1 - Sociedade Brasileira de Física
1 - Sociedade Brasileira de Física
1 - Sociedade Brasileira de Física
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Se feissemos construir um rob8 que dispusesse <strong>de</strong> urn<br />
sietema visual- capaz <strong>de</strong> orientar suas agBesno ambiente, certemente<br />
haverlamos <strong>de</strong> prov8-lo corn pelo menoe duas capacida<strong>de</strong>e<br />
essentials: discriminaglo especial e discriminaglo <strong>de</strong> formes.<br />
A primeira the permitiria localizar no eepago us vhrios objetos<br />
que emitem ou refletem <strong>de</strong>ntro da faixa <strong>de</strong> seneibilida<strong>de</strong> do<br />
sietema, e a eegunda the possibilitaria i<strong>de</strong>ntificar eases vhrios<br />
objetos. Ambas as fungIee sIo pr6priae do sietema visual<br />
dos animals, embora nAo seam as finical), e tem eido muito estudadas<br />
atraves do mhtodo eletrofisiongico.<br />
A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> localizagRo-espacial implica algum<br />
modo <strong>de</strong> representagRo topolOgica do ambiente visual no sietema<br />
nervoso. No primeiro est6gio neural envolvido - a retina - ease<br />
representaglo 6 direta. A retina 6 uma superficie eelerica<br />
que diap3e <strong>de</strong> um sietema 6tico invereor (v6rias superficiee<br />
refratoras e um diafragma); <strong>de</strong>s/3e modo, os objetoe situados<br />
superiormente no campo visual estarRo repreeentadoe na retina<br />
inferior ou ventral; aqueles situados inferiormente no campo<br />
se projetarRo na retina dorsal; os objetos situados na periferia<br />
nasal do campo eatarRo representados na retina temporal, e<br />
vice-versa. Como o maps retiniano do mundo visual 6 produzido<br />
fisicamente, sues caracteristicas po<strong>de</strong>m ser previstas pelos<br />
male simples principlos da Btica geom6trica. No entanto, a informaglo<br />
visual que o eirebro recebe da retina vem codificada<br />
em potentials <strong>de</strong> aglo e tranemitida por circuitos que nada tem<br />
a ver corn a 6tica. A questlo que temos A frente 6, portanto:<br />
como se preeerva, nos diferentes estAgios do sietema visual, a<br />
informagRo topolbgica contida no ambiente?<br />
QuestIo <strong>de</strong>ese tipo 6 o principal interesee do grupo<br />
li<strong>de</strong>rado por Ricardo Settees, no Institut° <strong>de</strong> Biofialca.<br />
Settees e seus colaboradores tem regietrado a ativida<strong>de</strong> e16-<br />
trice <strong>de</strong> pequenas populag3es <strong>de</strong> neur8nios <strong>de</strong> diferentes 6reas<br />
corticais visuals do macaco Rhesus e do Cebue - este Gltimo<br />
macaco-prego dos cegos <strong>de</strong> realejo pare levantar os mapas <strong>de</strong><br />
repreeentagIo topogrhfica nessee reglIes5, 6 . 0 macaco 6 <strong>de</strong>vidamente<br />
anesteslado e cuidadosamente posicionado em um cisterns<br />
mec6nico <strong>de</strong> modo que um <strong>de</strong> seus olhoe - aberto - posse ester<br />
no centro <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> hemiererio <strong>de</strong> acrilico transparente<br />
que diepIe <strong>de</strong> um sietema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas. No inicio da experiencia<br />
o macaco 6 .operado; <strong>de</strong> modo a abrir um pequeno orificio<br />
em seu crfinio e expor uma certa extensAo do cEmtea visual.<br />
Um sietema mecAnico posicionador 6 colocado sobre o orifIcio<br />
128