geral - Câmara dos Deputados
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Jornal da <strong>Câmara</strong><br />
Brasília - Segunda-feira, 28 de maio de 2001 Ano 3 - Nº 555<br />
<strong>Câmara</strong> vai sediar<br />
Conferência<br />
Nacional de<br />
Direitos Humanos<br />
A <strong>Câmara</strong> vai sediar a VI<br />
Conferência Nacional de Direitos<br />
Humanos, que neste<br />
ano terá como eixo <strong>dos</strong> debates<br />
o combate à impunidade e<br />
a valorização da cidadania.<br />
Principal evento da área de<br />
direitos humanos no país, o<br />
encontro está sendo promovido<br />
pela Comissão de Direitos<br />
Humanos da <strong>Câmara</strong> e o Fórum<br />
de Entidades Nacional de<br />
Direitos Humanos.<br />
O presidente da comissão,<br />
deputado Nelson Pellegrino<br />
(PT-BA), explica que a Conferência<br />
é um espaço solidário,<br />
democrático e pluralista,<br />
em que representantes de entidades<br />
se encontram para<br />
analisar, trocar experiências e<br />
definir estratégias conjuntas<br />
para a promoção <strong>dos</strong> direitos<br />
humanos.<br />
O painel que debaterá A<br />
Impunidade como Violação<br />
<strong>dos</strong> Direitos Humanos terá<br />
como expositores o presidente<br />
do Superior Tribunal de<br />
Justiça, ministro Paulo Costa<br />
Leite; o procurador da República<br />
Luiz Francisco de Souza,<br />
e a cientista política Leila<br />
Linhares. Os subsídios recebi<strong>dos</strong><br />
integrarão um relatório<br />
a ser utilizado numa campanha<br />
nacional contra a impunidade,<br />
que abrangerá propostas<br />
de mudança na imunidade<br />
parlamentar, no controle externo<br />
do Judiciário e no foro<br />
judicial privilegiado para policiais<br />
militares.<br />
O evento será realizado<br />
entre os dias 30 de maio e 1º<br />
de junho, com abertura marcada<br />
para as 16 horas no Auditório<br />
Nereu Ramos.<br />
Jornal da <strong>Câmara</strong><br />
CÂMARA DOS DEPUTADOS<br />
Aécio convoca líderes para<br />
definir agenda de votações<br />
O presidente da <strong>Câmara</strong>,<br />
Aécio Neves, convocou reunião,<br />
amanhã, com as lideranças<br />
partidárias, a fim de estabelecer<br />
a agenda de votações<br />
até o final do mês de junho.<br />
Com a retirada, a pedido de<br />
Aécio, de praticamente todas<br />
as urgências constitucionais<br />
de projetos de lei encaminha-<br />
Propostas ao plano de racionamento<br />
de energia do governo e<br />
críticas à medida provisória que<br />
institui sobretaxa aos usuários<br />
que não reduzirem o consumo<br />
foram temas trata<strong>dos</strong> durante o<br />
Grande Expediente da sessão de<br />
sexta-feira da <strong>Câmara</strong>. O deputado<br />
José Antonio Almeida (PSB-<br />
MA) apresentou uma indicação<br />
para ser encaminhada ao Poder<br />
Executivo, sugerindo a redução<br />
a 0% das alíquotas do Imposto de<br />
Importação e do Imposto sobre<br />
Produtos Industrializa<strong>dos</strong>, na<br />
das pelo Poder Executivo, a<br />
pauta foi desobstruída e o ritmo<br />
de votações poderá voltar<br />
à normalidade. Dentre as matérias<br />
que poderão entrar na<br />
pauta, o presidente da <strong>Câmara</strong><br />
citou o projeto que institui<br />
o Código de Ética parlamentar,<br />
a proposta que restringe a<br />
edição de medidas provisóri-<br />
Sugestões e críticas ao<br />
racionamento dividem<br />
os debates na Casa<br />
O deputado Pedro Fernandes<br />
(PFL-MA) alertou em plenário<br />
para a escassez de água no Brasil,<br />
segundo ele um problema mais grave<br />
que o apagão de energia elétrica.<br />
Segundo da<strong>dos</strong> apresenta<strong>dos</strong><br />
pelo deputado, 95% <strong>dos</strong> 100.000<br />
cursos d’água e fontes brasileiras<br />
estão comprometi<strong>dos</strong> pela polui-<br />
compra de geradores nacionais e<br />
estrangeiros. Remi Trinta (PST-<br />
MA), por sua vez, conclamou os<br />
parti<strong>dos</strong> de oposição a darem sua<br />
contribuição para resolver a crise<br />
energética. Para ele, só criticar<br />
os erros e não reconhecer os acertos<br />
é a maneira mais cômoda e<br />
fácil de fazer política.<br />
Já o deputado Agnelo Queiroz<br />
(PCdoB-DF) afirmou que, apesar de<br />
colaborar no que pode com o racionamento<br />
de energia, a sociedade brasileira<br />
está sendo tratada como ré<br />
pelo governo. Páginas 2,3 e 4<br />
Escassez de água é mais grave<br />
que apagão, diz Pedro Fernandes<br />
ção e pelo uso incorreto. “O Brasil<br />
é um <strong>dos</strong> países mais bem dota<strong>dos</strong><br />
pela natureza em recursos<br />
hídricos. Entretanto, ao se considerar<br />
a disponibilidade <strong>dos</strong> recursos<br />
hídricos renováveis à população,<br />
o Brasil torna-se o vigésimo<br />
terceiro país do planeta”,<br />
comparou. Página 5<br />
Na Internet:<br />
www.camara.gov.br<br />
as, o projeto que reformula o<br />
conceito de imunidade parlamentar,<br />
itens da reforma tributária<br />
e da reforma política.<br />
Aécio anunciou que pretende<br />
pôr em votação, na quintafeira,<br />
o projeto que cria a Comissão<br />
Permanente de Legislação<br />
Participativa, dentro do<br />
projeto de reaproximar a Câ-<br />
DEVOLUÇÃO<br />
GARANTIDA<br />
PRT - 47-840/92<br />
mara da sociedade. A Comissão<br />
de Legislação Participativa<br />
- a 17ª Comissão Permanente<br />
da Casa - receberá propostas<br />
e sugestões de cidadãos e<br />
de entidades representativas da<br />
sociedade que, se viáveis, poderão<br />
ser transformadas em<br />
projetos de lei e, se aprovadas<br />
em plenário, em leis.<br />
O presidente da <strong>Câmara</strong>, Aécio Neves, recebeu visita do ministro<br />
da Defesa da Alemanha, Rudolf Scharping, com quem discutiu<br />
intenções de aproximação entre o Brasil e a Comunidade<br />
Européia. Aécio Neves externou ainda o interesse do Brasil no<br />
sistema político alemão, nesse momento em que a <strong>Câmara</strong> debate<br />
a reforma política. “O modelo alemão, em que predominam os<br />
parti<strong>dos</strong> fortes, é uma inspiração para o Brasil”, disse.<br />
O presidente da <strong>Câmara</strong> comunicou a intenção de convidar<br />
representantes do governo e sociedade civil da Alemanha durante<br />
o seminário que discutirá o impacto do ingresso do Brasil na Área<br />
de Livre Comércio das Américas (Alca), que ocorrerá no próximo<br />
mês de setembro. “Poderemos aprender muito com a experiência<br />
alemã na comunidade européia”, concluiu.<br />
E-mail:<br />
jornal@camara.gov.br<br />
J.Batista<br />
Campina Grande é considerada<br />
centro de referência tecnológica<br />
Página 8
2 - Brasília, 28 maio de 2001<br />
Plenário<br />
O deputado José Antonio Almeida<br />
(PSB-MA) apresentou uma<br />
indicação para ser encaminhada ao<br />
Poder Executivo, sugerindo a redução<br />
a 0% das alíquotas do imposto<br />
de importação e do IPI (Imposto<br />
sobre Produtos Industrializa<strong>dos</strong>),<br />
na compra de geradores nacionais<br />
e estrangeiros. “Isso irá liberar<br />
nossa matriz elétrica, baseada<br />
na hidrologia, com a produção<br />
energética de quem puder comprar<br />
geradores”, justificou o deputado.<br />
Almeida manifestou-se favoravelmente<br />
à proposta do economista<br />
João Sayad, de decretar feria<strong>dos</strong><br />
nas segundas ou sextas-feiras,<br />
A <strong>Câmara</strong> realiza a partir de<br />
amanhã o seminário Impacto da<br />
Mudança Tecnológica do Setor<br />
Agropecuário na Economia<br />
Brasileira. A abertura será às 9<br />
horas, no Auditório Nereu Ramos,<br />
e contará com a presença<br />
do presidente da <strong>Câmara</strong>, Aécio<br />
Neves (PSDB-MG), <strong>dos</strong> ministros<br />
da Agricultura, Pratini de<br />
Moraes, e da Ciência e Tecnologia,<br />
Ronaldo Sardenberg, do<br />
presidente da Embrapa, Alberto<br />
Duque Portugal, <strong>dos</strong> presidentes<br />
das comissões de Agricultura<br />
e Política Rural, deputado<br />
Luis Carlos Heinze (PPB-<br />
RS), e de Ciência, Tecnologia e<br />
Informática, Cesar Bandeira<br />
(PFL-MA), e do presidente da<br />
Comissão de Assuntos Econômicos<br />
do Senado, senador Lúcio<br />
Alcântara (PSDB-CE).<br />
Os debates terão a participação<br />
de representantes de<br />
grandes empresas, do Instituto<br />
de Pesquisas Aplicadas (Ipea),<br />
da Secretaria de Planejamento<br />
e Investimentos Estratégicos,<br />
da Federação das Indústrias do<br />
Estado do Rio de Janeiro (Firjan),<br />
da Associação de Comércio<br />
Exterior do Brasil, da <strong>Câmara</strong><br />
de Comércio Exterior e<br />
também de jornalistas especializa<strong>dos</strong><br />
na área econômica.<br />
Deputado José Antonio Almeida<br />
como medida de contenção de<br />
energia. Na sua opinião, é possível<br />
que a medida seja suficiente para<br />
os 20% de economia objetiva<strong>dos</strong><br />
pelo governo. “É que o maior consumidor<br />
não é o residencial, mas<br />
sim o empresarial”, explicou. “Isso<br />
também fará com que as empresas<br />
possam planejar sua atuação, compensando,<br />
de maneira adequada, a<br />
redução da produção e possivelmente<br />
da remuneração”.<br />
