Revista Setembro - Crefito
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<strong>Revista</strong> trimestral do<br />
Ano 9 | n o 39 | Julho/Agosto/<strong>Setembro</strong> de 2012<br />
Acórdão 293<br />
orienta sobre os<br />
procedimentos da<br />
Dermatofuncional<br />
Política<br />
De olho no Ministério da Saúde<br />
inovação<br />
A Tecnologia Assistiva a ser inserida no<br />
fazer diário dos pacientes<br />
Profissões<br />
CIF é realidade<br />
no SUS
Colegiado<br />
Gestão 2010-2014<br />
Diretoria<br />
Presidente<br />
Dr. Alexandre Doval da Costa<br />
Vice-Presidente<br />
Dr. Antonio Alberto Fernandes (Prof. Betinho)<br />
Diretora-Secretária<br />
Dra. Lenise Hetzel<br />
Diretora-Tesoureira<br />
Dra. Luciana Gaelzer Wertheimer<br />
Conselheiros Efetivos<br />
Dr. Alexandre Doval da Costa<br />
Dr. Antonio Alberto Fernandes (Prof. Betinho)<br />
Dra. Lenise Hetzel<br />
Dra. Luciana Gaelzer Wertheimer<br />
Dra. Marisa Petrucci Gigante<br />
Dr. Mauro Antônio Félix<br />
Dr. Sandro da Silva Groisman<br />
Dra. Sonia Aparecida Manacero<br />
Dra. Tania Cristina Malezan Fleig<br />
Conselheiros Suplentes<br />
Dra. Carolina Santos da Silva<br />
Dr. Dáversom Bordin Canterle<br />
Dr. Henrique da Costa Huve<br />
Dr. Marcos Lisboa Neves<br />
Dra. Mirtha da Rosa Zenker<br />
Dra. Priscila Mallmann Bordignon<br />
Dra. Rosemeri Suzin<br />
Dr. Otávio Augusto Duarte<br />
Assessoria de Comunicação<br />
Jornalistas Responsáveis<br />
Candice Habeyche<br />
Thaise de Moraes - MTB 12818<br />
Projeto gráfico: <strong>Crefito</strong>5/Mundi Propaganda<br />
Impressão: Gráfica Trindade<br />
A revista do <strong>Crefito</strong>5 é o órgão oficial de divulgação<br />
do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia<br />
Ocupacional – 5a Região.<br />
Endereço: Av. Palmeira, 27 cj. 403, bairro Petrópolis,<br />
Porto Alegre/RS | CEP 90470-300<br />
Fone/Fax: (51) 3334 6586 – Porto Alegre, RS<br />
E-mail: crefito5@crefito5.org.br<br />
Site: www.crefito5.org.br<br />
Periodicidade: Trimestral<br />
Tiragem: 15.000 exemplares<br />
Textos: Candice Habeyche e Thaise Moraes<br />
Fotos: Arquivo <strong>Crefito</strong>5, arquivo pessoal e bancos<br />
de imagens.<br />
Proibida a reprodução parcial ou total sem prévia<br />
autorização.<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
Nesta edição<br />
6<br />
8<br />
10<br />
12<br />
14<br />
18<br />
23<br />
24<br />
26<br />
27<br />
38<br />
.............<br />
.............<br />
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.............<br />
.............<br />
Entrevista<br />
Política<br />
Social<br />
inovação<br />
Especialidades<br />
Fiscalização<br />
Comissões<br />
Profissões<br />
Coffito<br />
Notícias<br />
Agenda<br />
6 8<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012<br />
10<br />
19 24
Editorial<br />
Na penúltima edição de 2012 tentamos trazer aos profissionais as novidades da profissão,<br />
como, por exemplo, o Acórdão 293 do Coffito que orienta sobre os procedimentos da área<br />
da Dermatofuncional. A necessidade de informações e explicações sobre o conteúdo do<br />
acórdão fez com que o assunto fosse a capa desta edição, e com auxílio dos Departamentos<br />
Jurídicos e de Fiscalização tentamos explicar ao máximo as orientações do Conselho Federal<br />
sobre esta área de atuação do fisioterapeuta.<br />
Orientar e relatar a importância do trabalho desenvolvido por fisioterapeutas e terapeutas<br />
ocupacionais do RS é sempre tema recorrente nas revistas do <strong>Crefito</strong>5, portanto, conheça<br />
mais sobre a Tecnologia Assistiva e o trabalho desenvolvido por terapeutas ocupacionais<br />
neste campo. Ainda, fique por dentro da Classificação Internacional da Funcionalidade,<br />
compreenda sua importância e entenda o porquê de sua inclusão no SUS.<br />
Confira também a entrevista da terapeuta ocupacional Ana Lúcia Soares e o seu envolvimento<br />
com o SUAS; conheça a história de fisioterapeutas e atletas que participaram das<br />
paralímpiadas de Londres, saiba como fazer parte e se emocione com as conquistas dos<br />
esportistas; e acompanhe as portarias do Ministério da Sáude que envolvem a fisioterapia e<br />
a terapia ocupacional.<br />
4<br />
Esta edição ainda traz muito mais informações aos profissionais. Afinal, saber o que acontece<br />
dentro do Conselho e nas profissões de fisioterapia e terapia ocupacional é fundamental.<br />
Leia atentamente a seção do Defis Alerta e evite futuros problemas, principalmente quando<br />
o assunto é publicidade irregular. Em caso de dúvidas, não esqueça que o Conselho serve<br />
para orientar e auxiliar os profissionais.<br />
Ainda, confira as nossas dicas culturais desta edição: veja o filme Intocáveis, o filme francês<br />
que está arrebatando corações e lotando as salas de cinemas, conheça história do tetraplégico<br />
rico e de seu cuidador e tenha inúmeros momentos de risadas. Também, emocione-se<br />
com o livro A Queda, do jornalista Diogo Mainardi, que narra os passos do filho que possuí<br />
paralisia cerebral. Por fim, como cultura nunca é demais, o livro O Futuro da Humanidade,<br />
de Augusto Cury.<br />
Finalizando, as nossas clássicas seções de notícias, de resoluções e de Comissões, nesta apresentamos<br />
a Comissão de Educação. E para concluir a revista, uma vez que ela chegará em<br />
outubro, demos início às homenagens a uma data super importante, o dia 13 de outubro.<br />
Nossa contracapa trazemos um presente bastante especial. Esta edição traz os programas e<br />
horários em que os vídeos institucionais do Conselho passarão na TV. Assista e se emocione<br />
com a diferença que os profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional promovem na vida<br />
das pessoas.<br />
Novamente, o <strong>Crefito</strong>5 parabeniza os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais pelo seu dia<br />
e convida para que estejam presentes no Parque da Redenção, no dia 13, das 10h às 16h,<br />
para junto com o Conselho festejar esta data.<br />
Comissão Editorial<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
opinião<br />
Parabéns<br />
Parabenizo-os à respeito da publicação, no último<br />
exemplar informativo, da matéria abrangendo o<br />
histórico da acupuntura e o esclarecimento sobre a<br />
permissão por parte dos fisioterapeutas, para a prática<br />
da acupuntura. Bastante interessante e tranquilizador.<br />
Creso de Macedo<br />
<strong>Crefito</strong>5 110.393-F<br />
Novo Hamburgo - RS<br />
Resposta<br />
Recebemos seus elogios sobre a matéria “Acupuntura:<br />
multiprofissional desde a sua origem”. Agradecemos<br />
a atenção, visto que o trabalho desenvolvido<br />
pela Assessoria de Comunicação na revista do <strong>Crefito</strong>5,<br />
visa esclarecer os fatos e levar a informação<br />
a todos os profissionais e não-profissionais, já que<br />
este material também é enviado a todos os órgãos<br />
governamentais.<br />
Assessoria de Comunicação do <strong>Crefito</strong>5<br />
Divulgação<br />
Aproveito para dizer que esta linha de divulgação do<br />
<strong>Crefito</strong>5 está muito criativa e tocante.<br />
Cláudia Lima<br />
<strong>Crefito</strong>5 14.411-F<br />
Porto Alegre - RS<br />
Resposta<br />
Agradecemos seu comentário. De fato, o conselho<br />
esta buscando uma imagem institucional moderna e<br />
atrativa para a sociedade.<br />
Assessoria de Comunicação do <strong>Crefito</strong>5<br />
Errata<br />
Recebi a revista de número 38, na qual na capa posterior<br />
aparece “todos os dias é dia das mães” consta<br />
que no Panamá se comemora no segundo domingo<br />
de maio, esta informação é incorreta, pois o dia das<br />
mães no Panamá é no dia 8 de dezembro, é uma data<br />
fixa, parece algo irrelevante porém já que vocês queriam<br />
notificar as diferentes datas, como Panamenha<br />
não posso deixar de esclarecer o correto<br />
Gabriela Maria Martez Gonzalez<br />
<strong>Crefito</strong>5 25.867-F<br />
Resposta<br />
Obrigado pela informação, queríamos com este<br />
anúncio ressaltar a importância de comemorar e valorizar<br />
nossas mães (e nossos pais) independente da<br />
data que possuímos em nosso calendário.<br />
Acreditamos que seja relevante, visto que havendo<br />
erros é necessário que sejam feitas as devidas correções<br />
e além disso ressalta o propósito do anúncio,<br />
que em alguns países existe uma data específica, diferente<br />
do que acontece aqui no Brasil.<br />
Assessoria de Comunicação do <strong>Crefito</strong>5<br />
Agradecimento<br />
É com muita satisfação que venho agradecer o prestígio<br />
de vocês em publicar meu trabalho na página do<br />
<strong>Crefito</strong>5, cujo trabalho foi: “Influência da Fisioterapia<br />
respiratória em pacientes com leucemia linfóide<br />
aguda”, a minha alegria foi maior porque sou gaúcha<br />
e desenvolvi essa pesquisa aqui no Amazonas. Por<br />
fim quero agradecer a valorização deste conselho.<br />
Almirene Amirato<br />
<strong>Crefito</strong>12 56.441LTT/F<br />
Resposta<br />
Prezada Almirene,<br />
A matéria publicada foi encontrada através da clipagem<br />
que fazemos nos principais sites de notícias, neste<br />
sua pesquisa estava sendo noticiada pelo Isaúde.<br />
Buscamos veicular todas as matérias que acreditamos<br />
ser relevantes para os profissionais de fisioterapia e<br />
terapia ocupacional, e a sua não foge a regra.<br />
Ficamos a disposição para veicular em nossos meios<br />
de comunicação novas descobertas como estas.<br />
Parabéns pelo trabalho, acreditamos ser de extrema<br />
importância para área científica da fisioterapia respiratória.<br />
Assessoria de Comunicação<br />
5<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
Entrevista<br />
Saiba mais sobre o trabalho dos<br />
Terapeuta Ocupacional no SUAS<br />
Ana Lucia Soares é terapeuta ocupacional, graduada pela Universidade Metodista<br />
de Piracicaba em 1983. Além da docência, a atuação profissional sempre<br />
esteve ligada à atenção de pessoas com deficiência e intervenções comunitárias.<br />
Desde 1997 atua como articuladora em projetos governamentais, como o PEAI,<br />
além da participação no Sistema Coffito/<strong>Crefito</strong>s. Hoje, é profissional convidada<br />
da Comissão de Especialidades e membro da Comissão de Educação do <strong>Crefito</strong>5,<br />
sendo, inclusive, representante do Conselho do Fomtas (Fórum Municipal<br />
dos Trabalhadores da Assistência Social) de Porto Alegre e no FETAS (Fórum<br />
Estadual dos Trabalhadores da Assistência Social do RS). Também é representante<br />
da ABRATO no Fórum Nacional dos Trabalhadores do SUAS-FNTSUAS (do qual compõe da<br />
Coordenação Executiva).<br />
6<br />
<strong>Crefito</strong>5 – O que é o SUAS?<br />
Ana lucia soares – É o Sistema Único de<br />
Assistência Social, instituído pela Política Nacional<br />
de Assistência Social (PNAS), em 2004. Esse movimento<br />
recente na Assistência Social do Brasil promove<br />
a criação/organização de um Sistema não contributivo<br />
que busca superar as fragilidades da rede de<br />
Proteção Social Brasileira e um padrão nacional de<br />
intervenção, afirmando-se cada vez mais como parte<br />
fundamental do tripé da Seguridade Social.<br />
<strong>Crefito</strong>5 – O que é a para que serve<br />
o Fórum Nacional dos Trabalhadores<br />
do SUAS?<br />
Ana lucia soares – O Fórum Nacional dos<br />
Trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social,<br />
foi instituído na plenária nacional da VII Conferência<br />
Nacional de Assistência Social, no dia 02 de<br />
dezembro de 2009. É um espaço coletivo de organização<br />
política dos/as trabalhadores/as do Sistema<br />
Único de Assistência Social – SUAS - composto<br />
pelos trabalhadores com formação de ensino fundamental,<br />
médio e superior que atuam na Política de<br />
Assistência Social, na rede socioassistencial, seja ela<br />
de origem governamental ou não governamental<br />
.<br />
<strong>Crefito</strong>5 – Foi a partir das articulações<br />
realizadas no Fórum que a<br />
Terapia Ocupacional conquistou espaço<br />
no SUAS?<br />
Ana lucia soares – Na realidade foi um grande<br />
conjunto de ações onde as diferentes representações<br />
puderam colaborar a partir de suas competências.<br />
A revisão da Norma Operacional Básica do<br />
Sistema Único de Assistência Social (NOB/SUAS-<br />
2005) aberta em 2010 pelo Ministério do Desenvolvimento<br />
Social foi um elemento central. Como<br />
instrumento de orientação à gestão do sistema, o<br />
próprio Ministério percebeu que existiam fragilidades<br />
a serem superadas para dar conta de instalar um<br />
sistema que tivesse uma grande abrangência enquanto<br />
atendimento das características dos diferentes<br />
programas, das diferenças regionais, que atendesse<br />
à necessidade de mudanças, e trouxesse inovação<br />
no enfrentamento das diferentes realidades, en-<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
Entrevista<br />
tre outros aspectos. No que se refere às categorias<br />
profissionais envolvidas na garantia da efetivação da<br />
política, existia a presença obrigatória de psicólogos<br />
e assistentes sociais, mas a indicação vaga de “outros<br />
profissionais” para execução da política/programas e<br />
oferta de serviços. Nesse sentido, houve uma consulta<br />
aberta do Ministério do Desenvolvimento Social,<br />
com forte atuação da Abrato e Coffito na articulação<br />
de coletivos para discussão do papel e defesa da inclusão<br />
da categoria no rol de profissionais envolvidos<br />
com a execução da política de assistência social. A<br />
estratégia após consulta pública, foi a organização de<br />
fóruns regionais no períodode 2010/ 2011 para discussão<br />
da questão dos trabalhadores no SUAS, o que<br />
culminou após seminário realizado em Brasília que<br />
incluiu estudo realizado pela PUC do Paraná sobre<br />
o indicativo de profissionais cujas diretrizes curriculares<br />
nacionais atendem ao perfil de profissionais de<br />
nível superior demandado pelo SUAS, entre eles os<br />
Terapeutas Ocupacionais. O Fórum como observador<br />
ativo e articulador das demandas dos profissionais<br />
foi parte ativa nesse processo, principalmente<br />
na discussão da defesa dos diretos dos trabalhadores<br />
do sistema.<br />
<strong>Crefito</strong>5 – Qual a vantagem de o<br />
terapeuta ocupacional de estar inserido<br />
no SUAS?<br />
Ana lucia soares – Penso que a vantagem<br />
que podemos falar é dos usuários do sistema, com a<br />
entrada de um profissional que está atento às demandas<br />
cotidianas dos sujeitos, envolvido com projetos<br />
de vida de indivíduos e coletivos na intenção de promover<br />
sua inscrição territorial. Para os profissionais,<br />
acredito que a questão principal é o reconhecimento<br />
da potência da profissão no campo social, declarar a<br />
amplitude de nosso domínio de conhecimento e dar<br />
visibilidade às ações que tradicionalmente foram realizadas<br />
pelos profissionais, mas que não eram reconhecidas<br />
