Projeto Redação - EF2 - JPA - 2022
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COLÉGIO BAHIENSE
JACAREPAGUÁ
Projeto Redação
2022
“Escrever é...
EF
Ensino Fundamental Anos Finais
Projeto Redação - 2022
Autora: Lorena Macedo Oka
Turma: A61
COMO É SER PRÉ-ADOLESCENTE
Crescer é um desafio muito grande. Você precisa ser forte e, muitas
vezes, independente. Nessa transição, você começa a ter mudanças
imediatas, e até surpreendentes, na sua vida.
Quando você chega à pré-adolescência, escuta coisas
desnecessárias, começa a se preocupar com assuntos que não queria, e
começam a surgir responsabilidades. Temos que nos preocupar com as
notas escolares, com o que pensam de nós, além de muitas outras questões
que eu nem sabia que existiam.
Normalmente, os adultos falam "Essa é a fase mais fácil, só tirar
notas boas. Quando você crescer, 'vai ver' o que é ter responsabilidade".
Adultos, de uma vez por todas: nós odiamos escutar isso, porque está
totalmente errado. A pré-adolescência pode ser bem problemática e não
aparenta.
Muitas vezes, também, somos julgados sobre o jeito como nos
vestimos, a forma pela qual falamos e andamos, e seguimos em frente.
Ser pré-adolescente não é, nem de perto, diversão ou a "fase fácil" o
tempo todo!
COLÉGIO BAHIENSE
JACAREPAGUÁ
Projeto Redação - 2022
Autora: Maria Eduarda Hoffmann Moreira
Turma: A61
A PRINCESA DIFERENTE
Era uma vez, em um reino muito distante, um palácio onde morava
uma linda princesa chamada Mary. Seus pais, o rei e a rainha, estavam
muito preocupados com a filha. Eles queriam que Mary se casasse com o
príncipe, mas ele era fútil, só se preocupava com ele mesmo.
Um dia, a princesa foi capturada pela bruxa Má e foi levada para
uma torre feita de pedras e extremamente alta. O rei ordenou que o
príncipe fosse resgatar a princesa. Mary esperou meses, porém, o
príncipe não chegou. Determinada pela vontade, ela desceu a torre pelas
pedras. Foi uma longa descida, mas ela chegou ao final. No momento em
que chegou ao chão, o príncipe disse:
— Por que desceu? Eu deveria salvar você!
A princesa não lhe disse nada, até que uma explosão aconteceu, e
apareceu a bruxa Má. O príncipe tomou um susto e se escondeu atrás da
princesa. Com puro ódio, a princesa pegou a espada do príncipe e saiu
correndo em direção à bruxa. A princesa jogou a espada no coração da
malvada bruxa, que evaporou na hora!
No final, Mary virou uma vitoriosa guerreira, e seus amados pais
ficaram com muito orgulho. O príncipe fugiu do reino por causa da
vergonha, e todos viveram felizes para sempre.
COLÉGIO BAHIENSE
JACAREPAGUÁ
Projeto Redação - 2022
Autora: Aymee Farias Valença
Turma: A62
REFÉM DE REPORTAGEM
Bela acordou sabendo que seu pai faria uma viagem e pediu para ele
trazer algo gostoso para ela comer. O pai de Bela sorriu, deu-lhe um
abraço e partiu em viagem.
No dia do retorno do seu pai, ela foi tomar café, como de costume, e
notou que seu pai estava demorando a chegar. Então, ligou a televisão
para assistir às reportagens e percebeu que seu pai tinha ido para uma
cidade próxima a que estava aparecendo na televisão. Chovia muito nesse
dia. Por causa da chuva, seu pai e outras pessoas estavam presos no
aeroporto. O repórter informou que as pessoas precisavam de ajuda para
sair do local. A menina, então, seguiu em direção à cidade para resgatar
seu pai.
Ela encontrou o repórter e descobriu que ele estava mentindo, pois
ele estava mantendo seu pai preso após ter visto uma foto de Bela, e só iria
libertá-lo se ela trocasse de lugar com o pai, já que aquele homem queria
que Bela fosse sua filha. Para salvar seu pai, ela atendeu ao pedido.
Ela perguntou:
— Por que você prendeu o meu pai?
— Porque seu pai pegou o equipamento de filmagem e tentou fugir.
