugal<br />

anacrodriguex@gmail.com<br />

Marlene Pinto<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />

Quinta <strong>de</strong> Prados, Apartado 202, 5000-911 Vila Real, Portugal<br />

mar.mpinto@gmail.com<br />

João Varajão<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />

Quinta <strong>de</strong> Prados, Apartado 202, 5000-911 Vila Real, Portugal<br />

jvarajao@utad.pt<br />

Ramiro Gonçalves<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />

Quinta <strong>de</strong> Prados, Apartado 202, 5000-911 Vila Real, Portugal<br />

ramiro@utad.pt<br />

RESUMO<br />

Os currículos vitae são documentos <strong>de</strong> uso generalizado e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância no percurso profissional <strong>de</strong> muitas<br />

pessoas. Depen<strong>de</strong>ndo do fim a que se <strong>de</strong>stinam, são muitas vezes necessários conteúdos, estruturas e organizações muito<br />

diferentes. Em muitos casos, a manutenção das diferentes versões que um indivíduo necessita <strong>de</strong> ter dos seus currículos é<br />

feita recorrendo a um processador <strong>de</strong> texto normal, o que torna o processo arcaico, moroso e pouco eficaz. Procurando<br />

contribuir para ultrapassar este problema, neste artigo é apresentada a especificação em UML e a implementação <strong>de</strong> uma<br />

aplicação totalmente configurável para criação e manutenção <strong>de</strong> currículos vitae. O seu <strong>de</strong>senvolvimento foi uma tarefa<br />

complexa dado se ter procurado uma solução versátil em termos <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s e características.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Especificação, UML, Software, Curriculum vitae.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Os currículos vitae (CV) têm uma gran<strong>de</strong> importância visto que é através <strong>de</strong>les que são <strong>de</strong>scritas as aptidões e<br />

competências <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada pessoa.<br />

É frequente que, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da finalida<strong>de</strong> do CV, sejam necessários diferentes formatos e conteúdos.<br />

Não obstante este facto, verifica-se que os CV são normalmente <strong>de</strong>senvolvidos com recurso a aplicações<br />

genéricas <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> texto, o que obriga, por exemplo, a uma manutenção <strong>de</strong> versões bastante<br />

primária. Por outro lado, sempre que é necessário mudar o formato <strong>de</strong> apresentação, toda a informação tem<br />

que ser reorganizada através <strong>de</strong> um processo pouco eficiente.<br />

I<strong>de</strong>ntifica-se assim a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma nova ferramenta informática que permita<br />

superar as limitações existentes no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> CV.<br />

417


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Este artigo tem por finalida<strong>de</strong> apresentar a especificação em UML e o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

uma aplicação totalmente configurável para a criação e manutenção <strong>de</strong> CV.<br />

Nas secções subsequentes apresenta-se o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento seguido, a especificação do<br />

sistema, as funcionalida<strong>de</strong>s suportadas e a tecnologia utilizada, terminando-se com algumas consi<strong>de</strong>rações<br />

finais.<br />

2. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> software seguido neste projecto foi o mo<strong>de</strong>lo incremental<br />

(Pressman, 2002). Este mo<strong>de</strong>lo afigurou-se a<strong>de</strong>quado, tendo possibilitado acomodar o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

aplicação no tempo e recursos disponíveis.<br />

Inicialmente, numa primeira fase, efectuou-se a análise <strong>de</strong> requisitos, que consistiu em i<strong>de</strong>ntificar as<br />

funcionalida<strong>de</strong>s que o sistema <strong>de</strong> software teria que suportar, sendo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>senvolvidos diversos mo<strong>de</strong>los<br />

do sistema, recorrendo-se para tal a diversas técnicas da UML (Booch et al., 1999, Nunes and O’Neil, 2004).<br />

Numa segunda fase foi construído o sistema que possibilita a criação e manutenção <strong>de</strong> CV com diferentes<br />

tipos <strong>de</strong> estrutura, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do conteúdo e informação que se preten<strong>de</strong> incluir. O projecto foi<br />

estruturado em quatro incrementos. O primeiro incremento consistiu no <strong>de</strong>senvolvimento das funcionalida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> criação e manutenção <strong>de</strong> utilizadores e também <strong>de</strong> criação e manutenção <strong>de</strong> versões <strong>de</strong> CV. O segundo<br />

incremento consistiu no <strong>de</strong>senvolvimento das funcionalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> criação e manutenção <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong> CV. O<br />

terceiro incremento, na criação e manutenção das funcionalida<strong>de</strong>s referentes ao histórico <strong>de</strong> versões <strong>de</strong> CV.<br />

Finalmente, o quarto incremento incluiu a criação e manutenção <strong>de</strong> idiomas, ou seja, o suporte <strong>de</strong> múltiplos<br />

idiomas.<br />

3. ESPECIFICAÇÃO DO SISTEMA<br />

O sistema foi especificado recorrendo-se a diversas técnicas da UML. Quando se pensa em projectar algo <strong>de</strong><br />

novo, torna-se conveniente criar mo<strong>de</strong>los que representem aquilo que irá ser <strong>de</strong>senvolvido. Esses mo<strong>de</strong>los<br />

constituem assim uma representação abstracta <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong> projectada. Os mo<strong>de</strong>los ten<strong>de</strong>m a ser mais<br />

elaborados quanto mais complexo for aquilo que se preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver (Nunes and O’Neil, 2004).<br />

A UML é uma linguagem que utiliza uma notação padrão para especificar, construir, visualizar e<br />

documentar sistemas <strong>de</strong> informação orientados por objectos (Flint et al., 2004, OMG, 2003). Um mo<strong>de</strong>lo em<br />

UML é constituído por um conjunto <strong>de</strong> diagramas complementares que possibilitam representar aspectos<br />

relevantes <strong>de</strong> um sistema. As técnicas UML usadas na elaboração <strong>de</strong>ste projecto foram os diagramas <strong>de</strong><br />

packages, os diagramas <strong>de</strong> casos-<strong>de</strong>-uso, os diagramas <strong>de</strong> classes e os diagramas <strong>de</strong> estados.<br />

Os diagramas <strong>de</strong> casos-<strong>de</strong>-uso revelaram-se extremamente úteis ao permitir criar mo<strong>de</strong>los gráficos dos<br />

requisitos do sistema i<strong>de</strong>ntificados (Kholkar et al., 2005, Xu and He, 2007). De seguida, na figura 1, é<br />

apresentado o diagrama <strong>de</strong> packages dos casos-<strong>de</strong>-uso <strong>de</strong>finidos.<br />

Controlo <strong>de</strong> acesso<br />

Gerir categorias<br />

Gerir tipo <strong>de</strong> informação<br />

Utilizador<br />

Gerir atributos<br />

Administrador<br />

Gerir tipoCV<br />

Figura 1. Diagrama <strong>de</strong> packages.<br />

Gerir utilizadores<br />

Os diagramas <strong>de</strong> classes são fundamentais no contexto da UML dado que mostram a estrutura <strong>de</strong> classes e<br />

como estas se relacionam. É uma das técnicas mais utilizadas no <strong>de</strong>senvolvimento orientado por objectos<br />

(Alsaadi, 2006). Para cada objecto <strong>de</strong>screve a sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, os seus relacionamentos com os outros<br />

objectos, os seus atributos e as suas operações (Gutwenger et al., 2003). De seguida, na figura 2, é<br />

apresentado o diagrama <strong>de</strong> classes elaborado para o projecto.<br />

418<br />

Gerir idiomas<br />

Gerir currículos


4. PROTÓTIPO FUNCIONAL<br />

Figura 2. Diagrama <strong>de</strong> classes.<br />

Após a mo<strong>de</strong>lação do sistema, proce<strong>de</strong>u-se ao seu <strong>de</strong>senvolvimento recorrendo-se para tal ao Microsoft .Net<br />

Visual Studio 2005, Visual C# Windows Applicattion e Microsoft Access. A aplicação foi <strong>de</strong>senvolvida na<br />

framework Microsoft .Net 2005 (Sharp and Jagger, 2003). Esta framework permitiu a utilização <strong>de</strong> diferentes<br />

tipos <strong>de</strong> controlos com funcionalida<strong>de</strong>s a<strong>de</strong>quadas para a representação da informação.<br />

A aplicação proposta é completamente configurável para suporte <strong>de</strong> diferentes mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> currículos,<br />

dado que o utilizador tem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerir a estrutura dos seus currículos, inclusivamente po<strong>de</strong>ndo<br />

manter diferentes versões do seu currículo, cada uma com estruturas diferentes. Este <strong>de</strong>si<strong>de</strong>rato implicou uma<br />

complexida<strong>de</strong> adicional em termos da mo<strong>de</strong>lação da solução e do seu subsequentemente <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

O utilizador po<strong>de</strong> assim criar, editar e eliminar versões <strong>de</strong> CV, <strong>de</strong> forma eficiente e eficaz. Além disso é<br />

permitido ao utilizador ter todas as suas versões guardadas, mantendo informação sobre cada versão. Para<br />

além das versões é possível criar, editar e eliminar tipos <strong>de</strong> CV, ou seja, o utilizador po<strong>de</strong> <strong>de</strong>finir a estrutura<br />

<strong>de</strong> diferentes versões do seu CV. Na figura 3 encontra-se um exemplo <strong>de</strong> um CV <strong>de</strong>senvolvido na aplicação.<br />

Figura 3. Exemplo <strong>de</strong> um curriculum vitae.<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

419


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Caso a aplicação tivesse tido por finalida<strong>de</strong> suportar uma estrutura estática, o esforço <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

teria sido reduzido porque a complexida<strong>de</strong> envolvida em termos <strong>de</strong> implementação seria consi<strong>de</strong>ravelmente<br />

menor. Essa complexida<strong>de</strong> traduz-se, por exemplo, em termos do número <strong>de</strong> classes, do número <strong>de</strong> casos-<strong>de</strong>uso,<br />

das tabelas <strong>de</strong> base <strong>de</strong> dados necessárias, dos formulários <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> dados e dos relatórios <strong>de</strong><br />

impressão. Ou seja, para ser possível a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> CV totalmente configuráveis foi necessário a<br />

elaboração das classes AtributoCategoria, TipoCV, CategoriaTipoCV, CategoriaInformacao,<br />

TipoInformacao, LinhaCV e LinhaAtributo, <strong>de</strong> forma a suportar a criação <strong>de</strong> diferentes estruturas <strong>de</strong><br />

currículos, com as categorias, tipos <strong>de</strong> informação e atributos que o utilizador preten<strong>de</strong> e, também, <strong>de</strong> forma a<br />

suportar a criação <strong>de</strong> diferentes versões <strong>de</strong> currículos. Se a aplicação suportasse somente uma estrutura<br />

estática, bastaria a implementação <strong>de</strong> apenas duas classes para representar todos os dados do currículo, o que<br />

tornaria <strong>de</strong>snecessário a implementação das classes referidas anteriormente.<br />

5. CONCLUSÃO<br />

No <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste projecto foi elaborada a especificação <strong>de</strong> um sistema que permite efectuar a<br />

manutenção <strong>de</strong> CV <strong>de</strong> forma totalmente configurável. Para este <strong>de</strong>senvolvimento efectuou-se o levantamento<br />

<strong>de</strong> requisitos e a elaboração <strong>de</strong> diagramas <strong>de</strong> packages, <strong>de</strong> diagramas <strong>de</strong> casos-<strong>de</strong>-uso, <strong>de</strong> diagramas <strong>de</strong><br />

classes e <strong>de</strong> diagramas <strong>de</strong> estados da UML.<br />

O projecto começou com uma solução para a elaboração <strong>de</strong> CV com uma estrutura pre<strong>de</strong>finida, tendo<br />

sido <strong>de</strong>pois traçados objectivos mais ambiciosos, culminando na mo<strong>de</strong>lação <strong>de</strong> uma solução que permite<br />

efectuar a manutenção <strong>de</strong> CV com qualquer estrutura que os utilizadores <strong>de</strong>sejem. Após ter sido efectuada a<br />

especificação e mo<strong>de</strong>lação do projecto proce<strong>de</strong>u-se ao <strong>de</strong>senvolvimento da aplicação.<br />

Como trabalho futuro consi<strong>de</strong>ramos interessante o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma aplicação web, que irá<br />

possibilitar ao utilizador colocar on-line o currículo mantido na aplicação standalone, po<strong>de</strong>ndo também<br />

apresentá-lo a uma <strong>de</strong>terminada entida<strong>de</strong> (por exemplo, uma empresa com qual <strong>de</strong>seje colaborar) sem o<br />

precisar <strong>de</strong> o enviar em suporte papel (apenas será necessário enviar uma chave <strong>de</strong> acesso para a entida<strong>de</strong><br />

seleccionada, com a i<strong>de</strong>ntificação do CV).<br />

REFERÊNCIAS<br />

Alsaadi, A., 2006. Checking Data Integrity via the UML Class Diagram. Proceedings of the International Conference on<br />

Software Engineering Advances. Washington, DC, USA, pp. 37.<br />

Booch, G. et al, 1999. The Unified Mo<strong>de</strong>lling Language User Gui<strong>de</strong>. Addison Wesley.<br />

Flint, S. et al, 2004. Executable/Translatable UML in Computing Education. Proceedings of the sixth conference on<br />

Australasian computing education, Dunedin, New Zealand, pp. 69-75.<br />

Gutwenger, C. et al, 2003. A New Approach for Visualizing UML Class Diagrams. Proceedings of the 2003 ACM<br />

Symposium on Software Visualization. San Diego, California, pp. 179-188.<br />

Kholkar, D. et al, 2005. Visual Specification and Analysis of Use Cases. Proceedings of the 2005 ACM symposium on<br />

Software visualization. St. Louis, Missouri, pp. 77-85.<br />

Ng, M. Y. and Butler, M., 2003. Towards Formalizing UML State Diagrams in CSP. Proceedings of the First<br />

International Conference on Software Engineering and Formal Methods.<br />

Nunes, M. and O'Neil, H., 2004. Fundamental <strong>de</strong> UML. FCA – Editora <strong>de</strong> informática.<br />

OMG, 2003. Unified Mo<strong>de</strong>ling Language Specification, http://www.omg.org (last accessed May 2007).<br />

Pressman, R., 2002. Engenharia <strong>de</strong> Software. McGrawHill.<br />

Sharp, J. and Jagger, J., 2003. Microsoft Visual C#.NET step by step. Microsoft Press.<br />

XU, D. and HE, X., 2007. Generation of Test Requirements from Aspectual Use Cases. Workshop WTAOP '07.<br />

Vancouver, British, Columbia, Canada.<br />

420


AGENTES INTELIGENTES NO AMBIENTE VIRTUAL DE<br />

ENSINO DE LÓGICA HALYEN<br />

Sahudy Montenegro González, Annabell <strong>de</strong>l Real Tamariz, Eduardo Coelho Carneiro 1 , Jamile<br />

Souza <strong>de</strong> Almeida<br />

Universida<strong>de</strong> Candido Men<strong>de</strong>s, Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Um dos principais <strong>de</strong>safios <strong>de</strong>ntro dos ambientes virtuais <strong>de</strong> educação a distância é melhorar a interativida<strong>de</strong><br />

do aluno <strong>de</strong>ntro do ambiente. Um Sistema Tutor Inteligente (STI) é um sistema voltado para educação que<br />

possui inteligência para adaptar-se ao estilo <strong>de</strong> cada aluno, mesmo se os alunos possuem diferentes<br />

comportamentos <strong>de</strong>ntro do ambiente. A proposta <strong>de</strong>ste trabalho é um ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem,<br />

<strong>de</strong>nominado O HALYEN, <strong>de</strong>senvolvido como um STI. O objetivo do ambiente é dinamizar a escolha da<br />

estratégia pedagógica segundo o perfil do aluno. O HALYEN é voltado para o ensino <strong>de</strong> Lógica Matemática,<br />

por ser fundamental para o ensino <strong>de</strong> algoritmos e programação, on<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte dos alunos <strong>de</strong> computação<br />

e cursos afins possuem dificulda<strong>de</strong>s e muitas vezes não conseguem absorver o conteúdo por não ter um<br />

raciocínio lógico bem <strong>de</strong>senvolvido. Dentro da proposta do HALYEN, este artigo tem por objetivo expor o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do STI utilizando a abordagem <strong>de</strong> um sistema multiagente. O STI <strong>de</strong>verá ser capaz <strong>de</strong> obter<br />

informações e características do aluno e reagir conforme seu perfil. Este trabalho encontra-se em andamento.<br />

O artigo está organizado como segue. Na Seção 2, <strong>de</strong>screve-se o ambiente <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> lógica. Na Seção<br />

