a percepção ambiental da população do município de florianópolis ...
a percepção ambiental da população do município de florianópolis ...
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Des<strong>de</strong> o final <strong>do</strong>s anos 70 as administrações públicas promovem o<br />
turismo, <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> projetos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que <strong>de</strong>cretaram e <strong>de</strong>cretam<br />
que esse seria a nossa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> preferencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico,<br />
ressaltan<strong>do</strong> a chama<strong>da</strong> “vocação turística” <strong>do</strong> <strong>município</strong>, porém sempre ignoraram o<br />
superpovoamento <strong>de</strong> certas praias, o congestionamento <strong>do</strong> sistema viário e a<br />
poluição <strong>de</strong> balneários e lagoas. A visão exclusivista <strong>do</strong> turismo, que se consoli<strong>do</strong>u<br />
nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, é poluente, elitista e pre<strong>da</strong>tória. Mesmo assim, a especulação<br />
imobiliária não encontra, em Florianópolis, quase nenhuma restrição. Os<br />
especula<strong>do</strong>res reivindicavam a implantação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento como o<br />
<strong>de</strong> alguns países <strong>de</strong> primeiro mun<strong>do</strong>, alguns já fali<strong>do</strong>s como em balneários <strong>da</strong><br />
Espanha, por exemplo, justifican<strong>do</strong> que <strong>de</strong>vemos “pensar gran<strong>de</strong>” em relação ao<br />
crescimento <strong>da</strong> nossa ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Ao promover o turismo a qualquer preço, ocorre sempre um déficit na<br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> tanto <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res como <strong>do</strong>s turistas, uma vez que os<br />
investimentos em infra-estrutura não acompanham o crescimento populacional. Não<br />
aumentam as vagas em escolas públicas, creches e hospitais; não aumenta a oferta<br />
<strong>de</strong> água potável; não aumentam as praças e não aumenta o transporte urbano, que<br />
não se sabe por que continua sen<strong>do</strong> exclusivamente terrestre, quan<strong>do</strong> po<strong>de</strong>ria ser<br />
também aéreo e marítimo. O turismo <strong>de</strong>veria estar condiciona<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s os fatores<br />
limitantes que uma ilha têm, bem como à proteção <strong>do</strong> meio ambiente e à<br />
sustentação <strong>da</strong> cultura local, entre outras.<br />
Há a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que comporta várias<br />
frentes <strong>de</strong> intervenções econômicas, como a maricultura, pólo <strong>do</strong> vestuário, pólo <strong>de</strong><br />
produtos artesanais e artísticos, a retoma<strong>da</strong> <strong>da</strong> pecuária no interior, turismo <strong>de</strong><br />
trilhas planeja<strong>da</strong>s e controla<strong>da</strong>s e turismo <strong>de</strong> baleia, <strong>de</strong>ntre outros.