08.08.2015 Views

O Título do trabalho deverá ser centralizado, em fonte arial 12 e ...

O Título do trabalho deverá ser centralizado, em fonte arial 12 e ...

O Título do trabalho deverá ser centralizado, em fonte arial 12 e ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

10.4025/6cih.pphu<strong>em</strong>.451É uma representação <strong>do</strong> que já foi e principalmente daqueles que jádesapareceram, recuperan<strong>do</strong> assim a presença <strong>do</strong>s ausentes, permitin<strong>do</strong>-nosconhecer situações e momentos <strong>do</strong> cotidiano que nos chegam silenciosos eimóveis. Borges (2005, p. 41) afirma que “desde ce<strong>do</strong> o retrato fotográfico se colocacomo uma prova material da existência humana, além de alimentar a m<strong>em</strong>óriaindividual e coletiva de homens públicos e de grupos sociais”. Leite (2001, p. 87)constata que:[...] a fotografia é utilizada para reforçar a integração <strong>do</strong> grupofamiliar, reafirman<strong>do</strong> o sentimento que t<strong>em</strong> de si e de sua unidade,tanto tirar fotografias, como con<strong>ser</strong>vá-las ou cont<strong>em</strong>plá-las<strong>em</strong>prestam à fotografia de família o teor de ritual de culto <strong>do</strong>méstico.Sontag (apud Amaral, 1983, p. 118) diz que: “através da fotografia, cadafamília constrói uma crônica - retrato de si mesma- uma coleção portátil de imagensque test<strong>em</strong>unha sua coesão”. Mitsi e Souza (2008, p. 147) afirmam que “O retrato<strong>em</strong> si é a prova concreta da união matrimonial, tornan<strong>do</strong>-a pública, legitiman<strong>do</strong> ocasamento e a nova família que aí se inicia, além de se fixar como m<strong>em</strong>ória damesma”. Le Goff (2003, p. 460) destaca que “é a fotografia, que revoluciona am<strong>em</strong>ória: multiplica-a e d<strong>em</strong>ocratiza-a, dá-lhe uma precisão e uma verdade visuaisnunca antes atingidas, permitin<strong>do</strong> assim guardar a m<strong>em</strong>ória <strong>do</strong> t<strong>em</strong>po e da evoluçãocronológica”.O grupo de fotografias <strong>do</strong> qual parte este estu<strong>do</strong> é característico dascolocações feitas: reúne imagens que foram produzidas ao longo de três décadas eresultam deste compartilhamento. As fotografias vão forman<strong>do</strong> o fio da teia, tecen<strong>do</strong>imagens e recordações que un<strong>em</strong> o passa<strong>do</strong> e presente, ascendentes edescendentes. Estes retratos não apenas con<strong>ser</strong>vam o passa<strong>do</strong>, masprincipalmente produz<strong>em</strong> referências para a r<strong>em</strong><strong>em</strong>oração <strong>do</strong> presente. Éfundamental a manutenção das fotografias, <strong>do</strong>s álbuns de família, pois o passa<strong>do</strong>, opresente e o futuro estão atrela<strong>do</strong>s a nossa m<strong>em</strong>ória. Schapochnik (1998, p. 461)expõe a relação entre as fotografias e o vocabulário familiar, afirman<strong>do</strong> aimportância deste recurso na perpetuação da m<strong>em</strong>ória das famílias como objeto der<strong>em</strong><strong>em</strong>oração pela posteridade:Passo a passo, a cada nova exposição recompõe-se o léxicofamiliar, teci<strong>do</strong> de l<strong>em</strong>branças e esquecimentos, familiaridade e

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!