O deputado maranhense con-<br />
Os deputa<strong>dos</strong> Edir Oliveira<br />
(PTB-RS), Milton Barbosa (PFL-<br />
BA) e Pastor Amarildo (PPB-TO)<br />
entregaram ao presidente da <strong>Câmara</strong>,<br />
Aécio Neves, a Carta de<br />
Brasília, resultante do I Congresso<br />
Brasileiro da Cultura Judaica<br />
– 500 Anos de Brasil, realizado<br />
no Auditório Nereu Ramos, nos<br />
dias 16 e 17 de maio últimos.<br />
GERAL<br />
Proposta reduz alíquotas na<br />
compra de geradores de energia O<br />
<strong>Câmara</strong> debate<br />
impacto da tecnologia<br />
na agropecuária<br />
Presidência<br />
cordou com os argumentos recentes<br />
de que as medidas para a redução<br />
de energia são inconstitucionais,<br />
principalmente a suspensão de<br />
artigos do Código de Defesa do<br />
Consumidor pela Medida Provisória<br />
2.148/01. Segundo ele, o código<br />
se baseia em preceitos constitucionais.<br />
“Séculos depois, o governo<br />
está procurando restaurar a irresponsabilidade<br />
do Estado, que<br />
vigorava durante o Absolutismo,<br />
em que o monarca podia tudo”,<br />
avaliou o deputado, acrescentando<br />
ainda que o governo quer que as<br />
concessionárias de serviços públicos<br />
não sejam responsabilizadas<br />
pelos danos ao consumidor.<br />
Almeida também criticou a suspensão<br />
<strong>dos</strong> artigos que estabelecem<br />
que os fornecedores disponibilizem<br />
serviços adequa<strong>dos</strong>, eficientes e seguros,<br />
e que não exponham o consumidor<br />
ao ridículo. O deputado acredita<br />
que a MP do governo será modificada<br />
pelo Supremo Tribunal Federal.<br />
Contra os argumentos governamentais<br />
de que a responsabilidade<br />
passa a ser subjetiva e de que é preciso<br />
considerar a “Teoria da Imprevisão”,<br />
o deputado disse que “este<br />
era um acontecimento previsível,<br />
anunciado e comunicado por várias<br />
universidades”, disse o deputado.<br />
De acordo com ele, há um documento<br />
assinado pelos ministros<br />
Pedro Malan, Pedro Parente, Sarney<br />
Filho e Ronaldo Sardenberg,<br />
entre outros, prevendo o colapso do<br />
sistema energético.<br />
Uma das soluções para o impasse<br />
estaria no investimento em<br />
usinas termelétricas. O deputado do<br />
PSB lembrou que, no seu estado,<br />
há usinas deste tipo que foram utilizadas<br />
na década de 70 e agora<br />
estão paradas, pois quem fornece<br />
energia para São Luís hoje é a Usina<br />
de Tucuruí. “Só vejo o governo<br />
falar de medidas de contenção, mas<br />
não de atitudes que venham sanar<br />
realmente o problema”, concluiu.<br />
Valéria Aragão<br />
Deputa<strong>dos</strong> entregam Carta de Brasília a Aécio<br />
Entre as recomendações da<br />
Carta de Brasília, está a instalação<br />
nas universidades de disciplinas<br />
na área de estu<strong>dos</strong> judaicos,<br />
tendo em vista a contribuição de<br />
judeus e cristãos-novos na história<br />
da cultura brasileira. Propõe<br />
também revisar o conteúdo <strong>dos</strong> livros<br />
didáticos sobre a presença de<br />
judeus e cristãos-novos na cons-<br />
trução da civilização brasileira<br />
e organizar exposição temática<br />
itinerante a nível nacional,<br />
relacionada à importância da<br />
cultura e participação judaica<br />
nos 500 anos de história do<br />
Brasil. Finalmente, defende o<br />
estímulo a novas publicações<br />
referentes às questões judaicas<br />
no Brasil.<br />
Jornal da <strong>Câmara</strong><br />
Educação superior<br />
pode mudar quadro<br />
de concentração<br />
de renda, diz Severino<br />
deputado Severino Cavalcanti<br />
(PPB-PE) lamentou<br />
que o Brasil detenha o “triste<br />
título de campeão mundial<br />
de má distribuição de renda,<br />
com os estudantes pobres<br />
enfrentando cada vez mais<br />
dificuldades para ter acesso<br />
às universidades”. Para mudar<br />
esse quadro, ele acha que<br />
só através da educação o país<br />
conseguirá corrigir essas injustiças<br />
sociais, principalmente<br />
abrindo as portas das<br />
universidades públicas para<br />
alunos que não podem pagar<br />
faculdades particulares. Essa<br />
tese o deputado também defendeu<br />
como convidado <strong>dos</strong><br />
reitores da Associação Nacional<br />
de Dirigentes das Instituições<br />
Federais de Ensino<br />
Superior de Pernambuco<br />
para discutir a questão da<br />
universidade pública e a sua<br />
elitização.<br />
Severino Cavalcanti ressaltou<br />
recente pesquisa do<br />
Instituto Brasileiro de Geografia<br />
e Estatística (IBGE) e<br />
do Instituto de Planejamento<br />
Econômico e Social (Ipea)<br />
que revela que o Brasil detém<br />
há 25 anos o título de<br />
campeão das desigualdades<br />
sociais. “Outro dado preocupante<br />
revelado pelos pesquisadores<br />
do Ipea e do IBGE,<br />
é que um seleto grupo composto<br />
por 1% <strong>dos</strong> mais ricos<br />
da sociedade brasileira concentra<br />
renda superior àquela<br />
apropriada pelos 50% mais<br />
pobres”, registrou.<br />
Do ponto de vista internacional,<br />
Severino Cavalcanti<br />
afirmou que não existe país<br />
no mundo com um quadro de<br />
desigualdade maior que o do<br />
Brasil e também que detenha<br />
essa posição por tanto tempo.<br />
“Sou de um partido da<br />
base de sustentação do governo,<br />
mas temos o dever<br />
moral de dar a nossa contribuição<br />
para mudar esse quadro<br />
social que nos envergonha”,<br />
ponderou, dizendo-se<br />
convencido de que é pela via<br />
política que o país vai conseguir<br />
substanciais avanços<br />
nessa área.
Jornal da <strong>Câmara</strong><br />
Plenário<br />
Agnelo: sociedade não pode ser<br />
culpada por crise de energia<br />
O deputado Agnelo Queiroz<br />
(PCdoB-DF) afirmou que, apesar<br />
de colaborar no que pode<br />
com o racionamento de energia,<br />
a sociedade brasileira está sendo<br />
tratada como ré pelo governo.<br />
Para o deputado, o povo brasileiro<br />
é a vítima de um governo<br />
imprevidente que não planejou<br />
e deixou de investir no setor, preocupando-se,<br />
única e exclusivamente,<br />
em atender as metas do<br />
Fundo Monetário Internacional<br />
(FMI), além de financiar com<br />
dinheiro público a venda das<br />
empresas de energia. O parlamentar<br />
afirmou que está muito<br />
claro para a opinião pública a responsabilidade<br />
do governo Fernando<br />
Henrique Car<strong>dos</strong>o com a<br />
crise energética do país, uma vez<br />
que fora alertado diversas vezes<br />
sobre as possibilidades de ocorrem<br />
situações como esta, sem<br />
que qualquer medida fosse tomada<br />
para evitá-la.<br />
“O povo não merece ser tratado<br />
dessa forma. Como se não<br />
bastasse a falta de energia, irá,<br />
também, em conseqüência,<br />
amargar ainda mais o desemprego<br />
que virá com o risco de fechamento<br />
de empresas e a perda<br />
Deputado Agnelo Queiroz<br />
de incentivos”, observou. O deputado<br />
ressalvou porém que o<br />
país teve sorte de os problemas<br />
terem vindo à tona antes de uma<br />
crise insuperável, como ocorreu<br />
na Argentina. “Lá, tudo foi desnacionalizado,<br />
a economia vive<br />
um caos, não há controle sobre<br />
a moeda e não há poder de recuperação<br />
porque o Estado foi<br />
destruído”, explicou. Ele afirmou<br />
que a intenção do governo<br />
brasileiro é a desnacionalização<br />
total, mas que isso ainda pode<br />
ser impedindo. “O povo brasi-<br />
POLÍTICA Brasília, 28 de maio de 2001 - 3<br />
leiro, pelo menos no que resta,<br />
atuará com mão de ferro para<br />
impedir a entrega desse patrimônio”,<br />
afirmou.<br />
“O governo chegou a dizer<br />
que a oposição é desonesta e fascista.<br />
É sinal de que está desesperado.<br />
Além disso, adotou um<br />
viés facista ao, com uma medida<br />
provisória, rasgar o Código de<br />
Defesa do Consumidor, que já<br />
tem dez anos de existência e é<br />
um grande instrumento de defesa<br />
<strong>dos</strong> direitos e da cidadania do<br />
povo brasileiro”, afirmou.<br />
Agnelo concluiu parabenizando<br />
o povo brasileiro que,<br />
mesmo com a séria crise de energia,<br />
tem sido compreensivo e generoso,<br />
dando inestimável cota<br />
de sacrifício para ajudar a resolver<br />
o problema criado pelos desgovernos<br />
nos últimos anos do<br />
Brasil. Para ele, porém, a sociedade<br />
não deixará de cobrar esta<br />
conta. “A crise tem responsável<br />
e era evitável, só se concretizou<br />
porque houve imprevidência, irresponsabilidade<br />
e falta de patriotismo,<br />
problemas esses agrava<strong>dos</strong><br />
pelo fracasso de uma política<br />
irresponsável levada a cabo<br />
nos últimos seis anos”, disse.<br />
Racionamento de energia é criticado<br />
O líder Walter Pinheiro (PT-<br />
BA) alertou que boa parte da sociedade<br />
está se rebelando contra<br />
o racionamento de energia e as sobretaxas<br />
que serão aplicadas aos<br />
consumidores que consomem acima<br />
de 100kw e não conseguirem<br />
reduzir o consumo em 20%. “Serão<br />
milhares de ações na Justiça,<br />
que certamente terão ganho de<br />
causa, porque, conforme juristas<br />
renoma<strong>dos</strong>, além de injusta, a<br />