3, é apresentada a arquitetura <strong>de</strong> agentes inteligentes do ambiente. Por último, a Seção 4 encerra o artigo com<br />

as consi<strong>de</strong>rações finais e trabalhos futuros.<br />

2. O AMBIENTE VIRTUAL HALYEN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O conceito <strong>de</strong> lógica é treinado a partir <strong>de</strong> jogos para o <strong>de</strong>senvolvimento do raciocínio lógico. O objetivo do<br />

ambiente é focar no aprendizado do aluno, e para isso, ele <strong>de</strong>ve conhecer o aluno. O ambiente obtém<br />

informações do aluno para construir o mo<strong>de</strong>lo do aluno com suas informações emocionais e cognitivas.<br />

O HALYEN está sendo <strong>de</strong>senvolvido para trabalhar em duas fases. A primeira fase, <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong><br />

treinamento, vai coletando dados sobre os movimentos dos alunos enquanto utilizam o ambiente e um<br />

<strong>de</strong>terminado jogo <strong>de</strong>ntro do ambiente. O objetivo da fase <strong>de</strong> treinamento é treinar o ambiente em oficinas<br />

com alunos do primeiro período dos cursos <strong>de</strong> computação e afins, assim como alunos do ensino médio.<br />

Nesta fase, são armazenados todos os movimentos dos alunos <strong>de</strong>ntro do ambiente que po<strong>de</strong>m ser relevantes à<br />

análise <strong>de</strong> diferentes perfis <strong>de</strong> alunos (dado pela motivação, facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem, <strong>de</strong>dicação, etc.). As<br />

técnicas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> conhecimento em bancos <strong>de</strong> dados e Inteligência Artificial serão aplicadas para<br />

atingir o objetivo. Na segunda fase, <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> aplicação, os perfis <strong>de</strong> alunos serão utilizados para<br />

acompanhar o aprendizado e testarão os resultados obtidos na primeira fase com novos alunos. Em ambas as<br />

fases, a motivação ou perfil do aluno é inicialmente <strong>de</strong>finido utilizando uma adapatação ao formulário<br />

Motivated Strategies for Learning Questionnaire (MSLQ) feita por (Jaques, 2004), para i<strong>de</strong>ntificar os alunos<br />

em dois grupos: alunos orientados a aprendizagem e alunos orientados a <strong>de</strong>sempenho.<br />

O ambiente tem três tipos <strong>de</strong> usuários: administrador, aluno e professor. O administrador do ambiente<br />

gerencia informações necessárias à utilização, como os cadastros <strong>de</strong> alunos, turmas, professores, disciplinas e<br />

cursos. O professor é consi<strong>de</strong>rado o mais complexo do ambiente, pois além do gerenciamento do conteúdo<br />

instrucional, ele é responsável pela configuração e acompanhamento do <strong>de</strong>sempenho do aluno. Os alunos têm<br />

a disposição o acesso a materiais, realização <strong>de</strong> exercícios e gerenciamento <strong>de</strong> dados pessoais.<br />

1 Esta pesquisa tem o apoio <strong>de</strong> bolsas <strong>de</strong> Iniciação Científica da Fundação <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro (FAPERJ).<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

422<br />

3. A ARQUITETURA DE AGENTES DO HALYEN<br />

A arquitetura do ambiente é apresentada na Figura 1. Conforme à arquitetura tradicional (Jaques, 2004), a<br />

proposta contém os quatro mo<strong>de</strong>los: <strong>de</strong> aluno, <strong>de</strong> domínio, do tutor e <strong>de</strong> interface. O Mo<strong>de</strong>lo do domínio é<br />

composto pelo agente <strong>de</strong> domínio, base do mo<strong>de</strong>lo cognitivo, agente assistente. A versão atual tem o<br />

assistente a dúvidas dos alunos que retorna a melhor resposta possível àquela pergunta feita pelo aluno na<br />

linguagem natural, sendo pesquisada a base <strong>de</strong> respostas. O agente <strong>de</strong> domínio acessa e controla a base do<br />

mo<strong>de</strong>lo cognitivo, que contém a representação do conteúdo a ser ensinado. O Mo<strong>de</strong>lo do aluno é composto<br />

pelo agente aprendiz, base do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> emoções (armazena as regras do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> emoções para inferir a<br />

emoção do aluno em um <strong>de</strong>terminado momento <strong>de</strong> interativida<strong>de</strong> com o ambiente), base do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> perfil<br />

do aluno (armazena as regras do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> perfis dos alunos <strong>de</strong>terminadas pelo agente <strong>de</strong> treinamento na<br />

primeira fase), base das emoções do aluno, base do perfil do aluno (armazena o perfil e motivação do aluno).<br />

O agente aprendiz acessa à base mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> emoções, base do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> perfil e mo<strong>de</strong>la o estudante. Ele é<br />

responsável por inferir as emoções do aluno e o seu perfil. O Mo<strong>de</strong>lo do tutor é composto pelo agente tutor e<br />

a base <strong>de</strong> estratégias. A base <strong>de</strong> estratégias contém as diferentes estratégias <strong>de</strong> ensino. O agente tutor baseiase<br />

nas informações recebidas do agente aprendiz e agente <strong>de</strong> domínio para selecionar a melhor estratégia <strong>de</strong><br />

ensino. A Interface do aluno inclui uma interface gráfica ou agente pedagógico animado para interagir com o<br />

aluno criando um relacionamento afetivo.<br />

Figura 1. Arquitetura do ambiente HALYEN.<br />

Para <strong>de</strong>senvolver um sistema que utiliza agentes, é necessário tratar aspectos como a comunicação entre<br />

os agentes, planejamento, divisão <strong>de</strong> tarefas, coor<strong>de</strong>nação, representação e manipulação <strong>de</strong> conhecimentos e<br />

comportamentos. O framework JADE (Java Agent DEvelopment framework) (Gyurjyan, 2003) possui uma<br />

infra-estrutura <strong>de</strong> suporte ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas multiagentes. O JADE segue as especificações<br />

FIPA (Foundation for Intelligent Physical Agents) e possui um conjunto <strong>de</strong> ferramentas gráficas que ajudam<br />

na fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

As tarefas são realizadas através da comunicação entre os agentes. Uma gran<strong>de</strong> tarefa po<strong>de</strong> ser dividida<br />

em várias pequenas tarefas e ser distribuída entre alguns agentes para conseguir alcançar um gran<strong>de</strong> objetivo.<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> comunicação escolhido foi a troca <strong>de</strong> mensagens, on<strong>de</strong> cada agente sabe o nome e en<strong>de</strong>reço <strong>de</strong><br />

todos os agentes que formam o sistema. O tipo <strong>de</strong> mensagem utilizada é a FIPA-ACL. Essa linguagem utiliza<br />

performativas para <strong>de</strong>finir o protocolo <strong>de</strong> comunicação entre os agentes. Exemplos <strong>de</strong> comunicação entre<br />

agentes utilizando a linguagem FIPA-ACL são mostrados na Figura 3.<br />

O ambiente HALYEN, <strong>de</strong>senvolvido na linguagem Java, com o uso do JADE, <strong>de</strong>fine a comunicação<br />

entre os agentes como na Figura 2. Nenhum agente se comunica <strong>de</strong> forma direta. Toda requisição é passada<br />

para o agente coor<strong>de</strong>nador, que intermedia as ações entre os agentes. Ele recebe as requisições do ambiente e<br />

passa a mensagem para o agente que for responsável pela execução da tarefa.<br />

Em um cenário, já <strong>de</strong>senvolvido, on<strong>de</strong> o administrador do ambiente quer adicionar uma turma, ele faz<br />

uma requisição, e a interface do usuário passa os dados (login, senha e tipo <strong>de</strong> usuário) ao agente<br />

coor<strong>de</strong>nador. O agente coor<strong>de</strong>nador cria uma mensagem com a performativa query-if para consultar ao<br />

agente aprendiz se a proposição é verda<strong>de</strong>ira ou não. Os dados são inseridos nessa mensagem. No instante<br />

em que o agente aprendiz receber esta mensagem, vai verificar na base <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> cadastro <strong>de</strong> alunos se o<br />

conteúdo (login, senha e tipo <strong>de</strong> usuário) existe ou não. Logo, ele cria uma mensagem <strong>de</strong> resposta com a


performativa confirm se for verda<strong>de</strong>iro, ou disconfirm caso seja falso. A mensagem é enviada ao agente<br />

coor<strong>de</strong>nador, que retorna a resposta à interface do usuário. Quando obtiver a resposta, o ambiente realiza o<br />

login ou exibe uma mensagem <strong>de</strong> erro.<br />

Figura 2. Comunicação entre os agentes no ambiente HALYEN.<br />

Efetivado o login, o administrador se encaminha à tela <strong>de</strong> cadastro <strong>de</strong> turmas. Para o cadastro <strong>de</strong> turmas<br />

acontecer, sao requisitados os cursos existentes e os professores. Essa requisição acontece entre o agente<br />

coor<strong>de</strong>nador e o agente aprendiz, utilizando as performativas request/inform. O agente aprendiz retorna os<br />

resultados dos cursos e professores ao agente coor<strong>de</strong>nador. Uma vez criada a turma, mensagens inform/agree<br />

são trocadas entre os agentes coor<strong>de</strong>nador e <strong>de</strong> domínio para inserir os dados na base. Na Figura 3, ilustra-se<br />

graficamente (usando a ferramenta SnifferAgent disponível na plataforma <strong>de</strong> JADE) toda a troca <strong>de</strong><br />

mensagens entre os agentes para concluir as tarefas <strong>de</strong>ste cenário.<br />

4. CONCLUSÃO<br />

Figura 3. Fluxo <strong>de</strong> mensagens no ambiente HALYEN.<br />

O ensino <strong>de</strong>ve ser abordado como um problema a ser solucionado <strong>de</strong> forma cooperativa. A ação do aluno é o<br />

centro do processo, on<strong>de</strong> o trabalho em equipe dos agentes do sistema permite um método <strong>de</strong> ensino<br />

individualizado que respeita o ritmo próprio <strong>de</strong> aprendizado do aluno. O ambiente visa fornecer mais um<br />

meio <strong>de</strong> apoio a esse aprendizado, através das suas duas fases, a análise do perfil do aluno e sua arquitetura<br />

dos agentes inteligentes, utilizando o framework JADE, que permite ser adaptável ao aluno. Os próximos<br />

passos no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho são dar continuida<strong>de</strong> ao <strong>de</strong>senvolvimento do ambiente com<br />

agentes inteligentes, a <strong>de</strong>finição dos perfis dos alunos, das estratégias <strong>de</strong> motivação aos alunos e da inferência<br />

dos perfis dos alunos pelos agentes do sistema.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Gyurjyan V. et al, 2003. FIPA agent based network distributed control system. Proceedings of Computing in High<br />

Energy and Nuclear Physics. La Jolla, California.<br />

Jaques P. A., 2004. Using an animated pedagogical agent to interact affectively with the stu<strong>de</strong>nt. PhD Thesis,<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, Brasil, 2004.<br />

423


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

ANÁLISIS DE LOS OBJETIVOS DE NEGOCIO,<br />

ESTRATEGIAS DE ÉXITO Y BARRERAS EN SITIOS WEB<br />

DE EMPRESAS ESPAÑOLAS.<br />

1. INTRODUCCIÓN<br />

Dr. Antonio Paños Álvarez<br />

Profesor Titular <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Organización <strong>de</strong> Empresas<br />

Facultad Economía y Empresa. <strong>Universidad</strong> <strong>de</strong> Murcia<br />

E-mail: apalvar@um.es<br />

Internet es un fenómeno imparable en el mundo actual. El mundo empresarial no es ajeno a la irrupción <strong>de</strong><br />

Internet, al que todavía muchas empresas miran con cierto escepticismo, pero atisbando que <strong>de</strong>ben prepararse<br />

para lo que traerá consigo en un futuro. Internet ofrece hoy nuevas oportunida<strong>de</strong>s, pero a<strong>de</strong>más, exige a las<br />

empresas cambios en sus estructuras y en su forma <strong>de</strong> trabajar.<br />

Según el estudio <strong>de</strong> la Asociación Española <strong>de</strong> Comercio Electrónico <strong>de</strong>l año 2005 <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> la categoría<br />

B2C, el 40,3 % <strong>de</strong> la población española <strong>de</strong> 14 años en a<strong>de</strong>lante es usuaria <strong>de</strong> Internet. Entre los internautas,<br />

el 27,8 % <strong>de</strong>clara haber comprado algún producto o servicio en Internet durante el año 2004. Esta cifra<br />

representa una cantidad <strong>de</strong> casi 4 millones <strong>de</strong> personas mayores <strong>de</strong> 14 años.<br />

A pesar <strong>de</strong> estas cifras, el comercio electrónico en España todavía se encuentra en sus inicios. En España<br />

todavía existe un cierto retraso respecto a otros países <strong>de</strong> Europa y Norteamérica. No olvi<strong>de</strong>mos que Internet<br />

todavía se encuentra en sus inicios y que, como toda innovación, requiere tiempo hasta llegar a su madurez.<br />

En cualquier caso, según las cifras anteriores vemos que, aunque el mercado actual todavía es pequeño, nos<br />

encontramos ante un mercado con un potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarrollo muy gran<strong>de</strong>.<br />

2. OBJETIVO<br />

Crear y mantener una web supone un importante esfuerzo para la empresa que se traduce en costosas y<br />

continuas inversiones en medios humanos y tecnológicos. Ante tal situación, consultoras, asociaciones y<br />

profesionales han analizado la situación <strong>de</strong> las empresas españolas, intentando encontrar respuesta a 3<br />

preguntas esenciales que tratamos <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r con los resultados <strong>de</strong> este trabajo.<br />

Pregunta 1: ¿Qué objetivos <strong>de</strong> negocio se plantean las empresas españolas al <strong>de</strong>sarrollar y mantener un<br />

sitio web?.<br />

Pregunta 2: ¿Qué elementos favorecen el éxito <strong>de</strong>l sitio web?<br />

Pregunta 3: ¿Qué barreras pue<strong>de</strong>n afectar al éxito <strong>de</strong>l sitio web?<br />

3. METODOLOGÍA<br />

El objeto <strong>de</strong> este trabajo es respon<strong>de</strong>r a esas preguntas haciendo un estudio teórico <strong>de</strong>scriptivo sobre esos<br />

puntos. Para ello, hemos revisado recientes estudios <strong>de</strong> investigación y <strong>de</strong> encuestas sobre el tema realizadas<br />

por las principales asociaciones españolas <strong>de</strong> comercio electrónico así como otros realizados por empresas<br />

lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong>dicadas a la investigación <strong>de</strong> mercados, como AECE, A. T. Kearney, o la Comunidad Virtual <strong>de</strong><br />

Marketing. Todos ellos vienen referenciados en la bibliografía <strong>de</strong>l trabajo.<br />

424


4. RESULTADOS DE LA INVESTIGACIÓN<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Los trabajos analizados muestran la experiencia acumulada por las empresas españolas en los últimos años y<br />

que arrojan luz sobre las preguntas planteadas.<br />

Pregunta 1:¿Qué objetivos <strong>de</strong> negocio se plantean las empresas al <strong>de</strong>sarrollar y mantener un sitio web?.<br />

Con respecto a los objetivos perseguidos por las empresas españolas, cabe <strong>de</strong>stacar los siguientes. 1)El<br />

ccceso a nuevos clientes. El 40,3% <strong>de</strong> la población española mayor <strong>de</strong> 14 años es usuaria <strong>de</strong> Internet. De<br />

ellos, casi 4 millones (un 11,2%) compran por Internet (AECE, 2005). Tener presencia en Internet es<br />

sencillo, pero lograr que un usuario <strong>de</strong> Internet se interesa por un sitio web es más complicado. 2) Otro<br />

objetivo es la mejora <strong>de</strong> la imagen <strong>de</strong> la compañía, pues en la nueva economía, la presencia en Internet es un<br />

valor en alza (Cristóbal, 2002). Otro aspecto perseguido es la fi<strong>de</strong>lización <strong>de</strong>l cliente, pues Internet permite la<br />

creación <strong>de</strong> servicios personalizados al cliente (Sánchez, 2002). 3) el incremento <strong>de</strong> la oferta <strong>de</strong> productos y/o<br />

servicios, más recomendable para el caso <strong>de</strong> productos aptos para su venta en Internet (AECE, 2005). 4)<br />

Nuevas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ingresos. Para ello resulta necesario diseñar un plan <strong>de</strong> negocio, un cliente objetivo<br />

y una oferta <strong>de</strong> la empresa en Internet (Le Rouge y Picard, 2004). 5) Mejorar la satisfacción <strong>de</strong>l cliente. El<br />

56% <strong>de</strong> los usuarios españoles <strong>de</strong> Internet compran en menos <strong>de</strong> 5 páginas diferentes (A. T. Kearney, 2002).<br />

6) Mejorar la relación con el cliente. Algunas iniciativas convenientes para ello en opinión <strong>de</strong> las empresas<br />

españolas pue<strong>de</strong>n ser: personalizar los contenidos ofrecidos al cliente, construir una imagen en la Red, etc.<br />

(Fundación Orange, 2007).<br />

Pregunta 2: ¿Qué elementos favorecen el éxito <strong>de</strong> la web?. En este sentido, las empresas españolas<br />

