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COLÉGIO BAHIENSE<br />

JACAREPAGUÁ<br />

Projeto Redação<br />

<strong>2019</strong><br />

“Escrever é...<br />

<strong>EM</strong><br />

Ensino Médio


Projeto Redação - <strong>2019</strong><br />

Autor: Caio Esteves de Carvalho<br />

Turma: M11<br />

PRESÍDIO ARY FRANCO PREOCUPA FAMÍLIAS DE DETENTOS<br />

A equipe do jornalista Tarlei Santille, da TV Belo Monte, autorizados<br />

pela prefeitura, foram ao Presídio Ary Franco, no bairro de Água Santa, no<br />

Rio de Janeiro, devido a reclamações constantes das famílias dos<br />

presidiários quanto ao estado precário das celas.<br />

Ao chegarem lá, a primeira coisa que chamou a atenção foi a<br />

quantidade de fios pendurados por todo o complexo, praticamente<br />

desencapados, para comunicação entre as celas. “Da última vez que<br />

retiramos esses fios, os presos se revoltaram. Um de nossos guardas foi<br />

morto”, disse o diretor Rui Vianna, quando foi questionado.<br />

Construído em 1974, o presídio tem lotação para aproximadamente<br />

960 pessoas, porém, atualmente, há 1.100 detentos. Pelo que foi observado,<br />

por cela, há aproximadamente 16 presos. O presidiário Cláudio B., preso<br />

por furto, disse: “A gente tem que revezar os dias de quem dorme deitado e<br />

quem não dorme”.<br />

A vida de detento é dura, com condições sub-humanas. “A vida aqui é<br />

uma miséria. A gente não tem direito à visita íntima e não tem nem pátio<br />

aqui! Leva essa reportagem para as autoridades. Eles têm que fazer alguma<br />

coisa!” ─ disse Valdir P., detento há quatro anos.<br />

COLÉGIO BAHIENSE<br />

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Projeto Redação - <strong>2019</strong><br />

Autor: Rafael Medeiros Vaz de Sá<br />

Turma: M11<br />

AS PESSOAS CRIAM OBSTÁCULOS PARA TER DE SUPERÁ-LOS<br />

Desde a Idade Moderna, mais precisamente no início das Revoluções<br />

Industriais, o planeta Terra se encontra em uma crise ambiental. A partir de<br />

então, essa situação só vem se agravando e se tornando comum no<br />

cotidiano. Esse problema também é motivo de o planeta ser um lugar<br />

imperfeito e estar em más condições de se habitar e de se viver. Ademais, as<br />

pessoas, principalmente os jovens, não estão se importando em tentar<br />

combater e prevenir essas mudanças drásticas e os desastres ocorridos no<br />

meio ambiente.<br />

Em primeira análise, vale ressaltar que a Terra vem constantemente se<br />

tornando um local inadequado para “morar”. Esse transtorno se dá pela<br />

má preservação do meio ambiente pelos seres humanos que, como<br />

consequência, prejudicam a habitação deles mesmos no planeta,<br />

entretanto, as indústrias também acabam liberando substâncias tóxicas no<br />

meio ambiente e, por conseguinte, deixam o ar em péssimas condições<br />

ambientais. Como exemplo, pode-se observar, hoje, a quantidade de<br />

pessoas doentes e contaminadas com o ar tóxico e poluente liberado pelas<br />

indústrias na China.<br />

Além de tudo, ainda há poucas pessoas extremamente dispostas a<br />

“lutar” ou tentar ajudar nesses momentos de crise. Dessa forma, sem o<br />

esforço populacional para acabar com esse problema, todos sofrerão com<br />

isso no futuro. Por motivo da falta de interesse dos humanos em melhorar<br />

sua própria “casa”, são forçados a procurar diferentes formas de<br />

resolverem, momentaneamente, essas situações precárias e desagradáveis<br />

de descuido ambiental. É fácil chegar à percepção disso após a análise de<br />

gráficos que apontam para elevado aumento do déficit do ecossistema e<br />

também da quantidade de pessoas que se mudam para outro país com o<br />

propósito de viver em um ar menos poluente.<br />

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Projeto Redação - <strong>2019</strong><br />

