edição 113 deste sábado (07) - Sistema 103 de Rádios
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- MARAVILHA - SC, <strong>07</strong> <strong>de</strong> JULHO <strong>de</strong> 2012 A/15<br />
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Dirceu José<br />
Mosmann<br />
E-mail: dirceu@jornaloli<strong>de</strong>r.com.br<br />
tROCaR <strong>de</strong> eMPReGO<br />
Já não é mais tão difícil conseguir o primeiro emprego.<br />
a carência <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra mudou a predisposição dos empresários<br />
na hora <strong>de</strong> contratar. agora já se pensa em “ensinar<br />
alguém que não tenha vícios”. Formar um profissional<br />
ao estilo da empresa que ele irá servir. Na hora <strong>de</strong> trocar <strong>de</strong><br />
emprego, o jovem profissional valoriza a oportunida<strong>de</strong> que<br />
lhe foi dada. Mas ainda estão focados no imediatismo e no<br />
investimento na profissão. Na hora <strong>de</strong> trocar <strong>de</strong> emprego, os<br />
jovens com menos <strong>de</strong> 29 anos, em sua maioria, 44%, valorizam<br />
o imediatismo do valor salarial registrado em carteira<br />
que receberam no novo emprego. Não <strong>de</strong>mostram muito<br />
interesse nos benefícios e nos prêmios por cumprimento<br />
<strong>de</strong> metas e objetivos estratégicos da empresa. em segundo<br />
lugar, com 32% estão as opções que a empresa oferece para<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento individual como profissional, ou seja, o<br />
que a empresa vai investir na formação profissional do jovem<br />
para que ele se torne mais competitivo no mercado <strong>de</strong><br />
trabalho no futuro. Nossos jovens profissionais estão com<br />
uma visão um tanto individualista. Já estamos percebendo<br />
esse comportamento no dia a dia do <strong>de</strong>partamento pessoal<br />
das empresas. Para a retenção <strong>de</strong> novos talentos, precisamos<br />
adaptar nossa política <strong>de</strong> incentivos. No entanto não consigo<br />
ver no individualismo um bom resultado, pois as empresas<br />
precisam <strong>de</strong> equipes fortes e não profissionais fortes. Cuidado<br />
com a inversão <strong>de</strong> valores.<br />
HUMOR EMPRESARIAL<br />
MINHA DíVIDA<br />
a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> endividamento envolve os gastos que superam a renda pessoal ou familiar. <strong>de</strong>vemos reduzir<br />
<strong>de</strong>spesas como lazer, restaurantes, alimentação, vestuário em geral. Mas muito cuidado com os exageros. Jamais<br />
<strong>de</strong>vemos cortar todo o gasto, e sim, reduzir os valores. <strong>de</strong>vemos viver em equilíbrio. algumas dicas para pagar as<br />
dívidas, quando exageramos uma pouco, e quando menos percebemos, estamos ‘apertados’:<br />
• Pague primeiro as contas <strong>de</strong> serviços essenciais (água, luz) e as contas que têm juros mais altos (cartão <strong>de</strong><br />
crédito).<br />
• Em seguida, quite as dívidas que po<strong>de</strong>m trazer dor <strong>de</strong> cabeça, como condomínio em atraso e licenciamento<br />
do veículo.<br />
• Preste atenção às contas que têm altas multas. Em alguns casos, a penalida<strong>de</strong> para o atraso é <strong>de</strong> 20% da dívida.<br />
• Evite ao máximo pagar apenas o mínimo do cartão <strong>de</strong> crédito.<br />
• Consi<strong>de</strong>re a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> renegociar dívidas e tomar empréstimo barato para quitar contas com altos juros.<br />
Para saber se po<strong>de</strong>mos fazer novas dívidas o melhor a fazer é um orçamento que consi<strong>de</strong>re todas as rendas e<br />
<strong>de</strong>spesas previstas para doze meses à frente, incluindo as <strong>de</strong>spesas financeiras já existentes. Sempre lembrar que<br />
toda vez que você fizer uma nova dívida, ficará um pouco mais pobre por que está pagando juros em cada parcela,<br />
e estes não se adicionam ao seu capital.<br />
Desenvolvimento<br />
EMPREENDEDORISMO<br />
Brasil e Rússia são os únicos países do grupo<br />
das 20 maiores economias do mundo (G20) em<br />
que a faixa etária <strong>de</strong> 18 a 24 anos é mais empreen<strong>de</strong>dora<br />
