Impacto Social Lucro para Todos

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Elemento
de inclusão
social
A história de João é fictícia, mas poderia
ser a de milhares de pessoas que vivem às
margens da sociedade. Pensando em pessoas
como João, surgiu algo revolucionário no panorama
socioeconômico mundial, o microcrédito,
que vem quebrando as duras barreiras que
ainda impedem milhões de pessoas o direito a
vida com dignidade e cidadania. É um instrumento
fundamental para a inclusão social, pois
contribui para a geração de trabalho e renda, a
elevação da autoestima e o acesso à educação
e aos bens de consumo.
A origem do microcrédito data de 1970, no
país asiático Bangladesh. Desde então, milhões
de famílias no mundo reescreveram suas histórias.
Muhammad Yunus, professor de economia
da Universidade de Chittagong é considerado
o pai do microcrédito, sendo chamado por
muitos como o “Banqueiro dos Pobres”. Em
1976, constatou que ao redor da universidade
onde lecionava, as pessoas em situação de
extrema pobreza não tinham acesso ao crédito
nos bancos tradicionais para financiar suas
pequenas atividades produtivas, levando-as a
recorrer a agiotas. O professor começou a fazer
experiências, com seu próprio dinheiro com a
ajuda dos alunos emprestou 27 dólares para
um grupo de 42 pessoas. Com isso aplicou um
sistema revolucionário e provou que os pobres
são merecedores de crédito.
A ação prosperou e, em 1978, deu origem ao
Grameen Bank, reconhecido internacionalmente.
Décadas mais tarde, saiu desta instituição
e fundou a Yunus Negócios Sociais, que atua
na missão de solucionar os problemas sociais.
Autossustentável financeiramente, a Yunus
Negócios Sociais não distribui dividendos.
No Brasil, o microcrédito começou de forma
embrionária e teve iniciativas do governo
federal e de ONGs. Surgiu pouco tempo depois
da experiência em Bangladesh e ganhou força
em 1990.