Entende-se, assim, que, sem o apoio dos seres humanos, o planeta Terra<br />

tende a se tornar cada vez mais um lugar impróprio à vida. Urge, então, a<br />

necessidade de os humanos combaterem esse problema através de simples<br />

gestos – os quais são capazes de resolver grandes dificuldades – visando<br />

acabar definitivamente com essa situação do meio ambiente. Com essa<br />

concretização, a crise ambiental presente hoje será projetada para não<br />

retornar.<br />

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Projeto Redação - <strong>2019</strong><br />

Autora: Bruna Menezes Rodrigues<br />

Turma: M12<br />

DÉFICIT HABITACIONAL<br />

No começo do século XX, o Rio de Janeiro passava por uma série de<br />

reformas e de transformações ─ estruturadas por Pereira Passos ─ a fim<br />

de tornar a cidade mais bela e moderna. Com a destruição dos cortiços, a<br />

população buscava moradias em lugares inadequados. Analogamente, o<br />

déficit habitacional encontra correspondência na atualidade, uma vez que<br />

a problemática torna-se cada vez mais visível no país. Logo, a melhoria no<br />

cenário econômico e a criação de empresas são necessárias.<br />

Em primeira análise, cabe destacar que o Brasil enfrenta uma grave<br />

crise econômica. Com isso, os brasileiros encontram-se desempregados,<br />

somando 13 milhões de trabalhadores sem ocupação. Dessa forma, a<br />

população não tem acesso a financiamentos para adquirir suas casas ou<br />

para continuar efetuando seu pagamento, o que os leva a moradias<br />

precárias.<br />

Visto que o Brasil enfrenta um elevado índice de desempregados,<br />

tem-se como consequência a procura por moradias inadequadas. O alto<br />

custo dos imóveis nos centros urbanos, juntamente com o desemprego, são<br />

contribuintes para que a população migre para as periferias, habite áreas<br />

vulneráveis a desastres ambientais, sem saneamento básico ou fiação<br />

elétrica, construindo casas irregulares e com risco de desabamento.<br />

Percebe-se, então, que a busca por habitações inadequadas, desde<br />

Pereira Passos, é um assunto a ser resolvido. Logo, o governo deve<br />

criar políticas públicas para a melhoria do cenário econômico<br />

brasileiro a fim de tornar possível o financiamento de moradias dignas,<br />

através da criação de <strong>projeto</strong>s, como “Minha Casa, Minha Vida”, para<br />

que os moradores da periferia tenham lares mais dignos e sem risco.<br />

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Projeto Redação - <strong>2019</strong><br />

Autora: Gabriela Magalhães Macedo<br />

Turma: M12<br />

O PROCESSO DE (DES)MARGINALIZAÇÃO COM O SIST<strong>EM</strong>A DE<br />

COTAS<br />

“3%”, uma série brasileira, produzida pela Netflix, retrata um futuro<br />

distópico, no qual apenas 3% da população pode sair da miséria e atingir<br />

melhores condições de vida. Apesar de o programa, criado por Pedro<br />

Aguilera, ser ficcional e retratar o panorama de muitos brasileiros,<br />

analogamente, é possível inferir que as precárias condições de vida são<br />

provenientes, em parte, da desigualdade social, o que incentivou a criação<br />

do sistema de cotas.<br />

Em primeira análise, é possível destacar o racismo como um dos<br />

formadores fundamentais da desigualdade social. Como foi destacado pela<br />

União Nacional dos Estudantes, “o racismo é resultado da epistemologia<br />

europeia a serviço da dominação sobre outros povos”, ou seja, no caso do<br />

Brasil, o tráfico transatlântico negreiro (considerado, pela ONU, um dos<br />

maiores crimes contra a humanidade) fez com que o Brasil se tornasse,<br />

desde a colonização, uma sociedade racista/preconceituosa. Assim, a parte<br />

majoritária da população fica na base da pirâmide social, criando uma<br />

dinâmica de inversão proporcional no processo de inclusão do ensino<br />

público brasileiro.<br />

Tendo em vista esse panorama; em 2012, foi implementada a política<br />

de cotas com o intuito de reparar a dívida histórica com os negros e os<br />

indígenas. Segundo o IBGE, nos últimos dez anos, houve um aumento de<br />

23% na presença de indígenas no mercado de trabalho, também teve a<br />

elevação para 34,2% em relação à parte da população negra escolarizada,<br />

além das taxas de analfabetismo de brasileiros com 15 anos ou mais terem<br />

diminuído em 2,5 milhões. Logo, é possível perceber que o processo de<br />

“desmarginalização” das periferias, viabilizado pela inserção<br />

educacional, tem causado mudanças na sociedade.<br />

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Projeto Redação - <strong>2019</strong><br />