como prática do terapeuta ocupacional, em<br />
especial no Rio Grande do Sul, cuja marca é historicamente<br />
identificada como uma prática quase que<br />
exclusiva em Saúde Mental. Para mim, pensando na<br />
tua questão sobre vantagem, talvez a ela seja poder<br />
dessoterrar fazeres que vários profissionais vem realizando<br />
há anos, dar visibilidade e reconhecimento aos<br />
que decidiram seguir e criar outros caminhos.<br />
<strong>Crefito</strong>5 – Como se dá atuação do<br />
terapeuta ocupacional dentro do<br />
SUAS?<br />
Ana lucia soares –Falamos anteriormente<br />
numa amplitude de possibilidades e essas se desenham<br />
de acordo com o nível de proteção social<br />
(básica ou especial), gênero, idade, elementos do<br />
contexto e ambiente onde se realizam as práticas.<br />
Cultura, lazer, as atividades que promovam a inclusão<br />
no trabalho, a participação social, são o solo básico<br />
dos profissionais de terapia ocupacional.<br />
<strong>Crefito</strong>5 – Quais deverão ser os<br />
próximos passos da terapia ocupacional<br />
dentro de projetos públicos?<br />
Ana lucia soares – Nossa luta agora será num<br />
processo de educação permanente dos profissionais<br />
para atuação afinada com a política. Temos que investir<br />
no diálogo com os gestores para que tenhamos<br />
cada vez mais informações sobre a contribuição dos<br />
nossos profissionais nas equipes e na população, e,<br />
claro, na apropriação dos profissionais da política.<br />
<strong>Crefito</strong>5 – Resuma a conquista para<br />
a população que receberá atendimento<br />
de terapeuta ocupacional<br />
pelo SUAS?<br />
Ana lucia soares – Nesse momento o que<br />
vislumbro é a entrada nas equipes de um profissional<br />
que está focado na qualificação do cotidiano das<br />
pessoas, no rompimento de laços de dependência e<br />
na direção da autonomia das pessoas, suas família e<br />
coletivos e isso não é pouco, isso representará uma<br />
grande mudança na vida destes pacientes e de seus<br />
familiares.<br />
7<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
política<br />
De olho no Ministério da Saúde<br />
8<br />
A Portaria é um ato administrativo de qualquer autoridade pública, que contém instruções acerca<br />
da aplicação de leis ou regulamentos. Abaixo seguem as ementas das principais portarias que podem<br />
ser acessadas no site do Ministério da Saúde. Navegue em http://portalsaude.saude.gov.br/<br />
portalsaude/area/337/legislacao.html ou através de http://bvsms.saude.gov.br<br />
Portaria GM n°130,<br />
de 26 de janeiro de 2012<br />
Redefine o Centro de Atenção Psicossocial de<br />
Álcool e outras Drogas 24h (CAPS AD III) e os<br />
respectivos incentivos financeiros.<br />
Portaria GM n° 131,<br />
de 26 de janeiro de 2012<br />
Institui incentivo financeiro de custeio destinado<br />
aos Estados, Municípios e ao Distrito Federal para<br />
apoio ao custeio de Serviços de Atenção em Regime<br />
Residencial, incluídas as Comunidades Terapêuticas,<br />
voltados para pessoas com necessidades<br />
decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas,<br />
no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial.<br />
Portaria n° 1.823,<br />
de 23 de agosto de 2012<br />
Institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador<br />
e da Trabalhadora.<br />
Portaria GM n° 121,<br />
de 25 de janeiro de 2012<br />
Institui a Unidade de Acolhimento para pessoas<br />
com necessidades decorrentes do uso de Crack,<br />
Álcool e Outras Drogas (Unidade de Acolhimento),<br />
no componente de atenção residencial de caráter<br />
transitório da Rede de Atenção Psicossocial.<br />
Portaria n°793,<br />
de 24 de abril de 2012<br />
Institui a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência<br />
no âmbito do Sistema Único de Saúde,<br />
por meio da criação, ampliação e articulação de<br />
pontos de atenção à saúde para pessoas com deficiência<br />
temporária ou permanente; progressiva,<br />
regressiva, ou estável; intermitente ou contínua,<br />
no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
política<br />
Portaria n°835,<br />
de 25 de abril de 2012.<br />
Institui incentivos financeiros de investimento e<br />
de custeio para o Componente Atenção Especializada<br />
da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência<br />
no âmbito do Sistema Único de Saúde.<br />
Portaria GM n° 132,<br />
de 24 de janeiro de 2012<br />
Institui incentivo financeiro de custeio para desenvolvimento<br />
do componente Reabilitação Psicossocial<br />
da Rede de Atenção Psicossocial do Sistema<br />
Único de Saúde (SUS).<br />
Portaria GM n° 122,<br />
de 25 de janeiro de 2011<br />
Define as diretrizes de organização e funcionamento<br />
das Equipes de Consultório na Rua.<br />
Portaria n° 3.099,<br />
de 23 de dezembro de 2011<br />
Estabelece, no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial,<br />
recursos a serem incorporados ao Teto<br />
Financeiro Anual da Assistência Ambulatorial e<br />
Hospitalar de Média e Alta Complexidade dos<br />
Estados,Distrito Federal e Municípios referentes<br />
ao novo tipo de financiamento dos Centros de<br />
Atenção Psicossocial (CAPS).<br />
Portaria n° 3.088,<br />
de 23 de dezembro de 2011<br />
Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas<br />
com sofrimento ou transtorno mental e com<br />
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool<br />
e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de<br />
Saúde.<br />
Portaria n° 3.090,<br />
de 23 de dezembro de 2011<br />
Estabelece que os Serviços Residenciais Terapêuticos<br />
(SRTs), sejam definidos em tipo I e II, destina<br />
recurso financeiro para incentivo e custeio dos<br />
SRTs, e dá outras providências.<br />
Portaria n° 3.089,<br />
de 23 de dezembro de 2011<br />
Estabelece novo tipo de financiamento dos Centros<br />
de Atenção Psicossocial (CAPS).<br />
Portaria n°2.594,<br />
de 24 de novembro de 2011<br />
Cria a Estratégia Nacional de Alternativas Penais<br />
– ENAPE<br />
Portaria n°2.836,<br />
de 1° de dezembro de 2011<br />
Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde<br />
(SUS), a Política Nacional de Saúde Integral de<br />
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais<br />
(Política Nacional de Saúde Integral LGBT).<br />
Portaria n° 3.696,<br />
de 25 de novembro de 2010<br />
Estabelece critérios para adesão ao Programa Saúde<br />
na Escola (PSE) para o ano de 2010 e divulga<br />
a lista de Municípios aptos para Manifestação de<br />
Interesse.<br />
Portaria n° 992,<br />
de 13 de maio de 2009<br />
Institui a Política Nacional de Saúde Integral da<br />
População Negra<br />
Portaria n° 154,<br />
de 24 de janeiro de 2008<br />
Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família -<br />
NASF.<br />
Portaria n°2.656,<br />
de 17 de outubro de 2007<br />
Dispõe sobre as responsabilidades na prestação da<br />
atenção à saúde dos povos indígenas, no Ministério<br />
da Saúde e regulamentação dos Incentivos<br />
de Atenção Básica e Especializada aos Povos Indígenas.<br />
9<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
SOCIAL<br />
10<br />
Estas crianças têm uma<br />
nova chance<br />
Pode ser que alguém acredite nisso, mas o que vimos<br />
na Casa Menino Jesus de Praga é muito mais que<br />
apenas sorte, eles tem muitos pais e padrinhos de<br />
coração, cheios de carinho e atenção. A retribuição<br />
deste amor fica clara na visita à CMJP. Imaginar as<br />
maldades que aquelas “crianças” (muitos já adolescentes<br />
e adultos) sofreram e pensar que conseguiram<br />
sobreviver pode ser sorte, destino e até milagre.<br />
Elas lutaram muito para chegar onde estão, não somente<br />
pelas patologias que apresentam desde o nascimento,<br />
mas também pela história que viveram, pois<br />
foram retiradas de famílias desestruturadas, vulneráveis,<br />
que as renegavam e, em alguns casos, eram abusadas<br />
e/ou sofriam maus tratos, até serem levados para<br />
este novo lar, onde encontram outros iguais a eles.<br />
São crianças de 0 a 15 anos com lesões cerebrais graves<br />
e problemas motores permanentes que gratuitamente<br />
recebem atendimento de fisioterapia, terapia<br />
ocupacional, assistência social, nutricionista, fonoaudiologia,<br />
pediatria, neurologia e enfermagem. Sete<br />
das 38 crianças frequentam a escola, cinco delas vão<br />
a escola especial e duas delas a escola regular.<br />
Acionados pelo Conselho Tutelar ou pela Vara de<br />
Família, eles passam por avaliações clínicas, para então<br />
serem acolhido na CMPJ, que passa a ter sua<br />
guarda da criança. Os familiares podem visitar as<br />
crianças pois a Casa não tem o objetivo de cortado<br />
o vínculo que existe entre eles, porém lá elas possuem<br />
direito a atendimento especializado.<br />
O presidente da instituição, Daltro Franceschetto,<br />
busca a preservação destas crianças, visto que elas são<br />
muito debilitadas, e por indicação do pediatra da casa,<br />
foi aconselhado a reforçar o atendimento fisioterápico<br />
respiratório com o objetivo de diminuir as internações.<br />
Segundo a fisioterapeuta Luciane Grissolia, que<br />
atua na casa há 9 anos, é possível prevenir através de<br />
tratamentos respiratórios. A equipe de fisioterapia<br />
conta com mais duas profissionais além de Luciane,<br />
a Caroline Basegio e a Dieine Bittencourt Mendes,<br />
cada uma delas é responsável por um turno. Segundo<br />
Daltro, desde que intensificaram o tratamento preventivo<br />
houve a redução de internações das crianças.<br />
Projeção da nova sede da CMJP<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
SOCIAL<br />
História<br />
A CMPJ foi fundada em 1984 por<br />
Fábio Rocco, passou por diferentes<br />
casas até se instalar na atual sede<br />
na Rua Nelson Zang, 285, no bairro<br />
Intercap. A CMPJ comporta até<br />
42 crianças, porém projeta em dois<br />
anos atender ainda mais pacientes,<br />
pois está em construção uma nova<br />
sede, cujo terreno doado pela Prefeitura<br />
Municipal de Porto Alegre.<br />
A equipe é formada por 60 funcionários,<br />
além das fisioterapeutas e da<br />
terapeuta ocupacional, possui médico<br />
pediatra e neurologista, fonoaudióloga,<br />
assistente social, nutricionista,<br />
enfermeiras, farmacêutico, gerente<br />
administrativo, auxiliares administrativos,<br />
supervisora de apoio, supervisoras<br />
de grupo, atendentes “mães”<br />
(de crianças), cozinheiras, operadoras de lavanderia,<br />
auxiliares de serviços gerais e estagiários. Além disso<br />
conta com 70 voluntários, mas mesmo assim falta pessoal<br />
capacitado, até mesmo na área de terapia ocupacional,<br />
que conta apenas com o atendimento da Aline<br />
Marques, que já esta na casa há 15 anos, e cuida do<br />
posicionamento e readequação postural das crianças.<br />
Como ajudar?<br />
Para a construção do prédio a CMPJ recebe doações<br />
através do Funcriança, de pessoas físicas e empresas.<br />
A entidade também recebe o apoio da Zero Hora,<br />
que encarta em seu jornal, um documento para<br />
pagamento em qualquer banco, com a contribuição<br />
a ser definida pelo contribuinte.<br />
Segundo Daltro, ninguém esta autorizado a receber<br />
doações em nome da Casa do Menino Jesus<br />
de Praga sendo possível contribuições por depósito<br />
bancário ou doações diretas na Casa.<br />
A Instituição promove todas as quartas um brechó,<br />
das 10h às 17h, no prédio que sediará a nova unidade<br />
da CMJP, localizado na frente da atual sede.<br />
A CMJP também atua como núcleo do Banco de Alimentos<br />
e redistribui algumas doações para outras entidades,<br />
até porque existem alimentos que não podem<br />
ser consumidos pelas crianças que lá vivem. Entre as<br />
necessidades mais urgentes da casa estão os complementos<br />
alimentares, os medicamentos e material descartável.<br />
A listagem completa pode ser encontrada no<br />
site www.casadomenino.org.br, no link como ajudar.<br />
11<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
INOVAÇÃO<br />
A tecnologia assistiva<br />
a ser inserida no<br />
fazer diário dos pacientes<br />
12<br />
O censo do IBGE de 2010 no Rio Grande do Sul<br />
indicou que das 8.144.112 pessoas residentes no<br />
Estado, 162.792 sofrem de deficiência mental/intelectual<br />
e 818.685 sofrem de deficiência motora.<br />
O que corresponde a 2% e 10% da população. Em<br />
2007 foi realizada a contagem da população a qual<br />
indica que o RS possui 799.725 idosos, ou seja,<br />
9,8% com mais de 60 anos.<br />
Com o avanço das novas tecnologias digitais é possível<br />
perceber o que pode ser disponibilizado a estes<br />
grupos sociais: deficientes visuais e motores, e<br />
idosos. Segundo a terapeuta ocupacionla e pesquisadora<br />
Dra. Maria de Mello, a tecnologia assistiva é<br />
o ramo da ciência preocupado em pesquisa, desenvolvimento<br />
e aplicação de aparelhos/instrumentos/<br />
equipamentos que aumentam ou restauram a função<br />
humana. A TA é fruto da aplicação de avanços tecnológicos<br />
em áreas já estabelecidas, novos instrumentos<br />
tecnológicos são, em sua maioria, combinações<br />
híbridas de avanços em diversas disciplinas.<br />
A pesquisadora elenca o terapeuta ocupacional<br />
como profissional responsável por coordenar o processo<br />
clínico interdisciplinar de prescrição, pois ele<br />
é habilitado a fazer a análise da atividade humana<br />
em todas as suas dimensões, e em muitas situações<br />
irá encaminhar o paciente para a avaliação de funções<br />
especificas que são realizadas<br />
por outras categorias<br />
profissionais. No processo<br />
terapêutico pode ser<br />
identificada as necessidades<br />
do cliente, o planejamento<br />
ou modificação<br />
estrutural de um ambiente<br />
físico para facilitar o<br />
desempenho de atividades<br />
de auto-cuidado,<br />
trabalho e lazer, ou<br />
a seleção, aquisição,<br />
ajuste e fabricação de<br />
recurso tecnológico<br />
para o mesmo fim.<br />
O auxílio de fisioterapeutas, engenheiros mecânicos,<br />
elétricos, de computação, biomédicos e médicos, assim<br />
como de arquitetos e designers são fundamentais<br />
para o desenvolvimento dos produtos assistivos.<br />
O uso de dispositivos, que auxiliam no cotidiano<br />
destes sujeitos e potencializam<br />
suas habilidade<br />
funcionais, é<br />
possibilitado através do<br />
estudo multidisciplinar<br />
da Tecnologia Assistiva.<br />
Tal pesquisa é embasada na<br />
criação/fabricação, avaliação/<br />
prescrição e pesquisa de produto<br />
assistivo, com o objetivo da reabilitação<br />
humana através de órteses<br />
e próteses.<br />
A pesquisadora Natássia L. Schmitt também ressalta<br />
que perante a Resolução 316/2006, compete ao<br />
Terapeuta Ocupacional a aplicação da Tecnologia<br />
Assistiva nas Atividades de Vida Diária e Atividades<br />
Instrumentais de Vida Diária (Coffito, 2006). Além<br />
disso, este profissional irá organizar, supervisionar<br />
e orientar as atividades a serem realizadas pelo seu<br />