cobrança de sobretaxa e o possível<br />
corte de luz são medidas ilegais”,<br />
ressaltou.<br />
Para o parlamentar petista, a<br />
crise tem um lado positivo, que é<br />
o de conscientizar a sociedade<br />
brasileira sobre a questão energética<br />
e fazer com que se habituem<br />
a usar a energia com mais<br />
racionalidade, evitando o desperdício.<br />
Fora disso, protestou o<br />
deputado, o que temos é um abuso<br />
de poder que atinge excepcionalmente<br />
as camadas mais pobres<br />
da população. Para Walter<br />
Pinheiro, quem deveria arcar<br />
com tudo isso, além do governo,<br />
seriam as geradoras e concessionárias<br />
de energia, “mas incompreensivelmente”,<br />
ficaram fora<br />
do arrocho”, acrescentou.<br />
Miriam Reid (PSB-RJ), por<br />
sua vez, considerou uma “atitude<br />
cruel e insensível” a ameaça<br />
às residências e fábricas de corte<br />
de energia de três a seis dias.<br />
“E ainda há o confisco, ou seja,<br />
o aumento da tarifa de energia<br />
de 100% a 200%”, disse Reid.<br />
Para Miriam, a falta de energia<br />
não está acontecendo por<br />
falta de chuva, mas sim por irresponsabilidade<br />
do governo,<br />
que teria sido avisado do pro-<br />
blema. “O governo sabia que<br />
deveria dar continuidade ao<br />
plano de expansão do sistema<br />
elétrico, mas simplesmente não<br />
tomou as providências necessárias,<br />
ou seja, estamos vivendo<br />
as conseqüências de um crime<br />
de prevaricação e negligência”,<br />
afirmou.<br />
O deputado Jorge Khoury<br />
(PFL-BA) também acha que a<br />
culpa pelo racionamento não é<br />
da falta de chuvas. “Sem dúvida,<br />
a imprevidência constituída<br />
pela devida falta de um planejamento<br />
estratégico no setor, a<br />
operacionalização inadequada<br />
do sistema e a falta de necessários<br />
investimentos – se é que se<br />
acreditava em crescimento econômico<br />
– entendo serem os<br />
grandes responsáveis pela situação<br />
em que vivemos”, avaliou.<br />
Remi Trinta conclama<br />
oposição a colaborar<br />
O deputado Remi Trinta<br />
(PST-MA) conclamou os parti<strong>dos</strong><br />
de oposição a darem sua<br />
contribuição para resolver a crise<br />
energética. Para ele, só criticar<br />
os erros e não reconhecer os<br />
acertos é a maneira mais cômoda<br />
e fácil de fazer política, com<br />
a projeção da tragédia, da catástrofe<br />
e do caos sem, no entanto,<br />
apontar soluções para que elas<br />
não ocorram.<br />
Ele também criticou os políticos<br />
que só sabem fazer política<br />
encastela<strong>dos</strong> no poder, afirmando<br />
serem estes os clientelistas e<br />
bajuladores que em nada contribuem<br />
para o engrandecimento e<br />
o desenvolvimento da nação.<br />
“Felizmente esta Casa tem<br />
na sua grande maioria uma categoria<br />
de homens públicos que<br />
têm consciência crítica do fato<br />
político e agem em consonância<br />
com as necessidades da nação”,<br />
observou, destacando a<br />
importância da união de to<strong>dos</strong><br />
neste momento difícil para toda<br />
a nação brasileira.<br />
Para o parlamentar maranhense,<br />
não é justo dizer que o<br />
governo FHC não tem conquistas<br />
a celebrar, porque, no seu entendimento,<br />
houve grandes<br />
avanços nas áreas da saúde e da<br />
educação, apesar de ainda haver<br />
muito a fazer nestes dois setores.<br />
No entanto, o deputado disse<br />
que, apesar de reconhecer que<br />
o Plano Real trouxe a to<strong>dos</strong> a<br />
possibilidade de planejar o futuro<br />
e a distribuição da renda nacional,<br />
é necessário saber se os<br />
méto<strong>dos</strong> utiliza<strong>dos</strong> para atingir<br />
estas metas não têm trazido problemas<br />
mais sérios para a população.<br />
Entre os problemas, ele<br />
apontou a política de juros altos, o<br />
arrocho salarial e o aumento das<br />
tarifas de água, energia, telefone,<br />
“dentre tantos outros que tanto penalizam,<br />
sobremaneira, o trabalhador<br />
brasileiro”.<br />
Remi Trinta ponderou que o<br />
governo tem de ter capacidade de<br />
persuasão para convencer os credores<br />
internos e externos de que<br />
não podem carrear to<strong>dos</strong> os recursos<br />
da nação para pagá-los, porque<br />
o povo brasileiro tem necessidades<br />
essenciais intransferíveis que precisam<br />
ser urgentemente supridas.<br />
“Entendo que quando se tem restrições<br />
orçamentárias, tem que se<br />
priorizar o essencial, que é dar uma<br />
vida digna ao povo brasileiro”, disse,<br />
argumentando que essencial é<br />
comer, beber, habitar e vestir.<br />
Finalizando, Remi Trinta conclamou<br />
to<strong>dos</strong> a um mutirão para<br />
buscar soluções para a crise de<br />
energia, salientando que a oposição<br />
tem que estar neste esforço e,<br />
sem perder sua identidade, ajudar<br />
a apontar caminhos que levem a<br />
soluções que possam trazer dias<br />
melhores para o país.<br />
Duzentos mil virão a Brasília protestar<br />
contra o apagão, anuncia Babá<br />
O deputado Babá (PT-PA) revelou<br />
que cerca de 200 mil trabalhadores<br />
de todo o país participarão<br />
de ato em Brasília, no dia 27 de<br />
junho, para pedir a abertura da CPI<br />
da Corrupção no Senado e protestar<br />
contra o corte de energia.<br />
Para o parlamentar, o racionamento<br />
de energia está ligado ao processo<br />
de privatização que, por sua<br />
vez, estaria envolvido num “manto<br />
de corrupção”. O deputado defendeu<br />
a reestatização <strong>dos</strong> setores<br />
privatiza<strong>dos</strong>.<br />
Deputado Remi Trinta<br />
Ao analisar o colapso energético,<br />
Babá avaliou que a situação seria<br />
evitável se tivesse havido investimentos<br />
em novas linhas de transmissão,<br />
que permitisse levar ao resto<br />
do país a energia que existe no<br />
Norte e no Sul. “Além disso, a economia<br />
do país está voltada para o<br />
pagamento de juros de dívidas. A saída<br />
é romper os acor<strong>dos</strong> com o FMI.<br />
Não podemos continuar reféns de<br />
banqueiros, que se apropriam de<br />
nossas riquezas e remetem para o<br />
exterior”, concluiu o parlamentar.
4 - Brasília, 28 de maio de 2001<br />
Comissão Geral<br />
Na continuação<br />
da sessão da Comissão<br />
Geral realizada<br />
na última quintafeira<br />
pela <strong>Câmara</strong>, o<br />
deputado Clementino<br />
Coelho (PPS-<br />
PE) disse que o presidente<br />
Fernando<br />
Henrique tem que<br />
do como um general.<br />
Ele errou e tem que assumir.<br />
O governo tem<br />
que reconhecer que as<br />
medidas tomadas para<br />
resolver a questão são<br />
injustas, pois o povo é<br />
que está pagando a<br />
conta”, concluiu.<br />
O deputado Jorge<br />
Bittar (PT-RJ), por sua vez, disse<br />
que o governo tem que parar de<br />
agir com arrogância e abrir um<br />
canal de diálogo com a sociedade<br />
para se discutir a crise energética.<br />
O parlamentar criticou a <strong>Câmara</strong><br />
de Gestão da Crise de Energia Elétrica<br />
que, na sua opinião, teria que<br />
ter a participação da sociedade.<br />
Ele denunciou a imprevidência<br />
do governo afirmando que os<br />
próprios técnicos denunciaram a<br />
gravidade da crise e as suas conseqüências,<br />
mas que o governo<br />
engavetou as informações prefe-<br />
GERAL<br />
Comissão Geral discute<br />
responsabilidade pela crise<br />
reconhecer que errou. Para ele,<br />
a responsabilidade do racionamento<br />
é totalmente do Executivo,<br />
que insiste em colocar a<br />
culpa na falta de chuvas.<br />
Ao propor um pacto nacional<br />
para encontrar soluções<br />
mais eficazes e justas, o deputado<br />
afirmou que a maneira<br />
como o governo vem conduzindo<br />
a crise energética demonstra<br />
a total falta de compromisso<br />
com a democracia e<br />
com a nação. “Estamos numa<br />
guerra e o presidente está agin-<br />
Iara Bernardi<br />
lembra promessas<br />
A deputada Iara Bernardi (PT-SP)<br />
lembrou que, em dezembro de 1995, o<br />
presidente Fernando Henrique anunciou<br />
que o Ministério de Minas e Energia estava<br />
realizando licitação para, em 2004,<br />
construir hidrelétricas que aumentariam<br />
em mais de 32 mil megawatts a capacidade<br />
de geração de energia no país. “Menos<br />
de seis anos depois, e após grande parte<br />
do sistema de distribuição elétrica ter<br />
sido privatizado, em nome <strong>dos</strong> investimentos<br />
e da eficiência, a situação concreta<br />
é bem menos rósea do que previu o presidente:<br />
as tarifas subiram muito acima da<br />
inflação e estamos às vésperas de um racionamento<br />
generalizado”, salientou.<br />
Iara Bernardi destacou também declaração<br />
do então ministro de Minas e<br />
Energia, Raimundo Brito, em 1997, afirmando<br />
que o déficit na produção de<br />
energia estava superado, lembrando que<br />
esta declaração foi dada no final de um<br />
ano pré-eleitoral, quando o FHC estava<br />
prestes a disputar a reeleição. “Seria impossível<br />
fazer racionamento em ano de<br />
eleições, quando era essencial para a manutenção<br />
do modelo econômico implantado<br />
em 1994 a recondução ao poder do<br />
grupo até hoje dominante”, observou.<br />
rindo não buscar soluções adequadas<br />