Visando à melhoria do sistema já implementado, o Ministério da<br />

Educação deve ampliar o sistema de fiscalização para evitar fraudes no<br />

programa de cotas, além de buscar melhoria da educação básica através da<br />

contratação de profissionais adequados e de material apropriado para a<br />

continuidade no processo de reparação da dívida histórica com a<br />

população periférica. Assim, em um futuro próximo, talvez a sociedade<br />

brasileira consiga ficar mais distante da realidade apresentada por “3%”.<br />

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Projeto Redação - <strong>2019</strong><br />

Autor: Igor Freitas Reis<br />

Turma: M12<br />

Rio de Janeiro, 27 de outubro de <strong>2019</strong>.<br />

Excelentíssimo Senhor Deputado Marcos das Causas Polêmicas<br />

(nome fantasia),<br />

Não é de hoje que a ignorância e os dogmas pessoais vêm interferindo<br />

na política de forma negativa para a sociedade.<br />

Exercendo influência através, por exemplo, da bancada evangélica e<br />

de muitos fiéis, a política vem tomando forma “obscura”, sendo margeada<br />

por decisões parciais, benéficas apenas para um grupo social de mesmo viés<br />

ideológico.<br />

O aborto, por exemplo, foi um tema polêmico que circulou na Câmara<br />

dos Deputados, resultando em veto, posteriormente. A meu ver, essa decisão<br />

foi equivocada, pois, em um país onde mais de 66 mil mulheres são<br />

estupradas por ano, é ultrajante que o aborto seja visto como um privilégio,<br />

quando, na verdade, é um direito da mulher, mesmo que as consequências<br />

para a vida do feto sejam terríveis.<br />

Falta de conscientização, baixas taxas de procura por ajuda médica<br />

legal e baixo grau de escolaridade são apenas alguns de muitos fatores que,<br />

associados, prejudicam muito a vida de milhares de mulheres. Por favor,<br />

trabalhe para que os estupros acabem e haja a devida punição aos<br />

violentadores e que métodos contraceptivos sejam distribuídos mais<br />

facilmente. Assim, as mulheres não serão privadas de um direito natural.<br />

Atenciosamente,<br />

Igor Freitas<br />

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Projeto Redação - <strong>2019</strong><br />

Autora: Natália Martins Rodrigues da Silva<br />

Turma: M12<br />

UM VELHO SONHO<br />

Dona Maria, já com seus sessenta e oito anos e alguns cabelos<br />

brancos, é de uma época em que o uso do rádio era muito importante,<br />

tanto para saber das notícias, quanto para se divertir com músicas de<br />

seus cantores favoritos. Desde criança, ela adorava cantar, mas sua mãe<br />

insistia para que levasse o canto apenas como divertimento e não como<br />

carreira.<br />

Um dia, Maria estava cozinhando na casa de sua filha,<br />

acompanhada de seu velho radiozinho, quando ouviu, no intervalo entre<br />

uma música e outra, o anúncio de um “caça-talentos”, que dizia buscar<br />

pessoas, não importava o gênero ou a idade, para audições vocais em um<br />

programa de televisão, cujo prêmio era reconhecimento social, acrescido<br />

de dez mil reais. A idosa não teve medo: enviou sua inscrição à rádio e<br />

surpreendeu-se ao receber uma resposta com data e local para sua<br />

audição.<br />

Foi ao local marcado, cantou como nunca havia cantado antes,<br />

impressionou os jurados, participou do programa e ganhou em primeiro<br />

lugar. Tudo o que dona Maria mais queria era que sua mãe pudesse vê-la<br />

nesse momento, que pudesse ver aonde ela conseguiu chegar com o canto<br />

e, assim, ter orgulho dela.<br />

Maria, que agora era uma renomada cantora, não se desfez de seu<br />

velho radiozinho e, todos os dias, ao acordar, ouvia músicas para não se<br />

esquecer de como havia realizado seu sonho.<br />

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Projeto Redação - <strong>2019</strong><br />