cliente e orientar as adaptações que devem realizar.<br />
O produto assistivo é indicado mediante a análise<br />
do terapeuta ocupacional que tenha capacitação de<br />
avaliar, prescrever e desenvolver e treinar o dispositivo<br />
conforme a necessidade de seu cliente frente<br />
a sua realidade econômica/social/cultural. As principais<br />
áreas de aplicação da TA são de adaptações<br />
para atividades de vida diária, incluindo as realizadas<br />
em veículos, sistemas de<br />
comunicação alternativa e<br />
informática, unidades de<br />
controle ambiental além<br />
de do ambiente doméstico<br />
ou profissional e comunitário,<br />
adequação para postura,<br />
para déficits visuais e<br />
para auditivos, para cadeiras<br />
de rodas e para dispositivos<br />
de mobilidade.<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
INOVAÇÃO<br />
O produto assistivo deve ser desenvolvido com materiais<br />
de fácil higienização, possibilitando conforto,<br />
segurança e estabilidade adequada ao paciente que<br />
precisa ter, através deste dispositivo, bom desempenho<br />
ocupacional, gerando-lhe autonomia, independência,<br />
qualidade de vida e inclusão<br />
social do usuário. Sabe-se que nem todas<br />
as adaptações têm a mesma adesão ou<br />
efeito a diferentes sujeitos. Por isso, a<br />
avaliação e o vínculo entre profissional/<br />
cliente/familiar é essencial, segundo destaca<br />
Natássia. Além disso, o profissional<br />
que acompanhar o paciente deve estar<br />
atento aos riscos e a qualidade do uso da<br />
tecnologia, pois o mesmo pode não ter<br />
eficácia desejada pelo cliente ou, ainda,<br />
ser distante de sua realidade social.<br />
Para Maria, é uma erro pensar em “solução<br />
de baixo custo” se não há meios<br />
de assegurar o uso do produto assistivo,<br />
seja pelo design ou pelos materiais que<br />
são utilizados para na confecção deste.<br />
Segundo ela o que define o custo do produto assistivo<br />
é o mesmo de qualquer, com o complicador de<br />
que não é desejado pela maioria das pessoas o que<br />
faz com que diminua o número de consumidores e<br />
suba seu custo. O ideal é que a sociedade defenda<br />
medidas preventivas de saúde e de deficiência para<br />
que sejam adotadas em larga escala.<br />
No Brasil é disponibilizado,<br />
através do Sistema<br />
Único de Saúde, uma<br />
rede de serviços de concessão<br />
de órteses e próteses, por onde os pacientes<br />
tem acesso aos produtos assistivos. Além disto,<br />
o Ministério da Saúde está ampliando essa lista de<br />
dispositivos de TA concedidos pelo SUS, através do<br />
Programa Viver Sem Limite. O acesso aos produtos<br />
assistivos é uma questão<br />
de garantia dos direitos<br />
humanos, reafirmados<br />
com a Convenção das<br />
Pessoas com Deficiências,<br />
ratificada pelo Brasil. Maria<br />
explica que existem diversos<br />
modelos de acesso<br />
vigentes em outros países,<br />
mas são, normalmente,<br />
um reflexo do avanço “civilizatório”<br />
da sociedade<br />
em combinação com os<br />
diversos interesses econômicos<br />
envolvidos nesta<br />
questão.<br />
Segundo as pesquisadoras<br />
ainda existe uma carência de profissionais especializados<br />
nesta área, em todo o país, inclusive no estado<br />
do Rio Grande do Sul, principalmente por não existirem<br />
cursos de capacitação para os profissionais interessados<br />
em desenvolver tecnologias assistivas, mas<br />
há universidades qualificadas que possuem o curso<br />
de Terapia Ocupacional no Brasil que estão oferecendo<br />
tanto a disciplina em seus currículos a nível<br />
de gradução e ainda cursos Lato Sensu nesta linha<br />
de pesquisa.<br />
Acesse o site do Ministério da Ciência, Tecnologia<br />
e Inovação e conheça o catálogo nacional<br />
de produtor de tecnologia assistiva: http://<br />
assistiva.mct.gov.br<br />
13<br />
Natássia L. Schmitt possui graduação Terapeuta<br />
Ocupacional pela UNIFRA com especialização<br />
em Transtornos do Desenvolvimento na Infância e<br />
Adolescência: Abordagem Interdisciplinar pela Faculdade<br />
Dom Alberto/RS e Centro Lydia Coriat de<br />
Porto Alegre/RS. Tem mestrado em Inclusão Social<br />
e Acessibilidade pela FEEVALE com a pesquisa Tecnologias<br />
Assistivas no cotidiano da Criança com Deficiência<br />
Física: potencialidades e inclusão social.<br />
Maria Aparecida Ferreira de Mello possui graduação<br />
em Terapia Ocupacional pela UFMG, Mestrado<br />
em Ciências da Reabilitação pela State University of<br />
New York, doutorado em Ciências da Reabilitação<br />
pela USP e Pós-Doutorado na University of Florida.<br />
Atualmente preside o Centro Interdisciplinar de Assistência<br />
e Pesquisa em Envelhecimento - CIAPE e<br />
coordena cursos de pós graduação na Faculdade de<br />
Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
ESPECIALIDADES<br />
Paralímpiadas de<br />
Londres 2012<br />
14<br />
As competições aconteceram entre os dias 29 de agosto até 9 de<br />
setembro e nas olimpíadas fomos apresentadosa histórias de superação<br />
de três deficientes entre eles A mesa-tenista Natalia Partyka, da<br />
Polônia, que nasceu sem parte do braço direito, o deficiente visual<br />
sul-coreano Dong Hyun Im, que quebrou recorde mundial, e ganhou<br />
seu 3° ouro (em Olimpíadas). Isso sem da participação do sulafricano<br />
Oscar Pistorius, que utilizando próteses de fibra de carbono<br />
correu nas 400m.<br />
Mas para chegar nas paraolimpíadas é necessário alcançar notas através<br />
do sistema de classificação funcional do atleta: exame físico que<br />
verifica a patologia do competidor; a avaliação funcional através de<br />
testes de força muscular, amplitude de movimento articular, medição<br />
de membros e coordenação motora; e o exame técnico, que é<br />
a demonstração da habilidade do atleta através de uma prova, em<br />
que são observadas a realização do movimento e a técnica utilizada.<br />
Nestas avaliações também é indicada a modalidade que o atleta irá<br />
concorrer, com base em sua deficiência e no grau de comprometimento<br />
de sua patologia, de acordo com a lesão. As competições<br />
existentes nas paralimpíadas de Londres são:<br />
Atletismo<br />
Existe diferente provas de campo (arremessos, lançamentos<br />
e saltos) ou corridas as quais participam, em<br />
diferentes categorias, deficientes visuais e mentais,<br />
paralisados cerebrais (cadeirantes ou não), anões,<br />
amputados, cadeirantes (com sequelas de poliomielite,<br />
lesão medular ou amputação).<br />
Basquete em cadeira de rodas<br />
A equipe é montada com base no comprometimento<br />
motor dos atletas. Em quadra soma-se pontos, no<br />
qual cada deficiência tem uma pontuação,<br />
não podendo ultrapassar 14<br />
pontos entre os cinco jogadores.<br />
Bocha<br />
Existem quatro categorias de atletas: com paralisia<br />
cerebral que conseguem arremessar e podem ter auxílio<br />
para estabilizar a cadeira e receber a bola; com<br />
paralisia cerebral, mas que não seja tão comprometido,<br />
conseguindo arremessar a bola sem assistência;<br />
com paralisia cerebral que não conseguem arremessar<br />
sozinhos e utilizam uma rampa para isso; com<br />
outras deficiências severas que possuem dificuldade<br />
para arremessar.<br />
Ciclismo de estrada e pista<br />
Competem atletas com deficiência visual em bicicleta<br />
com dois assentos, sendo que o banco da frente é<br />
guiado por um ciclista-guia; paraplégicos que competem<br />
com a handbike; atletas com deficiência e<br />
que tenham o equilíbrio afetado utilizam o triciclo; e<br />
atletas com deficiência que afeta pernas, braços e/ou<br />
tronco mas que guiam uma bicicleta padrão.<br />
Esgrima em cadeira de rodas<br />
Existem duas classes nas Paralimpíadas: atletas com<br />
bom controle do tronco, em que o braço que porta<br />
a arma não é afetado por deficiência e atletas com<br />
deficiência que afeta o controle do tronco ou do braço<br />
que porta a arma.<br />
Futebol de cinco<br />
Apenas os deficientes visuais podem participar neste<br />
esporte. A equipe é formada por atletas sem qualquer<br />
percepção luminosa ou com alguma percepção<br />
luminosa (mas incapazes de reconhecer<br />
formas a qualquer distância ou em qualquer<br />
direção).<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
Futebol de sete<br />
Podem competir atletas com deficiência na locomoção,<br />
porém estes geralmente jogam como goleiros.<br />
Além destes a equipe pode ser formada por: atletas<br />
cuja deficiência tenha impacto no controle e coordenação<br />
dos braços, especialmente durante a corrida,<br />
atletas cuja deficiência afeta um braço e uma perna<br />
do mesmo lado do corpo, atletas menos comprometidos,<br />
porém que possuam contrações musculares<br />
involuntárias. Durante a partida, o time deve ter em<br />
campo no máximo dois atletas menos comprometidos<br />
e, no mínimo, um mais comprometido.<br />
Goalball<br />
Neste esporte os atletas usam vendas<br />
nos olhos para que todos tenham igualdade<br />
de condições, porém todos possuem<br />
algum grau de deficiência visual.<br />
Este esporte destaca-se pois é exclusivo das paralímpico.<br />
O objetivo é acertar o gol adversário e proteger<br />
suas balizas. Cada equipe é composta por três atletas<br />
que exercem a função de defensores e arremessadores,<br />
para auxiliar a bola utilizada possui um guizo<br />
interno. Só é permitido o arremesso rasteiro.<br />
As quadras possuem 9m x 18m, como no vôlei. Os<br />
gols ocupam toda a extensão dos lados e têm 1,2<br />
metros de altura. Os três atletas de cada equipe ficam<br />
restritos a uma área de 3 metros à frente da<br />
baliza que defendem, deste modo não há qualquer<br />
contato entre os oponentes. A duração da partida<br />
é de 20 minutos, separada em dois tempos de 10<br />
minutos.<br />
Halterofilismo<br />
A classificação para este esporte é baseada no peso<br />
do atleta, independente de sua deficiência porém a<br />
preferência é pelos que possuem deficiências que afetem<br />
o movimento das pernas e quadris, assim como<br />
anões.<br />
Hipismo<br />
Existe quatro classe conforme o comprometimento<br />
físico do atleta, são elas: de cadeirantes com funções<br />
dos membros comprometido e pouco equilibrio<br />
do tronco ou os com nenhum equilíbrio mas bom<br />
funcionamento dos membros superiores; cadeirantes<br />
com severa debilitação, envolvendo o tronco ou unilateral;<br />
atletas capazes de caminhar sem suporte com<br />
moderada debilitação unilateral ou cegos; e atletas<br />
com debilitação de um ou mais membros ou alguma<br />
deficiência visual.<br />
ESPECIALIDADES<br />
Judô<br />
Competem apenas deficientes visuais, dividos em três<br />
categorias: cegos, atletas com percepção de vultos e<br />
aqueles que conseguem definir imagens.<br />
Natação<br />
Existem três classes divididas em três categorias cada.<br />
As classes compõem provas de estilo livre, costas e<br />
borboleta; nado peito; e medley individuais. As categorias<br />
são divididas entre atletas com deficiências<br />
físicas; com deficiências visuais e com deficiências<br />
intelectuais.<br />
Remo<br />
É divido em três categorias e todas disputam 1000m:<br />
Individual - Remadores que possuem somente mobilidade<br />
de ombros e braços seja por prejuízo neurológico,<br />
perda de função motora no tronco e pernas<br />
ou paralisia cerebral (CP4), no caso de apresentar<br />
dificuldades com os membros superiores poderá utilizar<br />
próteses.<br />
Dupla mista (um homem e uma mulher) - Remadores<br />
que possuem mobilidade de tronco e braços seja<br />
por amputação de pernas que impossibilitem a utilização<br />
do acento deslizante, paralisia cerebral (CP5)<br />
ou prejuízo neurológico.<br />
Quatro atletas também mista mais o timoneiro - Remadores<br />
que possuem mobilidade de pernas, tronco<br />
e braços seja por 10% de comprometimento visualsendo<br />
obrigatório o uso de venda, ou amputação<br />
de dedos ou de um pé, paralisia cerebral (CP8) ou<br />
prejuízo neurológico pouco comprometido.<br />
Rúgbi em cadeira de rodas<br />
Todos os atletas são tetraplégicos. Assim como o<br />
basquete, cada atleta recebe uma pontuação de acordo<br />
com sua habilidade funcional, porém os quatro<br />
titulares não podem somar juntos mais do que oito<br />
pontos. Este esporte pode ser misto, neste caso a<br />
cada mulher em quadra, o limite de pontuação é<br />
ampliado em 0,5 pontos.<br />
Tênis de mesa<br />
Há onze classes no tênis de mesa, divididos em três<br />
categorias: cadeirantes (divididos em cinco classes<br />
com base em seu comprometimento físico-motor);<br />
atletas andantes(divididos em cinco classes com base<br />
no comprometimento físico-motor do atleta; e andantes<br />
com deficiência intelectual.<br />
Tênis em cadeira de rodas<br />
Existem duas classes: a aberta - na qual os atletas<br />
15<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
ESPECIALIDADES<br />
possuem deficiência para se locomover<br />
(médula ou amputação) mas sem comprometimento<br />
de braços e mãos; e a “quad”<br />
a qual os atletas tem deficiências que afetem,<br />
além das pernas, o movimento dos braços, dificultando<br />
o domínio da raquete e da movimentação<br />
da cadeira de rodas. Nesta classe, homens e mulheres<br />
podem competir juntos.<br />
Tiro<br />
Composto por duas classes: atletas que conseguem<br />
suportar o peso da arma, que podem usar rifle ou<br />
pistola; e atletas que necessitam de suporte para<br />
apoiar a arma que só podem usar rifle.<br />
Vela<br />
Dividos em três classes, nas quais competem de um<br />
a três velejadores: o trio recebe pontos de 1 a 7 de<br />
acordo com o impacto da deficiência nas funções no<br />
barco, quanto menor o número, maior o impacto<br />
na habilidade de condução, totalizando 14 pontos<br />
entre eles; na dupla mista devem ser paraplégicos<br />
mas com diferentes graus de deficiência; na categoria<br />
individual o velejador deve ter deficiência mínima,<br />
equivalente a sete pontos da classe Sonar. A fisioterapeuta<br />
Sonia Manacero, é uma das fisioterapeutas<br />
da delegação, como já publicamos na edição 34 da<br />
revista do <strong>Crefito</strong>5.<br />
16<br />
Tiro com arco<br />
Competem arqueiros sem deficiência nos braços, divididos<br />
em três categorias: com algum grau de comprometimento<br />
da força muscular, coordenação ou<br />
mobilidade das pernas que podem competir de pé<br />
ou sentados em cadeira normal; atletas que possuem<br />
tetraplegia, com deficiência nos braços e pernas e<br />
alcance limitado dos movimentos e utilizam cadeira<br />
de rodas; e arqueiros com paraplegia e mobilidade<br />
articular limitada nos membros inferiores sob cadeira<br />
de rodas.<br />
Das 20 modalidades a delegação brasileira participou em 18, porém em<br />
oito destas equipes não recebe o acompanhamento de um fisioterapeuta, como está apresentado abaixo:<br />
Esporte<br />
Atletismo<br />
Basquete em cadeira de rodas<br />
(feminino)<br />
Bocha<br />
Ciclismo<br />
Esgrima em cadeira de rodas<br />
