geral - Câmara dos Deputados
geral - Câmara dos Deputados
geral - Câmara dos Deputados
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
4 - Brasília, 28 de maio de 2001<br />
Comissão Geral<br />
Na continuação<br />
da sessão da Comissão<br />
Geral realizada<br />
na última quintafeira<br />
pela <strong>Câmara</strong>, o<br />
deputado Clementino<br />
Coelho (PPS-<br />
PE) disse que o presidente<br />
Fernando<br />
Henrique tem que<br />
do como um general.<br />
Ele errou e tem que assumir.<br />
O governo tem<br />
que reconhecer que as<br />
medidas tomadas para<br />
resolver a questão são<br />
injustas, pois o povo é<br />
que está pagando a<br />
conta”, concluiu.<br />
O deputado Jorge<br />
Bittar (PT-RJ), por sua vez, disse<br />
que o governo tem que parar de<br />
agir com arrogância e abrir um<br />
canal de diálogo com a sociedade<br />
para se discutir a crise energética.<br />
O parlamentar criticou a <strong>Câmara</strong><br />
de Gestão da Crise de Energia Elétrica<br />
que, na sua opinião, teria que<br />
ter a participação da sociedade.<br />
Ele denunciou a imprevidência<br />
do governo afirmando que os<br />
próprios técnicos denunciaram a<br />
gravidade da crise e as suas conseqüências,<br />
mas que o governo<br />
engavetou as informações prefe-<br />
GERAL<br />
Comissão Geral discute<br />
responsabilidade pela crise<br />
reconhecer que errou. Para ele,<br />
a responsabilidade do racionamento<br />
é totalmente do Executivo,<br />
que insiste em colocar a<br />
culpa na falta de chuvas.<br />
Ao propor um pacto nacional<br />
para encontrar soluções<br />
mais eficazes e justas, o deputado<br />
afirmou que a maneira<br />
como o governo vem conduzindo<br />
a crise energética demonstra<br />
a total falta de compromisso<br />
com a democracia e<br />
com a nação. “Estamos numa<br />
guerra e o presidente está agin-<br />
Iara Bernardi<br />
lembra promessas<br />
A deputada Iara Bernardi (PT-SP)<br />
lembrou que, em dezembro de 1995, o<br />
presidente Fernando Henrique anunciou<br />
que o Ministério de Minas e Energia estava<br />
realizando licitação para, em 2004,<br />
construir hidrelétricas que aumentariam<br />
em mais de 32 mil megawatts a capacidade<br />
de geração de energia no país. “Menos<br />
de seis anos depois, e após grande parte<br />
do sistema de distribuição elétrica ter<br />
sido privatizado, em nome <strong>dos</strong> investimentos<br />
e da eficiência, a situação concreta<br />
é bem menos rósea do que previu o presidente:<br />
as tarifas subiram muito acima da<br />
inflação e estamos às vésperas de um racionamento<br />
generalizado”, salientou.<br />
Iara Bernardi destacou também declaração<br />
do então ministro de Minas e<br />
Energia, Raimundo Brito, em 1997, afirmando<br />
que o déficit na produção de<br />
energia estava superado, lembrando que<br />
esta declaração foi dada no final de um<br />
ano pré-eleitoral, quando o FHC estava<br />
prestes a disputar a reeleição. “Seria impossível<br />
fazer racionamento em ano de<br />
eleições, quando era essencial para a manutenção<br />
do modelo econômico implantado<br />
em 1994 a recondução ao poder do<br />
grupo até hoje dominante”, observou.<br />
rindo não buscar soluções adequadas<br />
para o setor. “A crise é<br />
grave e os remédios aplica<strong>dos</strong> não<br />
são os mais corretos. Os ônus do<br />
racionamento têm de ser distribuí<strong>dos</strong><br />
com justiça e não deixar apenas<br />
o povo arcar com os prejuízos.<br />
O governo está sendo autoritário<br />
na condução desse problema,<br />
precisamos romper com esse autoritarismo”,<br />
protestou o petista.<br />
Já o ex-governador de São<br />
Paulo, deputado Luiz Antonio<br />
Fleury (PTB-SP), disse que é<br />
preciso uma mobilização nacional,<br />
mas sem esquecer a Constituição<br />
e o Código de Defesa do Consumidor.<br />
Para ele, estão querendo<br />
impedir o consumidor de reclamar<br />
os seus direitos, numa demonstração<br />
clara de prepotência.<br />
O deputado afirmou que é preciso<br />
cobrar das empresas as obrigações<br />
que deveriam ter cumprido<br />
e não cumpriram e que o Con-<br />
O deputado Jovair Arantes (PSDB-GO) rebateu<br />
as acusações feitas ao governador de<br />
Goiás, Marconi Perillo, pelos senadores de seu<br />
estado, que estariam contra a privatização da<br />
distribuidora de energia Celg. “Ao encontrar<br />
a geradora de energia do estado privatizada,<br />
não restou possibilidade alguma de o governo<br />
continuar com a distribuidora”, informou. “Ao<br />
vender a geradora, o governo anterior, do<br />
PMDB, colocou nas cláusulas do contrato que<br />
a geradora poderia até aumentar o preço da<br />
venda do quilowatt, ou seja, da energia vendida<br />
às centrais elétricas de Goiás, de maneira<br />
que a geradora tem aumentado o preço, inviabilizando<br />
a distribuição”, explicou.<br />
gresso tem de fiscalizar a <strong>Câmara</strong><br />
de Gestão da Crise. Para<br />
concluir, apelou pela defesa da<br />
