edição 113 deste sábado (07) - Sistema 103 de Rádios

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- MARAVILHA - SC, 07 de JULHO de 2012 A/28 .................................................................................................. Agricultura LEITE Preço do leite deve ser informado até o dia 25 do mês anterior a entrega rodutor agora terá uma previsão de quanto receberá elo litro de leite No dia 19 de junho foi sancionada pela Presidência da Republica a Lei nº 12.669, publicada no diário Oficial da União no dia 20 de junho de 2012. a partir da publicação da lei, fica estabelecido que as empresas de beneficiamento de leite e comércio de laticínios, serão obrigadas a informar aos produtores de leite o preço que eles receberão pelo litro de leite entregue até o dia 25 do mês anterior à entrega. esta lei dá ao produtor rural mais previsibilidade ao fluxo de caixa da propriedade, para ajustar os custos de produção à sua rentabilidade, considerando que os laticínios estão mais próximos do mercado e com mais acesso à informação, para efetuar prognósticos de preço com boas chances de acerto. em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, Paraná e no Mato Grosso do Sul, o Conseleite (conselho paritário que envolve organizações dos produtores e indústrias) já vem divulgando, mensalmente, parâmetros de preços para o pagamento do leite nestes estados, mas ainda sem obrigar as das indústrias de adotá-los. “Nestes casos, não se espera que a nova lei cause problemas sérios de relacionamento entre produtores e os laticínios. trata-se apenas de um ajuste das regras em O preço do leite pago ao produtor será definido antes da entrega Maldaner reivindica a criação de um órgão de assistência técnica e extensão rural O deputado federal Celso Maldaner (PMdB/SC) fez parte da comitiva de parlamentares que em audiência com o ministro do desenvolvimento agrário, Pepe Vargas, na tarde de quarta-feira (04), reivindicaram a criação de um órgão nacional de assistência técnica e extensão Rural. Conforme o deputado, durante o lançamento do Plano Safra da agricultura Familiar que aconteceu durante a manhã da quarta-feira (04), a presidenta dilma Rousseff sinalizou para a criação de uma instituição vigor nestes conselhos”, acredita o analista do mercado do leite da epagri/Cepa, Francisco Heiden. a formação dos preços de comercialização dos produtos agropecuários não é feita na origem, pois é a indústria que determina quanto vai pagar pela matériaprima. No caso do produtor de leite a situação era ainda pior, o preço pago ao produtor pelo leite entregue no mês, geralmente, era conhecido somente na segunda semana do mês subsequente, por causa pagamento. federal para assistência técnica e extensão rural, destinando recursos de R$ 542 milhões. “Nosso objetivo foi à reivindicação da criação de uma agência ou instituição Nacional para coordenar todos os programas de assistência técnica, como por exemplo, o Pronatec, o Pronacampo, as casas familiares rurais e alocar mais recursos para assistência técnica para profissionalizar nossos agricultores e universalizar os atendimentos a longo prazo para todos os agricultores familiares do Brasil com a parti- Arquivo O Líder Para o produtor, essa indefinição gerava dificuldades na tomada de decisão no processo produtivo da propriedade rural. dessa forma ele deixava de investir na produção. Por outro lado, os laticínios eram beneficiados, porque ao contrário dos produtores rurais, tinham o tempo a seu favor. O preço do leite pago ao produtor era definido somente após o processamento e a comercialização dos produtos lácteos. Sendo que assim o risco da indústria fazer um mau negócio na compra do leite não existia. cipação da embrapa”, destacou o deputado. Segundo Maldaner, o ministro Pepe Vargas pediu apoio a associação Brasileira das entidades estaduais de assistência técnica e extensão Rural (aSBRaeR), a eMateR e a Subcomissão de parlamentares, para que juntos criem um grupo de trabalho para viabilizar a unificação dos recursos. a audiência contou com a participação e apoio da aSBRaeR, eMateR e da Subcomissão da agricultura Familiar, presidida pelo deputado federal Zé Silva. Milho Epagri planeja safra de milho 2012/2013 Safra de milho será menor este ano devido às perspectivas da soja serem melhores O Programa terra Boa – Sementes de Milho para a safra 2012/2013 já está sendo operalizado e os produtores devem procurar os escritórios da epagri em seus municípios para obterem