02.02.2013 Views

Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga - IBDS

Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga - IBDS

Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga - IBDS

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

serviço!<br />

Isso porque, <strong>de</strong>corre <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> aumento <strong>do</strong> número <strong>de</strong><br />

sinistros a elevação <strong>do</strong>s prêmios cobra<strong>do</strong>s para o oferecimento da correspon<strong>de</strong>nte<br />

garantia pelo merca<strong>do</strong> segura<strong>do</strong>r.<br />

Valemo-nos, uma vez mais, <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s forneci<strong>do</strong>s pela<br />

imprensa. Informa a reportagem <strong>de</strong>nominada “<strong>Carga</strong> é alvo nº 1 <strong>de</strong> gangues <strong>de</strong> São<br />

Paulo”, publicada no Jornal Folha <strong>de</strong> São Paulo, edição <strong>do</strong> dia 05/06/95:<br />

"Com a explosão <strong>do</strong> roubo <strong>de</strong> carga, a maioria das segura<strong>do</strong>ras saiu <strong>do</strong><br />

merca<strong>do</strong> (só 10% fazem seguro <strong>de</strong> carga). Na semana passada, o Instituto<br />

<strong>de</strong> Resseguros <strong>do</strong> Brasil aumentou o custo <strong>do</strong> seguro em 50% e impôs<br />

uma franquia <strong>de</strong> 30% nos produtos mais visa<strong>do</strong>s.”<br />

O que se tem logra<strong>do</strong> com a exclu<strong>de</strong>nte outorgada aos<br />

transporta<strong>do</strong>res é transferir o custo previ<strong>de</strong>nciário (seguro) <strong>do</strong> transporta<strong>do</strong>r para o<br />

consumi<strong>do</strong>r, ao invés <strong>de</strong> ampliar-se a massa <strong>de</strong> segura<strong>do</strong>s em prol da mais ampla<br />

socialização <strong>do</strong>s riscos.<br />

Em uma socieda<strong>de</strong> cujas relações <strong>de</strong> consumo se mo<strong>de</strong>rnizam<br />

a cada dia, torna-se inconcebível que uma ativida<strong>de</strong> que contenha o elemento risco<br />

em sua natureza, risco esse caracteriza<strong>do</strong> por evento absolutamente previsível e<br />

mais <strong>do</strong> que isso, i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> como uma constante perfeitamente quantificável,<br />

exclua a responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> contrata<strong>do</strong> (que assumiu <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>, extrain<strong>do</strong><br />

proveito econômico <strong>de</strong> sua execução), concentran<strong>do</strong> toda sua carga onerosa no<br />

contratante, consumi<strong>do</strong>r <strong>do</strong> serviço.<br />

Inexiste, na hipótese em exame, a necessária imprevisibilida<strong>de</strong><br />

caracteriza<strong>do</strong>ra da exclu<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> cujo reconhecimento é pleitea<strong>do</strong><br />

pela ré. Não há que se falar em força maior.<br />

28

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!