para o setor. “A crise é<br />
grave e os remédios aplica<strong>dos</strong> não<br />
são os mais corretos. Os ônus do<br />
racionamento têm de ser distribuí<strong>dos</strong><br />
com justiça e não deixar apenas<br />
o povo arcar com os prejuízos.<br />
O governo está sendo autoritário<br />
na condução desse problema,<br />
precisamos romper com esse autoritarismo”,<br />
protestou o petista.<br />
Já o ex-governador de São<br />
Paulo, deputado Luiz Antonio<br />
Fleury (PTB-SP), disse que é<br />
preciso uma mobilização nacional,<br />
mas sem esquecer a Constituição<br />
e o Código de Defesa do Consumidor.<br />
Para ele, estão querendo<br />
impedir o consumidor de reclamar<br />
os seus direitos, numa demonstração<br />
clara de prepotência.<br />
O deputado afirmou que é preciso<br />
cobrar das empresas as obrigações<br />
que deveriam ter cumprido<br />
e não cumpriram e que o Con-<br />
O deputado Jovair Arantes (PSDB-GO) rebateu<br />
as acusações feitas ao governador de<br />
Goiás, Marconi Perillo, pelos senadores de seu<br />
estado, que estariam contra a privatização da<br />
distribuidora de energia Celg. “Ao encontrar<br />
a geradora de energia do estado privatizada,<br />
não restou possibilidade alguma de o governo<br />
continuar com a distribuidora”, informou. “Ao<br />
vender a geradora, o governo anterior, do<br />
PMDB, colocou nas cláusulas do contrato que<br />
a geradora poderia até aumentar o preço da<br />
venda do quilowatt, ou seja, da energia vendida<br />
às centrais elétricas de Goiás, de maneira<br />
que a geradora tem aumentado o preço, inviabilizando<br />
a distribuição”, explicou.<br />
gresso tem de fiscalizar a <strong>Câmara</strong><br />
de Gestão da Crise. Para<br />
concluir, apelou pela defesa da<br />
legalidade durante o processo.<br />
“Não podemos aceitar que se<br />
negue o direito à Justiça. Não<br />
podemos deixar que rasguem a<br />
nossa Constituição”, encerrou.<br />
Sociedade<br />
O representante da sociedade<br />
civil brasileira, Antônio Pádua<br />
Pereira, apelou para que o<br />
Congresso Nacional apure a<br />
responsabilidade sobre a precarização<br />
do sistema energético<br />
nacional. O convidado<br />
afirmou que o maior erro do<br />
processo de privatização dotado<br />
no Brasil foi o de que ele<br />
não abriu o setor a investimentos<br />
priva<strong>dos</strong>, deixando<br />
como estavam as empresas<br />
estatais competentes, mas<br />
simplesmente vendeu o que<br />
havia ao capital privado.<br />
Jovair Arantes explica privatização em Goiás<br />
O deputado Manoel Salviano (PSDB-<br />
CE) parabenizou o prefeito Jesus Garcia, de<br />
Santana do Cariri, Ceará, pelas várias obras<br />
inauguradas no município, principalmente as<br />
mais atuais: eletrificação rural na Chapada<br />
do Araripe e uma unidade escolar. De acordo<br />
com o deputado, o prefeito vem promovendo<br />
várias realizações no local, inclusive<br />
propondo medidas arrojadas para a área de<br />
educação, especialmente no dimensionamento<br />
das unidades de ensino.<br />
O parlamentar destacou ainda outros setores<br />
que também são de fundamental im-<br />
Arantes acredita que os senadores que, segundo<br />
ele, antes queriam a privatização da distribuidora,<br />
agora estão protestando contra a<br />
venda com intenções eleitoreiras. “No nosso<br />
entendimento, falta, primeiro, respeito ao povo<br />
do Goiás, segundo, respeito a eles mesmos,<br />
porque foram eles que provocaram a situação<br />
de absoluta falibilidade que existe hoje nas<br />
centrais de distribuição em Goiás”, avaliou.<br />
Por isso, o deputado pediu aos parlamentares<br />
que confiem nas atitudes de Perillo. “Ao que<br />
se saiba, e tendo em vista os seus índices de<br />
popularidade, não há informações suficientemente<br />
capazes de fazer crer que o governador<br />
não mereça tal crédito”, enfatizou.<br />
Manoel Salviano elogia eletrificação rural<br />
portância para o desenvolvimento regional e que<br />
têm merecido atenção do prefeito. Entre eles,<br />
programas de cunho social que, garantiu, são<br />
“executa<strong>dos</strong> em perfeita obediência às necessidades<br />
populares, sem o estardalhaço que caracteriza<br />
a irracionalidade da obra supérflua”.<br />
“A eletrificação rural era uma antiga aspiração<br />
da comunidade residente na Serra do<br />
Araripe. E, graças a essa sintonia de interesses<br />
entre o governo e governa<strong>dos</strong>, o importante<br />
projeto foi implantado, propiciando<br />
agora a materialização da tão aguardada aspiração”,<br />
disse Salviano.<br />
Jornal da <strong>Câmara</strong><br />
Deputa<strong>dos</strong> pedem<br />
apoio contra aftosa<br />
O deputado Luciano Castro<br />
(PFL-RR) pediu que o governo<br />
invista na erradicação da<br />
febre aftosa, que tem atingido<br />
rebanhos bovinos em todo o<br />
Brasil e dificultado a venda<br />
para outros países. “A exportação<br />
pode gerar US$ 2 bilhões<br />
no próximo ano”, afirmou.<br />
Segundo Castro, a produção<br />
bovina nacional tem condições<br />
de abastecer o mercado<br />
internacional em quantidade<br />
e qualidade. “Nem Europa,<br />
nem Canadá ou Japão têm<br />
território ou clima para concorrer<br />
conosco”, afirmou o<br />
deputado. Ele disse ainda que<br />
a febre aftosa é de fácil erradicação,<br />
bastando uma política<br />
de controle sanitário eficaz.<br />
Pompeo de Mattos (PDT-<br />
RS), por sua vez, protestou<br />
contra a lentidão do ministro<br />
da Agricultura, Pratini de Moraes,<br />
em tomar a decisão de<br />
vacinar ou não o gado do Rio<br />
Grande do Sul. Decidido que<br />
haveria vacinação, a vacina<br />
ainda não chegou ao estado,<br />
deixando os produtores preocupa<strong>dos</strong>.<br />
Ele apelou ao ministro<br />
e toda a sua assessoria técnica<br />
para mandarem a vacina,<br />
antes que o foco de febre aftosa<br />
que lá existe contamine todo<br />
o rebanho e os produtores tenham<br />
mais prejuízos.<br />
Reverendo Moom<br />
continua comprando<br />
terras em MS<br />
O deputado Manoel Vitório<br />
(PT-MS) formulou requerimento<br />
de informações ao<br />
Ministério de Desenvolvimento<br />
Agrário sobre a aquisição<br />
de terras pelo reverendo<br />
Moom no estado do Mato<br />
Grosso do Sul. O parlamentar<br />
alertou que a compra de<br />
grande volume de terras, em<br />
especial na faixa de fronteira<br />
com o Paraguai e a Bolívia<br />
pelo reverendo Moom e a Associação<br />
das Famílias para a<br />
Unificação e Paz Mundial<br />
vem sendo feita em total desrespeito<br />
à soberania do Brasil.<br />
“Pela gravidade da denúncia<br />
que caracteriza um<br />
projeto deliberado de internacionalização<br />
de nossas fronteiras,<br />
faz-se necessário o esclarecimento<br />
que solicitamos”,<br />
justificou.
Jornal da <strong>Câmara</strong><br />
Plenário<br />
Pedro Fernandes alerta que falta<br />
d’água é mais grave que apagão Concessão<br />
“É lamentável que 95% <strong>dos</strong><br />
100 mil cursos d’água e fontes<br />
brasileiras estejam comprometi<strong>dos</strong><br />
pela poluição e pelo uso incorreto<br />
desse bem”. A afirmação<br />
é do deputado Pedro Fernandes<br />
(PFL-MA), ao alertar que,<br />
“muito mais grave e ameaçador<br />
para o país do que o apagão, é o<br />
fantasma do secão que se aproxima”.<br />
Ele advertiu que, na origem<br />
do problema, está o que<br />
considera “o descaso, a incúria<br />
e a incompetência no manejo<br />
com o meio ambiente”.<br />
“A água doce, esse bem maior<br />
que a natureza nos legou, tem<br />
sido tratada com irresponsabilidade”,<br />
acusou o deputado maranhense,<br />
ao chamar a atenção<br />
para o fato de que, da mesma<br />
forma como o primeiro mundo<br />
se recusa a mudar a matriz<br />
energética para reduzir a emissão<br />
de poluentes, a má gerência<br />
<strong>dos</strong> recursos hídricos brasileiros<br />
não tardará a ser utilizada<br />
como argumento contra a<br />
população. Ele destacou trechos<br />
do livro Energia Elétrica<br />
para o Desenvolvimento Sustentável,<br />
uma coletânea assinada<br />
pelos professores Lineu Belico<br />
e Semida Silveira, em que<br />
Desmatamento na Amazônia<br />
preocupa Arthur Virgílio<br />
O líder do governo no<br />
Congresso, deputado Arthur<br />
Virgílio (PSDB-AM), chamou<br />
atenção para o ritmo de desmatamento<br />
na Amazônia. Citando<br />
da<strong>dos</strong> do Instituto Nacional<br />
de Pesquisas Espaciais<br />
(INPE), o parlamentar disse<br />
que o desmatamento na região<br />
cresceu 14,9%, no período<br />
entre agosto de 1999 e agosto<br />
de 2000. No mesmo período<br />
de 1998 e 1999, Arthur Virgí-<br />
Deputado Pedro Fernandes<br />
alertam que “as reservas mundiais<br />
de água potável alcançam<br />
níveis críticos. Isto causa problemas<br />
econômicos, sociais e<br />
políticos dificultando as relações<br />
entre as cidades, regiões e<br />
mesmo países. O Brasil é um<br />
<strong>dos</strong> países mais bem dota<strong>dos</strong><br />
pela natureza em recursos hídricos.<br />
Entretanto, ao se considerar<br />
a disponibilidade <strong>dos</strong> recursos<br />
hídricos renováveis à população,<br />
o Brasil torna-se o vigésimo<br />