Autora: Gabrielle Cardoso Ribeiro<br />

Turma: M21<br />

CRIMINALIDADE E D<strong>EM</strong>OCRACIA<br />

O meio policial brasileiro é amplamente reconhecido como precário<br />

e ineficiente. Por conta disso, não é de se espantar que diversos casos<br />

criminais sejam negligenciados e esquecidos, nunca apresentando uma<br />

resolução. Porém, quando se trata de crimes nos quais há esperança de<br />

salvar uma vítima, esses fatos são preocupantes.<br />

A princípio, é imperioso relatar que o não cumprimento dos deveres<br />

do Estado como provedor de direitos faz com que a população, ao não<br />

dispor destes, não aja de acordo com seus deveres sociais. Por isso, muitos<br />

policiais tratam seus empregos com descaso, já que o governo, muitas<br />

vezes, não providencia os meios necessários para que os agentes de<br />

segurança possam trabalhar corretamente.<br />

Além disso, deve-se acrescentar que a falta de comprometimento das<br />

autoridades desvela um cenário que, devido à sensação de impunidade<br />

percebida pelo corpo social, apresente aumento nos índices de<br />

criminalidade. Dessa forma, ao estabelecer uma ligação desses fatos à<br />

taxa de desaparecidos no Brasil, a tendência é que haja um aumento na<br />

recorrência de sequestros e, consequentemente, de desaparecimentos.<br />

Outrossim, sabe-se, também, que a incompetência policial influencia<br />

também a visão da população que, por conta disso, não considera<br />

necessário denunciar atos criminosos. Assim, de aproximadamente 82 mil<br />

desaparecidos todo ano, pode haver muitos outros que não foram<br />

registrados, pois não houve denúncia.<br />

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Dessa maneira, para que ocorra efetividade na resolução de casos<br />

criminosos, é necessário que o Estado cumpra seu papel de provedor dos<br />

direitos dos cidadãos, fornecendo verbas para auxiliar nos processos de<br />

investigações policiais. Essas verbas podem vir de cortes em algumas<br />

áreas, por exemplo, das vantagens fornecidas aos membros do corpo<br />

político, como auxílio-moradia, que se torna desnecessário, já que esses<br />

indivíduos possuem recursos financeiros suficientes para arcar com seus<br />

custos. Assim, haverá um tempo em que a sociedade poderá, enfim, ter seu<br />

direito de ir e vir respeitado.<br />

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Projeto Redação - <strong>2019</strong><br />

Autora: Manuela dos Santos Costa<br />

Turma: M21<br />

ENTRE “VIGIAR” E “PUNIR”: UTOPIA DE UMA SOCIEDADE<br />

<strong>EM</strong> COLAPSO<br />

O filme “Os Últimos Passos de um Homem” relata a história de um<br />

detento, condenado à pena de morte por executar um casal de<br />

adolescentes. Hodiernamente, no entanto, não há esse grau de condenação<br />

assegurado pela Constituição no Brasil, uma vez que fere o direito à vida,<br />

uma das garantias fundamentais fornecidas a todos os cidadãos. Desse<br />

modo, é possível analisar que a aplicação de punições é dada a partir da<br />

formação histórica em paralelo à omissão estatal em relação ao sistema<br />

carcerário.<br />

Em uma primeira análise, cabe ressaltar que a sociedade mantém os<br />

princípios, oriundos do Período Colonial, de que o homem deveria ser<br />

punido por seus atos, fossem eles certos ou não. Todavia, é notório que nem<br />

sempre esses seriam os meios adequados de fazer o indivíduo ser<br />

reorientado. Um estudo publicado pela Universidade de Northwestern, de<br />

Chicago, mostrou que 88,2% dos especialistas afirmam que executar<br />

detentos não traz impactos nos níveis de criminalidade. Nesse contexto, é<br />

preciso destacar que os sistemas que adotaram a pena de morte não<br />

obtiveram sucesso, pois uma ameaça como essa não erradicaria a<br />

criminalidade, e sim, ela seria igualada aos infratores.<br />

Outrossim, o Estado também compactua com a má aplicação das<br />

medidas punitivas, já que, ao investir no nível socioeducativo, secundariza<br />