Futebol de 5<br />
Futebol de 7<br />
Goalball (feminino)<br />
Goalball (masculino)<br />
Halterofilismo<br />
Hipismo<br />
Judô<br />
Natação<br />
Remo<br />
Tênis de Mesa<br />
Tênis de cadeira de rodas<br />
Tiro Esportivo<br />
Vela adaptada<br />
Vôlei sentado (feminino)<br />
Vôlei sentado (masculino)<br />
Número<br />
de atletas<br />
35 atletas<br />
12 atletas<br />
7 atletas<br />
2 atletas<br />
1 atleta<br />
10 atletas<br />
12 atletas<br />
6 atletas<br />
6 atletas<br />
5 atletas<br />
4 atletas<br />
10 atletas<br />
20 atletas<br />
8 atletas<br />
14 atletas<br />
5 atletas<br />
1 atleta<br />
2 atletas<br />
11 atletas<br />
11 atletas<br />
Vôlei sentado<br />
podem participar amputados, atletas com paralisia<br />
cerebral, lesão na coluna vertebral e alguma deficiência<br />
locomotora. Entre estes, há divisão apenas<br />
entreatletas deficientes (D) e minimamente deficientes<br />
(MD), que são em geral ex-jogadores do vôlei<br />
convencional que sofreram lesões sérias<br />
nos joelhos e/ou tornozelos. Cada equipe<br />
pode contar com no máximo um atleta<br />
MD em quadra por vez.<br />
Fisioterapeutas<br />
Marco Antonio F. Alves e Ronnie P. A. de Sousa (CPB)<br />
Henrique Vital Neto (CBBC)<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Gustavo de Castro (CBDV)<br />
Pablo Vinicius da Costa Reis (ANDE)<br />
Thiago Parreira Sardenberg Soares (CBDV)<br />
Luiz Carlos dos Santos (CBDV)<br />
-<br />
-<br />
Luiz Edmundo Costa (CBDV)<br />
Renata B. do Nascimento e Rodrigo A. D. M. Martins (CPB)<br />
Fúlvia de Souza Vieira (CBR)<br />
Luis Gustavo Claro de Amorim (CBTM)<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Pedro Henrique de Almeida Alvarenga(CBVD)<br />
Pedro Henrique de Almeida Alvarenga(CBVD)<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
Quadro de Medalhas<br />
O Brasil encerrou as paralímpiadas ocupando o 7°<br />
lugar, melhor colocação já conseguida pela equipe<br />
brasileira, com 21 medalhas de ouro, 14 de prata e 8<br />
de bronze.<br />
Esporte<br />
Atletismo<br />
Bocha<br />
Esgrima em cadeira de rodas<br />
Futebol de 5<br />
Goalball (masculino)<br />
Judô<br />
Natação<br />
Atleta gaúcho ganha ouro na<br />
Esgrima em cadeira de rodas<br />
Medalhas<br />
conquistadas<br />
7 ouro<br />
8 prata<br />
3 bronze<br />
3 ouro<br />
1 bronze<br />
1 ouro<br />
1 ouro<br />
1 prata<br />
1 prata<br />
3 bronze<br />
9 ouro<br />
4 prata<br />
1 bronze<br />
O gaúcho Jovane Silva Guissone, da<br />
Asasepode, com a ajuda de seu técnico<br />
Eduardo Vasconcelos Nunes,<br />
ganhou a medalha de ouro nas Paralímpiadas,<br />
em Londres, competindo<br />
na categoria espada, da Esgrima em<br />
cadeira de rodas. O atleta foi o único<br />
brasileiro a competir neste esporte. A esgrima em<br />
cadeira de rodas tem provas individuais ou por equipes<br />
nas categorias masculina e feminina. A cadeira é<br />
fixa ao solo por meio de uma armação especial, que<br />
ao mesmo tempo posiciona o atleta num certo ângulo<br />
e distância. A partida tem três períodos de três<br />
minutos ou, até um dos adversários completar 15<br />
pontos, e pode ser disputada nas categorias florete,<br />
espada (masculina e feminina) e sabre (masculina).<br />
ESPECIALIDADES<br />
Classificação Funcional<br />
A fisioterapeuta Lícia Sobrosa Machado,<br />
formada em 2011, participa<br />
do Curso de Classificação Funcional<br />
da Natação do Comitê Paraolímpico<br />
Brasileiro. Ela soube do processo de<br />
seleção, por uma colega de trabalho<br />
que havia visto no site do CPB, e<br />
envio seu currículo. Apesar de não<br />
possuir experiência, seu trabalho de<br />
conclusão tinha sido sobre paradesporto,<br />
no qual estudo a qualidade de vida e a independência<br />
funcional dos esgrimistas cadeirantes do<br />
Estado. Com isso ela foi selecionada para o curso de<br />
formação como Avaliadora para natação. Ela ficou<br />
surpresa, pois o contato que ela tinha com este esporte<br />
era do período em que cursará a faculdade de<br />
Educação Física e, na época, fazia apenas meio ano<br />
que estava formada em fisioterapia.<br />
O curso iniciou em março e é o composto por: uma<br />
etapa de formação online sobre o que era o CPB,<br />
os esportes e as principais patologias encontradas e<br />
as três encontros presenciais com duração de cinco<br />
dias cada, com aulas práticas que aconteceram em<br />
Curitiba, Natal e Brasília. Ocorreu um processo de<br />
classificação em Porto Alegre e em novembro encerra<br />
a formação com um encontro em São Paulo.<br />
Todas essas etapas são compostas por provas teóricas<br />
ou práticas.<br />
Este curso do CPB não possui uma data específica<br />
para ocorrer, surge conforme a necessidade da existência<br />
de classificadores no Brasil. Neste processo<br />
foram selecionados sete classificadores clínicos, entre<br />
eles fisioterapeutas e médicos, e cinco classificadores<br />
técnicos, que são formados em educação física.<br />
Os testes clínicos são de avaliação da coordenação<br />
motora, da força muscular, da goniometria ou da<br />
mensuração. O teste técnico considera o desenvolvimento<br />
dos movimentos dentro da piscina. Com<br />
isso é possível indicar em que classe o atleta deverá<br />
competir.<br />
Depois desta formação os classificadores estarão aptos<br />
para atuar na região sul em competições nacionais<br />
e regionais. Para participar de competições internacionais<br />
do classificador precisa do treinamento do<br />
Comitê Paralímpico Internacional – IPC.<br />
Links importantes:<br />
http://www.cpb.org.br<br />
http://www.cbdv.org.br<br />
http://www.london2012.com/paralympics/athletes<br />
http://asasepode.org.br<br />
17<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
FISCALIZAÇÃO<br />
Acórdão 293 orienta sobre os<br />
procedimentos da Dermatofuncional<br />
Em junho de 2012 o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Coffito, publicou<br />
o acórdão n° 293, em que novas diretrizes são dadas à especialidade de Fisioterapia em Dermatofuncional,<br />
porém, cabe lembrar que se trata de um acórdão e não de uma resolução. Portanto,<br />
entende-se que os conselheiros do Coffito acordaram com as definições que serão apresentadas<br />
no decorrer desta matéria, bem como as considerações acerca dos procedimentos da fisioterapia<br />
dermatofuncional. Confira o texto e saiba mais sobre esta especialidade.<br />
18<br />
Um dos pontos ressaltados no início do acórdão é<br />
o que se refere ao “risco” que os procedimentos<br />
podem oferecer e buscando contextualizar melhor o<br />
significado da palavra, o Coffito utiliza algumas definições,<br />
como a da Agência Nacional Vigilância Sanitária<br />
– Anvisa: “Risco é a probabilidade de um efeito<br />
adverso a saúde causado por um perigo ou perigos<br />
existentes, sendo o perigo o componente que tem<br />
potencial de oferecer risco, sendo assim, a segurança<br />
do paciente/cliente consiste em reduzir o risco de<br />
dano desnecessários evitáveis relacionados aos cuidados<br />
de saúde a um mínimo aceitável”.<br />
A partir dela, o Coffito passa a definir risco como:<br />
“independente do seu nível, decorre do exercício<br />
profissional sem a observância das regulamentações<br />
técnicas estabelecidas por esta autarquia nos termos<br />
de sua competência legal”.<br />
Após tantas menções sobre risco e a importância<br />
de que os regulamentos sejam cumpridos, é possível<br />
compreender o nível de qualificação que o profissional<br />
deve possuir antes da utilização das técnicas da<br />
área de dermatofuncional, afinal os procedimentos<br />
oferecem riscos tanto ao paciente como ao profissional<br />
que não compreende a extensão de seus possíveis<br />
danos. Dessa forma, pode-se ressaltar que seguir as<br />
exigências definidas pelo Conselho agregará apenas<br />
em benefícios à profissão, à especialidade, ao profissional<br />
e principalmente, ao paciente.<br />
Embora tenha nascido com a finalidade de recuperar<br />
pacientes que haviam sofrido queimaduras, com o<br />
tempo a especialidade evoluiu para outras áreas, uma<br />
delas, a estética. No início a atuação<br />
mais comum era na recuperação<br />
de pacientes pós-cirúgicos, depois<br />
novos procedimentos foram<br />
incluídos ao Rol e à especialidade.<br />
Porém, com a evolução também<br />
surgiram problemas, como a confusão<br />
com as nomenclaturas e<br />
com isto, a violação à legislação<br />
que rege a profissão. Portanto, lembre-se que não<br />
existe fisioterapia estética e sim fisioterapia dermatofuncional.<br />
E, claro, que o fisioterapeuta não é um<br />
esteticista. Afinal, o fisioterapeuta é um profissional<br />
com formação superior da área da saúde, logo, deve<br />
estar consciente das suas responsabilidades.<br />
Ainda, outro transtorno que a modernidade trouxe<br />
foi a desatualização das resoluções<br />
em comparação a<br />
velocidade dos avanços<br />
tecnológicos e, em consequência,<br />
a criação de<br />
novos procedimentos, e<br />
como resultado as poucas<br />
definições acerca<br />
destes.<br />
Como a legislação não<br />
conseguiu acompanhar<br />
as atualizações<br />
que a especialidade<br />
de dermatofuncional<br />
recebia, uma<br />
das maneiras encontradas<br />
pelo Sistema<br />
para que os serviços<br />
prestados por fisioterapeutas<br />
não implicassem<br />
em prejuízo à profissão, foi a publicação de<br />
uma nova resolução sobre a especialidade em 2011.<br />
Em 2012, foi realizado o primeiro processo seletivo<br />
de Especialidades, cujo principal objetivo é a formação<br />
de uma categoria especializada e<br />
uma profissão valorizada. Por meio<br />
da prova, os profissionais passaram<br />
a ter seus conhecimentos teóricos e<br />
práticos avaliados por seus pares e<br />
deram um passo importante a uma<br />
grande conquista da categoria.<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
FISCALIZAÇÃO<br />
Preste atenção nas descrições dos procedimentos apresentadas no Acórdão 293, siga à risca as determinações<br />
de segurança e assegure um profissão mais qualificada.<br />
Acórdão 293 e os procedimentos da Dermatofuncional<br />
Laser<br />
O termo laser é uma abreviação da expressão inglesa<br />
“Ligth Amplification by stimulated emission of radiation”,<br />
dessa forma compreende-se que se trata de<br />
um tipo de energia luminosa que possui características<br />
próprias. É uma radiação não ionizante, monocromática,<br />
colimada e polarizada (Baxter, 2003).<br />
Com base em sua descrição o acórdão oferece o<br />
seguinte parecer: “Conclui-se que a utilização<br />
dos lasers classificados como cirúrgicos<br />
ou de alta potência não são recomendados<br />
para o uso do fisioterapeuta.<br />
Os demais tipos de lasers, de baixa e<br />
de média potência, utilizados para depilação,<br />
discromias, envelhecimento cutâneo,<br />
flacidez tegumentar, lesões vasculares, estão<br />
entre os recursos fototerápicos já mencionados na<br />
resolução Coffito n° 8. Sendo assim, o Coffito compreende<br />
que a utilização dos lasers não abalativos é<br />
considerado como de uso próprio do fisioterapeuta.”<br />
Luz intensa pulsada<br />
Apesar de ser facilmente confundida e erroneamente<br />
denominada como laser, a luz intensa pulsada, apesar<br />
de similar, é de fato um espectro de radiações que<br />
abrange vários comprimentos de ondas simultâneas<br />
(de 50 a 90 NN). Esta diversidade possibilita o tratamento<br />
de indivíduos de diferentes fototipos de pele,<br />
bem como várias aplicações: epilação, remoção<br />
de manchas e tatuagens, rejuvenecimento não<br />
abalativo e lesões vasculares. (Maio, 2004;<br />
Osório, Torrezan, 2002).<br />
Sendo assim, o Coffito determina:<br />
“A luz intensa pulsada é considerada<br />
um fonte de luz não laser, gerada por<br />
lâmpadas, resultando na emissão de calor<br />
e radiação fototermoterapêutico próprio do<br />
fisioterapeuta”.<br />
O Coffito também estabelece critérios para a utilização<br />
deste procedimento, como:<br />
• Os equipamentos devem ter cadastro ou registro<br />
na Anvisa, e os profissionais deverão ter os documentos<br />
comprobatórios para fins de fiscalização;<br />
• O fisioterapeuta deverá atender, no máximo, um<br />
paciente por vez e deve estar sempre presente, em<br />
qualquer etapa e durante todo o atendimento;<br />
• Ter, em prontuário, todas as etapas do tratamento;<br />
• Aplicar princípios de biossegurança;<br />
• A técnica deverá ser aplicada em ambiente próprio<br />
que garanta o máximo de higiene e segurança estabelecidos<br />
em normas da Anvisa ou outras em vigor.<br />
19<br />
Ainda sobre equívocos, outro detalhe que nunca deve ser esquecido é a utilização correta do Título de Especialista,<br />
uma vez que para possuir esta titulação são necessários os seguintes passos:<br />
• Envio ao <strong>Crefito</strong>5 para chancela do Coffito, aos que estão enquadrados antes das resoluções 377 e 378,<br />
ou seja, àqueles que ingressaram em cursos de pós-graduação antes do dia 13 julho de 2010. Caso contrário,<br />
o título de especialista só será concedido após aprovação na Prova de Especialidades.<br />
Sendo assim, esteja atento às normas e anuncie corretamente. Se não estiver enquadrado em nenhuma das<br />
modalidades descritas, seu anúncio deve conter: Fisioterapeuta com especialização, pós-graduação ou formação<br />
em Dermatofuncional.<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
20<br />
FISCALIZAÇÃO<br />
Radiofrequência<br />
Um tipo de radiação eletromagnética que em frequências<br />
mais elevadas gera calor nos tecidos biológicos.<br />
Tem como principal efeito o estímulo na<br />
produção de fibras colágenas, que resulta na melhora<br />
do aspecto da pele, sendo indicada em alterações<br />
cutâneas, como, por exemplo, flacidez e rugas. É<br />
considerada não abalativa, pois induz a produção de<br />
colágeno sem ruptura da pele.<br />
A partir de sua definição, o Coffito compreende que<br />
a radiofrequência se enquadra dentro dos recursos físicos<br />
de tratamento, no caso, a termoterapia. Ainda,<br />
o Conselho discorre sobre os efeitos adversos desta<br />
terapia, lembrando que os mesmos podem ser controlados<br />
e em sua maioria são passageiros. Os riscos<br />
de lesões por queimadura podem ser evitados ou<br />
minimizados com a aquisição de habilidades e competências<br />
específicas de avaliação, indicação e de<br />
execução da técnica de aplicação.<br />
O Coffito também estabelece critérios para a<br />
utilização deste procedimento, como:<br />
• Os equipamentos devem ter cadastro<br />
ou registro na Anvisa, e os profissionais<br />
deverão ter os documentos comprobatórios<br />
para fins de fiscalização;<br />
• O fisioterapeuta deverá atender,<br />
no máximo, um paciente por<br />
vez e deve estar sempre presente, em<br />
qualquer etapa e durante todo o atendimento;<br />
• Informar o paciente sobre a técnica e<br />
seu grau de risco, solicitando assinatura de Termo de<br />
Consentimento Livre Esclarecido;<br />