<strong>de</strong>stacan algunos elementos que potencian el éxito <strong>de</strong>l sus negocios en la web. Caben <strong>de</strong>stacar: 1) La<br />

personalización <strong>de</strong>l cliente, mediante elementos como cookies, certificados digitales, formularios, espacios<br />

personales u otros (Pardo, 2004, AECE, 2005). 2) La entrega rápida <strong>de</strong>l producto. El 55% <strong>de</strong> los cibernautas<br />

españoles que han realizado compras opinan que recibieron su pedido por Internet en un plazo rápido<br />

(Comunidad Virtual <strong>de</strong> MK, 2003, Fundación Telefónica, 2006). 3) La disponibilidad amplia en el formato<br />

<strong>de</strong> pago. En España, según la AECE (2005) la tarjeta <strong>de</strong> crédito es el principal medio <strong>de</strong> pago utilizado<br />

(65,4%), el contra reembolso el segundo (18,5%) y la transferencia bancaria el tercero (9,4%). 4) La<br />

existencia y visibilidad <strong>de</strong> la empresa en Internet, que pasa por la a<strong>de</strong>cuada ubicación <strong>de</strong> la web empresarial<br />

en los buscadores más usados (Meseguer et al., 2003; Pardo, 2004; AECE, 2005). 5) El conocimiento <strong>de</strong> la<br />

empresa fuera <strong>de</strong> la Red. Al 90% <strong>de</strong> los consumidores españoles les influye conocer la empresa fuera <strong>de</strong><br />

Internet a la hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir dón<strong>de</strong> compran en la Red (Comunidad Virtual <strong>de</strong> MK, 2003).<br />

Pregunta 3: ¿Qué barreras nos po<strong>de</strong>mos encontrar y que nos impedirían alcanzar el éxito con la web?. En<br />

este tema, las empresas españolas <strong>de</strong>stacan: 1) El diseño <strong>de</strong> la web. El 86% <strong>de</strong> los consumidores españoles<br />

<strong>de</strong>mandan sencillez en el diseño <strong>de</strong> los procesos <strong>de</strong> compra a través <strong>de</strong> Internet (AECE, 2005; Fundación<br />

Orange, 2007). 2) La falta <strong>de</strong> seguridad <strong>de</strong> la web. En este sentido un 20,8% <strong>de</strong> los internautas no<br />

compradores señalan que la principal razón para no comprar en Internet es el miedo a dar datos personales.<br />

A<strong>de</strong>más un 37% <strong>de</strong> los internautas compradores <strong>de</strong>mandan mejoras <strong>de</strong> seguridad en el sistema <strong>de</strong> pago<br />

(Gómez, 2004; AECE, 2005; Fundación Orange, 2007). 3) Los problemas <strong>de</strong> logística. Un 83% <strong>de</strong> los<br />

compradores por Internet señala que ha tenido problemas con las compras realizadas por Internet, <strong>de</strong>stacando<br />

la entrega con retraso o con <strong>de</strong>sperfectos (47%), que no llegó el producto (29%) o la falta <strong>de</strong> concordancia<br />

entre lo ofertado en Internet y el producto real (13%) (Leee y Whang, 2003). 4) La preferencia por el canal<br />

tradicional <strong>de</strong> compra, aunque este aspecto se ha reducido mucho. Según la AECE (2005), sólo el 10,5% <strong>de</strong><br />

los internautas no compradores siguen prefiriendo comprar masivamente fuera <strong>de</strong> Internet. 5) El dudoso valor<br />

añadido <strong>de</strong> la compra en Internet, pues el acceso continuo a Internet no es barato, la navegación por las<br />

páginas pue<strong>de</strong> ser complicada y en ocasiones se requiere excesiva información al cliente (AECE, 2005,<br />

Fundación Orange, 2007).<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

BIBLIOGRAFÍA<br />

AECE (2005). Estudio sobre Comercio Electrónico B2C (2004) y (2005) [On-line]. Madrid: AECE. Disponible en<br />

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A. T. KEARNEY (2002). ¿Cómo satisfacer al cliente on-line?. Estudio sobre los hábitos y preferencias <strong>de</strong> compra<br />

electrónica en los mercados más <strong>de</strong>sarrollados. [On-line]. Madrid: A. T. KEARNEY. Disponible en<br />

<br />

Comunidad Virtual <strong>de</strong> Marketing (2002) y (2003). Resultados <strong>de</strong> la 3ª y 4ª Ciberencuesta sobre Comercio Electrónico:<br />

Comportamiento Consumidor/a. [On-line]. Valencia: Comunidad Virtual <strong>de</strong> Marketing. Disponible en<br />

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Dirección, número 224, pp. 75-80.<br />

Del Pino González, Aurelio; Vázquez Yanez, (2004): “El comercio electrónico en España. Una aproximación estadística<br />

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Fundación Telefónica (2006): La Sociedad <strong>de</strong> la Información en España 2006.<br />

Fundación Orange (2007): V Informe Anual sobre el <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> la Sociedad <strong>de</strong> la Información en España.<br />

Gómez Avilés-Casco, Fernando (2004): “La seguridad en las transacciones”, Información Comercial Española. Revista<br />

<strong>de</strong> Economía, nº 813, pp. 141-152.<br />

Le Rouge, Cindy y Picard, Ángela (2004): “Hacia la rentabilidad <strong>de</strong>l comercio electrónico”, Harvard-Deusto Business<br />

Review, nº 121, febrero 2004, pp. 56-68.<br />

Lee Han L. y Whang, Seungjin (2003): “El momento <strong>de</strong> la entrega: ganar el último tramo en el comercio electrónico”,<br />

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Meseguer Artola, Antoni et al. (2003): “Situación y perspectivas <strong>de</strong>l comercio electrónico en España: Un análisis a través<br />

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Pardo Bustillo, Fernando (2004): “El comercio electrónico en España hoy: aspectos cuantitativos y cualitativos”,<br />

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Sánchez Gallego, Guillermo (2002): “Las etapas <strong>de</strong>l camino hacia la venta por Internet: algunas consi<strong>de</strong>raciones al<br />

respecto”, Alta Dirección, nº 223, pp. 19-26.<br />

426


ANÁLISE DE PROJECTOS DE INVESTIMENTO NA ÁREA<br />

DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO: MÉTODOS E<br />

TÉCNICAS<br />

Ricardo Zenida<br />

ISCTE – Portugal<br />

ISCTE, Av. Das Forças Armadas 1600-083 LISBOA – Portugal<br />

Telephone: (+351)217903066 Fax: (+351)217903099<br />

E-mail: Ricardo.Zenida@link.pt<br />

Bráulio Alturas<br />

ADETTI / ISCTE – Portugal<br />

ISCTE, Av. Das Forças Armadas 1600-083 LISBOA – Portugal<br />

Telephone: (+351)217903066 Fax: (+351)217903099<br />

E-mail: Braulio.Alturas@iscte.pt<br />

URL: http://www.iscte.pt/~baa/<br />

RESUMO<br />

Embora sejam utilizados vários métodos para fazer a avaliação <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> investimento em SI/TI, não existe um<br />

método exacto na análise <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> investimento na área das tecnologias <strong>de</strong> informação. Neste artigo são<br />

apresentados alguns dos métodos e indicadores <strong>de</strong> análise económico-financeiros na área das tecnologias <strong>de</strong> informação.<br />

Sendo a tradicional análise custo-benefício o método mais utilizado, apresenta algumas limitações, já que existem limites<br />

económico-financeiros que condicionam a sua análise.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Análise custo-benefício, Planeamento estratégico <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação, Análise <strong>de</strong> Sistemas, Análise <strong>de</strong><br />

Investimentos, Gestão tecnológica.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Para Reis (1993) os sistemas <strong>de</strong> informação são vistos pelos gestores <strong>de</strong> topo, “como um recurso estratégico<br />

que lhes permite competir <strong>de</strong> modo diferente” (p. 20). Por ser um recurso tão importante é necessário analisar<br />

o seu valor <strong>de</strong> retorno, pois trata-se <strong>de</strong> um investimento pesado para muitas empresas.<br />

Actualmente, e face ao mercado competitivo em que vivemos, ter um sistema <strong>de</strong> informação <strong>de</strong> “topo”<br />

po<strong>de</strong> significar uma vantagem competitiva. No entanto, há que realçar que esta mais-valia <strong>de</strong>verá ser<br />

analisada, até porque nem todos os sistemas são os mais a<strong>de</strong>quados para o que se preten<strong>de</strong> obter.<br />

Tem-se observado nos últimos 20 anos que metodologias como o ROI (return on investiment), VAL<br />

(valor actual líquido), TIR (taxa interna <strong>de</strong> rendibilida<strong>de</strong>), etc. têm monopolizado a própria avaliação <strong>de</strong><br />

investimento. E mais, as formas tradicionais <strong>de</strong> avaliação não se conseguem adaptar a um ambiente<br />

empresarial em constante alteração, por este motivo são necessárias novas formas <strong>de</strong> avaliação que possam<br />

suportar e dar uma informação mais exacta dos aspectos intangíveis dos riscos e incertezas. “Por isso, novas<br />

formas <strong>de</strong> avaliação são necessárias para suportar uma avaliação mais rica, dos aspectos intangíveis e<br />

elementos <strong>de</strong> risco e incerteza” (Serafeimidis e Smithson 1999).<br />

Em Portugal enfrentamos um panorama político-económico que não favorece as empresas que operam<br />

nesse mesmo mercado e o investir por investir <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser uma realida<strong>de</strong>. Cada vez mais se <strong>de</strong>nota a<br />

maturida<strong>de</strong> das empresas face às tecnologias <strong>de</strong> informação e ao enfoque nas soluções integradas, como<br />

sejam os ERP. Num mercado em constante crescimento ao nível tecnológico cada vez mais se ouve falar em<br />

“webização” e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> segurança informática e ainda a centralização <strong>de</strong> todas as áreas da empresa<br />

num único programa, e nisso os ERP são um po<strong>de</strong>roso aliado.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

2. MÉTODO E TÉCNICAS<br />

Segundo Oliveira (2004) “Os sistemas e as Tecnologias da Informação e da Comunicação (SI/TIC) são, entre<br />

outras coisas, potentes instrumentos <strong>de</strong> apoio à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, repositórios <strong>de</strong> dados e <strong>de</strong> aprendizagens<br />

que introduzem rigor e racionalida<strong>de</strong> nas múltiplas escolhas <strong>de</strong> quem os usa para interagir com a incerteza<br />

que caracteriza a socieda<strong>de</strong> actual” (p.13).<br />

Foi a partir <strong>de</strong> Strassman (1985) que se começou a evi<strong>de</strong>nciar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se estudar o impacto dos<br />

SI/TIC no contexto <strong>de</strong> gestão, organizativo e social para as empresas. Já num estudo efectuado pela<br />

Economist Intelligent Unit em Dezembro <strong>de</strong> 1993, os principais obstáculos que os investimentos em SI/TIC<br />

enfrentam eram “a redução da activida<strong>de</strong> da instituição, utilização e inserção dos SI/TIC nas organizações, o<br />

conhecimento <strong>de</strong> fracassos e insucessos anteriores (própria ou <strong>de</strong> terceiros) e, não menos importante, a<br />

separação, o divórcio entre os tecnólogos (dos SI/TIC) e os responsáveis pela gestão. E, por outro lado, que<br />

se <strong>de</strong>veria exigir aos SI/TIC um aumento da competitivida<strong>de</strong> da organização” (Oliveira 2004, p.25-26).<br />

Apenas 1% do universo das empresas no mercado efectuam “a análise, a gestão e o controlo dos<br />

investimentos em SI/TIC” (Oliveira 2004, p.90). Muitos dos investimentos são feitos sem preocupação<br />

alguma por parte dos gestores, em que se <strong>de</strong>nota uma ausência <strong>de</strong> gestão e <strong>de</strong> controlo dos sistemas <strong>de</strong><br />

informação. Também temos a outra face, empresas que se têm preocupado em gerir e organizar os SI/TIC e<br />

são casos <strong>de</strong> sucesso nesta área. Daí existir a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser geridos “like a business”, como qualquer<br />

outro negócio que a empresa tenha.<br />

Na avaliação da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um ERP, segundo Oliveira (2004), <strong>de</strong>verão estar presentes os seguintes<br />

factores: “Eficácia, Aprendizagem, Portabilida<strong>de</strong>, Fiabilida<strong>de</strong>, Flexibilida<strong>de</strong>, Integração, Manutenção,<br />

Segurança, Custo, Utilida<strong>de</strong>” (p.74).<br />

Algumas das técnicas tradicionais utilizadas para analisar a rendibilida<strong>de</strong> dos projectos <strong>de</strong> investimento<br />

são o VAL (valor actual líquido) ou NPV (net present value), a TIR (taxa interna <strong>de</strong> rendibilida<strong>de</strong>) ou IRR<br />

(Internal Rate of Return), o PRI (período <strong>de</strong> retorno do investimento) ou pay-back period, o RI (rendibilida<strong>de</strong><br />

do investimento) ou ROI (return on investiment), o DCF (discounted cash flow), método da análise <strong>de</strong> risco,<br />

etc. A teoria tradicional do investimento visa comparar dois gran<strong>de</strong>s pesos, os custos <strong>de</strong> investimento e os<br />

proveitos gerados pelo investimento.<br />

No caso dos custos tem-se <strong>de</strong>notado uma preocupação crescente para os tipificar. No caso dos proveitos o<br />

cálculo dos mesmos tem-se revelado mais difícil.<br />

Segundo Oliveira (2004), “… um investimento em SI/TIC, <strong>de</strong>verá incrementar as vendas e a activida<strong>de</strong>,<br />

proporcionar proveitos suplementares, adicionar valor à ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> tarefas e activida<strong>de</strong>s da empresa e<br />

concretizar reduções <strong>de</strong> custos” (p.123).<br />

Peaucelle (1997) propõe uma tipologia dos resultados <strong>de</strong> um investimento em SI/TIC:<br />

Figura 1. Tipos <strong>de</strong> custos (adaptado <strong>de</strong> Peaucelle 1997)<br />

Além disso po<strong>de</strong>mos constatar que um projecto <strong>de</strong> investimento em SI/TIC implica uma (re)organização<br />

da própria organização e que ambos estão intimamente ligados.<br />

Um projecto <strong>de</strong> investimento nesta área é semelhante a qualquer outro investimento noutra área, e não é<br />

por isso que não se <strong>de</strong>ve avaliar a sua viabilida<strong>de</strong> à semelhança como fazemos com todos os outros.<br />

Em suma, os projectos <strong>de</strong> investimento em SI/TIC são uma inevitabilida<strong>de</strong> dos nossos dias e para os<br />

negócios das organizações e como tal achamos que os gestores <strong>de</strong>ver-se-ão preocupar com a sua viabilida<strong>de</strong> e<br />

rendibilida<strong>de</strong> e não entrarem numa política <strong>de</strong> “lasser faire”.<br />

428


3. CONCLUSÃO<br />

O presente artigo representa um primeiro passo para o estudo da forma com as empresas em Portugal<br />

analisam os seus investimentos em SI/TI. Procurou-se realizar uma análise tão exaustiva quanto possível <strong>de</strong><br />

todos os métodos e técnicas que vulgarmente são utilizados para a análise <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> projectos.<br />

As conclusões <strong>de</strong>ste estudo serão muito úteis para as empresas que realizam investimentos em SI/TI, pois<br />

permitirão atenuar a dificulda<strong>de</strong> na análise <strong>de</strong>stes projectos <strong>de</strong> investimento, apontando os melhores métodos<br />

e técnicas para cada caso e salientando os seus pontos fracos, minimizando <strong>de</strong>sta forma erros na análise dos<br />

projectos <strong>de</strong> investimento em SI/TI.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

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CALDEIRA, Jorge, 2001. Finanças Empresariais – Avaliação <strong>de</strong> Projectos <strong>de</strong> Investimento, http://iapmei.pt/iapmei-art-<br />

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CGAP, 2007. Microfinance Technology Program,<br />

http://www.cgap.org/portal/binary/com.epicentric.contentmanagement.servlet.ContentDeliveryServlet/Documents/M<br />

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DAVENPORT, T., 1995. SAVE IT SOUL – Human Centered Information Management, HBR.<br />

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REIS, Carlos, 1993. Planeamento Estratégico <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> Informação, 1ª Edição, Editorial Presença.<br />

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STRASSMAN, P., 1985. Information Payoff, Free Press.<br />

VILAÇA, Eduardo, BRAGA, Márcio & MENDES, António, 2004. Implementação <strong>de</strong> ERP's no Sector Público<br />

Administrativo, Rocail – Instituto <strong>de</strong> Informática. http://www.instinformatica.pt/v20/documentos/p_rev/rev_28/Artigo9.pdf#search=%22%20NOESIS%2C%20ROCAIL%20Impleme<br />

