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COMUNICAÇÕES 241 - Joana Mendonça: a arte de cultivar ideias

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negocios 42 “Temos como objetivo liderar a era do 5G e estamos a trabalhar nisso há muito tempo”, frisa Manuel Eanes, administrador da NOS cisa para que a economia e as empresas se tornem mais competitivas. A parte da infraestrutura não é o game changer, mas o driver para transportar informação de um lado para o outro. O game changer está nas plataformas onde os venders que trabalham connosco constroem os use cases 5G, para que depois os possamos partilhar, quer com o mundo onde estamos, quer com os nossos clientes em Portugal”, acrescenta. Todos admitem que há ainda muitos desafios pela frente, mas defendem que o 5G trará grandes benefícios ao país. “Temos um setor e um conjunto grande de empresas competentes que podem, em colaboração, Estimam-se ganhos na produtividade na ordem dos 20% a 30% na indústria e de 25% na agricultura com a adoção do 5G ajudar a que se tire partido desta tecnologia. A promessa é que haja ganhos de produtividade da ordem dos 20% a 30% na indústria, com ganhos de 50% nas linhas de montagem, e de 25% de produtividade na agricultura. Com estes números, estamos a ver apenas a ponta do iceberg do que será, seguramente, uma enorme transformação da nossa capacidade de entregar. Todos temos de fazer um processo de adaptação. Há que começar já e não esperar por amanhã para ver como é que o 5G pode ajudar a transformar as nossas vidas e os nossos negócios”, adverte o administrador da NOS. PERCEBER O VALOR DA TECNOLOGIA Para que essa transformação de fundo seja uma realidade, terá primeiro de se “entender o valor da tecnologia para resolver questões concretas. O problema de muitas jornadas tecnológicas é que, concetualmente, as camadas são muito bem definidas, mas demoram muito tempo a implementar. E a paciência ou a capacidade de investimento esgotam-se por falta de resultados práticos. Como temos essa consciência, o que preferimos é entregar resultados depressa, para que se possa ver o valor e que isso ajude a custear e a credibilizar os movimentos do futuro”, explica Manuel Eanes. Neste momento, e segundo o administrador da Vodafone, as soluções mais facilmente implementáveis e com resultados imediatos são as que têm a ver com realidade aumentada e virtual, manutenção de máquinas nas fábricas ou, na saúde, as consultas remotas ou a monitorização remota, entre outras. Representando o 5G um “salto tecnológico”, explica que, muitas vezes, a barreira à sua adoção pode assentar não só no business case”, mas também no não querer alte-

Nuno Nunes, chief sales officer da Altice Portugal: “Estamos a construir soluções que o mercado precisa para que a economia e as empresas se tornem mais competitivas” Um fator considerado essencial para a aceleração da oferta do 5G no mercado nacional é o apoio público ao seu desenvolvimento rar o status quo e não ter a coragem de ir à frente”. Para o gestor, o 5G não é “só um desafio dos operadores, dos parceiros e do ecossistema que está à volta, mas de todos nós. É bom que cada um dos players desta indústria faça acontecer, que fale sobre o que está a fazer e apresente resultados concretos dos uses cases que está a disponibilizar aos clientes. Porque isso ajuda o mercado e dá-lhe confiança. Nenhum de nós sozinho pode ter mais sucesso do que se toda a indústria se unir e contribuir”. A olhar para o 5G e para a sua capacidade de potenciar o negócio, nomeadamente os processos de transição energética e digital, está a gigante EDP. João Nascimento, digital global unit do grupo, conhece bem a tecnologia, até porque veio de um dos operadores de comunicações, e garante que tudo é possível. Mas o que falta é saber “qual o modelo de negócio que está por detrás. A tecnologia existe, a necessidade existe. Temos agora que fazer um casamento entre as duas coisas e capturar o valor”. ´ O processo está apenas a começar, com a exploração de ideias, para depois se poderem criar os use cases e as provas de conceito e começar a usar a tecnologia. Para isso, o gestor defende um verdadeiro “diálogo de parceria com os operadores”, percebendo com eles as oportunidades de criação de valor. E deixa bem claro: “O 5G é uma tecnologia muito interessante e que traz todas as tecnologias novas com que poderemos trabalhar. Mas tem de haver racionalidade económica: em termos empresariais, temos de ver a tecnologia como um enabler de criação de valor e ser exigentes nessa captura. Tecnologia sim, mas ao serviço do nosso propósito”. Um fator considerado essencial para a aceleração da oferta do 5G no mercado nacional, com todos os benefícios inerentes, é também o apoio público ao seu desenvolvimento. “O governo tem também uma palavra muito relevante a dizer. Infelizmente, no nosso PRR não vimos esse sinal, coisa que aconteceu noutras geografias. Mas ainda vamos muito a tempo de corrigir. Espero que venha a haver oportunidades e sinais de contribuição para este desenvolvimento 43

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