tal proposta e prefere enviar os condenados para cumprirem penas em<br />

sistemas carcerários. Michel Foucault, renomado filósofo francês, em sua<br />

obra “Vigiar e Punir”, fala sobre a “Utopia do Poder Judiciário”, que é<br />

tirar a vida de um condenado, evitando que este se sinta mal. Contudo,<br />

observa-se, por outra perspectiva, que existem outras formas de o<br />

indivíduo tirar lições a partir do ocorrido.<br />

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É necessário, portanto, que medidas alternativas sejam implantadas<br />

no sistema brasileiro. Assim, o Ministério da Justiça, em paralelo a ONGs<br />

(Organizações não Governamentais) comunitárias, deve promover<br />

trabalhos sociais voltados aos condenados. Dessa forma, os detidos teriam<br />

acesso aos direitos inerentes ao ser humano, julgados como “Vida,<br />

liberdade e prosperidade”, por John Locke, e, simultaneamente,<br />

aprenderiam a ter respeito ao próximo, tendo como finalidade paz e<br />

harmonia entre os membros do corpo social.<br />

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Projeto Redação - <strong>2019</strong><br />

Autora: Rafaela de Carvalho Machado Pinheiro<br />

Turma: M21<br />

DO PRESÍDIO À PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS COMUNITÁRIOS<br />

No documentário “Olhos que condenam”, são retratados os<br />

julgamentos e as punições de cinco adolescentes, condenados injustamente<br />

por um estupro ocorrido em Nova York, expondo as falhas do sistema<br />

judiciário americano. Nesse sentido, a obra foca na trajetória do jovem<br />

Korey Wise, condenado a 15 anos de cárcere, e aborda também como o<br />

tempo passado na cadeia e as agressões sofridas pelo jovem nesse<br />

ambiente alteram sua vida para sempre. Destarte, é fato que, para os<br />

infratores de baixo potencial ofensivo, as penas alternativas têm de ser<br />

consideradas como forma de substituição das condenações à prisão, uma<br />

vez que, nesta, os indivíduos são excluídos do convívio social e familiar e<br />

expostos à precariedade do sistema prisional.<br />

A priori, é importante salientar que privar os acusados do convívio<br />

com os membros da família e com outros presos pode levá-los a problemas<br />

psicológicos, dificultando a reinserção desses na sociedade. O filme “O<br />

Expresso da Meia-Noite” retrata o caso real do americado Billy Hayes,<br />

levado a uma penitenciária de segurança máxima, onde não tinha o direito<br />

de receber visitas, situação que lhe causou enormes traumas. Nessa<br />

perspectiva, fica claro que os criminosos de menor periculosidade também<br />

estão sujeitos a essa exclusão quando encarcerados.<br />

Ademais, é imprescindível destacar a ineficiência dos presídios<br />

brasileiros no tangente à segurança e à reeducação dos presos, levando-os<br />

a cometer crimes novamente. De acordo com o Conselho Nacional de<br />

Justiça, no Brasil, o índice dessa reincidência é de 70%, o que se deve ao<br />

ambiente agressivo no qual os presidiários estão inseridos e ao deficiente<br />

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Projeto Redação - <strong>2019</strong><br />

sistema de educação dos internos. Dessa forma, evidencia-se que o<br />

encarceramento de infratores de baixa periculosidade os expõe a situações<br />

extremas, que podem alterar seus comportamentos, tornando-os perigosos<br />

e, consequentemente, agravando o problema.<br />

Portanto, é mister que o Estado tome medidas para solucionar a<br />

questão. Assim, cabe ao Poder Legislativo assegurar a aplicação de penas<br />

alternativas, tais quais as prestações pecuniárias e os serviços<br />

comunitários, aos infratores de baixo potencial ofensivo. Essa garantia<br />

dar-se-á por meio da criação de leis específicas do tema, a fim de tornar<br />

evidente, aos juízes responsáveis por esses casos, as várias opções de<br />

condenação. Dessa maneira, será possível evitar que prisões como as de<br />

Korey e Billy ocorram novamente.<br />

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