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ZENIDA, Ricardo & ALTURAS, Bráulio, 2007. Limites Económico-Financeiros dos projectos <strong>de</strong> investimento na área<br />

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429


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

PORTAL ERASMUS<br />

João Gonçalves, Victor Matos, Hugo Pare<strong>de</strong>s, António Marques<br />

UTAD – Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />

Dep. Engenharias, Quinta <strong>de</strong> Prados, Apartado 1013, 5001-801 Vila Real, Portugal<br />

jfgoncalves@gmail.com, vmmmatos@hotmail.com, {hpare<strong>de</strong>s, amarques}@utad.pt<br />

Paulo Martins<br />

GECAD – Grupo <strong>de</strong> Investigação em Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão<br />

Dep. Engenharias – UTAD, Quinta <strong>de</strong> Prados, Apartado 1013, 5001-801 Vila Real, Portugal<br />

pmartins@utad.pt<br />

Benjamim Fonseca<br />

CETAV – Centro <strong>de</strong> Estudos Tecnológicos do Ambiente e da Vida<br />

Dep. Engenharias – UTAD, Quinta <strong>de</strong> Prados, Apartado 1013, 5001-801 Vila Real, Portugal<br />

benjaf@utad.pt<br />

RESUMO<br />

O Programa SÓCRATES ERASMUS é um programa comunitário para a educação <strong>de</strong>dicado ao Ensino Superior, que<br />

permite aos alunos e professores irem para universida<strong>de</strong>s estrangeiras estudar/leccionar respectivamente. A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

informação a gerir para cada mobilida<strong>de</strong> e acordos com universida<strong>de</strong>s estrangeiras, é bastante elevada, e com o número<br />

<strong>de</strong> candidaturas a aumentar todos os anos, a informação a ser tratada aumenta exponencialmente, o que nos leva a crer<br />

que a melhor solução para gerir toda esta informação, seria uma aplicação Web com uma base <strong>de</strong> dados relacional <strong>de</strong><br />

suporte, aproveitando o crescente uso da Internet e as facilida<strong>de</strong>s fornecidas pelas novas tecnologias. Realizou-se uma<br />

análise <strong>de</strong> requisitos funcionais, não funcionais e <strong>de</strong> dados, <strong>de</strong> forma a fazer a gestão <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>s Erasmus <strong>de</strong> um<br />

modo mais simples evitando documentos impressos e marcações <strong>de</strong> reuniões, estando a plataforma sempre disponível.<br />

Preten<strong>de</strong>-se que o Portal Erasmus seja também um “sítio” que disponibilize informação <strong>de</strong> apoio a alunos e docentes.<br />

PALAVRAS CHAVE<br />

Web, UML, SQL, Visual Studio<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

No enquadramento <strong>de</strong>ste problema, a solução que propomos baseia-se numa aplicação Web com uma base <strong>de</strong><br />

dados relacional que suporte <strong>de</strong> forma robusta e segura toda a informação e esteja disponível para todos os<br />

intervenientes do sistema.<br />

Este artigo está organizado da seguinte forma: na secção 2, será apresentada a análise <strong>de</strong> requisitos<br />

funcionais do sistema. Na secção 3, será apresentado uma <strong>de</strong>scrição do <strong>de</strong>senho do sistema. Na secção 4,<br />

serão apresentados os objectivos <strong>de</strong> trabalho futuro.<br />

2. ANÁLISE DE REQUISITOS<br />

O sistema <strong>de</strong>verá autenticar os 5 tipos <strong>de</strong> utilizador: VRIRI (Vice Reitoria), Gestor ERASMUS (Responsável<br />

pelas mobilida<strong>de</strong>s por curso), Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Curso (Coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> cada curso), Aluno e Docente. A<br />

activação das contas <strong>de</strong> Gestor ERASMUS e Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Curso será realizada pela VRIRI.<br />

Os alunos e Docentes terão funções que lhes permita fazer as candidaturas <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> gestão das<br />

suas mobilida<strong>de</strong>s, tais como, fazer pré-candidatura, preencher o Learning Agreement, preencher os relatórios<br />

<strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>sistencia. O docente po<strong>de</strong>rá ver um histórico das suas mobilida<strong>de</strong>s.<br />

430


Os utilizadores VRIRI, Gestor Erasmus, e Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Curso, terão funções <strong>de</strong> gestão do sistema e<br />

validação das candidaturas <strong>de</strong> alunos e docentes.<br />

Na tabela 1, po<strong>de</strong>rão ser visualizadas as principais activida<strong>de</strong>s dos actores do sistema.<br />

Alunos<br />

Docente<br />

VRIRI – Vice-reitoria para Investigação e Relações<br />

Internacionais<br />

Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Curso<br />

Gestor ERASMUS<br />

3. DESENHO DO SISTEMA<br />

Tabela 1. Actores do sistema e principais activida<strong>de</strong>s<br />

Escrever Carta <strong>de</strong> Motivação<br />

Actualizar Dados Biográficos<br />

Actualizar Registo Académico<br />

Criar Pré-Candidatura<br />

Criar Pré-Inscrição<br />

Preencher Learning Agreement<br />

Alterar Learning Agreement<br />

Desistir da Mobilida<strong>de</strong><br />

Preencher Relatório <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong><br />

Preencher Relatório <strong>de</strong> Experiência Erasmus<br />

Fazer Registo<br />

Alterar Dados Biográficos<br />

Criar Pré-Candidatura<br />

Criar Pré-Inscrição<br />

Preencher Relatório <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong><br />

Preencher Relatório <strong>de</strong> Experiência Erasmus<br />

Desistir da Mobilida<strong>de</strong><br />

Consultar Histórico<br />

Configurar Datas <strong>de</strong> Sistema<br />

Gerir contas <strong>de</strong> Gestor Erasmus<br />

Gerir contas <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Curso<br />

Pesquisar Dados <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong><br />

Validar Learning Agreement<br />

Validar Acordos Bilaterais<br />

Validar Candidaturas<br />

Inserir Noticias<br />

Visualizar Processo <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alunos<br />

Validar Learning Agreement<br />

Criar Plano Curricular<br />

Alterar Planos Curriculares<br />

Ver Histórico<br />

Validar Carta <strong>de</strong> Motivação<br />

Criar Acordos Bilaterais<br />

Validar Learning Agreement<br />

Gerir Processos <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong><br />

Após a análise <strong>de</strong> requisitos funcionais e <strong>de</strong> dados, foi criada uma base <strong>de</strong> dados relacional com 37 tabelas<br />

que visa suportar todos os dados <strong>de</strong>ste sistema. Isto ilustra bem a complexida<strong>de</strong> e a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação<br />

a ser tratada. Nesta secção po<strong>de</strong>remos visualizar os fluxos <strong>de</strong> dados existentes na aplicação, bem como as<br />

interfaces realizadas num protótipo da solução final.<br />

3.1 Fluxos <strong>de</strong> Dados<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A maior parte da informação a tratar pertencerá aos processos <strong>de</strong> candidatura e mobilida<strong>de</strong> dos alunos e<br />

docentes. Em relação ao processo <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> do aluno, o aluno terá que enviar uma carta <strong>de</strong> motivação ao<br />

gestor Erasmus, e após esta ser aprovada, o aluno será registado no sistema. O aluno po<strong>de</strong>rá a qualquer altura<br />

editar os dados pessoais e académicos. Nas fases <strong>de</strong> candidatura, o aluno insere a pré-candidatura, a préinscrição<br />

e o Learning Agreement. Este ultimo terá que ser avaliado e aprovado pelos Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Curso<br />

do aluno, pelo Gestor Erasmus da área e pela VRIRI. Após o início da mobilida<strong>de</strong>, caso o aluno <strong>de</strong>sista, tem<br />

que preencher um formulário <strong>de</strong> <strong>de</strong>sistência. Ao concluir a mobilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>verá preencher os relatórios <strong>de</strong><br />

mobilida<strong>de</strong> e experiência Erasmus. O processo <strong>de</strong> candidatura <strong>de</strong> docente é idêntico à do aluno, no entanto,<br />

este não precisa <strong>de</strong> enviar uma carta <strong>de</strong> motivação. Os acordos bilaterais estabelecidos entre as universida<strong>de</strong>s<br />

estrangeiras e a UTAD serão registados pelo gestor Erasmus, após o aval da Vice-Reitoria.<br />

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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

No diagrama a seguir, po<strong>de</strong>mos visualizar o fluxo <strong>de</strong> dados do processo <strong>de</strong> candidatura, do aluno.<br />

3.2 Interfaces<br />

As interfaces da aplicação serão baseadas no mo<strong>de</strong>lo<br />

apresentado na figura 2. O Menu apresentado no lado<br />

esquerdo da aplicação, disponibilizam as funcionalida<strong>de</strong>s dos<br />

utilizadores e serão apresentados mediante o tipo <strong>de</strong><br />

utilizador. A partir <strong>de</strong>ste menu, os utilizadores terão o acesso<br />

ao sistema. Haverá uma zona, logo a seguir ao cabeçalho da<br />

página on<strong>de</strong> serão apresentadas notícias <strong>de</strong> forma dinâmica.<br />

Estas notícias serão geridas pela Vice-Reitoria e visa alertar<br />

os utilizadores para vários aspectos como por exemplo datas<br />

a cumprir, ou novos acordos estabelecidos. Ao clicar no título<br />

da notícia, po<strong>de</strong>remos visualizar-la.<br />

4. CONCLUSÃO E TRABALHO FUTURO<br />

Actualmente foi implementado um protótipo do sistema que permitiu verificar a exequibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguns dos<br />

processos mais complexos do sistema. A conclusão da implementação incluirá todas as funcionalida<strong>de</strong>s<br />

necessárias e serão disponibilizadas aos alunos e docentes da UTAD, e aos restantes intervenientes.<br />

Em termos <strong>de</strong> aperfeiçoamento do sistema, po<strong>de</strong>rão ser implementadas funcionalida<strong>de</strong>s que permitam<br />

gerir a informação dos alunos e docentes estrangeiros que façam a sua mobilida<strong>de</strong> Erasmus na nossa<br />

Instituição. Preten<strong>de</strong>mos também criar uma funcionalida<strong>de</strong> muito parecida com um fórum on<strong>de</strong> os<br />

utilizadores registados po<strong>de</strong>rão trocar i<strong>de</strong>ias e mensagens sobre as mobilida<strong>de</strong>s Erasmus.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Figura 1. Fluxo <strong>de</strong> Dados do processo <strong>de</strong> candidatura <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aluno<br />

Figura 2. Exemplo <strong>de</strong> uma Interface da Aplicação<br />

G. Andrew Duthie, 2003, Microsoft ASP.NET Programming with Visual C#.NET Step by Step, Microsoft Press.<br />

Kim Hamilton, Russell Miles, 2006, Learning UML 2.0, O'Reilly.<br />

Luís Damas, 2005, SQL – Structured Query Language, 6ª Edição, FCA – Editora.<br />

432


UTILIZAÇÃO DE OPÇÕES REAIS NA ANÁLISE DE<br />

PROJECTOS DE INVESTIMENTO EM S.I./T.I.C.<br />

António Braz<br />

ISCTE – Portugal<br />

ISCTE, Av. Das Forças Armadas 1600-083 LISBOA – Portugal<br />

Telephone: (+351)217903066 Fax: (+351)217903099<br />

E-mail: antonio.braz@orey.com<br />

Bráulio Alturas<br />

ADETTI / ISCTE – Portugal<br />

ISCTE, Av. Das Forças Armadas 1600-083 LISBOA – Portugal<br />

Telephone: (+351)217903066 Fax: (+351)217903099<br />

E-mail: Braulio.Alturas@iscte.pt<br />

URL: http://www.iscte.pt/~baa/<br />

RESUMO<br />

A problemática da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> investimentos em SI/TIC tem várias vertentes, uma <strong>de</strong>stas vertentes é a análise<br />

económica dos mesmos, ou seja, a adopção <strong>de</strong> critérios e princípios <strong>de</strong> racionalida<strong>de</strong> económica na <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> projectos<br />

<strong>de</strong> investimento. Por outro lado utilizam-se também métodos e técnicas financeiras com o objectivo <strong>de</strong> verificar a<br />

viabilida<strong>de</strong> do projecto. Neste artigo procura-se perceber o grau <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quabilida<strong>de</strong> dos métodos <strong>de</strong> análise económicofinanceira<br />

para avaliar a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> Investimento em Sistemas <strong>de</strong> Informação e se nos <strong>de</strong>vemos restringir<br />

aos mesmos. A abordagem tradicional tem tendência a tratar os projectos <strong>de</strong> investimento como isolados e com carácter<br />

imediato, pelo que as opções reais vêm sendo consi<strong>de</strong>radas nas duas últimas décadas como o novo paradigma para a<br />

análise económica <strong>de</strong> projectos. Assim, é apresentada uma metodologia <strong>de</strong> investigação que procura averiguar se a teoria<br />

das opções reais é a<strong>de</strong>quada para avaliar projectos <strong>de</strong> investimento em SI/TIC em cenários <strong>de</strong> incerteza.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Opções reais, Planeamento estratégico <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação, Análise <strong>de</strong> Sistemas, Análise <strong>de</strong> Investimentos, Gestão<br />

tecnológica.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Nas últimas duas décadas temos assistido a um “boom“ nas Tecnologias da Informação, nomeadamente na<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento, armazenamento, etc. Estes avanços impulsionaram a nossa socieda<strong>de</strong> a todos<br />

os níveis, mais especificamente, mudaram e mo<strong>de</strong>laram as maneiras como as organizações fazem negócios e<br />

os modos como estas funcionam.<br />

Não é portanto <strong>de</strong> estranhar que Wysocki & Young (1989) tenham <strong>de</strong>scrito o planeamento dos sistemas<br />

<strong>de</strong> informação <strong>de</strong> acordo com três níveis (estratégico, táctico e operacional), e que diferentes benefícios<br />

estejam também associados a cada um dos três níveis (Irani & Love 2002).<br />

A abordagem tradicional tem tendência a tratar os projectos <strong>de</strong> investimento como isolados e com<br />

carácter imediato. Este comprometimento com o passado não é compatível com a flexibilida<strong>de</strong> empresarial<br />

que é necessária para a sobrevivência das mesmas. “No contexto turbulento dos negócios em que vivemos,<br />

sinergias entre investimentos, opções inerentes à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação a acontecimentos imprevistos e a<br />

simples <strong>de</strong>cisão da altura a<strong>de</strong>quada para realizar um dado investimento, constituem importantes factores<br />

<strong>de</strong>cisórios para qualquer empresa...” (Serrano et al 2004). Com a presença <strong>de</strong> opções reais o valor do<br />

investimento é avaliado como a soma do valor das várias opções, como por exemplo: a opção <strong>de</strong> efectuar<br />

investimentos subsequentes; a opção <strong>de</strong> abandonar investimentos; a opção <strong>de</strong> adiar; a opção <strong>de</strong> alterar.<br />

433


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

Panayi & Trigeorgis (1998), sugerem até que a junção <strong>de</strong> duas metodologias juntando o VAL com as<br />

opções reais criando o VAL Estratégico: VAL Estratégico = VAL Tradicional + valor das opções<br />

2. RELEVÂNCIA DO ESTUDO<br />

Porter & Miller (1985) referem que a revolução nos SI/TIC está afectando as regras da competição em três<br />

aspectos vitais: altera a estrutura da indústria; cria vantagens competitivas ao dar às empresas novas maneiras<br />

<strong>de</strong> ultrapassar os seus concorrentes; gera novos negócios.<br />

A problemática do Paradoxo da Produtivida<strong>de</strong> veio trazer novas questões sobre os SI/TIC e a sua<br />

integração nas empresas. Os elevados montantes gastos em SI/TIC têm necessariamente <strong>de</strong> ter retorno o que<br />

se mostrou pouco evi<strong>de</strong>nte (Strassmann 1997a).<br />

3. INVESTIMENTOS EM SI /TIC<br />

A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que os investimentos em SI/TI têm, <strong>de</strong> algum modo, características especiais não é um recente,<br />

tendo no entanto ganho maior visibilida<strong>de</strong> com Robert Solow, Prémio Nobel da Economia (1987), que<br />

afirmou ironicamente: “Vemos computadores em todo o lado, menos nas estatísticas <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>”.Esta<br />

afirmação <strong>de</strong>u origem ao que se chamou o “paradoxo da produtivida<strong>de</strong>”, expressão que realça a incapacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar, convincentemente, que dos investimentos em SI/TI resulta uma melhoria da produtivida<strong>de</strong><br />

nas organizações que os efectuaram (Strassmann 1997b).<br />

A tese que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que a implementação das tecnologias <strong>de</strong> informação facilmente se traduz em<br />

vantagem competitivas está rapidamente a ser abandonada. Porter (2001) alerta para isto, salientando por<br />

exemplo que quando se olha para a Internet, verifica-se que ela não é por si só uma bênção para as<br />

organizações, aliás, tem tendência para alterar as regras da “indústria” diminuindo a rentabilida<strong>de</strong> geral.<br />