que a <strong>de</strong> 35 e 44 anos. Que ótima notícia.<br />
Para 10% dos jovens, a melhor forma que encontraram<br />
para entrar no mercado <strong>de</strong> trabalho foi<br />
através do próprio negócio, e 17% dos jovem abriram<br />
um negócio pela oportunida<strong>de</strong> vislumbrada.<br />
CONFiaNÇa NOS NeGÓCiOS<br />
apesar das notícias divulgas <strong>de</strong> que estamos crescendo menos, todos<br />
sabemos que o segundo semestre do ano sempre é melhor que o<br />
primeiro: a indústria começa a se preparar para as festas do final <strong>de</strong> ano;<br />
o transporte recebe maior fluxo <strong>de</strong> mercadorias; o comércio se agita com<br />
as datas comemorativas; entre outros. Para 2012, o índice <strong>de</strong> confiança<br />
do comércio caiu em relação a 2011. Um claro reflexo das dificulda<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> reaquecer a economia. O endividamento do consumidor está subindo.<br />
Sobe também, em proporções maiores, o índice <strong>de</strong> inadimplência<br />
das famílias. O setor da construção igualmente está 8% mais pessimista,<br />
principalmente no segmente <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> prédios. Para o segmento<br />
da infraestrutura, consi<strong>de</strong>rando ser um ano político quando o foco do Governo são as eleições, os empresários são os mais<br />
pessimistas, quanto ao <strong>de</strong>sempenho dos seus negócios.<br />
INCENTIVO AO CONSUMO<br />
O Governo resolveu repetir a política <strong>de</strong> incentivo ao consumo como já fez várias outras vezes. O resultado<br />
foi um aumento nas vendas <strong>de</strong> veículos <strong>de</strong> 22%. Um dos objetivos foi a manutenção dos empregos. Porém essa<br />
semana foram anunciados possíveis cortes <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho na indústria automobilística. tem alguém não<br />
cumprindo com seus compromissos. Como na maioria das vezes, os lobes <strong>de</strong> alguns segmentos sempre conseguem<br />
os benefícios e os compromissos são tão rapidamente esquecidos quanto as promessas políticas.<br />
INTENÇÃO DE COMPRA<br />
Para o segundo semestre <strong>de</strong> 2012, houve uma redução <strong>de</strong> 18% na quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> consumidores dispostos a comprar algum bem <strong>de</strong> durável como:<br />
eletrodoméstico, telefones, informática, automóveis e motos, material <strong>de</strong><br />
construção, entre outros. Mesmo com todo incentivo do Governo, esse resultado<br />
é o pior dos últimos três anos. Para dificultar mais ainda os negócios,<br />
o percentual <strong>de</strong> endividamento da população <strong>de</strong>ve continuar crescendo<br />
até <strong>de</strong>zembro. Os setores que <strong>de</strong>verão ter as maiores quedas no consumo<br />
serão: habitação, vestuário, saú<strong>de</strong> e cuidados pessoais. além disso, o setor<br />
<strong>de</strong> serviços e alimentação, que recebem bons volumes <strong>de</strong> negócios em julho<br />
por causa das férias escolares, tiveram um aumento bem acima da inflação.<br />
a forÇa que VeM da aGricuLtura<br />
Segundo a Companhia Nacional <strong>de</strong> abastecimento (Conab), a safra <strong>de</strong><br />
grãos <strong>de</strong>sse ano foi 0,1% menor a do ano passado. todos nós sabemos o<br />
quanto sofremos com a seca nos três estados do Sul. esse resultado mostra<br />
o quanto nossa agricultura é dinâmica, o quanto ela está se ‘profissionalizando’,<br />
o quanto está evoluindo tecnologicamente. Como sempre acontece,<br />
é nos momentos difíceis que <strong>de</strong>scobrimos nosso potencial, imaginamos<br />
agora o quanto temos condições <strong>de</strong> produzir em condições ambientais normais.<br />
Mas infelizmente nem tudo são flores. a suinocultura está prestes a<br />
ter um colapso. Como po<strong>de</strong> o Governo <strong>de</strong>ixar as duras penas do mercado<br />
um segmento tão importante. ele sabe o quanto é importante o agronegócio<br />
para a estabilida<strong>de</strong> econômica brasileira, enquanto boa parte do mundo<br />
passa por dificulda<strong>de</strong>s, no entanto muito pouco está fazendo.