Bela não entendeu por que seu pai faria aquilo e sabia que era uma
desculpa, mas ficou feliz por vê-lo livre. Agora, presa, pensou que
precisava voltar para casa. Aproveitou que um dos funcionários do
repórter foi levar comida para ela e acertou sua cabeça com uma pedra.
Com o funcionário desmaiado, Bela pegou a chave que estava no bolso do
casaco do homem, abriu a porta e fugiu.
COLÉGIO BAHIENSE
JACAREPAGUÁ
Projeto Redação - 2022
Autora: Letícia Montes Ricci
Turma: A71
COMO SER UMA COMIDA
Vocês acham que ser uma comida é fácil? Pois não é! Vou contar uma
história que aconteceu comigo hoje. Eu estava dentro de um freezer, no
supermercado, conversando com a pizza, com o hambúrguer e a lasanha
congelados.
Até que todos foram embora, fiquei sozinha e pensei: "Por que
ninguém me leva?". Um dia depois, apareceu uma pessoa que me pôs
dentro de uma sacola. Fiquei assustada. Então, fechei os olhos e quando
abri, estava em outro freezer com novos amigos, a Alface, o Queijo, o
Molho de Tomate, a Massa e o Pimentão. Apresentei-me como Calabresa!
Nós seremos muito unidos, nada irá nos separar… pelo menos, era o
que eu pensava. Aconteceu que, um dia, apareceu um homem e pegou um
de cada vez. A primeira a ir embora foi a Massa, em seguida, o Molho de
Tomate, o Queijo, o Pimentão e, por último, eu e a Alface. Ele nos colocou
em um lugar muito quente, o queijo até derreteu. Finalmente, depois de
muito tempo, saímos e a Alface veio com a gente.
O homem nos colocou em uma caixa de pizza e fomos levados para
outras pessoas. Todos comiam um delicioso pedaço de pizza. Agora, sei
que a Calabresa, ou seja, EU, dá um sabor muito especial aos alimentos e
não me sinto mais sozinha.
COLÉGIO BAHIENSE
JACAREPAGUÁ
Projeto Redação - 2022
Autor: Pedro Labre Ribeiro
Turma: A71
A VERDADEIRA CAMPEÃ
Olá, eu sou o Caio, tenho 12 anos e estudo em uma escola chamada
Beija-Flor. A diretora de lá, a dona Rosa, sempre foi muito legal conosco,
o único problema era sua filha, a Joana. Essa garota era insuportável,
muito "metida", e ameaçava chamar sua mãe por qualquer coisa.
Na escola, realizavam concursos de redação, e, neste ano, não foi
diferente. Foram escolhidos dois alunos de cada turma para competir. Na
minha turma, eu e Joana fomos os escolhidos. Obviamente fiquei muito
feliz por ter tido a oportunidade de competir, mas não pude deixar de
reparar na escolha de Joana, pois ela nunca havia se mostrado boa o
suficiente para produzir um texto em uma concurso sério.
No dia seguinte, foi a grande disputa. Estavam todos muito animados
e confusos ao mesmo tempo. Afinal, como a Joana poderia estar ali? A
competição foi concluída com sucesso, nós olhamos a redação uns dos
outros, e, no texto da Joana, nem parágrafos havia. Eu "deixei passar".
Uma semana se passou e chegou o dia em que o resultado seria divulgado.
O nervosismo de todos estava tão grande que ninguém se deu conta de
como a diretora estava estranha, mas eu percebi. Confesso que já estava
desconfiado de algo, então decidi investigar.
Fiquei olhando, com atenção, para os jurados que tinham corrigido e
avaliado as redações, e todos estavam muito animados com o resultado.
Mas, na hora de ler o papel que continha o nome do vencedor, eles ficaram
confusos e assustados quando ouviram a diretora orgulhosamente falar:
“a vencedora é Joana!”. Muitos não entenderam como era possível, mas
foram comemorar com a garota. Enquanto comemoravam, eu saí sem que
ninguém me visse e decidi ir até as salas das câmeras.
COLÉGIO BAHIENSE
JACAREPAGUÁ
Projeto Redação - 2022
Como todos estavam festejando, foi mais fácil entrar na sala e ver aquilo
em que eu não podia acreditar, mas já esperava.
