12.04.2013 Views

O drible, uma experiência fenomenal -_Eduardo Nazareth - Sociofilo

O drible, uma experiência fenomenal -_Eduardo Nazareth - Sociofilo

O drible, uma experiência fenomenal -_Eduardo Nazareth - Sociofilo

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Segundo Caderno – 2012<br />

Uma vez sendo ultrapassado, o tempo de girar o corpo, alcançar<br />

o atacante, que prosseguiu sua trajetória aumentando<br />

sua velocidade, torna para o defensor quase impossível retomar<br />

a posição entre ele e a meta. Ele sabe que essa recuperação<br />

se torna muito difícil, então precisa ser cauteloso. Isso é algo<br />

que de parte a parte é dado como certo que ambos tem em<br />

mente.<br />

Para não comprometer toda a defesa sendo superado pelo<br />

atacante, Rogério, diante de um driblador reconhecidamente<br />

habilidoso, veio mantendo a distância e recuando, enquanto<br />

Robinho prosseguiu avançando. Enquanto progride, a cerca de<br />

10 ou 12 metros da grande área, encorajado pelo próprio avanço<br />

e pelo hesitante recuo de Rogério, emenda <strong>uma</strong> sequência de<br />

<strong>drible</strong>s, imediatamente ajustados a esse recuo em consonância<br />

com a gravidade que passa a adquirir quanto mais se aproxima<br />

da grande área.<br />

O quinto toque faz a bola prosseguir n<strong>uma</strong> velocidade tal<br />

que se mantém rolando próxima a seu corpo enquanto Robinho<br />

inicia, com o pé direito, <strong>uma</strong> sequência de pedaladas que se<br />

prolonga até penetrar a grande área, quando a perda de velocidade<br />

da bola o obriga a definir um lado para ultrapassar Rogério,<br />

já diante de um defensor desequilibrado após várias tentativas<br />

de sustentar a posição a meio caminho. E prossegue com<br />

um toque mais longo para a linha de fundo para realizar o cruzamento.<br />

Logo após o toque, quando emenda a primeira passada<br />

nesse sentido, sofre a falta. Pênalti.<br />

Desde o início dessa sequência de pedaladas, o defensor<br />

mantém os olhos fixos na bola aguardando sinal evidente acerca<br />

de para onde seguirá o atacante. A cada instante em que se<br />

concluía <strong>uma</strong> pedalada – enquanto o pé direito tocava o chão, o<br />

esquerdo começa a passar sobre a bola, e na sequencia enquanto<br />

este tocava o chão o outro passava sobre a bola – num movimento<br />

contínuo, nessa lógica, que sugere sempre a possibilidade<br />

do toque, que não acontece, prosseguindo o movimento<br />

38

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!