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O Título do trabalho deverá ser centralizado, em fonte arial 12 e ...

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10.4025/6cih.pphu<strong>em</strong>.451estranhamento, amor e ódio, invocan<strong>do</strong> os s<strong>em</strong>blantes e traçosdaqueles que jaz<strong>em</strong> eterniza<strong>do</strong>s nas fotografias.Felizar<strong>do</strong> e Samain (2007, p. 210) nos diz<strong>em</strong> que “... m<strong>em</strong>ória e fotografia se(con)fund<strong>em</strong>, são uníssonas, uma está contida na outra, estão intrinsecamenteligadas, fundamentalmente ‘enamoradas’”. O casamento é um evento que osenvolvi<strong>do</strong>s consideram digno de m<strong>em</strong>ória, e dentre as formas de pre<strong>ser</strong>vaçãohistórica <strong>do</strong> casamento se destaca a fotografia, graças a sua capacidade decongelar instantes, transforman<strong>do</strong>-os <strong>em</strong> imagens. Esta celebração, a partir <strong>do</strong>sanos 40, passa a ter direito inclusive a um álbum próprio, no qual to<strong>do</strong>s osmomentos da cerimônia são retrata<strong>do</strong>s.É possível verificar a possibilidade da leitura fotográfica de família como<strong>do</strong>cumento histórico. Registro não só de m<strong>em</strong>ória familiar, como também decomportamentos, relações familiares, vestimentas, ritos de passag<strong>em</strong>, história dafamília. A fotografia de casamento consegue recriar o rito <strong>do</strong> casamento com seussímbolos e cenas próprias. As fotos vão muito além <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento, integram umanarrativa visual que consiste <strong>em</strong> possibilitar ao especta<strong>do</strong>r <strong>em</strong> qualquer t<strong>em</strong>po,r<strong>em</strong><strong>em</strong>orar, reiterar o rito, ou, noutras palavras: revivê-lo, não como passa<strong>do</strong>, mascomo se fosse presente.Ob<strong>ser</strong>va-se que ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> analisa<strong>do</strong> as fotografias de casamentopouco ou nada mudam <strong>em</strong> relação a cenários, poses e comportamento <strong>do</strong>sfotografa<strong>do</strong>s. A mudança mais evidente é na indumentária da noiva, alterações queos vesti<strong>do</strong>s sofr<strong>em</strong> de acor<strong>do</strong> com a evolução da moda de cada perío<strong>do</strong>.A escolha de utilizar as fotografias neste estu<strong>do</strong> deu-se por acreditar que éuma categoria de imag<strong>em</strong> rica <strong>em</strong> signos, e que além de se apresentar comom<strong>em</strong>ória familiar, permite a leitura de uma cultura material da época. Pretende-se,por fim, verificar como o registro da imag<strong>em</strong> permite que famílias acumul<strong>em</strong> duranteanos fragmentos capazes de constituír<strong>em</strong>-se como um lugar de m<strong>em</strong>ória. Concluiseeste artigo com a citação de Leite (1991, p. 189):E na criação e recriação da imag<strong>em</strong> paradigmática da criação dafamília os velhos símbolos conviv<strong>em</strong> com os novos sentimentos easpirações, pois é de sua essência uma reversibilidade contínua desenti<strong>do</strong>s que se transfiguram nos rituais <strong>do</strong> casamento, através daredundância da renovação, <strong>do</strong> reinício, da reparação, da

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