Pouco tempo antes de começar a cerimônia, a diretora havia trocado
os resultados. Quando vi isso, fiquei chateado e fui falar com ela. Nesse
momento, as coisas já tinham se acalmado um pouco, e, por isso, consegui
escutar a conversa dela com a dona Maria, a psicóloga da Joana, que
também trabalhava na nossa escola.
— Maria, sei que estou errada, mas eu só quero que ela entenda que
ela é muito especial e que a vida dela importa, ela sofre por ser a filha da
diretora — dizia a dona Rosa chorando.
Quando ouvi isso, fiquei em choque, a garota perturbava todo mundo
para se defender de uma coisa que, na verdade, ela tinha medo de sofrer.
Naquela hora, fui falar com meus amigos o que havia ocorrido, mas, no
meio do caminho, mudei de ideia.
Chamei todos da minha turma e falei para tentarmos incluir mais a
Joana, pois, de tanto irritar os outros, ela acabava ficando isolada.
Ninguém entendeu direito o meu pedido, mas não deu outra, em uma
semana, a menina já estava bem melhor, brincando com todos e muito
alegre e feliz. Não tanto quanto a sua mãe, que agora é a mulher mais feliz
do mundo.
COLÉGIO BAHIENSE
JACAREPAGUÁ
Projeto Redação - 2022
Autora: Beatriz Paixão Jorge
Turma: A81
O SOL E A LUA
Eu e minha melhor amiga temos apelidos desde criancinhas: Sol e
Lua. Somos, ou melhor, éramos inseparáveis, mas ela se mudou aos cinco
anos. Então, esse apelido passou a fazer mais e mais sentido. Eu era a
Lua; e ela, a Sol. Estamos separadas, mas não vivemos uma sem a outra.
Apesar de ela morar bem longe, na Califórnia, temos um combinado:
ligo para ela todas as noites, ou ela liga para mim para contar, uma para a
outra, como foi o nosso dia.
E se eu contasse a ela que meu coração estava batendo mais forte por
um garoto? Ela ficaria com chateada e se sentiria trocada? “Melhor não
contar…”, pensei em voz alta. Ela sempre será minha melhor amiga.
Quando éramos pequenas, ela sentia ciúme do meu amigo Bruno, imagina
se Sol descobrisse que estou apaixonada justamente por ele?
Todos os dias, eu e Bruno conversávamos e nos sentíamos
confortáveis um perto do outro. Até que tive coragem e o convidei para
sair. Eu me senti, além de corajosa, confiante, do jeito que Sol me ensinou.
Fomos a um parque próximo à escola e nos divertimos como nunca.
Estávamos na roda-gigante quando, de repente, ele me beijou. Fiquei sem
ar por alguns segundos, meu coração acelerou e senti o famoso frio na
barriga.
Após aquele momento, estávamos muito felizes com o nosso beijo.
Voltei para casa e pensei no que ocorreu. No dia seguinte, na escola, eu e
Bruno andávamos como um casal no famoso corredor. Minha impressão
mudou repentinamente quando vi uma ligação da Sol em meu celular e me
perguntei qual seria a urgência da chamada para que ela me ligasse,
exatamente, naquele momento.
COLÉGIO BAHIENSE
JACAREPAGUÁ
Projeto Redação - 2022
Entrei rapidamente em uma sala vazia para atender minha melhor
amiga, que gritava em total desespero como uma lunática. Pensei em
milhares de possibilidades para seu mau humor, até que ela falou sobre
Bruno. Fiquei pálida! Ela disse palavras cruéis e falou do término de
nossa amizade de treze anos. Como algo tão simples define algo tão
importante em minha vida? Será que havia chegado o momento em que eu
teria de decidir entre minha melhor amiga e o garoto pelo qual eu era
apaixonada desde pequena?
Quero escolher a Sol, minha mãe sempre diz que “amiga é para
sempre e que namorado vem e vai”. Depois de uma semana daquela
ligação, eu ficava trancada no meu quarto o dia todo, sem namorado,
mas, pelo menos, tinha a Sol.
Naquela noite, ela ligou como sempre, disse-me para falar com o
Bruno e voltar com o amor da minha vida. Fiquei confusa com sua
bipolaridade, e ela me disse uma coisa linda: “Que tipo de amiga seria eu
se não deixasse minha Lua ficar com a estrela que mais a ilumina?”