Des<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 70 do século XX que se tem procurado encontrar uma relação evi<strong>de</strong>nte entre custobenefício<br />

nos investimentos em sistemas e tecnologias <strong>de</strong> informação, <strong>de</strong> forma a justificar estes mesmos<br />

investimentos (ver por exemplo: (Hanes & Ramage 1977).<br />

Na i<strong>de</strong>ntificação do nível <strong>de</strong> satisfação dos utilizadores é importante ter em conta que <strong>de</strong>vido às suas<br />

diferenças <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> papel na organização, estes po<strong>de</strong>rão ter interesses e perspectivas diferentes<br />

no entanto, e apesar da sua subjectivida<strong>de</strong>, este conceito e muito importante pois, no mínimo, seria pouco<br />

lógico consi<strong>de</strong>rar como bem sucedido um projecto informático que disponibilizou um sistema com baixa<br />

aceitação e baixo nível <strong>de</strong> satisfação dos seus utilizadores. No entanto, Hogbin & Thomas (1994), realçam<br />

que os inquéritos sobre o nível <strong>de</strong> satisfação dos utilizadores fornecem informação importante mas não<br />

me<strong>de</strong>m o valor dos SI/TI na organização.<br />

Os investimentos em SI/TIC orientam-se, então, pela pon<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> duas gran<strong>de</strong>zas fundamentais<br />

(Oliveira 1997):<br />

I. O grau <strong>de</strong> satisfação das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação <strong>de</strong> apoio à gestão e ao negócio, versus<br />

II. A viabilida<strong>de</strong> técnica e económica do investimento em SI/TIC<br />

As técnicas tradicionais apresentam limitações quando aplicadas a projectos <strong>de</strong> investimento <strong>de</strong>masiado<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas condições ou projectos com cenários <strong>de</strong> elevada incerteza, como por exemplo,<br />

investimentos em tecnologia (Dixit & Pindyck 1994). Uma abordagem para resolver esta questão é o uso da<br />

análise das opções reais.<br />

As opções reais (OR) vêm sendo consi<strong>de</strong>radas nas duas últimas décadas como o novo paradigma para a<br />

análise económica <strong>de</strong> projectos. O termo “real options” (expressão em inglês para opções reais) foi cunhado<br />

pelo professor Stewart C. Myers do MIT em 1977, 4 anos após a publicação dos artigos <strong>de</strong> Black & Scholes<br />

(1973) sobre valorização <strong>de</strong> opções financeiras. Tal como as opções financeiras a teoria das OR reconhece e<br />

valoriza o facto <strong>de</strong> que as empresas têm o direito mas não a obrigação <strong>de</strong> investir num <strong>de</strong>terminado projecto.<br />

A Teoria das OR tem já um vasto conjunto <strong>de</strong> publicações, no entanto, a sua aplicabilida<strong>de</strong> aos projectos<br />

<strong>de</strong> investimento em SI/TIC ainda é recentes. Existem alguns estudos recentes em SI/TIC (Dos Santos 1991;<br />

Kambil et al. 1993; Kumar 1996) que reflectem sobre a importância da utilização da teoria da<br />

irreversibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimentos sobre cenários <strong>de</strong> incerteza e enfatizam que as características dos projectos<br />

em SI/TIC se enquadram <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ste cenário. “As opções <strong>de</strong> efectuar investimentos subsequentes parece<br />

434


particularmente a<strong>de</strong>quada em matéria <strong>de</strong> investimentos em SI/TI, nomeadamente no que concerne a infraestruturas<br />

<strong>de</strong> TI, dada a dificulda<strong>de</strong> em inventariar e quantificar os seus benefícios e consequentemente os<br />

fluxos <strong>de</strong> caixa gerados.” (Serrano et al 2004). Na prática, a aplicação da teoria das opções reais po<strong>de</strong>-se<br />

mostrar difícil. Existe referência a alguns casos <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong>screvendo e avaliando o valor <strong>de</strong> uma opção <strong>de</strong><br />

investimento em SI/TIC; Benaroch & Kauffman (1999, 2000) estudaram a aplicabilida<strong>de</strong> na banca<br />

electrónica e falam-nos sobre a aplicabilida<strong>de</strong> da teoria <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> opções do mercado financeiro a<br />

opções reais, nomeadamente sobre a a<strong>de</strong>quabilida<strong>de</strong> da fórmula <strong>de</strong> Black-Scholes para avaliar opções reais<br />

em SI/TIC; Tau<strong>de</strong>s, Feurstein & Mild (2000) estudaram a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> um fabricante <strong>de</strong> peças para automóveis<br />

em fazer um “Upgra<strong>de</strong>” do SAP R/2 para R/3. São muitos os parâmetros que necessitam <strong>de</strong> análise cuidada e<br />

pon<strong>de</strong>rada: fluxos <strong>de</strong> caixa futuros, volatilida<strong>de</strong>, etc. Benaroch & Kauffman (2000) apresentam algumas<br />

consi<strong>de</strong>rações sobre este tema. Outros estudos (Grenadier & Weiss 1997) têm sido publicados sobre este<br />

tema, no entanto, existem muitas dúvidas sobre a maneira correcta <strong>de</strong> avaliar projectos <strong>de</strong> investimento em<br />

SI/TIC recorrendo à análise das opções reais.<br />

4. OBJECTIVOS DO ESTUDO<br />

Os objectivos que este estudo propõe são:<br />

Sistematizar a contribuição dos diversos autores sobre esta temática.<br />

Perceber o grau <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quabilida<strong>de</strong> dos métodos <strong>de</strong> análise financeira para avaliar a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

projectos <strong>de</strong> Investimento em Sistemas <strong>de</strong> Informação e se nos <strong>de</strong>vemos restringir aos mesmos.<br />

Sugerir alguns métodos, mo<strong>de</strong>los e boas práticas, nesta área, que aju<strong>de</strong>m à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />

Validação dos métodos propostos num caso prático <strong>de</strong> uma empresa para avaliação dos resultados.<br />

5. METODOLOGIA<br />

Quanto à metodologia que iremos utilizar para este projecto <strong>de</strong> investigação vamos recorrer a um estudo <strong>de</strong><br />

caso. Vamos recorrer a uma pesquisa que contemple as respostas ao problema <strong>de</strong>finido.<br />

A metodologia adoptada procura por um lado respon<strong>de</strong>r ao problema proposto e por outro concretizar os<br />

objectivos estabelecidos. Assim, propõe-se fazer:<br />

• Rever, organizar e sistematizar o contributo das diversas escolas e autores sobre o tema, on<strong>de</strong> se<br />

preten<strong>de</strong>rá apresentar o estado da arte sobre este assunto, apontando as vantagens e <strong>de</strong>svantagens <strong>de</strong> cada<br />

método, e que preten<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r aos objectivos gerais.<br />

• Avaliação, à posteriori, <strong>de</strong> um projecto <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> Informação em Infra-estrutura numa empresa<br />

Portuguesa aplicando a análise das opções reais em comparação com a metodologia do VAL e TIR.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Benaroch, M. & Kauffman, R.J., 1999. A Case for Using Real Options Pricing Analysis to Evaluate Information<br />

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Information Systems, 11, pp. 74–82.<br />

435


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

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Oliveira, A., 1997. Concepção e Implementação <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> Informação <strong>de</strong> Apoio à Gestão e ao Negócio, Revista<br />

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Wysocki, RK & Young, J., 1989. Information Systems: Management principles in action, John Wiley, New York, USA.<br />

436


SISTEMA DE GESTÃO DE PROJECTOS ACADÉMICOS<br />

João Braz Pinto, Ana Pinto <strong>de</strong> Matos, Hugo Pare<strong>de</strong>s, António Marques<br />

UTAD – Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro<br />

Dep. Engenharias, Quinta <strong>de</strong> Prados, Apartado 1013, 5001-801 Vila Real, Portugal<br />

joao@stu<strong>de</strong>nt-partners.com, anatrompete@gmail.com, {hpare<strong>de</strong>s, amarques}@utad.pt<br />

Paulo Martins, João Paulo Moura<br />

GECAD – Grupo <strong>de</strong> Investigação em Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão<br />

Dep. Engenharias – UTAD, Quinta <strong>de</strong> Prados, Apartado 1013, 5001-801 Vila Real, Portugal<br />

{pmartins, jpmoura}@utad.pt<br />

RESUMO<br />

Este artigo tem por objectivo apresentar a elaboração <strong>de</strong> um Portal WEB que permite a gestão e divulgação dos projectos<br />

relacionados com as Licenciaturas e Mestrados da área das tecnologias informáticas e afins da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-<br />

Montes e Alto Douro (UTAD). O Portal contempla diversos aspectos no que diz respeito à submissão dos projectos por<br />

parte dos docentes, às suas escolhas por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> preferência por parte dos alunos, bem como à posterior atribuição<br />

<strong>automática</strong> dos mesmos, entre outras funcionalida<strong>de</strong>s.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Bases <strong>de</strong> Dados, Aplicações Web, ASP.Net<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

A socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> hoje encontra-se completamente voltada para a troca <strong>de</strong> informação <strong>de</strong> conhecimentos <strong>de</strong><br />

forma rápida e limpa. O acesso à informação, sempre que é necessário, é um requisito fundamental nos dias<br />

mo<strong>de</strong>rnos, sendo este acesso, geral a todos os meios entre os quais os meios académicos. Hoje não basta só<br />

uma aplicação que nos permita guardar os dados e ace<strong>de</strong>r aos mesmos sempre que necessário. A aplicação<br />

tem que oferecer mais. Tem que ir mais longe. Qualquer aplicação tem que possuir uma interface gráfica que<br />

permita ao utilizador interagir <strong>de</strong> forma mais eficaz com aquilo que é apresentado. Tal situação não é muito<br />

complicada <strong>de</strong> resolver se pensarmos em utilizadores individuais. Porém, hoje em dia, o ser humano é mais<br />

do que nunca, um ser eminentemente social. Agrupa-se, troca experiências, troca conhecimentos, utilizam as<br />

mesmas ferramentas, vivem em socieda<strong>de</strong>. Hoje em dia é comum que as aplicações tenham que ser<br />

<strong>de</strong>senvolvidas <strong>de</strong> forma a serem utilizadas por mais do que um utilizador, tendo estes, diferentes níveis <strong>de</strong><br />

permissão <strong>de</strong> interacção com as aplicações <strong>de</strong> acordo com o seu grau <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> no ambiente em<br />

que a aplicação se encontra estruturada. É portanto importante que as novas aplicações se encontrem<br />

estruturadas <strong>de</strong> forma a permitir estes diferentes níveis <strong>de</strong> interacção. Tal interacção resulta, enfim, da fusão<br />

<strong>de</strong> várias tecnologias ou conceitos numa só aplicação. Temos tecnologias <strong>de</strong> bases <strong>de</strong> dados, tecnologias <strong>de</strong><br />

programação e tecnologias, ou processos, <strong>de</strong> engenharia <strong>de</strong> software integrados. É neste âmbito que este<br />

artigo irá ser <strong>de</strong>senvolvido. Foi <strong>de</strong>senvolvido um Portal, no âmbito da ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> projecto, que permite fazer<br />

a gestão <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> uma Universida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> foram utilizadas várias tecnologias, integradas numa única<br />

aplicação <strong>de</strong> forma a atingir aquilo que é pretendido. Como resultado final preten<strong>de</strong>u-se alcançar uma<br />

aplicação ou protótipo <strong>de</strong> aplicação que permita efectuar este tipo <strong>de</strong> gestão e divulgação dos projectos<br />

<strong>de</strong>senvolvidos pelos mais variados cursos tecnológicos da UTAD, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto<br />

Douro.<br />

437


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

2. SISTEMA DE GESTÃO DE PROJECTOS DESENVOLVIDO<br />

No âmbito do projecto exposto apresentado neste artigo, foi seguida uma lista <strong>de</strong> objectivos a atingir. Se por<br />

um lado estes objectivos não eram vinculativos por outro serviam <strong>de</strong> base e <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> partida em direcção<br />

ao que se pretendia alcançar. Os objectivos inicialmente estipulados foram, em traços gerais, a criação <strong>de</strong> um<br />

Portal WEB que permitisse a gestão e divulgação dos Projectos dos alunos das áreas tecnológicas da UTAD<br />

garantindo para isso um mecanismo <strong>de</strong> autenticação, interfaces gráficas simples e intuitivas, construção da<br />

respectiva base <strong>de</strong> dados relacional que serviria <strong>de</strong> suporte à aplicação, <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> utilizadores,<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do processo automático <strong>de</strong> candidaturas assim como a atribuição <strong>automática</strong> dos mesmos.<br />

Para cumprir esta lista <strong>de</strong> objectivos foram planeadas e <strong>de</strong>senvolvidas três fases do projecto. A primeira foi a<br />

fase <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> requisitos, a segunda a criação e validação <strong>de</strong> uma base <strong>de</strong> dados e a terceira a criação e<br />

implementação das interfaces gráficas para os diferentes tipos <strong>de</strong> utilizadores. Foi ainda pon<strong>de</strong>rada uma<br />

quarta fase para o projecto estando esta direccionada para testes e correcção <strong>de</strong> erros da aplicação<br />

<strong>de</strong>senvolvida po<strong>de</strong>ndo ainda proce<strong>de</strong>r-se à integração da aplicação no SIDE, Sistema <strong>de</strong> Informação <strong>de</strong><br />

Apoio ao Ensino, sistema este largamente implementado e utilizado por toda a comunida<strong>de</strong> académica da<br />

UTAD. Para o <strong>de</strong>senvolvimento da fase <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> requisitos <strong>de</strong>cidiu-se que a melhor solução <strong>de</strong><br />

modulação seria o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> Diagramas <strong>de</strong> Casos <strong>de</strong> Uso e a sua respectiva especificação. Desta<br />

forma foi possível i<strong>de</strong>ntificar com gran<strong>de</strong> grau <strong>de</strong> certeza todos os possíveis utilizadores do sistema assim<br />

como o tipo <strong>de</strong> acções que estes po<strong>de</strong>riam eventualmente vir a efectuar sobre o mesmo. O sistema a<br />

<strong>de</strong>senvolvido foi então dividido em duas partes diferenciadas <strong>de</strong> acordo com o nível <strong>de</strong> privilégios <strong>de</strong> cada<br />

utilizador. Assim os diagramas <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> usos criados foram distinguidos em BackOffice e FrontOffice.<br />

Foi ainda <strong>de</strong>finido um quarto tipo <strong>de</strong> actor ligado ao BackOffice que seria o actor tempo. Este actor seria<br />

<strong>de</strong>spoletado automaticamente e seria associado a processos mais automáticos do sistema como fechar ou<br />

abrir as épocas <strong>de</strong> inscrição ou candidaturas para os projectos ou ainda a emissão <strong>automática</strong> <strong>de</strong> avisos para<br />

os outros actores sobre datas e prazos. Relativamente ao FrontOffice estipulou-se que este apenas<br />

apresentaria um único actor, sendo este o utilizador que faltava para completar o quadro, o utilizador aluno.<br />

O utilizador aluno é um tipo <strong>de</strong> utilizador com privilégios mais limitados e sem gran<strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

introdução e edição <strong>de</strong> conteúdos no sistema a não ser sobre pontos que lhe estivessem directamente ligados<br />

como os seus dados pessoais. Foram ainda tidas em conta questões <strong>de</strong> segurança. Nesse sentido foi <strong>de</strong>cidido<br />

que o utilizador não teria a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alterar a sua password, esta era-lhe atribuída pelo administrador<br />

do sistema e apenas entida<strong>de</strong> possui a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recuperar e alterar as respectivas passwords. Na<br />

realida<strong>de</strong> em sistemas <strong>de</strong> informação <strong>de</strong>ste género, leia-se um sistema mais fechado e altamente direccionado<br />

para um tipo <strong>de</strong> utilizadores muito específicos, não é muito comum a permissão da alteração da palavrachave.<br />

Tal facto também acontece no sistema a <strong>de</strong>senvolver. Na prática a funcionalida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong>senvolvida<br />

mas não se encontra acessível ao utilizador aluno, apenas ao administrador geral do sistema. Assim sempre<br />

que a acção alteração <strong>de</strong> palavra-chave for invocada é <strong>de</strong>volvido um aviso que alerta o utilizador sobre a<br />

indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste serviço pedindo que contacte o administrador do sistema. Estando o sistema<br />

mo<strong>de</strong>lado e todos os casos <strong>de</strong> usos especificados passou-se à fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da Base <strong>de</strong> Dados <strong>de</strong><br />

suporte. Neste âmbito começou-se por <strong>de</strong>senvolver um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ER, Entida<strong>de</strong>-Relacionamentos. Este<br />

mo<strong>de</strong>lo permitiu adquirir uma visão geral sobre o sistema assim como uma percepção mais real da Base <strong>de</strong><br />