terceiro país do planeta”.<br />
Ao lembrar que, há mais de<br />
três décadas, os maranhenses se<br />
acostumaram a ver os seus rios<br />
como meios de transportes e<br />
grandes áreas de lazer, o que já<br />
lio ressalta que houve “positiva<br />
estabilidade” à razão de 17 mil<br />
quilômetros quadra<strong>dos</strong>, contrastando<br />
com os quase 20 mil quilômetros<br />
quadra<strong>dos</strong> do período<br />
imediatamente subseqüente.<br />
“Meu temor é que o incremento<br />
do desmatamento chegue a um<br />
ponto de não sustentabilidade,<br />
com prejuízos irreversíveis para o<br />
meio ambiente”, lembra o deputado,<br />
ao alertar que a preocupação<br />
maior com esta devastação é com<br />
GERAL Brasília, 28 de maio de 2001 - 5<br />
não ocorre hoje em dia, Pedro<br />
Fernandes avaliou que o aumento<br />
da densidade populacional, a<br />
ocupação incorreta <strong>dos</strong> solos, a<br />
falta de uma educação ambiental<br />
e o êxodo rural, aos poucos,<br />
foram se encarregando de trazer<br />
à consciência de to<strong>dos</strong> que<br />
esses recursos e essas possibilidades<br />
eram finitos. Como exemplo,<br />
ele citou o Rio Itapecuru<br />
que, no passado, era considerado<br />
o maior curso d’água do estado<br />
e que, hoje, se encontra severamente<br />
ameaçado, em decorrência<br />
<strong>dos</strong> sucessivos processos<br />
de desmatamento, de assoreamento,<br />
do lançamento de detritos<br />
orgânicos e químicos nas<br />
águas e de toda a agressão que<br />
foi perpetrada desde a nascente<br />
até a foz.<br />
“Na verdade, cada setor utiliza-se<br />
<strong>dos</strong> recursos hídricos,<br />
abastecimento urbano, irrigação,<br />
geração de energia hidrelétrica,<br />
abastecimento industrial<br />
e outros, sem se importar com<br />
as restrições que estejam causando<br />
aos demais usuários <strong>dos</strong><br />
mananciais de água doce”, lamentou<br />
o deputado, alertando o<br />
governo para a urgência de se<br />
investir em educação ambiental.<br />
o Mato Grosso, Pará e Rondônia<br />
que têm respondido por cerca<br />
de 80% do desflorestamento<br />
<strong>dos</strong> últimos tempos. “O Amazonas<br />
vive a situação privilegiada<br />
de a Zona Franca de Manaus financiar<br />
o interior do estado e,<br />
com isso, conter os níveis de<br />
desmatamento do estado em 2%<br />
da cobertura florestal”, frisou,<br />
insistindo na necessidade de o<br />
Congresso se empenhar na preservação<br />
dessas matas.<br />
José Carlos Coutinho propõe<br />
incentivos para reflorestamento<br />
de incentivos fiscais<br />
para recomposição de áreas<br />
e reserva florestais foi proposta<br />
pelo deputado José Carlos<br />
Coutinho (PFL-RJ), por intermédio<br />
de projeto de lei, a fim de coibir<br />
a exploração predatória <strong>dos</strong> recursos<br />
florestais no território brasileiro.<br />
Apesar de reconhecer que<br />
houve avanços inegáveis no controle<br />
do desmatamento, o parlamentar<br />
acha que o problema não<br />
foi exaurido, em razão da inexistência<br />
de estruturas eficientes de<br />
fiscalização, que atinge em especial<br />
a Amazônia Legal.<br />
Explica o parlamentar que os<br />
proprietários rurais, pessoas físicas<br />
ou jurídicas, terão a possibilidade<br />
de deduzir do Imposto<br />
de Renda as importâncias aplicadas<br />
por eles, no ano-base, na<br />
implantação e manutenção do reflorestamento<br />
de áreas de preservação<br />
permanente. “Os abatimentos<br />
previstos no Imposto de<br />
Renda incluirão os custos de im-<br />
plantação do reflorestamento,<br />
bem como os de manutenção <strong>dos</strong><br />
povoamentos florestais nos três<br />
anos seguintes”, informou, para<br />
dizer que o valor anual das deduções<br />
previstas nesta lei não<br />
poderá ser superior a 20% do Imposto<br />
de Renda devido.<br />
A proposta prevê ainda que<br />
o órgão ambiental federal definirá<br />
anualmente os valores unitários<br />
correspondentes aos custos<br />
desses reflorestamentos, cabendo<br />
aos órgãos estaduais, com<br />
base nesses custos e após a fiscalização<br />
necessária, expedir e<br />
publicar certifica<strong>dos</strong> que atestem<br />
os valores efetivamente aplica<strong>dos</strong>,<br />
em cada ano-base, pelos<br />
proprietários rurais. No caso da<br />
Amazônia, o parlamentar denuncia<br />
que o desmatamento intensificou-se<br />
a partir do início <strong>dos</strong><br />
anos 70, resultado do esforço<br />
destinado a integrar rapidamente<br />
aquela vasta região à economia<br />
brasileira.<br />
Eurípedes elogia projeto de<br />
combate às queimadas<br />
As queimadas, como método<br />
de manejo agrícola, estão intrinsecamente<br />
arraigadas na cultura<br />
cabocla. Erradicá-la não é tarefa<br />
simples, na verdade, um desafio<br />
que tem sido enfrentado pelo programa<br />
Fogo! Emergência Crônica<br />
com sucesso. O registro foi do<br />
deputado Eurípedes Miranda<br />
(PDT-RO), que reconheceu os<br />
avanços promovi<strong>dos</strong> pelo projeto<br />
e considerou importante sua<br />
adaptação em outros esta<strong>dos</strong>.<br />
Durante o seminário Fogo,<br />
Emergência Crônica - Alternativas<br />
e Sugestões para a Amazônia,<br />
realizado na semana passada<br />
na <strong>Câmara</strong>, o parlamentar falou<br />
sobre a importância do empenho<br />
<strong>dos</strong> governos federal, estaduais<br />
e municipais, <strong>dos</strong> representantes<br />
agrícolas e especialmente<br />
do governo italiano que,<br />
por meio de financiamentos,<br />
atuou junto aos produtores rurais<br />
na adoção de técnicas de uso controlado<br />
do fogo. Neste sentido,<br />
outro personagem que mereceu o<br />
reconhecimento de Eurípedes<br />
Miranda foi a Organização não<br />
Governamental Amigos da Terra,<br />
que executou o programa, permitindo<br />
não só a redução <strong>dos</strong> incêndios,<br />
mas implantando uma consciência<br />
ecológica, aumentando a<br />
produtividade, alavancando o setor<br />
econômico e gerando empregos<br />
e renda para a região.<br />
“Tenho a convicção de que<br />
este é um projeto vitorioso, primeiramente<br />
pelo caráter da cooperação<br />
Norte-Sul, pois, embora<br />
as cobranças internacionais pela<br />
preservação da Amazônia sejam<br />
muitas, poucas são ações efetivas<br />
em termos de apoio, especialmente<br />
financeiro”, lembrou. O parlamentar<br />
destacou ainda o aspecto<br />
democrático do programa, observando<br />
que na Amazônia vivem 20<br />
milhões de pessoas que anseiam<br />
e têm direito a uma vida digna.<br />
“Assim, estarão destina<strong>dos</strong> ao fracasso<br />
os programas traça<strong>dos</strong> de<br />
forma impositiva pelo poder central<br />
e que não levem em conta as<br />
necessidades e realidades da população”,<br />
disse.
6 - Brasília, 28 de maio de 2001<br />
Comissões<br />
Mesa da <strong>Câmara</strong> <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong><br />
Presidente: Aécio Neves<br />
1º Vice-Presidente: Efraim Morais<br />
2º Vice-Presidente: Barbosa Neto<br />
1º Secretário:Severino Cavalcanti<br />
2º Secretário: Nilton Capixaba<br />
3º Secretário: Paulo Rocha<br />
4º Secretário:Ciro Nogueira<br />
Suplentes: Pedro Valadares, Salatiel Carvalho,<br />
Enio Bacci , Wilson Santos<br />
Procuradoria Parlamentar: Ricardo Izar<br />
Ouvidoria Parlamentar: Luiz Antonio Fleury<br />
Diretor-Geral:Adelmar Silveira Sabino<br />
Secretário-Geral da Mesa: Mozart Vianna de Paiva<br />
GERAL<br />
Mauro Benevides protesta<br />
contra fim da Sudene<br />
O deputado Mauro Benevides<br />
(PMDB-CE), ao lastimar<br />
a extinção da Superintendência<br />
de Desenvolvimento<br />
do Nordeste-Sudene, pediu<br />
transcrição nos Anais da Casa<br />
do documento Carta do Nordeste<br />
divulgado no dia 14 de<br />
maio pela Assembléia Permanente<br />
<strong>dos</strong> Servidores da Sudene,<br />
pela Associação <strong>dos</strong><br />
Servidores da Sudene e pelo<br />
Sindicatos <strong>dos</strong> Servidores<br />
Públicos Federais do Estado<br />
de Pernambuco-SINDISEP/<br />
PE. “O documento reflete o<br />
estado de espírito que domina<br />
a Região Nordeste, insatisfeita<br />
com a decisão abruptamente<br />
posta em prática<br />
pelo Poder Executivo Federal”,<br />
afirmou.<br />
O parlamentar alertou ainda<br />
que a Região Nordeste se<br />
sente vilipendiada e frustrada<br />
com a extinção pura e simples<br />
da Sudene, por meio de medida<br />
provisória. “Em 41 anos de<br />
profícuo funcionamento, a Sudene<br />
prestou relevantes serviços<br />
ao crescimento econômico”,<br />
afirmou Benevides. Ele<br />
lembrou os primeiros tempos<br />
da instituição, dirigida pelo<br />
seu primeiro superintendente,<br />
o economista Celso Furtado,<br />
escolhido pelo ex-presidente<br />
Juscelino Kubitschek para<br />
Jornal da <strong>Câmara</strong><br />
Deputado Mauro Benevides<br />
corrigir as desigualdades regionais.<br />
Benevides disse que<br />
fala com conhecimento de<br />
causa, pois foi integrante do<br />
Conselho Deliberativo da<br />
Sudene, em 1985/1986, quando<br />
exercia a Presidência do<br />
Banco do Nordeste.<br />
Mauro Benevides afirmou<br />