Corri para a casa de Bruno e falei tudo o que sentia pela Estrela mais
linda do céu. No final, tudo acabou bem, e a Lua está completa com Sol e
Estrela.
COLÉGIO BAHIENSE
JACAREPAGUÁ
Projeto Redação - 2022
Autora: Julia Cony Ayres de Miranda do Amaral
Turma: A81
O GATO
Numa tarde nublada e fria, no parque do bairro, havia uma criança
brincando com sua boneca, e, de repente, um gato de pelo laranja entrou
no parque. A criança viu o gato perdido, mas não ajudou o animal. O
bichinho, com uma expressão triste e andando sem rumo, atravessou a rua
enquanto muitas pessoas passavam pela faixa de pedestres e o inesperado
aconteceu: o gato foi atropelado por um carro em alta velocidade. As
pessoas viram o gatinho machucado, mas ninguém o ajudou.
Duas meninas conversando viram o gato se arrastando para a
calçada e logo foram ajudá-lo. O gato, desesperado, ficou com medo de
que as meninas o machucassem e tentou se afastar. Uma delas conseguiu
pegar o gatinho e levá-lo a uma clínica veterinária. Chegando lá,
souberam que o animal precisaria de uma cirurgia muito cara. As garotas
ficaram espantadas com o preço, não tinham dinheiro, nem alguém que as
ajudasse a pagar. De repente, elas tiveram a ideia de fazer uma
arrecadação no bairro e na internet.
As meninas, então, começaram a sua jornada para ajudar o gato
machucado. Passaram horas em uma barraca na qual estava escrito
"Arrecadação para cirurgia", mas não conseguiram arrecadar sequer
dez reais até o final do dia.
As meninas já estavam perdendo a esperança, porém, numa tarde
ensolarada, quando não tinham arrecadado nada, um homem se
aproximou:
— Eu posso ajudar na arrecadação!
Elas, sem acreditar que finalmente tinham encontrado ajuda,
contaram para o homem o que havia acontecido com o gatinho e a ideia
da arrecadação do dinheiro para realizar a cirurgia.
COLÉGIO BAHIENSE
JACAREPAGUÁ
Projeto Redação - 2022
O senhor, gentilmente, compartilhou tudo na internet e criou uma
vaquinha online. Em menos de uma semana, o estado do gato piorou.
Felizmente, a vaquinha havia arrecadado dinheiro suficiente para a
cirurgia do animalzinho. Chegando à clínica, o veterinário disse que o
estado do bichinho era muito grave e havia uma pequena possibilidade de
a cirurgia dar certo. Então, a equipe de médicos da clínica levou o gato
para o centro cirúrgico, e as meninas ficaram tristes esperando no
corredor. Quando o cirurgião saiu da sala, elas pularam da cadeira para
ouvir as informações do médico:
— A cirurgia correu bem!
Enquanto ele falava com elas, passava uma reportagem sobre o
homem que as ajudou, e a notícia era a seguinte…
“Hoje, um digital influencer ajudou duas garotas a arrecadar
dinheiro para a cirurgia de um gato atropelado na semana passada. Ele
escrevera na descrição da arrecadação: 'Tudo é possível se você for
caridoso com o próximo.”
As garotas, felizes, viram que, após a boa ação do homem, as pessoas
ficaram mais caridosas e passaram a ajudar mais o próximo.
E quanto ao gatinho… bem… ele foi adotado por uma família no final
desta tarde.
COLÉGIO BAHIENSE
JACAREPAGUÁ
Projeto Redação - 2022
Autora: Maria Clara Vieira David
Turma: A91
A LIVRARIA OLIVEIRA
Acordei às sete. Mas não precisava, afinal, era sábado! Que
adolescente normal acorda às sete da manhã em pleno sábado? E eu sou
uma adolescente normal (eu acho). Troquei de roupa, tomei meu café,
tudo normal. Peguei meu crachá com meu nome "Safira". Até que eu gosto
do meu nome. As pessoas têm de se esforçar para me dar um apelido.
Quando desci a escada, encontrei meu avô, seu Jorge (ou seu Jô para os
mais íntimos), lendo seu jornal no balcão ao lado da caixa registradora.
Vovô é dono de uma livraria chamada “Oliveira”, era para ser da minha
mãe, mas ninguém sabe onde ela está, e meu pai... foi “comprar
cigarros”...