as autorizações para retirada das sementes nas cooperativas e lojas conveniadas. Projeções estão apontando redução da área de cultivo de milho para esta safra, pois as perspectivas para a soja são melhores. Segundo Gilberto Neppel, engenheiro agrônomo da epagri e responsável regional no Planalto Norte pelas ações da empresa na área de produção de grãos, o preço do milho e a alta dos insumos, principalmente fertilizantes são os principais fatores, somados com a expressiva compra de soja no mercado futuro, isto é, contratação de soja com preços atrativos, além dos contratos firmados com a ambev, para produção de cevada, que mantém as áreas ocupadas por mais tempo e inviabiliza o plantio do milho tardiamente, fará com que haja redução do plantio do milho. Por outro lado, informa Neppel, a epagri está incentivando os pequenos produtores, aqueles que não têm estrutura e área para o plantio da soja para que plantem milho, pois são materiais com maior resistência, principalmente à baixa aplicação de tecnologia por parte dos pequenos produtores. Neppel informa que é estimado que em torno de 50% dos agricultores familiares empregam pouca ou nenhuma tecnologia no cultivo do milho, contribuindo para um cenário de baixa produtividade nessas propriedades. a nova geração de cultivares de milho do tipo varietal, as chamadas “variedades de polinização aberta” ou “variedades melhoradas”, desenvolvidas predominantemente por instituições públicas de pesquisa, apresentam bom potencial produtivo para essas situações. a epagri está oferecendo a variedade Colorado, desenvolvida pela empresa e que pode ser obtida nos seus escritórios locais, em todos os municípios da região. O engenheiro agrônomo sugere que os produtores conversem com os técnicos com antecedência para encomendarem suas sementes a fim de não procederem ao plantio fora da melhor época. Notíciados Municípios Milho teve redução de área de cultivo nesta safra
- MARAVILHA - SC, 07 de JULHO de 2012 .................................................................................................. A/29 Agricultura PRODUÇÃO Crise da Suinocultura mobiliza economia do país atual crise é reflexo do excesso de produção e falta de demanda KELI FERNANDES E INÁCIO RODHEN O excesso de produção e a falta da demanda no mercado são os propulsores de uma das maiores crises na suinocultura brasileira. O Sul do país é o mais prejudicado e a crise já começa a ter reflexos nas indústrias e até mesmo para o consumidor. agora, já não só os produtores que sofrem com a crise no setor. Criadores estes que estão com suínos gordos sem ter para quem vender, criadores chorando por ter que abandonar a atividade que exerciam há décadas, gente com dívidas que não consegue pagar, chiqueiros sendo abandonados e municípios decretando situação de emergência. esta é a realidade da suinocultura catarinense, uma das principais atividades econômicas do estado, que somente em exportações movimentou US$ 452 milhões no ano passado. de acordo com os criadores de suínos, são praticamente todas as regiões produtoras do Brasil que sentem os reflexos do excesso de produção e falta da demanda. em Santa Catarina, as dificuldades são ainda maiores. O cenário é de desespero, segundo eles, já que são mais de 12 mil produtores, que dia após dia, assistem, sem ação, a falência de milhares de propriedades, tanto integradas quanto independentes. Para os suinocultores, a atual crise é tão forte que todos estão insatisfeitos e pagando para produzir. O presidente da associação Catarinense dos Criadores de Suínos (aCCS), Losivânio de Lorenzi, afirma que Santa Catarina já teve 70 mil suinocultores na década de 1970 e hoje tem cada vez menos. Só neste ano, 240 produtores desistiram. O setor pede ao Governo Federal a renegociação de dívida e financiamento de R$ 500 por matriz para manter os plantéis. também querem subsídio de 67 centavos por quilo de suíno vendido, que é a diferença entre o ProdutoreS eM MoBiLizaÇÃo Com o objetivo de mobilizar a classe e chamar atenção das autoridades sobre a crise no setor, os núcleos municipais e regionais promoveram na quinta-feira (05), uma manifestação na Praça walnir Bottaro daniel, em São Miguel do Oeste. O presidente do Núcleo Municipal de Criadores de Suínos de Guaraciaba, Leocir Santin, disse esperar o apoio dos prefeitos e autoridades, especialmente da região da ameosc. Santin, que é produtor de suínos na comunidade de Guataparema, interior de Guaraciaba, afirma que os produtores