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Executivos brasileiros ganham os mais altos ... - Brasil Econômico

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40 <strong>Brasil</strong> <strong>Econômico</strong> Quinta-feira, 12 de abril, 2012<br />

ÚLTIMA HORA<br />

STF suspende julgamento de aborto de<br />

anencéfal<strong>os</strong> com cinco vot<strong>os</strong> favoráveis<br />

O julgamento sobre a descriminalização<br />

do aborto no caso de fet<strong>os</strong><br />

anencéfal<strong>os</strong> no Supremo Tribunal<br />

Federal (STF) foi suspenso ontem pelo<br />

ministro Cezar Pesulo com placar<br />

de cinco vot<strong>os</strong> favoráveis à interrupção<br />

da gravidez e apenas um contrário.<br />

O tema voltará à pauta do Supremo<br />

na sessão de hoje.<br />

O relator do caso, ministro Marco<br />

Aurélio Mello, considerou procedente<br />

a Arguição de Descumprimento<br />

de Preceito Fundamental (ADPF),<br />

movida pela Confederação Nacional<br />

d<strong>os</strong> Trabalhadores na Saúde (CNTS),<br />

que pede a descriminalização do<br />

aborto de anencéfal<strong>os</strong>.<br />

Marco Aurélio foi acompanhado<br />

pel<strong>os</strong> ministr<strong>os</strong> Joaquim Barb<strong>os</strong>a,<br />

R<strong>os</strong>a Webber, Luiz Fux e Cármen Lúcia.<br />

O ministro Ricardo Lewandowski<br />

votou pela improcedência da<br />

ADPF, alegando entender que o tema<br />

deveria ser tratado pel<strong>os</strong> parlamentares<br />

no Congresso Nacional.<br />

A sessão não contou com a participação<br />

do ministro Dias Tóffoli, que se<br />

declarou impedido por ter se manifestado<br />

sobre o caso quando ainda era ad-<br />

vogado-geral da União. Assim, quatro<br />

ministr<strong>os</strong> ainda têm de votar.<br />

Entidades favoráveis ao aborto<br />

de fet<strong>os</strong> anencéfal<strong>os</strong> argumentam<br />

que a medida preserva a dignidade<br />

da mãe ao poupá-la do sofrimento<br />

de gestar uma criança que não terá<br />

chances de sobrevivência após o<br />

Ag. Petrobras<br />

Companhia informa:não há perfuração recente na área<br />

Petrobras diz que óleo<br />

não é da Bacia de Camp<strong>os</strong><br />

A Petrobras informou ontem que análise das am<strong>os</strong>tras de<br />

“gotículas” de óleo encontradas domingo no Campo de<br />

Roncador, na Bacia de Camp<strong>os</strong>, explorado pela empresa,<br />

comprovaram não se tratar de petróleo proveniente de<br />

qualquer reservatório produtor dessa área ou de qualquer<br />

outro petróleo produzido na Bacia de Camp<strong>os</strong>.<br />

Segundo a estatal, as gotículas coletadas têm características<br />

semelhantes às de um tipo de fluido usado na<br />

operação de perfuração de poç<strong>os</strong> e que tem como constituinte<br />

básico a parafina. “Não há perfurações recentes<br />

nas proximidades dessa área do Campo de Roncador e<br />

não há registro de manchas de fluido na superfície do<br />

mar”, afirmou a companhia.<br />

A Petrobras disse ainda que a qualidade da cimentação<br />

d<strong>os</strong> poç<strong>os</strong> do Campo de Roncador, nas proximidades<br />

da ocorrência, foi verificada pel<strong>os</strong> técnic<strong>os</strong> da companhia,<br />

indicando existir integridade e isolamento efetivo<br />

entre <strong>os</strong> poç<strong>os</strong> e as formações no seu entorno. ■ ABr<br />

<strong>Brasil</strong> <strong>Econômico</strong> é uma publicação da Empresa Jornalística <strong>Econômico</strong> S.A.,<br />

com sede à Rua Joaquim Palhares, 40, Torre Sul, 7 o andar, Cidade Nova - CEP 20260-080<br />

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Cezar Peluso: tema voltará para a pauta do Supremo na sessão de hoje<br />

Nelson Jr./ABr<br />

parto. Entidades religi<strong>os</strong>as, como a<br />

Conferência Nacional d<strong>os</strong> Bisp<strong>os</strong><br />

do <strong>Brasil</strong> (CNBB), afirmam que o<br />

aborto viola o direito do feto à vida<br />

e que a legalização da interrupção<br />

da gravidez nesses cas<strong>os</strong> representaria<br />

uma discriminação contra<br />

doentes. ■ Reuters<br />

BB deve liberar R$ 2 bi<br />

para estocagem de café<br />

Os produtores <strong>brasileir<strong>os</strong></strong> de café devem receber um reforço<br />

para a estocagem do produto de R$ 2 bilhões do<br />

Banco do <strong>Brasil</strong>, disse ontem Silas <strong>Brasil</strong>eiro, presidente<br />

do Conselho Nacional do Café. A linha de financiamento<br />

deve estar disponível a partir de junho para o período<br />

da colheita, informou <strong>Brasil</strong>eiro. No ano passado, <strong>os</strong> produtores<br />

começaram a receber <strong>os</strong> desembols<strong>os</strong> em setembro,<br />

afirmou. “Nunca consideram<strong>os</strong> reter o produto”,<br />

disse <strong>Brasil</strong>eiro. “Apenas querem<strong>os</strong> que exista um fluxo<br />

ordenado de produção.” O executivo previu que <strong>os</strong> preç<strong>os</strong><br />

do café fechem este ano em níveis próxim<strong>os</strong> d<strong>os</strong> de<br />