— Preciosa, vou ter que sair durante o dia. Você pode cuidar da loja,
por favor?
— Claro, vô! Se eu falasse “não”, ia mudar alguma coisa?
Vovô recolheu suas coisas e foi embora.
Passei a manhã fazendo vários nadas. Com “nadas”, quero dizer
refazer as palavras cruzadas do jornal do meu avô e admirar as
prateleiras, minuciosamente, organizadas cheias de livros. Muitos já li,
outros estão em outras línguas, mas todos me encantam. Enquanto
tentava adivinhar o que seria "associar", escutei um barulho estranho
vindo da salinha do vovô. Nunca entrei ali, parecia muito invasivo, mas
minha curiosidade foi mais forte (Safira do futuro falando aqui: “Você
deveria ter deixado a porta fechada!”).
— Quem são vocês?! E o que estão fazendo na minha loja?!
— Safira!! — exclama um menino que tinha cabelo louro e todo
cacheado.
— Quem são vocês?! E como você sabe meu nome?!
JACAREPAGUÁ
Projeto Redação - 2022
— Eu falei pra você fazer silêncio, idiota — disse outro menino — ele
tinha cabelos escuros na altura do ombro.
Eu não tinha ideia do que estava acontecendo, era para ser só mais
um sábado cuidando da loja! Agora havia três adolescentes
desconhecidos no escritório do meu avô. O que estava acontecendo?
— Olha, eu sou a Rose; o golden retriever ali — ela aponta para o
louro — é o Felipe. O emo, com cara de quem não dorme há três dias, é o
Nicholas. Olha, é meio estranho falar isso, mas nós somos amigos do seu
Jorge e fomos encarregados de encontrar a sua mãe.
— A minha mãe!? Meu Deus! Onde eu fui me meter?
— E olhe… isso é muito doido, mas nós… — disse Nicholas, o emo,
apontando para o trio — somos de outro Universo, tipo multiverso, e
fomos "os escolhidos" para encontrar sua mãe. Seu avô disse que ela foi
abduzida por um portal e caiu em algum multiverso. Nossa missão é
encontrá-la.
— Uau! Isso é muita coisa pra absorver.
— Mas olha, sabemos que você entende de mecânica, Safira. Será que
poderia nos ajudar a consertar o portal? — disse Felipe.
A esperança de ter minha mãe de volta me convenceu a ajudá-los.
Precisava de respostas.
— Fechado!
Passamos a tarde consertando o tal portal. Era a melhor coisa que eu
já tinha visto. Nico me mostrava os problemas, Rose procurava peças
reservas e Felipe... bem… ele fazia piadas para melhorar a situação.
Enfim consertamos tudo.
— Olha, acho que mereço um prêmio Nobel depois dessa. Eu
consertei um portal que interliga multiversos em menos de 24 horas.
— Tchau, MacGyver — disse Nico com um leve sorriso.
JACAREPAGUÁ
Projeto Redação - 2022
— Tchau, Linda! — disse Rose.
— Tchau, Safira! — disse Lipe.
— Tchau, gente! Obrigada por tudo.
Quando eles passaram pelo portal, vi uma luz azul forte e senti uma
força me puxando. Tudo estava girando. Quando bato no chão e abro
meus olhos, tem uma mulher me olhando.
— Mãe!?
JACAREPAGUÁ
Projeto Redação - 2022
Autor: Pedro Henrique de Oliveira Manhães
Turma: A91
CORAÇÃO?
“Nada melhor do que um belo café pela manhã”, era o que Júlia
sempre dizia. Eu ficava encantado com a sabedoria daquela mulher que
brilhava de uma forma diferente. Não sei explicar, mas… somente ela era
daquele jeito.
Nós nos conhecemos há tempos, mas esses dias têm sido diferentes. O
tempo congelava perto dela, e ela se mantinha impassível, pois sua
realidade era outra: sem tempo, sem dias, sem noites… apenas ela.
Encantava-me toda palavra que aquela mulher dirigia a mim.
Júlia não tomou café naquela manhã, não brilhava mais. Algo estava
errado! O tempo passou rápido por ela.
Medroso que sou, fiquei com receio de perguntar o que havia
acontecido, mas era por ela, sim. Por ela que eu tinha de vencer minhas
inseguranças.