Dados a criar. Após se ter normalizado todo o ER proce<strong>de</strong>u-se à implementação da BD. Neste processo há a<br />

realçar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um mesmo utilizador po<strong>de</strong>r assumir vários perfis, a título <strong>de</strong> exemplo po<strong>de</strong><br />

apresentar-se o caso <strong>de</strong> um aluno <strong>de</strong> doutoramento po<strong>de</strong>r ser um docente <strong>de</strong> uma ca<strong>de</strong>ira. Por conseguinte e<br />

para evitar duplicação <strong>de</strong> dados criou-se um conjunto <strong>de</strong> triggers que permitem validar a introdução <strong>de</strong> novos<br />

perfis <strong>de</strong> utilizadores no sistema. Terminada esta fase seguiu-se para a fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento das<br />

Interfaces Gráficas. Neste âmbito e visto existir a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma futura integração da aplicação num<br />

sistema já completamente <strong>de</strong>senvolvido foi estipulado que as interfaces <strong>de</strong>veriam ser o mais idênticas<br />

possíveis às do SIDE. Assim <strong>de</strong>senvolveu-se um conjunto <strong>de</strong> interfaces simples e acessíveis on<strong>de</strong> o tema<br />

predominante foi sempre constante ao longo <strong>de</strong> toda a navegação privilegiando o estilo e aparência do SIDE.<br />

O sistema <strong>de</strong>senvolvido culminou num Portal WEB cujos principais benefícios para a comunida<strong>de</strong> académica<br />

passam por tornar todo o processo <strong>de</strong> candidaturas, por parte dos alunos, ao projectos <strong>de</strong> cursos muito mais<br />

simples e rápidos. A aplicação é responsável por toda a gestão dos conteúdos relacionados com os projectos<br />

<strong>de</strong> cursos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a recepção das propostas para projectos por parte dos docentes, publicação das mesmas,<br />

recepção das candidaturas a projectos pelos alunos, atribuição <strong>automática</strong> dos projectos a alunos ou grupos <strong>de</strong><br />

438


alunos com base em critérios <strong>de</strong> atribuição como média, número <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>iras feitas e notas da área do projecto<br />

a que se candidata. A atribuição final é sempre analisada pelo responsável da ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> projecto po<strong>de</strong>ndo ou<br />

não ser validada. É ainda da responsabilida<strong>de</strong> do Portal receber os conteúdos <strong>de</strong>senvolvidos e armazená-los<br />

num arquivo digital possíveis futuras consultas. Ao permitir que todos os processos relativos a ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong><br />

projectos <strong>de</strong> curso se tornem mais automáticos espera-se assistir a um aumento <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> nos projectos apresentados uma vez que aumenta o tempo para o <strong>de</strong>senvolvimento dos mesmos,<br />

tempo que é ganho a situações vulgarmente chamadas <strong>de</strong> “preencher papelada”. Por outro lado, com a<br />

criação <strong>de</strong> um repositório científico espera-se que com atingir uma partilha <strong>de</strong> conhecimentos pela<br />

comunida<strong>de</strong> académica assim como um aumento do grau <strong>de</strong> exigência em nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento visto<br />

que muito do que é <strong>de</strong>senvolvido actualmente po<strong>de</strong>rá vir a ser reutilizado por outros no futuro.<br />

3. CONCLUSÃO<br />

Em termos gerais po<strong>de</strong> afirmar-se que se espera que este Portal seja futuramente integrado no SIDE, contudo<br />

aconselha-se a que passe antes por uma fase <strong>de</strong> testes e correcção <strong>de</strong> bugs. Uma outra vantagem associada,<br />

ainda não mencionada, é a transparência e confiança que todo este portal <strong>de</strong> gestão implica para os<br />

utilizadores uma vez que este passa a ser automático. Porém nenhum projecto é perfeito e como tal, também<br />

este po<strong>de</strong>rá apresentar algumas complicações. A principal preocupação inerente ao mesmo é a forma <strong>de</strong><br />

como este po<strong>de</strong>rá ser futuramente integrado no SIDE. Foram pensadas duas soluções. Na primeira teríamos<br />

duas BD e eles comunicariam através <strong>de</strong> um Web Service permitindo <strong>de</strong>sta forma a troca <strong>de</strong> informações<br />

entre elas. A segunda hipótese pon<strong>de</strong>rada prevê a a<strong>de</strong>quação da BD do Portal à BD do SIDE. Em nossa<br />

opinião, esta última hipótese parece-nos a mais viável pois evita possíveis eventuais conflitos entre<br />

servidores e tabelas. Por fim <strong>de</strong>ve realçar-se o gran<strong>de</strong> impacto que este projecto terá no seio da comunida<strong>de</strong><br />

académica em especial dos cursos tecnológicos da UTAD. A possibilida<strong>de</strong> da implementação <strong>de</strong> uma<br />

plataforma que automatize processos e simplifique tarefas é sempre um passo em frente.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

G. Andrew Duthie, 2003, Microsoft ASP.NET Programming with Visual C#.NET Step by Step, Microsoft Press.<br />

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Prof. Carlos Fernando Jung, Uma Alternativa Curricular Para Aprendizagem De Metodologia Científica E Tecnológica,<br />

Taquara, Brasil, pp. 2, pp. 4 -6<br />

439


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

USO DA TECNICA DE CSP NO DESENVOLVIMENTO DE<br />

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA LOGÍSTICA DE<br />

DISTRIBUIÇÃO DE MERCADORIAS<br />

Oscar Dalfovo, Dr.<br />

Universida<strong>de</strong> Regional <strong>de</strong> Blumenau/ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catariana / Instituto Blumenauense <strong>de</strong> Ensino<br />

Superior<br />

Rua: Braz Wanka, 238 – Bairro Vila Nova – Cep:89035-160 - Blumenau/SC-Brasil<br />

dalfovo@furb.br<br />

RESUMO<br />

Paulo Maurício Selig, Dr. ,<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catariana<br />

Rua: Braz Wanka, 238 – Bairro Vila Nova – Cep:89035-160 - Blumenau/SC-Brasil<br />

loech@furb.br<br />

Rodrigo Kammer<br />

Universida<strong>de</strong> Regional <strong>de</strong> Blumenau-SC<br />

Rua: Braz Wanka, 238 – Bairro Vila Nova – Cep:89035-160 - Blumenau/SC-Brasil<br />

rodrigo.kammer@gmail.com<br />

A missão da logística é disponibilizar o produto ou serviço ao cliente no lugar e tempo certos em condições a<strong>de</strong>quadas.<br />

Este trabalho tem como objetivo o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> informações para resolução <strong>de</strong> problemas<br />

relacionados à logística <strong>de</strong> distribuição partilhando mercadorias a serem entregues entre recursos <strong>de</strong> transporte<br />

disponíveis. Para resolução <strong>de</strong>ste problema é utilizada a técnica <strong>de</strong> Constraint Satfaction Problem, CSP. Como resultado<br />

foi obtida a distribuição <strong>de</strong> mercadorias a serem entregues entre os recursos <strong>de</strong> transporte. Conclui-se que a técnica <strong>de</strong><br />

CSP é bem empregada na resolução <strong>de</strong> problemas ligados à logística <strong>de</strong> distribuição.<br />

PALAVRAS-CHAVE<br />

Logística <strong>de</strong> distribuição .CSP<br />

1 INTRODUÇÃO<br />

Ao final dos anos noventa com o surgimento do gerenciamento coor<strong>de</strong>nado <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> movimentaçãoarmazenagem<br />

(transporte-estoque) surge o conceito <strong>de</strong> logística empresarial. De acordo com Ballou (2001<br />

p.21), a logística foi <strong>de</strong>finida pelo Conselho <strong>de</strong> Administração Logística, atual Conselho <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong><br />

Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Suprimentos como sendo, “o processo <strong>de</strong> planejamento e controle do fluxo eficiente e<br />

economicamente eficaz <strong>de</strong> matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e informações relativas<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ponto <strong>de</strong> origem até o ponto <strong>de</strong> consumo com o propósito <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r às exigências <strong>de</strong> clientes”.<br />

A logística <strong>de</strong> distribuição está inserida entre os componentes <strong>de</strong> um sistema logístico. A logística <strong>de</strong><br />

distribuição é uma das ferramentas que provêem a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos on<strong>de</strong> e quando são<br />

necessários, coor<strong>de</strong>nando fluxos <strong>de</strong> mercadorias e <strong>de</strong> informações <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> vendas dos mais<br />

variados bens e serviços. Observa-se nos dias <strong>de</strong> hoje que um dos maiores problemas na logística <strong>de</strong><br />

distribuição é o or<strong>de</strong>namento <strong>de</strong> mercadorias com pesos e volumes divergentes entre recursos <strong>de</strong> transporte<br />

disponíveis tais como caminhões, utilitários, fretamentos e outros. Problema este que é solucionado com a<br />

utilização <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação.<br />

Este trabalho <strong>de</strong>senvolveu um sistema para logística <strong>de</strong> distribuição que a partir <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> notas<br />

fiscais distribui mercadorias a serem entregues entre os recursos <strong>de</strong> transporte disponíveis consi<strong>de</strong>rando<br />

440


como variáveis <strong>de</strong> restrição: <strong>de</strong>stino, peso e custo <strong>de</strong> viagem do recurso <strong>de</strong> transporte. O sistema recebe como<br />

entrada uma série <strong>de</strong> notas fiscais e tem como saída a partilha <strong>de</strong> mercadorias entre os recursos <strong>de</strong> transporte<br />

disponíveis.<br />

O Sistema utiliza-se da técnica <strong>de</strong> Constraint Satisfaction Problem (CSP) - problemas <strong>de</strong> satisfação <strong>de</strong><br />

restrições para resolver o problema da distribuição <strong>de</strong> mercadorias a serem entregues entre recursos <strong>de</strong><br />

transporte disponíveis. Problemas <strong>de</strong> satisfação <strong>de</strong> restrições possuem estados e testes <strong>de</strong> objetivos que<br />

possuem uma representação padrão e estruturada. Po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidos algoritmos <strong>de</strong> busca que tiram<br />

proveito da estrutura <strong>de</strong> estados e utilizam heurísticas <strong>de</strong> uso geral em vez <strong>de</strong> heurísticas específicas do<br />

problema para permitir a solução <strong>de</strong> problemas extensos. Para solucionar problemas <strong>de</strong> CSP o sistema utiliza<br />

a biblioteca Choco, que foi <strong>de</strong>senvolvida para ser um framework Open-source para mo<strong>de</strong>lagem e resolução<br />

<strong>de</strong> CSP na linguagem Java. O núcleo do algoritmo principal <strong>de</strong> Choco é o <strong>de</strong> programação <strong>de</strong> restrições cuja<br />

principal característica é permitir ao programador uma <strong>de</strong>dicação total à mo<strong>de</strong>lagem, tornando oculto o<br />

processo <strong>de</strong> efetiva resolução dos problemas apresentados (GRANVILLIERS e MONFROY, 2003).<br />

O objetivo geral <strong>de</strong>ste trabalho é o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> Sistema <strong>de</strong> Informações para logística <strong>de</strong><br />

distribuição <strong>de</strong> mercadorias utilizando a técnica CSP. Os objetivos específicos do trabalho são: distribuir as<br />

mercadorias a serem entregues entre os recursos disponíveis; i<strong>de</strong>ntificar <strong>de</strong> acordo com o custo <strong>de</strong> viagem<br />

qual recurso <strong>de</strong>ve ser enviado; analisar a utilização da biblioteca choco para resolução <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> CSP<br />

aplicados à distribuição logística.<br />

2 CONSTRAINT SATISFACTION PROBLEMS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Tsang (1993, p.1) afirma que um Constraint Satisfaction Problems - Problemas com Satisfação <strong>de</strong> Restrição<br />

(CSP) é um problema composto por um conjunto variáveis, cada uma associada a um domínio e à algumas<br />

restrições que <strong>de</strong>terminam os valores que as variáveis po<strong>de</strong>m assumir. A resolução <strong>de</strong> um CSP consiste em<br />

encontrar e atribuir um valor para cada variável respeitando todas as restrições impostas.<br />

De acordo com Sucupira (2003), CSP é uma tecnologia <strong>de</strong> programação cuja principal característica é<br />

permitir ao programador uma <strong>de</strong>dicação total à mo<strong>de</strong>lagem, tornando oculto o processo <strong>de</strong> efetiva resolução<br />

dos problemas. Como conseqüência, a programação <strong>de</strong> restrições tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reduzir o esforço <strong>de</strong><br />

programação e tornar mais natural a programação modular. Essas qualida<strong>de</strong>s, apoiadas em uma forte<br />

fundamentação teórica e aliadas à eficiência dos sistemas existentes para a prática da programação <strong>de</strong><br />

restrições, têm resultado num gran<strong>de</strong> sucesso <strong>de</strong>ssa tecnologia, tornando-a escolha freqüente para o<br />

tratamento <strong>de</strong> diversas classes <strong>de</strong> problemas, especialmente em Otimização Combinatória.<br />

Um CSP é formalmente <strong>de</strong>finido por um conjunto <strong>de</strong> variáveis, X1, X2, ..., Xn, e um conjunto <strong>de</strong><br />

restrições, C1, C2, ..., Cm. Cada variável Xi tem domínio Di, não vazio, <strong>de</strong> valores possíveis. Cada restrição Ci<br />

envolve algum subconjunto <strong>de</strong> variáveis e especifica as combinações dos valores possíveis para esse<br />

subconjunto. Um estado do problema é <strong>de</strong>finido por atribuição dos valores a algumas ou a todas as variáveis,<br />

{Xi = vi, Xj = Vj, ...}. Uma atribuição que não viole nenhuma das restrições é chamada <strong>de</strong> atribuição<br />

consistente ou válida. Uma atribuição completa possui todas as variáveis mencionadas, e uma solução para<br />

um CSP é uma atribuição completa que satisfaz a todas as restrições. Alguns CSPs requerem também uma<br />

solução que maximize uma função objetivo (RUSSELL e NORVING apud ROSA, 2005).<br />

Tratar um problema como um CSP apresenta vários benefícios importantes. Tendo em vista que a<br />

representação <strong>de</strong> estados em um CSP obe<strong>de</strong>ce a um padrão <strong>de</strong>finido - isto é, um conjunto <strong>de</strong> variáveis com<br />

valores atribuídos -, a função sucessor e o teste <strong>de</strong> objetivo po<strong>de</strong>m ser escritos <strong>de</strong> um modo genérico que se<br />

aplique a todos os CSPs. Po<strong>de</strong>-se também <strong>de</strong>senvolver heurísticas efetivas e genéricas que não exigem<br />

nenhuma experiência adicional especifica <strong>de</strong> domínios. A estrutura do grafo <strong>de</strong> restrições po<strong>de</strong> ser usada para<br />

simplificar o processo <strong>de</strong> solução, proporcionando em alguns casos uma redução exponencial na<br />

complexida<strong>de</strong>.<br />

Segundo Eiben & Ruttkay (1997,C5.7), algumas instâncias <strong>de</strong> CSPs po<strong>de</strong>m ser resolvidas pela<br />

diversificação da busca, pela manutenção <strong>de</strong> vários candidatos à solução em paralelo e pela aplicação <strong>de</strong><br />

heurísticas que agreguem mecanismos <strong>de</strong> construção aleatória <strong>de</strong> novos candidatos à solução.<br />

Uma aplicação <strong>de</strong> CSP é a resolução do problema das N-rainhas. O Problema das N-rainhas consiste em<br />

distribuir em um tabuleiro N x N, um número N <strong>de</strong> rainhas observando-se que só <strong>de</strong>vem existem uma rainha<br />

441


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

em cada linha e coluna e que uma rainha não esteja na mesma diagonal que outra rainha. CSP po<strong>de</strong> resolver<br />

esse problema uma vez que as variáveis, domínios e restrições estão bem <strong>de</strong>finidas.<br />

Em um tabuleiro 4 x 4, teremos como variáveis {x1, x2, x3, x4} cujos domínios são as colunas {1, 2, 3<br />

,4}. O domínio <strong>de</strong> cada variável é o conjunto <strong>de</strong> posição que a rainha po<strong>de</strong> ocupar em sua linha D1 = {1, 2, 3,<br />

4}. As restrições entre xi e xj po<strong>de</strong>m ser representadas como (xi ≠ xj) ^ (|i - j|≠| xi - xj|) e um possível<br />

conjunto <strong>de</strong> solução {x1 = 2, x2 = 4, x3 = 1, x4 = 3} (BRUNS, 2005).<br />