legalidade durante o processo.<br />
“Não podemos aceitar que se<br />
negue o direito à Justiça. Não<br />
podemos deixar que rasguem a<br />
nossa Constituição”, encerrou.<br />
Sociedade<br />
O representante da sociedade<br />
civil brasileira, Antônio Pádua<br />
Pereira, apelou para que o<br />
Congresso Nacional apure a<br />
responsabilidade sobre a precarização<br />
do sistema energético<br />
nacional. O convidado<br />
afirmou que o maior erro do<br />
processo de privatização dotado<br />
no Brasil foi o de que ele<br />
não abriu o setor a investimentos<br />
priva<strong>dos</strong>, deixando<br />
como estavam as empresas<br />
estatais competentes, mas<br />
simplesmente vendeu o que<br />
havia ao capital privado.<br />
Jovair Arantes explica privatização em Goiás<br />
O deputado Manoel Salviano (PSDB-<br />
CE) parabenizou o prefeito Jesus Garcia, de<br />
Santana do Cariri, Ceará, pelas várias obras<br />
inauguradas no município, principalmente as<br />
mais atuais: eletrificação rural na Chapada<br />
do Araripe e uma unidade escolar. De acordo<br />
com o deputado, o prefeito vem promovendo<br />
várias realizações no local, inclusive<br />
propondo medidas arrojadas para a área de<br />
educação, especialmente no dimensionamento<br />
das unidades de ensino.<br />
O parlamentar destacou ainda outros setores<br />
que também são de fundamental im-<br />
Arantes acredita que os senadores que, segundo<br />
ele, antes queriam a privatização da distribuidora,<br />
agora estão protestando contra a<br />
venda com intenções eleitoreiras. “No nosso<br />
entendimento, falta, primeiro, respeito ao povo<br />
do Goiás, segundo, respeito a eles mesmos,<br />
porque foram eles que provocaram a situação<br />
de absoluta falibilidade que existe hoje nas<br />
centrais de distribuição em Goiás”, avaliou.<br />
Por isso, o deputado pediu aos parlamentares<br />
que confiem nas atitudes de Perillo. “Ao que<br />
se saiba, e tendo em vista os seus índices de<br />
popularidade, não há informações suficientemente<br />
capazes de fazer crer que o governador<br />
não mereça tal crédito”, enfatizou.<br />
Manoel Salviano elogia eletrificação rural<br />
portância para o desenvolvimento regional e que<br />
têm merecido atenção do prefeito. Entre eles,<br />
programas de cunho social que, garantiu, são<br />
“executa<strong>dos</strong> em perfeita obediência às necessidades<br />
populares, sem o estardalhaço que caracteriza<br />
a irracionalidade da obra supérflua”.<br />
“A eletrificação rural era uma antiga aspiração<br />
da comunidade residente na Serra do<br />
Araripe. E, graças a essa sintonia de interesses<br />
entre o governo e governa<strong>dos</strong>, o importante<br />
projeto foi implantado, propiciando<br />
agora a materialização da tão aguardada aspiração”,<br />
disse Salviano.<br />
Jornal da <strong>Câmara</strong><br />
Deputa<strong>dos</strong> pedem<br />
apoio contra aftosa<br />
O deputado Luciano Castro<br />
(PFL-RR) pediu que o governo<br />
invista na erradicação da<br />
febre aftosa, que tem atingido<br />
rebanhos bovinos em todo o<br />
Brasil e dificultado a venda<br />
para outros países. “A exportação<br />
pode gerar US$ 2 bilhões<br />
no próximo ano”, afirmou.<br />
Segundo Castro, a produção<br />
bovina nacional tem condições<br />
de abastecer o mercado<br />
internacional em quantidade<br />
e qualidade. “Nem Europa,<br />
nem Canadá ou Japão têm<br />
território ou clima para concorrer<br />
conosco”, afirmou o<br />
deputado. Ele disse ainda que<br />
a febre aftosa é de fácil erradicação,<br />
bastando uma política<br />
de controle sanitário eficaz.<br />
Pompeo de Mattos (PDT-<br />
RS), por sua vez, protestou<br />
contra a lentidão do ministro<br />
da Agricultura, Pratini de Moraes,<br />
em tomar a decisão de<br />
vacinar ou não o gado do Rio<br />
Grande do Sul. Decidido que<br />
haveria vacinação, a vacina<br />
ainda não chegou ao estado,<br />
deixando os produtores preocupa<strong>dos</strong>.<br />
Ele apelou ao ministro<br />
e toda a sua assessoria técnica<br />
para mandarem a vacina,<br />
antes que o foco de febre aftosa<br />
que lá existe contamine todo<br />
o rebanho e os produtores tenham<br />
mais prejuízos.<br />
Reverendo Moom<br />
continua comprando<br />
terras em MS<br />
O deputado Manoel Vitório<br />
(PT-MS) formulou requerimento<br />
de informações ao<br />
Ministério de Desenvolvimento<br />
Agrário sobre a aquisição<br />
de terras pelo reverendo<br />
Moom no estado do Mato<br />
Grosso do Sul. O parlamentar<br />
alertou que a compra de<br />
grande volume de terras, em<br />
especial na faixa de fronteira<br />
com o Paraguai e a Bolívia<br />
pelo reverendo Moom e a Associação<br />
das Famílias para a<br />
Unificação e Paz Mundial<br />
vem sendo feita em total desrespeito<br />
à soberania do Brasil.<br />
“Pela gravidade da denúncia<br />
que caracteriza um<br />
projeto deliberado de internacionalização<br />
de nossas fronteiras,<br />
faz-se necessário o esclarecimento<br />
que solicitamos”,<br />
justificou.