2011. Procurado, o Banco do <strong>Brasil</strong> não respondeu à solicitação<br />

de entrevista. ■ Bloomberg<br />

Linhadecréditoestarádisponível a partir de junho<br />

Paul Smith/Bloomberg<br />

www.brasileconomico.com.br<br />

Ricardo Galuppo<br />

rgaluppo@brasileconomico.com.br<br />

Publisher<br />

Praga suprapartidária<br />

Tomara que, desta vez, as investigações cheguem ao<br />

ponto <strong>mais</strong> profundo e <strong>os</strong> envolvid<strong>os</strong> no esquema do bicheiro<br />

Carlinh<strong>os</strong> Cachoeira sejam punid<strong>os</strong> na forma da<br />

lei. É um sonho, tudo bem, mas tomara que desta vez tod<strong>os</strong><br />

paguem pel<strong>os</strong> err<strong>os</strong>. Não importa se o envolvido seja<br />

o senador Demóstenes Torres, eleito pelo DEM de<br />

Goiás e hoje sem partido, ou o governador do Distrito Federal,<br />

Agnello Queiroz, do PT — que teve sua eleição facilitada<br />

pelo envolvimento do antecessor, J<strong>os</strong>é Roberto<br />

Arruda, num esquema de corrupção tão cabeludo quanto<br />

o desse tal Carlinh<strong>os</strong>. Queiroz garante que não se reuniu<br />

com o contraventor e até prova em contrário tem<br />

que ser considerado inocente. Talvez seja mesmo. Mas a<br />

comprovação de que aliad<strong>os</strong> seus mantinham negóci<strong>os</strong><br />

com a quadrilha abre uma suspeita que, pelo bem da reputação<br />

do governador, deve ser apurada até o fim. De<br />

qualquer forma, a lista é variada e inclui outr<strong>os</strong> nomes<br />

vist<strong>os</strong><strong>os</strong>, como o do deputado Protógenes Queiroz, do<br />

PCdoB, uma espécie de Demóstenes da esquerda. Um e<br />

outro eram habituad<strong>os</strong> a apontar o dedo acusador contra<br />

<strong>os</strong> adversári<strong>os</strong>. Ainda não há, também, qualquer acusação<br />

<strong>mais</strong> consistente contra Queiroz. Mas nesse caso,<br />

o problema é menor. Afinal, o próprio deputado (e delegado<br />

licenciado da Polícia Federal), sempre agiu como<br />

um especialista na arte da acusação sem provas. Nesse<br />

caso, estaria apenas provando do próprio veneno.<br />

Nas democracias evoluídas,<br />

a corrupção é punida. No <strong>Brasil</strong>,<br />

serve de inspiração para<br />

<strong>os</strong> polític<strong>os</strong> de outras legendas<br />

Acima e além da culpa individual de cada acusado,<br />

existe um aspecto estrutural que precisa ser atacado de<br />

frente. Pelo que se vê na ação do bicheiro e em sua incrível<br />

capacidade de estabelecer conexões com polític<strong>os</strong>,<br />

corrupção no <strong>Brasil</strong> é uma praga suprapartidária. E não<br />

pode <strong>mais</strong> ser tratada da forma leviana como vem sendo<br />

até aqui. Em qualquer democracia evoluída, o político<br />

flagrado em corrupção é punido e seu caso utilizado<br />

como exemplo para que outr<strong>os</strong> não se sintam tentad<strong>os</strong><br />

a repeti-lo. No <strong>Brasil</strong>, a corrupção d<strong>os</strong> polític<strong>os</strong> de um<br />

partido serve de desculpa (ou de inspiração) para que<br />

<strong>os</strong> filiad<strong>os</strong> a outras legendas também se apropriem do<br />

dinheiro do povo. Esse jogo, francamente, já cansou!<br />

A questão, no fundo, é simples. O <strong>Brasil</strong> tem leis que<br />

favorecem a corrupção. Ponto final. A complexidade<br />

d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> de licitação e a quantidade de brechas que<br />

se tem para <strong>os</strong> aditament<strong>os</strong> p<strong>os</strong>teriores à assinatura d<strong>os</strong><br />

contrat<strong>os</strong> permite que <strong>os</strong> interessad<strong>os</strong> em fraudar tenham<br />

um campo fértil para agir sem deixar rastr<strong>os</strong> <strong>mais</strong><br />

visíveis. Mais útil do que uma CPI para apurar o caso<br />

(que não pode, de maneira alguma, substituir as investigações<br />

conduzidas pela Polícia Federal) seria uma revisão<br />

geral da legislação e o estabelecimento de procediment<strong>os</strong><br />

<strong>mais</strong> clar<strong>os</strong> para que o poder público contrate<br />

prestadores privad<strong>os</strong> de serviç<strong>os</strong>. Mas isso, francamente,<br />

é outro sonho imp<strong>os</strong>sível. CPIs, no <strong>Brasil</strong>, são <strong>os</strong> palc<strong>os</strong><br />

d<strong>os</strong> quais muit<strong>os</strong> polític<strong>os</strong> se valem para vestir a máscara<br />

da indignação e da honestidade e, dali, tentar alçar<br />

vo<strong>os</strong> <strong>mais</strong> alt<strong>os</strong> na política. E essa, <strong>mais</strong> uma vez, será<br />

instalada e chegará ao fim espalhando a sensação de que<br />

nada resolver. Tomara que eu esteja errado. Tomara. ■

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