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Tese de mestrado inspira o plano de produção - Universia ...

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<strong>Tese</strong> <strong>de</strong> <strong>mestrado</strong> <strong>inspira</strong> o <strong>plano</strong> <strong>de</strong> <strong>produção</strong><br />

01/12/2003<br />

O projeto <strong>de</strong> lei <strong>de</strong> criação da Hemobrás que tramita no Congresso Nacional é baseado na tese<br />

<strong>de</strong> <strong>mestrado</strong> da médica Beatriz Macdowell Soares, <strong>de</strong>fendida no Programa <strong>de</strong> Mestrado em<br />

Políticas <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia, do Centro <strong>de</strong> Desenvolvimento Sustentável (CDS),<br />

da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília, em 2001. A dissertação "Política Nacional <strong>de</strong> Hemo<strong>de</strong>rivados:<br />

Desafios e Perspectivas", propõe como alternativa para a implantação <strong>de</strong> uma ou duas fábricas<br />

no Brasil para a <strong>produção</strong> <strong>de</strong> hemo<strong>de</strong>rivados que são importados, com alto custo para o país.<br />

Beatriz, que foi diretora do Hemocentro <strong>de</strong> Brasília <strong>de</strong> 1996 a 1998, é gerente-geral da área <strong>de</strong><br />

Sangue e Hemo<strong>de</strong>rivados da Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da<br />

Saú<strong>de</strong> e participou do grupo <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> criação do projeto <strong>de</strong> lei. Ela assinala que sua<br />

proposta <strong>de</strong> <strong>mestrado</strong> foi <strong>de</strong> estudar a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantar a <strong>produção</strong> nacional <strong>de</strong><br />

hemo<strong>de</strong>rivados no Brasil. "O Brasil tem uma <strong>de</strong>fasagem na tecnologia <strong>de</strong> manipulação <strong>de</strong><br />

hemo<strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> 20 anos", disse Beatriz.<br />

"O Brasil gasta anualmente cerca <strong>de</strong> US$ 120 milhões para importação <strong>de</strong> hemo<strong>de</strong>rivados e<br />

<strong>de</strong>sperdiça, no mesmo período, o equivalente a US$ 35 milhões em plasma, que não é utilizado<br />

para a <strong>produção</strong> <strong>de</strong> medicamentos. O país não po<strong>de</strong> continuar <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do exterior para o<br />

suprimento <strong>de</strong> hemo<strong>de</strong>rivados e <strong>de</strong>ve investir em pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologia para<br />

atingir a auto-suficiência nessa área," segundo a dissertação <strong>de</strong> <strong>mestrado</strong> <strong>de</strong> Beatriz.<br />

Esses medicamentos são subprodutos do sangue doado nos centros <strong>de</strong> coletas <strong>de</strong> sangue em<br />

todo o país. Uma parte da coleta é utilizada nos hospitais em transfusões, mas o plasma<br />

separado após a doação <strong>de</strong> sangue tem sido mal-aproveitado, segundo a tese. Atualmente se<br />

produz apenas a albumina, enquanto outros subprodutos, como os fatores 8 e 9 <strong>de</strong> coagulação,<br />

imunoglobulinas e outros hemo<strong>de</strong>rivados são importados. "Além disso, como se <strong>de</strong>scarta o<br />

plasma, há um gran<strong>de</strong> prejuízo econômico, social e ético que o país precisa combater", escreveu<br />

a médica, que argumenta ainda que não há <strong>de</strong>finição do local <strong>de</strong> instalação da unida<strong>de</strong> fabril.<br />

Os hemo<strong>de</strong>rivados são medicamentos com vasta <strong>de</strong>manda no Brasil, sendo utilizados no<br />

tratamento <strong>de</strong> doenças congênitas ou adquiridas, como em distúrbios da coagulação, hemofilia, e<br />

como tratamento clínico <strong>de</strong> reposição <strong>de</strong> anticorpos nos casos <strong>de</strong> Aids, hepatites, várias formas<br />

<strong>de</strong> câncer e outras doenças.<br />

Em São Paulo, por exemplo, a Fundação Pró-Sangue, instituição sem fins lucrativos, ligada à<br />

Secretaria <strong>de</strong> Estado da Saú<strong>de</strong> e à Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, coleta<br />

e processa mensalmente cerca <strong>de</strong> 15.000 bolsas <strong>de</strong> sangue e abastece 300 hospitais da região<br />

metropolitana <strong>de</strong> São Paulo. Volume equivalente a aproximadamente 53% do sangue consumido<br />

na Gran<strong>de</strong> São Paulo, 24% do Estado e 14% do Brasil.<br />

Copyright © 2003 <strong>Universia</strong> Brasil. Todos os direitos reservados. Página 1 <strong>de</strong> 2


Segundo a direção da Fundação, essa tarefa representa um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio diário. No Brasil, ao<br />

contrário dos países <strong>de</strong>senvolvidos, menos <strong>de</strong> 2% da população brasileira doa sangue. Nos<br />

países <strong>de</strong>senvolvidos, 7 a 8% da população doa sangue voluntária e habitualmente. Doação<br />

voluntária é aquela que é feita sem saber a quem se <strong>de</strong>stina o sangue.<br />

Fonte: Diário <strong>de</strong> S.Paulo<br />

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