• Ter, em prontuário, todas as etapas do tratamento;<br />
• Aplicar princípios de biossegurança;<br />
• A técnica deverá ser aplicada em ambiente<br />
próprio que garanta o máximo de higiene e segurança<br />
estabelecidos em normas da Anvisa<br />
ou outras em vigor.<br />
Peeling<br />
Considerado como agente indutor da descamação<br />
controlada, conduzindo diversas reações na pele,<br />
como espessamento da epiderme, aumento de volume<br />
da derme, liberação de medidores de inflamação<br />
e citocinas. Podem ser classificados como químicos<br />
ou físicos. Para tanto, o Conselho Federal define<br />
cada modalidade.<br />
No peeling físico há receitas caseiras como cristais<br />
de açúcar, lixas, cremes abrasivos com micro esferas<br />
de material plástico, até aparelhos de microdermoabrasão,<br />
por fluxo de cristais ou lixas de ponta de<br />
diamente, além do ultrassônico. (Quiroga e Guillot,<br />
1986). Já a dermoabrasão trata-se de uma esfoliação<br />
até o limite dermo-epidérmico com objetivo de<br />
aumentar a nutrição pelo estímulo dérmico. Também,<br />
estimular a proliferação de fibroblastos e, em<br />
conseqüência, do colágeno.<br />
As reações decorrentes da aplicação do peeling superficial<br />
poder ser controladas através dos recursos<br />
da fisioterapia.<br />
O peeling químico, por sua vez, adiciona a utilização<br />
de substâncias químicas no tratamento, que<br />
isoladas ou combinadas proporcionam o agente<br />
mais adequado para diferentes graus de<br />
esfoliação. Esta modalidade é dividia em<br />
níveis: Muito superficial – que atinge camadas<br />
granulosas da pele; superficial – que atinge<br />
a epiderme; médio – que atinge a derme papilar;<br />
e profundo – que atinge a derme reticular. A partir<br />
desta explicação, o Coffito compreende que o fisioterapeuta<br />
não deve aplicar procedimentos que ultrapassem<br />
o limite da epiderme.<br />
Dessa maneira, cabe ao fisioterapeuta a possibilidade<br />
de realizar peeling químico apenas nos níveis muito<br />
superficial e superficial.<br />
O Coffito também estabelece critérios para a utilização<br />
destes dois procedimentos, como:<br />
• Os equipamentos devem ter cadastro ou<br />
registro na Anvisa, e os profissionais deverão<br />
ter os documentos comprobatórios para<br />
fins de fiscalização;<br />
• Aplicar os princípios da biossegurança para prevenir<br />
infecções cruzadas, além do descarte adequado<br />
do material;<br />
• A técnica deverá ser aplicada em ambiente próprio<br />
que garanta o máximo de higiene e segurança estabelecidos<br />
em normas da Anvisa ou outras em vigor;<br />
• Informar ao paciente sobre a técnica e seu grau de<br />
risco, inclusive, fazendo com que seja assinado um<br />
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido;<br />
• Manter registro em prontuário de todas as etapas<br />
da técnica.<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
FISCALIZAÇÃO<br />
Carboxiterapia<br />
É uma técnica em que o gás carbônico (dióxido de<br />
carbono ou CO2) é injetado no tecido transcutâneo,<br />
estimulando assim efeitos fisiológicos como a<br />
melhora da circulação e até, no tratamento do fibro<br />
edema gelóide, de lipodistrofias localizadas, além da<br />
melhora da qualidade da cicatriz, segundo definem<br />
os autores Hidekazul, 2005; Goldman, 2006; Worthington,<br />
Lopez, 2006; Lee,2008; e Nach, 2010).<br />
Sendo assim, o Coffito compreende que: “A carboxiterapia<br />
por sua complexidade é admitida pelo<br />
Coffito como técnica de risco, factível de desenvolver<br />
efeitos adversos”<br />
Ainda, devido a sua complexidade e ao<br />
fator de risco, o Conselho recomenda<br />
que o tratamento seja realizado apenas<br />
por Fisioterapeuta Especialista Profissional<br />
em Fisioterapia Dermatofuncional.<br />
O Coffito também estabelece critérios para a<br />
utilização deste procedimento, como:<br />
• Especialização x título reconhecido: Os profissionais<br />
que já realizaram o curso de especialização,<br />
porém sem o título reconhecido devem apresentar<br />
ao <strong>Crefito</strong>5 documentos que comprovem devida habilitação<br />
para a utilização da técnica;<br />
• Comprovação teórica e prática em primeiro socorros<br />
por meio de certificado de conclusão de curso<br />
em suporte básico de vida (Basic Life Support, BLS),<br />
ou semelhante;<br />
• Os equipamentos devem ter cadastro ou registro<br />
na Anvisa, e os profissionais deverão ter os documentos<br />
comprobatórios para fins de fiscalização;<br />
• Garantir a adequada remoção do paciente para<br />
unidades hospitalares em caso de urgências;<br />
• O fisioterapeuta deverá atender, no máximo, um<br />
paciente por vez e deve estar sempre presente,<br />
em qualquer etapa e durante todo o atendimento;<br />
• Informar ao paciente sobre a técnica<br />
e seu grau de risco, inclusive, fazendo<br />
RISCO com que seja assinado um Termo de Consentimento<br />
Livre e Esclarecido;<br />
BIOLÓGICO<br />
• Manter registro em prontuário de todas as<br />
etapas da técnica;<br />
• Aplicar os princípios da biossegurança para prevenir<br />
infecções cruzadas, além do descarte adequado<br />
do material;<br />
• A técnica deverá ser aplicada em ambiente próprio<br />
que garanta o máximo de higiene e segurança estabelecidos<br />
em normas da Anvisa ou outras em vigor.<br />
Fique atento as determinações estabelecidas pelo Coffito, assegure o exercício correto da profissão<br />
e possibilite ao seu paciente um atendimento adequado e, na medida no possível, livre de complicações.<br />
DEFIS ALERTA<br />
cumprir os dispositivos legais que regem o exercício da Fisioterapia e<br />
da Terapia Ocupacional fazem bem à ética e à carreira profissional.<br />
21<br />
Registro em dia<br />
Lembre-se que a prestação de serviços de fisioterapia<br />
e terapia ocupacional está condicionada à inscrição<br />
no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional<br />
da 5ª Região (<strong>Crefito</strong>5). Portanto, ao dividir<br />
consultório ou atender em Studio de Pilates, por<br />
exemplo, é indispensável o registro de consultório ou<br />
empresa no <strong>Crefito</strong>5.<br />
Publicidade correta<br />
Faça a publicidade da sua empresa de acordo com<br />
a legislação do Coffito. Antes de mandar imprimir<br />
folders, fachadas, e demais materiais publicitários fique<br />
atento às resoluções e, em caso de dúvida peça<br />
orientações ao Departamento de Fiscalização. Veja<br />
os exemplos nos modelos abaixo:<br />
Dermatofuncional x estética<br />
Fique atento: não existe especialidade de estética e<br />
sim, de dermatofuncional. Dessa forma, anuncie corretamente<br />
- Com especialização em dermatofuncional<br />
e nunca em estética.<br />
NUNCA anuncie valores, pacotes promocionais,<br />
e avaliação gratuita.<br />
Em caso de dúvidas entre em contato pelo telefone (51) 3334 6586 ou pelo e-mail defis@crefito5.org.br<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
COMiSSõES<br />
Comissão de Educação<br />
A Comissão de Educação é um órgão de assessoria<br />
e de caráter consultivo da Diretoria e do Plenário do<br />
<strong>Crefito</strong>5, cuja finalidade é o incentivo ao aprimoramento<br />
do ensino e do exercício profissional da Fisioterapia<br />
e da Terapia Ocupacional. Tem por objetivo<br />
a promoção e apoio de ações, conforme os projetos<br />
e propostas elaborados pelo grupo de trabalho e ratificados<br />
pela Diretoria da autarquia.<br />
A Comissão de Educação é formada pelos conselheiros<br />
Tania Fleig, Luciana Wertheimer, Carolina Silva<br />
e Mauro Félix, além destes membros, compõe a Comissão<br />
os representantes do estado do RS, através da<br />
regionalização de inserção das instituições dos cursos<br />
de formação em fisioterapia e terapia ocupacional,<br />
tendo participação direta e ampliada através dos colegas:<br />
Alenia Finger na Serra, Ana Lúcia Soares e De-<br />
nizar Melo na região metropolitana<br />
do estado, Nicole Ruas no Sul, Ana<br />
Fátima Badaró e Vanessa Pinto na<br />
região central, Eliane Winkelmann<br />
no noroeste, Fernanda Câmera<br />
no norte e Rosana Glock no<br />
oeste. Além dos componentes<br />
da Comissão, compõem a Comissão<br />
os GTs Coordenadores<br />
de Curso e os GTs Estudantes<br />
(um representante<br />
por Instituição Ensino perior - IES).<br />
A Comissão de Educação<br />
está centrada na<br />
reunião dos coordenadores<br />
de curso, docentes<br />
e discentes e,<br />
Suna<br />
proposição de de-<br />
senvolvimento de metodologias<br />
para a formação<br />
que assistam às<br />
necessidades regionais e<br />
que cumpram com o papel<br />
formativo a partir dos descritivos das<br />
diretrizes curriculares nacionais (DCNs) para<br />
os cursos de fisioterapia e terapia ocupacional no<br />
Brasil.<br />
Entre as metas da Comissão de Educação estão proporcionar<br />
maior visibilidade dos processos de formação<br />
desenvolvidos nos cursos de Fisioterapia e<br />
Terapia Ocupacional, a partir das necessidades de<br />
abordagens temáticas apontadas pelos coordenadores<br />
e colegiados destes cursos no Rio Grande do Sul;<br />
facilitar a comunicação entre pares, de forma a integrar<br />
e internalizar as informações, gerando propostas<br />
de ações conjuntas; ampliar o debate sobre a formação<br />
do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional nas<br />
escolas formadoras do Estado (Política de Educação)<br />
e as atribuições das profissões na Saúde Funcional.<br />
As ações programadas pela Comissão de Educação<br />
neste ano foram o mapeamento das necessidades de<br />
abordagens temáticas junto aos cursos de Fisioterapia<br />
e Terapia Ocupacional do Estado, para registro<br />
dos apontamentos feitos pelos coordenadores e colegiados<br />
destes; a promoção de encontros na sede<br />
do <strong>Crefito</strong>5, com os GTs de Estudantes e Coordenadores<br />
de Curso e a promoção de encontros descentralizados<br />
por microrregião. Além da participação<br />
em eventos e jornadas acadêmicas nas IES do Rio<br />
Grande do Sul;<br />
Entre as ações destaca-se o projeto de interiorização<br />
e descentralização: “Minha cidade, nossa profissão<br />
- debatendo as políticas profissionais de fisioterapia<br />
e terapia ocupacional”, que está sendo realizado no<br />
Estado e cuja proposta é a aproximação com os profissionais<br />
e com as realidades da fisioterapia e terapia<br />
ocupacional no Rio Grande do Sul.<br />
23<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
24<br />
profissões<br />
CIF é realidade no SUS<br />
Um mistério para muitos e um sonho alcançado para<br />
os que compreendem, a Classificação Internacional<br />
de Funcionalidade, Incapacidades e Saúde (CIF)<br />
apresenta uma nova maneira de enxergar o usuário,<br />
de classificar, de quantificar e de gerar dados epidemiológicos<br />
que no futuro podem assegurar políticas<br />
públicas para todas as pessoas, pois trata de funcionalidade<br />
e não apenas de incapacidades.<br />
A ideia da classificação é antiga, afinal, por meio da<br />
CID – Classificação Internacional de Doenças, que<br />
existe desde 1893, já se listavam as causas de morbidade.<br />
Com o tempo, além de ser revista e atualizada<br />
para a CID-10, o objetivo central ainda era o<br />
mesmo, ou seja, o de avaliar o impacto da doença<br />
sobre a pessoa. Dessa forma, em 1980, foi apresentado<br />
um novo estudo – a Classificação Internacional<br />
de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (CI-<br />
DID), mas foram necessários 20 anos para que saísse<br />
do papel e fosse colocado em prática. Por fim, em<br />
2001, a Organização Mundial da Saúde desenvolve<br />
e cria uma nova Classificação para CIF, que passa a<br />
ser incluída na aplicação de vários procedimentos de<br />
saúde.<br />
Nos anos seguintes surgem novas leis que dão aporte<br />
à CIF, e a utilização de dados de classificação vira<br />
realidade – principalmente aos profissionais de fisioterapia<br />
e de terapia ocupacional. Em 2009, o Coffito<br />
lança a resolução nº 370, em que estabelece que<br />
os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais devem<br />
adotar a CIF, no âmbito de suas competências. Ainda,<br />
descreve que a classificação será utilizada como<br />
ferramenta de estatística, de pesquisa, de clínica, de<br />
política social e pedagógica.<br />
Ainda em 2009, o INSS, por meio da portaria<br />
MDS/INSS nº 1 - institui instrumentos para avaliação<br />
da deficiência e do grau de incapacidade de<br />
pessoas com deficiência requerentes ao Benefício de<br />
Prestação Continuada da Assistência Sociais - BPC,<br />
conforme já estabelecia o art. 16, § 3º, do Decreto<br />
nº 6.214, de 26 de setembro de 2007, alterado<br />
pelo Decreto nº 6.564, de 12 de setembro de<br />
2008. E, em 2012, é a vez do Ministério da Saúde<br />
publicar a resolução 452, em que incorpora a utilização<br />
da CIF no Sistema Único de Saúde e na Saúde<br />
Suplementar, cumprindo o que já previa a resolução<br />
54.21/2001, da OMS.<br />
Entenda como o profissional de<br />
saúde utilizará a CIF:<br />
• nas investigações para medir resultados acerca do<br />
bem estar, qualidade de vida, acesso a serviços e impacto<br />
dos fatores ambientais (estruturais e atitudinais)<br />
na saúde dos indivíduos;<br />
• como uma ferramenta estatística na coleta e registro<br />
de dados (em estudos da população e inquéritos<br />
na população ou em sistemas de informação para a<br />
gestão);<br />
• como ferramenta clínica para avaliar necessidades,<br />
compatibilizar os tratamentos com as condições específicas,<br />
ampliando a linha de cuidado;<br />
• para dar visibilidade e avaliar os processos de trabalho<br />
com os respectivos impactos reais das ações dos<br />
profissionais de saúde, que atuam diretamente com<br />
a funcionalidade humana;<br />
• no dimensionamento e redimensionamento de serviços<br />
visando qualificar e quantificar as informações<br />
relativas ao tratamento e recuperação da saúde no<br />
processo de reabilitação e os respectivos resultados;<br />
• como ferramenta no planejamento de sistemas de<br />
seguridade social, de sistemas de compensação e nos<br />
projetos e no desenvolvimento de políticas;<br />
• como ferramenta pedagógica na elaboração de<br />
programas educacionais, para aumentar a conscientização<br />
e a realização de ações sociais;<br />
• como ferramenta geradora de informações padronizadas<br />
em saúde, devendo a mesma ser inserida<br />
no Sistema Nacional de informações em saúde do<br />
Sistema Único de Saúde para alimentar as bases de<br />
dados, com vistas ao controle, avaliação e regulação<br />
para instrumentalizar a gestão no gerenciamento das<br />
ações e serviços de saúde em todos os seu níveis de<br />
atenção; e<br />
• como geradora de indicadores de saúde referentes<br />
à funcionalidade humana.<br />
*trecho da resolução MS 452/2012<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
Com as novas regulamentações cabe ao profissional<br />