estão no limite zero e as empresas frigoríficas também são afetadas com crise, devido a falta de mercado para vender o produto. “a crise já afeta produtores e indústrias e, agora, se não tivermos apoio dos municípios e dos governos não teremos para onde escapar. está muito difícil, o suinocultor já não tem mais forças”, lamenta. Segundo o produtor, outro ponto que afeta a categoria é o preço elevado dos insumos, que não mais encontrados no mercado, e queda no preço do suíno. em consequência direta está o aumento os custos e lucros restritos. Santin explica ainda que há restrição de alimento para os suínos, devido a estiagem que assolou a região e prejudicou a produção de milho. em contrapartida, o quilo do suíno vivo hoje é comercializado a R$ 1,90, gerando um de R$ 0,80 por quilo, em comparação a venda antes da crise. “Já temos informações de pessoas que estão entregando suíno a menos de R$ 1,50 para os frigoríficos, devido a super oferta de carne suína”, conta. Crise sem previsão de terminar a atual crise na suinocultura está sem prazo de validade. a observação é do empresário, produtor rural e engenheiro agrônomo, José Luiz Grando, estabelecido em Guaraciaba. Segundo ele, se não houver uma solução, a curto prazo, o produtor de suínos vai ser eliminado da atividade. Grando destaca que, apesar da redução no número de produtores nos últimos anos, ainda existe um número considerável de famílias que custo e o preço de mercado. Conforme a aCCS, vários municípios no estado decretaram Situação de emergência, devido ao risco da crise na suinocultura para as economias dos municípios. Frente à situação enfrentada pelos suinocultores, o secretário de estado da agricultura e da Pesca, João Rodrigues, e a direção da aCCS realizam reuniões com produtores independentes para discutir as reivindicações do setor. Os encontros acontecerão no início da próxima semana, dias 9 e 10 de julho, em Concórdia e Braço do Norte. além disso, o Governo do estado anunciou na última semana ações de suporte aos produtores de suínos estaduais que incluem o aumento da utilização de carne suína nas refeições oferecidas pelo estado nas escolas, abrigos e centros de atenção social, hospitais e nos presídios. também, a Secretaria de estado da agricultura e da Pesca pretende veicular uma campanha publicitária destacando Fotos: Inácio Rodhen/ Sistema 103 Ao todo, 12 mil produtores catarinenses veem os animais engordar em suas propriedades sem ter para quem vender os benefícios da carne suína. Já no dia 12 deste mês, uma comissão de suinocultores, lideranças e autoridades vai a Brasília para entregar a pauta de reivindicações do setor ao Ministério da agricultura, Pecuária se dedicam exclusivamente a produção de suínos e com entrega a grandes empresas, que também já são afetadas pela crise e isso tem reflexo natural na economia local. “São crises frequentes e que se arrastam por longos períodos, o que ‘estrangula’ a categoria e elimina muitos produtores”, analisa. O empresário opina que deve ser realizado um ajuste imediato de mercado, além de um planejamento da atividade, com vistas em contornar as frequentes crises no setor. “O excesso de produção caiu no mercado interno e gerou essa crise. É preciso reorganizar, limitar oferta e demanda ou a crise vai ser permanente”, destaca Grando. e abastecimento. João Rodrigues afirma que, o Governo do estado está fazendo o possível para ajudar os suinocultores catarinenses e pediremos também o apoio do Governo Federal. uM aLento: arGentina retoMa coMPraS Um alento para o setor e para os produtores catarinenses pode ter vindo da vizinha argentina, que liberou as exportações brasileiras de carne suína, segundo anunciou, nesta terça-feira (03), o Ministério da agricultura. No início do ano, a argentina tomou medidas de restrição de alguns produtos brasileiros, o que ajudou a agravar a crise da suinocultura no estado. de acordo com o ministro da agricultura, Mendes Ribeiro Filho, foram realizados vários encontros com lideranças do Governo do país vizinho para recuperar esse mercado. a expectativa é de que seja exportado um volume similar às 27 mil toneladas vendidas no segundo semestre do ano passado. a medida é considerada boa pelas lideranças de Santa Catarina, mas insuficiente para amenizar a crise do setor. Os suinocultores querem subsídio no transporte de milho do Centro-Oeste para Santa Catarina, renegociação das dívidas e preço mínimo.
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