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16 Operacio nalização Com um corpo de colaboradores FORMADO POR CONSULTORES DO “BAIRROS QUE TRABALHAM” ALIADO A UMA DIRETORIA VOLUNTÁRIA e atuante, o Banco da Mulher abriu as portas para a população na Avenida Presidente Vargas, em anexo ao Sebrae e ao Badesc, que cederam gratuitamente o espaço, móveis e equipamentos. As operações efetuadas a cada dia representavam o despertar de uma nova realidade. Cada quantia – mesmo pequena, como R$ 100,00 ou R$ 200,00 – contribuía para que uma dona de casa pudesse produzir seu pão caseiro e incrementar a renda da família, uma costureira adquirir uma máquina nova e o borracheiro adquirir uma nova ferramenta. A grande busca por informações e a concessão dos pequenos empréstimos confirmavam uma transformação silenciosa na sociedade lageana. Em dezembro de 1998, 15 empréstimos haviam sido concedidos,
totalizando R$ 25 mil, dinheiro que estava nas mãos dos clientes. E como tudo o que é bom e faz bem precisa ser copiado, o desejo era que o Governo do Estado reconhecesse e oficializasse esse modelo como um agente de fomento em Santa Catarina, fortalecendo o trabalho já desenvolvido e contribuindo para a implantação em outras cidades. (Hoje outras instituições operam com o mesmo sistema, sendo o único Estado do Brasil a ser 100% atendido por uma instituição como o BF). O trabalho por trás da instituição na busca por mais recursos não tinha terminado. Até aquela data, havia cerca de R$ 200 mil como fundo próprio (R$ 120 mil de empresários e R$ 80 mil da Prefeitura de Lages). Foi quando a instituição recebeu a maior prova de confiança. O BNDES e o Badesc aportaram juntos mais de R$ 1 milhão, em solenidade realizada dia 8 de junho de 1999. O repasse representava o maior prêmio para o empenho e a garra daquele seleto grupo de pessoas que preocupou-se com a condição de vida precária das pessoas de baixa renda. 17 Operationalization - With a staff composed of consultants in the neighborhoods that work together with an active and volunteer board of directors, Banco da Mulher was opened on the Presidente Vargas Avenue, in a space granted without any costs by Sebrae and Badesc, who also provided the necessary furniture and equipment. The daily operations represented the beginning of a new reality. Any amount lent - even as small as R$ 100,00 or R$ 200,00 – brought the possibility for a housewife to make bread to sell and help to increase the family income, for a seamstress to buy a new sewing machine and for the tire repair man to buy new tools.. The big number of people looking for information and the extension of small loans were clear signs of a gradual transformation taking place in Lages. In December 1998, 15 loans had been granted, totaling R$ 25 thousand, a money that was already being used by the clients. And as everything that is good needs to be passed on and copied, the hope was that the state government would acknowledge and officially adopt the successful model as a fostering agent in Santa Catarina, strengthening the work that was being developed and contributing to the implementation of the model in other municipalities. (Today there are already other institutions using the same methodology, and Santa Catarina is the only state in Brazil to be 100% covered by an institution such as the BF. But the institution still needed to find more supporter and raise more money. Up to that date, it was operating with R$ 200 thousand (R$ 120 thousand donated by business owners and R$ 80 thousand by the City Hall of Lages). It was during that period that the institution received very good news. BNDES and Badesc contributed with funds totaling more than R$ 1 million, in a ceremony held in June 8th 1999. The transference of funds was the best proof of recognition of the hard work and determination of that small group of people to help improving the quality of life of low-income families. EVANDA KWITKO Consultora Especialista em Microcrédito Falamos de microcrédito como se isso fosse uma miséria, mas na realidade para o pequeno empreendedor mil reais é muito dinheiro, uma quantia que jamais tiveram acesso. Esse é um trabalho social, descomprometido de posições partidárias, precisamos tratar o pequeno empreendedor, não como beneficiário, e sim como o cliente, pois ele investe tudo o que tem, corre o risco, e nós temos que respeitar e dar o apoio que ele precisa. No momento que você acredita no ser humano, na história de vida de cada um, essa pessoa se compromete e cumpre a sua parte. EVANDA KWITKO. Consultant specialized in microcredit - “There is still a widespread notion that the microcredit means nothing more than insignificant amounts of money, but the truth is that for small entrepreneurs R$ 1.000 is a lot. This is a social work, it doesn’t take sides in politics. We need to see small entrepreneurs not as a beneficiaries, but as a clients, because they invest everything they have, they take the risks, and it is our role to respect and support them when they need. From the moment we believe in people, respect their life history, that person gets motivated to do his or her part.
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