a atualização quanto à Classificação Internacional da<br />
Funcionalidade, saber o que ela é, do que se trata, o<br />
que representa e como isso irá interferir na vida do<br />
usuário e do profissional. Sendo assim, foi realizado<br />
um breve resumo para que seja fácil compreender<br />
este sistema de classificação.<br />
Para utilizar a CIF no trabalho é necessário compreender<br />
o que ela é como os pacientes podem ser classificados<br />
através dela. Veja:<br />
O que é a CIF?<br />
A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade<br />
e Saúde foi criada para registrar e organizar<br />
as informações referentes aos estados de saúde<br />
de uma pessoa, por meio de uma linguagem e classificação<br />
mundial. Com a uniformização das descrições<br />
sobre cada paciente, em diversos as aspectos da<br />
funcionalidade, incapacidade e saúde, será possível a<br />
conquista de dados epidemiológicos mundiais.<br />
Outro advento da nova classificação é a substituição<br />
dos termos - incapacidade, deficiência, invalidez e<br />
desvantagem – por funcionalidade e, ainda, a inclusão<br />
de experiências positivas, registrando a potencialidades<br />
de cada individuo. Por meio da CIF é possível<br />
medir a capacidade de cada pessoa em superar os<br />
obstáculos relacionados às tarefas do cotidiano.<br />
A nova Classificação traz como principal vantagem<br />
o reconhecimento de que não se pode medir a importância<br />
da saúde apenas pela mortalidade, e sim a<br />
avaliar todas as questões que envolvem o indivíduo,<br />
suas novas possibilidades e todo o impacto geográfico<br />
em seu entorno.<br />
Divisões e classificações da CIF<br />
De acordo com a CIF a classificação é dividida em<br />
cinco componentes: função corporal, estrutura do<br />
corpo, atividade e participação social, e fatores ambientais<br />
e pessoais. Entenda:<br />
• Funções do corpo são as funções fisiológicas dos<br />
sistemas orgânicos, inclusive as funções psicológicas.<br />
• Estruturas do corpo são as partes anatômicas, tais<br />
como, órgãos, membros e seus componentes.<br />
• Deficiências são problemas nas funções ou nas estruturas<br />
do corpo, por exemplo, um desvio importante<br />
ou uma perda.<br />
• Atividade é a execução de uma tarefa ou ação por<br />
um indivíduo.<br />
• Participação é o envolvimento de um indivíduo em<br />
uma situação real, no cotidiano, na sua vida diária.<br />
• Limitações da atividade são dificuldades que uma<br />
pessoa pode ter na execução de sua rotina, de seus<br />
afazeres.<br />
• Restrições na participação são problemas que um<br />
indivíduo por enfrentar quando está envolvido em<br />
situações da vida real.<br />
profissões<br />
Assim, compreende-se que a CIF não separa Atividade<br />
de Participação, no momento em são classificadas.<br />
Fatores ambientais são as questões da atitude<br />
das pessoas, do ambiente físico e das demandas<br />
político sociais exercidos sobre elas, bem como o<br />
impacto que eles registram no seu cotidiano. Aqui<br />
são quantificados tantos os fatores facilitadores (positivos)<br />
quanto às barreiras (negativos), em relação ao<br />
desempenho na atividade e participação das pessoas.<br />
Por exemplo, os dados pessoais que constituem etnia,<br />
grau de escolaridade, renda e orientação sexual.<br />
Com essa nova estrutura passam a ser mensurados o<br />
impacto da doença sobre indivíduo e meio ambiente<br />
na qualidade de vida, assim como a quantificação da<br />
funcionalidade pela condição sociocultural.<br />
As cinco categorias são divididas em até nove capítulos,<br />
subdivido em número variável de domínios e<br />
assim, extrapolando a esfera da saúde e apresentando<br />
utilidade social, educacional, epidemiológica, política<br />
e profissional.<br />
Função Corporal<br />
Estrutura corporal<br />
(deficiência)<br />
Interação de Conceitos<br />
CIF 2001<br />
Fatores<br />
Ambientais<br />
Estado de Saúde<br />
(distúrbio/doença)<br />
Atividades<br />
(Limitação)<br />
Participação<br />
(Restrição)<br />
Fatores<br />
Pessoais<br />
Cursos da CIF:<br />
Em 2010 o <strong>Crefito</strong>5 promoveu curso sobre CIF,<br />
com Heloísa Di Nubila, Especialista na área de Classificações,<br />
no Centro Colaborador da OMS para a<br />
Família de Classificações Internacionais em Português<br />
(Centro Brasileiro de Classificações de Doenças –<br />
CBCD), no departamento de Epidemiologia da Faculdade<br />
de Saúde Pública da Universidade de São<br />
Paulo. O evento foi realizado nas cidades de Porto<br />
Alegre e Caxias do Sul.<br />
Neste ano, o Coffito estendeu aos profissionais de<br />
todo o Brasil, liberando vagas por regiões, de curso<br />
EAD sobre CIF.<br />
Links úteis:<br />
www.who.int/countries/bra/es/<br />
www.fsp.usp.br/cbcd/Material/Guia_para_principiantes_CIF_cbcd.pdf<br />
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/<br />
www.diariodasleis.com.br/tabelas/211193.pdf<br />
25<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
cOFFITO<br />
RESOLUÇÃO n. 419/2012<br />
Reconhece a Reabilitação Vestibular como área de atuação do fisioterapeuta.<br />
O Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, no uso das atribuições conferidas pelo<br />
inciso II do Art. 5° da Lei 6.316 de 17 de setembro de 1975, em sua 224ª Reunião Plenária Ordinária,<br />
realizada no dia 02 de Junho de 2012 , na sede do <strong>Crefito</strong> 8, situada na Rua Jaime Balão, 580, Hugo<br />
Lange, Curitiba, Paraná, deliberou:<br />
CONSIDERANDO o disposto no artigo 5º, inciso II da lei 6316 de 17/12/1975;<br />
CONSIDERANDO os termos da Resolução COFFITO 80/1987;<br />
CONSIDERANDO que o objeto de estudo do fisioterapeuta é o movimento humano em todas as suas formas<br />
de expressão e potencialidades e que a manutenção do equilíbrio corporal é uma estratégia dinâmica do<br />
corpo humano;<br />
CONSIDERANDO a evolução técnico científica da fisioterapia;<br />
28 26<br />
RESOLVE:<br />
Artigo 1º Reconhecer a Reabilitação Vestibular, reabilitação labiríntica, fisioterapia vestibular, fisioterapia labiríntica,<br />
cinesioterapia vestibular, cinesioterapia labiríntica, tratamento dos distúrbios do equilíbrio corporal<br />
de origem vestibular como áreas de atuações do fisioterapeuta, no âmbito de sua atuação profissional.<br />
Artigo 2º Reabilitação Vestibular é conjunto de procedimentos de avaliação e tratamento, que visa a redução<br />
ou eliminação da tontura e a recuperação funcional ou a reabilitação das disfunções do equilíbrio corporal<br />
de origem vestibular de natureza periférica, central ou mista, associadas ou não às desordens multisensoriais<br />
e musculoesqueléticas.<br />
Artigo 3° O fisioterapeuta, durante sua consulta, avalia seus clientes/pacientes servindo-se de testes e escalas<br />
padronizadas, posturografia, análise da marcha, manobras diagnósticas com vistas a apontar a condição<br />
funcional dos sistemas relacionados ao controle do equilíbrio corporal, entre outras, solicita exame complementar<br />
que julgar necessário para identificar seu diagnóstico e subsidiar sua tomada de decisão, bem<br />
como prescreve e executa métodos e técnicas de tratamento, baseados em protocolos validados nacional e<br />
internacionalmente.<br />
Artigo 4° A critério do fisioterapeuta o tratamento de reabilitação vestibular poderá ainda constar de<br />
exercícios terapêuticos sistematizados e treino funcional em solo e em meio aquático, manobras de reposição,<br />
técnicas de terapia manual, uso de recursos eletrotermofototerapêuticos, prescrição ou confecção de<br />
mecanismos auxiliares de locomoção ou indicação de dispositivos de ajuda, emprego de tecnologia assistiva<br />
e realidade virtual, adaptação domiciliar e no ambiente de trabalho do cliente/paciente como prevenção de<br />
quedas e outros frutos da evolução técnico científica da profissão.<br />
Artigo 5° Os casos omissos serão deliberados pela Plenária do COFFITO.<br />
Artigo 6° Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.<br />
COFFITO discute demandas para a<br />
Terapia Ocupacional<br />
Os conselheiros terapeutas ocupacionais do COFFI-<br />
TO reuniram-se no dia 24 de agosto, para discutir<br />
ações relacionadas à Terapia Ocupacional.<br />
Trata-se das ações já implementadas na gestão anterior,<br />
com o intuito de que seja garantida sua continuidade.<br />
A exemplo do trabalho realizado para a<br />
atualização da Terapia Ocupacional no Código Brasileiro<br />
de Ocupacionais (CBO), além do desenvolvimento<br />
de demandas em fase de resolução e novas<br />
ações a serem propostas.<br />
Durante a reunião, foram definidas como prioridade:<br />
a campanha nacional de divulgação da Terapia Ocupacional;<br />
a campanha para abertura de novos cursos<br />
em todos os estados e em regiões menos desenvolvidas;<br />
inserção da Terapia Ocupacional nas políticas<br />
públicas; e integração com as entidades de classe,<br />
dentre outras ações.<br />
O encontro foi realizado na sede do COFFITO, em<br />
Brasília.<br />
Fonte: Coffito<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
Notícias<br />
<strong>Crefito</strong>5 participou de eventos em Brasília<br />
O <strong>Crefito</strong>5 marcou presença na última sexta-feira,<br />
14, no Encontro das Comissões de Ensino do Sistema<br />
Coffito/<strong>Crefito</strong>s e nos eventos promovidos<br />
pela Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia<br />
(Abenfisio) – III Congresso Nacional de Fisioterapia<br />
na Saúde Coletiva e XXII Fórum Nacional de Ensino<br />
em Fisioterapia -, em Brasília. Na ocasião, a fim de<br />
contemplar todos os eventos, o presidente, Alexandre<br />
Doval, o vice-presidente, Antonio Alberto Fernandes,<br />
e os conselheiros Mauro Felix e Tania Fleig,<br />
dividiram-se e prestigiaram os encontros.<br />
O encontro do Sistema tinha como pauta a Construção<br />
de uma política integrada no processo de formação<br />
ética e político-profissional por parte dos Conselhos<br />
e da Abenfisio, e, com base nisto, os presentes<br />
discutiram as falhas na formação nestes aspectos.<br />
Além disso, a necessidade alteração neste quadro<br />
e novas estratégias que visem para uma mudança.<br />
Após, foi discutida a importância das Comissões de<br />
Educação nos regionais e sobre a futura criação de<br />
uma Comissão de Educação no Coffito, cujo objetivo<br />
será a proposição de novos rumos às comissões regionais,<br />
além de uma relação com o MEC. Pertinente<br />
ao assunto foi proposta, durante a discussão, a criação<br />
de uma resolução quanto aos estágios, em que<br />
possam ser ampliadas e definidas as situações a Lei<br />
de Estágio, em especial, o número de estagiários por<br />
supervisor. Para que este tema tenha uma conclusão<br />
o Coffito e a Abenfisio terão um novo encontro para<br />
discutir a resolução.<br />
A fim de contextualizar a importância de uma Comissão<br />
de Ensino, Tania Fleig, coordenadora da Comissão<br />
de Ensino do <strong>Crefito</strong>5, compartilhou a experiência<br />
deste regional, mencionando a criação de um<br />
regimento interno e sua composição – 32 cursos: 27<br />
de fisioterapia e 4 de terapia ocupacional. Também<br />
relatou que as reuniões são bi-semestrais e contam<br />
com a participação dos membros da Comissão e dos<br />
coordenadores de curso. Além disso, contou sobre a<br />
criação de um documento de avaliação que foi enviado<br />
aos Institutos de Ensino Superior do Rio Grande<br />
do Sul, em que eram abordados os cinco eixos norteadores,<br />
ou seja, estágio, ética, egressos, docentes e<br />
educação permanente. A partir disso, foram criados<br />
dois Grupos de Trabalho: Docentes e Estudantes,<br />
em que, por meio de realização de encontros, alunos,<br />
professores e Conselho discutem os caminhos<br />
da profissão desde a formação. Encerrando, Tania<br />
apresentou a minuta que foi elaborada pela Comissão<br />
de Educação do <strong>Crefito</strong>5 sobre estágios.<br />
O III Congresso Nacional de Fisioterapia na Saúde<br />
Coletiva e o XXII Fórum Nacional de Ensino em Fisioterapia,<br />
reuniram cerca de 50 coordenadores de<br />
cursos de universidades públicas e privadas de todo<br />
o Brasil, bem como representantes de entidades,<br />
conselhos e associações, para discutir temas como as<br />
diretrizes curriculares e projeto pedagógico de curso.<br />
29 27<br />
<strong>Crefito</strong>5 participa de CONASEMS<br />
As conselheiras Tania Fleig e Priscila Bordignon participaram<br />
do XXVIII Congresso Nacional de Secretarias<br />
Municipais de Saúde (CONASEMS) e do IX<br />
Congresso Brasileiro de Saúde, Cultura de Paz e Não<br />
Violência que aconteceram em Maceió entre os dias<br />
11 e 15 de junho. Na oportunidade, além do encontro<br />
com os demais conselheiros do sistema Coffito/<br />
<strong>Crefito</strong>s no stand em que apresentou-se o trabalho<br />
desenvolvido pelos profissionais de fisioterapia e terapia<br />
ocupacional, foi possível também, participar<br />
do painel no qual a coordenadora da área da saúde<br />
da pessoa com deficiência do Ministério da Saúde<br />
Vera Mendes apresentou o Plano Viver Sem Limites,<br />
as tecnologias assistivas e o lançamento da Portaria<br />
835/2012 que Institui incentivos financeiros de investimento<br />
e de custeio para o Componente Atenção<br />
Especializada da Rede de Cuidados Pessoa com<br />
Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde, o<br />
qual trata do CER (Centros Especializados em Reabilitação<br />
1, 2, 3 e 4), no qual Vera destacou que os<br />
fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais farão parte<br />
da equipe mínima para a constituição destes centros.<br />
Os CERs serviram para o desenvolvimento de oficinas<br />
ortopédicas como serviço de apoio vinculado a<br />
reabilitação física, além de custeio e manutenção de<br />
órteses e próteses e auxilio na locomoção dos pacientes.<br />
Estes CERs serão redes e serviços próprios do<br />
estado e de cada município. Esta Política Pública a ser<br />
implantada é a primeira a incorporar o CIF, através<br />
da lógica do cuidado, acesso à qualificação e funcionalidade.<br />
No final do evento foi publicada a “Carta<br />
de Maceió” disponível em www.conasems.org.br<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
Notícias<br />
<strong>Crefito</strong>5 assegura através do MPF<br />
o exercício da fisioterapia no HCPA<br />
Após oito anos o Conselho Regional de Fisioterapia e<br />
Terapia Ocupacional da 5ª Região – <strong>Crefito</strong>5, através<br />
de Ação Civil Pública, proposta pelo Ministério<br />
Público Federal, obtém frente ao Hospital de Clínicas<br />
de Porto Alegre, a decisão judicial pronunciada<br />
pelo Juízo da 3ª Vara Federal de Porto Alegre, que<br />
suspende o exercício de atividades exclusivas da fisioterapia<br />
por auxiliares de serviços terapêuticos ou<br />
quaisquer profissionais não habilitados.<br />
De acordo com a sentença do Juiz Federal, Enrique<br />
Feldens Rodrigues, publicada no dia 01 de agosto,<br />
