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O Título do trabalho deverá ser centralizado, em fonte arial 12 e ...

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10.4025/6cih.pphu<strong>em</strong>.451transmitir a m<strong>em</strong>ória familiar <strong>do</strong> grupo. Pereira apud Caixeta (2006, p.164)corrobora com isto afirman<strong>do</strong>: “o guardião é um m<strong>em</strong>bro da família que t<strong>em</strong> o direitoe também a obrigação de cuidar da m<strong>em</strong>ória <strong>do</strong> grupo familiar. Para tanto, reúne econ<strong>ser</strong>va bens materiais de extr<strong>em</strong>o valor simbólico”.Caixeta (2006, p. 44) na sua tese de <strong>do</strong>utora<strong>do</strong> intitulada “Guardiãs dam<strong>em</strong>ória: tecen<strong>do</strong> significações de si, suas fotos e seus objetos”, nos diz que “estepapel é assumi<strong>do</strong> pelos i<strong>do</strong>sos da família, especialmente, os avós que são o elovivo entre as gerações e os significa<strong>do</strong>s que eles ‘guardam’ são constituí<strong>do</strong>s aolongo da sua historicidade no convívio com os outros”.Gomes (1996, p. 7) define guardiã de m<strong>em</strong>ória:(...) é um <strong>ser</strong> ‘narra<strong>do</strong>r privilegia<strong>do</strong>’ da história <strong>do</strong> grupo a quepertence o sobre o qual está autoriza<strong>do</strong> a falar. Ele guarda/possui as‘marcas’ <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> sobre o qual se r<strong>em</strong>ete, tanto porque se tornaum ponto de convergência de histórias vividas por muitos outros <strong>do</strong>grupo (vivos e mortos), quanto porque é ‘coleciona<strong>do</strong>r’ <strong>do</strong>s objetosmateriais que encerram aquela m<strong>em</strong>ória.Pereira apud Caixeta (2006, p. 44) compl<strong>em</strong>enta este conceito, falan<strong>do</strong> que:Durante todas as suas vidas [essas mulheres guardiãs]selecionaram e guardaram fotografias e cartões-postais, cartas ebilhetes, convites de batiza<strong>do</strong>s, l<strong>em</strong>branças de aniversário,“santinhos” de missa de 7º dia, broches, relógios, bibelôs, moedas ealgumas cédulas, cachinhos de cabelo amarra<strong>do</strong>s por fita,medalhinhas de santos, enfim, pequenos objetos de m<strong>em</strong>ória queforam sen<strong>do</strong> deposita<strong>do</strong>s <strong>em</strong> caixas, na qual denominei caixinhas del<strong>em</strong>brança.É importante salientar o papel f<strong>em</strong>inino como mantene<strong>do</strong>ra das l<strong>em</strong>brançasfamiliares, pre<strong>ser</strong>van<strong>do</strong>, reorganizan<strong>do</strong>, catalogan<strong>do</strong> as fotos, a m<strong>em</strong>ória fotográficada família. Essa m<strong>em</strong>ória que ajuda a dar senti<strong>do</strong> à nossa existência, compreendermelhor qu<strong>em</strong> somos. O papel de mantene<strong>do</strong>ra de acervos familiares era atribuí<strong>do</strong>às mulheres, que encarnam <strong>em</strong>oções, e portan<strong>do</strong> mais afetivas à pre<strong>ser</strong>vação <strong>do</strong>svalores permanentes e familiares propicia<strong>do</strong>s pela imag<strong>em</strong> fotográfica.Susan Sontag (1981) refere-se à Walter Benjamim, abordan<strong>do</strong> o papel <strong>do</strong>coleciona<strong>do</strong>r que passa a <strong>ser</strong> aquele individuo <strong>em</strong>penha<strong>do</strong> num <strong>trabalho</strong> devoto deresgate, escavan<strong>do</strong> seus fragmentos mais seletos e <strong>em</strong>bl<strong>em</strong>áticos. Neste presenteestu<strong>do</strong> a guardiã da m<strong>em</strong>ória familiar reúne fotografias isoladas e reunidas <strong>em</strong>álbuns de família, com o sentimento de reunir um <strong>do</strong>s mais preciosos lugares d<strong>em</strong><strong>em</strong>ória familiar. Segun<strong>do</strong> Schapochnik (1998, p. 460):

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