que, relativamente às desigualdades<br />
sociais, a Sudene<br />
vinha contribuindo, mesmo<br />
com algumas distorções, na<br />
aplicação <strong>dos</strong> incentivos fiscais<br />
e por isso foi estarrecedora<br />
a sua drástica supressão<br />
da estrutura organizacional<br />
do Executivo Federal.<br />
Depois de ler a Carta do<br />
Nordeste, o parlamentar cea-<br />
rense disse que a temática<br />
das desigualdades sociais<br />
continua presente, conforme<br />
se insere na Carta Magna,<br />
que coloca como um<br />
<strong>dos</strong> objetivos fundamentais<br />
da República Federativa<br />
do Brasil. “A lei mandou<br />
‘erradicar a pobreza e<br />
a marginalização e reduzir<br />
as desigualdades sociais<br />
e regionais’ que agora<br />
se acentuarão no Nordeste<br />
com a extinção da Sudene”,<br />
afirmou.<br />
Depois de condenar a<br />
utilização de medidas provisórias<br />
pelo governo,<br />
Mauro Benevides admitiu<br />
sua culpa por ver votado a<br />
favor da inclusão deste dispositivo<br />
no texto constitucional<br />
de 1988. “Nós constituintes<br />
estávamos absolutamente<br />
convictos de que os<br />
pressupostos fundamentais<br />
da relevância e da urgência<br />
seriam observa<strong>dos</strong> inflexivelmente,<br />
mas com a extinção<br />
da Sudene, mudamos<br />
nossa convicção porque eles<br />
não foram cumpri<strong>dos</strong>”, acentuou,<br />
alertando que vai haver<br />
uma mobilização que<br />
terá como grande objetivo a<br />
recriação da Sudene, porque<br />
este é o desejo de grande<br />
parte <strong>dos</strong> nordestinos.<br />
ANEXO I, 15º ANDAR, SALA 605<br />
FONE: (0XX61) 318-5098/99<br />
FAX: (0XX61) 318-2196<br />
Disque <strong>Câmara</strong><br />
0800 619619<br />
Tv <strong>Câmara</strong> - canal 14 -Net/DF<br />
canal 28 -Sky<br />
canal 235 -DirecTV www.agencia.camara.gov.br<br />
Jornal da <strong>Câmara</strong> na internet: www.camara.gov.br / E-mail: jornal@camara.gov.br<br />
SECOM - Secretaria de Comunicação Social Jornal da <strong>Câmara</strong><br />
Diretor: Ronaldo Paixão<br />
(061) 318-5085 / Fax: (061) 318-2108<br />
Divulgação: Sonia Costa<br />
(061) 318-5085<br />
Relações Públicas: Osvaldo Vaz Morgado<br />
(061) 318-5092<br />
Rádio <strong>Câmara</strong>: Vladimir Almeida<br />
(061) 318-8310<br />
TV <strong>Câmara</strong>: Sérgio Chacon<br />
(061) 318-5080<br />
Agência <strong>Câmara</strong>: Ademir Malavazi<br />
(061) 318-8473<br />
Mídias Alternativas:Arnolfo Carvalho<br />
(061) 318-7420<br />
Atendendo ao requerimento<br />
do deputado Freire Júnior<br />
(PMDB-TO), a Comissão de<br />
Trabalho da <strong>Câmara</strong> ouviu, ontem,<br />
as denúncias de representantes<br />
sindicais <strong>dos</strong> fiscais da<br />
Receita Federal de Tocantins,<br />
que acusam o governador Siqueira<br />
Campos de prejudicar a<br />
atividade do fisco e tentar militarizar<br />
as secretarias que compõem<br />
o governo. Os sindicalistas<br />
apresentaram uma série de<br />
proposta que serão levadas ao<br />
conhecimento do governador, às<br />
bancadas estadual e federal e ao<br />
Ministério Público estadual. O<br />
presidente da comissão, deputado<br />
Freire Júnior (PMDB-TO),<br />
não havendo sensibilidade do governador,<br />
pedirá ao presidente do<br />
PMDB estadual que ajuíze Ação<br />
Popular contra Siqueira Campos,<br />
por improbidade administrativa.<br />
“Entendemos que, além de respeito<br />
e consideração, o cidadão<br />
merece tratamento justo e condições<br />
satisfatórias de trabalho”,<br />
declarou o presidente.<br />
Segundo as denúncias, não<br />
estão respeita<strong>dos</strong> direitos adquiri<strong>dos</strong><br />
e o cálculo de produtividade<br />
foi mudado de forma a diminuir<br />
os rendimentos. O governador<br />
teria ainda criado a Polícia<br />
Militar Tributária para fiscalizar<br />
a atividade <strong>dos</strong> fiscais da<br />
Receita.<br />
As medidas foram consideradas<br />
atos de exceção pelo deputado<br />
Alberto Fraga (PMDB-DF),<br />
que se disse surpreso com a ausência<br />
de um representante do<br />
Jornal da <strong>Câmara</strong><br />
Trabalho recebe denúncias<br />
de fiscais da Receita<br />
Executivo tocantinense na audiência<br />
pública. Para o parlamentar, as<br />
atitudes daquele governo fazem<br />
entender que o governador não<br />
confia no seu fisco e tenta militarizar<br />
a instituição, na medida em<br />
que implantou policiais militares<br />
em quase to<strong>dos</strong> os órgãos. Ele<br />
lembrou que a Polícia Militar do<br />
Tocantins está em greve diante<br />
do não cumprimento das promessas<br />
de campanha do governador.<br />
Portanto, o mais indicado, de seu<br />
ponto de vista, seria proporcionar<br />
melhores condições de trabalho<br />
aos policiais e não impor-lhes<br />
mais uma função totalmente estranha<br />
às suas atribuições. “A Polícia<br />
Militar já tem uma função<br />
antipática aos olhos da sociedade,<br />
não é justo atribuir-lhe uma<br />
outra que, além de ser totalmente<br />
estranha às funções originais da<br />
caserna, ainda piora sua imagem”,<br />
enfatizou Fraga.<br />
“Tocantins é o único estado<br />
do Brasil, e quem sabe do mundo,<br />
a criar um fisco militar. Não<br />
há uma disputa entre as duas categorias,<br />
os dois devem trabalhar<br />
juntos, mas em funções diferentes”,<br />
ponderou o presidente da<br />
Federação Nacional do Fisco-<br />
Fenafisco, Carlos Alberto Agostini.<br />
O sindicalista vê como saída<br />
a constitucionalização do Fisco,<br />
tornando a atividade imune<br />
a pressões. Outra solução, do seu<br />
ponto de vista, é vincular a remuneração<br />
a uma tabela legal<br />
pré-estabelecida, não a deixando<br />
exposta ao livre entendimento<br />
do Executivo.<br />
Mídias Alternativas<br />
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Impressão: Imprensa Nacional<br />
Presidência da República
Jornal da <strong>Câmara</strong><br />
SEGUNDA-FEIRA, 28.05.01<br />
PLENÁRIO<br />
Hora: a definir Pauta: Prorrogação de<br />
sessão em homenagem ao Jornal do<br />
Comércio, pela passagem do 68º aniversário<br />
de sua fundação.<br />
TERÇA-FEIRA, 29.05.01<br />
PLENÁRIO<br />
Hora: 10:00 Pauta: Sessão solene em<br />
homenagem ao Jornal Pequeno, de<br />
São Luís – MA, por seus anos de circulação.<br />
Hora: 13:00 Pauta: Discussão do PLC<br />
195/01, que institui contribuições sociais,<br />
autoriza créditos em contas vinculadas<br />
do Fundo de Garantia do<br />
Tempo de Serviço (FGTS).<br />
COMISSÕES<br />
Agricultura<br />
Hora: 9:00 Pauta: Abertura do Seminário<br />
Impacto da Mudança Tecnológica<br />
do Setor Agropecuário na Economia<br />
Brasileira. Presença do ministro<br />
da agricultura, Marcus Vinícius Pratini<br />
de Moraes e do ministro da Ciência<br />
e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg.<br />
Local: Auditório Nereu Ramos, Anexo<br />
II<br />
CCJR<br />
Hora: 14:00 Pauta: Apreciação da<br />
PEC 207/95 do deputado Feu Rosa<br />
(PSDB –ES), que dispõe sobre o recenseamento<br />
escolar em creche e<br />
pré-escola no ensino fundamental.<br />
Local: Plenário 1, Anexo II<br />
Seguridade Social<br />
Hora:14:30 Pauta: Audiência pública<br />
para esclarecimento do ministro da<br />
Previdência Social sobre assuntos<br />
pertinentes à sua Pasta Ministerial.<br />
Presença do ministro da Previdência<br />
Social, Roberto Brant.<br />
Local: Plenário 7, Anexo II<br />
Viação e Transportes<br />
Hora: 14:30 Pauta: Subcomissão Especial<br />
do Transporte Rodoviário de<br />
Passageiros para analisar as concessões<br />
<strong>dos</strong> transportes rodoviários. Presença<br />
do secretário nacional de transportes<br />
terrestres do Ministério <strong>dos</strong><br />
Transportes, Luís Henrique Baudes e<br />
do presidente da Confederação Nacional<br />
de Transportes, Clésio Andrade.<br />
Local: Plenário 7, Anexo II<br />
Fiscalização Financeira<br />
Hora: 15:00 Pauta: Reunião de audiência<br />
pública para esclarecer a publicação<br />
de fotografia estampando símbolos<br />
do PSDB em livros didáticos do<br />
Ministério da Educação, integrantes<br />
do PNLD. Coordenadora do livro didático<br />
do Ministério da Educação.<br />
Local: Plenário 9, Anexo II<br />
COMISSÕES ESPECIAIS<br />
Agência Nacional de Aviação Civil<br />
Hora: 14:00 Pauta: Audiência pública<br />
com o presidente da Federação Nacional<br />
de Aeroviários e Aeronautas,<br />
Pedro Azambuja e com o coordenador-<strong>geral</strong><br />
da Federação Nacional <strong>dos</strong><br />
Trabalhadores em Transportes Aéreos,<br />
Norival de Souza.<br />
Local: Plenário 13, Anexo II<br />
Inelegibilidade<br />
Hora: 14:00 Pauta: Apreciação de requerimentos<br />
da comissão.<br />
Local: Plenário 15, Anexo II<br />
QUARTA-FEIRA, 30.05.01<br />
PLENÁRIO<br />
Hora: 10:00 Pauta: Sessão solene em<br />
comemoração ao Dia Mundial Sem<br />
AGENDA Comissões<br />
PREVISÃO DA SEMANA<br />
Tabaco: Tabagismo Passivo.<br />
Hora: 13:00 Pauta: Discussão da<br />
PEC 472/97, que estabelece critérios<br />
para edição de medida provisória,<br />
proibindo a reedição, na mesma sessão<br />
legislativa de medida que tenha<br />
sido objeto de rejeição ou tenha perdido<br />
sua eficácia por decurso de prazo,<br />