fica determinado ao Hospital à suspensão do exercício<br />
de funções privativas de fisioterapeutas por<br />
auxiliares de serviços terapêuticos, também denominados<br />
profissionais assistenciais ou por qualquer<br />
outro profissional sem a qualificação, uma vez que<br />
o atendimento de serviços de fisioterapia é privativo<br />
e restrito ao fisioterapeuta, profissional de nível<br />
superior, habilitado e inscrito em conselho regional.<br />
Para o caso de descumprimento da decisão judicial,<br />
o juiz federal estabeleceu ainda uma multa diária de<br />
R$ 10 mil reais.<br />
Embora a profissão de fisioterapia tenha sido reconhecida<br />
desde 1969, em 2004, o <strong>Crefito</strong>5, por<br />
meio de fiscalização, constatou a existência de profissionais<br />
nomeados como auxiliares de serviços terapêuticos<br />
no Hospital de Clínicas de Porto Alegre,<br />
que realizavam serviços de fisioterapia. Ainda em<br />
2004, Conselho obtém uma importante conquista,<br />
quando consegue por vias judiciais, impugnar o processo<br />
seletivo do hospital que buscava a contratação<br />
de novos auxiliares e ainda atribuía ao cargo funções<br />
privativas da fisioterapia. Esta decisão foi deliberada<br />
pelos Tribunais Regionais Federais da 2ª, 3ª e 5ª<br />
região.<br />
Também, cabe salientar, que os fisioterapeutas do<br />
HCPA, ao delegarem suas funções a profissionais não<br />
habilitados transgridem o código de ética da profissão,<br />
ficando, portanto, passíveis de responder processo<br />
ético disciplinar. Com a vitória do Conselho<br />
os fisioterapeutas passam a exercer com plenitude,<br />
de forma correta e com o amparo da lei as funções<br />
determinadas em sua legislação, através do decreto<br />
lei nº 938, de 13 de outubro de 1969.<br />
COFFITO discute com o<br />
Ministro da Previdência Social<br />
O COFFITO, juntamente com a Associação<br />
Brasileira de Terapeutas Ocupacionais (ABRATO),<br />
reuniu-se com o Ministro da Previdência Social,<br />
Garibaldi Alves, para debater assuntos relacionados<br />
à Fisioterapia e à Terapia Ocupacional. A reunião<br />
foi realizada na sede do Ministério, no último dia 6,<br />
em Brasília.<br />
Durante o encontro foi discutido o apoio do Ministério<br />
da Previdência ao IX Congresso Norte e Nordeste<br />
de Terapia Ocupacional (CONNTO), evento que<br />
será realizado em Natal-RN, no próximo mês. Outros<br />
assuntos entraram em pauta, como o processo<br />
de abertura de novos cursos de Terapia Ocupacional<br />
em todo país e a carga horária dos fisioterapeutas e<br />
terapeutas ocupacionais no INSS. Foi debatida ainda,<br />
a necessidade de ampliação do quadro de terapeutas<br />
ocupacionais e ações referentes à profissão na Previdência<br />
Social.<br />
As questões apresentadas foram bem recebidas pelo<br />
ministro Garibaldi Alves e demais representantes do<br />
Ministério, e serão encaminhadas aos setores competentes<br />
para que as devidas providências sejam tomadas.<br />
Na ocasião, foi proposta a criação de um grupo de<br />
trabalho do COFFITO e ABRATO para auxiliar a<br />
Previdência Social nas ações futuras.<br />
A vice-presidente do COFFITO, Dra. Luziana Maranhão;<br />
o presidente da Associação Brasileira de Terapeutas<br />
Ocupacionais (ABRATO), Dr. José Naum<br />
Mesquita; representantes do Ministério da Previdência<br />
Social; e terapeutas ocupacionais do INSS de Brasília<br />
participaram da reunião.<br />
A realização desse encontro foi uma reivindicação<br />
da Associação dos Terapeutas Ocupacionais do Rio<br />
Grande do Norte (ATORN) em audiência com o<br />
ministro Garibaldi Alves, realizada em Natal-RN.<br />
Fonte: Coffito<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
30<br />
Notícias<br />
<strong>Crefito</strong>5 apoiou realização de Palestra<br />
sobre Honorários em Porto Alegre<br />
A discussão dos honorários fisioterapêuticos e dos<br />
valores aplicados pelas operadoras de plano de saúde<br />
foram o tema central da palestra da presidente da<br />
Associação Paranaense de Prestadores de Serviços de<br />
Fisioterapia (APFISIO) e da Federação Nacional das<br />
Associações de Empresas Prestadoras de Serviços de<br />
Fisioterapia (Fenafisio), Marlene Izidro Vieira. O encontro<br />
realizado na última quinta-feira, 30, às 20h,<br />
na sede da Faculdade Inspirar, em Porto Alegre, foi<br />
promovido pela Assofisio com o apoio do <strong>Crefito</strong>5.<br />
A presidente da APFISIO e da Fenafisio aproveitou<br />
a ocasião para apresentar aos profissionais do RS a<br />
história da associação e da federação, mencionando,<br />
inclusive, toda sua trajetória. Marlene contou aos<br />
presentes o início da sua atuação em fisioterapia, há<br />
25 anos, e a primeira vez que em tiveram a oportunidade<br />
de ter um plano de saúde. “Na época sentíamos<br />
que estávamos ricos, tivemos um número maior<br />
de pacientes, tivemos que ampliar a nossa estrutura<br />
e claro, contratar mais pessoas. O problema foi que<br />
após 20 anos continuamos recebendo os mesmos valores”,<br />
desabafou.<br />
Além de contextualizar a falta de reajuste, Marlene<br />
destacou também que durante todos esses anos as<br />
clínicas continuaram atendendo, e sem receber aumento,<br />
consequentemente os equipamentos e serviços<br />
prestados não conseguiam respeitar a mesma<br />
qualidade de 20 anos atrás. Indignados com a situação,<br />
em 2006 foi reestabelecida a APFISIO e, em<br />
2009, foram realizados protestos em Curitiba sobre<br />
a falta de reajuste nos honorários. O motim incidiu<br />
no apoio da mídia e na resposta dos órgão maiores,<br />
como Agência Nacional de Saúde Suplementar<br />
(ANS). Nesta época, a associação realizou uma<br />
reunião com o gerente da ANS e também com as<br />
centrais de plano de saúde. “Conquistamos, com o<br />
plano de saúde da Assepas, um reajuste de 200%”,<br />
ressaltou.<br />
Marlene lembrou também que foi a partir do envolvimento<br />
em uma esfera maior que ela descobriu,<br />
por exemplo, que todos os planos de saúde devem<br />
ter fisioterapeutas. “Bom, se eles devem ter fisioterapeutas<br />
é sinal de que somos importantes, somos essenciais<br />
aos planos de saúde”, complementou. Após<br />
esta fala, Marlene ainda destacou as incoerências nas<br />
contratações de fisioterapeutas pelas operadoras,<br />
afinal, antigamente, não existiam contratos escritos<br />
e sim, contratos verbais – considerado ilegal pela<br />
ANS, implicando em multa diária de até R$ 80 mil.<br />
Durante a reunião, a palestrante ainda apontou outros<br />
dados, como a redução no tempo de internação<br />
de pacientes que recebem atendimento de fisioterapia,<br />
ou o fato de o fisioterapeuta ser a única profissão<br />
cuja consulta fisioterapêutica não se enquadra no<br />
roll de procedimentos da ANS. Também, recordou<br />
que foi entregue, há cerca de dois anos, o Referecial<br />
Nacional de Honorários Fisioterapêuticos, para que<br />
ele fosse incluído na tabela TUSS. “Temos a promessa<br />
de que na próxima tabela TUSS o RNFH estará<br />
incluído e esta tabela deve estar por sair”, comemorou.<br />
O debate sobre honorários e como profissionais devem<br />
proceder se estendeu até às 23h, e contou com<br />
a presença do presidente do <strong>Crefito</strong>5, Alexandre<br />
Doval, do presidente da Assofisio, Jorge Nienow, e<br />
cerca de 30 profissionais.<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
Notícias<br />
<strong>Crefito</strong>5 recebeu visita da presidente da<br />
APFISIO e Fenafisio<br />
Na última quinta-feira, 30, às 16h, o presidente do<br />
<strong>Crefito</strong>5, Alexandre Doval, reuniu-se com a presidente<br />
da Associação Paranaense de Prestadores de<br />
Serviços de Fisioterpia (APFISIO) e da Federação<br />
Nacional das Associações de Empresas Prestadoras<br />
de Serviços de Fisioterapia (Fenafisio), Marlene Izidro<br />
Vieira, e com o presidente da Associação dos<br />
Proprietários de Servições de Fisioterapia do RS (Assofisio),<br />
Jorge Nienow.<br />
Antes da realização da palestra sobre honorários fisioterapêuticos,<br />
Marlene realizou uma visita à sede<br />
do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia<br />
Ocupacional da 5ª Região, quando foram aboradas<br />
e contextualizadas a situações do RS em relação às<br />
operadoras de planos de saúde e aos fisioterapeutas.<br />
Na ocasião, Doval lembrou que o Conselho já auxíliou<br />
a Assofisio na chamada pública aos que visava<br />
discutir e ouvir os fisioterapeutas sobre o assunto.<br />
“Sentimos as necessidades dos nossos profissionais<br />
em obter mais informações sobre o tema e, para isso,<br />
nada melhor do que contar com a opinião de uma<br />
profissional com um grande histórico nesta área”,<br />
ressaltou.<br />
Durante a reunião, Doval aproveitou para mencionar<br />
os materiais desenvolvidos pelo Conselho e a constante<br />
atualização dos profissionais através da revista<br />
do <strong>Crefito</strong>5, com edições que trouxeram parâmetros<br />
assistencias, informações sobre as maneiras corretas<br />
de realização de anúncios de serviços, bem como as<br />
alterações na legislação do Coffito. Após, Marlene<br />
pediu cópias das publicações das revistas do Conselho.<br />
Ainda, assistiu aos vídeos institucionais produzidos<br />
pelo <strong>Crefito</strong>5 para a campanha de 2012 e<br />
ficou emocionada com o retrato sobre as profissões<br />
de fisioterapia e terapia ocupacional e a mudança<br />
que elas promovem na vida das pessoas.<br />
31<br />
<strong>Crefito</strong>5 e Prefeitura de Ijuí realizaram<br />
reunião<br />
O <strong>Crefito</strong>5, por meio das Comissões de Políticas Públicas<br />
e Educação e, com a presença da diretoria do<br />
Conselho, realizaram reunião na Secretaria Municipal<br />
de Saúde de Ijuí com a diretora financeira Sandra<br />
Ildebrand, que também representou a secretária de<br />
Saúde Alexandra Lentz. Na ocasião o Conselho abordou<br />
sobre a possibilidade da inserção da fisioterapia e<br />
da terapia ocupacional na estrutura organizacional da<br />
Prefeitura, bem como no quadro funcional.<br />
Durante o encontro foi entregue à diretora financeira<br />
o material institucional do Conselho e a Cartilha<br />
de Políticas Públicas desenvolvida <strong>Crefito</strong>5, dessa<br />
maneira promovendo um conhecimento maior da<br />
amplitude dos serviços de fisioterapia e terapia ocupacional<br />
no âmbito do SUS. Ao final do Encontro,<br />
Prefeitura e Conselho acordaram sobre a importância<br />
da aproximação do <strong>Crefito</strong>5 com a gestão pública<br />
municipal, inclusive, a possibilidade de parcerias para<br />
o desenvolvimento de projetos que visem à qualidade<br />
de vida da população. Estiveram presentes na<br />
reunião o vice-presidente do Conselho, Antonio Alberto<br />
Fernandes; a diretora-secretária, Lenise Hetzel;<br />
e os conselheiros Mirtha Zenker, Mauro Felix e Tania<br />
Fleig.<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
Notícias<br />
Minha cidade, nossa profissão: <strong>Crefito</strong>5<br />
e profissionais de Ijuí debateram políticas<br />
públicas e união da categoria<br />
32<br />
O <strong>Crefito</strong>5, através do projeto Minha Cidade, Nossa<br />
Profissão: Debatendo as Políticas Profissionais para<br />
Fisioterapia e Terapia Ocupacional, realizou na última<br />
sexta-feira, 27, reunião com os profissionais de<br />
Ijuí, quando foram discutidos temas como a união<br />
da categoria, a inserção das profissões de fisioterapia<br />
e terapia ocupacional dentro das políticas públicas,<br />
além da inclusão destes profissionais em demais esferas<br />
da gestão pública. O encontro contou com a<br />
presença de 23 profissionais da região e o Conselho<br />
foi representado pelas Comissões de Educação, Políticas<br />
Públicas e membros da diretoria.<br />
O encontro foi realizado na sede da Unijuí e o primeiro<br />
assunto da noite foram as políticas públicas e<br />
como elas interferem nas profissões de fisioterapia e<br />
terapia ocupacional. Os conselheiros destacaram, inclusive,<br />
como se dá o trabalho dos conselheiros Municipais<br />
de Saúde, e que o <strong>Crefito</strong>5 disponibiliza de<br />
cadeiras desocupadas no Conselho Municipal de Ijuí.<br />
O presidente da Comissão de Políticas Públicas, Mauro<br />
Félix, lembrou também que em reunião realizada<br />
com a Prefeitura de Ijuí foi destacada a importância<br />
das profissões de fisioterapia e terapia ocupacional,<br />
bem como a necessidade destas na estrutura administrativa<br />
de uma prefeitura. Ainda sobre este tópico,<br />
foi ressaltado aos profissionais que a partir desta<br />
atuação nas esferas públicas é que são obtidos e garantidos<br />
acesso dos serviços de fisioterapia e terapia<br />
ocupacional à população.<br />
Mas a discussão ainda foi além, após o debate sobre<br />
a importância de elevar a categoria na gestão pública,<br />
foi compartilhada a falta de união da categoria.<br />
Na ocasião, foi lembrado o desconhecimento sobre<br />
a importância de uma categoria unida e organizada,<br />
especialmente em casos como os de negociação com<br />
os planos de saúde, por exemplo. O vice-presidente<br />
do Conselho, Antonio Alberto Fernandes, mencionou<br />
o trabalho do associativismo que vem sendo<br />
apoiado pelo Conselho, e que em demais cidades já<br />
é realidade. Por fim, os profissionais aproveitaram<br />
o encontro para marcar uma nova reunião, no dia<br />
10 de agosto, para reativar ou criar uma nova Associação<br />
de Fisioterapeutas dos profissionais de Ijuí e<br />
região, se for o caso.<br />
Ao final do encontro Minha Cidade, Nossa Profissão,<br />
os participantes destacaram a importância deste<br />
projeto, bem como da descentralização das reuniões,<br />
uma vez que o Conselho já realizou diversos encontros<br />
no interior do Estado para conhecer a realidade<br />
e discutir os problemas de cada região, com o<br />
objetivo de promover e fortalecer as profissões de<br />
fisioterapia e terapia ocupacional. Também foram<br />
enfatizadas a atuação do <strong>Crefito</strong>5 frente aos planos<br />
de saúde e em relação a união da categoria.<br />
Estiveram presentes neste encontro o vice-presidente<br />
do <strong>Crefito</strong>5, Antonio Alberto Fernandes; a diretorasecretária,<br />
Lenise Hetzel; e os conselheiros Mirtha<br />
Zenker, Mauro Felix e Tania Fleig.<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
Notícias<br />
Minha cidade, nossa profissão em Canela<br />
Na última sexta-feira, 31 de agosto, a Comissão de<br />
Políticas Públicas e de Educação, através do Projeto<br />
Minha cidade, nossa profissão, reuniu os profissionais<br />
da região da serra, na Associação Comercial e Industrial<br />
de Canela para debater as políticas profissionais<br />
para Fisioterapia e Terapia Ocupacional.<br />
Na visita a região os conselheiros Mauro Félix, Lenise<br />
Hetzel, Luciana Wertheimer e Mirtha Zenker se reuniram<br />
em Nova Petrópolis com a secretária de Educação,<br />
