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EPÍSTOLAS DA PRISÃO

na palavra dos apóstolos nas epístolas e nos evangelhos, canonizados

no Novo Testamento.

Pedras que se sustentam em sofrimento

Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor de

vós, gentios. De uma coisa devemos nos lembrar: somos chamados

para ser fundamento de outras pessoas, que vão ser “construídas”

por cima de nós. Paulo está lá em baixo, mas nós estamos aqui

em cima; o prédio está subindo, e assim como nós dependemos de

Paulo, colocado por Deus em baixo como nosso fundamento, há

outras pessoas que estão dependendo e irão depender de nós; as

“pedras vivas” (lPe 2.4) se assentam sobre outras pedras vivas.

Na minha vida tenho por fundamento principalmente os meus

pais, o pastor Joseph McCall da Igreja da Bíblia de W heaton e

outras pessoas que logo me vêm à mente. São como pedras que

me sustentam , por assim dizer. Portanto, sustentam os outras

pessoas que estão olhando para nós e que dependem da nossa fé

também. Contudo, essa situação de sustentar outras pessoas, o

privilégio do ministério que Paulo vai agora descrever (note-se que

ele usa a palavra graça, básica e essencial, como o que lhe dá o

privilégio de sustentar outras pessoas) sempre produz sofrimento:

eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus. Se alguém pensa que o

ministério não terá sofrimento, que o chamado de Cristo é para

uma vida sem aflição, está, já de início, totalmente enganado.

Paulo diz em Colossenses 1.24 que há um sofrimento alegre, isto

é, um sofrimento que dá prazer sem ser masoquista: Agora me

regozijo nos meus sofrimentos por vós; são crentes que estão sendo

sustentados na vida, na intercessão, no ministério de ensino do

apóstolo Paulo, e que preenchem “o que resta das aflições de Cristo,

a favor do seu corpo, que é a igreja”. Se você for chamado para o

ministério de servir a outros, a diaconia do evangelho (palavra que

Paulo usa no v. 7), prepare-se, desde já, pois haverá sofrimento

alegre em sua vida; um sofrimento agradável. Talvez poderiamos

compará-lo, em outro nível, ao sofrimento do capitalista que gasta

tudo quanto tem no bolso para ganhar três vezes mais no ano

seguinte. É esse sofrimento, o de investir tudo o que a pessoa tem,

esperando receber muito mais, no sentido de realização espiritual.

E é por isso que Paulo chama este privilégio de “graça”. Graça

sempre carrega essa idéia fundamental, no Novo Testamento, de

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