Choco é uma biblioteca Java para Constraint Satisfaction Problems (CSP), Constraint Programming (CP)<br />

e Explanition-based Constraint Solving (e-CP). Foi construída sobre um mecanismo <strong>de</strong> propagação baseado<br />

em eventos com estruturas rastreáveis(CHOCO.SOURCEFORGE.NET, 2006).<br />

O núcleo do algoritmo principal <strong>de</strong> Choco é o <strong>de</strong> programação <strong>de</strong> restrições cuja característica é permitir<br />

ao programador uma <strong>de</strong>dicação total à mo<strong>de</strong>lagem, tornando oculto o processo <strong>de</strong> efetiva resolução dos<br />

problemas apresentados (Granvilliers e Monfroy, 2003). Choco é capaz <strong>de</strong> resolver o problema das n-rainhas<br />

uma que este problema po<strong>de</strong> ser mo<strong>de</strong>lado como um CSP, com variáveis e restrições bem <strong>de</strong>finidas. Para a<br />

resolução do problema das n-raínhas utiliza-se a biblioteca Choco. Na seqüência para resolver esse problema<br />

são criadas e alocadas em um array. as variáveis que representam as peças a serem dispostas no tabuleiro.<br />

Adiciona-se as restrições ao problema que neste caso são: as peças <strong>de</strong>vem estar posicionadas em linhas<br />

diferentes; as peças <strong>de</strong>vem estar posicionadas em colunas diferentes e as peças não <strong>de</strong>vem estar na mesma<br />

diagonal. Finalmente pe<strong>de</strong>-se para que a biblioteca resolva o problema chamando o método solve do objeto<br />

Problem.<br />

3 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA<br />

O resultado <strong>de</strong>ste trabalho foi o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> informação para logística <strong>de</strong> distribuição,<br />

o qual foi atingido e foi <strong>de</strong>senvolvido sobre a plataforma Java e o banco <strong>de</strong> dados Oracle <strong>de</strong> acordo com os<br />

requisitos não funcionais. Já em relação a distribuir mercadorias a serem entregues entre os recursos e<br />

transporte disponíveis, foi atingido utilizando-se da técnica <strong>de</strong> CSP através da biblioteca Choco. Para a<br />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> acordo com o custo <strong>de</strong> viagem qual recurso <strong>de</strong>ve ser enviado foi implementado através <strong>de</strong><br />

uma cadastro em que informa-se o custo <strong>de</strong> viagem <strong>de</strong> um ponto à outro com <strong>de</strong>terminado recurso <strong>de</strong><br />

transporte, auxiliando na <strong>de</strong>cisão na tela <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> mercadorias.<br />

A utilização da biblioteca Choco na resolução <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> CSP ligados à logística <strong>de</strong> distribuição foi<br />

avaliada aten<strong>de</strong>ndo ao objetivo especifico. Essa biblioteca foi utilizada na rotina <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong><br />

mercadorias parte fundamental do sistema. Po<strong>de</strong>-se ressaltar que foi bastante eficaz na resolução <strong>de</strong><br />

problemas ligados à logística <strong>de</strong> distribuição.<br />

4 CONCLUSÕES<br />

Este trabalho apresentou uma introdução aos Sistemas <strong>de</strong> informação, à logística <strong>de</strong> distribuição, ao CSP e à<br />

biblioteca Choco para resolução <strong>de</strong> CSP. Os objetivos gerais e específicos <strong>de</strong>ste trabalho foram alcançados<br />

através da utilização da biblioteca choco para resolução <strong>de</strong> CSP aplicado à problemas relacionados a logística<br />

<strong>de</strong> distribuição.<br />

Conclui-se que sistemas <strong>de</strong> informações são <strong>de</strong> extrema importância quando utilizados para resolução <strong>de</strong><br />

problemas relacionados à logística e que a biblioteca Choco é bastante eficaz na resolução <strong>de</strong> problemas<br />

mo<strong>de</strong>lados como um CSP e também para problemas ligados à logística <strong>de</strong> distribuição. O pequeno<br />

conhecimento em logística foi uma fonte <strong>de</strong> estímulo para buscar mais informações sobre o tema e acreditar<br />

no quanto esta área po<strong>de</strong> ser auxiliada por um sistema <strong>de</strong> informação. Este trabalho foi fundamental para o<br />

crescimento e <strong>geração</strong> do conhecimento, fazendo-se com que fosse <strong>de</strong>spertada a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> buscar novos<br />

caminhos e soluções para problemas relacionados à logística <strong>de</strong> distribuição. Sugere-se que em extensões<br />

<strong>de</strong>sse trabalho ou em trabalhos futuros que abor<strong>de</strong>m o mesmo tema, complemente-se a rotina <strong>de</strong> distribuições<br />

<strong>de</strong> mercadorias utilizando-se do volume da mercadoria como variável <strong>de</strong> restrição. É possível ainda esten<strong>de</strong>r<br />

esse trabalho criando rotinas <strong>de</strong> roteirizarão, <strong>de</strong>ixando o sistema mais completo, uma vez que o mesmo<br />

apenas sugere a utilização do recurso <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> menor custo para a rota informado pelo usuário.<br />

442


REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> suprimentos: Planejamento e logística empresarial. 4. ed. Porto<br />

Alegre: Bookman, 2001.<br />

BRUNS, Mauricio. Aplicação da técnica <strong>de</strong> Satisfação <strong>de</strong> restrições distribuídas no sincronismo <strong>de</strong> semáforos e uma<br />

malha viária. 2005 57 f. Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso (Bacharel em Ciências da Computação) - Centro <strong>de</strong><br />

Ciências Exatas e Naturais, Universida<strong>de</strong> Regional <strong>de</strong> Blumenau, Blumenau.<br />

CHOCO.SOURCEFORGE.NET. Choco. [S.l.], 2006. Disponível em: . Acesso<br />

em: 6 jun. 2006.<br />

Eiben, A. E. & Ruttkay, Z. Constraint-Handling Techniques,in Back, T., Fogel, D.B. & Michalewicz, Z.(eds.) Handbook<br />

of Evolutionary Computation, Oxford University Press, 1997.<br />

GRANVILLIERS L.; Monfroy E. Implementing Constraint Propagation by Composition of Reductions. In: International<br />

Conference on Logic Programming, 19. 2003, Mumbay, India. LNCS 2916. p. 300-314 Disponível em:<br />

Acesso em: 01 jun. 2006.<br />

ROSA, Viviane B. Sistema para logística <strong>de</strong> distribuição. 2005 67 f. Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso (Bacharel em<br />

Ciências da Computação) - Centro <strong>de</strong> Ciências Exatas e Naturais, Universida<strong>de</strong> Regional <strong>de</strong> Blumenau, Blumenau.<br />

RUSSELL, S.; NORVING, P. Artificial intelligence: a mo<strong>de</strong>rn approach. 2. ed. New Jersey: Prentice-Hall, 2003. 1080 p.<br />

SUCUPIRA, I. R. Programação por propagação <strong>de</strong> restrições: teoria e aplicações. São Paulo, 2003. Disponível em:<br />

. Acesso em: 01 jun. 2006.<br />

TSANG, E. Foundations of constraint satisfaction. London: Aca<strong>de</strong>mic Press Limited, 1993.<br />

443


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

USO DE REDES NEURAIS NO DESENVOLVIMENTO DE<br />

SISTEMAS APLICAÇÃO NAS EMPRESAS DO SETOR<br />

TÊXTIL NA ÁREA FINANCEIRA PARA APROVAÇÃO DO<br />

LIMITE DE CRÉDITO<br />

Oscar Dalfovo, Dr.<br />

Universida<strong>de</strong> Regional <strong>de</strong> Blumenau/ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catariana / Instituto Blumenauense <strong>de</strong> Ensino<br />

Superior<br />

Rua: Braz Wanka, 238 – Bairro Vila Nova – Cep:89035-160 - Blumenau/SC-Brasil<br />

dalfovo@furb.br<br />

Paulo Maurício Selig, Dr.<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catariana<br />

Rua: Braz Wanka, 238 – Bairro Vila Nova – Cep:89035-160 - Blumenau/SC-Brasil<br />

loech@furb.br<br />

Edson Van<strong>de</strong>r Souza<br />

Universida<strong>de</strong> Regional <strong>de</strong> Blumenau-SC<br />

Rua: Braz Wanka, 238 – Bairro Vila Nova – Cep:89035-160 - Blumenau/SC-Brasil<br />

edson.souza@lince.com.br<br />

RESUMO<br />

Nas últimas décadas, houve um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento em métodos que visam a implementação <strong>de</strong> inteligência<br />

artificial. Entre eles, estão as técnicas <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s neurais. Este trabalho tem como objetivo o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma<br />

aplicação para análise do limite <strong>de</strong> crédito financeiro dos clientes <strong>de</strong> uma empresa no setor têxtil. Para esta análise<br />

utilizou-se uma Re<strong>de</strong> Neural Artificial feedforward multicamadas com treinamento backpropagation. Como entradas para<br />

esta re<strong>de</strong> são selecionadas variáveis segundo sua relevância, para análise do limite <strong>de</strong> crédito financeiro do cliente, tendo<br />

como objetivo a classificação <strong>de</strong>sse limite como aprovado ou reprovado. Para a implementação <strong>de</strong>sta aplicação foi<br />

utilizada a ferramenta Xseed/Java, e como ferramenta CASE <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem utilizou-se o Power Designer. Foram<br />

realizadas várias simulações para mostrar a eficiência <strong>de</strong>ste trabalho. Os resultados obtidos foram satisfatórios pela<br />

agilida<strong>de</strong> e segurança adquiridos na concessão do limite <strong>de</strong> crédito financeiro dos clientes. Conclui-se que este trabalho<br />

foi importante pela oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicar o conceito <strong>de</strong> RNAs em uma organização, po<strong>de</strong>ndo assimilar melhor esse<br />

conceito com o <strong>de</strong>senvolvimento da aplicação.<br />

PALAVRAS-CHAVE:<br />

Inteligência artificial. Re<strong>de</strong>s neurais artificiais. Limite <strong>de</strong> crédito.<br />

1 INTRODUÇÃO<br />

A palavra “crédito” po<strong>de</strong> ter mais <strong>de</strong> um significado, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do contexto sob o qual esteja sendo tratada<br />

(GUIMARÃES, 2000, p. 10). Do ponto <strong>de</strong> vista meramente empresarial, a concessão <strong>de</strong> crédito significa a<br />

transferência da posse <strong>de</strong> um bem, ou <strong>de</strong> uma quantia em dinheiro, mediante a promessa <strong>de</strong> <strong>de</strong>volução no<br />

futuro. Então po<strong>de</strong>-se enten<strong>de</strong>r o crédito como sendo à disposição <strong>de</strong> uma pessoa, física ou jurídica, aliada a<br />

capacida<strong>de</strong> da mesma em obter dinheiro, produtos ou serviços mediante o compromisso <strong>de</strong> pagamento num<br />

<strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> tempo.<br />

Em toda e qualquer ativida<strong>de</strong> que uma instituição financeira venha a atuar, sempre haverá um<br />

componente maior ou menor <strong>de</strong> risco. Esse risco nasce da probabilida<strong>de</strong> que um evento <strong>de</strong>sejado venha a não<br />

444


ocorrer. Desta forma, o risco como enfoque estatístico fundamenta-se em dados históricos, permitindo que as<br />

<strong>de</strong>cisões sejam tomadas a partir <strong>de</strong> estimativas consi<strong>de</strong>radas aceitáveis. Assim, quando é concedida uma<br />

operação <strong>de</strong> crédito, espera-se receber, em uma data futura, não só o principal como também seus<br />

rendimentos. Crédito, como a própria origem da palavra expressa (cre<strong>de</strong>rer = acreditar), é a crença <strong>de</strong> que o<br />

cliente honrará os compromissos para com seu credor. Há fatores que contribuem para elevar o risco das<br />

operações <strong>de</strong> crédito. Tais fatores, se não cuidadosamente administrados, po<strong>de</strong>m reduzir significativamente a<br />

qualida<strong>de</strong> do crédito (ARRAES; SEMOLINI; PICININI, 2001).<br />

A política <strong>de</strong> crédito, <strong>de</strong> uma instituição, é o principal meio através do qual são direcionadas as ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> crédito, buscando-se o maior grau <strong>de</strong> eficiência na gestão <strong>de</strong> tais riscos. Além <strong>de</strong> estabelecer padrões, a<br />

política <strong>de</strong> crédito estabelece, também, a filosofia básica <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong>sta instituição. A partir <strong>de</strong>la, são<br />

traçados e buscados os objetivos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> das carteiras e dos resultados, <strong>de</strong>limitando os níveis <strong>de</strong><br />

tolerância ao risco, orientando as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong> uma maneira coerente com a estratégia da<br />

instituição, pois uma instituição financeira, como instrumento <strong>de</strong> organização econômica, tem a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preservar os recursos que a ela são confiados. A a<strong>de</strong>quada gestão dos recursos <strong>de</strong>ve gerar<br />

condições para o atendimento das <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> seus clientes por produtos <strong>de</strong> crédito.<br />

Consi<strong>de</strong>rando que a política <strong>de</strong> crédito é um dos principais fatores <strong>de</strong> uma empresa, este trabalho centrase<br />

na adimplência (ou não) <strong>de</strong> pessoa jurídica, o qual foi abordado a partir da exploração <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s neurais<br />

artificiais como forma <strong>de</strong> minimizar os fatores <strong>de</strong> riscos presentes neste tipo <strong>de</strong> relação financeira. Em face<br />

da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se tomar <strong>de</strong>cisões bem informadas e com base no histórico <strong>de</strong> pessoas jurídicas, foi<br />

construído uma aplicação com base no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação do risco <strong>de</strong> inadimplência que a empresa já<br />

utiliza. Para isso, foram utilizados todos os dados disponíveis da empresa, a qual possui tanto informações<br />

sobre os clientes inadimplentes como dos não inadimplentes. Sendo então selecionadas algumas variáveis<br />

segundo sua relevância na avaliação do risco <strong>de</strong> inadimplência para treinamento da re<strong>de</strong>. A aplicação<br />

<strong>de</strong>senvolvida foi integrada ao processo <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong> clientes, implementado <strong>de</strong>ntro do módulo<br />

financeiro do SINGE (Sistema Integrado para Gestão <strong>de</strong> Empresas), sistema este que foi <strong>de</strong>senvolvido, para<br />

aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informações da empresa.<br />

Com este cenário o objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é apresentar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma aplicação, utilizando<br />

técnicas <strong>de</strong> RNAs, para análise do limite <strong>de</strong> crédito, direcionada a área financeira, para <strong>de</strong>sempenhar e<br />

facilitar a tarefa <strong>de</strong> análise e concessão <strong>de</strong> crédito para pessoas jurídicas. Os objetivos específicos do trabalho<br />

são: gerar arquivo com dados para agilizar na liberação e na análise <strong>de</strong> crédito do cliente; disponibilizar<br />

informações dos clientes com os créditos aprovados e reprovados; e <strong>de</strong>monstrar os critérios <strong>de</strong> análise<br />

utilizados pela RNA para aprovação do limite <strong>de</strong> crédito financeiro.<br />

2 REDES NEURAIS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

Neste capítulo é apresentado o estudo das re<strong>de</strong>s neurais, apresentando o conceito e suas funcionalida<strong>de</strong>s. Em<br />

seguida apresenta-se uma visão geral da gestão financeira, bem como o estado da arte sobre o tema.<br />

O cérebro humano é o dispositivo mais complexo conhecido pelo Homem, e que a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensar,<br />

memorizar e resolver problemas tem conduzido muitos cientistas a tentar mo<strong>de</strong>lar sua operação. Diversos<br />

pesquisadores têm buscado criar mo<strong>de</strong>los computacionais que representam a funcionalida<strong>de</strong> do cérebro. Um<br />

<strong>de</strong>stes mo<strong>de</strong>los resultou na criação das Re<strong>de</strong>s Neurais Artificiais (RNA). Para Hartmann (2002, p. 18) as<br />

RNAs são uma maneira <strong>de</strong> criar mo<strong>de</strong>los matemáticos, com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processar informações, inspirados<br />

em uma estrutura física natural: o cérebro humano. Estes mo<strong>de</strong>los não preten<strong>de</strong>m replicar a operação do<br />

cérebro humano, apenas utilizam como inspiração fatores conhecidos sobre o seu funcionamento, ou seja,<br />

apresentando a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r, <strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões, <strong>de</strong> se adaptar mesmo em presença <strong>de</strong> sinais<br />

ruidosos. Segundo Maciel (2005, p. 20) são nestas características que se observa umas das maiores<br />

qualida<strong>de</strong>s das RNAs: a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r através <strong>de</strong> exemplos e <strong>de</strong> generalizar sobre os padrões do<br />

conjunto <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> treinamento, tornando possível a interpretação <strong>de</strong> outros padrões similares, mas não<br />

necessariamente idênticos aos utilizados durante o aprendizado.<br />

A história das re<strong>de</strong>s neurais artificiais é recente, com pouco mais <strong>de</strong> meio século <strong>de</strong> estudos. Estes<br />

iniciaram por volta <strong>de</strong> 1940, quando as primeiras simulações foram feitas com papel e lápis por Donald Hebb<br />

e Karl Laschey. Seguidos por McCulloch e Pitts que propuseram uma mo<strong>de</strong>lagem matemática para os<br />

neurônios através dos fatos que: neurônios comportam-se como somadores algébricos; adicionam entradas<br />