Ladi Senger, e com a secretária de Saúde e<br />
Assistência Social, Aneliese Kich, às 10h. Às 14h os<br />
conselheiros do <strong>Crefito</strong>5 reuniram-se em Canela com<br />
o secretário de Assistência Social, João Carlos dos<br />
Santos, a subsecretária de Assistência Social Monica<br />
Bertolucci, o secretário de Obras e Planejamento,<br />
Luis Claudio da Silva, a secretária de Educação, Marluse<br />
Fagundes e, o secretário Administrativo Interino<br />
da Fazenda, Roberto Bassei, e às 16h os conselheiros<br />
do <strong>Crefito</strong>5 se reuniram com a secretaria de Saúde<br />
de Gramado, Ângela Soares.<br />
Ficou combinado que, ainda este ano, haverão outras<br />
reuniões com as prefeituras para apresentação<br />
do <strong>Crefito</strong>5 para todas as secretarias municipais, com<br />
o objetivo de desenvolvimento de concursos públicos<br />
nesta região, visto que apenas na cidade de Gramado<br />
tem profissionais concursados. Segundo a secretária<br />
de Saúde de Gramado, Ângela Soares, atualmente<br />
o município possui apenas dois fisioterapeutas e um<br />
terapeuta ocupacional concursados e está prevista a<br />
contratação de mais um fisioterapeuta aprovado no<br />
último concurso, realizado na cidade.<br />
Minha Cidade, Nossa Profissão realiza<br />
reunião em São Gabriel<br />
33<br />
Percorrer o estado para conversar com os profissionais<br />
faz parte do itinerário do <strong>Crefito</strong>5, que no sábado,<br />
01, através do projeto – Minha Cidade, Nossa<br />
Profissão – esteve em São Gabriel. Na ocasião, o<br />
vice-presidente do Conselho, Antonio Alberto Fernandes<br />
e os delegados regionais de São Gabriel, Santo<br />
Ângelo, Bagé e Pelotas, estiveram na cidade para<br />
escutar a realidade dos profissionais da região, bem<br />
como discutir estratégias de comunicação.<br />
O encontro foi dividido em dois turnos, pela manhã<br />
era destinado aos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais<br />
da região e à tarde, para assuntos administrativos.<br />
A fim de estender as ações do Conselho<br />
para o interior do Estado e descentralizar a reunião<br />
trimestral dos delegados, foi adotada a integração<br />
entre delegados e profissionais, pois, através destas,<br />
aumenta-se a perspectiva e encontram-se novos caminhos<br />
às profissões.<br />
Durante a reunião foi abordado o movimento associativo<br />
e a criação da Associação dos Fisioterapeutas<br />
de São Gabriel. Ainda, os profissionais tiveram<br />
a oportunidade de tirar dúvidas sobre o parecer da<br />
dermatofuncional, publicado pelo Coffito, e o título<br />
de especialista.<br />
Após a discussão, foi realizada uma apresentação<br />
sobre a campanha institucional do Conselho, com<br />
as mídias e ações que serão realizadas em 2012, finalizando<br />
com a exibição dos vídeos institucionais,<br />
Casamento e Espera. A fim de que campanha possa<br />
adquirir maior abrangência, os delegados receberam<br />
cópias dos materiais institucionais deste ano.<br />
Durante a tarde a delegada de Bagé, Mariney Oliveira<br />
Silva, a delegada de Pelotas, Natacha Hoffmann,<br />
o delegado de Santo Ângelo, Ângelo Cortez Neto,<br />
receberam as cédulas de identidade do <strong>Crefito</strong>5.<br />
Também esteve presente o delegado de São Gabriel,<br />
Vanderlei Somavilla.<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
Notícias<br />
Reunião do <strong>Crefito</strong>5 com Residências<br />
Multiprofissionais do RS<br />
O <strong>Crefito</strong>5 reuniu-se no dia 12 de julho às 19h no<br />
Hotel Master Perimetral com os representantes das<br />
Residências Multiprofissionais do Rio Grande do Sul.<br />
O encontro foi solicitado pelo representante da Escola<br />
de Saúde Pública José Cláudio Araújo através de<br />
e-mail enviado ao Conselho. Na oportunidade esteve<br />
presente o presidente do <strong>Crefito</strong>5, Alexandre Doval,<br />
a diretora-secretária do <strong>Crefito</strong>5, Lenise Hetzel<br />
que juntamente com Ana Lúcia Soares, representaram<br />
a Comissão de Especialidades, e os conselheiros<br />
Mauro Félix, Carolina da Silva, Tânia Fleig e Mirtha<br />
Zenker que como membros da Comissão de Políticas<br />
Públicas do <strong>Crefito</strong>5, promoveram o encontro.<br />
No início do evento houve o acolhimento do presidente<br />
e, na sequência, o coordenador da Comissão<br />
de Políticas Públicas, o conselheiro Mauro, abriu para<br />
debates com base nos seguintes pontos norteadores:<br />
as Residências e as necessidades populacionais, as Residências<br />
e a colocação profissional e as Residências e<br />
a titulação profissional, solicitando que os profissionais<br />
colocassem ali suas angústias e necessidades com<br />
o objetivo do conselho poder, a partir dos relatos,<br />
desenvolver ações e construir os encaminhamentos<br />
desta reunião.<br />
O encontro contou com 20 fisioterapeutas e 15 terapeutas<br />
ocupacionais das seguintes Instituições: Universidade<br />
Federal de Santa Maria, Escola de Saúde<br />
Pública, Hospital São Lucas (PUCRS), Grupo Hospitalar<br />
Conceição e Instituto de Cardiologia, entre eles<br />
residentes, coordenadores e representantes de cada<br />
Residência.<br />
Os presentes relataram que não se busca o modelo<br />
de residência médica, se quer que a partir da habili-<br />
dade técnica de cada profissional seja desenvolvida a<br />
experiência compartilhada, sendo suas competências<br />
anteriores ao ingresso na residência.<br />
Também foi ressaltado que a formação em Residência<br />
não se assemelha em nada há uma formação<br />
em uma especialização, visto que os cursos possuem<br />
5.000 horas de atendimento e ainda possuem o objetivo<br />
de formar o profissional que, após concluir a<br />
graduação, terá a experiência prática sob a orientação<br />
de um preceptor. Além disso, os residentes têm<br />
a formação e a inserção na saúde pública, além da<br />
promoção e prevenção de pacientes. Para os participantes<br />
a postura das graduações deveria ser a de<br />
incentivar a residência e não a especialização. Até<br />
porque a Residência Multiprofissional também forma<br />
o olhar político podendo os residentes tornarem-se<br />
gestores.<br />
Porém para eles ainda existe a necessidade de reconhecimento<br />
da residência como uma modalidade<br />
formativa entre os conselhos profissionais, visto que<br />
o MEC reconhece estas residências, pois não se trata<br />
de uma especialização acadêmica e nem possui<br />
a mesma ênfase na técnica como as especializações<br />
profissionais.<br />
Quanto ao campo de trabalho, para os profissionais<br />
formados nestas residências, foi ressaltado que existe<br />
abertura e inclusive percebesse que o residente<br />
apresenta qualificações diferenciadas, sendo bastante<br />
requisitado no mercado, o que pode ser constatado<br />
com o número alto de profissionais que ingressam<br />
nos concursos públicos oferecidos, mas ainda existe<br />
carência de postos de trabalho.<br />
35
NOTíCiAS<br />
<strong>Crefito</strong>5 realizou reunião com delegados e<br />
profissionais em Santo Ângelo<br />
Com o objetivo de encurtar as distâncias e aproximar<br />
o Conselho dos profissionais, no dia 23, foi realizada<br />
a reunião com os delegados e os profissionais,<br />
em Santo Ângelo. Na ocasião estiveram presentes<br />
o vice-presidente do <strong>Crefito</strong>5, Antonio Alberto<br />
Fernandes, os delegados Ângelo Cortez, de Santo<br />
Ângelo; Vanderlei Sonavilla, de São Gabriel; Eliane<br />
Winkelmann, de Ijuí; Mariney Portela, de Bagé;<br />
Davi Gomes Mesquita, de Cruz Alta; Cristina Dill, de<br />
Panambi; Liana de Almeida Soldatelli, de Vacaria;<br />
Themis Goretti, de Tupanciretã; e nove profissionais<br />
da cidade.<br />
No turno da manhã a pauta do encontro foi a realidade<br />
dos profissionais da região, piso salarial, convênios<br />
e planos de saúde, principalmente parâmetros<br />
assistenciais e as tabelas TUSS e CH. A discussão fez<br />
com que surgisse a possibilidade da criação de uma<br />
associação para fortalecer a profissão na cidade e, até<br />
mesmo, representar a categoria em discussões com<br />
os planos de saúde.<br />
À tarde foi realizado o encontro dos delegados,<br />
quando o vice-presidente informou aos presentes sobre<br />
a próxima campanha institucional do Conselho e<br />
questionou quais os meios de comunicação e quais<br />
as expectativas e necessidades de cada região. Após,<br />
Fernandes destacou que a assessoria de comunicação<br />
do Conselho irá entregar, na próxima reunião, um<br />
material para auxiliar os delegados na representação<br />
do <strong>Crefito</strong>5 e das profissões no dia 13 de outubro,<br />
data em que se comemora do dia do fisioterapeuta<br />
e do terapeuta ocupacional. No final da reunião, os<br />
delegados mencionaram que novo formato dos encontros,<br />
de forma descentralizada, é bastante produtivo<br />
principalmente pelo apoio e presença dos profissionais<br />
da região. O próximo encontro dos delegados<br />
deverá ser realizado no dia 1º de setembro, em São<br />
Gabriel.<br />
37<br />
Acompanhe as notícias do <strong>Crefito</strong> 5 no site ou pelas redes sociais<br />
www.facebook.com/crefito5<br />
www.twitter.com/crefito5<br />
COFFiTO discute formação de recursos<br />
humanos no SUS<br />
O COFFITO esteve presente na Comissão de Seguridade<br />
Social e Família da Câmara dos Deputados, no<br />
último dia 21, em Brasília. O tema em discussão foi<br />
o ordenamento da formação de recursos humanos<br />
do Sistema Único de Saúde (SUS) e da educação<br />
permanente na área da saúde.<br />
Durante a reunião foram debatidas, pela intervenção<br />
do COFFITO, questões como a mudança de paradigma<br />
do modelo médico-centro ou doença-centro<br />
para as ações em saúde, executadas pelos atores de<br />
saúde, visando o bem comum. Um exemplo disso, é<br />
o que acontece com aldeias indígenas e outras populações<br />
– como as de campo, onde há saúde, embora<br />
haja um número reduzido de atendimentos médicos.<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012<br />
Entrou em discussão, ainda, a importância de investimento<br />
na Política Nacional de Práticas Integrativas<br />
e Complementares em Saúde – no SUS, única com<br />
ações terapêuticas e práticas populares executadas<br />
por todos os recursos humanos do SUS. Além de<br />
outras questões como serviço civil público obrigatório,<br />
plano nacional único de carreiras e salários, residência<br />
multiprofissional, profissionalização da gestão<br />
no serviço público de saúde, entre outras.<br />
Membros de associações e instituições representativas<br />
das profissões de saúde também foram convidados<br />
para a reunião.<br />
Fonte: Coffito
AGENDA<br />
Programe-se: Eventos em 2012<br />
38<br />
Congresso de Educação<br />
em Saúde da Amazônia (COESA)<br />
Data: 17 a 19 de outubro de 2012<br />
Local: Centro de Eventos Benedito Nunes,<br />
na UFPA - Belém/PA<br />
Informações: www.coesa.ufpa.br<br />
V Simpósio de Fisioterapia do HC-FMUSP<br />
e XiV Jornada de<br />
Fisioterapia Respiratória do inCor<br />
Data: 20 a 21 de outubro de 2012<br />
Local: Centro de Eventos Rebouças –<br />
São Paulo/ SP<br />
Informações: www.simposiofisioterapia.com<br />
Vii Encontro de Reabilitação e<br />
iV encontro de ex-residentes na<br />
Área de Traumatologia e Ortopedia<br />
Data: 25 a 27 de outubro de 2012<br />
Local: Santa Casa - Porto Alegre/RS<br />
Informações: www.santacasa.org.br/eventos<br />
Congresso Sul-Brasileiro de<br />
Fisioterapia Hospitalar<br />
Data: 25 a 27 de outubro de 2012<br />
Local: Bristol Metropole Hotel – Maringá/ PR<br />
Informações:<br />
www.associacaodefisioterapia.com.br<br />
7° Congresso nacional de<br />
Terapia Ocupacional<br />
Data: 26 a 27 de outubro de 2012<br />
Local: Penafiel – Lisboa/ PT<br />
Informações: www.ap-to.pt<br />
SFVS promove festa de 10 anos<br />
Data: 26 de outubro de 2012<br />
Local: Salão Atlantis do OK Center -<br />
Novo Hamburgo/RS<br />
Informações: www.sociedadefisioterapia.com.br/<br />
Congresso Brasileiro de<br />
Fisioterapia Dermatofuncional<br />
Data: 08 a 10 de novembro de 2012<br />
Local: Mar Hotel – Recife/PE<br />
Informações: www.abrafidef.org.br<br />
10º Congresso Brasileiro<br />
de Saúde Coletiva<br />
Data: 14 a 18 de novembro de 2012<br />
Local: UFRGS - Porto Alegre/RS<br />
Informações: www.saudecoletiva2012.com.br<br />
ii Congresso Brasileiro de Fisioterapia<br />
Manipulativa e Musculoesquelética<br />
(COBRAFiMM)<br />
Data: 14 a 17 de novembro de 2012<br />
Local: Centro de Convenções Rebouças –<br />
São Paulo/SP<br />
Informações: www.cobrafimm.com.br<br />
2º Congresso Brasileiro de Fisioterapia<br />
neurofuncional – COBRAFin<br />
Data: 15 a 17 de novembro de 2012<br />
Local: Hotel Windsor Guanabara -<br />
Rio de Janeiro/RJ<br />
Informações:metaeventos.net/IICOBRAFIN/<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
AGENDA<br />
Dica de filme:“INTOCÁVEIS”<br />
Philippe (François Cluzet) é um aristocrata rico que, após sofrer um grave<br />
acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar<br />
Driss (Omar Sy), um jovem problemático. De início, eles enfrentam<br />
vários problemas, já que ambos têm temperamento forte, mas aos poucos<br />
passam a aprender um com o outro.<br />
Diretores: Olivier Nakache e Eric Toledano<br />
França/2011<br />
Dicas de leitura:<br />
“A QUEDA -<br />
MEMÓRIAS DE UM PAI EM 424 PASSOS”<br />
Neste livro o autor apresenta memórias sobre seu filho Tito. Vítima<br />
de erro médico em um hospital de Veneza, Tito nasceu com<br />
paralisia cerebral. O autor procura mostrar como a relação com o<br />
filho norteou sua vida desde então, e como ele lida com a culpa e<br />
os culpados pela paralisia de Tito.<br />
39<br />
Autor: MAINARDI, Diogo<br />
Editora: Record<br />
“O FUTURO DA HUMANIDADE”<br />
Ao entrar na faculdade cheio de sonhos e expectativas, Marco Polo se vê<br />
diante de uma realidade dura e fria - a falta de respeito e sensibilidade dos<br />
professores em relação aos pacientes com transtornos psíquicos, que são marginalizados<br />
e tratados como se não tivessem identidade. Indignado, o jovem<br />
desafia profissionais de renome internacional para provar que os pacientes com<br />
problemas psiquiátricos merecem mais atenção, respeito e dedicação - e menos<br />
remédios. Acreditando na força do diálogo e da psicologia, ele acaba causando<br />
uma revolução nas mentes e nos corações das pessoas com quem convive.<br />
Autor: CURY, Augusto<br />
Editora: Arqueiro<br />
JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012
PARA USO DOS CORREIOS<br />
Desconhecido Falecido<br />
Mudou-se Recusado<br />
End. Insuficiente<br />
Não existe o n.º indicado<br />
Ausente<br />
__________________________<br />
Reint. ao Serviço postal em:<br />
_____ / _____ / _______<br />
__________________________<br />
Ass. Responsável<br />
__________________________<br />
Avenida Palmeira, 27 - 403<br />
CEP: 90470-300 – Porto Alegre