que no caso e de noventa dias,<br />
admitida a prorrogação por igual período,<br />
alterando a nova Constituição<br />
Federal e do PL 1.151/95, que disciplina<br />
a união civil entre pessoas do<br />
mesmo sexo.<br />
COMISSÕES<br />
Finanças e Tributação<br />
Hora: 9:00 Pauta: Apreciação de proposições,<br />
destacando-se o PL 848/<br />
95, do deputado Philemon Rodrigues<br />
(PL-MG), que exonera do imposto de<br />
renda das pessoas físicas os rendimentos<br />
que especifica.<br />
Local: Plenário 4, Anexo II<br />
Viação e Transportes<br />
Hora: 9:00 Pauta: Apreciação do PL<br />
3.534/00, do deputado Ronaldo Vasconcelos<br />
(PL-MG), que determina<br />
que as legendas das placas de sinalização<br />
nas rodovias federais sejam<br />
expressas nos idiomas português e<br />
espanhos.<br />
Local: Plenário 11, Anexo II<br />
Ciência e Tecnologia<br />
Hora: 10:30 Pauta: Audiência pública<br />
para debater a disputa entre Directv<br />
e Globo e a pressão <strong>dos</strong> EUA sobre<br />
o Brasil para abertura do setor de telecomunicações.<br />
Presença do diretor<br />
<strong>geral</strong> do Departamento de Promoção<br />
Comercial do Ministério das Relações<br />
Exteriores, Mário Vilalva e do vice-presidente<br />
de relações institucionais das<br />
Organizações Globo, Evandro Guimarães.<br />
Local: Plenário 13, Anexo II<br />
CCJR<br />
Hora: 14:30 Pauta: Audiência pública<br />
sobre os aspectos constitucionais e<br />
jurídicos das medidas adotadas pelo<br />
governo federal no combate à crise<br />
de energia. Presenças <strong>dos</strong> advoga<strong>dos</strong><br />
e juristas Fábio Comparato e Celso<br />
Antônio Bandeira de Melo.<br />
Local: Plenário 1, Anexo II<br />
Direitos Humanos<br />
Hora: 16:00 Pauta: Abertura da VI<br />
Conferência Nacional de Direitos Humanos<br />
com lançamento de livros no<br />
Saguão do Auditório Nereu Ramos.<br />
Presença do presidente da <strong>Câmara</strong><br />
<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, Aécio Neves.<br />
Local: Auditório Nereu Ramos, Anexo<br />
II<br />
COMISSÕES ESPECIAIS<br />
Agência Nacional de Aviação Civil<br />
Hora: 14:00 Pauta: Audiência pública<br />
com o presidente da Junta de Representantes<br />
das Companhias Aéreas Internacionais,<br />
Alfredo Rodrigues e com<br />
o presidente da Associação Brasileira<br />
da Aviação Geral, Rui Aquino.<br />
Local: Plenário13, Anexo II<br />
Política Nacional de Saneamento<br />
Hora: 14:30 Pauta: Reunião para discutir<br />
o tema Política Nacional de Saneamento.<br />
Local: Plenário 5, Anexo II<br />
CPI<br />
Obras Inacabadas<br />
Hora: 14:00 Pauta: Deliberação de<br />
requerimentos.<br />
Local: Plenário 4, Anexo II<br />
GERAL Brasília, 28 de maio de 2001 - 7<br />
Seguridade aprova gratuidade de<br />
remédios de uso contínuo para i<strong>dos</strong>os<br />
As pessoas com mais de 65 anos<br />
de idade que tiverem renda igual ou<br />
inferior a um salário mínimo mensal<br />
terão direito ao fornecimento<br />
gratuito de medicamentos de uso<br />
contínuo. Essa é a determinação do<br />
substitutivo do deputado José Linhares<br />
(PPB-CE) ao Projeto de Lei<br />
3.290/97, que foi aprovado pela<br />
Comissão de Seguridade Social e<br />
Família. A proposta assegura que<br />
essas pessoas recebam o medicamento<br />
de que necessitam através do<br />
Sistema Único de Saúde (SUS).<br />
Para isso, os interessa<strong>dos</strong> que se enquadrarem<br />
nos critérios estabeleci<strong>dos</strong><br />
deverão se cadastrar nos Conselhos<br />
Municipais de Saúde, que<br />
contarão com o apoio das agências<br />
do Instituto Nacional do Seguro Social<br />
(INSS) e ainda do censo realizado<br />
pelo Instituto Brasileiro de Geografia<br />
e Estatística (IBGE) para o<br />
planejamento e a identificação de<br />
to<strong>dos</strong> os beneficiários.<br />
“Por conhecermos a realidade<br />
brasileira, entendemos que é realmente<br />
angustiante a situação dessas<br />
pessoas, quando mais de 70%<br />
<strong>dos</strong> i<strong>dos</strong>os e pensionistas recebem<br />
efetivamente um salário mínimo<br />
por mês. Para eles, o gasto com<br />
medicamentos de uso contínuo<br />
O deputado Dr. Hélio (PDT-<br />
SP) informou que a Agência<br />
Nacional de Vigilância Sanitária<br />
restringiu o uso de mais cinco<br />
produtos de medicamentos,<br />
dentre os quais o ácido acetil<br />
salicílico, que poderiam estar associa<strong>dos</strong><br />
a Síndrome de Riy, que<br />
causa a morte principalmente de<br />
crianças. “Esse dado se apresenta<br />
de forma tímida, quando observamos<br />
que a ONU estabelece<br />
que 364 substâncias deveriam<br />
ser retiradas do mercado brasileiro,<br />
as quais já o foram do<br />
mercado <strong>dos</strong> países desenvolvi<strong>dos</strong>”,<br />
ressaltou. Segundo o deputado,<br />
das 364 substâncias condenadas<br />
pela ONU, cerca de 115<br />
são comercializadas no país.<br />
Para exemplificar, o deputado<br />
citou o medicamento Teldane<br />
que contém anti-histamínico e<br />
que seu uso foi proibido pela Organização<br />
Mundial de Saúde.<br />
Deputado José Linhares<br />
representa um ônus insuportável<br />
ou um sacrifício enorme”, disse<br />
José Linhares, em defesa do seu<br />
substitutivo. Ele destacou ainda que<br />
o consumo desse tipo de medicamento<br />
é condição indispensável à<br />
manutenção do equilíbrio e da saúde<br />
<strong>dos</strong> i<strong>dos</strong>os por conseqüência <strong>dos</strong><br />
problemas e doenças crônico-degenerativas,<br />
enfermidades típicas da<br />
idade mais avançada.<br />
Lista de medicamentos<br />
Os recursos do Fundo Nacional<br />
de Saúde para a compra <strong>dos</strong><br />
medicamentos serão repassa<strong>dos</strong><br />
aos Fun<strong>dos</strong> Municipais, de acor-<br />
Plenário<br />
Mais cinco remédios passam a<br />
compor lista <strong>dos</strong> de uso restrito<br />
“Existem vários relatos de substâncias<br />
que promovem enfermidade<br />
e deveriam ser restritas ao<br />
mercado brasileiro, tais como,<br />
produtos deriva<strong>dos</strong> da cânfora,<br />
como o transpulmin, o vicvaporub,<br />
o gelol e a calamina”, alertou.<br />
Ele apelou à população para<br />
que denuncie a presença de efeitos<br />
colaterais graves, causa<strong>dos</strong> por<br />
medicamentos, pelo número 156<br />
em qualquer localidade do Brasil.<br />
Vicente Caropreso (PSDB-<br />
SC), por sua vez, registrou o excelente<br />
trabalho realizado pelos<br />
médicos oftamologistas em<br />
Joinville(SC). Dirigi<strong>dos</strong> por<br />
Cleusa Coral Ghanem, proprietária<br />
da clínica Sadalla Amin<br />
Ghanem, esses médicos vêm fazendo<br />
um atendimento de prevenção<br />
da deficiência visual,<br />
além de assistirem todas as crianças<br />
da rede pública de ensino,<br />
destacou o parlamentar.<br />
do com o número de cadastra<strong>dos</strong><br />
por município, dentro do Programa<br />
de Atenção aos I<strong>dos</strong>os já instituído<br />
pelo Ministério da Saúde. A<br />
relação <strong>dos</strong> medicamentos de uso<br />
contínuo que devem ficar disponíveis<br />
aos cadastra<strong>dos</strong> deverá ser<br />
elaborada posteriormente pelo ministério.<br />
Assim, o Poder Executivo<br />
terá um prazo de 90 dias, a contar<br />
da aprovação final da proposta,<br />
para regulamentar o benefício.<br />
O projeto, que agora segue<br />
para a Comissão de Finanças e<br />
Tributação e, posteriormente, à<br />
Comissão de Constituição e Justiça<br />
e de Redação, recebeu votos<br />
contrários <strong>dos</strong> deputa<strong>dos</strong> Ângela<br />
Guadagnin (PT-SP), Dr. Rosinha<br />
(PT-PR), Salomão Gurgel (PDT-<br />
RN), Rafael Guerra (PSDB-MG),<br />
Carlos Mosconi (PSDB-MG),<br />
Orlando Desconsi (PT-RS), Orlando<br />
Fantazzini (PT-SP) e Henrique<br />
Fontana (PT-RS).<br />
Medicamentos específicos<br />
trarão advertência sobre<br />
os riscos do tabagismo<br />
A Comissão de Constituição<br />
e Justiça e de Redação<br />
aprovou, na semana passada,<br />
as emendas do Senado Federal<br />
ao PL 141-C, DE 1995,<br />
que “torna obrigatória a impressão,<br />
nas bulas <strong>dos</strong> medicamentos<br />
que especifica, de<br />
advertência aos fumantes sobre<br />
os riscos do tabagismo em<br />
relação a determinadas patologias”.<br />
O projeto da <strong>Câmara</strong><br />
recebeu duas emendas no<br />
Senado. A primeira aditando<br />
ao projeto artigo que visa a<br />
determinar que as bulas de<br />
medicamentos, cuja farmacologia<br />
sofra interação ou interferência<br />
com o uso de produtos<br />
de tabaco ou que contenham<br />
nicotina, devem incluir<br />
advertência desse fato com<br />
informações suficientes para<br />
que o terapeuta, o farmacêutico<br />
e o usuário possam fazer<br />
os ajustes posológicos necessários.<br />
A segunda prevendo<br />
que os medicamentos, no<br />
caso, viessem a ser identifica<strong>dos</strong><br />
por ocasião da regulamentação<br />
da lei. O relator, deputado<br />
Geraldo Magela (PT-<br />
DF), acatou apenas a emenda<br />
número um por julgar a segunda<br />
inconstitucional. O<br />
projeto será submetido à<br />
apreciação do plenário.