A cadela de Júlia havia falecido. A cachorrinha era seu Sol. Por ela,
Júlia brilhava. Os dias ficaram nublados; e as noites, mais escuras.
Como seu amigo, tinha que lhe dar o Sol novamente. Criamos e
fortalecemos laços, fomos nos conhecendo melhor, de Norte a Sul. O café
voltou à sua mesa, os dias tornaram-se novamente ensolarados e as noites
brilhavam só para ela. Meu coração estava repleto de vazio, então, tive
de dar meu Sol para ela, mas quem se queimou fui eu.
JACAREPAGUÁ
Projeto Redação - 2022
Autora: Isabella Barrêto Kettrup de Amorim
Turma: A92
SENTIMENTOS SEMPRE SÃO BONS?
Ontem, estava refletindo sobre sentimentos em geral e cheguei à
conclusão de que, independente dos sentimentos, eles são muito
importantes para nossas vidas. Podem ser bons ou ruins. Já reparou que
os sentimentos nos fortalecem?
Quando alguém querido vai embora, seja temporariamente ou não, o
sentimento de tristeza nos invade e parece ser o fim do mundo. Não
queremos fazer absolutamente nada, apenas ficar sozinhos, pensando
sobre o que aconteceu. Garanto que esses sentimentos nos fortalecerão no
futuro independentemente da situação.
Quando estamos apaixonados, o sentimento é de alegria e queremos
que aquela sensação nunca acabe, pois os momentos são felizes e nos
sentimos muito bem. Mas quando chega o último beijo, é hora de dizer o
último “Eu te amo!”. Independente do motivo, desejamos que aquilo
nunca tivesse acontecido e nos sentimos quebrados. Entretanto, esse
sentimento nos deixará mais fortes em um futuro próximo.
No momento em que fazemos algo do qual não gostamos, o
sentimento de arrependimento vem, deixando-nos pensativos sobre o
porquê de nossas ações. Isso nos impedirá de repetir aquele ato em nossas
vidas.
Contudo, você deve estar se perguntando: “Sentir tristeza é
realmente bom?”. Sim, mesmo que o sentimento seja desagradável, ele
tem um motivo para existir.
Apesar de tudo, todos os sentimentos são importantes, cada um deles
com sua função. Podemos não enxergar de imediato, mas, ao pararmos
para analisar, veremos que eles são muito importantes para nós.
JACAREPAGUÁ
Projeto Redação - 2022
Autora: Letícia Baptista Carneiro Gomes
Turma: A92
FELICIDADE COMPRADA
Somos tomados por um grande impulso, um desejo, uma chama que
cresce a cada hora. Quando estou na rua e olho para o lado, sempre vejo
alguém carregando uma sacola. Observo ao meu redor e percebo a
imensidão de lojas, além das pessoas que, simplesmente, param, olham as
vitrinas e compram. Elas não conseguem mais se conter; agora, ao
sairmos, nem agimos de forma consciente, só levamos a primeira coisa
desnecessária que aparece à nossa frente, por ímpeto ou influência.
As propagandas estão cada vez mais persuasivas, e as pessoas mais
ingênuas. Através da tecnologia, as grandes empresas vêm criando novos
métodos para atrair a atenção dos telespectadores. Uma das grandes
estratégias utilizadas por elas é a publicidade, que ajuda na divulgação
do produto e, ao mesmo tempo, desperta o desejo do consumidor. Ela
pode ser transmitida pelas redes sociais ou por outros veículos de
comunicação, como a televisão.
Geralmente ligo a TV de casa para ver as notícias, entretanto, a
primeira coisa com que me deparo é o anúncio. Assim vai ficando cada
vez mais difícil resistir. A resistência é mais difícil principalmente para as
crianças, que ficam hipnotizadas e desejam, mais e mais, brinquedos,
mesmo não havendo necessidade de tê-los.
O consumismo é um mal que acomete todas as idades e que deve ser
imediatamente combatido. Além disso, é preciso entender que, apesar dos
anúncios serem comuns no nosso cotidiano, eles têm a capacidade de
influenciar comportamentos e atitudes. Dessa forma, eles aumentam o
desejo de comprar e passam mensagens ilusórias de felicidade, que, por
ser momentânea, leva o indivíduo ao consumo excessivo.
JACAREPAGUÁ