445


ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />

excitatórias ou subtraem entradas inibitórias; neurônios possuem uma proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> limiar, entre outras<br />

(LOESCH; SARI, 1996, p. 15). Loesch e Sari (1996, p. 5) <strong>de</strong>fine as RNAs como sendo sistemas<br />

computacionais <strong>de</strong> implementação em software ou hardware, que imitam as habilida<strong>de</strong>s dos neurônios<br />

biológicos, usando para isto um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> neurônios artificiais interconectados.<br />

3 DESENVOLVIMENTO DA APLICAÇÃO<br />

Uma das preocupações numa aplicação utilizando RNA <strong>de</strong>ve ser com relação a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> camadas<br />

ocultas da re<strong>de</strong> e a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> neurônios presentes tanto na camada <strong>de</strong> entrada, quanto na(s) camada(s)<br />

oculta(s) e quanto na camada <strong>de</strong> saída. Sabe-se que se um mesmo problema for dado a vários projetistas <strong>de</strong><br />

RNAs todos po<strong>de</strong>m apresentar soluções com RNAs estruturadas <strong>de</strong> maneira completamente diferentes<br />

(MATIAS, 2004, p. 50). Para a implementação da aplicação <strong>de</strong>finiu-se o uso <strong>de</strong> apenas uma camada oculta.<br />

O número <strong>de</strong> neurônios utilizados na camada <strong>de</strong> entrada foi <strong>de</strong> 4, tendo para este valor os seguintes<br />

parâmetros: percentual a mais do limite <strong>de</strong> crédito, duplicatas vencidas, juros não pagos e atraso médio dos<br />

pagamentos. Estes parâmetros representam os dados financeiros dos clientes. A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> neurônios na<br />

camada <strong>de</strong> saída será igual a 1, que indicará através <strong>de</strong> faixas <strong>de</strong> valores dada na entrada da re<strong>de</strong>. E por<br />

último, <strong>de</strong>finiu-se a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> neurônios na camada oculta seguindo a fórmula <strong>de</strong>scrita na seção 2.4,<br />

on<strong>de</strong> O =√ 1 * 4 , totalizando 2 neurônios nesta camada.<br />

Como resultado e discussão, foram <strong>de</strong>senvolvidas três ativida<strong>de</strong>s, uma para incluir pedidos, outra para<br />

incluir dados e treinar a re<strong>de</strong>, e outra ativida<strong>de</strong> para analisar o crédito do cliente e disponibilizar o relatório<br />

para o usuário com os clientes com o crédito aprovado ou reprovado. Para mapear todo o processo necessário<br />

para execução do processo <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> crédito da empresa, foi feita entrevistas com os usuários da área<br />

financeira da empresa. Após mapeado o processo foi utilizada a tela FU502 para armazenar os dados no<br />

sistema e para treinar a re<strong>de</strong> neural.<br />

Para o usuário executar a tarefa <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> crédito dos clientes foi <strong>de</strong>senvolvida o relatório FUR001<br />

para acessar a base <strong>de</strong> dados referente a análise <strong>de</strong> crédito. Visando fornecer um relatório com os clientes<br />

com crédito aprovado ou reprovado, foi <strong>de</strong>senvolvido um layout no relatório FUR001 com esses dados para<br />

verificação do usuário. A aplicação foi implantada no formato <strong>de</strong> um piloto para ambientação dos usuários<br />

com a aplicação.<br />

Com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho observou-se que a empresa po<strong>de</strong> possibilitar a realizar o<br />

treinamento da RNA automaticamente e manualmente, também uma gran<strong>de</strong> melhoria na agilida<strong>de</strong> e<br />

segurança na liberação <strong>de</strong> crédito dos clientes e ser inteiramente implantada ao sistema SINGE da empresa.<br />

Para verificar o % <strong>de</strong> acerto da re<strong>de</strong> foram feitos os mesmos cálculos utilizados para obter o percentual <strong>de</strong><br />

aprovação do limite <strong>de</strong> crédito dos clientes utilizados para treinar a re<strong>de</strong>, e comparados com os que a re<strong>de</strong><br />

chegou, com isso, verificou um percentual <strong>de</strong> acerto igual a 100%. Chegou-se nesse percentual <strong>de</strong>vido que a<br />

re<strong>de</strong> sempre foi treinada baseado nos dados dos clientes.<br />

4 CONCLUSÕES<br />

O objetivo do trabalho que é <strong>de</strong>senvolver uma aplicação para análise do limite <strong>de</strong> crédito financeiro dos<br />

clientes, direcionado a área financeira, para agilizar e dar mais confiabilida<strong>de</strong> na concessão <strong>de</strong>sse limite <strong>de</strong><br />

crédito utilizando técnicas <strong>de</strong> RNAs, foi atingido. Pois verificou-se com a utilização da aplicação, que a<br />

análise teve gran<strong>de</strong> sucesso na concessão do limite <strong>de</strong> crédito, eliminando erros ou facilida<strong>de</strong>s aos clientes,<br />

ocasionados pelos usuários na hora <strong>de</strong>ssa análise.<br />

A aplicação foi <strong>de</strong>senvolvida utilizando-se da ferramenta Xseed/Java e banco <strong>de</strong> dados SQL – Server. Foi<br />

utilizada essa ferramenta <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, <strong>de</strong>vido que esta é a mais utilizada na empresa on<strong>de</strong> foi<br />

aplicado este trabalho. O Power Designer foi uma ferramenta importante e <strong>de</strong> fácil utilização, on<strong>de</strong> foram<br />

criadas os diagramas <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> uso, digrama <strong>de</strong> classes e o diagrama <strong>de</strong> seqüência. Para empresa, <strong>de</strong>vido<br />

ao sistema ser integrado ao ERP Singe, esta aplicação po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada uma nova funcionalida<strong>de</strong> do<br />

sistema, que a partir <strong>de</strong> agora po<strong>de</strong> ser implantando em outros processos da empresa. Este trabalho foi<br />

importante para que se pu<strong>de</strong>sse compreen<strong>de</strong>r melhor sobre RNAs. Acredita-se que um fator importante<br />

durante o <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho foi a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicar o conceito <strong>de</strong> RNAs em uma<br />

446


organização. O <strong>de</strong>senvolvimento da aplicação foi importante para assimilação <strong>de</strong>sse conceito e verificou-se<br />

que a teoria, neste caso, foi aplicado na empresa obtendo-se, com isso, um bom resultado on<strong>de</strong> procurou-se<br />

juntar a teoria com os embasamento teóricos apresentados neste trabalho.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

ARRAES, D.; SEMOLINI, R.; PICININI, R. Arquiteturas <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s neurais aplicadas a data mining no mercado<br />

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GUIMARÃES, I. A. Construção e avaliação <strong>de</strong> uma regra <strong>de</strong> reconhecimento e classificação <strong>de</strong> clientes <strong>de</strong> uma<br />

instituição financeira com base na análise multivariada. 2000. 142 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Curso <strong>de</strong><br />

Pós-graduação em Métodos Numéricos em Engenharia, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, Curitiba.<br />

HARTMANN, F. R. Re<strong>de</strong>s neurais, conceitos básicos e análise. Universida<strong>de</strong> do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).<br />

Porto Alegre: UNISINOS, 2002.<br />

LOESCH, C.; SARI, S. T. Re<strong>de</strong>s neurais artificiais: fundamentos e mo<strong>de</strong>los. Blumenau: Editora da FURB, 1996.<br />

MACIEL, Josias. Análise <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> crédito cooperativo através <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s neurais (MLP) com a utilização do<br />

algoritmo levenberg marquardt. 2005. 87 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Curso <strong>de</strong> Pós-graduação em<br />

Métodos Numéricos em Engenharia, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, Curitiba.<br />

MATIAS, C. R. S. Protótipo <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do(s) <strong>de</strong>lta(s) e núcleo em impressões digitais utilizando<br />

re<strong>de</strong>s neurais artificiais. 2004. 82 f. Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso (Bacharelado em Ciências da Computação) –<br />

Centro <strong>de</strong> Ciências Exatas e Naturais, Universida<strong>de</strong> Regional <strong>de</strong> Blumenau, Blumenau.<br />

447


Aguayo, M......................................................223<br />

Aguirre, M. ....................................................290<br />

Alencar, F.......................................................199<br />

Almeida, A. ...................................................345<br />

Almeida, J.......................................................421<br />

Alturas, B. .............................. 168, 411, 427, 433<br />

Alva, M...........................................................137<br />

Alves, E. .......................................................351<br />

Antunes, R. ............................................253, 272<br />

Aponte, F. ......................................................299<br />

Ariza, M. .......................................................395<br />

Assis, J. ..........................................................262<br />

Bal<strong>de</strong>ras, M. ..................................................290<br />

Baptista, C. ......................................................27<br />

Barbosa, L. .....................................................340<br />

Barchino, R.....................................................335<br />

Barranco, M. ....................................................35<br />

Barroso, J................................................281, 414<br />

Bassani, P. ...............................................20, 371<br />

Behar, P. ...........................................................20<br />

Bengochea, L..................................................122<br />

Bianchini, A. ...................................................91<br />

Blanch, R..........................................................91<br />

Bomfim, M. ....................................................262<br />

Botica, N. .......................................................399<br />

Braga, E..........................................................243<br />

Branco, P. ......................................................340<br />

Braz, A. ..........................................................433<br />

Caballero, I. ...................................................366<br />

Cacheiro, M. ..................................................383<br />

Calero, C. .......................................................366<br />

Camal-Uc, R. .................................................129<br />

Camargo, M....................................................207<br />

Cano, R...........................................................122<br />

Carneiro, E. ...................................................421<br />

Carrapatoso, E. ........................................10, 286<br />

Carvalho, O. ...................................................414<br />

Castellano, E. ...................................................35<br />

Cen-Magaña, J. ..............................................129<br />

Cid, I. .............................................................295<br />

Colombo, R. ..................................................223<br />

Con<strong>de</strong>, M. ......................................................248<br />

Costa, A. ........................................................281<br />

Costa, C. ........................................................168<br />

ÍNDICE DE AUTORES<br />

Cruz, D............................................................... 3<br />

Cruz, J. ......................................................... 324<br />

Cueva, J. ........................................................ 137<br />

Curttis, I. ....................................................... 351<br />

Dalfovo, O. ...................................... 51, 440, 444<br />

Esteves, M. .................................................... 253<br />

F<strong>de</strong>z-Riverola, F. ................................... 215, 295<br />

Fernán<strong>de</strong>z, E..................................................... 59<br />

Fernán<strong>de</strong>z, N. ................................................. 175<br />

Ferreira, L. .................................................... 304<br />

Ferreira, M. ........................................... 160, 258<br />

Flores, M. ...................................................... 371<br />

Flores, V. ......................................................... 83<br />

Fonseca, B...................... 253, 272, 286, 356, 430<br />

Fontes, L. ...................................................... 399<br />

Fraga, A. ........................................................ 315<br />

Franco, B. .......................................................... 3<br />

Gahete, J. ....................................................... 175<br />

Garcia, D. ...................................................... 361<br />

García, F................................................. 248, 407<br />

García-García, M. ......................................... 129<br />

Gardia, S. ....................................................... 191<br />

Garzo, A. ....................................................... 175<br />

Geller, M. ...................................................... 145<br />

Gil, A. ............................................................ 407<br />

Gil, O. ............................................................ 407<br />

Giner, F. ......................................................... 391<br />

Glez-Peña, D. ......................................... 215, 295<br />

Godinho, J. .................................................... 414<br />

Gomes, N. ...................................................... 387<br />

Gomes, G. ................................................ 43, 351<br />

Gómez, M. ..................................................... 183<br />

Gonçalves, D. ................................................ 324<br />

Gonçalves, J. ......................................... 277, 430<br />

Gonçalves, R. ......................... 324, 330, 340, 417<br />

Gonçalves, V. .................................................. 10<br />

González, S. ............................ 43, 243, 351, 421<br />

Gonzalez-Crespo, R. ..................................... 231<br />

Gonzalez-Segura, C. ...................................... 129<br />

Gonzalez-Segura, S. ...................................... 129<br />

Gouveia, A. .................................................... 309<br />

Guardia, M. .................................................... 191<br />

Guardia, S. ..................................................... 191<br />

Gradías, G. .................................................... 107


Guerra, A. ......................................................223<br />

Heidrich, R. ....................................................371<br />

Hötz, J. ...........................................................395<br />

Joyanes-Aguilar, L. ........................................231<br />

Kammer, R. ....................................................440<br />

Liberato, M. ...................................................281<br />

Lima, S. ...........................................................99<br />

Lorenzo, C. ............................................183, 379<br />

Lozano-Tello, A. ...........................................115<br />

Marques, A. ...........................................430, 437<br />

Martín, G. ......................................................175<br />

Martínez, A. ...................................................137<br />

Martínez, L. ......................................................35<br />

Martinez-Gil, J. ..............................................115<br />

Martins, P. .............. 253, 272, 281, 356, 430, 437<br />

Matos, A. .......................................................437<br />

Matos, V. .......................................................430<br />

Mén<strong>de</strong>z, J. .............................................215, 295<br />

Mette, J.............................................................51<br />

Miranda-Palma, C. ........................................129<br />

Molina, M.........................................................83<br />

Mollá, A. .......................................................183<br />

Mondéjar, J. ...................................................379<br />

Morais, E. ......................................................330<br />

Morato, J. .......................................................315<br />

Moreira, J. ........................................................99<br />

Moreiro, J. ......................................................315<br />

Morgado, E.........................................................3<br />

Morgado, L.....................................253, 272, 356<br />

Moura, E. .........................................................43<br />

Moura, J..........................................................437<br />

Muga, A. ........................................................277<br />

Muñoz, C. ......................................................248<br />

Narvaez-Díaz, L. ............................................129<br />

Navarro-Hernán<strong>de</strong>z, R. ..................................107<br />

Oliveira, P.......................................................309<br />

Ortega, M. .......................................................91<br />

Pacheco, J. .....................................................107<br />

Paiva, P.............................................................75<br />

Paños, A. ..............................................266, 424<br />

Pare<strong>de</strong>s, H............................... 281, 414, 430, 437<br />

Parra-Fuente, J. ..............................................231<br />

Pereira, P. ......................................................411<br />

Peres, D. .........................................................223<br />

Pérez, L. ...........................................................35<br />

Pessanha, C. ...................................................243<br />

Piattini, M.......................................................366<br />

Pinto, J............................................................437<br />

Pinto, M. ....................................................... 417<br />

Pires, J............................................................ 330<br />

Polo-Marquez, A............................................ 115<br />

Portal, L.......................................................... 304<br />

Priesnitz Filho, W. ......................................... 207<br />

Puga, S. .................................................. 160, 258<br />

Queiroz, L. .................................................... 199<br />

Ramos, A. ...................................................... 191<br />

Regal, P.......................................................... 304<br />

Reis, R............................................................ 145<br />

Ribeiro, D....................................................... 345<br />

Rijo, R. ......................................................... 324<br />

Ritzel, M. ....................................................... 371<br />

Rodrigo, C. .................................................... 383<br />

Rodrigues, A. ................................................ 417<br />

Rodríguez, M. .............................................. 383<br />

Roriz, A.......................................................... 399<br />

Rose, C........................................................... 107<br />

Ruggiero, W............................................. 27, 153<br />

Sagástegui, H. ............................................... 137<br />

Sampaio, F. .................................................... 262<br />

Sanches, A........................................................ 75<br />

Sánchez-Cuadrado, S. ................................... 315<br />

Sanjuan-Martínez, O. .................................... 231<br />

Santos, F......................................................... 356<br />

Santos, M. ......................................................... 3<br />

Santos, S. ....................................................... 340<br />

Saraiva, G. ..................................................... 414<br />

Selig, P. .................................................. 440, 444<br />

Silva, E. ......................................................... 281<br />

Silva, L. ......................................................... 191<br />

Silveira, R. ...................................................... 27<br />

Simões, A....................................................... 345<br />

Sousa, J. ......................................................... 286<br />

Sousa, S.......................................................... 345<br />

Souza, E. ........................................................ 444<br />

Suárez, A.......................................................... 91<br />

Suárez, M. ..................................................... 137<br />

Suzin, C.......................................................... 207<br />

Tamariz, A. .............................. 43, 243, 351, 421<br />

Tocarruncho, S. ............................................. 299<br />

Tocarruncho,A. .............................................. 299<br />

Toledo, M....................................................... 361<br />

Triguero, M. .................................................. 335<br />

Turine, M. ........................................................ 75<br />

Varajão, J. ...................................... 309, 324, 417<br />

Vasconcelos, A. ............................................. 281<br />

Velasco, A. .................................................... 248


Verbo, E. .......................................................366<br />

Vieira, F..........................................................320<br />

Vieira, G.........................................................153<br />

Vieira, L. ..........................................................67<br />

Vogel, M. .......................................................290<br />

Zanchett, P. ......................................................51<br />

Zenida, R. ......................................................427

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