8 - Brasília, 28 de maio de 2001<br />
Plenário<br />
O deputado Marcondes Gadelha<br />
(PFL-PB) destacou reportagem<br />
publicada na revista Newsweek,<br />
em sua edição de 30 de abril<br />
passado, em que é feita uma relação<br />
de várias cidades espalhadas<br />
ao redor do mundo que despontam<br />
como mecas tecnológicas, justamente<br />
por disporem das condições<br />
necessárias para o desenvolvimento<br />
de projetos de tecnologia<br />
de ponta. Entre estas cidades, ressaltou,<br />
a única representante da<br />
América Latina é a cidade de<br />
Campina Grande na Paraíba.<br />
Na avaliação do deputado, o<br />
que chegou a causar celeuma política<br />
no estado e incredulidade<br />
fora dele foi, para os paraibanos,<br />
mais do que apenas a confirmação<br />
de uma vocação ou a descoberta<br />
de um novo filão. A reportagem,<br />
disse, “atesta a capacidade<br />
empreendedora do paraibano<br />
ao mundo e mostra que quando<br />
nos são dadas as condições mínimas<br />
de trabalho, a Paraíba se faz<br />
produtiva e competitiva”.<br />
No caso de Campina Grande,<br />
o deputado lembra que estas condições<br />
foram ofertadas por uma<br />
miríade de agentes que, apesar de<br />
não estarem trabalhando de forma<br />
sincronizada, possibilitaram a<br />
confluência destes fatores em fa-<br />
vor do cluster (conglomerado) de<br />
empresas de alta tecnologia. Dentre<br />
estes fatores, Marcondes Gadelha<br />
aponta como os mais importantes<br />
a excelência <strong>dos</strong> cursos<br />
de Engenharia Elétrica, Engenharia<br />
Eletrônica e de Computação,<br />
realiza<strong>dos</strong> pelo campus local<br />
da Universidade Federal da<br />
Paraíba. “A profusão de mestres<br />
e doutores, o intercâmbio estrangeiro,<br />
especialmente com a Índia,<br />
e o alto nível <strong>dos</strong> seus laboratórios<br />
concorrem para a atração<br />
<strong>dos</strong> melhores estudantes do país<br />
e mesmo de fora, assegurando a<br />
renovação <strong>dos</strong> corpos docente e<br />
GERAL<br />
Campina Grande destaca-se como<br />
centro de tecnologia de ponta Preocupado com os altos ín-<br />
Situação de<br />
controladores<br />
de vôo preocupa<br />
Assustado com denúncias feitas<br />
por controladores de vôo em<br />
recente programa de televisão e<br />
que, em sua opinião, colocam em<br />
risco a segurança de to<strong>dos</strong> aqueles<br />
que viajam de avião no país,<br />
o deputado Jose Coimbra (PTB-<br />
SP) apresentou requerimento ao<br />
ministro da Defesa, Geraldo Quintão,<br />
para saber quais as reais condições<br />
de trabalho da categoria.<br />
O parlamentar quer saber, por<br />
exemplo, se é verdade que os<br />
controladores civis ganham menos<br />
do que os militares para realizarem<br />
o mesmo tipo de tarefa e se os salários<br />
são tão baixos que os obrigam<br />
a fazer bicos em suas horas de folga,<br />
chegando cansa<strong>dos</strong> ao trabalho.<br />
Deputado Marcondes Gadelha<br />
discente”, observou o parlamentar,<br />
ao adicionar também a esta<br />
“alquimia” a forte infra-estrutura<br />
de que Campina Grande é dotada.<br />
Gadelha considera que, ao se<br />
situar em um ponto eqüidistante<br />
<strong>dos</strong> centros regionais de João Pessoa,<br />
Natal e Recife, a cidade de<br />
Campina Grande está estrategicamente<br />
bem localizada. No quesito<br />
transporte, a cidade conta<br />
com boas estradas e um aeroporto,<br />
que embora necessite ser ampliado,<br />
mantém linhas regulares<br />
ligando a cidade aos maiores centros<br />
do país. Por último, Marcondes<br />
Gadelha lembra que Campina<br />
Grande foi brindada por sucessivos<br />
governos bem sucedi<strong>dos</strong>,<br />
que acertaram as contas da cidade,<br />
aqueceram sua economia e<br />
consolidaram a infra-estrutura<br />
local, fazendo desta cidade um<br />
local aprazível e capaz de satisfazer<br />
aqueles que decidem apostar<br />
em Campina Grande. “Para<br />
nós paraibanos, o reconhecimento<br />
do desempenho campinense<br />
não é surpresa, apesar de<br />
ser digno de menção e é a demonstração<br />
cabal de que políticas<br />
de desenvolvimento bem aplicadas<br />
podem fazer do Nordeste<br />
um centro de excelência mundial<br />
em várias áreas”, afirmou.<br />
MP pode incluir<br />
agrônomos do Incra<br />
O deputado Mauro Benevides<br />
(PMDB-CE) defendeu<br />
a inclusão <strong>dos</strong> engenheiros<br />
agrônomos lota<strong>dos</strong><br />
no Incra na carreira de fiscal<br />
federal agropecuário,<br />
carreira já considerada típica<br />
de Estado para os profissionais<br />
do Ministério da<br />
Agricultura.<br />
De acordo com o parlamentar,<br />
historicamente,<br />
sempre houve similaridade<br />
de tratamento por parte do<br />
governo federal para com os<br />
engenheiros agrônomos <strong>dos</strong><br />
dois órgãos, justificando-se<br />
a inclusão. “Ao relator da<br />
MP 2.136, senador Carlos<br />
Patrocínio, foram aditadas<br />
informações bem convincentes<br />
que certamente o inclinarão<br />
a recomendar aos<br />
demais membros da comissão<br />
o acolhimento do pleito.<br />
No que depender da<br />
bancada cearense desta<br />
Casa, tudo será feito para<br />
que os engenheiros do Incra<br />
sejam considera<strong>dos</strong><br />
dentre as carreiras típicas<br />
de Estado”, ponderou.<br />
dices de criminalidade e violência<br />
em seu estado, onde ocorrem<br />
cerca de três homicídios por<br />
dia, o deputado João Caldas<br />
(PTB-AL) fez um apelo ao governo<br />
federal para que interfira<br />
junto à Secretaria de Segurança<br />
do estado em busca de alternativas<br />
para conter esse avanço.<br />
Caldas pediu que o governo encaminhe<br />
alguém de sua equipe<br />
para, junto com a administração<br />
do estado, encontrar soluções<br />
aos seqüestros, homícidios e à<br />
grande violência, pois, em sua<br />
opinião, a situação deve ficar<br />
pior quando começarem os apagões<br />
do racionamento de energia.<br />
“É preciso que alguém vá a<br />
Alagoas para ver de perto as deficiências<br />
e atuar em parceria<br />
com a polícia local. O governo<br />
federal tem sido um grande parceiro<br />
de nosso estado, investindo<br />
em todas as obras, mas agora<br />
precisamos de mais ajuda na<br />
área de segurança”, disse Caldas,<br />
que garantiu também estar<br />
preocupado com a extinção da<br />
Superintendência de Desenvolvimento<br />
do Nordeste (Sudene).<br />
Para ele, que criticou a “Indústria<br />
da Seca”, o alarmismo e<br />
a política eleitoreira - registrando<br />
que o Nordeste é o único lugar<br />
do mundo em que se inaugura<br />
obra de calamidade pública<br />
a Sudene não poderia ter<br />
sido extinta e agora, avaliou, até<br />
mesmo o governo federal deve<br />
estar sentindo falta de seu trabalho.<br />
“O discurso eleitoreiro e<br />
alarmista, do apocalipse e do<br />
caos já começou. Mas precisamos<br />
ter responsabilidade com<br />
esse problema. Se o governo<br />
Jornal da <strong>Câmara</strong><br />
Índices de violência em<br />
Alagoas preocupam João Caldas<br />
O deputado Eurípedes Miranda<br />
(PDT-RO) acusou o governo<br />
do seu estado de má administração.<br />
“Rondônia está um caos,<br />
porque nada funciona – saúde,<br />
segurança pública e agricultura –<br />
e, além disso, o governo demitiu<br />
mais de 10 mil servidores, mas<br />
tem interesse em manter seus apadrinha<strong>dos</strong>”,<br />
declarou o deputado.<br />
Deputado João Caldas<br />
federal hospedasse to<strong>dos</strong> os sertanejos<br />
durante o período da seca<br />
em hotéis cinco estrelas da orla<br />
marítima certamente ficaria mais<br />
barato para os cofres públicos”,<br />
disse Caldas, recomendando que<br />
sejam proibidas essas inaugurações<br />
de obras de emergência.<br />
Energia<br />
O parlamentar também fez<br />
um apelo ao presidente da República<br />
para que os deputa<strong>dos</strong><br />
sejam mais ouvi<strong>dos</strong>, lembrando<br />
que, há mais de um ano e<br />
meio, quando era membro da<br />
Comissão de Economia, Indústria<br />
e Comércio da Casa, propôs<br />
que fosse criada a Agência Nacional<br />
de Combustíveis Renováveis.<br />
Na ocasião, ressaltou o deputado,<br />
ele chegou a falar com<br />
vários membros da equipe do<br />
governo, explicando como a<br />
cana-de-açúcar, o babaçu, o milho,<br />
a beterraba e o abacaxi poderiam<br />
virar energia, combustível<br />
limpo, e dar ao Brasil a autosuficiência<br />
de que necessita.<br />
Eurípedes Miranda<br />
vê caos em Rondônia<br />
“O atual criticou a administração<br />
passada e agora faz pior, a ponto<br />
<strong>dos</strong> seus alia<strong>dos</strong> do PFL o estarem<br />
abandonando”. De acordo<br />
com Miranda, está havendo problemas<br />
com a realização de um<br />
concurso público para agente de<br />
polícia no seu estado porque o<br />
governador estaria querendo beneficiar<br />
pessoas de seu interesse.